R MARGEM DE LUCRO - avisite.com.br · DE LUCRO Por que há tanta diferença no ganho do varejista...

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nº 70 - ano VII março/2013 MARGEM CATÁLOGO OFICIAL XIV SBSA ARTIGO: Orçamento empresarial na avicultura DE LUCRO Por que há tanta diferença no ganho do varejista sobre a margem do produtor de frango?

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nº 70 - ano VIImarço/2013

MARGEMCATÁLOGO

CATÁLOGO

OFICIALCATÁLOGO

OFICIALOFICIAL

XIV SBSA

ARTIGO: Orçamento empresarial na avicultura

DE LUCROPor que há tanta

diferença no ganho do varejista

sobre a margem do produtor de

frango?

Danisco Animal Nutrition

Enzimas Xilanase/ß-Glucanase para suínos e TODAS as espécies

avícolas, incluindo patos, perus, faisões e outras aves de caça.

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Produção Animal | Avicultura 3

Sumário

Ponto final Rogério Balestrin

Desafios de uma economia globalizada

50

Eventos

Painel do Leitor

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Notícias CurtasInfluenza Aviária atinge maior empresa avícola do México

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Estatísticas e Preços

Produção e mercado em resumo

Pintos de corte

Produção de carne de frango

Exportação de carne de frango

Oferta Interna

Desempenho do frango vivo

em fevereiro

Matérias-primas

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28AviGuiaCoccidiose interfere no ganho de peso

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Capa

20ComercializaçãoMargens de lucro sobre o frango no varejo de SP chegam a 108%

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ArtigoOrçamento empresarial avícola. Uma alternativa de gestão moderna

40

AssociaçõesEx-reitor da Unesp assume presidência da Facta

34

Catálogo SBSAAs empresas participantes do XIV SBSA, com seus destaquese contatos

eDITORIAL

Agradecimentos

A Associação Paulista de Avicultura

(APA) realizou uma pesquisa independen-

te para tabular as margens de lucros das

redes varejistas sobre a comercialização da

carne de frango na cidade de São Paulo e

em algumas regiões do Estado. Não sur-

presa com o resultado, a entidade apenas

comprovou o que já sabia: o lucro dos su-

permercados sobre o frango é altíssimo.

Na reportagem da página 20, o Presidente

da APA, Érico Pozzer, fala sobre a pesquisa

e abre os resultados que conseguiram,

analisando 154 itens (entre frango inteiro,

cortes variados, resfriados, congelados,

temperados e produtos industrializados

de frango), em três datas diferentes, em

12 lojas de grandes redes do varejo. Se-

gundo o presidente, o objetivo da pesqui-

sa é de apenas confirmar as suposições

sobre as margens de lucro que os varejis-

tas levam com o produto. Por exemplo,

nos cortes de frangos, em uma das pes-

quisas, a média de lucro dos supermerca-

dos foi de 108%. Sobre o assunto, o diri-

gente ainda comenta como é difícil a ne-

gociação com essas grandes redes e mais,

alerta o setor produtivo que é preciso

aprender a valorizar o seu produto.

Aqui também trazemos um trabalho,

realizado por Juliana Pereira Michels, con-

tadora do Instituto Federal de Santa Cata-

rina (IFSC), sobre orçamento empresarial

na avicultura. A especialista apresenta e

discute as peculiaridades do orçamento

empresarial na atividade avícola através da

análise de um modelo implantado em uma

empresa do setor. “Ao utilizar o orçamen-

to, o planejamento é formalizado e siste-

matizado, contribuindo para a tomada de

decisão. Porém este é um processo com-

plexo, principalmente quando se trata de

uma integração e de uma globalização de

todas as atividades da empresa”, explica.

Ainda nesta edição, trazemos um ca-

tálogo exclusivo e especial, com as infor-

mações e contatos das empresas partici-

pantes do XIV Simpósio Brasil Sul de Avi-

cultura, realizado neste mês de março, em

Chapecó, SC. Uma seção especial que a

Revista do AviSite reservou para destacar

as marcas, os produtos e os serviços de

quem acredita e aposta no desenvolvi-

mento da atividade, por meio de ações

que ajudam na comunicação e na divulga-

ção de informações entre seus elos. Confi-

ra estes destaques a partir da página 34.

Boa leitura!

Pagando caro

Gostaríamos de agradecer aos pro-fissionais que nos ajudaram a realizar esta edição: Érico Pozzer, Rogério F. Ba-lestrin, Juliana Pereira Michels, Marcos Macari e Carolina Capel, a todos vocês o nosso sincero obrigado!

4 Avicultura | Produção Animal

PublisherPaulo [email protected]

Redação Andrea Quevedo (MTB 27.007) Érica Barros (MTB 49.030) Mariana Almeida (MTB 62.855) [email protected]

Comercial Daniel Cannos Fernanda Bronzeado [email protected]

Diagramação e arteMundo Agro e Innovativa [email protected]

InternetJessica Sousa Vinicius [email protected]

Administrativo e circulaçãoCaroline Esmi [email protected]

Fale com a redaçã[email protected]: (19) 3241 9292

expeDIenTeProdução Animal - AviculturaISSN 1983-0017

Mundo Agro Editora Ltda.Rua Erasmo Braga, 115313070-147 - Campinas, SP

O catálogo oficial do XIV Simpósio Brasil Sul de Avicultura traz o melhor em produtos e serviços. Confira!

Eventos

6 Produção Animal | Avicultura

Julho

19 a 2154º Festa do Ovo de Bastos e 36° Jornada Técnica Local: Recinto de Exposições Kisuke Watanabe, Bastos, SP Realização: Sindicato Rural e Prefeitura de Bastos Contato: (14) 3478-9800Informações: www.bastos.sp.gov.br

Agosto

27 a 29SIAV – Salão Internacional da Avicultura Local: Anhembi, São Paulo, SPContato: (11) 3031-4115Informações: www.ubabef.com.br/23congressoE-mail: [email protected]

Novembro

12 a 15 Congresso Latino-americano de AviculturaLocal: Centro Internacional de Ferias y Convenciones, El Salvador Informações: www.avicultura2013.com E-mail: [email protected]

2013 Abril

09 a 11XIV Simpósio Brasil Sul de avicultura Local: Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes - Chapecó, SCRealização: NucleovetContato: (49) 3329-1640Informações: www.nucleovet.com.br/XIV_SBSA

10 e 11XI Simpósio Goiano de AviculturaLocal: Pousada Ipê - Caldas Novas, GO Realização: Associação Goiana de Avicultura Contato: (62) 8425-9861Informações: www.agagoias.com.brE-mail: [email protected]

Junho

06 a 082ª FAVESU - Feira de Avicultura e Suinocultura Capixaba Local: Marechal Floriano, ES Realização: AVES e ASESContato: (27) 3288-1182Informações:: www.favesu.com.brE-mail: [email protected]

10 a 12Conferência Facta 2013 Local: The Royal Palm Hotel - Campinas, SPRealização: Fundação Apinco de Ciência e Tecnologia Avícolas (Facta)Contato: (19) 3243-6555Informações: www.facta.org.br/conferencia2013 E-mail: [email protected]

17 a 20 IX European Symposium on Poultry WelfareLocal: Uppsala, Suécia Realização: WPSAInformações: www.wpsa.com

Painel do Leitor

Produção Animal | Avicultura 7

A edição de fevereiro da Revista do AviSite mostrou como medicar lotes de aves do-entes usando a água como principal parceira. Mostramos como anda o Programa de Sanidade Avícola criado pelo MAPA em 1994 e o que foi feito para melhorá-lo e adap-tá-lo desde então.

nº 69 - ano VIfevereiro/2013

MEDICAMENTO VIAÁGUA DE BEBIDADescobrimos tudo sobre como medicar lotes doentes de aves usando a água como principal parceira

SAIBACOMOANDA

O PNSA

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Participe e envie seu comentário para

[email protected]

O Programa Nacional de Sanidade Avícola, criado em 1994, determina ações de vigilância, profilaxia, controle e erradicação de doenças em aves. Quase duas déca-das após a sua instituição, como o programa está funcionado e o que está sendo feito para melhorá-lo e adaptá-lo à realidade da avicultura brasileira atual?

Nildemar Secches anunciou no primeiro dia de feverei-ro sua saída da presidência do conselho de administra-ção da BRF. Ainda não está decidido quem será o sucessor, mas o candidato mais cotado é o empresário Abilio Diniz.A troca só deve ocorrer em abril, quando acontece a assembleia de acionistas e a eleição do novo conselho para os próximos dois anos. Os fundos de investimento Tarpon e Previ estão costurando a indicação de Abilio, que hoje é presidente do conselho de administração do Grupo Pão de Açúcar.

Os dados do IBGE mostram resultados no mínimo curiosos. Por exemplo: em Goiânia, capital que apre-sentou a maior variação de preços anual (22,59%), enquanto o frango inteiro aumentou perto de 35%, o frango em pedaços teve redução superior a 5,5%. E mesmo em São Paulo (principal praça do País), onde o frango inteiro evoluiu 16,35%, o produto em pedaços registrou variação de apenas 2,74%.

E com este cenário, o MAPA abriu prazo para as adequações às INs. O MAPA deveria adotar a disci-plina da receita federal, faz tempo que não adia mais o prazo do IR. Disciplinou os contribuintes.

Antonio Carlos Heinzen – Painel, SC

Os produtores de aves integrados recebem a indicação com otimismo e apostam na evolução do equilíbrio entre parceiros que somos. Sucesso!

Valdemar Vicente Kovaleski, Presidente do Sindicato Criadores de Aves de SC (SINCRA-VESC) – Chapecó, SC

O produtor foi atingido, o setor produtivo atingi-do e “agora” (já foi atingido faz tempo) o consumi-dor. O intermediário de tudo isso não perdeu R$ 0,01 sequer, pois os preços dos supermercados já estavam altos, muito acima do valor adquirido nos frigoríficos.

Rodrigo Paiva – Macaé, RJ

Como anda o PNSA?

Nildemar Secches deixa a presidência

Aves e ovos na inflação de 2012

As opiniões publicadas de leitores não refletem a posição do veiculo

8 Produção Animal | Avicultura

Notícias Leia as últimas notícias do setor em www.avisite.com.br Leia as últimas notícias do setor em www.avisite.com.br

As cinco mais lidas no AviSite em fevereiro

Em meados de fevereiro, o frango vivo disponibilizado em Minas Gerais operava em ambiente fraco já há alguns dias, quando sofreu forte baixa: perdeu 10 centavos de seu preço e voltou a ser comercializado por R$2,95/kg, mesmo valor

que prevaleceu durante uma semana logo nos primeiros dias do ano.Em São Paulo, a cotação da ave viva permaneceu estável nos mesmos R$2,90/kg praticados há mais de 30 dias, ou seja,

desde 12 de janeiro passado. Como, porém, o produto ofertado para comercialização no mercado spot permanece restrito, as negociações continuam se desenvolvendo em mercado firme. Leia mais sobre o desempenho do frango vivo no mês de fevereiro na página 48.

Embora tenha enfrentado dois surtos graves de Influenza Aviária em menos de um ano (um

deles, o de junho do ano passado, afetou profunda-mente a produção de ovos do país), o México en-frenta agora surto que, independente de sua exten-são ou gravidade, terá muito maior repercussão que os dois casos mais recentes. Porque a ocorrência atual envolve a principal empresa avícola local e maior produtora de carne de frango do país, além de ser uma das maiores produtoras de ovos mexica-na - a Bachoco. Em fevereiro divulgava-se que cerca de meio milhão de aves estariam sujeitas ao proble-ma e, portanto, deveriam ser submetidas a sacrifício sanitário. Depois falava-se em mais de um milhão de cabeças, já que a presença do vírus foi detectada em dez granjas de reprodutoras pesadas e em outras duas de poedeiras. Leia mais na página 12

Influenza Aviária atinge maior empresa avícola do México

Conforme dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), um total de 152

países importou carne de frango dos EUA em 2012. Já os números da SECEX/MDIC indicam que no ano passado os países que receberam carne de frango de origem brasileira somaram... 152.

Sim, o número de países importadores é exata-mente o mesmo. O que muda são os países atendi-dos. Por exemplo, o Brasil não tem acesso ao Méxi-co e, menos ainda, aos EUA. Já os EUA (que apontam ter exportado 79 toneladas de carne de frango para o Brasil) nada exportaram para merca-dos-chave das exportações brasileiras, como Holan-da, África do Sul e, e, por razões óbvias, Venezuela - entre outros.

EUA e Brasil: 20 principais importadores de carne de frango em 2012

Estável em São Paulo, frango vivo sofre forte baixa em MG

Frango e ovo não estão na cesta básica oficial dos brasileiros

A Presidente Dilma Rousseff sinalizou com uma próxima desoneração dos tributos federais incidentes sobre os

produtos que integram a cesta básica. Disse esperar que os estados acompanhem a medida. Mas se essa desonera-ção acontecesse no momento, carne de frango e ovos não seriam beneficiados. Porque, simplesmente, não estão incluídos entre os produtos da cesta básica oficial. O lado bom da fala da Presidente é que ela anunciou, também, a revisão dos produtos que integram a cesta oficial, pois entende que “o conceito de cesta básica está um pouco ultrapassado”. Leia mais na página 10.

No quinto levantamento da safra 2012/2013, a CONAB estimou que a despeito de uma redução de 5,4% na

área cultivada, a produção da safra principal de milho deve aumentar 3,6% e alcançar pouco mais de 35 milhões de toneladas. O que, diga-se de passagem, significa volume 12% menor que o recorde de 2007/08, quase 40 milhões de toneladas.

Já em relação à safrinha, cuja área cultivada tende a aumentar mais de 8%, a CONAB estima novo e sucessivo recorde (aliás, pelo quarto ano consecutivo), com produ-ção próxima de 41 milhões de toneladas, quase 5% a mais que o registrado na safra passada.

Milho safrinha tende a superar os 40 mi/t; mas exportação pode absorver mais da metade desse volume

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Notícias

Faltam estoques públicos de grãos

Após aumento anual médio de 10% nos preços dos alimentos nos últimos cinco anos, o governo tenta

formular uma política para contê-los. O aumento da oferta de crédito rural e a desoneração dos produtos da cesta básica são os meios disponíveis, depois que a intervenção direta por meio dos estoques públicos de grãos revelou-se inexequível. Em reunião no início de fevereiro, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, foi avisada de que a Conab não tem esto-ques suficientes, apesar do crescimento contínuo da produção de grãos.

Hoje, a estatal praticamente não tem milho e feijão em seus armazéns e conta com apenas 756 mil tonela-das de arroz, suficientes para um mês de consumo. O governo iniciou uma ofensiva para coordenar as expec-tativas do mercado.

Na avaliação da Presidência da República, o Ministério da Agricultura não agiu no momento ade-quado para a aquisição de estoques.

Diante disso, e também através do Decreto nº 7.920, a Presidente Dilma Rousseff criou o Conselho Interministerial de Estoques Públicos de Alimentos (CIEP), cujo objetivo é definir as condições para aquisi-ção e liberação de estoques públicos de alimentos, assim entendidos os estoques reguladores e estratégi-cos. Integram o CIEP os Ministros da Casa Civil, Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Fazenda. O objetivo do governo é ampliar o combate à tendência de elevação da inflação dos alimentos via formação de estoques, aquisições de produtos e garantia e susten-tação de preços. Acesse o texto na íntegra: www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=1&data=18/02/2013

As informações foram divulgadas pelo Valor Econômico.

Milho não é garantia

No começo de fevereiro, analistas de um banco

de investimentos recomen-daram ao mercado a com-pra de ações de frigoríficos, sob o argumento de que o preço dos grãos (milho, principalmente) está ceden-do e deve aumentar a com-petitividade das empresas dependentes dessas matérias-primas.

Em 2013, com certeza, os frigoríficos (e, por de-corrência, seus acionistas) obterão bons resultados. Mas não será por conta da acomodação de preços das matérias-primas e, sim, porque - forçada pela ex-plosão de custos de 2012 - a capacidade de produ-ção foi sensivelmente reduzida.

De fora da cesta básica oficial

N o início de fevereiro, a Presidente Dilma

Rousseff sinalizou com uma próxima desoneração dos tributos federais incidentes sobre os produtos que integram a cesta básica. Disse esperar que os esta-dos acompanhem a medi-da. Mas se essa desonera-ção ocorresse hoje, carne de frango e ovos não se-riam beneficiados. Porque, simplesmente, não estão incluídos entre os produtos da cesta básica oficial.

O lado bom da fala da Presidente é que ela anun-ciou, também, a revisão dos produtos que integram a cesta oficial, pois entende que “o conceito de cesta básica está um pouco ultrapassado”.

E bota ultrapassado nisso. Pois a legislação que estabeleceu os componen-tes da “Cesta Básica” (ape-nas alimentos) e ainda está vigorando completa agora 75 anos. É a mesma lei que define que salário mínimo “é a remuneração mínima devida a todo trabalhador adulto, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço e capaz de satisfa-zer, em determinada época, na região do país, as suas necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte”.

Linha do BB

O Banco do Brasil lançou no final de fevereiro

uma linha de financiamento para cobrir despesas com-plementares e inesperadas de empreendimento — BB Agronegócio Giro — uma linha de crédito rotativo, com movimentações por meio de conta corrente e possibilidade de renovação automática.

Segundo comunicado do banco, o produtor que tiver a operação desta linha contratada pode adquirir um insumo ou um lote de animais e, no mesmo dia, efetuar o pagamento com os recursos da linha.

Apesar do crescimento contínuo da produção de grãos, Conab não tem estoques suficientes

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Gaúchos gastam mais para produzir

Dados da Embrapa Suínos e Aves até agora divulgados permitem concluir

que entre cinco estados - três da Região Sul, um do Sudeste e outro do Centro-Oeste – esteve entre os gaúchos o maior custo de produção do frango no início de 2013.

Aliás, as três unidades federativas do Sul, principal polo de produção do frango no Brasil, têm custo de produção superior ao de estados como Mato Grosso do Sul e Minas Gerais – este, com o menor custo entre os cinco.

Em uma produção de mil toneladas, os produtores gaúchos gastam R$120 mil a mais que os produtores mineiros.

De volta

Depois de fechar o pri-meiro semestre do ano

ocupando a quarta posição da pauta exportadora brasi-leira e após recuar para o quinto lugar no trimestre julho-setembro (mesmo posicionamento registrado em 2011), a carne de frango perdeu mais uma posição no bimestre outubro-no-vembro de 2012. Mas no fechamento do ano recupe-rou o posto e, assim, encer-rou o exercício passado como o quinto principal produto

Brasil X EUA

Na década 2002/2012 as exportações norte-americanas de carne de frango evoluíram a uma média de pouco mais de 4% ao ano, enquanto as brasileiras cresceram à razão

de, praticamente, 9,5% ao ano.Doravante, porém, o ritmo de evolução dos dois países sofre radical redução – aponta

estudo que divulgado pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).Isso significa dizer que, nas condições atuais, as exportações dos EUA tendem a crescer

à razão de 0,75% ao ano entre 2012 e 2022, enquanto para as brasileiras é previsto cresci-mento de não mais que 2,75% ao ano.

Dessa forma, contrapondo-se ao crescimento acumulado de 51% e 145% na década passada, na atual década as exportações de EUA e Brasil tendem a registrar incremento total de 7,8% e 31,2%, respectivamente.

12 Produção Animal | Avicultura

Notícias

IA na maior do México. E na Pilgrim’s também

De acordo com o último relatório divulgado pelos serviços de saúde animal do México, até o dia 25 de fevereiro, os técnicos haviam inspecionado 35 granjas, além de outros

sete locais onde se desenvolve avicultura de subsistência no estado mexicano de Guanajuato, local em que vem sendo registrado o terceiro surto de Influenza Aviária do país em menos de um ano.

O relatório aponta que o H7N3 está presente em 18 das granjas inspecionadas, mais da metade do total. Foram sacrificadas 1,2 milhão de matrizes e 900 mil pintos de corte, além de serem vacinadas cerca de 1,9 milhão de reprodutoras.

Inicialmente, supunha-se que todas as granjas afetadas (a maioria delas de reproduto-ras pesadas) pertenciam apenas à Bachoco, maior empresa avícola do México. Mas, de-pois, descobriu-se que a presença do vírus foi detectada também em uma granja da Pilgrim’s Pride mexicana, empresa pertencente à brasileira JBS.

Os preços locais da carne de frango têm sofrido significativas altas. O governo do México - na tentativa de coibir o que considera um abuso - ameaça os especuladores com pesadas multas e prisão. Porém, para que não se corram maiores riscos foi decidida, inter-namente, a suspensão das exportações mexicanas de carne de frango.

Mais sete

A China habilitou mais sete frigoríficos brasilei-

ros para exportação, sendo cinco unidades de aves e duas de suínos. Entre as plantas estão três frigorífi-cos de aves da Seara (do grupo Marfrig), um da BRF e outro da Frango Bello, infor-mou uma fonte da indústria ao Valor. Com as novas autorizações, as unidades exportadoras de carne de frango habilitadas pela China agora somam 29.

Peça publicitária da Bachoco: principal empresa avícola do México atingida pela IA

EUA come menos carne Em apresentação efetuada no final de janeiro nos

eventos técnicos da Feira de Atlanta (Georgia, EUA), Thomas E. Elam, presidente de uma consultoria agríco-la, a FarmEcon, alertou para o fato de que o consumo per capita de carnes dos norte-americanos deve recuar neste ano para o mais baixo nível dos anos 2000.

Na opinião de Elam, a maior responsável por essa queda de consumo é a legislação relativa à adoção de fontes alternativas na produção de etanol (Renewable Fuel Standard – RFS, mandatória do uso de milho), que além de encarecer as carnes, vem levando à falência grande número de produtores de frangos e de perus.

Sobreaviso

Se existe algum segmento da economia brasileira

ávido por um imediato tratado de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE) esse segmen-to é, com certeza, o dos exportadores de carne de frango. Em 2012, conside-rando-se apenas os 15 paí-ses que integravam o bloco antes de 2000, o Brasil destinou à UE pouco mais de 400 mil toneladas de carne de frango (quase 12% do total), enquanto as ex-portações dos EUA para o mesmo bloco de países não chegaram às 4 mil toneladas.

Produção Animal | Avicultura 13

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14 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Rússia não quer carne de cavalo

Por conta do escândalo da carne de cavalo, a

Rússia pode impor embar-go temporário a todas as carnes importadas da União Europeia, ameaçou Gennady Onishchenko, diretor do Rospotrebnadzor, órgão do governo russo de proteção ao consumidor. O processo deve abranger não só a carne bovina e seus deriva-dos, mas também as carnes suína e de frango.

Como uma decisão do gênero é, acima de tudo, burocrática e, portanto, demorada, o chefe do Rospotrebnadzor vem inci-tando os consumidores russos a refugarem qual-quer produto contendo carne de origem europeia: “Abstenham-se da lasanha, abstenham-se dos hambúr-gueres. No momento vocês devem comprar apenas carne da própria Rússia”.

Estima-se que à vista de qualquer tipo de embargo, o mercado russo de carnes sofrerá um déficit sem precedentes. Mas isso só se aplica às carnes bovina e suína, em relação às quais há uma alta dependência russa do fornecimento europeu.

No momento vocês devem comprar apenas carne da própria Rússia

Suínos e frangos para peixes

A União Europeia liberou dia 14 de fevereiro o

uso de ração para peixe feita com carcaça triturada de suínos e frangos. A autorização é para o uso de proteína animal processada (PAP) derivada de animais de produção não ruminan-tes - neste caso, principal-mente suínos e aves. Informações da Agência Estado.

Vendas externas de ovos férteis em queda

Em janeiro passado, pela primeira vez em seis meses, as exportações brasileiras de ovos férteis destinados

à produção de pintos de corte voltaram a superar a faixa dos 10 milhões de unidades. Mas isso não altera os resultados negativos que o setor enfrenta desde 2012.

Na abertura de 2013, o volume de ovos férteis exportados somou - conforme dados da SECEX/MDIC - 10,707 milhões de unidades, volume que representou aumento de quase 15% sobre o mês anterior, dezem-bro de 2012. Mas em relação ao mesmo mês do ano passado prevaleceu redução próxima de 40% - menor, sem dúvida, que a de meses anteriores, mas ainda assim bastante significativa.

Em função desse desempenho, o volume acumula-do nos últimos 12 meses é mais de 35% inferior aos registrados, por exemplo, nos 12 meses encerrados em janeiro de 2012 ou, mesmo, dois anos atrás, em janeiro de 2011.

Recorde da Argentina

A indústria argentina de carne de frango atingiu

em 2012 uma produção de 1,916 milhão de toneladas, um recorde histórico, de acordo com dados do Ministério da Agricultura do país compilados pelo CICCRA, uma entidade patronal que reúne produ-tores de carne bovina. O resultado representou um crescimento de 7,7% em relação a 2011 e marcou o décimo ano seguido de expansão no segmento.

Ferrovia do Frango

Empresários de Santa Catarina estão disputando, num verdadeiro cabo de guerra, o traçado da cha-

mada Ferrovia do Frango, uma das mercadorias mais exportadas pelo estado. Os representantes do Vale do Itajaí pleiteam que a linha férrea passe pelo local para que a carga seja embarcada pelos portos de Itajaí e Navegantes. Já os empresários do norte catarinense batalham para que a ferrovia passe por aquela região e seja enviada ao exterior pelos portos de São Francisco do Sul e Itapoá. Um dos momentos decisivos para a decisão desse embate está previsto para 15 de março, quando o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, visitará o estado e participará de reunião na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). A EPL recebeu como incumbência da presidenta Dilma Rousseff planejar e definir toda a política de transportes no País.

Produção Animal | Avicultura 15

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Desoneração da folha

Amedida provisória nº 582, que trata, dentre outros assuntos, da ampliação da lista dos setores beneficiados pela folha de pagamento, foi aprovada pela

Câmara dos Deputados e agora segue para apreciação do Senado Federal. Para que a MP não caduque, precisa agora ser aprovada pelos senadores. Editada para ampliar para 15 novos setores a desoneração da folha de pagamentos, o texto aprovado, relatado pelo deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), estende o benefício para mais 33 segmentos econômicos. Com a medida, a empresa deixa de pagar contribuição de 20% sobre a folha de pagamento para desembolsar um porcentual sobre o faturamento.

Índia é o 2º maior destino

Mais aberta ao petróleo e açúcar brasileiro, a Índia

passou a Rússia como o segun-do país de maior destino das exportações nacionais entre os Brics, grupo que inclui ainda a China e a África do Sul, indi-cando uma perspectiva de crescente importância dos dois parceiros menos tradicionais do bloco para o comércio exterior brasileiro. Em 2012, o Brasil exportou à Índia US$ 5,6 bilhões - crescimento de 75% em relação a 2011 - fazendo com que o déficit de mais de US$ 2 bilhões na balança co-mercial com o país verificado em 2011 se transformasse em superávit de US$ 534 milhões.

16 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Fundos aprovam Abilio

O empresário Abilio Diniz, presidente do conselho de administração do Grupo Pão

de Açúcar (GPA) e sócio da varejista, foi indica-do para presidir o conselho de administração da BRF. Para que ele passe a fazer parte da compa-nhia, a indicação precisa ser referendada em assembleia de acionistas em 9 de abril.

Os dez conselheiros que participaram da reunião do conselho da BRF, no final de feverei-ro em São Paulo, também indicaram o nome de Sergio Rosa, ex-presidente da Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil) no governo Lula, para a vice-presidência.

Ele ocupará cota da Previ no conselho e substitui Heloisa Helena Silva de Oliveira.

A composição Abilio-Rosa foi a saída en-contrada para evitar um racha no comando da BRF e para manter o equilíbrio entre os três maiores acionistas. A chapa foi aprovada por unanimidade, e o nome de Abilio para presidir o conselho, por 8 votos a 2.

Informações partem da Folha de S.Paulo.

Sadia: marca global da BRF

A Sadia inicia uma nova fase no exterior. Como parte da estratégia de internacionalização da empresa, será a principal marca a

representar a BRF no mundo. A decisão resulta de um trabalho de dois anos, que incluiu análise de referências internacionais, workshops internos e pesquisas com consumidores de 22 países. O estudo, entre outras indicações, apontou cores e formas mais aceitas (e as rejeitadas) em cada cultura e o que o consumidor mais valoriza nos produtos em cada país.

Notícias/Empresas

Irregularidades na África do Sul

Cientistas de alimentos sul-africanos afirmaram que há carne de búfalo asiático, burro e cabra em alimentos

sul-africanos rotulados, erroneamente, como hambúrgueres de carne bovina e salsichas. Um estudo publicado por três professores da universidade sul-africana Stellenbosch reve-lou que 99 de 139 amostras avaliadas continham carne de espécies não declaradas no rótulo do produto, com a maior

incidência de carne não identificada em salsichas, hambúr-gueres e embutidos. Pesquisadores disseram ainda ter en-contrado soja e glúten não informados no rótulo em 28% dos produtos testados. Carnes suína e de frango não decla-radas entre os ingredientes foram localizadas em 37% e 23%, respectivamente, das amostras.

Informações de O Estado de S.Paulo.

JBS tem novo presidente

A JBS informou no dia 22 de fevereiro que Gilberto Tomazoni, ex-diretor--presidente da Sadia, comandará a Frangosul, que atualmente é o negócio

global de aves da empresa. O executivo se reportá ao presidente global da JBS, Wesley Batista.

Além de sua passagem pela presidência da Sadia, Tomazoni atuou como vice-presidente da Bunge Alimentos e diretor-executivo da empresa para América do Sul e Central. O cargo na Bunge foi o último de Tomazoni antes de chegar a JBS.

Tomazoni, ex-Sadia, assume a Frangosul

Produção Animal | Avicultura 17

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18 Produção Animal | Avicultura

Notícias/Empresas

Tyson Foods otimista

Abatedouro em Pesqueira, PE

A americana Tyson Foods informou a investidores que seu segundo trimestre fiscal foi mais desafiador do que o esperado devido ao aperto das margens em seus segmentos de carnes bovina e suína. Contudo, a empresa se diz otimista em rela-

ção aos resultados para o ano. A divisão de frangos continua a apresentar boa performance. A Tyson diz esperar um desempenho positivo, particularmen-

te na segunda metade do ano fiscal. “A demanda está forte, e estamos observando sinais de consumidores migrando da carne bovina para o frango”, afirmou a empresa. “Mesmo com os preços subindo de maneira significativa ano a ano, o frango é um valor para os consumidores, e o ‘food service’ continua a promover intensamente o frango”.

Lochner anunciou que a Tyson está lançando uma nova linha de carne de frango natural, nos Estados Unidos, sob a marca “NatureRaised Farms”. “Vamos aumentar as vendas de produtos de frango com valor adicionado e alimentos preparados”, afirmou Dennis Leatherby, o vice-presidente executivo e diretor financeiro da Tyson. “Não somos uma companhia de commodi-ties. Não é nosso objetivo, ou nosso destino”, afirmou.

As informações foram divulgadas pelo Valor Econômico.

O município de Pesqueira, no Agreste do estado de Pernambuco, ganha em abril um novo empreendimento industrial. Trata-se do Frigorífico Alvorada (Frigal), um abate-

douro de aves que está sendo construído numa área de mais de sete mil metros quadrados, às margens da BR 232, e deve atender tanto a Pernambuco quanto aos estados de Alagoas e da Paraíba. O investimento é de R$ 17 milhões, sendo R$ 6,3 milhões financiados pelo Banco do Nordeste. O restante será bancado com recursos próprios e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Cerca de 300 empregos diretos devem ser gerados com a inauguração do empreendi-mento, cuja capacidade instalada prevê 6,5 milhões de aves abatidas por ano. Informações do Diário de Pernambuco.

Pilgrim’s sai do prejuízo

A Pilgrim’s Pride lucrou US$ 22,8 milhões no

quarto trimestre, ou US$ 0,09 por ação. No mesmo período do ano passado, a companhia americana teve prejuízo de US$ 85,3 mi-lhões, ou US$ 0,40 por papel, segundo o jornal Valor Econômico.

No acumulado do ano, o lucro líquido somou US$ 174,2 milhões, ante as perdas de US$ 496,8 mi-lhões nos 12 meses anteriores.

Parte da linha de produtos da Tyson nos EUA. Empresa quer aumentar vendas com valor

adicionado e alimentos preparados

Produção Animal | Avicultura 19

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Macedo em porção individual

Coamo faz acordo com Japão

A Macedo, marca para frangos da

Tyson do Brasil, inova mais uma vez e apre-senta, em janeiro, o primeiro filé de peito de frango individual congelado embalado à vácuo do mercado brasileiro. Com peso médio de 250 gramas, o produto atende às necessidades daqueles que procuram por porções menores e estará disponível aos consumidores dos estados da região Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.

A Coamo Agroindustrial Cooperativa assinou um acor-

do com a Federação de Cooperativas Agrícolas do Japão (Zen-Noh) para fornecimento de produtos agrícolas, conforme comunicado divulgado.

Iremos diversificar os nossos negócios no continente asiático’, esclareceu José Aroldo Gallassini, presidente da Coamo. Atualmente, a China é o principal destino das exportações da coo-perativa, informou o executivo.

Por meio do convênio, a Coamo pretende aumentar a participação no mercado asiáti-co. O primeiro navio contendo 50 mil toneladas de milho já foi enviado a partir do Porto de Paranaguá (PR), informou a coo-perativa sediada em Campo Mourão, no Paraná.

Cotriguaçu investe em complexo frigorificado

O Conselho de Administração da Cotriguaçu Cooperativa Central inaugura em meados de março, em Cascavel (PR),

a primeira etapa de um dos maiores projetos brasileiros de recepção, de armazenamento e de transporte de cargas frigori-ficadas e contêineres.

A estrutura comporá um dos maiores terminais intermodais do País, com nível de tecnologia, para uma obra do gênero, jamais visto no mercado nacional.

O Terminal Ferroviário da Cotriguaçu, projeto que tem su-porte de quatro das principais cooperativas nacionais – Coopavel, C. Vale, Copacol e Lar –, vai se transformar em um marco histórico no contínuo processo de expansão do agrone-gócio regional.

De acordo com o diretor-presidente da Cotriguaçu, Irineo da Costa Rodrigues, o complexo reduzirá custos com armazena-mento e transporte elevando, consequentemente, a competiti-vidade dos produtos do Oeste no concorrido mercado mundial. O empreendimento está em construção em uma área de 45 mil metros quadrado junto à Ferroeste, na BR-277, km 574, saída para Curitiba.

20 Produção Animal | Avicultura

Comercialização

Por que há tanta diferença nos lucros do varejista sobre a margem do produtor de frango? Pesquisa

independente realizada em São Paulo mostra que os supermercadistas chegam a ganhar 108% sobre o preço dos cortes de frango. Seria possível, de alguma forma,

amenizar esta desigualdade?

Produção Animal | Avicultura 21

Nos supermercados, o consumidor vem sen-tindo a alta dos preços

da carne de frango, desde a me-tade do ano passado, quando os preços do milho e da soja estou-raram no mercado. Principal-mente no Estado de São Paulo, maior consumidor brasileiro da carne. Há pouco tempo, uma re-portagem feita na região do Grande ABC, em São Paulo, mos-trou que o preço do frango intei-ro aumentou 50% em um ano, entre fevereiro de 2012 e feverei-ro de 2013. De acordo com as in-formações divulgadas, a dona de casa brasileira pagou, em média, em fevereiro de 2012, R$ 3,63 pelo quilo do alimento. Atual-mente, desembolsa R$ 5,46. No mesmo período, a reportagem revelou que a inflação da carne bovina de primeira atingiu 6,15% e cortes menos nobres, 3,95%.

Mas por que o frango está tão caro nos supermercados se o preço pago ao avicultor não teve altas tão significativas?

De olho na comercialização da carne de frango no Estado de São Paulo e indignada com a margem de lucro que as redes varejistas praticam sobre o pro-duto, a Associação Paulista de Avicultura (APA) decidiu arrega-çar as mangas e ir a campo para investigar o que realmente vem acontecendo. O resultado, se-gundo Erico Pozzer, presidente da APA, não foi nenhuma sur-presa. “A margem que o varejo pratica sobre o frango é real-mente um absurdo! Não dá para explicar”, afirma.

A Associação Paulista de Avi-cultura organizou uma pesquisa de preços da carne de frango. Uma pesquisa independente, sem nenhuma consultoria ou parceria - e sem cunho científi-

co - feita pela equipe da própria entidade. “O nosso objetivo era comprovar as nossas suposições sobre a margem de lucro que os supermercadistas aplicam no nosso produto”, revela. “Sim-plesmente para termos tabula-dos os preços e as margens. Não pretendemos utilizar esta pes-quisa para nenhuma negocia-

ção. Apenas para termos o co-nhecimento, as informações e o comparativo dos preços pratica-dos no varejo”. Em São Paulo, as informações oficiais mais utili-zadas sobre preços de frango e ovos na granja, no atacado e no varejo são as elaboradas sema-nalmente pelo Procon local (ver tabela sobre o frango), que pes-quisa os preços da comercializa-ção dos itens da cesta básica paulista.

Dessa forma, a equipe da APA elegeu as grandes redes varejis-tas como Extra, Carrefour, Wal-mart, Lopes, Assaí, Coop, entre outras, da cidade de São Paulo, região da Grande São Paulo, Campinas e Sorocaba para co-lher os preços de 154 itens (entre frango inteiro, cortes variados, resfriados, congelados, tempera-dos e produtos industrializados de frango), em três datas dife-rentes, em 12 lojas de grandes redes do varejo.

A primeira pesquisa de cam-po (veja a tabela com os resulta-dos da pesquisa) foi feita no dia 07 de junho de 2012, período em que a alta dos preços do mi-lho e da soja, principais compo-nentes da ração das aves, esta-vam no auge por conta da que-bra da safra americana. “Nesta primeira pesquisa encontramos uma margem de lucro de 108% sobre os cortes de carne de fran-go comercializados e 60% sobre

A APA realizou uma pesquisa independente sobre os preços

da carne de frango praticados no varejo

TABELA 1 - Resultado pesquisa APA preço do frango no varejo*

DataMédia de margem

sobre os cortesMédia de margem sobre

o frango inteiro

07/06/2012 108% 60%

20/11/2012 73% 33%

16/12/2012 70% 28%

Fonte: APA. - *Foram pesquisados 154 itens (entre frango inteiro, cortes variados, resfriados, congelados, temperados e produtos industrializados de frango) em 12 lojas de grandes redes do varejo.

Comercialização

22 Produção Animal | Avicultura

o frango inteiro. Um absurdo!”, comenta Pozzer. “Nesta época, os custos do avicultor aumenta-ram bastante, mas o seu preço de venda não teve reajuste. Não dá para entender porque os vare-jistas aumentaram tanto o preço no frango”. Nesta primeira pes-quisa, a equipe da APA também verificou que 84% dos cortes de frangos comercializados nas lo-jas paulistas eram procedentes

de outros Estados produtores como Paraná e Santa Catarina. Assim como 64% do frango in-teiro à venda nos estabelecimen-tos. “São Paulo é o maior estado consumidor do Brasil de carne de frango. Consome 60 kg per capita ao ano, o que dá 2,8 mi-lhões de toneladas da carne. Nossa produção anual é de 1,6 milhão de toneladas, então te-mos que exportar de outros esta-dos cerca de 50% da carne de frango que consumimos”, escla-rece o presidente.

Na segunda pesquisa, reali-zada no dia 20 de novembro de 2012, a média da margem sobre os cortes do frango caiu para 73%. “Mesmo assim, uma mar-gem altíssima”, rebate Pozzer. Da mesma forma, verificaram que a margem sobre o frango in-teiro também reduziu para 33%. A terceira pesquisa, então reali-zada no dia 16 de dezembro de 2012, mostrou que a margem do frango inteiro reduziu ainda mais, para 28%. No entanto, so-bre os cortes manteve-se na casa dos 70%. “É bom lembrar aqui que fizemos a terceira pesquisa durante o período de festas de final de ano, quando o consumo da carne de frango e de outras carnes aumenta significativa-

mente. Então, os supermerca-dos, aparentemente, reduziram a sua margem, mas venderam um volume muito maior da car-ne de frango”.

De acordo com Pozzer, uma quarta pesquisa foi feita pela equipe da APA no dia 22 de feve-reiro de 2013, mas até o fecha-mento desta edição, a associação ainda não tinha em mãos os da-dos tabulados e comparativos das amostras dos preços registra-dos.

A lei da oferta e da demanda

Mas por que o varejo ganha tanto sobre o frango? O argu-mento mais utilizado pelo mer-cado varejista é a lei da oferta e da demanda dos produtos. Quanto mais oferta de determi-nado produto, menor é o seu va-lor na negociação. “Nós sempre vendemos o nosso frango muito barato e os varejistas aproveitam para ganhar em sua margem.

A única linguagem que o nosso cliente atacadista ou vare-jista entende é a Lei da Menor Oferta”, rebate Pozzer. O presi-dente da associação paulista também revela que as negocia-ções com os varejistas não têm meio termo. “Os varejistas pres-sionam os seus fornecedores pelo preço mais baixo. Quem tem o menor preço, fecha o con-trato”, descreve.

Enquanto os supermercados desfrutam de uma margem de lucro de até 108% sobre os cor-tes de frango, como mostrado na primeira pesquisa da APA, o avi-cultor paulista mantém uma margem de lucro por frango pro-duzido de cerca de 7%, no caso dos integrados, e de 17% no dos independentes que conseguem boas negociações.

Outro fator que também in-

TABELA 2 - Procedência da carne de frango* **

Estado de São Paulo Outros Estados

Frango Inteiro 36% 64%

Cortes de Frango 16% 84%

Fonte: APA. - *Foram pesquisados 154 itens (entre frango inteiro, cortes variados, resfriados, congelados, temperados e produtos industrializados de frango), em três datas diferentes, em 12 lojas de grandes redes do varejo. - **A pesquisa da APA revelou uma média sobre a procedência da carne de frango comercializada nas grandes redes varejistas da cidade de São Paulo. Levando em consideração que o Estado de São Paulo é o maior consumidor da carne no Brasil, com 60 kg per capita ao ano - que resulta em um consumo anual de 2,8 milhões de toneladas -, e produção de 1,6 milhão de toneladas de carne de frango. De acordo com a APA, 50% da carne de frango consumida em São Paulo vêm de outros Estados produtores.

Os resultados da pesquisa não surpreenderam a entidade: margem de lucro dos varejistas de 108% nos cortes de frango

Produção Animal | Avicultura 23

fluencia para a prática da alta margem de lucro das grandes re-des de supermercados é o seu in-vestimento em marketing e em melhorias ao atendimento ao cliente. De acordo com a asses-soria de imprensa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), os varejistas, ou super-mercadistas, estão sempre em busca da melhor e mais eficiente operação para atender as de-mandas dos consumidores. “A modernização das lojas, os ca-nais de comunicação com os clientes, a variedade de produ-tos, os trabalhos e pesquisas so-bre as tendências do autosservi-ço - setor que hoje representa 6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro -, inserem-se nestes investimentos”, divulga a entidade. Procurada pela Reda-ção da Revista do AviSite, a re-presentante dos supermercados não forneceu outras respostas.

Mas, será que não haveria uma forma de negociar com os varejistas uma redução nesta margem de lucro? Será que com os preços mais baixos nos super-mercados o consumidor não passaria a comprar mais carne de frango? Segundo Pozzer, este seria um cenário ideal não só para a avicultura paulista como para a brasileira. “O produtor re-cebendo um preço justo por sua produção e os supermercados re-passando ao consumidor tam-bém por um preço justo, com certeza, teríamos um aumento no consumo da carne de frango. Não precisa elevar a margem lá em cima como comprovamos nesta pesquisa para ganhar di-nheiro”, exalta. “O que é certo é que, no final das contas, perde o consumidor e perde o produtor, que não obtém remuneração adequada para manter e expan-dir a oferta do produto”.

TABELA 3 - Preço frango Procon-SPComparativo semanal da carne de frango

no atacado/granja e no atacado/varejo (últimos dez meses)

Estado de São Paulo

Outros Estados

03/05/2012 52,94% 53,08%

10/05/2012 59,41% 49,08%

17/05/2012 51,47% 55,34%

24/05/2012 47,06% 59,60%

31/05/2012 45,00% 64,30%

07/06/2012 47,22% 49,06%

14/06/2012 46,05% 44,50%

21/06/2012 39,47% 52,45%

28/06/2012 36,84% 53,08%

05/07/2012 40,00% 48,50%

12/07/2012 43,95% 46,62%

19/07/2012 48,61% 56,26%

26/07/2012 49,44% 49,07%

02/08/2012 43,00% 43,71%

09/08/2012 43,11% 26,09%

16/08/2012 40,21% 28,68%

23/08/2012 30,83% 42,36%

30/08/2012 28,33% 53,25%

06/09/2012 37,92% 40,18%

13/09/2012 33,20% 42,04%

20/09/2012 31,20% 46,34%

27/09/2012 21,00% 60,00%

04/10/2012 29,40% 49,00%

11/10/2012 32,40% 43,81%

18/10/2012 29,00% 46,67%

25/10/2012 25,00% 53,60%

01/11/2012 24,60% 55,06%

08/11/2012 33,00% 43,76%

15/11/2012 41,00% 37,87%

22/11/2012 36,79% 36,00%

29/11/2012 32,68% 34,86%

06/12/2012 31,90% 34,12%

13/12/2012 25,83% 38,28%

20/12/2012 27,50% 36,73%

27/12/2012 30,00% 34,36%

03/01/2013 31,67% 35,19%

10/01/2013 30,33% 41,43%

17/01/2013 30,86% 46,25%

Fonte: Procon-SP.

24 Produção Animal | Avicultura

Gerenciamento

24 Produção Animal | Avicultura

Gerenciamento

Orçamento empresarial na avicultura

As empresas se encontram em um ambiente cada vez mais competitivo, no

qual a melhoria da qualidade e o menor preço, junto à internacio-nalização, fazem com que seja necessário planejar as diretrizes, as ações, as metas, os objetivos e as estratégias que garantam a maximização da riqueza e a con-tinuidade das organizações. Nesse contexto, o processo orça-mentário é um dos principais instrumentos utilizados no pla-nejamento operacional.

O presente trabalho enfatiza a importância desta ferramenta para a plena eficiência nas to-madas de decisões e para o su-cesso das empresas.

ANÁLISE DO MODELO IMPLANTADO

Caracterização da empresa

A agroindustrial avícola na qual foi realizado o estudo atua na produção de frango há pouco mais de uma década, está locali-zada no sul de Santa Catarina,

possui cerca de 1.700 funcioná-rios e abate 135.000 frangos por dia. É especializada em cortes de frango e atende aos mais eleva-dos padrões de exigências e cer-tificações em qualidade de pro-dutos e processos.

ProblematizaçãoUm dos maiores problemas

que uma empresa pode ter, no to-cante à administração e perma-nência no mercado, está intima-mente ligado à falta de planeja-mento e ao fato de ignorar a reali-dade do mercado no qual atua, bem como as previsões econômi-cas deste segmento. Não conhe-cer os riscos e as possibilidades faz com que uma empresa não re-conheça as oportunidades que surgem à sua frente, fazendo com que ela fique para trás quando comparada às empresas que pos-suem meta, conhecem bem o ter-ritório onde estão pisando e, so-bretudo, sabem aonde querem chegar. A empresa avícola em questão, após reconhecer esta di-ferença, e, ao sentir que precisava estar melhor preparada para en-carar a competitividade, para evi-

tar desperdícios e o não cumpri-mento de prazos, optou por im-plementar o orçamento empresa-rial em sua rotina de trabalho.

A dificuldade de se traçar um orçamento empresarial para a área avícola concentra-se, sobre-tudo, na composição de sua ma-téria-prima, ou seja, seres vivos, os quais estão expostos a riscos como, por exemplo, doenças que podem levar a óbito.

Processo orçamentárioO orçamento é aprimorado

ano a ano. Sua elaboração e rees-truturação se dá por meio de ad-ministração participativa, a qual conta com a realização de roda-das junto aos participantes até que se alcance o resultado preten-dido. Isso inclui simulações dos cenários possíveis e o mix de pro-duto mais rentável. As principais etapas desse instrumento de ges-tão são as seguinte:

Planejamento e OrganizaçãoA fase de planejamento do or-

çamento envolve todos os gesto-res os quais, juntamente a suas respectivas equipes, contribuem

Autora: *Juliana Pereira Michels - [email protected]

Produção Animal | Avicultura 25Produção Animal | Avicultura 25 Imag

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na definição dos objetivos e nos estudos de previsão orçamentá-ria. Posteriormente, o orçamento é elaborado com base nas premis-sas previamente definidas. Se ocorrerem mudanças de cenários e perspectivas, o orçamento pas-sa por revisões.

O orçamento é aprovado pelo conselho da empresa, divulgado a todos os gestores envolvidos pela sua execução e posto em prá-tica seguindo as diretrizes estabe-lecidas na busca dos resultados propostos.

A função dos gestores consiste na condução e motivação dos co-laboradores na realização das me-tas estabelecidas no orçamento.

As diretrizes, as premissas, as metas, os objetivos e as ações ne-cessárias e negociadas com a dire-ção para obtenção destes objeti-vos são evidenciados no contrato de resultado, assinado pelos res-ponsáveis por cada centro de re-sultado. Todos os contratos são provenientes da missão e da vi-são da empresa e, junto aos indi-cadores que o compõem, são es-senciais para que os gestores visu-alizem se estão tomando o cami-nho certo.

Orçamento de Vendas No planejamento estratégico,

é definido o que o mercado vai absorver e também é elaborado o mix de produto mais rentável. É

observada ainda a capacidade de produção da empresa, por meio da análise de quantidade de má-quinas e mão de obra disponíveis.

As condições externas anali-sadas são, dentre outras, a abertu-ra de mercado, a concorrência e os aspectos culturais, sendo que estes influenciam diretamente na escolha do mix de produtos, visto que cada região tem preferência por uma parte do frango

O passado permite prever um comportamento das vendas no setor de agroindústria avícola. Desse modo, é utilizado o méto-do estatístico para a previsão das vendas, incluindo nele diferentes critérios, tais como a participação

no tamanho de mercado, a análi-se de tendência e a correlação com o crescimento do setor e do PIB. Também são consideradas as sazonalidades que acontecem no mercado interno com a chegada do verão, pelo fato de a empresa estar situada no litoral.

Pode-se entender, então, que o orçamento de vendas determi-na as atividades futuras da em-presa e estabelece o calendário, a linha de tempo do desenvolvi-mento do frango para atingir as vendas previstas. Um processo assim implantado, portanto, con-fere condições, à empresa, de pre-ver o tempo hábil e necessário para a criação, o abate e os pro-cessamentos pertinentes à ativi-dade, cumprindo com eficácia os compromissos assumidos com os clientes.

Controle orçamentário O controle orçamentário visa

assegurar que tudo esteja ocor-rendo em conformidade com o planejado, com as ordens dadas e com os princípios adotados.

O controle é feito pelo gestor de cada área, mediante acompa-nhamento nos postos de traba-lho, combatendo os gastos desne-cessários, os desperdícios, a baixa produtividade, os retrabalhos e outras não conformidades que possam acarretar desvios do pla-no orçamentário.

Processo orçamentário é

um dos principais instrumentos utilizados no planejamento operacional

Orçamento empresarial confere condições à empresa de prever o tempo hábil e necessário para a criação, o abate e os processamentos pertinentes à atividade, cumprindo com eficácia os compromissos assumidos com os clientes

26 Produção Animal | Avicultura

Gerenciamento

Como suporte de controle, os gestores têm o sistema integrado de informatização da empresa, para controlar os limites dos gas-tos definidos no orçamento e de-sempenhar as ações necessárias para garantir os resultados pro-postos (acompanhamento diá-rio).

Os indicadores de desempe-nho são avaliados em reuniões periódicas, com fechamento mensal em painel de bordo.

As reuniões ocorrem entre os gestores e suas respectivas equi-pes, gestores e sua diretoria e en-tre diretoria e o presidente da em-presa (semanalmente). A avalia-ção com os gestores dos centros de custo é feita trimestralmente.

Os resultados são divulgados com o uso de painéis alocados nas diversas áreas e nas reuniões setorizadas, além de outros meios.

Resultados da implementação

Entre os benefícios observa-dos com a implantação do orça-mento empresarial, podem ser elencados fatores como redução dos custos; maior confiabilidade no planejamento e antecipação de problemas que requerem in-tervenção imediata, entre muitos outros.

Considerações finaisA empresa alvo deste estudo

pertence ao ramo agroindustrial, atuando especificamente na ati-vidade avícola. Trata-se de uma empresa segura que possui negó-cio consolidado no Brasil, onde produz e comercializa sua produ-ção, além de exportá-la para di-versos continentes. A referida empresa implementou o orça-mento empresarial há seis anos e ajusta-o de acordo com a necessi-dade e com as mudanças que

ocorrem no mercado.Pode-se concluir, acerca do

orçamento empresarial, que, ape-sar das críticas o rotularem como mera estimativa ou perda de tem-po, ele trata-se de um processo gerencial capaz de formar um conjunto de ações interdepen-dentes. Ponto este que confere um diferencial competitivo e faz

com que a empresa se prepare para acontecimentos que ve-nham a afetar de maneira favorá-vel ou desfavorável. Ou seja, o or-çamento empresarial é uma for-ma de se antecipar aos fatos e não de, somente, reagir no momento em que se depara com eles.

A problemática central da construção do orçamento na avi-cultura está ligada à cadeia de produção, pois ela é composta de ciclos distintos e interdependen-tes, para os quais, precisam-se calcular prazos que definam o término do processo, consistindo

este na entrega do produto final. Trata-se de uma árdua tarefa. No entanto, em posse dos resultados obtidos por meio desta ferramen-ta, a empresa, deste e de qualquer segmento, pode trabalhar e pro-duzir de forma mais segura, con-dizente com a necessidade de produção e com os prazos estabe-lecidos

No que se refere ao orçamento apresentado neste estudo, pode--se dizer que, de modo geral, ele possibilita o sincronismo entre os períodos que compõem a produ-ção do frango de corte. Contando com estimativas para prever os índices de postura, eclosão de ovos incubáveis dos lotes de ma-trizes, peso, mortalidade e consu-mo de ração, considerando agen-tes como o sexo e a sazonalidade.

Tendo sido apresentados os conceitos referentes à temática em questão, as vantagens e limi-tações dos métodos orçamentá-rios, a descrição das peculiarida-des do processo orçamentário im-plantado na agroindústria avíco-la utilizada como objeto desse es-tudo, entende-se que os objetivos que competiam ao presente tra-balho foram cumpridos com efi-cácia.

O artigo na íntegra está dis-ponível em: www.avisite.com.br/cet.

*Juliana Pereira Michels é graduada em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Santa Catarina (2010). Especialização em Controladoria e Finanças pela PUC-PR (2011). É ex-sócia de uma consultoria empresarial na área tributária onde atuou por sete anos. Atualmente é Contadora do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).

Não conhecer riscos e

possibilidades faz com que uma

empresa não reconheça

oportunidades

Produção Animal | Avicultura 27

AviGuia: produtos, serviços e empresas

28 Produção Animal | Avicultura

Em texto escrito pelo médico veterinário Fabio Gazoni, Assis-

tente Técnico - Comercial da Vetan-co do Brasil, o profissional relata pesquisa conduzida por Robert Teeter, pesquisador de nutrição da Universidade de Oklahoma (USA), que avalia o impacto do desafio de coccidiose sobre o frango de corte sobre sua curva de crescimento. Em seu estudo, Teeter conclui que para cada aumento da pontuação mi-croscópica da lesão de coccidiose, o ganho médio diário diminui 1,5% do peso corporal (g) durante o período de desafio de 6 dias, con-forme a Figura 1.

A coccidiose aviária é causada por protozoários do gênero Eimeria, que vivem intracelularmente, ao longo do epitélio intestinal das aves. Existem dois tipos de apresentação da enfermidade no campo: a cocci-diose clínica e a cocciciose subclínica (coccidíase). Na coccidiciose clínica, as aves afetadas demonstram visivel-

mente os sintomas típicos da doen-ça. Por outro lado, na coccidiose subclínica as aves afetadas não demonstram sintomas clínicos da doença mas observam-se lesões e/ou oocistos na mucosa quando amostras aleatórias de aves de um lote são examinadas.

Conforme o estudo, a coccidio-se tardia é ruim, mesmo quando esta se apresenta de forma amena nas aves. Por isso, os lotes deixam de apresentar a sua máxima eficiên-

cia produtiva em uma época que o custo de produção está elevado.

O estudo também conclui que o Diclazuril, usado como base para o produto Vetribac D, coccidicida com amplo espectro de ação e eficácia frente às cepas resistentes a outros anticoccidianos, serve como uma ferramenta quando é necessário intervir nas perdas decorentes da coccidiose. Mais informações sobre o produto: www.vetanco.com.br/produto/vetribac-d/.

Coccidiose interfere no ganho de peso

Vetanco

Mesmo diante de um cenário de crise, o segmento de aves

do mercado veterinário teve um crescimento de 6% em 2012. En-quanto isso, a unidade de Avicultu-ra da MSD Saúde Animal fechou o

ano com um crescimento de 20% sobre 2011, ficando entre as cinco primeiras companhias do Brasil. Para 2013, a unidade espera con-quistar cada vez mais a posição de um parceiro preferencial. Rudy Claure, Diretor da área de avicultu-ra da MSD Saúde Animal, explica que esse crescimento sólido é resul-tado de um atendimento personali-zado e com produtos diferenciados para o exigente mercado brasileiro. “Em 2012 aliamo-nos aos nossos clientes buscando apoiá-los diante do cenário de altos custos de pro-dução, auxiliando-os a manter a viabilidade econômica e lucrativida-

de do setor de produção. O nosso objetivo para 2013 é alcançar um crescimento sustentável ao continu-ar fornecendo soluções integradas com produtos e serviços inovadores que atendam as crescentes necessi-dades dos nossos clientes, apoian-do-os para desenvolverem seus negócios em resposta às condições de mercado em evolução a partir dos ricos recursos de sua forte base científica. A empresa está compro-metida em construir a melhor com-panhia de saúde animal da indús-tria veterinária”, ressalta Claure. Mais sobre a MSD: www.msd-saude-animal.com.br.

Unidade de Avicultura cresce 20% em 2012

MSD Saúde Animal

Produção Animal | Avicultura 29

Unidade de Avicultura cresce 20% em 2012

Os participantesda conferência

vêm das mais

diversas áreas da indústria avícola

O Departamento de Desen-volvimento de Incubatórios

da Petersime organizou sua pri-meira conferência de três dias, a Conferência de Desempenho em Avicultura (Poultry Performance Conference - PPC) em sua sede em Zulte, na Bélgica. O objetivo da PPC é fazer com que empre-sas líderes em avicultura, espe-cialistas e cientistas de todo o mundo trabalhem juntos regular-mente, a fim de discutir inova-ções e resultados de pesquisas. Os participantes da conferência vêm das mais diversas áreas da indústria avícola: incubação, matrizes, biossegurança, pesqui-sa veterinária, automação, entre outras. A Petersime acredita que a incubação deve ser considera-da um elo na cadeia de produ-ção avícola e não apenas um processo isolado. A proposta da PPC é proporcionar um fórum internacional para um intercâm-bio de conhecimento que seja

valioso para todos os envolvidos.Durante a primeira PPC, te-

mas como transporte de aves, biossegurança, doenças de aves, parâmetros de incubação, mane-jo de ovos para incubação, entre outros, foram abordados por representantes de algumas das principais empresas mundiais de avicultura. O evento incorporou a pesquisa acadêmica à rotina da indústria através de conceitos práticos, bem como de mesas redondas e oportunidades infor-mais de networking.

“Considerando o feedback entusiasmado dos convidados e palestrantes, podemos concluir que a PPC tem uma grande base de apoio de todas as partes envolvidas”, diz Jason Cormick, especialista em incubação e um dos primeiros nomes da PPC.“Estamos ansiosos para a próxima PPC”, acrescenta. Saiba mais sobre a Petersime em www.petersime.com.

Conferência realizada com sucesso

Petersime

Equipe presente na PPC: feedback positivo

30 Produção Animal | Avicultura

AviGuia: produtos, serviços e empresas

Equipe nova para atender produtos AP

Aviagen

Novos colaboradores chegam para integrar a equipe da

Aviagen no Brasil. Eles são Rogé-rio Antonio Stabelini, José Sebas-tião de Andrade Castro Junior e Aline de Cássia Kuntze Ferreira. Segundo Ivan Lauandos, Diretor Geral na América Latina, a con-tratação dos novos colaboradores mostra que a Aviagen está sem-pre pensando à frente com o crescimento recente por conta do lançamento dos produtos AP91 e AP95. Esses dois novos produtos ampliaram o portfólio de produ-tos da empresa e estão disponí-veis no mercado. A terminologia “AP” quer dizer “Aviagen Pro-duct” (em inglês).

Rogério Stabelini é formado em Administração de Empresas, pela Faculdades Claretianas de Rio Claro, SP. Atuará como Super-visor do Incubatório de Avós localizado em Santa Cruz das Palmeiras no interior do mesmo estado. Trabalhou por mais de 22 anos na empresa Hygen. Já José Castro Junior, também formado

em Administração de Empresas, pelo Centro de Ensino Superior de São Carlos, SP, possui pós--graduação em Gestão Estratégi-ca de Agronegócios pela UNIES-SA/MG, atuará como Supervisor de Produção de Matrizes, na granja situada em Analândia, SP. Anteriormente, trabalhou por mais de 24 anos na BRF.

E, por fim, Aline Ferreira, formada em Medicina Veterinária e com pós-graduação em Ciên-cias Veterinárias pela Universida-de Federal do Paraná. Tem tam-bém MBA em Avicultura Industrial pelo Instituto Didatus. Contratada como Supervisora Regional de Serviços Técnicos, prestará assistência técnica aos incubatórios de clientes da Avia-gen. Aline trabalhou em diversas instituições e empresas de reno-me, tais como Universidade Fede-ral do Paraná, Perdigão, Aurora Alimentos e MSD. “É com satis-fação que agora faremos parte da empresa líder mundial em genética, que desenvolve produ-tos para os mais variados seg-mentos da avicultura”, citou Rogério. “Sinto-me honrado e pronto para desenvolver o melhor trabalho possível com minha equipe”, disse José Castro. Para Aline Ferreira, fazer parte da melhor equipe de serviços técni-cos do país, comprovadamente, é um desafio grande, porém de extrema realização. Saiba mais em: www.aviagen.com.

Da esq. para a dir: Rogério Stabelini e José Sebastião são os novos colaboradores da Aviagen

Aline Ferreira, formada em Medicina Veterinária e com pós-graduação em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal do Paraná

Produção Animal | Avicultura 31

Leia as últimas notícias sobre as empresas do setor em www.avisite.com.br

O site Phytate.info é um recurso interativo de informações para

a indústria de ração animal lançado pela AB Vista. A plataforma reúne o mais recente pensamento acadêmi-co sobre o fitato como fator antinu-tricional na alimentação animal, e visa atualizar o setor sobre a prática de superdosagem com fitase.

O fitato está presente em ali-mentos vegetais e os seus efeitos antinutricionais podem gerar um custo adicional de até US$ 7,00 por tonelada de alimento no desempe-nho perdido. Em níveis altos de inclusão de fitase, a quantidade de fitato na ração restante ainda é suficiente para prejudicar a digestão. Como resultado, há uma tendência do setor no sentido de incluir os níveis mais elevados de fitase em dietas de animais para reduzir os níveis de fitato – tal aplicação vem sendo conhecida como “superdo-sing”- e está ganhando impulso.

Os visitantes do site podem enviar perguntas e comentários para especialistas na área de aplicação do fitato e fitase, bem como se cadas-trar para receber as atualizações do site e notícias relevantes. Mais infor-mações no site www.phytate.info.

Aumento no uso de enzimas

A AB Vista comemorou o au-mento do uso de enzimas na nutri-ção animal. Segundo a AB Vista, o uso de enzimas que degradam as fibras presentes nas dietas animais (também chamadas de carbohidra-ses) continua a crescer em todo o mundo. Tais produtos enzimáticos não só são necessárias para reduzir-viscosidade, mas também melhorar

o valor nutricional das matérias-pri-mas da ração. Dentre os produtos enzimáticos comercializados, a AB Vista® tem em seu portfólio um produto este chamado “Econase® XT”, uma xilanase intrinsecamente termoestável, aprovado para uso na União Europeia desde 2008 e que vemacentuado o crescimento de participação no mercado. Para mais informações, acesse o site: www.abvista.com

Site com informações sobre fitato

AB Vista®

Oscar Morales é o novo Diretor Técnico Corporativo da Ilender

do Brasil. O profissional possui vasta experiência em sanidade avícola e ficará sediado no País com a missão de coordenar o trabalho técnico em diversos países onde a Ilender está presente. Oscar é mé-dico veterinário com mestrado pela

Universidade de Miami e doutora-do pela Universidade Nacional da Colômbia. Sua vivência em diversas multinacionais do setor e em reno-madas universidades será funda-mental para crescimento projetado pela empresa no Brasil e na Améri-ca Latina. Saiba mais sobre a em-presa em: www.ilendercorp.com

Novo Diretor Técnico

Ilender

Phytate.info é um recurso interativo com informações diferenciadas de pesquisa

Profissional possui vasta experiência

em sanidadeavícola e ficará

sediado no País

32 Produção Animal | Avicultura

AviGuia: produtos, serviços e empresas

Reestrutura em parceria

Hy-line do Brasil e Internacional

A Hy-line anuncia a contratação de Vitor Arantes como Gerente de Assistência Técnica, com o

objetivo de atender a demanda técnica do campo e garantir a excelência de seus produtos e serviços.

A novidade faz parte de uma reestruturação no departamento de serviços técnicos, em conjunto com a Hy-line International, com o intuito de ampliar a capacidade de atendimento aos clientes do Brasil e da América Latina.

A equipe de serviços técnicos da Hy-Line do Brasil também fornecerá suporte aos distribuidores e clien-tes da América Latina, dentro de uma estrutura coor-denada por Doug Grieve, Diretor Global de Serviços Técnicos, e Francisco Portela, Diretor de Vendas da América Latina, ambos da matriz americana. Mais so-bre a Hy-line: www.hyline.com.br.

Ao aumentar a exposição da marca, produtos e serviços em

feiras e eventos de agronegócios que ocorrem no Brasil, a Big Dutchman vem gerando grandes resultados e tem como principal objetivo aumen-tar o contato direto com clientes, além de facilitar negociações. A companhia marcou presença no Show Rural – Coopavel, realizado no início de fevereiro na cidade de Cas-cavel, PR. À frente do grupo estava o Diretor Geral da empresa no Brasil, Ricardo Santanna, que entre uma reunião e outra destacou a importân-cia das feiras de agronegócios. “A Big Dutchman, desde que se instalou no Brasil, participa de eventos deste tipo. Nós os utilizamos para garantir uma maior proximidade com os clien-tes e, como favorecem negociações mais fechadas, os acordos acabam tendo mais sucesso”. Saiba mais em: www.bigdutchman.com.br.

Participação em feiras gera resultados

Big Dutchman

Adilson Padovan, Vitor Arantes e Glauco Geromini trabalharão em parceria com a matriz americana

Estande na Show Rural – Coopavel

Produção Animal | Avicultura 33

34 Produção Animal | Avicultura

EncontrE o quE você procura

Catálogo oficial do Simpósio Brasil Sul de Avicultura Encontre aqui todas as empresas expositoras e/ou patrocinadoras do SBSA

O Simpósio Brasil Sul de Avicultura e a Brasil Sul Poultry Fair já são uma importante data para as discussões, atualizações e negócios da avicultura de corte brasileira. Aproveitando a oportunidade de sua 14ª edição, apresentamos aqui o catálogo de empresas e suas principais soluções em produtos e serviços apresentados no evento. Faça bons negócios!

Produção Animal | Avicultura 35Confira mais detalhes em: www.aviguia.com.br

Vetanco do Brasil Importação e Exportação Ltda.Endereço: Rua Raimundo Zanella, 490D - Chapecó - SC - 89813-824Telefone: [49] 3329.7099 - E-mail: [email protected]

A Vetanco é um laborató-rio multinacional dedicado a produção de especialida-des para a sanidade e o melhoramento da produ-ção animal. A empresa já passou com êxito por auditorias de diversos

clientes internacionais e universidades de renome, como a Universidade de Arkansas. Esse comprometimento com a qualidade lhe conferiu o certificado de Boas Práticas de Fabricação de Produtos Veterinários.

Early BirdSuplemento nutri-

cional neonatal, com o objetivo de oferecer nutrição e hidratação aos pintinhos recém-nascidos, composto por uma mistura balanceada de vitaminas, minerais, ami-noácidos e carboidratos.

www.vetanco.com.br

Phibro Saúde Animal Internacional Ltda.Endereço: Av. Presidente Tancredo de Almeida Neves, 1111Guarulhos - SP - 07112-070Telefone: 0800 722 8011 - E-mail: [email protected]

A Phibro é líder global na produção de comerciali-zação de aditivos para nutrição e saúde animal, e desenvolve atividades focadas na fabricação e distribuição de uma am-pla variedade de aditivos

utilizados na alimentação de aves, suínos e bovinos.

AVIAX PLUSfoi desenvolvido a partir de estudos com linha-gens de frango de corte, manejo e nutrição atuais, AVIAX PLUS é o único que contém a Senduramicina - anticoccidiano ionófo-ro mais recente e seguro para várias espécies animais - e a Ni-carbazina - o anticoccidiano mais utilizado no mundo - juntas em um único grânulo.

www.phibro.com.br

Agroceres Multimix Nutrição Animal LtdaEndereço: Rua 1 JN, nº 1411 - Rio Claro - SP - 13502-741Telefone: (19) 3526-8500E-mail: [email protected]

A Agroceres Multimix Nutrição Animal tem como visão ser reconheci-da como a empresa de nutrição mais profissional do mercado, e está há mais de 30 anos contri-buindo com a pecuária em todos os segmentos

de nutrição nas cadeias produtivas de aves, bovinos, equinos e suínos. Investimentos priorizam a qualidade, técnicos altamente qualificados, fabricação automatiza-da e análises laboratoriais completas - da matéria-prima ao produto final.

Avestart é uma ração desenvolvida para permitir fácil apreensão do alimento pelos pintinhos. Ela é produzida com exclusiva tec-nologia de micropeletização desenvolvida e testada pela Agroce-res Multimix Nutrição Animal. Pesquisas à campo e em condições experimentais comprovaram melhor conversão alimentar, maior ganho de peso e melhor desempenho total dos frangos alimen-tados com Avestart. Com ingredientes de alta digestibilidade e qualidade, com perfil nutricional balanceado, atendendo as exi-gências nutricionais dos pintinhos nos primeiros dias.

www.agroceresmultimix.com.br

EncontrE o quE você procura

36 Produção Animal | Avicultura Confira mais detalhes em: www.aviguia.com.br

Merial Saúde Animal Ltda.Endereço: Av. Carlos Grimaldi, 1701 - 4º andar - Edifício Galleria CorporateCampinas - SP - 13091-908Telefone: (19) 3578 5018 - E-mail: [email protected]

Linha completa de vacinas para Avicultura, Serviços e Equipamentos de Vacinação.

Vaxxitek HVT+IBDVAXXITEK HVT+IBD, vaci-na vetorial que protege as aves contra as doenças de Marek e Gumboro com única dose no incubatório, via subcutânea ou “in ovo”. A vacina utiliza o vírus de Marek, cepa HVT, como vetor para os genes imunogênicos necessários para a proteção contra a doença de Gumboro. Apresentação: ampola 2000 e 4000 doses.

www.merial.com.br

Big Dutchman Brasil Ltda. Av. Vanilde S. Fernandes, 51 - Araraquara-SP - CEP 14803-036 Fone: (16)2108-5300e-mail: [email protected]

Presente no mercado brasileiro desde o ano 2000, a BIG DUTCHMAN é líder mundial em equipa-mentos para criação de aves e suínos. Sua história de mais de 75

anos de inovações e suces-so serve como inspiração para a continuidade do trabalho, através do empreendedorismo e compe-tência que marcam sua existência.

A UNIVENT é um sistema de gaiola vertical automatizado para aves de postura em produção. Satisfaz as mais altas exi-gências dos produtores no que diz respeito à saúde animal, capacidade produtiva e fatores ambientais, além de proporcionar condições ideais para um alto rendimento em todas as estações do ano.

www.bigdutchman.com.br

Ilender do Brasil Laboratórios LTDAEndereço: Dario Freire Meirelles, 541, Campo Amarais.Campinas - SP - 13082-045Telefone: (19) 3246-1010 - E-mail: [email protected]

A Ilender Pharmaceutical Corporation é uma corporação multinacional, líder na investigação, produção e comercialização de produtos farmacêuticos Veterinários. Atua com sucesso nos mercados da Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Paraguai,

América Central, Peru e Venezuela. Sua missão é satisfazer as necessidades dos clientes com produtos e serviços que excedam suas expectativas, desenvolvendo uma equipe de trabalho talentosa e comprometida com os valores da corporação.

CTCZYMECTCZYME é a nova enzima lançada no mercado pela Ilender. Uma beta-mananase, termoestável que quebra as ligações beta dos mananos (fatores antinutricionais presentes principalmente na soja), disponibilizando mais nutrientes às aves e melhorando a rentabilidade da produção.

www.ilendercorp.com

Produção Animal | Avicultura 37Confira mais detalhes em: www.aviguia.com.br

Yes - Cinergis Representações LtdaRua Vitoriano dos Anjos, 1081 - Vila João JorgeCampinas – SP - [email protected]

A YES é uma empresa nacional inovadora no mercado de aditivos para nutrição animal com alta tecnologia na elaboração de seus produtos.

O YES-MOS tem o poder de aglutinar 90% de Salmo-nella e 100% de E. coli, inati-vando estas bactérias.

O YES-MOS também atua como substrato para bactérias benéficas presentes no ambiente intestinal, pode ser usado em substituição ou em conjunto com antibióticos melhoradores de desempenho que atuam como Gram+

www.yes.ind.br

Fort Dodge Saúde Animal Ltda. Endereço: R. Alexandre Dumas, 1711 - Edifício Birmann nº 11São Paulo - SP - 04717-004Telefone: (11) 5185-1399 - Email: [email protected]

Antibacterianos, antiparasitários, desinfetantes, vacinas e vitaminas.

Embrex Inovoject m – um novo conceito em vacinação no incubatórioUm equipamento de vacinação In Ovo semi automáti-co. Ideal para incubatórios menores e com menores nascimentos. Sistema de injeção com agulha dupla, que assegura a penetração adequada no ovo, sem quebras ou contaminação. Todos os benefícios da vacinação In Ovo em um equipamento compacto.

www.zoetis.com.br

Safeeds Nutrição Animal Ltda.Endereço: PR 182Km 0 S/N - Toledo - PR - 85906-300Telefone: (45) 3278-7002E-mail: [email protected]

A Safeeds Aditivos para Nutrição Animal dedica-se exclusivamente a aditivos não medicamentosos e aditivos funcionais. É uma das empresas líderes em aditivos não antibióticos. Nossos produtos são desenvolvidos sempre

respeitando o princípio de manutenção do objetivo de Segurança Alimentar e para fazer a diferença na produção animal.

Proteases purificadas e termoestáveis para mono-gástricos. Complementam a ação das enzimas natu-rais. Inovação para extrair o máximo dos ingredientes da dieta.

www.safeeds.com.br

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38 Produção Animal | Avicultura Confira mais detalhes em: www.aviguia.com.br

Ceva Saúde Animal Ltda.R. Manoel Joaquim Filho, 303 - 1° andar - Paulí-nia - SP - 13148-115Telefone: (19) 3833-7700E-mail: [email protected]: www.ceva.com.br

Fatec Ind. de Nut. e Saúde Animal LTDA.Rua Machado Bittencourt, 361 - Cj. 1.110Vila ClementinoSão Paulo – SP - 04044-001(11) [email protected]

Cobb Vantress Brasil LtdaRodovia Assis Chateaubriant, Km 10Guapiacu – SP - 15110-000(17) [email protected]

Grasp Indústria e Comércio Ltda.Rua Grã Nicco, 113 - Bl. 4 - 3º AndarMossunguêCuritiba / PR - 81.200-200(41) [email protected]

DSM Produtos nutricionais Brasil Ltda.AV. Engº Billings, 1729 - JaguaréSão PauloSão Paulo/05321-01011 3760-6460www.dsmnutritionalproducts.comamé[email protected]

JBS United Comércio e Tecnologia de Produ-tos para Nutrição Animal Ltda.Rua João Augusto Fischer, 1-123Bauru-SP - 17018-830(14) 3204.3769 / (14) [email protected]

HUVEPHARMA DO BRASIL COM E IMP LTDAEndereço: Av.Carlos Gomes, 1200 – cj.602Cidade: Porto AlegreEstado – CEP: RS – 90.480-001Tel: (51) 3085.3564Site: www.huvepharma.comEmail de contato: [email protected]

ICC Industrial Comércio Exp e Imp LtdaAv. Brigadeiro Faria Lima, 17684ºA - Jd. PaulistanoSão Paulo - SP - 01451-909(11) 3093 [email protected]

Impextraco Latin America Ltda.Rua Engenheiro Sady Souza 650 GCidade IndustrialCuritiba - PR - 81290-020(41) [email protected]

Intervet do Brasil Veterinária LtdaAv. das Nações Unidas, 14.171 – Torre C /Crystal, 8° andar, conjuntos 801, 802 e 804. São Paulo – SP.Telefone: (11) 4613 - 4000E-mail: [email protected]: www.msd-saude-animal.com.br

Bayer S/ARua Domingos Jorge, 1100 - SocorroSão Paulo - SP - 04779-900Telefone: (11) 5694-5473 E-mail: [email protected]

Ajinomoto do Brasil Ind. Com. de Alim.Ltda.Rua Joaquim Távora, 845Vl. Mariana - São Paulo / SPCEP: 04.015-001Telefone: (11) 5908-9200Site: www.lisina.com.brE-mail: [email protected]

Elanco Saúde Animal, divisão de Eli Lilly do Brasil Ltda Av. Morumbi, 8.264. Brooklin São Paulo – SP - Cep: 04703-002Telefone: 0800 112690E-mail: [email protected]: www.elanco.com

Foss do Brasil Instrumentos Analíticos e Soluções DedicadasRua Dr. Costa Jr, 356 – Água Branca São Paulo – Cep: 05002-000Telefone: (11) 3862-7757 E-mail: [email protected]: www.foss-analytical.com.br

Produção Animal | Avicultura 39Confira mais detalhes em: www.aviguia.com.br

Kemin do Brasil LtdaRua Ettore Soliani, 471 – Distr. Industrial Nova Era - Indaiatuba - SP - 13347-394Telefone: (19) 2107-8000E-mail: [email protected]: www.kemin.com

Lavizoo Laboratórios Vitamínicos e Zootécnicos LtdaR. José Antonio da Silva Junior, 900 – Industrial, Registro/SPTelefone: 0800 771 0241 / (13) 3821-1428E-mail: [email protected] / [email protected]: www.lavizoo.com.br

M.cassab Comércio e Indústria Ltda.Av. Das Nações Unidas, 20882Santo Amaro São Paulo / SP - 04.795-000(11) [email protected]

Novartis Saúde Animal Ltda.Av. Prof. Vicente Rao, 90 - Prédio 121Brooklin São Paulo / SP - 04.636-000(11) [email protected]

Nutron Alimentos Ltda.Av. Jose B. Coutinho Nogueira, 150Campinas / SP - 13.091-611(19) [email protected]

Ourofino Agronegócio Ltda Rod. Anhanguera SSP 330 Km 298 . Distrito Industrial Cravinhos – SP - 14140-000(16) [email protected]

Poli-Nutri Alimentos S.A.Rua Américo Vespúcio, 99 – Cep: 06273-070 - Osasco - SPTelefone: 11 2101-0201E-mail: [email protected]: www.polinutri.com.br

Tecnoesse Indústria e Comércio LtdaVia secundaria Qd. 03, Lts. 27-38 Jatai - GO - 75800-970Telefone: (64) [email protected]

Vaccinar Indústria e Comércio LtdaAv. Presidente Antonio Carlos, 8005Belo Horizonte - MG - [email protected]

Sanphar Saúde Animal Ltda.Estr. Municipal Campinas/B. Campo Grande, s/nº - km 8,5 - Cx. Postal nº 8037 - CEP 13058-971 - Campinas/SPTelefone: (19) 3761-3737E-mail: [email protected]: www.sanphar.com.br

Vet Service – Canal Representações Ltda (Soma Ambiental)R. Assis Brasil, nº 711 E, Presidente MédiceChapecó / SC - 89801-22149 3323 [email protected]

O Catálogo de Produtos e Serviços do SBSA foi fechado no dia 4 de março. Alterações entre as empresas patrocinadoras e expositoras podem ter ocorrido após essa data.

40 Produção Animal | Avicultura

Associações

Marcos Macari é o presidente eleito a ocupar a direção da

Fundação Apinco de Ciência e Tecnologia Avícola (FACTA) para o biênio 2013 e 2014. Professor da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp, campus de Jaboticabal, há 40 anos, o novo di-rigente atua há 20 anos em fisiolo-gia de aves, e possui uma vasta ex-periência na área acadêmica. Junto à FACTA, o acadêmico es-creveu, organizou e editorou cin-co títulos: Água na Avicultura; Manejo de Matrizes; Produção de Frangos de Corte e Manejo da In-cubação e Doença das Aves, esse último em parceria com o profes-sor Ângelo Berchieri Júnior. O di-rigente foi reitor da Universidade Estadual Julio de Mesquita (Unesp) que atualmente conta com 23 campi espalhados pelo Es-tado de São Paulo. Anteriormente, Macari esteve à frente da pró-rei-toria de pós-graduação e pesquisa da mesma universidade. Na sede da Facta, em Campinas, SP, a Revista do AviSite conversou com o presidente empossado agora em janeiro de 2013. A gestão da nova diretoria estende-se até o final de 2014. A seguir, alguns trechos da conversa:

História“Sou professor há 40 anos da

Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias do Campus de Jaboti-cabal da Unesp. Desses, faz 20 anos que eu estudo fisiologia de aves. No começo da década de 1990, percebi que existia uma la-cuna em material acadêmico vol-tado para essa área. Na época, quando você queria ler um livro tinha que ser de um autor estran-geiro. Tinha muita gente que não sabia ler inglês e a partir dessa de-

ficiência eu comecei a compor li-vros para o setor. A intenção era que as publicações tivessem foco na prática e notei uma grande aceitabilidade do público. Nessa mesma época, começamos a orga-nizar cursos pré-congresso sem-pre abordando a fisiologia das aves. Foi nessa época que eu aca-bei me envolvendo com a FACTA. Começamos a trabalhar em publi-cações que falassem do ponto de vista profissional do segmento. Eu fui editor-chefe por dez anos da Revista da Facta. Hoje em dia, quem ocupa essa função é a Profª. Irenilza [Nääs, que representa a Unicamp e assume o cargo de Di-retora de Publicações]”.

Reitoria “Quando eu assumi a pró-rei-

toria de pós-graduação e pesquisa da Unesp, em 2001, eu ainda ti-nha tempo de conciliar as ativida-des da universidade com as da Facta. Mas quando eu assumi a reitoria da Unesp, em 2005, eu tive que me afastar. Nessa época, eu ainda coordenei a publicação de vários outros livros, al-guns sobre incubação ou-tros sobre produção de frangos...todos como pesquisador acadêmi-co. Dá um trabalho enorme editorar um livro”.

Presidência“Eu me senti lisonjeado quan-

do me indicaram como um nome para assumir a presidência. Estou aqui pronto para colaborar. Fize-mos a reunião para definir outros diretores e os antigos acharam vi-ável abrir essa oportunidade para outros colegas. A transição da di-retoria abrange alguns nomes de peso. Convidei o Professor Dr. José Fernando Machado Menten, da ESALQ/USP (Piracicaba, SP), que responderá pelo cargo de Di-retor Executivo, Teresa Cristina Ruocco Dari (ex-Grupo Provimi), Paulo Cesar Martins (Lohman Saúde Animal) e Paulo Roberto Raffi (Cobb-Vantress), responsá-veis, respectivamente, pelas Dire-torias de Marketing, de Eventos e de Projetos Especiais. O grupo se completa com o jornalista José Carlos Godoy (Apinco), que terá como atribuição a Diretoria Ad-ministrativo-Financeira da Facta . A professora Irenilza aceitou gen-tilmente continuar no cargo de Diretora de Publicações para os próximos dois anos”.

São Paulo

Macari: Novo presidente

empossado para o biênio

2013/2014

Ex-reitor da Unesp assume presidência da Facta

Produção Animal | Avicultura 41

Ex-reitor da Unesp assume presidência da Facta Em 2013, Conferência Facta retorna à Campinas, SP

Conferência Facta“Estamos trabalhando juntos

em estratégias para 2013 e 2014. Um dos principais focos será a Conferência Apinco 2013 de Ci-ência e Tecnologia Avícolas. Em breve, pretendemos fechar o gros-so do temário e vamos começar a convidar os palestrantes. Esse ano, a reunião volta para Campi-nas, SP, como era em versões an-teriores. [Leia mais sobre o assunto no box do lado] . A cidade, hoje em dia, é um dos centros empresa-riais do setor e é também reco-nhecida por causa da sua qualida-de de prestação de serviços. Outra razão que levamos em conta foi a logística. Campinas abriga um dos principais aeroportos do País [Aeroporto Internacional de Vira-copos]. Como sempre, pretende-mos aprimorar as discussões e for-necer conhecimento e suporte técnico e científico para o setor. Essa é a missão da Facta e eu en-tendo que através da Conferência conseguimos viabilizar essa pro-

gramação técnica científica para os jovens que possuem uma gran-de relevância no cenário nacional para gerações futuras. Vamos tra-zer temas com um nível adequa-do e assuntos de relevância no âmbito nacional e internacional”.

Próximas estratégias“Além das atividades tradicio-

nais, pretendemos investir na re-vista e na produção de material científico. Queremos também or-ganizar mais cursos e simpósios, seja por demanda ou iniciativa da própria fundação em todas as regiões desse Brasil continental. Pretendemos estabelecer parce-rias com outras entidades... O ob-jetivo é oferecer informações para o maior contingente de pes-soas possíveis e aumentar a em-pregabilidade do setor. Sejam alunos de graduação, profissio-nais latentes... Esse tipo de ativi-dade gera produção de material e influencia no processo de forma-ção profissional”.

A 30° edição da Conferência Facta acontece na Casa de Campo do The Royal Palm Plaza, em Campinas, nos dias 10 a 12 de junho de 2013. Após dez anos, o evento retorna à cidade no interior do estado de São Paulo, devido, entre outros fatores, à facilidade de acesso dos profissionais de qualquer ponto do País. O destaque da programação (disponível em www.facta.org.br/conferencia2013/programa/) será o Simpósio de Incubação que acontece no segundo dia. De acordo com os organizadores, o tema pretende suprir a demanda de informações dos técnicos e pesquisadores. Alguns assuntos que serão discutidos são os processos de desenvolvimento embrionário, novas tecnologias, manipulação do ambiente interno das incubadoras sobre o desenvolvimento do embrião e efeitos pós-eclosão, incubadoras de estágio único ou múltiplo e janelas de eclosão, entre outros.

Conferência Facta Data: 10 a 12 de junho de 2013 Local: The Royal Palm Hotel - Campinas, SP Realização: Fundação Apinco de Ciência e Tecnologia Avícolas (Facta) Contato: (19)3243-6555 E-mail: [email protected] www.facta.org.br/conferencia2013

Casa de Campo do The Royal Palm Plaza possui a infra-

estrutura ideal para acolher eventos desse porte

42 Produção Animal | Avicultura

Associações

ABA lança curso inédito para fábricas de ração

Bahia

Com a finalidade de qualificar e capacitar profissionais e gestores

que atuam nas fábricas de rações das granjas de aves e suínos, a Associação Baiana de Avicultura (ABA) e a Qualyagro Consultoria & Treinamento promovem o Curso de Controle de Qualidade em Fábrica de Rações e Suplementos Minerais. O objetivo é transmitir métodos e mecanismos da gestão da qualidade na fabricação de rações e suplementos minerais e visa atender os profissionais do segmento de rações comerciais, de preparo de rações em confinamentos, empresas de suplementos minerais nas ferra-mentas de gestão e controle dos processos produtivos industriais.

O curso terá a metodologia pre-sencial, com aulas expositivas e visitas técnicas. Haverá apresentação de estudos de caso e contará com todo o suporte técnico-pedagógico da Qualyagro Consultoria & Treinamento, além de aulas práticas. O corpo do-cente é formado por professores de

reconhecida expressão na área, repre-sentando o que há de mais qualifica-do para os módulos, com apoio do pessoal qualificado do Sindirações, professores universitários e técnicos

que atuam no segmento de produção animal, especificamente na produção de rações e suplementos minerais.

A estrutura curricular do curso constará de disciplinas voltadas para

gestão da qualidade em fábricas de rações e suplementos minerais, legis-lação, administração da produção, logística e armazenamento de maté-rias-primas e produtos processados, principais equipamentos para fábricas de rações e sais minerais além de módulos específicos de produção de rações e suplementos minerais. Tam-bém vai mostrar o que existe de mais moderno na produção de rações de alto desempenho.

O público-alvo a ser atingido serão os gestores e profissionais que trabalham em fábricas de rações suplementos minerais, médicos veteri-nários, zootecnistas, agrônomos, engenheiros de alimentos, técnicos agrícolas e agropecuários, estudantes de ciências agrárias e engenharia de alimentos. O curso tem uma carga horária de 40 horas e uma duração de dois meses.

Início em abril de 2013, na cidade de Feira de Santana. Mais informa-ções: pelo telefone (75)3244-2026 e no site www.avicultura-ba.com.br.

Curso de controle de doenças

O curso de Controle e tratamen-to de doenças respiratórias promo-vido pela Associação Baiana de Avicultura foi realizado em 20 de Fevereiro de 2013 e teve como palestrantes José di Fábio e Vivian Ferreira da Silva.

O auditório da ABA ficou lotado de técnicos, produtores rurais estu-dantes de ciências agrárias que apre-ciaram atentamente as palestras que versaram sobre os problemas e solu-ções para esta importante doença que atinge o plantel baiano no período chuvoso . Ao final do evento foi reali-zada uma mesa-redonda onde todos os participantes debateram com os palestrantes a solução dos problemas que ocorrem neste período.

Corpo docente é formado por professores de reconhecida

expressão na área, representando o que há de mais

qualificado para os módulos

Recorde de público mostra importância do

tema para o setor

Estatísticas e Preços

Produção Animal | Avicultura 43

Estatísticas e Preços

Produção de pintos de corteJaneiro/2013514,079 milhões | -0,27%

Produção de carne de frango Janeiro/2013963,946 mil toneladas | -16,64%

Exportação de carne de frango Janeiro/2013290,475 mil toneladas | -11,68%

Alojamento de pintainhas de postura Janeiro/20137,323 milhões | 10,27%

Desempenho do frango vivoFevereiro/2013R$ 2,87 | 78,98%

Desempenho do ovoFevereiro/2013R$ 65,11/caixa | 45,62%

MilhoFevereiro/2013R$ 33,14/saca | 13,96%

Farelo de SojaFevereiro/2013 R$ 914,00/ton | 32,66%

Oferta interna de carne de frangoJaneiro/2013673,471 mil toneladas | -18,62%

Produção e mercadoem resumo

Resultados obtidos pelo frango e pelo ovo no

bimestre inicial do ano não fogem à média

A despeito de os resultados obtidos pelo frango vivo e pelo ovo parecerem ex-

cepcionais, é interessante esclarecer que eles, por ora, não fogem à média. E isso é comprovado quando (veja gráfico na pági-na 48) os preços do corrente exercício são comparados à média histórica dos dez anos passados. Nessas comparações, o preço fi-nal de cada exercício (dezembro) é igualado em 100, aplicando-se sobre ele as varia-ções dos meses subsequentes.

Em relação ao frango, o gráfico mostra que o ano começou muito bem, pois, en-quanto a média decenal aponta que em ja-neiro o preço da ave viva alcança valor cor-respondente a 94% do preço de dezembro, neste ano a correspondência foi de quase 100%. Mas isso acabou “zerado” em feve-reiro, pois, acompanhando a média dece-nal, a cotação do mês correspondeu a cer-ca de 98% do preço de dezembro.

O ovo vem tendo melhor sorte. Pois o forte recuo observado em janeiro na média decenal desta vez foi amenizado. E o resul-tado alcançado em fevereiro, o melhor da história do setor, fez com que o preço mé-dio do mês ficasse 16% acima da média al-cançada em dezembro, com ganho de sete pontos percentuais em relação à média histórica.

Espera-se que o setor não perca de vis-ta esse comportamento e o mantenha no decorrer de 2013.Todas as porcentagens são variações anuais

Setor deve manter comportamento do

início do ano e mantê-lo no

decorrer de 2013

44 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

Produção de pintos de corte

Volume produzido em janeiro foi negativo pelo sexto mês consecutivo

O levantamento mensal da APINCO aponta que em janeiro

passado foram produzidos no Brasil 514,079 milhões de pintos de corte, volume próximo, mas ainda inferior, ao registrado em janeiro de 2012.

Esse foi o sexto mês consecutivo em que a produção do setor regis-trou resultados menores que os de idêntico mês do ano anterior. Cumu-lativamente, a produção desses seis meses (agosto de 2012 a janeiro de 2013) recuou 6,13%, isto signifi-cando que retrocedeu a níveis próxi-mos dos alcançados no primeiro semestre de 2010.

Comparativamente ao mês ante-rior, dezembro de 2012, o volume de pintos de corte produzidos seguiu caminho oposto e voltou a aumentar (mais de 3%), o que deixa a impres-são de que o setor já começa a esquecer os problemas anteriores - de oferta excessiva, de custos altíssi-mos e de retorno negativo.

Mas talvez não seja bem assim. Pois embora dezembro e janeiro sejam meses de 31 dias, o último dezembro foi tecnicamente mais curto que o mês seguinte. Isto, sem contar que o próprio setor havia programado reduzir o número de incubações no final do ano. Em decorrência, é provável que a produ-ção diária de janeiro de 2013 tenha sido menor que a registrada em dezembro.

Independente disso, a realidade é que a produção acumulada em 12 meses permanece decrescente. No fechamento de 2012 havia recuado 3,81% em relação a idêntico período anterior. Nos 12 meses encerrados em janeiro de 2013, apresentava queda de 4,08% em comparação ao mesmo período anterior. E como somou pouco mais de 6 bilhões de cabeças, encontra-se agora nos mesmos níveis alcançados em janeiro de 2011.

2012Jan

498,

849

8,8

Fev

485,

448

5,4

Mar

482,

648

2,6

Abr

483,

7

Mai

507,

450

7,4

Jun

514,

851

4,8

Jul

498,

549

8,5

Ago

486,

448

6,4

Set

478,

3

Out

506,

550

6,5

Nov

483,

648

3,6

Dez

481,

7

Jan

497,

5

2013

Produção real Volume nominal mensal ajustado paramês de 30 diasMilhões de Cabeças

EVolução mEnsal MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS 2011/12 2012/13 VAR. %

Fevereiro 473,309 469,206 -0,87%

Março 526,847 498,647 -5,35%

Abril 513,028 483,664 -5,72%

Maio 536,043 524,327 -2,19%

Junho 514,100 514,783 0,13%

Julho 501,880 515,160 2,65%

Agosto 530,405 502,649 -5,23%

Setembro 515,772 478,335 -7,26%

Outubro 539,183 523,338 -2,94%

Novembro 544,747 483,605 -11,22%

Dezembro 550,243 497,797 -9,53%

Janeiro 515,465 514,079 -0,27%

Em 12 meses 6.261,021 6.005,589 -4,08%

Fonte dos dados básicos: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE

Produção Animal | Avicultura 45

Em janeiro passado, pela segunda vez nos últimos 23 meses, a produção

brasileira de carne de frango ficou aquém do milhão de toneladas.

Depois de alcançar 950 mil tonela-das em fevereiro de 2011 (volume deter-minado pelo menor número de dias do mês), desde o mês seguinte, março de 2011, a produção brasileira de carne de frango permaneceu acima do milhão de toneladas.

Voltou a ficar aquém desse volume em dezembro passado quando, consi-derada a produção diária, retrocedeu a um dos menores volumes dos últimos 36 meses. A dose repetiu-se no primeiro mês de 2013, quando foram produzidas 963,946 mil toneladas.

Produção de carne de frango

Volume inicial de 2013 ficou novamente aquém do milhão de toneladas

EVolução mEnsalMIL TONELADAS

MÊS 2011/12 2012/13 VAR.

Fevereiro 950,589 1.051,621 10,63%

Março 1.048,702 1.053,124 0,42%

Abril 1.078,983 1.057,893 -1,95%

Maio 1.121,019 1.107,369 -1,22%

Junho 1.089,220 1.090,615 0,13%

Julho 1.094,724 1.083,764 -1,00%

Agosto 1.032,743 1.030,725 -0,20%

Setembro 1.048,767 1.015,150 -3,21%

Outubro 1.104,318 1.027,594 -6,95%

Novembro 1.067,411 1.000,732 -6,25%

Dezembro 1.138,387 970,109 -14,78%

Janeiro 1.156,403 963,946 -16,64%

Em 12 meses 12.931,266 12.452,642 -3,70%

Fonte dos dados básicos: APINCOProjeções e análises: AVISITE

Em janeiro, 963,946 mil toneladas

Acumulado em 12 mesese variação anualAcumulado em 12 meses (mil/t)

11.000

11.250

11.500

11.750

12.000

12.250

12.500

12.750

13.000

13.250

13.500 10%

Variação Anual (%)

8%

6%

4%

2%

0%

-2%

-4%

-6%

jan/

12

12.500

12.750

13.000

13.250

fev/

12

mar

/12

abr/1

2

mai

/12

jun/

12

jul/1

2

ago/

12

set/1

2

out/1

2

nov/

12

dez/1

2

jan/

13

6%

4%

2%

0%

46 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

Exportação de carne de frango

Embarques de frango não chegaram às 300 mil toneladas

Quase 12% menores que as do mesmo mês do ano passado, as

exportações de carne de frango de janeiro de 2013 ficaram aquém das 300 mil toneladas. Somando 290.475 toneladas, nos últimos 12 meses elas ficaram acima, apenas, do que se exportou em fevereiro de 2012. Porém, considerada a diferença de dias entre um e outro mês, é natural concluir-se que em janeiro passado foi registrado o mais fraco resultado dos últimos 24 meses.

Em função desse desempenho, o acumulado em 12 meses (fevereiro de 2012 a janeiro de 2013) apresenta redução de quase 2,5% e, também, o menor volume anualizado dos últimos 15 meses, retrocedendo a um nível intermediário ao observado nos 12 meses encerrados entre outubro e novembro de 2011.

As expectativas em janeiro de que os números totais alcançassem os quatro milhões de toneladas foram frustradas no final do mês. Os embar-ques de dezembro de 2012 a janeiro de 2013 somaram 3.879,179 mil tone-ladas. Levando em conta que 2012 foi um ano particularmente turbulento, as exportações apresentaram um bom desempenho. A maior prova disso foi que fecharam com uma redução de 0,6% do volume embarcado. Faltaram apenas 25 mil toneladas para empatar com 2011. O maior vilão no ano foi novembro (312,2 mil/t, queda de 9% no mês e de praticamente 13% no ano) que contou com a ajuda da redu-ção dos embarques de industrializados e carne salgada em dezembro.

Em função desse desempenho, o acumulado em 12 meses (fevereiro de

2012 a janeiro de 2013) apresenta redução de

quase 2,5%

Acumulado em 12 mesesVolume (milhões/t) evariação anual (%)

jan/

13

dez/

12

nov/

12

out/

12

set/

12

ago/

12

jul/1

2

jun/

12

mai

/12

abr/

12

mar

/12

fev/

12

jan/

12

3,87

9

3,97

6

3,96

1

3,98

4

3,98

9

4,02

6

4,00

2

4,00

3

3,96

6

3,96

7

3,97

5

3,92

9

3,91

8

0,85

%

-0,3

8%

0,57

%

0,14

% 0,91

%

-0,6

0% 0,04

%

-0,9

2%

0,03

%

0,20

%

-1,1

7%

-0,2

9%

-0,9

8%

EVolução mEnsalMIL TONELADAS

MÊS 2011/12 2012/13 VAR. %

Fevereiro 296,585 281,674 -5,03%

Março 341,055 363,613 6,61%

Abril 325,263 331,001 1,76%

Maio 338,523 374,904 10,75%

Junho 331,321 307,194 -7,28%

Julho 310,874 312,297 0,46%

Agosto 354,337 317,482 -10,40%

Setembro 304,591 305,763 0,38%

Outubro 335,733 343,511 2,32%

Novembro 358,704 312,224 -12,96%

Dezembro 350,252 339,040 -3,20%

Janeiro 328,877 290,475 -11,68%

Em 12 meses 3.976,115 3.879,179 -2,44%

Fonte dos dados básicos: SECEX/MDIC

Produção Animal | Avicultura 47

Em janeiro, deduzidas da produção total de carne de frango (963.946

tons.) o volume destinado às exporta-ções (290.475 tons), ficaram no mer-cado interno o equivalente a 673.471 toneladas, volume 6,7% superior ao disponibilizado em dezembro último. Poderia ter sido melhor não fosse uma redução de quase 50 mil toneladas nas exportações de carne de frango de janeiro (em relação a dezembro), que acabaram impedindo que a disponibili-dade fosse menor que o mês anterior. Mesmo assim, em relação a janeiro de 2012, o volume é 18,6% menor, pro-porcionando um mercado bem mais ajustado que no inicio de 2012.

Comparando o volume disponibili-zado nos últimos quatro meses (out/12 a jan/13) e o disponibilizado no mesmo período do ano anterior, tem-se um volume 13,4% inferior, ou 415 mil tone-ladas a menos. Com certeza, esse volume de carne de frango disponibili-zado internamente mostra que um volume mais condizente com a reali-dade de consumo é o que tem propor-cionado ao setor remuneração mais justa frente aos riscos que a atividade proporciona.

Nesse período, o volume de carne de frango ajustado para 30 dias mostra uma disponibilidade interna próxima de 650 mil toneladas.

E tudo indica, segundo fontes de mercado, que levando em consideração a capacidade de alojamento de pintos de corte neste inicio de ano, a disponibi-lidade interna de carne de frango deve permanecer abaixo ou próxima das 700 mil toneladas. O volume acumulado em 12 meses permanece negativo, sendo 4,3% inferior aos 12 meses imediata-mente anteriores.

oferta interna de carne de frango

Volume disponibilizado em Janeiro permanece abaixo das 700 mil toneladas

Evolução MensalMIL TONELADAS

MÊS 2011/12 2012/13 VAR. %

Fevereiro 654,004 769,947 17,73%

Março 707,647 689,511 -2,56%

Abril 753,720 726,892 -3,56%

Maio 782,496 732,465 -6,39%

Junho 757,899 783,421 3,37%

Julho 783,850 771,467 -1,58%

Agosto 678,406 713,243 5,14%

Setembro 744,176 709,387 -4,67%

Outubro 768,585 684,083 -10,99%

Novembro 708,707 688,508 -2,85%

Dezembro 788,135 631,069 -19,93%

Janeiro 827,526 673,471 -18,62%

Em 12 meses 8.955,151 8.573,464 -4,26%

Fonte dos dados básicos: APINCO • Elaboração e análises: AVISITE

2012Jan

800,

832

800,

832

Fev

796,

497

796,

497

796,

497

Mar

667,

269

667,

269

Abr

762,

892

762,

892

Mai

708,

837

708,

837

708,

837

Jun

783,

421

783,

421

Jul

746,

581

746,

581

Ago

690,

235

690,

235

690,

235

Set

709,

387

709,

387

Out

662,

016

662,

016

662,

016

Nov

688,

508

688,

508

Dez

610,

712

610,

712

Jan

651,

746

2013

Oferta real Volume nominal mensalajustado para mês de 30 diasMil toneladas

4,37

%

13,6

7%

-2,5

6%

-3,5

6%

-6,3

9% 3,37

%

-1,5

8% 5,14

%

-4,6

7%

-10,

99%

0,85

%

-19,

93%

-18,

62%

Volume mais condizente com a realidade de consumo

tem dado ao setor remuneração mais justa

48 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

Média mensal e variaçãoanual e mensal em treze meses

MÊS. MÉDIA R$/KG

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

FEV/12 1,60 -20,31% 1,60%

MAR 1,80 -11,28% 12,35%

ABR 1,77 -0,76% -1,45%

MAI 1,70 6,00% -4,17%

JUN 1,85 14,60% 8,94%

JUL 1,86 4,89% 0,21%

AGO 2,30 10,41% 23,84%

SET 2,47 25,47% 7,33%

OUT 2,50 26,26% 1,35%

NOV 2,59 24,82% 3,50%

DEZ 2,95 40,11% 14,01%

JAN/13 2,93 85,98% -0,59%

FEV 2,87 78,98% -2,23%

FRANGO VIVOEvolução de preços na granja, interior paulista – R$/KG

Média anual em 10 anosR$/KG

*2013: 01/Jan a 28/Fev

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

R$/KG

R$ 1,49R$ 1,49

2005

2006

2007

2008

*2013: 01/Jan a 28/Fev

R$ 1,35

R$ 1,16

R$ 1,55

R$ 1,63

R$ 1,63

R$ 1,92

R$ 1,65

R$ 2,08

2013*

*2013: 01/Jan a 28/Fev

R$ 2,08

R$ 2,90

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Preço relativo no ano em comparação à média mensal de 10 anosPreço em Dezembro do ano anterior = 100

Média 2003/12

2013

98%

92%

89% 90% 96

% 99%

106% 110% 112%

107% 109%

94%

99%

98%

Ao contrário do que ocorreu um ano atrás quando obte-ve valorização de 1,6%, o frango vivo comercializado no

interior de São Paulo registrou queda de preços em fevereiro e, em decorrência, fechou o mês com um valor médio 2,23% in-

ferior ao do mês anterior. Uma vez que esse foi o segundo mês consecutivo de redução, o produto encerrou o primeiro bimestre

de 2013 com perda de 6,67% em relação ao último preço de 2012.

Na prática, esse resultado não foi muito diferente do registrado no primeiro bimestre do ano passado, quando o retrocesso foi de

7,89% - 1,22 ponto percentual a mais. Mas em 2012 o frango vivo encerrou o bimestre com um valor mais de 20% menor que aquele alcançado à véspera do Natal. Desta vez a redução ficou em apenas

6,67%, já que a cotação do Natal se es-tendeu até o final de 2012 e seguiu 2013 adentro.

De certa forma, mesmo reconhe-cendo que a oferta atual de frango (vivo e abatido) é substancialmente menor que a do início do ano passado, os recu-os enfrentados eram esperados, pois o período é marcado por um consumo vi-sivelmente menor que o do bimestre an-terior. Ainda assim os resultados do mês

e do bimestre poderiam ter sido melhor não fosse um “acidente de percurso”: o surgimento inesperado de ofertas pro-venientes de integrações que produzem apenas para o consumo próprio, não para disputar o mercado independente. Isso desequilibrou o mercado e ocasio-nou baixa de preços e instabilidade de mercado, em vias de superação no final de fevereiro.

Desempenho do frango vivo em Fevereiro de 2013

Valor médio 2,23% inferior ao do mês anterior

Resultado não foi muito diferente do registrado no primeiro

bimestre do ano passado, quando o retrocesso foi de

7,89% - 1,22 ponto percentual

a mais

Média Fevereiro

R$ 914,00Mínimo

R$ 860,00 Máximo

R$ 990,00

Preço médio Farelo de sojaR$/tonelada FOB, interior de SP

1300120011001000950900850800750700650600

Média Fevereiro

R$ 33,14 Máximo

R$ 34,30Mínimo

R$ 31,80

Preço médio MilhoR$/saca de 60kg, interior de SP

feve

reiro

março

abril

maio

junho

julho

agosto

setembro

outu

bro

nove

mbro

dez

embro

janeiro

feve

reiro

2012

35,0033,0031,0029,0027,0025,0023,0021,0019,00

2013

feve

reiro

março

abril

maio

junho

julho

agosto

setembro

outu

bro

nove

mbro

dez

embro

janeiro

feve

reiro

2012 2013

Milho registra leve queda Preço do farelo de soja permanece em queda

O farelo de soja (FOB, interior de SP) continuou regis-trando queda pelo quinto mês consecutivo. O produ-

to foi comercializado em fevereiro de 2013 ao preço médio de R$914/tonelada, valor 11,34% menor que o de janeiro passado –R$ 1,031. Na comparação com fevereiro de 2012 – quando o preço médio era de R$689/t – a cotação atual registra aumento de 32,6 %.

Valores de troca – Farelo/Frango vivoCom a maior desvalorização do farelo de soja em rela-

ção ao frango vivo, em fevereiro de 2013,foram necessá-rios 318,5kg de frango vivo para adquirir uma tonelada do insumo, significando melhora de 10,49% no poder de compra em relação a janeiro, quando foram necessários 351,9kg de frango vivo para obter uma tonelada do produto.

Valores de troca – Farelo/OvoDe acordo com os preços médios dos produtos, em

fevereiro de 2013 foram necessárias aproximadamente 15,5 caixas de ovos (valor na granja, interior paulista) para adquirir uma tonelada de farelo de soja. O poder de com-pra do avicultor de postura em relação ao farelo aumentou na comparação com janeiro: melhora de 37,9% já que em janeiro 21,3 caixas de ovos adquiriam uma tonelada de fa-relo. Em relação a fevereiro de 2012, o aumento no poder de compra é de 15,1%, pois naquele período a tonelada de farelo de soja custou, em média, 17,8 caixas de ovos.

O preço do milho diminuiu em fevereiro de 2013. O preço médio do insumo saca de 60 kg, interior de SP, fechou o

mês cotado a R$ 33,45 – valor 0,93% menor que a média de R$ 33,14 obtida pelo produto em janeiro de 2013. A disparida-de de preços do milho em relação ao ano anterior é positiva. O valor atual é 13,96% maior, já que a média de fevereiro de 2012

foi de R$29,08 a saca.

Valores de troca – Milho/Frango vivoO frango vivo (interior de SP) fechou fevereiro a R$2,87/

kg – 2,23% menor que a média de janeiro de 2013. A me-nor desvalorização do milho contribuiu para diminuição do poder de compra do avicultor. Nesse mês, foram necessá-rios 192,4 kg de frango vivo para se obter uma tonelada de milho, considerando-se a média mensal de ambos os pro-dutos em fevereiro. Este valor representa diminuição do po-der de compra de 1,13% em relação ao mês anterior, pois em janeiro a tonelada do milho “custou” 190,2kg de fran-go vivo.

Valores de troca – Milho/OvoO preço do ovo, na granja (interior paulista, caixa com 30

dúzias), encerrou fevereiro cotado à média de R$59,11, valor maior 22,2% sobre o mês anterior.

Com o aumento do ovo e redução no preço do milho, o poder de compra do produtor aumentou. Em fevereiro, foram necessárias 9,3 caixas de ovos para adquirir uma tonelada do cereal. Em janeiro foram necessárias 11,5 caixas/t, uma melhora 23,40% na capacidade de compra do produtor.

Matérias-Primas

49 Produção Animal | AviculturaFonte das informações: www.jox.com.br

50 Produção Animal | Avicultura

Ponto Final

Desafios de uma economia globalizada

Rogério F. Balestrin é vice-presidente do Nucleovet, graduado em medicina veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM/RS) e pós-graduado em Marketing, com ênfase em Vendas pela FGV. Foi Gerente Técnico na Nutris Nutrição Animal e atualmente exerce o cargo de Gerente de Contas na DSM Nutritional Products Brasil

Com o advento das tecnologias de co-

municação é possível perceber que os

mercados e as tendências reagem em tem-

po real, com isso temos mais um pilar

econômico “o mercado especulativo”.

Composto por pessoas que têm acesso rá-

pido à informação, que

sabem manuseá-la,

esse mercado cada vez

mais impacta nos dife-

rentes segmentos de

negócios.

A avicultura repre-

senta um papel impor-

tante no cenário mun-

dial pela produção de

proteína animal, es-

sencial na alimenta-

ção humana. Para al-

guns Estados e

municípios brasileiros

ela é o principal alicer-

ce econômico.

Mas como podemos

suportar a concorrência de um mundo

globalizado, onde as matérias-primas têm

custo muito parecidos (commodities), e

ainda assim nos diferenciarmos?

Nosso país apresenta um dos mais ele-

vados custos de produção nesse segmento.

Isso se deve pela falta de

infraestrutura: estradas,

ferrovias, portos, estrutu-

ras imprescindíveis para a

chegada de insumos e saída

de produtos industrializa-

dos.

Diante dessas dificulda-

des impostas pelos merca-

dos e aliadas às dificulda-

des internas, é que há a

necessidade de alternativas

mais criativas e até futurísticas voltadas

para a realidade do Brasil. Apesar de a avi-

cultura possuir uma cadeia integrada bas-

tante complexa, que contempla desde as-

sistência técnica aos produtores, gestão

empresarial da cadeia produtiva, garantia

da qualidade e biossegurança, o frango

conseguiu se tornar

parte do cotidiano da

mesa do povo brasilei-

ro e de muitos outros

países.

Para continuarmos

evoluindo, o mercado

necessita de profissio-

nais com visão crítica,

que estejam em cons-

tante aperfeiçoamen-

to, sempre em busca

de alternativas para

fazer diferente e criar

possibilidades de

transpor essas barrei-

ras. E a excelência des-

ses profissionais de sa-

nidade, manejo , bem-estar e nutrição,

será focada em enfrentar, não os proble-

mas de ontem, para os quais já descobri-

mos as soluções, mas desafios absoluta-

mente novos, determinados por mercados

cada vez mais competitivos.

Com o passar dos anos, viemos

acompanhando uma completa

transformação no cenário econô-

mico mundial. É comum no dia a dia pa-

rarmos alguns instantes para observar o

que está acontecendo pelos quatro cantos

do planeta e imaginarmos cenários dife-

rentes para cada acontecimento.

Para continuarmos evoluindo, o mercado

necessita de profissionais com visão crítica, que

estejam em constante aperfeiçoamento,sempre em busca

de alternativas para fazer diferente e criar

possibilidades

Os mais indicados parase atingir o público comprador da avicultura.

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Ponto Final