Redes de Gás

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I.S.Q Instituto de Soldadura e Qualidade Formaçã o Modelar

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Francisco Julio Pinto Ferreira

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I.S.Q Instituto de Soldadura

e Qualidade

Formação Modelar

Instalações Técnicas Águas e Esgotos.

Formador: Eng. Jorge Araújo

Formando: Francisco Ferreira

Entidade Formadora: ISQ Norte

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Neste trabalho vou falar da rede de gás, de uma habitação onde será fornecido gás natural, para uso doméstico.

Começar por identificar o imóvel características do gás, discrição da montagem e a instalação da rede de gás, como seus acessórios desde o contador aos aparelhos de queima, e sua ventilação para a evacuação dos produtos de combustão.

Falo no dimensionamento e ensaios, como das verificações finais.

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Redes de gás

Índice1º Identificação e discrição do imóvel

2ºCaractristicas do gás combustível

3º Discrição da instalação de gás

3.1 Montagem da instalação

4º Especificações técnicas dos materiais

4.1 Caixa de corte e montagem

4.2 Contador e acessórios

5º Aparelhos de queima

5.1 Ventilação

5.2 Evacuação dos produtos de combustão

6º Ensaios e verificações finais

7º Dimensionamento

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1º Identificação e descrição do imóvelO presente projecto refere-se ao abastecimento de 1 moradia unifamiliar, sito na Av.General Humberto Delgado nº 111 freguesia S. cosme conselho de Gondomar cujo o requerente é Francisco Ferreira.

Este projecto enquadra-se no mercado doméstico.

2º Características do gás combustívelO imóvel atrás mencionado irá ser abastecido com gás natural do tipo H, com as seguintes características:

Poder calorífico inferior: 9054 Kcal/m3(n)

Poder calorífico superior : 10032 Kcal/m3(n)

Densidade relativa ao ar : 0,62

Densidade corrigida : 0,65

3º Descrição da instalação do gásA rede de gás, em tubo de cobre revestido segundo a norma EN-1057, terá o seu início na caixa de corte geral onde terminará a uma distância igual ou inferior a 80 cm do local destinado às válvulas de corte ao aparelho de queima.

Da caixa de corte geral a tubagem segue ,em tubagem de PE de 22mm, embebida no pavimento, até ao tê de

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derivação. Do tê de derivação, a tubagem em CU de 22mm para a caldeira , e em CU de 22mm para o fogão. A válvula de corte está situada a uma distância de cerca de 20 cm do respectivo aparelho e a uma distância de aproximadamente 1,00 a 1,40m do pavimento. O troço vertical deverá ser instalado na prumada da válvula de corte aos aparelhos.

3.1 A instalação da rede de gás é executada por uma entidade instaladora devidamente credenciada pela Direcção Geral de Energia e Geologia.

A montagem de uma instalação deve satisfaz as seguintes condições :

- Executada em conformidade com as peças desenhadas;

- É garantida a sua ligação à terra, através de um eléctrodo de terra que assegure os valores regulamentares da respectiva resistência de terra;

- A tubagem embebida tem um recobrimento mínimo de 2 cm ;

- A tubagem enterrada deve cumprir o estipulado na Por. 386/94,nos artigos correspondentes;

- Todas as derivações e juntas mecânicas, realizadas por soldadoras ou brasagem forte, válvulas e acessórios devem ficar contidos em caixas de visita facilmente acessíveis.

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-Nas montagens à vista, devem ser utilizadas abraçadeiras apropriadas de duas peças e garantir a identificação da instalação através da pintura de cor amarela, em conformidade com a NP-182;

- As ligações entre tubos de cobre devem ser feitas por brasagem forte com material de adição de teor em prata superior a 40% e um ponto de fusão superior a 450ºc;

- Deve ser instalados dispositivos de corte aos aparelhos do tipo um quarto de volta a uma altura compreendida entre 1,00 e 1,40 m do pavimento;

- Os aparelhos de queima devem estar situados a uma distância mínima entre si de 40 cm, medida na horizontal;

-Os troços da tubagem vertical devem ficar na prumada das válvulas de corte dos aparelhos de queima;

- As tubagens podem ser instaladas em troços horizontais ou verticais, respeitando as distâncias mínimas a outras canalizações para outros fins, de acordo com os seguintes elementos :

Canalizações Em paralelo Em cruzamentos

Eléctricas 10 cm 3cm

Esgotos 10 cm 5 cm

Águas ou vapor 5 cm 5 cm

Produtos Combustão 5 cm 5 cm

- As tubagens à vista podem ser instaladas em troços horizontais ou verticais, respeitando as distâncias

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mínimas de 3 cm em percursos paralelos de 2 cm em cruzamentos, a outras tubagens.

4º Especificação técnica de materiais

4.1 Caixa de corte e contagemCaixa fechada, ventilada, com grau de acessibilidade 1, instalada na parede exterior da moradia, perto da entrada, construída em material incombustível. Está identificada com a palavra “Gás” em caracteres

indeléveis e legíveis do exterior, contendo o seguinte material:

Caixa de corte de Gás.

- Uma ligação meta-plástico (se o ramal a executar pela entidade distribuidora for de PE )

-Uma válvula de corte geral, sendo esta de corte rápido e com encravamento rearmável apenas pela entidade distribuidora

- Um redutor de imóvel do tipo B6-VSI.

A manga protectora do ramal da moradia, deve ser resistente ao ataque químico das argamassas, sendo

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embebida na parede, tendo diâmetro mínimo de 50mm, raio de curvatura mínima de 30*Dext. e a extremidade exterior ao edifício enterrada a uma profundidade de 600mm.

A válvula de corte geral deve ser da classe de pressão PN 6, tipo corte rápido, com dispositivo de encravamento só rearmável pela entidade distribuidora, com ligações por juntas esferocónicas segundo a norma NFE 29-536 e roscas macho cilíndricas segundo ISSO 228.

4.2 ContadorFornecido pela entidade distribuidora e pertence a mesma.

Ex: de um contador de gás.

Está montado em caixa apropriada, normalmente com indicação do fogo que abastece, provida de portas que garantam a ventilação, permanentemente acessíveis, as quais devem possuir a palavra “GÁS” escrita em caracteres indeléveis, na face exterior.

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4.3 Redutor de contadorInstalado a montante do contador e segundo as especificações da EDPGÁS é do tipo B6-VSI

4.4 Válvulas

As válvulas de seccionamento devem ser do tipo de um quarto de volta, possuem um obturador de macho esférico, vedação por junta plana rosca gás macho cilíndrico segundo ISSO 228 e indicação do sentido do fluxo e de posição ( aberta / fechada ).

As válvulas devem ser da classe de pressão PN 6 e não possuir qualquer dispositivo de encravamento na posição de aberto.

As que se localizam a montante do contador devem ficar seláveis na posição de fechado, o movimento dos manípulos de actuação das válvulas deve ser limitado por batentes fixos e não reguláveis, de forma que os manípulos se encontrem:

- Perpendicular à direcção do escoamento, na posição de fechado;

-Com a direcção do escoamento do gás, na posição de aberto.

5º Aparelhos de queima Os aparelhos de queima a considerar que seja um fogão e uma caldeira, serão de categoria II2H3, sendo o tipo e potência descriminado no quadro seguinte:

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Aparelhos Potência Tipo

Fogão 9KW A

Caldeira 26KW B

Aparelho tipo A

Aparelho tipo B

Os aparelhos do tipo B têm ligação directa a conduta de evacuação dos produtos de combustão. Sendo montados e ligados por funcionários que pertencem a uma entidade montadora devidamente credenciada pela DGGE.

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As ligações aos aparelhos de queima devem ser executados da seguinte forma:

- Tubos metálicos, rígidos ou flexíveis, no caso de aparelhos fixos;

- Tubos flexíveis, metálicos ou não metálicos no caso de aparelhos amovíveis.

Ex. de uma lareira a gás.

5.1 VentilaçãoA ventilação dos locais onde se encontrem aparelhos de queima, segundo a NP-1037 é realizada por intermédio de aberturas para o exterior, com vista a garantir uma boa renovação de ar. Estas aberturas são construídas de modo a não serem obstruídas por qualquer obstáculo. As secções mínimas para a entrada de ar são de 70 cm2 no caso de aparelhos do tipo B considerados isoladamente e a sua potência for inferior a 69,4KW, e de 100cm2

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5.2 Evacuação dos produtos da combustãoA exaustão dos aparelhos de queima deve ser executada em observância das NP-998 e NP-1037.

As condutas devem ser em materiais não combustíveis e resistentes à corrosão e humidade, em conformidade com a NP-998, com secção nunca inferior à saída dos aparelhos.

Ex: evacuação dos produtos de combustão.

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6º Ensaios e verificações finais Não é necessário efectuar o ensaio de resistência mecânica, se as pressões de serviço forem inferiores a 400 mbar.

Nas instalações de média pressão, a uma pressão de 1,5 vezes a pressão de serviço, com o mínimo de 1 bar.

Nas instalações de baixa pressão, a uma pressão de 50 mbar ou à pressão de serviço, se o ensaio for feito com o gás distribuído.

Os ensaios também podem ser executados com ar, azoto ou gás que vai ser utilizado em funcionamento corrente, sempre que os ensaios sejam feitos com ar ou azoto deve proceder-se à purga da instalação no fim do mesmo.

7º DimensionamentoO dimensionamento da rede de gás deve ser efectuada com base nas fórmulas de Renouard simplificadas para média e baixa pressão.

As perdas de pressão máximas admissíveis pela concessionária EDPGÁS são as seguintes:

Média pressão: 30mbar

Baixa pressão: 1,5mbar

As velocidades máximas admissíveis pela concessionária EDPGÁS são as seguintes:

Média pressão: 15 m/s

Baixa pressão: 10 m/s

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- O caudal máximo instantâneo normalmente é calculado considerando a soma dos caudais dos aparelhos mais potentes e a semi-soma dos restantes.

- A perda de carga em linha e a influência do desnível na pressão, calculada de acordo com a Formula de Renouard para baixas pressões.

-Compensação das perdas singulares através do acréscimo de 20% ao comprimento real da tubagem:

- A pressão de utilização é de 20mbar;

- A perda de carga máxima desde o contador até ao aparelho de queima mais desfavoráveis é de 1.2mbar.

- A velocidade máxima de escoamento do gás nas tubagens é de 10 m/s, calculada de acordo com a fórmula específica.

Francisco Júlio Pinto Ferreira

Gondomar, 27 de Julho de 2009

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