REALIDADE E DESAFIOS NO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE … · deste trabalho é o de avaliar o...

2
necessários para conrmar a existência e direção de uma potencial relação de causalidade entre essas variáveis. http://dx.doi.org/10.1016/j.slsci.2016.02.124 42190 RANDOMIZED CONTROLLED STUDY OF A MAN- DIBULAR ADVANCEMENT APPLIANCE FOR THE TREAT- MENT OF OBSTRUCTIVE SLEEP APNEA IN CHILDREN: A PILOT STUDY Almiro J. Machado Júnior, Luiz Gabriel Signorelli, Edilson Zancanella, Agrício N. Crespo UNICAMP E-mail address: [email protected] (A.J. Machado Júnior) Resumo Background The current limited evidence may be suggestive that man- dibular advancement appliance (MAAs) result in improvements in apnea-hypopnea index (AHI) scores, but it is not possible to con- clude that MMAs are effective to treat paediatric OSA. There are signicant weaknesses in the existing evidence due primarily to absence of control groups, small sample sizes, lack of randomiza- tion and short-term results. Aim The objective of the present study was to evaluate MAAs in children with OSA. Methods Children presenting an apnea-hypopnea index (AHI) greater than or equal to one event per hour were considered to be apneic. This group of children with AHI greater than or equal to one was randomly divided through a draw into two subgroups: half of them in an experimental subgroup and half of them in a control subgroup. In the experimental subgroup, molds of each of these childrens maxillary and mandibular arches were taken using standard molds and molding material. These were lled with plaster, thus producing working models on which in- traoral mandibular advancement devices were constructed. The control group did not use any intraoral device and did not undergo any type of treatment for OSAS. The MAAs used in this study had the aim of achieving mandibular advancement, thereby correcting the mandibular position and dental occlusion, and perhaps increasing the airway and treating OSAS. After 12 consecutive months of use of the mandibular advancement devices, polysomnography examinations using the same parameters as in the initial examinations were requested for both the experimental and the control subgroup. Results There was a decrease in AHI in the experimental group and an increase in the control group, with statistical signicance. These data were used to calculate the sample size, which was 28 children in total in the groups. Conclusion There was a decrease in AHI one year after implementing use of mandibular advancement devices, in comparison with the group that did not use these devices. Acknowledgements FAPESP process 2012/00092-0. http://dx.doi.org/10.1016/j.slsci.2016.02.125 43528 REALIDADE E DESAFIOS NO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE PARA O DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO EM PACIENTES HI- PERTENSOS DE UM CENTRO TERCIÁRIO Fernanda Mendes Bernardes, Daniel Castanho Genta Pereira, Luiz Aparecido Bortolotto, Geraldo Lorenzi Filho, Luciano Ferreira Drager INSTITUTO DO CORAÇÃO-INCOR E-mail address: [email protected] (F.M. Bernardes) Resumo Introdução Diversos trabalhos sugerem que a Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) é uma causa secundária de hipertensão arterial e pode contribuir para o aumento da lesão de órgãos-alvo. O objetivo deste trabalho é o de avaliar o subdiagnóstico da AOS em pacientes hipertensos, bem como as diculdades para o diagnóstico e tra- tamento destes pacientes no Sistema Público de Saúde (SUS). Métodos Durante o período de outubro de 2014 a julho de 2015 en- trevistamos pacientes hipertensos atendidos em um centro ter- ciário de cardiologia procurando avaliar o potencial subdiagnóstico da AOS através de exame físico, questionários de Berlim e de Ep- worth, acesso ao diagnóstico e ao tratamento da AOS. Resultados Estudamos 148 pacientes hipertensos (idade média 61710 anos, 57% sexo feminino e índice de massa corpórea: 33,276,6 kg/m 2 ). A maioria dos pacientes (89%) revelou que ronca e 73% dos pacientes avaliados apresentaram duas ou mais categorias positivas no ques- tionário de Berlim, sendo classicados como alto risco para a AOS. De todos os entrevistados apenas 38% apresentaram AOS conrmada por polissonograa ou poligraa. Quando questionados se alguma vez al- gum médico cardiologista já havia perguntado sobre algum problema relacionado ao sono, 1/3 dos pacientes revelou nunca ter sido ques- tionado à respeito. Dos 67% que haviam sido questionados, houve solicitação de exames para investigar em 83% dos casos (89% desses casos o exame pedido foi a polissonograa, sendo os outros exames pedidos, ignorados). Apenas 32% dos entrevistados com AOS estão sendo tratados e em 85% desses casos é usado CPAP. Abstracts of XV Brazilian Sleep Congress / Sleep Science 8 (2015) 169255 231

Transcript of REALIDADE E DESAFIOS NO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE … · deste trabalho é o de avaliar o...

necessários para confirmar a existência e direção de uma potencialrelação de causalidade entre essas variáveis.

http://dx.doi.org/10.1016/j.slsci.2016.02.124

42190

RANDOMIZED CONTROLLED STUDY OF A MAN-DIBULAR ADVANCEMENT APPLIANCE FOR THE TREAT-MENT OF OBSTRUCTIVE SLEEP APNEA IN CHILDREN: APILOT STUDY

Almiro J. Machado Júnior, Luiz Gabriel Signorelli,Edilson Zancanella, Agrício N. Crespo

UNICAMPE-mail address: [email protected] (A.J. Machado Júnior)

Resumo

Background

The current limited evidence may be suggestive that man-dibular advancement appliance (MAAs) result in improvements inapnea-hypopnea index (AHI) scores, but it is not possible to con-clude that MMAs are effective to treat paediatric OSA. There aresignificant weaknesses in the existing evidence due primarily toabsence of control groups, small sample sizes, lack of randomiza-tion and short-term results.

Aim

The objective of the present study was to evaluate MAAs inchildren with OSA.

Methods

Children presenting an apnea-hypopnea index (AHI) greater than orequal to one event per hour were considered to be apneic. This group ofchildren with AHI greater than or equal to one was randomly dividedthrough a draw into two subgroups: half of them in an experimentalsubgroup and half of them in a control subgroup. In the experimentalsubgroup, molds of each of these children’s maxillary and mandibulararches were taken using standard molds and molding material. Thesewere filled with plaster, thus producing working models on which in-traoral mandibular advancement devices were constructed. The controlgroup did not use any intraoral device and did not undergo any type oftreatment for OSAS. The MAAs used in this study had the aim ofachieving mandibular advancement, thereby correcting the mandibularposition and dental occlusion, and perhaps increasing the airway andtreating OSAS. After 12 consecutive months of use of the mandibularadvancement devices, polysomnography examinations using the sameparameters as in the initial examinations were requested for both theexperimental and the control subgroup.

Results

There was a decrease in AHI in the experimental group and anincrease in the control group, with statistical significance. Thesedata were used to calculate the sample size, which was 28 childrenin total in the groups.

Conclusion

There was a decrease in AHI one year after implementing use ofmandibular advancement devices, in comparison with the groupthat did not use these devices.

Acknowledgements

FAPESP process 2012/00092-0.

http://dx.doi.org/10.1016/j.slsci.2016.02.125

43528

REALIDADE E DESAFIOS NO SISTEMA PÚBLICO DESAÚDE PARA O DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DAAPNEIA OBSTRUTIVA DO SONO EM PACIENTES HI-PERTENSOS DE UM CENTRO TERCIÁRIO

Fernanda Mendes Bernardes, Daniel Castanho Genta Pereira,Luiz Aparecido Bortolotto, Geraldo Lorenzi Filho,Luciano Ferreira Drager

INSTITUTO DO CORAÇÃO-INCORE-mail address: [email protected] (F.M. Bernardes)

Resumo

Introdução

Diversos trabalhos sugerem que a Apneia Obstrutiva do Sono(AOS) é uma causa secundária de hipertensão arterial e podecontribuir para o aumento da lesão de órgãos-alvo. O objetivodeste trabalho é o de avaliar o subdiagnóstico da AOS em pacienteshipertensos, bem como as dificuldades para o diagnóstico e tra-tamento destes pacientes no Sistema Público de Saúde (SUS).

Métodos

Durante o período de outubro de 2014 a julho de 2015 en-trevistamos pacientes hipertensos atendidos em um centro ter-ciário de cardiologia procurando avaliar o potencial subdiagnósticoda AOS através de exame físico, questionários de Berlim e de Ep-worth, acesso ao diagnóstico e ao tratamento da AOS.

Resultados

Estudamos 148 pacientes hipertensos (idade média 61710 anos,57% sexo feminino e índice de massa corpórea: 33,276,6 kg/m2). Amaioria dos pacientes (89%) revelou que ronca e 73% dos pacientesavaliados apresentaram duas ou mais categorias positivas no ques-tionário de Berlim, sendo classificados como alto risco para a AOS. Detodos os entrevistados apenas 38% apresentaram AOS confirmada porpolissonografia ou poligrafia. Quando questionados se alguma vez al-gum médico cardiologista já havia perguntado sobre algum problemarelacionado ao sono, 1/3 dos pacientes revelou nunca ter sido ques-tionado à respeito. Dos 67% que haviam sido questionados, houvesolicitação de exames para investigar em 83% dos casos (89% dessescasos o exame pedido foi a polissonografia, sendo os outros examespedidos, ignorados). Apenas 32% dos entrevistados com AOS estãosendo tratados e em 85% desses casos é usado CPAP.

Abstracts of XV Brazilian Sleep Congress / Sleep Science 8 (2015) 169–255 231

Conclusões

A despeito da alta porcentagem de alto risco, a AOS é po-tencialmente subdiagnosticada e subtratada em pacientes hi-pertensos. As potenciais explicações são múltiplas e incluem a nãoavaliação sistemática dos distúrbios do sono por cardiologistas, asdificuldades de acesso e as longas filas para a polissonografia e anão oferta do tratamento específico para a AOS no SUS.

http://dx.doi.org/10.1016/j.slsci.2016.02.126

41964

RECUPERAÇÃO DO DRIVE VENTILATÓRIO CENTRALEM IDOSA OBESA TRATADA COM CPAP

Sergio Roberto Nacif, Natalia Acocella, Ezequiel Fernandes Oliveira,Silvania Rodrigues dos Reis, Mariana de Abreu Rays Dazzi,Clarice E Fuzi, Maria Vera C Oliveira Castellano

HOSPITAL SERVIDOR PÚBLICO ESTADO SÃO PAULOE-mail address: [email protected] (S.R. Nacif)

Resumo

Paciente idosa, 76 anos, IMC 42, internou na Clinica Médica emmarço de 2013 devido agravamento da dispneia e cianose há maisde 1 ano. Apresentava sonolência diurna acentuada, grande limi-tação das atividades e sono de má qualidade. Durante a internaçãopor 2 semanas fez tratamento de ICC, Infecção respiratória aguda eInsuficiência Respiratória Crônica agudizada com VNI (Bipap) e O2contínuo. RX de tórax: cardiomegalia com congestão hilar bi-lateral, BNP 667,3 e D-Dímero 0,8. Gasometria arterial: pH 7,30pCO2 96,6 pO2 61,1 HCO3 47,1 Sat O% 90% Comorbidades: Hipo-tiroidismo, Hipertensão arterial controlada com Losartana e Ara-dois. Teve alta após transferência para Cpap com máscara nasal,pressão ajustada em 10 cmH2O e oxigênoterapia domiciliar pro-longada, com melhora clinica da cianose, deambulação e da qua-lidade do sono (ausência de ronco e da sonolência diurna). Po-lissonografia(psg) 6 meses após a alta (Split night): IAH 64,8eventos obstrutivos/h; saturação basal da hemoglobina de 89,3%,tendo permanecido 95% do TTS abaixo de 90% (hipoxemia persis-tente e mantida mesmo após correção das apneias obstrutivas como uso do Cpap de 7 cm H2O na segunda metade da noite). Esta foi apressão final sugerida, contudo mantinha dessaturação persis-tente. Optamos continuar o Cpap com pressão de 10 cmH20 eoxigênio noturno, com boa aceitação. Acompanhamento regularno Ambulatório de Dist. Resp. do Sono nos últimos 2 anos, commédia de uso de 7 hs diárias, conforme leitura do cartão do Cpap.Exames de controle (out 2014): Ecocardiograma normal (leve re-dução relaxamento diastólico de VE); Espirometria: normal. He-mograma e função renal: normais. BNP 12,5 pg ml. Gasometriasem O2: pH 7,43; pCO2 39,2 mmHg; pO2 61,6 mmHg; HCO325,7 mmol L e Sat O2 94%. Retirado O2 domiciliar em jan deste ano(Sat O2 Ar: 96%), após 2 anos de uso noturno. Mantinha boaaderência ao Cpap, 10 cmH2O, média de uso acima de 7 hs diáriase fuga bem controlada com uso de máscara nasal. Revisão em julhodeste ano: mantendo as mesmas condições, Sat O2 (Ar) 96%, pe-quena perda de peso, sono restaurador e qualidade de vida

satisfatória, com uso do Cpap (10 cmH2O). Programado controlesemestral longo prazo do Cpap e nova psg com Cpap.

CONCLUSÃO

Paciente idosa, obesa mórbida, tendo desenvolvido in-suficiência respiratória crônica últimos anos associada a apneiaobstrutiva do sono, com redução do drive ventilatório central,recuperado com sucesso com o uso do Cpap.

http://dx.doi.org/10.1016/j.slsci.2016.02.127

37683

RELAÇÃO ENTRE A QUALIDADE DO SONO E OS VA-LORES DE HEMOGLOBINA GLICADA EM IDOSOS PAR-TICIPANTES DO PROGRAMA ESTRATÉGIA SAÚDE DAFAMÍLIA

DAYANE EUSENIA ROSA, MARIA FILOMENA CEOLIM,Sabrina Gonçalves Resende

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLANDIAE-mail address: [email protected] (D.E. ROSA)

Resumo

Introdução e Objetivos

Atualmente, há cada vez mais evidências da importância dacorreta sincronização do ciclo vigília-sono e da boa qualidade dosono para a manutenção da saúde. Doenças crônicas como o dia-betes mellitus (DM) e hipertensão arterial (HAS) e eventos fisioló-gicos como o envelhecimento têm sido cada vez mais relacionadosao sono de má qualidade ou quantidade inadequada. Este trabalhoteve como objetivo relacionar valores de hemoglobina glicada coma duração e a qualidade do sono em idosos atendidos pelo programaEstratégia da Saúde da Família (ESF) de um município.

Métodos

Participaram 42 idosos de ambos os sexos (76,2% mulheres),com idade média de 66,8 anos, com diagnóstico de HAS e/ou DM,cadastrados na ESF. A coleta de dados englobou: levantamentosociodemográfico e clínico; preenchimento do Índice de Qualidadedo Sono de Pittsburgh (PSQI) e a dosagem sérica de hemoglobinaglicada em jejum. A análise contemplou: estatística descritiva,teste de Correlação de Postos de Spearman e teste de Mann-Whitney.

Resultados

A duração média do sono foi de sete horas e quatro minutos e aqualidade do sono mostrou-se boa para 50% dos idosos. En-controu-se fraca correlação, não significativa, entre os valores dehemoglobina glicada e qualidade do sono (r de Spearman¼0,30,p¼0,054). O Componente 5 do PSQI “Transtornos do sono no-turno” e os valores de hemoglobina glicada apresentaram corre-lação significativa (r de Spearman¼0,386, p¼0,012). Verificou-se

Abstracts of XV Brazilian Sleep Congress / Sleep Science 8 (2015) 169–255232