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Rede São Paulo de Cursos de Especialização para o quadro do Magistério da SEESP Ensino Fundamental II e Ensino Médio São Paulo 2011

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Rede So Paulo de

Cursos de Especializao para o quadro do Magistrio da SEESP

Ensino Fundamental II e Ensino Mdio

So Paulo

2011

UNESP Universidade Estadual PaulistaPr-Reitoria de Ps-GraduaoRua Quirino de Andrade, 215CEP 01049-010 So Paulo SPTel.: (11) 5627-0561www.unesp.br

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Foco noEnsino

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sumrio tema ficha

SumrioVdeo da Semana .......................................................................3

2. Foco no Ensino .......................................................................................3

2.1 Um olhar sobre pesquisas que enfocam as competncias do professor de lngua estrangeira ........................................................................................4

Vamos refletir? ......................................................................... 1 3

2.2 Avaliao: teoria e prtica em contextos de ensino e aprendizagem ....13

Vamos refletir? ......................................................................... 1 3

Referncias .............................................................................. 2 2

Sites interessantes .................................................................... 2 6

Ementa: .................................................................................. 2 9

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Vdeo da Semana

2. O Foco no Ensino

bastante comum encontrar, ainda nos dias de hoje, a viso de que se aprende uma lngua estrangeira por meio de exerccios de traduo, da anlise de estruturas sintticas, da memori-zao de regras gramaticais, uma vez que o ensino explcito da gramtica parece se sobressair nos contextos de ensino de lnguas. Esse cenrio parece ter sofrido poucas mudanas ao longo dos anos pois, de acordo com Paiva (2005), muitas das experincias de ensino e aprendizagem privilegiam o estudo sobre a lngua e a manipulao de estruturas sintticas, sendo a lngua apenas vista como um sistema de regras e no como um instrumento de comunicao refletin-do, muitas vezes, a concepo de ensino e aprendizagem e de lngua desses profissionais.

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Assim, tornou-se fundamental, na rea de Lingustica Aplicada, o papel das pesquisas sobre a prtica do professor com foco em mtodos, abordagens e diferentes habilidades em foco. A literatura sobre o tema proporciona uma viso histrica dos principais mtodos de ensino de lnguas, reviso importante uma vez que pode fazer com que o professor comece onde os ou-tros pararam, sem necessidade de repetir os erros do passado, conforme afirma Leffa (1988).

Segundo o autor, sem uma viso histrica a evoluo se torna impossvel e, relativamente fcil mostrar o caminho percorrido, pois se olha para o conhecido, sendo mais difcil descrever o presente, e mais complexo ainda tentar prever o futuro, na medida em que se procura co-nhecer o que ainda se desconhece. Este o grande desafio de professores: preparar os alunos no para o mundo em que ns vivemos hoje, mas para o mundo em que eles vo viver amanh (LEFFA, 1999).

Desse modo, esta disciplina dialoga com a disciplina 1 do mdulo 1 pois perpassa pelos conceitos de abordagem, mtodo e metodologia de pesquisa. Sugerimos, ao cursista, que reveja os referidos conceitos, se necessrio.

A presente seo apresenta pesquisas que envolvem as competncias do professor de ln-gua estrangeira, tema de evidente importncia para a rea de Lingustica Aplicada, buscando trazer exemplos do trabalho que vm sendo feito neste escopo. Em seguida, aborda o tema avaliao, tambm, de grande relevncia no cenrio educacional.

2.1 Um olhar sobre pesquisas que enfocam as competncias do professor de lngua estrangeira

importante enfatizar que, no mbito de pes-quisas desenvolvidas na rea de Lingustica Aplica-da, a abordagem de ensinar dos professores de Ln-gua Estrangeira fortemente influenciada por suas competncias.

Almeida Filho (2006), referncia imprescindvel para este tema1, afirma que as competncias desses professores tm sido vistas, como um construto te-

1. Se voc se interessa por pesquisar a respeito de competncias do professor, sugerimos que visite o stio de um projeto desenvolvido por Almeida Filho, cujo presente foco descobrir a composio do conjunto de competncias de ensinar de professores de lnguas e as cor-respondentes competncias de aprender dos alunos de lnguas. O projeto Anlise e forma-o de professores de lngua(s) por aborda-gens e competncias est vinculado UnB e disponvel online.

http://www.let.unb.br/jcpaes/index.php/projetos/47-analise-e-formacao-de-professores-de-linguas-por-competenciashttp://www.let.unb.br/jcpaes/index.php/projetos/47-analise-e-formacao-de-professores-de-linguas-por-competenciashttp://www.let.unb.br/jcpaes/index.php/projetos/47-analise-e-formacao-de-professores-de-linguas-por-competencias

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rico formado por bases de conhecimentos informais, ou o que chamamos de crenas, somadas capacidade e a deciso sobre como agir em sala de aula. Tambm no se pode deixar de citar Chomsky (1965), Hymes (1970), Canale (1983) e Almeida Filho (1993) que embasam a no-o de competncia, dentro deste construto, como uma capacidade, um embasamento terico e prtico, para que a prtica pedaggica seja realizada.

Para que as questes atreladas s competncias do professor de lngua estrangeira sejam entendidas, importante mencionar o modelo terico de Almeida Filho (1993). O modelo abarca cinco competncias envolvidas no processo de ensino e aprendizagem de lnguas: a competncia implcita, a competncia terica, a competncia aplicada, a competncia profis-sional e a competncia lingustico-comunicativa. Comentamos a seguir, ainda que brevemente, tais competncias.

A competnciaimplcita marcada por suas caractersticas intuitivas, ou seja, est baseada nas intuies, crenas e experincias anteriores adquiridas pelo professor durante seu processo de formao. Caracteriza-se ainda como a competncia mais bsica do professor, sem base terica e que corresponde maneira como os professores ensinam a partir de suas crenas. Se-gundo Basso (2001) e Alvarenga (1999), quanto maior o conhecimento terico do professor, menos implcito e mais profissional ser o seu ensinar (BASSO, 2001).

Assim sendo, a competnciaterica se refere busca na literatura da rea feita pelo pro-fessor sobre aquilo que ele j faz, ou seja, sua prtica pedaggica. necessrio que o professor saiba e saiba explicar por meio das teorias como se d o processo de ensino e aprendizagem de lnguas (ALMEIDA FILHO, 1993).

J a competnciaaplicada, ou subcompetncia terica, a que permite que o professor possa ensinar de acordo com o que sabe conscientemente. Ou seja, esta competncia est relacionada competncia terica e implcita. Conforme aponta Basso (2001), a capacidade de usar, transferir, adaptar, construir, criar e recriar teorias, colocar na sua prtica de sala de aula o que estudou, buscou, pesquisou para a sua formao,em uma busca pela sustentao terica para a sua abordagem de ensino, consistindo em um relevante processo de reflexo sobre sua prtica.

Ancorada no sentido de responsabilidade que o professor tem de si mesmo, do que repre-senta ser professor, dos seus deveres, da busca pelo estudo e por especializaes que o situem

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profissionalmente est a competnciaprofissional. Almeida Filho (1993) denomina esta com-petncia como uma das mais nobres, por representar um crescimento gradativo na formao do professor.

Por fim, mas no menos importante, a competncialingustico-comunicativa aquela voltada para a prtica, por meio da qual o professor pode produzir linguagem em situao de uso na comunicao, em amostras de linguagem ou insumo significativos que funcionem como base para que seus alunos possam tambm produzir competncia. Ou seja, a competn-cialingustico-comunicativa se refere capacidade de atuar em situaes de uso da lngua--alvo. Essencial para o bom emprego da conscincia de linguagem do professor, a competn-cialingustico-comunicativa , segundo Consolo (2006), uma das condies na definio do perfil profissional dos professores de uma lngua estrangeira, de maneira que possam cumprir papis efetivos quando da atuao em sala de aula. Nesse sentido, importante tambm men-cionar, apesar de no ser o foco especfico deste texto, o modelo de Bachman (1990) sobre a capacidade lingustico-comunicativa, esta composta por trs elementos que interagem entre si: a competncia lingustica, a competncia estratgica e mecanismos psicofisiolgicos.

Feito este prembulo terico, passamos a apresentar alguns trabalhos acadmicos de-senvolvidos a respeito de competncias do professor de lngua estrangeira2. Iniciaremos com a dissertao de mestrado de Kaneko--Marques (2007) a respeito do desenvolvi-mento de competncias de professores por meio de dirios dialogados escritos. Na se-quncia, apresentamos a tese de doutorado de Basso (2001) sobre a construo social das competncias necessrias ao professor de lngua estrangeira em um curso de Letras e fina-lizamos com alguns estudos presentes na obra sobre o tema, organizada por Consolo e Teixeira da Silva (2007), intitulada Olhares sobrecompetncias do professor de lngua estrangeira: da forma-o ao desempenho profissional, que traz uma coletnea de estudos empricos que proporcionam reflexes sobre os fatores que integram a construo de competncias de professores de lngua estrangeira.

2. Sugerimos a leitura do artigo, referente a projetos de Iniciao Cientfica, publicado no stio da Profa. Dra. Vera Menezes Oliveira e Paiva, intitulado Mapeamen-to do perfil do(a) professor(a) de ingls das escolas p-blicas das de Piracicaba: formao e competncias, no qual os autores Franco e Alvarenga discutem o perfil de um grupo de professores de ingls e sua formao acadmica e profissional, auto anlise e autoavaliao de sua prtica pedaggica. Sugerimos tambm que leiam a seo Resultados e discusso para que observem como os dados foram coletados e discutidos.

http://www.veramenezes.com/mapcomp.htmhttp://www.veramenezes.com/mapcomp.htmhttp://www.veramenezes.com/mapcomp.htm

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A dissertao de mestrado de Kaneko--Marques (2007) enfoca o uso de dirios dialogados3 de aprendizagem para o desen-volvimento das competncias de professores de lngua inglesa e teve o objetivo de discu-tir a formao inicial de professores de lngua inglesa em um Curso de Letras de uma univer-sidade pblica. O referido curso sofreu alteraes em sua estrutura curricular a partir dos novos referenciais da Educao para a Formao de Docentes. Com base em tais alteraes, e a fim de proporcionar aos alunos o desenvolvimento da competncia lingustico-comunicativa por meio das competncias profissional, terica e aplicada, foram incorporadas reflexes sobre os processos de ensino e aprendizagem de lnguas desde os semestres iniciais do curso.

Para a pesquisa, qualitativa, de base etnogrfica e com foco na construo dessas competncias4, foram utilizados dirios dialogados de aprendizagem em uma das disciplinas alteradas, nos estgios iniciais do pro-cesso formativo visando tanto estimular a reflexo so-bre o processo de ensino e aprendizagem de lngua in-glesa como oferecer uma relao coerente entre teoria e prtica condizente com a formao reflexiva. A pes-quisa procurou analisar como essa ferramenta poderia atuar na formao de professores de lngua estrangeira, de maneira a estimular a prtica reflexiva acerca das teorias de ensino e aprendizagem e ainda, favorecer a autonomia dos alunos-professores no que diz respeito aprendizagem.

Na anlise dos dados, foram selecionadas amostras de dirios que seguiram alguns critrios de categorizao como, por exemplo, os alunos da disciplina que entregaram todos os dirios no prazo determinado, proporcionando o dilogo contnuo entre professor e aluno, e, com base no grupo de alunos que entregaram os dirios nos prazos previstos, foi feita a classificao de proficincia lingustica, em avanado, intermedirio e bsico. Os critrios tomados para a

4. Se voc se interessou pela maneira como a pesquisa de Kaneko-Marques foi desen-volvida, leia a dissertao. Sugerimos a lei-tura da seo Motivao para a Pesquisa e do Captulo II, de Metodologia de Pesqui-sa, iniciando pela seo 2.1., que se refere ao Contexto de Pesquisa, na qual se discute as alteraes e implantaes relevantes no currculo do Curso. Ainda neste captulo, sugerimos a leitura atenta das sees 2.5. (Instrumentos de Pesquisa), 2.6. (Dirio como Ferramenta para a Prtica Reflexiva), 2.7. (Dirio como Instrumento de Coleta de Dados) e 2.8 (Descrio dos Dados dos Dirios Dialogados de Aprendizagem na Disciplina de Lngua Inglesa).

3. importante destacar que o dirio dialogado con-figura-se como um precioso instrumento de coleta de dados. Garcia (2003) utilizou os dirios dialogados eletrnicos, produzidos no meio virtual, para ensino da modalidade escrita da lngua inglesa.

http://www.ufscar.br/~ppgl/defesas/014.pdf

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separao em diferentes nveis de proficincia foram baseados nas avaliaes da produo es-crita dos alunos nos dirios, na produo oral dos alunos durante as interaes em sala de aula, conforme fazem parte nas notas de campo da pesquisadora, e os anos de instruo formal para aprendizagem de lngua inglesa em contextos escolares, mencionados pelos prprios alunos--professores nos questionrios de levantamento de perfil do grupo.

A partir dessa classificao, dois alunos de cada nvel, em um total de seis alunos, tiveram os dirios selecionados para anlise. Kaneko-Marques (2007) justifica a categorizao pelo fato de que em se tratando de um grupo heterogneo formado por alunos-professores com dife-rentes contextos educacionais para aprendizagem de lngua estrangeira, vrios anos de estudos em lngua inglesa, e distintas experincias no ensino da lngua-alvo e/ou lngua materna, suas percepes sobre o processo de ensino e aprendizagem seriam representativas e confiveis. A pesquisadora afirma que a produo dos alunos nos dirios foi transcrita integralmente, com os traos lingusticos condizentes com os nveis de proficincia. Os dados foram analisados a partir das respostas obtidas nos dirios, partindo do pressuposto de que descreviam as experi-ncias pessoais dos alunos, seja no ensino ou na aprendizagem de lngua inglesa, indicando a compreenso acerca das discusses realizadas em sala de aula orientadas pelo professor forma-dor. Ainda por meio dos dirios, os alunos deveriam fazer uma autoavaliao de desempenho com relao ao processo de aprendizagem de lngua estrangeira. Posteriormente, esses dados foram contrastados com as opinies apresentadas nos questionrios de avaliao do curso sobre como os alunos-professores avaliariam a atividade dos dirios de aprendizagem e como estes poderiam auxiliar na compreenso da dimenso terica na disciplina. Os dados tambm foram contrastados com as discusses feitas pelos alunos nas avaliaes escritas, com o objetivo de buscar elementos que apontassem para a compreenso das dimenses tericas tratadas na disciplina e auxiliadas por meio dos dirios.

Tomando como exemplo a segunda pergunta de pesquisa (Como as competncias terica e aplicada podem ser desenvolvidas por meio de dirios dialogados de aprendizagem na for-mao inicial de professores de lngua inglesa?), a partir dos resultados obtidos por meio da anlise dos dirios e dos questionrios dos alunos sobre a implementao dessa ferramenta, a autora observou quais competncias podem ser desenvolvidas com os dirios a fim de propi-ciar a construo de uma postura profissional, que seja constantemente renovada. Alm disso, outros pontos relevantes para sua utilizao so expostos, como a iniciao prtica reflexi-

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va sobre a prpria aprendizagem e autoavaliao contnua de desempenho na lngua-alvo, apresentando um ciclo constante de aprendizagem, tendo em vista a formao de professores crtica e reflexiva.

A autora afirma que por meio da investigao foi possvel indicar que o dirio dialogado corresponde a um instrumento significativo e relevante para que os alunos deixem de tratar o contedo do curso de maneira isolada e passem a relacionar informaes procedentes da teoria ao conhecimento prvio apresentado, j que os resultados obtidos pela pesquisa assinalam que os dirios auxiliaram na relao da teoria e prtica pela retomada de experincias pessoais dos aprendizes de lnguas, permitindo maior compreenso das teorias de ensino e aprendizagem. A autora ressalta a relevncia de se conservar esse dilogo escrito com os alunos-professo-res afirmando ser por meio da reflexo e da introspeco exigidas na tarefa dos dirios, que alunos-professores podem ser estimulados ao engajamento no pensamento crtico desejvel para a busca do crescimento profissional contnuo, sendo imprescindvel que a formao desse profissional proporcione ocasies para a construo de competncias de forma a aprimorar a qualidade e a potencialidade do seu trabalho nos mais diversos contextos educacionais.

A tese de Basso (2001) teve por obje-tivo compor, discutir e analisar o perfil do profissional de Letras5, traado por meio de pesquisas com o ingressante do referido curso, com o aluno-professor concluindo o ltimo ano bem como com o professor em servio na Rede Pblica, dados que foram confrontados com as necessidades apresen-tadas pelo prprio professor no momento de sua prtica pedaggica, e com os resul-tados da aplicao de um teste de lngua inglesa (TET: Test for English Teachers) aos participantes do estudo.

A pesquisa, de base qualitativa e cunho interpretativo, utilizou alguns dados quantitativos provenientes de questionrios a fim de ilustrar e apresentar novas possibilidades de com-

Se voc se interessa a respeito do perfil dos Cursos de Letras, sugerimos a leitura do artigo de Paiva (2004), cujo ttulo Avaliao dos cursos de letras e a formao do pro-fessor , aborda o desenvolvimento de avaliao dos cursos de graduao em Letras feito pelo MEC. A autora lista os quatro os tipos de avaliao desenvolvidos: a avalia-o das condies de oferta; a avaliao institucional; e o exame nacional de cursos (ENC), popularmente conhe-cido por provo; e a avaliao das condies de ensino, e apresenta comentrios sobre alguns aspectos dessas trs dimenses que podem interferir na qualidade dos cur-sos de Letras, como a organizao didtico-pedaggica , o corpo docente, as instalaes, e consideraoes sobre a formao do professor. Por fim, h uma seo intitulada Outros textos legais, que vale a leitura!

http://www.veramenezes.com/rgelne.htmhttp://www.veramenezes.com/rgelne.htm

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parao. Instrumentos qualitativos como observao, dirios reflexivos e entrevistas tambm foram utilizados. Os resultados revelaram que o perodo de graduao tm colaborado muito pouco para melhorar as competncias em lngua estrangeira do futuro professor. Ou seja, os concluintes do curso de Letras investigado deixam a universidade com resultados pouco acima daqueles encontrados com os alunos ingressantes e muito prximos aos dos que j atuam na Rede Pblica.

Dentre as maiores dificuldades mapeadas, a pesquisadora ressalta que essas esto centrali-zadas na capacidade de uso da nova lngua e falta de equacionamento entre prtica de sala de aula e a teoria vista no curso, dificuldades relacionadas questo das competncias do profes-sor de lngua estrangeira. Os alunos atribuem os problemas encontrados a fatores como a dire-o ou o departamento do curso de Letras, ao quadro no qualificado de docentes que atuam no curso e aos prprios alunos que no apresentam um comprometimento com sua formao.

Atrelados fundamentao terica advinda de estudos e pesquisas em reas como a Lin-gustica Aplicada, a Sociolingustica, a Psicologia do Desenvolvimento, a Psicologia Cogni-tiva, a Psicolingustica e a Lingustica, os dados levaram hiptese de uma equao de com-petncias, formada por duas macro-competncias - a competncia discursiva e a competncia profissional. Segundo Basso (op.cit.), as competncias discursiva e profissional, se buscadas, parecem oferecer um potencial para promover o desenvolvimento cognitivo, afetivo, social e profissional dos (futuros)professores de lngua estrangeira, levando-os a um desenvolvimen-to efetivo no momento do exerccio da profisso. O estudo busca ainda por alternativas que tentam minimizar a desigualdade entre o que se faz e o que se diz fazer durante a graduao em Letras, ou seja, conforme o ttulo da tese, entre o real e ideal, visando a construo do pro-fissional e do educador que a sociedade necessita e almeja, por meio de propostas de mudan-as nos eixos fundamentais apontados na pesquisa: universidade, departamento, coordenao, professores-formadores do curso e os alunos.

No livro Olhares sobrecompetncias do professor de lngua estrangeira: da formao ao desem-penho profissional, que tem Consolo e Teixeira da Silva (2007) como organizadores, os artigos enfocam diversos aspectos da competncia de professores de lngua estrangeira. Os estudos tratam sobre a competncia lingustico-comunicativa do professor de lnguas, sua competncia terico-prtica, a relao teoria e prtica, a construo de competncias no curso de Letras

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e na formao continuada e sua competncia profissional com base em estudos empricos. Conforme apontado na introduo da obra, as competncias do professor se caracterizam como um tema bastante amplo e, portanto, no tratado em toda sua dimenso. O objetivo da coletnea apresentar as especificidades dos estudos de mestrado e projetos de pesquisa desenvolvidos nos ltimos anos.

Citamos, por exemplo, Camargo (2007), que traz uma discusso a respeito da formao do professor de lnguas com foco na dicotomia entre a competncia explcita para o ensino e a competncia implcita do professor, contrastadas com a realidade da sala de aula. A autora prope uma estruturao na formao do professor com base em teorias e prticas, motivando a reflexo, o auto-conhecimento e a busca pela autonomia.

Com foco na competncia gramatical (PINTO, 2007) e na competncia lexical (RODRI-GUES, 2007) apresentam dados relacionados competncia de uso, nestes casos, voltada para a oralidade. Outro estudo sobre o tema que merece destaque na referida obra o de Ibrahim (2007), que retoma as bases tericas sobre as competncias do professor de lnguas, com nfa-se na competncia oral. O estudo aborda questes de proficincia oral e estilos discursivos de duas professoras de ingls no Brasil, sendo uma delas falante nativa e a outra, no nativa. Os resultados apontam para o fato de que a proficincia pouco afeta as falas e o discurso em sala de aula em contraste com os estilos distintos de cada uma das profissionais.

Por fim, importante mencionar que as competncias do professor de lnguas podem ser observadas no s em contextos presenciais, mas tambm em contextos virtuais de aprendiza-gem. Nesse sentido, vale mencionar Cintra (2004), que investigou a competncia do professor para a tecnologia. Foram analisadas interaes orais (aluno-aluno e aluno-professora) em aulas de lngua inglesa em um laboratrio de multimdia, por meio do jogo The Sims e pginas da internet, para o desenvolvimento de tarefas comunicativas orais.

Classificada como de cunho etnogrfico, a pesquisa apresenta uma preocupao com a in-terao e merece destaque por utilizar computadores para o ensino aprendizagem de lngua inglesa com alunos semi-letrados eletronicamente.

A anlise dos dados basicamente qualitativa, mas apresenta algumas anlises quantitati-vas. Os dados, coletados por meio de gravaes em udio e vdeo, correspondem aos momen-

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tos de interaes orais aluno-aluno e aluno-professora. Outros dados so advindos de dirios reflexivos, questionrios, entrevistas e um relatrio final de pesquisa de outra pesquisadora, que observou as aulas.

A triangulao dos dados foi realizada e ressalta-se que os alunos desenvolveram habilidades no letramento eletrnico por meio da construo de andaimes, ou seja, baseada nos parceiros mais experientes durante as interaes, alm de alguns fatores que interferiram nas interaes aluno-aluno, tais como: as atividades desenvolvidas, os temas propostos, as especificidades de cada material (jogo e pginas da internet), o papel desempenhado pela professora-pesquisado-ra no laboratrio de multimdia e o semi-letramento eletrnico da maioria dos alunos.

Para finalizar esta seo, citamos ainda o artigo de Silva para o Teletandem News sobre as competncias do professor de lnguas contemporneo, no qual o autor enfatiza o tema em relao aos contextos de aprendizagem presencial e virtual.

O artigo tem em vista apresentar e discutir as competncias almejadas para um profissional de lnguas e enfoca as competncias com o objetivo de contribuir para que o professor de ln-guas possa atuar efetivamente, seja no mbito presencial quanto no virtual. O autor cita Rojo (2005) que afirma que o professor precisaria ser preparado a aprender, pensar prticas docentes e planejar transformaes com o uso da tecnologia. Para tanto, os cursos de formao de pro-fessores necessitariam oferecer subsdios tericos e prticos para que os (futuros) professores de lnguas comecem um processo de experincia em uma cultura escolar digital, que, segundo Rojo (op.cit.) envolve a adoo de novas ferramentas de comunicao, a concordncia com objetivos comuns de interao em contexto digital, a colaborao a distncia com os pares, a entrada em uma cultura de curiosidade e experimentao e por fim, a atribuio de novas imagens para si, seus pares e seus professores e para a prpria educao.

Considerando o desenvolvimento e acesso s tecnologias de comunicao mediada pelos computadores, Silva cita Telles (2006, p. 6-7) que menciona no ser aceitvel a questo de alu-nos e professores brasileiros ainda sujeitos s pedagogias arcaicas de ensino de lnguas estran-geiras, baseadas simplesmente na gramtica, na traduo e na leitura. Do mesmo modo, Telles (2006) aponta no ser mais possvel apoiar a formao de professores de lnguas estrangeiras pedagogia de lousa, papel, lpis e de uma formao profissional baseada no estruturalismo e nas prticas de ensino de idiomas estrangeiros realizadas em laboratrios de lnguas tambm

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arcaicos, mas que ainda se fazem presentes em muitos cursos de Letras. Para o autor, necess-rio que o ensino e a aprendizagem de lnguas estrangeiras, bem como nos cursos de formao inicial de professores de lnguas, presenciais e/ou virtuais estejam ligados contemporaneida-de, o que apenas parece plausvel se os cursos de formao inicial e continuada incorporarem os paradigmas da prtica crtico-reflexiva, ancorada nas teorias de gneros, e alinhada nos pressupostos do letramento digital. Se implementados, o professor poder apresentar preparo terico e metodolgico para ensinar uma lngua estrangeira na atualidade e ter desenvolvido as competncias discursiva, profissional, alm de uma competncia multimodal, que segundo Silva (op.cit.) abrange, dentre outros aspectos, a necessidade de o professor saber quais seriam os gneros que poderiam ser utilizados em sua sala de aula e saber adequ-los com eficincia nesta rea pedaggica s mltiplas linguagens da contemporaneidade.

Esta seo buscou apresentar alguns estudos que buscam analisar a questo da competncia do professor de lngua estrangeira.

Vamos refletir?Retomando o modelo terico de competncias apresentado por Almeida Filho (1993), reflita

acerca da afirmao de que a abordagem de ensinar dos professores de Lngua Estrangeira for-temente influenciada por suas competncias.

2.2 Avaliao: teoria e prtica em contextos de ensino e aprendizagem

Vamos refletir?Para McNamara (2000), a avaliao considerada uma caracterstica universal da vida so-

cial. Elenque situaes e locais nos quais o ato de avaliar ocorre.

O ato de avaliar prprio da vida em sociedade, ao que est presente no ambiente escolar, no trabalho, nos esportes e, conforme afirma McNamara (2000), a avaliao uma caracters-

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tica universal da vida social. por meio de procedimentos avaliativos que muitos indivduos tm seus valores pessoais orientados e se empenham a mudar. A aprendizagem de qualquer assunto tambm apresenta a necessidade da avaliao neste processo para que seja possvel provar ou testar as capacidades individuais.

Entretanto, segundo Baffi-Bonvino (2007), mesmo sendo a avaliao algo corriqueiro, no raro que muitos indivduos se sintam acuados quando percebem que esto sendo avaliados. Essa situao se agrava ainda mais no que concerne avaliao do processo de aprendizagem na educao formal, em qualquer contexto ou domnio do conhecimento. Se a avaliao mui-tas vezes soa como uma ameaa para os alunos, para pesquisadores da avaliao, o termo gera uma srie de questionamentos, como por exemplo, o que avaliao e por que avaliar.

Na rea de ensino e aprendizagem de lnguas, pesquisadores tm a preocupao com o con-ceito do termo avaliao, o que suscita em um grande nmero de conceitos que proporcional variedade das concepes pedaggicas assumidas. Considerando-se as vrias definies atri-budas avaliao, Romo (2001) afirma que algumas refletem posturas classificatrias (BRA-DFIELD; MOREDOCK, 1963 apud ROMO, 2001), tradicionais (HAYDT, 1998 apud ROMO, 2001) outras voltam-se para uma viso diagnstica (SOUSA, 1993 apud ROMO, 2001); e algumas definies se preocupam com a validade e a eficincia (SANTANNA, 1995 apud ROMO, 2001).

A avaliao tradicional, por exemplo, considera testes como eventos isolados, e que no se atrelam s pessoas, sociedade, motivos, intenes, usos, impactos, efeitos e consequncias, con-forme aponta Shohamy (2001). Para Luckesi (1995, p. 57), a avaliao vista como um juzo de qualidade sobre dados relevantes para uma tomada de deciso.

Desde a origem da educao, os estudiosos da rea de avaliao tm se preocupado em estabelecer crticas e paralelismos entre a ao avaliativa e as diversas manifestaes pedag-gicas, conforme coloca Hoffmann (1997), deixando de lado perspectivas reais para o educador que deseja exercer a avaliao em prol da educao e causando contradies entre o dizer e o fazer dos envolvidos no processo avaliativo. Ou seja, h, segundo Hoffmann (1997, p.12),

(...) a contradio entre o discurso e a prtica de alguns educadores e, principalmente, a ao classificatria e autoritria, exercida pela maioria, encontra explicao na concepo de avaliao do educador, reflexo de sua estria (histria/sic) de vida

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como aluno e professor.

Do mesmo modo, Romo (2001) afirma que vrias concepes de avaliao surgem por conta de um descompasso entre uma imagem idealizada da avaliao e a difcil realidade das escolas. Hoffmann (1997) aponta para a questo de que professores e alunos relacionam o termo avaliao a diferentes significados, como, por exemplo, prova, nota, conceito, boletim, recuperao e reprovao, o que se relaciona geralmente aos elementos que constituem a pr-tica avaliativa tradicional. J Scaramucci (1999, 2000) afirma que a avaliao parte da tarefa de ensinar.

Toda prtica avaliativa guiada pela (i) definio de metas/propsitos, (ii) identificao e coleta de informaes relevantes, (iii) anlise e interpretao dessas informaes e (iv) tomada de decises (GENESEE, 2001 apud CAVALARI, 2009). Em contextos de ensino de lngua estrangeira, a avaliao da aprendizagem de lnguas se diferencia principalmente no que diz respeito a seu propsito (BAFFI-BONVINO, 2010). No entanto, a rea de avaliao da aprendizagem de lnguas se refere principalmente prtica e ao estu-do de se avaliar a proficincia de um indivduo que usa uma determinada lngua. Segundo Baffi-Bonvino (2010), a avaliao de proficincia tem se desenvolvido no cenrio nacional a partir dos estudos de Scaramuc-ci (1999-20006, 2006).

Muitas pesquisas so desenvolvidas acerca de exames de proficincia, tanto com foco na in-tegrao de habilidades como em cada uma das habilidades. No que tange proficincia oral, Baffi-Bonvino (2010) afirma que pesquisadores envolvidos na formao de professores tm interesse na proficincia oral necessria para que professores de ingls como lngua estrangeira possam atuar em suas aulas utilizando a referida lngua. Tal interesse, segundo a autora, se deve ao grande nmero de professores no nativos que se inserem ou j atuam no mercado de trabalho brasileiro. Por isso, pesquisas na rea (MARTINS, 2003, 2005; CONSOLO, 2005, 2006, 2007, 2008; CONSOLO; et al., 2008; CONSOLO; TEIXEIRA DA SILVA, 2007) enfocam esse tipo de avaliao por conta da necessidade de uma (re)definio da proficincia oral desses profissionais.

6. Se voc est interessado em desenvolver uma pesquisa sobre avaliao, sugerimos como leitura o artigo de Scaramucci (1999-2000), intitulado Avaliao: mecanismo pro-pulsor de mudanas no ensino/aprendizagem de lngua estrangeira, publicado na revista Contexturas, vol.4, p. 115-124.

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Assim sendo, as pesquisas na rea de avaliao de lnguas podem apresentar diferentes focos. H as que enfocam crenas sobre avaliao, como a dissertao de Mestrado de Belam (2004) e a tese de Doutorado de Barata (2006). Belam (2004) pesquisou sobre a interao entre as culturas de avaliar de uma professora de lngua inglesa e de seus alunos em um curso de Letras de uma universidade particular. J Barata (2006)7 traz um estudo de caso a respeito de crenas sobre avaliao em lngua inglesa a partir das metfo-ras observadas no discurso de professores em formao. Citamos tambm a pesquisa sobre a questo da ava-liao da aprendizagem de lngua inglesa segundo as teorias de letramentos de Duboc (2007)8. No contexto virtual, mencionamos o estudo de Mesquita (2008) e o de Cavalari (2009) e, para finalizar, pesquisas sobre avaliao de proficincia, como a de Anchieta (2010) e a de Baffi-Bonvino (2010).

O objetivo geral da pesquisa de Belam (2004) analisar como a cultura de avaliar de uma professora de ingls como lngua estrangeira interage com a cultura de avaliar de seus alunos do Curso de Letras no contexto de uma universidade particular. A pesquisa, de natureza et-nogrfica, teve como objetivos especficos: (i) analisar os princpios da avaliao qualitativa e sua importncia como elemento orientador do processo de ensino e aprendizagem; (ii) analisar os conceitos de cultura de ensinar, cultura de aprender e cultura de avaliar; (iii) caracterizar a cultura de avaliar da professora participante; (iv) caracterizar a cultura de avaliar dos alunos participantes; e (v) contribuir para as reas de avaliao e formao de professores.

O estudo de Belam (2004, p. 4) apresenta, assim, trs perguntas de pesquisa:

(1) Como se configura, no discurso e na prtica da sala de aula, a cultura de avaliar da professora participante?

(2) Como se configura, no discurso e nas aes de sala de aula, a cultura de avaliar dos alunos participantes?

(3) Como se constri, na prtica, a interao entre as culturas de avaliar da professora e dos alunos participantes?

7. Se voc est interessado em desenvolver uma pesquisa com foco em crenas sobre avaliao, sugerimos a leitura das sees 2.2 e 2.3 do Referencial Terico, e sobre a metodologia da pesquisa, no Captulo 3.

8. Quer saber mais sobre o trabalho de-senvolvido por Duboc (2007)? Sugerimos a leitura da dissertao.

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/conteudo/artigos_teses/Ingles/miccoli(1).pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-06112007-102340/pt-br.php

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No que concerne pergunta 3, duas subperguntas foram propostas:

a) H congruncia entre as concepes e crenas relativas avaliao, trazidas pela pro-fessora e pelos alunos?

b) H concordncia e/ou negociao quanto s aes implementadas e aos instrumen-tos utilizados na avaliao do processo de ensino/aprendizagem?

A investigao, de natureza qualitativa, apresenta ainda dados quantitativos importantes para a definio do perfil dos alunos participantes e, sobretudo, para a caracterizao da cultura de aprender e avaliar dos participantes. Foram utilizados vrios instrumentos de coleta de da-dos. Um questionrio respondido pela professora e pelos alunos participantes, tendo em vista coletar dados pessoais e informaes sobre a trajetria educacional e profissional dos mesmos. Tambm foram realizadas observaes de aulas gravadas em udio, com anotaes de campo em seguida elaboradas na forma de dirios, para verificar como se dava o processo de ensino e aprendizagem e tambm a avaliao. Alm disso, foram realizadas sesses de histrias de vida, gravadas em udio, com a professora e os alunos, para o levantamento de dados sobre concep-es, pensamentos, atitudes e crenas em relao ao processo de ensino e aprendizagem, em geral, e avaliao.

A autora conclui positivamente acerca das crenas, da prtica avaliatria da professora, e sua interao com as crenas e aes dos alunos. No entanto, as concluses da pesquisa revelam que a prtica da professora pode ter recebido influncias de sua experincia classificatria de avaliao. O sistema de crenas dos alunos a respeito do processo de ensino e aprendizagem e da avaliao, advindo de experincia anterior, tradicionalmente centrada no professor, pode tambm justificar uma cultura de avaliar mais voltada para a classificao. Por outro lado, os alunos que j tinham os princpios da avaliao qualitativa em seu discurso e suas aes, po-dem ter recebido influncia, alm da prtica da professora, de sua experincia no magistrio, que trata mais diretamente das questes voltadas ao ensino e aprendizagem. Os participantes apresentam uma reao positiva anlise realizada, e declaram que, de alguma forma, obtive-ram um enriquecimento em seu processo de reflexo e seu conhecimento acerca da avaliao.

Barata (2006), em um estudo de caso, investiga as crenas sobre avaliao nos discursos de quatro professoras de lngua inglesa no contexto de formao inicial em uma universidade

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pblica do interior de Minas Gerais. As crenas so reveladas a partir da anlise das metforas que as professoras utilizam no relato de suas experincias com avaliao em duas narrativas pessoais escritas, uma como alunas-avaliadas e outra como professoras avaliadoras durante o estgio da disciplina Prtica de Ensino de Lngua Inglesa. Barata (2006) considera que as metforas expressam a maneira como as alunas-professoras interpretam suas experincias anteriores com avaliao, e assim, analisa a influncia dessas experincias nas crenas sobre avaliar. Alm disso, analisa como as crenas se evidenciam nas aes prticas durante as aulas ministradas nos estgios da Prtica de Ensino. Os resultados revelam uma analogia nas cren-as tanto no contexto de experincias como alunas-avaliadas quanto no contexto de vivncias como professoras-avaliadoras.

As crenas foram categorizadas como representantes de dois modelos - o Modelo de Avaliao Experienciado e o Modelo de Avaliao Idealizado. O primeiro diz respeito s crenas advindas de experincias com avaliao em lngua inglesa e foi constatado nas aes prticas das professoras, o segundo decorre da reflexo sobre essas experincias e indicam o que a avaliao poderia ser, manifestada no discurso das participantes. Os resultados apontam para uma relao estreita entre as experincias, crenas e aes, permitindo compreender o pensamento do professor em formao inicial sobre a avaliao da aprendizagem. O estudo tambm oferece contribuies metodolgicas para a rea de pesquisas sobre crenas por uti-lizar a anlise de metforas na interpretao das experincias que so subjacentes s crenas sobre avaliar.

A pesquisa de Duboc (2007) enfoca as concepes e prticas referentes avaliao da aprendizagem de lngua inglesa em comunidades do Ensino Fundamental. A anlise dos re-gistros do estudo inicia uma discusso sobre o tema segundo a perspectiva das teorias de letramentos predominantes nas ltimas dcadas. A investigao, qualitativa-interpretativa de carter etnogrfico, tem as seguintes perguntas de pesquisa: 1) Como se caracteriza hoje a ava-liao da aprendizagem nas aulas de ingls em algumas comunidades do Ensino Fundamen-tal?; 2) Como pensar a concepo de avaliao da aprendizagem de lnguas sob a perspectiva dos novos estudos de letramento?

Com base nas observaes de aulas, entrevistas com as professoras e anlise dos documen-tos, foi identificada a recorrncia de uma concepo de avaliao regulada no paradigma da

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modernidade, cujos problemas mais evidenciados foram a avaliao como sinnimo de men-surao, a nfase ao ensino de contedos objetivos e estveis e ainda a prioridade do uso de provas escritas. Tais evidncias no ocorreram de modo linear e homogneo, uma vez que as narrativas e prticas pedaggicas dos participantes mostraram-se descontnuas e contradit-rias, segundo a autora. Duboc (op.cit.) afirma ter sido possvel identificar concepes estrutura-listas de lngua seguidas de uma prtica avaliativa formativa e concepes progressistas de en-sino juntamente com uma concepo convencional de avaliao. No que concerne discusso da avaliao de lnguas perante as transformaes epistemolgicas apontadas por estudos de letramento, a pesquisa conclui que sua re-conceituao necessita envolver elementos at ento negligenciados pela concepo convencional de educao. Tal re-conceituao aponta para a necessidade de ampliao de conhecimento por meio de pesquisas acadmicas.

No que concerne avaliao em ambiente virtual de ensino e aprendizagem de lnguas, cabe citar duas pesquisas, uma de Mestrado (MESQUITA, 2008) e outra de Doutorado (CAVA-LARI, 2009).

A dissertao de Mesquita (2008) parte do projeto Teletandem Brasil e investiga tambm as crenas sobre avaliao de uma interagente brasileira e uma mediadora, e como essas inte-ragem na construo do processo de ensino e aprendizagem no tandem a distncia. A pesquisa tem como referencial terico estudos sobre: crenas de ensino e aprendizagem e avaliao; avaliao no processo de ensino e aprendizagem; concepes e vises do erro no ensino de ln-guas; e ainda tecnologia aplicada ao ensino. A investigao se caracteriza como um estudo de caso de carter qualitativo e de natureza etnogrfica. Para a coleta de dados, foram utilizados questionrios, gravaes em chats das interaes, gravaes em udio das mediaes, autobio-grafia dos participantes, e tambm dirios das interaes e das mediaes.

Para a anlise dos dados foi feita uma triangulao dos registros coletados. A anlise dos dados revelou que a interagente, quando no papel de professora, preocupava-se com a comu-nicao e no com a correo dos erros, apresentando assim, uma concepo de avaliao mais prxima dos princpios da avaliao mediadora. Contudo, como aluna, embora a mediadora tenha tentado demonstrar que cometer erros era algo natural no processo de ensino e apren-dizagem de lnguas, a interagente manteve-se preocupada em no cometer erros lingusticos e em obter algum tipo de feedback por parte de seu par norte-americano, e apresentando uma

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concepo de avaliao semelhante aos moldes de uma avaliao tradicional. J a mediadora, por ter uma base terica consistente e uma maior experincia de ensino atravs da prtica em vrios contextos com diferentes tipos de alunos, apresentou uma preocupao centrada na co-municao, ou seja, prxima da avaliao mediadora. Com relao interao das crenas das participantes, o estudo aponta reflexos da ao da professora mediadora no comportamento da interagente brasileira durante as interaes, enquanto ela desempenhava o papel de professora, o que sugeriu uma instabilidade em relao sua crena de aprendizagem.

A tese de Cavalari (2009), tambm em ambiente virtual de ensino e aprendizagem de lnguas, se caracteriza tambm como um estudo de caso e enfoca o processo autoavaliativo de tandem distncia, e parte do projeto Teletandem Brasil. A pesquisa investiga a auto--avaliao em relao s peculiaridades da comunicao no ambiente chat e envolve a caracte-rizao da linguagem do chat no teletandem e dos objetivos de aprendizagem e dos critrios e parmetros de avaliao sob o ponto de vista de uma brasileira, aprendiz de ingls como ln-gua estrangeira, formanda em um curso de Licenciatura em Letras. Com instrumentos como questionrio, entrevista, registros de interaes via chat, de reunies de mediao e de e-mails, bem como a confeco de dirios reflexivos, foram gerados os dados que revelaram que a lin-guagem do chat apresenta caractersticas especficas no ambiente do teletandem e refletem a posio enunciativa em que a participante brasileira se coloca. Essas caractersticas tm im-plicaes para o processo auto-avaliativo, j que o registro escrito favorece a reviso lingustica com foco na forma. Observou-se ainda que a participante estabelece parmetros altos para a avaliao do prprio desempenho, bem como critrios afetivos, lingustico-comunicativos e com base na presena ou ausncia de feedback para a avaliao de sua atuao no teletandem.

As pesquisas desenvolvidas na rea de avaliao de profici-ncia oral visam estabelecer anlises sobre as caractersticas da produo oral de candidatos a testes orais, podendo discutir dis-cutindo elementos morfossintticos ALMEIDA (2009)9, lexi-cais (BAFFI-BONVINO, 2001; 2010), entre outros aspectos. O foco nesses componentes, em especial, se deve ao fato de ser descrito na literatura que os elementos lexicais e morfossintticos so responsveis por grande parte da proficincia geral (RIMMER, 2006; McNAMARA, 1990).

9. A pesquisa est disponvel na base de dados da biblioteca da UNESP, Campus de So Jos do Rio Preto. Clique aqui!

http://www.athena.biblioteca.unesp.br/F/X2X9LDDRJVXNY6J43DTAJS78XCB6NI737K6VF3B7A4LD94J1FU-21222?func=service&doc_library=UEP01&doc_number=000592890&line_number=0001&func_code=WEB-BRIEF&service_type=MEDIA

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Anchieta (2010), por exemplo, discute diferentes tipos de exames de proficincia interna-cionais que classificam quantitativamente a proficincia de seus examinados, como, por exem-plo, o TOEFL (Test of English as a Foreign Language) e o FCE (First Certificate in English). A proposta do estudo a de apresentar resultados de uma pesquisa de mestrado desenvolvida na UNESP/SJRP, na qual foi realizado um levantamento de dados a respeito de tes-tes de proficincia em lngua inglesa existentes no mercado. Com isso, a pesquisa busca contribuir para a elaborao de um exame de proficincia em lngua estrangeira, denominado EPPLE10 Exame de Proficincia para Professores de Ln-gua Estrangeira. Alm dos testes de proficincia analisados no trabalho, questionrios aplicados a professores de Licenciatura em Letras, de vrias loca-lidades do Brasil compem tambm os dados analisados. Os questionrios apontam algumas das crenas desses profissionais sobre avaliao e suas diferentes vises a respeito dos testes de proficincia em lngua estrangeira e suas possveis repercusses. A anlise verifica e agrupa algumas caractersticas dos exames analisados que possivelmente serviro de base para o apri-moramento do EPPLE. Algumas sugestes so elencadas e destacam-se aquelas especficas a aplicao de testes em ambientes eletrnicos. A pesquisa ainda apresenta uma anlise das opi-nies dos participantes sobre os possveis efeitos retroativos que exames e testes de proficincia em lngua estrangeira acarretam a seus candidatos, e aponta que os respondentes apresentam opinies bastante heterogneas sobre os exames e testes de proficincia, principalmente quan-do questionados a respeito de pontos especficos sobre o assunto, como o caso da avaliao oral em testes eletrnicos.

A tese de doutorado de Baffi-Bonvino (2010) analisa a competncia lexical na produo oral em ingls como lngua estrangeira de formandos em Letras, tanto em sala de aula como em situaes de avaliao. Por meio de instrumentos de avaliao da proficincia oral, um pa-norama da proficincia oral desses futuros professores oferecido, com foco no vocabulrio. A pesquisa parte do pressuposto de que a avaliao de lnguas, no domnio da proficincia oral, tem sido amplamente discutida na literatura internacional de Lingustica Aplicada, e por isso envolve questes sobre a proficincia necessria para professores de ingls como lngua estran-geira, ingressantes no mercado de trabalho no contexto de ensino e aprendizagem de LE no 10

10. Se voc se interessou por pes-quisas sobre avaliao de profici-ncia, sugerimos a visita ao stio do projeto EPPLE para verificar a questo do desenvolvimento de um exame de proficincia para profes-sores de lnguas estrangeiras.

http://www.epplebrasil.orghttp://www.epplebrasil.org

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Brasil. Desse modo, a competncia lexical foi analisada por meio de simulados do teste oral do FCE e do teste oral do IELTS. Alm dos simulados dos testes consagrados, os participantes se submeteram a outro teste oral (TEPOLI; CONSOLO, 2004), um teste piloto para um projeto de pesquisa maior sobre a avaliao da proficincia oral de formandos de vrios cursos de Letras no Brasil.

A pesquisa de Baffi-Bonvino (2010) de carter interpretativista e faz uso de procedimen-tos qualitativos como, por exemplo, entrevistas individuais, questionrios a fim de mapear as expectativas e as percepes dos alunos, examinadores e do professor da disciplina. Procedi-mentos quantitativos tambm foram desenvolvidos tanto com o auxlio do programa RANGE (Victoria University of Wellington), que conta e categoriza o vocabulrio, como um tratamento estatstico dos dados. Os resultados apontam para uma melhora na competncia lexical duran-te a produo oral em um segundo momento de aplicao de testes orais, e semelhanas entre os nveis de proficincia foram observadas quando os resultados dos instrumentos de avaliao foram comparados. A pesquisa ainda objetivou contribuir para a validao dos descritores de vocabulrio do teste TEPOLI, por meio de uma proposta de critrios mais objetivos para a avaliao de proficincia lexical.

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Daniela Nogueira de Moraes Garcia

Melissa Alves Baffi-Bonvino

Suzi M. Spatti Cavalari

Ficha da Disciplina:

Pesquisas no Ensino e Aprendizagem de Ingls como Lngua Estrangeira:

Tendncias e Perspectivas

http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4776295U8http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4776295U8http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4776295U8

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Daniela Nogueira de Moraes Garcia

Mestre em Letras pela Universidade Estadual Paulista Jlio de Mesquita Filho (2003)- UNESP-Assis e doutora em Estudos Lingusticos pela Universidade Estadual Paulista Jlio de Mesquita Filho (2010)- IBILCE/ UNESP - So Jos do Rio Preto. Atualmente profes-sora do Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis e ministra aulas de Lngua Inglesa sob o enfoque instrumental. professora assistente doutora da Universidade Estadual Pau-lista Jlio de Mesquita Filho, UNESP- Assis e ministra aulas de Lngua Inglesa e Prtica de Laboratrio de Lngua Inglesa. Tem experincia na rea de Lingustica Aplicada, com nfase em Lnguas Estrangeiras Modernas, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino e aprendizagem de lnguas estrangeiras, novas tecnologias, prticas telecolaborativas, ensino/ aprendizagem de lnguas estrangeiras em tandem, formao de professores.

Melissa Alves Baffi-Bonvino

Possui graduao em Bacharelado em Letras com Habilitao em Tradutor (1993), mestra-do (2007) e doutorado (2010) em Estudos Lingusticos pela Universidade Estadual Paulista Jlio de Mesquita Filho. Professora Assistente Doutora da Universidade Jlio de Mesquita Filho, campus de So Jos do Rio Preto. Tem experincia na rea de Lingustica Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino e aprendizagem de lnguas estrangeiras, avaliao de proficincia oral em lngua estrangeira, proficincia oral, vocabulrio.

Suzi M. Spatti Cavalari

Bacharel em Letras com Habilitao de Tradutor (1993) pela Universidade Estadual Paulista Jlio de Mesquita Filho (UNESP So Jos do Rio Preto), onde tambm desenvol-veu seus trabalhos de mestrado (2005) e doutorado (2009), junto ao Programa de Ps-Gra-duao em Estudos Lingusticos, na rea de Lingustica Aplicada e Ensino-Aprendizagem de Lnguas Estrangeiras. Professora Assistente Doutora da UNESP Rio Preto, atuando nas disciplinas de Lngua Inglesa dos cursos de Licenciatura em Letras e Bacharelado em Letras com Habilitao de Tradutor. Dentro da rea de Lingustica Aplicada, seus principais temas de interesse so o ensino-aprendizagem de lnguas mediado pela tecnologia, autonomia e au-toavaliao.

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Ementa:Acesso s pesquisas na rea de ensino/aprendizagem de lnguas estrangeiras em diferentes

tipos de publicaes e mdias. Preparao do professor/aluno para desenvolver pesquisa indivi-dual na rea de lngua inglesa.

Estrutura da DisciplinaDISCIPLINA TEMAS TPICOS

Pesquisas do Ensino e

Aprendizagem de Ingls

como Lngua Estrangeira: Tendncias e Perspectivas

1. Foco na Aprendizagem

1.1. Pesquisas Sobre o Uso de Estratgias de Aprendizagem de Lngua Estrangeira

1.2. O Desenvolvimento da Autonomia

1.3. Estudos Sobre Crenas: o Aprendiz de Lngua Estrangeira

Bibliografia

2. Foco no Ensino

2.1. Um Olhar Sobre Pesquisas que Enfocam as Competncias do Professor de LE

2.2. Avaliao: Teoria e Prtica em Contextos de Ensino e Aprendizagem

Bibliografia

3. Foco na Formao

3.1. Crenas No Processo De Formao

3.2. O Impacto da Formao Pr-Servio e da Formao Continuada

Bibliografia

Pr-Reitora de Ps-graduaoMarilza Vieira Cunha Rudge

Equipe CoordenadoraAna Maria Martins da Costa Santos

Coordenadora Pedaggica

Cludio Jos de Frana e SilvaRogrio Luiz Buccelli

Coordenadores dos CursosArte: Rejane Galvo Coutinho (IA/Unesp)

Filosofia: Lcio Loureno Prado (FFC/Marlia)Geografia: Raul Borges Guimares (FCT/Presidente Prudente)

Antnio Cezar Leal (FCT/Presidente Prudente) - sub-coordenador Ingls: Mariangela Braga Norte (FFC/Marlia)

Qumica: Olga Maria Mascarenhas de Faria Oliveira (IQ Araraquara)

Equipe Tcnica - Sistema de Controle AcadmicoAri Araldo Xavier de Camargo

Valentim Aparecido ParisRosemar Rosa de Carvalho Brena

Secretaria/AdministraoMrcio Antnio Teixeira de Carvalho

NEaD Ncleo de Educao a Distncia(equipe Redefor)

Klaus Schlnzen Junior Coordenador Geral

Tecnologia e InfraestruturaPierre Archag Iskenderian

Coordenador de Grupo

Andr Lus Rodrigues FerreiraGuilherme de Andrade Lemeszenski

Marcos Roberto GreinerPedro Cssio Bissetti

Rodolfo Mac Kay Martinez Parente

Produo, veiculao e Gesto de materialElisandra Andr Maranhe

Joo Castro Barbosa de SouzaLia Tiemi Hiratomi

Liliam Lungarezi de OliveiraMarcos Leonel de Souza

Pamela GouveiaRafael Canoletti

Valter Rodrigues da Silva

Marcador 1Vdeo da Semana2. Foco no Ensino2.1 Um olhar sobre pesquisas que enfocam as competncias do professor de lngua estrangeira

Vamos refletir?2.2 Avaliao: teoria e prtica em contextos de ensino e aprendizagem

Vamos refletir?RefernciasSites interessantesEmenta:

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