Registo ed227

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www.registo.com.pt SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 18 de Outubro de 2012 | ed. 227 | 0.50 O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14 Horta das Figueiras | 7005-320 Évora 266771284 PUB Delta reforça posição nas exportações da Ásia à Europa 03 Sarsfield Cabral critica austeridade Pág.05 O jornalista e comentador Francisco Sarsfield Cabral diz que as medidas que o Governo português apre- sentou até agora para combater o défice apenas serviram para conduzir o país a um “ciclo vicioso” de austeridade. Num comentário às novas medidas de auste- ridade apresentadas pelo executivo de Pedro Passos Coelho para o Orçamento de Estado de 2013. Portel continua a apostar na requalificação Pág.04 É com grande determinação e empenho que a Câmara Municipal de Portel continua a intervir a bom ritmo nas várias vertentes de requalificação ur- bana. Em paralelo com a construção de infra-estruturas de maior dimensão que se edificam um pouco por todo o conce- lho, a autarquia continua a investir na requalificação de arruamentos das suas freguesias. “Alentejo das Gastronomias Mediterrânicas” Pág.09 “Olivoturismo: um novo produ- to turístico para o Alentejo” é o tema da Conferência que marcou ontem o arran- que da terceira edição do “Alentejo das Gastronomias Mediterrânicas - Festival Internacional”, a realizar este ano em Portalegre e com azeite como produto em destaque, a decorrer no Centro de Artes e Espectáculos daquela cidade do Norte Alentejano. Assunção Cristas cria linha de crédito Pág.06 O Ministério da Agricul- tura, do Mar, do Ambiente e do Or- denamento do Território, através do Instituto de Financiamento da Agri- cultura e Pescas, e a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo assinaram um protocolo que cria uma linha de crédito de 150 milhões de euros para financiamento de projetos no âmbito do Proder.

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Edição 227 do Semanário Registo

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SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 18 de Outubro de 2012 | ed. 227 | 0.50€

O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14Horta das Figueiras | 7005-320 Évora

266771284

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Delta reforça posição nas exportações da Ásia à Europa 03

Sarsfield Cabral critica austeridadePág.05 O jornalista e comentador Francisco Sarsfield Cabral diz que as medidas que o Governo português apre-sentou até agora para combater o défice apenas serviram para conduzir o país a um “ciclo vicioso” de austeridade. Num comentário às novas medidas de auste-ridade apresentadas pelo executivo de Pedro Passos Coelho para o Orçamento de Estado de 2013.

Portel continua a apostar na requalificaçãoPág.04 É com grande determinação e empenho que a Câmara Municipal de Portel continua a intervir a bom ritmo nas várias vertentes de requalificação ur-bana. Em paralelo com a construção de infra-estruturas de maior dimensão que se edificam um pouco por todo o conce-lho, a autarquia continua a investir na requalificação de arruamentos das suas freguesias.

“Alentejo das Gastronomias Mediterrânicas”Pág.09 “Olivoturismo: um novo produ-to turístico para o Alentejo” é o tema da Conferência que marcou ontem o arran-que da terceira edição do “Alentejo das Gastronomias Mediterrânicas - Festival Internacional”, a realizar este ano em Portalegre e com azeite como produto em destaque, a decorrer no Centro de Artes e Espectáculos daquela cidade do Norte Alentejano.

Assunção Cristas cria linha de créditoPág.06 O Ministério da Agricul-tura, do Mar, do Ambiente e do Or-denamento do Território, através do Instituto de Financiamento da Agri-cultura e Pescas, e a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo assinaram um protocolo que cria uma linha de crédito de 150 milhões de euros para financiamento de projetos no âmbito do Proder.

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Director Nuno Pitti Ferreira ([email protected])

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PUBLICREATIVE - Associação para a Promoção e Desenvolvimento Cultural; Contribuinte 509759815 Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 Évora - Tel: 266 751 179 fax 266 751 179 Direcção Silvino Alhinho; Joaquim Simões; Nuno Pitti Ferreira; Departamento Comercial [email protected] Redacção Luís Godinho; Pedro Galego Fotografia Luís Pardal (editor) Paginação Arte&Design Luis Franjoso Cartoonista Pedro Henriques ([email protected]); Colaboradores António Serrano; Miguel Sampaio; Luís Pedro Dargent: Carlos Sezões; António Costa da Silva; Marcelo Nuno Pereira; Eduardo Luciano; José Filipe Rodrigues; José Rodrigues dos Santos; José Russo; Figueira Cid Impressão Funchalense – Empresa Gráfica S.A. | www.funchalense.pt | Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, nº 50 - Morelena | 2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal | Telfs. +351 219 677 450 | Fax +351 219 677 459 ERC.ICS 125430 Tiragem 10.000 ex Distribuição Nacional Periodicidade Semanal/Quinta-Feira Nº.Depósito Legal 291523/09 Distribuição PUBLICREATIVE

Ficha TécnicaSEMANÁRIO

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Actual

Rui Miguel Nabeiro, neto do fundador e administrador da Delta Cafés, acredita que a empresa está sólida.ww

w.egoisthedonism.w

ordpress.comPedro H

enriques | Cartoonista

“Salto para o abismo”

A Abrir

Câmara Municipal de Beja inaugura a obra de requalificação urbana de Beringel

A Câmara Municipal de Beja inaugu-ra no sábado, dia 20 de Outubro, a obra de requalificação urbana de Beringel. Para assinalar o final destas obras há muito esperadas, a autarquia uniu es-

O Rossio será palco desta festa, que celebra as novas ruas de Beringel

Delta prepara entrada em dez novos países

Dos detalhes pouco se sabe, mas a em-presa portuguesa Delta decidiu voltar as atenções para os mercados internacio-nais, mudou de imagem, e quer assumir-se como uma marca global, reconhecida da Ásia à Europa.

Rui Nabeiro, que fundou o negócio há mais de 50 anos, acredita que, apesar do momento, “é possível trabalhar melhor”. E, por isso, chegou a altura de a empresa de café, com sede em Campo Maior, se mostrar ao mundo global.

Rui Miguel Nabeiro, neto do fundador e administrador da Delta Cafés, acredi-ta que a empresa está sólida. Justifica a aposta na estratégia internacional, anun-ciada ontem, com os 38% de quota que a Delta tem em cafés, restaurantes e hotéis, e 31% nas vendas de café puro nos super-mercados. Com 3110 trabalhadores e uma produção anual de mais de 20 milhões de toneladas de café, a Delta está em 35 pa-íses – cinco directamente e os restantes através de uma rede de distribuição – mas não chega. As quebras no mercado inter-no a isso obrigam.

“Queremos mais”, sublinhou Rui Mi-guel Nabeiro, durante a apresentação que, simbolicamente, decorreu no Tor-reão Nascente do Terreiro do Paço. Cerca de 25% do volume de negócio vem do exterior, mas no final do próximo ano a

Delta quer ser “o caféda sua vida”

expectativa é chegar aos 30%.Nos próximos dois anos, a Delta espera

cresce 25% ao ano graças à nova aposta. Sem adiantar detalhes, o gestor disse que até 2014 espera estar em dez novos países, da Ásia e Europa. Quando questionado pelo PÚBLICO, não adiantou valores do investimento previsto, garantindo que “não é avultado”.

A partir de agora, a Delta passa a estar em todos os mercados com uma única imagem e os mesmos produtos. Até ago-ra, cada mercado tinha um portefólio diferente. Além da mudança da imagem (o característico triângulo mantém-se), mudam-se nomes de lotes de café, que passam a ser mais “exportáveis”. O lote diamante passa a “Diamond” e o platina

a “platinum”. Foi introduzida uma nova referência (Gran Aroma). “Pela primeira vez na história teremos uma marca glo-bal com produtos globais”, sublinhou, por seu lado, João Manuel Nabeiro, filho do comendador Rui Nabeiro. O histórico slogan “a verdade do café” mudou. Agora, a Delta quer ser “o café da sua vida” em todas as geografias.

forços e, com o apoio da Junta de Fre-guesia de Beringel e da EMAS Empresa Municipal de Águas e Saneamento de Beja, convida toda a população da fre-guesia de Beringel a assistir à cerimó-nia de inauguração das obras.

A Fanfarra dos Bombeiros Volun-tários de Vidigueira, parte do Rossio pelas 11h00 de sábado, e percorre as principais artérias da vila de Beringel,

convidando a população a juntar-se a esta festa. Depois desta arruada, pe-las 12h30, terá lugar a entrega de lem-branças, seguida da cerimónia oficial, agendada para as 13h00.

O Presidente da Câmara Municipal de Beja, Jorge Pulido Valente, o Presi-dente da Junta de Freguesia de Berin-gel, Francisco José Martins Lança, e o Diretor Delegado da EMAS, Rui Mar-

reiros, convidam ainda a população para um almoço seguido de muita ani-mação.

O Rossio será palco desta festa, que celebra as novas ruas de Beringel, com a atuação do grupo Campos Alente-janos e do grupo coral do Externato António Sérgio. A fechar esta tarde, a atuação de Edgar Baleizão promete ser animada.

A memória coletiva parece estar adormecida quando falamos do anterior governo e as cons-tantes negações da inevitabilidade de um pedi-do de ajuda internacional. O tempo passa e o povo esquece uma hesitação que hoje nos co-locaria numa situação, talvez, menos austera.

Mudam-se os tempos, mudam-se os atores. O próximo orçamento de estado será dramá-tico do ponto de vista social, acentuará as de-sigualdades, destruirá a classe média e agra-vará a recessão.

Nunca houve uma Portugal um consenso

tão generalizado sobre os efeitos desastrosos que este documento terá na sociedade, em particular na classe média. Aniquila-se a es-perança, não há uma nesga de preocupação com as políticas sociais. Não creio ser uma convicção de resolução de um problema es-trutural de contas públicas. Trata-se de uma teimosia que incute um desalento coletivo, desmobiliza quem tem vontade de investir e destrói a réstia de um coletivo amargurado.

A equação é simples. A metáfora é lógica. Se a ordenha diária de uma vaca gerar cinco

litros de leite, não significa que se no mesmo dia a ordenharmos dez vezes, obteremos cin-quenta litros. A determinado momento das ordenhas a vaca ficará seca e entrará em co-lapso e não haverá qualquer tipo de extração de leite. Este estado de “ordenha tributária” deixa antever um cenário de incumprimen-to dos cidadãos para com os seus impostos. Chegará o momento a que o drama se apro-priará das famílias e o expoente máximo da teimosia ficará evidente.

Não creio ser uma convicção. É óbvio que

era preciso tomar medidas duras. É óbvio que a austeridade é inevitável. Governasse quem governasse.

Porém, ninguém está mandatado par ani-quilar a esperança de um país. Ninguém pode destruir e hipotecar as esperanças de gerações. Esta falsa convicção, materializada numa teimosia sem precedentes, deixa ante-ver o óbvio. Em uníssono, e de vários qua-drantes, são várias a vozes que alertam para o fracasso de um documento que poderá ser um Tsunami social. Gostava de estar enganado!

Teimosia ou convicção?JOaquiM FialhOProfessor universitário

No actual contexto económico e consideran-do a necessidade de continuar os esforços desenvolvidos para cumprir os diversos com-promissos e metas internacionais, de modo a recuperar a confiança dos mercados e relan-çar a economia, importa garantir um maior acompanhamento dos grupos e sectores da sociedade mais desfavorecidos. Um olhar atento sobre as questões sociais permitirá identificar as áreas de intervenção prioritá-rias, bem como maximizar os recursos sócio-económicos disponíveis.

O PSD tem demonstrado uma natural pre-ocupação pelas dificuldades vividas por di-versas famílias e instituições de solidarieda-de social em fazer face à actual conjuntura económica. Ao longo das últimas décadas o PSD tem pautado a sua actuação pela defesa intransigente de políticas que promovam uma maior justiça e equilíbrios sociais, no sentido da edificação de uma sociedade mais próspe-ra. Este olhar atento às questões sociais vem ao encontro da valorização da família e da valorização da solidariedade como factor es-sencial para o desenvolvimento e bem estar social.

Existe, por isso, um compromisso na defe-sa de um sistema público de segurança social justo e adaptado às necessidades das pessoas. As constantes mudanças da sociedade não permitem uma visão linear ou puramente ide-ológica das temáticas analisadas, exigem sim, uma análise realista e contínua na constante procura de soluções concretas e objectivas para os problemas do quotidiano. O Estado deve garantir a sua quota parte, como motor de desenvolvimento e impulsionador de po-líticas de redistribuição que promovam uma maior equidade social.

É no acompanhamento da aplicação das po-líticas de redistribuição de riqueza e de apoio aos mais carenciados que o Estado deve cen-tralizar os seus esforços, visando uma maior transparência e partilha de responsabilidades entre as instituições públicas e os benefici-ários destes apoios. A avaliação rigorosa e

contínua da aplicação das políticas de redis-tribuição é essencial para permitir fazer che-gar a ajuda a quem verdadeiramente necessita dela, numa lógica que evite a reprodução de dependências e crie mecanismos alternativos à reconversão de competências sociais e pro-fissionais dos cidadãos.

Os últimos anos de governação socialista permitem-nos constatar que a subsidiode-pendência conduz à perpetuação da pobreza, impossibilitando a efectiva resolução dos pro-blemas económicos e sociais dos cidadãos. As actuais exigências resultam da ausência de controlo dos apoios sociais e à visão mera-mente despesista do Estado socialista.

Cientes das responsabilidades do Estado no acesso universal a bens indispensáveis nas áreas da educação, da saúde e da segurança, importa realçar que tais tarefas não são um seu exclusivo, sendo partilhadas pelas inú-meras instituições de solidariedade social, cujo trabalho no combate à exclusão social e na promoção do bem estar tem merecido louváveis elogios. As IPSS constituem hoje uma importante rede social de apoio aos mais carenciados, evidenciando um conhecimento profundo sobre a situação económica e social das populações em que se encontram inse-ridas. Será necessária uma convergência de esforços entre o Estado e as diversas institui-ções mencionadas no sentido de fazer face à presente situação.

Cabe ao Estado um papel activo, mas igual-mente impulsionador de sinergias e que per-mita uma maior eficácia e rigor no auxílio social, aliado a uma menor burocratização. O Estado deve encarar as IPSS como enti-dades parceiras na promoção de uma maior integração social, através de uma actuação mais descentralizada que vá ao encontro das necessidades das populações. Não se trata de uma transferência de poderes e/ou deveres do Estado, mas sim do assumir de uma respon-sabilidade conjunta e que nos permita encarar os actuais desafios com uma maior confiança no futuro.

Uma nova ordem social

Nilza De SeNaDeputada

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Actual

Neste momento realizam-se significativas intervenções nas freguesias de Santana e São Bartolomeu.

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Actual

“Os juros portugueses, pagos nas emissões e implícitos no mercado secundário, ainda estão acima do razoável.”

Município de Portel continua a apostar na requalificação urbana

É com grande determinação e empenho que a Câmara Municipal de Portel conti-nua a intervir a bom ritmo nas várias ver-tentes de requalificação urbana. Em para-lelo com a construção de infra-estruturas de maior dimensão que se edificam um pouco por todo o concelho, a autarquia continua a investir na requalificação de arruamentos das suas freguesias.

Neste plano e neste momento reali-zam-se significativas intervenções nas freguesias de Santana e São Bartolomeu do Outeiro, ambas de grande envergadu-ra no que diz respeito a novas calçadas.

Em Santana os espaços envolventes à igreja da aldeia foram totalmente requa-lificados, sendo feitas intervenções na Rua e Largo da Igreja e Rua da Estação.

Por seu turno, em São Bartolomeu do Outeiro a Rua de Alvito, rua de grande ex-tensão foi completamente requalificada em termos do seu arruamento, dotando aquela freguesia de uma circulação mais adequada naquele ponto da aldeia.

em Santana os espaços envolventes à igreja da aldeia foram totalmente requalificados

Estas intervenções no valor de algumas dezenas de milhares de euros, foram su-portadas integralmente pelo orçamento

de autarquia e têm como grande objecti-vo melhorar a qualidade de vida das po-pulações.

A Câmara de Mora investiu mais de 100 mil euros na remodelação total da pis-cina municipal de Inverno. Aquilo que começou por ser o arranjo da cobertura, foi-se estendo a outras pequenas obras e melhoramentos que provocaram a de-cisão da edilidade em remodelar total-mente a piscina. Assim, entre o caderno de encargos e para além da cobertura, a autarquia procedeu à remodelação de todo o interior nomeadamente caleiras, pavimento e poço de recirculação. Para o presidente da Câmara Municipal, Luís Simão, “esta intervenção era neces-sária pois queríamos conclui-la antes da chegada do Inverno para bem dos utilizadores do espaço, sobretudo os mais novos (todo os alunos do primeiro ciclo do concelho vêm à piscina um dia por semana) e os idosos do programa Envelhecimento Activo”.

Investimento na piscina

Mora

OE 2013 e Crescimento da economia

«O Governo sabe que a retoma do cres-cimento económico é essencial para garantir o sucesso da estratégia orça-mental», afirmou o Ministro da Eco-nomia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, na apresentação do pacote de crescimento que integra o Orçamento do Estado para 2013.

Acrescentando que «o crescimento económico durável não pode ser atin-gido sem ser por um reforço da com-petitividade externa e manutenção do funcionamento regular do mercado interno», o Ministro referiu que é pre-ciso «criar medidas que mitiguem os principais obstáculos ao crescimento

Com o objetivo de estimular o investimento, o Governo apresentará um novo regime fiscal

da economia portuguesa».Combate ao desemprego, financia-

mento e recapitalização, investimen-to, e empreendedorismo e inovação são os quatro pilares de atuação.

No combate ao desemprego, o Gover-no propõe a criação de estágios profis-sionais para casais desempregados com filhos, bem como um pacote de medidas para criar emprego, como o reembolso de 100% da Taxa Social Úni-ca às empresas que contratem desem-pregados com mais de 45 anos.

Para financiar e recapitalizar a eco-nomia, será disponibilizada uma li-nha de crédito no montante de 2 mil milhões de euros às PME, uma linha PME Capitalização (para empresas vi-áveis, mas com carência de capital), uma linha Obrigações PME (destinada a assegurar o acesso das empresas ao

mercado de capitais), o «IVA de Caixa» (que estabelece que o pagamento deste imposto só ocorra quando as empresas se ressarcirem junto dos fornecedores), uma medida de incentivo a start ups (que estimule o aparecimento de no-vas empresas na área da inovação), e a criação de seguros de crédito à expor-tação.

Com o objetivo de estimular o inves-timento, o Governo apresentará um novo regime fiscal, assim como proce-derá à dedução de lucros retidos e de-sinvestidos.

Por outro lado, os apoios comunitá-rios relativos ao QREN serão reforça-dos e o seu acesso simplificado para que aproveite a mais pessoas, com o intuito de promover as exportações (através das linhas Investe QREN e Investe QREN Exportações, dotadas

de 500 e mil milhões de euros, respe-tivamente).

Dirigida ao empreendedorismo e à inovação, a iniciativa start now cen-tra-se em medidas de financiamento que acompanhem uma empresa deste tipo, donde se destacam: o passaporte para o empreendedorismo (no valor de 1,65 IAS por mês para desenvolver um projeto durante um ano), o vale empreendedorismo (correspondente a 15 mil euros, para que empresas com menos de um ano desenvolvam o seu plano de negócios), a plataforma igni-ção (centrada em acelerar o acesso a capital de risco de projetos com maior potencial) e o reembolso das presta-ções à Segurança Social (para reduzir os encargos das empresas nos primei-ros três anos e assim aumentar a sua competitividade).

Sarsfield Cabral critica «ciclo vicioso» de austeridade

O jornalista e comentador Francisco Sarsfield Cabral diz que as medidas que o Governo português apresentou até agora para combater o défice apenas serviram para conduzir o país a um “ci-clo vicioso” de austeridade.

Num comentário às novas medidas de austeridade apresentadas pelo executi-vo de Pedro Passos Coelho para o Or-çamento de Estado de 2013, incluído na edição desta terça-feira do Semanário ECCLESIA, o especialista em assuntos económicos compara a situação de Por-tugal com a da Grécia, “que vai entrar no sexto ano de recessão”.

“Como o défice orçamental não desce o pretendido, carrega-se mais na auste-ridade; o que, por sua vez, agrava a re-cessão e limita as receitas dos impostos, impedindo o cumprimento das metas orçamentais; e assim sucessivamente”, sustenta.

O falhanço na “meta acordada com a troika” de reduzir “no corrente ano” o défice para “4,5% do Produto Interno Bruto (PIB)”, é segundo Francisco Sars-field Cabral, o maior indicador de que as soluções preconizadas até agora es-tão longe de ter o alcance desejado e até começam a ter um efeito “contraprodu-cente”.

“A austeridade também provocou uma forte subida do desemprego (que o Governo e a troika não esperavam que fosse tão grande) levando o Estado a gastar mais em subsídio de desempre-go”, exemplifica o jornalista, que não antevê um cenário mais positivo em 2013.

“O défice sem medidas extraordiná-rias deverá ser de 6%, o que obriga a fa-zer em 2013 um esforço muito maior do que o inicialmente previsto”, aponta.

No entanto, na opinião do comen-tador, há alguns dados que podem dar

Como o défice orçamental não desce o pretendido, carrega-se mais na austeridade

esperança aos portugueses, como “a determinação do Governo português” em busca de recuperar a “confiança dos mercados na dívida soberana nacional”.

Os juros portugueses, pagos nas emis-sões e implícitos no mercado secundário (dívida já emitida), ainda estão acima do razoável; mas têm vindo a descer gradualmente. Se a tendência se manti-ver, não será uma fantasia que Portugal regresse aos mercados em Setembro do próximo ano”, realça Francisco Sarsfield Cabral.

“Outro dado positivo, que passou lar-gamente despercebido”, de acordo com especialista em assuntos económicos,

foi o facto da Alemanha, pela voz da chanceler Angela Merkel, ter manifes-tado a intenção de “estimular o consu-mo interno para ajudar as exportações dos países do euro em dificuldades”.

“É a primeira vez que Merkel fala assim. Ora um ‘governo económico europeu’, de que tanto se fala, deverá começar exatamente por coordenar as políticas económicas dos Estados mem-bros (pelo menos os da Zona Euro), de maneira a que os países que estão bem ajudem os que se debatem com proble-mas”, conclui o jornalista da Rádio Re-nascença.

Esta segunda-feira, na apresentação

do Orçamento de Estado de 2013, o Mi-nistro das Finanças, Vítor Gaspar, man-teve a sobretaxa de 4% no IRS e a redu-ção daquele imposto de oito para cinco escalões de rendimentos.

Os escalões de IRS no próximo ano vão oscilar entre 14,5%, para rendimen-tos até sete mil euros anuais, e 48%, para rendimentos superiores a 80 mil euros, de acordo com a proposta entregue no Parlamento.

Segundo o cenário traçado pelo Go-verno, o país só deverá começar a recu-perar em 2014, com o PIB a crescer 1,2% e a taxa de desemprego a recuar para 15,9%.

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ExclusivoFoi dado conhecimento a todos os presentes da aquisição de módulos de eRP-aiRC- para a CiMaa.

Actual

esta linha de crédito é criada no mesmo dia em que é aberta em contínuo a medida do PRODeR.

Reunião do Conselho Executivo da CIMAA

Decorreu na terça-feira, dia 16 de Outu-bro, em Elvas na Câmara Municipal, a reunião ordinária do Conselho Executivo da CIMAA.

Nesta reunião abordaram-se entre ou-tros, os seguintes assuntos:

Foi feita uma adenda à evolução do contrato de subvenção global ao QREN, com a presença do vogal executivo Dr. Filipe Palma.

As Auditorias Energéticas a Edifícios Municipais no âmbito do projeto RE-TALER 2; a aquisição de serviços para a elaboração do projeto de arquitetura, es-pecialidades e de execução referente à adaptação de um edifício em Portalegre; apoio técnico no âmbito de fornecimen-to de energia elétrica dos Municípios do Alto Alentejo; prestação de serviços para acompanhamento da Contabilidade da CIMAA; aquisição de serviços no âmbito do “Plano Intermunicipal de Promoção

Foi feita uma adenda à evolução do contrato de subvenção global ao qReN

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de Acessibilidade do Alto Alentejo; aqui-sição de bens para Mapeamento Solar do Alto Alentejo e licenciamento de softwa-re de suporte ao CRM e serviços on-line.

Foi dado ainda conhecimento a todos os presentes da aquisição de módulos de ERP-AIRC- para a CIMAA e municípios

associados com exceção dos municípios de Fronteira e Avis.

Por último foram tratados assuntos re-lacionados com a alteração à “Norma de Controlo Interno” da CIMAA, e foi dado conhecimento do Plano de Formação da CIMAA 2012/2013.

Assunção Cristas cria linha de crédito para apoiar a agricultura

O Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Territó-rio, através do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, e a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo assinaram um protocolo que cria uma linha de crédito de 150 milhões de euros para financiamento de projetos no âmbito do Proder.

Esta linha de crédito é criada no mesmo dia em que é aberta em contínuo a medida do Programa de Desenvolvimento Rural, Proder destinada à modernização e capa-citação das empresas agrícolas.

Injetar crédito na economia agrícola«Esta linha de crédito é aberta com o

objetivo de permitir ultrapassar as atuais dificuldades de financiamento dos agri-cultores que apresentam projetos de in-vestimento e para o qual necessitam de suporte bancário para o desenvolvimento do seu negócio», anunciou a Ministra As-sunção Cristas.

O objetivo desta linha, prosseguiu a Mi-

a agricultura foi o único sector da economia que cresceu em 2011

nistra, «é garantir o acesso mais célere e mais privilegiado» a estes agricultores, criando «uma via verde» para projetos que já passa-ram pelo crivo da administração pública e foram aprovados no âmbito do Proder.

Por sua vez, o Secretário de Estado da Agricultura afirmou que «hoje é um dia importante para a agricultura portugue-sa» e referiu a importância de - através des-te protocolo com a Caixa Central de Crédi-

to Agrícola Mútuo -, se «injetar crédito na economia agrícola, o que permite aumen-tar o ritmo de investimento e não desper-diçar nenhuma das oportunidades que os fundos comunitários nos permitem».

«Já em 2011 conseguimos o maior inves-timento desde que o Proder está em vigor com um total de 700 milhões de euros», acrescentou José Diogo Albuquerque.

Um investimento com retornoA agricultura foi o único sector da eco-

nomia que cresceu em 2011. O Valor Acres-centado Bruto da agricultura registou um crescimento de 2,4% e o das indústrias transformadoras 0,4%. O sector resistiu à contração da economia e manifestou uma capacidade exportadora crescente em sec-tores como o vinho, os hortofrutícolas ou o azeite.

O complexo agro-florestal, que inclui a floresta e as indústrias transformadoras, é responsável por 20% das exportações portuguesas, representando 6% do Pro-duto Interno Bruto e 15% do emprego. O sector que suporta a economia de 70% do território com taxas de emprego que, em algumas regiões, como em Trás-os-Montes chega quase a 50%.

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O MADE - Museu do Artesanato e do Design inaugurou a exposição tempo-rária “Água de Prata - Geometria da Lã”, dia 16 de Outubro. Da autoria do artista João Bruno Videira, a mostra é com-posta por um conjunto de peças que materializam a fusão entre o artesanato e o design, com base num conceito que aposta no uso intenso das cores das lãs de Arraiolos. Há seis anos ao serviço da arte, o criativo - residente no distrito de Évora - conta já com peças em colecções particulares espalhadas por vários países, como Estados Unidos, Brasil, França, Itália, Inglaterra, Alemanha, Holanda, Bélgica ou os Emirados Árabes Unidos. Refira-se que o MADE alberga a colecção do antigo Museu do Arte-sanato/Centro de Artes Tradicionais e aposta na promoção da memória dos ofícios tradicionais do Alentejo, inse-rindo a produção artesanal no contexto do design e explorando, assim, novas conotações sociais e antropológicas.

Água de Prata Geometria da Lã

MADE

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Exclusivo

Miguel Relvas fez em apenas um ano uma licenciatura que tem um plano de estudos de 36 cadeiras.

Exclusivo

apresentar casos de sucesso: debater a importância do azeite para a gastronomia e para o turismo.

“Alentejo das Gastronomias Mediterrânicas - Festival Internacional”

“Olivoturismo: um novo produto turís-tico para o Alentejo” é o tema da Con-ferência que marcou ontem o arranque da terceira edição do “Alentejo das Gas-tronomias Mediterrânicas - Festival In-ternacional”, a realizar este ano em Por-talegre e com azeite como produto em destaque.

A decorrer no Centro de Artes e Espectá-culos de Portalegre, a conferência trouxe à capital de distrito do Alto Alentejo ora-dores de renome para participarem nos painéis “Produtos com nomes de Regi-ões – DOP/IGP”, “Azeite na Gastronomia e Restauração”, “Azeite como produto turís-tico de uma região” e “Olivoturismo”.

Apresentar casos de sucesso; debater a importância do azeite para a gastronomia e, consequentemente, para o turismo; e en-contrar estratégias para o desenvolvimen-to do Olivoturismo no Alentejo são alguns dos objectivos da conferência que inicia com uma dissertação de Carlos Marques (Expert PacMan) sob o tema “Os mercados do azeite: fatores de mudança e desafios à sua valorização na região do Alentejo”.

O primeiro dia do Festival – organiza-do pela Turismo do Alentejo em conjunto com a Câmara Municipal de Portalegre e a ADRAL - ficou ainda marcado pelo inicio da Semana Gastronómica das Co-midas de Azeite que, a decorrer até 23 de Outubro, abrange mais de cem restauran-tes espalhados pela região.

O worshop “O Azeite: o ouro líquido do mediterrâneo que distingue a nossa gastro-nomia” está agendado para o hoje e “A Festa

Portalegre recebeu ontem a terceira edição do certame promovido pela eRT

das Gastronomias Mediterrânicas”, a reali-zar no Jardim do Tarro, preenche o cartaz de 17 a 21 de Outubro.

Neste contexto, a população e os visi-tantes são convidados a participar em au-las de culinária e degustações, a assistir a

demonstrações de showcooking - a cargo de chefs de renome e com a participação especial dos Embaixadores do Alentejo Rita Pereira e José Carlos Malato - e a co-nhecer produtos tradicionais protegidos expostos pelos muitos produtos que parti-

cipam no Mercado Rota dos Sabores. Valorizar a gastronomia, os produtos

tradicionais e a cozinha e culturas do me-diterrâneo são os objectivos centrais do evento promovido, pelo terceiro ano con-secutivo, pela Turismo do Alentejo, ERT.

Seguro congratula-se por Hollande defender as suas ideias para Portugal

António José Seguro congratulou-se on-tem com as posições do chefe de Estado francês sobre Portugal, sublinhando que sempre reivindicou interna e externa-mente a necessidade de mais tempo e ju-ros menores no processo de ajustamento orçamental.

“Estou muito satisfeito com as decla-rações do presidente francês, porque ex-pressam uma convergência de pontos de vista em relação à necessidade de a Europa enfrentar esta crise colocando a prioridade no crescimento e no emprego, tal como venho defendendo há mais de um ano. Estou satisfeito, também, porque [François Hollande] se referiu a Portugal e sobre a necessidade de a Europa olhar para o nosso país e poder ajudar-nos a sair desta crise com menos sacrifícios e com menos dor, falando mesmo, em concreto, em taxas de juro mais razoáveis”, frisou.

O secretário-geral do PS considerou, também, que as declarações de François Hollande “são boas notícias para Portu-gal, porque ter um país como a França a referir-se expressamente a Portugal e a dizer que é preciso olhar para Portugal de uma forma diferente é algo que venho reivindicando há muitos meses”.

hollande referiu-se a Portugal dizendo que o país precisa de ser apoiado Basquetebol eborense de regresso à CNB1

pela “mão” dos Salesianos Évora!

O basquetebol eborense está de regresso à divisão CNB1 pela “mão” dos Salesianos Évora! Oito anos depois da última presen-ça de uma equipa eborense nesta divisão (o Juventude de Évora), e num tempo de crise económica que tem levado ao desa-parecimento de várias equipas seniores dos campeonatos nacionais, os Salesia-nos decidiram candidatar-se ao preen-chimento de uma das vagas em aberto na zona sul da divisão CNB1.

Com um projeto consolidado, que pri-ma pela aposta na formação e que nos úl-timos anos tem tido épocas de sucesso na disputa da zona sul da CNB2, onde vence-ram por duas vezes a série Sul B e chega-ram a estar muito, muito perto da subida de divisão, os Salesianos Évora pondera-ram e decidiram dar mais um passo na projeção do clube e do basquetebol alen-tejano a nível regional e nacional.

a equipa dos Salesianos continua a ser liderada pelo prof. Jorge Malarranha

O desafio é grande, a competitividade é enorme e a experiência das equipas adversárias nesta divisão é claramente superior à da formação eborense mas os alentejanos contam a seu favor com uma grande motivação, uma enorme força de vontade e com o facto de serem conside-rados outsiders nesta luta onde irão en-contrar alguns nomes históricos do bas-quetebol como o Atlético, o Belenenses ou o Seixal.

A equipa dos Salesianos continua a ser liderada pelo prof. Jorge Malarranha e é constituída por um grupo de atletas eborenses e de estudantes universitários da Universidade de Évora que gostam de praticar basquetebol e estão decididos a defender com unhas e dentes o nome do clube, da cidade e do Alentejo! Para isso esperam poder contar com o apoio de todos os eborenses e de todos os alente-janos.

A estreia dos Salesianos na CNB1 será já no próximo SÁBADO, DIA 20, NO PA-VILHÃO D. BOSCO PELAS 17H FRENTE À FORMAÇÃO DO AC MOSCAVIDE.

Nuno Crato quer revisão do processo de Bolonha

A possibilidade da experiência profissio-nal ser compensada com créditos com vista a uma licenciatura foi recentemente polémica por causa das condições em que o ministro Miguel Relvas se licenciou.

De recordar que o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares Miguel Rel-vas fez em apenas um ano uma licencia-tura que tem um plano de estudos de 36 cadeiras, distribuídas por três anos. Rel-vas requereu a admissão à Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (Lisboa) em Setembro de 2006. E concluiu a licenciatura em Ciência Política e Rela-ções Internacionais em Outubro de 2007.

No início de Junho passado, António Valle, adjunto do governante, explicou que tal se deveu ao facto de a Lusófona ter analisado o “currículo profissional” do ac-tual governante, bem como o facto de ele ter frequentado “os cursos de Direito e de História”, o que permitiu que o curso fosse feito em menos tempo.

Universidades fundaçõesO ministro da Educação e Ciência, ga-

rantiu, ontem, que não está em causa a autonomia das três universidades que se constituiram como fundações - Porto, Aveiro e ISCTE-IUL. O problema com es-

Não está em causa a autonomia das três universidades que se constituiram como fundações

tas instituições é que houve “uma esco-lha infeliz de nomenclatura”, disse. “Pre-tendemos corrigir essa escolha infeliz” e estudar a experiência desses três sistemas e ver como é que pode ser induzida no Re-gime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), de modo a que a revisão da lei se traduza em “autonomia reforça-da”, acrescentou.

Metas para o secundárioCrato revelou ainda que, este ano, serão

elaboradas metas curriculares para vá-rias disciplinas do ensino secundário, tal como já foi feito para o básico. Português, Matemática A, Física e Química, Biologia e Geologia são algumas das disciplinas do secundário para as quais serão elabo-radas as metas.

De recordar de que no básico, o minis-tério apresentou metas para o Português, Matemática, Tecnologias de Informação e Comunicação, Educação Visual e Educa-ção Tecnológica.

“Verifico que há uma convergência de pontos de vista, que ficaram bem paten-tes na reunião que tive com o presidente de França, na quinta-feira passada”, no Palácio do Eliseu, referiu.

O líder socialista lembrou que tem de-fendido desde o início do seu mandato como secretário-geral do partido que a saída para a crise em Portugal “passa também por decisões no plano europeu”, já que, desde a adesão à União Económica e Monetária, o país “começou a partilhar instrumentos que anteriormente esta-

vam sob alçada da soberania nacional”.“Esses instrumentos precisam de ser

acionados e, como tal, é preciso conven-cer os outros 16 Estados-membros [da zona euro] de que é importante mexer nesses instrumentos, designadamente mais tempo e menos taxas de juro. O que tenho estado a fazer é, nos fóruns em que participo, nomeadamente entre os socia-listas europeus, poder influenciar, quer junto dos que estão no Governo, que são poucos infelizmente, quer aqueles que es-tão fora do Governo”, afirmou.

O bispo de Beja espera que o primeiro Sínodo diocesano, que se vai iniciar a 1 de dezembro, leve os católicos a ajudar o resto da população a “vencer a depressão e o desânimo”.“Só uma fé sólida, missionária, nos restituirá a esperança e a alegria de sermos cristãos, de viver e caminhar uns com os outros”, refere D. António Vitalino, numa nota enviada à Agên-cia ECCLESIA.Segundo este responsável, a priori-dade da Igreja local é que os cristãos sejam “mais solidários, mais missioná-rios, na alegria da fé”.Com o lema ‘A verdade libertará’, o Sínodo diocesano de Beja, uma assembleia consultiva convocada pelo bispo, coincide no tempo com dois acontecimentos marcantes para a Igreja Católica: o Ano da Fé (outubro de 2012-novembro de 2013) e a cele-bração do 50.º aniversário do Concílio Vaticano II (1962-1965).“O melhor modo de viver este ano da fé e de realizarmos o Sínodo da Diocese de Beja [é] enraizar a nossa fé e esperança na comunhão da Igreja, vencendo o nosso individualismo egoísta, atentos e solidários uns aos outros, cada vez mais próximos com os nossos vizinhos de residência e de trabalho”, refere o prelado.

Católicos contra a depressão

Igreja

Inaugura a 20 de Outubro, em cerimó-nia a realizar, às 14h30, na Sala de Ex-posições do Futuro Fórum Municipal da Cultura de Avis, e vai estar patente ao público, neste mesmo espaço, até ao final do mês de Novembro de 2012, a Exposição “Nas cores do Sul...” da autoria de Mingó.A mostra, organizada pelo Municí-pio de Avis, reúne uma coletânea de 16 trabalhos executados a óleo sobre tela, “com um toque absolutamente íntimo e individualizado, inabitual em alguns aspetos, espantoso no seu tratamento e sedutor nos motivos eleitos”. Mingó, pseudónimo de Ma-riana Valente, é natural de Vila Ver-de de Ficalho, onde reside. Estudou Educação de Infância. O gosto pela pintura veio ainda na juventude. Forte, batalhadora atenta e incon-formista mas, sobretudo, leal às suas raízes, Mingó junta aos seus óleos inéditos a valentia, a ternura e as cores “reflexo do ar altivo que sopra nos montes e vales de mil cores”. O resultado é um talento único, capaz de colorir “Sol e lua”, uma “Mulher nua”, uma “Tela inacabada”, ou uma “Mondadeira” ao “Entardecer”, numa pincelada livre e sem amarras que “repudia a dependência dentro de uma técnica ou estilo” e se encontra prestes a abrir novos caminhos e a estabelecer pontes, num esforço que certamente a levará ao merecido reconhecimento.

Exposição “Nas cores do Sul...”

Avis

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Exclusivo

Os especialistas de risco defendem o reforço dos enquadramentos legais e sociais da segurança rodoviária.

Muitos acidentes fatais poderiam ser evitados

De acordo com estatísticas recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS), 1,2 milhões de pessoas morrem em aci-dentes rodoviários todos os anos, e 50 milhões ficam feridas.

Esta tendência irá intensificar-se no futuro. Os especialistas de viação no Centro Allianz para a Tecnologia (CAT) assinalam deficiências na segurança rodoviária no estudo “Allianz Risk Pul-se” sobre Mobilidade e Segurança Rodo-viária, publicado há cerca de 1 semana: mesmo medidas simples como usar o cinto de segurança, poderiam ajudar a prevenir muitos ferimentos.

Neste contexto, os especialistas de risco defendem o reforço dos enquadra-mentos legais e sociais da segurança ro-doviária, em todo o Mundo.

Os acidentes de viação são uma das muitas causas de morte a nível mun-dial, e o seu impacto na saúde global está subestimado. “Para lutar eficaz-mente contra o aumento das mortes na estrada, precisamos de uma nova cultu-ra de segurança. Um sistema rodoviário só pode ser seguro se os seus utilizado-res tiverem um comportamento tam-bém ele de segurança”, refere Christoph Lauterwasser, responsável do CAT.

Os especialistas de viação vêm uma ligação direta entre a segurança rodo-

em muitos países, tanto a segurança passiva quanto a segurança ativa precisam de ser reforçadas

viária e as condições económicas e pa-drões técnicos de um determinado país: “Quanto mais baixo for o rendimento per capita de uma sociedade, mais ele-vado se torna o risco de acidentes de viação – esta tendência é preocupante e tem que ser travada, porque a seguran-ça rodoviária não se pode tornar numa questão de mais ou menos prosperida-de”, adianta ainda Christoph Lauterwa-

sser.Em muitos países, tanto a segurança

passiva quanto a segurança ativa pre-cisam de ser reforçadas. A segurança passiva envolve por exemplo o uso de cintos de segurança, cadeiras para as crianças e capacetes. A segurança rodo-viária ativa pode ser reforçada através de ações de consciencialização nas esco-las e uma legislação mais rígida no que

respeita à atribuição de cartas de condu-ção. É também essencial a legislação de combate ao álcool na Estrada, uma vez que o álcool é responsável por 10 a 32% dos acidentes fatais, segundo a OCDE. Os sistemas de assistência à condução também contribuem bastante para pre-venir os acidentes, nomeadamente em países mais ricos.

“A informação focalizada tem de pro-vocar uma alteração ao nível das men-talidades e da cultura. O que também requer um determinado enquadramen-to legal, aliado à construção de estradas mais seguras. É a única forma de conse-guirmos reduzir o número de acidentes de viação em todo o Mundo”, defende Lauterwasser.

Desde 2011, em colaboração com a Fundação FIA “Fundo para a Seguran-ça na Estrada”, a Allianz tem apoiado a iniciativa das Nações Unidas „Década de Ação para a Segurança Rodoviária 2011-2020”. As companhias do Grupo Allianz em todo o mundo organizam regularmente atividades de segurança – por exemplo aulas e treinos de condu-ção, momentos informativos ou mesmo conferências.

O CAT foi criado em 1972: os seus espe-cialistas trabalham em diversas áreas, nomeadamente na segurança rodoviá-ria, na análise de sinistros e no desen-volvimento das reparações de automó-veis. Nesse âmbito, o patrocínio oficial da Allianz à Fórmula 1 decorre também sob o mote “Conduza com Segurança”.

Número de pessoas desfavorecidas está a aumentar «massivamente»

A Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN, sigla em inglês) em Portugal diz que a lógica economicista que domina o país, no meio da crise atual, está a contribuir para aumentar “massiva-mente” o número de pessoas desfavo-recidas.

Em comunicado, no âmbito do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, a EAPN sublinha que “a dig-nidade” dos cidadãos “está a ser dia-riamente minada por uma redução da proteção social e dos apoios”.

“Hoje, mais do que nunca, a pobreza e a exclusão enquanto fenómenos so-ciais vão perdendo as suas fronteiras, e deixando de ser fenómenos periféri-cos, vinculados a grupos, característi-cas e condições, para se tornarem um problema que atinge grande parte da população”, alerta aquele organismo.

Os responsáveis da EAPN mostram-se “profundamente convictos” da “neces-sidade de uma renovação cultural” e de uma mudança de “valores” que permita a construção de “um futuro melhor”.

Aquilo que está em jogo, acrescen-tam, “é uma nova conceção da própria vida e das relações sociais”, que passe a privilegiar “o investimento nas pes-soas e na melhoria da sua qualidade

aquilo que está em jogo, “é uma nova conceção da própria vida e das relações sociais”

de vida”.“É importante que a economia esteja

ao serviço da integralidade da pessoa e do interesse público. Mais do que as-

sistir pontualmente, com ações avul-sas, é necessário concertar políticas para ações globais duradouras e jus-tas”, salientam.

A EAPN vira-se depois para o con-texto europeu, defendendo a imple-mentação de “uma cultura de solida-riedade entre os Estados membros”.

O objetivo principal do “projeto eu-ropeu” deve estar centrado, neste mo-mento, na definição de medidas de apoio “ao investimento nos serviços públicos e nas infraestruturas, de for-ma a gerar emprego e desenvolvimen-to sustentável.

Aquela organização desafia ainda a União Europeia a garantir “o acesso a empregos de qualidade, o fortaleci-mento da proteção social e do rendi-mento mínimo” e a combater “a desi-gualdade, através de políticas fiscais mais justas”, que impeçam a “fraude e a evasão fiscal”.

A ‘European Anti Poverty Network’, criada em Bruxelas há mais de 20 anos, é uma entidade sem fins lucra-tivos, reconhecida em Portugal como Associação de Solidariedade Social, de âmbito nacional, tendo sido constituí-da a 17 de dezembro de 1991.

Em 2010, a EAPN foi distinguida pelo Parlamento português com o “Prémio Direitos Humanos”.

O Dia Internacional para a Erradi-cação da Pobreza foi instituído pela Organização das Nações Unidas em 1992, para levar a comunidade inter-nacional a juntar esforços e a encon-trar soluções para fazer face à pobreza e ao subdesenvolvimento.

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“a Guitarra Portuguesa” proporciona as visitantes a oportunidade de conhecerem as origens do instrumento.

Radar

O Monte Selvagem abre as portas a grupos com mais de 20 pessoas com visitas previamente marcadas.

Radar

O alto conceito de “Universidade” que tivemos (e alguns temos ainda) foi o pro-duto duma longa história, muito menos linear do que se imagina. Iniciado em 1180 em Bolonha (no ano seguinte ao re-conhecimento pelo Papa de Afonso Hen-riques como “Rex”), o processo de agre-gação das “escolas” privadas, de mestres individuais numa associação “universal” foi à partida utilitário.

Foram os “burgueses” das novas cida-des comerciantes que sentiram a necessi-dade de ensinar a ler, escrever e contar de forma eficaz aos seus filhos e propagaram a forma “universitas”.

A invenção do cheque, das letras de crédito, indispensáveis ao comércio à dis-tância (na Itália do Norte e nas cidades da Liga Hanseática), precisavam de pessoas com uma formação mais sólida… e mais universal.

Pode parecer irrisório que fossem ler, escrever e contar a base do ensino uni-versitário, mas entende-se melhor a importância dessas aprendizagens asso-ciadas à da língua comum a Germanos, Flamengos, Anglos, Francos, Lombardos ou Toscanos: o Latim, que daria acesso aos grandes textos da Antiguidade Clássica.

Em breve surge o ensino, também uti-litário, da Medicina, enquanto a Igreja forma os seus quadros à Teologia, que ha-via de servir de cimento ideológico à uni-ficação político-religiosa da Cristandade. Segue-se um longo período de relativa decadência (séculos XVI a XVIII) em que as universidades se corrompem dando diplomas (por “equivalências”?) aos filhos dos poderosos.

Foi sobretudo o século XIX que marcou a renovação das universidades e a cons-trução do conceito que herdámos, com uma dupla valência: a ideia de “Cultura” e o prestígio da “Ciência”.

A Cultura retomava a tradição das Hu-manidades na perspectiva romântica sobre o Renascimento; A Ciência apoia-va-se numa quase religião em torno das novas ciências em construção, cuja ver-tente utilitária – tecnológica – foi a cha-ve do seu sucesso na espiral da revolução industrial.

Essas duas componentes nunca fo-ram totalmente compatíveis. A primei-ra, tem vindo a definhar e está hoje em fase terminal. A segunda tornou-se um instrumento de formação de técnicos, abandonando o “fundamental” para um pequeno núcleo de instituições podero-sas, raras… e caras.

José Rodrigues dos SantosAntropólogo, Academia Militar e CIDEHUS,

Universidade de Évora13 de Outubro [email protected]

Um olhar antropológico

A alienação universitária 3 – O utilitário contra o desinteressado

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JOSé RODRiGueS DOS SaNTOS*antropólogo

São Brás de Alportel convida a “Inovar nas terras ardidas”

Os municípios de São Brás de Alportel e de Tavira, em parceria com o Soifer Editor promovem, no próximo dia 20, sábado, o debate “Inovar nas Terras Ardidas – Novas abordagens para a Serra do Caldeirão”, um encontro aberto aos residentes da serra e público em geral, interessado na recupera-ção e dinâmica agrícola das terras serranas.

Sendo as práticas agrícolas uma das mais interessantes medidas de prevenção con-tra os fogos, este debate pretende ser um incentivo a novas abordagens à zona ser-rana, contando para tal com a presença de especialistas internacionais e nacionais que vão abordar o tema, a partir de casos de sucesso.

A ter lugar a partir das 15h00, no Museu do Trajo de São Brás de Alportel, o debate contará com uma sessão de abertura, com intervenções dos presidentes das câmaras municipais de São Brás de Alportel e de Ta-vira, António Eusébio e Jorge Botelho, res-petivamente; e do consultor internacional, Jack Soifer.

O debate prosseguirá com as interven-ções de 4 oradores, especializados em dife-rentes áreas do saber. Jorge Santos, professor em diversas escolas de Agronomia, será o primeiro orador da tarde, abordando a te-mática numa perspetiva agrícola e de pro-dutividade dos solos, para descortinar “O que há nas cinzas? O que se pode fazer?”.

Prosseguirá no encontro João Silva, pro-fessor e produtor biológico, especializado

este debate pretende ser um incentivo a novas abordagens à zona serrana

em permacultura, cultivo biológico e mer-cados, que pretende partilhar conhecimen-tos, mas também a sua experiência profis-sional.

O terceiro orador da tarde, o agrónomo José Silva, direcionará o seu discurso para o combate à propagação de incêndios com re-curso à plantação de figueiras da índia em locais estrategicamente planeados.

O consultor internacional Jack Soifer será o quarto e último orador a dirigir-se à pla-teia, numa alusão à semi-industrialização de frutos e respetivas exportações.

Segue-se um breve momento de anima-ção protagonizado por Carla Lopes que dá

voz ao Rap “É para mudar”, de autoria de Marta Gregório, dos INOVAAANTES, que assinala o início de um terceiro momento aberto a depoimentos de alguns empresários locais, alguns membros do grupo INOVAA-ANTES, bem como à população em geral.

Os deputados Artur Rego e Jamila Ma-deira encerram o debate tecendo algumas elações e sugestões para que a Serra do Cal-deirão, objeto de debate em particular, pos-sa “renascer das cinzas”.

Seguir-se-á um momento de convívio que integra provas de vinho bem como a apreciação de diversas obras de Jack Soifer sobre a problemática das terras ardidas.

Monte Selvagem encerra no inverno para bem estar animal

O Parque Monte Selvagem, em Mon-temor-o-Novo inicia em Novembro o período de “hibernação”, já habitual, de três meses, dedicando-se a actividades de manutenção e melhorias para o rei-nício em Fevereiro de 2013.

Como a pausa não é absoluta, durante os três meses de paragem, o Monte Sel-vagem abre as portas a grupos com mais de 20 pessoas, desde que a visita seja previamente marcada e, uma vez aber-to nesses dias, receberá qualquer pessoa que apareça.

Quem desejar conhecer ou recordar o Parque nos meses de Inverno, deve-rá sempre consultar previamente o site www.monteselvagem.pt para verificar as datas de abertura ao público. Esta informação é permanentemente actua-lizada sempre que ocorram novas mar-cações ou que as condições climátéricas do momento ditem alterações de planos.

Em Outubro, o Monte Selvagem de-safia ainda todos a passarem um dia único e inesquecível nos mais de 20

O Monte Selvagem desafia ainda todos a passarem um dia único e inesquecível

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”A Guitarra Portuguesa“ e ”Formas de Terra e Fogo“ no Museu de Portimão

O Museu de Portimão prolongou até 25 de novembro o prazo de exibição das duas mostras temporárias atualmente paten-tes, e que são “A Guitarra Portuguesa” e “Formas de Terra e Fogo”.

“A Guitarra Portuguesa” proporciona as visitantes a oportunidade de conhece-rem as origens do instrumento, cujo som característico foi um dos principais moti-vos para que o fado, considerado a canção nacional portuguesa, tenha sido consa-grado recentemente como Património Imaterial da Humanidade.

Remontam ao século XVI as primeiras referências à cítara europeia, cordofone que acabará por dar origem à guitarra portuguesa como a conhecemos e que no início do século XIX era um instrumento associado às classes mais pobres, passan-do a afirmar-se junto da burguesia no fi-nal desse período.

Na primeira metade do século XX, os mestres construtores e os guitarris-

Na nave central pode ser vista a exposição permanente “Portimão - Território e identidade”

tas realizaram em conjunto um traba-lho que transformou a guitarra como é hoje reconhecida e que se divide em

três modelos, de acordo com os locais da sua maior utilização: Lisboa, Coimbra e Porto.

Em paralelo, continua exposto um con-junto de peças da escultora Sara Navarro, intitulado “Formas de Terra e Fogo”, que faz uma ponte entre os processos mais remotos da produção cerâmica e a criação artística contemporânea.

As esculturas da artista, (re)criadas pela arte do fogo, transmitem algo de primiti-vo, pré-histórico ou arqueológico, e evo-cam a arte e a cultura de outros tempos, de outros lugares.

Na nave central pode ser vista a expo-sição permanente “Portimão - Território e Identidade”, a qual funciona como o grande núcleo expositivo de síntese e re-ferência da história local, dos momentos mais determinantes da evolução social do município de Portimão e dos seus ha-bitantes, de uma forma integrada, globa-lizante e evolutiva.

O Museu de Portimão abre portas à terça-feira das 14h30 às 18h00 e de quar-ta a domingo entre as 10h00 e as 18h00, tendo sido agraciado com várias distin-ções, de onde se destacam os prémios “Museu do Ano 2010 do Conselho da Europa” e “DASA - Mundo do Trabalho em 2011”.

hectares de vida animal. Neste mês, a população sénior tem um desconto de 3 € por bilhete e, por apenas 8,00 €, estes visitantes poderão desfrutar das tem-peraturas amenas típicas desta época do ano, caminhar, explorar e conhecer a diversidade de espécies e actividades disponíveis no Parque.

Sedeado em Montemor-o-Novo, fre-

guesia do Lavre, o Monte Selvagem tem mais de 400 animais de 75 espécies. Os cuidados com estes animais são asse-gurados por uma equipa técnica espe-cializada e pluridisciplinar com qua-lificação desde as ciências naturais às ciências humanas. O parque é um dos destinos turísticos mais procurados na região.

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14 18 Outubro ‘12 15 Anuncie no seu jornal REGISTOTodos os anuncios classificados de venda, compra, trespasse, arrendamento ou emprego, serão publicados gratuitamente nesta página

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Page 9: Registo ed227

SEMANÁRIO

Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 ÉvoraTel. 266 751 179 Fax 266 751 179Email [email protected]

O Executivo Municipal tem, des-de o primeiro momento, aposta-do na promoção de Vila Viçosa como um destino turístico de excelência.

Nesse sentido, o Município tem estado representado em di-versas feiras do sector, designa-damente a Bolsa de Turismo de Lisboa ou o Mundo Abreu, mas também em outros eventos cul-turais que, no Alentejo, permi-tem aumentar a visibilidade do nosso concelho, nomeadamente a Feira de São João, em Évora, a Feira de S. Mateus, em Elvas ou, entre outras, a Feira do Montado, em Portel.

O trabalho desenvolvido re-flecte-se no crescente número de visitantes que chegam a Vila Vi-çosa para conhecer toda a nossa riqueza histórica e patrimonial.

No período de Verão (Junho a Setembro de 2012) o Posto de

Turismo e o Quiosque Turístico contabilizaram 8032 visitantes, este número refere-se a todas as pessoas que recorrem aos pontos de informação turística com o intuito de receber mais porme-nores sobre o que fazer e conhe-cer em Vila Viçosa.

Relativamente ao período análogo em 2011 verifica-se um acréscimo superior a 2600 visi-tantes, uma tendência clara e progressiva desde 2009.

Numa análise mais alargada constatamos igualmente que entre Janeiro e Setembro de 2012 foram acolhidos no Posto de Tu-rismo mais 2590 visitantes que no mesmo período em 2011.

Estes dados revelam que o trabalho desenvolvido pela au-tarquia na área do turismo são indiscutivelmente favoráveis ao nosso concelho, porque mais turistas em Vila Viçosa são si-

nónimo de oportunidades para a economia local.Entre Junho e Setembro de 2012 o Posto de Tu-rismo e o Quiosque Turístico de Vila Viçosa contabilizaram 8032 visitantes, números que reve-lam uma tendência crescente e que surgem como resultado do trabalho desenvolvido pela au-tarquia na área do turismo.

Redondo

XVII Prémio Literário Hernâni CidadeNo próximo domingo, 21 de outubro, às 16h00, irá decorrer no Centro Cultural de Redondo a cerimónia de entrega do Prémio Literário Hernâni Cidade que este ano teve como tema “Cabe, porventura, à literatura uma função social?”, na modalidade de ensaio. Com organização do Município de Redondo, a presente edição contou com o apoio da Junta de Freguesia local, do BPI e do Millennium Bcp. Comple-tando a sua XVII edição, o prémio redondense contou com a participação de mais de uma centena de pessoas, adesão essa que ano após ano tem vindo a conhecer uma tendência crescente em virtude da consagração desta iniciativa em homena-gem ao conceituado escritor redondense. No decorrer da cerimónia, o júri procederá à entrega dos prémios antecipando um momento musical protagonizado pelo Ensemble de Metais da Sociedade Filarmónica Municipal Redondense.

Vila Viçosa atenta ao crescimento Turístico do concelho

Alentejo

D.R.

Planeado como um projecto de divulgação das geociências junto do grande público e das escolas, o Trilho Geológico con-templa fragmentos da história geológica do sul de Portugal, nos últimos 1000 milhões de anos, desde o Neoproterozóico até à actualidade.

No Jardim Público, ao longo de 200 m e utilizando uma es-cala onde cada metro percorrido equivale a 5 milhões de anos, observam-se as principais for-mações rochosas do Alentejo, de entre as quais se assinalam o mi-nério de cobre de Neves Corvo, o mármore de Trigaches, o xisto de Barrancos, o arenito carbonata-do de Alfundão com fósseis de Ostras e o gabro de Beja.

As rochas foram recolhidas nas regiões de Barrancos, Beja, Castro Verde, Cercal, Ferreira do Alentejo, Grândola, Mértola, Santiago do Cacém e Vidigueira. Ao longo do passeio serão abor-dados vários aspectos geológicos da região (os principais jazigos minerais metálicos e não metáli-cos; os vulcões antigos; as jazidas de fósseis) e a paleogeografia das distintas Eras geológicas, real-çando continentes e mares que existiram no passado.

Passeios pelo trilho geologico

Beja

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“O trabalho desenvolvido reflecte-se no crescente número de visitantes que chegam a Vila Viçosa para conhecer toda a nossa riqueza histórica e patrimonial”.