7/25/2019 Rascunho Do c.l Frances

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Traduo do texto

No quinto dia, mais uma vez graas ovelha, fquei a saber um segredo davida do principezinho. Fezme uma pergunta de cho!re, sem rodeios, comose resultasse de um problema longamente mediato em sil"ncio#

$ma ovelha, se come arbustos, tamb%m come &ores'

$ma ovelha come tudo quanto lhe aparece pela !rente.

(esmo as &ores com espinhos'

)laro. (esmo as &ores com espinhos.

*nto os espinhos servem para qu"'

*u no sabia. *stava todo concentrado no meu motor, a tentar desenroscaruma porca. + minha a&io era cada vez maior porque estava quase semgua e no conseguia dar com a avaria.

-s espinhos servem para qu"'

uando !azia uma pergunta, o principezinho nunca desistia dela. *u estavairritado com a porca e s/ respondi, a ver se o calava#

No servem para nada. 0o uma pura mani!estao de maldade1

-h1

2rimeiro, no disse nada. 3epois, respondeu, com um ar quase ranoso#

No acredito1 +s &ores so !racas. 0o muito ing%nuas. +garramse aoque podem para se sentirem seguras. *sto convencidas de que toda agente tem medo delas por causa dos espinhos4.

No continuei a conversa porque estava a pensar com os meus bot5es# 6 0eesta maldita porca no se desenrosca, ainda leva uma martelada17 (as oprincipezinho interrompeu a minha meditao#

* tu, tu achas que as &ores4

No1 )laro que no1 Nem estava a pensar naquilo que te disse. Tenhocoisas bem mais s%rias para me entreter1

-lhou para mim, per!eitamente estupe!acto.

)oisas bem mais s%rias1

+li estava eu, !rente dele, de martelo na mo, com os dedos todos su8osde /leo, debruado sobre um ob8ecto que lhe parecia horroroso.

*sts a !alar como as pessoas crescidas1

7/25/2019 Rascunho Do c.l Frances

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Fiquei um bocado envergonhado. (as o principezinho no teve d/ de mim econtinuou#

*sts a con!undir tudo...ests a baralhar tudo1

2arecia, de !acto, muito zangado. 0acudindo os cabelos dourados ao ventogritava#

0ei de um planeta onde h um senhor todo a!ogueado. Nunca cheirouuma &or. Nunca olhou para uma estrela. Nunca gostou de ningu%m. Nunca!ez seno contas. *, tal como tu, passa o dia a dizer, cheio de orgulho 6*usou um homem s%rio1 *u sou um homem s%rio17 e isso encheo de orgulho.(as aquilo no % um homem1 +quilo % um cogumelo1

$m qu"'

$m cogumelo1

- principezinho irritarase a ponto de fcar l9vido.

+s &ores !abricam espinhos h milh5es de anos. +pesar disso, asovelhas comem &ores h muitos milh5es de anos. * vensme tu agora dizerque tentar perceber porque t"m elas tanto trabalho a !abricar espinhos quenunca lhe servem para nada no % uma coisa s%ria' ue a guerra entre asovelhas e as &ores no % uma coisa importante' No ser uma coisa bemmais s%ria e bem mais importante do que as contas de um senhor muitogordo e muito encarnado' * se eu, eu que aqui estou tua !rente, conhecer

uma &or :nica no mundo, uma &or que no existe em mais lado nenhumseno no meu planeta, mas que, numa manh qualquer, uma ovelhinhapode reduzir a nada num instante, assim sem dar sequer pelo que est a!azer, isso tamb%m no tem import;ncia nenhuma, pois no'

)orou. (as ainda no tinha acabado.

+mar uma &or de que s/ h um exemplar em milh5es e milh5es deestrelas basta para uma pessoa se sentir !eliz quando olha para o c%u.2orque pensa# 6+li est ela, algures l no alto41 (as se a ovelha comer a&or, para essa pessoa % como se as estrelas se apagassem todas de

repente1 (as isso tamb%m no tem import;ncia nenhuma, pois no'

* no !oi capaz de continuar. 3esatou de repente a chorar. *ntretanto,fzerase de noite e eu largara as minhas !erramentas. ueria l saber domartelo, da porca, da sede e da morte1 < que, numa certa estrela, numcerto planeta, no meu planeta, na Terra, havia um principezinho paraconsolar. 2egueilhe ao colo. *mbaleio. Fuilhe dizendo = + &or de que tugostas no corre perigo nenhum4 *u desenho um aaimo para a tuaovelha4*u desenho uma armadura para a tua &or4*u4>

No sabia que mais lhe prometer. 0entiase completamente desarmado. No

sabia como chegar at% ele4< to misterioso, o pa9s das lgrimas1