Reação de saponificação relatorio

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REAÇÃO DE SAPONIFIAÇÃO Clebson da Silva Ramos RESUMO O sabão é um produto de grande interesse comercial, sua preparação vem de longa data. Esse experimento busca explicar porque o sabão funciona como agente de limpeza, e da mesma forma aumentar ainda mais o nosso conhecimento. O objetivo desse experimento e o preparo de sabão a partir do óleo de cozinha e soda causticam obter o sabão através da reação de saponificação, entre um ácido graxo (glicerídeo) e uma base forte (NaOH). PALAVRAS-CHAVES: Saponificação, ácidos graxos, sabão. INTRODUÇÃO A fabricação de sabão é, sem dúvida, uma das atividades industriais mais antigas de nossa civilização. Sua origem remonta a um período anterior ao século XXV a.C. Nesses mais de 4500 anos de existência, a indústria saboeira evoluiu acumulando enorme experiência prática ale de estudos teóricos desenvolvidos por pesquisadores. Tecnicamente, a indústria do sabão nasceu muito simples e os primeiros processos exigiram muito mais paciência do que perícia. Tudo o que tinha a fazer, segundo a história, era misturar dois ingredientes como: cinza vegetal, rica em carbonato de potássio, e gordura animal. Então, era esperar por um longo tempo até que eles reagissem entre si. O que ainda não

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REAÇÃO DE SAPONIFIAÇÃO

Clebson da Silva Ramos

RESUMO

O sabão é um produto de grande interesse comercial, sua preparação vem de longa data.

Esse experimento busca explicar porque o sabão funciona como agente de limpeza, e da

mesma forma aumentar ainda mais o nosso conhecimento. O objetivo desse

experimento e o preparo de sabão a partir do óleo de cozinha e soda causticam obter o

sabão através da reação de saponificação, entre um ácido graxo (glicerídeo) e uma base

forte (NaOH).

PALAVRAS-CHAVES: Saponificação, ácidos graxos, sabão.

INTRODUÇÃO

A fabricação de sabão é, sem

dúvida, uma das atividades industriais

mais antigas de nossa civilização. Sua

origem remonta a um período anterior

ao século XXV a.C. Nesses mais de

4500 anos de existência, a indústria

saboeira evoluiu acumulando enorme

experiência prática ale de estudos

teóricos desenvolvidos por

pesquisadores.

Tecnicamente, a indústria do

sabão nasceu muito simples e os

primeiros processos exigiram muito

mais paciência do que perícia. Tudo o

que tinha a fazer, segundo a história, era

misturar dois ingredientes como: cinza

vegetal, rica em carbonato de potássio, e

gordura animal. Então, era esperar por

um longo tempo até que eles reagissem

entre si. O que ainda não se sabia era

que se tratava de uma reação química de

saponificação.

O sabão, na verdade, nunca foi

“descoberto”, mas surgiu gradualmente

de misturas de materiais alcalinos e

material graxo ( alto teor de gordura).

Os primeiros aperfeiçoamentos no

processo de fabricação foram obtidos

substituindo as cinzas de madeira pela

lixívia rica em hidróxido de potássio,

obtida passando água através de uma

mistura de cinzas e cal. Porém, foi

somente a partir do século XIII que o

sabão passou a ser produzido em

quantidades suficientes para ser

considerada uma indústria. Até os

princípios do século XIX, pensava – se

que o sabão fosse uma mistura

mecânica de gordura e álcali. Foi

quando Chevreul, um químico francês,

mostrou que a formação do sabão era na

realidade uma reação química. Nessa

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época, Domier completou estas

pesquisas, recuperando a glicerina das

mistras da saponificação.

Do ponto de vista da química, o

sabão é um produto obtido a partir de

uma hidrolise alcalina ( saponificação)

de uma gordura de origem vegetal ou

animal ( gordura essa cuja função

química corresponde a um

trialciglicerídeo). A principal

característica química do sabão é a

formação de micelas (em meio aquoso),

que são aglomerados esféricos de

ânions carboxilatos que estão dispersos

por toda a fase aquosa. Sua utilização na

limpeza se baseia na idéia de

“semelhante dissolve semelhante”. A

cadeia de alquila permanece em meio

apolar, no interior da micela, enquanto

que os grupos de carboxilato

permanecem no lado de fora da micela,

em m ambiente polar (fase aquosa).

Dessa forma, a parte apolar da molécula

de sabão é responsável por remover a

sujeira gordurosa, enquanto que a parte

apolar se mistura com a água,

dispersando a molécula de sabão.

PROCEDIMENTO

EXPERIMENTAL

Materiais e Reagentes

Óleo de soja

Solução alcoólica de NaOH 10%

Água destilada

Solução de sabão preparada

Solução de cloreto de sódio 35%

(NaCl 35%)

Solução de cloreto de cálcio

10% (CaCl2 10%)

Ácido clorídrico 0,1 N (HCl 0,1

N)

Béquer de 50 ml

Pipeta de 2 ml ; 1 ml

Pipeta de 10 ml

Proveta de 25 ml

Tubos de ensaios 5.

Procedimento

Primeiramente preparar uma

solução alcoólica de NaOH a 10% ,

dissolver 100g de NaOH em uma

quantidade mínima de água destilada.

Em seguida, adicionar etanol

(CH3CH2OH) 95% até completar o

volume de 100 ml para realizar uma

reação de saponificação. Em seqüência

do procedimento na segunda parte na

formação de sabão insolúvel, colocar

em um béquer de 50 ml ou 100 ml, 2 ml

de óleo de soja, adicionar 10 ml da

solução de NaOH 10% e aquecer em

banho a 80° C até a completa dissolução

do sabão, caso seja necessário aquece

levemente a mistura e observe o

procedimento e anotar os resultados

obtidos. Dando continuidade o

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procedimento experimental, pegar três

tubos de ensaio numerar – lo e proceder

de acordo com a tabela1 abaixo:

Tabela 1.

Se houver necessidade, leve a

mistura (sabão) obtido na parte I ao

banho - maria novamente para

dissolução. Misturar por agitação e

deixar em repouso por alguns minutos e

anotar o que aconteceu. Posteriormente

na estabilização de uma emulsão, pegar

dois tubos de ensaios numerarem para

proceder de acordo com a tabela 2

abaixo:

TU

BO

1

TU

BO

2

Óleo de

soja

0,5

ml

0,5

ml

Água

destilada

10

ml

-

Solução

de sabão

- 10

ml

Tabela 2.

Agitar vigorosamente os tubos

por inversão, e observar os resultados

imediatamente, deixar em repouso por

10 minutos e observar e anotar os

resultados.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

A reação ocorre da seguinte

maneira: a hidroxila funciona como

nucleófilo atacando carbono ligado aos

oxigênios, uma das ligações carbono-

oxigênio é rompida e o par eletrônico

passa para o oxigênio. Em seguida, a

ligação dupla se refaz e uma ligação

carbono-oxigênio ligado a um radical é

rompida formando o álcool glicerol e

um sal de ácido graxo, ou sabão. O

sabão possui propriedade de limpeza,

uma vez que seus ânions apresentam

tanto afinidade pela água quanto pelo

óleo. Isso se deve a sua longa cadeia

T1 T2 T

3

Sol. sabão 2 ml 2 ml 2

m

L

Sol. NaCl 5

gotas

- -

Sol. HCl - 5

gota

s

-

Sol. CaCl2 - - 5g

ota

s

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carbônica, que interage por forças de

Van de Waals com a cadeia carbônica

das gorduras e a sua extremidade com

carga negativa, que interage com a água

através de ligações de hidrogênio.

Quando um sabão é adicionado a

um liquido e forma as unidades

estruturas desse liquido ligações

eficazes, formando espuma, como no

caso da adição de sabão na água.

Dizemos que o sabão é tensoativo ele

diminuía a tensão superficial de um

liquido.

Éster de ácido graxo + Base forte →

Álcool + Sal de ácido graxo (sabão).

CONCLUSÕES

Este experimento foi realizado

para reação de saponificação que teve

como fundamentos teóricos as

interações intermoleculares: van der

Waals e pontes de hidrogênio. O

método de preparação do sabão é um

processo simples que apresenta a reação

explicada por mecanismos de reações

que mostram mais detalhadamente a

formação do sabão e do subproduto,

glicerina.

Dessa forma compreendemos as

características das moléculas que

constituem o sabão, podemos entender o

motivo do seu funcionamento como

agente de limpeza e distingui- lo de

outros agentes de limpeza. A

saponificação e um processo que se

baseia na adição de uma base forte ao

sistema contendo os triglicerídeos,

podemos ter como base para o nossos

estudos a realização de simples

experimentos mas que tem muitas

informação a se tirar para o

conhecimento.

REFERÊNCIAS

[1] MAHAN, B. M..

QUÍMICA: um curso universitário.

4ª ed. São Paulo: Edgar Blucher ,

1995.pg 479.

[2] SKOOG… [et al.].

Fundamentos de Química Analítica.

1ª ed., São Paulo: Cengage Learning,

2008. Pg 420.

[3] NEVES, V. A; SOUZA

SAAD, Emir Bolzani. Etanólise

do Óleo de Milho Catalisadores

Alcalinos e Enzimáticos. Dissertação

de Mestrado, UFRP, 2005, p. 36.