Relatório Biobex II
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5/21/2018 Relatrio Biobex II
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UNIVERSIDADE DE BRASLIA
INSTITUTO DE CINCIAS BIOLGICAS
DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA CELULAR
BIOQUMICA E BIOFSICA EXPERIMENTAL1218861/2014
PROFESSOR: NAPOLEO VALADARES
Componentes
Bianca Batista Schlindwein Matrcula: 14/0055932
Daniel Godoy Defavari Matrcula: 14/0081038
Isaac de Sousa Lima Matrcula: 14/0022392Paula Roberta de Moraes Matrcula: 14/0049070
Talyta de Sousa Arajo Matrcula: 14/0031880
Relatrio: Prtica 02 - Tampes
Braslia-DF
2014
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SUMRIO
INTRODUO .................................................................................................................3
MATERIAIS E MTODOS..............................................................................................4
Materiais ....................................................................................................................... 4
Mtodos ........................................................................................................................ 5
DISCUSSO .....................................................................................................................6
Resultados: .................................................................................................................... 6
Discusso ...................................................................................................................... 8
CONCLUSO .................................................................................................................11
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................11
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INTRODUO
Uma soluo dita tamponada quando ela resiste s variaes do pH, isto ,quase no sofre variao quando adicionamos uma pequena quantidade de cido ou de
base, mesmo que sejam fortes.
As solues-tampo so de grande importncia nos processos biolgicos. Asclulas e os organismos mantm um pH citoslico e especfico, mantendo as
biomolculas no seu estado inico timo, usualmente ao redor do pH 7. Nosorganismos multicelulares, o pH dos fluidos extracelulares tambm estritamenteregulado. A constncia do pH alcanada principalmente pelos tampes biolgicos:mistura de cidos fracos e suas bases conjugadas.
Segundo Brnsted, cidos so substncias capazes de doar prtons, e bases so
as substncias capazes de receb-los. Segundo essa definio, o HCl por exemplo considerado um cido, pois pode dissociar-se, liberando prtons. De maneira geral, aequao de dissociao de um cido :
O on ou molcula resultante dessa dissociao chamado de base conjugada do
cido, j que pode receber um prton, convertendo-se novamente no seu respectivo
cido conjugado.
cidos fortes so aqueles que se dissociam totalmente quando em solues
diludas, e os cidos fracos so os que se ionizam muito pouco. Um sistema tampo
constitudo por um cido fraco e sua base conjugada.
Dissociando o cido quando se adiciona um lcali ou associando prton e base
conjugada quando se adiciona um cido forte, o sistema-tampo previne variaes
acentuadas de pH. Esta propriedade consequncia da existncia concomitante das
formas cido e base conjugada e, embora a soma (HA+A) permanea sempre constante,a concentrao das espcies varia de acordo com o tipo H+OH-- e a quantidade dos
ons adicionados.
A equao de Henderson-Hasselbach ser til, pois ela relaciona pH, constante
de dissociao do cido e as concentraes de cido e base conjugada, dessa forma:
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Em que pKa log Ka, sendo Kaa constante de ionizao ou dissociao do
cido.
Por essa equao pode-se deduzir que o cido fraco constituir um tampo
adequado se o valor de seu pKa estiver dentro do intervalo compreendido por umaunidade abaixo e uma unidade acima do valor de pH que se quer manter constante.
Assim:
pKa - 1 pH pKa+ 1
A eficincia de um tampo proporcional sua concentrao e mxima no pH
igual ao pKa.
Nas clulas e tecidos, os sistemas tampes fosfato e bicarbonato mantm os
fluidos intra e extracelulares no seu pH timo (fisiolgico) que usualmente est em
torno de 7. Enzimas geralmente trabalham otimamente nesse pH.
MATERIAIS E MTODOS
Materiais
- K2HPO4 (MM = 174)
- KH2PO4(MM = 136)
- 01 balo volumtrico de 100 mL
- 01 bquer de 100 mL- 01 pipeta de 2 mL
- 01 pipeta de 5 mL
- 01 pera
- 01 pisseta com gua destilada
- 01 pHmetro
- 01 proveta de 50 mL
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- 50 mL de soluo de cido actico (MM = 60) 0,5 mol/L
- 50 mL de soluo de NaOH (MM = 40) 0,7 mol/L
- 50 mL de soluo de carbonato de sdio (MM = 106) 0,5 mol/L
- 10 mL de HCl (MM = 37) 0,6 mol/L
- 03 solues padro para calibrao do pHmetro.
Mtodos
A) Tampo carbonato:
Primeiramente, colocamos, com o auxlio da pisseta, 50 mL de gua destilada nobquer de 100 mL. Logo aps, adicionamos, vagarosamente ao bquer, 25 mL decarbonato de sdio a 0,5 mol/L(medidos atravs da proveta de 50 mL). Adicionamos
posteriormente 10 mL de HCl a 0,6 mol/L medidos com o auxlio da pipeta de 5 mL.Para finalizar a preparao do tampo, completamos o volume do bquer com 15 mL degua destilada. Assim, preparamos 100 mL de tampo carbonato e, logo aps, medimoso seu pH utilizando o pHmetro.
B) Tampo fosfato:
Aps o procedimento anterior, descartamos a soluo tampo carbonato elavamos muito bem o bquer com gua destilada. Para o preparo do tampo fosfato,dissolvemos em 20 mL de gua destilada, no bquer, 2,23 g de K2HPO4 e 0,98 g deKH2PO4, respectivamente (os dois sais j estavam devidamente pesados). Aps esse
processo, transferimos a soluo para um balo volumtrico de 100 mL e ocompletamos com gua destilada. Para finalizar, aps lavarmos o pHmetro com guadestilada e a secarmos o bulbo do eletrodo com papel toalha, medimos o pH do tampofosfato com o pHmetro.
C) Tampo acetato:
Antes de prepararmos 100 mL de tampo acetato 0,1 mol/L de pH = 4,82,fizemos os clculos (que para fins didticos sero expostos nos Resultados eDiscusses) do volume de cido actico e de NaOH que sero utilizados. Assim,chegamos a concluso que para atingirmos o pH desejado so preciso 20 mL de cidoactico e 7,72 mL de NaOH. Portanto, aps lavarmos o bquer adicionamos nele 40 mLde gua destilada. Posteriormente, adicionamos, vagarosamente e sempre mexendo asoluo, 20 mL de cido actico a 0,5 mol/L e 7,72 mL de NaOH a 0,7 mol/L,respectivamente (o volume dessas duas ltimas solues foram medidos com o auxlioda pipeta de 5 mL). Para finalizar medimos experimentalmente com o pHmetro o valor
do pH do tampo acetato 0,1 mol/L.
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D)Nesta ltima parte do experimento, medimos os pH, por meio do pHmetro,das trs solues padro. Entre as medies sempre lavamos o pHmetro e secamos o
bulbo de eletrodo com papel toalha.
DISCUSSO
Resultados:
A) Tampo Carbonato:
Carbonato de Sdio cido Clordrico
B) Tampo Fosfato:
Fosfato dipotssico Fosfato monopotssico
C) Tampo Acetato:
cido actico Hidrxido de Sdio
pH 9,4
pH 6,9
pH 4,9
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Antes de medir experimentalmente o pH do tampo acetato, foi preciso que
calculssemos quais volumes de cido actico (CH3COOH) e hidrxido de sdio
(NaOH) eram precisos para o preparo dessa soluo tamponante.
I. 1 1
, 1 ,1 1
1 de CH3COOH
II. pH pKa log
-
H
, , log-
H
, log-
H
- 1,1 H
III. - H ,1 1,1 H H ,1
[HA] = 0,046 mol/L
- ,mol/L
IV. CH3COOH CH3COO- + H+
0,046 0,054NaOH Na+ + OH-
0,054 0,054 0,054
V. 1 1
, 1 , 1
V17,72 mL de NaOH
Para o tampo foram utilizados, portanto, 20 mL de cido actico,
aproximadamente 8 mL de hidrxido de sdio e 72 mL de gua.
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D) Solues padro:
Soluo padro
pH 4
Soluo padro
pH 7
Soluo padro
pH 9
pH 4,6 7,1 9,1
ncontraos valores diferentes para cada soluo padro por causa de algu
desses fatores: erro de calibragem do pHmetro, soluo padro co pH diferente,
teperatura do laboratrio que pode alterar o pH ou erro de ensura dos prprios
alunos.
Discusso1) Para cada um dos tampes, calcule o pH esperado, ou seja, qual o pH terico
para a dissoluo das quantidades especificadas de cada substncia. Busque
explicaes para a diferena entre os pHs medido e esperado.
Com os valores de pH obtidos, montou-se a seguinte tabela:
Tampo carbonato Tampo fosfato Tampo acetato
pH 9,40 6,96 4,91
Segundo a equao de Henderson-Hasselbalch
pH pKa log
H
Tampo carbonato:
pH 1, log,
, pH 1,
Tampo fosfato:
1
,
1
,1
,
1
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H
1
,
1
,1
,
1
pH , log
,
1
,
1 pH ,
Tampo acetato:
pH , log,
, pH ,1
odos os pHs edidos estava u pouco abaio ou acia do esperado. sso
pode ter sido causado, entre outros fatores, pela ipureza dos reagentes pela
ipreciso dos instruentos utilizados bquer, pHetro, pipeta) e/ou pela inabilidade
dos alunos que estavam realizando o experimento.
2) O que quer dizer a concentrao molar de um tampo?
A concentrao molar de um tampo expressa em molaridade e representa a
soma aritmtica das concentraes dos dois componentes do tampo (cido + base).
oncentrao do tapo H
3) As solues preparadas so bons tampes? Isso depende de qu?
As solues so consideradas bons tampes caso impeam grandes variaes do
valor depH,mesmo com a adio de pequenas quantidades de cidos ou bases.
A ao tamponante est restrita, entretanto, ao intervalo de pH no qual as
concentraes do cido fraco ou da base fraca que compe o sistema e o seu on comum
so suficientes para compensar a adio de um cido ou base. Desse modo, quanto
maior a concentrao molar de um tampo, maior a disponibilidade das espcies
capazes de doar ou receber prtons e maior a sua eficincia.
Dentro desse intervalo, existe um valor de pH em que exatamente 50% do total
inicial do cido esto associados e os 50% restantes esto na forma de sua base
conjugada. Esse valor coincide com o pKado cido constituinte do tampo e onde o
sistema tem sua eficincia mxima, uma vez que, nessa situao, existem,
simultaneamente, as maiores concentraes possveis de cido e base conjugada.
http://pt.wikipedia.org/wiki/PHhttp://pt.wikipedia.org/wiki/PH -
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4) As solues preparadas so bons tampes para o citossol?
Sabendo que um sistema-tampo funcional numa faixa de pH que varia uma
unidade acima ou abaixo de seu pKa- (pKa1) a (pKa+ 1) -, um bom tampo para o
citossol (pH 7) seria aquele com pKaprximo de 7. Entre os tampes preparados o
que melhor se encaixa nessa restrio o tampo fosfato, que tem pKa 7,45 e,
portanto, eficaz em pHs de 6,45 a 8,45.
5) Como seria possvel preparar 100 ml de tampo fosfato se no existisse o salK2HPO4no laboratrio?
Poderiam ser utilizados, para tanto, o sal KH2PO4e uma base forte, que retiraria
prtons do meio, aumentado o pH e possibilitando, assim, o equilbrio do tampo
fosfato no pKa3:
6) Acelerar a respirao contribui para o aumento ou para a diminuio do pH
sanguneo?
Acelerar a respirao permite a diminuio da concentrao plasmtica de CO2.
Assim, no equilbrio haver deslocamento para a direita no sentido de formao do gs
carbnico que est sendo liberado.
CO32-+ 2H+ H+ + HCO3
- H2CO3 H2O + CO2
Consequentemente, a concentrao de H+diminui, o que ocasiona um aumento
do pH sanguneo. A hiperventilao pulmonar acelerao da respirao -, portanto,
contribui para o auento do pH sanguneo alcalose - pH acima de 7,45).
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O quadro oposto, a desacelerao da respirao e consequentes aumento da
concentrao de CO2 e de H+que ocasionam a diminuio do pH sanguneo, chamado
de acidose.
CONCLUSO
Na aula experimental, atravs da observao e anlise dos resultados obtidos,pudemos ampliar o conhecimento sobre sistemas tampo, os quais so fundamentaispara o impedimento de grandes variaes de pH em solues quando estas soacrescidas de outros cidos ou bases.
Para tanto fez-se necessrio compreender a aplicao prtica da equao deHenderson-Hasselbalch, que relaciona pH, constante de dissociao e concentraes dosreagentes, como no terceiro procedimento em que foram realizados clculos paradescobrir quantidade de reagentes a serem utilizados no preparo do tampo acetato.
Conclumos que existem diversos mtodos confeco de sistemas tampo e queestes regulam uma faixa que se mantem constante. Eles desempenham um papel muitoimportante nos seres humanos, a regulao do pH do sangue no ponto ideal prximo a7,4.
BIBLIOGRAFIA
-MARZZOCO Anita; TORRES B. Bayardo.Bioqumica Bsica.3 Ed. 2007.
-NELSON L. David; COX M. Michael. Lehninger Princpios de Bioqumica. 3 Ed.
200211