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Microbiologia

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ANTIBIOGRAMAAna Lvia Reis Albino, Fabrcia Aguiar e Kamila de Souza (G2)Centro Federal de Educao Tecnolgica de Minas GeraisAv. Amazonas 5253 - Nova Sua Belo Horizonte MG Brasil CEP: 30.421-169

1. IntroduoA penicilina, descoberta pelo ingls Alexander Fleming em 1927, no foi totalmente reconhecida como substancia til at a Segunda Guerra Mundial. A guerra criou a necessidade urgente de grande quantidade de uma droga que pudesse ser usada para tratar ou prevenir infeces em soldados feridos e os pesquisadores trabalharam para desenvolver a penicilina em uma droga economicamente vivel. A transformao das observaes laboratoriais de Fleming em um processo para produo em larga escala ocorreu quando os pesquisadores descobriram como aumentar a produo de penicilina por milmetro de meio de cultura para 1000 vezes. Assim, em 1941 no tinha antibiticos, mas 10 anos mais tarde, a venda liquida desse medicamento no mundo todo era de 344 milhes de dlares por ano. Eles tinham revolucionado a prtica da medicina.

Existem muitas penicilinas diferentes, mas todas tem uma estrutura central denominada cido 6-aminopenicilanico. As diferenas entre as vrias penicilinas devem-se as diferenas nas cadeias laterais. As penicilinas que so produzidas por microrganismos so chamadas penicilinas naturais. Esses antibiticos so produzidos por certas espcies de fungos do gnero Penicillium. Ainda outros antibiticos so produzidos por fungos, particularmente espcies de Aspergillus e Cephalosporium Alguns antibiticos so produzidos por bactrias, como os membros do gnero Streptomyces, que produzem um grande nmero de antibiticos teis. Especies de Bacillus, Micromonospora, Nocardia e Micropolyspora tambm podem produzir antibiticos uteis. Os cientistas esto pesquisando novos antibiticos produzidos por microrganismos aquticos, com por exemplo cianobactrias.

Os antibiticos atuam sobre os microrganismos de diversas maneiras. Os principais pontos de ao incluem:-Inibio da sntese do peptideoglicano da parede celular bacteriana. (penicilina)-Leso da membrana citoplasmtica.-Interferncia na sntese de cido nucleico e protenas. A toxidade seletiva dos agentes quimioterpicos baseia-se nas diferenas entre a estrutura e a composio qumica das clulas procariticas e eucariticas. Algumas espcies de bactrias que no apresentam parede celular no podem ser inibidas pela penicilina. Por exemplo, a pneumonia atpica primria.

Algumas bactrias normalmente so resistentes a determinados antibiticos enquanto outras so sensveis. Entretanto, mesmo nas sensveis, podem surgir clulas mutantes que no so mais exibidas pelo antibitico. Existem vrias mecanismos que podem explicar essa resistncia:-A bactria pode ser capaz de produzir quantidades suficientes de uma enzima que destri ou modifica a estrutura do antibitico. Como por exemplo, a penicilinase para a penicilina.- Antibiticos podem ser incapazes de penetrar na superfcie das clulas bacterianas. Dessa forma o antibitico no pode atuar no stio susceptvel dentro da clula, como os ribossomos.- A bactria pode possuir uma via bioqumica alternativa que desvia a reao inibida pelo antibitico.- A bactria pode possuir tipos de enzimas, ribossomos ou componentes que no so afetados pelo medicamento. Como os antibiticos tornaram-se amplamente utilizados, a resistncia tornou-se um problema, j que os microrganismos susceptveis foram eliminados e os nmeros de resistentes aumentaram.O aparecimento de uma bactria resistente muitas vezes causado pela mutao de um nico gene. Mas esse gene de resistncia pode ser transmitido por meio da conjugao.

2. Objetivo

Avaliar o perfil de suscetibilidade de E. coli e S. aureus a drogas antimicrobianas e detectar a presena de mutantes resistentes aos antimicrobianos utilizados.

3. Materiais Necessrios;

3.1 ReagentesPlacas de gar Mueller-Hinton.

3.2 MateriaisCulturas de E. coli e S. aureus em caldo nutriente, previamente incubadas a 37C por 24 horas, disco de antimicrobianos, swabs estreis, pina.

4. Ficha Informativa de Reagentes4.1 Preenchimento da Ficha Informativa de Reagentes (Tabela 1)Tabela 1 Ficha Informativa de Reagentes Nome do meio de cultura/ reagentesConstituintesFrmula Qumica / NaturezaDescrio Fsico-qumicaRiscos sade / Impacto AmbientalManuseioEstocagemReferncias bibliogrficas

Agar Mueller-Hinton. Infuso de Bife: 300g/L

Casena Acida Hidrolisada: 17,50g/L

Amido: 1,50g/L

Agar: 17,00g/L

Carboidrato,Fibras, sais, minerais, celulose;Protena e fonte de N.pH:7.3 0.2

25CO gar no gera nenhum risco a sade.Deve-se retirar o p com uma esptula esterilizada.Armazenar o p a temperatura ambiente (abaixo de 30C) e o meio preparado de 2-8C.

Rtulo do gar Mueller-Hinton

4.2 Planejamento dos gastos de solues e meios de cultura e clculos para o preparo dos mesmos (Tabela 2)

Tabela 2 Planejamento de gasto e de preparo de solues Meios de cultura e soluesQuantidade / grupo*Quantidade / Sub-turmaTotal / Turma*Massa ou Vol. Final de reagente preparadoMassa ou Vol. Final de reagente gastoCusto do reagente (Fornecedor )Custo da prtica

gar Mueller-Hinton1,9g3,8g2,85g1,9g e 25mL1,9g e 25mLR$ 182,00 / 500gR$1,38

CLCULOS:38 g de Mueller-Hintona ------ 1000 mL de H2O 500 g de Mueller-Hinton ---- R$ 182,00 X ---------- 25 mL 3,8g --------- Y Y = R$ 1,38X = 0,95g

5. Execuo da atividade principal 5.1 Procedimento (ANEXO) 5.2 Resultados e DiscussoFoi testada a eficincia dos antibiticos Penicilina G e Clorafeniacol para bactrias da espcie Staphylococcus aureus. Os resultados medidos para os dimetros dos halos de inibio foram organizados na tabela abaixo:AntibacterianosDimetro observado

Penicilina G 10 UI (PEN)30 mm

Clorafenicol 30 g25mm

Tabela de resultadosEsses resultados foram comparados com os dados da tabela padro de suscetibilidade do Staphylococcus aos antibiticos.AntibacterianosResistenteIntermedirioSensvel

Penicilina G 10 UI (PEN) 28 - 29

Clorafenicol 30 g 1213-17 18

A partir desses dados, foi possvel concluir que a bactria sensvel aos dois agentes. O Staphylococcus aureus est includo no espectro til do Cloranfenicol e da Penicilina G, esta ltima desde que no seja produtor de penicilinase. [1,2,3]O clorafenicol age inibindo a sntese proteica em bactrias. Ele se liga reversivelmente subunidade 50S dos ribossomas 70S bacterianos, na cavidade da peptidiltransferase, graas interao dos tomos de oxignio do grupo p-nitro com os nucletidos da cavidade, impedindo a reunio dos aminocidos na cadeia de protenas. de destacar que s o ismero D (-) treo tem poder antimicrobiano. Assim, o cloranfenicol na forma levgira o composto ativo. [4,5]J os antibiticos -lactmicos, como a penicilina, afetam a sntese dos componentes do peptideoclicano de parede celular bacteriana. Sem um cinturo de peptideoglicano rgido em volta, a clula geralmente morrer por absoro de gua, aumento e consequente rompimento. [5]Outro mecanismo de ao das penicilinas baseia-se no fato de que a parede celular das bactrias contm enzimas que podem quebrar o peptideoglicano (para permitir o crescimento). Essas enzimas degradadoras so controladas por alguns inibidores naturais. Em algumas bactrias, a presena de penicilina promove a perda desses inibidores, permitindo a quebra do peptideoglicano. Clulas susceptveis a penicilina podem ser protegidas da destruio se seus meios de cultura tiverem uma alta presso osmtica que as impea de absorver gua e estourar. [5]5.3 Caracterizaes dos resduos e apresentaes de propostas para minimizar, reutilizar e/ou tratar o descarte dos resduos gerados. Ao final da prtica, os resduos resultantes foram os meios de cultura com colnias de bactrias nas placas de Petri e os resduos descartados dos tubos de ensaio. preciso proporcionar a cada resduo um encaminhamento seguro, visando preservao da sade pblica e do meio ambiente. Assim, cada uma dessas vidrarias precisam ser autoclavadas para eliminar as colnias antes de serem lavadas com gua e sabo. 5.4 Concluso.

6. Referncias

1- PELCZAR, M. Jr.; CHAN, E. C. S., KRIEG, N. R.; Microbiologia: conceitos e aplicaes, v.1, 2ed./ Michael J. Pelczar Jr. E. C. S. Chan, Noel R. Krieg; traduo Sueli Fumie Yamada, Tania Ueda Nakamura, Benedito Prado Dias Filho; reviso tcnica Celso Vataru Nakamura. So Paulo: Pearson Makron Books, 1997.

2- http://pt.wikipedia.org/3- http://www.bibliomed.com.br/book/showdoc.cfm?bookid=68&bookcatid=32&bookchptrid=20924 -http://www4.anvisa.gov.br/base/visadoc/BM/BM%5B25510-1-0%5D.PDF5- http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0708/g7_cloranfenicol/index.html