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Reabilitação Cardíaca
4º Fisioterapia Docente: Profº José Luís
Trabalho realizado por:Daniela Leitão 46055;Dominique Trinta 46241; Hugo Mota 40857; Miguel Silva 43120; Tiago Almeida 43241;
• A doença cardiovascular é a primeira
causa de morte entre os europeus, de
ambos os sexos;
• É uma das principais causas de
incapacidade e pior qualidade de vida;
• Em Portugal, as doenças
cardiovasculares constituem a principal
causa de morte. Em 2007, de acordo
com dados resultantes do Agrupamento
em Grupos ; “A vida é um sonho rodeado de morte”
(Rogério Rodrigues, 2001)
Resumo
Palavras chave:
Doenças cardiovasculares; Reabilitação Cardíaca
Introdução
Este trabalho recai sob o tema “ Reabilitação cardíaca”.
A doença cardiovascular é a primeira causa de morte entre os europeus, de ambos
os sexos, correspondendo a 50% da mortalidade total e ultrapassando todas as
formas de cancro combinadas. É responsável por cerca de metade das mortes
ocorridas na Europa, causando todos os anos 4,35 milhões de mortes nos 52
Estados membros da Região Europeia da Organização Mundial de Saúde (OMS) e
mais de 1,9milhões de mortes na União Europeia (UE).
Reabilitação Cardíaca
Definição:
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a RC é o somatório das
actividades necessárias para garantir aos pacientes portadores de
cardiopatia as melhores condições física, mental e social, de forma
que eles consigam, pelo seu próprio esforço, reconquistar uma
posição normal na comunidade e levar uma vida activa e produtiva.
Programas de Reabilitação Cardíaca
• Definem-se Serviços de Reabilitação Cardíaca (RC) como
“programas a longo prazo, envolvendo avaliação médica,
prescrição de exercício, modificação de factores de risco
cardíacos, educação e aconselhamento”;
• Estes programas são destinados a limitar os efeitos
psicológicos e fisiológicos da doença cardíaca, reduzir o
risco de morte súbita ou reenfarte, controlar os sintomas
cardíacos, aterosclerótico e aumentar o status
psicossocial e vocacional de doentes seleccionados;
• A RC começa a basear-se no início precoce da
reabilitação e nas necessidades do paciente no sentido
de promover a sua autonomia e responsabilização pela
recuperação.
Objectivos de um Programa de Reabilitação Cardíaca
• Permitir o retorno mais precoce possível à vida produtiva e activa pelo maior período de tempo,
apesar das possíveis limitações impostas pelo processo patológico subjacente;
• A longo prazo, estabilizar ou reverter o processo aterosclerótico;
• Reduzir a morbilidade e mortalidade cardiovascular, melhorar a sintomatologia de angina de peito e
as manifestações clínicas de disfunção ventricular esquerda;
• Estimular a readaptação social, reduzindo ou eliminando a ansiedade e depressão que podem
acompanhar os pacientes após um evento coronário;
• Educar o paciente sobre sua doença, discutindo sobre as possíveis intercorrências e demonstrando-
lhe a probabilidade da interferência favorável dessas medidas preventivas na sua evolução.
• Recuperação da independência funcional, particularmente nos pacientes idosos.
“qual é o lugar do homem? Onde os seus irmãos precisam dele” (Madre Teresa de Calcutá, 1988)
• A AHA/AACVPR, publicou em 2007 uma declaração científica onde
apresenta, de forma sistemática, todos os objectivos a cumprir num
programa de reabilitação. Neste documento é apresentada a mais
recente informação acerca da avaliação, intervenção e resultados
esperados em relação a cada um dos componentes-base de um
programa de RCV.
• Sistema de atendimento multiprofissional, sob responsabilidade médica;
• Pessoal multidisciplinar regido por normas, subordinados à legislação
actual pelas comissões de ética médica, como qualquer acto médico.
• A constituição da equipa num programa de reabilitação, apesar de não
existir um consenso , referem que a equipa deverá ser constituída, no
mínimo, por um médico (geralmente cardiologista), um fisioterapeuta, um
psicólogo e um enfermeiro, podendo ainda englobar profissionais de outras
áreas como nutricionista, terapeuta ocupacional, assistente social e outros.
• Esta equipa deverá ter formação e experiência em suporte básico de vida e
contemplar profissionais com formação na área.
Estruturação de um Programa de Reabilitação Cardíaca
Avaliação Inicial de Inclusão/Exclusão no Programa.
• Resultados de exames cardíacos recentes
• Avaliação do status cardiopulmonar, ortopédico, neuromuscular,
status de dor, função cognitiva e identificação de factores de
stress psicológico
• Pesquisa de sintomas
• Lista completa de medicamentos/dosagens;
• História psicossocial;
• ECG basal em repouso: FC, ritmo, alterações de condução e
evidência de enfarte
Esta avaliação permite:
• Definir o estado do doente e guiar o plano específico,
individualizado para cada doente, que inclui estratégias para
treino de exercício e redução de risco cardiovascular, assim
como, estratégias de prevenção secundária a longo prazo;
• É útil também , para a estratificação de risco relativamente à
progressão de doença e probabilidade de eventos cardíacos
adversos durante o exercício;
Organização de um Programa de Reabilitação Cardíaca
• Fase I – Fase de internamento (Corresponde ao período de internamento do paciente no hospital e deverá ser realizada individualmente ou em grupos de pacientes)
Podem considerar-se 3 sub-fases, a aguda, a de mobilização e a pós-alta hospitalar que pressupõem objectivos e resultados de intervenção diferentes:
Su
bfa
se a
gu
da
•Geralmente tem uma
duração de 2 a 3 dias,
pretende-se prevenir a
ocorrência de
complicações
respiratórias,
monitorizar a remoção
de secreções e a
ventilação
Su
bfa
se d
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ob
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ação •Pretende-se reduzir a
ansiedade do paciente
face à sua condição e
patologia, aumentar a
independência,
confiança, percepção
de controlo do paciente
e reduzir o
descondicionamento
associado à
imobilização,
Su
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ós
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a
hosp
itala
r • Uma melhor
compreensão sobre
como manter o
coração saudável .
Esta fase de
recuperação inclui
níveis baixos de
exercício ,assim
como instruções
sobre as mudanças
para o reinício de um
estilo de vida activo e
satisfatório.
Fase II – Fase de ambulatório
• O objectivo desta fase é ajudar o paciente a adquirir o
conhecimento e competências necessárias para a alteração de
comportamentos e modificação de estilos de vida e optimização
da sua capacidade aeróbia e funcional face às limitações
impostas pela sua condição, de forma a promover a sua
reinserção na vida activa e participação na sociedade. Os
tratamentos geralmente são agendados 2 a 3 vezes por semana.
Fase III – Fase de manutenção
• Esta fase poderá prolongar-se durante anos ou mesmo por
toda a vida do paciente e tem como bjectivo a manutenção a
longo prazo das capacidades e comportamentos desenvolvidos
na fase II, focando-se assim na auto-regulação do paciente e
adopção de comportamentos saudáveis. É realizada de forma
autónoma pelo paciente em centros especializados, ginásios,
ao ar livre ou mesmo em casa, sem supervisão ou com
supervisão mínima. O paciente deve, no entanto, ser avaliado
periodicamente pela equipa de RCV.
O papel do fisioterapeuta
• O papel específico do fisioterapeuta na equipa da reabilitação
está relacionado com a componente funcional do paciente. Com
base na avaliação da história clínica e na avaliação funcional, o
fisioterapeuta analisa as capacidades e limitações do paciente e
desenvolve um plano de tratamento.
• O principal objectivo da fisioterapia é influenciar as capacidades
de mobilidade do paciente positivamente, de modo a que a sua
participação na sociedade seja optimizado.
Conclusão• Não há duvidas que o exercício físico melhora a qualidade de vida, por trazer
consequências físicas e psíquicas. Previne doenças, optimiza o
condicionamento físico e as funções cardíaca e muscular. Um programa de
reabilitação cardíaca eficaz e seguro, precisa ser fundamentado na avaliação
contínua e objectiva de suas respostas.
• Ainda há um longo caminho a percorrer para que todos possam e queiram
aceder aos cuidados de RC. É necessário promover todas as medidas políticas
de saúde e educação dos doentes e profissionais de saúde para alcançar um
aumento significativo de doentes incluídos em programas de reabilitação
cardíaca.
Bibliografia
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