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Reflexões
Semanais
Na primeira semana de aula, comecei a perceber aquilo que me/nos
esperava, ou seja, uma grande etapa nas nossas vidas. Muito sinceramente, sentia
um misto de sentimentos, estava feliz pois não iria trabalhar com o método
tradicional, e ansiosa com o novo método que iríamos conhecer.
Mas tudo foi muito bem esclarecido pela professora Helena. Algo que me
deixou muito satisfeita, foi o facto que teremos a ajuda fundamental e essencial
tanto da professora Helena, do professor Paulo como da professora cooperante.
Mas sinceramente, ainda não me sinto 100%, confiante, não, porque não
acredito no Movimento da Escola Moderna, mas sim porque tenho muito medo
de não corresponder as expectativas que estão a depositar em mim/nós. Posso até
estar a sofrer por antecipação, mas o sentimento que agora tenho é de muito
medo e algum receio.
Nesta primeira semana, analisamos o regulamento que nos falava sobre o
estágio, comparando de certa forma com o programa da disciplina apresentado
pela professora Helena. Por certos momentos ficamos a saber sobre o estágio, os
nossos direitos e deveres.
Posteriormente, iniciámos um diálogo, sobre o que mudou na escola desde
a nossa educação primária até aos dias de hoje. Os colegas divergiam nas
opiniões, enquanto para uns a escola não mudou, para outros mudou. Na minha
opinião a escola mudou muito, e mudou para melhor. Desde os espaços físicos,
como os métodos, as técnicas, os instrumentos de trabalho e principalmente as
aulas a tempo inteiro, que, como referir na sala, caberá a cada família o melhor
regime das mesmas.
Em jeito de conclusão, irei aguardar com muita ansiedade os próximos
passos. As próximas novidades sobre o Movimento da Escola Moderna, tanto a
nível teórico, mas principalmente a nível prático.
1ª Semana – 28, 29 e 30 de Setembro de 2009
Nesta segunda semana de aulas, analisamos um texto que retratava novamente o
Movimento da Escola Moderna, os seus métodos, as suas teorias, metodologias e
ideologias. Percebemos quais eram os principais objectivos em relação aos profissionais
de educação.
Através da análise do texto fiquei a compreender melhor, alguns pontos e
objectivos do Movimento da Escola Moderna. Também podemos referir que existem
palavras-chave que retratam bem este movimento, tais como: cooperação,
responsabilidade, metodologias activas, participação democrática, entre muito outros.
Também falamos um pouco sobre a nossa pequena e primeira reflexão que
elaboramos na sala. A professora voltou a dar-nos uma palavra amiga, no sentido em
que para esta, as nossas reflexões salientavam o sentimento de medo e ansiedade.
Após isso observámos um vídeo, aliás, uma reportagem sobre o Movimento da
Escola Moderna os seus associados, e a ligação, ou não com a escola tradicional.
Também podemos perceber melhor o método da Escola João de Deus. Este vídeo foi
muito importante para percebemos de facto, como trabalham as professoras com o
MME e as disparidades que existem entre este método e o ensino tradicional.
Com a observação do vídeo apercebi-me de dois acontecimentos em particular,
que até então não me tinha apercebido. Em primeiro lugar verifiquei que com o ensino
tradicional, as crianças não têm tanta autonomia e aquisição de conhecimento como as
crianças do MME. Em segundo lugar, a insatisfação, a desmotivação que as crianças do
ensino tradicional sentiam, em aprender uma letra de cada vez. Concluindo desta forma
que o ensino tradicional pode ser o principal factor de desmotivação e desinteresse na
aprendizagem da criança.
No dia sete de Outubro, eu e a Margarida analisámos um documento e
realizámos um esquema resumindo as suas principais ideias. Através dessa análise, e da
análise que os colegas também realizaram, apercebi-me de outras teorias que retratam o
Movimento da Escola Moderna.
2ª Semana – 6 e 7 de Outubro de 2009
Na Segunda-feira dia 12 de Outubro, por motivos pessoais tive que faltar à aula,
portanto a minha reflexão basear-se-á na Terça-feira dia 13 de Outubro.
Mais uma vez foi analisado na aula um documento sobre o Movimento da
Escola Moderna. Lemos, observámos e analisámos um documento relacionado, mais
precisamente com as vantagens e desvantagens sobre a metodologia do MEM.
Após uma reflexão individual e posteriormente em grupo, chegámos à conclusão
que o Movimento apresenta grandes vantagens. Tais como: preparar a criança para a
autonomia, livre expressão, sentido crítico, e principalmente para a cidadania.
Na minha opinião, o MEM, pode de facto transformar as escolas e
principalmente as crianças, tornando-as mais experientes e mais maduras, isto é,
tornando-as mais preparadas para o futuro.
3ª Semana – 12 e 13 de Outubro de 2009
Iniciámos a aula com um diálogo sobre o estágio, mais precisamente sobre a
observação feita à aula da Quarta-feira anterior. Dado que foi a primeira vez que fomos
observar a aula, e observámos pela primeira vez uma metodologia diferente da que
estávamos habituados, tanto eu como os colegas tivemos muito que conversar.
Cada grupo expôs as suas experiências e as suas observações e o engraçado é
que tivemos muitas ideias em comum. Reflectimos muito e tirámos muitas dúvidas com
a professora Helena.
No segundo dia de aulas, realizámos a análise de um documento do Sérgio Niza
da revista nº 24 do MEM. A análise deste documento foi feita a pares e eu fiquei com a
Marta. O objectivo foi analisar o documento e realizarmos posteriormente um esquema.
O texto dizia-nos que a escola deveria ter uma extensão lúdica, mas contrariava
o uso abusivo dos jogos lúdicos. Dizia-nos que se houver uma partilha de saberes entre
professor/aluno, aluno/aluno, passaria a existir desta forma a construção de uma cultura
de saberes. Muito importante para o enriquecimento de ambos.
No documento também é dada grande importância ao Trabalho de Projecto,
transmitindo-nos que os alunos realizam os projectos que mais gostam ou que mais se
identificam, sem serem impostos pelo professor. Refere que para que um trabalho corra
na perfeição, este precisa de passar por várias fases. Por exemplo: a reprodução mental
do que se quer fazer, saber ou mudar; elaboração do projecto; execução; entre outras.
Com a análise deste documento do Sérgio Niza, fiquei a saber a importância do
Trabalho de Projecto, e como se deve aplicar.
4ª Semana – 19 e 20 de Outubro de 2009
Por não me estar a sentir muito bem, na segunda-feira dia 26 de Outubro,
infelizmente tive que faltar à aula. Portanto só posso comunicar-vos o que se realizou no
dia 27.
Na semana anterior, aos pares analisámos um documento e posteriormente,
realizámos um esquema especificando os assuntos mais importante que o documento
retratava.
Um dos objectivos deste pequeno trabalho, passava pela apresentação do
mesmo. Como no final da aula anterior o tempo foi escasso e não tivemos a
oportunidade de apresentarmos o trabalho pretendido, concluímos no dia transacto.
Como tal já salientei, coube à colega Marta o privilégio, de apresentar o
trabalho, analisado e esquematizado por ambas.
Basicamente, os grupos estiveram ao alcance pretendido, pela professora, ou
seja, obtivemos as competências mínimas pelos menos nas apresentações dos trabalhos,
a nossa tarefa, não foi divergente.
Para concluir, com a análise do documento do Sérgio Niza, e posteriormente a
exposição e reflexão do esquema, o que me chamou mais atenção foi o facto de que este
saliente no Trabalho de Projecto. O que conclui e tive a oportunidade de conversar com
a professora Helena, foi o facto de que, a maior parte dos objectivos que o MEM trata,
muitos estão destacados no Trabalho de Projecto, é portanto deveras a sua importância,
em desenvolve-lo e trabalhá-lo.
5ª Semana – 26 e 27 de Outubro de 2009
No dia 2 de Novembro, segunda-feira, a turma referiu os pontos mais
interessantes do estágio de quarta-feira. O que mais se realçou nessa semana foi o facto
de alguns apresentarem alguns comportamentos inadequados.
A professora Helena, explicou-nos que as palavras castigos e punições não
existem no Modelo. Quando os alunos infringem as regras, os alunos no Conselho de
Turma reflectem sobre o referido acontecimento.
As palavras castigo e ainda punição, são um pouco “assustadoras”, no sentido
em que intimidam. Mas, se me é permitido, não concordo nada. Acho que um castigo
merecido ou uma punição a um aluno que infringiu as regras, pode ser perfeitamente
aplicado. Não desejo que me interpretem mal, não sou a favor, do exagero dos castigos,
nem das punições, mas no momento certo, porque não castigar um aluno, isto é,
deixando-o na sala durante o intervalo? Por exemplo, se explicámos a um aluno que
numa sociedade ou comunidade, quem roubar, matar, ou agredir uma pessoa, vai preso,
então esta forma que não respeitar as regras da pequena comunidade que é a sala de
aula, também será penalizado.
Se um dos pontos chaves do MEM é a cidadania e a democracia, numa
sociedade democrática, temos direitos, deveres e também castigos e punições, portanto
o Modelo acaba por se contradizer.
Para finalizar a aula do dia 2 de Novembro, foi-nos pedido, a leitura e a análise a
um documento intitulado “Uma cultura para o trabalho de projecto do Américo Peças,”.
O trabalho foi realizado em grupo com a turma dividida em dois grupos. O objectivo foi
analisarmos o documento e posteriormente a realização de um esquema que, para
finalizar, seria devidamente apresentado.
No dia 3 de Novembro, tivemos a oportunidade de apresentar o esquema por nós
elaborado. Coube à colega Micaela a exposição do esquema.
O Trabalho de Projecto salienta: uma pedagogia (inclusiva) estimulante; uma
estrutura sociocêntrica; dá sentido de pertença e de identidade; uma organização
democrática; empenho e desempenho; uma gestão de conteúdos, recursos, impulsos,
6ª Semana – 2 e 3 de Novembro de 2009
desejos e interesses. Concluindo o esquema referido que o Trabalho de Projecto traz ao
meio envolvente uma maior cultura e cidadania.
No dia 9 de Novembro, segunda-feira, a turma voltou a realçar os pontos mais
interessantes do estágio da quarta-feira. Desta vez o foco foi para a situação do Manuel.
O colega expôs como é que os alunos encararam o facto de este se apresentar em
cadeira de rodas.
Depois da sua exposição fiquei deveras contente pelo colega, pelo facto de os
alunos aceitarem, muito bem a sua situação, algo que o deixou muito preocupado. Notei
no colega uma grande satisfação pelas coisas terem corrido bem.
Posteriormente, foi nos colocado uma questão sobre o que seria necessário para
a elaboração de um bom texto. Juntamente com a professora elaborámos uma sequência
de vários aspectos fundamentais para a elaboração do mesmo. Passo em seguida a
salientar: um título; uma organização (introdução, desenvolvimento e conclusão); um
autor no fim; uma linguagem clara e perceptível: uma pontuação correcta; uma
utilização de tempos verbais; utilizando uma correspondência, género e numero;
uniformizar as palavras com maiúsculas, as aspas, o itálico; referenciar descrever alguns
pontos essenciais dos acontecimentos; para finalizar ter uma opinião individual sobre os
acontecimentos; pode existir uma ilustração e citações de autores.
Após, esta exposição presumo que os pontos analisados faziam referencia a
como deveríamos elaborar uma boa e adequado reflexão.
Em seguida, a professora Helena, passou a nos clarificar sobre os pontos avaliativos da
disciplina. Depois da exposição da professora a turma entrou em alvoroço. Dado que a
avaliação valoriza mais de 50% o portefólio final e não as práticas, a turma ficou
insatisfeita e manifestou a sua reprovação.
Para tal, a professora Helena tranquilizou-nos e referiu que iria reflectir melhor
sobre a avaliação e mais precisamente sobre a pontuação estabelecida pela mesma.
7ª Semana – 9 e10 de Novembro de 2009
Na segunda-feira, dia 16 de Novembro, iniciámos a aula, uma vez mais, a
reflectir sobre o dia de estágio. Cada grupo falou sobre os pontos fortes do seu dia.
A professora Helena propôs-nos que na próxima aula de estágio analisássemos o
programa do ano em questão e que conferíssemos as Listas de Verificações, isto é,
como estão distribuídas e o que desenvolve especificamente cada área curricular.
A professora Helena, após uma pequena reflexão,
também nos comunicou que já havia revisto a nossa
avaliação e que, juntamente com os professores
cooperantes, elaborara uma nova grelha, com novos e mais
especificados critérios de avaliação.
Para finalizar a aula, a professora pediu-nos que cada um de nós definisse o que
era uma criança com um mau comportamento e, então, elaborássemos uma relação das
opiniões emergentes.
Numa reportagem de Pedro Cunha ao
jornal O Público, onde que este coloca as
questões: “Por que é que crianças e
adolescentes sem qualquer deficiência ou
atraso e com um desenvolvimento
aparentemente normal não aprendem na
escola? O que explica o seu desinteresse e
desmotivação? E o que leva, tantas deles, à indisciplina e ao mau comportamento?”
reconhece que “Antes de um problema, as dificuldades de aprendizagem constituem,
sobretudo, um sintoma, defendem especialistas que debatem o tema amanhã (…)
segundo o médico João Beirão que dirige a equipa de pedopsiquiatria da Estefânia,
confirma o elevado número de pedidos de ajuda a crianças sinalizadas por problemas de
mau comportamento, “falta de limites e ausência de regras” mas também com
“dificuldade de concentração e de aprendizagem”.
Na terça-feira, dia 17 de Novembro, iniciámos a aula com a leitura e análise de
um documento (página 122) elaborado por Sérgio Niza, que incidia sobre o Trabalho de
8ª Semana – 16 e 17 de Novembro de 2009
Estudo Autónomo na sala de aula. Coube à colega Cláudia a leitura do respectivo
documento. Este realçava que em cada dia da semana e pelo menos cerca de uma hora
por dia, o aluno deveria trabalhar no Tempo de Estudo Autónomo, como um dos
essenciais instrumentos de pilotagem o PIT. Segundo Sérgio Niza “ para que os alunos,
individualmente ou a pares, possam treinar capacidades e competências curriculares
guiadas por exercícios propostos em ficheiros; possam estudar, em textos informativos
ou nos manuais, as matérias nucleares dos respectivos programas e possam exercitar-
se no trabalho de produção ou de revisão de textos escritos; proceder a leituras à sua
escolha, ou realizar quaisquer outras actividades de consolidação ou de
desenvolvimento das aprendizagens”.
Para finalizar a aula, lemos e analisámos o texto do colega João sobre o
Concelho de Cooperação do seu Diário de Estágio, com o intuito de preencher uma
ficha em que continham os seguintes parâmetros: os comentários positivos, aspectos a
melhorar, perguntas ao autor e por fim propostas de reescrita. Como auxiliar para a
reescrita do texto, tínhamos os critérios para a elaboração de uma reflexão, criado pela
turma juntamente com a professora Helena. Visto que não tivemos tempo para concluir
a tarefa proposta, esta ficou adiada para a aula seguinte.
No âmbito da disciplina curricular de estágio, coube-me uma vez mais a
realização de uma reflexão/descrição, referindo os mais importantes
momentos/situações da aula.
Então, no dia 23 de Novembro, iniciámos a aula referindo o que de melhor e de
pior nos tinha sucedido no nosso dia de estágio e também esclarecendo e respondendo
às questões que a professora Helena colocava, para realizarmos às nossas professoras
cooperantes.
Posteriormente, reanalisámos o texto do João sobre o Concelho de Cooperação
do seu Diário de Estágio. O objectivo era que nos colocássemos no papel dos alunos
quando elaboram um Trabalho de Texto durante a aula. Denomina-se Trabalho de Texto
em grupo a reescrita das criações dos alunos com a cooperação dos colegas e do
professor. Não podemos deixar de realçar que a escrita, bem como a leitura se revelam
de extrema importância para as crianças do 1º ciclo e que, por tal, tem que ser bem
trabalhado para que futuramente surta o efeito desejado. Não podemos, em momento
algum, descurar que a escrita é um processo em permanente construção e não um
produto acabado.
Segundo Grave-Resendes, L. e Soares, J (2002) “No MEM, entende-se a escrita
e a leitura como um processo que começa antes das aprendizagens formais e se
constrói ao longo de toda a vida através de interacções múltiplas do sujeito que
aprende com o meio social onde vive e onde intervém. Na maioria das escolas,
ignoram-se ou desprezam-se os conhecimentos que as crianças construíram antes da
sua entrada na escola”.
Alterámos o texto conjuntamente, de forma a melhorá-lo. Colocámos várias
sugestões e criámos frases novas como por
exemplo: “o Diário de Turma serve para
reflectir, avaliar, debater, identificar as
fontes de conflito, explicar as intenções
dos actos e as suas consequências,
experimentar colocar-se na perspectiva do
outro (…) Gostei de ter participado no Conselho de Turma, pela primeira vez achei
interessante ver o modo como os alunos discutiam democraticamente”. Não posso
9ª Semana – 23 e 24 de Novembro de 2009
deixar de salientar que a ficha que a professora distribuiu com os comentários positivos,
aspectos a melhorar, perguntas ao autor e por fim propostas de reescrita, foi um grande
auxiliar de apoio para a execução do exercício.
Contudo, o João mostrou um pouco de desagrado com as alterações que
fizéramos, referindo que o ao alterarmos o texto, este deixaria de ser autêntico, único e
exclusivo daquele autor. Após reflexão sobre o que ouvira, cheguei a questionar-me se o
João não teria razão.
Este tipo de exercício que realizámos na sala de aula,
criado pela metodologia do MEM, “é uma prática que privilegia
a diferenciação como estratégia de ensino-apredizagem, todos os
dias as crianças individualmente, a pares, em pequenos grupos,
realizam actividades de aprendizagem da Língua Portuguesa.
Nas sessões colectivas, exibem os conhecimentos que foram elaborando
individualmente e em cooperação com os colegas e com os professores e o que
aprenderam fora da escola (…) aquelas sessões constituem um grande momento de
comunicação, de reescrita e de leitura, de troca, de sistematização de conhecimentos,
de tomada de consciência do funcionamento da Língua no sentido mais amplo e
consequentemente de novas aprendizagens”. (Grave-Resendes, L. e Soares, J. 2002)
Posteriormente analisámos um texto, de Inácia Santana, (páginas 123 a 132)
onde era mencionado o Plano Individual de Trabalho como instrumento de pilotagem
das aprendizagens do 1º ciclo.
Referira-se que existem outros
instrumentos individuais e colectivos de
pilotagem, que segundo Inácia Santana são: em
primeiro lugar, como instrumento privilegiado,
temos o PIT (como o próprio titulo do
documento salienta), “porque constitui uma
clarificação de todo o positivo de organização cooperada de trabalho”, depois, a
Apresentação do Programa, “porque constitui a base do trabalho, e a primeira
abordagem do que a escola exige de todos (professores e alunos). Procurando, deste
modo, desocultar os critérios da escola e partilhar com os alunos as competências e os
conteúdos das aprendizagens, de forma a envolvê-los no processo desde o primeiro
momento (…) estes momentos são simultaneamente de planificação dos conteúdos a
trabalhar no período seguinte, e desencadeiam, naturalmente, a constituição e
organização de grupos em torno de novos projectos.”. Já as Listas de Conteúdos
“facilitam, por um lado, a gestão colectiva do trabalho, uma vez que assinalamos o que
foi trabalhado e o que os projecta trabalhar e propicia, por outro, regulação individual
das aprendizagens, através da autoavaliação periódica, permitindo a cada um situar-
se, em qualquer momento, face ao que já foi realizado. Dá-nos uma visão global dos
progressos do grupo e de cada um facilitando aos alunos a tomada de consciência dos
seus percursos. (…) os quadros elaborados, são para os programas de Língua
Portuguesa, Matemática e de Estudo do Meio”. Temos também, o Plano da Semana e o
Plano do Dia, cujo objectivo é “melhorar as respostas às necessidades do grupo em
todas as áreas do programa, é negociado, com a turma, um horário semanal que
contempla um número reduzido de rotinas já instituídas (…) esta organização das
rotinas constituiu um importante salto qualitativo no nosso quotidiano porque permitiu
clarificar as diferentes modalidades de trabalho utilizadas e a demarcação de tempos
destinados a cada uma delas, o que se tornou estruturante para a organização
individual e do grupo”. Contudo, não podemos, de forma alguma, descurar os materiais
diversos como: Ficheiros, Guiões, Livros têm que responder “às necessidades de
trabalho autónomo e estimulem as aprendizagens do grupo”. O Quadro de Tarefas e,
também, muito importante pois, aí, “semanalmente são assumidas pelos alunos e
avaliadas no grupo”. Outro instrumento de pilotagem é o Diário de Turma, que
“permite gerir e regular conflitos, aferir processos, valorizar percursos, corrigir
aspectos menos conseguidos, enfim, ir reinstituindo o dispositivo de organização por
participação directa de todos os elementos envolvidos”. No entanto, não podemos
deixar de realçar que, o Plano Individual de Trabalho como instrumento individual e
colectivo de pilotagem das aprendizagens deverá realçar o modelo sociocentrado, ou
seja, um modelo centrado no meio, na sociedade.
À medida que avançávamos na leitura do referido documento, surgiam algumas
dúvidas que não conseguíamos esclarecer. Para clarificar estas questões emergentes, a
professora sugeriu que as colocássemos à professora cooperante no dia do estágio.
No dia 24 de Novembro, a aula iniciou-se com o tema da avaliação. Tal como
prometido, a professora Helena repensou sobre os critérios de avaliação que nos tinha
proposto e, desta vez, apresentou-nos uma grelha avaliativa muito mais específica e
aprazível.
A respectiva professora explicou-nos que a avaliação é um processo muito
complicado, mas que todos estarão dispostos a ajudar-nos durante a nossa caminhada,
para que possamos atingir o objectivo final com sucesso.
Seguidamente, lemos e analisámos um documento do Sérgio Niza intitulado O
Diário de Turma e o Conselho (da página 95 até 100).
Após a leitura do documento fiquei a perceber que uma Turma é uma instituição
dentro de uma instituição, porque tem regras e normas. A mesma é, ainda, um
subsistema em que é auto-reguladora. Para Sérgio Niza (1991) “essa unidade social e
educativa entendo-a como um sistema (ou subsistema) auto-regulado em
desenvolvimento. A Turma (como a Escola), é um sistema social com uma organização
finalizada para a educação através da reconstrução ou reconstituição cultural e social
operada pelos companheiros com o apoio dos adultos educadores.”
Para que a Turma funcione como um sistema organizacional e auto-regulador,
um dos preceitos fundamentais do sistema ou da organização da Turma é, sem dúvida, o
Conselho. Segundo Sérgio Niza (1991) “o Conselho é assim um momento de
articulação, de reordenação, de coordenação e de instituição por excelência. É o
momento de síntese e chave da abóbada da construção educativa de cada um dos sub-
grupos sociais (turmas) que constituem a escola”
Este grande momento de regularização social e de democratização que é o
Conselho, tem como principal guia o Diário de Turma, segundo Inácia Santana, um
instrumento colectivo de pilotagem.
“ O Diário de Turma é, em síntese, o motor do Conselho de turma (ou conselhos
de classes) e como seu instrumento fundamental torna o Conselho o centro da tomada
de decisões democraticamente negociadas; o Centro do controlo institucional da
execução das actividades e dos projectos combinados e da análise sistemática e crítica
do seu desenvolvimento; o lugar de construção e do debate crítico das normas de
convívio e dos comportamentos sociais do grupo”. Sérgio Niza (1991)
Assim, o Diário de Turma revela-se um instrumento de extrema importância, já
que nos permite ficar a saber tudo o que se passa com o grupo, em geral, com o próprio
aluno, em particular, e até mesmo com todo o meio educativo envolvente: funcionários,
outros professores, outros colegas, directora da escola, entre outros. Deste modo, o
professor consegue ter um maior e fácil controlo do aluno, da Turma e de tudo o que se
passa em seu redor. “O Diário de Turma torna-se assim um verdadeiro catalisador
emocional na medida em que ajuda a instaurar “habitus” de racionalização e
formalização mediadora, (…) ele permite desocultar os destinos clandestinos e os
incidentes críticos e assumir o lado inconsciente das instituições como renovadoras e
instituintes. E permite-o, pela anulação da vigilância externa, desenvolvendo o auto-
controlo, isto é, interiorizando o papel de “vigilante””. (Sérgio Niza, 1991)
No âmbito da disciplina curricular de estágio, coube-me uma vez mais a
realização de uma reflexão/descrição, referindo os mais importantes
momentos/situações da aula.
Então, no dia 7 de Dezembro, iniciámos a aula referindo o que de melhor e de
pior nos tinha sucedido no nosso dia de estágio. Existiu um tema em comum nos
grupos. Nas escolas onde estamos a estagiar já existem casos confirmados da Gripe A.
Segundo o último comunicado da Ministra da
Saúde “Na semana de 30 de Novembro a 6 de
Dezembro, foram observados nos serviços de saúde
20.506 doentes com sintomas de gripe. A distribuição
da gripe estendeu-se a quase todo o território do
Continente, mantendo-se, no entanto, heterogénea.
Na semana em referência, estiveram internados 127 doentes, dos quais 20 em Unidades
de Cuidados Intensivos. No mesmo período, registaram-se 9 óbitos, sendo o total
acumulado até domingo, dia 6 de Dezembro, de 32 óbitos. Nesta semana foram
notificados 94 clusters em escolas. A actividade gripal continua predominantemente
centrada em ambiente escolar, tal como nas semanas antecedentes. (…) Nesta semana
foram registados casos de gripe A em 45 escolas da Região Autónoma da Madeira”.
À parte do precedente assunto, cada grupo especificou mais um pouco sobre o
seu dia de estágio. A colega Cláudia referiu que realizaram com os seus alunos uma
actividade prática, pelas lojas das ruas de Câmara de Lobos. O objectivo era fazer um
levantamento dos preços de distintos objectos/produtos locais. A colega adorou a
experiência. Considerei deveras interessante, a forma divertida e lúdica que um
conteúdo do programa foi abordado. As crianças num ambiente real conseguem
consolidar as aprendizagens pretendidas, se calhar de uma maneira até muito mais
eficaz.
A colega Micaela contou-nos que durante 10 minutos ficou sozinha e
responsável pela sua Turma. Esta pareceu-me que ficou um tanto assustada com este
facto, pois disse-nos: “não estava nada à espera, nem minimamente preparada”.
10ª Semana – 7e 8 de Dezembro de 2009
Compreendi por um lado a colega, mas por outro lado gostaria de ter estado no seu
lugar.
O colega Carlos referiu que a sua turma apresenta casos problemáticos, mais
especificamente crianças com défice de atenção e afectividade. A professora falou-nos
nos currículos alternativos. “É o romper com a pedagogia magistral, no dizer de
realizar aprendizagens. Organizam-se então currículos diversos para diferentes
grupos. (…) O método de adaptação de objectivos insinua-se no sistema das mais
variadas formas”. (Sérgio Niza, 2000. PJ 52)
A Patrícia explicou-nos que, na sua escola quando é feriado as aulas são repostas
no outro dia. Por exemplo, à terça-feira os alunos da colega têm Inglês, como foi feriado
nesse dia, o Inglês foi dado na quarta-feira. A Patrícia explicou-nos que a sua professora
cooperante não gosta nada quando isso acontece. Compreendo perfeitamente este
desagrado, porque se sujeita os alunos a constantes alterações de planos. Não consigo
perceber muito bem a lógica que isso tem, no entanto, desconheço os critérios que a
instituição utiliza.
Em relação ao meu grupo falamos um pouco sobre a
situação desagradável a que a colega Margarida esteve
exposta, o facto de a colega ter apanhado piolhos.
Também comunicámos à professora Helena, que a
directora da Escola recusou o nosso pedido, designadamente o de dotar a sala de aula
de um computador, para que os alunos pudessem ter acesso à Internet, para pesquisar
sobre temas de interesse pessoal e desenvolver uma actividade bastante elucidativa,
intitulada “Os porquês”, que tinha adquirido em suporte DVD. Nesta actividade os
discentes poderiam responder a diversas questões, que por vezes surgem no momento
dos Projectos.
A professora cooperante, então, sugeriu que redigíssemos uma carta à Secretaria
da Educação a solicitar a devida autorização. A professora Helena comunicou-nos que
no próximo dia de estágio esta iria estar presente na nossa escola e que aproveitaria a
oportunidade para falar com a respectiva Directora sobre essa situação.
A professora orientadora fez, ainda uma pequena analogia entre as aulas
expositivas e as aulas do MEM. As primeiras são de facto mais lentas, no que diz
respeito à aquisição de conceitos. Por mais recursos materiais diversificados que a
professora se dote, o conceito pode não ser aprendido, já que no MEM os alunos
exploram de forma autónoma os conceitos consoante o seu próprio ritmo e interesse.
Para finalizar, a professora Helena levou-nos a reflectir um pouco em relação à
mudança que os alunos sentem na transição do 1º para o 2º ciclo, considerando que
deveria existir uma ligação entre ambos.
Nós, como futuros auxiliares de
educação, devemos ter em atenção que muitos
alunos que estão agora no 4º ano de
escolaridade do ensino básico, ainda não se
sentem preparados para transitar, mostrando
alguns medos e receios os invadem. A
professora ensinou-nos, então, várias
estratégias que poderemos vir a pôr em prática,
tais como: estabelecer diálogos francos e
esclarecedores com os alunos acerca da nova etapa que os espera; prontificar-se a
esclarecer algumas dúvidas que os alunos possam apresentar; realizar visitas de estudo à
futura escola; dar-lhes a conhecer alguns horários do 5º ano; entre outras não menos
interessantes.
Na segunda-feira, dia 15 de Dezembro, iniciámos a aula de estágio com uma
reflexão ponderada acerca das estratégias implementadas, bem como das actividades
desenvolvidas. Neste sentido, cada grupo de trabalho pronunciou-se acerca dos pontos
fortes do seu dia.
Na sequência deste momento, o João apresentou-nos a acta do nosso próprio
conselho de cooperação, referente à sessão da passada sexta-feira.
Depois fizemos referência algumas frases de diversos autores, relacionadas com
a metodologia que estamos a utilizar, tais como: “um adulto em miniatura”, a percepção
da criança segundo Américo Peças, “a criança é um ser em desenvolvimento” de
Rosseau, “temos que ver a criança como um ser intelectual” de Sérgio Niza.
Estas citações levam-me a reflectir um pouco e considero que os diversos
autores têm alguma razão, no sentido em que não devemos infantilizar as crianças
porque elas são suficientemente inteligentes e, na maior parte das vezes, somos nós que
caímos em exagero. Tanto que por vezes adopto no dia-a-dia as frases dos supracitados
autores.
A professora relembrou que existiam aspectos que ainda não tínhamos feito
como por exemplo: a lista do que é uma criança mal comportada e as palavras-chave do
Conselho de cooperação. Algumas palavras podem ser:
A professora também nos alertou para o facto de que, por vezes, podemos
demonstrar favoritismos pelos alunos e, mesmo tenhamos, o que é normal, nunca os
devemos revelar. Disse-nos, a docente, ainda que devemos impor respeito, evitando que
uns alunos nos tratem pelo nome e outros que nos chamem “professora”. O que se
pretende é que se estabeleça empatia e afectividade com os demais, sem que, em
momento algum, haja desrespeito. Devemos gostar dos alunos por igual e nunca
evidenciar preferências.
Voltámos a falar na questão dos castigos e punições. Neste âmbito, a professora
pediu-me que voltasse a falar sobre o assunto, explicando como o tinha feito na
reflexão.
11ª Semana – 14 e 15 de Dezembro de 2009
Após a minha explicação, a docente perguntou aos restantes colegas as suas
opiniões. A turma concordou comigo, tendo no entanto alguns colegas mencionado que
o problema é a interpretação que se dá aos castigos e que a interpretação que cada
indivíduo atribui ao respectivo conceito.
Confesso que, a dada altura, fiquei um pouco confusa e não percebo o porquê da
não aplicação de um castigo. Será este assim tão prejudicial? Por que é que o MEM não
é apologista dos castigos? Qual é o propósito?
A professora, uma vez mais, explicou-nos que os castigos não resolvem o
problema. A melhor maneira de resolver o conflito será o acto reflexivo sobre o mesmo
no momento em que ocorre e a sua posterior exposição no Diário de Turma, para que
seja, depois, lido em Conselho de Cooperação.
O nosso papel com crianças de tenra idade é leva-las a pensar, a questionar os
seus actos através do Diário de Turma e do Conselho de Cooperação.
Contudo, a docente explicou-nos que teríamos a oportunidade de colocar esta
questão ao próprio Sérgio Niza, já que em Janeiro teremos a honra de contar com a sua
presença na Universidade da Madeira, visto estar agendada uma reunião, para falamos
acerca do respectivo modelo e eventual exposição de dúvidas.
No âmbito da disciplina curricular de estágio, coube-me uma vez mais a
realização de uma reflexão/descrição, referindo as mais importantes situações da aula.
Então, no dia 4 de Janeiro, iniciámos a aula falando da interrupção lectiva do
Natal. Muitos de nós referiram que apesar de ter sido agradável, não foi suficiente para
descansar, já que tivemos que realizar muitos trabalhos.
A professora colocou-nos uma questão, designadamente a nossa opinião acerca
deste ano estagiarmos em grupos de dois, ao invés do que acontecera no ano lectivo
transacto, termos sido grupos de quatro. Na minha opinião esta foi uma excelente
opção, pelo simples facto de este ano termos conseguido distribuir o trabalho
equitativamente entre a Margarida e eu, já que em anos lectivos anteriores ambas termos
sentido que, apesar de sermos um grupo constituído por quatro elementos, todo o
trabalho acabava por recair sempre sobre nós. Diga-se de passagem que atingíamos
bons resultados, portanto chegamos à conclusão que este ano não seria excepção. No
entanto, já definíramos que, se houvesse possibilidade, gostaríamos de trabalhar
sozinhas. Portanto, foi com imenso agrado que recebemos essa notícia.
Considero que quanto maior for o grupo, mais difícil se torna de criar o
entendimento entre os seus vários elementos, o que acaba por prejudicar o respectivo
aproveitamento.
Posteriormente a professora distribuiu a grelha de avaliação. Então em conjunto,
lemos e analisamos todos os seus itens de forma a que todos se pudessem pronunciar
sobre a mesma colocou-nos as seguintes questões: Estão a perceber bem cada item?
Acham quem esta está melhor do que a anterior?
Na minha opinião, os parâmetros estão bem distribuídos e mais explícitos do
que na grelha anteriormente apresentada. No entanto, considero que a sua distribuição
peca por ser tardia, já que desconhecíamos muitos dos itens agora apresentados. Se
tivéssemos acesso prévio a esta grelha, julgo que poderíamos nos ter redimido perante
12ª Semana – 4 e 5 de Janeiro de 2010
diversas situações emergentes, logo poderíamos ter alterado ou reflectido melhor acerca
de determinadas atitudes que adoptamos.
Eis que a colega Patrícia colocou a tão célebre questão: Qual é a cotação que
deve ser atribuída a cada item?
Achei a questão pertinente, porque os professores dizem-nos muito para não nos
preocuparmos com isso, porque o que interessa é aprendermos com os nossos erros.
Concordo em pleno com esta observação, no entanto o facto é que temos uma grande
pressão sobre os nossos ombros no que concerne a esta questão. Perante um concurso
que se nos avizinha, não podemos, de modo algum, desconsiderar este parâmetro, pois é
este que nos diferencia e define a nossa posição nas listas.
Posteriormente falámos sobre uma situação que surgiu na sala dos colegas
Patrícia e João, mais precisamente quando falaram nos conteúdos “as metades e o
dobro”, designadamente reconhecer o operador; “metade de…” como inverso de “o
dobro de…”. Repartir uma unidade em quantidades iguais em 2, 3, 4 em quantidades
iguais, utilizar a noção ½ x e 2x para representar “metade de…” e o “dobro de…”.
Depois, os colegas mostraram-nos o convite de Natal que os alunos da sua sala
elaboraram e lhes ofereceram. O convite consistia num círculo, com um pinheiro feito
com quartos de um círculo. A professora Sofia aproveitou muito bem a situação,
criando uma ponte perfeita entre a matéria explorada e o convite, pois de uma forma
inconsciente os alunos estavam a explorar a matéria dada.
Acho importante que um professor deva ser bastante criativo e flexível e, sempre
quando possível, seguir o exemplo da professora Sofia.
A professora Helena Freitas também nos alertou para o facto de termos em
consideração os despachos de avaliação do 1º ciclo. Esta explicou-nos que é muito
complicado avaliar um discente, pois devemos sempre praticar uma avaliação contínua e
formativa valorizando sempre o seu percurso escolar, mas que também o produto final tem a sua
importância.
Para finalizar a aula, a professora pediu-nos que realizássemos a avaliação desta
disciplina contendo a nossa opinião sobre as aulas de estágio, mas precisamente sobre o modo
como a disciplina foi ministrada no 1º semestre; os aspectos positivos e negativos sobre a
mesma; de que forma veio ao encontro das nossas expectativas/necessidades; os diversos pontos
que foram abordados; os trabalhos elaborados na aula; a articulação que é feita pela professora
orientadora, a professora cooperante e o professor Paulo Brazão.
Achei muito importante a professora ter tomado esta iniciativa. Devemos sempre
reflectir sobre os nossos actos, devemos ter consciência que nós somos seres em evolução, que
estamos em aprendizagem constante e temos que ser suficientemente humildes para
apercebermo-nos das nossas falhas, para que consigamos melhorá-las.
No dia 5 de Janeiro analisámos um texto de Grave-Resendes Soares, intitulado
Diferenciação Pedagógica, Língua Portuguesa/Trabalho de Texto, da página 57.
Como tivemos a presença da colega Rute e de esta estar a estagiar no 1º ano, tivemos a
oportunidade de ouvir, na primeira pessoa, a sua experiência, bem como as explicações da
professora Helena. Ficámos a perceber o percurso da escrita e da leitura no 1º ano, segundo a
metodologia do MEM.
A Margarida e eu, iremos desenvolver um trabalho em Estágio, que trata a iniciação da
leitura e da escrita no Movimento da Escola Moderna. Portanto já tínhamos algumas noções
sobre este assunto.
A professora também referiu que o trabalho que é feito na Pré-primária é muito
importante, que quando bem explorado, se torna fundamental para o posterior desenvolvimento
da criança e para a aquisição de aprendizagens do ensino básico.
Para finalizar a aula, a professora distribuiu uma folha que continha uma grelha, que
especificava o perfil de competências do professor que trabalha segundo o modelo pedagógico
do MEM.
Considerei deveras interessante o modo como os diversos parâmetros estão distribuídos,
pelo facto destes serem semelhantes aos das listas de Verificação dos nossos alunos. Constatei
que o MEM, mesmo na sua formação, utiliza os mesmos critérios, tornando-se desta forma
linear e conciso nos seus interesses e objectivos.
No âmbito da disciplina curricular de estágio, coube-me uma vez mais a
realização de uma reflexão/descrição, referindo os mais importantes
momentos/situações da aula.
Então, no dia 11de Janeiro, começamos por iniciar a aula com um diálogo que já
prevíamos antecipadamente. A nossa conversa incidiu sobre o sábado pedagógico que
tínhamos tido.
Dialogámos mais exactamente sobre as comunicações feitas pelo professor Luís
Mestre e posteriormente pelo professor Sérgio Niza. Os colegas num âmbito geral
revelaram um enorme entusiasmo pelo passado acontecimento. Mais especificamente
alguns colegas sentiram uma maior empatia do que ouviram e aprenderam do professor
Luís Mestre outros preferiram o Sérgio Niza.
No meu caso em particular, gostei de ouvir o professor Luís Mestre, é sempre
positivo conhecermos outras experiências, aprendemos sempre mais com as
experiências dos outros. Tanto que o professor Mestre explicou durante a sua
comunicação uma estratégia que utilizava durante o Conselho de Cooperação, que
pessoalmente reconheci excelente, achei que era uma magnífica ideia. Gostei tanto que
irei fazer a posposta a minha professora cooperante para implementarmos na nossa sala.
Mas, preferia ter estado mais tempo com o professor Sérgio Niza, porque apesar
de ser sempre positivo termos a noção de várias experiências, aquilo que o professor
Luís comunicou durante a apresentação algumas noções e matérias e exposições de
ideias nós e eu já conhecíamos.
Estar perante o “pai” do modelo em Portugal, Sérgio Niza, foi fantástico, o
senhor fala extremamente bem, tendo um poder de argumentação e de retórica e
fabuloso e excelente. Algo que achei fascinante também foi o facto de ter estudado
aquele senhor, as suas ideias as suas teorias e tê-lo à minha frente, foi de facto muito
estranho, mas no bom sentido, fiquei de facto até um pouco sensibilizada.
O professor Sérgio Niza tem um discurso muito próprio, que até então nunca
tinha ouvido nem visto, utilizando palavras fortes como chamada de atenção, o seu
13ª Semana – 11 e 12 de Janeiro de 2010
objectivo é alertar para a educação nos dias de hoje e fazer com que as pessoas reflictam
mais sobre as suas atitudes. Este utilizou termos do género: “
Posteriormente a colega Patrícia mostrou alguns materiais e instrumentos de
pilotagem da sua sala de estágio. Pude verificar que alguns instrumentos também
existem na minha sala, podendo estar exposto de maneira diferente, mas mesmo assim
basicamente são os mesmos.
Para finalizar a aula continuamos com a análise e a leitura do documento, mas
precisamente do texto de Grave-Resendes Soares, intitulado Diferenciação Pedagógica.
Língua Portuguesa/Trabalho de Texto, da página 57. Como novamente não o
concluímos a professora pediu-nos que continuássemos em casa.