Redalyc.A prática de meditação aplicada ao contexto da saúde

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Saúde Coletiva ISSN: 1806-3365 [email protected] Editorial Bolina Brasil KOZASA, ELISA HARUMI A prática de meditação aplicada ao contexto da saúde Saúde Coletiva, vol. 3, núm. 10, 2006, pp. 63-66 Editorial Bolina São Paulo, Brasil Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=84222224007 Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista no Redalyc Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto

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Saúde Coletiva

ISSN: 1806-3365

[email protected]

Editorial Bolina

Brasil

KOZASA, ELISA HARUMI

A prática de meditação aplicada ao contexto da saúde

Saúde Coletiva, vol. 3, núm. 10, 2006, pp. 63-66

Editorial Bolina

São Paulo, Brasil

Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=84222224007

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técnicas complementares em saúde

Recebido: 16/12/2005 Aprovado: 12/05/2006

Kozasa EH. A prática de meditação aplicada ao contexto da saúde

técnicas complementares em saúde

ELISA HARUMI KOZASA Bióloga. Mestre em Psicobiologia. Doutora em Ciências. Pesquisa-dora da Unidade de Medicina Comportamental do Departamento de Psicobiologia da UNIFESP. Docente da Universidade Nove de Julho. Membro do Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva e da Família (NESCOF) – UNINOVE

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Este artigo é uma reflexão sobre um dos assuntos mais interes-santes na área das técnicas complementares em saúde: a práti-ca de meditação. Apesar de popularizada a partir da dissemina-ção da yoga no ocidente, existem práticas de meditação ligadas aos mais diferentes tipos de tradições, inclusive a cristã. Suas pesquisas científicas intensificaram-se a partir da década de 70 e, atualmente, pode ser recomendada como complemento ao tratamento de distúrbios cardiovasculares como: hipertensão, alívio de sintomas de estresse e depressão, entre outros.Descritores: Meditação, Yoga, Saúde.

This article is a reflection on one of the most interesting subjects in the area of the complementary therapies in health: the medi-tation practice. In spite of quite popularized since the dissemina-tion of the yoga in the occident, there are meditation practices tied up with to the most different types of traditions, including the Christian. The scientific researches become more intensified in the 70’s, and nowadays it can be recommended as comple-mentary treatment for cardiovascular disturbances as: hyperten-sion, relief of stress symptoms and depression among others.Des crip tors: Meditation, Yoga, Health.

Este artículo es una reflexión a respecto de los asuntos más interesantes en el área de las terapias complementarias en salud: la práctica de meditación. A pesar de popularizada después de la diseminación de la yoga en el occidente, hay prácticas de meditación atadas a los más distintos tipos de tradiciones, incluyendo la Cristiana. Sus investigaciones científicas se intensificaron en la década de 70 y, actual-mente, se puede recomendarla como complementario al trata-miento de perturbaciones cardiovasculares como: hipertensión, alivio de síntomas de estrés y depresión, entre otros. Des crip to res: Meditación, Yoga, Salud.

INTRODUÇÃO

Nos últimos anos observou-se um aumento do interesse po-pular pela meditação. Assunto de capa de revistas e man-

chetes de jornais, o tema meditação no mínimo tem despertado curiosidade. Uma série de livros referentes ao assunto tem se tornado best sellers nos últimos anos, gerando uma série de adeptos a esta prática.

Tema de pesquisas científicas, princi-palmente a partir do final da década de 60, algumas delas sujeitas a diversas críticas, a meditação tem despertado o interesse de profissionais da área da saúde.

Hoje a meditação é oferecida para pa-cientes como terapia complementar até mes-mo na rede pública municipal da cidade de São Paulo. Diversas universidades de renome como Harvard, Universidade da Califórnia, Stanford e Columbia, dentre outras, e no Brasil a Universidade Federal de São Paulo

(UNIFESP), vem realizando pesquisas nesta área.Este artigo propõe trazer uma reflexão sobre as possibilida-

des do emprego das práticas meditativas na área da saúde, in-cluindo a atenção primária à saúde.

O SIGNIFICADO DE YOGA E MEDITAÇÃO “Yoga do sânscrito yuga significa unir” e daí objetiva a perfeita união de corpo, mente e espírito, através de um sistema de pos-turas, controle respiratório, sons, meditação e outras práticas. Os yogis (praticantes de yoga) sustentam que práticas yogis podem auxiliar no tratamento de desordens mentais e físicas específicas1”.

De acordo com Tamari2 o significado literal da palavra yoga se traduz como: “união”, “ligar, “pegar”, “unificar”, termo usado na Índia geralmente para descrever uma técnica de contempla-ção, que promove uma ruptura dos vínculos que nos unem com o mundo exterior para permitir a concentração no interior (liga-ção com o mundo interior). É muito difícil estabelecer a origem do yoga, porque a transmissão deste conhecimento se produzia de forma completamente oral. No século II antes de Cristo (apro-ximadamente) surge o maior recompilador do yoga: Patañjali. Nos mosteiros e ashrams (centros de treinamento) onde se prati-cava yoga se conhecia muitíssimo antes dele, diferentes técnicas secretas que envolviam exercícios fisiológicos (dentre eles exer-cícios respiratórios – os pranayamas), mentais e espirituais, e que principalmente exaltavam os poderes da meditação.

A palavra meditação pode apresentar diversos significados de acordo com a técnica específica a que se refere. Goleman apresenta onze das mais conhecidas técnicas meditativas: bhakti hindu, cabala judaica, hesicasma cristão, sufismo, medi-tação transcendental, yoga ashtanga, tantra indiano, budismo tibetano, budismo zen, quarta via de Gurdjieff e consciência sem escolha de Krishnamurti, cada qual com suas caracterís-ticas bastante distintas3. Uma definição mais geral é formula-da por Jonhson que afirma que meditação poderia ser defini-da como: “A ampla variedade de atividades que procuram expandir e ressaltar o alcance da mente e seu funcionamento possível, produzido quase sempre pelas formas de disciplina sensório-motora, entre as quais figuram o permanecer sen-tado em silêncio, o relaxar-se, o cerrar os olhos, o respirar de

modo consciente e o adotar um objeto da consciência.(...) é antes uma técnica, um modo de desenvolver a consciência4.”

Uma tentativa de definir operacional-mente meditação pode ser vista no traba-lho de Cardoso et al5 que definem medi-tação como: “um procedimento que se utiliza de alguma técnica específica (cla-ramente definida), envolvendo estado al-terado de consciência, com relaxamento muscular em algum ponto do processo e “relaxamento da lógica”; é um estado ne-cessariamente auto-induzido, utilizando um artifício de “auto-focalização” (cogno-minado de “âncora”), como por exemplo, a própria respiração.

A TÉCNICA MEDITATIVA MAIS UTILIZADA EM PESQUISA NOS MEIOS

ACADÊMICOS É A MEDITAÇÃO TRANSCENDENTAL (MT).

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MEDITAÇÃO E CIÊNCIA: PRIMEIRAS PESQUISAS

A técnica meditativa mais utilizada em pesquisa nos meios acadêmicos sem dúvi-da nenhuma é a Meditação Transcenden-tal (MT). Trazida ao ocidente pelo indiano Maharishi Mahesh Yogi e tendo tido adep-tos famosos como os astros de Hollywood e os Beatles. Tornou-se técnica bastante popular no final da década de 60.

Em 1970 é apresentada a primeira pes-quisa científica com controle adequado dos seus efeitos fisiológicos, na forma da tese de doutorado de Wallace, na Universidade da Califórnia, intitulada “Os Efeitos Fisiológicos da Meditação Transcendental: Uma Propo-sição do Quarto Maior Estado de Consciên-cia6”. Ele propõe que a meditação seria um estado diferenciado de consciência e que se-ria responsável por uma série de alterações metabólicas como redução do consumo de oxigênio e dos batimentos cardíacos, aumento da resistência gal-vânica da pele e aumento da intensidade de ondas alfa lentas e ocasional atividade de ondas teta7.

Nesta época já haviam alguns trabalhos publicados a res-peito de técnicas de meditação porém, estes dois trabalhos de Wallace, pelo impacto provocado, atraíram a atenção de diversos pesquisadores que passaram a se envolver no estudo das técnicas meditativas6.

MEDITAÇÃO E SISTEMA CARDIOVASCULAR A literatura tem mostrado resultados promissores de técnicas de meditação sobre o sistema cardiovascular (sobretudo pesquisas re-ferentes à MT), afirmando que podem provocar efeitos positivos em testes objetivos de exercícios e qualidade de vida em pacien-tes cardíacos8, redução de hipertensão, hipercolesterolemia e do hábito de fumo9,10. Uma redução na aterosclerose foi observada em hipertensos afro-americanos com alto risco de complicações cardiovasculares. Este último trabalho vem sendo seguido por uma grande pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos11. Redução na resistência total periférica durante a MT também foi observada por Barnes12. Técnicas como Qigong e Kundalini Yoga provocam alterações exageradas nas oscilações de batimento cardíaco, considerando-se o aparente “repouso” duran-te as práticas, levando ao questionamento de que algumas formas de meditação podem envolver um tipo de exercício autonômico mediado ao menos em parte por manobras respiratórias especia-lizadas13. Em relação às medidas sangüíneas foi encontrada redu-ção nos níveis de peróxidos lipídicos em praticantes de MT, rela-cionados à redução de estresse14.

MEDITAÇÃO E HORMÔNIOS RELACIONADOS AO ESTRESSENuñez15 ao citar Burkhard refere que os distúrbios psicossomá-ticos podem resultar em estresse ou até câncer e que a doença pode aparecer para mostrar que existe um desequilíbrio, e só o

uso de remédios não resolve o problema. Aumentam-se as evidências de que há

relação do estresse crônico com uma sé-rie de desordens psiquiátricas e somáticas. Portanto, técnicas de redução de estresse começam a receber atenção como preven-ção e tratamento complementar.

Em meditadores foram encontradas respostas consideradas melhores ao estres-se em relação às alterações de níveis hor-monais de cortisol ,TSH e GH em alguns trabalhos, de acordo com seus autores. Os níveis basais de cortisol, TSH e GH são reduzidos do pré para algum tempo pós treinamento16-19. De acordo com Infante et al20, ocorrem também alterações no ciclo diário de ACTH e -endorfina, porém não há alterações nos níveis de cortisol.

MEDITAÇÃO E PESQUISAS DIVERSASDados referentes à redução da tensão

muscular21, redução do metabolismo22; melhora em patologias como a fibromialgia23, em distúrbios de humor e sintomas de estresse em pacientes com câncer24, aceleração do ritmo de resolução das lesões psoriáticas em pacientes com tratamento com luz ultravioleta25, estão também presentes na literatura.

Redução no uso de drogas de abuso em indivíduos que passaram a praticar meditação são descritos por Shaffi et al26 e Subrahmanyam et al27. Melhora no desempenho esportivo é relatada por Solberg et al28,29

De acordo com Pirotta30: “Há evidência na Austrália da am-pla aceitação da acupuntura, meditação, hipnose e quiroprática (...) Estes dados geram a urgente necessidade de evidências da efetividade destas terapias. Por outro lado, o Setor de Medicina Alternativa do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos enfatiza que: “milhares de pesquisas” sugerem o aprendizado do controle de “parâmetros fisiológicos” através da yoga1.

“Um estudo realizado nos Estados Unidos da América mos-tra que curtas estratégias de modificação do comportamento que inclua a meditação conduziram à redução significativa de visitas aos médicos durante os seis meses seguintes. A eco-nomia foi estimada em duzentos dólares por paciente. Outro estudo mostra que o uso de seguro saúde é significantemente menor em meditadores em relação à não meditadores31.”

CONSIDERAÇÕES FINAISAs práticas meditativas apesar de serem praticadas no oriente há milênios, têm despertado a atenção da área da saúde, principal-mente nos últimos trinta anos. Seu baixo custo, a possibilidade de serem ensinadas a grupos de pacientes, e sua efetividade em uma série de transtornos, ao menos como técnica complementar, pode representar uma importante contribuição para a atenção primária á saúde, em especial, no atendimento público. Por outro lado, ve-rifica-se a importância de se realizarem mais avaliações científicas sobre as diversas técnicas e suas possíveis aplicações clínicas.

YOGA DO SÂNSCRITO YUGA SIGNIFICA UNIR” E DAÍ OBJETIVA

A PERFEITA UNIÃO DE CORPO, MENTE E ESPÍRITO, ATRAVÉS DE UM

SISTEMA DE POSTURAS, CONTROLE RESPIRATÓRIO, SONS, MEDITAÇÃO...

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Referências

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