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45
REGRAS DE MANDELA REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS SÉRIE TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS

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REGRAS DE MANDELAREGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O

TRATAMENTO DE PRESOS

SÉRIE TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS

Page 2: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

REG

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Page 3: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

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ENTO DE MON

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ENTO

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A CARCERÁRIO E DO SISTEM

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Page 4: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

EXPEDIENTE

SECRETARIA DE COMUN

ICAÇÃO SOCIAL

Secretária de Comunicação Social

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CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

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DEPARTAM

ENTO DE MONITORAM

ENTO E FISCALIZAÇÃO DO SISTEMA

CARCERÁRIO E DO SISTEM

A DE EXECUÇÃO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS

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REVISÃO

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APRESEN

TAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

REGRAS DE MANDELA . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

MANDELA RULES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47

Page 5: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

APR

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Page 6: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

11

APRESENTAÇÃO

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4, o

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pri

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ente

do

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l

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idas

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qu

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ema

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par

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Regras de Mandela.

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ação

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eito

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al

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Dir

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s

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os, S

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ção

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ra e

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s ou

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as

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um

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rad

ante

s e

seu

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acu

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ivo.

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serv

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to à

nec

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dad

e d

e cu

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o d

ifer

enci

ado,

con

sid

eran

do

a

situ

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ca d

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ian

ças,

ad

oles

cen

tes

e m

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eres

su

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a,

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cula

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qu

anto

se

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ntr

am e

m s

itu

ação

de

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o d

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ade,

com

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s R

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s M

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da

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de

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as N

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s U

nid

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da

Del

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cia

Juve

nil

(Dir

etri

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e R

egra

s d

as N

açõe

s U

nid

as p

ara

a Pr

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ven

s Pr

ivad

os d

e

1 S

egu

nd

o i

nfo

rma

ções

co

nst

an

tes

do

Lev

an

tam

ento

Na

cio

na

l d

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es P

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enci

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cad

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Dep

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Nac

ion

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em

201

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s e

sist

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icos

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e m

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sil.

2 N

ível

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enci

ário

Nac

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994;

Min

isté

rio

da

Just

iça/

Con

selh

o N

acio

nal

de

Polí

tica

C

rim

inal

e P

enit

enci

ária

, 199

4, p

. 65.

Page 7: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

12

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

Lib

erd

ade

e as

Reg

ras

das

Naç

ões

Un

idas

par

a o

Trat

amen

to d

e M

ulh

eres

Pre

sas

e M

edid

as

Não

Pri

vati

vas

de

Lib

erd

ade

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a as

Mu

lher

es I

nfr

ator

as (R

egra

s d

e B

angk

ok).

A a

tual

izaç

ão d

as R

egra

s M

ínim

as f

orn

ece-

nos

ori

enta

ções

atu

aliz

adas

e m

uit

o m

ais

pre

cisa

s, c

om in

stru

ções

exa

tas

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a en

fren

tar

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egli

gên

cia

esta

tal,

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stig

ian

do

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ign

idad

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daq

uel

es e

m s

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de

pri

vaçã

o d

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berd

ade

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evol

ver-

lhes

a e

ssên

cia

de

sere

s h

um

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qu

e sã

o e

, bem

po

r is

so, o

bri

gam

sej

am

res

pei

tad

os,

pro

teçã

o c

on

tra

qu

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uer

esp

écie

de

trat

amen

to o

u c

asti

go d

egra

dan

te o

u d

esu

man

o, a

com

odaç

ões

razo

ávei

s p

ara

pes

soas

com

de(

ciên

cias

fís

icas

e m

enta

is, e

ntr

e ou

tras

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ções

.

Ap

esa

r d

e o

Gov

ern

o B

rasi

leir

o t

er p

art

icip

ad

o a

tiva

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te d

as

neg

oci

açõ

es p

ara

a

ela

bo

raçã

o d

as

Reg

ras

Mín

ima

s e

sua

ap

rova

ção

na

Ass

emb

leia

Ger

al

da

s N

açõ

es U

nid

as,

em 2

015,

até

o m

omen

to n

ão e

stá

essa

nor

mat

iva

rep

ercu

tid

a em

pol

ític

as p

úb

lica

s n

o p

aís,

sin

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and

o o

qu

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car

ece

de

fom

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em

nos

so p

aís

a va

lori

zaçã

o d

as n

orm

as d

e d

irei

to

inte

rnac

ion

al d

os d

irei

tos

hu

man

os.

As

Reg

ras

de

Man

del

a p

odem

e d

evem

ser

uti

liza

das

com

o in

stru

men

tos

a se

rviç

o d

a

juri

sdiç

ão e

têm

ap

tid

ão p

ara

tran

sfor

mar

em o

par

adig

ma

de

enca

rcer

amen

to p

rati

cad

o p

ela

just

iça

bra

sile

ira.

Essa

é a

raz

ão q

ue

legi

tim

a e

esti

mu

la o

Con

selh

o N

acio

nal

de

Just

iça,

com

o m

esm

o

pro

tago

nis

mo

qu

e n

ort

eou

a o

fici

ali

zaçã

o e

div

ulg

açã

o d

as

Reg

ras

de

Ba

ngk

ok

, e

com

o

segu

nd

a a

ção

da

RIE

TR

AT

AD

OS

IN

TE

RN

AC

ION

AIS

DE

DIR

EIT

OS

HU

MA

NO

S, a

ta

mb

ém

dar

pu

bli

cid

ade

a es

sa n

orm

ativ

a tã

o re

leva

nte

, ago

ra t

rad

uzi

da

par

a o

por

tugu

ês, p

erm

itin

do

qu

e el

a am

pli

e a

rep

ercu

ssão

en

tre

os d

iver

sos

ator

es e

stat

ais

e d

a so

cied

ade

civi

l e f

orta

leça

o p

rim

ado

dos

dir

eito

s h

um

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na

situ

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de

pri

vaçã

o d

e li

ber

dad

e.

Ministro Ricardo Lewandow

ski

Pres

iden

te d

o C

onse

lho

Nac

ion

al d

e Ju

stiç

a

REG

RAS

DE

MA

ND

ELA

Page 8: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

15

REGRAS DE MANDELA

Com

issão sobre Prevenção ao Crime e

Justiça Criminal

Vigésima quarta sessão

Vie

na,

18-

22 d

e m

aio

de

2015

Item

6 d

a A

gen

da

Uso e aplicação das normas e padrões das Nações Unidas sobre prevenção ao crime e justiça criminal

África do Sul, Argentina, Áustria, Brasil, Chile, El Salvador, Equador, Estados Unidos, França, Itália,

Líbano, México, Nicarágua, Panam

á, Paraguai, Polônia, Tailândia e Uruguai: m

inuta de resolução revisada

A C

omis

são

sob

re P

reve

nçã

o ao

Cri

me

e Ju

stiç

a C

rim

inal

rec

omen

da

ao C

onse

lho

Econ

ômic

o e

Soci

al

apro

var

a se

guin

te m

inu

ta d

e re

solu

ção

par

a ad

oção

pel

a A

ssem

ble

ia G

eral

:

Regras Mínimas das Nações Unidas para o Tratam

ento de Presos (Regras de Mandela)

A A

ssem

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ia G

eral,

Gu

iada p

elos

pro

pós

itos

pri

nci

pai

s d

as N

açõe

s U

nid

as, p

rocl

amad

os n

o Pr

eâm

bulo

da

Car

ta d

as N

açõe

s

Un

idas

e n

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ecla

raçã

o U

niv

ersa

l d

e D

irei

tos

Hu

man

os,1

e in

spir

ada

na

det

erm

inaç

ão d

e re

a(rm

ar a

cren

ça n

os d

irei

tos

hu

man

os f

un

dam

enta

is, n

a d

ign

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e e

no

valo

r d

a p

esso

a h

um

ana,

sem

dis

tin

ção

de

qu

alq

uer

tip

o, e

nos

dir

eito

s ig

uai

s d

os h

omen

s e

das

mu

lher

es e

de

naç

ões

gran

des

e p

equ

enas

, par

a

esta

bele

cer

con

diç

ões

sob

as q

uai

s a

just

iça

e o

resp

eito

às

obri

gaçõ

es a

dvi

nd

as d

e tr

atad

os e

ou

tras

fon

tes

de

dir

eito

inte

rnac

ion

al p

ossa

m s

er o

bse

rvad

as e

par

a p

rom

over

o p

rogr

esso

soc

ial e

mel

hor

ar o

s p

adrõ

es

de

vid

a co

m m

aior

lib

erd

ade,

Rec

ordando

tod

os o

s p

adrõ

es e

nor

mas

sob

re p

reve

nçã

o ao

cri

me

e ju

stiç

a cr

imin

al d

esen

volv

idos

por

soli

cita

ção

da

Com

issã

o so

bre

Pre

ven

ção

ao C

rim

e e

Just

iça

Cri

min

al e

ad

otad

os o

u r

ecom

end

ados

pel

a

Ass

embl

eia

Ger

al, o

u a

dot

ados

pel

o C

ongr

esso

das

Naç

ões

Un

idas

sob

re P

reve

nçã

o ao

Cri

me

e Tr

atam

ento

de

Infr

ator

es, e

rec

onh

ecen

do

qu

e a

Dec

lara

ção

Un

iver

sal d

os D

irei

tos

Hu

man

os é

um

a fo

nte

de

insp

iraç

ão

par

a os

pad

rões

e n

orm

as s

obre

pre

ven

ção

ao c

rim

e e

just

iça

crim

inal

,

Con

sider

ando

a p

reoc

up

ação

, de

lon

ga d

ata,

das

Naç

ões

Un

idas

pel

a h

um

aniz

ação

da

just

iça

crim

inal

e d

a p

rote

ção

dos

dir

eito

s h

um

anos

, e e

nfa

tiza

nd

o a

imp

ortâ

nci

a fu

nd

amen

tal d

os d

irei

tos

hu

man

os n

a

adm

inis

traç

ão d

iári

a d

a ju

stiç

a cr

imin

al e

na

pre

ven

ção

ao c

rim

e,

Cie

nte

de

qu

e a

s R

egra

s M

ínim

as

pa

ra o

Tra

tam

ento

de

Rec

luso

s2 tê

m s

ido

as

regr

as

mín

ima

s

un

iver

salm

ente

rec

onh

ecid

as p

ara

a d

eten

ção

de

pre

sos

e q

ue

têm

sid

o d

e gr

and

e va

lor

e in

Qu

ênci

a, c

omo

guia

, no

des

envo

lvim

ento

de

leis

cor

reci

onai

s, d

e p

olít

icas

e p

ráti

cas,

des

de

de

sua

adoç

ão p

elo

Prim

eiro

Con

gres

so s

obre

Pre

ven

ção

ao C

rim

e e

Trat

amen

to d

e In

frat

ores

, em

195

5,

Con

scie

nte

de

qu

e, n

a D

ecla

raçã

o d

e Sa

lvad

or s

obre

Est

raté

gias

Glo

bais

par

a D

esa(

os G

loba

is: a

Pre

ven

ção

do

Cri

me

e o

Des

envo

lvim

ento

dos

Sis

tem

as d

e Ju

stiç

a C

rim

inal

em

um

Mu

nd

o em

Tra

nsf

orm

ação

,3 os

Esta

dos

-Mem

bros

rec

onh

ecer

am q

ue

um

sis

tem

a d

e ju

stiç

a cr

imin

al e

feti

vo, j

ust

o, r

esp

onsá

vel e

hu

man

o

é ba

sead

o n

o co

mp

rom

isso

de

salv

agu

ard

ar a

pro

teçã

o d

os d

irei

tos

hu

man

os n

a ad

min

istr

ação

da

just

iça

e

na

pre

ven

ção

e co

ntr

ole

de

crim

es, e

rec

onh

ecer

am o

val

or e

imp

acto

dos

pad

rões

e d

as n

orm

as d

as N

açõe

s

Un

idas

sob

re a

pre

ven

ção

ao c

rim

e e

just

iça

crim

inal

no

des

envo

lvim

ento

e im

ple

men

taçã

o n

acio

nal

das

pol

ític

as, p

roce

dim

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s e

pro

gram

as d

e p

reve

nçã

o ao

cri

me

e ju

stiç

a cr

imin

al;

1 R

esol

uçã

o 21

7 A

(III

).

2 H

um

an r

ights

: a c

ompi

lati

on o

f in

tern

atio

nal

inst

rum

ents

(Dir

eito

s h

um

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: um

a co

mpi

laçã

o do

s in

stru

men

tos

inte

rnac

ion

ais)

, Vol

um

e I (

Prim

eira

Pa

rte)

, Univ

ersa

l Inst

rum

ents

(In

stru

men

tos

Un

iver

sais

) (Pu

blic

ação

das

Naç

ões

Un

idas

, N. d

e C

atál

ogo

E.02

.XIV

.4 (V

. I, P

arte

1))

, seç

ão J,

N. 3

4.

3 R

esol

uçã

o n

. 65/

230,

an

exo.

Page 9: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

1617

REGRAS DE MANDELA

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

Levando

em c

onsi

der

açã

o o

des

envo

lvim

ento

pro

gres

sivo

do

dir

eito

inte

rnac

ion

al n

o tr

atam

ento

de

pre

sos,

des

de

1955

, in

clu

sive

em

inst

rum

ento

s in

tern

acio

nai

s co

mo

o Pa

cto

Inte

rnac

ion

al s

obre

Dir

eito

s C

ivis

e

Polí

tico

s, o

Pac

to In

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acio

nal

de

Dir

eito

s Ec

onôm

icos

, Soc

iais

e C

ult

ura

is,4 e

a C

onve

nçã

o co

ntr

a To

rtu

ra

e O

utr

os T

rata

men

tos

e Pe

nas

Cru

éis,

Des

um

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e D

egra

dan

tes5 e

o s

eu P

roto

colo

Fac

ult

ativ

o,6

Rec

ordan

do

os p

adrõ

es e

as

nor

mas

das

Naç

ões

Un

idas

sob

re p

reve

nçã

o ao

cri

me

e ju

stiç

a cr

imin

al

rela

cion

ados

com

o t

rata

men

to d

e p

reso

s e

med

idas

alt

ern

ativ

as a

o en

carc

eram

ento

, ad

otad

os d

esd

e 19

55,

em p

arti

cula

r, os

pro

ced

imen

tos

par

a a

efet

iva

imp

lan

taçã

o d

as R

egra

s M

ínim

as p

ara

o Tr

atam

ento

dos

Rec

luso

s,7 o

con

jun

to d

e Pr

incí

pio

s p

ara

a Pr

oteç

ão d

e To

das

as

Pess

oas

Sub

met

idas

a Q

ual

qu

er F

orm

a d

e

Det

ençã

o ou

Pri

são,

8 os

Prin

cíp

ios

Bás

icos

par

a o

Trat

amen

to d

e R

eclu

sos,

9 as

Reg

ras

Mín

imas

das

Naç

ões

Un

idas

par

a a

Elab

oraç

ão d

e M

edid

as n

ão P

riva

tiva

s d

e Li

berd

ade

(Reg

ras

de

Tóq

uio

)10 e

os

pri

ncí

pio

s bá

sico

s

sob

re a

uti

liza

ção

de

pro

gram

as d

e ju

stiç

a re

stau

rati

va e

m m

atér

ia c

rim

inal

,11

Con

sider

ando

a n

eces

sid

ade

de

vigi

ar a

sit

uaç

ão e

spec

ial

das

cri

ança

s, d

os j

oven

s e

das

mu

lher

es n

a

adm

inis

traç

ão d

a ju

stiç

a, e

m p

arti

cula

r, qu

ando

est

ão p

riva

dos

de li

berd

ade,

con

form

e as

Reg

ras

Mín

imas

das

Naç

ões

Un

idas

par

a a

Ad

min

istr

ação

da

Just

iça

Juve

nil

(Reg

ras

de

Peq

uim

),12 o

s Pr

incí

pio

s O

rien

tad

ores

das

Naç

ões

Un

idas

par

a a

Prev

ençã

o da

Del

inqu

ênci

a Ju

ven

il (P

rin

cípi

os O

rien

tado

res

de R

iad)

,13 a

s R

egra

s da

s N

açõe

s

Un

idas

par

a a

Prot

eção

dos

Jove

ns

Priv

ados

de

Libe

rdad

e14 e

as

Reg

ras

das

Naç

ões

Un

idas

par

a o

Trat

amen

to d

e

Mu

lher

es P

resa

s e

Med

idas

Não

Pri

vati

vas

de L

iber

dade

par

a M

ulh

eres

Infr

ator

as (R

egra

s de

Ban

gkok

),15

Rec

ordan

do

os p

adrõ

es e

as

nor

mas

das

Naç

ões

Un

idas

sob

re p

reve

nçã

o ao

cri

me

e ju

stiç

a cr

imin

al,

ad

ota

do

s d

esd

e 19

55,

qu

e fo

rnec

em d

iret

rize

s a

dic

ion

ais

so

bre

o t

rata

men

to d

e p

reso

s, i

ncl

uin

do

o

Cód

igo

de

Con

du

ta p

ara

Poli

ciai

s,16

os

Prin

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ios

de

Étic

a M

édic

a A

pli

cáve

is à

Fu

nçã

o d

o Pe

ssoa

l de

Saú

de,

esp

ecia

lmen

te a

os M

édic

os, n

a Pr

oteç

ão d

e Pr

isio

nei

ros

ou D

etid

os c

ontr

a a

Tort

ura

e o

utr

os T

rata

men

tos

ou P

enas

Cru

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Des

um

anos

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Deg

rad

ante

s,17

os

Prin

cíp

ios

Bás

icos

sob

re o

Uso

da

Forç

a e

Arm

as d

e Fo

go

pel

os F

un

cion

ário

s R

esp

onsá

veis

pel

a A

pli

caçã

o d

a Le

i,18 o

s Pr

incí

pio

s so

bre

a In

vest

igaç

ão e

Doc

um

enta

ção

Efet

iva

da

Tort

ura

e O

utr

os T

rata

men

tos

ou P

enas

Cru

éis,

Des

um

anos

ou

Deg

rad

ante

s,19

e o

s Pr

incí

pio

s e

Dir

etri

zes

sob

re o

Ace

sso

à A

ssis

tên

cia

Lega

l nos

Sis

tem

as d

e Ju

stiç

a C

rim

inal

,20

Cie

nte

de

pri

ncí

pio

s e

pad

rões

reg

ion

ais

rela

cion

ados

ao

trat

amen

to d

e p

reso

s, in

clu

ind

o os

Pri

ncí

pio

s

e B

oas

Prát

icas

par

a a

Prot

eção

das

Pes

soas

Pri

vad

as d

e Li

ber

dad

e n

as A

mér

icas

, a r

evis

ão d

as R

egra

s

Pen

iten

ciár

ias

Euro

pei

as, a

Dec

lara

ção

de

Kam

pal

a so

bre

a C

ond

içõe

s Pr

isio

nai

s n

a Á

fric

a,21

a D

ecla

raçã

o

de

Aru

sha

sobr

e B

oas

Prát

icas

Pri

sion

ais22

e o

s Pr

incí

pio

s e

Dir

etri

zes

sobr

e o

Dir

eito

a u

m Ju

lgam

ento

Just

o

e A

ssis

tên

cia

Jurí

dic

a n

a Á

fric

a,

4 C

f. R

esol

uçã

o n

. 2.2

00 A

(XX

I), a

nex

o.

5 N

açõe

s U

nid

as, T

reaty

Ser

ies

(Sér

ie T

rata

dos

), v.

1.4

65, n

. 24.

841.

6 Ib

id.,

v. 2

.375

, n. 2

4.84

1.

7 C

onse

lho

Econ

ômic

o e

Soci

al, R

esol

uçã

o n

. 1.9

84/1

947,

an

exo.

8 R

esol

uçã

o n

. 43/

173,

an

exo.

9 R

esol

uçã

o n

. 45/

111,

an

exo.

10

Res

olu

ção

n. 4

5/11

0, a

nex

o.

11

Con

selh

o Ec

onôm

ico

e So

cial

, Res

olu

ção

n. 2

002/

12, a

nex

o.

12

Res

olu

ção

n. 4

0/33

, an

exo.

13

Res

olu

ção

n. 4

5/11

2, a

nex

o.

14

Res

olu

ção

n. 4

5/11

3, a

nex

o.

15

Res

olu

ção

n. 6

5/22

9, a

nex

o.

16

Res

olu

ção

n. 3

4/16

9, a

nex

o.

17

Res

olu

ção

n. 3

7/19

4, a

nex

o.

18

Eig

hth

Unit

ed N

ati

ons

Con

gre

ss o

n t

he

Pre

ven

tion

of

Cri

me

and t

he

Trea

tmen

t of

Off

ender

s, H

avana, C

uba, 2

7 A

ugu

st-7

Sep

tem

ber

1990: r

epor

t pre

pare

d

by t

he

Sec

reta

riat

(8°

Con

gres

so d

as N

açõe

s U

nid

as s

obre

a P

reve

nçã

o ao

Cri

me

e o

Trat

amen

to d

e In

frat

ores

, Hav

ana,

Cu

ba, 2

7 d

e ag

osto

a 7

d

e se

tem

bro

de

1990

: rel

atór

io p

rep

arad

o p

elo

Secr

etar

iad

o) (P

ubl

icaç

ão d

as N

açõe

s U

nid

as, n

. de

Cat

álog

o E.

91.IV

.2),

cap.

I, s

eção

B.2

, an

exo.

19

Res

olu

ção

n. 5

5/89

, an

exo.

20

Res

olu

ção

n. 6

7/18

7, a

nex

o.

21

Con

selh

o Ec

onôm

ico

e So

cial

, Res

olu

ção

n. 1

997/

36, a

nex

o.

22

Con

selh

o Ec

onôm

ico

e So

cial

, Res

olu

ção

n. 1

999/

27, a

nex

o.

Rec

ordando

sua

Res

olu

ção

n. 6

5/23

0, d

e 21

de

dez

emb

ro d

e 20

10, i

nti

tula

da

12º

Con

gres

so d

as N

açõe

s

Un

idas

sob

re P

reve

nçã

o ao

Cri

me

e Ju

stiç

a C

rim

inal

, na

qu

al s

olic

ita

à C

omis

são

sobr

e Pr

even

ção

ao C

rim

e

e Ju

stiç

a C

rim

inal

o e

stab

elec

imen

to d

e u

m g

rup

o in

terg

over

nam

enta

l de

esp

ecia

lista

s co

m m

and

ato

aber

to

par

a a

troc

a d

e in

form

açõe

s so

bre

boas

prá

tica

s, b

em c

omo

sobr

e le

gisl

açõe

s n

acio

nai

s e

leis

inte

rnac

ion

ais

exis

ten

tes,

e s

obre

a r

evis

ão d

as R

egra

s M

ínim

as d

as N

açõe

s U

nid

as p

ara

o Tr

atam

ento

de

Rec

luso

s, d

e

form

a a

reQ

etir

em o

s av

anço

s d

a ci

ênci

a d

a ad

min

istr

ação

jud

icia

l e a

s b

oas

prá

tica

s,

Rec

ordando,

tam

bém

, su

as R

esol

uçõ

es n

. 67/

188,

de

20 d

e d

ezem

bro

de

2012

; n. 6

8/19

0, d

e 18

de

dez

embr

o

de

2014

, e n

. 69/

192,

de

18 d

e d

ezem

bro

de

2014

, in

titu

lad

a R

egra

s M

ínim

as p

ara

o Tr

atam

ento

de

Rec

luso

s;

em e

spec

ial,

a R

esol

uçã

o n

. 68/

190,

na

qu

al t

oma

not

a co

m a

pre

ço d

o tr

abal

ho

real

izad

o p

elo

gru

po

de

esp

ecia

lista

s so

bre

as R

egra

s M

ínim

as p

ara

o Tr

atam

ento

de

Pres

os; e

a R

esol

uçã

o n

. 69/

192,

na

qu

al e

nfa

tiza

qu

e es

forç

os d

evem

ser

em

pre

end

idos

par

a (

nal

izar

o p

roce

sso

de

revi

são,

bas

ead

o n

as r

ecom

end

açõe

s

elab

orad

as n

as t

rês

reu

niõ

es d

o gr

up

o d

e es

pec

iali

stas

e n

as s

ub

mis

sões

aos

Est

ados

-Mem

bro

s,

Con

scie

nte

de

qu

e, n

a su

a R

esol

uçã

o n

. 68/

190,

levo

u e

m c

onsi

der

ação

as

reco

men

daç

ões

do

gru

po

de

esp

ecia

list

as q

uan

to à

s q

ues

tões

e r

egra

s d

as R

egra

s M

ínim

as p

ara

o Tr

atam

ento

de

Rec

luso

s q

ue

hav

iam

sid

o id

enti

(ca

das

par

a re

visã

o, n

as s

egu

inte

s ár

eas:

(a) R

esp

eito

à d

ign

idad

e e

valo

r in

eren

tes

aos

sere

s h

um

anos

(Reg

ras

6, p

ar. 1

; 57-

59; e

60,

par

. 1),

(b) S

ervi

ços

méd

icos

e d

e sa

úd

e (R

egra

s 22

-26;

52;

62;

e 7

1; p

ar. 2

),

(c)

Med

idas

dis

cip

linar

es e

san

ções

, in

clu

ind

o o

pap

el d

os p

ro(

ssio

nai

s d

e sa

úd

e, a

s p

enas

de

isol

amen

to,

e a

red

uçã

o d

a al

imen

taçã

o (R

egra

s 27

; 29;

31;

e 3

2),

(d) I

nve

stig

ação

de

tod

as a

s m

orte

s em

cu

stód

ia, b

em c

omo

de

qu

alq

uer

sin

al o

u a

lega

ção

de

tort

ura

;

ou t

rata

men

to o

u p

un

ição

des

um

anos

, ou

deg

rad

ante

s (R

egra

7 e

as

Reg

ras

pro

pos

tas

44 b

is e

54

bis)

,

(e) P

rote

ção

e n

eces

sid

ades

esp

ecia

is d

os g

rup

os d

e vu

lner

abil

idad

e p

riva

dos

de

libe

rdad

e, le

van

do

em

con

sid

eraç

ão p

aíse

s em

cir

cun

stân

cias

dif

ícei

s (R

egra

s 6

e 7)

,

(f)

O d

irei

to à

ass

istê

nci

a ju

ríd

ica

(Reg

ras

30; 3

5, p

ar. 1

; 37;

e 9

3),

(g) Q

uei

xas

e in

speç

ões

exte

rnas

(Reg

ras

36 e

55)

,

(h) S

ub

stit

uiç

ão d

e te

rmin

olog

ias

def

asad

as (R

egra

s 22

-26;

62;

82 e

83,

alé

m d

e d

iver

sas

outr

as),

(i)

Cap

acit

ação

de

pes

soal

rel

evan

te p

ara

a im

ple

men

taçã

o d

as R

egra

s M

ínim

as (R

egra

47)

,

Con

scie

nte

, ta

mbém

, de

qu

e, n

a R

esol

uçã

o n

. 69/

192,

rei

tero

u q

ue

qu

alq

uer

alt

eraç

ão à

s R

egra

s p

ara

o

Trat

amen

to d

e R

eclu

sos

não

dev

eria

ab

ran

dar

nen

hu

m p

adrã

o ex

iste

nte

, mas

dev

eria

reQ

etir

os

avan

ços

na

ciên

cia

da

adm

inis

traç

ão ju

dic

ial e

as

boa

s p

ráti

cas,

de

form

a a

pro

mov

er a

seg

ura

nça

e a

s co

nd

içõe

s

hu

man

itár

ias

dos

pre

sos,

Con

scie

nte

, ain

da, d

o ex

ten

so p

roce

sso

de

con

sult

as q

ue

culm

inar

am n

as r

ecom

end

açõe

s d

o gr

up

o d

e

esp

ecia

list

as, u

m p

roce

sso

com

du

raçã

o d

e 5

anos

, qu

e co

nsi

stiu

em

pré

-con

sult

as t

écn

icas

; em

reu

niõ

es

em V

ien

a;

Bu

eno

s A

ires

; e

Cid

ad

e d

o C

ab

o, Á

fric

a d

o S

ul;

e n

a p

art

icip

açã

o a

tiva

e c

on

trib

uiç

ões

do

s

Esta

dos

-Mem

bros

de

tod

as a

s re

giõe

s, a

sses

sora

dos

pel

os r

epre

sen

tan

tes

da

red

e d

o p

rogr

ama

de

pre

ven

ção

ao c

rim

e e

just

iça

crim

inal

das

Naç

ões

Un

idas

e o

utr

as e

nti

dad

es d

a O

NU

, in

clu

ind

o o

Alt

o C

omis

sari

ado

das

Naç

ões

Un

idas

par

a D

irei

tos

Hu

man

os, o

Su

bco

mit

ê d

e Pr

even

ção

à To

rtu

ra e

Ou

tros

Tra

tam

ento

s e

Pen

as C

ruéi

s, D

esu

man

os o

u D

egra

dan

tes,

e o

Esc

ritó

rio

das

Naç

ões

Un

idas

sob

re D

roga

s e

Cri

mes

; das

orga

niz

açõe

s in

terg

over

nam

enta

is, q

ue

incl

ui

o C

omit

ê In

tern

acio

nal

da

Cru

z V

erm

elh

a; d

as a

gên

cias

esp

ecia

lizad

as d

o si

stem

a d

as N

açõe

s U

nid

as, i

ncl

uin

do

a O

rgan

izaç

ão M

un

dia

l de

Saú

de;

e d

e or

gan

izaç

ões

não

gov

ern

amen

tais

e e

spec

iali

stas

na

área

da

ciên

cia

da

adm

inis

traç

ão ju

dic

ial e

dir

eito

s h

um

anos

,

Rec

ordan

do

sua

Res

olu

ção

n. 6

9/17

2, d

e 18

de

dez

emb

ro d

e 20

14, i

nti

tula

da

Dir

eito

s H

um

an

os

e a

Ad

min

istr

ação

da

Just

iça,

na

qu

al fo

i rec

onh

ecid

a a

imp

ortâ

nci

a d

o p

rin

cíp

io d

e q

ue,

exc

eto

pel

as li

mit

açõe

s

Page 10: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

1819

REGRAS DE MANDELA

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

det

erm

inad

as p

or le

i cla

ram

ente

nec

essá

rias

ao

fato

do

enca

rcer

amen

to, a

s p

esso

as p

riva

das

de

libe

rdad

e

dev

em m

an

ter

seu

s d

irei

tos

hu

ma

no

s ir

revo

gáve

is e

to

do

s o

s d

ema

is d

irei

tos

hu

ma

no

s e

lib

erd

ad

es

fun

dam

enta

is; e

rec

ord

ado

qu

e a

reab

ilit

ação

soc

ial

e a

rein

tegr

ação

das

pes

soas

pri

vad

as d

e li

ber

dad

e

dev

em s

er o

bje

tivo

s p

rin

cip

ais

do

sist

ema

de

just

iça

crim

inal

, ass

egu

ran

do,

na

med

ida

do

pos

síve

l, q

ue

os

infr

ator

es s

ejam

cap

azes

de

leva

r u

ma

vid

a au

toss

u(

cien

te, c

om r

esp

eito

às

leis

, ao

reto

rnar

em à

soc

ied

ade;

e ob

serv

aram

, inte

r alia, o

com

entá

rio

gera

l n. 2

1 so

bre

o t

rata

men

to h

um

anit

ário

das

pes

soas

pri

vad

as d

e

lib

erd

ade,

ad

otad

o p

elo

Com

itê

de

Dir

eito

s H

um

anos

,23

1. E

xpre

ssa s

ua g

rati

dão

e apre

ço a

o G

over

no

da

Áfr

ica

do

Sul

por

atu

ar c

omo

an(

triã

o d

a re

un

ião

do

gru

po

de

esp

ecia

list

as s

obre

as

Reg

ras

Mín

imas

par

a o

Trat

amen

to d

os P

reso

s, r

eali

zad

a n

a C

idad

e d

o

Cab

o, Á

fric

a d

o Su

l, d

e 2

a 5

de

mar

ço d

e 20

15, e

pel

o ap

oio

(n

ance

iro

e li

der

ança

du

ran

te t

odo

o p

roce

sso

de

revi

são,

e o

bse

rva

com

ap

reço

o c

onse

nso

alc

ança

do

nas

nov

e ár

eas

tem

átic

as e

as

regr

as a

pon

tad

as

par

a re

visã

o p

elo

gru

po

de

esp

ecia

list

as e

m r

eun

iões

pré

vias

;24

2. E

xpr

essa

seu

apr

eço

ao G

over

no

da

Arg

enti

na

por

atu

ar c

omo

an(

triã

o e

(n

anci

ar a

reu

niã

o d

o gr

up

o d

e

esp

ecia

list

as e

m B

uen

os A

ires

, de

11 a

13

de

dez

embr

o d

e 20

12, e

ao

Gov

ern

o d

o B

rasi

l pel

a su

a co

ntr

ibu

ição

(n

ance

ira

par

a a

reu

niã

o d

o gr

up

o d

e es

pec

iali

stas

rea

liza

da

em V

ien

a, d

e 25

a 2

8 d

e m

arço

de

2014

;

3. R

econ

hec

e o

va

lio

so t

rab

alh

o d

esen

volv

ido

pel

a s

ecre

tari

a d

a r

eun

ião

do

gru

po

de

esp

ecia

list

as

real

izad

a em

Vie

na,

em

201

4, n

a p

rep

araç

ão, c

om a

ass

istê

nci

a d

o Se

cret

aria

do,

da

doc

um

enta

ção

par

a a

reu

niã

o n

a C

idad

e d

o C

abo,

Áfr

ica

do

Sul,

em 2

015,

em

par

ticu

lar

a m

inu

ta c

onso

lid

ada

revi

sad

a;25

4. T

oma n

ota q

ue

na

Dec

lara

ção

de

Doh

a so

bre

a In

tegr

ação

da

Prev

ençã

o ao

Cri

me

e Ju

stiç

a C

rim

inal

à

Age

nd

a A

mp

la d

as N

açõe

s U

nid

as c

omo

Form

a d

e En

fren

tar

Des

a(os

Soc

iais

e E

con

ômic

os e

de

Prom

over

o Es

tad

o d

e D

irei

to e

m N

ível

Nac

ion

al e

Inte

rnac

ion

al e

Par

tici

paç

ão P

úbl

ica,

26 a

dot

ada

pel

o 13

º Con

gres

so

das

Naç

ões

Un

idas

sob

re P

reve

nçã

o ao

Cri

me

e Ju

stiç

a C

rim

inal

, rea

liza

do

em D

oha,

de

12 a

19

de

abri

l de

2015

, o 1

3º C

ongr

esso

aco

lheu

o t

rab

alh

o d

o gr

up

o d

e es

pec

iali

stas

, e t

omou

not

a d

a m

inu

ta a

tual

izad

a

das

Reg

ras

Mín

imas

par

a o

Trat

amen

to d

os P

reso

s, c

onfo

rme

(n

aliz

ado

pel

o gr

up

o d

e es

pec

iali

stas

na

reu

niã

o re

aliz

ada

na

Cid

ade

do

Cab

o, Á

fric

a d

o Su

l, em

mar

ço d

e 20

15;

5. A

dot

a a

pro

pos

ta d

e re

visã

o d

as R

egra

s M

ínim

as p

ara

o Tr

atam

ento

de

Pres

os, a

nex

adas

à p

rese

nte

Res

olu

ção,

com

o as

Reg

ras

Mín

imas

das

Naç

ões

Un

idas

par

a o

Trat

amen

to d

e Pr

esos

;

6. A

pro

va a

rec

omen

daç

ão d

o gr

up

o d

e es

pec

iali

stas

de

qu

e as

Reg

ras

seja

m c

onh

ecid

as c

omo

“Reg

ras

de

Man

del

a”, p

ara

hon

rar

o le

gad

o d

o ex

-Pre

sid

ente

da

Áfr

ica

do

Sul,

Nel

son

Rol

ihla

hla

Man

del

a, q

ue

pas

sou

27

anos

na

pri

são

du

ran

te s

ua

luta

pel

os d

irei

tos

hu

man

os g

loba

is, p

ela

igu

ald

ade,

pel

a d

emoc

raci

a

e p

ela

pro

moç

ão d

a cu

ltu

ra d

e p

az;

7. D

ecid

e es

ten

der

o e

scop

o d

o D

ia I

nte

rnac

ion

al N

elso

n M

and

ela,

ob

serv

ado

tod

os o

s an

os n

o d

ia 1

8

de

julh

o,27

par

a ta

mb

ém s

er c

onh

ecid

o co

mo

o D

ia M

and

ela

dos

Dir

eito

s d

os P

reso

s, c

om o

ob

jeti

vo d

e

pro

mov

er c

ond

içõe

s h

um

anit

ária

s d

e en

carc

eram

ento

, de

con

scie

nti

zar

par

a o

fato

de

qu

e os

pre

sos

são

mem

bro

s p

erm

anen

tes

da

soci

edad

e e

de

valo

riza

r o

trab

alh

o d

os f

un

cion

ário

s d

e se

rviç

os p

enai

s co

mo

um

ser

viço

soc

ial d

e p

arti

cula

r im

por

tân

cia,

e, p

ara

este

(m

, con

vid

a os

Est

ados

-Mem

bros

, as

orga

niz

açõe

s

regi

onai

s e

as o

rgan

izaç

ões

do

sist

ema

das

Naç

ões

Un

idas

a c

eleb

rar

a oc

asiã

o d

e fo

rma

apro

pri

ada;

8. R

ea%rm

a, n

o co

nte

xto

do p

arág

rafo

5 a

cim

a, a

s ob

serv

açõe

s pr

elim

inar

es à

s R

egra

s de

Man

dela

, des

taca

o

cará

ter n

ão v

incu

lan

te d

as R

egra

s de

Man

dela

, rec

onh

ece

a va

ried

ade

das

con

diçõ

es ju

rídi

cas

dos

Esta

dos-

Mem

bros

e, n

esse

sen

tido

, rec

onh

ece

que

os E

stad

os-M

embr

os p

odem

ada

ptar

a a

plic

ação

das

Reg

ras

de M

ande

la a

os s

eus

sist

emas

jurí

dico

s, c

onfo

rme

apro

pria

do, l

evan

do e

m c

onsi

dera

ção

o es

píri

to e

pro

pósi

to d

as R

egra

s;

23

Of%

cial R

ecor

ds

of t

he

Gen

eral A

ssem

bly

, For

ty-s

even

th S

essi

on, S

upple

men

t N

.. 40 (A

/47/

40) (

Rel

atór

ios

O(

ciai

s d

a A

ssem

ble

ia G

eral

, 47ª

Ses

são,

Su

ple

men

to n

. 40

(A/4

7/40

)), a

nex

o V

I.B.

24

Cf.

E/C

N.1

5/20

15/1

7.

25

UN

OD

C/C

CPC

J/EG

.6/2

015/

2.

26

A/C

ON

F.22

2/17

, cap

. I, R

esol

uçã

o n

. 1.

27

Res

olu

ção

n. 6

4/13

.

9. I

nce

nti

va o

s Es

tad

os-M

emb

ros

a en

vid

arem

esf

orço

s p

ara

a m

elh

oria

das

con

diç

ões

dos

det

ento

s,

con

sist

ente

s co

m a

s R

egra

s d

e M

and

ela

e to

dos

os

dem

ais

pad

rões

e n

orm

as d

as N

açõe

s U

nid

as r

elev

ante

s

e ap

licá

veis

sob

re p

reve

nçã

o ao

cri

me

e ju

stiç

a cr

imin

al, a

con

tin

uar

em a

tro

ca d

e bo

as p

ráti

cas,

de

form

a a

iden

ti(

car

des

a(os

na

imp

lem

enta

ção

das

Reg

ras,

e a

com

par

tilh

arem

su

as e

xper

iên

cias

no

enfr

enta

men

to

des

ses

des

a(os

;

10. C

onvid

a a

Com

issã

o so

bre

Pre

ven

ção

ao C

rim

e e

Just

iça

Cri

min

al a

con

sid

erar

, em

su

as p

róxi

mas

sess

ões,

rec

onvo

car

o gr

up

o in

terg

over

nam

enta

l d

e es

pec

iali

stas

com

man

dat

o ab

erto

sob

re a

s R

egra

s

Mín

imas

par

a o

Trat

amen

to d

e Pr

esos

, com

o o

bjet

ivo

de

iden

ti(

car

as li

ções

ap

ren

did

as, o

s m

eios

par

a d

ar

con

tin

uid

ade

à tr

oca

de

boa

s p

ráti

cas

e d

os d

esa(

os e

nfr

enta

dos

na

imp

lem

enta

ção

das

Reg

ras;

11. I

nce

nti

va o

s E

sta

do

s-M

emb

ros

a p

rom

over

a i

mp

lem

enta

ção

da

s R

egra

s d

as

Na

ções

Un

ida

s d

e

Pro

teçã

o d

os

Jove

ns

Priv

ad

os

de

Lib

erd

ad

e14

e d

as

Reg

ras

da

s N

açõ

es U

nid

as

pa

ra o

Tra

tam

ento

de

Mu

lher

es P

resa

s e

Med

idas

Não

Pri

vati

vas

de

Lib

erd

ade

par

a M

ulh

eres

In

frat

oras

(Reg

ras

de

Ban

gkok

);15

12. R

ecom

enda

aos

Est

ados

-Mem

bros

con

tin

uar

a e

nvi

dar

esfo

rços

par

a re

duzi

r a

supe

rlot

ação

car

cerá

ria

e,

ond

e fo

r p

ossí

vel,

a re

corr

er à

s m

edid

as n

ão p

riva

tiva

s d

e lib

erd

ade

com

o al

tern

ativ

as à

det

ençã

o p

reve

nti

va,

a p

rom

over

o a

um

ento

do

aces

so à

just

iça

e ao

s m

ecan

ism

os ju

ríd

icos

de

def

esa,

a r

efor

çar

alte

rnat

ivas

ao

enca

rcer

amen

to, e

a a

poi

ar p

rogr

amas

de

reab

ilita

ção

e in

tegr

ação

soc

ial,

de

acor

do

com

as

Reg

ras

Mín

imas

das

Naç

ões

Un

idas

par

a a

Elab

oraç

ão d

e M

edid

as n

ão P

riva

tiva

s d

e Li

berd

ade

(Reg

ras

de

Tóq

uio

);10

13. O

bse

rva a

im

po

rtâ

nci

a d

e u

m i

nte

rcâ

mb

io v

olu

ntá

rio

de

exp

eriê

nci

as

e b

oa

s p

ráti

cas

entr

e o

s

Esta

dos

-Mem

bro

s e

com

as

enti

dad

es i

nte

rnac

ion

ais

rele

van

tes,

on

de

apro

pri

ado,

e o

for

nec

imen

to d

e

assi

stên

cia

técn

ica

aos

Esta

dos

-Mem

bro

s, p

ara

a m

elh

oria

da

imp

lem

enta

ção

das

Reg

ras

de

Man

del

a,

con

form

e so

lici

tad

o;

14.

Ince

nti

va o

s E

sta

do

s-M

emb

ros

a c

on

sid

era

ram

a a

loca

ção

ad

equ

ad

a d

e re

curs

os

hu

ma

no

s e

(n

ance

iros

par

a p

rest

ar a

ssis

tên

cia

na

mel

hor

ia d

as c

ond

içõe

s p

risi

onai

s e

da

imp

lem

enta

ção

das

Reg

ras

de

Man

del

a;

15. S

olic

ita a

o Es

crit

ório

das

Naç

ões

Un

idas

sob

re D

roga

s e

Cri

me

asse

gura

r a

amp

la d

isse

min

ação

das

Reg

ras

de

Man

del

a, e

lab

orar

mat

eria

l d

e or

ien

taçã

o e

pro

vid

enci

ar a

ssis

tên

cia

técn

ica

e co

nsu

ltor

ia

ao

s E

sta

do

s-M

emb

ros

na

áre

a d

e re

form

a p

ena

l, d

e fo

rma

a d

esen

volv

er e

fo

rta

lece

r a

leg

isla

ção,

os

pro

ced

imen

tos,

as

pol

ític

as e

prá

tica

s p

enit

enci

ária

s d

e ac

ord

o co

m a

s R

egra

s;

16. L

ouva a

Com

issã

o so

bre

Pre

ven

ção

ao C

rim

e e

Just

iça

Cri

min

al p

elas

con

tín

uas

con

trib

uiç

ões

ao

mel

hor

amen

to n

a ad

min

istr

ação

da

just

iça

por

mei

o d

o d

esen

volv

imen

to e

ap

erfe

içoa

men

to d

os p

adrõ

es e

nor

mas

inte

rnac

ion

ais

em m

atér

ia d

e p

reve

nçã

o ao

cri

me

e ju

stiç

a cr

imin

al, e

inci

ta o

s Es

tad

os-M

emb

ros

a p

ross

egu

ir c

om s

eus

esfo

rços

nes

te s

enti

do;

17. S

olic

ita a

o Es

crit

ório

das

Naç

ões

Un

idas

sob

re D

roga

s e

Cri

me

a se

guir

ince

nti

van

do

o u

so e

ap

lica

ção

dos

pad

rões

e n

orm

as d

as N

açõe

s U

nid

as s

obre

pre

ven

ção

ao c

rim

e e

just

iça

crim

inal

por

mei

o, in

ter

alia,

de

con

sult

oria

e a

ssis

tên

cia

técn

ica

aos

Esta

dos

-Mem

bro

s, c

onfo

rme

soli

cita

do,

in

clu

ind

o a

assi

stên

cia

sobr

e p

reve

nçã

o ao

cri

me;

sob

re ju

stiç

a cr

imin

al e

ap

lica

ção

de

leis

; e n

a or

gan

izaç

ão d

e tr

ein

amen

to p

ara

agen

tes

pol

icia

is, d

e p

reve

nçã

o ao

cri

me,

e d

e ju

stiç

a cr

imin

al, a

lém

de

apoi

ar a

ad

min

istr

ação

e g

estã

o d

os

sist

emas

pen

ais

e p

risi

onai

s, c

ontr

ibu

ind

o, a

ssim

, par

a o

aper

feiç

oam

ento

de

sua

e(ci

ênci

a e

cap

acid

ades

;

18. C

onvid

a o

s Es

tad

os-M

emb

ros

e ou

tros

doa

dor

es a

for

nec

er r

ecu

rsos

ext

raor

çam

entá

rios

par

a ta

is

pro

pós

itos

, em

con

form

idad

e co

m a

s re

gras

e p

roce

dim

ento

s d

as N

açõe

s U

nid

as;

19. A

%rm

a a

imp

ortâ

nci

a d

a re

de

do

pro

gram

a d

as N

açõe

s U

nid

as s

obre

a p

reve

nçã

o ao

cri

me

e ju

stiç

a

crim

inal

, das

org

aniz

açõe

s in

terg

over

nam

enta

is e

das

org

aniz

açõe

s n

ão g

over

nam

enta

is, c

omo

fon

te

con

sult

iva

do

Co

nse

lho

Eco

mic

o e

So

cia

l n

o p

roce

sso

de

revi

são

e n

a c

on

trib

uiç

ão

pa

ra a

dif

usã

o,

pro

moç

ão e

ap

lica

ção

prá

tica

das

Reg

ras

de

Man

del

a, e

m c

onfo

rmid

ade

com

os

pro

ced

imen

tos

par

a su

a

efet

iva

imp

lan

taçã

o.

Page 11: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

2021

REGRAS DE MANDELA

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

ANEXO

Regras Mínimas das Nações Unidas para o Tratam

ento de

Presos (Regras de Mandela)28

Observações Preliminares

Obse

rvaçã

o pre

lim

inar

1

As

segu

inte

s R

egra

s n

ão

pre

ten

dem

des

crev

er e

m d

eta

lhes

um

mo

del

o d

e si

stem

a p

risi

on

al.

Ela

s

busc

am s

omen

te, c

om b

ase

no

con

sen

so g

eral

do

pen

sam

ento

con

tem

por

âneo

e n

os e

lem

ento

s es

sen

ciai

s

dos

mai

s ad

equ

ados

sis

tem

as d

e h

oje,

est

abel

ecer

os

bon

s p

rin

cíp

ios

e p

ráti

cas

no

trat

amen

to d

e p

reso

s

e n

a ge

stão

pri

sion

al.

Obse

rvaçã

o pre

lim

inar

2

1. T

end

o em

vis

ta a

gra

nd

e va

ried

ade

das

con

diç

ões

jurí

dic

as, s

ocia

is, e

con

ômic

as e

geo

grá(

cas

no

mu

nd

o, é

evi

den

te q

ue

nem

tod

as a

s re

gras

pod

em s

er s

emp

re a

pli

cad

as e

m t

odos

os

luga

res.

Dev

em,

entr

etan

to, s

ervi

r co

mo

estí

mu

lo p

ara

o co

nst

ante

em

pen

ho

na

sup

eraç

ão d

as d

i(cu

ldad

es p

ráti

cas

qu

e se

opõe

m a

su

a ap

lica

ção,

na

cert

eza

de

qu

e re

pre

sen

tam

, em

seu

con

jun

to, a

s co

nd

içõe

s m

ínim

as a

ceit

ávei

s

pel

as N

açõe

s U

nid

as.

2.

Por

ou

tro

la

do,

as

regr

as

ab

ran

gem

um

a á

rea

na

qu

al

o p

ensa

men

to e

stá

em

co

nst

an

te

des

envo

lvim

ento

. Não

pre

ten

dem

im

ped

ir e

xper

iên

cias

e p

ráti

cas,

des

de

qu

e es

sas

se c

oad

un

em c

om

os p

rin

cíp

ios

e ob

jeti

vos

qu

e em

anam

do

text

o d

as R

egra

s. D

e ac

ord

o co

m e

sse

esp

írit

o, a

ad

min

istr

ação

pri

sion

al c

entr

al s

emp

re p

oder

á au

tori

zar

qu

alq

uer

exc

eção

às

regr

as.

Obse

rvaçã

o pre

lim

inar

3

1. A

pri

mei

ra p

arte

das

Reg

ras

trat

a d

a ad

min

istr

ação

ger

al d

os e

stab

elec

imen

tos

pri

sion

ais

e ap

lica

-se

a to

das

as

cate

gori

as d

e p

reso

s, c

rim

inai

s ou

civ

is, e

m p

risã

o p

reve

nti

va o

u c

ond

enad

os, i

ncl

usi

ve o

s q

ue

este

jam

em

med

idas

de

segu

ran

ça o

u m

edid

as c

orre

tiva

s or

den

adas

pel

o ju

iz.

2. A

seg

un

da

par

te c

onté

m r

egra

s ap

licá

veis

som

ente

às

cate

gori

as e

spec

iais

tra

tad

as e

m c

ada

Seçã

o.

Co

ntu

do,

as

regr

as

na

Seç

ão

A,

apli

cáve

is a

pre

sos

con

den

ad

os,

dev

em s

er i

gua

lmen

te a

pli

cad

as

às

cate

gori

as d

e p

reso

s tr

atad

as n

as S

eçõe

s B,

C e

D, d

esd

e q

ue

não

con

Qit

em c

om a

s re

gras

qu

e re

gem

ess

as

cate

gori

as e

con

dic

ion

adas

a s

erem

mel

hor

es p

ara

tais

pre

sos.

Obse

rvaçã

o pre

lim

inar

4

1. E

stas

Reg

ras

não

bu

scam

reg

ula

r a

gest

ão d

e in

stit

uiç

ões

rese

rvad

as p

ara

jove

ns

em c

onQ

ito

com

a

lei,

tais

com

o as

un

idad

es d

e in

tern

ação

e s

emil

iber

dad

e. T

odav

ia, d

e u

m m

odo

gera

l, p

odem

ser

igu

alm

ente

apli

cad

as a

tai

s es

tab

elec

imen

tos.

2. A

cat

egor

ia d

e p

reso

s ju

ven

is d

eve

com

pre

end

er p

elo

men

os t

odos

os

jove

ns

qu

e es

tão

sob

a ju

risd

ição

das

cor

tes

juve

nis

. Com

o re

gra,

tai

s jo

ven

s n

ão d

evem

ser

con

den

ados

a p

enas

de

recl

usã

o.

28

Not

a d

e R

evis

ão: C

om o

exc

lusi

vo o

bje

tivo

de

faci

lita

r a

leit

ura

e c

omp

reen

são

des

tas

Reg

ras

de

Man

del

a, a

dot

ou-s

e o

mas

culi

no

par

a a

des

ign

ação

gen

éric

a d

e gê

ner

o, c

onfo

rme

per

mit

ido

pel

as n

orm

as d

a Lí

ngu

a Po

rtu

gues

a. N

o en

tan

to, c

ien

te d

e q

ue

nes

ta r

evis

ão d

as

Reg

ras

Mín

imas

par

a o

Trat

amen

to d

e R

eclu

sos

hou

ve u

ma

pre

ocu

paç

ão c

om a

igu

ald

ade

de

gên

ero

dos

pre

sos,

rec

omen

da-

se a

leit

ura

d

esta

s R

egra

s im

bu

ído

do

esp

írit

o p

rop

osto

pel

as N

açõe

s U

nid

as, a

pli

can

do-

as t

anto

par

a os

hom

ens

pre

sos

com

o p

ara

as m

ulh

eres

p

resa

s, e

xcet

o n

os c

asos

em

qu

e h

ouve

r ex

pre

ssa

dif

eren

ciaç

ão d

e gê

ner

o.

I. Regras de aplicação geral

Princípios básicos

Reg

ra 1

Tod

os

os

pre

sos

dev

em s

er t

rata

do

s co

m r

esp

eito

, dev

ido

a s

eu v

alo

r e

dig

nid

ad

e in

eren

tes

ao

ser

hu

man

o. N

enh

um

pre

so d

ever

á se

r su

bmet

ido

a to

rtu

ra o

u t

rata

men

tos

ou s

ançõ

es c

ruéi

s, d

esu

man

os o

u

deg

rad

ante

s e

dev

erá

ser

pro

tegi

do

de

tais

ato

s, n

ão s

end

o es

tes

just

i(cá

veis

em

qu

alq

uer

cir

cun

stân

cia.

A s

egu

ran

ça d

os p

reso

s, d

os s

ervi

dor

es p

risi

onai

s, d

os p

rest

ador

es d

e se

rviç

o e

dos

vis

itan

tes

dev

e se

r

sem

pre

ass

egu

rad

a.

Reg

ra 2

1. E

sta

s R

egra

s d

evem

ser

ap

lica

da

s co

m i

mp

arc

iali

da

de.

o h

aver

á d

iscr

imin

açã

o b

ase

ad

a e

m

raça

, cor

, sex

o, i

dio

ma,

rel

igiã

o, o

pin

ião

pol

ític

a ou

qu

alq

uer

ou

tra

opin

ião,

ori

gem

nac

ion

al o

u s

ocia

l,

pro

pri

edad

es, n

asci

men

to o

u q

ual

qu

er o

utr

a co

nd

ição

. As

cren

ças

reli

gios

as e

os

pre

ceit

os m

orai

s d

os

pre

sos

serã

o re

spei

tad

os.

2. P

ara

qu

e o

pri

ncí

pio

da

não

dis

crim

inaç

ão s

eja

pos

to e

m p

ráti

ca, a

s ad

min

istr

açõe

s p

risi

onai

s d

evem

leva

r em

con

ta a

s n

eces

sid

ades

ind

ivid

uai

s d

os p

reso

s, p

arti

cula

rmen

te d

aqu

eles

em

sit

uaç

ão d

e m

aior

vuln

erab

ilid

ade.

Med

idas

par

a p

rote

ger

e p

rom

over

os

dir

eito

s d

os p

reso

s p

orta

dor

es d

e n

eces

sid

ades

esp

ecia

is s

ão n

eces

sári

as e

não

ser

ão c

onsi

der

adas

dis

crim

inat

ória

s.

Reg

ra 3

O e

nca

rcer

amen

to e

ou

tras

med

idas

qu

e ex

clu

am u

ma

pes

soa

do

con

vívi

o co

m o

mu

nd

o ex

tern

o sã

o

aQit

ivas

pel

o p

róp

rio

fato

de

ser

reti

rad

o d

esta

s p

esso

as o

dir

eito

à a

uto

det

erm

inaç

ão a

o se

rem

pri

vad

as d

e

sua

libe

rdad

e. P

orta

nto

, o s

iste

ma

pri

sion

al n

ão d

ever

á ag

rava

r o

sofr

imen

to in

eren

te a

tal

sit

uaç

ão, e

xcet

o

em c

asos

inci

den

tais

, em

qu

e a

sep

araç

ão s

eja

just

i(cá

vel,

ou n

os c

asos

de

man

ute

nçã

o d

a d

isci

pli

na.

Reg

ra 4

1. O

s ob

jeti

vos

de

um

a se

nte

nça

de

enca

rcer

amen

to o

u d

e m

edid

a si

mil

ar r

estr

itiv

a d

e li

ber

dad

e sã

o,

pri

orit

aria

men

te, d

e p

rote

ger

a so

cied

ade

con

tra

a cr

imin

alid

ade

e d

e re

du

zir

a re

inci

dên

cia.

Tai

s p

rop

ósit

os

só p

od

em s

er a

lca

nça

do

s se

o p

erío

do

de

enca

rcer

am

ento

fo

r u

tili

zad

o p

ara

ass

egu

rar,

na

med

ida

do

pos

síve

l, a

rein

tegr

ação

de

tais

ind

ivíd

uos

à s

ocie

dad

e ap

ós s

ua

solt

ura

, par

a q

ue

pos

sam

leva

r u

ma

vid

a

auto

ssu

(ci

ente

, com

res

pei

to à

s le

is.

2. P

ara

ess

e (

m, a

s a

dm

inis

tra

ções

pri

sio

na

is e

dem

ais

au

tori

da

des

co

mp

eten

tes

dev

em o

fere

cer

edu

caçã

o, f

orm

açã

o p

ro(

ssio

na

l e

tra

ba

lho,

bem

co

mo

ou

tra

s fo

rma

s d

e a

ssis

tên

cia

ap

rop

ria

da

s e

dis

pon

ívei

s, in

clu

sive

aq

uel

as d

e n

atu

reza

rep

arad

ora,

mor

al, e

spir

itu

al, s

ocia

l, es

por

tiva

e d

e sa

úd

e. T

ais

pro

gram

as, a

tivi

dad

es e

ser

viço

s d

evem

ser

ofe

reci

dos

em

con

son

ânci

a co

m a

s n

eces

sid

ades

ind

ivid

uai

s

de

trat

amen

to d

os p

reso

s.

Reg

ra 5

1. O

reg

ime

pris

ion

al d

eve

proc

ura

r m

inim

izar

as

dife

ren

ças

entr

e a

vida

no

cárc

ere

e aq

uel

a em

libe

rdad

e

qu

e te

nd

em a

red

uzi

r a

resp

onsa

bili

dad

e d

os p

reso

s ou

o r

esp

eito

à s

ua

dig

nid

ade

com

o se

res

hu

man

os.

2. A

s ad

min

istr

açõe

s p

risi

onai

s d

evem

faz

er t

odos

os

aju

stes

pos

síve

is p

ara

gara

nti

r q

ue

os p

reso

s

por

tad

ores

de

de(

ciên

cias

fís

icas

, men

tais

ou

ou

tra

inca

pac

idad

e te

nh

am a

cess

o co

mp

leto

e e

feti

vo à

vid

a p

risi

onal

em

bas

e d

e ig

ual

dad

e.

Page 12: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

2223

REGRAS DE MANDELA

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

Registros

Reg

ra 6

Dev

erá

exis

tir

um

sis

tem

a p

adro

niz

ado

de

gere

nci

amen

to d

os r

egis

tros

dos

pre

sos

em t

odos

os

loca

is d

e

enca

rcer

amen

to. T

al s

iste

ma

pod

e se

r u

m b

anco

de

dad

os o

u u

m li

vro

de

regi

stro

, com

pág

inas

nu

mer

adas

e as

sin

adas

. Dev

em e

xist

ir p

roce

dim

ento

s q

ue

gara

nta

m u

m s

iste

ma

segu

ro d

e tr

ilh

as d

e au

dit

oria

e q

ue

imp

eçam

o a

cess

o n

ão a

uto

riza

do

ou a

mod

i(ca

ção

de

qu

alq

uer

info

rmaç

ão c

onti

da

no

sist

ema.

Reg

ra 7

Nen

hu

ma

pes

soa

será

ad

mit

ida

em u

m e

stab

elec

imen

to p

risi

onal

sem

um

a or

dem

de

det

ençã

o vá

lid

a.

As

segu

inte

s in

form

açõe

s se

rão

adic

ion

adas

ao

sist

ema

de

regi

stro

do

pre

so q

uan

do

de

sua

entr

ada:

(a) I

nfo

rma

ções

pre

cisa

s q

ue

per

mit

am

det

erm

ina

r su

a i

den

tid

ad

e ú

nic

a,

resp

eita

nd

o a

su

a

auto

atri

bu

ição

de

gên

ero;

(b) O

s m

otiv

os e

a a

uto

rid

ade

resp

onsá

vel p

ela

sua

det

ençã

o, a

lém

da

dat

a, h

orár

io e

loca

l de

pri

são;

(c)

A d

ata

e o

hor

ário

de

sua

entr

ada

e so

ltu

ra, b

em c

omo

de

qu

alq

uer

tra

nsf

erên

cia;

(d) Q

uai

squ

er f

erim

ento

s vi

síve

is e

rec

lam

açõe

s ac

erca

de

mau

s-tr

atos

sof

rid

os;

(e) U

m in

ven

tári

o d

e se

us

ben

s p

esso

ais;

(f)

Os

no

mes

de

seu

s fa

mil

iare

s e,

qu

an

do

ap

licá

vel,

de

seu

s (

lho

s, i

ncl

uin

do

a i

da

de,

o l

oca

l d

e

resi

dên

cia

e o

esta

do

de

sua

cust

ódia

ou

tu

tela

;

(g) C

onta

to d

e em

ergê

nci

a e

info

rmaç

ões

acer

ca d

o p

aren

te m

ais

pró

xim

o.

Reg

ra 8

As

segu

inte

s in

form

açõe

s se

rão

adic

ion

adas

ao

sist

ema

de

regi

stro

do

pre

so d

ura

nte

seu

en

carc

eram

ento

,

qu

and

o ap

licá

veis

:

(a) I

nfo

rmaç

ão r

elat

iva

ao p

roce

sso

jud

icia

l, in

clu

ind

o d

atas

de

aud

iên

cias

e r

epre

sen

taçã

o le

gal;

(b) A

vali

açõe

s in

icia

is e

rel

atór

ios

de

clas

si(

caçã

o;

(c)

Info

rmaç

ão r

elat

iva

ao c

omp

orta

men

to e

à d

isci

pli

na;

(d) S

olic

itaç

ões

e re

clam

açõe

s, in

clu

sive

ale

gaçõ

es d

e to

rtu

ra o

u o

utr

os t

rata

men

tos

ou s

ançõ

es c

ruéi

s,

des

um

anos

ou

deg

rad

ante

s, a

men

os q

ue

seja

m d

e n

atu

reza

con

(d

enci

al;

(e) I

nfo

rmaç

ão a

cerc

a d

o re

ceb

imen

to d

e sa

nçõ

es d

isci

pli

nar

es;

(f)

Info

rmaç

ão d

as c

ircu

nst

ânci

as e

cau

sas

de

qu

aisq

uer

feri

men

tos

ou m

orte

e, n

o ca

so d

e fa

leci

men

to,

o d

esti

no

do

corp

o.

Reg

ra 9

Tod

os o

s re

gist

ros

men

cion

ados

nas

Reg

ras

7 e

8 se

rão

man

tid

os c

on(

den

ciai

s e

aces

síve

is s

omen

te

àqu

eles

cu

jas

resp

onsa

bili

dad

es p

ro(

ssio

nai

s re

qu

eira

m o

ace

sso.

Tod

o p

reso

ter

á ac

esso

aos

seu

s re

gist

ros,

suje

ito

às s

up

ress

ões

auto

riza

das

pel

a le

gisl

ação

in

tern

a, e

dir

eito

a r

eceb

er u

ma

cóp

ia o

(ci

al d

e ta

is

regi

stro

s q

uan

do

de

sua

solt

ura

.

Reg

ra 1

0

O s

iste

ma

de

regi

stro

dos

pre

sos

tam

bém

ser

á u

tiliz

ado

par

a ge

rar

dad

os c

on(

ávei

s ac

erca

de

ten

dên

cias

e ca

ract

erís

tica

s d

a p

opu

laçã

o p

risi

onal

, in

clu

ind

o ta

xas

de

ocu

paç

ão, a

(m

de

cria

r as

bas

es p

ara

a to

mad

a

de

dec

isõe

s fu

nd

adas

em

evi

dên

cias

.

Separação de categorias

Reg

ra 1

1

As

dif

eren

tes

cate

gori

as d

e p

reso

s d

evem

ser

man

tid

as e

m e

stab

elec

imen

tos

pri

sion

ais

sep

arad

os o

u

em d

ifer

ente

s se

tore

s d

e u

m m

esm

o es

tab

elec

imen

to p

risi

onal

, lev

and

o em

con

sid

eraç

ão s

eu s

exo,

idad

e,

ante

ced

ente

s cr

imin

ais,

raz

ões

da

det

ençã

o e

nec

essi

dad

es d

e tr

atam

ento

. Ass

im:

(a) H

omen

s e

mu

lher

es d

evem

, sem

pre

qu

e p

ossí

vel,

per

man

ecer

det

idos

em

un

idad

es s

epar

adas

.

Nos

est

abel

ecim

ento

s q

ue

rece

bam

hom

ens

e m

ulh

eres

, tod

os o

s re

cin

tos

des

tin

ados

às

mu

lher

es

dev

em s

er t

otal

men

te s

epar

ados

;

(b) P

reso

s p

reve

nti

vos

dev

em s

er m

anti

dos

sep

arad

os d

aqu

eles

con

den

ados

;

(c)

Ind

ivíd

uos

pre

sos

por

dív

idas

, ou

ou

tros

pre

sos

civi

s, d

evem

ser

man

tid

os s

epar

ados

dos

ind

ivíd

uos

pre

sos

por

infr

açõe

s cr

imin

ais;

(d) J

oven

s p

reso

s d

evem

ser

man

tid

os s

epar

ados

dos

ad

ult

os.

Acomodações

Reg

ra 1

2

1. A

s ce

las

ou q

uar

tos

des

tin

ados

ao

des

can

so n

otu

rno

não

dev

em s

er o

cup

ados

por

mai

s d

e u

m p

reso

.

Se, p

or r

azõe

s es

pec

iais

, tai

s co

mo

sup

erlo

taçã

o te

mp

orár

ia, f

or n

eces

sári

o q

ue

a ad

min

istr

ação

pri

sion

al

cen

tral

faç

a u

ma

exce

ção

à re

gra,

não

é r

ecom

end

ável

qu

e d

ois

pre

sos

seja

m a

loja

dos

em

um

a m

esm

a

cela

ou

qu

arto

.

2. O

nd

e h

ouve

r d

orm

itór

ios,

est

es d

ever

ão s

er o

cup

ados

por

pre

sos

cuid

ados

amen

te s

elec

ion

ados

com

o

sen

do

cap

azes

de

sere

m a

loja

dos

ju

nto

s. D

ura

nte

a n

oite

, dev

e h

aver

vig

ilân

cia

regu

lar,

de

acor

do

com

a

nat

ure

za d

o es

tab

elec

imen

to p

risi

onal

.

Reg

ra 1

3

Tod

as o

s am

bie

nte

s d

e u

so d

os p

reso

s e,

em

par

ticu

lar,

tod

os o

s q

uar

tos,

cel

as e

dor

mit

ório

s, d

evem

sati

sfaz

er a

s ex

igên

cias

de

hig

ien

e e

saú

de,

leva

nd

o-se

em

con

ta a

s co

nd

içõe

s cl

imát

icas

e, p

arti

cula

rmen

te,

o co

nte

úd

o vo

lum

étri

co d

e ar

, o e

spaç

o m

ínim

o, a

ilu

min

ação

, o a

qu

ecim

ento

e a

ven

tila

ção.

Reg

ra 1

4

Em t

odos

os

loca

is o

nd

e os

pre

sos

dev

erão

viv

er o

u t

rab

alh

ar:

(a) A

s ja

nel

as d

evem

ser

gra

nd

es o

su

(ci

ente

par

a q

ue

os p

reso

s p

ossa

m l

er o

u t

rab

alh

ar c

om l

uz

nat

ura

l e

dev

em s

er c

onst

ruíd

as d

e fo

rma

a p

erm

itir

a e

ntr

ada

de

ar f

resc

o m

esm

o q

uan

do

haj

a

ven

tila

ção

arti

(ci

al;

(b) L

uz

arti

(ci

al d

ever

á se

r su

(ci

ente

par

a os

pre

sos

pod

erem

ler

ou t

rab

alh

ar s

em p

reju

dic

ar a

vis

ão.

Page 13: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

2425

REGRAS DE MANDELA

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

Reg

ra 1

5

As

inst

ala

ções

sa

nit

ári

as

dev

em s

er a

deq

ua

da

s p

ara

po

ssib

ilit

ar

qu

e to

do

s o

s p

reso

s fa

çam

su

as

nec

essi

dad

es (

siol

ógic

as q

uan

do

nec

essá

rio

e co

m h

igie

ne

e d

ecên

cia.

Reg

ra 1

6

Dev

em s

er f

orn

ecid

as in

stal

açõe

s ad

equ

adas

par

a b

anh

o, a

(m

de

qu

e to

do

pre

so p

ossa

tom

ar b

anh

o,

e as

sim

pos

sa s

er e

xigi

do,

na

tem

per

atu

ra a

pro

pri

ada

ao c

lim

a, c

om a

fre

qu

ênci

a n

eces

sári

a p

ara

a h

igie

ne

gera

l d

e ac

ord

o co

m a

est

ação

do

ano

e a

regi

ão g

eogr

á(ca

, mas

pel

o m

enos

um

a ve

z p

or s

eman

a em

clim

a te

mp

erad

o.

Reg

ra 1

7

Tod

os o

s lo

cais

de

um

est

abel

ecim

ento

pri

sion

al f

req

uen

tad

os r

egu

larm

ente

pel

os p

reso

s d

ever

ão s

er

sem

pre

man

tid

os e

con

serv

ados

min

uci

osam

ente

lim

pos

.

Higiene pessoal

Reg

ra 1

8

1. D

eve

ser

exig

ido

qu

e o

pre

so m

ante

nh

a su

a li

mp

eza

pes

soal

e, p

ara

esse

(m

, dev

e te

r ac

esso

a á

gua

e ar

tigo

s d

e h

igie

ne,

con

form

e n

eces

sári

o p

ara

sua

saú

de

e li

mp

eza.

2. A

(m

de

qu

e os

pri

sion

eiro

s p

ossa

m m

ante

r u

ma

boa

ap

arên

cia,

com

pat

ível

com

seu

au

torr

esp

eito

,

dev

em t

er à

dis

pos

ição

mei

os p

ara

o cu

idad

o ad

equ

ado

do

cab

elo

e d

a b

arb

a, e

hom

ens

dev

em p

oder

bar

bea

r-se

reg

ula

rmen

te.

Vestuário próprio e roupas de cama

Reg

ra 1

9

1. T

od

o p

reso

qu

e n

ão

tiv

er p

erm

issã

o d

e u

sar

rou

pa

s p

róp

ria

s d

eve

rece

ber

ro

up

as

apro

pri

ad

as

par

a o

clim

a e

adeq

uad

as p

ara

man

tê-l

o em

boa

saú

de.

Tai

s ro

up

as n

ão d

evem

, de

man

eira

alg

um

a, s

er

deg

rad

ante

s ou

hu

mil

han

tes.

2. T

odas

as

rou

pas

dev

em e

star

lim

pas

e s

er m

anti

das

em

con

diç

ões

adeq

uad

as. R

oup

as ín

tim

as d

evem

ser

troc

adas

e la

vad

as c

om a

fre

qu

ênci

a n

eces

sári

a p

ara

a m

anu

ten

ção

da

hig

ien

e.

3. E

m c

ircu

nst

ânci

as e

xcep

cion

ais,

sem

pre

qu

e u

m p

reso

se

afas

tar

do

esta

bel

ecim

ento

pri

sion

al, p

or

mot

ivo

auto

riza

do,

dev

erá

ter

per

mis

são

de

usa

r su

as p

róp

rias

rou

pas

ou

ou

tra

qu

e se

ja d

iscr

eta.

Reg

ra 2

0

Se

os

pre

sos

tive

rem

per

mis

são

de

usa

r su

as

pró

pri

as

rou

pa

s, d

evem

-se

ad

ota

r p

roce

dim

ento

s

adeq

uad

os n

a su

a en

trad

a n

o es

tabe

leci

men

to p

risi

onal

par

a as

segu

rar

qu

e el

as e

stej

am li

mp

as e

pró

pri

as

par

a u

so.

Reg

ra 2

1

Tod

o p

risi

onei

ro d

eve,

de

acor

do

com

os

pad

rões

loca

is e

nac

ion

ais,

ter

um

a ca

ma

sep

arad

a, e

rou

pas

de

cam

a su

(ci

ente

s q

ue

dev

em e

star

lim

pas

qu

and

o d

istr

ibu

ídas

, ser

man

tid

as e

m b

oas

con

diç

ões

e se

r

troc

adas

com

a f

req

uên

cia

nec

essá

ria

par

a ga

ran

tir

sua

lim

pez

a.

Alimentação

Reg

ra 2

2

1. T

odo

pre

so d

eve

rece

ber

da

adm

inis

traç

ão p

risi

onal

, em

hor

ário

s re

gula

res,

ali

men

to c

om v

alor

nu

tric

ion

al a

deq

uad

o à

sua

saú

de

e re

sist

ênci

a, d

e q

ual

idad

e, b

em p

rep

arad

a e

bem

ser

vid

a.

2. T

odo

pre

so d

eve

ter

aces

so a

águ

a p

otáv

el s

emp

re q

ue

nec

essi

tar.

Exercício e esporte

Reg

ra 2

3

1. T

odo

pre

so q

ue

não

tra

bal

har

a c

éu a

ber

to d

eve

ter

pel

o m

enos

um

a h

ora

diá

ria

de

exer

cíci

os a

o ar

livr

e, s

e o

clim

a p

erm

itir

.

2. Jo

ven

s p

reso

s, e

ou

tros

com

idad

e e

con

diç

ões

físi

cas

adeq

uad

as, d

evem

rec

eber

tre

inam

ento

fís

ico

e d

e la

zer

du

ran

te o

per

íod

o d

e ex

ercí

cio.

Par

a es

te (

m, e

spaç

o, i

nst

alaç

ões

e eq

uip

amen

tos

dev

em s

er

pro

vid

enci

ados

.

Serviços de Saúde

Reg

ra 2

4

1. O

pro

vim

ento

de

serv

iços

méd

icos

par

a os

pre

sos

é u

ma

resp

onsa

bili

dad

e d

o Es

tad

o. O

s p

reso

s d

evem

usu

fru

ir d

os m

esm

os p

adrõ

es d

e se

rviç

os d

e sa

úd

e d

isp

onív

eis

à co

mu

nid

ade,

e o

s se

rviç

os d

e sa

úd

e

nec

essá

rios

dev

em s

er g

ratu

itos

, sem

dis

crim

inaç

ão m

otiv

ada

pel

a su

a si

tuaç

ão ju

ríd

ica.

2. O

s se

rviç

os d

e sa

úd

e se

rão

orga

niz

ados

con

jun

tam

ente

com

a a

dm

inis

traç

ão g

eral

da

saú

de

blic

a e

de

form

a a

gara

nti

r a

con

tin

uid

ade

do

trat

amen

to e

da

assi

stên

cia,

incl

usi

ve n

os c

asos

de

HIV

, tu

berc

ulo

se

e ou

tras

doe

nça

s in

fecc

iosa

s, a

bra

nge

nd

o ta

mb

ém a

dep

end

ênci

a às

dro

gas.

Reg

ra 2

5

1. T

od

a u

nid

ad

e p

risi

on

al

dev

e co

nta

r co

m u

m s

ervi

ço d

e sa

úd

e in

cum

bid

o d

e av

ali

ar,

pro

mov

er,

pro

tege

r e

mel

hor

ar a

saú

de

físi

ca e

men

tal

dos

pre

sos,

pre

stan

do

par

ticu

lar

aten

ção

aos

pre

sos

com

nec

essi

dad

es e

spec

iais

ou

pro

ble

mas

de

saú

de

qu

e d

i(cu

ltam

su

a re

abil

itaç

ão.

2. O

s se

rviç

os d

e sa

úd

e d

evem

ser

com

pos

tos

por

eq

uip

e in

terd

isci

pli

nar

, com

pes

soal

qu

ali(

cad

o

su(

cien

te, a

tuan

do

com

tot

al in

dep

end

ênci

a cl

ínic

a, e

dev

e ab

ran

ger

a ex

per

iên

cia

nec

essá

ria

de

psi

colo

gia

e p

siq

uia

tria

. Ser

viço

od

onto

lógi

co q

ual

i(ca

do

dev

e se

r d

isp

onib

iliz

ado

a to

do

pre

so.

Reg

ra 2

6

1. O

s se

rviç

os

de

saú

de

dev

em e

lab

ora

r re

gist

ros

méd

ico

s in

div

idu

ais

, co

n(

den

cia

is e

pre

ciso

s e

man

tê-l

os a

tual

izad

os p

ara

tod

os o

s p

reso

s, q

ue

a el

es d

evem

ter

ace

sso

gara

nti

do,

sem

pre

qu

e so

lici

tad

o.

O p

reso

pod

erá

ind

icar

um

a te

rcei

ra p

arte

par

a ac

essa

r se

u r

egis

tro

méd

ico.

2. O

reg

istr

o m

édic

o d

eve

ser

enca

min

had

o p

ara

o se

rviç

o d

e sa

úd

e d

a u

nid

ade

pri

sion

al p

ara

a q

ual

o p

reso

for

tra

nsf

erid

o, e

est

ar s

uje

ito

à co

n(

den

cial

idad

e m

édic

a.

Page 14: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

2627

REGRAS DE MANDELA

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

Reg

ra 2

7

1. T

odos

os

esta

bel

ecim

ento

s p

risi

onai

s d

evem

ass

egu

rar

o p

ron

to a

cess

o a

aten

ção

méd

ica

em c

asos

urg

ente

s. O

s p

reso

s q

ue

nec

essi

tem

de

trat

amen

to e

spec

iali

zad

o ou

de

ciru

rgia

dev

em s

er t

ran

sfer

idos

par

a

inst

itu

içõe

s es

pec

iali

zad

as o

u h

osp

itai

s ci

vis.

Se

as u

nid

ades

pri

sion

ais

pos

suír

em in

stal

açõe

s h

osp

ital

ares

,

dev

em c

onta

r co

m p

esso

al e

eq

uip

amen

to a

pro

pri

ados

par

a p

rest

ar t

rata

men

to e

ate

nçã

o ad

equ

ados

aos

pre

sos

a el

es e

nca

min

had

os.

2. A

s d

ecis

ões

clín

icas

pod

em s

er t

omad

as p

elos

pro

(ss

ion

ais

de

saú

de

resp

onsá

veis

, e n

ão p

odem

ser

mod

i(ca

das

ou

ign

orad

as p

ela

equ

ipe

pri

sion

al n

ão m

édic

a.

Reg

ra 2

8

Nas

un

idad

es p

risi

onai

s fe

min

inas

, dev

e h

aver

aco

mod

ação

esp

ecia

l p

ara

tod

as a

s n

eces

sid

ades

de

cuid

ado

e tr

atam

ento

pré

e p

ós-n

atai

s. D

evem

-se

adot

ar p

roce

dim

ento

s es

pec

í(co

s p

ara

qu

e os

nas

cim

ento

s

ocor

ram

em

um

hos

pit

al f

ora

da

un

idad

e p

risi

onal

. Se

a cr

ian

ça n

asce

r n

a u

nid

ade

pri

sion

al, e

ste

fato

não

dev

e co

nst

ar d

e su

a ce

rtid

ão d

e n

asci

men

to.

Reg

ra 2

9

1. A

dec

isão

de

per

mit

ir u

ma

cria

nça

de

(ca

r co

m s

eu p

ai o

u c

om s

ua

mãe

na

un

idad

e p

risi

onal

dev

e se

base

ar n

o m

elh

or in

tere

sse

da

cria

nça

. Nas

un

idad

es p

risi

onai

s q

ue

abri

gam

(lh

os d

e d

eten

tos,

pro

vid

ênci

as

dev

em s

er t

omad

as p

ara

gara

nti

r:

(a) c

rech

es in

tern

as o

u e

xter

nas

dot

adas

de

pes

soal

qu

ali(

cad

o, o

nd

e as

cri

ança

s p

oder

ão s

er d

eixa

das

qu

and

o n

ão e

stiv

erem

sob

o c

uid

ado

de

seu

pai

ou

su

a m

ãe.

(b) S

ervi

ços

de

saú

de

ped

iátr

icos

, in

clu

ind

o tr

iage

m m

édic

a, n

o in

gres

so e

mon

itor

amen

to c

onst

ante

de

seu

des

envo

lvim

ento

por

esp

ecia

list

as.

2. A

s cr

ian

ças

nas

un

idad

es p

risi

onai

s co

m s

eu p

ai o

u s

ua

mãe

nu

nca

dev

em s

er t

rata

das

com

o p

reso

s.

Reg

ra 3

0

Um

méd

ico,

ou

qu

alq

uer

ou

tro

pro

(ss

ion

al d

e sa

úd

e q

ual

i(ca

do,

sej

a es

te s

ub

ord

inad

o ou

não

ao

méd

ico,

dev

e ve

r, co

nve

rsar

e e

xam

inar

tod

os o

s p

reso

s, a

ssim

qu

e p

ossí

vel,

tão

logo

sej

am a

dm

itid

os n

a

un

idad

e p

risi

onal

, e d

epoi

s, q

uan

do

nec

essá

rio.

Dev

e-se

pre

star

esp

ecia

l ate

nçã

o a:

(a) I

den

ti(

car

as n

eces

sid

ades

de

aten

dim

ento

méd

ico

e ad

otar

as

med

idas

de

trat

amen

to n

eces

sári

as;

(b) I

den

ti(

car

qu

aisq

uer

mau

s-tr

atos

a q

ue

o p

reso

rec

ém-a

dm

itid

o te

nh

a si

do

sub

met

ido

ante

s d

e

sua

entr

ada

na

un

idad

e p

risi

onal

;

(c)

Iden

tifi

car

qu

alq

uer

sin

al

de

estr

esse

psi

coló

gico

, o

u d

e q

ua

lqu

er o

utr

o t

ipo,

ca

usa

do

pel

o

enca

rcer

amen

to, i

ncl

uin

do,

mas

não

ap

enas

, ris

co d

e su

icíd

io o

u le

sões

au

top

rovo

cad

as, e

sin

tom

as

de

abst

inên

cia

resu

ltan

tes

do

uso

de

dro

gas,

med

icam

ento

s ou

álc

ool;

alé

m d

e ad

min

istr

ar t

odas

as m

edid

as o

u t

rata

men

tos

apro

pri

ados

ind

ivid

ual

izad

os;

(d) N

os c

asos

em

qu

e h

á su

spei

ta d

e o

pre

so e

star

com

doe

nça

infe

ctoc

onta

gios

a, d

eve-

se p

rovi

den

ciar

o as

ilam

ento

clí

nic

o, d

ura

nte

o p

erío

do

infe

ccio

so, e

tra

tam

ento

ad

equ

ado;

(e) D

eter

min

ar a

ap

tid

ão d

o p

reso

par

a tr

abal

har

, pra

tica

r ex

ercí

cios

e p

arti

cip

ar d

as d

emai

s at

ivid

ades

,

con

form

e fo

r o

caso

.

Reg

ra 3

1

O m

édic

o ou

, on

de

apli

cáve

l, ou

tros

pro

(ss

ion

ais

qu

ali(

cad

os d

e sa

úd

e d

evem

ter

ace

sso

diá

rio

a to

dos

os p

reso

s d

oen

tes,

a t

odos

os

pre

sos

qu

e re

late

m p

rob

lem

as f

ísic

os o

u m

enta

is d

e sa

úd

e ou

fer

imen

tos

e

a q

ual

qu

er p

reso

ao

qu

al l

hes

ch

amem

à a

ten

ção.

Tod

os o

s ex

ames

méd

icos

dev

em s

er c

ond

uzi

dos

em

tota

l con

(d

enci

alid

ade.

Reg

ra 3

2

1. A

rel

ação

en

tre

o m

édic

o ou

ou

tros

pro

(ss

ion

ais

de

saú

de

e o

pre

so d

eve

ser

regi

da

pel

os m

esm

os

pad

rões

éti

cos

e p

ro(

ssio

nai

s ap

lica

dos

aos

pac

ien

tes

da

com

un

idad

e, e

m p

arti

cula

r:

(a) O

dev

er d

e p

rote

ger

a s

de

físi

ca e

men

tal

do

pre

so, e

a p

reve

nçã

o e

tra

tam

ento

de

do

ença

s

bas

ead

os s

omen

te e

m f

un

dam

ento

s cl

ínic

os;

(b) A

ad

erên

cia

à a

uto

no

mia

do

pre

so n

o q

ue

con

cern

e à

su

a p

róp

ria

sa

úd

e, e

ao

co

nse

nti

men

to

info

rmad

o n

a re

laçã

o m

édic

o-p

acie

nte

;

(c)

A c

on(

den

cial

idad

e d

a in

form

ação

méd

ica,

a m

enos

qu

e m

ante

r ta

l con

(d

enci

alid

ade

resu

lte

em

um

a am

eaça

rea

l e im

inen

te a

o p

acie

nte

ou

aos

dem

ais;

(d) A

abs

olu

ta p

roib

ição

de

par

tici

par

, ati

va o

u p

assi

vam

ente

, em

ato

s q

ue

pos

sam

con

sist

ir e

m t

ortu

ra

ou t

rata

men

tos

ou s

ançõ

es c

ruéi

s, d

esu

man

os o

u d

egra

dan

tes,

incl

uin

do

exp

erim

ento

s m

édic

os o

u

cien

tí(

cos

qu

e p

ossa

m s

er p

reju

dic

iais

à s

aúd

e d

o p

reso

, tai

s co

mo

a re

moç

ão d

e cé

lula

s, t

ecid

os

ou ó

rgão

s.

2. S

em p

reju

ízo

do

par

ágra

fo 1

(d)

des

ta R

egra

, dev

e se

r p

erm

itid

o ao

pre

so, p

or m

eio

de

seu

liv

re e

info

rmad

o co

nse

nti

men

to e

de

acor

do

com

as

leis

ap

licá

veis

, par

tici

par

de

exp

erim

ento

s cl

ínic

os e

outr

as p

esq

uis

as d

e sa

úd

e ac

essí

veis

à c

omu

nid

ade,

se

o re

sult

ado

de

tais

pes

qu

isas

e e

xper

imen

tos

pos

sam

pro

du

zir

um

ben

efíc

io d

iret

o e

sign

i(ca

tivo

à s

ua

saú

de;

e d

oar

célu

las,

tec

idos

ou

órg

ãos

a p

aren

tes.

Reg

ra 3

3

O m

édic

o d

eve

rela

tar

ao d

iret

or s

emp

re q

ue

con

sid

erar

qu

e a

saú

de

físi

ca o

u m

enta

l de

um

pre

so f

oi

ou s

erá

pre

jud

icia

lmen

te a

feta

da

pel

o en

carc

eram

ento

con

tín

uo

ou p

elas

con

diç

ões

do

enca

rcer

amen

to.

Reg

ra 3

4

Se, d

ura

nte

o e

xam

e d

e ad

mis

são

ou a

pre

staç

ão p

oste

rior

de

cuid

ados

méd

icos

, o m

édic

o ou

pro

(ss

ion

al

de

saú

de

per

cebe

r q

ual

qu

er s

inal

de

tort

ura

ou

tra

tam

ento

ou

san

ções

cru

éis,

des

um

anos

ou

deg

rad

ante

s,

dev

e re

gist

rar

e re

lata

r ta

is c

asos

à a

uto

rid

ade

méd

ica,

ad

min

istr

ativ

a ou

jud

icia

l com

pet

ente

. Sal

vagu

ard

as

pro

ced

imen

tais

ap

rop

riad

as d

evem

ser

seg

uid

as p

ara

gara

nti

r q

ue

o p

reso

ou

ind

ivíd

uos

a e

le a

ssoc

iad

os

não

sej

am e

xpos

tos

a p

erig

os p

revi

síve

is.

Reg

ra 3

5

1. O

méd

ico

ou o

pro

(ss

ion

al c

omp

eten

te d

e sa

úd

e p

úbl

ica

dev

e re

gula

rmen

te in

spec

ion

ar e

aco

nse

lhar

o d

iret

or s

obre

:

(a) A

qu

anti

dad

e, q

ual

idad

e, p

rep

araç

ão e

for

nec

imen

to d

e al

imen

tos;

(b) A

hig

ien

e e

lim

pez

a d

a u

nid

ade

pri

sion

al e

dos

pre

sos;

(c)

O s

anea

men

to, t

emp

erat

ura

, ilu

min

ação

e v

enti

laçã

o d

a u

nid

ade

pri

sion

al;

Page 15: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

2829

REGRAS DE MANDELA

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

(d) A

ad

equ

ação

da

lim

pez

a e

das

rou

pas

dos

pre

sos,

bem

com

o d

as r

oup

as d

e ca

ma;

(e) O

cu

mp

rim

ento

das

reg

ras

em r

elaç

ão a

ed

uca

ção

físi

ca e

esp

orte

s, n

os c

asos

em

qu

e n

ão h

ouve

r

pes

soal

téc

nic

o p

ara

tais

ati

vid

ades

.

2. O

dir

etor

pri

sion

al d

eve

leva

r em

con

sid

eraç

ão o

s co

nse

lhos

e r

elat

ório

s fo

rnec

idos

de

acor

do

com

o p

arág

rafo

1 d

esta

Reg

ra e

com

a R

egra

33

e d

eve

tom

ar m

edid

as i

med

iata

s p

ara

imp

lem

enta

ção

dos

con

selh

os e

rec

omen

daç

ões

feit

os. S

e o

con

selh

o ou

a r

ecom

end

ação

não

for

de

sua

com

pet

ênci

a ou

se

não

con

cord

ar c

om e

stes

, dev

erá

sub

met

er im

edia

tam

ente

seu

pró

pri

o re

lató

rio,

jun

tam

ente

com

o c

onse

lho

ou a

rec

omen

daç

ão r

eceb

ido

às a

uto

rid

ades

su

per

iore

s.

Restrições, disciplina e sanções

Reg

ra 3

6

A d

isci

pli

na

e a

ord

em d

evem

ser

man

tid

as, m

as s

em m

aior

es r

estr

içõe

s d

o q

ue

as n

eces

sári

as p

ara

gara

nti

r a

cust

ódia

seg

ura

, a s

egu

ran

ça d

a u

nid

ade

pri

sion

al e

um

a vi

da

com

un

itár

ia b

em o

rgan

izad

a.

Reg

ra 3

7

Os

segu

inte

s it

ens

dev

em s

emp

re s

er p

end

ente

s d

e a

uto

riza

ção

po

r le

i o

u p

or

regu

lam

ento

da

auto

rid

ade

adm

inis

trat

iva

com

pet

ente

:

(a) C

ond

uta

qu

e co

nst

itu

a in

fraç

ão d

isci

pli

nar

;

(b) T

ipos

e d

ura

ção

das

san

ções

qu

e p

odem

ser

imp

osta

s;

(c)

Au

tori

dad

e co

mp

eten

te p

ara

imp

or t

ais

san

ções

.

d)

Qu

alq

uer

for

ma

de

sep

araç

ão i

nvo

lun

tári

a d

a p

opu

laçã

o p

risi

onal

ger

al, c

omo

o co

n(

nam

ento

soli

tári

o, o

isol

amen

to, a

seg

rega

ção,

as

un

idad

es d

e cu

idad

o es

pec

ial o

u a

loja

men

tos

rest

rito

s, s

eja

por

raz

ão d

e sa

nçã

o d

isci

pli

nar

ou

par

a a

man

ute

nçã

o d

a or

dem

e s

egu

ran

ça, i

ncl

usi

ve p

olít

icas

de

pro

mu

lgaç

ão e

pro

ced

imen

tos

qu

e re

gula

men

tem

o u

so e

a r

evis

ão d

a im

pos

ição

e d

a li

ber

ação

de

qu

alq

uer

for

ma

de

sep

araç

ão in

volu

ntá

ria.

Reg

ra 3

8

1. A

s a

dm

inis

tra

ções

pri

sio

na

is s

ão

en

cora

jad

as

a u

tili

zar,

na

med

ida

do

po

ssív

el, a

pre

ven

ção

de

con

Qit

os,

med

iaçã

o o

u q

ua

lqu

er o

utr

o m

eca

nis

mo

alt

ern

ati

vo d

e so

luçã

o d

e d

isp

uta

s p

ara

pre

ven

ir

infr

açõe

s d

isci

pli

nar

es e

res

olve

r co

nQ

itos

.

2. P

ara

os p

reso

s q

ue

este

jam

, ou

est

iver

am s

epar

ados

, a a

dm

inis

traç

ão p

risi

onal

dev

e to

mar

as

med

idas

nec

essá

rias

par

a al

ivia

r os

efe

itos

pre

jud

icia

is d

o co

n(

nam

ento

pro

voca

dos

nel

es e

na

com

un

idad

e q

ue

os r

eceb

e q

uan

do

de

sua

solt

ura

.

Reg

ra 3

9

1. N

enh

um

pre

so p

ode

ser

pu

nid

o, e

xcet

o co

m b

ase

nas

dis

pos

içõe

s le

gais

ou

reg

ula

men

tare

s re

feri

das

na

Reg

ra 3

7 e

nos

pri

ncí

pio

s d

e ju

stiç

a e

de

dev

ido

pro

cess

o le

gal;

e j

amai

s se

rá p

un

ido

du

as v

ezes

pel

a

mes

ma

infr

ação

.

2. A

s ad

min

istr

açõe

s p

risi

onai

s d

evem

ass

egu

rar

a p

rop

orci

onal

idad

e en

tre

a sa

nçã

o d

isci

pli

nar

e a

infr

ação

par

a a

qu

al fo

i est

abel

ecid

a e

dev

em m

ante

r re

gist

ros

apro

pri

ados

de

tod

as a

s sa

nçõ

es d

isci

plin

ares

imp

osta

s.

3. A

nte

s d

e im

por

um

a sa

nçã

o d

isci

pli

nar

, os

adm

inis

trad

ores

dev

em le

var

em c

onsi

der

ação

se

e co

mo

um

a ev

entu

al d

oen

ça m

enta

l ou

inca

pac

idad

e d

e d

esen

volv

imen

to d

o p

reso

pos

sa t

er c

ontr

ibu

ído

par

a su

a

con

du

ta e

o c

omet

imen

to d

e in

fraç

ão o

u a

to q

ue

fun

dam

ento

u a

san

ção

dis

cip

lin

ar. O

s ad

min

istr

ador

es

pri

sion

ais

não

dev

em p

un

ir q

ual

qu

er c

ond

uta

do

pre

so q

ue

seja

con

sid

erad

a re

sult

ado

dir

eto

de

sua

doe

nça

men

tal o

u in

cap

acid

ade

inte

lect

ual

.

Reg

ra 4

0

1. N

enh

um

pre

so d

eve

ser

emp

rega

do,

a s

ervi

ço d

a u

nid

ade

pri

sion

al, e

m c

um

pri

men

to a

qu

alq

uer

med

ida

dis

cip

lin

ar.

2.

Est

a r

egra

, en

tret

an

to,

o i

mp

ede

o f

un

cio

na

men

to a

deq

ua

do

de

sist

ema

s b

ase

ad

os

na

auto

adm

inis

traç

ão, s

ob o

s q

uai

s at

ivid

ades

ou

res

pon

sab

ilid

ades

soc

iais

, ed

uca

cion

ais

ou d

esp

orti

vas

são

con

(ad

as, s

ob s

up

ervi

são,

aos

pre

sos,

org

aniz

ados

em

gru

pos

, par

a (

ns

de

trat

amen

to.

Reg

ra 4

1

1. Q

ual

qu

er a

lega

ção

de

infr

ação

dis

cip

lin

ar c

omet

ida

por

um

pre

so d

eve

ser

rep

orta

da

pro

nta

men

te

à au

tori

dad

e co

mp

eten

te, q

ue

dev

e in

vest

igá-

la s

em a

tras

o in

dev

ido.

2. O

pre

so d

eve

ser

info

rmad

o, s

em d

emor

a e

em u

ma

lin

guag

em q

ue

com

pre

end

a, d

a n

atu

reza

das

acu

saçõ

es c

ontr

a su

a p

esso

a, e

dev

e-lh

e se

r ga

ran

tid

o p

razo

e m

eios

ad

equ

ados

par

a p

rep

arar

su

a d

efes

a.

3. O

pre

so d

eve

ter

dir

eito

a s

e d

efen

der

pes

soal

men

te, o

u p

or m

eio

de

assi

stên

cia

lega

l, q

uan

do

os

inte

ress

es d

a ju

stiç

a as

sim

o r

equ

eira

m, p

arti

cula

rmen

te e

m c

asos

qu

e en

volv

am in

fraç

ões

dis

cip

lin

ares

grav

es. S

e o

pre

so n

ão e

nte

nd

er o

u f

alar

o id

iom

a u

tili

zad

o n

a au

diê

nci

a d

isci

pli

nar

, dev

em s

er a

ssis

tid

os

grat

uit

amen

te p

or u

m in

térp

rete

com

pet

ente

.

4. O

pre

so d

eve

ter

a op

ortu

nid

ade

de

busc

ar r

evis

ão ju

dic

ial d

as s

ançõ

es d

isci

pli

nar

es im

pos

tas

con

tra

sua

pes

soa.

5. N

o ca

so d

e in

fraç

ão d

isci

plin

ar s

er p

roce

ssad

a co

mo

crim

e, o

pre

so d

eve

ter

dir

eito

a t

odas

as

gara

nti

as

do

dev

ido

pro

cess

o le

gal,

apli

cáve

is a

os p

roce

ssos

cri

min

ais,

incl

uin

do

tota

l ace

sso

a u

m d

efen

sor

jurí

dic

o.

Reg

ra 4

2

As

con

diç

ões

gera

is d

e vi

da

exp

ress

as n

esta

s R

egra

s, in

clu

ind

o aq

uel

as r

elac

ion

adas

à il

um

inaç

ão, à

ven

tila

ção,

à t

emp

erat

ura

, ao

san

eam

ento

, à n

utr

ição

, à á

gua

pot

ável

, à a

cess

ibil

idad

e a

amb

ien

tes

ao a

r

livr

e e

ao e

xerc

ício

fís

ico,

à h

igie

ne

pes

soal

, aos

cu

idad

os m

édic

os e

ao

esp

aço

pes

soal

ad

equ

ado,

dev

em

ser

apli

cad

as a

tod

os o

s p

reso

s, s

em e

xceç

ão.

Reg

ra 4

3

1. E

m n

enh

um

a h

ipót

ese

dev

em a

s re

stri

ções

ou

san

ções

dis

cip

lin

ares

imp

lica

r em

tor

tura

ou

ou

tra

form

a d

e tr

atam

ento

ou

san

ções

cru

éis,

des

um

anos

ou

deg

rad

ante

s. A

s se

guin

tes

prá

tica

s, e

m p

arti

cula

r,

dev

em s

er p

roib

idas

:

(a) C

on(

nam

ento

sol

itár

io in

de(

nid

o;

(b) C

on(

nam

ento

sol

itár

io p

rolo

nga

do;

(c)

Enca

rcer

amen

to e

m c

ela

escu

ra o

u c

onst

ante

men

te il

um

inad

a;

(d) C

asti

gos

corp

orai

s ou

red

uçã

o d

a d

ieta

ou

águ

a p

otáv

el d

o p

reso

;

(e) C

asti

gos

cole

tivo

s.

Page 16: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

3031

REGRAS DE MANDELA

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

2. I

nst

rum

ento

s d

e im

obil

izaç

ão ja

mai

s d

evem

ser

uti

liza

dos

com

o sa

nçã

o a

infr

açõe

s d

isci

pli

nar

es.

3. S

ançõ

es d

isci

pli

nar

es o

u m

edid

as r

estr

itiv

as n

ão d

evem

incl

uir

a p

roib

ição

de

con

tato

com

a f

amíl

ia.

O c

onta

to f

amil

iar

só p

ode

ser

rest

rin

gid

o p

or u

m p

razo

lim

itad

o e

qu

and

o fo

r es

trit

amen

te n

eces

sári

o

par

a a

man

ute

nçã

o d

a se

gura

nça

e d

a or

dem

.

Reg

ra 4

4

Para

os

obje

tivo

s d

esta

s R

egra

s, o

con

(n

amen

to s

olit

ário

ref

ere-

se a

o co

n(

nam

ento

do

pre

so p

or 2

2

hor

as o

u m

ais,

por

dia

, sem

con

tato

hu

man

o si

gni(

cati

vo. O

con

(n

amen

to s

olit

ário

pro

lon

gad

o re

fere

-se

ao c

on(

nam

ento

sol

itár

io p

or m

ais

de

15 d

ias

con

secu

tivo

s.

Reg

ra 4

5

1. O

con

(n

amen

to s

olit

ário

ser

á u

tili

zad

o so

men

te e

m c

asos

exc

epci

onai

s co

mo

últ

imo

recu

rso,

pel

o

men

or p

razo

pos

síve

l e

suje

ito

a u

ma

revi

são

ind

epen

den

te, e

som

ente

de

acor

do

com

au

tori

zaçã

o d

e

auto

rid

ade

com

pet

ente

. Não

dev

erá

ser

imp

osto

com

o co

nse

qu

ênci

a d

a se

nte

nça

do

pre

so.

2. A

det

erm

inaç

ão d

e co

n(

nam

ento

sol

itár

io s

erá

pro

ibid

a n

o ca

so d

e p

reso

por

tad

or d

e d

e(ci

ênci

a

men

tal

ou f

ísic

a q

uan

do

essa

s co

nd

içõe

s p

ossa

m s

er a

grav

adas

por

tal

med

ida.

A p

roib

ição

do

uso

do

con

(n

amen

to s

olit

ário

e d

e m

edid

as s

imil

ares

em

cas

os e

nvo

lven

do

mu

lher

es e

cri

ança

s, c

omo

refe

rid

o

em o

utr

os p

adrõ

es e

nor

mas

das

Naç

ões

Un

idas

sob

re p

reve

nçã

o ao

cri

me

e ju

stiç

a cr

imin

al,29

per

man

ece

apli

cáve

l.

Reg

ra 4

6

1. O

s p

ro(

ssio

nai

s d

e sa

úd

e n

ão d

evem

ter

qu

alq

uer

pap

el n

a im

pos

ição

de

san

ções

dis

cip

lin

ares

ou

outr

as m

edid

as r

estr

itiv

as. D

evem

, no

enta

nto

, pre

star

esp

ecia

l at

ençã

o à

saú

de

dos

pre

sos

man

tid

os

sob

qu

alq

uer

for

ma

de

sep

araç

ão in

volu

ntá

ria,

com

vis

itas

diá

rias

a t

ais

pre

sos,

e p

rovi

den

cian

do

pro

nto

aten

dim

ento

e a

ssis

tên

cia

méd

ica

qu

and

o so

lici

tad

o p

elo

pre

so o

u p

or a

gen

tes

pri

sion

ais.

2. O

s p

ro(

ssio

nai

s d

e sa

úd

e d

evem

rep

orta

r ao

dir

etor

, sem

dem

ora,

qu

alq

uer

efe

ito

cola

tera

l cau

sad

o

pel

as s

ançõ

es d

isci

pli

nar

es o

u o

utr

as m

edid

as r

estr

itiv

as à

saú

de

físi

ca o

u m

enta

l d

o p

reso

su

bm

etid

o

a ta

is s

ançõ

es o

u m

edid

as e

dev

em a

con

selh

ar o

dir

etor

se

con

sid

erar

em n

eces

sári

o in

terr

omp

ê-la

s p

or

razõ

es f

ísic

as o

u p

sico

lógi

cas.

3. O

s p

ro(

ssio

nai

s d

e sa

úd

e d

evem

ter

a a

uto

rid

ade

par

a re

ver

e re

com

end

ar a

lter

açõe

s n

a se

par

ação

invo

lun

tári

a d

e u

m p

reso

, com

vis

tas

a as

segu

rar

qu

e ta

l sep

araç

ão n

ão a

grav

e as

con

diç

ões

méd

icas

ou

a d

e(ci

ênci

a fí

sica

ou

men

tal d

o p

reso

.

Instrumentos de restrição

Reg

ra 4

7

1.

O u

so d

e co

rren

tes,

de

imo

bil

iza

do

res

de

ferr

o o

u o

utr

os

inst

rum

ento

s re

stri

tivo

s q

ue

são

iner

ente

men

te d

egra

dan

tes

ou d

olor

osos

dev

em s

er p

roib

idos

.

2. O

utr

os in

stru

men

tos

rest

riti

vos

dev

em s

er u

tili

zad

os a

pen

as q

uan

do

pre

vist

os e

m le

i e n

as s

egu

inte

s

circ

un

stân

cias

:

29

Cf.

Reg

ra 6

7 d

as R

egra

s d

as N

açõe

s U

nid

as p

ara

a Pr

oteç

ão d

os Jo

ven

s Pr

ivad

os d

e Li

ber

dad

e (R

esol

uçã

o n

. 45/

113,

an

exo)

; e R

egra

22

das

R

egra

s d

as N

açõe

s U

nid

as p

ara

o Tr

atam

ento

de

Mu

lher

es P

resa

s e

Med

idas

não

Pri

vati

vas

de

Libe

rdad

e p

ara

Mu

lher

es In

frat

oras

(Reg

ras

de

Ban

gkok

) (R

esol

uçã

o n

. 65/

229,

an

exo)

.

(a) C

omo

pre

cau

ção

con

tra

a fu

ga d

ura

nte

um

a tr

ansf

erên

cia,

des

de

qu

e se

jam

rem

ovid

os q

uan

do

o

pre

so e

stiv

er d

ian

te d

e au

tori

dad

e ju

dic

ial o

u a

dm

inis

trat

iva;

(b) P

or

ord

em d

o d

iret

or

da

un

ida

de

pri

sio

na

l, s

e o

utr

os

mét

od

os

de

con

tro

le f

alh

are

m,

a (

m d

e

evit

ar q

ue

um

pre

so m

ach

uq

ue

a si

mes

mo

ou a

ou

trem

ou

qu

e d

ani(

qu

e p

rop

ried

ade;

em

tai

s

circ

un

stâ

nci

as,

o d

iret

or

dev

e im

edia

tam

ente

ale

rta

r o

méd

ico

ou

ou

tro

pro

(ss

ion

al

de

saú

de

qu

ali(

cad

o e

rep

orta

r à

auto

rid

ade

adm

inis

trat

iva

sup

erio

r.

Reg

ra 4

8

1. Q

uan

do

a u

tili

zaçã

o d

e in

stru

men

tos

rest

riti

vos

for

auto

riza

da,

de

acor

do

com

o p

arág

rafo

2 d

a re

gra

47, o

s se

guin

tes

pri

ncí

pio

s se

rão

apli

cad

os:

(a) O

s in

stru

men

tos

rest

riti

vos

serã

o u

tiliz

ados

ap

enas

qu

and

o ou

tras

form

as m

enos

sev

eras

de

con

trol

e

não

for

em e

feti

vas

par

a en

fren

tar

os r

isco

s re

pre

sen

tad

os p

elo

mov

imen

to s

em a

res

triç

ão;

(b) O

mét

odo

de

rest

riçã

o se

rá o

men

os in

vasi

vo n

eces

sári

o, e

raz

oáve

l par

a co

ntr

olar

a m

ovim

enta

ção

do

pre

so, b

asea

do

no

nív

el e

nat

ure

za d

o ri

sco

apre

sen

tad

o;

(c)

Os

inst

rum

ento

s d

e re

stri

ção

dev

em s

er u

tili

zad

os a

pen

as d

ura

nte

o p

erío

do

exig

ido

e d

evem

ser

reti

rad

os, a

ssim

qu

e p

ossí

vel,

dep

ois

qu

e o

risc

o q

ue

mot

ivou

a r

estr

ição

não

est

eja

mai

s p

rese

nte

.

2. O

s in

stru

men

tos

de

rest

riçã

o n

ão d

evem

ser

uti

liza

dos

em

mu

lher

es e

m t

rab

alh

o d

e p

arto

, nem

du

ran

te e

imed

iata

men

te a

pós

o p

arto

.

Reg

ra 4

9

A a

dm

inis

traç

ão p

risi

onal

dev

e b

usc

ar e

pro

mov

er o

tre

inam

ento

no

uso

de

técn

icas

de

con

trol

e q

ue

afas

tem

a n

eces

sid

ade

de

uti

liza

r in

stru

men

tos

rest

riti

vos

ou q

ue

red

uza

m s

eu c

arát

er in

vasi

vo.

Revistas íntimas e inspeção em celas

Reg

ra 5

0

As

leis

e r

egu

lam

ento

s ac

erca

das

rev

ista

s ín

tim

as e

insp

eçõe

s d

e ce

las

dev

em e

star

em

con

form

idad

e

com

as

obri

gaçõ

es d

o D

irei

to In

tern

acio

nal

e d

evem

leva

r em

con

ta o

s p

adrõ

es e

as

nor

mas

inte

rnac

ion

ais,

con

sid

eran

do-

se a

nec

essi

dad

e d

e ga

ran

tir

a se

gura

nça

nas

un

idad

es p

risi

onai

s. A

s re

vist

as í

nti

mas

e

insp

eçõe

s se

rão

con

du

zid

as r

esp

eita

nd

o-se

a in

eren

te d

ign

idad

e h

um

ana

e p

riva

cid

ade

do

ind

ivíd

uo

sob

insp

eção

, ass

im c

omo

os p

rin

cíp

ios

da

pro

por

cion

alid

ade,

lega

lid

ade

e n

eces

sid

ade.

Reg

ra 5

1

As

rev

ista

s ín

tim

as

e i

nsp

eçõ

es

o s

erã

o u

tili

zad

as

pa

ra a

sse

dia

r, i

nti

mid

ar

ou

in

va

dir

des

nec

essa

riam

ente

a p

riva

cid

ade

do

pre

so. P

ara

os (

ns

de

resp

onsa

bil

izaç

ão, a

ad

min

istr

ação

pri

sion

al

dev

e m

ante

r re

gist

ros

apro

pri

ados

das

rev

ista

s ín

tim

as e

insp

eçõe

s, e

m p

arti

cula

r d

aqu

elas

qu

e en

volv

am

o at

o d

e d

esp

ir e

de

insp

ecio

nar

par

tes

ínti

mas

do

corp

o e

insp

eçõe

s n

as c

elas

, bem

com

o as

raz

ões

das

insp

eçõe

s, a

iden

tid

ade

daq

uel

es q

ue

as c

ond

uzi

ram

e q

uai

squ

er r

esu

ltad

os d

essa

s in

speç

ões.

Reg

ra 5

2

1. R

evis

tas

ínti

ma

s in

vasi

vas,

in

clu

ind

o o

ato

de

des

pir

e d

e in

spec

ion

ar

pa

rtes

ín

tim

as

do

co

rpo,

dev

em s

er e

mp

reen

did

as a

pen

as q

uan

do

fore

m a

bso

luta

men

te n

eces

sári

as. A

s ad

min

istr

açõe

s p

risi

onai

s

dev

em s

er e

nco

raja

das

a d

esen

volv

er e

uti

liza

r ou

tras

alt

ern

ativ

as a

pro

pri

adas

ao

invé

s d

e re

vist

as ín

tim

as

Page 17: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

3233

REGRAS DE MANDELA

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

inva

siva

s. A

s re

vist

as ín

tim

as in

vasi

vas

serã

o co

nd

uzi

das

de

form

a p

riva

da

e p

or p

esso

al t

rein

ado

do

mes

mo

gên

ero

do

ind

ivíd

uo

insp

ecio

nad

o.

2. A

s re

vist

as d

as p

arte

s ín

tim

as s

erão

con

du

zid

as a

pen

as p

or p

ro(

ssio

nai

s d

e sa

úd

e q

ual

i(ca

dos

,

qu

e n

ão

sej

am

os

pri

nci

pa

is r

esp

on

sáve

is p

ela

ate

nçã

o à

sa

úd

e d

o p

reso

, ou

, no

mín

imo,

po

r p

esso

al

apro

pri

adam

ente

tre

inad

o p

or p

ro(

ssio

nai

s d

a ár

ea m

édic

a n

os p

adrõ

es d

e h

igie

ne,

saú

de

e se

gura

nça

.

Reg

ra 5

3

Os

pre

sos

dev

em t

er a

cess

o a

os

do

cum

ento

s re

laci

on

ad

os

ao

s se

us

pro

cess

os

jud

icia

is e

ser

em

auto

riza

dos

a m

antê

-los

con

sigo

, sem

qu

e a

adm

inis

traç

ão p

risi

onal

ten

ha

aces

so a

est

es.

Inform

ações e direito à queixa dos presos

Reg

ra 5

4

Tod

o p

reso

, na

sua

entr

ada,

dev

e re

ceb

er in

form

ação

esc

rita

sob

re:

(a) A

legi

slaç

ão e

os

regu

lam

ento

s co

nce

rnen

tes

à u

nid

ade

pri

sion

al e

ao

sist

ema

pri

sion

al;

(b) S

eus

dir

eito

s, in

clu

sive

mét

odos

au

tori

zad

os d

e b

usc

a d

e in

form

ação

, ace

sso

à as

sist

ênci

a ju

ríd

ica,

incl

usi

ve g

ratu

ita,

e p

roce

dim

ento

s p

ara

faze

r so

lici

taçõ

es e

rec

lam

açõe

s;

(c)

Suas

ob

riga

ções

, in

clu

sive

as

san

ções

dis

cip

lin

ares

ap

licá

veis

; e

(d) T

odos

os

assu

nto

s n

eces

sári

os p

ara

pos

sib

ilit

ar a

o p

reso

ad

apta

r-se

à v

ida

de

recl

usã

o.

Reg

ra 5

5

1. A

s in

form

açõe

s m

enci

onad

as n

a re

gra

54 d

evem

est

ar d

isp

onív

eis

nos

id

iom

as m

ais

uti

liza

dos

,

de

acor

do

com

as

nec

essi

dad

es d

a p

opu

laçã

o p

risi

onal

. Se

um

pre

so n

ão c

omp

reen

der

qu

alq

uer

des

ses

idio

mas

, dev

erá

ser

forn

ecid

a a

assi

stên

cia

de

um

inté

rpre

te.

2. S

e o

pre

so f

or a

nal

fabe

to, a

s in

form

açõe

s d

evem

ser

for

nec

idas

ver

balm

ente

. Pre

sos

com

de(

ciên

cias

sen

sori

ais

dev

em r

eceb

er a

s in

form

açõe

s d

e m

anei

ra a

pro

pri

ada

a su

as n

eces

sid

ades

.

3. A

ad

min

istr

ação

pri

sion

al d

eve

exib

ir, c

om d

esta

qu

e, in

form

ativ

os n

as á

reas

de

trân

sito

com

um

da

un

idad

e p

risi

onal

.

Reg

ra 5

6

1. T

odo

pre

so d

eve

ter

a op

ortu

nid

ade,

em

qu

alq

uer

dia

, de

faze

r so

lici

taçõ

es o

u r

ecla

maç

ões

ao d

iret

or

da

un

idad

e p

risi

onal

ou

ao

serv

idor

pri

sion

al a

uto

riza

do

a re

pre

sen

tá-l

o.

2. D

eve

ser

viab

iliz

ada

a p

ossi

bil

idad

e d

e os

pre

sos

faze

rem

sol

icit

açõe

s ou

rec

lam

açõe

s, d

ura

nte

as

insp

eçõe

s d

a u

nid

ade

pri

sion

al, a

o in

spet

or p

risi

onal

. O p

reso

dev

e te

r a

opor

tun

idad

e d

e co

nve

rsar

com

o in

spet

or o

u c

om

qu

alq

uer

ou

tro

o(ci

al d

e in

speç

ão, l

ivre

men

te e

em

tot

al c

on(

den

cial

idad

e, s

em a

pre

sen

ça d

o d

iret

or o

u d

e ou

tros

mem

bro

s d

a eq

uip

e.

3. T

odo

pre

so d

eve

ter

o d

irei

to d

e fa

zer

um

a so

lici

taçã

o ou

rec

lam

ação

sob

re s

eu t

rata

men

to, s

em

cen

sura

qu

an

to a

o c

on

teú

do,

à a

dm

inis

tra

ção

pri

sio

na

l ce

ntr

al,

à a

uto

rid

ad

e ju

dic

iári

a o

u a

ou

tra

s

auto

rid

ades

com

pet

ente

s, in

clu

sive

àq

uel

es c

om p

oder

es d

e re

visã

o e

de

rem

edia

ção.

4. O

s d

irei

tos

pre

vist

os n

os p

arág

rafo

s 1

a 3

des

ta R

egra

ser

ão e

sten

did

os a

o se

u a

dvo

gad

o. N

os c

asos

em q

ue

nem

o p

reso

, nem

o s

eu a

dvo

gad

o te

nh

am a

pos

sib

ilid

ade

de

exer

cer

tais

dir

eito

s, u

m m

emb

ro d

a

fam

ília

do

pre

so o

u q

ual

qu

er o

utr

a p

esso

a q

ue

ten

ha

con

hec

imen

to d

o ca

so p

oder

á ex

ercê

-los

.

Reg

ra 5

7

1. T

oda

soli

cita

ção

ou r

ecla

maç

ão d

eve

ser

pro

nta

men

te a

pre

ciad

a e

resp

ond

ida

sem

dem

ora.

Se

a

soli

cita

ção

ou r

ecla

maç

ão f

or r

ejei

tad

a, o

u n

o ca

so d

e at

raso

ind

evid

o, o

rec

lam

ante

ter

á o

dir

eito

de

levá

-la

à au

tori

dad

e ju

dic

ial o

u o

utr

a au

tori

dad

e.

2. M

eca

nis

mo

s d

e sa

lva

gua

rda

s d

evem

ser

cri

ad

os

pa

ra a

sseg

ura

r q

ue

os

pre

sos

po

ssa

m f

aze

r

soli

cita

ções

e r

ecla

maç

ões

de

form

a se

gura

e, s

e re

qu

isit

ado

pel

o re

clam

ante

, con

(d

enci

alm

ente

. O p

reso

,

ou

qu

alq

uer

ou

tra

pes

soa

men

cio

na

da

no

pa

rágr

afo

4 d

a R

egra

56,

o d

eve

ser

exp

ost

o a

qu

alq

uer

risc

o d

e re

tali

ação

, in

tim

idaç

ão o

u o

utr

as c

onse

qu

ênci

as n

egat

ivas

com

o re

sult

ado

de

um

a so

lici

taçã

o

ou r

ecla

maç

ão.

3. A

lega

ções

de

tort

ura

ou

tra

tam

ento

s ou

san

ções

cru

éis,

des

um

anos

ou

deg

rad

ante

s d

ever

ão s

er

apre

cia

da

s im

edia

tam

ente

e d

evem

res

ult

ar

em u

ma

pro

nta

e i

mp

arc

ial

inve

stig

açã

o, c

on

du

zid

a p

or

auto

rid

ade

nac

ion

al in

dep

end

ente

, de

acor

do

com

os

par

ágra

fos

1 e

2 d

a R

egra

71.

Contato com

o mundo exterior

Reg

ra 5

8

1. O

s p

risi

onei

ros

dev

em t

er p

erm

issã

o, s

ob a

su

per

visã

o n

eces

sári

a, d

e co

mu

nic

arem

-se

per

iod

icam

ente

com

seu

s fa

mil

iare

s e

amig

os, p

erio

dic

amen

te:

(a) p

or c

orre

spon

dên

cia

e u

tili

zan

do,

on

de

hou

ver,

de

tele

com

un

icaç

ões,

mei

os d

igit

ais,

ele

trôn

icos

e

outr

os; e

(b) p

or m

eio

de

visi

tas.

2. O

nd

e fo

rem

per

mit

idas

as

visi

tais

con

juga

is, e

ste

dir

eito

dev

e se

r ga

ran

tid

o se

m d

iscr

imin

ação

,

e as

mu

lher

es p

resa

s ex

erce

rão

este

dir

eito

nas

mes

mas

bas

es q

ue

os h

omen

s. D

evem

ser

in

stau

rad

os

pro

ced

imen

tos,

e l

oca

is d

evem

ser

dis

po

nib

iliz

ad

os,

de

form

a a

ga

ran

tir

o j

ust

o e

igu

ali

tári

o a

cess

o,

resp

eita

nd

o-se

a s

egu

ran

ça e

a d

ign

idad

e.

Reg

ra 5

9

Os

pre

sos

dev

em s

er a

loca

dos

, na

med

ida

do

pos

síve

l, em

un

idad

es p

risi

onai

s p

róxi

mas

às

suas

cas

as

ou a

o lo

cal d

e su

a re

abil

itaç

ão s

ocia

l.

Reg

ra 6

0

1. A

en

trad

a d

e vi

sita

nte

s n

as u

nid

ades

pri

sion

ais

dep

end

e d

o co

nse

nti

men

to d

o vi

sita

nte

de

se s

ubm

eter

à re

vist

a. O

vis

itan

te p

ode

revo

gar

seu

con

sen

tim

ento

a q

ual

qu

er t

emp

o; n

esse

cas

o, a

ad

min

istr

ação

pri

sion

al p

oder

á ve

dar

seu

ace

sso.

2. O

s p

roce

dim

ento

s d

e en

tra

da

e r

evis

ta p

ara

vis

ita

nte

s n

ão

dev

em s

er d

egra

da

nte

s e

dev

em s

er

gove

rnad

os p

or p

rin

cíp

ios

não

men

os p

rote

tivo

s q

ue

aqu

eles

del

inea

dos

nas

Reg

ras

50 a

52.

Rev

ista

s em

par

tes

ínti

mas

do

corp

o d

evem

ser

evi

tad

as e

não

dev

em s

er u

tili

zad

as e

m c

rian

ças.

Reg

ra 6

1

1. O

s p

reso

s d

evem

ter

a o

po

rtu

nid

ad

e, t

emp

o e

mei

os

ad

equ

ad

os

pa

ra r

eceb

erem

vis

ita

s e

de

se

com

un

ica

ram

co

m u

m a

dvo

gad

o d

e su

a p

róp

ria

esc

olh

a o

u c

om

um

def

enso

r p

úb

lico

, sem

dem

ora

,

inte

rcep

taçã

o ou

cen

sura

, em

tot

al c

on(

den

cial

idad

e, s

obre

qu

alq

uer

ass

un

to l

egal

, em

con

form

idad

e

com

a le

gisl

ação

loca

l. Ta

is e

nco

ntr

os p

odem

est

ar s

ob a

s vi

stas

de

agen

tes

pri

sion

ais,

mas

não

pas

síve

is

de

sere

m o

uvi

dos

por

est

es.

Page 18: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

3435

REGRAS DE MANDELA

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

2. N

os c

asos

em

qu

e os

pre

sos

não

fal

am o

id

iom

a lo

cal,

a ad

min

istr

ação

pri

sion

al d

eve

faci

lita

r o

aces

so a

os s

ervi

ços

de

um

inté

rpre

te c

omp

eten

te e

ind

epen

den

te.

3. O

s p

reso

s d

evem

ter

ace

sso

a as

sist

ênci

a ju

ríd

ica

efet

iva.

Reg

ra 6

2

1. P

reso

s es

tran

geir

os d

evem

ter

aces

so a

rec

urs

os r

azoá

veis

par

a se

com

un

icar

em c

om o

s re

pre

sen

tan

tes

dip

lom

átic

os e

con

sula

res

do

Esta

do

ao q

ual

per

ten

cem

.

2. P

reso

s or

igin

ário

s d

e Es

tad

os s

em r

epre

sen

taçã

o d

iplo

mát

ica

ou c

onsu

lar

no

paí

s e

refu

giad

os o

u

apát

rid

as d

evem

ter

ace

sso

a re

curs

os s

imil

ares

par

a se

com

un

icar

em c

om o

s re

pre

sen

tan

tes

dip

lom

átic

os

do

Esta

do

enca

rreg

ados

de

seu

s in

tere

sses

ou

com

qu

alq

uer

au

tori

dad

e n

acio

nal

ou

in

tern

acio

nal

qu

e

ten

ha

com

o ta

refa

pro

tege

r ta

is in

div

ídu

os.

Reg

ra 6

3

Os

pre

sos

dev

em s

er r

egu

larm

ente

info

rmad

os s

obre

os

assu

nto

s m

ais

imp

orta

nte

s d

os n

otic

iári

os, p

or

mei

o d

e le

itu

ra d

e jo

rnai

s, d

e p

erió

dic

os o

u d

e p

ub

lica

ções

inst

itu

cion

ais

esp

ecia

is, p

or t

ran

smis

sões

sem

(o,

por

pal

estr

as o

u p

or q

uai

squ

er m

eios

sim

ilare

s au

tori

zad

os o

u c

ontr

olad

os p

ela

adm

inis

traç

ão p

risi

onal

.

Livros

Reg

ra 6

4

To

da

un

ida

de

pri

sio

na

l d

eve

ter

um

a b

ibli

ote

ca p

ara

uso

de

tod

as

as

cate

gori

as

de

pre

sos,

adeq

uad

amen

te p

rovi

da

de

livr

os d

e la

zer

e d

e in

stru

ção,

e o

s p

reso

s d

evem

ser

ince

nti

vad

os a

faz

er u

so

del

a.

Religião

Reg

ra 6

5

1. S

e a

un

idad

e p

risi

onal

con

tive

r u

m n

úm

ero

su(

cien

te d

e p

reso

s d

e u

ma

mes

ma

reli

gião

, dev

e se

r

ind

icad

o ou

ap

rova

do

um

rep

rese

nta

nte

qu

ali(

cad

o d

aqu

ela

reli

gião

. Se

o n

úm

ero

de

pri

sion

eiro

s ju

sti(

car

tal p

roce

dim

ento

, e s

e as

con

diç

ões

per

mit

irem

, dev

e-se

ad

otar

est

e p

roce

dim

ento

em

tem

po

inte

gral

.

2. U

m r

epre

sen

tan

te q

ual

i(ca

do

ind

icad

o ou

ap

rova

do

con

form

e o

par

ágra

fo 1

des

ta R

egra

dev

e te

r

per

mis

são

par

a re

aliz

ar c

eleb

raçõ

es r

egu

lare

s e

faze

r vi

sita

s p

asto

rais

pri

vad

as a

pre

sos

de

sua

reli

gião

em h

orár

io a

pro

pri

ado.

3. O

dir

eito

de

entr

ar e

m c

onta

to c

om u

m r

epre

sen

tan

te q

ual

i(ca

do

de

sua

reli

gião

nu

nca

dev

e se

r

neg

ado

a q

ual

qu

er p

reso

. Por

ou

tro

lad

o, s

e u

m p

reso

se

opu

ser

à vi

sita

de

qu

alq

uer

rep

rese

nta

nte

rel

igio

so,

sua

dec

isão

dev

e se

r p

len

amen

te r

esp

eita

da.

Reg

ra 6

6

Tod

o p

reso

dev

e te

r o

dir

eito

de

ate

nd

er à

s n

eces

sid

ad

es d

e su

a v

ida

rel

igio

sa,

pa

rtic

ipa

nd

o d

e

cele

bra

ções

rea

liza

das

nas

un

idad

es p

risi

onai

s e

man

ten

do

con

sigo

liv

ros

de

prá

tica

e d

e en

sin

o d

e su

a

con

(ss

ão.

Retenção de pertences dos presos

Reg

ra 6

7

1. T

odo

din

hei

ro, o

bjet

o d

e va

lor,

rou

pa

e ou

tros

obj

etos

per

ten

cen

tes

a u

m p

reso

, qu

e so

b o

regu

lam

ento

de

um

a u

nid

ade

pri

sion

al n

ão p

ossa

m s

er g

uar

dad

os c

om e

le a

o en

trar

na

un

idad

e p

risi

onal

, dev

em s

er

man

tid

os s

ob c

uid

ados

e s

egu

ran

ça. U

m i

nve

ntá

rio

dev

e se

r as

sin

ado

pel

o p

reso

e d

eve-

se z

elar

par

a

man

ter

os p

erte

nce

s em

boa

s co

nd

içõe

s.

2. N

a li

ber

ação

do

pre

so, t

odos

os

arti

gos

e d

inh

eiro

dev

em s

er d

evol

vid

os a

ele

, exc

eto

se t

iver

sid

o

au

tori

zad

o a

ga

sta

r o

din

hei

ro o

u e

nvi

ar

qu

alq

uer

per

ten

ce p

ara

fo

ra d

a u

nid

ad

e p

risi

on

al,

ou

ten

ha

sid

o n

eces

sári

o d

estr

uir

qu

alq

uer

peç

a d

e ro

up

a p

or m

otiv

os d

e h

igie

ne.

O p

reso

dev

e as

sin

ar u

m r

ecib

o

refe

ren

te a

os a

rtig

os e

din

hei

ro q

ue

lhe

fore

m d

evol

vid

os.

3. Q

ual

qu

er d

inh

eiro

ou

per

ten

ce r

eceb

ido

de

fora

da

un

idad

e p

risi

onal

est

á su

bmet

ido

a es

sas

mes

mas

regr

as.

4. S

e u

m p

reso

tro

uxe

r q

uai

squ

er d

roga

s ou

med

icam

ento

s, o

méd

ico

ou o

utr

o p

ro(

ssio

nal

da

saú

de

qu

ali(

cad

o d

ecid

irá

sob

re a

su

a u

tili

zaçã

o.

Noti<cações

Reg

ra 6

8

Tod

o p

reso

dev

e te

r o

dir

eito

, e

a e

le d

evem

ser

ass

egu

rad

os

os

mei

os

pa

ra t

an

to,

de

info

rma

r

imed

iata

men

te a

su

a f

am

ília

, o

u q

ua

lqu

er o

utr

a p

esso

a d

esig

na

da

co

mo

seu

co

nta

to,

sob

re s

eu

enca

rcer

amen

to, o

u s

obre

su

a tr

ansf

erên

cia

par

a ou

tra

un

idad

e p

risi

onal

, ou

, ain

da,

sob

re q

ual

qu

er d

oen

ça

ou f

erim

ento

gra

ves.

A d

ivu

lgaç

ão d

e in

form

açõe

s p

esso

ais

dos

pre

sos

dev

e es

tar

sub

met

ida

à le

gisl

ação

loca

l.

Reg

ra 6

9

Em c

aso

de

mor

te d

e u

m p

reso

, o d

iret

or d

a u

nid

ade

pri

sion

al d

eve

info

rmar

, im

edia

tam

ente

, o p

aren

te

mai

s p

róxi

mo

ou c

onta

to d

e em

ergê

nci

a d

o p

reso

. Os

ind

ivíd

uos

des

ign

ados

pel

o p

reso

par

a re

ceb

erem

as i

nfo

rmaç

ões

sob

re s

ua

saú

de

dev

em s

er n

oti(

cad

os p

elo

dir

etor

em

cas

o d

e d

oen

ça g

rave

, fer

imen

to

ou t

ran

sfer

ênci

a p

ara

um

a in

stit

uiç

ão m

édic

a. A

sol

icit

ação

exp

líci

ta d

e u

m p

reso

, de

qu

e se

u c

ônju

ge o

u

par

ente

mai

s p

róxi

mo

não

sej

a in

form

ado

em c

aso

de

doe

nça

ou

fer

imen

to, d

eve

ser

resp

eita

da.

Reg

ra 7

0

A a

dm

inis

tra

ção

pri

sio

na

l d

eve

info

rma

r im

edia

tam

ente

o p

reso

so

bre

do

ença

gra

ve o

u a

mo

rte

de

par

ente

pró

xim

o, c

ônju

ge o

u c

omp

anh

eiro

. Qu

and

o as

cir

cun

stân

cias

per

mit

irem

, o p

reso

dev

e se

r

auto

riza

do

a ir

ver

, sob

esc

olta

ou

soz

inh

o, o

par

ente

pró

xim

o, o

côn

juge

ou

o c

omp

anh

eiro

, qu

e es

teja

grav

emen

te d

oen

te o

u a

par

tici

par

do

fun

eral

de

tais

pes

soas

.

Investigações

Reg

ra 7

1

1. N

ão o

bsta

nte

um

a in

vest

igaç

ão in

tern

a, o

dir

etor

da

un

idad

e p

risi

onal

dev

e re

por

tar,

imed

iata

men

te,

a m

orte

, o d

esap

arec

imen

to o

u o

fer

imen

to g

rave

à a

uto

rid

ade

jud

icia

l ou

a o

utr

a au

tori

dad

e co

mp

eten

te,

ind

epen

den

te d

a ad

min

istr

ação

pri

sion

al; e

dev

e d

eter

min

ar a

inve

stig

ação

imed

iata

, im

par

cial

e e

feti

va

Page 19: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

3637

REGRAS DE MANDELA

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

sob

re a

s ci

rcu

nst

ânci

as e

cau

sas

de

tais

eve

nto

s. A

ad

min

istr

ação

pri

sion

al d

eve

coop

erar

inte

gral

men

te

com

a r

efer

ida

auto

rid

ade

e as

segu

rar

qu

e to

das

as

evid

ênci

as s

ejam

pre

serv

adas

.

2. A

ob

riga

ção

do

pa

rágr

afo

1 d

esta

Reg

ra d

eve

ser

igu

alm

ente

ap

lica

da

qu

an

do

ho

uve

r in

díc

ios

razo

ávei

s p

ara

se s

up

or q

ue

um

ato

de

tort

ura

ou

tra

tam

ento

ou

san

ção

cru

éis,

des

um

anos

ou

deg

rad

ante

s

ten

ha

sid

o co

met

ido

na

un

idad

e p

risi

onal

, mes

mo

qu

e n

ão t

enh

a re

ceb

ido

recl

amaç

ão f

orm

al.

3. Q

ua

nd

o h

ou

ver

ind

ício

s ra

zoáv

eis

pa

ra s

e su

po

r q

ue

ato

s re

feri

do

s n

o p

ará

gra

fo 2

des

ta R

egra

ten

ham

sid

o p

rati

cad

os, d

evem

ser

tom

adas

pro

vid

ênci

as im

edia

tas

par

a ga

ran

tir

qu

e to

das

as

pes

soas

pot

enci

alm

ente

imp

lica

das

não

ten

ham

en

volv

imen

to n

as in

vest

igaç

ões

ou c

onta

to c

om a

s te

stem

un

has

,

víti

mas

e s

eus

fam

ilia

res.

Reg

ra 7

2

A a

dm

inis

traç

ão p

risi

onal

dev

e tr

atar

o c

orp

o d

e u

m p

reso

fale

cid

o co

m r

esp

eito

e d

ign

idad

e. O

cor

po

do

pre

so fa

leci

do

dev

e se

r d

evol

vid

o ao

seu

par

ente

mai

s p

róxi

mo

o m

ais

rap

idam

ente

pos

síve

l e n

o m

ais

tard

ar

qu

and

o co

ncl

uíd

a a

inve

stig

ação

. A a

dm

inis

traç

ão p

risi

onal

dev

e p

rovi

den

ciar

um

fu

ner

al c

ult

ura

lmen

te

adeq

uad

o, s

e n

ão h

ouve

r ou

tra

par

te d

isp

osta

ou

cap

az d

e fa

zê-l

o, e

dev

e m

ante

r co

mp

leto

reg

istr

o d

o fa

to.

Rem

oção de presos

Reg

ra 7

3

1. Q

uan

do

os p

reso

s es

tive

rem

sen

do

rem

ovid

os d

e ou

par

a u

ma

un

idad

e, d

evem

ser

exp

osto

s ao

blic

o

pel

o m

enor

tem

po

pos

síve

l, e

dev

em s

er a

dot

adas

as

dev

idas

sal

vagu

ard

as p

ara

pro

tegê

-los

de

insu

ltos

,

curi

osid

ade

e q

ual

qu

er f

orm

a d

e p

ub

lici

dad

e.

2. D

eve

ser

pro

ibid

o o

tran

spor

te d

e p

reso

s em

veí

culo

com

ven

tila

ção

ou il

um

inaç

ão in

adeq

uad

as o

u

qu

e p

ossa

su

bm

etê-

los

a q

ual

qu

er f

orm

a d

e so

frim

ento

fís

ico.

3. O

tra

nsp

ort

e d

e p

reso

s d

eve

ter

as

des

pes

as

pag

as

pel

a a

dm

inis

tra

ção

e s

er f

eito

em

co

nd

içõ

es

igu

ais

par

a to

dos

.

Funcionários da unidade prisional

Reg

ra 7

4

1. A

ad

min

istr

ação

pri

sion

al d

eve

pro

mov

er s

eleç

ão c

uid

ados

a d

e fu

nci

onár

ios

de

tod

os o

s n

ívei

s, u

ma

vez

qu

e a

adm

inis

traç

ão a

deq

uad

a d

a u

nid

ade

pri

sion

al d

epen

de

da

inte

grid

ade,

hu

man

idad

e, c

apac

idad

e

pro

(ss

ion

al e

ad

equ

ação

par

a o

trab

alh

o d

e se

us

fun

cion

ário

s.

2. A

ad

min

istr

ação

pri

sion

al d

eve,

con

stan

tem

ente

, su

scit

ar e

man

ter

no

esp

írit

o d

os f

un

cion

ário

s e

da

opin

ião

blic

a a

con

vicç

ão d

e q

ue

este

tra

balh

o é

um

ser

viço

soc

ial d

e gr

and

e im

por

tân

cia,

e p

ara

atin

gir

seu

ob

jeti

vo d

eve

uti

liza

r to

dos

os

mei

os a

pro

pri

ados

par

a in

form

ar o

bli

co.

3. P

ara

gara

nti

r os

(n

s an

teri

orm

ente

cit

ados

, os

fun

cion

ário

s d

evem

ser

ind

icad

os p

ara

trab

alh

o em

per

íod

o in

tegr

al c

omo

agen

tes

pri

sion

ais

pro

(ss

ion

ais

e a

con

diç

ão d

e se

rvid

or p

úb

lico

, com

est

abil

idad

e

no

emp

rego

, su

jeit

o ap

enas

à b

oa c

ond

uta

, e(

ciên

cia

e ap

tid

ão f

ísic

a. O

sal

ário

dev

e se

r su

(ci

ente

par

a

atra

ir e

ret

er h

omen

s e

mu

lher

es c

omp

atív

eis

com

o c

argo

; os

ben

efíc

ios

e co

nd

içõe

s d

e em

pre

go d

evem

ser

con

diz

ente

s co

m a

nat

ure

za e

xige

nte

do

trab

alh

o.

Reg

ra 7

5

1. O

s fu

nci

onár

ios

dev

em p

ossu

ir u

m p

adrã

o ad

equ

ado

de

edu

caçã

o e

rece

ber

as

con

diç

ões

e os

mei

os

par

a ex

erce

rem

su

as f

un

ções

de

form

a p

ro(

ssio

nal

.

2. A

nte

s d

e to

ma

rem

po

sse,

os

fun

cio

rio

s d

evem

rec

eber

tre

ina

men

to e

m s

ua

s ta

refa

s ge

rais

e

esp

ecí(

cas,

qu

e d

eve

reQ

etir

as

mel

hor

es p

ráti

cas

mod

ern

as, b

asea

das

em

dad

os e

mp

íric

os, d

as c

iên

cias

pen

ais.

Ap

enas

os

can

did

atos

qu

e fo

rem

ap

rova

dos

nas

pro

vas

teór

icas

e p

ráti

cas

ao (

nal

do

trei

nam

ento

dev

em s

er a

dm

itid

os n

o se

rviç

o p

risi

onal

.

3. A

ad

min

istr

ação

pri

sion

al d

eve

gara

nti

r a

cap

acit

ação

con

tín

ua

por

mei

o d

e cu

rsos

de

trei

nam

ento

em s

ervi

ço, c

om o

ob

jeti

vo d

e m

ante

r e

aper

feiç

oar

o co

nh

ecim

ento

e a

cap

acid

ade

pro

(ss

ion

al d

e se

us

fun

cion

ário

s, d

epoi

s d

e to

mar

em p

osse

e d

ura

nte

su

a ca

rrei

ra.

Reg

ra 7

6

1. O

tre

inam

ento

a q

ue

se r

efer

e o

par

ágra

fo 2

da

Reg

ra 7

5 d

eve

incl

uir

, no

mín

imo,

tre

inam

ento

em

:

(a) L

egis

laçã

o, r

egu

lam

ento

s e

pol

ític

as n

acio

nai

s re

leva

nte

s, b

em c

omo

os in

stru

men

tos

inte

rnac

ion

ais

e re

gion

ais

apli

cáve

is, a

s p

rem

issa

s q

ue

dev

em g

uia

r o

trab

alh

o e

as i

nte

raçõ

es d

os f

un

cion

ário

s

com

os

inte

rnos

.

(b) D

irei

tos

e d

ever

es d

os f

un

cion

ário

s n

o ex

ercí

cio

de

suas

fu

nçõ

es, i

ncl

uin

do

o re

spei

to à

dig

nid

ade

hu

man

a d

e to

dos

os

pre

sos

e a

pro

ibiç

ão d

e ce

rtas

con

du

tas,

em

par

ticu

lar

a p

ráti

ca d

e to

rtu

ra o

u

trat

amen

tos

ou s

ançõ

es c

ruéi

s, d

esu

man

os o

u d

egra

dan

tes.

(c)

Segu

ran

ça, i

ncl

uin

do

o co

nce

ito

de

segu

ran

ça d

inâm

ica,

o u

so d

a fo

rça

e in

stru

men

tos

de

rest

riçã

o,

e o

ger

enci

am

ento

de

infr

ato

res

vio

len

tos,

lev

an

do

-se

em c

on

sid

era

ção

téc

nic

as

pre

ven

tiva

s e

alte

rnat

ivas

, com

o n

egoc

iaçã

o e

med

iaçã

o;

(d) T

écn

ica

s d

e p

rim

eiro

s so

corr

os,

as

nec

essi

da

des

psi

coss

oci

ais

do

s p

reso

s e

as

corr

esp

on

den

tes

din

âmic

as n

o am

bien

te p

risi

onal

, bem

com

o a

aten

ção

e a

assi

stên

cia

soci

al, i

ncl

uin

do

o d

iagn

ósti

co

pré

vio

de

doe

nça

s m

enta

is.

2. O

s fu

nci

onár

ios

qu

e es

tive

rem

in

cum

bid

os d

e tr

abal

har

com

cer

tas

cate

gori

as d

e p

reso

s, o

u q

ue

este

jam

des

ign

ados

par

a ou

tras

fu

nçõ

es e

spec

í(ca

s, d

evem

rec

eber

tre

inam

ento

esp

ecí(

co c

om f

oco

em

tais

par

ticu

lari

dad

es.

Reg

ra 7

7

Tod

os o

s m

embr

os d

a eq

uip

e d

evem

, a t

odo

mom

ento

, por

tar-

se e

exe

cuta

r su

as a

tivi

dad

es d

e m

anei

ra

qu

e o

seu

exe

mp

lo s

eja

um

a b

oa in

Qu

ênci

a so

bre

os

pre

sos

e m

ereç

am s

eu r

esp

eito

.

Reg

ra 7

8

1. N

a m

edid

a d

o p

ossí

vel,

a eq

uip

e p

risi

onal

dev

e in

clu

ir u

m n

úm

ero

su(

cien

te d

e es

pec

iali

stas

tai

s

com

o p

siq

uia

tras

, psi

cólo

gos,

ass

iste

nte

s so

ciai

s, p

rofe

ssor

es e

inst

ruto

res

técn

icos

.

2. O

s se

rviç

os d

e as

sist

ente

s so

ciai

s, p

rofe

ssor

es e

inst

ruto

res

técn

icos

dev

em s

er p

rovi

dos

de

form

a

per

man

ente

, sem

exc

luir

a p

arti

cip

ação

de

trab

alh

ador

es d

e te

mp

o p

arci

al e

vol

un

tári

os.

Reg

ra 7

9

1. O

dir

etor

da

un

idad

e p

risi

onal

dev

e se

r ad

equ

adam

ente

qu

ali(

cad

o p

ara

a ta

refa

no

qu

e se

ref

ere

a

per

son

alid

ade,

cap

acid

ade

adm

inis

trat

iva

e tr

ein

amen

to e

exp

eriê

nci

a ap

rop

riad

os.

Page 20: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

3839

REGRAS DE MANDELA

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

2. O

dir

etor

da

un

idad

e p

risi

onal

dev

e d

edic

ar-s

e em

tem

po

inte

gral

a s

uas

tar

efas

pro

(ss

ion

ais

e n

ão

dev

e se

r in

dic

ado

em t

emp

o p

arci

al. D

eve

resi

dir

nas

dep

end

ênci

as d

a u

nid

ade

pri

sion

al o

u n

as im

edia

ções

.

3. Q

uan

do

du

as o

u m

ais

un

idad

es p

risi

onai

s es

tive

rem

sob

o c

ontr

ole

de

um

mes

mo

dir

etor

, ele

dev

e

visi

tar

cad

a u

ma

del

as a

inte

rval

os r

egu

lare

s. E

m c

ada

um

a d

as u

nid

ades

pri

sion

ais

dev

e h

aver

um

age

nte

resp

onsá

vel.

Reg

ra 8

0

1. O

dir

etor

, o s

eu r

epre

sen

tan

te e

a m

aior

ia d

os fu

nci

onár

ios

da

un

idad

e p

risi

onal

dev

em fa

lar

o id

iom

a

da

mai

or p

arte

dos

pre

sos

ou u

m id

iom

a en

ten

did

o p

ela

mai

oria

del

es.

2. S

emp

re q

ue

nec

essá

rio,

dev

em-s

e u

tili

zar

os s

ervi

ços

de

inté

rpre

te q

ual

i(ca

do.

Reg

ra 8

1

1. E

m u

ma

un

ida

de

pri

sio

na

l p

ara

ho

men

s e

mu

lher

es, a

pa

rte

da

un

ida

de

des

tin

ad

a a

mu

lher

es

dev

e es

tar

sob

a s

up

ervi

são

de

um

a o(

cial

fem

inin

a re

spon

sáve

l qu

e te

nh

a a

cust

ódia

das

ch

aves

de

tod

a

aqu

ela

par

te d

a u

nid

ade.

2. N

enh

um

fu

nci

onár

io d

o se

xo m

ascu

lin

o d

eve

entr

ar n

a p

arte

fem

inin

a d

a u

nid

ade

pri

sion

al a

men

os

qu

e es

teja

aco

mp

anh

ado

de

um

a ag

ente

.

3. A

s p

resa

s d

evem

ser

ate

nd

idas

e s

up

ervi

sion

adas

som

ente

por

age

nte

s fe

min

inas

. En

tret

anto

, iss

o

não

imp

ede

qu

e m

emb

ros

hom

ens

da

equ

ipe,

esp

ecia

lmen

te m

édic

os e

pro

fess

ores

, des

emp

enh

em s

uas

ativ

idad

es p

ro(

ssio

nai

s em

un

idad

es p

risi

onai

s ou

nas

áre

as d

esti

nad

as a

mu

lher

es.

Reg

ra 8

2

1. O

s fu

nci

onár

ios

das

un

idad

es p

risi

onai

s n

ão d

evem

, em

seu

rel

acio

nam

ento

com

os

pre

sos,

usa

r d

e

forç

a, e

xcet

o em

cas

o d

e au

tod

efes

a, t

enta

tiva

de

fuga

, ou

res

istê

nci

a at

iva

ou p

assi

va a

um

a or

dem

fun

dad

a

em le

is o

u r

egu

lam

ento

s. A

gen

tes

qu

e re

corr

am a

o u

so d

a fo

rça

não

dev

em f

azê-

lo a

lém

do

estr

itam

ente

nec

essá

rio

e d

evem

rel

atar

o in

cid

ente

imed

iata

men

te a

o d

iret

or d

a u

nid

ade

pri

sion

al.

2. O

s ag

ente

s p

risi

on

ais

dev

em r

eceb

er t

rein

am

ento

fís

ico

pa

ra c

apa

citá

-lo

s a

co

ntr

ola

r p

reso

s

agre

ssiv

os.

3. E

xcet

o em

cir

cun

stân

cias

esp

ecia

is, n

o cu

mp

rim

ento

das

tar

efas

qu

e ex

igem

con

tato

dir

eto

com

os

pre

sos,

os

fun

cio

rio

s p

risi

on

ais

o d

evem

est

ar

arm

ad

os.

Alé

m d

isso

, a

eq

uip

e n

ão

dev

e, e

m

circ

un

stân

cia

algu

ma,

por

tar

arm

as, a

men

os q

ue

seja

tre

inad

a p

ara

faze

r u

so d

elas

.

Inspeções internas e externas

Reg

ra 8

3

1. D

eve

hav

er u

m s

iste

ma

du

plo

de

insp

eçõe

s re

gula

res

nas

un

idad

es p

risi

onai

s e

nos

ser

viço

s p

enai

s:

(a) I

nsp

eçõe

s in

tern

as o

u a

dm

inis

trat

ivas

con

du

zid

as p

ela

adm

inis

traç

ão p

risi

onal

cen

tral

;

(b) I

nsp

eçõe

s ex

tern

as c

ond

uzi

das

por

órg

ão in

dep

end

ente

da

adm

inis

traç

ão p

risi

onal

, qu

e p

ode

incl

uir

órgã

os in

tern

acio

nai

s ou

reg

ion

ais

com

pet

ente

s.

2. E

m a

mbo

s os

cas

os, o

obj

etiv

o d

as in

speç

ões

dev

e se

r o

de

asse

gura

r q

ue

as u

nid

ades

pri

sion

ais

seja

m

gere

nci

adas

de

acor

do

com

as

leis

, reg

ula

men

tos,

pol

ític

as e

pro

ced

imen

tos

exis

ten

tes,

a (

m d

e al

can

çar

os o

bje

tivo

s d

os s

ervi

ços

pen

ais

e p

risi

onai

s, e

a p

rote

ção

dos

dir

eito

s d

os p

reso

s.

Reg

ra 8

4

1. O

s in

spet

ores

dev

em t

er a

au

tori

dad

e p

ara:

(a) A

cess

ar t

odas

as

info

rmaç

ões

acer

ca d

o n

úm

ero

de

pre

sos

e d

os lo

cais

de

enca

rcer

amen

to, b

em c

omo

tod

a a

info

rmaç

ão r

elev

ante

par

a o

trat

amen

to d

os p

reso

s, in

clu

sive

seu

s re

gist

ros

e as

con

diç

ões

de

det

ençã

o;

(b) E

scol

her

livr

emen

te q

ual

est

abel

ecim

ento

pri

sion

al d

eve

ser

insp

ecio

nad

o, in

clu

sive

faz

end

o vi

sita

s

de

inic

iati

va p

róp

ria

sem

pré

vio

avis

o, e

qu

ais

pre

sos

dev

em s

er e

ntr

evis

tad

os;

(c)

Co

nd

uzi

r en

trev

ista

s co

m o

s p

reso

s e

com

os

fun

cio

rio

s p

risi

on

ais

, em

to

tal

pri

vaci

da

de

e

con

(d

enci

alid

ade,

du

ran

te s

uas

vis

itas

;

(c)

Faze

r re

com

end

açõe

s à

adm

inis

traç

ão p

risi

onal

e a

ou

tras

au

tori

dad

es c

omp

eten

tes.

2. E

qu

ipes

de

insp

eçã

o e

xte

rna

dev

em s

er c

om

po

sta

s p

or

insp

eto

res

qu

ali

(ca

do

s e

exp

erie

nte

s,

ind

icad

os p

or u

ma

auto

rid

ade

com

pet

ente

, e d

evem

con

tar

com

pro

(ss

ion

ais

de

saú

de.

Dev

e-se

bu

scar

um

a re

pre

sen

taçã

o p

arit

ária

de

gên

ero.

Reg

ra 8

5

1. T

oda

insp

eção

ser

á se

guid

a d

e u

m r

elat

ório

esc

rito

a s

er s

ubm

etid

o à

auto

rid

ade

com

pet

ente

. Esf

orço

s

dev

em s

er e

mp

reen

did

os p

ara

torn

ar o

s re

lató

rios

de

insp

eçõe

s ex

tern

as d

e ac

esso

bli

co, e

xclu

ind

o-se

qu

alq

uer

dad

o p

esso

al d

os p

reso

s, a

men

os q

ue

ten

ham

for

nec

ido

seu

con

sen

tim

ento

exp

líci

to.

2. A

ad

min

istr

ação

pri

sion

al o

u q

ual

qu

er o

utr

a au

tori

dad

e co

mp

eten

te, c

onfo

rme

apro

pri

ado,

ind

icar

á,

em u

m p

razo

raz

oáve

l, se

as

reco

men

daç

ões

advi

nd

as d

e in

speç

ões

exte

rnas

ser

ão im

ple

men

tad

as.

II. Regras aplicáveis a categorias especiais

A. Presos sentenciados

Princípios orientadores

Reg

ra 8

6

Os

pri

ncí

pio

s o

rien

tad

ore

s a

seg

uir

ob

jeti

vam

mo

stra

r o

esp

írit

o s

ob

o q

ua

l o

s es

tab

elec

imen

tos

pri

sion

ais

dev

em s

er a

dm

inis

trad

os e

os

(n

s q

ue

dev

em a

lmej

ar, d

e ac

ord

o co

m a

dec

lara

ção

feit

a n

a

Ob

serv

ação

Pre

lim

inar

1 d

esta

s R

egra

s.

Reg

ra 8

7

An

tes

do

térm

ino

do

cum

pri

men

to d

e u

ma

pen

a ou

med

ida,

é d

esej

ável

qu

e se

jam

tom

adas

pro

vid

ênci

as

nec

essá

rias

par

a as

segu

rar

ao p

reso

um

ret

orn

o p

rogr

essi

vo à

vid

a em

soc

ied

ade.

Est

e p

rop

ósit

o p

ode

ser

alca

nça

do,

de

acor

do

com

o c

aso,

com

a a

doç

ão d

e u

m r

egim

e d

e p

ré-s

oltu

ra, o

rgan

izad

o d

entr

o d

a m

esm

a

un

idad

e p

risi

onal

ou

em

ou

tra

inst

itu

ição

ap

rop

riad

a, o

u m

edia

nte

libe

rdad

e co

nd

icio

nal

sob

alg

um

tip

o d

e

vigi

lân

cia,

qu

e n

ão d

eve

ser

con

(ad

a à

pol

ícia

, mas

dev

e se

r co

mbi

nad

a co

m u

ma

assi

stên

cia

soci

al e

(ca

z.

Page 21: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

4041

REGRAS DE MANDELA

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

Reg

ra 8

8

1. O

tra

tam

ento

dos

pre

sos

dev

e en

fati

zar

não

a s

ua

excl

usã

o d

a co

mu

nid

ade,

mas

su

a p

arti

cip

ação

con

tín

ua

nel

a. A

ssim

, as

agên

cias

com

un

itár

ias

dev

em, s

emp

re q

ue

pos

síve

l, se

r in

dic

adas

par

a au

xili

ar

a eq

uip

e d

a u

nid

ade

pri

sion

al n

a ta

refa

de

reab

ilit

ação

soc

ial d

os p

reso

s.

2. T

odo

esta

bele

cim

ento

pri

sion

al d

eve

ter

trab

alh

ador

es s

ocia

is e

nca

rreg

ados

de

man

ter

e ap

erfe

içoa

r

tod

as a

s re

laçõ

es d

esej

ávei

s d

e u

m p

reso

com

su

a fa

míl

ia e

com

agê

nci

as s

ocia

is r

econ

hec

idas

. Dev

em-s

e

adot

ar p

roce

dim

ento

s p

ara

pro

tege

r, ao

máx

imo

pos

síve

l, d

e ac

ord

o co

m a

lei

e a

sen

ten

ça, o

s d

irei

tos

rela

cion

ados

aos

inte

ress

es c

ivis

, à p

revi

dên

cia

soci

al e

aos

dem

ais

ben

efíc

ios

soci

ais

dos

pre

sos.

Reg

ra 8

9

1. O

cu

mp

rim

ento

des

tes

pri

ncí

pio

s re

qu

er a

ind

ivid

ual

izaç

ão d

o tr

atam

ento

e, p

ara

tal,

é n

eces

sári

o

um

sis

tem

a Q

exív

el d

e cl

assi

(ca

ção

dos

pre

sos

em g

rup

os. D

eve-

se, p

orta

nto

, dis

trib

uir

tai

s gr

up

os e

m

un

idad

es p

risi

onai

s se

par

adas

ad

equ

adas

ao

trat

amen

to d

e ca

da

um

.

2. E

ssa

s u

nid

ad

es p

risi

on

ais

o p

reci

sam

pro

po

rcio

na

r o

mes

mo

gra

u d

e se

gura

nça

pa

ra t

od

os

os

gru

po

s. É

rec

om

end

ável

qu

e vá

rio

s gr

au

s d

e se

gura

nça

sej

am

dis

po

nib

iliz

ad

os,

de

aco

rdo

co

m a

s

nec

essi

dad

es d

e d

ifer

ente

s gr

up

os. A

s u

nid

ades

ab

erta

s, e

xata

men

te p

elo

fato

de

não

pro

por

cion

arem

segu

ran

ça f

ísic

a co

ntr

a fu

ga, m

as c

on(

arem

na

auto

dis

cip

lin

a d

os d

eten

tos,

pro

por

cion

am a

s co

nd

içõe

s

mai

s fa

vorá

veis

par

a a

reab

ilit

ação

de

pre

sos

cuid

ados

amen

te s

elec

ion

ados

.

3. O

mer

o d

e d

eten

tos

em u

nid

ades

pri

sion

ais

fech

adas

não

dev

e se

r gr

and

e d

emai

s a

pon

to d

e co

ibir

o tr

atam

ento

ind

ivid

ual

izad

o. E

m a

lgu

ns

paí

ses,

en

ten

de-

se q

ue

a p

opu

laçã

o d

e ta

is u

nid

ades

não

dev

e

pas

sar

de

qu

inh

ento

s d

eten

tos.

Em

un

idad

es a

ber

tas,

a p

opu

laçã

o d

eve

ser

a m

enor

pos

síve

l.

4. P

or o

utr

o la

do,

não

é r

ecom

end

ável

man

ter

un

idad

es p

risi

onai

s q

ue

seja

m p

equ

enas

dem

ais

ao

pon

to d

e im

ped

irem

o p

rovi

men

to d

e in

stal

açõe

s ad

equ

adas

.

Reg

ra 9

0

A t

are

fa d

a s

oci

eda

de

o t

erm

ina

co

m a

lib

era

ção

de

um

pre

so. D

eve

hav

er, p

ort

an

to, a

gên

cia

s

gove

rna

men

tais

ou

pri

vad

as

cap

aze

s d

e p

rest

ar

aco

mp

an

ha

men

to p

ós-

solt

ura

de

form

a e

(ci

ente

,

dir

ecio

nad

o à

dim

inu

ição

do

pre

con

ceit

o co

ntr

a el

e e

visa

nd

o à

sua

rein

serç

ão s

ocia

l.

Tratam

ento

Reg

ra 9

1

O t

rata

men

to d

e p

reso

s se

nte

nci

ad

os

ao

en

carc

era

men

to o

u a

med

ida

sim

ila

r d

eve

ter

com

o

pro

pós

ito,

até

on

de

a se

nte

nça

per

mit

ir, c

riar

nos

pre

sos

a vo

nta

de

de

leva

r u

ma

vid

a d

e ac

ord

o co

m a

lei

e au

toss

u(

cien

te a

pós

su

a so

ltu

ra e

cap

acit

á-lo

s a

isso

, alé

m d

e d

esen

volv

er s

eu s

enso

de

resp

onsa

bili

dad

e

e au

torr

esp

eito

.

Reg

ra 9

2

1. P

ara

ess

es (

ns,

to

do

s o

s m

eio

s ap

rop

ria

do

s d

evem

ser

usa

do

s, i

ncl

usi

ve c

uid

ad

os

reli

gio

sos

em

paí

ses

ond

e is

so é

pos

síve

l, ed

uca

ção,

ori

enta

ção

e ca

pac

itaç

ão v

ocac

ion

ais,

ass

istê

nci

a so

cial

dir

ecio

nad

a,

acon

selh

amen

to p

ro(

ssio

nal

, des

envo

lvim

ento

fís

ico

e fo

rtal

ecim

ento

de

seu

car

áter

mor

al. T

ud

o is

so d

eve

ser

feit

o d

e ac

ord

o co

m a

s n

eces

sid

ades

ind

ivid

uai

s d

e ca

da

pre

so, l

evan

do

em c

onsi

der

ação

su

a h

istó

ria

soci

al e

cri

min

al, s

uas

cap

acid

ades

e a

pti

dõe

s m

enta

is, s

eu t

emp

eram

ento

pes

soal

, o t

emp

o d

a se

nte

nça

e su

as p

ersp

ecti

vas

par

a d

epoi

s d

a li

ber

ação

.

2. P

ara

ca

da

pre

so c

om

um

a s

ente

nça

de

exte

nsã

o a

deq

ua

da

, o d

iret

or

pri

sio

na

l d

eve

rece

ber

, no

mai

s b

reve

pos

síve

l ap

ós s

ua

entr

ada,

rel

atór

ios

sob

re t

odos

os

assu

nto

s re

fere

nte

s a

ele

men

cion

ados

no

par

ágra

fo 1

des

ta R

egra

. Ess

es r

elat

ório

s d

evem

sem

pre

incl

uir

rel

atór

io d

o m

édic

o ou

do

pro

(ss

ion

al d

e

saú

de

qu

ali(

cad

o so

bre

a c

ond

ição

fís

ica

e m

enta

l do

pre

so.

3. O

s re

lató

rios

e d

emai

s d

ocu

men

tos

rele

van

tes

dev

em s

er p

osto

s em

um

arq

uiv

o in

div

idu

al. E

sse

arq

uiv

o d

eve

ser

ma

nti

do

atu

ali

zad

o e

cla

ssi(

cad

o d

e m

an

eira

a p

oss

ibil

ita

r a

co

nsu

lta

pel

o p

esso

al

resp

onsá

vel,

sem

pre

qu

e h

ouve

r n

eces

sid

ade.

Classi<cação e individualização

Reg

ra 9

3

1. A

s (

nal

idad

es d

a cl

assi

(ca

ção

dev

em s

er:

(a) S

epa

rar

do

s d

ema

is p

reso

s a

qu

eles

qu

e, p

or

mo

tivo

de

seu

his

tóri

co c

rim

ina

l o

u p

ela

su

a

per

son

alid

ade,

pos

sam

vir

a e

xerc

er u

ma

inQ

uên

cia

neg

ativ

a so

bre

os

dem

ais

pre

sos;

(b) D

ivid

ir o

s p

reso

s em

cla

sses

, a (

m d

e fa

cili

tar

o tr

atam

ento

, vis

and

o à

sua

rein

serç

ão s

ocia

l.

2. N

a m

edid

a d

o p

ossí

vel,

as u

nid

ades

pri

sion

ais,

ou

set

ores

sep

arad

os d

e u

ma

un

idad

e, d

evem

ser

usa

das

par

a o

trat

amen

to d

e d

ifer

ente

s cl

asse

s d

e p

reso

s.

Reg

ra 9

4

Ass

im q

ue

pos

síve

l, ap

ós a

en

trad

a e

após

um

est

ud

o d

a p

erso

nal

idad

e d

e ca

da

pre

so s

ente

nci

ado

com

exte

nsã

o ad

equ

ada,

dev

e-se

pre

par

ar u

m p

rogr

ama

de

trat

amen

to p

ara

ele

bas

ead

o n

o co

nh

ecim

ento

obti

do

sob

re s

uas

nec

essi

dad

es, c

apac

idad

es e

dis

pos

içõe

s.

Privilégios

Reg

ra 9

5

Tod

a u

nid

ade

pri

sion

al d

eve

esta

bel

ecer

sis

tem

as d

e p

rivi

légi

os a

deq

uad

os p

ara

as d

ifer

ente

s cl

asse

s

de

pre

sos

e d

ifer

ente

s m

étod

os d

e tr

atam

ento

, a (

m d

e in

cen

tiva

r u

ma

boa

con

du

ta, d

esen

volv

er o

sen

so

de

resp

onsa

bil

idad

e e

asse

gura

r o

inte

ress

e e

a co

oper

ação

dos

pre

sos

no

seu

tra

tam

ento

.

Trabalho

Reg

ra 9

6

1. O

s p

reso

s co

nd

enad

os d

evem

ter

a o

por

tun

idad

e d

e tr

abal

har

e/o

u p

arti

cip

ar a

tiva

men

te d

e su

a

reab

ilit

ação

, sen

do

esta

ati

vid

ade

suje

ita

à d

eter

min

ação

, por

um

méd

ico

ou o

utr

o p

ro(

ssio

nal

de

saú

de

qu

ali(

cad

o, d

e su

a ap

tid

ão f

ísic

a e

men

tal.

2. T

rab

alh

o su

(ci

ente

de

nat

ure

za ú

til

dev

e se

r of

erec

ido

aos

pre

sos

de

mod

o a

con

serv

á-lo

s at

ivos

du

ran

te u

m d

ia n

orm

al d

e tr

abal

ho.

Reg

ra 9

7

1. O

tra

bal

ho

na

pri

são

não

dev

e se

r d

e n

atu

reza

est

ress

ante

.

2. O

s p

reso

s n

ão d

evem

ser

man

tid

os e

m r

egim

e d

e es

crav

idão

ou

ser

vid

ão.

Page 22: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

4243

REGRAS DE MANDELA

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

3. N

enh

um

pre

so s

erá

so

lici

tad

o a

tra

ba

lha

r p

ara

ben

e(ci

ar

pes

soa

l o

u p

riva

tiva

men

te q

ua

lqu

er

mem

bro

da

equ

ipe

pri

sion

al.

Reg

ra 9

8

1. Q

uan

do

pos

síve

l, o

trab

alh

o re

aliz

ado

dev

e m

ante

r ou

au

men

tar

a h

abil

idad

e d

os p

reso

s p

ara

qu

e

pos

sam

viv

er d

e m

anei

ra d

ign

a ap

ós s

ua

lib

eraç

ão.

2. O

s p

reso

s d

evem

rec

eber

tre

inam

ento

voc

acio

nal

, em

pro

(ss

ões

úte

is, d

as q

uai

s p

ossa

m t

irar

pro

veit

o,

esp

ecia

lmen

te o

s p

reso

s jo

ven

s.

3. D

entr

o d

os li

mit

es c

omp

atív

eis

com

a s

eleç

ão v

ocac

ion

al a

pro

pri

ada

e d

as e

xigê

nci

as d

a ad

min

istr

ação

e d

isci

pli

na

pri

sion

al, o

s p

reso

s d

evem

pod

er e

scol

her

o t

ipo

de

trab

alh

o q

ue

gost

aria

m d

e ex

erce

r.

Reg

ra 9

9

1. A

org

an

iza

ção

e o

s m

éto

do

s d

e tr

ab

alh

o n

as

un

ida

des

pri

sio

na

is d

evem

ser

os

ma

is p

are

cid

os

pos

síve

is c

om a

qu

eles

rea

liza

dos

for

a d

a u

nid

ade,

par

a, d

essa

for

ma,

pre

par

ar o

s p

reso

s p

ara

as c

ond

içõe

s

de

um

a vi

da

pro

(ss

ion

al n

orm

al.

2. O

s in

tere

sses

dos

pre

sos

e d

e se

u t

rein

amen

to v

ocac

ion

al, e

ntr

etan

to, n

ão d

evem

ser

su

bor

din

ados

à ob

ten

ção

de

lucr

o (

nan

ceir

o p

or u

ma

ativ

idad

e d

entr

o d

a u

nid

ade

pri

sion

al.

Reg

ra 1

00

1. A

s in

stri

as e

exp

lora

ções

agr

ícol

as, p

refe

ren

cial

men

te, d

evem

ser

op

erad

as d

iret

amen

te p

ela

adm

inis

traç

ão p

risi

onal

e n

ão p

or c

ontr

atan

tes

pri

vad

os.

2. S

e o

loca

l on

de

os p

reso

s es

tive

rem

tra

balh

and

o n

ão e

stiv

er s

ob o

con

trol

e d

a ad

min

istr

ação

pri

sion

al,

dev

em s

emp

re p

erm

anec

er s

ob a

su

per

visã

o d

os a

gen

tes

pri

sion

ais.

A m

enos

qu

e o

trab

alh

o se

ja p

ara

outr

os d

epar

tam

ento

s d

o go

vern

o, o

sal

ário

nor

mal

dev

e se

r p

ago

à ad

min

istr

ação

pri

sion

al p

elas

pes

soas

par

a as

qu

ais

o tr

abal

ho

é ex

ecu

tad

o, le

van

do

em c

onsi

der

ação

a p

rod

uti

vid

ade

dos

pre

sos.

Reg

ra 1

01

1. A

s p

reca

uçõ

es (

xa

da

s p

ara

pro

tege

r a

seg

ura

nça

e a

sa

úd

e d

os

tra

ba

lha

do

res

livr

es d

evem

ser

igu

alm

ente

ob

serv

adas

nas

un

idad

es p

risi

onai

s.

2. D

evem

-se

adot

ar p

roce

dim

ento

s p

ara

ind

eniz

ar o

s p

reso

s p

or a

cid

ente

s d

e tr

abal

ho,

incl

usi

ve p

or

enfe

rmid

ades

pro

voca

das

pel

o tr

abal

ho,

em

ter

mos

não

men

os f

avor

ávei

s q

ue

aqu

eles

est

end

idos

pel

a

lei a

tra

bal

had

ores

livr

es.

Reg

ra 1

02

1. O

mer

o m

áxim

o d

e h

oras

tra

bal

had

as, p

or d

ia e

por

sem

ana,

pel

os p

reso

s d

eve

ser

(xa

do

em le

i

pel

o re

gula

men

to a

dm

inis

trat

ivo,

lev

and

o em

con

sid

eraç

ão a

s n

orm

as e

os

cost

um

es l

ocai

s em

rel

ação

ao e

mp

rego

de

trab

alh

ador

es li

vres

.

2. A

s h

oras

(xa

das

dev

em p

erm

itir

um

dia

de

des

can

so p

or s

eman

a e

tem

po

su(

cien

te p

ara

o es

tud

o

e p

ara

outr

as a

tivi

dad

es e

xigi

das

com

o p

arte

do

trat

amen

to e

rei

nse

rção

dos

pre

sos.

Reg

ra 1

03

1. D

eve

hav

er u

m s

iste

ma

de

rem

un

eraç

ão ig

ual

itár

ia p

ara

o tr

abal

ho

dos

pre

sos.

2. D

entr

o d

o si

stem

a, o

s p

reso

s d

ever

ão t

er p

erm

issã

o p

ara

gast

ar p

elo

men

os p

arte

do

qu

e ga

nh

arem

em a

rtig

os a

pro

vad

os p

ara

uso

pró

pri

o e

par

a en

viar

um

a p

arte

de

seu

s ga

nh

os p

ara

sua

fam

ília

.

3. O

sis

tem

a d

eve

tam

bém

pos

sib

ilit

ar q

ue

um

a p

arte

dos

gan

hos

sej

a re

serv

ada

pel

a ad

min

istr

ação

pri

sion

al p

ara

con

stit

uir

um

fu

nd

o d

e p

oup

ança

a s

er d

esti

nad

o ao

pre

so q

uan

do

da

sua

lib

eraç

ão.

Educação e lazer

Reg

ra 1

04

1. I

nst

rum

ento

s d

evem

ser

cri

ad

os

pa

ra p

rom

over

a e

du

caçã

o d

e to

do

s o

s p

reso

s q

ue

po

ssa

m s

e

ben

e(ci

ar d

isso

, in

clu

ind

o in

stru

ção

reli

gios

a, e

m p

aíse

s on

de

isso

é p

ossí

vel.

A e

du

caçã

o d

e an

alfa

bet

os

e jo

ven

s p

reso

s d

eve

ser

com

pu

lsór

ia, e

a a

dm

inis

traç

ão p

risi

onal

dev

e d

esti

nar

ate

nçã

o es

pec

ial a

isso

.

2. N

a m

edid

a d

o p

ossí

vel,

a ed

uca

ção

dos

pre

sos

dev

e se

r in

tegr

ada

ao s

iste

ma

edu

caci

onal

do

paí

s,

par

a q

ue

após

su

a li

ber

ação

ele

s p

ossa

m c

onti

nu

ar s

eus

estu

dos

sem

mai

ores

di(

culd

ades

.

Reg

ra 1

05

Tod

as a

s u

nid

ades

pri

sion

ais

dev

em o

fere

cer

ativ

idad

es r

ecre

ativ

as e

cu

ltu

rais

em

ben

efíc

io d

a sa

úd

e

físi

ca e

men

tal d

os p

reso

s.

Relações sociais e assistência pós-prisional

Reg

ra 1

06

Ate

nçã

o es

pec

ial d

eve

ser

dad

a p

ara

a m

anu

ten

ção

e o

aper

feiç

oam

ento

das

rel

açõe

s en

tre

o p

reso

e

sua

fam

ília

, con

form

e ap

rop

riad

o ao

mel

hor

inte

ress

e d

e am

bos

.

Reg

ra 1

07

Des

de

o in

ício

do

cum

pri

men

to d

a se

nte

nça

de

um

pre

so, d

eve-

se c

onsi

der

ar s

eu fu

turo

ap

ós a

libe

raçã

o,

e el

e d

eve

ser

ince

nti

vad

o e

auxi

liad

o a

man

ter

ou e

stab

elec

er r

elaç

ões

com

ind

ivíd

uos

ou

en

tid

ades

for

a

da

un

idad

e p

risi

onal

, da

mel

hor

for

ma

pos

síve

l, p

ara

pro

mov

er s

ua

pró

pri

a re

abil

itaç

ão s

ocia

l e

os s

eus

inte

ress

es e

de

sua

fam

ília

.

Reg

ra 1

08

1.

Os

serv

iço

s e

as

agê

nci

as,

sej

am

gov

ern

am

enta

is o

u n

ão,

qu

e a

jud

am

pre

sos

lib

erto

s a

se

rest

abel

ecer

em n

a so

cied

ade

dev

em a

sseg

ura

r, n

a m

edid

a d

o p

ossí

vel e

do

nec

essá

rio,

qu

e el

es p

ossu

am

os d

ocu

men

tos

e p

apéi

s d

e id

enti

(ca

ção

apro

pri

ados

, qu

e te

nh

am c

asa

e tr

abal

ho

adeq

uad

os, q

ue

este

jam

ad

equ

ad

am

ente

ves

tid

os,

lev

an

do

em

co

nsi

der

açã

o o

cli

ma

e a

est

açã

o d

o a

no,

e q

ue

ten

ha

m m

eio

s

su(

cien

tes

par

a al

can

çar

seu

des

tin

o e

par

a se

su

sten

tare

m n

o p

erío

do

imed

iata

men

te p

oste

rior

a s

ua

lib

eraç

ão.

2. O

s re

pre

sen

tan

tes

au

tori

zad

os

de

tais

agê

nci

as

dev

em t

er t

od

o o

ace

sso

nec

essá

rio

à u

nid

ad

e

pri

sion

al e

aos

pre

sos

e d

evem

ser

con

sult

ados

sob

re o

fu

turo

do

pre

so d

esd

e o

iníc

io d

e su

a se

nte

nça

.

3. A

s at

ivid

ades

de

tais

agê

nci

as d

evem

ser

cen

tral

izad

as o

u c

oord

enad

as, n

a m

edid

a d

o p

ossí

vel,

par

a

gara

nti

r o

mel

hor

uso

de

seu

s es

forç

os.

Page 23: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

4445

REGRAS DE MANDELA

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

B. Presos com transtornos mentais e/ou com

problemas de saúde

Reg

ra 1

09

1. O

s in

div

ídu

os c

onsi

der

ados

imp

utá

veis

, ou

qu

e p

oste

rior

men

te fo

ram

dia

gnos

tica

dos

com

de(

ciên

cia

men

tal

e/ou

pro

ble

mas

de

saú

de

seve

ros,

par

a os

qu

ais

o en

carc

eram

ento

sig

ni(

cari

a u

m a

grav

amen

to

de

sua

con

diç

ão, n

ão d

evem

ser

det

idos

em

un

idad

es p

risi

onai

s e

dev

em-s

e ad

otar

pro

ced

imen

tos

par

a

rem

ovê-

los

a in

stit

uiç

ão d

e d

oen

tes

men

tais

, ass

im q

ue

pos

síve

l.

2. S

e n

eces

sári

o, o

s d

emai

s p

reso

s q

ue

sofr

em d

e ou

tros

pro

ble

mas

de

saú

de

ou d

e(ci

ênci

as m

enta

is

dev

em s

er o

bse

rva

do

s e

tra

tad

os

sob

cu

ida

do

s d

e p

ro(

ssio

na

is d

e sa

úd

e q

ua

li(

cad

os

em i

nst

itu

içõ

es

esp

ecia

liza

das

.

3. O

ser

viço

de

saú

de

das

in

stit

uiç

ões

pen

ais

dev

e p

rop

orci

onar

tra

tam

ento

psi

qu

iátr

ico

a to

dos

os

outr

os p

risi

onei

ros

qu

e n

eces

sita

rem

.

Reg

ra 1

10

Cas

o n

eces

sári

o, m

edid

as d

evem

ser

tom

adas

, ju

nta

men

te c

om e

nti

dad

es a

pro

pri

adas

, par

a ga

ran

tir

a co

nti

nu

idad

e d

o tr

atam

ento

psi

qu

iátr

ico

e p

ara

pre

star

aco

mp

anh

amen

to a

pós

a li

ber

ação

.

C. Presos sob custódia ou aguardando julgam

ento

Reg

ra 1

11

1. I

nd

ivíd

uos

pre

sos

ou d

etid

os s

ob a

cusa

ção

crim

inal

qu

e es

teja

m s

ob c

ust

ódia

pol

icia

l ou

pri

sion

al,

mas

qu

e ag

uar

dem

ju

lgam

ento

e s

ente

nça

, dev

em s

er t

rata

dos

com

o “p

reso

s n

ão j

ulg

ados

” d

orav

ante

nes

tas

Reg

ras.

2. P

reso

s n

ão c

ond

enad

os t

êm p

resu

nçã

o d

e in

ocên

cia

e d

evem

ser

tra

tad

os c

omo

inoc

ente

s.

3. S

em p

reju

ízo

das

pre

visõ

es le

gais

par

a a

pro

teçã

o d

a li

ber

dad

e in

div

idu

al o

u d

o p

roce

dim

ento

a s

er

obse

rvad

o co

m r

elaç

ão a

pre

sos

não

julg

ados

, est

es p

reso

s d

evem

ser

ben

e(ci

ados

com

um

reg

ime

esp

ecia

l

des

crit

o n

as R

egra

s a

segu

ir s

omen

te e

m s

eus

req

uis

itos

ess

enci

ais.

Reg

ra 1

12

1. P

reso

s n

ão ju

lgad

os d

ever

ão s

er m

anti

dos

sep

arad

os d

os p

reso

s co

nd

enad

os.

2. Jo

ven

s p

reso

s n

ão j

ulg

ados

dev

em s

er m

anti

dos

sep

arad

os d

os a

du

ltos

e, e

m p

rin

cíp

io, s

er d

etid

os

em u

nid

ades

sep

arad

as.

Reg

ra 1

13

Pres

os n

ão ju

lgad

os d

evem

dor

mir

soz

inh

os e

m q

uar

tos

sep

arad

os, c

om r

essa

lva

dos

dif

eren

tes

háb

itos

loca

is r

elac

ion

ados

ao

clim

a.

Reg

ra 1

14

Den

tro

do

s li

mit

es c

om

pa

tíve

is c

om

o b

om

an

da

men

to d

a u

nid

ad

e p

risi

on

al,

os

pre

sos

o

julg

ados

pod

erão

, se

assi

m d

esej

arem

, ter

a s

ua

alim

enta

ção

vin

da

do

mei

o ex

tern

o, p

or i

nte

rméd

io d

a

adm

inis

traç

ão, c

om s

eus

pró

pri

os r

ecu

rsos

, de

suas

fam

ília

s ou

de

amig

os. C

aso

con

trár

io, a

ad

min

istr

ação

dev

e p

rovi

den

ciar

a a

lim

enta

ção.

Reg

ra 1

15

Um

pre

so n

ão ju

lgad

o d

eve

ter

per

mis

são

par

a ve

stir

su

as p

róp

rias

rou

pas

se

esti

vere

m li

mp

as e

for

em

apro

pri

adas

. Se

usa

r ro

up

a d

o es

tabe

leci

men

to p

risi

onal

, est

a se

rá d

ifer

ente

da

forn

ecid

a ao

s co

nd

enad

os.

Reg

ra 1

16

Um

pri

sion

eiro

não

julg

ado

dev

e te

r a

opor

tun

idad

e d

e tr

abal

har

, mas

não

ser

á ob

riga

do

a fa

zê-l

o. C

aso

opte

por

tra

bal

har

, ser

á re

mu

ner

ado

pel

os s

eus

serv

iços

.

Reg

ra 1

17

Um

pre

so n

ão

ju

lga

do

dev

e te

r p

erm

issã

o p

ara

ob

ter,

a s

ua

s ex

pen

sas

ou

a d

e te

rcei

ros,

liv

ros,

jorn

ais,

art

igos

de

pap

elar

ia e

de

outr

os m

eios

de

ocu

paç

ão q

ue

seja

m c

omp

atív

eis

com

os

inte

ress

es d

a

adm

inis

traç

ão ju

dic

ial e

com

a s

egu

ran

ça e

boa

ord

em d

a u

nid

ade

pri

sion

al.

Reg

ra 1

18

Um

pre

so n

ão ju

lgad

o te

m o

dir

eito

de

rece

ber

vis

itas

, ser

tra

tad

o p

or s

eu p

róp

rio

méd

ico

ou d

enti

sta,

des

de

qu

e h

aja

razã

o su

(ci

ente

par

a is

so e

des

de

qu

e cu

stei

e as

des

pes

as a

dvi

nd

as d

o tr

atam

ento

.

Reg

ra 1

19

1. T

od

o p

reso

tem

o d

irei

to d

e se

r im

edia

tam

ente

in

form

ad

o d

as

razõ

es d

e su

a d

eten

ção

e s

ob

re

qu

aisq

uer

acu

saçõ

es q

ue

pes

em c

ontr

a el

e.

2. S

e u

m p

reso

não

julg

ado

não

tiv

er a

dvo

gad

o d

e su

a es

colh

a, s

er-l

he-

á d

esig

nad

o u

m d

efen

sor

pel

a

auto

rid

ade

jud

icia

l, ou

ou

tra

auto

rid

ade,

em

tod

os o

s ca

sos

em q

ue

os in

tere

sses

da

just

iça

o re

qu

eira

m

e se

m c

ust

os p

ara

o p

reso

não

ju

lgad

o, c

aso

não

ten

ha

os m

eios

su

(ci

ente

s p

ara

pag

ar. A

den

egaç

ão d

e

aces

so a

ass

iste

nte

jurí

dic

o d

eve

ser

obje

to d

e u

ma

revi

são

ind

epen

den

te, s

em d

emor

a.

Reg

ra 1

20

1. A

s p

rem

issa

s e

mo

da

lid

ad

es q

ue

rege

m o

ace

sso

de

um

pre

so n

ão

ju

lga

do

ao

seu

ad

voga

do

ou

def

enso

r p

úbl

ico,

par

a os

pro

pós

itos

de

sua

def

esa,

ser

ão r

egu

lad

os p

elos

mes

mos

pri

ncí

pio

s es

tabe

leci

dos

na

Reg

ra 6

1.

2. O

pre

so n

ão j

ulg

ado

dev

e te

r à

sua

dis

pos

ição

, qu

and

o so

lici

tar,

mat

eria

l p

ara

escr

ever

, a (

m d

e

pre

par

ar o

s d

ocu

men

tos

rela

cion

ados

à s

ua

def

esa,

incl

usi

ve in

stru

ções

con

(d

enci

ais

par

a se

u a

dvo

gad

o

ou d

efen

sor

bli

co.

D. Presos civis

Reg

ra 1

21

Em p

aíse

s on

de

a le

i per

mit

e o

enca

rcer

amen

to p

or d

ívid

a ou

por

ord

em d

e u

ma

cort

e so

b q

ual

qu

er

outr

o p

roce

sso

não

cri

min

al, o

s in

div

ídu

os p

reso

s p

or e

stes

mot

ivos

não

dev

em s

er s

ub

met

idos

a m

aior

rest

riçã

o o

u s

ever

ida

de

do

qu

e o

nec

essá

rio

pa

ra g

ara

nti

r u

ma

cu

stó

dia

seg

ura

e a

bo

a o

rdem

. S

eu

trat

amen

to n

ão s

erá

men

os f

avor

ável

do

qu

e aq

uel

e of

erec

ido

a p

reso

s n

ão ju

lgad

os, e

xcet

o p

ara

aqu

eles

obri

gad

os a

tra

bal

har

.

Page 24: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

46

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

MA

ND

ELA

RU

LES

E. Pessoas presas ou detidas sem

acusação

Reg

ra 1

22

Sem

pre

juíz

o d

as d

isp

osiç

ões

con

tid

as n

o ar

tigo

do

Pact

o In

tern

acio

nal

sob

re D

irei

tos

Polí

tico

s e

Civ

is,30

ind

ivíd

uos

pre

sos

ou d

etid

os s

em a

cusa

ção

dev

em t

er a

s m

esm

as p

rote

ções

con

tid

as n

a Se

ção

C,

Part

es I

e II

des

ta R

egra

. As

dis

pos

içõe

s re

leva

nte

s d

a Pa

rte

II, S

eção

A, d

esta

Reg

ra, d

evem

ser

igu

alm

ente

apli

cáve

is d

esd

e q

ue

con

trib

uam

par

a o

ben

efíc

io d

esse

gru

po

esp

ecia

l de

pes

soas

sob

cu

stód

ia, g

aran

tin

do

qu

e n

ão s

ejam

tom

adas

med

idas

qu

e im

pli

qu

em n

a re

edu

caçã

o ou

rea

bil

itaç

ão d

e in

div

ídu

os q

ue

não

fora

m c

ond

enad

os p

or q

ual

qu

er c

rim

e.

30

Cf.

Res

olu

ção

2200

A (X

XI)

, an

exo.

Page 25: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

49

MANDELA RULES

U

nit

ed N

atio

ns

E

/CN

.15

/20

15

/L.6

/Rev.1

Eco

nom

ic a

nd

Soci

al

Cou

nci

l

Dis

tr.:

Lim

ited

21

May

20

15

Ori

gin

al:

En

gli

sh

Co

mm

issi

on

on

Crim

e P

rev

en

tio

n

an

d C

rim

ina

l J

ust

ice

Tw

en

ty-f

ou

rth

sess

ion

Vie

nn

a,

18

-22

May

20

15

Ag

en

da i

tem

6

Use

an

d a

pp

lica

tio

n o

f U

nit

ed

Na

tio

ns

sta

nd

ard

s a

nd

no

rm

s in

crim

e p

rev

en

tio

n a

nd

crim

ina

l ju

stic

e

Arg

en

tin

a, A

ust

ria

, B

ra

zil

, C

hil

e,

Ecu

ad

or,

El

Sa

lva

do

r, F

ra

nce,

Ita

ly,

Leb

an

on

,

Mex

ico

, N

ica

ra

gu

a,

Pa

na

ma

, P

ara

gu

ay,

Po

lan

d,

So

uth

Afr

ica

, T

ha

ila

nd

,

Un

ited

Sta

tes

of

Am

eric

a a

nd

Uru

gu

ay

: rev

ised

dra

ft r

eso

luti

on

Th

e C

om

mis

sio

n o

n C

rim

e P

rev

en

tio

n a

nd

Cri

min

al

Just

ice r

eco

mm

en

ds

to t

he

Eco

no

mic

an

d

So

cia

l C

ou

ncil

th

e

ap

pro

val

of

the

foll

ow

ing

d

raft

re

solu

tio

n

for

ad

op

tio

n b

y t

he G

en

era

l A

ssem

bly

:

Un

ited

Na

tio

ns

Sta

nd

ard

Min

imu

m R

ule

s fo

r t

he T

rea

tmen

t o

f

Pris

on

ers

(th

e M

an

dela

Ru

les)

Th

e G

en

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l A

ssem

bly

,

G

uid

ed

b

y

the

pri

ncip

al

pu

rpo

ses

of

the

Un

ited

N

ati

on

s,

as

set

ou

t in

th

e

Pre

am

ble

to

th

e

Ch

art

er

of

the

Un

ited

N

ati

on

s an

d

the

Un

ivers

al

Decla

rati

on

o

f

Hu

man

Rig

hts

,1 a

nd

in

spir

ed

by

th

e d

ete

rmin

ati

on

to

reaff

irm

fait

h i

n f

un

dam

en

tal

hu

man

rig

hts

, in

th

e d

ign

ity

an

d w

ort

h o

f th

e h

um

an

pers

on

, w

ith

ou

t d

isti

ncti

on

of

an

y k

ind

, an

d i

n t

he e

qu

al

rig

hts

of

men

an

d w

om

en

an

d o

f n

ati

on

s la

rge a

nd

sm

all

,

to est

ab

lish

co

nd

itio

ns

un

der

wh

ich

ju

stic

e an

d re

spect

for

the o

bli

gati

on

s ari

sin

g

fro

m

treati

es

an

d

oth

er

sou

rces

of

inte

rnati

on

al

law

can

b

e

main

tain

ed

an

d

to

pro

mo

te s

ocia

l p

rog

ress

an

d b

ett

er

stan

dard

s o

f li

fe i

n l

arg

er

freed

om

,

R

eca

llin

g

all

st

an

dard

s an

d

no

rms

in

cri

me

pre

ven

tio

n

an

d

cri

min

al

just

ice

dev

elo

ped

at

the

req

uest

o

f th

e

Co

mm

issi

on

o

n

Cri

me

Pre

ven

tio

n

an

d

Cri

min

al

Just

ice

an

d

ad

op

ted

o

r re

co

mm

en

ded

b

y

the

Gen

era

l A

ssem

bly

, o

r ad

op

ted

b

y

a

Un

ited

Nati

on

s co

ng

ress

on

th

e p

rev

en

tio

n o

f cri

me a

nd

th

e t

reatm

en

t o

f o

ffen

ders

,

an

d

reco

gn

izin

g

that

the

Un

ivers

al

Decla

rati

on

o

f H

um

an

R

igh

ts

is

a

sou

rce

of

__

__

__

__

__

__

__

__

__

1 R

eso

luti

on

21

7 A

(II

I).

Page 26: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

5051

MANDELA RULES

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

insp

irati

on

fo

r th

e

Un

ited

N

ati

on

s st

an

dard

s an

d

no

rms

in

cri

me

pre

ven

tio

n

an

d

cri

min

al

just

ice,

B

ea

rin

g

in

min

d

the

lon

g-s

tan

din

g

co

ncern

o

f th

e

Un

ited

N

ati

on

s fo

r th

e

hu

man

izati

on

o

f cri

min

al

just

ice

an

d

the

pro

tecti

on

o

f h

um

an

ri

gh

ts,

an

d

em

ph

asi

zin

g t

he f

un

dam

en

tal

imp

ort

an

ce o

f h

um

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rig

hts

in

th

e d

ail

y a

dm

inis

trati

on

of

cri

min

al

just

ice a

nd

cri

me p

rev

en

tio

n,

A

wa

re t

hat

the S

tan

dard

Min

imu

m R

ule

s fo

r th

e T

reatm

en

t o

f P

riso

ners

2 h

av

e

been

th

e

un

ivers

all

y

ack

no

wle

dg

ed

m

inim

um

st

an

dard

s fo

r th

e

dete

nti

on

o

f

pri

son

ers

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d t

hat

they

hav

e b

een

of

sig

nif

ican

t v

alu

e a

nd

in

flu

en

ce,

as

a g

uid

e,

in

the d

ev

elo

pm

en

t o

f co

rrecti

on

al

law

s, p

oli

cie

s an

d p

racti

ces

sin

ce t

heir

ad

op

tio

n b

y

the F

irst

Un

ited

Nati

on

s C

on

gre

ss o

n t

he P

rev

en

tio

n o

f C

rim

e a

nd

th

e T

reatm

en

t o

f

Off

en

ders

, in

19

55

,

M

ind

ful

that,

in

th

e

Salv

ad

or

Decla

rati

on

o

n

Co

mp

reh

en

siv

e

Str

ate

gie

s fo

r

Glo

bal

Ch

all

en

ges:

C

rim

e

Pre

ven

tio

n

an

d

Cri

min

al

Just

ice

Sy

stem

s an

d

Th

eir

Dev

elo

pm

en

t in

a

Ch

an

gin

g W

orl

d,3

M

em

ber

Sta

tes

reco

gn

ized

th

at

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eff

ecti

ve,

fair

, acco

un

tab

le a

nd

hu

man

e c

rim

inal

just

ice s

yst

em

was

base

d o

n t

he c

om

mit

men

t

to u

ph

old

th

e

pro

tecti

on

o

f h

um

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ri

gh

ts in

th

e

ad

min

istr

ati

on

o

f ju

stic

e

an

d

the

pre

ven

tio

n

an

d

co

ntr

ol

of

cri

me,

an

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ack

no

wle

dg

ed

th

e

valu

e

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imp

act

of

the

Un

ited

N

ati

on

s st

an

dard

s an

d

no

rms

in

cri

me

pre

ven

tio

n

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d

cri

min

al

just

ice

in

desi

gn

ing

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d i

mp

lem

en

tin

g n

ati

on

al

cri

me p

rev

en

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n a

nd

cri

min

al

just

ice p

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cie

s,

pro

ced

ure

s an

d p

rog

ram

mes,

Ta

kin

g

into

a

cco

un

t th

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pro

gre

ssiv

e

dev

elo

pm

en

t o

f in

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ati

on

al

law

pert

ain

ing

to

th

e

treatm

en

t o

f p

riso

ners

si

nce

19

55

, in

clu

din

g

in

inte

rnati

on

al

inst

rum

en

ts su

ch

as

the In

tern

ati

on

al

Co

ven

an

t o

n C

ivil

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d P

oli

tical

Rig

hts

,4 th

e

Inte

rnati

on

al

Co

ven

an

t o

n

Eco

no

mic

, S

ocia

l an

d

Cu

ltu

ral

Rig

hts

4

an

d

the

Co

nv

en

tio

n ag

ain

st T

ort

ure

an

d

Oth

er

Cru

el,

In

hu

man

o

r D

eg

rad

ing

T

reatm

en

t o

r

Pu

nis

hm

en

t5 a

nd

th

e O

pti

on

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Pro

toco

l th

ere

to,6

R

eca

llin

g

the

Un

ited

N

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on

s st

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dard

s an

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no

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in

cri

me

pre

ven

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n

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cri

min

al

just

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rela

ted

to

th

e

treatm

en

t o

f p

riso

ners

an

d

to

alt

ern

ati

ves

to

imp

riso

nm

en

t ad

op

ted

si

nce

19

55

, in

p

art

icu

lar

the

pro

ced

ure

s fo

r th

e

eff

ecti

ve

imp

lem

en

tati

on

of

the S

tan

dard

Min

imu

m R

ule

s fo

r th

e T

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en

t o

f P

riso

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,7 t

he

Bo

dy

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Pri

ncip

les

for

the P

rote

cti

on

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All

Pers

on

s u

nd

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An

y F

orm

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Dete

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on

or

Imp

riso

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en

t,8

the

Basi

c

Pri

ncip

les

for

the

Tre

atm

en

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riso

ners

,9

the

Un

ited

Nati

on

s S

tan

dard

Min

imu

m R

ule

s fo

r N

on

-cu

sto

dia

l M

easu

res

(th

e T

ok

yo

R

ule

s)1

0

an

d

the

basi

c

pri

ncip

les

on

th

e

use

o

f re

sto

rati

ve

just

ice

pro

gra

mm

es

in

cri

min

al

matt

ers

,11

__

__

__

__

__

__

__

__

__

2 H

um

an

Rig

hts

: A

Co

mp

ila

tio

n o

f In

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ati

on

al

Inst

rum

en

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Vo

lum

e I

(F

irst

Part

), U

niv

ers

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Inst

rum

en

ts (

Un

ited

Nati

on

s p

ub

licati

on

, S

ale

s N

o.

E.0

2.X

IV.4

(V

ol.

I,

Part

1))

, se

ct.

J,

No

. 3

4.

3 R

eso

luti

on

65

/23

0,

an

nex

.

4 S

ee r

eso

luti

on

22

00

A (

XX

I),

an

nex

.

5 U

nit

ed

Nati

on

s, T

rea

ty S

eri

es,

vo

l. 1

46

5,

No

. 2

48

41

.

6 I

bid

., v

ol.

23

75

, N

o.

24

84

1.

7 E

co

no

mic

an

d S

ocia

l C

ou

ncil

reso

luti

on

19

84

/47

, an

nex

.

8 R

eso

luti

on

43

/17

3,

an

nex

.

9 R

eso

luti

on

45

/111

, an

nex

.

1

0 R

eso

luti

on

45

/11

0,

an

nex

.

1

1 E

co

no

mic

an

d S

ocia

l C

ou

ncil

reso

luti

on

20

02

/12

, an

nex

.

B

ea

rin

g i

n m

ind

th

e n

eed

fo

r v

igil

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ce w

ith

reg

ard

to

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e s

pecif

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itu

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on

of

ch

ild

ren

, ju

ven

iles

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d w

om

en

in

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e ad

min

istr

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on

o

f ju

stic

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in p

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icu

lar

wh

ile

they

are

d

ep

riv

ed

o

f th

eir

li

bert

y,

as

call

ed

fo

r in

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e

Un

ited

N

ati

on

s S

tan

dard

Min

imu

m R

ule

s fo

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e A

dm

inis

trati

on

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Juv

en

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ust

ice (

the B

eij

ing

Ru

les)

,12 t

he

Un

ited

Nati

on

s G

uid

eli

nes

for

the P

rev

en

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n o

f Ju

ven

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nq

uen

cy

(th

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iyad

h

Gu

ideli

nes)

,13 t

he U

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ed

Nati

on

s R

ule

s fo

r th

e P

rote

cti

on

of

Juv

en

iles

Dep

riv

ed

of

their

Lib

ert

y1

4 a

nd

th

e U

nit

ed

Nati

on

s R

ule

s fo

r th

e T

reatm

en

t o

f W

om

en

Pri

son

ers

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on

-cu

sto

dia

l M

easu

res

for

Wo

men

Off

en

ders

(th

e B

an

gk

ok

Ru

les)

,15

R

eca

llin

g

the

Un

ited

N

ati

on

s st

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dard

s an

d

no

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in

cri

me

pre

ven

tio

n

an

d

cri

min

al

just

ice

ad

op

ted

si

nce

19

55

th

at

pro

vid

e

ad

dit

ion

al

gu

idan

ce

on

th

e

treatm

en

t o

f p

riso

ners

, in

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din

g

the

Co

de

of

Co

nd

uct

for

Law

E

nfo

rcem

en

t

Off

icia

ls,1

6 t

he P

rin

cip

les

of

Med

ical

Eth

ics

rele

van

t to

th

e r

ole

of

healt

h p

ers

on

nel,

part

icu

larl

y p

hy

sicia

ns,

in

th

e p

rote

cti

on

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pri

son

ers

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d d

eta

inees

ag

ain

st to

rtu

re

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d

oth

er

cru

el,

in

hu

man

o

r d

eg

rad

ing

tr

eatm

en

t o

r p

un

ish

men

t,1

7

the

Basi

c

Pri

ncip

les

on

th

e U

se o

f F

orc

e an

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irearm

s b

y L

aw

E

nfo

rcem

en

t O

ffic

ials

,18 th

e

Pri

ncip

les

on

th

e E

ffecti

ve In

vest

igati

on

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d D

ocu

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tati

on

o

f T

ort

ure

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d O

ther

Cru

el,

In

hu

man

o

r D

eg

rad

ing

Tre

atm

en

t o

r P

un

ish

men

t,1

9 an

d th

e U

nit

ed

N

ati

on

s

Pri

ncip

les

an

d G

uid

eli

nes

on

Access

to

Leg

al

Aid

in

Cri

min

al

Just

ice S

yst

em

s,2

0

A

wa

re

of

reg

ion

al

pri

ncip

les

an

d

stan

dard

s re

late

d

to

the

treatm

en

t o

f

pri

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ers

, in

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din

g t

he P

rin

cip

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d B

est

Pra

cti

ces

on

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e P

rote

cti

on

of

Pers

on

s

Dep

riv

ed

o

f L

ibert

y

in

the

Am

eri

cas,

th

e

rev

ised

E

uro

pean

P

riso

n

Ru

les,

th

e

Kam

pala

D

ecla

rati

on

o

n P

riso

n C

on

dit

ion

s in

Afr

ica,2

1 th

e A

rush

a D

ecla

rati

on

o

n

Go

od

P

riso

n

Pra

cti

ce

22

an

d

the P

rin

cip

les

an

d

Gu

ideli

nes

on

th

e

Rig

ht

to

a

Fair

Tri

al

an

d L

eg

al

Ass

ista

nce i

n A

fric

a,

R

eca

llin

g i

ts r

eso

luti

on

65

/23

0 o

f 2

1 D

ecem

ber

20

10

, en

titl

ed

“T

welf

th U

nit

ed

Nati

on

s C

on

gre

ss o

n C

rim

e P

rev

en

tio

n a

nd

Cri

min

al

Just

ice”,

in w

hic

h i

t re

qu

est

ed

the

Co

mm

issi

on

o

n

Cri

me

Pre

ven

tio

n

an

d

Cri

min

al

Just

ice

to

est

ab

lish

an

op

en

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ded

in

terg

ov

ern

men

tal

ex

pert

g

rou

p

to

ex

ch

an

ge

info

rmati

on

o

n

best

pra

cti

ces,

as

well

as

nati

on

al

leg

isla

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n an

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xis

tin

g in

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on

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law

, an

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n th

e

rev

isio

n

of

ex

isti

ng

U

nit

ed

N

ati

on

s st

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dard

m

inim

um

ru

les

for

the

treatm

en

t o

f

pri

son

ers

so

th

at

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re

flect

recen

t ad

van

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in

co

rrecti

on

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scie

nce

an

d

best

pra

cti

ces,

R

eca

llin

g

als

o

its

reso

luti

on

s 6

7/1

88

o

f 2

0

Decem

ber

20

12

, 6

8/1

90

o

f

18

Decem

ber

20

13

an

d 6

9/1

92

of

18

Decem

ber

20

14

, en

titl

ed

“S

tan

dard

Min

imu

m

Ru

les

for

the T

reatm

en

t o

f P

riso

ners

”,

in p

art

icu

lar

reso

luti

on

6

8/1

90

, in

w

hic

h it

__

__

__

__

__

__

__

__

__

1

2 R

eso

luti

on

40

/33

, an

nex

.

1

3 R

eso

luti

on

45

/11

2,

an

nex

.

1

4 R

eso

luti

on

45

/11

3,

an

nex

.

1

5 R

eso

luti

on

65

/22

9,

an

nex

.

1

6 R

eso

luti

on

34

/16

9,

an

nex

.

1

7 R

eso

luti

on

37

/19

4,

an

nex

.

1

8 E

igh

th U

nit

ed

Na

tio

ns

Co

ng

ress

on

th

e P

reven

tio

n o

f C

rim

e a

nd

th

e T

rea

tmen

t o

f O

ffen

ders

,

Ha

va

na

, C

ub

a,

27

Au

gu

st-7

Sep

tem

ber

19

90

: re

po

rt p

rep

are

d b

y t

he S

ecre

tari

at

(Un

ited

Nati

on

s

pu

bli

cati

on

, S

ale

s N

o.

E.9

1.I

V.2

), c

hap

. I,

sect.

B.2

, an

nex

.

1

9 R

eso

luti

on

55

/89

, an

nex

.

2

0 R

eso

luti

on

67

/18

7,

an

nex

.

2

1 E

co

no

mic

an

d S

ocia

l C

ou

ncil

reso

luti

on

19

97

/36

, an

nex

.

2

2 E

co

no

mic

an

d S

ocia

l C

ou

ncil

reso

luti

on

19

99

/27

, an

nex

.

Page 27: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

5253

MANDELA RULES

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

too

k n

ote

wit

h a

pp

recia

tio

n o

f th

e w

ork

do

ne b

y t

he E

xp

ert

Gro

up

on

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e S

tan

dard

Min

imu

m R

ule

s fo

r th

e T

reatm

en

t o

f P

riso

ners

, an

d r

eso

luti

on

69

/19

2,

in w

hic

h it

em

ph

asi

zed

th

at

eff

ort

s sh

ou

ld b

e m

ad

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o f

inali

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he r

ev

isio

n p

rocess

, b

uil

din

g o

n

the

reco

mm

en

dati

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s m

ad

e

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the

thre

e

meeti

ng

s o

f th

e

Ex

pert

G

rou

p

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d

the

sub

mis

sio

ns

of

Mem

ber

Sta

tes,

M

ind

ful

that,

in

it

s re

solu

tio

n

68

/19

0,

it

too

k

into

co

nsi

dera

tio

n

the

reco

mm

en

dati

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s o

f th

e E

xp

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Gro

up

wit

h r

eg

ard

to

th

e i

ssu

es

an

d t

he r

ule

s o

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e

Sta

nd

ard

Min

imu

m R

ule

s fo

r th

e T

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en

t o

f P

riso

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at

had

been

id

en

tifi

ed

fo

r

rev

isio

n i

n t

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oll

ow

ing

are

as:

(a

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esp

ect

for

pri

son

ers

’ in

here

nt

dig

nit

y

an

d

valu

e

as

hu

man

b

ein

gs

(ru

les

6,

para

. 1

; 5

7-5

9;

an

d 6

0,

para

. 1

),

(b

) M

ed

ical

an

d h

ealt

h s

erv

ices

(ru

les

22

-26

; 5

2;

62

; an

d 7

1,

para

. 2

),

(c

) D

iscip

lin

ary

acti

on

an

d p

un

ish

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t, in

clu

din

g th

e ro

le o

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staff

,

soli

tary

co

nfi

nem

en

t an

d r

ed

ucti

on

of

die

t (r

ule

s 2

7,

29

, 3

1 a

nd

32

),

(d

) In

vest

igati

on

o

f all

d

eath

s in

cu

sto

dy,

as

well

as

of

an

y

sig

ns

or

all

eg

ati

on

s o

f to

rtu

re o

r in

hu

man

or

deg

rad

ing

tre

atm

en

t o

r p

un

ish

men

t o

f p

riso

ners

(ru

le 7

an

d p

rop

ose

d r

ule

s 4

4 b

is a

nd

54

bis

),

(e

) P

rote

cti

on

an

d

specia

l n

eed

s o

f v

uln

era

ble

g

rou

ps

dep

riv

ed

o

f th

eir

lib

ert

y, t

ak

ing

in

to c

on

sid

era

tio

n c

ou

ntr

ies

in d

iffi

cu

lt c

ircu

mst

an

ces

(ru

les

6 a

nd

7),

(f

) T

he

rig

ht

of

access

to

le

gal

rep

rese

nta

tio

n

(ru

les

30

; 3

5,

para

. 1

; 3

7;

an

d 9

3),

(g

) C

om

pla

ints

an

d i

nd

ep

en

den

t in

specti

on

(ru

les

36

an

d 5

5),

(h

) T

he r

ep

lacem

en

t o

f o

utd

ate

d t

erm

ino

log

y (

rule

s 2

2-2

6,

62

, 8

2 a

nd

83

an

d

vari

ou

s o

thers

),

(i

) T

rain

ing

o

f re

lev

an

t st

aff

to

im

ple

men

t th

e

Sta

nd

ard

M

inim

um

R

ule

s

(ru

le 4

7),

M

ind

ful

als

o t

hat,

in

its

reso

luti

on

69

/19

2,

it r

eit

era

ted

th

at

an

y c

han

ges

to t

he

Sta

nd

ard

Min

imu

m R

ule

s fo

r th

e T

reatm

en

t o

f P

riso

ners

sh

ou

ld n

ot

low

er

an

y o

f th

e

ex

isti

ng

st

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dard

s,

bu

t sh

ou

ld

refl

ect

recen

t ad

van

ces

in

co

rrecti

on

al

scie

nce

an

d

go

od

p

racti

ces

so

as

to

pro

mo

te

safe

ty,

secu

rity

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d

hu

man

e

co

nd

itio

ns

for

pri

son

ers

,

M

ind

ful

furt

her

of

the

ex

ten

siv

e

co

nsu

ltati

ve

pro

cess

cu

lmin

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ng

in

th

e

reco

mm

en

dati

on

s o

f th

e E

xp

ert

G

rou

p,

a p

rocess

sp

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nin

g a p

eri

od

o

f fi

ve y

ears

,

co

nsi

stin

g

of

tech

nic

al

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d

ex

pert

p

re-c

on

sult

ati

on

s,

meeti

ng

s in

V

ien

na,

Bu

en

os

Air

es

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d

Cap

e

To

wn

, S

ou

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fric

a,

an

d

the

acti

ve

part

icip

ati

on

an

d

inp

ut

of

Mem

ber

Sta

tes

fro

m all

re

gio

ns,

ass

iste

d b

y re

pre

sen

tati

ves

of

the U

nit

ed

N

ati

on

s

cri

me p

rev

en

tio

n a

nd

cri

min

al

just

ice p

rog

ram

me n

etw

ork

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d o

ther

Un

ited

Nati

on

s

en

titi

es,

in

clu

din

g t

he O

ffic

e o

f th

e U

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ed

Nati

on

s H

igh

Co

mm

issi

on

er

for

Hu

man

Rig

hts

, th

e

Su

bco

mm

itte

e

on

P

rev

en

tio

n

of

To

rtu

re

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Oth

er

Cru

el,

In

hu

man

o

r

Deg

rad

ing

T

reatm

en

t o

r P

un

ish

men

t,

the

Un

ited

N

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on

s O

ffic

e

on

D

rug

s an

d

Cri

me,

inte

rgo

vern

men

tal

org

an

izati

on

s,

inclu

din

g

the

Inte

rnati

on

al

Co

mm

itte

e

of

the

Red

C

ross

, sp

ecia

lized

ag

en

cie

s in

th

e

Un

ited

N

ati

on

s sy

stem

, in

clu

din

g

the

Wo

rld

H

ealt

h

Org

an

izati

on

, an

d

no

n-g

ov

ern

men

tal

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an

izati

on

s an

d

ind

ivid

ual

ex

pert

s in

th

e f

ield

of

co

rrecti

on

al

scie

nce a

nd

hu

man

rig

hts

,

R

eca

llin

g i

ts r

eso

luti

on

69

/17

2 o

f 1

8 D

ecem

ber

20

14

, en

titl

ed

“H

um

an

rig

hts

in

the

ad

min

istr

ati

on

o

f ju

stic

e”,

in

wh

ich

it

re

co

gn

ized

th

e

imp

ort

an

ce

of

the

pri

ncip

le t

hat,

ex

cep

t fo

r th

ose

law

ful

lim

itati

on

s th

at

are

dem

on

stra

bly

necess

itate

d

by

th

e

fact

of

incarc

era

tio

n,

pers

on

s d

ep

riv

ed

o

f th

eir

li

bert

y

shall

re

tain

th

eir

no

n-d

ero

gab

le h

um

an

rig

hts

an

d a

ll o

ther

hu

man

rig

hts

an

d f

un

dam

en

tal

freed

om

s,

an

d re

call

ed

th

at

the so

cia

l re

hab

ilit

ati

on

an

d re

inte

gra

tio

n o

f p

ers

on

s d

ep

riv

ed

o

f

their

li

bert

y

shall

b

e

am

on

g

the

ess

en

tial

aim

s o

f th

e

cri

min

al

just

ice

syst

em

,

en

suri

ng

, as

far

as

po

ssib

le,

that

off

en

ders

are

ab

le

to

lead

a

law

-ab

idin

g

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d

self

-su

pp

ort

ing

lif

e u

po

n t

heir

retu

rn t

o s

ocie

ty,

an

d t

oo

k n

ote

of,

in

ter

ali

a,

gen

era

l

co

mm

en

t N

o.

21

o

n

the

hu

man

e

treatm

en

t o

f p

ers

on

s d

ep

riv

ed

o

f th

eir

li

bert

y,

ad

op

ted

by

th

e H

um

an

Rig

hts

Co

mm

itte

e,2

3

1

. E

xp

ress

es

its

gra

titu

de

an

d

ap

pre

cia

tio

n

to

the

Go

vern

men

t o

f S

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th

Afr

ica f

or

ho

stin

g t

he m

eeti

ng

of

the E

xp

ert

Gro

up

on

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e S

tan

dard

Min

imu

m R

ule

s

for

the T

reatm

en

t o

f P

riso

ners

held

in

Cap

e T

ow

n,

So

uth

Afr

ica,

fro

m 2

to

5 M

arc

h

20

15

an

d

for

pro

vid

ing

fi

nan

cia

l su

pp

ort

an

d

lead

ers

hip

th

rou

gh

ou

t th

e

rev

iew

pro

cess

, an

d n

ote

s w

ith

ap

pre

cia

tio

n th

e co

nse

nsu

s ach

iev

ed

o

n th

e n

ine th

em

ati

c

are

as

an

d

the

rule

s id

en

tifi

ed

b

y

the

Ex

pert

G

rou

p

at

its

pre

vio

us

meeti

ng

s fo

r

rev

isio

n;2

4

2

. E

xp

ress

es

its

ap

pre

cia

tio

n

to

the

Go

vern

men

t o

f A

rgen

tin

a

for

ho

stin

g

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d fi

nan

cin

g

the

meeti

ng

o

f th

e

Ex

pert

G

rou

p

held

in

B

uen

os

Air

es

fro

m

11

to

13

Decem

ber

20

12

an

d t

o t

he G

ov

ern

men

t o

f B

razil

fo

r it

s fi

nan

cia

l co

ntr

ibu

tio

n t

o

the m

eeti

ng

of

the E

xp

ert

Gro

up

held

in

Vie

nn

a f

rom

25

to

28

Marc

h 2

01

4;

3

. A

ckn

ow

led

ges

the

valu

ab

le

wo

rk

acco

mp

lish

ed

b

y

the

bu

reau

o

f th

e

meeti

ng

o

f th

e

Ex

pert

G

rou

p

held

in

V

ien

na

in

20

14

in

p

rep

ari

ng

, w

ith

th

e

ass

ista

nce o

f th

e S

ecre

tari

at,

th

e d

ocu

men

tati

on

fo

r th

e m

eeti

ng

of

the E

xp

ert

Gro

up

held

in

C

ap

e T

ow

n,

So

uth

Afr

ica,

in

20

15

, in

p

art

icu

lar

the

rev

ised

co

nso

lid

ate

d

wo

rkin

g p

ap

er;

25

4

. N

ote

s th

at

in t

he D

oh

a D

ecla

rati

on

on

In

teg

rati

ng

Cri

me P

rev

en

tio

n a

nd

Cri

min

al

Just

ice

into

th

e

Wid

er

Un

ited

N

ati

on

s A

gen

da

to A

dd

ress

S

ocia

l an

d

Eco

no

mic

C

hall

en

ges

an

d

to

Pro

mo

te

the

Ru

le

of

Law

at

the

Nati

on

al

an

d

Inte

rnati

on

al

Lev

els

, an

d P

ub

lic

Part

icip

ati

on

,26 ad

op

ted

b

y

the T

hir

teen

th

Un

ited

Nati

on

s C

on

gre

ss

on

C

rim

e

Pre

ven

tio

n

an

d

Cri

min

al

Just

ice,

held

in

D

oh

a

fro

m

12

to

1

9 A

pri

l 2

01

5,

the T

hir

teen

th

Co

ng

ress

w

elc

om

ed

th

e

wo

rk

of

the

Ex

pert

Gro

up

, an

d

too

k

no

te

of

the

dra

ft

up

date

d

Sta

nd

ard

M

inim

um

R

ule

s fo

r th

e

Tre

atm

en

t o

f P

riso

ners

, as

fin

ali

zed

by

th

e E

xp

ert

Gro

up

at

its

meeti

ng

held

in

Cap

e

To

wn

, S

ou

th A

fric

a,

in M

arc

h 2

01

5;

5

. A

do

pts

th

e

pro

po

sed

re

vis

ion

o

f th

e

Sta

nd

ard

M

inim

um

R

ule

s fo

r th

e

Tre

atm

en

t o

f P

riso

ners

, an

nex

ed

to

th

e

pre

sen

t re

solu

tio

n,

as

the

Un

ited

N

ati

on

s

Sta

nd

ard

Min

imu

m R

ule

s fo

r th

e T

reatm

en

t o

f P

riso

ners

;

6

. A

pp

roves

the r

eco

mm

en

dati

on

of

the E

xp

ert

Gro

up

th

at

the R

ule

s sh

ou

ld

be k

no

wn

as

“th

e

Man

dela

R

ule

s”,

to

ho

no

ur

the

leg

acy

o

f th

e

late

P

resi

den

t o

f

__

__

__

__

__

__

__

__

__

2

3 O

ffic

ial

Reco

rds

of

the G

en

era

l A

ssem

bly

, F

ort

y-s

even

th S

ess

ion

, S

up

ple

men

t N

o.

40

(A

/47

/40

),

an

nex

VI.

B.

2

4 S

ee E

/CN

.15

/20

15

/17

.

2

5 U

NO

DC

/CC

PC

J/E

G.6

/20

15

/2.

2

6 A

/CO

NF

.22

2/1

7,

ch

ap

. I,

reso

luti

on

1.

Page 28: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

5455

MANDELA RULES

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

So

uth

A

fric

a,

Nels

on

R

oli

hla

hla

M

an

dela

, w

ho

sp

en

t 2

7

years

in

p

riso

n

in

the

co

urs

e

of

his

st

rug

gle

fo

r g

lob

al

hu

man

ri

gh

ts,

eq

uali

ty,

dem

ocra

cy

an

d

the

pro

mo

tio

n o

f a c

ult

ure

of

peace;

7

. D

ecid

es

to

ex

ten

d

the

sco

pe

of

Nels

on

M

an

dela

In

tern

ati

on

al

Day,

ob

serv

ed

each

year

on

18

Ju

ly,2

7 t

o b

e a

lso

kn

ow

n a

s M

an

dela

Pri

son

er

Rig

hts

Day,

in o

rder

to p

rom

ote

h

um

an

e co

nd

itio

ns

of

imp

riso

nm

en

t, to

ra

ise aw

are

ness

ab

ou

t

pri

son

ers

bein

g a

co

nti

nu

ou

s p

art

of

socie

ty a

nd

to

valu

e t

he w

ork

of

pri

son

sta

ff a

s

a so

cia

l se

rvic

e o

f p

art

icu

lar

imp

ort

an

ce,

an

d,

to th

is en

d,

inv

ites

Mem

ber

Sta

tes,

reg

ion

al

org

an

izati

on

s an

d o

rgan

izati

on

s in

th

e U

nit

ed

Nati

on

s sy

stem

to

cele

bra

te

this

occasi

on

in

an

ap

pro

pri

ate

man

ner;

8

. R

ea

ffir

ms,

in

th

e

co

nte

xt

of

para

gra

ph

5

ab

ov

e,

the

pre

lim

inary

ob

serv

ati

on

s to

th

e

Man

dela

R

ule

s,

un

ders

co

res

the

no

n-b

ind

ing

n

atu

re

of

the

Man

dela

Ru

les,

ack

no

wle

dg

es

the v

ari

ety

of

Mem

ber

Sta

tes’

leg

al

fram

ew

ork

s an

d

in

that

reg

ard

re

co

gn

izes

that

Mem

ber

Sta

tes

may

ad

ap

t th

e

ap

pli

cati

on

o

f th

e

Man

dela

Ru

les

in a

cco

rdan

ce w

ith

th

eir

do

mest

ic l

eg

al

fram

ew

ork

s, a

s ap

pro

pri

ate

,

beari

ng

in

min

d t

he s

pir

it a

nd

pu

rpo

ses

of

the R

ule

s;

9

. E

nco

ura

ges

Mem

ber

Sta

tes

to

en

deav

ou

r to

im

pro

ve

co

nd

itio

ns

in

dete

nti

on

, co

nsi

sten

t w

ith

th

e M

an

dela

Ru

les

an

d a

ll o

ther

rele

van

t an

d ap

pli

cab

le

Un

ited

N

ati

on

s st

an

dard

s an

d

no

rms

in

cri

me

pre

ven

tio

n

an

d

cri

min

al

just

ice,

to

co

nti

nu

e

ex

ch

an

gin

g

go

od

p

racti

ces

in

ord

er

to

iden

tify

ch

all

en

ges

faced

in

imp

lem

en

tin

g

the

Ru

les

an

d

to

share

th

eir

ex

peri

en

ces

in

deali

ng

w

ith

th

ose

ch

all

en

ges;

1

0.

Invit

es

the

Co

mm

issi

on

o

n

Cri

me

Pre

ven

tio

n

an

d

Cri

min

al

Just

ice

to

co

nsi

der,

at

its

up

co

min

g

sess

ion

s,

reco

nv

en

ing

th

e

op

en

-en

ded

in

terg

ov

ern

men

tal

Ex

pert

Gro

up

on

th

e S

tan

dard

Min

imu

m R

ule

s fo

r th

e T

reatm

en

t o

f P

riso

ners

fo

r th

e

pu

rpo

se o

f id

en

tify

ing

th

e l

ess

on

s le

arn

ed

, th

e m

ean

s to

co

nti

nu

e t

o e

xch

an

ge g

oo

d

pra

cti

ces

an

d t

he c

hall

en

ges

faced

in

th

e i

mp

lem

en

tati

on

of

the R

ule

s;

11

. E

nco

ura

ges

Mem

ber

Sta

tes

to p

rom

ote

th

e i

mp

lem

en

tati

on

of

the U

nit

ed

Nati

on

s R

ule

s fo

r th

e P

rote

cti

on

o

f Ju

ven

iles

Dep

riv

ed

o

f th

eir

L

ibert

y14 an

d th

e

Un

ited

N

ati

on

s R

ule

s fo

r th

e

Tre

atm

en

t o

f W

om

en

P

riso

ners

an

d

No

n-c

ust

od

ial

Measu

res

for

Wo

men

Off

en

ders

(th

e B

an

gk

ok

Ru

les)

;15

1

2.

Reco

mm

en

ds

that

Mem

ber

Sta

tes

co

nti

nu

e t

o e

nd

eav

ou

r to

red

uce p

riso

n

ov

erc

row

din

g

an

d,

wh

ere

ap

pro

pri

ate

, re

sort

to

n

on

-cu

sto

dia

l m

easu

res

as

alt

ern

ati

ves

to p

retr

ial

dete

nti

on

, to

p

rom

ote

in

cre

ase

d access

to

ju

stic

e an

d le

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defe

nce

mech

an

ism

s,

to

rein

forc

e

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ern

ati

ves

to

imp

riso

nm

en

t an

d

to

sup

po

rt

reh

ab

ilit

ati

on

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d

socia

l re

inte

gra

tio

n p

rog

ram

mes,

in

acco

rdan

ce w

ith

th

e

Un

ited

Nati

on

s S

tan

dard

Min

imu

m R

ule

s fo

r N

on

-cu

sto

dia

l M

easu

res

(th

e T

ok

yo

Ru

les)

;10

1

3.

No

tes

the im

po

rtan

ce o

f a v

olu

nta

ry ex

ch

an

ge o

f ex

peri

en

ces

an

d g

oo

d

pra

cti

ces

am

on

g

Mem

ber

Sta

tes

an

d

wit

h

rele

van

t in

tern

ati

on

al

en

titi

es,

w

here

ap

pro

pri

ate

, an

d

the

pro

vis

ion

o

f te

ch

nic

al

ass

ista

nce

to

Mem

ber

Sta

tes,

fo

r th

e

imp

rov

ed

im

ple

men

tati

on

of

the M

an

dela

Ru

les,

up

on

th

eir

req

uest

;

1

4.

En

co

ura

ges

Mem

ber

Sta

tes

to

co

nsi

der

all

ocati

ng

ad

eq

uate

h

um

an

an

d

fin

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cia

l re

sou

rces

to

ass

ist

in

the

imp

rov

em

en

t o

f p

riso

n

co

nd

itio

ns

an

d

to

the

ap

pli

cati

on

of

the M

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dela

Ru

les;

_

__

__

__

__

__

__

__

__

_

2

7 R

eso

luti

on

64

/13

.

1

5.

Req

uest

s th

e U

nit

ed

Nati

on

s O

ffic

e o

n D

rug

s an

d C

rim

e t

o e

nsu

re b

road

dis

sem

inati

on

o

f th

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Man

dela

R

ule

s,

to

desi

gn

g

uid

an

ce

mate

rial

an

d

to

pro

vid

e

tech

nic

al

ass

ista

nce an

d

ad

vis

ory

se

rvic

es

to M

em

ber

Sta

tes

in th

e

field

o

f p

en

al

refo

rm,

in

ord

er

to

dev

elo

p

or

stre

ng

then

p

en

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tiary

le

gis

lati

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, p

roced

ure

s,

po

licie

s an

d p

racti

ces

in l

ine w

ith

th

e R

ule

s;

1

6.

Co

mm

en

ds

the

Co

mm

issi

on

o

n

Cri

me

Pre

ven

tio

n

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d

Cri

min

al

Just

ice

for

its

co

nti

nu

ing

co

ntr

ibu

tio

ns

to t

he i

mp

rov

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en

t o

f th

e a

dm

inis

trati

on

of

just

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thro

ug

h t

he d

ev

elo

pm

en

t an

d r

efi

nem

en

t o

f in

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ati

on

al

stan

dard

s an

d n

orm

s in

th

e

field

o

f cri

me

pre

ven

tio

n

an

d

cri

min

al

just

ice,

an

d

call

s u

po

n

Mem

ber

Sta

tes

to

co

nti

nu

e t

heir

eff

ort

s in

th

is r

eg

ard

;

1

7.

Req

uest

s th

e U

nit

ed

N

ati

on

s O

ffic

e o

n D

rug

s an

d C

rim

e to

co

nti

nu

e to

pro

mo

te t

he u

se a

nd

ap

pli

cati

on

of

the U

nit

ed

Nati

on

s st

an

dard

s an

d n

orm

s in

cri

me

pre

ven

tio

n

an

d

cri

min

al

just

ice

by,

in

ter

ali

a,

pro

vid

ing

ad

vis

ory

se

rvic

es

an

d

tech

nic

al

ass

ista

nce

to

Mem

ber

Sta

tes,

o

n

req

uest

, in

clu

din

g

ass

ista

nce

in

cri

me

pre

ven

tio

n,

cri

min

al

just

ice a

nd

law

refo

rm,

an

d i

n t

he o

rgan

izati

on

of

train

ing

fo

r

law

en

forc

em

en

t, c

rim

e p

rev

en

tio

n a

nd

cri

min

al

just

ice p

ers

on

nel

an

d s

up

po

rt i

n t

he

ad

min

istr

ati

on

an

d m

an

ag

em

en

t o

f p

en

al

an

d p

en

iten

tiary

sy

stem

s, t

hu

s co

ntr

ibu

tin

g

to t

he u

pg

rad

ing

of

their

eff

icie

ncy

an

d c

ap

ab

ilit

ies;

1

8.

Invit

es

Mem

ber

Sta

tes

an

d

oth

er

do

no

rs

to

pro

vid

e

ex

trab

ud

geta

ry

reso

urc

es

for

these

p

urp

ose

s,

in

acco

rdan

ce

wit

h

the

rule

s an

d

pro

ced

ure

s o

f th

e

Un

ited

Nati

on

s;

1

9.

Aff

irm

s th

e

imp

ort

an

t ro

le

of

the

Un

ited

N

ati

on

s cri

me

pre

ven

tio

n

an

d

cri

min

al

just

ice

pro

gra

mm

e

netw

ork

, in

terg

ov

ern

men

tal

org

an

izati

on

s an

d

no

n-g

ov

ern

men

tal

org

an

izati

on

s in

co

nsu

ltati

ve s

tatu

s w

ith

th

e E

co

no

mic

an

d S

ocia

l

Co

un

cil

in

th

e r

ev

isio

n p

rocess

an

d i

n c

on

trib

uti

ng

to

th

e d

isse

min

ati

on

, p

rom

oti

on

an

d p

racti

cal

ap

pli

cati

on

o

f th

e M

an

dela

R

ule

s in

acco

rdan

ce w

ith

th

e p

roced

ure

s

for

their

eff

ecti

ve i

mp

lem

en

tati

on

.

Page 29: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

5657

MANDELA RULES

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

An

nex

Un

ited

Na

tion

s S

tan

da

rd

Min

imu

m R

ule

s fo

r th

e T

reatm

en

t of

Pri

son

ers

(th

e M

an

del

a R

ule

s)

Preli

min

ary

ob

serv

ati

on

s

Pre

lim

ina

ry o

bse

rva

tio

n 1

T

he f

oll

ow

ing

ru

les

are

no

t in

ten

ded

to

desc

rib

e i

n d

eta

il a

mo

del

syst

em

of

pen

al

inst

itu

tio

ns.

Th

ey

seek

on

ly,

on

th

e b

asi

s o

f th

e g

en

era

l co

nse

nsu

s o

f co

nte

mp

ora

ry

tho

ug

ht

an

d t

he e

ssen

tial

ele

men

ts o

f th

e m

ost

ad

eq

uate

sy

stem

s o

f to

day,

to

set

ou

t

wh

at

is g

en

era

lly

accep

ted

as

bein

g g

oo

d p

rin

cip

les

an

d p

racti

ce i

n t

he t

reatm

en

t o

f

pri

son

ers

an

d p

riso

n m

an

ag

em

en

t.

Pre

lim

ina

ry o

bse

rva

tio

n 2

1

. In

v

iew

o

f th

e

gre

at

vari

ety

o

f le

gal,

so

cia

l,

eco

no

mic

an

d

geo

gra

ph

ical

co

nd

itio

ns

in

the

wo

rld

, it

is

ev

iden

t th

at

no

t all

o

f th

e

rule

s are

cap

ab

le

of

ap

pli

cati

on

in

all

pla

ces

an

d a

t all

tim

es.

Th

ey

sh

ou

ld,

ho

wev

er,

serv

e t

o s

tim

ula

te a

co

nst

an

t en

deav

ou

r to

ov

erc

om

e p

racti

cal

dif

ficu

ltie

s in

th

e w

ay

of

their

ap

pli

cati

on

,

in t

he k

no

wle

dg

e t

hat

they

rep

rese

nt,

as

a w

ho

le,

the m

inim

um

co

nd

itio

ns

wh

ich

are

accep

ted

as

suit

ab

le b

y t

he U

nit

ed

Nati

on

s.

2.

On

th

e

oth

er

han

d,

the

rule

s co

ver

a

field

in

w

hic

h

tho

ug

ht

is

co

nst

an

tly

dev

elo

pin

g.

Th

ey

are

n

ot

inte

nd

ed

to

p

reclu

de ex

peri

men

t an

d p

racti

ces,

p

rov

ided

these

are

in

h

arm

on

y

wit

h

the

pri

ncip

les

an

d

seek

to

fu

rth

er

the

pu

rpo

ses

wh

ich

deri

ve fr

om

th

e te

xt

of

the ru

les

as

a w

ho

le.

It w

ill

alw

ay

s b

e ju

stif

iab

le fo

r th

e

cen

tral

pri

son

ad

min

istr

ati

on

to

au

tho

rize d

ep

art

ure

s fr

om

th

e r

ule

s in

th

is s

pir

it.

Pre

lim

ina

ry o

bse

rva

tio

n 3

1

. P

art

I o

f th

e r

ule

s co

vers

th

e g

en

era

l m

an

ag

em

en

t o

f p

riso

ns,

an

d i

s ap

pli

cab

le

to

all

cate

go

ries

of

pri

son

ers

, cri

min

al

or

civ

il,

un

trie

d

or

co

nv

icte

d,

inclu

din

g

pri

son

ers

su

bje

ct

to

“se

cu

rity

m

easu

res”

o

r co

rrecti

ve

measu

res

ord

ere

d

by

th

e

jud

ge.

2.

Part

II

co

nta

ins

rule

s ap

pli

cab

le o

nly

to

th

e sp

ecia

l cate

go

ries

dealt

w

ith

in

each

secti

on

. N

ev

ert

hele

ss,

the r

ule

s u

nd

er

secti

on

A,

ap

pli

cab

le t

o p

riso

ners

un

der

sen

ten

ce,

shall

b

e

eq

uall

y

ap

pli

cab

le

to

cate

go

ries

of

pri

son

ers

d

ealt

w

ith

in

secti

on

s B

, C

an

d D

, p

rov

ided

th

ey

do

no

t co

nfl

ict

wit

h t

he r

ule

s g

ov

ern

ing

th

ose

cate

go

ries

an

d a

re f

or

their

ben

efi

t.

Pre

lim

ina

ry o

bse

rva

tio

n 4

1

. T

he r

ule

s d

o n

ot

seek

to

reg

ula

te t

he m

an

ag

em

en

t o

f in

stit

uti

on

s se

t asi

de f

or

yo

un

g p

ers

on

s su

ch

as

juv

en

ile d

ete

nti

on

fa

cil

itie

s o

r co

rrecti

on

al

sch

oo

ls,

bu

t in

gen

era

l p

art

I w

ou

ld b

e e

qu

all

y a

pp

licab

le i

n s

uch

in

stit

uti

on

s.

2.

Th

e c

ate

go

ry o

f y

ou

ng

pri

son

ers

sh

ou

ld i

nclu

de a

t le

ast

all

yo

un

g p

ers

on

s w

ho

co

me

wit

hin

th

e

juri

sdic

tio

n

of

juv

en

ile

co

urt

s. A

s a

rule

, su

ch

y

ou

ng

p

ers

on

s

sho

uld

no

t b

e s

en

ten

ced

to

im

pri

son

men

t.

I.

R

ule

s of

gen

eral

ap

pli

cati

on

Ba

sic p

rin

cip

les

Ru

le 1

A

ll p

riso

ners

sh

all

be t

reate

d w

ith

th

e r

esp

ect

du

e t

o t

heir

in

here

nt

dig

nit

y a

nd

valu

e

as

hu

man

b

ein

gs.

N

o

pri

son

er

shall

b

e

sub

jecte

d

to,

an

d

all

p

riso

ners

sh

all

b

e

pro

tecte

d

fro

m,

tort

ure

an

d

oth

er

cru

el,

in

hu

man

o

r d

eg

rad

ing

tr

eatm

en

t o

r

pu

nis

hm

en

t,

for

wh

ich

n

o

cir

cu

mst

an

ces

wh

ats

oev

er

may

b

e

inv

ok

ed

as

a

just

ific

ati

on

. T

he

safe

ty

an

d

secu

rity

o

f p

riso

ners

, st

aff

, se

rvic

e

pro

vid

ers

an

d

vis

ito

rs s

hall

be e

nsu

red

at

all

tim

es.

Ru

le 2

1

. T

he p

rese

nt

rule

s sh

all

be a

pp

lied

im

part

iall

y. T

here

sh

all

be n

o d

iscri

min

ati

on

on

th

e g

rou

nd

s o

f ra

ce,

co

lou

r, se

x,

lan

gu

ag

e,

reli

gio

n,

po

liti

cal

or

oth

er

op

inio

n,

nati

on

al

or

socia

l o

rig

in,

pro

pert

y, b

irth

or

an

y o

ther

statu

s. T

he r

eli

gio

us

beli

efs

an

d

mo

ral

pre

cep

ts o

f p

riso

ners

sh

all

be r

esp

ecte

d.

2.

In o

rder

for

the p

rin

cip

le o

f n

on

-dis

cri

min

ati

on

to

be p

ut

into

pra

cti

ce,

pri

son

ad

min

istr

ati

on

s sh

all

tak

e a

cco

un

t o

f th

e i

nd

ivid

ual

need

s o

f p

riso

ners

, in

part

icu

lar

the m

ost

vu

lnera

ble

cate

go

ries

in p

riso

n s

ett

ing

s. M

easu

res

to p

rote

ct

an

d p

rom

ote

the r

igh

ts o

f p

riso

ners

wit

h s

pecia

l n

eed

s are

req

uir

ed

an

d s

hall

no

t b

e r

eg

ard

ed

as

dis

cri

min

ato

ry.

Ru

le 3

Im

pri

son

men

t an

d o

ther

measu

res

that

resu

lt i

n c

utt

ing

off

pers

on

s fr

om

th

e o

uts

ide

wo

rld

are

aff

licti

ve

by

th

e

very

fa

ct

of

tak

ing

fr

om

th

ese

p

ers

on

s th

e

rig

ht

of

self

-dete

rmin

ati

on

b

y

dep

riv

ing

th

em

o

f th

eir

li

bert

y. T

here

fore

th

e

pri

son

sy

stem

shall

n

ot,

ex

cep

t as

incid

en

tal

to

just

ifia

ble

se

para

tio

n

or

the

main

ten

an

ce

of

dis

cip

lin

e,

ag

gra

vate

th

e s

uff

eri

ng

in

here

nt

in s

uch

a s

itu

ati

on

.

Ru

le 4

1

. T

he p

urp

ose

s o

f a s

en

ten

ce o

f im

pri

son

men

t o

r si

mil

ar

measu

res

dep

riv

ati

ve o

f

a

pers

on

’s

lib

ert

y

are

p

rim

ari

ly

to

pro

tect

socie

ty

ag

ain

st

cri

me

an

d

to

red

uce

recid

ivis

m.

Th

ose

p

urp

ose

s can

b

e ach

iev

ed

o

nly

if

th

e p

eri

od

o

f im

pri

son

men

t is

use

d t

o e

nsu

re,

so f

ar

as

po

ssib

le,

the r

ein

teg

rati

on

of

such

pers

on

s in

to s

ocie

ty u

po

n

rele

ase

so

th

at

they

can

lead

a l

aw

-ab

idin

g a

nd

self

-su

pp

ort

ing

lif

e.

2.

To

th

is

en

d,

pri

son

ad

min

istr

ati

on

s an

d

oth

er

co

mp

ete

nt

au

tho

riti

es

sho

uld

off

er

ed

ucati

on

, v

ocati

on

al

train

ing

an

d w

ork

, as

well

as

oth

er

form

s o

f ass

ista

nce

that

are

ap

pro

pri

ate

an

d av

ail

ab

le,

inclu

din

g th

ose

o

f a re

med

ial,

m

ora

l, sp

irit

ual,

socia

l an

d

healt

h-

an

d

spo

rts-

base

d

natu

re.

All

su

ch

p

rog

ram

mes,

acti

vit

ies

an

d

serv

ices

sho

uld

be d

eli

vere

d i

n l

ine w

ith

th

e i

nd

ivid

ual

treatm

en

t n

eed

s o

f p

riso

ners

.

Ru

le 5

1

. T

he p

riso

n r

eg

ime s

ho

uld

seek

to

min

imiz

e a

ny

dif

fere

nces

betw

een

pri

son

lif

e

an

d l

ife a

t li

bert

y t

hat

ten

d t

o l

ess

en

th

e r

esp

on

sib

ilit

y o

f th

e p

riso

ners

or

the r

esp

ect

du

e t

o t

heir

dig

nit

y a

s h

um

an

bein

gs.

Page 30: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

5859

MANDELA RULES

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

2.

Pri

son

ad

min

istr

ati

on

s sh

all

m

ak

e

all

re

aso

nab

le

acco

mm

od

ati

on

an

d

ad

just

men

ts t

o e

nsu

re t

hat

pri

son

ers

wit

h p

hy

sical,

men

tal

or

oth

er

dis

ab

ilit

ies

hav

e

full

an

d e

ffecti

ve a

ccess

to

pri

son

lif

e o

n a

n e

qu

itab

le b

asi

s.

Pris

on

er f

ile m

an

ag

em

en

t

Ru

le 6

T

here

sh

all

be a

sta

nd

ard

ized

pri

son

er

file

man

ag

em

en

t sy

stem

in

ev

ery

pla

ce w

here

pers

on

s are

im

pri

son

ed

. S

uch

a s

yst

em

may

be a

n e

lectr

on

ic d

ata

base

of

reco

rds

or

a

reg

istr

ati

on

bo

ok

wit

h n

um

bere

d a

nd

sig

ned

pag

es.

Pro

ced

ure

s sh

all

be i

n p

lace t

o

en

sure

a s

ecu

re a

ud

it t

rail

an

d t

o p

rev

en

t u

nau

tho

rized

access

to

or

mo

dif

icati

on

of

an

y i

nfo

rmati

on

co

nta

ined

in

th

e s

yst

em

.

Ru

le 7

N

o

pers

on

sh

all

b

e

receiv

ed

in

a

pri

son

w

ith

ou

t a

vali

d

co

mm

itm

en

t o

rder.

T

he

foll

ow

ing

in

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ati

on

sh

all

be e

nte

red

in

th

e p

riso

ner

file

man

ag

em

en

t sy

stem

up

on

ad

mis

sio

n o

f ev

ery

pri

son

er:

(a

) P

recis

e i

nfo

rmati

on

en

ab

lin

g d

ete

rmin

ati

on

of

his

or

her

un

iqu

e i

den

tity

,

resp

ecti

ng

his

or

her

self

-perc

eiv

ed

gen

der;

(b

) T

he r

easo

ns

for

his

or

her

co

mm

itm

en

t an

d t

he r

esp

on

sib

le a

uth

ori

ty,

in

ad

dit

ion

to

th

e d

ate

, ti

me a

nd

pla

ce o

f arr

est

;

(c

) T

he d

ay

an

d h

ou

r o

f h

is o

r h

er

ad

mis

sio

n a

nd

rele

ase

as

well

as

of

an

y

tran

sfer;

(d

) A

ny

vis

ible

in

juri

es

an

d c

om

pla

ints

ab

ou

t p

rio

r il

l-tr

eatm

en

t;

(e

) A

n i

nv

en

tory

of

his

or

her

pers

on

al

pro

pert

y;

(f

) T

he n

am

es

of

his

o

r h

er

fam

ily

m

em

bers

, in

clu

din

g,

wh

ere

ap

pli

cab

le,

his

or

her

ch

ild

ren

, th

e c

hil

dre

n’s

ag

es,

lo

cati

on

an

d c

ust

od

y o

r g

uard

ian

ship

sta

tus;

(g

) E

merg

en

cy

co

nta

ct

deta

ils

an

d i

nfo

rmati

on

on

th

e p

riso

ner’

s n

ex

t o

f k

in.

Ru

le 8

T

he f

oll

ow

ing

in

form

ati

on

sh

all

be e

nte

red

in

th

e p

riso

ner

file

man

ag

em

en

t sy

stem

in t

he c

ou

rse o

f im

pri

son

men

t, w

here

ap

pli

cab

le:

(a

) In

form

ati

on

re

late

d

to

the

jud

icia

l p

rocess

, in

clu

din

g

date

s o

f co

urt

heari

ng

s an

d l

eg

al

rep

rese

nta

tio

n;

(b

) In

itia

l ass

ess

men

t an

d c

lass

ific

ati

on

rep

ort

s;

(c

) In

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ati

on

rela

ted

to

beh

av

iou

r an

d d

iscip

lin

e;

(d

) R

eq

uest

s an

d c

om

pla

ints

, in

clu

din

g a

lleg

ati

on

s o

f to

rtu

re o

r o

ther

cru

el,

inh

um

an

o

r d

eg

rad

ing

tr

eatm

en

t o

r p

un

ish

men

t,

un

less

th

ey

are

o

f a

co

nfi

den

tial

natu

re;

(e

) In

form

ati

on

on

th

e i

mp

osi

tio

n o

f d

iscip

lin

ary

san

cti

on

s;

(f

) In

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ati

on

on

th

e c

ircu

mst

an

ces

an

d c

au

ses

of

an

y i

nju

ries

or

death

an

d,

in t

he c

ase

of

the l

att

er,

th

e d

est

inati

on

of

the r

em

ain

s.

Ru

le 9

A

ll r

eco

rds

refe

rred

to

in

ru

les

7 a

nd

8 s

hall

be k

ep

t co

nfi

den

tial

an

d m

ad

e a

vail

ab

le

on

ly

to

tho

se

wh

ose

p

rofe

ssio

nal

resp

on

sib

ilit

ies

req

uir

e

access

to

su

ch

re

co

rds.

Ev

ery

p

riso

ner

shall

b

e

gra

nte

d

access

to

th

e

reco

rds

pert

ain

ing

to

h

im

or

her,

sub

ject

to r

ed

acti

on

s au

tho

rized

un

der

do

mest

ic l

eg

isla

tio

n,

an

d s

hall

be e

nti

tled

to

receiv

e a

n o

ffic

ial

co

py

of

such

reco

rds

up

on

his

or

her

rele

ase

.

Ru

le 1

0

Pri

son

er

file

man

ag

em

en

t sy

stem

s sh

all

als

o b

e u

sed

to

gen

era

te r

eli

ab

le d

ata

ab

ou

t

tren

ds

rela

tin

g t

o a

nd

ch

ara

cte

rist

ics

of

the p

riso

n p

op

ula

tio

n,

inclu

din

g o

ccu

pan

cy

rate

s, i

n o

rder

to c

reate

a b

asi

s fo

r ev

iden

ce-b

ase

d d

ecis

ion

-mak

ing

.

Sep

ara

tio

n o

f ca

teg

orie

s

Ru

le 1

1

Th

e d

iffe

ren

t cate

go

ries

of

pri

son

ers

sh

all

be k

ep

t in

sep

ara

te i

nst

itu

tio

ns

or

part

s o

f

inst

itu

tio

ns,

ta

kin

g acco

un

t o

f th

eir

se

x,

ag

e,

cri

min

al

reco

rd,

the le

gal

reaso

n fo

r

their

dete

nti

on

an

d t

he n

ecess

itie

s o

f th

eir

tre

atm

en

t; t

hu

s:

(a

) M

en

an

d

wo

men

sh

all

so

fa

r as

po

ssib

le

be

deta

ined

in

se

para

te

inst

itu

tio

ns;

in

an

in

stit

uti

on

wh

ich

receiv

es

bo

th m

en

an

d w

om

en

, th

e w

ho

le o

f th

e

pre

mis

es

all

ocate

d t

o w

om

en

sh

all

be e

nti

rely

sep

ara

te;

(b

) U

ntr

ied

pri

son

ers

sh

all

be k

ep

t se

para

te f

rom

co

nv

icte

d p

riso

ners

;

(c

) P

ers

on

s im

pri

son

ed

fo

r d

eb

t an

d

oth

er

civ

il

pri

son

ers

sh

all

b

e

kep

t

sep

ara

te f

rom

pers

on

s im

pri

son

ed

by

reaso

n o

f a c

rim

inal

off

en

ce;

(d

) Y

ou

ng

pri

son

ers

sh

all

be k

ep

t se

para

te f

rom

ad

ult

s.

Acco

mm

od

ati

on

Ru

le 1

2

1.

Wh

ere

sle

ep

ing

acco

mm

od

ati

on

is

in i

nd

ivid

ual

cell

s o

r ro

om

s, e

ach

pri

son

er

shall

occu

py

b

y n

igh

t a cell

or

roo

m b

y h

imse

lf o

r h

ers

elf

. If

fo

r sp

ecia

l re

aso

ns,

such

as

tem

po

rary

o

verc

row

din

g,

it

beco

mes

necess

ary

fo

r th

e

cen

tral

pri

son

ad

min

istr

ati

on

to

m

ak

e

an

ex

cep

tio

n

to

this

ru

le,

it

is

no

t d

esi

rab

le

to

hav

e

two

pri

son

ers

in

a c

ell

or

roo

m.

2.

Wh

ere

d

orm

ito

ries

are

u

sed

, th

ey

sh

all

b

e

occu

pie

d

by

p

riso

ners

care

full

y

sele

cte

d a

s b

ein

g s

uit

ab

le to

ass

ocia

te w

ith

on

e an

oth

er

in t

ho

se c

on

dit

ion

s. T

here

shall

be r

eg

ula

r su

perv

isio

n b

y n

igh

t, i

n k

eep

ing

wit

h t

he n

atu

re o

f th

e p

riso

n.

Ru

le 1

3

All

acco

mm

od

ati

on

pro

vid

ed

fo

r th

e u

se o

f p

riso

ners

an

d i

n p

art

icu

lar

all

sle

ep

ing

acco

mm

od

ati

on

sh

all

m

eet

all

re

qu

irem

en

ts

of

healt

h,

du

e

reg

ard

b

ein

g

paid

to

cli

mati

c co

nd

itio

ns

an

d p

art

icu

larl

y to

cu

bic

co

nte

nt

of

air

, m

inim

um

fl

oo

r sp

ace,

lig

hti

ng

, h

eati

ng

an

d v

en

tila

tio

n.

Page 31: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

6061

MANDELA RULES

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

Ru

le 1

4

In a

ll p

laces

wh

ere

pri

son

ers

are

req

uir

ed

to

liv

e o

r w

ork

:

(a

) T

he w

ind

ow

s sh

all

b

e

larg

e

en

ou

gh

to

en

ab

le

the

pri

son

ers

to

re

ad

o

r

wo

rk b

y n

atu

ral

lig

ht

an

d s

hall

be s

o c

on

stru

cte

d t

hat

they

can

all

ow

th

e e

ntr

an

ce o

f

fresh

air

wh

eth

er

or

no

t th

ere

is

art

ific

ial

ven

tila

tio

n;

(b

) A

rtif

icia

l li

gh

t sh

all

b

e p

rov

ided

su

ffic

ien

t fo

r th

e p

riso

ners

to

re

ad

o

r

wo

rk w

ith

ou

t in

jury

to

ey

esi

gh

t.

Ru

le 1

5

Th

e s

an

itary

in

stall

ati

on

s sh

all

be a

deq

uate

to

en

ab

le e

very

pri

son

er

to c

om

ply

wit

h

the n

eed

s o

f n

atu

re w

hen

necess

ary

an

d i

n a

cle

an

an

d d

ecen

t m

an

ner.

Ru

le 1

6

Ad

eq

uate

bath

ing

an

d s

ho

wer

inst

all

ati

on

s sh

all

be p

rov

ided

so

th

at

ev

ery

pri

son

er

can

, an

d m

ay

be r

eq

uir

ed

to

, h

av

e a

bath

or

sho

wer,

at

a t

em

pera

ture

su

itab

le t

o t

he

cli

mate

, as

freq

uen

tly

as

necess

ary

fo

r g

en

era

l h

yg

ien

e

acco

rdin

g

to

seaso

n

an

d

geo

gra

ph

ical

reg

ion

, b

ut

at

least

on

ce a

week

in

a t

em

pera

te c

lim

ate

.

Ru

le 1

7

All

part

s o

f a p

riso

n r

eg

ula

rly

use

d b

y p

riso

ners

sh

all

b

e p

rop

erl

y m

ain

tain

ed

an

d

kep

t sc

rup

ulo

usl

y c

lean

at

all

tim

es.

Perso

na

l h

yg

ien

e

Ru

le 1

8

1.

Pri

son

ers

sh

all

b

e re

qu

ired

to

k

eep

th

eir

p

ers

on

s cle

an

, an

d to

th

is en

d th

ey

shall

be p

rov

ided

wit

h w

ate

r an

d w

ith

su

ch

to

ilet

art

icle

s as

are

necess

ary

fo

r h

ealt

h

an

d c

lean

lin

ess

.

2.

In o

rder

that

pri

son

ers

may

main

tain

a g

oo

d a

pp

eara

nce c

om

pati

ble

wit

h t

heir

self

-resp

ect,

fa

cil

itie

s sh

all

b

e p

rov

ided

fo

r th

e p

rop

er

care

o

f th

e h

air

an

d b

eard

,

an

d m

en

sh

all

be a

ble

to

sh

av

e r

eg

ula

rly.

Clo

thin

g a

nd

bed

din

g

Ru

le 1

9

1.

Ev

ery

p

riso

ner

wh

o is

n

ot

all

ow

ed

to

w

ear

his

o

r h

er

ow

n clo

thin

g sh

all

b

e

pro

vid

ed

wit

h a

n o

utf

it o

f clo

thin

g s

uit

ab

le f

or

the c

lim

ate

an

d a

deq

uate

to

keep

him

or

her

in g

oo

d h

ealt

h.

Su

ch

clo

thin

g s

hall

in

no

man

ner

be d

eg

rad

ing

or

hu

mil

iati

ng

.

2.

All

clo

thin

g sh

all

be cle

an

an

d k

ep

t in

p

rop

er

co

nd

itio

n.

Un

derc

loth

ing

sh

all

be c

han

ged

an

d w

ash

ed

as

oft

en

as

necess

ary

fo

r th

e m

ain

ten

an

ce o

f h

yg

ien

e.

3.

In

ex

cep

tio

nal

cir

cu

mst

an

ces,

w

hen

ev

er

a

pri

son

er

is

rem

ov

ed

o

uts

ide

the

pri

son

fo

r an

au

tho

rized

pu

rpo

se,

he o

r sh

e s

hall

be a

llo

wed

to

wear

his

or

her

ow

n

clo

thin

g o

r o

ther

inco

nsp

icu

ou

s clo

thin

g.

Ru

le 2

0

If p

riso

ners

are

all

ow

ed

to

wear

their

ow

n c

loth

ing

, arr

an

gem

en

ts s

hall

be m

ad

e o

n

their

ad

mis

sio

n t

o t

he p

riso

n t

o e

nsu

re t

hat

it s

hall

be c

lean

an

d f

it f

or

use

.

Ru

le 2

1

Ev

ery

p

riso

ner

shall

, in

acco

rdan

ce

wit

h

local

or

nati

on

al

stan

dard

s,

be

pro

vid

ed

wit

h a

se

para

te b

ed

an

d w

ith

se

para

te a

nd

su

ffic

ien

t b

ed

din

g w

hic

h s

hall

b

e cle

an

wh

en

iss

ued

, k

ep

t in

go

od

ord

er

an

d c

han

ged

oft

en

en

ou

gh

to

en

sure

its

cle

an

lin

ess

.

Fo

od

Ru

le 2

2

1.

Ev

ery

p

riso

ner

shall

b

e

pro

vid

ed

b

y

the

pri

son

ad

min

istr

ati

on

at

the

usu

al

ho

urs

wit

h f

oo

d o

f n

utr

itio

nal

valu

e a

deq

uate

fo

r h

ealt

h a

nd

str

en

gth

, o

f w

ho

leso

me

qu

ali

ty a

nd

well

pre

pare

d a

nd

serv

ed

.

2.

Dri

nk

ing

wate

r sh

all

be a

vail

ab

le t

o e

very

pri

son

er

wh

en

ev

er

he o

r sh

e n

eed

s

it.

Ex

ercis

e a

nd

sp

ort

Ru

le 2

3

1.

Ev

ery

p

riso

ner

wh

o

is

no

t em

plo

yed

in

o

utd

oo

r w

ork

sh

all

h

av

e

at

least

on

e h

ou

r o

f su

itab

le e

xerc

ise i

n t

he o

pen

air

dail

y i

f th

e w

eath

er

perm

its.

2.

Yo

un

g

pri

son

ers

, an

d

oth

ers

o

f su

itab

le

ag

e

an

d

ph

ysi

qu

e,

shall

re

ceiv

e

ph

ysi

cal

an

d r

ecre

ati

on

al

train

ing

du

rin

g t

he p

eri

od

of

ex

erc

ise.

To

th

is e

nd

, sp

ace,

inst

all

ati

on

s an

d e

qu

ipm

en

t sh

ou

ld b

e p

rov

ided

.

Hea

lth

-ca

re s

erv

ices

Ru

le 2

4

1.

Th

e p

rov

isio

n o

f h

ealt

h care

fo

r p

riso

ners

is

a S

tate

re

spo

nsi

bil

ity.

P

riso

ners

sho

uld

en

joy

th

e s

am

e s

tan

dard

s o

f h

ealt

h c

are

th

at

are

av

ail

ab

le i

n t

he c

om

mu

nit

y,

an

d

sho

uld

h

av

e

access

to

n

ecess

ary

h

ealt

h-c

are

se

rvic

es

free

of

ch

arg

e

wit

ho

ut

dis

cri

min

ati

on

on

th

e g

rou

nd

s o

f th

eir

leg

al

statu

s.

2.

Healt

h-c

are

se

rvic

es

sho

uld

b

e o

rgan

ized

in

clo

se re

lati

on

ship

to

th

e g

en

era

l

pu

bli

c h

ealt

h ad

min

istr

ati

on

an

d in

a w

ay

th

at

en

sure

s co

nti

nu

ity

o

f tr

eatm

en

t an

d

care

, in

clu

din

g fo

r H

IV,

tub

erc

ulo

sis

an

d o

ther

infe

cti

ou

s d

isease

s, as

well

as

for

dru

g d

ep

en

den

ce.

Ru

le 2

5

1.

Ev

ery

pri

son

sh

all

hav

e i

n p

lace a

healt

h-c

are

serv

ice t

ask

ed

wit

h e

valu

ati

ng

,

pro

mo

tin

g,

pro

tecti

ng

an

d

imp

rov

ing

th

e

ph

ysi

cal

an

d

men

tal

healt

h

of

pri

son

ers

,

pay

ing

part

icu

lar

att

en

tio

n t

o p

riso

ners

wit

h s

pecia

l h

ealt

h-c

are

need

s o

r w

ith

healt

h

issu

es

that

ham

per

their

reh

ab

ilit

ati

on

.

2.

Th

e

healt

h-c

are

se

rvic

e

shall

co

nsi

st

of

an

in

terd

iscip

lin

ary

te

am

w

ith

suff

icie

nt

qu

ali

fied

p

ers

on

nel

acti

ng

in

fu

ll

cli

nic

al

ind

ep

en

den

ce

an

d

shall

Page 32: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

6263

MANDELA RULES

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

en

co

mp

ass

su

ffic

ien

t ex

pert

ise

in

psy

ch

olo

gy

an

d

psy

ch

iatr

y.

Th

e

serv

ices

of

a

qu

ali

fied

den

tist

sh

all

be a

vail

ab

le t

o e

very

pri

son

er.

Ru

le 2

6

1.

Th

e

healt

h-c

are

se

rvic

e

shall

p

rep

are

an

d

main

tain

accu

rate

, u

p-t

o-d

ate

an

d

co

nfi

den

tial

ind

ivid

ual

med

ical

file

s o

n

all

p

riso

ners

, an

d

all

p

riso

ners

sh

ou

ld

be

gra

nte

d a

ccess

to

th

eir

fi

les

up

on

req

uest

. A

p

riso

ner

may

ap

po

int

a t

hir

d p

art

y to

access

his

or

her

med

ical

file

.

2.

Med

ical

file

s sh

all

b

e

tran

sferr

ed

to

th

e h

ealt

h-c

are

se

rvic

e o

f th

e

receiv

ing

inst

itu

tio

n u

po

n t

ran

sfer

of

a p

riso

ner

an

d s

hall

be s

ub

ject

to m

ed

ical

co

nfi

den

tiali

ty.

Ru

le 2

7

1.

All

p

riso

ns

shall

en

sure

p

rom

pt

access

to

m

ed

ical

att

en

tio

n

in

urg

en

t case

s.

Pri

son

ers

w

ho

re

qu

ire

specia

lized

tr

eatm

en

t o

r su

rgery

sh

all

b

e

tran

sferr

ed

to

specia

lized

in

stit

uti

on

s o

r to

civ

il

ho

spit

als

. W

here

a

pri

son

se

rvic

e

has

its

ow

n

ho

spit

al

facil

itie

s,

they

sh

all

b

e

ad

eq

uate

ly

staff

ed

an

d

eq

uip

ped

to

p

rov

ide

pri

son

ers

refe

rred

to

th

em

wit

h a

pp

rop

riate

tre

atm

en

t an

d c

are

.

2.

Cli

nic

al

decis

ion

s m

ay

o

nly

b

e

tak

en

b

y

the

resp

on

sib

le

healt

h-c

are

pro

fess

ion

als

an

d m

ay

no

t b

e o

verr

ule

d o

r ig

no

red

by

no

n-m

ed

ical

pri

son

sta

ff.

Ru

le 2

8

In w

om

en

’s p

riso

ns,

th

ere

sh

all

be s

pecia

l acco

mm

od

ati

on

fo

r all

necess

ary

pre

nata

l

an

d p

ost

nata

l care

an

d t

reatm

en

t. A

rran

gem

en

ts s

hall

be m

ad

e w

here

ver

pra

cti

cab

le

for

ch

ild

ren

to

be b

orn

in

a h

osp

ital

ou

tsid

e t

he p

riso

n.

If a

ch

ild

is

bo

rn i

n p

riso

n,

this

fact

shall

no

t b

e m

en

tio

ned

in

th

e b

irth

cert

ific

ate

.

Ru

le 2

9

1.

A d

ecis

ion

to

all

ow

a ch

ild

to

st

ay

w

ith

h

is o

r h

er

pare

nt

in p

riso

n sh

all

b

e

base

d o

n th

e b

est

in

tere

sts

of

the ch

ild

co

ncern

ed

. W

here

ch

ild

ren

are

all

ow

ed

to

rem

ain

in

pri

son

wit

h a

pare

nt,

pro

vis

ion

sh

all

be m

ad

e f

or:

(a

) In

tern

al

or

ex

tern

al

ch

ild

care

fa

cil

itie

s st

aff

ed

b

y

qu

ali

fied

p

ers

on

s,

wh

ere

th

e c

hil

dre

n s

hall

be p

laced

wh

en

th

ey

are

no

t in

th

e c

are

of

their

pare

nt;

(b

) C

hil

d-s

pecif

ic

healt

h-c

are

se

rvic

es,

in

clu

din

g

healt

h

scre

en

ing

s u

po

n

ad

mis

sio

n a

nd

on

go

ing

mo

nit

ori

ng

of

their

dev

elo

pm

en

t b

y s

pecia

list

s.

2.

Ch

ild

ren

in

pri

son

wit

h a

pare

nt

shall

nev

er

be t

reate

d a

s p

riso

ners

.

Ru

le 3

0

A

ph

ysi

cia

n

or

oth

er

qu

ali

fied

h

ealt

h-c

are

p

rofe

ssio

nals

, w

heth

er

or

no

t th

ey

are

req

uir

ed

to

rep

ort

to

th

e p

hy

sicia

n,

shall

see,

talk

wit

h a

nd

ex

am

ine e

very

pri

son

er

as

soo

n

as

po

ssib

le

foll

ow

ing

h

is

or

her

ad

mis

sio

n

an

d

there

aft

er

as

necess

ary

.

Part

icu

lar

att

en

tio

n s

hall

be p

aid

to

:

(a

) Id

en

tify

ing

h

ealt

h-c

are

n

eed

s an

d

tak

ing

all

n

ecess

ary

m

easu

res

for

treatm

en

t;

(b

) Id

en

tify

ing

an

y

ill-

treatm

en

t th

at

arr

ivin

g

pri

son

ers

m

ay

h

av

e

been

sub

jecte

d t

o p

rio

r to

ad

mis

sio

n;

(c

) Id

en

tify

ing

an

y s

ign

s o

f p

sych

olo

gic

al

or

oth

er

stre

ss b

rou

gh

t o

n b

y t

he

fact

of

imp

riso

nm

en

t, i

nclu

din

g,

bu

t n

ot

lim

ited

to

, th

e r

isk

of

suic

ide o

r se

lf-h

arm

an

d w

ith

dra

wal

sym

pto

ms

resu

ltin

g fr

om

th

e u

se o

f d

rug

s, m

ed

icati

on

o

r alc

oh

ol;

an

d u

nd

ert

ak

ing

all

ap

pro

pri

ate

in

div

idu

ali

zed

measu

res

or

treatm

en

t;

(d

) In

case

s w

here

p

riso

ners

are

su

specte

d

of

hav

ing

co

nta

gio

us

dis

ease

s,

pro

vid

ing

fo

r th

e c

lin

ical

iso

lati

on

an

d a

deq

uate

tre

atm

en

t o

f th

ose

pri

son

ers

du

rin

g

the i

nfe

cti

ou

s p

eri

od

;

(e

) D

ete

rmin

ing

th

e

fitn

ess

o

f p

riso

ners

to

w

ork

, to

ex

erc

ise

an

d

to

part

icip

ate

in

oth

er

acti

vit

ies,

as

ap

pro

pri

ate

.

Ru

le 3

1

Th

e p

hy

sicia

n o

r, w

here

ap

pli

cab

le,

oth

er

qu

ali

fied

h

ealt

h-c

are

p

rofe

ssio

nals

sh

all

hav

e d

ail

y access

to

all

si

ck

p

riso

ners

, all

p

riso

ners

w

ho

co

mp

lain

o

f p

hy

sical

or

men

tal

healt

h i

ssu

es

or

inju

ry a

nd

an

y p

riso

ner

to w

ho

m t

heir

att

en

tio

n i

s sp

ecia

lly

dir

ecte

d.

All

med

ical

ex

am

inati

on

s sh

all

be u

nd

ert

ak

en

in

fu

ll c

on

fid

en

tiali

ty.

Ru

le 3

2

1.

Th

e r

ela

tio

nsh

ip b

etw

een

th

e p

hy

sicia

n o

r o

ther

healt

h-c

are

pro

fess

ion

als

an

d

the p

riso

ners

sh

all

b

e g

ov

ern

ed

b

y th

e sa

me eth

ical

an

d p

rofe

ssio

nal

stan

dard

s as

tho

se a

pp

licab

le t

o p

ati

en

ts i

n t

he c

om

mu

nit

y,

in p

art

icu

lar:

(a

) T

he

du

ty

of

pro

tecti

ng

p

riso

ners

’ p

hy

sical

an

d

men

tal

healt

h

an

d

the

pre

ven

tio

n a

nd

tre

atm

en

t o

f d

isease

on

th

e b

asi

s o

f cli

nic

al

gro

un

ds

on

ly;

(b

) A

dh

ere

nce to

p

riso

ners

’ au

ton

om

y

wit

h

reg

ard

to

th

eir

o

wn

h

ealt

h

an

d

info

rmed

co

nse

nt

in t

he d

octo

r-p

ati

en

t re

lati

on

ship

;

(c

) T

he

co

nfi

den

tiali

ty

of

med

ical

info

rmati

on

, u

nle

ss

main

tain

ing

su

ch

co

nfi

den

tiali

ty w

ou

ld r

esu

lt i

n a

real

an

d i

mm

inen

t th

reat

to t

he p

ati

en

t o

r to

oth

ers

;

(d

) A

n ab

solu

te p

roh

ibit

ion

o

n en

gag

ing

, acti

vely

o

r p

ass

ively

, in

acts

th

at

may

co

nst

itu

te

tort

ure

o

r o

ther

cru

el,

in

hu

man

o

r d

eg

rad

ing

tr

eatm

en

t o

r

pu

nis

hm

en

t, i

nclu

din

g m

ed

ical

or

scie

nti

fic e

xp

eri

men

tati

on

th

at

may

be d

etr

imen

tal

to

a

pri

son

er’

s h

ealt

h,

such

as

the

rem

ov

al

of

a

pri

son

er’

s cell

s,

bo

dy

ti

ssu

es

or

org

an

s.

2.

Wit

ho

ut

pre

jud

ice to

p

ara

gra

ph

1

(d

) o

f th

is ru

le,

pri

son

ers

m

ay

b

e all

ow

ed

,

up

on

th

eir

fr

ee

an

d

info

rmed

co

nse

nt

an

d

in

acco

rdan

ce

wit

h

ap

pli

cab

le

law

, to

part

icip

ate

in

cli

nic

al

tria

ls a

nd

oth

er

healt

h r

ese

arc

h a

ccess

ible

in

th

e c

om

mu

nit

y i

f

these

are

ex

pecte

d t

o p

rod

uce a

dir

ect

an

d s

ign

ific

an

t b

en

efi

t to

th

eir

healt

h,

an

d t

o

do

nate

cell

s, b

od

y t

issu

es

or

org

an

s to

a r

ela

tiv

e.

Ru

le 3

3

Th

e

ph

ysi

cia

n

shall

re

po

rt

to

the

dir

ecto

r w

hen

ev

er

he

or

she

co

nsi

ders

th

at

a

pri

son

er’

s p

hy

sical

or

men

tal

healt

h

has

been

o

r w

ill

be

inju

rio

usl

y

aff

ecte

d

by

co

nti

nu

ed

im

pri

son

men

t o

r b

y a

ny

co

nd

itio

n o

f im

pri

son

men

t.

Page 33: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

6465

MANDELA RULES

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

Ru

le 3

4

If,

in t

he c

ou

rse o

f ex

am

inin

g a

pri

son

er

up

on

ad

mis

sio

n o

r p

rov

idin

g m

ed

ical

care

to th

e p

riso

ner

there

aft

er,

h

ealt

h-c

are

p

rofe

ssio

nals

b

eco

me aw

are

o

f an

y si

gn

s o

f

tort

ure

o

r o

ther

cru

el,

in

hu

man

o

r d

eg

rad

ing

tr

eatm

en

t o

r p

un

ish

men

t,

they

sh

all

do

cu

men

t an

d r

ep

ort

su

ch

case

s to

th

e c

om

pete

nt

med

ical,

ad

min

istr

ati

ve o

r ju

dic

ial

au

tho

rity

. P

rop

er

pro

ced

ura

l sa

feg

uard

s sh

all

be f

oll

ow

ed

in

ord

er

no

t to

ex

po

se t

he

pri

son

er

or

ass

ocia

ted

pers

on

s to

fo

rese

eab

le r

isk

of

harm

.

Ru

le 3

5

1.

Th

e

ph

ysi

cia

n

or

co

mp

ete

nt

pu

bli

c

healt

h

bo

dy

sh

all

re

gu

larl

y

insp

ect

an

d

ad

vis

e t

he d

irecto

r o

n:

(a

) T

he q

uan

tity

, q

uali

ty,

pre

para

tio

n a

nd

serv

ice o

f fo

od

;

(b

) T

he h

yg

ien

e a

nd

cle

an

lin

ess

of

the i

nst

itu

tio

n a

nd

th

e p

riso

ners

;

(c

) T

he s

an

itati

on

, te

mp

era

ture

, li

gh

tin

g a

nd

ven

tila

tio

n o

f th

e p

riso

n;

(d

) T

he s

uit

ab

ilit

y a

nd

cle

an

lin

ess

of

the p

riso

ners

’ clo

thin

g a

nd

bed

din

g;

(e

) T

he o

bse

rvan

ce o

f th

e r

ule

s co

ncern

ing

ph

ysi

cal

ed

ucati

on

an

d s

po

rts,

in

case

s w

here

th

ere

is

no

tech

nic

al

pers

on

nel

in c

harg

e o

f th

ese

acti

vit

ies.

2.

Th

e

pri

son

d

irecto

r sh

all

ta

ke

into

co

nsi

dera

tio

n

the

ad

vic

e

an

d

rep

ort

s

pro

vid

ed

in

acco

rdan

ce

wit

h

para

gra

ph

1

o

f th

is

rule

an

d

rule

3

3

an

d

shall

ta

ke

imm

ed

iate

ste

ps

to g

ive e

ffect

to t

he a

dv

ice a

nd

th

e r

eco

mm

en

dati

on

s in

th

e r

ep

ort

s.

If

the

ad

vic

e

or

reco

mm

en

dati

on

s d

o

no

t fa

ll

wit

hin

th

e

pri

son

d

irecto

r’s

co

mp

ete

nce

or

if

he

or

she

do

es

no

t co

ncu

r w

ith

th

em

, th

e

dir

ecto

r sh

all

imm

ed

iate

ly su

bm

it to

a h

igh

er

au

tho

rity

h

is o

r h

er

ow

n re

po

rt an

d th

e ad

vic

e o

r

reco

mm

en

dati

on

s o

f th

e p

hy

sicia

n o

r co

mp

ete

nt

pu

bli

c h

ealt

h b

od

y.

Rest

ric

tio

ns,

dis

cip

lin

e a

nd

sa

ncti

on

s

Ru

le 3

6

Dis

cip

lin

e a

nd

ord

er

shall

be m

ain

tain

ed

wit

h n

o m

ore

rest

ricti

on

th

an

is

necess

ary

to

en

sure

sa

fe

cu

sto

dy,

th

e

secu

re

op

era

tio

n

of

the

pri

son

an

d

a

well

-ord

ere

d

co

mm

un

ity

lif

e.

Ru

le 3

7

Th

e f

oll

ow

ing

sh

all

alw

ay

s b

e s

ub

ject

to a

uth

ori

zati

on

by

law

or

by

th

e r

eg

ula

tio

n o

f

the c

om

pete

nt

ad

min

istr

ati

ve a

uth

ori

ty:

(a

) C

on

du

ct

co

nst

itu

tin

g a

dis

cip

lin

ary

off

en

ce;

(b

) T

he t

yp

es

an

d d

ura

tio

n o

f sa

ncti

on

s th

at

may

be i

mp

ose

d;

(c

) T

he a

uth

ori

ty c

om

pete

nt

to i

mp

ose

su

ch

san

cti

on

s;

(d

) A

ny

fo

rm o

f in

vo

lun

tary

se

para

tio

n fr

om

th

e g

en

era

l p

riso

n p

op

ula

tio

n,

such

as

soli

tary

co

nfi

nem

en

t, i

sola

tio

n,

seg

reg

ati

on

, sp

ecia

l care

un

its

or

rest

ricte

d

ho

usi

ng

, w

heth

er

as

a

dis

cip

lin

ary

sa

ncti

on

o

r fo

r th

e

main

ten

an

ce

of

ord

er

an

d

secu

rity

, in

clu

din

g

pro

mu

lgati

ng

p

oli

cie

s an

d

pro

ced

ure

s g

ov

ern

ing

th

e

use

an

d

rev

iew

of,

ad

mis

sio

n t

o a

nd

rele

ase

fro

m a

ny

fo

rm o

f in

vo

lun

tary

sep

ara

tio

n.

Ru

le 3

8

1.

Pri

son

ad

min

istr

ati

on

s are

en

co

ura

ged

to

u

se,

to th

e ex

ten

t p

oss

ible

, co

nfl

ict

pre

ven

tio

n,

med

iati

on

o

r an

y

oth

er

alt

ern

ati

ve

dis

pu

te

reso

luti

on

m

ech

an

ism

to

pre

ven

t d

iscip

lin

ary

off

en

ces

or

to r

eso

lve c

on

flic

ts.

2.

Fo

r p

riso

ners

wh

o a

re,

or

hav

e b

een

, se

para

ted

, th

e p

riso

n a

dm

inis

trati

on

sh

all

tak

e

the

necess

ary

m

easu

res

to

all

ev

iate

th

e

po

ten

tial

detr

imen

tal

eff

ects

o

f th

eir

co

nfi

nem

en

t o

n t

hem

an

d o

n t

heir

co

mm

un

ity

fo

llo

win

g t

heir

rele

ase

fro

m p

riso

n.

Ru

le 3

9

1.

No

pri

son

er

shall

be s

an

cti

on

ed

ex

cep

t in

acco

rdan

ce w

ith

th

e t

erm

s o

f th

e l

aw

or

reg

ula

tio

n r

efe

rred

to

in

ru

le 3

7 a

nd

th

e p

rin

cip

les

of

fair

ness

an

d d

ue p

rocess

.

A p

riso

ner

shall

nev

er

be p

un

ish

ed

tw

ice f

or

the s

am

e o

ffen

ce.

2.

Pri

son

ad

min

istr

ati

on

s sh

all

en

sure

p

rop

ort

ion

ali

ty

betw

een

a

dis

cip

lin

ary

san

cti

on

an

d t

he o

ffen

ce f

or

wh

ich

it

is e

stab

lish

ed

, an

d s

hall

keep

a p

rop

er

reco

rd

of

all

dis

cip

lin

ary

san

cti

on

s im

po

sed

.

3.

Befo

re

imp

osi

ng

d

iscip

lin

ary

sa

ncti

on

s,

pri

son

ad

min

istr

ati

on

s sh

all

co

nsi

der

wh

eth

er

an

d h

ow

a p

riso

ner’

s m

en

tal

illn

ess

o

r d

ev

elo

pm

en

tal

dis

ab

ilit

y m

ay

h

av

e

co

ntr

ibu

ted

to

h

is

or

her

co

nd

uct

an

d

the

co

mm

itm

en

t o

f th

e

off

en

ce

or

act

un

derl

yin

g

the

dis

cip

lin

ary

ch

arg

e.

Pri

son

ad

min

istr

ati

on

s sh

all

n

ot

san

cti

on

an

y

co

nd

uct

of

a p

riso

ner

that

is c

on

sid

ere

d t

o b

e t

he d

irect

resu

lt o

f h

is o

r h

er

men

tal

illn

ess

or

inte

llectu

al

dis

ab

ilit

y.

Ru

le 4

0

1.

No

pri

son

er

shall

be e

mp

loy

ed

, in

th

e s

erv

ice o

f th

e p

riso

n,

in a

ny

dis

cip

lin

ary

cap

acit

y.

2.

Th

is r

ule

sh

all

no

t, h

ow

ev

er,

im

ped

e t

he p

rop

er

fun

cti

on

ing

of

syst

em

s b

ase

d

on

self

-go

vern

men

t, u

nd

er

wh

ich

sp

ecif

ied

so

cia

l, e

du

cati

on

al

or

spo

rts

acti

vit

ies

or

resp

on

sib

ilit

ies

are

en

tru

sted

, u

nd

er

sup

erv

isio

n,

to p

riso

ners

w

ho

are

fo

rmed

in

to

gro

up

s fo

r th

e p

urp

ose

s o

f tr

eatm

en

t.

Ru

le 4

1

1.

An

y

all

eg

ati

on

o

f a

dis

cip

lin

ary

o

ffen

ce

by

a

pri

son

er

shall

b

e

rep

ort

ed

pro

mp

tly

to

th

e c

om

pete

nt

au

tho

rity

, w

hic

h s

hall

in

vest

igate

it

wit

ho

ut

un

du

e d

ela

y.

2.

Pri

son

ers

sh

all

b

e

info

rmed

, w

ith

ou

t d

ela

y

an

d

in

a

lan

gu

ag

e

that

they

un

ders

tan

d,

of

the

natu

re

of

the

accu

sati

on

s ag

ain

st

them

an

d

shall

b

e

giv

en

ad

eq

uate

tim

e a

nd

facil

itie

s fo

r th

e p

rep

ara

tio

n o

f th

eir

defe

nce.

3.

Pri

son

ers

sh

all

b

e

all

ow

ed

to

d

efe

nd

th

em

selv

es

in

pers

on

, o

r th

rou

gh

le

gal

ass

ista

nce w

hen

th

e

inte

rest

s o

f ju

stic

e so

re

qu

ire,

part

icu

larl

y

in

case

s in

vo

lvin

g

seri

ou

s d

iscip

lin

ary

ch

arg

es.

If

th

e

pri

son

ers

d

o

no

t u

nd

ers

tan

d

or

speak

th

e

lan

gu

ag

e

use

d

at

a

dis

cip

lin

ary

h

eari

ng

, th

ey

sh

all

b

e

ass

iste

d

by

a

co

mp

ete

nt

inte

rpre

ter

free o

f ch

arg

e.

4.

Pri

son

ers

sh

all

h

av

e

an

o

pp

ort

un

ity

to

se

ek

ju

dic

ial

rev

iew

o

f d

iscip

lin

ary

san

cti

on

s im

po

sed

ag

ain

st t

hem

.

Page 34: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

6667

MANDELA RULES

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

5.

In t

he e

ven

t th

at

a b

reach

of

dis

cip

lin

e i

s p

rose

cu

ted

as

a c

rim

e,

pri

son

ers

sh

all

be

en

titl

ed

to

all

d

ue

pro

cess

g

uara

nte

es

ap

pli

cab

le

to

cri

min

al

pro

ceed

ing

s,

inclu

din

g u

nim

ped

ed

access

to

a l

eg

al

ad

vis

er.

Ru

le 4

2

Gen

era

l li

vin

g c

on

dit

ion

s ad

dre

ssed

in

th

ese

ru

les,

in

clu

din

g t

ho

se r

ela

ted

to

lig

ht,

ven

tila

tio

n,

tem

pera

ture

, sa

nit

ati

on

, n

utr

itio

n,

dri

nk

ing

wate

r, a

ccess

to

op

en

air

an

d

ph

ysi

cal

ex

erc

ise,

pers

on

al

hy

gie

ne,

healt

h c

are

an

d a

deq

uate

pers

on

al

space,

shall

ap

ply

to

all

pri

son

ers

wit

ho

ut

ex

cep

tio

n.

Ru

le 4

3

1.

In

no

cir

cu

mst

an

ces

may

re

stri

cti

on

s o

r d

iscip

lin

ary

sa

ncti

on

s am

ou

nt

to

tort

ure

or

oth

er

cru

el,

in

hu

man

or

deg

rad

ing

tre

atm

en

t o

r p

un

ish

men

t. T

he f

oll

ow

ing

pra

cti

ces,

in

part

icu

lar,

sh

all

be p

roh

ibit

ed

:

(a

) In

defi

nit

e s

oli

tary

co

nfi

nem

en

t;

(b

) P

rolo

ng

ed

so

lita

ry c

on

fin

em

en

t;

(c

) P

lacem

en

t o

f a p

riso

ner

in a

dark

or

co

nst

an

tly

lit

cell

;

(d

) C

orp

ora

l p

un

ish

men

t o

r th

e

red

ucti

on

o

f a

pri

son

er’

s d

iet

or

dri

nk

ing

wate

r;

(e

) C

oll

ecti

ve p

un

ish

men

t.

2.

Inst

rum

en

ts o

f re

stra

int

shall

n

ev

er

be ap

pli

ed

as

a sa

ncti

on

fo

r d

iscip

lin

ary

off

en

ces.

3.

Dis

cip

lin

ary

san

cti

on

s o

r re

stri

cti

ve m

easu

res

shall

no

t in

clu

de t

he p

roh

ibit

ion

of

fam

ily

co

nta

ct.

Th

e m

ean

s o

f fa

mil

y c

on

tact

may

on

ly b

e r

est

ricte

d f

or

a l

imit

ed

tim

e p

eri

od

an

d a

s st

rictl

y r

eq

uir

ed

fo

r th

e m

ain

ten

an

ce o

f se

cu

rity

an

d o

rder.

Ru

le 4

4

Fo

r th

e p

urp

ose

of

these

ru

les,

so

lita

ry c

on

fin

em

en

t sh

all

refe

r to

th

e c

on

fin

em

en

t o

f

pri

son

ers

fo

r 2

2 h

ou

rs o

r m

ore

a d

ay

wit

ho

ut

mean

ing

ful

hu

man

co

nta

ct.

Pro

lon

ged

soli

tary

co

nfi

nem

en

t sh

all

refe

r to

so

lita

ry c

on

fin

em

en

t fo

r a t

ime p

eri

od

in

ex

cess

of

15

co

nse

cu

tiv

e d

ay

s.

Ru

le 4

5

1.

So

lita

ry c

on

fin

em

en

t sh

all

b

e u

sed

o

nly

in

ex

cep

tio

nal

case

s as

a la

st re

sort

,

for

as

sho

rt a

tim

e a

s p

oss

ible

an

d s

ub

ject

to i

nd

ep

en

den

t re

vie

w,

an

d o

nly

pu

rsu

an

t

to t

he a

uth

ori

zati

on

by

a c

om

pete

nt

au

tho

rity

. It

sh

all

no

t b

e i

mp

ose

d b

y v

irtu

e o

f a

pri

son

er’

s se

nte

nce.

2.

Th

e

imp

osi

tio

n

of

soli

tary

co

nfi

nem

en

t sh

ou

ld

be

pro

hib

ited

in

th

e

case

o

f

pri

son

ers

w

ith

m

en

tal

or

ph

ysi

cal

dis

ab

ilit

ies

wh

en

th

eir

co

nd

itio

ns

wo

uld

b

e

ex

acerb

ate

d b

y su

ch

m

easu

res.

Th

e p

roh

ibit

ion

o

f th

e u

se o

f so

lita

ry co

nfi

nem

en

t

an

d s

imil

ar

measu

res

in c

ase

s in

vo

lvin

g w

om

en

an

d c

hil

dre

n,

as

refe

rred

to

in

oth

er

Un

ited

N

ati

on

s st

an

dard

s an

d

no

rms

in

cri

me

pre

ven

tio

n

an

d

cri

min

al

just

ice,2

8

co

nti

nu

es

to a

pp

ly.

Ru

le 4

6

1.

Healt

h-c

are

pers

on

nel

shall

no

t h

av

e a

ny

ro

le i

n t

he i

mp

osi

tio

n o

f d

iscip

lin

ary

san

cti

on

s o

r o

ther

rest

ricti

ve m

easu

res.

Th

ey

sh

all

, h

ow

ev

er,

pay

part

icu

lar

att

en

tio

n

to t

he h

ealt

h o

f p

riso

ners

held

un

der

an

y f

orm

of

inv

olu

nta

ry s

ep

ara

tio

n,

inclu

din

g

by

vis

itin

g s

uch

pri

son

ers

on

a d

ail

y b

asi

s an

d p

rov

idin

g p

rom

pt

med

ical

ass

ista

nce

an

d t

reatm

en

t at

the r

eq

uest

of

such

pri

son

ers

or

pri

son

sta

ff.

2.

Healt

h-c

are

p

ers

on

nel

shall

re

po

rt to

th

e d

irecto

r, w

ith

ou

t d

ela

y, an

y ad

vers

e

eff

ect

of

dis

cip

lin

ary

sa

ncti

on

s o

r o

ther

rest

ricti

ve

measu

res

on

th

e

ph

ysi

cal

or

men

tal

healt

h o

f a p

riso

ner

sub

jecte

d t

o s

uch

san

cti

on

s o

r m

easu

res

an

d s

hall

ad

vis

e

the d

irecto

r if

th

ey

co

nsi

der

it n

ecess

ary

to

term

inate

or

alt

er

them

fo

r p

hy

sical

or

men

tal

healt

h r

easo

ns.

3.

Healt

h-c

are

p

ers

on

nel

shall

h

av

e

the

au

tho

rity

to

re

vie

w

an

d

reco

mm

en

d

ch

an

ges

to

the

inv

olu

nta

ry

sep

ara

tio

n

of

a

pri

son

er

in

ord

er

to

en

sure

th

at

such

sep

ara

tio

n

do

es

no

t ex

acerb

ate

th

e

med

ical

co

nd

itio

n

or

men

tal

or

ph

ysi

cal

dis

ab

ilit

y o

f th

e p

riso

ner.

Inst

ru

men

ts o

f rest

ra

int

Ru

le 4

7

1.

Th

e u

se o

f ch

ain

s, i

ron

s o

r o

ther

inst

rum

en

ts o

f re

stra

int

wh

ich

are

in

here

ntl

y

deg

rad

ing

or

pain

ful

shall

be p

roh

ibit

ed

.

2.

Oth

er

inst

rum

en

ts o

f re

stra

int

shall

on

ly b

e u

sed

wh

en

au

tho

rized

by

law

an

d

in t

he f

oll

ow

ing

cir

cu

mst

an

ces:

(a

) A

s a p

recau

tio

n a

gain

st e

scap

e d

uri

ng

a t

ran

sfer,

pro

vid

ed

th

at

they

are

rem

ov

ed

wh

en

th

e p

riso

ner

ap

pears

befo

re a

ju

dic

ial

or

ad

min

istr

ati

ve a

uth

ori

ty;

(b

) B

y o

rder

of

the p

riso

n d

irecto

r, i

f o

ther

meth

od

s o

f co

ntr

ol

fail

, in

ord

er

to p

rev

en

t a p

riso

ner

fro

m in

juri

ng

h

imse

lf o

r h

ers

elf

o

r o

thers

o

r fr

om

d

am

ag

ing

pro

pert

y;

in

such

in

stan

ces,

th

e

dir

ecto

r sh

all

im

med

iate

ly

ale

rt

the

ph

ysi

cia

n

or

oth

er

qu

ali

fied

h

ealt

h-c

are

p

rofe

ssio

nals

an

d

rep

ort

to

th

e

hig

her

ad

min

istr

ati

ve

au

tho

rity

.

Ru

le 4

8

1.

Wh

en

th

e

imp

osi

tio

n

of

inst

rum

en

ts

of

rest

rain

t is

au

tho

rized

in

acco

rdan

ce

wit

h p

ara

gra

ph

2 o

f ru

le 4

7,

the f

oll

ow

ing

pri

ncip

les

shall

ap

ply

:

(a

) In

stru

men

ts o

f re

stra

int

are

to

b

e im

po

sed

on

ly w

hen

n

o l

ess

er

form

o

f

co

ntr

ol

wo

uld

be e

ffecti

ve t

o a

dd

ress

th

e r

isk

s p

ose

d b

y u

nre

stri

cte

d m

ov

em

en

t;

__

__

__

__

__

__

__

__

__

2

8 S

ee r

ule

67

of

the U

nit

ed

Nati

on

s R

ule

s fo

r th

e P

rote

cti

on

of

Juv

en

iles

Dep

riv

ed

of

their

Lib

ert

y

(reso

luti

on

45

/11

3,

an

nex

); a

nd

ru

le 2

2 o

f th

e U

nit

ed

Nati

on

s R

ule

s fo

r th

e T

reatm

en

t o

f W

om

en

Pri

son

ers

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d N

on

-cu

sto

dia

l M

easu

res

for

Wo

men

Off

en

ders

(th

e B

an

gk

ok

Ru

les)

(reso

luti

on

65

/22

9,

an

nex

).

Page 35: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

6869

MANDELA RULES

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

(b

) T

he

meth

od

o

f re

stra

int

shall

b

e

the

least

in

tru

siv

e

meth

od

th

at

is

necess

ary

an

d r

easo

nab

ly a

vail

ab

le t

o c

on

tro

l th

e p

riso

ner’

s m

ov

em

en

t, b

ase

d o

n t

he

lev

el

an

d n

atu

re o

f th

e r

isk

s p

ose

d;

(c

) In

stru

men

ts

of

rest

rain

t sh

all

b

e

imp

ose

d

on

ly

for

the

tim

e

peri

od

req

uir

ed

, an

d th

ey

are

to

be re

mo

ved

as

soo

n a

s p

oss

ible

aft

er

the r

isk

s p

ose

d b

y

un

rest

ricte

d m

ov

em

en

t are

no

lo

ng

er

pre

sen

t.

2.

Inst

rum

en

ts o

f re

stra

int

shall

n

ev

er

be u

sed

o

n w

om

en

d

uri

ng

la

bo

ur,

d

uri

ng

ch

ild

bir

th a

nd

im

med

iate

ly a

fter

ch

ild

bir

th.

Ru

le 4

9

Th

e p

riso

n a

dm

inis

trati

on

sh

ou

ld s

eek

access

to

, an

d p

rov

ide t

rain

ing

in

th

e u

se o

f,

co

ntr

ol

tech

niq

ues

that

wo

uld

ob

via

te t

he n

eed

fo

r th

e i

mp

osi

tio

n o

f in

stru

men

ts o

f

rest

rain

t o

r re

du

ce t

heir

in

tru

siv

en

ess

.

Sea

rch

es

of

pris

on

ers

an

d c

ell

s

Ru

le 5

0

Th

e

law

s an

d

reg

ula

tio

ns

go

vern

ing

se

arc

hes

of

pri

son

ers

an

d

cell

s sh

all

b

e

in

acco

rdan

ce

wit

h

ob

lig

ati

on

s u

nd

er

inte

rnati

on

al

law

an

d

shall

ta

ke

into

acco

un

t

inte

rnati

on

al

stan

dard

s an

d n

orm

s, k

eep

ing

in

m

ind

th

e n

eed

to

en

sure

se

cu

rity

in

the p

riso

n.

Searc

hes

shall

be c

on

du

cte

d i

n a

man

ner

that

is r

esp

ectf

ul

of

the i

nh

ere

nt

hu

man

d

ign

ity

an

d

pri

vacy

o

f th

e

ind

ivid

ual

bein

g

searc

hed

, as

well

as

the

pri

ncip

les

of

pro

po

rtio

nali

ty,

leg

ali

ty a

nd

necess

ity.

Ru

le 5

1

Searc

hes

shall

n

ot

be

use

d

to

hara

ss,

inti

mid

ate

o

r u

nn

ecess

ari

ly

intr

ud

e

up

on

a

pri

son

er’

s p

riv

acy.

Fo

r th

e p

urp

ose

of

acco

un

tab

ilit

y, t

he p

riso

n a

dm

inis

trati

on

sh

all

keep

ap

pro

pri

ate

re

co

rds

of

searc

hes,

in

p

art

icu

lar

stri

p an

d b

od

y cav

ity

se

arc

hes

an

d s

earc

hes

of

cell

s, a

s w

ell

as

the r

easo

ns

for

the s

earc

hes,

th

e i

den

titi

es

of

tho

se

wh

o c

on

du

cte

d t

hem

an

d a

ny

resu

lts

of

the s

earc

hes.

Ru

le 5

2

1.

Intr

usi

ve

searc

hes,

in

clu

din

g

stri

p

an

d

bo

dy

cav

ity

se

arc

hes,

sh

ou

ld

be

un

dert

ak

en

on

ly i

f ab

solu

tely

necess

ary

. P

riso

n a

dm

inis

trati

on

s sh

all

be e

nco

ura

ged

to d

ev

elo

p a

nd

use

ap

pro

pri

ate

alt

ern

ati

ves

to i

ntr

usi

ve s

earc

hes.

In

tru

siv

e s

earc

hes

shall

be c

on

du

cte

d i

n p

riv

ate

an

d b

y t

rain

ed

sta

ff o

f th

e s

am

e s

ex

as

the p

riso

ner.

2.

Bo

dy

cav

ity

se

arc

hes

shall

b

e

co

nd

ucte

d

on

ly

by

q

uali

fied

h

ealt

h-c

are

pro

fess

ion

als

oth

er

than

th

ose

pri

mari

ly r

esp

on

sib

le f

or

the c

are

of

the p

riso

ner

or,

at

a m

inim

um

, b

y s

taff

ap

pro

pri

ate

ly t

rain

ed

by

a m

ed

ical

pro

fess

ion

al

in s

tan

dard

s

of

hy

gie

ne,

healt

h a

nd

safe

ty.

Ru

le 5

3

Pri

son

ers

sh

all

h

av

e access

to

, o

r b

e all

ow

ed

to

k

eep

in

th

eir

p

oss

ess

ion

w

ith

ou

t

access

by

th

e p

riso

n a

dm

inis

trati

on

, d

ocu

men

ts r

ela

tin

g t

o t

heir

leg

al

pro

ceed

ing

s.

Info

rm

ati

on

to

an

d c

om

pla

ints

by

pris

on

ers

Ru

le 5

4

Up

on

ad

mis

sio

n,

ev

ery

p

riso

ner

shall

b

e

pro

mp

tly

p

rov

ided

w

ith

w

ritt

en

info

rmati

on

ab

ou

t:

(a

) T

he p

riso

n l

aw

an

d a

pp

licab

le p

riso

n r

eg

ula

tio

ns;

(b

) H

is o

r h

er

rig

hts

, in

clu

din

g au

tho

rized

m

eth

od

s o

f se

ek

ing

in

form

ati

on

,

access

to

le

gal

ad

vic

e,

inclu

din

g

thro

ug

h

leg

al

aid

sc

hem

es,

an

d

pro

ced

ure

s fo

r

mak

ing

req

uest

s o

r co

mp

lain

ts;

(c

) H

is o

r h

er

ob

lig

ati

on

s, i

nclu

din

g a

pp

licab

le d

iscip

lin

ary

san

cti

on

s; a

nd

(d

) A

ll

oth

er

matt

ers

n

ecess

ary

to

en

ab

le

the

pri

son

er

to

ad

ap

t h

imse

lf

or

hers

elf

to

th

e l

ife o

f th

e p

riso

n.

Ru

le 5

5

1.

Th

e i

nfo

rmati

on

refe

rred

to

in

ru

le 5

4 s

hall

be a

vail

ab

le i

n t

he m

ost

co

mm

on

ly

use

d l

an

gu

ag

es

in a

cco

rdan

ce w

ith

th

e n

eed

s o

f th

e p

riso

n p

op

ula

tio

n.

If a

pri

son

er

do

es

no

t u

nd

ers

tan

d

an

y

of

tho

se

lan

gu

ag

es,

in

terp

reta

tio

n

ass

ista

nce

sho

uld

b

e

pro

vid

ed

.

2.

If

a

pri

son

er

is

illi

tera

te,

the

info

rmati

on

sh

all

b

e

co

nv

ey

ed

to

h

im

or

her

ora

lly.

Pri

son

ers

wit

h s

en

sory

dis

ab

ilit

ies

sho

uld

be p

rov

ided

wit

h i

nfo

rmati

on

in

a

man

ner

ap

pro

pri

ate

to

th

eir

need

s.

3.

Th

e

pri

son

ad

min

istr

ati

on

sh

all

p

rom

inen

tly

d

isp

lay

su

mm

ari

es

of

the

info

rmati

on

in

co

mm

on

are

as

of

the p

riso

n.

Ru

le 5

6

1.

Ev

ery

p

riso

ner

shall

h

av

e

the

op

po

rtu

nit

y

each

d

ay

to

m

ak

e

req

uest

s o

r

co

mp

lain

ts t

o t

he p

riso

n d

irecto

r o

r th

e p

riso

n s

taff

mem

ber

au

tho

rized

to

rep

rese

nt

him

or

her.

2.

It s

hall

be p

oss

ible

to

mak

e r

eq

uest

s o

r co

mp

lain

ts t

o t

he i

nsp

ecto

r o

f p

riso

ns

du

rin

g h

is o

r h

er

insp

ecti

on

s. T

he p

riso

ner

shall

hav

e t

he o

pp

ort

un

ity

to

talk

to

th

e

insp

ecto

r o

r an

y o

ther

insp

ecti

ng

o

ffic

er

freely

an

d in

fu

ll co

nfi

den

tiali

ty,

wit

ho

ut

the d

irecto

r o

r o

ther

mem

bers

of

the s

taff

bein

g p

rese

nt.

3.

Ev

ery

pri

son

er

shall

be a

llo

wed

to

mak

e a

req

uest

or

co

mp

lain

t re

gard

ing

his

or

her

treatm

en

t,

wit

ho

ut

cen

sors

hip

as

to

sub

stan

ce,

to

the

cen

tral

pri

son

ad

min

istr

ati

on

an

d

to

the

jud

icia

l o

r o

ther

co

mp

ete

nt

au

tho

riti

es,

in

clu

din

g

tho

se

vest

ed

wit

h r

ev

iew

ing

or

rem

ed

ial

po

wer.

4.

Th

e r

igh

ts u

nd

er

para

gra

ph

s 1

to

3 o

f th

is r

ule

sh

all

ex

ten

d t

o t

he l

eg

al

ad

vis

er

of

the p

riso

ner.

In

th

ose

case

s w

here

neit

her

the p

riso

ner

no

r h

is o

r h

er

leg

al

ad

vis

er

has

the p

oss

ibil

ity

to

ex

erc

ise s

uch

rig

hts

, a m

em

ber

of

the p

riso

ner’

s fa

mil

y o

r an

y

oth

er

pers

on

wh

o h

as

kn

ow

led

ge o

f th

e c

ase

may

do

so

.

Page 36: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

7071

MANDELA RULES

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

Ru

le 5

7

1.

Ev

ery

req

uest

or

co

mp

lain

t sh

all

be p

rom

ptl

y d

ealt

wit

h a

nd

rep

lied

to

wit

ho

ut

dela

y. If

th

e re

qu

est

o

r co

mp

lain

t is

re

jecte

d,

or

in th

e ev

en

t o

f u

nd

ue d

ela

y, th

e

co

mp

lain

an

t sh

all

be e

nti

tled

to

bri

ng

it

befo

re a

ju

dic

ial

or

oth

er

au

tho

rity

.

2.

Safe

gu

ard

s sh

all

b

e

in

pla

ce

to

en

sure

th

at

pri

son

ers

can

m

ak

e

req

uest

s o

r

co

mp

lain

ts s

afe

ly a

nd

, if

so

req

uest

ed

by

th

e c

om

pla

inan

t, i

n a

co

nfi

den

tial

man

ner.

A p

riso

ner

or

oth

er

pers

on

men

tio

ned

in

para

gra

ph

4 o

f ru

le 5

6 m

ust

no

t b

e e

xp

ose

d

to a

ny

ris

k o

f re

tali

ati

on

, in

tim

idati

on

or

oth

er

neg

ati

ve c

on

seq

uen

ces

as

a r

esu

lt o

f

hav

ing

su

bm

itte

d a

req

uest

or

co

mp

lain

t.

3.

All

eg

ati

on

s o

f to

rtu

re

or

oth

er

cru

el,

in

hu

man

o

r d

eg

rad

ing

tr

eatm

en

t o

r

pu

nis

hm

en

t o

f p

riso

ners

sh

all

be d

ealt

wit

h i

mm

ed

iate

ly a

nd

sh

all

resu

lt i

n a

pro

mp

t

an

d

imp

art

ial

inv

est

igati

on

co

nd

ucte

d

by

an

in

dep

en

den

t n

ati

on

al

au

tho

rity

in

acco

rdan

ce w

ith

para

gra

ph

s 1

an

d 2

of

rule

71

.

Co

nta

ct

wit

h t

he o

uts

ide w

orld

Ru

le 5

8

1.

Pri

son

ers

sh

all

be a

llo

wed

, u

nd

er

necess

ary

su

perv

isio

n,

to c

om

mu

nic

ate

wit

h

their

fam

ily

an

d f

rien

ds

at

reg

ula

r in

terv

als

:

(a

) B

y

co

rresp

on

din

g

in

wri

tin

g

an

d

usi

ng

, w

here

av

ail

ab

le,

tele

co

mm

un

icati

on

, ele

ctr

on

ic,

dig

ital

an

d o

ther

mean

s; a

nd

(b

) B

y r

eceiv

ing

vis

its.

2.

Wh

ere

co

nju

gal

vis

its

are

all

ow

ed

, th

is

rig

ht

shall

b

e

ap

pli

ed

w

ith

ou

t

dis

cri

min

ati

on

, an

d w

om

en

pri

son

ers

sh

all

be a

ble

to

ex

erc

ise t

his

rig

ht

on

an

eq

ual

basi

s w

ith

men

. P

roced

ure

s sh

all

be i

n p

lace a

nd

pre

mis

es

shall

be m

ad

e a

vail

ab

le t

o

en

sure

fair

an

d e

qu

al

access

wit

h d

ue r

eg

ard

to

safe

ty a

nd

dig

nit

y.

Ru

le 5

9

Pri

son

ers

sh

all

be a

llo

cate

d,

to t

he e

xte

nt

po

ssib

le,

to p

riso

ns

clo

se t

o t

heir

ho

mes

or

their

pla

ces

of

socia

l re

hab

ilit

ati

on

.

Ru

le 6

0

1.

Ad

mis

sio

n

of

vis

ito

rs

to

the

pri

son

fa

cil

ity

is

co

nti

ng

en

t u

po

n

the

vis

ito

r’s

co

nse

nt

to b

ein

g s

earc

hed

. T

he v

isit

or

may

wit

hd

raw

his

or

her

co

nse

nt

at

an

y t

ime

in w

hic

h c

ase

th

e p

riso

n a

dm

inis

trati

on

may

refu

se a

ccess

.

2.

Searc

h an

d en

try

p

roced

ure

s fo

r v

isit

ors

sh

all

n

ot

be d

eg

rad

ing

an

d sh

all

b

e

go

vern

ed

b

y

pri

ncip

les

at

least

as

pro

tecti

ve as

tho

se o

utl

ined

in

ru

les

50

to

5

2.

Bo

dy

cav

ity

searc

hes

sho

uld

be a

vo

ided

an

d s

ho

uld

no

t b

e a

pp

lied

to

ch

ild

ren

.

Ru

le 6

1

1.

Pri

son

ers

sh

all

be p

rov

ided

wit

h a

deq

uate

op

po

rtu

nit

y, t

ime a

nd

facil

itie

s to

be

vis

ited

by

an

d t

o c

om

mu

nic

ate

an

d c

on

sult

wit

h a

leg

al

ad

vis

er

of

their

ow

n c

ho

ice

or

a

leg

al

aid

p

rov

ider,

w

ith

ou

t d

ela

y,

inte

rcep

tio

n

or

cen

sors

hip

an

d

in

full

co

nfi

den

tiali

ty,

on

an

y

leg

al

matt

er,

in

co

nfo

rmit

y

wit

h

ap

pli

cab

le

do

mest

ic

law

.

Co

nsu

ltati

on

s m

ay

be w

ith

in s

igh

t, b

ut

no

t w

ith

in h

eari

ng

, o

f p

riso

n s

taff

.

2.

In

case

s in

w

hic

h

pri

son

ers

d

o

no

t sp

eak

th

e

local

lan

gu

ag

e,

the

pri

son

ad

min

istr

ati

on

sh

all

fa

cil

itate

access

to

th

e

serv

ices

of

an

in

dep

en

den

t co

mp

ete

nt

inte

rpre

ter.

3.

Pri

son

ers

sh

ou

ld h

av

e a

ccess

to

eff

ecti

ve l

eg

al

aid

.

Ru

le 6

2

1.

Pri

son

ers

w

ho

are

fo

reig

n

nati

on

als

sh

all

b

e

all

ow

ed

re

aso

nab

le

facil

itie

s to

co

mm

un

icate

wit

h t

he d

iplo

mati

c a

nd

co

nsu

lar

rep

rese

nta

tiv

es

of

the S

tate

to

wh

ich

they

belo

ng

.

2.

Pri

son

ers

w

ho

are

n

ati

on

als

o

f S

tate

s w

ith

ou

t d

iplo

mati

c

or

co

nsu

lar

rep

rese

nta

tio

n

in

the

co

un

try

an

d

refu

gees

or

state

less

p

ers

on

s sh

all

b

e

all

ow

ed

sim

ilar

facil

itie

s to

co

mm

un

icate

w

ith

th

e

dip

lom

ati

c

rep

rese

nta

tiv

e

of

the

Sta

te

wh

ich

tak

es

ch

arg

e o

f th

eir

in

tere

sts

or

an

y n

ati

on

al

or

inte

rnati

on

al

au

tho

rity

wh

ose

task

it

is t

o p

rote

ct

such

pers

on

s.

Ru

le 6

3

Pri

son

ers

sh

all

be k

ep

t in

form

ed

reg

ula

rly

of

the m

ore

im

po

rtan

t it

em

s o

f n

ew

s b

y

the

read

ing

o

f n

ew

spap

ers

, p

eri

od

icals

o

r sp

ecia

l in

stit

uti

on

al

pu

bli

cati

on

s,

by

heari

ng

wir

ele

ss t

ran

smis

sio

ns,

by

lectu

res

or

by

an

y s

imil

ar

mean

s as

au

tho

rized

or

co

ntr

oll

ed

by

th

e p

riso

n a

dm

inis

trati

on

.

Bo

ok

s

Ru

le 6

4

Ev

ery

p

riso

n

shall

h

av

e

a

lib

rary

fo

r th

e

use

o

f all

cate

go

ries

of

pri

son

ers

,

ad

eq

uate

ly

sto

ck

ed

w

ith

b

oth

re

cre

ati

on

al

an

d

inst

ructi

on

al

bo

ok

s,

an

d

pri

son

ers

shall

be e

nco

ura

ged

to

mak

e f

ull

use

of

it.

Reli

gio

n

Ru

le 6

5

1.

If t

he p

riso

n c

on

tain

s a s

uff

icie

nt

nu

mb

er

of

pri

son

ers

of

the s

am

e r

eli

gio

n,

a

qu

ali

fied

re

pre

sen

tati

ve

of

that

reli

gio

n

shall

b

e

ap

po

inte

d

or

ap

pro

ved

. If

th

e

nu

mb

er

of

pri

son

ers

ju

stif

ies

it a

nd

co

nd

itio

ns

perm

it,

the a

rran

gem

en

t sh

ou

ld b

e o

n

a f

ull

-tim

e b

asi

s.

2.

A

qu

ali

fied

re

pre

sen

tati

ve

ap

po

inte

d

or

ap

pro

ved

u

nd

er

para

gra

ph

1

o

f th

is

rule

sh

all

be a

llo

wed

to

ho

ld r

eg

ula

r se

rvic

es

an

d t

o p

ay

past

ora

l v

isit

s in

pri

vate

to

pri

son

ers

of

his

or

her

reli

gio

n a

t p

rop

er

tim

es.

3.

Access

to

a q

uali

fied

rep

rese

nta

tiv

e o

f an

y r

eli

gio

n s

hall

no

t b

e r

efu

sed

to

an

y

pri

son

er.

On

th

e o

ther

han

d,

if a

ny

pri

son

er

sho

uld

ob

ject

to a

vis

it o

f an

y r

eli

gio

us

rep

rese

nta

tiv

e,

his

or

her

att

itu

de s

hall

be f

ull

y r

esp

ecte

d.

Ru

le 6

6

So

far

as

pra

cti

cab

le,

ev

ery

pri

son

er

shall

be a

llo

wed

to

sati

sfy

th

e n

eed

s o

f h

is o

r

her

reli

gio

us

life

by

att

en

din

g t

he s

erv

ices

pro

vid

ed

in

th

e p

riso

n a

nd

hav

ing

in

his

Page 37: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

7273

MANDELA RULES

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

or

her

po

ssess

ion

th

e b

oo

ks

of

reli

gio

us

ob

serv

an

ce an

d in

stru

cti

on

o

f h

is o

r h

er

den

om

inati

on

.

Rete

nti

on

of

pris

on

ers’

pro

perty

Ru

le 6

7

1.

All

mo

ney,

valu

ab

les,

clo

thin

g a

nd

oth

er

eff

ects

belo

ng

ing

to

a p

riso

ner

wh

ich

un

der

the p

riso

n re

gu

lati

on

s h

e o

r sh

e is

no

t all

ow

ed

to

reta

in sh

all

on

h

is o

r h

er

ad

mis

sio

n

to

the

pri

son

b

e

pla

ced

in

sa

fe

cu

sto

dy.

An

in

ven

tory

th

ere

of

shall

b

e

sig

ned

by

th

e p

riso

ner.

Ste

ps

shall

be t

ak

en

to

keep

th

em

in

go

od

co

nd

itio

n.

2.

On

th

e r

ele

ase

of

the p

riso

ner,

all

su

ch

art

icle

s an

d m

on

ey

sh

all

be r

etu

rned

to

him

or

her

ex

cep

t in

so

far

as

he o

r sh

e h

as

been

au

tho

rized

to

sp

en

d m

on

ey

or

sen

d

an

y

such

p

rop

ert

y

ou

t o

f th

e

pri

son

, o

r it

h

as

been

fo

un

d

necess

ary

o

n

hy

gie

nic

gro

un

ds

to d

est

roy

an

y a

rtic

le o

f clo

thin

g.

Th

e p

riso

ner

shall

sig

n a

receip

t fo

r th

e

art

icle

s an

d m

on

ey

retu

rned

to

him

or

her.

3.

An

y m

on

ey

or

eff

ects

receiv

ed

fo

r a p

riso

ner

fro

m o

uts

ide s

hall

be t

reate

d i

n

the s

am

e w

ay.

4.

If a

pri

son

er

bri

ng

s in

an

y d

rug

s o

r m

ed

icin

e,

the p

hy

sicia

n o

r o

ther

qu

ali

fied

healt

h-c

are

pro

fess

ion

als

sh

all

decid

e w

hat

use

sh

all

be m

ad

e o

f th

em

.

No

tifi

ca

tio

ns

Ru

le 6

8

Ev

ery

p

riso

ner

shall

h

av

e

the ri

gh

t,

an

d sh

all

b

e

giv

en

th

e

ab

ilit

y

an

d

mean

s,

to

info

rm i

mm

ed

iate

ly h

is o

r h

er

fam

ily,

o

r an

y o

ther

pers

on

d

esi

gn

ate

d as

a co

nta

ct

pers

on

, ab

ou

t h

is

or

her

imp

riso

nm

en

t,

ab

ou

t h

is

or

her

tran

sfer

to

an

oth

er

inst

itu

tio

n a

nd

ab

ou

t an

y s

eri

ou

s il

lness

or

inju

ry.

Th

e s

hari

ng

of

pri

son

ers

’ p

ers

on

al

info

rmati

on

sh

all

be s

ub

ject

to d

om

est

ic l

eg

isla

tio

n.

Ru

le 6

9

In

the

ev

en

t o

f a

pri

son

er’

s d

eath

, th

e

pri

son

d

irecto

r sh

all

at

on

ce

info

rm

the

pri

son

er’

s n

ex

t o

f k

in o

r em

erg

en

cy

co

nta

ct.

In

div

idu

als

desi

gn

ate

d b

y a

pri

son

er

to

receiv

e

his

o

r h

er

healt

h

info

rmati

on

sh

all

b

e

no

tifi

ed

b

y

the

dir

ecto

r o

f th

e

pri

son

er’

s se

rio

us

illn

ess

, in

jury

o

r tr

an

sfer

to

a

healt

h

inst

itu

tio

n.

Th

e

ex

pli

cit

req

uest

of

a p

riso

ner

no

t to

hav

e h

is o

r h

er

spo

use

or

neare

st r

ela

tiv

e n

oti

fied

in

th

e

ev

en

t o

f il

lness

or

inju

ry s

hall

be r

esp

ecte

d.

Ru

le 7

0

Th

e p

riso

n ad

min

istr

ati

on

sh

all

in

form

a p

riso

ner

at

on

ce o

f th

e se

rio

us

illn

ess

o

r

death

of

a n

ear

rela

tiv

e o

r an

y s

ign

ific

an

t o

ther.

Wh

en

ev

er

cir

cu

mst

an

ces

all

ow

, th

e

pri

son

er

sho

uld

be a

uth

ori

zed

to

go

, eit

her

un

der

esc

ort

or

alo

ne,

to t

he b

ed

sid

e o

f a

near

rela

tiv

e o

r si

gn

ific

an

t o

ther

wh

o i

s cri

ticall

y il

l, o

r to

att

en

d t

he fu

nera

l o

f a

near

rela

tiv

e o

r si

gn

ific

an

t o

ther.

Inv

est

iga

tio

ns

Ru

le 7

1

1.

No

twit

hst

an

din

g t

he in

itia

tio

n o

f an

in

tern

al

inv

est

igati

on

, th

e p

riso

n d

irecto

r

shall

rep

ort

, w

ith

ou

t d

ela

y, a

ny

cu

sto

dia

l d

eath

, d

isap

peara

nce o

r se

rio

us

inju

ry t

o a

jud

icia

l o

r o

ther

co

mp

ete

nt

au

tho

rity

th

at

is i

nd

ep

en

den

t o

f th

e p

riso

n a

dm

inis

trati

on

an

d

man

date

d

to

co

nd

uct

pro

mp

t,

imp

art

ial

an

d

eff

ecti

ve

inv

est

igati

on

s in

to

the

cir

cu

mst

an

ces

an

d

cau

ses

of

such

case

s.

Th

e

pri

son

ad

min

istr

ati

on

sh

all

fu

lly

co

op

era

te w

ith

th

at

au

tho

rity

an

d e

nsu

re t

hat

all

ev

iden

ce i

s p

rese

rved

.

2.

Th

e o

bli

gati

on

in

para

gra

ph

1 o

f th

is r

ule

sh

all

eq

uall

y a

pp

ly w

hen

ev

er

there

are

reaso

nab

le g

rou

nd

s to

beli

ev

e t

hat

an

act

of

tort

ure

or

oth

er

cru

el,

in

hu

man

or

deg

rad

ing

tr

eatm

en

t o

r p

un

ish

men

t h

as

been

co

mm

itte

d

in

pri

son

, ir

resp

ecti

ve

of

wh

eth

er

a f

orm

al

co

mp

lain

t h

as

been

receiv

ed

.

3.

Wh

en

ev

er

there

are

re

aso

nab

le g

rou

nd

s to

b

eli

ev

e th

at

an

act

refe

rred

to

in

para

gra

ph

2

o

f th

is ru

le h

as

been

co

mm

itte

d,

step

s sh

all

b

e ta

ken

im

med

iate

ly to

en

sure

th

at

all

p

ote

nti

all

y

imp

licate

d

pers

on

s h

av

e

no

in

vo

lvem

en

t in

th

e

inv

est

igati

on

an

d n

o c

on

tact

wit

h t

he w

itn

ess

es,

th

e v

icti

m o

r th

e v

icti

m’s

fam

ily.

Ru

le 7

2

Th

e p

riso

n ad

min

istr

ati

on

sh

all

tr

eat

the b

od

y o

f a d

ecease

d p

riso

ner

wit

h re

spect

an

d d

ign

ity.

Th

e b

od

y o

f a d

ecease

d p

riso

ner

sho

uld

be r

etu

rned

to

his

or

her

nex

t o

f

kin

as

soo

n

as

reaso

nab

ly

po

ssib

le,

at

the

late

st

up

on

co

mp

leti

on

o

f th

e

inv

est

igati

on

. T

he

pri

son

ad

min

istr

ati

on

sh

all

fa

cil

itate

a

cu

ltu

rall

y

ap

pro

pri

ate

fun

era

l if

th

ere

is

no

oth

er

resp

on

sib

le p

art

y w

illi

ng

or

ab

le t

o d

o s

o a

nd

sh

all

keep

a

full

reco

rd o

f th

e m

att

er.

Rem

ov

al

of

pris

on

ers

Ru

le 7

3

1.

Wh

en

th

e p

riso

ners

are

bein

g r

em

ov

ed

to

or

fro

m a

n i

nst

itu

tio

n,

they

sh

all

be

ex

po

sed

to

pu

bli

c v

iew

as

litt

le a

s p

oss

ible

, an

d p

rop

er

safe

gu

ard

s sh

all

be a

do

pte

d

to p

rote

ct

them

fro

m i

nsu

lt,

cu

rio

sity

an

d p

ub

licit

y i

n a

ny

fo

rm.

2.

Th

e t

ran

spo

rt o

f p

riso

ners

in

co

nv

ey

an

ces

wit

h i

nad

eq

uate

ven

tila

tio

n o

r li

gh

t,

or

in a

ny

way

wh

ich

wo

uld

su

bje

ct

them

to

un

necess

ary

ph

ysi

cal

hard

ship

, sh

all

be

pro

hib

ited

.

3.

Th

e tr

an

spo

rt

of

pri

son

ers

sh

all

b

e

carr

ied

o

ut

at

the

ex

pen

se

of

the

pri

son

ad

min

istr

ati

on

an

d e

qu

al

co

nd

itio

ns

shall

ap

ply

to

all

of

them

.

Inst

itu

tio

na

l p

erso

nn

el

Ru

le 7

4

1.

Th

e p

riso

n a

dm

inis

trati

on

sh

all

pro

vid

e f

or

the c

are

ful

sele

cti

on

of

ev

ery

gra

de

of

the p

ers

on

nel,

si

nce it

is

o

n th

eir

in

teg

rity

, h

um

an

ity,

p

rofe

ssio

nal

cap

acit

y an

d

pers

on

al

suit

ab

ilit

y f

or

the w

ork

th

at

the p

rop

er

ad

min

istr

ati

on

of

pri

son

s d

ep

en

ds.

2.

Th

e p

riso

n a

dm

inis

trati

on

sh

all

co

nst

an

tly

seek

to

aw

ak

en

an

d m

ain

tain

in

th

e

min

ds

bo

th o

f th

e p

ers

on

nel

an

d

of

the p

ub

lic

the co

nv

icti

on

th

at

this

w

ork

is

a

Page 38: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

7475

MANDELA RULES

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

socia

l se

rvic

e

of

gre

at

imp

ort

an

ce,

an

d

to

this

en

d

all

ap

pro

pri

ate

m

ean

s o

f

info

rmin

g t

he p

ub

lic s

ho

uld

be u

sed

.

3.

To

secu

re t

he f

ore

go

ing

en

ds,

pers

on

nel

shall

be a

pp

oin

ted

on

a f

ull

-tim

e b

asi

s

as

pro

fess

ion

al

pri

son

st

aff

an

d

hav

e

civ

il

serv

ice

statu

s w

ith

se

cu

rity

o

f te

nu

re

sub

ject

on

ly

to

go

od

co

nd

uct,

eff

icie

ncy

an

d

ph

ysi

cal

fitn

ess

. S

ala

ries

shall

b

e

ad

eq

uate

to

att

ract

an

d

reta

in su

itab

le

men

an

d

wo

men

; em

plo

ym

en

t b

en

efi

ts

an

d

co

nd

itio

ns

of

serv

ice s

hall

be f

av

ou

rab

le i

n v

iew

of

the e

xacti

ng

natu

re o

f th

e w

ork

.

Ru

le 7

5

1.

All

pri

son

st

aff

sh

all

p

oss

ess

an

ad

eq

uate

st

an

dard

o

f ed

ucati

on

an

d sh

all

b

e

giv

en

th

e a

bil

ity

an

d m

ean

s to

carr

y o

ut

their

du

ties

in a

pro

fess

ion

al

man

ner.

2.

Befo

re e

nte

rin

g o

n d

uty

, all

pri

son

sta

ff s

hall

be p

rov

ided

wit

h t

rain

ing

tail

ore

d

to

their

g

en

era

l an

d

specif

ic

du

ties,

w

hic

h

shall

b

e

refl

ecti

ve

of

co

nte

mp

ora

ry

ev

iden

ce-b

ase

d

best

p

racti

ce

in

pen

al

scie

nces.

O

nly

th

ose

can

did

ate

s w

ho

success

full

y p

ass

th

e t

heo

reti

cal

an

d p

racti

cal

test

s at

the e

nd

of

such

tra

inin

g s

hall

be a

llo

wed

to

en

ter

the p

riso

n s

erv

ice.

3.

Th

e p

riso

n ad

min

istr

ati

on

sh

all

en

sure

th

e co

nti

nu

ou

s p

rov

isio

n o

f in

-serv

ice

train

ing

co

urs

es

wit

h

a

vie

w

to

main

tain

ing

an

d

imp

rov

ing

th

e

kn

ow

led

ge

an

d

pro

fess

ion

al

cap

acit

y o

f it

s p

ers

on

nel,

aft

er

en

teri

ng

on

du

ty a

nd

du

rin

g t

heir

care

er.

Ru

le 7

6

1.

Tra

inin

g re

ferr

ed

to

in

p

ara

gra

ph

2

o

f ru

le 7

5 sh

all

in

clu

de,

at

a

min

imu

m,

train

ing

on

:

(a

) R

ele

van

t n

ati

on

al

leg

isla

tio

n,

reg

ula

tio

ns

an

d

po

licie

s,

as

well

as

ap

pli

cab

le

inte

rnati

on

al

an

d

reg

ion

al

inst

rum

en

ts,

the

pro

vis

ion

s o

f w

hic

h

mu

st

gu

ide t

he w

ork

an

d i

nte

racti

on

s o

f p

riso

n s

taff

wit

h i

nm

ate

s;

(b

) R

igh

ts

an

d

du

ties

of

pri

son

st

aff

in

th

e

ex

erc

ise

of

their

fu

ncti

on

s,

inclu

din

g

resp

ecti

ng

th

e

hu

man

d

ign

ity

o

f all

p

riso

ners

an

d

the

pro

hib

itio

n

of

cert

ain

co

nd

uct,

in

p

art

icu

lar

tort

ure

an

d

oth

er

cru

el,

in

hu

man

o

r d

eg

rad

ing

treatm

en

t o

r p

un

ish

men

t;

(c

) S

ecu

rity

an

d s

afe

ty,

inclu

din

g t

he c

on

cep

t o

f d

yn

am

ic s

ecu

rity

, th

e u

se o

f

forc

e an

d in

stru

men

ts o

f re

stra

int,

an

d th

e m

an

ag

em

en

t o

f v

iole

nt

off

en

ders

, w

ith

du

e

co

nsi

dera

tio

n

of

pre

ven

tiv

e

an

d

defu

sin

g

tech

niq

ues,

su

ch

as

neg

oti

ati

on

an

d

med

iati

on

;

(d

) F

irst

aid

, th

e

psy

ch

oso

cia

l n

eed

s o

f p

riso

ners

an

d

the

co

rresp

on

din

g

dy

nam

ics

in p

riso

n se

ttin

gs,

as

well

as

socia

l care

an

d ass

ista

nce,

inclu

din

g earl

y

dete

cti

on

of

men

tal

healt

h i

ssu

es.

2.

Pri

son

sta

ff w

ho

are

in

ch

arg

e o

f w

ork

ing

wit

h c

ert

ain

cate

go

ries

of

pri

son

ers

,

or

wh

o

are

ass

ign

ed

o

ther

specia

lized

fu

ncti

on

s,

shall

re

ceiv

e

train

ing

th

at

has

a

co

rresp

on

din

g f

ocu

s.

Ru

le 7

7

All

pri

son

sta

ff s

hall

at

all

tim

es

so c

on

du

ct

them

selv

es

an

d p

erf

orm

th

eir

du

ties

as

to i

nfl

uen

ce t

he p

riso

ners

fo

r g

oo

d b

y t

heir

ex

am

ple

an

d t

o c

om

man

d t

heir

resp

ect.

Ru

le 7

8

1.

So

far

as

po

ssib

le,

pri

son

sta

ff s

hall

in

clu

de a

su

ffic

ien

t n

um

ber

of

specia

list

s

such

as

psy

ch

iatr

ists

, p

sych

olo

gis

ts,

socia

l w

ork

ers

, te

ach

ers

an

d t

rad

e i

nst

ructo

rs.

2.

Th

e s

erv

ices

of

socia

l w

ork

ers

, te

ach

ers

an

d t

rad

e i

nst

ructo

rs s

hall

be s

ecu

red

on

a p

erm

an

en

t b

asi

s, w

ith

ou

t th

ere

by

ex

clu

din

g p

art

-tim

e o

r v

olu

nta

ry w

ork

ers

.

Ru

le 7

9

1.

Th

e

pri

son

d

irecto

r sh

ou

ld

be

ad

eq

uate

ly

qu

ali

fied

fo

r h

is

or

her

task

b

y

ch

ara

cte

r, a

dm

inis

trati

ve a

bil

ity,

su

itab

le t

rain

ing

an

d e

xp

eri

en

ce.

2.

Th

e

pri

son

d

irecto

r sh

all

d

ev

ote

h

is

or

her

en

tire

w

ork

ing

ti

me

to

off

icia

l

du

ties

an

d s

hall

no

t b

e a

pp

oin

ted

on

a p

art

-tim

e b

asi

s. H

e o

r sh

e s

hall

resi

de o

n t

he

pre

mis

es

of

the p

riso

n o

r in

its

im

med

iate

vic

init

y.

3.

Wh

en

tw

o o

r m

ore

pri

son

s are

un

der

the a

uth

ori

ty o

f o

ne d

irecto

r, h

e o

r sh

e

shall

vis

it e

ach

of

them

at

freq

uen

t in

terv

als

. A

resp

on

sib

le r

esi

den

t o

ffic

ial

shall

be

in c

harg

e o

f each

of

these

pri

son

s.

Ru

le 8

0

1.

Th

e p

riso

n d

irecto

r, h

is o

r h

er

dep

uty

, an

d th

e m

ajo

rity

o

f o

ther

pri

son

st

aff

shall

b

e

ab

le

to

speak

th

e

lan

gu

ag

e

of

the

gre

ate

st

nu

mb

er

of

pri

son

ers

, o

r a

lan

gu

ag

e u

nd

ers

too

d b

y t

he g

reate

st n

um

ber

of

them

.

2.

Wh

en

ev

er

necess

ary

, th

e s

erv

ices

of

a c

om

pete

nt

inte

rpre

ter

shall

be u

sed

.

Ru

le 8

1

1.

In

a

pri

son

fo

r b

oth

m

en

an

d

wo

men

, th

e

part

o

f th

e

pri

son

se

t asi

de

for

wo

men

sh

all

be u

nd

er

the a

uth

ori

ty o

f a r

esp

on

sib

le w

om

an

sta

ff m

em

ber

wh

o s

hall

hav

e t

he c

ust

od

y o

f th

e k

ey

s o

f all

th

at

part

of

the p

riso

n.

2.

No

male

sta

ff m

em

ber

shall

en

ter

the p

art

of

the p

riso

n s

et

asi

de f

or

wo

men

un

less

acco

mp

an

ied

by

a w

om

an

sta

ff m

em

ber.

3.

Wo

men

p

riso

ners

sh

all

b

e

att

en

ded

an

d

sup

erv

ised

o

nly

b

y

wo

men

st

aff

mem

bers

. T

his

do

es

no

t, h

ow

ev

er,

pre

clu

de m

ale

sta

ff m

em

bers

, p

art

icu

larl

y d

octo

rs

an

d

teach

ers

, fr

om

carr

yin

g

ou

t th

eir

p

rofe

ssio

nal

du

ties

in

pri

son

s o

r p

art

s o

f

pri

son

s se

t asi

de f

or

wo

men

.

Ru

le 8

2

1.

Pri

son

sta

ff s

hall

no

t, i

n t

heir

rela

tio

ns

wit

h t

he p

riso

ners

, u

se f

orc

e e

xcep

t in

self

-defe

nce o

r in

case

s o

f att

em

pte

d e

scap

e,

or

acti

ve o

r p

ass

ive p

hy

sical

resi

stan

ce

to an

o

rder

base

d o

n la

w o

r re

gu

lati

on

s. P

riso

n st

aff

w

ho

h

av

e re

co

urs

e to

fo

rce

mu

st u

se n

o m

ore

th

an

is

stri

ctl

y n

ecess

ary

an

d m

ust

rep

ort

th

e i

ncid

en

t im

med

iate

ly

to t

he p

riso

n d

irecto

r.

2.

Pri

son

sta

ff s

hall

be g

iven

sp

ecia

l p

hy

sical

train

ing

to

en

ab

le t

hem

to

rest

rain

ag

gre

ssiv

e p

riso

ners

.

3.

Ex

cep

t in

sp

ecia

l cir

cu

mst

an

ces,

p

riso

n

staff

p

erf

orm

ing

d

uti

es

wh

ich

b

rin

g

them

in

to

dir

ect

co

nta

ct

wit

h p

riso

ners

sh

ou

ld n

ot

be arm

ed

. F

urt

herm

ore

, p

riso

n

Page 39: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

7677

MANDELA RULES

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

staff

sh

ou

ld

in

no

cir

cu

mst

an

ces

be

pro

vid

ed

w

ith

arm

s u

nle

ss

they

h

av

e

been

train

ed

in

th

eir

use

.

Inte

rn

al

an

d e

xte

rn

al

insp

ecti

on

s

Ru

le 8

3

1.

Th

ere

sh

all

b

e a tw

ofo

ld sy

stem

fo

r re

gu

lar

insp

ecti

on

s o

f p

riso

ns

an

d p

en

al

serv

ices:

(a

) In

tern

al

or

ad

min

istr

ati

ve

insp

ecti

on

s co

nd

ucte

d

by

th

e

cen

tral

pri

son

ad

min

istr

ati

on

;

(b

) E

xte

rnal

insp

ecti

on

s co

nd

ucte

d

by

a

bo

dy

in

dep

en

den

t o

f th

e

pri

son

ad

min

istr

ati

on

, w

hic

h m

ay

in

clu

de c

om

pete

nt

inte

rnati

on

al

or

reg

ion

al

bo

die

s.

2.

In b

oth

case

s, t

he o

bje

cti

ve o

f th

e i

nsp

ecti

on

s sh

all

be t

o e

nsu

re t

hat

pri

son

s

are

man

ag

ed

in

acco

rdan

ce w

ith

ex

isti

ng

law

s, r

eg

ula

tio

ns,

po

licie

s an

d p

roced

ure

s,

wit

h a

vie

w t

o b

rin

gin

g a

bo

ut

the o

bje

cti

ves

of

pen

al

an

d c

orr

ecti

on

s se

rvic

es,

an

d

that

the r

igh

ts o

f p

riso

ners

are

pro

tecte

d.

Ru

le 8

4

1.

Insp

ecto

rs s

hall

hav

e t

he a

uth

ori

ty:

(a

) T

o

access

all

in

form

ati

on

o

n

the

nu

mb

ers

o

f p

riso

ners

an

d

pla

ces

an

d

locati

on

s o

f d

ete

nti

on

, as

well

as

all

in

form

ati

on

re

lev

an

t to

th

e

treatm

en

t o

f

pri

son

ers

, in

clu

din

g t

heir

reco

rds

an

d c

on

dit

ion

s o

f d

ete

nti

on

;

(b

) T

o

freely

ch

oo

se

wh

ich

p

riso

ns

to

vis

it,

inclu

din

g

by

m

ak

ing

un

an

no

un

ced

vis

its

at

their

ow

n i

nit

iati

ve,

an

d w

hic

h p

riso

ners

to

in

terv

iew

;

(c

) T

o co

nd

uct

pri

vate

an

d fu

lly

co

nfi

den

tial

inte

rvie

ws

wit

h p

riso

ners

an

d

pri

son

sta

ff i

n t

he c

ou

rse o

f th

eir

vis

its;

(d

) T

o

mak

e

reco

mm

en

dati

on

s to

th

e

pri

son

ad

min

istr

ati

on

an

d

oth

er

co

mp

ete

nt

au

tho

riti

es.

2.

Ex

tern

al

insp

ecti

on

te

am

s sh

all

b

e

co

mp

ose

d

of

qu

ali

fied

an

d

ex

peri

en

ced

insp

ecto

rs

ap

po

inte

d

by

a

co

mp

ete

nt

au

tho

rity

an

d

shall

en

co

mp

ass

h

ealt

h-c

are

pro

fess

ion

als

. D

ue r

eg

ard

sh

all

be g

iven

to

bala

nced

gen

der

rep

rese

nta

tio

n.

Ru

le 8

5

1.

Ev

ery

in

specti

on

sh

all

be f

oll

ow

ed

by

a w

ritt

en

rep

ort

to

be s

ub

mit

ted

to

th

e

co

mp

ete

nt

au

tho

rity

. D

ue

co

nsi

dera

tio

n

shall

b

e

giv

en

to

m

ak

ing

th

e

rep

ort

s o

f

ex

tern

al

insp

ecti

on

s p

ub

licly

av

ail

ab

le,

ex

clu

din

g

an

y

pers

on

al

data

o

n

pri

son

ers

un

less

th

ey

hav

e g

iven

th

eir

ex

pli

cit

co

nse

nt.

2.

Th

e p

riso

n a

dm

inis

trati

on

or

oth

er

co

mp

ete

nt

au

tho

riti

es,

as

ap

pro

pri

ate

, sh

all

ind

icate

, w

ith

in

a

reaso

nab

le

tim

e,

wh

eth

er

they

w

ill

imp

lem

en

t th

e

reco

mm

en

dati

on

s re

sult

ing

fro

m t

he e

xte

rnal

insp

ecti

on

.

II

. R

ule

s a

pp

lica

ble

to s

pecia

l cate

go

rie

s

A

. P

ris

on

ers

un

der s

en

ten

ce

Gu

idin

g p

rin

cip

les

Ru

le 8

6

Th

e

gu

idin

g

pri

ncip

les

here

aft

er

are

in

ten

ded

to

sh

ow

th

e

spir

it

in

wh

ich

p

en

al

inst

itu

tio

ns

sho

uld

b

e ad

min

iste

red

an

d th

e p

urp

ose

s at

wh

ich

th

ey

sh

ou

ld aim

, in

acco

rdan

ce

wit

h

the

decla

rati

on

m

ad

e

un

der

pre

lim

inary

o

bse

rvati

on

1

o

f th

ese

rule

s.

Ru

le 8

7

Befo

re th

e co

mp

leti

on

o

f th

e se

nte

nce,

it

is d

esi

rab

le th

at

the n

ecess

ary

st

ep

s b

e

tak

en

to

en

sure

fo

r th

e p

riso

ner

a g

rad

ual

retu

rn t

o l

ife i

n s

ocie

ty.

Th

is a

im m

ay

be

ach

iev

ed

, d

ep

en

din

g

on

th

e

case

, b

y

a

pre

-rele

ase

re

gim

e

org

an

ized

in

th

e

sam

e

pri

son

or

in a

no

ther

ap

pro

pri

ate

in

stit

uti

on

, o

r b

y r

ele

ase

on

tri

al

un

der

som

e k

ind

of

sup

erv

isio

n w

hic

h m

ust

no

t b

e e

ntr

ust

ed

to

th

e p

oli

ce b

ut

sho

uld

be c

om

bin

ed

wit

h

eff

ecti

ve s

ocia

l aid

.

Ru

le 8

8

1.

Th

e

treatm

en

t o

f p

riso

ners

sh

ou

ld

em

ph

asi

ze

no

t th

eir

ex

clu

sio

n

fro

m

the

co

mm

un

ity,

b

ut

their

co

nti

nu

ing

p

art

in

it

. C

om

mu

nit

y ag

en

cie

s sh

ou

ld,

there

fore

,

be

en

list

ed

w

here

ver

po

ssib

le

to

ass

ist

the

pri

son

st

aff

in

th

e

task

o

f so

cia

l

reh

ab

ilit

ati

on

of

the p

riso

ners

.

2.

Th

ere

sh

ou

ld b

e i

n c

on

necti

on

wit

h e

very

pri

son

so

cia

l w

ork

ers

ch

arg

ed

wit

h

the d

uty

of

main

tain

ing

an

d i

mp

rov

ing

all

desi

rab

le r

ela

tio

ns

of

a p

riso

ner

wit

h h

is

or

her

fam

ily

an

d w

ith

valu

ab

le s

ocia

l ag

en

cie

s. S

tep

s sh

ou

ld b

e t

ak

en

to

safe

gu

ard

,

to t

he m

ax

imu

m e

xte

nt

co

mp

ati

ble

wit

h t

he l

aw

an

d t

he s

en

ten

ce,

the r

igh

ts r

ela

tin

g

to c

ivil

in

tere

sts,

so

cia

l se

cu

rity

rig

hts

an

d o

ther

socia

l b

en

efi

ts o

f p

riso

ners

.

Ru

le 8

9

1.

Th

e fu

lfil

men

t o

f th

ese

p

rin

cip

les

req

uir

es

ind

ivid

uali

zati

on

o

f tr

eatm

en

t an

d

for

this

pu

rpo

se a

fle

xib

le s

yst

em

of

cla

ssif

yin

g p

riso

ners

in

gro

up

s. I

t is

th

ere

fore

desi

rab

le t

hat

such

gro

up

s sh

ou

ld b

e d

istr

ibu

ted

in

sep

ara

te p

riso

ns

suit

ab

le f

or

the

treatm

en

t o

f each

gro

up

.

2.

Th

ese

p

riso

ns

do

n

ot

need

to

p

rov

ide th

e sa

me d

eg

ree o

f se

cu

rity

fo

r ev

ery

gro

up

. It

is

desi

rab

le t

o p

rov

ide v

ary

ing

deg

rees

of

secu

rity

acco

rdin

g t

o t

he n

eed

s

of

dif

fere

nt

gro

up

s.

Op

en

p

riso

ns,

b

y

the v

ery

fa

ct

that

they

p

rov

ide n

o

ph

ysi

cal

secu

rity

ag

ain

st esc

ap

e

bu

t re

ly o

n

the se

lf-d

iscip

lin

e o

f th

e in

mate

s, p

rov

ide

the

co

nd

itio

ns

mo

st f

av

ou

rab

le t

o t

he r

eh

ab

ilit

ati

on

of

care

full

y s

ele

cte

d p

riso

ners

.

3.

It i

s d

esi

rab

le t

hat

the n

um

ber

of

pri

son

ers

in

clo

sed

pri

son

s sh

ou

ld n

ot

be s

o

larg

e

that

the

ind

ivid

uali

zati

on

o

f tr

eatm

en

t is

h

ind

ere

d.

In

som

e

co

un

trie

s it

is

co

nsi

dere

d th

at

the p

op

ula

tio

n o

f su

ch

p

riso

ns

sho

uld

n

ot

ex

ceed

fi

ve h

un

dre

d.

In

op

en

pri

son

s th

e p

op

ula

tio

n s

ho

uld

be a

s sm

all

as

po

ssib

le.

Page 40: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

7879

MANDELA RULES

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

4.

On

th

e o

ther

han

d,

it i

s u

nd

esi

rab

le t

o m

ain

tain

pri

son

s w

hic

h a

re s

o s

mall

th

at

pro

per

facil

itie

s can

no

t b

e p

rov

ided

.

Ru

le 9

0

Th

e d

uty

of

socie

ty d

oes

no

t en

d w

ith

a p

riso

ner’

s re

lease

. T

here

sh

ou

ld,

there

fore

,

be

go

vern

men

tal

or

pri

vate

ag

en

cie

s cap

ab

le

of

len

din

g

the

rele

ase

d

pri

son

er

eff

icie

nt

aft

erc

are

dir

ecte

d t

ow

ard

s th

e l

ess

en

ing

of

pre

jud

ice a

gain

st h

im o

r h

er

an

d

tow

ard

s h

is o

r h

er

socia

l re

hab

ilit

ati

on

.

Trea

tmen

t

Ru

le 9

1

Th

e t

reatm

en

t o

f p

ers

on

s se

nte

nced

to

im

pri

son

men

t o

r a s

imil

ar

measu

re s

hall

hav

e

as

its

pu

rpo

se,

so f

ar

as

the l

en

gth

of

the s

en

ten

ce p

erm

its,

to

est

ab

lish

in

th

em

th

e

wil

l to

lead

law

-ab

idin

g a

nd

self

-su

pp

ort

ing

liv

es

aft

er

their

rele

ase

an

d t

o f

it t

hem

to

do

so

. T

he

treatm

en

t sh

all

b

e

such

as

wil

l en

co

ura

ge

their

se

lf-r

esp

ect

an

d

dev

elo

p t

heir

sen

se o

f re

spo

nsi

bil

ity.

Ru

le 9

2

1.

To

th

ese

en

ds,

all

ap

pro

pri

ate

mean

s sh

all

be u

sed

, in

clu

din

g r

eli

gio

us

care

in

the

co

un

trie

s w

here

th

is

is

po

ssib

le,

ed

ucati

on

, v

ocati

on

al

gu

idan

ce

an

d

train

ing

,

socia

l case

wo

rk,

em

plo

ym

en

t co

un

sell

ing

, p

hy

sical

dev

elo

pm

en

t an

d

stre

ng

then

ing

of

mo

ral

ch

ara

cte

r, i

n a

cco

rdan

ce w

ith

th

e i

nd

ivid

ual

need

s o

f each

pri

son

er,

tak

ing

acco

un

t o

f h

is o

r h

er

socia

l an

d c

rim

inal

his

tory

, p

hy

sical

an

d m

en

tal

cap

acit

ies

an

d

ap

titu

des,

p

ers

on

al

tem

pera

men

t,

the

len

gth

o

f h

is

or

her

sen

ten

ce

an

d

pro

spects

aft

er

rele

ase

.

2.

Fo

r ev

ery

pri

son

er

wit

h a

sen

ten

ce o

f su

itab

le l

en

gth

, th

e p

riso

n d

irecto

r sh

all

receiv

e,

as

soo

n a

s p

oss

ible

aft

er

his

or

her

ad

mis

sio

n,

full

rep

ort

s o

n a

ll t

he m

att

ers

refe

rred

to

in

para

gra

ph

1 o

f th

is r

ule

. S

uch

rep

ort

s sh

all

alw

ay

s in

clu

de a

rep

ort

by

the p

hy

sicia

n o

r o

ther

qu

ali

fied

healt

h-c

are

pro

fess

ion

als

on

th

e p

hy

sical

an

d m

en

tal

co

nd

itio

n o

f th

e p

riso

ner.

3.

Th

e r

ep

ort

s an

d o

ther

rele

van

t d

ocu

men

ts s

hall

be p

laced

in

an

in

div

idu

al

file

.

Th

is f

ile s

hall

be k

ep

t u

p t

o d

ate

an

d c

lass

ifie

d i

n s

uch

a w

ay

th

at

it c

an

be c

on

sult

ed

by

th

e r

esp

on

sib

le p

ers

on

nel

wh

en

ev

er

the n

eed

ari

ses.

Cla

ssif

ica

tio

n a

nd

in

div

idu

ali

za

tio

n

Ru

le 9

3

1.

Th

e p

urp

ose

s o

f cla

ssif

icati

on

sh

all

be:

(a

) T

o s

ep

ara

te f

rom

oth

ers

th

ose

pri

son

ers

wh

o,

by

reaso

n o

f th

eir

cri

min

al

reco

rds

or

ch

ara

cte

rs,

are

lik

ely

to

ex

erc

ise a

bad

in

flu

en

ce;

(b

) T

o d

ivid

e t

he p

riso

ners

in

to c

lass

es

in o

rder

to f

acil

itate

th

eir

tre

atm

en

t

wit

h a

vie

w t

o t

heir

so

cia

l re

hab

ilit

ati

on

.

2.

So

fa

r as

po

ssib

le,

sep

ara

te p

riso

ns

or

sep

ara

te se

cti

on

s o

f a p

riso

n sh

all

b

e

use

d f

or

the t

reatm

en

t o

f d

iffe

ren

t cla

sses

of

pri

son

ers

.

Ru

le 9

4

As

soo

n

as

po

ssib

le

aft

er

ad

mis

sio

n

an

d

aft

er

a

stu

dy

o

f th

e

pers

on

ali

ty

of

each

pri

son

er

wit

h

a

sen

ten

ce

of

suit

ab

le

len

gth

, a

pro

gra

mm

e

of

treatm

en

t sh

all

b

e

pre

pare

d

for

him

o

r h

er

in

the

lig

ht

of

the

kn

ow

led

ge

ob

tain

ed

ab

ou

t h

is

or

her

ind

ivid

ual

need

s, c

ap

acit

ies

an

d d

isp

osi

tio

ns.

Priv

ileg

es

Ru

le 9

5

Sy

stem

s o

f p

riv

ileg

es

ap

pro

pri

ate

fo

r th

e

dif

fere

nt

cla

sses

of

pri

son

ers

an

d

the

dif

fere

nt

meth

od

s o

f tr

eatm

en

t sh

all

b

e

est

ab

lish

ed

at

ev

ery

p

riso

n,

in

ord

er

to

en

co

ura

ge g

oo

d co

nd

uct,

d

ev

elo

p a se

nse

o

f re

spo

nsi

bil

ity

an

d se

cu

re th

e in

tere

st

an

d c

oo

pera

tio

n o

f p

riso

ners

in

th

eir

tre

atm

en

t.

Wo

rk

Ru

le 9

6

1.

Sen

ten

ced

p

riso

ners

sh

all

h

av

e

the

op

po

rtu

nit

y

to

wo

rk

an

d/o

r to

acti

vely

part

icip

ate

in

th

eir

reh

ab

ilit

ati

on

, su

bje

ct

to a

dete

rmin

ati

on

of

ph

ysi

cal

an

d m

en

tal

fitn

ess

by

a p

hy

sicia

n o

r o

ther

qu

ali

fied

healt

h-c

are

pro

fess

ion

al.

2.

Su

ffic

ien

t w

ork

of

a u

sefu

l n

atu

re s

hall

be p

rov

ided

to

keep

pri

son

ers

acti

vely

em

plo

yed

fo

r a n

orm

al

wo

rkin

g d

ay.

Ru

le 9

7

1.

Pri

son

lab

ou

r m

ust

no

t b

e o

f an

aff

licti

ve n

atu

re.

2.

Pri

son

ers

sh

all

no

t b

e h

eld

in

sla

very

or

serv

itu

de.

3.

No

pri

son

er

shall

be r

eq

uir

ed

to

wo

rk f

or

the p

ers

on

al

or

pri

vate

ben

efi

t o

f an

y

pri

son

sta

ff.

Ru

le 9

8

1.

So

far

as

po

ssib

le t

he w

ork

pro

vid

ed

sh

all

be s

uch

as

wil

l m

ain

tain

or

incre

ase

the p

riso

ners

’ ab

ilit

y t

o e

arn

an

ho

nest

liv

ing

aft

er

rele

ase

.

2.

Vo

cati

on

al

train

ing

in

u

sefu

l tr

ad

es

shall

b

e

pro

vid

ed

fo

r p

riso

ners

ab

le

to

pro

fit

there

by

an

d e

specia

lly

fo

r y

ou

ng

pri

son

ers

.

3.

Wit

hin

th

e

lim

its

co

mp

ati

ble

w

ith

p

rop

er

vo

cati

on

al

sele

cti

on

an

d

wit

h

the

req

uir

em

en

ts o

f in

stit

uti

on

al

ad

min

istr

ati

on

an

d d

iscip

lin

e,

pri

son

ers

sh

all

be a

ble

to

ch

oo

se t

he t

yp

e o

f w

ork

th

ey

wis

h t

o p

erf

orm

.

Ru

le 9

9

1.

Th

e o

rgan

izati

on

an

d m

eth

od

s o

f w

ork

in

pri

son

s sh

all

rese

mb

le a

s clo

sely

as

po

ssib

le t

ho

se o

f si

mil

ar

wo

rk o

uts

ide o

f p

riso

ns,

so

as

to p

rep

are

pri

son

ers

fo

r th

e

co

nd

itio

ns

of

no

rmal

occu

pati

on

al

life

.

2.

Th

e i

nte

rest

s o

f th

e p

riso

ners

an

d o

f th

eir

vo

cati

on

al

train

ing

, h

ow

ev

er,

mu

st

no

t b

e s

ub

ord

inate

d t

o t

he p

urp

ose

of

mak

ing

a f

inan

cia

l p

rofi

t fr

om

an

in

du

stry

in

the p

riso

n.

Page 41: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

8081

MANDELA RULES

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

Ru

le 1

00

1

. P

refe

rab

ly i

nst

itu

tio

nal

ind

ust

ries

an

d f

arm

s sh

ou

ld b

e o

pera

ted

dir

ectl

y b

y t

he

pri

son

ad

min

istr

ati

on

an

d n

ot

by

pri

vate

co

ntr

acto

rs.

2.

Wh

ere

p

riso

ners

are

em

plo

yed

in

w

ork

n

ot

co

ntr

oll

ed

b

y

the

pri

son

ad

min

istr

ati

on

, th

ey

sh

all

alw

ay

s b

e u

nd

er

the s

up

erv

isio

n o

f p

riso

n s

taff

. U

nle

ss t

he

wo

rk is

fo

r o

ther

dep

art

men

ts o

f th

e g

ov

ern

men

t, th

e fu

ll n

orm

al

wag

es

for

such

wo

rk s

hall

be p

aid

to

th

e p

riso

n a

dm

inis

trati

on

by

th

e p

ers

on

s to

wh

om

th

e l

ab

ou

r is

sup

pli

ed

, acco

un

t b

ein

g t

ak

en

of

the o

utp

ut

of

the p

riso

ners

.

Ru

le 1

01

1

. T

he

pre

cau

tio

ns

laid

d

ow

n

to

pro

tect

the

safe

ty

an

d

healt

h

of

free

wo

rkers

shall

be e

qu

all

y o

bse

rved

in

pri

son

s.

2.

Pro

vis

ion

sh

all

b

e

mad

e

to

ind

em

nif

y

pri

son

ers

ag

ain

st

ind

ust

rial

inju

ry,

inclu

din

g o

ccu

pati

on

al

dis

ease

, o

n t

erm

s n

ot

less

fav

ou

rab

le t

han

th

ose

ex

ten

ded

by

law

to

fre

e w

ork

ers

.

Ru

le 1

02

1

. T

he m

ax

imu

m d

ail

y a

nd

week

ly w

ork

ing

ho

urs

of

the p

riso

ners

sh

all

be f

ixed

by

law

or

by

ad

min

istr

ati

ve r

eg

ula

tio

n,

tak

ing

in

to a

cco

un

t lo

cal

rule

s o

r cu

sto

m i

n

reg

ard

to

th

e e

mp

loy

men

t o

f fr

ee w

ork

ers

.

2.

Th

e

ho

urs

so

fi

xed

sh

all

le

av

e

on

e

rest

d

ay

a

week

an

d

suff

icie

nt

tim

e

for

ed

ucati

on

an

d o

ther

acti

vit

ies

req

uir

ed

as

part

of

the t

reatm

en

t an

d r

eh

ab

ilit

ati

on

of

pri

son

ers

.

Ru

le 1

03

1

. T

here

sh

all

be a

sy

stem

of

eq

uit

ab

le r

em

un

era

tio

n o

f th

e w

ork

of

pri

son

ers

.

2.

Un

der

the sy

stem

pri

son

ers

sh

all

be all

ow

ed

to

sp

en

d a

t le

ast

a p

art

of

their

earn

ing

s o

n a

pp

rov

ed

art

icle

s fo

r th

eir

ow

n u

se a

nd

to

sen

d a

part

of

their

earn

ing

s

to t

heir

fam

ily.

3.

Th

e s

yst

em

sh

ou

ld a

lso

pro

vid

e t

hat

a p

art

of

the e

arn

ing

s sh

ou

ld b

e s

et

asi

de

by

th

e p

riso

n a

dm

inis

trati

on

so

as

to c

on

stit

ute

a s

av

ing

s fu

nd

to

be h

an

ded

ov

er

to

the p

riso

ner

on

his

or

her

rele

ase

.

Ed

uca

tio

n a

nd

recrea

tio

n

Ru

le 1

04

1

. P

rov

isio

n sh

all

b

e m

ad

e fo

r th

e fu

rth

er

ed

ucati

on

o

f all

p

riso

ners

cap

ab

le o

f

pro

fiti

ng

th

ere

by,

in

clu

din

g

reli

gio

us

inst

ructi

on

in

th

e

co

un

trie

s w

here

th

is

is

po

ssib

le.

Th

e

ed

ucati

on

o

f il

lite

rate

p

riso

ners

an

d

of

yo

un

g

pri

son

ers

sh

all

b

e

co

mp

uls

ory

an

d s

pecia

l att

en

tio

n s

hall

be p

aid

to

it

by

th

e p

riso

n a

dm

inis

trati

on

.

2.

So

fa

r as

pra

cti

cab

le,

the ed

ucati

on

o

f p

riso

ners

sh

all

b

e in

teg

rate

d w

ith

th

e

ed

ucati

on

al

syst

em

of

the c

ou

ntr

y s

o t

hat

aft

er

their

rele

ase

th

ey

may

co

nti

nu

e t

heir

ed

ucati

on

wit

ho

ut

dif

ficu

lty.

Ru

le 1

05

R

ecre

ati

on

al

an

d c

ult

ura

l acti

vit

ies

shall

be p

rov

ided

in

all

pri

son

s fo

r th

e b

en

efi

t o

f

the m

en

tal

an

d p

hy

sical

healt

h o

f p

riso

ners

.

So

cia

l rela

tio

ns

an

d a

fterca

re

Ru

le 1

06

S

pecia

l att

en

tio

n

shall

b

e

paid

to

th

e

main

ten

an

ce

an

d

imp

rov

em

en

t o

f su

ch

rela

tio

ns

betw

een

a

pri

son

er

an

d

his

o

r h

er

fam

ily

as

are

d

esi

rab

le

in

the

best

inte

rest

s o

f b

oth

.

Ru

le 1

07

F

rom

th

e b

eg

inn

ing

of

a p

riso

ner’

s se

nte

nce,

co

nsi

dera

tio

n s

hall

be g

iven

to

his

or

her

futu

re a

fter

rele

ase

an

d h

e o

r sh

e s

hall

be e

nco

ura

ged

an

d p

rov

ided

ass

ista

nce t

o

main

tain

or

est

ab

lish

su

ch

rela

tio

ns

wit

h p

ers

on

s o

r ag

en

cie

s o

uts

ide t

he p

riso

n as

may

pro

mo

te t

he p

riso

ner’

s re

hab

ilit

ati

on

an

d t

he b

est

in

tere

sts

of

his

or

her

fam

ily.

Ru

le 1

08

1

. S

erv

ices

an

d

ag

en

cie

s,

go

vern

men

tal

or

oth

erw

ise,

wh

ich

ass

ist

rele

ase

d

pri

son

ers

in

re-e

stab

lish

ing

th

em

selv

es

in s

ocie

ty s

hall

en

sure

, so

far

as

is p

oss

ible

an

d n

ecess

ary

, th

at

rele

ase

d p

riso

ners

are

pro

vid

ed

wit

h a

pp

rop

riate

do

cu

men

ts a

nd

iden

tifi

cati

on

p

ap

ers

, h

av

e

suit

ab

le

ho

mes

an

d

wo

rk

to

go

to

, are

su

itab

ly

an

d

ad

eq

uate

ly

clo

thed

h

av

ing

re

gard

to

th

e

cli

mate

an

d

seaso

n

an

d

hav

e

suff

icie

nt

mean

s to

reach

th

eir

dest

inati

on

an

d m

ain

tain

th

em

selv

es

in t

he p

eri

od

im

med

iate

ly

foll

ow

ing

th

eir

rele

ase

.

2.

Th

e a

pp

rov

ed

rep

rese

nta

tiv

es

of

such

ag

en

cie

s sh

all

hav

e a

ll n

ecess

ary

access

to t

he p

riso

n a

nd

to

pri

son

ers

an

d s

hall

be t

ak

en

in

to c

on

sult

ati

on

as

to t

he f

utu

re o

f

a p

riso

ner

fro

m t

he b

eg

inn

ing

of

his

or

her

sen

ten

ce.

3.

It

is

desi

rab

le

that

the

acti

vit

ies

of

such

ag

en

cie

s sh

all

b

e

cen

trali

zed

o

r

co

ord

inate

d a

s fa

r as

po

ssib

le i

n o

rder

to s

ecu

re t

he b

est

use

of

their

eff

ort

s.

B

. P

ris

on

ers

wit

h m

en

tal

dis

ab

ilit

ies

an

d/o

r h

ea

lth

co

nd

itio

ns

Ru

le 1

09

1

. P

ers

on

s w

ho

are

fo

un

d

to

be

no

t cri

min

all

y

resp

on

sib

le,

or

wh

o

are

la

ter

dia

gn

ose

d

wit

h

sev

ere

m

en

tal

dis

ab

ilit

ies

an

d/o

r h

ealt

h

co

nd

itio

ns,

fo

r w

ho

m

stay

ing

in

p

riso

n

wo

uld

m

ean

an

ex

acerb

ati

on

o

f th

eir

co

nd

itio

n,

shall

n

ot

be

deta

ined

in

p

riso

ns,

an

d

arr

an

gem

en

ts

shall

b

e

mad

e

to

tran

sfer

them

to

m

en

tal

healt

h f

acil

itie

s as

soo

n a

s p

oss

ible

.

2.

If n

ecess

ary

, o

ther

pri

son

ers

w

ith

m

en

tal

dis

ab

ilit

ies

an

d/o

r h

ealt

h co

nd

itio

ns

can

b

e

ob

serv

ed

an

d

treate

d

in

specia

lized

fa

cil

itie

s u

nd

er

the

sup

erv

isio

n

of

qu

ali

fied

healt

h-c

are

pro

fess

ion

als

.

3.

Th

e h

ealt

h-c

are

serv

ice s

hall

pro

vid

e f

or

the p

sych

iatr

ic t

reatm

en

t o

f all

oth

er

pri

son

ers

wh

o a

re i

n n

eed

of

such

tre

atm

en

t.

Page 42: REGRAS DE MANDELA - tjsc.jus.br

8283

MANDELA RULES

REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

Ru

le 1

10

It

is

d

esi

rab

le

that

step

s sh

ou

ld

be

tak

en

, b

y

arr

an

gem

en

t w

ith

th

e

ap

pro

pri

ate

ag

en

cie

s,

to

en

sure

if

n

ecess

ary

th

e

co

nti

nu

ati

on

o

f p

sych

iatr

ic

treatm

en

t aft

er

rele

ase

an

d t

he p

rov

isio

n o

f so

cia

l-p

sych

iatr

ic a

fterc

are

.

C

. P

ris

on

ers

un

der a

rrest

or a

wa

itin

g t

ria

l

Ru

le 1

11

1

. P

ers

on

s arr

est

ed

o

r im

pri

son

ed

b

y re

aso

n o

f a cri

min

al

ch

arg

e ag

ain

st th

em

,

wh

o a

re d

eta

ined

eit

her

in p

oli

ce c

ust

od

y o

r in

pri

son

cu

sto

dy

(ja

il)

bu

t h

av

e n

ot

yet

been

tr

ied

an

d se

nte

nced

, w

ill

be re

ferr

ed

to

as

“u

ntr

ied

p

riso

ners

” h

ere

inaft

er

in

these

ru

les.

2.

Un

co

nv

icte

d

pri

son

ers

are

p

resu

med

to

b

e

inn

ocen

t an

d

shall

b

e

treate

d

as

such

.

3.

Wit

ho

ut

pre

jud

ice

to

leg

al

rule

s fo

r th

e

pro

tecti

on

o

f in

div

idu

al

lib

ert

y

or

pre

scri

bin

g

the

pro

ced

ure

to

b

e

ob

serv

ed

in

re

spect

of

un

trie

d

pri

son

ers

, th

ese

pri

son

ers

sh

all

b

en

efi

t fr

om

a sp

ecia

l re

gim

e

wh

ich

is

d

esc

rib

ed

in

th

e

foll

ow

ing

rule

s in

its

ess

en

tial

req

uir

em

en

ts o

nly

.

Ru

le 1

12

1

. U

ntr

ied

pri

son

ers

sh

all

be k

ep

t se

para

te f

rom

co

nv

icte

d p

riso

ners

.

2.

Yo

un

g

un

trie

d

pri

son

ers

sh

all

b

e

kep

t se

para

te

fro

m

ad

ult

s an

d

shall

in

pri

ncip

le b

e d

eta

ined

in

sep

ara

te i

nst

itu

tio

ns.

Ru

le 1

13

U

ntr

ied

p

riso

ners

sh

all

sl

eep

si

ng

ly

in

sep

ara

te

roo

ms,

w

ith

th

e

rese

rvati

on

o

f

dif

fere

nt

local

cu

sto

m i

n r

esp

ect

of

the c

lim

ate

.

Ru

le 1

14

W

ith

in t

he l

imit

s co

mp

ati

ble

wit

h t

he g

oo

d o

rder

of

the i

nst

itu

tio

n,

un

trie

d p

riso

ners

may,

if

th

ey

so

d

esi

re,

hav

e

their

fo

od

p

rocu

red

at

their

o

wn

ex

pen

se

fro

m

the

ou

tsid

e,

eit

her

thro

ug

h

the

ad

min

istr

ati

on

o

r th

rou

gh

th

eir

fa

mil

y

or

frie

nd

s.

Oth

erw

ise,

the a

dm

inis

trati

on

sh

all

pro

vid

e t

heir

fo

od

.

Ru

le 1

15

A

n u

ntr

ied

pri

son

er

shall

be a

llo

wed

to

wear

his

or

her

ow

n c

loth

ing

if

it i

s cle

an

an

d s

uit

ab

le.

If h

e o

r sh

e w

ears

pri

son

dre

ss,

it s

hall

be d

iffe

ren

t fr

om

th

at

sup

pli

ed

to c

on

vic

ted

pri

son

ers

.

Ru

le 1

16

A

n u

ntr

ied

p

riso

ner

shall

alw

ay

s b

e o

ffere

d o

pp

ort

un

ity

to

w

ork

, b

ut

shall

n

ot

be

req

uir

ed

to

wo

rk.

If h

e o

r sh

e c

ho

ose

s to

wo

rk,

he o

r sh

e s

hall

be p

aid

fo

r it

.

Ru

le 1

17

A

n u

ntr

ied

pri

son

er

shall

be a

llo

wed

to

pro

cu

re a

t h

is o

r h

er

ow

n e

xp

en

se o

r at

the

ex

pen

se o

f a t

hir

d p

art

y s

uch

bo

ok

s, n

ew

spap

ers

, w

riti

ng

mate

rial

an

d o

ther

mean

s

of

occu

pati

on

as

are

co

mp

ati

ble

w

ith

th

e in

tere

sts

of

the ad

min

istr

ati

on

o

f ju

stic

e

an

d t

he s

ecu

rity

an

d g

oo

d o

rder

of

the i

nst

itu

tio

n.

Ru

le 1

18

A

n u

ntr

ied

p

riso

ner

shall

b

e all

ow

ed

to

b

e v

isit

ed

an

d tr

eate

d b

y h

is o

r h

er

ow

n

do

cto

r o

r d

en

tist

if

there

are

reaso

nab

le g

rou

nd

s fo

r th

e a

pp

licati

on

an

d h

e o

r sh

e i

s

ab

le t

o p

ay

an

y e

xp

en

ses

incu

rred

.

Ru

le 1

19

1

. E

very

un

trie

d p

riso

ner

has

the r

igh

t to

be p

rom

ptl

y i

nfo

rmed

ab

ou

t th

e r

easo

ns

for

his

or

her

dete

nti

on

an

d a

bo

ut

an

y c

harg

es

ag

ain

st h

im o

r h

er.

2.

If a

n u

ntr

ied

pri

son

er

do

es

no

t h

av

e a

leg

al

ad

vis

er

of

his

or

her

ow

n c

ho

ice,

he o

r sh

e s

hall

be e

nti

tled

to

hav

e a

leg

al

ad

vis

er

ass

ign

ed

to

him

or

her

by

a j

ud

icia

l

or

oth

er

au

tho

rity

in

all

case

s w

here

th

e i

nte

rest

s o

f ju

stic

e s

o r

eq

uir

e a

nd

wit

ho

ut

pay

men

t b

y t

he u

ntr

ied

pri

son

er

if h

e o

r sh

e d

oes

no

t h

av

e s

uff

icie

nt

mean

s to

pay.

Den

ial

of

access

to

a l

eg

al

ad

vis

er

shall

be s

ub

ject

to i

nd

ep

en

den

t re

vie

w w

ith

ou

t

dela

y.

Ru

le 1

20

1

. T

he e

nti

tlem

en

ts a

nd

mo

dali

ties

go

vern

ing

th

e a

ccess

of

an

un

trie

d p

riso

ner

to

his

or

her

leg

al

ad

vis

er

or

leg

al

aid

pro

vid

er

for

the p

urp

ose

of

his

or

her

defe

nce

shall

be g

ov

ern

ed

by

th

e s

am

e p

rin

cip

les

as

ou

tlin

ed

in

ru

le 6

1.

2.

An

un

trie

d p

riso

ner

shall

, u

po

n r

eq

uest

, b

e p

rov

ided

wit

h w

riti

ng

mate

rial

for

the p

rep

ara

tio

n o

f d

ocu

men

ts re

late

d to

h

is o

r h

er

defe

nce,

inclu

din

g co

nfi

den

tial

inst

ructi

on

s fo

r h

is o

r h

er

leg

al

ad

vis

er

or

leg

al

aid

pro

vid

er.

D

. C

ivil

pris

on

ers

Ru

le 1

21

In

co

un

trie

s w

here

th

e la

w p

erm

its

imp

riso

nm

en

t fo

r d

eb

t, o

r b

y o

rder

of

a co

urt

un

der

an

y o

ther

no

n-c

rim

inal

pro

cess

, p

ers

on

s so

im

pri

son

ed

sh

all

no

t b

e s

ub

jecte

d

to an

y g

reate

r re

stri

cti

on

o

r se

veri

ty th

an

is

n

ecess

ary

to

en

sure

sa

fe cu

sto

dy

an

d

go

od

o

rder.

T

heir

tr

eatm

en

t sh

all

b

e

no

t le

ss

fav

ou

rab

le

than

th

at

of

un

trie

d

pri

son

ers

, w

ith

th

e

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REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS

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