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Race F1 TEMPORADA 2012 Confirmado: "Barrichello é da Indy" Exclusivo Entrevista com Luiz Razia GUIA DAS EQUIPES Seis campeões mundiais dão gosto especial à temporada 2012 Nº 01 | ANO 1 | MARÇO 2012

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Revista bimestral com conteúdo completo sobre a mais importante categoria do automobilismo mundial.

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RaceF1TEMPORADA 2012

Confirmado: "Barrichello é da Indy"

ExclusivoEntrevista com Luiz Razia

GUIA DASEQUIPES

Seis campeões mundiais dão gosto especial à temporada 2012

Nº 01 | ANO 1 | MARÇO 2012

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SUMÁRIO

PRÉ-TEMPORADA

CAMPEÕES NA PISTA

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GUIA DAS EQUIPES

ENTREVISTABARRICHELLONA INDY

NOVAS REGRAS

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Você já conhece o site F1Team pela sua credibilidade e veloci-dade na publicação de notícias da Fórmula 1. Agora, o F1Team trás uma novidade pensada especialmente para os seus leitores. A revista RaceF1 chegou para que os amantes da velocidade possam acompan-har de perto todos os principais assuntos ligados a principal categoria do automobilismo mundial.

Logo na sua primeira edição, a RaceF1 deixará você informado sobre todos os detalhes do Mundial de Fórmula 1 2012. A equipe do F1Team preparou um especial sobre todas as equipes que disputarão o campeonato deste ano. Com ele, você ficará por dentro de toda a expectativa gerada sobre os times e sobre os pilotos.

A revista também trará uma entrevista exclusiva com o piloto da GP2 e ex-piloto reserva da Caterham, o brasileiro Luiz Razia. Neste ano, o baiano ingressará na escola de jovens pilotos da Red Bull, onde pretende seguir os passos de Sebastian Vettel.

Rubens Barrichello deixou a F1, mas continua figurando entre os nomes fortes no automobilismo internacional. Ele é o personagem principal da matéria de Geraldo Lélis, que traz detalhes da ida do veterano para a Fórmula Indy, onde disputará o campeonato deste ano ao lado do compatriota Tony Kanaan.

Além das notícias especiais, a RaceF1 também contará com as opiniões de três grandes nomes da imprensa brasileira. José Inácio, Julianne Cerasoli e Rafael Ligeiro trazem detalhes sobre os basti-dores da F1, com um toque opinativo.

Confira agora mesmo a primeira edição da revista RaceF1, e saiba tudo sobre o mundial 2012 da principal categoria do automobilismo mundial.

WWW.F1TEAM.COM.BR/RACEF1

Diretor ExecutivoAlecsandro Gonçalves

Jaderson Santos

Editor ChefeMário Victor Tavares

Diretor de ArteFabiano Oliveira

RevisãoEquipe F1team

RedatoresGeraldo Lélis

Gilberto CaetanoJosé Vicktor Tigre

Paulo FeijóRamon AndradeWilliams Daniel

ColaboradoresJulianne Cerasoli

José InácioRafael Ligeiro

[email protected]

RedaçãoRua Bernardino Soares, 70, Sala 303,

Espinheiro, Recife, Pernambuco,Brasil, CEP 52020-080,

(81) [email protected]

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CARTA DO EDITOR

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ENTREVISTA

Razia fala de suas expectativas para GP2 e o Programa Jovens Pilotos da Red Bull

NOVOS ARES

RaceF1 - Como era sua relação com os dois pilotos titulares da Caterham (Lotus)?

Luiz Razia - Era ótima. Minha relação com companheiros de equipe sempre foi muito boa, nunca tive nenhum problema. Eles algumas vezes até ajudavam em algumas áreas mais complexas durante o ano.

RF1 - Percebemos que o dono da Caterham, Tony Fernandes, costuma estar sempre nos bastidores da equipe, sempre comentando assuntos relacionados a escude-ria. Você que estava lá dentro, sentia a vonta-de para conversar e dar sugestões ao ‘chefe’? Como era a relação entre vocês? E dele com os outros funcionários da equipe?

LR - Ele é sempre muito receptivo com as pessoas e muito educado, diria até humilde.Ele incentiva todos dentro a equipe e tem fome de melhoras. Acho que ele ainda será um grande ali dentro da Formula 1, pois quem muito quer algo consegue, ainda mais ele que tem um bom relacionamento internacional.

RF1 - Kovalainen sempre destaca o bom ambiente dentro da Caterham, considerando esse ambiente como maior virtude da equipe. Você compartilha desse sentimento?

LR - Sou da mesma opinião, a Caterham tem ótima energia dentro da equipe, eles estão ali para levar a serio esta competição e eles sabem que todos olham para eles como pequenos, mas o desejo de crescer é grande.

RF1 - Como você viu a saída de Jarno Trulli da equipe? Você acredita que a chegada de Petrov poderá acrescentar muito a equipe?

LR - Acho que o Jarno tinha muito talento e experiência, o Petrov pode trazer um pouco de

sangue novo, e um pouco mais de vontade de crescer, mas acredito que sem um carro bom, ele não possa ir muito mais para frente do que o Jarno conseguiu nestes dois anos.

RF1 - Após os primeiros testes, Kovalainen chegou a afirmar que cogita a possibilidade de deixar a Caterham no fim do ano, caso o time não evolua. Você vê uma boa perspectiva na equipe Malaia? Acredita que ela poderá figurar entre os times intermediários na próxi-ma temporada (2012)?

LR - Não estando mais lá dentro é difícil notar algo grande, eles certamente evoluirão este ano, mas um grande progresso não é de se esperar.

RF1 - O que a experiência como piloto de testes na F1 lhe ajudou na GP2?

LR - Foi uma experiência ótima e muito importante para minha carreira e me ajudou muitos aspectos. Acredito que o meu nível de profissionalismo dentro da GP2 é de um nível bastante alto em comparação aos pilotos que estão entrando, por isso surgiu o interesse de varias equipes.

RF1 - Qual sua expectativa para 2012 na nova equipe e no programa de talentos da Red Bull?

LR - Quero chegar a ares que ainda não conquistei, tenho certeza que com a bênção de Deus e muito trabalho, o que já estou fazendo a muito tempo, os resultados falaram por si só.

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Um fenômeno chamado ferrariF

alta pouco menos de um mês para a etapa de abertura da 63ª temporada de Fórmula-1, marcada para 18 de março, na Austrália. E a grande expectativa do fã

brasileiro de esporte a motor, claro, é ver um de seus compatriotas das pistas faturar o título da categoria. O último patrício a faturar tal caneco foi Ayrton Senna, em 1991. Vinte e um anos atrás.

Mas se membros da imprensa segmentada em automobilismo e torcedores do Brasil se aborrecem com esse “jovem”, pense então se tivessem de aguentar um tabu como o dos ita-lianos na Fórmula-1. O último Mundial de Pilotos conquistado por um representante do simpático país europeu ocorreu em 1953, com Alberto Ascari. Fosse uma pessoa, essa ausência de títulos já seria um senhor prestes a completar 59 anos. Estaria cansado de encarar o trânsito de São Paulo e um bocado incrédulo com a política tupiniquim. Poderia até estar aposen-tado. Mas não parado. Afinal, teria de trabalhar para reforçar um benefício tão esdrúxulo que às vezes parece mais um malefício.

Contudo, os italianos não ligam muito para esse jejum. Por lá, quem chama a atenção é uma sessentona enxuta. E não é a Sophia Loren - até porque essa já passou dos 70 anos. Falo da Scuderia Ferrari. “A grande verdade é que na Itália tanto os torcedores quanto os jornalistas estão mais preocupados com a Ferrari”, disparou Jarno Trulli em uma entrevista à revista Racing, publicada em abril de 2002. “Por esse motivo, não tenho tanto problema com pressão”.

Um dos episódios que deixam mais evidente a “hierarquia” mencionada pelo piloto, que recentemente perdeu sua vaga na Caterham ao russo Vitaly Petrov, aconteceu no Grande Prê-mio de San Marino de 1983. O francês Patrick Tambay, da Ferrari, e o piloto da casa, Riccardo

Patrese, da Brabham, protagonizam uma bela disputa pela primeira posição da corrida. Seis voltas antes da quadriculada, Patrese conseguiu a ultrapassagem sobre o ferrarista. No entanto, pouco depois, passou do ponto na curva Acqua Minerali. E bateu.

Logo que Tambay reassumiu a liderança, o que se viu nas arquibancadas foi uma série de comemorações da tiffosi. Digna dos festejos pelos gols de Paolo Rossi na vitoriosa cam-panha da seleção italiana na Copa do Mundo, disputada no ano anterior, na Espanha. Patrese, que admitiu o erro, disse só ter percebido a rea-ção da torcida quando assistiu a uma gravação da corrida, na noite daquele domingo.

Sem dúvidas, uma situação estranha. Espe-cialmente quando adaptamos tal situação a um cenário além do território italiano. Seria como se brasileiros, fãs da equipe Fittipaldi, vibras-sem após um dos carros do time, pilotado pelo finlandês Keke Rosberg, assumir a liderança de uma prova no Brasil por conta de um abandono de Nelson Piquet. Ou se amantes ingleses da

McLaren festejassem algum deslize de Nigel Mansell, que favorecesse, por exemplo, a Ayrton Senna, da conterrânea McLaren, num GP em Silverstone.

Algo estranho. Mas que dá uma noção da força desse fenômeno chamado Ferrari. Um fenômeno sexagenário.

“Um mito, Uma história”É evidente que a Ferrari é um fenômeno

mundial, amado nos quatro cantos do Planeta. Não só como equipe de Fórmula 1, mas como fabricante dos ditos carros superesportivos. Mas a força da marca em sua terra natal ainda impressiona. Tive o privilégio de conversar recentemente com o bicampeão de FIA GT, o italiano Thomas Biagi, sobre o assunto. E uma declaração dele chamou muito minha atenção: “a Ferrari é simplesmente um mito, uma histó-ria, que faz parte de nosso país graças a Enzo Ferrari, um grande homem”.

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A temporada da Fórmula 1 está prestes a começar, e você precisa ficar de olho em tudo que mudou nas regras da categoria para 2012. No fim do ano

passado, a Federação Internacional de Auto-mobilismo (FIA) divulgou o novo regulamento da F1, com várias mudanças com relação a temporada passada. Dentre todas elas, 9 se destacaram por afetar diretamente no entendi-mento dos carros e das provas.

As novas regras tem o intuito de acabar com várias polêmicas que vieram a tona durante o mundial de 2011. Dentre elas, o ‘velho difusor’, que voltou a ser usado de maneira diferente. Desta vez com nome de difusor aquecido ou soprado, ele chegou a ser proibido durante o meio da última temporada, mas, depois de um consenso entre as equipes, a FIA resolveu liberá-lo até o fim do ano. Agora, o chamado ‘mapeamento dos gases’ foi proibido pela entidade máxima do automobilismo.

As alterações também vão trazer uma mu-dança na estética dos bólidos. Isso porque a federação resolveu limitar a altura dos bicos. Com isso, temos visto o ‘bico de ornintor-rinco’ ou o ‘degrau nos bicos’ dos carros de 2012. Mesmo deixando os bólido ‘feios’, essa foi a saída para que os times pudessem adequar os modelos às regras.

Apesar de estarmos destacando as altera-ções nas regras, outro ponto também se des-tacou no novo regulamento. Trata-se do fato da

não alteração da regra do Q3. Este era um ponto bastante discutido em várias corridas de 2011, mas a FIA resolveu não mexer no cronograma dos treinos classificatórios.

Entenda melhor, tudo que chamou a atenção no novo regulamento da Fórmula 1.

Bicos: Os bicos dos carros estão limitados a ter uma altura máxima de 55cm. A mudança visa a segurança dos pilotos em caso de uma colisão lateral. Isso evitará que os competidores sejam atingidos na cabeça em caso de uma colisão em ‘T’.

Safety Car: Agora, todos os retardatários que estiverem com, pelo menos, uma volta a menos que o líder da prova, terão de alinhar no fim do grid. Evitando que os líderes tenham retardatários à sua frente após a volta do carro de segurança aos boxes.

Escapamentos (proibição do difusor): A FIA proibiu o mapeamento dos gases do motor, fazendo com que o difusor aquecido, que dire-cionavam os gases de modo que melhorasse a downforce dos carros, se torne ilegal.

Q3 sem alterações: A terceira parte do treino de classificação não foi alterada. Com isso, os classificados para a última parte do treino po-dem abrir mão de ir para a pista, visando poupar um jogo de pneus para a corrida.

Obrigatoriedade dos testes de impacto: Todos os carros precisarão passar pelo teste de impacto da FIA (Crash-test) antes do início da pré-tem-porada. Só poderão participar da pré-temporada

Destaque é a proibição do difusor aquecido.

MUDANÇAS NO REGULAMENTO

por Paulo Feijó • fotos Divulgação/Mercedes

e, consequentemente, da temporada de 2012 os carros que forem aprovados nos testes.

Bandeira vermelha: Todos os carros que estiverem no boxes na hora que for dada a ban-deira vermelha, poderão alinhar nas posições que estavam no momento em que a prova foi interrompida.

Tempo limite de prova: Para evitar episó-dios como no GP do Canadá de 2011, quando a chuva fez com que a prova durasse mais de quatro horas, a FIA estipulou um tempo limite para cada corrida. Agora, mesmo que a bandeira vermelha esteja acionada, as provas não podem ultrapassar os 240 minutos de duração.

Manobras de ultrapassagens: Todos os piloto que mudarem a sua trajetória para defender a posição, não poderão retornar ao traçado imediatamente.

Não pode mais cortar chincane ou curvas: Nenhum piloto poderá mais cortar chicane ou curvas, mesmo por falta de combustível. A medida também é válida para os treinos livres da sexta-feira. Só serão perdoados os pilotos que apresentarem uma justificativa plausível para ‘cortar caminho’.

Jogos de pneus liberados na sexta: As equipes poderão usar todos os jogos de pneus disponíveis para o fim de semana, durante o treino livre da sexta. Em 2011, os times só poderiam usar três jogos de pneus.

FÓRMULA 1

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por Ramon Andrade • fotos Divulgação/RedBull GEPA images

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RED BULL Racing

Em 2012, tem muito piloto querendo cortar as asas de Sebastian Vettel, que busca agora o tricampeonato mundial

RED BULL DÁ ASAS...

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Como diz a famosa frase, Red Bull dá asas. Não é de hoje que Sebastian Vettel está “voando” com os carros da equipe. Enquanto o alemão comemora

até agora o bicampeonato, os outros condutores pensam numa maneira de dar um basta nessa brincadeira. Após conquistar os acirrados títulos de 2010, a RBR dominou facilmente a tempora-da passada. Portanto, o próximo passo do time de Dietrich Masteschitz é buscar o tricampeo-nato de Pilotos e Construtores. Por isso, dentre todas as apresentações de carros, a mais aguardada foi a da escuderia austríaca, que conta com o famoso projetista Adrian Newey, conhecido pela sua mania de construir bólidos campeões.

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RED BULL Racing

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No dia 6 de fevereiro de 2012, o mundo todo aguardava ansiosamente pela nova máquina da Red Bull, que chegou com uma inovação. Du-rante a apresentação do RB8, a primeira coisa a ser notada foi uma entrada de ar no ‘degrau’ do bico, o que causou certa curiosidade na imprensa, fãs e, sobretudo, nos adversários. Não demorou muito para surgir especulações. Os rumores apontam a abertura como suposta substituta do difusor soprado, artifício vetado pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) a partir deste ano.

Entretanto, Newey desmente os boatos e garante que a novidade do carro não é uma in-venção revolucionária para o campeonato deste ano. “Serve apenas para refrigerar o cockpit do piloto”, alega. A sua explicação, porém, parece não ter convencido os rivais. Um engenheiro de uma equipe, que não teve seu nome revelado, deixou claro que não acreditou nas palavras do projetista. “Então os pilotos vão molhar os pés toda vez que chover”, ironizou.

O RB8 não é tão diferente do seu antecessor. Fora a descida e a abertura no bico, o modelo é aparentemente igual ao RB7, que fez o retso do grid comer poeira na maioria das corridas do ano passado. No último Mundial, a Red Bull venceu 12 corridas. Destas, Vettel liderou 11. Webber, por sua vez, foi ao lugar mais alto do pódio apenas em uma.

Além das provas dos domingos, os sábados também estavam bem previsíveis no ano passado. Sebastian Vettel foi o mais rápido em 15 sessões classificatórias, se tornando o piloto que mais conquistou pole-positions em uma única temporada. O alemão também bateu o recorde de bicampeão mais jovem da história da F1, arrancando o feito das mãos do ferrarista Fernando Alonso.

Por conta do discreto desempenho que obteve em 2011, Mark Webber passou a ter sua permanência na Red Bull como dúvida. Considerada como o “time B” da escuderia dos energéticos, a Toro Rosso costuma revelar talentos que normalmente seguem para a RBR.

Neste ano, a Pequenina conta com Jean-Éric Vergne e Daniel Ricciardo como titulares. Este último, inclusive, vem sendo cogitado como “o novo Vettel”, e já é apontado como futuro substituto de Webber no time austríaco.

Pelo menos em 2012, Vettel e Webber ainda formam a dupla titular da RBR. A história pode mudar caso uma das equipes de ponta (Ferrari, McLaren ou Mercedes) mostre reação e passe a lutar de igual para igual com a atual bicampeã. E isto está mais perto de acontecer do que nunca. Até porque é raro uma equipe reinar a F1 durante três anos consecutivos. Vamos ver se desta vez alguém “corta as asas” de Sebastian Vettel.

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por Paulo Feijó • fotos Divulgação/McLaren

A BRIGA AGORA É PARA ALCANÇAR DEFINITIVAMENTE O TOPOMcLaren aposta na continuidade para ver Button e Hamilton nas primeiras colocações do mundial

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McLaren Mercedes

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A McLaren começa 2012 com a proposta de superar de uma vez por todas a toda poderosa Red Bull. Para isso, a equipe aposta na continuidade do projeto

que vem sendo abordado há duas temporadas, tendo Lewis Hamilton e Jenson Button como pilotos titulares. Essa continuidade trás uma boa perspectiva para o time de Woking, que espera ter um carro muito competitivo na temporada que está prestes a começar.

Em 2011, a McLaren foi a equipe que mais se aproximou da RBR. Não é por menos que ela foi a segunda equipe a conquistar mais vitórias, consequentemente levando o vice-campeonato de construtores e de pilotos, com Jenson Button. Este último, é uma das maiores espe-ranças da escuderia britânica, que, assim como a Ferrari, vem sofrendo para superar a rival austríaca, que domina a Fórmula 1 há duas tem-poradas, ambas vencidas por Sebastian Vettel.

Durante todo o inverno, a McLaren trabalhou em silencio, tentando encontrar uma nova solução aerodinâmica para suprir a proibição do difusor aquecido, principal responsável pelo downforce do MP4-26 no último campeonato. Ao que tudo indica, a equipe ainda não alcançou o seu objetivo final, já que sofreu um pouco para mostrar grandes desempenhos durante a pré-temporada. Mesmo assim, a confiança segue grande em Woking.

Antes mesmo do início da pré-temporada, a McLaren trouxe uma surpresa para seus fãs. Acostumada a inovar em suas apresentações, o time britânico veio com mais uma novidade no lançamento do MP4-27. Desta vez, o bólido foi apresentado ao vivo pelo Facebook da equipe e em seu site oficial. Com a novidade, qualquer um poderia acompanhar todos os detalhes do evento realizado pelo time britânico.

Para 2012, a McLaren aposta em um modelo bem diferente de suas rivais. O MP4-27 se destacou por ser o único carro com ‘beleza estética’ dentre todas as equipes. Isso porque ele foi o único que não apostou no ‘bico de ornitorrinco’, a mais nova tendência nos projetos dos times para o mundial deste ano. Entretanto, o tal ‘degrau no bico’ não foi uma escolha das equipes, e sim uma saída para que pudessem se adequar às novas regras.

Por ter um chassi mais baixo do que os bólidos rivais, o MP4-27 não sentiu necessidade de utilizar o mais novo artifício para o bico do carro. Entretanto, o diretor-técnico da McLaren, Paddy Lowe, tratou de descartar um erro no projeto do carro. “Não existe um caminho bom

A BRIGA AGORA É PARA ALCANÇAR DEFINITIVAMENTE O TOPOMcLaren aposta na continuidade para ver Button e Hamilton nas primeiras colocações do mundial

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e outro ruim, por isso a regra não nos afeta”, explicou o dirigente após os testes de Jérez de la Frontera.

Quem também não pareceu preocupado com o novo bico do carro foi o chefe da equipe, Martin Whitmarsh. Recentemente, o dirigente foi questionado sobre as perspectivas do bólido da McLaren, já que apostou em um projeto diferente de todas as outras. “Eu perguntei aos nossos rapazes do corpo técnico se eles estão certos de que nós fizemos a coisa certa e eles me disseram para não me preocupar”, tranquili-zou Whitmarsh.

Como dito antes, a McLaren vem apostando em uma continuidade. Para isso, a escuderia manteve praticamente todo o corpo técnico da última temporada. Além disso, os pilotos titulares também foram mantidos. A única baixa ficou por conta do reserva, Pedro de la Rosa. O espanhol aceitou a proposta da Hispania e guiará pela escuderia de Madrid na próxima temporada.

No entanto, a maior esperança da McLaren está depositada na dupla titular da equipe. Button e Hamilton apresentaram um bom de-sempenho na última temporada, principalmente o primeiro, que foi vice-campeão no mundial de pilotos. Por sinal, Button vive uma grande fase na equipe britânica. O inglês é considerado um dos melhores pilotos da categoria, e se destaca pelo seu toque refinado na hora de guiar os carros.

O próprio Button não escondeu a sua alegria e sua ansiedade pela temporada, durante a apre-sentação do MP4-27. “Estou muito animado”, disse. “Este é o momento que nós vemos o quanto todos nós temos trabalhado intensamen-te”, complemetou o britânico.

Por outro lado, o seu companheiro de equipe não vive uma grande fase. Lewis Hamilton se envolveu em muitas polêmicas no ano passado, principalmente com Felipe Massa. O inglês aposta no bom humor para esquecer toda a polêmica com o brasileiro e se concentrar no

título. “Os retrovisores mudaram, Felipe ficará muito feliz com isso”, brincou Hamilton durante a apresentação do carro.

Para voltar aos seus melhores dias na F1, Hamilton terá de trabalhar bastante e dirigir com mais cautela. Quem sabe ele não começa a se espelhar em Button?! O campeão de 2008 não descarta essa possibilidade. Além do mais, ele mesmo tratou de elogiar a parceria que tem com seu compatriota. “Eu e o Jenson trabalhamos em equipe. Às vezes você tem pilotos que pedem coisas diferentes. Jenson e eu temos acertos similares, então pedimos as mesmas coisas”, declarou Hamilton.

Mesmo com toda confiança em um bom campeonato, um discurso se destaca na McLaren: o de que a Red Bull é a favorita ao título. Por sinal, Jenson Button já fez questão de afirmar: “A Red Bull será forte. Ninguém cons-trói um carro ruim depois de vencer o Mundial por dois anos. Ficaria surpreso se eles fizessem isto.”

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UM ANO DECISIVO, ONDE A OBRIGAÇÃO É VENCERA temporada de 2012 está sendo encarada pela Ferrari como a oportunidade de dar volta por cima, mas a equipe ainda precisa superar a Red Bull e a McLaren

por Paulo Feijó • fotos Divulgação/Ferrari

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Scuderia FERRARI

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Há três temporadas a Ferrari não con-segue levantar uma taça no mundial de Fórmula 1. O último título da equipe foi em 2008, ano em que venceu o

campeonato de construtores. Quando falamos em títulos de pilotos, a situação é ainda pior. O último foi com Kimi Raikkonen, na temporada de 2007. De lá para cá, a escuderia italiana vem encontrando muitas dificuldades para ser a ‘protagonista’ nos mundiais da F1.

Na temporada passada, a Ferrari foi uma das equipes apontadas como favoritas ao título. Mesmo assim, o 150° Itália, carro usado em 2011, sofreu bastante com a falta de downfor-ce. Este foi um dos motivos apontados para que a equipe não conseguisse grandes resultados durante todo o ano. A única vitória foi de

Fernando Alonso, no GP da Inglaterra. Por sinal, Alonso foi o único que conseguiu mostrar um bom desempenho durante todo o ano, já que seu companheiro de equipe, Felipe Massa, não se adaptou bem aos pneus Pirelli.

Para tentar mudar toda a ‘crise’ instituída em Maranello, a Ferrari aposta em um carro ino-vador. ‘Feio’, mas inovador e com a confiança de todos dentro do time italiano. Por sinal, até os próprios dirigentes admitem que o F2012 não tem grande beleza estética. “Ainda temos que nos acostumar ao bico, que parece muito estranho”, foram as palavras de Felipe Massa após conhecer o novo bólido da Ferrari.

Este tal bico, teve de sofrer uma drástica alteração, com relação ao 150° Itália. Tudo por conta da nova regra da F1, que limita a altura

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“Vai ser um ano importante para mim e para toda a equipe, será um ano de vitória."

“O novo carro tem algumas caracte-rísticas que são difíceis de entender, e talvez não estamos onde queríamos estar."

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Scuderia FERRARI

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dos bicos em 55cm. Com isso, a saída das equipes foi a implantação de uma espécie de ‘degrau’ no bico. O primeiro time a mostrar a mudança foi a Caterham. Na ocasião, ele foi batizado como ‘bico de ornitorrinco’, e virou tendência na maioria das equipes.

No entanto, a Ferrari pouco está ligando para o que falam sobre a beleza do F2012. Todos estão confiantes de que o modelo poderá fazer uma grande temporada, trazendo muita alegria para os fãs do time vermelho. Por sinal, a recei-ta para não se incomodar com as ‘gozações’ foi dada pelo projetista da Ferrari, Nicolas Tom-bazis. “Até onde eu sei, um carro feio é um que não vence. O bonito é o que vence. Então, por enquanto, eu quero acreditar que ele é bonito.”

Mas essas tais ‘gozações’ parecem não afe-tar a confiança da Ferrari. Que o diga Fernando Alonso, que mais uma vez inicia o ano disposto a brigar pelo título da temporada. Feito que ainda não conseguiu desde que chegou em Maranello, em 2010. “Vou começar com a mesma força e determinação. Queremos ver os carros verme-lhos no pódio.”

Por falar nos pilotos, a Ferrari manterá a

sua dupla para 2012. Fernando Alonso e Felipe Massa terão a missão de promover vários encontros entre a Ferrari e as vitórias. O objetivo não será fácil de ser alcançado, já que a Red Bull e a McLaren parecem estar à frente do time de Maranello.

Em 2011, esse encontro só foi promovido graças a Alonso. Como dito antes, o espanhol foi o único a vencer uma corrida na última temporada. Falando nele, Fernando vem sendo o único destaque da Ferrari há dois anos. Considerado um dos melhores, se não o melhor, piloto da categoria, o bicampeão mundial está de olho no tricampeonato. Para isso, ele vai pre-cisar superar o detentor dos dois últimos títulos, Sebastian Vettel, além de ter a concorrência dos rivais da McLaren.

A tarefa não é fácil, mas Alonso promete o todo empenho para terminar o ano na frente. “Eu acredito nas habilidades que temos aqui na Ferrari. Nós temos que lutar pelo título e tentar marcar o maior número de pontos possíveis. Realmente queremos ficar no topo do ranking”, disse o espanhol durante a apresentação do F2012.

Se Alonso vive um momento de tranquilida-de, mesmo sem títulos na Ferrari, Felipe Massa está em situação oposta. Antes considerado o ‘queridinho’ da equipe, o brasileiro recebeu um ultimato do presidente Luca di Montezemolo. “Massa tem de fazer algo grande, algo especial, depois de uma temporada nada positiva.” O mandatário italiano já admite a possibilidade de não renovar o contrato de Massa no fim do ano.

Para tentar manter o seu ‘emprego dos so-nhos’, Massa aposta em uma mudança radical. Felipe quer mostrar que tem potencial para se manter na Ferrari. O brasileiro admite que não venha passando por uma boa fase, mas acredita que chegou a hora de voltar aos dias de glórias. “Queremos lutar para dar a volta por cima no campeonato”, declarou o piloto em entrevista recente. “Vai ser um ano importante para mim e para toda a equipe em 2012, será um ano de vitória.”

Mesmo com toda a pressão por resultados, a Ferrari está considerando 2012 como o ‘ano D’. A intenção é superar a Red Bull e a McLaren, para voltar a ser o ‘time a ser batido’ na princi-pal categoria do automobilismo mundial.

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UMA ASA SALVADORACom inovação, Mercedes se diz confiante em vencer corridas nesta temporada

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MERCEDES Petronas

Depois de a Mercedes adquirir os direitos da campeã de 2009, a Brawn, todos esperavam ver a equipe alemã vencendo corridas em 2010. O que não

aconteceu. A escuderia priorizou o patriotismo e contratou dois pilotos da mesma naciona-lidade, Nico Rosberg e Michael Schumacher. Não foi suficiente. A Mercedes ainda não voltou aos dias de glória e tem que lidar até hoje com a cobrança dos fãs, sobretudo em cima de Schumacher.

A escuderia foi a quarta colocada nas tem-poradas de 2010 e 2011. Neste último ano, a Mercedes ficou isolada na tabela, com mais que

o dobro dos pontos da quinta colocada, a Lotus Renault, e menos da metade dos da Ferrari, que ficou em terceiro lugar. Com seu mais novo carro (W03), o time pretende se aproximar das rivais de ponta neste ano.

O W03 foi apresentado no dia 21 de fevereiro, momentos antes do início do primeiro dia de tes-tes de Barcelona. Como quase todos os carros de 2012 (com exceção do da McLaren), o novo modelo da Mercedes também conta com o “bico de ornitorrinco”, devido ao novo regulamento da F1, que exige 55 cm como altura máxima do bico dos bólidos. Além disso, a equipe alemã separou uma inovação para a temporada 2012.

Uma nova asa dianteira está chegando para ajudar a máquina prateada a concretizar seu objetivo. A peça conta com um duto passivo, que direciona o ar capturado até a asa e, depois, ele flui em formato de um “W”. Por isso, a novidade da Mercedes foi nomeada de “Duto W”. Funcionando desta forma, o sistema não apresenta razões para ser vetado pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA).

Mesmo dividindo o paddock com um hep-tacampeão mundial, Nico Rosberg é o favorito na Mercedes. O piloto ficou na frente de seu companheiro nos dois campeonatos em que de-fendeu a equipe. Schumacher, por sua vez, vem

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por Ramon Andrade • fotos Divulgação/Mercedes

UMA ASA SALVADORACom inovação, Mercedes se diz confiante em vencer corridas nesta temporada

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teimando e insistindo que é, sim, capaz de voltar a vencer corridas. Aliás, o lendário mostrou uma grande reação de 2010 para 2011. No primeiro ano, ele ficou 70 pontos atrás de Rosberg. Já no ano passado, a diferença foi de apenas 13.

Após a apresentação do W03, o dirigente Norbert Haug se mostrou confiante em ver a Mercedes desbancando as rivais de ponta nesta temporada. “Estamos no processo de construção. Nós fomos duas vezes o quarto colocado nos úl-timos dois anos e nosso principal objetivo é subir a escada rumo ao primeiro lugar. Leva um tempo e muito esforço, mas estamos trabalhando duro e, finalmente, podemos conseguir”, acredita.

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por Gilberto Caetano • fotos Divulgação/Lotus

Primeiro foi uma Benetton, depois Renault e recentemente Lotus. O E20, como foi batizado o novo carro da escuderia inglesa, presta uma homenagem ao 20º

aniversário do primeiro monoposto construído em Enstone. Essa será a arma da equipe para a temporada 2012 da F1. Com isso, o time inglês espera terminar a temporada na 3ª colocação no mundial de construtores.

Para conseguir tal feito, a Lotus vai contar com Kimi Raikkonen, campeão mundial em 2007, pela Ferrari. O finlandês terá como parceiro Romain Grosjean, que ressurgiu para a Fórmula 1 depois de vencer os títulos da Au-toGP, em 2010, e da GP2 no ano passado. Mas vamos deixar os pilotos de lado nesse momento e falar um pouco do monoposto desenvolvido pela Lotus.

O E20 foi apresentado através de um vídeo feito na sede da equipe em Enstone. Além disso, o monovolume surgiu com uma responsabilida-de enorme, já que o mandatário, Gerhard Lopez, foi bem claro ao afirmar que as pretensões deste ano é de dar um salto do quinto para o terceiro lugar nos construtores.

Pintado nas cores preta e dourada e com os novos patrocinadores - Rexona, Clear e Total - o carro trás o degrau de bico mais suave, menos agressivo e assim ele se molda a uma determi-nação da Federação Internacional de Automobi-lismo (FIA): os bicos não devem ultrapassar a altura máxima de 55 centímetros por motivos de segurança.

Entretanto, as maiores mudanças estão na parte de trás do bólido, onde foi modificada a posição dos escapes. Depois do desastre que foi escapamento frontal na temporada passada, a Lotus resolveu ser mais precavida com o sistema desse ano. Outra possível alteração seria nos freios. A equipe tentou desenvolver um novo sistema que ajudaria a equilibrar a parte dianteira do monoposto, sendo proibido pela FIA de imediato. O E20, segundo o diretor James Allison, trouxe pequenas alterações na suspensão. No entanto, admitiu que a estrutura dianteira do carro foi uma evolução do R29 (usado em 2009). Resumindo. A equipe de Enstone fez do E20 um carro bem tradicional, sem grandes alterações ou com pretensões de surpreender.

“A mudança mais perceptível nas regras deste ano é a redução da altura do nariz, mas como não nos obriga a baixar também o mono-coque, optamos por este desenho. No entanto, as maiores alterações encontram-se na traseira, com a mudança da posição dos escapes. Abdicamos das saídas de calor como fonte de pressão aerodinâmica, por isso trabalhamos muito nesta área”, comentou Allison.

os pilotos Afastado da Fórmula 1 desde o GP de Abu

Dhabi, em 2009, o “homem de gelo”, como chamam Haikkonen, vi retornar ``as pistas da principal categoria do automobilismo após disputar duas temporadas no WRC, correndo pela Citroen. Campeão pela Ferrari em 2007, o piloto finlandês assegurou que está motivado com seu regresso a F1. “Sempre há rumores sobre a minha motivação, escritos por pessoas que não me conhecem e que não fazem ideia do quanto a minha motivação está forte. Se eu não me sentisse motivado, eu pararia. A impressão que eu tenho é que provavelmente meu último

Lotus comemora vinte anos do primeiro carro e conta com campeão de 2007 para subir no Mundial de Construtores

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LOTUS F1 Team

A NOVA ARMA DE ENSTONE

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ano na Formula 1 foi o que eu tive as minhas melhores performances”, explicou Kimi.

Quem vai assumir o outro cockpit da escu-deria inglesa é o Francês Romain Grosjean. A escolha pelo piloto partiu de Eric Boullier - chefe da Lotus - que gerência a carreira de Grosjean desde setembro do ano passado. O talentoso piloto possui uma boa referência para assumir tal posto. Ele é o atual campeão da GP2, con-quistando o título com 35 pontos de vantagem para o segundo colocado. Foi campeão da GP2 asiática e campeão da AutoGP do ano passado após vencer seis das doze corridas.

“Estou empolgado em ser um dos pilotos titulares em 2012. Me sinto muito privilegiado por ter essa oportunidade. Sinto que o meu sucesso na temporada da GP2 me deixou muito mais maduro. Retornar a Enstone como um piloto titular faz com que eu me sinta voltando para casa. Não vou desapontá-los”, assegurou.

Metas, desejos e felicidades à parte, vale relembrar que a última vitoria da escuderia ingle-sa foi em 2008, no grande premio do Japão. O nome ainda era Renault e tinha dentro do bólido nada mais nada menos que Fernando Alonso.

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A equipe Force India vem renovada para temporada de 2012 da F1. A escudeira aposta no VJM5, novo modelo do time, para conseguir seu lugar ao sol no

certame desse ano. O time indiano será forma-do por Paul di Resta, Nico Hulkenberg e Jules Bianch, este último será apenas o piloto reserva. Eles carregam a esperança dos diretores, que sonham com uma melhor classificação que a do ano passado, quando o time alcançou a quinta colocação no mundial.

O VJM5 continua com motores Mercedes e o câmbio Mclaren. A principal novidade do bólido é, como na maioria das outras equipes, o novo bico, por causa do novo regulamento da FIA, que exige que a parte do carro deva ter no máximo 55 centímetos de altura e o monocoque permanece com 62,5 centímetros, formado o degrau.

2011A Force India demorou a apresentar o carro,

e os primeiro resultados não foram satisfató-rios. Na pré-temporada encontrou bastantes dificuldades e chegou à Austrália apenas com a 14ª posição no grid.

Com muito trabalho, a escuderia conseguiu boas atualizações para o carro e, durante o campeonato, e alcançou o surpreendente resul-tado de quinto colocado na classificação geral do Mundial de Construtores ano passado.

Este ano a equipe não quer apenas manter os bons resultados, mas sonha alto. “Seria ótimo começar de onde paramos. Queremos fazer melhor, e a nossa principal meta é o Mundial de Construtores da F1. Vamos continuar lutando”, afirmou Paul di Resta.

por Williams Daniel • fotos Divulgação/Force India

FORCE INDIA EM BUSCA DE UM LUGAR AO SOLDirigentes da equipe indiana acreditam em dias melhores para a escuderia na F1

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Sahara FORCE INDIA

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SAUBER APOSTA TUDO NA SOBERANIA DO C31

Usando a palavra ‘superação’, que a escuderia suíça desejar melhorar o desempenho tanto no Mundial de Construtores, quando no de Pilotos

É com o coração de Ferrari, que a Sauber aposta firme no desempenho do seu novo bólido, o C31, que foi apresentado no dia 2 de fevereiro, cinco dias antes

da pré-temporada de Jerez de la Frontera. Com o mesmo motor da ‘Scuderia de Maranello’, o time suíço investe na experiência dos pilotos Kamui Kobayashi e Sérgio Pérez para obter um rendimento melhor do que foi apresentado em 2011, onde conseguiu o 7º lugar no Mundial de Construtores com 44 pontos e o 12º lugar no Mundial de Pilotos com Kobayashi, que marcou 30 pontos.

Debaixo da couraça de 640 Kg, composta por 20 diferentes tipos de fibras de carbono, existe um coração vermelho, ou melhor, um motor da Ferrari, que associado com as formas aerodinâmicas e a habilidade de Kamui Kobayashi e Sérgio Pérez, conseguiu fazer o C31 conquistar o nono melhor tempo no

primeiro dia de testes de Jerez de la Frontera, com o tempo de 1min21seg353.

Entre as mudanças relacionadas com o seu antecessor – o C30 -, o novo bólido apresenta o degrau no ‘bico ornitorrinco’, suspensão traseira modificada para auxiliar o novo duto de escape do carro da Sauber. Outro fator que chama a atenção no C31 é o poder de frenagem auxiliado com a aerodinâmica, proporcionando um menor tempo de resposta na aceleração durante as curvas mais fechadas.

A Sauber tem como objetivo terminar o Mundial de Construtores entre as cinco melhores. Em 2011, o time suíço conseguiu ficar no 7º lugar na classificação geral, com 44 pontos. No Mundial de Pilotos, a missão da Sauber é emplacar pelo menos uma vaga no Top 10 final.

Com apenas 22 anos, o mexicano, Sérgio Pérez, tem a difícil tarefa de superar o seu

por José Vicktor Tigre • fotos Divulgação/Sauber

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SAUBER F1 Team

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companheiro de equipe, Kamui Kobayashi. O piloto estreou na temporada passada onde mar-cou 14 pontos e ficou no 16º lugar no Mundial de Pilotos.

Já Kamui Kobayashi é o piloto em quem a Sauber deposita toda sua esperança em se tornar uma equipe campeã. Com 41 GP’s dis-putados em sua carreira, o japonês conseguiu terminar o campeonato passado no 12º lugar com 30 pontos. Em sua terceira temporada, Kobayashi vem evoluindo bastante desde a época da extinta Toyota.

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A dupla de pilotos foi renovada e, depois de três anos representando o time italiano, Jaime Alguersuari e Sebastien Buemi foram dispensados. Daniel

Ricciardo e Jean-Eric Vergne agora tem a res-ponsabilidade de colocar o time, ao menos, no pelotão intermediário.

Ricciardo é espanhol,foi piloto de testes da Red Bull e disputou metade do último mundial de F1 pela modestaHispania. JáVergne é francês e trás bons resultados de campeonatosamado-res, como a F3. Os dois pilotosforam anuncia-dos no final do ano passado.

O time ‘b’ da Reb Bull Racing tem a difícil missão de revelar umpossível substituto para Mark Webber, que pode se aposentar no final de 2012 edeixar sua vaga em aberto no próximo ano. Uma possível saída deSebastian Vettel também é especulada. Segundo rumores, ele é assediado por várias equipes consideradas de ponta, incluindo a poderosa Ferrari, que pode dispensar o brasileiro Felipe Massa (ovínculo de Massa com a escudeira expira no final da atual temporada e o brasileiro precisa mostrar bons resultados nesta temporada para renovar com a escuderia italiana).

Como uma de poucas novidades, o STR7 tem o “degrau” na parte dianteira do carro, por causa do novo limite de altura exigido pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) para aumentar a segurança dos pilotos em caso de colisão.

Equipe quer entrar de vez no pelotão intermediáriopor Williams Daniel • fotos Divulgação/GEPA Images

NOVO ÂNIMO NA STR

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Scuderia TORO ROSSO

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2011A Temporada de 2011 para a Toro Ros-

so não foi muito boa, conquistando a 18ª e 19ª posições no Campeonato Mundial de Pilotos,e o 8º lugar no Campeonato Mundial de Construtores,somando apenas 41 pontos.O STR 6 não demonstrou um bomdesempenho, sua melhor colocação foi o sétimo lugar de Alguersuari no GP da Itália. O resultado rendeu o empregodos pilotos JaimeAlguersuari e Sebas-tien Buemi, dispensados assim que encerrou a temporadapassada.

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por Gilberto Caetano • fotos Divulgação/Williams

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WILLIAMS F1 Team

Prestes a celebrar seus 35 anos de F1 a equipe Williams trás várias modificações no paddock e espera reeditar parceria vitoriosa com o Motor Renault

Depois de viver uma temporada desas-trosa em 2011, conquistando apenas cinco pontos em 19 corridas, a equipe Williams, uma das mais tradicionais da

Fórmula 1, esconde alguns trunfos na manga para tentar ressurgir como uma equipe de ponta.

A primeira delas é o novo carro – o FW34 - desenvolvido pelo diretor técnico Mike Coughlan, que buscou aperfeiçoar a filosofia usada no modelo do ano passado. O FW34 vem com uma traseira compacta. O que tornou algo essencial para as equipes recuperarem um pouco da pressão aerodinâmica perdida com o fim dos difusores.

Além disso, o monovolume vai contar com o novo degrau de bico, tendência na maioria das equipes. O novo carro resolveu abandonar o bico mais curto e retomou um modelo seme-lhante ao utilizado em 2010. Os escapamentos apontam para um espaço vazio entre os dutos de freio e a asa traseira. Entretanto, eles podem mudar de posição durante os testes coletivos da pré-temporada. Houve também pequenas altera-ções no sistema de freios e na suspensão para dar um pouco mais de estabilidade ao carro. No geral o FW34 vai ter 5% a menos de peças que

o seu antecessor.O segundo trunfo da Williams é o motor do

FW34. A escuderia inglesa vai tentar reeditar uma parceria vitoriosa com a Renault. A marca francesa equipou os monopostos ingleses por nove anos - 1989 a 1997 - juntas conquistaram 4 títulos de pilotos, 5 títulos de construtores e 63 grandes prêmios. O modelo usado pela equipe de grove será o RS27 com potência V8. Conhecido por sua flexibilidade e durabilidade.

Na parte visual, destaque para a nova pintura

adotada pela Williams. Sai o layout retrô inspirado no antigo patrocinador - Rothmans - para uma pintura predominantemente azul, com detalhes em branco. Para estampar o carro e o macacão dos pilotos a equipe vai contar com um grupo amplo de parceiros. Entre eles: PDVSA - Petró-leo da Venezuela SA - Turismo da Venezuela, Randstad, Thomson Reuters, Ridge Solutions, Hatch and McGregor, Gillete, Embratel, Head & Shoulders, OGX e MRV. Além da parceira firmada com a Michael Johnson Performance Inc, empre-

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sa fundada pelo velocista quatro vezes campeão olímpico Michael Johnson.

O terceiro trunfo do mandatário Frank Willia-ms para 2012 é o novo corpo técnico liderado por Mike Coughlan (ex-McLaren) - afastado da F1 desde o escândalo de espionagem em 2007 - ele substituiu Sam Michael no posto de diretor técnico. Coughlan teve o apoio de Mark Gillan na construção do novo carro baseado nas novas regras da F1.

“Nós estamos muito ansiosos para esta temporada e particularmente mal posso esperar para ver o FW34 na pista. A fábrica trabalhou muito durante o inverno para garantir que o carro tivesse seu projeto e com os objetivos bem definidos começamos a testar o carro preparado para estar em um padrão elevado”, afirmou Gillan.

No cockpit, a escuderia de Grove vai contar com Pastor Maldonado, que viveu um ano de estreia bastante irregular na F1 - tudo por culpa da instabilidade do FW33. O venezuelano se mostrou bastante entusiasmado com o novo pacote técnico oferecido pela escuderia inglesa, principalmente pelo novo motor Renault, que segundo o piloto dará um ganho enorme no

desempenho do FW34.“Estou feliz por correr novamente com

a Williams. Tenho fé no FW34 e no motor Renault, então eu tenho grandes esperanças nas corridas que virão. Será muito importante para nós desenvolvê-lo desde o começo até o fim da temporada. Agora eu já tenho um ano de experiência, posso ajudar nessa área muito mais”, destacou.

Bruno Senna, que substituiu o veterano Rubens Barrichello na equipe, trouxe um novo fôlego financeiro à escuderia e será um dos responsáveis por tirar o time da má fase e trazer de volta os bons momentos vividos pelo time.

“Estou feliz de fazer parte de uma equipe com tamanha tradição. Estou orgulhoso de ter sido escolhido pela Williams num ano que será tão importante para eles. Todos estão muito motivados para 2012 e é ótimo integrar essa motivação. É claro que a equipe está num novo caminho e todos estão empenhados em fazer desta uma temporada melhor. Espero poder demonstrar do que sou capaz, não apenas para a equipe, mas para mim mesmo. Será interessante ver o que poderemos fazer juntos”, ambicionou.

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Virou moda falar que o grupo de pilotos que alinhará no grid para a tempora-da 2012 da F-1 é um dos, se não o melhor, da história. Muito disso, claro,

tem a ver com a situação nunca antes vivida de termos seis campeões do mundo correndo juntos – e o mais interessante disso é que eles estão reunidos nas cinco melhores equipes, ou seja, o mais perto que temos de um “campeão em fim de carreira patético” é Schumacher, aos 43, lutando constantemente por pontos e so-nhando com pódios. O que, convenhamos, pode ser decepcionante tendo em vista sua vitoriosa trajetória, mas não tem nada de patético.

Mas é curioso observar que a qualidade vai além disso, ainda que muitas vezes reclam-emos que o dinheiro anda falando alto demais. Logo após as cinco equipes que dominaram as últimas duas temporadas – Red Bull, McLaren, Ferrari, Mercedes e a atualmente conhecida como Lotus – há alguns fortes candidatos a futuros campeões do mundo.

As duplas de Force India, Sauber e Toro Rosso provam que o orçamento não anda privando a categoria de qualidade, sensação

alarmista que não enxerga uma safra que chega, ao mesmo tempo, com dinheiro e mostrando serviço – além de um ou outro exemplo que desafia qualquer lógica.

Paul Di Resta, Nico Hulkenberg, Kamui Kob-ayashi, Sergio Perez, Daniel Ricciardo e Jean Eric Vergne têm, entre si, dois campeonatos europeus e dois britânicos de F-3, um título e um vice de GP2 e dois vices na World Series, para ficar nos mais importantes.

Nos últimos anos, a melhor fórmula para chegar na F-1 por uma por ta promissora – o que é fundamental para a continuidade da carreira, tendo em vista que neste mundo a paciência é pouca – é ou fazendo par te de um programa de desenvolvimento de pilotos, ou trazendo muito dinheiro em patrocínio.

É claro que nada disso dá garantias, Buemi e Alguersuari que o digam; D’Ambrosio, que tem ambos, também.

Ok, Ricciardo e Vergne vieram apadrinhados pela Red Bull e, se não vingarem logo, verão a fila andar e perderão uma chance de ouro – e esse é o grande problema, para os pilotos, dos programas de desenvolvimento, que se

afunilam demais quando se chega na F-1. Perez tem a soma do dinheiro mexicano com o apoio da Ferrari, e é o clássico exemplo do que Ron Dennis chamaria de “win-win situation”: rentável e rápido. E Di Resta, outro testado e aprovado, tem o suporte da Mercedes e traria um belo desconto no fornecimento de motores para a Force India.

Mas, se a F-1 do meio do pelotão é pautada pelo dinheiro, como explicar exemplos como o de Nico Hulkenberg e Kamui Kobayashi?

Hulkenberg talvez seja o piloto da F-1 atual com melhor currículo nas categorias de base do automobilismo, tanto pela quantidade de títulos, quanto pela maneira arrasadora como os con-quistou. Tem patrocínio, mas é bem verdade que não o suficiente para competir de igual para igual com os endinheirados que o cercam. Fez por merecer sua vaga na equipe que vem gerindo da melhor maneira essa questão talento x dinheiro, e que, não coincidentemente, cresce ano após ano e acabou de comemorar seu melhor resultado no Mundial de Construtores em 2011.

Kobayashi tem um caminho inverso: sem-pre sem dinheiro, não tem grandes resultados na carreira. Porém, deu conta do recado logo de cara quando chegou na F-1, mesmo na fogueira. Virou aposta de Peter Sauber, homem acostumado a farejar talentos.

Há quem não preste muita atenção naquele piloto para o qual uma sexta colocação vale tanto quanto uma vitória, mas tem muito sapo querendo virar príncipe – e com plenas condições de fazê-lo – no meio do pelotão. E, sem alarmismos, tem muita equipe que ainda vê os valores que, se não fecham as contas do mês, pagam dividendos em resultados. E é assim, com campeões e jovens promessas, que se constrói um dos melhores fields de hoje e de amanhã.

QUalidade é marca do mUndial de 2012

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Se preparando para a sua 4º temporada na F1, o time malaio, agora com o nome de Caterham F1 Team, teve profundas mudanças. A começar na aposta de

trocar o veterano Jarno Trullipelo jovem Vitaly Petrov e na permanência de Heikki Kovalainen na equipe.

Em relação ao Mundial de Construtores, a antiga Lotusestá apostando firme no de-sempenho do seu novo bólido, o CT-01, que promete dar trabalho às grandes escuderias da principal categoria do automobilismo mundial.Diferente do seu antecessor, o Lotus T128, o

novo carro daCaterhamconta com a integração de duas tecnologias,os propulsores da Renault e o sistema de câmbio da Red Bull Technology, com o projeto chefiado pelo engenheiro Mike Gascoyne, queadicionou o mesmo KERS usado pela Red Bull Racing no carro escuderia malaia.

Essa miscelânea tecnológica rendeu, nos testes de Jerez de la Frontera, uma boa apresen-tação do carro nas mãos do ex-piloto da equipe, Trulli.Já Kovalainen não teve a mesma sorte, visto que,no terceiro dia dos testes de Jerez, a suspensão do CT-01quebrou e a escuderia se retirou da primeira bateria da pré-temporada.

Nos bastidores da Caterham também hou-veram mudanças importantes. A principal delas foi a saída do veterano pilotopara a entrada de Petrov. Segundo o time malaio, a entrada do russo veio apenas para renovar o ânimo na equipe, mas, com ele, novos patrocinadores fecharam vínculo para a temporada 2012.

Em 2011 a Caterhamnão conseguiu marcar o seu primeiro ponto na F1.No Mundial de Construtores, o time terminou na 10º colo-cação, com nenhum ponto marcado.Muito disso por causa do carro, que quebrou em sete das 19 etapas.Já no Mundial de Pilotos, quem teve

CATERHAM CHEGA PARA FICAR DE VEZ ENTRE AS INTERMEDIÁRIAS DA F1A antiga Lotus ‘malaia’, agora com novo nome na temporada 2012, confia em Petrov e Kovalainen para arrancarem pontos das outras escuderiaspor José Vicktor Tigre • fotos Divulgação/Caterham

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CATERHAM F1 Team

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mais destaque foi o italiano Jarno Trulli, que por duas vezes chegou no 13º lugar – nos GP’s da Austrália e Mônaco. A melhor posição de Heikki Kovalainen foi no GP da Itália, onde o piloto tambem assegurou um 13º lugar.

Com Petrov, a equipe espera conseguir, além de novos patrocinadores, uma posição melhor no Mundial de Pilotos e os primeiros pontos no Mundial de Construtores. O russo correu em 2011 pela Williams e terminou o mundial em 10º lugar, com uma presença no pódio - 3º lugar no GP da Austrália - e 37 pontos conquis-tados.

CATERHAM CHEGA PARA FICAR DE VEZ ENTRE AS INTERMEDIÁRIAS DA F1

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por José Vicktor Tigre • fotos Divulgação/Hispania

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HISPANIA Racing Team

HRT QUER DEIXAR O ESTIGMA DE PIOR EQUIPE PARA TRÁSInvestindo na reestruturação de 80% da equipe, a escuderia deseja completar todas as provas da F1

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Apostando na experiência para vencer o atraso tecnológico, a Hispania Racing Team (HRT) possui como melhor armaos pilotos veteranos Pedro de

la Rosa e Narain Karthikeyan,que prometem levar a escuderia espanholaa completar todas as provas da temporada 2012 da F1.Apesar das três reprovações nos testes de impacto da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), o novo carro da equipe, F112,ainda sofre uma crise de confiabilidade.

Com pouca quilometragem, o bólido espa-nhol não participou da pré-temporada realizada em Jerez de la Frontera e Barcelona, deixandoo time só com os dados conseguidos no shake-down, que aconteceu no dia 5 de março durante filmagens em Barcelona, onde o carro não podia passar de 100km rodados.

Sem muitasdiferenças entre o carro da temporada 2011, o F112 teve mudanças na

parte traseira, onde deixou a nova asa com os padrões convencionais pedidos pelo novo regulamento da F1.Também aconteceram modificações na suspensão traseira que passou a ser no estilo ‘pullrod’, na qual possui um custo mais rentável para a equipe e uma péssima qualidade quando relacionado à resistência em horas de provas.

A Hispania mudou o sistema de escapamento do F112 com a intenção de respeitar as novas regras da FIA. O bico do bólido espanhol ganhou degraus acentuados para poder adquirir a altura máxima de 55 cm em relação ao solo. O motor usado pelo time continua sendor o Croswort, que há três temporadas vem acompanhando a equipe.

Na temporada passada, a escuderia conse-guiu ficar entre as últimas do grid nas corridas. A HRT foi a penúltima no mundial de construto-res sem nenhum ponto marcado. Já no mundial

de pilotos, Daniel Ricciardo e Narain Karthikeyan amargaram os 26º e 27º lugares na tabel, também sem pontos.

Com a saída de Daniel Ricciardo, que vai cor-rer pela Toro Rosso na temporada 2012, Pedro de la Rosa chegou para assumir o cockpit titular da Hispania. O veterano possui em seu currículo 87 GP’s disputados na carreira, onde conquistou 35 pontos e uma presença no pódio, uma 2º coloca-ção no GP da Hungria, pela McLaren, em 2006.

Na sua terceira temporada, Narain Karthi-keyan possui uma experiência razoável na F1. O indiano conseguir marcar apenas 5 pontos na principal categoria do automobilismo mundial. A sua estreia foi em 2005 pela extinta Jordan. Após anos de ostracismo, Narain reestreou pela Hispania no GP da Austrália de 2011. No currículo, o piloto possui passagens na Nascar, Formula 3 Inglesa, Formula Nippon e World Series.

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Depois de comprar a antiga Virgin, a equipe Marussia entra como franca atiradora na temporada. Com parceira com a McLaren para formar jovens

pilotos, a escuderia russa aposta na sua dupla, Timo Glock e Charles Pic, para almejar melhores posições em 2012. No entanto, Glock criticou a postura do time por atraso na apresentação do novo carro e, para ele, isso irá prejudicar bastante a preparação do time para um bom inicio de temporada.

Por causa de reprovações nos testes da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), a Marussia não conseguiu participar dos testes coletivos em Jerez e em Barcelona. A apresen-tação do novo carro foi de forma discreta, no dia 05 de março, em Silverstone.

Sem conseguir marcar nenhum ponto no campeonato do ano passado, o time chega na atual temporada para tentar brigar por posiçoes, principalmente, com a Hispania, que tambem não marcou pontos em 2011.

sem degraUO MR01 não tem o degrau na frente do

carro,usado pela maioria das equipes (solução encontrada pela maioria dos times por causa damudança no regulamento da FIAque diminuiu a altura do bico), seguindo os passos da McLaren.

por Williams Daniel • fotos Divulgação/Hispania

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EM BUSCADE PONTOSMarussia quer passar Hispania no Mundial de Pilotos

MARUSSIA F1 Team

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Muitos brasileiro nem tinham idade, mas adoram lembrar-se dos tempos “que acordavam cedo para ver o Bra-sil vencer na F1”, normalmente com

Ayrton Senna e um pouco antes com Nelson Piquet. O tempo passou, Piquet se aposentou, Senna morreu e o “grande campeão” não veio, deixando um grande numero de pessoas órfãs daquele sentimento de glória quase garantida todas as manhãs, como se essa fosse a praxe normal do automobilismo ou de qualquer outro esporte no mundo. Não é.

Na Formula 1, parte da imprensa fez questão de acentuar essa distorção, de que “acordaríamos cedo para ver o Brasil ganhar”. É errado. Acordamos cedo para ver uma boa disputa, uma boa corrida, carros andando no limite, divididas arriscadas, e o mesmo

raciocínio se aplica a os outros esportes: tênis, basquete, ginástica olímpica, queimada, futebol de botão.

Tem brasileiro no grid? Que bom, é um bônus! Felipe Massa tem chances de vitória? Ótimo é super-bônus! Os argentinos não têm um representante na categoria há mais de uma década, nem por isso viraram suas costas ao esporte. Ao contrário: sediaram um GP já no período de vacas magras. Os franceses per-deram seu GP, suas equipes (A Renault desde 2010 não era bem Renault), seus pilotos, só recuperando parte disso agora, e no meio tempo continuaram a gostar do esporte. Os alemães não sabiam o que era ter um piloto campeão até a chegada de Schumacher, mas estavam lá, ativos em gostar verdadeiramente de corridas.

Naturalmente que o interesse pelo assunto caia um pouco na entressafra de um país, mas no Brasil esse risco é exacerbado pela mania que muitos têm (foram bombardeados desde cedo) que só a vitória da bandeira verde e amarela interessa.

Agora essa “má educação” pode ser cor-rigida, não deixando de torcer pelo seu piloto preferido, mas entendendo a realidade dele no contexto da F1 e – sobretudo – apreciando o es-petáculo em si, sem maniqueísmos ou arroubos nacionalistas de meia tigela.

Já é hora dos brasileiros fãs de esportes, sobretudo os de automobilismo internacional, amadurecerem e entenderem que o esporte vale mais que seus nomes, pois o primeiro fica, estes vem e vão, por melhores ou piores que sejam, humanos que são.”

Gostar de corridas

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por Geraldo Lélis • fotos Divulgação/Mpteam

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Sem lugar na F1, Barrichello aceita desafio de correr na IndyRECOMEÇAR AOS 40

Após muito apelo pelo sim e pelo não, Rubens Barrichello enfim decidiu o que vai fazer na temporada 2012 do automobilismo: correr. Depois de ser

preterido na Fórmula 1 após 19 anos como titular, o brasileiro encontrou afagos na Fórmula Indy. Ele irá competir pela equipe KV, ao lado do amigo Tony Kanaan, principal entusiasta do novo projeto.

No início, Rubens estava um pouco cauteloso para tomar a decisão, pois gostou do primeiro teste que fez, sendo mais rápidos que os outros pilotos da categoria, mas enfrentou resistência da esposa, que relutava em concordar. A partir dali, o piloto tomou o mês de fevereiro para refletir junto com a companheira e os filhos. O problema familiar se devia ao fato de Silvana temer um acidente de graves proporções com Rubinho em pistas ovais, tipo de pista na qual já estão confirmadas quatro corridas este ano. Ela lembrou do histórico de Emerson Fittipaldi quanto Nelson Piquet, que sofreram batidas gravíssimas nestas condições nos anos 90.

Rubens não escondeu a gratidão a Kanaan pelo convite imediato logo que foi determinada sua saída da Williams, e consequentemente da

F1. Logo que soube da contratação de Bruno Senna pelo time inglês, Barrichello recebeu uma ligação de Tony, que o convidava para fazer um teste em sua equipe na Indy. “Não vou dizer que não fiquei triste quando recebi a notícia da Williams, mas não demorou muito para este momento virar. Duas horas depois, eu já estava pegando o avião para fazer o teste da Indy”, disse.

E foi assim a saída de um piloto que esteve por 19 temporadas competindo numa catego-ria, da qual ocupava o cargo de presidente da associação de pilotos. O novo time vai para o seu nono ano na Indy e ficou feliz pelo reforço. “É um sonho virando realidade. Tenho que agradecer ao Tony pelo apoio e por ter trazido Rubens”, disse o sócio da KV Racing, Kevin Kalkhoven.

Inicialmente, o brasileiro só correria em pistas mistas, mas não resistiu à tentação de pilotar em Indianápolis (circuito oval) e vai participar de todas as provas da temporada. A etapa de abertura está marcada para o dia 25 de março, em São Petersburgo, nos Estados Unidos. No Brasil, a categoria chega em São Paulo no fim do mês de abril.

INDY

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Os testes de Jerez e Barcelona deram início a temporada 2012

FOI DADA A LARGADA

O primeiro dia de testes da pré-temporada 2012 veio com uma surpresa: Kimi Raikkonen na liderança. Embora todos saibam que os treinos antes do Mundial não significam muita coisa, o novo piloto da Lotus surpreendeu. Afinal, havia dois anos que o finlandês não cronometrava voltas rápidas com um carro de F1. Deu a entender que o Homem de Gelo vol-tava à elite do automobilismo com o pé direito.

Enquanto todos esperavam pela supremacia da Red Bull, a Mercedes mostrou que pode se aproximar das equipes de ponta neste ano. A equipe alemã esteve na frente durante dois dias, um com Nico Rosberg e outro, com Michael Schumacher. Com uma nova asa dianteira, a escuderia busca se aproximar das rivais e lutar pelo título.

No último dia das atividades de Jerez de La Frontera, quem resolveu mostrar que pode ser uma ameaça para a Red Bull foi Fernando Alonso. O piloto da Ferrari liderou o último dia de testes da primeira bateria, com o F2012, que não tinha apresentado um bom rendimento até então. A equipe italiana vem fazendo mistério com o novo modelo, escondendo as atualizações sempre que seus condutores vão aos boxes.

Em Barcelona, Sebastian Vettel mostrou que não caiu de rendimento. No entanto, o destaque da segunda bateria de testes ficou para as equipes medianas. Force India, Sauber e até a Williams, que não aparecia no topo há um bom tempo, liderou por um dia. Com estes resulta-dos, o público aposta em uma temporada bem acirrada neste ano.

por Ramon Andrade • fotos Divulgação/Mercedes

PRÉ-TEMPORADA

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por Geraldo Lélis

MARÇO 2012 |53

Retorno de Raikkonen aumenta lista de campeões no grid de 2012

14 TÍTULOS NA PISTA

A lista de pilotos a serem seguidos pelo fã de automobilismo no Mundial 2012 de Fórmula 1 aumentou. Além de Se-bastian Vettel, Jenson Button, Fernando

Alonso, Lewis Hamilton e Michael Schumacher, está de volta à categoria o finlandês campeão de 2007, Kimi Raikkonen. Ele vai fazer dupla com Romain Grosjean na Lotus. É o campeão mundial que terá o companheiro mais inexpe-riente, já que o francês fará sua estreia. Isso pode ser ruim e pode ser bom. Por outro lado, Hamilton, vencedor em 2008, tem no cockpit do lado o campeão de 2009 Button, que vai para o seu 13° campeonato.

Na verdade, não é só o número de temporadas disputadas que faz um piloto ser experiente. É também o fato de o driver já ter conquistado um campeonato. A prova disso é que Hamilton tem apenas cinco anos como titular e não entra mais numa disputa como coadjuvante. Igual a ele, Sebastian Vettel estreou em 2007 e já é o nome a ser batido pelo segundo ano consecutivo.

A experiência do companheiro ajuda na hora do desenvolvimento do carro, mas pode atrapalhar se esse companheiro já é campeão mundial, como é o caso da dupla da McLaren. A política do time inglês é dar liberdade para os competidores se bicarem. Na teoria, essa é a

mesma promessa da Red Bull e da Mercedes, mas publicamente declarada, a Ferrari faz jogo de equipe. Nos últimos anos, as táticas do time italiano têm favorecido mais Fernando Alonso, do que Massa, que não é campeão.

Independente de quem está do lado, os campeões sempre oferecem perigo aos concorrentes e são sempre a atração dos fãs. E o que os fãs querem ver é a disputa carro a carro com maior participação do homem do que com o carro. E quem já mostrou que pode fazer diferença frente às evoluções mecânicas são aqueles que já comemoraram ao menos um título da Fórmula 1.

PILOTO EQUIPE NACIONALIDADE TÍTULOS ANOS

Michael Schumacher Mercedes Alemão 7 1994, 95, 2000, 01, 02, 03 e 04

Sebastian Vettel Red Bull Alemão 2 2010 e 2011

Fernando Alonso Ferrari Espanhol 2 2005 e 2006

Kimi Raikkonen Lotus Finlandês 1 2007

Jenson Button McLaren Inglês 1 2009

Lewis Hamilton McLaren Inglês 1 2008

CAMPEÕES

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Data 18 de mar de 2012

Nome do Circuito Albert Park

Número de Voltas 58

Tamanho da Pista 5.303 km

Distância Percorrida 307.574 km

Volta mais rápida 1:24.125 / M Schumacher (2004)

Data 25 de março de 2012

Nome do Circuito Sepang Internacional Circuit

Número de Voltas 56

Tamanho da Pista 5.543 km

Distância Percorrida 310.408 km

Volta mais rápida 1:34.223 / JP Montoya (2004)

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Melbourne

Malásia

GPs

PRÓXIMOS GPS

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Data 15 de abril de 2012

Nome do Circuito Shanghai Internacional Circuit

Número de Voltas 56

Tamanho da Pista 5.451 km

Distância Percorrida 305.066 km

Volta mais rápida 1:32.238 / M Schumacher (2004)

Data 22 de abril de 2012

Nome do Circuito Bahrain Internacional Circuit

Número de Voltas 57

Tamanho da Pista 5.412 km

Distância Percorrida 308.238 km

Volta mais rápida 1:30.252 / M Schumacher (2004)

55MARÇO 2012 |

China

Bahrein

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DATA HORÁRIO GRANDE PRÊMIO PAÍS

18/03 03h Austrália (Melbourne)

25/03 05h Malásia (Sepang)

15/04 04h China (Xangai)

22/04 06h Bahrein (Saknir)

13/05 09h Espanha (Barcelona)

27/05 09h Mônaco (Monte Carlo)

10/06 14h Canadá (Montreal)

24/06 09h Europa (Valência)

08/07 09h Inglaterra (Silverstone)

22/07 09h Alemanha (Hockenheim)

29/07 09h Hungria (Hungaroring)

02/09 09h Bélgica (Spa-Francorchamps)

09/09 09h Itália (Monza)

23/09 09h Cingapura (Marina Bay)

07/10 03h Japão (Suzuka)

14/10 04h Coréia do Sul (Yeongam)

28/10 07h30m Índia (Nova Déli)

04/11 11h Abu Dhabi (Yas Marina)

18/11 17h Estados Unidos (Austin)

25/11 14h Brasil (Interlagos)

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CALENDÁRIO TEMPORADA 2012

CALENDÁRIO

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por Ramon Andrade • fotos Divulgação/Mercedes

Apesar das incertezas das equipes, Bernie Ecclestone garantiu que não há o que temer e que a corrida vai mesmo acontecer na data prevista.

Marcado para o dia 22 de abril, o GP do Bahrein ainda vem sendo dúvida no calendário 2012 da F1. O país sofre até hoje com as conturbações

entre governo e população, que entra em guerra com a polícia devido aos protestos contra o atual poder. Por conta disso, autoridades da elite do automobilismo estão com um pé atrás ao pensar em arrumar as malas e desembarcar em Sakhir.

No entanto, Bernie Ecclestone já deixou

claro que a corrida vai acontecer este ano. O chefão garantiu que as equipes e fãs da F1 não correrão riscos no país asiático e acredita que não há motivos para o cancelamento da prova. “Ninguém está dizendo que nós não vamos ou que nós não queremos ir. Todo mundo está bem positivo. Eu disse a todos os times que não há problema nenhum. Eu estou absolutamente 100% certo de que nós vamos e que não vai haver problema.”

O GP do Bahrein deixou de sediar a F1 no

ano passado, quando era a etapa de abertura da temporada. Os confrontos da população assustaram os membros da categoria. Políticos britânicos, inclusive, apelaram ao enviar uma carta através do jornal “The Times” solicitando a retirada da corrida do calendário. “Nós notamos com preocupação a decisão da F1 em manter a prova do Bahrein programada para abril”, diz o documento.

Alguns países, como os EUA, também já se manifestaram e mostraram preocupação com seus cidadãos em solo barenita. No entanto, se depender de Ecclestone, a corrida vai realmente acontecer. Caso seja novamente cancelado, o GP do Bahrein deixará o calendário da F1 com 19 etapas.

MARÇO 2012 |57

BAHREIN CONFIRMADOBAHREIN

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