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ABC DA OBRA

Reportagem NÚRIA DE OLIVEIRA

Seja casa, apartamento ou estabelecimento comercial, vai chegar o dia que a reforma será necessária e o jeito é enfrentá-la. Os motivos para a obra

podem variar, mas o fato é que a reforma sempre tem dois lados: um cheio de eufemismo, quando se sonha e projeta as mudanças desejadas; e o lado de

tensão absoluta, em meio ao pó do cimento e as batidas do pedreiro. Para evitar ou reduzir a dor de cabeça, faça um cronograma e uma projeção

dos gastos, incluindo etapas e materiais que a obra exigirá. Mesmo com toda organização e estimativa, saiba que imprevistos acontecem. “Tratando-se de reformas, podemos ter o fator surpresa, pois pode ocorrer de adequar algum

item que não estava previsto”, alerta a arquiteta Elisangela Cortez.

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Como calcular o total de investimento?

Os gastos devem ser calculados em planilhas, depois que o projeto estiver pronto, para conseguir um orçamento mais próximo do real de quanto custará a reforma. É importante ter esta previsão antes de iniciar a reforma. A partir de um projeto bem definido, deixe uma margem de 20% a 30% de possibilidade de “estouro” do orçamento, pois no momento do projeto e previsão de custos não se vê a verdadeira condição do prédio.

Qual a média de investimento

de uma reforma?

Normalmente, uma reforma residencial que vai substituir pisos, revestimentos (azulejos), instalações hidráulicas e elétricas, portas, batentes e janelas, terá a necessidade de refazer o reboco das paredes. Neste caso, apenas se aproveitará a estrutura das paredes e o telhado. Assim, podemos considerar um custo por volta de R$ 900 o metro quadrado.

Qual o tempo médio de espera

para concluir a reforma?

O prazo é definido quando se tem o projeto finalizado. O valor disposto pelo cliente também dita o andamento da obra. Também é comum em reformas residenciais o famoso “já que”. “Já que o pedreiro está aí...”, “Já que está quebrando...”, “Já que está mexendo...” e assim vai. Isso aumenta consideravelmente os serviços e também o orçamento.

Quais dicas para prevenir dores de

cabeça e surpresas desagradáveis?

O planejamento é a palavra-chave. Outro fator que reduz o nível de estresse dos clientes é a mudança do imóvel durante o período de reforma.

FONTE: ARQUITETA ELISANGELA CORTEZ

E ENGENHEIRO EVERALDO BASSETTE

Neste projeto, as maiores mudanças aconteceram na fachada.

Com poucas alterações na alvenaria, o visual ficou totalmente

diferente com uma mistura do estilo contemporâneo com o

neoclássico. As principais alterações foram no telhado. Antes

ele era em diferentes alturas, agora possui nível único no andar

superior e outro na garagem e varanda. O telhado ficou embutido

em uma platibanda ornamentada por molduras de concreto,

que aparecem também nos pilares e quinas da alvenaria.

FOTOS AZAEL BILD/PROJETO ELISANGELA CORTEZ

Aqui a fachada foi modificada para ficar com linhas mais retas,

com telhado embutido e detalhes em madeira. Devido ao

desnível do terreno, a parte térrea se tornou o salão comercial,

e a parte inferior foi mantida como residência. Porém, o acesso

entre os pavimentos foi eliminado com a retirada da antiga

escada. Para atender a nova necessidade, foi feito local de

estacionamento; recepção; espaço para corte; lavatórios; sala

de tratamentos específicos; sala vip; banheiros para clientes,

cadeirante e funcionários; copa; depósito; jardim de inverno.

ANTES

DEPOIS

PROJETO DANIELA CARICILLI

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