Reitor Herman Cede Ao Movimento

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Para nós é pouco: Herman Cede ao Movimento O reitor Herman recebeu, nesta quinta-feira, dia 18 de junho, na sede da Reitoria em São Paulo, uma comitiva dos estudantes da FFC-UNESP/Marília, composta por um repr es en ta nte de cada cu rs o (9 estuda nt es), ma is um repr es en ta nt e da Mo ra di a Estudantil e um delegado Diretório Central dos Estudantes da UNESP-FATEC. Objetiv o: negociar a pauta de reivindicações dos estudantes grevistas e ocupados de Marília. Desde quando o reitor era Marcos Macari, a reitoria da UNESP vinha se negando a receber delegados do Diretório Central dos Estudantes. Quer dizer, a reitoria não reconhecia o DCE como instância legítima de representação da totalidade dos estudantes da UNESP e da FATEC. Assim, não recebia nossos delegados, não ouvia as reivindicações que estes colocavam. A isto se somava o fato da reitoria ter se recusado a receber comitivas de estudantes da UNESP-Rio Preto, que sequer estavam radicalmente mobilizados, e da UNESP-Marília, estes sim, em greve e com ocupação. De fato, dizia Herman, que somente receberia os unespianos marilienses quando estes desocupassem. Isto em um  primeiro momento.  Nós dissemos não! Preferimos medir força com o reitor. Queríamos mostrar que nós, est uda nt es te mos mai s fib ra, poi s estamos dec id idos a sa lvar a UNE SP da  privatização velada, da submissão vergonhosa e da venda descarada do patrimônio  público da população.  Nós ainda estamos em greve. Ele cedeu.  Na re un ião da qu al dissemos, He rman conc ed eu al gu ma s coisas aos estudantes da UNESP-Marília: Restaurante universitário noturno; bolsas de extensão; Centro de línguas; sua disposição em vir até Marília debater com os demais setores mobilizados as pautas específicas destes.  Não nos satisfazemos com isto. Bem sabemos da importância destes pontos conquistados para a manutenção e aprimoramento da universidade. No entanto, se ar ra nc amos um R. U. (que ap ri mora a pe rmanênci a es tu da nt il ) da burocracia universitária, resta saber em qual universidade estudaremos, dado que o PDI e a UNIVESP tira-nos uma UNESP inteira. Aprender outro idioma no Centro de Línguas também é bastante aprazível; mas o que poderemos falar e o que podemos ler se a  po lícia est iver nos fe rin do e as si ndi cân cias e pun ições pai rar em, co mo ameaça constante, sobre nós? Para nós é pouco: queremos mais; queremos uma UNESP pública de verdade, que esteja aberta a toda a população, que pesquise as demandas da maior parte da

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Para nós é pouco:

Herman Cede ao Movimento

O reitor Herman recebeu, nesta quinta-feira, dia 18 de junho, na sede da Reitoriaem São Paulo, uma comitiva dos estudantes da FFC-UNESP/Marília, composta por umrepresentante de cada curso (9 estudantes), mais um representante da MoradiaEstudantil e um delegado Diretório Central dos Estudantes da UNESP-FATEC.

Objetivo: negociar a pauta de reivindicações dos estudantes grevistas e ocupadosde Marília.

Desde quando o reitor era Marcos Macari, a reitoria da UNESP vinha senegando a receber delegados do Diretório Central dos Estudantes. Quer dizer, a reitoria

não reconhecia o DCE como instância legítima de representação da totalidade dosestudantes da UNESP e da FATEC. Assim, não recebia nossos delegados, não ouvia asreivindicações que estes colocavam.

A isto se somava o fato da reitoria ter se recusado a receber comitivas deestudantes da UNESP-Rio Preto, que sequer estavam radicalmente mobilizados, e daUNESP-Marília, estes sim, em greve e com ocupação. De fato, dizia Herman, quesomente receberia os unespianos marilienses quando estes desocupassem. Isto em um

 primeiro momento.

 Nós dissemos não! Preferimos medir força com o reitor. Queríamos mostrar quenós, estudantes temos mais fibra, pois estamos decididos a salvar a UNESP da

 privatização velada, da submissão vergonhosa e da venda descarada do patrimônio público da população.

 Nós ainda estamos em greve. Ele cedeu.

  Na reunião da qual já dissemos, Herman concedeu algumas coisas aosestudantes da UNESP-Marília: Restaurante universitário noturno; bolsas de extensão;Centro de línguas; sua disposição em vir até Marília debater com os demais setoresmobilizados as pautas específicas destes.

 Não nos satisfazemos com isto. Bem sabemos da importância destes pontosconquistados para a manutenção e aprimoramento da universidade. No entanto, searrancamos um R.U. (que aprimora a permanência estudantil) da burocraciauniversitária, resta saber em qual universidade estudaremos, dado que o PDI e aUNIVESP tira-nos uma UNESP inteira. Aprender outro idioma no Centro de Línguastambém é bastante aprazível; mas o que poderemos falar e o que podemos ler se a

  polícia estiver nos ferindo e as sindicâncias e punições pairarem, como ameaçaconstante, sobre nós?

Para nós é pouco: queremos mais; queremos uma UNESP pública de verdade,

que esteja aberta a toda a população, que pesquise as demandas da maior parte da

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 população. Queremos uma UNESP onde todos tenham acesso a um ensino presencial dequalidade.

É por isso que ainda estamos em greve e mantemos nossa ocupação. Esperamosque os demais estudantes das três Públicas Paulistas compreendam bem o que estamos a

dizer e se preparem para a luta contra as diretorias, as reitorias e os governos.

Marília, 1 de julho de 2009

Comando de Greve dos Estudantes da FFC-UNESP/Marília