Reinos Norte e Sul

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Assunto entregue em sala de aula pela Professora Izabel Cristina Veiga da Disciplina Antigo Testamento V do CEEDUC sobre o tema: Reinos Norte e Sul

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Centro Evanglico de Educao e Cultura Curso: Bacharel em Teologia (Ministrio) Turma: Modular Carga Horria: 45 h/s Disciplina: Antigo Testamento V (Profetas Menores) Professora: Izabel Cristina Veiga

ANTIGO TESTAMENTO V PROFETAS MENORES

NDICE 1.1 - A MONARQUIA DIVIDIDA: O REINO DO NORTE - Pgina 01 1.2 - A MONARQUIA DIVIDIDA: O REINO DO SUL - Pgina 02 1.3 - ANLISE DE 1 REIS 12 A 2 REIS 25 E DE 2 CRNICAS 10 A 36 - Pgina 04

1.1 A MONARQUIA DIVIDIDA: O REINO DO NORTE

Jeroboo havia recebido de Deus a promessa de governar o reino de Israel, mas logo que se deu a diviso do reino unificado das doze tribos, e proclamado rei do novo Estado do Norte, afastou-se completamente do Templo de Jerusalm e abraou a idolatria, instituindo assim a religio que lhe convinha. Assim, o reino iniciado por Jeroboo nunca ficou firme diante de Deus. O Reino do Norte, teve, em sua existncia, 19 reis (Jeroboo, Nadabe, Baasa, Ela, Zinri, Onri, Acabe, Acazias, Joro, Je, Jeoacaz, Jeos, Jeroboo II, Zacarias, Salum, Menam, Pecaas, Peca e Osias). Foi um reino que se desenvolve em um clima de instabilidade pelas divergncias constantes entre os polticos, refutando, como conseqncia, na descontinuidade no seio da monarquia, que se caracterizou pelas mudanas ocorridas na linha sucessria com dinastias diferentes. Nunca o pas chegou a se consolidar numa estrutura de governo capaz de

2 oferecer segurana e paz aos governantes de modo a conduzir os problemas nacionais livres de injunes prejudiciais ao progresso da nao. E, se no havia estabilidade na poltica interna, tambm no era possvel uma conexo segura, desembaraada e firme para resolver os intrincados probelmas da poltica externa. Devido falta de entendimento entre os polticos, as crises se repetiam minando o organismo nacional, as bases da segurana da nao. O problema religioso, que deveria ser um dos sustentculos do regime monrquico do povo de Israel, descia a zero. A conscincia do povo, minada por falsas idias religiosas, ao sabor de uma minoria influenciada por tradies estranas, acrescida ainda de muitos fatores negativos, envolvendo problemas de ordem moral, enriquecimento ilcito em detrimento dos direitos do povo, assistncia social deficiente, tudo isso acumulado, apressava o desmoronamento da nao. As presses externas atuavam sempre mais violentas, ameaando a soberania nacional. E, sob a constante ameaa de invaso pelos assrios, para os quais despendia pesados tributos, o governo procurou ajuda com os egpcios. O rei Salmanazar V, da Assria, porm, no era monarca para se amendrontar com alianas ocidentais. Marchou contra Samaria e cercou-a durante trs anos, para cair em 722 a.C nas mos de Sargo II. O que se passou dentro dos muros da cidade de Onri est alm de qualquer descrio. Vencidos pela fome e pela peste, com os exrcitos assrios em derredor, entregaram-se e, os que no morreram foram levados em cativeiro para as regies da Assria e Babilnia. O ano de 722 a.C marca o fim do reino do Norte, o comeo do cativeiro israelita e tambm o auge do Imprio Assrio, que a este tempo dominava todas as cidades assrias, bem como grande parte do antigo imprio hiteu, estendendo-se para o Sul, ameaando a existncia de Jerusalm, que ainda resistiu mais tarde nas mos dos babilnios. A dwstruio do reino de Israel foi a grande lio de Deus para o mundo. Enquanto o povo mantm-se fiel, h prosperidade e paz; quando o povo se esquece de Deus, tudo desaparece. Esta tem sido a lio que a maioria dos povos no tem querido aprender.

1.2 A MONARQUIA DIVIDIDA: O REINO DO SUL

A dinastia davdica continuou com a instituio do reino de Jud em 924 a.C, terminando com a queda de Jerusalm entre 588 a 586 a.C, sob a Babilnia. Eis a dinastia de Davi: Davi, Salomo, Reoboo, Asa, Jeosaf, Jeoro, Acazias, Atalia, Jos, Amazias, Uzias, Joto, Acaz, Ezequias, Manasss, Amom, Josias, Jeoacaz, Jeoiaquim, Joaquim (Jeconias) e Zedequias. Jud ficava enclausurada entre suas altas montanhas, sem contato com a vida grandiosa que se desenvolvia ao longe, especialmente nas costas mediterrneas e pelos confins da Sria e Assria. Por isso particularmente que a sua sobrevivncia ao reino do Norte deve ser vista. O reino do Norte servia de barreira contra o esprito avassalador dos srios, e depois, dos assrios, situao esta que gerou no pequenas crises em Jud e em seus profetas, Jerusalm, devido ao seu prestgio de centro de culto e de nacionalidade dominava as outras cidades e contribuiu para que as influncias desintegradoras que minavam outras cidades do norte no atingissem

3 o Sul. Enquanto era puramente um poltico, pouco se dando religio, isto , apenas se servisse a fins polticos, Reoboo era religioso e a isso, em parte, se deve uma parte do seu esforo. Ante a ameaa a um ora a outro vizinho, firmando aliana para garantir a defesa dos seus territrios, e por esse meio, havia uma penetrao de idias pags, que no s se propagavam no meio do povo, mas at mesmo entre os sacerdotes e os governantes. Nos dias de Acaz, houve uma aliana entre Israel e a Sria, e estes atacaram Jud, fazendo com que Acaz pedisse socorro ao rei da Assria. Ele foi atendido e Tiglate-Pileser atacou e ocupou a cidade de Damasco. Rezim rei da Sria, foi morto e toda a polpulao foi deportada para Quir. Jud entretanto, teve de suportar um pesado nus como conseqncia da ajuda recebida, ficando subordinado ao pagamento de tributo ao rei da Assria. Nos dias de Ezequias, filho de Acaz, Senaqueribe ocupou o trono da Assria. Jud estava na mira do novo soberano, que mobilizou seu exrcito e o enviou contra as foras de defesa do rei Ezequias. O pas foi invadido e ocupadas todas as cidades fortificadas. Objetivando conter o mpeto do invasor, Ezequias enviou emissrios relatando sua disposio de submeter-se aos tributos que foram impostos. Mas a submisso tributria no satisfez o invasor. A presso contimuou com o envio de tropas at as proximidades de Jerusalm, exigindo a rendio do pas e blasfemando do Deus de Israel. Jerusalm ficou isolada com as comunicaes cortadas com o exterior, parecendo que estava por pouco a queda da cidade. Ezequias envia seus servos a Isaas, o profeta, e Deus, atravs dele, envia uma resposta consoladora. Deus enviou o seu anjo e, numa s noite, foi destrudo o exrcito assrio composto de 185.000 soldados. Em Nnive, pouco tempo depois, Senaqueribe foi assassinado. O pesadelo passou, caiu o cerco de Jerusalm, e ela voltou a normalidade. Com Manasses e Amom o reino de Jud experimentou um perodo de declnio espiritual, que terminou com a ascenso de Josias ao trono. Esse, implantou uma reforma religiosa fazendo o que era bom aos olhos do Senhor. Como parte de seu plano de governo, Josias ampliou as fronteiras do pas, ocupando parte do territrio do antigo reino de Israel. O reino de Jud passava por uma fase tranqila. Essa fase foi interrompida pela movimentao das tropas do Egito, forando a passagem na direo de Carqumis, marchando contra o imprio Assrio. Opondo-se passagem dessas tropas pelo territrio de Jud, Josias mobilizou seu exrcito e marchou em defesa da soberania nacional. Travou combate com as tropas do Fara Neco e encontrou a morte no campo de batalha, no vale de Megido. Morre Josias e o povo israelita sofre um tremendo golpe. A grande reforma por ele empreendida sofreu um impasse ao verse estancada por uma srie de mudanas imcompatveis com o objetivo da reforma. Jeoacaz, filho de Josias, assume o governo sob a tutela do Egito. Porm Fara Neco mandou-o prender em Ribla, na terra de Hamate, para que no reinasse em Jerusalm, estabelecendo a Jeoiaquim tambm filho de Josias. Uma vez que o Egito foi dominado pela Babilnia, Jud passou ao seu domnio. Jeoiaquim tentou resistir, mas morre em combate e Joaquim, seu filho, reinou em seu lugar. Poucos meses depois preso e exilado para a Babilnia, juntamente com sua me, suas mulheres, seus eunucos, os poderosos da terra, os valentes, at sete mil, os carpinteiros e fereiros at mil, e todos os vares destros na guerra. E o rei da Babilnia estabeleceu a Zedequias no lugar de Joaquim, e este reinou 11 anos em Jerusalm, sendo o ltimo rei do perodo dos reis de Israel.

4 No nono ano de seu reinado, no ms dcimo, aos doze do ms, Nabucodonosor, rei da Babilnia, veio contra Jerusalm. Ele e todo o seu exrcito que se acampou diante dela, levantando tranqueiras em seu redor. E a cidade foi situada at o undcimo ano do rei Zedequias, aos nove do quarto ms, quando a cidade se viu apertada de fome, nem havia po para o povo da terra. Os sofrimentos do povo foram indescritveis. As Lamentaes de Jeremias nos do idia do que ocorreu dentro dos muros da Cidade Santa durante o cerco. Quando os muros foram arrombados e os soldados caldeus invadiram a cidade, os famintos foram passadas espada, as mulheres foram presas da licenciosidade, os nobres passados espada ou amarrados e levados Babilnia. Alguns conseguiram fugir pelos montes, mas foram caados como animais selvagens e, depois de torturados, mortos ou conduzidos amarrados para as plancies da Mesopotmia. Os cadveres amontoavam-se nas ruas; os nobres eram amarrados, mo a mo conduzidos ao suplicio. Nunca, na histria do mundo, o pecado produziu to amargos resultados. Alm da destruio da Cidade Santa, da runa das famlias e da juventude, justamente os mais afetados, a vergonha e a humilhao sem igual puseram esta infeliz gente ao ridculo, diante de seus antigos inimigos: os edomitas, os amonitas e todos os povos vizinhos. O Templo foi queimada e a cidade arrasada, carregando-se todas as riquezas para os tesouros da Babilnia. Para que a terra no se despovoasse, Nabucodonozor deu ordempara que um chefe nacional l ficasse para tomar conta dos cativos. Esta escolha caiu em Gedalias. Jeremias, o profeta, foi tratado com brandura, devido ao papel conciliador que havia tomado nas disputas entre o Egito e a Babilnia sobre Jud, e teve a escolha ir para Babilnia ou ficar na terra. Ele escolheu a segunda opo. Juntamente com Gedalias, procurou aproveitar qualquer vantagem que ainda pudesse restar, reunindo e encorajando o povo. O terror que havia cado sobre o povo era aliviado por algumas vagas esperanas de salvao vindas do Egito, e por isso, preparam uma traio, sendo morto Gedalias, depois do que os revoltosos carregam Jeremias e fogem para o Egito.

1.3 ANLISE DE 1 REIS CAP. 12 A 2 REIS CAP. 25 E DE 2 CRNICAS CAP. 10 A 36

A especial importncia dessa Anlise que apresenta os diversos profetas nos seus lugares cronolgicos e referidos aos diferentes reis em cujo reinado profetizaram. O reino de Jud, o reino do Sul e o de Israel o do Norte.

REI Reoboo Sul

REINO

CARTER Mau

REFERNCIA 1 Rs 12.20-24; 14.21-31; 2 Cr 11 e 12

5 Jeroboo Abio Asa Nadabe Baasa Ela Zinri Onri Acabe Ministrio de Elias Josaf Acazias Ministrio de Eliseu Joro Jeoro Acazias Je Atlia Jos Ministrio de Joel Joacaz Jeos Ministrio de Jonas Amazias Jeroboo Ministrio de Ams Sul Norte Bom Mau Norte Norte Mau Mau Norte Sul Sul Norte Sul Sul Mau Mau Mau Mau M Bom Sul Norte Bom Mau Norte Sul Sul Norte Norte Norte Norte Norte Norte Mau Mau Bom Mau Mau Mau Mau Mau Mau 1Rs 12.25 a 14.20 1 Rs 15.1-8; 2Cr 13 a 14.1 1 Rs 15.9-24; 2Cr 14.1 a cap. 16 1 Rs 15.25-28 1 Rs 15.28 a 16.7 1 Rs 16.8-10 1 Rs 16.10-20 1 Rs 16.21-28 1 Rs 16.29 a 22.40 1 Rs 17 a 2 Rs 2 1 Rs 22.2-33;41-50; 2 Cr 17 a 21.1 1 Rs 22.51 a 2 Rs 1.18 2 Rs 2 a 13 2 Rs 1.17 a 9.26 2 Rs 8.16-24; 2 Cr 21.1-20 2 Rs 8.25-9.29; 2 Cr 22.1-9 2 Rs 9 a 10.36 2 Rs 11; 2 Cr 22.10 a 23.21 2 Rs 12; 2 Cr 24 2 Rs 12 a 17 2 Rs 13.1-9 2 Rs 13.10-25 2 Rs 13 a 14 2 Rs 14.1-20; 2 Cr 25 2 Rs 14.23-29 2 Rs 14.21 a 15.7

6 Azarias (ou Uzias) Zacarias Salum Menam Ministrio de Osias Pecaia Peca Joto Ministrio de Isaas Acaz Sul Mau Mau Norte Norte Sul Mau Mau Bom Sul Norte Norte Norte Bom Mau Mau Mau 2 Rs 14.21,22, 15.1-7; 2 Cr 26 2 Rs 15.8-12 2 Rs 15.13-16 2 Rs 15.17-22 2 Rs 14.23 a 29 2 Rs 15.23-26 2 Rs 15.27-31 2 Rs 15.32-38; 2 Cr 27 2 Rs 15 a 20; 2 Cr 26 a 32 2 Rs 16; 2 Cr 28; Is 7 a 12 2 Rs 17

Osias (ultimo rei do Norte reino de Israel) Ministrio Miquias Ezequias Manasss Ministrio de Naum Amom Josias Ministrio de Sofonias Ministrio de Sofonias Joacaz Joaquim Ministrio Habacuque Ministrio de Daniel Joaquim Zedequias Sul Sul de Sul Sul Sul Sul de

2 Rs 15.32 a cap. 20; 2 Cr 27 a 32

Sul Sul

Bom Mau

2 Rs 18 a 20; 2 Cr 29 a 32; Is 36 a 39 2 Rs 21.1-18; 2 Cr 33.20 2 Rs 21 a 24-7; 2 Cr 33 a 36.8

Mau Bom

2 Rs 21.19-26; 2 Cr 33.21-25 2 Rs 22 a 23.30; 2 Cr 34 e 35 2 Rs 14.23 a 29 2 Rs 14.23 a 29

Mau Mau

2 Rs 23.32-34; 2 Cr 2 Rs 23.34 a 24.6; 2 Cr 36.5-8 2 Rs 23.31 a 24.16; 2 Cr 36.1-10

2 Rs 23.35 a 25.30; 2 Cr 36.5-23 Mau Mau 2 Rs 24.8-16; Cr 36.8-10 2 Rs 24.17 a 25.21;2 Cr 36.11-21;Jr

7 52.1-30 Ministrio de Ezequiel 2 Rs 24.17 a 25.30;2 Cr 36.11 (574 a. C.) 2 Rs 25.22-26; 2 Cr 36.17-21

Ministrio de Obadias, Lamentaes Gedalias governador Joaquim restaurado

2 Rs 25.22-26 1 Rs 25.27-30; Jr 52.31-34

Proibido o uso deste estudo sem a prvia autorizao do autor (Izabel Cristina Veiga / CEEDUC)