Rancificação e Warm-Over-Flavor Vol 3 – Carne reestruturada e produtos de aves Aluna – Maria...
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Rancificação e Warm-Over-Flavor
Vol 3 – Carne reestruturada e produtos de aves
Aluna – Maria Claudia Zeli Nhoque
Rancificação e Warm-Over-FlavorRancificação oxidativa
Problema produtos cárneos
Produto inaceitável ao consumo
Início
Logo após abate
Crescimento contínuo
Manutenção temp , estocagem e consumo
Warm-over-flavor
Forma rancidez oxidativa
Carnes cozidas ou restruturadas/moídas
Quebra de membranas
Desenvolve poucos dias
Exposição fosfolipídeos
Lipídeos Simples – carbono, hidrogênio e oxigênio Compostos – Fósforo, nitrogênio e enxofre
em adição ao carbono, hidrogênio e oxigênio Funções importantes no tecido vivo
Componente estrutural das membranas Reserva de energia Função de proteção das paredes celulares,
tecidos e órgãos vitais
Triglicerídeos e fosfolipídeos Triglicerideos contém na sua composição ácidos graxos
C14, C16 e C18 sendo a maioria saturados ou com apenas uma ou duas duplas ligações.
Fosfolipídios contém uma larga proporção de C20 e C22 sendo muito mais insaturados que os triglicerideos
Comparação de Ácido graxo saturado, mono, di e poliinsaturado em carne bovina e carne branca e escura de frango no percentual de triglicérides e fosfolipídeos
Tipo de ácido graxo Triglicérides Fosfolipídeos Triglicérides Fosfolipídeos Triglicérides Fosfolipídeos
Saturado (%) 45,2 32,9 30,5 33,7 26,5 28,9
Monoinsaturado (%) 51,7 39,7 47,4 22,0 49,0 24,8
Diinsaturado (%) 3,1 12,0 20,6 21,5 22,6 16,7
Poliinsaturado (%) 0,0 15,5 1,5 22,7 2,0 29,6
Total insaturado (%) 54,8 67,1 69,5 66,2 73,5 71,1
Fonte: Adaptado de Igene et al. (1981).
Carne bovina Carne de frango escura Carne de frango branca
Efeito do congelamento, cozimento e manutenção da temperatura
Efeito do congelamento, cozimento e manutenção da temperatura
Fatores que influenciam a composição e estabilidade dos lipídeos
Espécies Localização anatômica Dieta Temperatura ambiente Sexo e idade Componentes fosfolipídicos
Espécies Porco e aves maior % insaturações (mais de
5%) que bovinos (menos que 5%) Gordura de ovelhas maior % de ác. graxos
saturados que gordura bovina (55% x 44%) Gordura suína menos saturada que gordura
bovina (37,5% x 44%) Gordura de frango menos saturada que
gordura suína (7%) Gordura de peixes menos saturada que todas
as carnes (19,5%)
EspéciesDepósito gordura animal pode se classificado 3 grupos:
Composição de gordura quase totalmente dependente da dieta consumida. Ex. peixes
Composição da gordura depende tanto da gordura da dieta como da alteração endógena de lipídios. Ex aves e maioria dos mamíferos (frango e porcos)
Composição da gordura não influenciada pela dieta, sendo depositada de uma forma característica da espécie. Ex animais ruminantes - bovino
Localização anatômica
Dieta
Peanut=amendoimCottonseed=semente de algodãoSoybean=sojaCorn=milho
Temperatura ambiente
Temperaturas baixas resultam em gorduras mais moles para novilhos, indicado pela baixa tºde fusão e alto nº de iodo (Marchello et al 1967)
A influência da tº ambiental é sustentada pelo fato de que a gordura torna-se progressivamente mais firme da localização subcutânea para a parte interna (abdominal)
Nem todos concordam que haja influência da temperatura ambiente.
Sexo e Idade Geralmente fêmeas contém mais gordura do
que machos da mesma espécie. Pode haver variações Porcos castrados apresentam mais gordura
que fêmeas com pesos de abates usuais Poedeiras são ligeiramente mais gordas que
frangos não castrados (Acosta et al. 1966). A firmeza da carne tende a aumentar com a
idade para ovelhas e bovinos (Callow and Searle 1956).
Componentes fosfolipídicos De acordo com Dugan (1971), o teor de
fosfolipídeos na carne varia inversamente com o valor total de gordura, aumentando de 10 a 70% quando a gordura decresce de 5 para 1%.
O músculo de peixes e aves contém valores mais altos de fosfolipídios que carnes vermelhas
Carnes brancas de frango contém mais fosfolipídios que músculos de perna
Os fosfolipídios contém áltos níveis de ác. Graxos poliinsaturados, variando entre espécies.
Medidas de rancificação TBA -ácido tiobarbitúrico – (mg
malonaldeído/kg). Índice de peróxidos – (mEq/kg) Compostos carbonilicos Análise de cromatografia gasosa
Fatores que influenciam o desenvolvimento de rancidez e WOF em carnes reestruturadas
Composição e frescor dos componentes da carne crua
Redução no tamanho das partículas Cozimento e/ou aquecimento de
produtos Variedade de aditivos usados na
formulação
Composição da carne crua
Tecido magro – ingrediente mais importante na produção de carnes reestruturadas – pois contém basicamente miosina e actomiosina que são responsáveis pelas ligações entre as fibras da carne.
Tecido gordo – um dos principais responsáveis por problemas de oxidação na carne em produtos reestruturados, ambos triglicerides e fosfolipídios contribuem para a degradação dos lipídios.
Redução no tamanho das partículas
Redução no tamanho das partículas como: moagem, corte, flocagem ou emulsificação , tem efeitos similares diferindo apenas no grau.
Todas estas operações interrompem as membranas imcorporando oxigênio acelerando a oxidação.
A parede da membrana é rica em fosfolipídeos que é composto de poliinsaturados sendo vulnerável a oxidação deteriorativa.
Cozimento
O cozimento aumenta a proporção de ácidos graxos poliinsaturados na carne cozida.
Igene et al (1979) demonstrou que o rápido desenvolvimento de WOF após cozimento da carne fresca é devido ao ion de Fe2+ livre dos pigmentos da carne.
Sato e Hegarty (1971) descobriram que o aquecimento a altas tº (120ºC) produz substâncias com efeito antioxidante
Cozimento
Aditivos e defumação Aditivos como o sal podem ter efeito
prooxidante, seu uso deve ser minimizado, juntamente com suas funções.
Contudo, outros aditivos como nitrito, antioxidantes e fosfatos podem minimizar e ou prevenir a oxidação e WOF, sendo benéficos em carnes reestruturadas.
Defumação contribue significativamente para prevenção atuando como agente antioxidante e antimicrobiano.
Medidas de rancificação TBA -ácido tiobarbitúrico – (mg malonaldeído/kg). Malonaldeído é
encontrado nos produtos cárneos que contêm ácidos graxos poliinsaturados de oxidação e reage com o TBA. Maior sensibilidade que Índice de peróxidos.
Índice de peróxidos – (peróxidos são os primeiros produtos de oxidação lipídica) - é um indicador de oxidação lipídica sendo usado por muitos pesquisadores para detectar oxidação em músculos.
Compostos carbonilas – alternativa de medir a oxidação lipídica por quantificar compostos carbonilas formados da degrada~ção de hidroperóxidos (Gray 1978). Não sendo o mais indicado para medir oxidação lipídica (Melton 1983).
Análise de cromatografia gasosa – na oxidação de ác. Graxos insaturados há formação de alguns compostos , que podem ser usados como índices de oxidação lipídica.