QUESTAO Biologia Enem 91

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Biologia parte 01 Página 1 de 55 1. (Enem 2012) A figura representa um dos modelos de um sistema de interações entre seres vivos. Ela apresenta duas propriedades, P 1 e P 2 , que interagem em I, para afetar uma terceira propriedade, P 3 , quando o sistema é alimentado por uma fonte de energia, E. Essa figura pode simular um sistema de campo em que P 1 representa as plantas verdes; P 2 um animal herbívoro e P 3 , um animal onívoro. A função interativa I representa a proporção de a) herbivoria entre P 1 e P 2 . b) polinização entre P 1 e P 2 . c) P 3 utilizada na alimentação de P 1 e P 2 . d) P 1 ou P 2 utilizada na alimentação de P 3 . e) energia de P 1 e de P 2 que saem do sistema. 2. (Enem 2012) Não é de hoje que o homem cria, artificialmente, variedades de peixes por meio da hibridação. Esta é uma técnica muito usada pelos cientistas e pelos piscicultores porque os híbridos resultantes, em geral, apresentam maior valor comercial do que a média de ambas as espécies parentais, além de reduzir a sobrepesca no ambiente natural. Terra da Gente, ano 4, n.º 47, mar, 2008 (adaptado). Sem controle, esses animais podem invadir rios e lagos naturais, se reproduzir e a) originar uma nova espécie poliploide. b) substituir geneticamente a espécie natural. c) ocupar o primeiro nível trófico no hábitat aquático. d) impedir a interação biológica entre as espécies parentais. e) produzir descendentes com o código genético modificado. 3. (Enem 2012) Muitas espécies de plantas lenhosas são encontradas no cerrado brasileiro. Para a sobrevivência nas condições de longos períodos de seca e queimadas periódicas, próprias desse ecossistema, essas plantas desenvolveram estruturas muito peculiares. As estruturas adaptativas mais apropriadas para a sobrevivência desse grupo de plantas nas condições ambientais de referido ecossistema são: a) Cascas finas e sem sulcos ou fendas. b) Caules estreitos e retilíneos. c) Folhas estreitas e membranosas. d) Gemas apicais com densa pilosidade. e) Raízes superficiais, em geral, aéreas. 4. (Enem 2012) Pesticidas são contaminantes ambientais altamente tóxicos aos seres vivos e, geralmente, com grande persistência ambiental. A busca por novas formas de eliminação dos pesticidas tem aumentado nos últimos anos, uma vez que as técnicas atuais são economicamente dispendiosas e paliativas. A biorremediação de pesticidas utilizando micro-

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    1. (Enem 2012) A figura representa um dos modelos de um sistema de interaes entre seres vivos. Ela apresenta duas propriedades, P1 e P2, que interagem em I, para afetar uma terceira propriedade, P3, quando o sistema alimentado por uma fonte de energia, E. Essa figura pode simular um sistema de campo em que P1 representa as plantas verdes; P2 um animal herbvoro e P3, um animal onvoro.

    A funo interativa I representa a proporo de a) herbivoria entre P1 e P2. b) polinizao entre P1 e P2. c) P3 utilizada na alimentao de P1 e P2. d) P1 ou P2 utilizada na alimentao de P3. e) energia de P1 e de P2 que saem do sistema. 2. (Enem 2012) No de hoje que o homem cria, artificialmente, variedades de peixes por meio da hibridao. Esta uma tcnica muito usada pelos cientistas e pelos piscicultores porque os hbridos resultantes, em geral, apresentam maior valor comercial do que a mdia de ambas as espcies parentais, alm de reduzir a sobrepesca no ambiente natural.

    Terra da Gente, ano 4, n. 47, mar, 2008 (adaptado). Sem controle, esses animais podem invadir rios e lagos naturais, se reproduzir e a) originar uma nova espcie poliploide. b) substituir geneticamente a espcie natural. c) ocupar o primeiro nvel trfico no hbitat aqutico. d) impedir a interao biolgica entre as espcies parentais. e) produzir descendentes com o cdigo gentico modificado. 3. (Enem 2012) Muitas espcies de plantas lenhosas so encontradas no cerrado brasileiro. Para a sobrevivncia nas condies de longos perodos de seca e queimadas peridicas, prprias desse ecossistema, essas plantas desenvolveram estruturas muito peculiares. As estruturas adaptativas mais apropriadas para a sobrevivncia desse grupo de plantas nas condies ambientais de referido ecossistema so: a) Cascas finas e sem sulcos ou fendas. b) Caules estreitos e retilneos. c) Folhas estreitas e membranosas. d) Gemas apicais com densa pilosidade. e) Razes superficiais, em geral, areas. 4. (Enem 2012) Pesticidas so contaminantes ambientais altamente txicos aos seres vivos e, geralmente, com grande persistncia ambiental. A busca por novas formas de eliminao dos pesticidas tem aumentado nos ltimos anos, uma vez que as tcnicas atuais so economicamente dispendiosas e paliativas. A biorremediao de pesticidas utilizando micro-

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    organismos tem se mostrado uma tcnica muito promissora para essa finalidade, por apresentar vantagens econmicas e ambientais. Para ser utilizado nesta tcnica promissora, um microrganismo deve ser capaz de a) transferir o contaminante do solo para a gua. b) absorver o contaminante sem alter-lo quimicamente. c) apresentar alta taxa de mutao ao longo das geraes. d) estimular o sistema imunolgico do homem contra o contaminante. e) metabolizar o contaminante, liberando subprodutos menos txicos ou atxicos. 5. (Enem 2012) Para diminuir o acmulo de lixo e o desperdcio de materiais de valor econmico e, assim, reduzir a explorao de recursos naturais, adotou-se, em escala internacional, a poltica dos trs erres: Reduo, Reutilizao e Reciclagem. Um exemplo de reciclagem a utilizao de a) garrafas de vidro retornveis para cerveja ou refrigerante. b) latas de alumnio como material para fabricao de lingotes. c) sacos plsticos de supermercado como acondicionantes de lixo caseiro. d) embalagens plsticas vazias e limpas para acondicionar outros alimentos. e) garrafas PET recortadas em tiras para fabricao de cerdas de vassouras. 6. (Enem 2012) O menor tamandu do mundo solitrio e tem hbitos noturnos, passa o dia repousando, geralmente em um emaranhado de cips, com o corpo curvado de tal maneira que forma uma bola. Quando em atividade, se locomove vagarosamente e emite som semelhante a um assobio. A cada gestao, gera um nico filhote. A cria deixada em uma rvore noite e amamentada pela me at que tenha idade para procurar alimento. As fmeas adultas tm territrios grandes e o territrio de um macho inclui o de vrias fmeas, o que significa que ele tem sempre diversas pretendentes disposio para namorar!

    Cincia Hoje das Crianas, ano 19, n. 174, nov. 2006 (adaptado). Essa descrio sobre o tamandu diz respeito ao seu a) hbitat. b) bitopo. c) nvel trpico. d) nicho ecolgico. e) potencial bitico. 7. (Enem 2012) Paleontlogos estudam fsseis e esqueletos de dinossauros para tentar explicar o desaparecimento desses animais. Esses estudos permitem afirmar que esses animais foram extintos h cerca de 65 milhes de anos. Uma teoria aceita atualmente a de que um asteroide colidiu com a Terra, formando uma densa nuvem de poeira na atmosfera. De acordo com essa teoria, a extino ocorreu em funo de modificaes no planeta que a) desestabilizaram o relgio biolgico dos animais, causando alteraes no cdigo gentico. b) reduziram a penetrao da luz solar at a superfcie da Terra, interferindo no fluxo

    energtico das teias trficas. c) causaram uma srie de intoxicaes nos animais, provocando a bioacumulao de

    partculas de poeira nos organismos. d) resultaram na sedimentao das partculas de poeira levantada com o impacto do meteoro,

    provocando o desaparecimento de rios e lagos. e) evitaram a precipitao de gua at a superfcie da Terra, causando uma grande seca que

    impediu a retroalimentao do ciclo hidrolgico. 8. (Enem 2012) Os vegetais biossintetizam determinadas substncias (por exemplo, alcaloides e flavonoides), cuja estrutura qumica e concentrao variam num mesmo organismo em diferentes pocas do ano e estgios de desenvolvimento. Muitas dessas substncias so produzidas para a adaptao do organismo s variaes ambientais (radiao UV, temperatura, parasitas, herbvoros, estmulo a polinizadores etc.) ou fisiolgicas (crescimento, envelhecimento etc.).

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    As variaes qualitativa e quantitativa na produo dessas substncias durante um ano so possveis porque o material gentico do indivduo a) sofre constantes recombinaes para adaptar-se. b) muda ao longo do ano e em diferentes fases da vida. c) cria novos genes para biossntese de substncias especficas. d) altera a sequncia de bases nitrogenadas para criar novas substncias. e) possui genes transcritos diferentemente de acordo com cada necessidade. 9. (Enem 2012) O milho transgnico produzido a partir da manipulao do milho original, com a transferncia, para este, de um gene de interesse retirado de outro organismo de espcie diferente. A caracterstica de interesse ser manifestada em decorrncia a) do incremento do DNA a partir da duplicao do gene transferido. b) da transcrio do RNA transportador a partir do gene transferido. c) da expresso de protenas sintetizadas a partir do DNA no hibridizado. d) da sntese de carboidratos a partir da ativao do DNA do milho original. e) da traduo do RNA mensageiro sintetizado a partir do DNA recombinante. 10. (Enem 2012) Em certos locais, larvas de moscas, criadas em arroz cozido, so utilizadas como iscas para pesca. Alguns criadores, no entanto, acreditam que essas larvas surgem espontaneamente do arroz cozido, tal como preconizado pela teoria da gerao espontnea. Essa teoria comeou a ser refutada pelos cientistas ainda no sculo XVII, a partir dos estudos de Redi e Pasteur, que mostraram experimentalmente que a) seres vivos podem ser criados em laboratrio. b) a vida se originou no planeta a partir de microrganismos. c) o ser vivo oriundo da reproduo de outro ser vivo pr-existente. d) seres vermiformes e microrganismos so evolutivamente aparentados. e) vermes e microrganismos so gerados pela matria existente nos cadveres e nos caldos

    nutritivos, respectivamente. 11. (Enem 2012) Medidas de saneamento bsico so fundamentais no processo de promoo de sade e qualidade de vida da populao. Muitas vezes, a falta de saneamento est relacionada com o aparecimento de vrias doenas. Nesse contexto, um paciente d entrada em um pronto atendimento relatando que h 30 dias teve contato com guas de enchente. Ainda informa que nesta localidade no h rede de esgoto e drenagem de guas pluviais e que a coleta de lixo inadequada. Ele apresenta os seguintes sintomas: febre, dor de cabea e dores musculares.

    Disponvel em: http://portal.saude.gov.br. Acesso em: 27 fev. 2012 (adaptado). Relacionando os sintomas apresentados com as condies sanitrias da localidade, h indicaes de que o paciente apresenta um caso de a) difteria. b) botulismo. c) tuberculose. d) leptospirose. e) meningite meningoccica. 12. (Enem 2012) A doena de Chagas afeta mais de oito milhes de brasileiros, sendo comum em reas rurais. uma doena causada pelo protozorio Trypanosoma cruzi e transmitida por insetos conhecidos como barbeiros ou chupanas. Uma ao do homem sobre o meio ambiente que tem contribudo para o aumento dessa doena a) o consumo de carnes de animais silvestres que so hospedeiros do vetor da doena. b) a utilizao de adubos qumicos na agricultura que aceleram o ciclo reprodutivo do barbeiro. c) a ausncia de saneamento bsico que favorece a proliferao do protozorio em regies

    habitadas por humanos. d) a poluio dos rios e lagos com pesticidas que exterminam o predador das larvas do inseto

    transmissor da doena.

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    e) o desmatamento que provoca a migrao ou o desaparecimento dos animais silvestres dos quais o barbeiro se alimenta.

    13. (Enem 2012) A imagem representa o processo de evoluo das plantas e algumas de suas estruturas. Para o sucesso desse processo, a partir de um ancestral simples, os diferentes grupos vegetais desenvolveram estruturas adaptativas que lhes permitiram sobreviver em diferentes ambientes.

    Qual das estruturas adaptativas apresentadas contribuiu para uma maior diversidade gentica? a) As sementes aladas, que favorecem a disperso area. b) Os arquegnios, que protegem o embrio multicelular. c) Os gros de plen, que garantem a polinizao cruzada. d) Os frutos, que promovem uma maior eficincia reprodutiva. e) Os vasos condutores, que possibilitam o transporte da seiva bruta. 14. (Enem 2012)

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    A condio fsica apresentada pelo personagem da tirinha um fator de risco que pode desencadear doenas como a) anemia. b) beribri. c) diabetes. d) escorbuto. e) fenilcetonria. 15. (Enem 2011) Segundo dados do Balano Energtico Nacional de 2008, do Ministrio das Minas e Energia, a matriz energtica brasileira composta por hidreltrica (80%), termeltrica (19,9%) e elica (0,1%). Nas termeltricas, esse percentual dividido conforme o combustvel usado, sendo: gs natural (6,6%), biomassa (5,3%), derivados de petrleo (3,3%), energia nuclear (3,1%) e carvo mineral (1,6%). Com a gerao de eletricidade da biomassa, pode-se considerar que ocorre uma compensao do carbono liberado na queima do material vegetal pela absoro desse elemento no crescimento das plantas. Entretanto, estudos indicam que as emisses de metano 4(CH )das hidreltricas podem ser comparveis s emisses de 2CO das termeltricas.

    MORET, A. S.; FERREIRA, I. A. As hidreltricas do Rio Madeira e os impactos socioambientais

    da eletrificao no Brasil. Revista Cincia Hoje. V. 45, n 265, 2009 (adaptado). No Brasil, em termos do impacto das fontes de energia no crescimento do efeito estufa, quanto emisso de gases, as hidreltricas seriam consideradas como uma fonte a) limpa de energia, contribuindo para minimizar os efeitos deste fenmeno. b) eficaz de energia, tornando-se o percentual de oferta e os benefcios verificados. c) limpa de energia, no afetando ou alterando os nveis dos gases do efeito estufa. d) poluidora, colaborando com nveis altos de gases de efeito estufa em funo de seu

    potencial de oferta. e) alternativa, tomando-se por referncia a grande emisso de gases de efeito estufa das

    demais fontes geradoras. 16. (Enem 2011) Os personagens da figura esto representando uma situao hipottica de cadeia alimentar.

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    Suponha que, em cena anterior apresentada, o homem tenha se alimentado de frutas e gros que conseguiu coletar. Na hiptese de, nas prximas cenas, o tigre ser bem-sucedido e, posteriormente, servir de alimento aos abutres, tigre e abutres ocuparo, respectivamente, os nveis trficos de a) produtor e consumidor primrio. b) consumidor primrio e consumidor secundrio. c) consumidor secundrio e consumidor tercirio. d) consumidor tercirio e produtor. e) consumidor secundrio e consumidor primrio. 17. (Enem 2011) Diferente do que o senso comum acredita, as lagartas de borboletas no possuem voracidade generalizada. Um estudo mostrou que as borboletas de asas transparentes da famlia Ithomiinae, comuns na Floresta Amaznica e na Mata Atlntica, consomem, sobretudo, plantas da famlia Solanaceae, a mesma do tomate. Contudo, os ancestrais dessas borboletas consumiam espcies vegetais da famlia Apocinaceae, mas a quantidade dessas plantas parece no ter sido suficiente para garantir o suprimento alimentar dessas borboletas. Dessa forma, as solanceas tornaram-se uma opo de alimento, pois so abundantes na Mata Atlntica e na Floresta Amaznica.

    Cores ao vento. Genes e fsseis revelam origem e diversidade de borboletas sul-americanas. Revista Pesquisa FAPESP. N 170, 2010 (adaptado).

    Nesse texto, a ideia do senso comum confrontada com os conhecimentos cientficos, ao se entender que as larvas das borboletas Ithomiinae encontradas atualmente na Mata Atlntica e na Floresta Amaznica, apresentam a) facilidade em digerir todas as plantas desses locais. b) interao com as plantas hospedeiras da famlia Apocinaceae. c) adaptao para se alimentar de todas as plantas desses locais. d) voracidade indiscriminada por todas as plantas existentes nesses locais. e) especificidade pelas plantas da famlia Solanaceae existentes nesses locais. 18. (Enem 2011) Os vaga-lumes machos e fmeas emitem sinais luminosos para se atrarem para o acasalamento. O macho reconhece a fmea de sua espcie e, atrado por ela, vai ao seu encontro. Porm, existe um tipo de vaga-lume, o Photuris, cuja fmea engana e atrai os machos de outro tipo, o Photinus fingindo ser desse gnero. Quando o macho Photinus se aproxima da fmea Photuris, muito maior que ele, atacado e devorado por ela.

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    BERTOLDI, O. G.; VASCONCELLOS, J. R. Cincia & sociedade: a aventura da vida, a aventura da tecnologia. So Paulo: Scipione, 2000 (adaptado).

    A relao descrita no texto, entre a fmea do gnero Photuris e o macho do gnero Photinus, um exemplo de a) comensalismo. b) inquilinismo. c) cooperao. d) predatismo. e) mutualismo. 19. (Enem 2011) O controle biolgico, tcnica empregada no combate a espcies que causam danos e prejuzos aos seres humanos, utilizado no combate lagarta que se alimenta de folhas de algodoeiro. Algumas espcies de borboleta depositam seus ovos nessa cultura. A microvespa Trichogramma sp. introduz seus ovos nos ovos de outros insetos, incluindo os das borboletas em questo. Os embries da vespa se alimentam do contedo desses ovos e impedem que as larvas de borboleta se desenvolvam. Assim, possvel reduzir a densidade populacional das borboletas at nveis que no prejudiquem a cultura. A tcnica de controle biolgico realizado pela microvespa Trichogramma sp. consiste na a) introduo de um parasita no ambiente da espcie que se deseja combater. b) introduo de um gene letal nas borboletas para diminuir o nmero de indivduos. c) competio entre a borboleta e a microvespa para a obteno de recursos. d) modificao do ambiente para selecionar indivduos melhor adaptados. e) aplicao de inseticidas a fim de diminuir o nmero de indivduos que se deseja combater. 20. (Enem 2011) Moradores sobreviventes da tragdia que destruiu aproximadamente 60 casas no Morro do Bumba, na Zona Norte de Niteri (RJ), ainda defendem a hiptese de o deslizamento ter sido causado por uma exploso provocada por gs metano, visto que esse local foi um lixo entre os anos 1960 e 1980.

    Jornal Web. Disponvel em: http://www.ojornalweb.com. Acesso em: 12 abr. 2010 (adaptado). O gs mencionado no texto produzido a) como subproduto da respirao aerbia bacteriana. b) pela degradao anaerbia de matria orgnica por bactrias. c) como produto da fotossntese de organismos pluricelulares autotrficos. d) pela transformao qumica do gs carbnico em condies anaerbias. e) pela converso, por oxidao qumica, do gs carbnico sob condies aerbias. 21. (Enem 2011) Os biocombustveis de primeira gerao so derivados da soja, milho e cana-de-acar e sua produo ocorre atravs da fermentao. Biocombustveis derivados de material celulsico ou biocombustveis de segunda gerao coloquialmente chamados de gasolina de capim so aqueles produzidos a partir de resduos de madeira (serragem, por exemplo), talos de milho, palha de trigo ou capim de crescimento rpido e se apresentam como uma alternativa para os problemas enfrentados pelos de primeira gerao, j que as matrias-primas so baratas e abundantes.

    DALE, B. E.; HUBER, G. W. Gasolina de capim e outros vegetais. Scientific American Brasil. Ago. 2009, n 87 (adaptado).

    O texto mostra um dos pontos de vista a respeito do uso dos biocombustveis na atualidade, os quais a) so matrizes energticas com menor carga de poluio para o ambiente e podem propiciar a

    gerao de novos empregos, entretanto, para serem oferecidos com baixo custo, a tecnologia da degradao da celulose nos biocombustveis de segunda gerao deve ser extremamente eficiente.

    b) oferecem mltiplas dificuldades, pois a produo de alto custo, sua implantao no gera empregos, e deve-se ter cuidado com o risco ambiental, pois eles oferecerem os mesmos riscos que o uso de combustveis fsseis.

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    c) sendo de segunda gerao, so produzidos por uma tecnologia que acarreta problemas sociais, sobretudo decorrente do fato de a matria-prima ser abundante e facilmente encontrada, o que impede a gerao de novos empregos.

    d) sendo de primeira e segunda gerao, so produzidos por tecnologias que devem passar por uma avaliao criteriosa quanto ao uso, pois uma enfrenta o problema da falta de espao para plantio da matria-prima e a outra impede a gerao de novas fontes de emprego.

    e) podem acarretar srios problemas econmicos e sociais, pois a substituio do uso de petrleo afeta negativamente toda uma cadeia produtiva na medida em que exclui diversas fontes de emprego nas refinarias, postos de gasolina e no transporte petrleo e gasolina.

    22. (Enem 2011) Em 1999, a geneticista Emma Whitelaw desenvolveu um experimento no qual ratas prenhes foram submetidas a uma dieta rica em vitamina B12, cido flico e soja. Os filhotes dessas ratas, apesar de possurem o gene para obesidade, no expressaram essa doena na fase adulta. A autora concluiu que a alimentao da me, durante a gestao, silenciou o gene da obesidade. Dez anos depois, as geneticistas Eva Jablonka e Gal Raz listaram 100 casos comprovados de traos adquiridos e transmitidos entre geraes de organismos, sustentando, assim, a epigentica, que estuda as mudanas na atividade dos genes que no envolvem alteraes na sequncia do DNA.

    A reabilitao do herege. poca, n 610, 2010 (adaptado). Alguns cnceres espordicos representam exemplos de alterao epigentica, pois so ocasionados por a) aneuploidia do cromossomo sexual X. b) polipoidia dos cromossomos autossmicos. c) mutao em genes autossmicos com expresso dominante. d) substituio no gene da cadeia beta da hemoglobina. e) inativao de genes por meio de modificaes das bases nitrogenadas. 23. (Enem 2011) Nos dias de hoje, podemos dizer que praticamente todos os seres humanos j ouviram em algum momento falar sobre o DNA e seu papel na hereditariedade da maioria dos organismos. Porm, foi apenas em 1952, um ano antes da descrio do modelo do DNA em dupla hlice por Watson e Crick, que foi confirmado sem sombra de dvidas que o DNA material gentico. No artigo em que Watson e Crick descreveram a molcula de DNA, eles sugeriram um modelo de como essa molcula deveria se replicar. Em 1958, Meselson e Stahl realizaram experimentos utilizando istopos pesados de nitrognio que foram incorporados s bases nitrogenadas para avaliar como se daria a replicao da molcula. A partir dos resultados, confirmaram o modelo sugerido por Watson e Crick, que tinha como premissa bsica o rompimento das pontes de hidrognio entre as bases nitrogenadas.

    GRIFFITHS, A. J. F. et al. Introduo Gentica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. Considerando a estrutura da molcula de DNA e a posio das pontes de hidrognio na mesma, os experimentos realizados por Meselson e Stahl a respeito da replicao dessa molcula levaram concluso de que a) a replicao do DNA conservativa, isto , a fita dupla filha recm-sintetizada e o

    filamento parental conservado. b) a replicao de DNA dispersiva, isto , as fitas filhas contm DNA recm-sintetizado e

    parentais em cada uma das fitas. c) a replicao semiconservativa, isto , as fitas filhas consistem de uma fita parental e uma

    recm-sintetizada. d) a replicao do DNA conservativa, isto , as fitas filhas consistem de molculas de DNA

    parental. e) a replicao semiconservativa, isto , as fitas filhas consistem de uma fita molde e uma fita

    codificadora. 24. (Enem 2011) Os sintomas mais srios da Gripe A, causada pelo vrus H1N1, foram apresentados por pessoas mais idosas e por gestantes. O motivo aparente a menor

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    imunidade desses grupos contra o vrus. Para aumentar a imunidade populacional relativa ao vrus da gripe A, o governo brasileiro distribuiu vacinas para os grupos mais suscetveis. A vacina contra o H1N1, assim como qualquer outra vacina contra agentes causadores de doenas infectocontagiosas, aumenta a imunidade das pessoas porque a) possui anticorpos contra o agente causador da doena. b) possui protenas que eliminam o agente causador da doena. c) estimula a produo de glbulos vermelhos pela medula ssea. d) possui linfcitos B e T que neutralizam o agente causador da doena. e) estimula a produo de anticorpos contra o agente causador da doena. 25. (Enem 2011) O vrus do papiloma humano (HPV, na sigla em ingls) causa o aparecimento de verrugas e infeco persistente, sendo o principal fator ambiental do cncer de colo de tero nas mulheres. O vrus pode entrar pela pele ou por mucosas do corpo, o qual desenvolve anticorpos contra a ameaa, embora em alguns casos a defesa natural do organismo no seja suficiente. Foi desenvolvida uma vacina contra o HPV, que reduz em at 90% as verrugas e 85,6% dos casos de infeco persistente em comparao com pessoas no vacinadas.

    Disponvel em: http://g1.globo.com. Acesso em: 12 jun. 2011. O benefcio da utilizao dessa vacina que pessoas vacinadas, em comparao com as no vacinadas, apresentam diferentes respostas ao vrus HPV em decorrncia da a) alta concentrao de macrfagos. b) elevada taxa de anticorpos especficos anti-HPV circulantes. c) aumento na produo de hemcias aps a infeco por vrus HPV. d) rapidez na produo de altas concentraes de linfcitos matadores. e) presena de clulas de memria que atuam na resposta secundria. 26. (Enem 2011) Um instituto de pesquisa norte-americano divulgou recentemente ter criado uma clula sinttica, uma bactria chamada de Mycoplasma mycoides. Os pesquisadores montaram uma sequncia de nucleotdeos, que formam o nico cromossomo dessa bactria, o qual foi introduzido em outra espcie de bactria, a Mycoplasma capricolum. Aps a introduo, o cromossomo da M. capricolum foi neutralizado e o cromossomo artificial da M. mycoides comeou a gerenciar a clula, produzindo suas protenas.

    GILBSON et al. Creation of a Bacterial Cell Controlled by a Chemically synthesized Genome. Science v. 329, 2010 (adaptado).

    A importncia dessa inovao tecnolgica para a comunidade cientfica se deve a) possibilidade de sequenciar os genomas de bactrias para serem usados como receptoras

    de cromossomos artificiais. b) capacidade de criao, pela cincia, de novas formas de vida, utilizando substncias como

    carboidratos e lipdios. c) possibilidade de produo em massa da bactria Mycoplasma capricolum para sua

    distribuio em ambientes naturais. d) possibilidade de programar geneticamente microrganismos ou seres mais complexos para

    produzir medicamentos, vacinas e biocombustveis. e) capacidade da bactria Mycoplasma capricolum de expressar suas protenas na bactria

    sinttica e estas serem usadas na indstria. 27. (Enem 2011) Durante as estaes chuvosas, aumentam no Brasil as campanhas de preveno dengue, que tm como objetivo a reduo da proliferao do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vrus da dengue. Que proposta preventiva poderia ser efetivada para diminuir a reproduo desse mosquito? a) Colocao de telas nas portas e janelas, pois o mosquito necessita de ambientes cobertos e

    fechados para a sua reproduo. b) Substituio das casas de barro por casas de alvenaria, haja vista que o mosquito se

    reproduz na parede das casas de barro.

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    c) Remoo dos recipientes que possam acumular gua, porque as larvas do mosquito se desenvolvem nesse meio.

    d) Higienizao adequada de alimentos, visto que as larvas do mosquito se desenvolvem nesse tipo de substrato.

    e) Colocao de filtros de gua nas casas, visto que a reproduo do mosquito acontece em guas contaminadas.

    28. (Enem 2011) Os Bichinhos e O Homem Arca de No (Toquinho & Vinicius de Moraes) Nossa irm, a mosca feia e tosca Enquanto que o mosquito mais bonito Nosso irmo besouro Que feito de couro Mal sabe voar Nossa irm, a barata Bichinha mais chata prima da borboleta Que uma careta Nosso irmo, o grilo Que vive dando estrilo S pra chatear

    MORAES, V. A arca de No: poemas infantis. So Paulo: Companhia das Letrinhas, 1991. O poema acima sugere a existncia de relaes de afinidade entre os animais citados e ns, seres humanos. Respeitando a liberdade potica dos autores, a unidade taxonmica que expressa a afinidade entre ns e estes animais a) o filo. b) o reino. c) a classe. d) a famlia. e) a espcie. 29. (Enem 2011)

    O mapa mostra a rea de ocorrncia da malria no mundo. Considerando-se sua distribuio na Amrica do Sul, a malria pode ser classificada como

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    a) endemia, pois se concentra em uma rea geogrfica restrita desse continente. b) peste, j que ocorre nas regies mais quentes do continente. c) epidemia, j que ocorre na maior parte do continente. d) surto, pois apresenta ocorrncia em reas pequenas. e) pandemia, pois ocorre em todo o continente. 30. (Enem 2011) Certas espcies de algas so capazes de absorver rapidamente compostos inorgnicos presentes na gua, acumulando-os durante seu crescimento. Essa capacidade fez com que se pensasse em us-las como biofiltros para a limpeza de ambientes aquticos contaminados, removendo, por exemplo, nitrognio e fsforo de resduos orgnicos e metais pesados provenientes de rejeitos industriais lanados nas guas. Na tcnica do cultivo integrado, animais e algas crescem de forma associada, promovendo um maior equilbrio ecolgico.

    SORIANO, E. M. Filtros vivos para limpar a gua. Revista Cincia Hoje. V. 37, n 219, 2005 (adaptado).

    A utilizao da tcnica do cultivo integrado de animais e algas representa uma proposta favorvel a um ecossistema mais equilibrado porque a) os animais eliminam metais pesados, que so usados pelas algas para a sntese de

    biomassa. b) os animais fornecem excretas orgnicos nitrogenados, que so transformados em gs

    carbnico pelas algas. c) as algas usam os resduos nitrogenados liberados pelos animais e eliminam gs carbnico

    na fotossntese, usado na respirao aerbica. d) as algas usam os resduos nitrogenados provenientes do metabolismo dos animais e,

    durante a sntese de compostos orgnicos, liberam oxignio para o ambiente. e) as algas aproveitam os resduos do metabolismo dos animais e, durante a quimiossntese de

    compostos orgnicos, liberam oxignio para o ambiente. 31. (Enem 2011)

    De acordo com o relatrio A grande sombra da pecuria (Livestocks Long Shadow), feito pela Organizao das Naes Unidas para a Agricultura e a Alimentao, o gado responsvel por cerca de 18% do aquecimento global, uma contribuio maior que a do setor de transportes.

    Disponvel em: www.conpet.gov.br. Acesso em: 22 jun. 2010.

    A criao de gado em larga escala contribui para o aquecimento global por meio da emisso de a) metano durante o processo de digesto. b) xido nitroso durante o processo de ruminao.

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    c) clorofluorcarbono durante o transporte de carne. d) xido nitroso durante o processo respiratrio. e) dixido de enxofre durante o consumo de pastagens. 32. (Enem 2011) A produo de soro antiofdico feita por meio da extrao da peonha de serpentes que, aps tratamento, introduzida em um cavalo. Em seguida so feitas sangrias para avaliar a concentrao de anticorpos produzidos pelo cavalo. Quando essa concentrao atinge o valor desejado, realizada a sangria final para obteno do soro. As hemcias so devolvidas ao animal, por meio de uma tcnica denominada plasmaferese, a fim de reduzir os efeitos colaterais provocados pela sangria.

    Disponvel em: http://www.infobibos.com. Acesso em: 28 abr. 2010 (adaptado). A plasmaferese importante, pois, se o animal ficar com uma baixa quantidade de hemcias, poder apresentar a) febre alta e constante. b) reduo de imunidade. c) aumento da presso arterial. d) quadro de leucemia profunda. e) problemas no transporte de oxignio. 33. (Enem 2011) Um paciente deu entrada em um pronto-socorro apresentando os seguintes sintomas: cansao, dificuldade em respirar e sangramento nasal. O mdico solicitou um hemograma ao paciente para definir um diagnstico. Os resultados esto dispostos na tabela:

    Constituinte Nmero normal Paciente Glbulos

    vermelhos 4,8 milhes/mm3 4 milhes/mm3

    Glbulos brancos (5 000 - 10 000)/mm

    3 9 000/mm3

    Plaquetas (250 000 - 400 000)/mm3 200 000/m3 Relacionando os sintomas apresentados pelo paciente com os resultados de seu hemograma, constata-se que a) o sangramento nasal devido baixa quantidade de plaquetas, que so responsveis pela

    coagulao sangunea. b) o cansao ocorreu em funo da quantidade de glbulos brancos, que so responsveis

    pela coagulao sangunea. c) a dificuldade respiratria ocorreu da baixa quantidade de glbulos vermelhos, que so

    responsveis pela defesa imunolgica. d) o sangramento nasal decorrente da baixa quantidade de glbulos brancos, que so

    responsveis pelo transporte de gases no sangue. e) a dificuldade respiratria ocorreu pela quantidade de plaquetas, que so responsveis pelo

    transporte de oxignio no sangue. 34. (Enem 2010) Para explicar a absoro de nutrientes, bem como a funo das microvilosidades das membranas das clulas que revestem as paredes internas do intestino delgado, um estudante realizou o seguinte experimento: Colocou 200 m de gua em dois recipientes. No primeiro recipiente, mergulhou, por 5 segundos, um pedao de papel liso, como na FIGURA 1; no segundo recipiente, fez o mesmo com um pedao de papel com dobras simulando as microvilosidades, conforme FIGURA 2. Os dados obtidos foram: a quantidade de gua absorvida pelo papel liso foi de 8 m, enquanto pelo papel dobrado foi de 12 m.

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    Com base nos dados obtidos, infere-se que a funo das microvilosidades intestinais com relao absoro de nutrientes pelas clulas das paredes internas do intestino a de a) manter o volume de absoro. b) aumentar a superfcie de absoro. c) diminuir a velocidade de absoro. d) aumentar o tempo de absoro. e) manter a seletividade na absoro. 35. (Enem 2 aplicao 2010) Os oceanos absorvem aproximadamente um tero das emisses de CO2 procedentes de atividades humanas, como a queima de combustveis fsseis e as queimadas. O CO2 combina-se com as guas dos oceanos, provocando uma alterao importante em suas propriedades. Pesquisas com vrios organismos marinhos revelam que essa alterao nos oceanos afeta uma srie de processos biolgicos necessrios para o desenvolvimento e a sobrevivncia de vrias espcies da vida marinha. A alterao a que se refere o texto diz respeito ao aumento a) da acidez das guas dos oceanos. b) do estoque de pescado nos oceanos. c) da temperatura mdia dos oceanos. d) do nvel das guas dos oceanos. e) da salinizao das guas dos oceanos. 36. (Enem 2 aplicao 2010) Um agricultor, buscando o aumento da produtividade de sua lavoura, utilizou o adubo NPK (nitrognio, fsforo e potssio) com alto teor de sais minerais. A irrigao dessa lavoura feita por canais que so desviados de um rio que abastece os canais, devido contaminao das guas pelo excesso de adubo usado pelo agricultor. Que processo biolgico pode ter sido provocado na gua do rio pelo uso do adubo NPK? a) Lixiviao, processo em que ocorre a lavagem do solo, que acaba disponibilizando os

    nutrientes para a gua do rio. b) Acidificao, processo em que os sais, ao se dissolverem na gua do rio, formam cidos. c) Eutrofizao, ocasionada pelo aumento do fsforo e nitrognio dissolvidos na gua, que

    resulta na proliferao do fitoplncton. d) Aquecimento, decorrente do aumento de sais dissolvidos na gua do rio, que eleva sua

    temperatura. e) Denitrificao, processo em que o excesso de nitrognio que chega ao rio disponibilizado

    para a atmosfera, prejudicando o desenvolvimento dos peixes. 37. (Enem 2 aplicao 2010) A figura representa uma cadeia alimentar em uma lagoa. As setas indicam o sentido do fluxo de energia entre os componentes dos nveis trficos.

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    Sabendo-se que o mercrio se acumula nos tecidos vivos, que componente dessa cadeia alimentar apresentar maior teor de mercrio no organismo se nessa lagoa ocorrer um derramamento desse metal? a) As aves, pois so os predadores do topo dessa cadeia e acumulam mercrio incorporado

    pelos componentes dos demais elos. b) Os caramujos, pois se alimentam das razes das plantas, que acumulam maior quantidade

    de metal. c) Os grandes peixes, pois acumulam o mercrio presente nas plantas e nos peixes pequenos. d) Os pequenos peixes, pois acumulam maior quantidade de mercrio, j que se alimentam

    das plantas contaminadas. e) As plantas aquticas, pois absorvem grande quantidade de mercrio da gua atravs de

    suas razes e folhas. 38. (Enem 2010) No ano de 2000, um vazamento em dutos de leo na baa de Guanabara (RJ) causou um dos maiores acidentes ambientais do Brasil. Alm de afetar a fauna e a flora, o acidente abalou o equilbrio da cadeia alimentar de toda a baa. O petrleo forma uma pelcula na superfcie da gua, o que prejudica as trocas gasosas da atmosfera com a gua e desfavorece a realizao de fotossntese pelas algas, que esto na base da cadeia alimentar hdrica. Alm disso, o derramamento de leo contribuiu para o envenenamento das rvores e, consequentemente, para a intoxicao da fauna e flora aquticas, bem como conduziu morte diversas espcies de animais, entre outras formas de vida, afetando tambm a atividade pesqueira.

    LAUBIER, L. Diversidade da Mar Negra. In: Scientific American Brasil 4(39), ago. 2005 (adaptado).

    A situao exposta no texto e suas implicaes a) indicam a independncia da espcie humana com relao ao ambiente marinho. b) alertam para a necessidade do controle da poluio ambiental para reduo do efeito estufa. c) ilustram a interdependncia das diversas formas de vida (animal, vegetal e outras) e o seu

    habitat. d) indicam a alta resistncia do meio ambiente ao do homem, alm de evidenciar a sua

    sustentabilidade mesmo em condies extremas de poluio. e) evidenciam a grande capacidade animal de se adaptar s mudanas ambientais, em

    contraste com a baixa capacidade das espcies vegetais, que esto na base da cadeia alimentar hdrica.

    39. (Enem 2010) O despejo de dejetos de esgotos domsticos e industriais vem causando srios problemas aos rios brasileiros. Esses poluentes so ricos em substncias que contribuem para a eutrofizao de ecossistemas, que um enriquecimento da gua por nutrientes, o que provoca um grande crescimento bacteriano e, por fim, pode promover escassez de oxignio. Uma maneira de evitar a diminuio da concentrao de oxignio no ambiente : a) Aquecer as guas dos rios para aumentar a velocidade de decomposiao dos dejetos. b) Retirar do esgoto os materiais ricos em nutrientes para diminuir a sua concentrao nos rios. c) Adicionar bactrias anaerbicas s guas dos rios para que elas sobrevivam mesmo sem o

    oxignio. d) Substituir produtos no degradveis por biodegradveis para que as bactrias possam

    utilizar os nutrientes. e) Aumentar a solubilidade dos dejetos no esgoto para que os nutrientes fiquem mais

    acessveis s bactrias. 40. (Enem 2 aplicao 2010) A interferncia do homem no meio ambiente tem feito com que espcies de seres vivos desapaream muito mais rapidamente do que em pocas anteriores. Vrios mecanismos de proteo ao planeta tm sido discutidos por cientistas, organizaes e governantes. Entre esses mecanismos, destaca-se o acordado na Conveno sobre a Diversidade Biolgica durante a Rio 92, que afirma que a nao tem direito sobre a variedade de vida contida no seu territrio e o dever de conserv-la, utilizando-se dela de forma sustentvel.

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    A dificuldade encontrada pelo Brasil em seguir o acordo da Conveno sobre a Diversidade Biolgica decorre, entre outros fatores, do fato de a a) extino de vrias espcies ter ocorrido em larga escala. b) alta biodiversidade no pas impedir a sua conservao. c) utilizao de espcies nativas de forma sustentvel ser utpica. d) grande extenso de nosso territrio dificultar a sua fiscalizao. e) classificao taxonmica de novas espcies ocorrer de forma lenta. 41. (Enem 2 aplicao 2010)

    A tirinha mostra que o ser humano, na busca de atender suas necessidades e de se apropriar dos espaos, a) adotou a acomodao evolucionria como forma de sobrevivncia ao se dar conta de suas

    deficincias impostas pelo meio ambiente. b) utilizou o conhecimento e a tcnica para criar equipamentos que lhe permitiram compensar

    as suas limitaes fsicas. c) levou vantagens em relao aos seres de menor estatura, por possuir um fsico bastante

    desenvolvido, que lhe permitia muita agilidade. d) dispensou o uso da tecnologia por ter um organismo adaptvel aos diferentes tipos de meio

    ambiente. e) sofreu desvantagens em relao a outras espcies, por utilizar os recursos naturais como

    forma de se apropriar dos diferentes espaos. 42. (Enem 2 aplicao 2010) A perda de pelos foi uma adaptao s mudanas ambientais, que foraram nossos ancestrais a deixar a vida sedentria e viajar enormes distncias procura de gua e comida. Junto com o surgimento de membros mais alongados e com a substituio de glndulas apcrinas (produtoras de suor oleoso e de lenta evaporao) por glndulas crinas (suor aquoso e de rpida evaporao), a menor quantidade de pelos teria favorecido a manuteno de uma temperatura corporal saudvel nos trpicos castigados por calor sufocante, em que viveram nossos ancestrais.

    Scientific American. Brasil, mar. 2010 (adaptado). De que maneira o tamanho dos membros humanos poderia estar associado regulao da temperatura corporal? a) Membros mais longos apresentam maior relao superfcie/volume, facilitando a perda de

    maior quantidade de calor. b) Membros mais curtos tm ossos mais espessos, que protegem vasos sanguneos contra a

    perda de calor. c) Membros mais curtos desenvolvem mais o panculo adiposo, sendo capazes de reter maior

    quantidade de calor. d) Membros mais longos possuem pele mais fina e com menos pelos, facilitando a perda de

    maior quantidade de calor. e) Membros mais longos tm maior massa muscular, capazes de produzir e dissipar maior

    quantidade de calor.

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    43. (Enem 2010) Alguns anfbios e rpteis so adaptados vida subterrnea. Nessa situao, apresentam algumas caractersticas corporais como, por exemplo, ausncia de patas, corpo anelado que facilita o deslocamento no subsolo e, em alguns casos, ausncia de olhos. Suponha que um bilogo tentasse explicar a origem das adaptaes mencionadas no texto utilizando conceitos da teoria evolutiva de Lamarck. Ao adotar esse ponto de vista, ele diria que a) as caractersticas citadas no texto foram originadas pela seleo natural. b) a ausncia de olhos teria sido causada pela falta de uso dos mesmos, segundo a lei do uso

    e desuso. c) o corpo anelado uma caracterstica fortemente adaptativa, mas seria transmitida apenas

    primeira gerao de descendentes. d) as patas teriam sido perdidas pela falta de uso e, em seguida, essa caracterstica foi

    incorporada ao patrimnio gentico e ento transmitida aos descendentes. e) as caractersticas citadas no texto foram adquiridas por meio de mutaes e depois, ao

    longo do tempo, foram selecionadas por serem mais adaptadas ao ambiente em que os organismos se encontram.

    44. (Enem 2 aplicao 2010) Experimentos realizados no sculo XX demonstraram que hormnios femininos e mediadores qumicos atuam no comportamento materno de determinados animais, como cachorros, gatos e ratos, reduzindo o medo e a ansiedade, o que proporciona maior habilidade de orientao espacial. Por essa razo, as fmeas desses animais abandonam a prole momentaneamente, a fim de encontrar alimentos, o que ocorre com facilidade e rapidez. Ainda, so capazes de encontrar rapidamente o caminho de volta para proteger os filhotes. VARELLA, D. Borboletas da alma: escritos sobre cincia e sade. Companhia das Letras, 2006

    (adaptado). Considerando a situao descrita sob o ponto de vista da hereditariedade e da evoluo biolgica, o comportamento materno decorrente da ao das substncias citadas a) transmitido de gerao a gerao, sendo que indivduos portadores dessas caractersticas

    tero mais chance de sobreviver e deixar descendentes com as mesmas caractersticas. b) transmitido em intervalos de geraes, alternando descendentes machos e fmeas, ou seja,

    em uma gerao recebem a caracterstica apenas os machos e, na outra gerao, apenas as fmeas.

    c) determinado pela ao direta do ambiente sobre a fmea quando ela est no perodo gestacional, portanto todos os descendentes recebero as caractersticas.

    d) determinado pelas fmeas, na medida em que elas transmitem o material gentico necessrio produo de hormnios e dos mediadores qumicos para sua prole de fmeas, durante o perodo gestacional.

    e) determinado aps a fecundao, pois os espermatozoides dos machos transmitem as caractersticas para a prole e, ao nascerem, os indivduos so selecionados pela ao do ambiente.

    45. (Enem 2 aplicao 2010) Segundo Jeffrey M. Smith, pesquisador de um laboratrio que faz anlises de organismos geneticamente modificados, aps a introduo da soja transgnica no Reino Unido, aumentaram em 50% os casos de alergias. O gene que colocado na soja cria uma protena nova que at ento no existia na alimentao humana, a qual poderia ser potencialmente alergnica, explica o pesquisador.

    Correio do Estado/MS. 19 abr. 2004 (adaptado).

    Considerando-se as informaes do texto, os gros transgnicos que podem causar alergias aos indivduos que iro consumi-los so aqueles que apresentam, em sua composio, protenas a) que podem ser reconhecidas como antignicas pelo sistema imunolgico desses

    consumidores. b) que no so reconhecidas pelos anticorpos produzidos pelo sistema imunolgico desses

    consumidores.

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    c) com estrutura primria idntica s j encontradas no sistema sanguneo desses consumidores.

    d) com sequncia de aminocidos idntica s produzidas pelas clulas brancas do sistema sanguneo desses consumidores.

    e) com estrutura quaternria idntica dos anticorpos produzidos pelo sistema imunolgico desses consumidores.

    46. (Enem 2010) Investigadores das Universidades de Oxford e da Califrnia desenvolveram uma variedade de Aedes aegypti geneticamente modificada que candidata para uso na busca de reduo na transmisso do vrus da dengue. Nessa nova variedade de mosquito, as fmeas no conseguem voar devido interrupo do desenvolvimento do msculo das asas. A modificao gentica introduzida um gene dominante condicional, isso , o gene tem expresso dominante (basta apenas uma cpia do alelo) e este s atua nas fmeas.

    FU, G. et al. Female-specific hightiess phenotype for mosquito control. PNAS 107 (10): 4550-4554, 2010.

    Prev-se, porm, que a utilizao dessa variedade de Aedes aegypti demore ainda anos para ser implementada, pois h demanda de muitos estudos com relao ao impacto ambiental. A liberao de machos de Aedes aegypti dessa variedade geneticamente modificada reduziria o nmero de casos de dengue em uma determinada regio porque a) diminuiria o sucesso reprodutivo desses machos transgnicos. b) restringiria a rea geogrfica de voo dessa espcie de mosquito. c) dificultaria a contaminao e reproduo do vetor natural da doena. d) tomaria o mosquito menos resistente ao agente etiolgico da doena. e) dificultaria a obteno de alimentos pelos machos geneticamente modificados. 47. (Enem 2 aplicao 2010) A Sndrome da Imunocincia Adquirida (AIDS) a manifestao clnica da infeco pelo vrus HIV, que leva, em mdia, oito anos para se manifestar. No Brasil, desde a identificao do primeiro caso de AIDS em 1980 at junho de 2007, j foram identificados cerca de 174 mil casos da doena. O pas acumulou, aproximadamente, 192 mil bitos devido AIDS at junho de 2006, sendo as taxas de mortalidade crescentes at meados da dcada de 1990 e estabilizando-se em cerca de 11 mil bitos anuais desde 1998. [...] A partir do ano 2000, essa taxa se estabilizou em cerca de 6,4 bitos por 100 mil habitantes, sendo esta estabilizao mais evidente em So Paulo e no Distrito Federal.

    Disponvel em: http://www.aids.gov.br. Acesso em: 01 maio 2009 (adaptado).

    A reduo nas taxas de mortalidade devido AIDS a partir da dcada de 1990 decorrente a) do aumento do uso de preservativos nas relaes sexuais, que torna o vrus HIV menos

    letal. b) da melhoria das condies alimentares dos soropositivos, a qual fortalece o sistema

    imunolgico deles. c) do desenvolvimento de drogas que permitem diferentes formas de ao contra o vrus HIV. d) das melhorias sanitrias implementadas nos ltimos 30 anos, principalmente nas grandes

    capitais. e) das campanhas que estimulam a vacinao contra o vrus e a busca pelos servios de

    sade. 48. (Enem 2 aplicao 2010) Em 2009, o municpio maranhense de Bacabal foi fortemente atingido por enchentes, submetendo a populao local a viver em precrias condies durante algum tempo. Em razo das enchentes, os agentes de sade manifestaram, na ocasio, temor pelo aumento dos casos de doenas como, por exemplo, a malria, a leptospirose, a leishmaniose e a esquistossomose.

    Cidades inundadas enfrentam aumento de doenas. Folha Online. 22 abr. 2009. Disponvel em: http://www1.folha.uol.com.br.

    Acesso: em 28 abr. 2010 (adaptado).

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    Que medidas o responsvel pela promoo da sade da populao afetada pela enchente deveria sugerir para evitar o aumento das doenas mencionadas no texto, respectivamente? a) Evitar o contato com a gua contaminada por mosquitos, combater os percevejos

    hematfagos conhecidos como barbeiros, eliminar os caramujos do gnero Biomphalaria e combater o mosquito Anopheles.

    b) Combater o mosquito Anopheles, evitar o contato com a gua suja acumulada pelas enchentes, combater o mosquito flebtomo e eliminar caramujos do gnero Biomphalaria.

    c) Eliminar os caramujos do gnero Biomphalaria, combater o mosquito flebtomo, evitar o contato com a gua suja acumulada pelas enchentes e combater o mosquito Aedes.

    d) Combater o mosquito Aedes, evitar o contato com a gua suja acumulada pelas enchentes, eliminar os caramujos do gnero Biomphalaria e combater os percevejos hematfagos conhecidos como barbeiros.

    e) Combater o mosquito Aedes, eliminar os caramujos do gnero Biomphalaria, combater o mosquito flebtomo e evitar o contato com a gua contaminada por mosquitos.

    49. (Enem 2 aplicao 2010) Os corais que formam o banco dos Abrolhos, na Bahia, podem estar extintos at 2050 devido a uma epidemia. Por exemplo, os corais-crebro j tiveram cerca de 10% de sua populao afetada pela praga-branca, a mais prevalente da seis doenas identificadas em Abrolhos, causada provavelmente por uma bactria. Os cientistas atribuem a proliferao das patologias ao aquecimento global e poluio marinha. O aquecimento global reduziria a imunidade dos corais ou estimularia os patgenos causadores desses males, trazendo novos agentes infecciosos.

    FURTADO, F. Peste branca no mar. Cincia hoje. Rio de Janeiro, v. 42, n. 251, ago. 2008 (adaptado).

    A fim de combater a praga-branca, a medida mais apropriada, segura e de efeitos mais duradouros seria a) aplicar antibiticos nas guas litorneas de Abrolhos. b) substituir os aterros sanitrios por centros de reciclagem de lixo. c) introduzir nas guas de Abrolhos espcies que se alimentem da bactria causadora da

    doena. d) aumentar, mundialmente, o uso de transportes coletivos e diminuir a queima de derivados de

    petrleo. e) criar uma lei que proteja os corais, impedindo que mergulhadores e turistas se aproximem

    deles e os contaminem. 50. (Enem 2 aplicao 2010) As estrelas do mar comem ostras, o que resulta em efeitos econmicos negativos para criadores e pescadores. Por isso, ao se depararem com esses predadores em suas dragas, costumavam pegar as estrelas-do-mar, parti-las ao meio e atir-las de novo gua. Mas o resultado disso no era a eliminao das estrelas-do-mar, e sim o aumento do seu nmero.

    DONAVEL, D. A bela uma fera. Super Interessante. Disponvel em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 30 abr. 2010 (adaptado).

    A partir do texto e do seu conhecimento a respeito desses organismos, a explicao para o aumento da populao de estrelas-do-mar baseia-se no fato de elas possurem a) papilas respiratrias que facilitaram sua reproduo e respirao por mais tempo no

    ambiente. b) ps ambulacrrios que facilitaram a reproduo e a locomoo do equinodermo pelo

    ambiente aqutico. c) espinhos na superfcie do corpo que facilitaram sua proteo e reproduo, contribuindo

    para a sua sobrevivncia. d) um sistema de canais que contriburam na distribuio de gua pelo seu corpo e ajudaram

    bastante em sua reproduo. e) alta capacidade regenerativa e reprodutiva, sendo cada parte seccionada capaz de dar

    origem a um novo indivduo.

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    51. (Enem 2010) O uso prolongado de lentes de contato, sobretudo durante a noite, aliado a condies precrias de higiene representam fatores de risco para o aparecimento de uma infeco denominada ceratite microbiana, que causa ulcerao inflamatria da crnea. Para interromper o processo da doena, necessrio tratamento antibitico. De modo geral, os fatores de risco provocam a diminuio da oxigenao corneana e determinam mudanas no seu metabolismo, de um estado aerbico para anaerbico. Como decorrncia, observa-se a diminuio no nmero e na velocidade de mitoses do epitlio, o que predispe ao aparecimento de defeitos epiteliais e invaso bacteriana.

    CRESTA. F. Lente de contato e infeco ocular. Revista Sinopse de Oftalmologia. So Paulo: Moreira Jr., v, n.04, 04. 2002 (adaptado).

    A instalao das bactrias e o avano do processo infeccioso na crnea esto relacionados a algumas caractersticas gerais desses microrganismos, tais como: a) A grande capacidade de adaptao, considerando as constantes mudanas no ambiente em

    que se reproduzem e o processo aerbico como a melhor opo desses microrganismos para a obteno de energia.

    b) A grande capacidade de sofrer mutaes, aumentando a probabilidade do aparecimento de formas resistentes e o processo anaerbico da fermentao como a principal via de obteno de energia.

    c) A diversidade morfolgica entre as bactrias, aumentando a variedade de tipos de agentes infecciosos e a nutrio heterotrfica, como forma de esses microrganismos obterem matria-prima e energia.

    d) O alto poder de reproduo, aumentando a variabilidade gentica dos milhares de indivduos e a nutrio heterotrfica, como nica forma de obteno de matria-prima e energia desses microrganismos.

    e) O alto poder de reproduo, originando milhares de descendentes geneticamente idnticos entre si e a diversidade metablica, considerando processos aerbicos e anaerbicos para a obteno de energia.

    52. (Enem 2 aplicao 2010) A produo de hormnios vegetais (como a auxina, ligada ao crescimento vegetal) e sua distribuio pelo organismo so fortemente influenciadas por fatores ambientais. Diversos so os estudos que buscam compreender melhor essas influncias. O experimento seguinte integra um desses estudos.

    O fato de a planta do experimento crescer na direo horizontal, e no na vertical, pode ser explicado pelo argumento de que o giro faz com que a auxina se a) distribua uniformemente nas faces do caule, estimulando o crescimento de todas elas de

    forma igual. b) acumule na face inferior do caule e, por isso, determine um crescimento maior dessa parte.

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    c) concentre na extremidade do caule e, por isso, iniba o crescimento nessa parte. d) distribua uniformemente nas faces do caule e, por isso, iniba o crescimento de todas elas. e) concentre na face inferior do caule e, por isso, iniba a atividade das gemas laterais. 53. (Enem 2 aplicao 2010) Os frutos so exclusivos das angiospermas, e a disperso das sementes dessas plantas muito importante para garantir seu sucesso reprodutivo, pois permite a conquista de novos territrios. A disperso favorecida por certas caractersticas dos frutos (ex.: cores fortes e vibrantes, gosto e odor agradveis, polpa suculenta) e das sementes (ex.: presena de ganchos e outras estruturas fixadoras que se aderem s penas e pelos de animais, tamanho reduzido, leveza e presena de expanses semelhantes a asas). Nas matas brasileiras, os animais da fauna silvestre tm uma importante contribuio na disperso de sementes e, portanto, na manuteno da diversidade da flora.

    CHIARADIA, A. Mini-manual de pesquisa: Biologia. Jun. 2004 (adaptado). Das caractersticas de frutos e sementes apresentadas, quais esto diretamente associadas a um mecanismo de atrao de aves e mamferos? a) Ganchos que permitem a adeso aos pelos e penas. b) Expanses semelhantes a asas que favorecem a flutuao. c) Estruturas fixadoras que se aderem s asas das aves. d) Frutos com polpa suculenta que fornecem energia aos dispersores. e) Leveza e tamanho reduzido das sementes, que favorecem a flutuao. 54. (Enem 2 aplicao 2010) Um molusco, que vive no litoral oeste dos EUA, pode redefinir tudo o que se sabe sobre a diviso entre animais e vegetais. Isso porque o molusco (Elysia chlorotica) um hbrido de bicho com planta. Cientistas americanos descobriram que o molusco conseguiu incorporar um gene das algas e, por isso, desenvolveu a capacidade de fazer fotossntese. o primeiro animal a se alimentar apenas de luz e CO2, como as plantas.

    GARATONI, B. Superinteressante. Edio 276, mar. 2010 (adaptado). A capacidade de o molusco fazer fotossntese deve estar associada ao fato de o gene incorporado permitir que ele passe a sintetizar a) clorofila, que utiliza a energia do carbono para produzir glicose. b) citocromo, que utiliza a energia da gua para formar oxignio. c) clorofila, que doa eltrons para converter gs carbnico em oxignio. d) citocromo, que doa eltrons da energia luminosa para produzir glicose. e) clorofila, que transfere a energia da luz para compostos orgnicos. 55. (Enem 2 aplicao 2010) O aquecimento global, ocasionado pelo aumento do efeito estufa, tem como uma de suas causas a disponibilizao acelerada de tomos de carbono para a atmosfera. Essa disponibilizao acontece, por exemplo, na queima de combustveis fsseis, como a gasolina, os leos e o carvo, que libera o gs carbnico (CO2) para a atmosfera. Por outro lado, a produo de metano (CH4), outro gs causador do efeito estufa, est associada pecuria e degradao de matria orgnica em aterros sanitrios. Apesar dos problemas causados pela disponibilizao acelerada dos gases citados, eles so imprescindveis vida na Terra e importantes para a manuteno do equilbrio ecolgico, porque, por exemplo, o a) metano fonte de carbono para os organismos fotossintetizantes. b) metano fonte de hidrognio para os organismos fotossintetizantes. c) gs carbnico fonte de energia para os organismos fotossintetizantes. d) gs carbnico fonte de carbono inorgnico para os organismos fotossintetizantes. e) gs carbnico fonte de oxignio molecular para os organismos heterotrficos aerbios. 56. (Enem 2010) Diversos comportamentos e funes fisiolgicas do nosso corpo so peridicos; sendo assim, so classificados como ritmo biolgico. Quando o ritmo biolgico responde a um perodo aproximado de 24 horas, ele denominado ritmo circadiano. Esse ritmo dirio mantido pelas pistas ambientais de claro-escuro e determina comportamentos

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    como o ciclo do sono-viglia e o da alimentao. Uma pessoa, em condies normais, acorda s 8 h e vai dormir s 21 h, mantendo seu ciclo de sono dentro do ritmo dia e noite. Imagine que essa mesma pessoa tenha sido mantida numa sala totalmente escura por mais de quinze dias. Ao sair de l, ela dormia s 18 h e acordava s 3 h da manh. Alm disso, dormia mais vezes durante o dia, por curtos perodos de tempo, e havia perdido a noo da contagem dos dias, pois, quando saiu, achou que havia passado muito mais tempo no escuro.

    BRANDO, M. L. Psicofisiologia. So Paulo: Atheneu, 2000 (adaptado). Em funo das caractersticas observadas, conclui-se que a pessoa a) apresentou aumento do seu perodo de sono contnuo e passou a dormir durante o dia, pois

    seu ritmo biolgico foi alterado apenas no perodo noturno. b) apresentou pouca alterao do seu ritmo circadiano, sendo que sua noo de tempo foi

    alterada somente pela sua falta de ateno passagem do tempo. c) estava com seu ritmo j alterado antes de entrar na sala, o que significa que apenas

    progrediu para um estado mais avanado de perda do ritmo biolgico no escuro. d) teve seu ritmo biolgico alterado devido ausncia de luz e de contato com o mundo

    externo, no qual a noo de tempo de um dia modulada pela presena ou ausncia do sol. e) deveria no ter apresentado nenhuma mudana do seu perodo de sono porque, na

    realidade, continua com o seu ritmo normal, independentemente do ambiente em que seja colocada.

    57. (Enem 2010) Um ambiente capaz de asfixiar todos os animais conhecidos do planeta foi colonizado por pelo menos trs espcies diferentes de invertebrados marinhos. Descobertos a mais de 3.000 m de profundidade no Mediterrneo, eles so os primeiros membros do reino animal a prosperar mesmo diante da ausncia total de oxignio. At agora, achava-se que s bactrias pudessem ter esse estilo de vida. No admira que os bichos pertenam a um grupo pouco conhecido, o dos loricferos, que mal chegam a 1,0 mm. Apesar do tamanho, possuem cabea, boca, sistema digestivo e uma carapaa. A adaptao dos bichos vida no sufoco to profunda que suas clulas dispensaram as chamadas mitocndrias.

    LOPES, R. J. Italianos descobrem animal que vive em agua sem oxigenio. Disponvel em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 10 abr. 2010 (adaptado).

    Que substncias poderiam ter a mesma funo do O2 na respirao celular realizada pelos loricferos? a) S e CH4 b) S e NO3 c) H2 e NO3 d) CO2 e CH4 e) H2 e CO2 58. (Enem 2 aplicao 2010) A cafena atua no crebro, bloqueando a ao natural de um componente qumico associado ao sono, a adenosina. Para uma clula nervosa, a cafena se parece com a adenosina e combina-se com seus receptores. No entanto, ela no diminui a atividade das clulas da mesma forma. Ento, ao invs de diminuir a atividade por causa do nvel de adenosina, as clulas aumentam sua atividade, fazendo com que os vasos sanguneos do crebro se contraiam, uma vez que a cafena bloqueia a capacidade da adenosina de dilat-los. Com a cafena bloqueando a adenosina, aumenta a excitao dos neurnios, induzindo a hipfise a liberar hormnios que ordenam s suprarrenais que produzam adrenalina, considerada o hormnio do alerta.

    Disponvel em: http://ciencia.hsw.uol.com.br. Acesso em: 23 abr. 2010 (adaptado).

    Infere-se do texto que o objetivo da adio de cafena em alguns medicamentos contra a dor de cabea a) contrair os vasos sanguneos do crebro, diminuindo a compresso sobre as terminaes

    nervosas. b) aumentar a produo de adrenalina, proporcionando uma sensao de analgesia.

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    c) aumentar os nveis de adenosina, diminuindo a atividade das clulas nervosas do crebro. d) induzir a hipfise a liberar hormnios, estimulando a produo de adrenalina. e) excitar os neurnios, aumentando a transmisso de impulsos nervosos. 59. (Enem 2 aplicao 2010) A utilizao de clulas-tronco do prprio indivduo (autotransplante) tem apresentado sucesso como terapia medicinal para a regenerao de tecidos e rgos cujas clulas perdidas no tm capacidade de reproduo, principalmente em substituio aos transplantes, que causam muitos problemas devido rejeio pelos receptores. O autotransplante pode causar menos problemas de rejeio quando comparado aos transplantes tradicionais, realizados entre diferentes indivduos. Isso porque as a) clulas-tronco se mantm indiferenciadas aps sua introduo no organismo do receptor. b) clulas provenientes de transplantes entre diferentes indivduos envelhecem e morrem

    rapidamente. c) clulas-tronco, por serem doadas pelo prprio indivduo receptor, apresentam material

    gentico semelhante. d) clulas transplantadas entre diferentes indivduos se diferenciam em tecidos tumorais no

    receptor. e) clulas provenientes de transplantes convencionais no se reproduzem dentro do corpo do

    receptor. 60. (Enem 2010) A crie dental resulta da atividade de bactrias que degradam os acares e os transformam em cidos que corroem a poro mineralizada dos dentes. O flor, juntamente com o clcio e um acar chamado xilitol, agem inibindo esse processo. Quando no se escovam os dentes corretamente e neles acumulam-se restos de alimentos, as bactrias que vivem na boca aderem aos dentes, formando a placa bacteriana ou biofilme. Na placa, elas transformam o acar dos restos de alimentos em cidos, que corroem o esmalte do dente formando uma cavidade, que a crie. Vale lembrar que a placa bacteriana se forma mesmo na ausncia de ingesto de carboidratos fermentveis, pois as bactrias possuem polissacardeos intracelulares de reserva.

    Disponvel em: http://www.diariodasaude.com.br. Acesso em: 11 ago. 2010 (adaptado). carie 1. destruio de um osso por corroso progressiva. * crie dentria: efeito da destruio da estrutura dentria por bactrias.

    HOUAISS, Antnio. Dicionario eletronico. Verso 1.0. Editora Objetiva, 2001 (adaptado). A partir da leitura do texto, que discute as causas do aparecimento de cries, e da sua relao com as informaes do dicionrio, conclui-se que a crie dental resulta, principalmente, de a) falta de flor e de clcio na alimentao diria da populao brasileira. b) consumo exagerado do xilitol, um acar, na dieta alimentar diria do indivduo. c) reduo na proliferao bacteriana quando a saliva desbalanceada pela m alimentao. d) uso exagerado do flor, um agente que em alta quantidade torna-se txico formao dos

    dentes. e) consumo excessivo de acares na alimentao e m higienizao bucal, que contribuem

    para a proliferao de bactrias. 61. (Enem 2010) Trs dos quatro tipos de testes atualmente empregados para a deteco de prons patognicos em tecidos cerebrais de gado morto so mostrados nas figuras a seguir. Uma vez identificado um animal morto infectado, funcionrios das agncias de sade pblica e fazendeiro podem remov-lo do suprimento alimentar ou rastrear os alimentos infectados que o animal possa ter consumido.

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    Analisando os testes I, II e III, para a deteco de prons patognicos, identifique as condies em que os resultados foram positivos para a presena de prons no trs testes: a) Animal A, lmina B e gel A. b) Animal A, lmina A e gel B. c) Animal B, lmina A e gel B. d) Animal B, lmina B e gel A. e) Animal A, lmina B e gel B. 62. (Enem 2010) A vacina, o soro e os antibiticos submetem os organismos a processos biolgicos diferentes. Pessoas que viajam para regies em que ocorrem altas incidncias de febre amarela, de picadas de cobras peonhentas e de leptospirose e querem evitar ou tratar problemas de sade relacionados a essas ocorrncias devem seguir determinadas orientaes. Ao procurar um posto de sade, um viajante deveria ser orientado por um mdico a tomar preventivamente ou como medida de tratamento a) antibitico contra o vrus da febre amarela, soro antiofdico caso seja picado por uma cobra e

    vacina contra a leptospirose. b) vacina contra o vrus da febre amarela, soro antiofdico caso seja picado por uma cobra e

    antibitico caso entre em contato com a Leptospira sp. c) soro contra o vrus da febre amarela, antibitico caso seja picado por uma cobra e soro

    contra toxinas bacterianas. d) antibitico ou soro, tanto contra o vrus da febre amarela como para veneno de cobras, e

    vacina contra a leptospirose. e) soro antiofdico e antibitico contra a Leptospira sp e vacina contra a febre amarela caso

    entre em contato com o vrus causador da doena.

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    63. (Enem 2 aplicao 2010) A tabela apresenta dados comparados de respostas de brasileiros, norte-americanos e europeus a perguntas relacionadas compreenso de fatos cientficos pelo pblico leigo. Aps cada afirmativa, entre parnteses, aparece se a afirmativa Falsa ou Verdadeira. Nas trs colunas da direita aparecem os respectivos percentuais de acertos dos trs grupos sobre essas afirmativas.

    % respostas certas

    Pesquisa Brasileiros Norte-americanos Europeus Os antibiticos matam tanto vrus quanto bactrias. (Falsa)

    41,8 51,0 39,7

    Os continentes tm mudado sua posio no decorrer dos milnios. (Verdadeira)

    78,1 79,0 81,8

    O Homo sapiens originou-se a partir de uma espcie animal anterior. (Verdadeira)

    56,4 53,0 68,6

    Os eltrons so menores que os tomos. (Verdadeira)

    53,6 48,0 41,3

    Os primeiros homens viveram no mesmo perodo que os dinossauros. (Falsa)

    61,2 48,0 59,4

    Percepo pblica de cincia: uma reviso metodolgica e resultados para So Paulo. Indicadores de cincia, tecnologia e inovao em So Paulo. So Paulo: Fapesp, 2004

    (adaptado).

    De acordo com os dados apresentados na tabela, os norte-americanos, em relao aos europeus e aos brasileiros, demonstram melhor compreender o fato cientfico sobre a) a ao dos antibiticos. b) a origem do ser humano. c) os perodos da pr-histria. d) o deslocamento dos continentes. e) o tamanho das partculas atmicas. 64. (Enem 2009) Um medicamento, aps ser ingerido, atinge a corrente sangunea e espalha-se pelo organismo, mas, como suas molculas no sabem onde que est o problema, podem atuar em locais diferentes do local alvo e desencadear efeitos alm daqueles desejados. No seria perfeito se as molculas dos medicamentos soubessem exatamente onde est o problema e fossem apenas at aquele local exercer sua ao? A tcnica conhecida como iontoforese, indolor e no invasiva, promete isso. Como mostram as figuras, essa nova tcnica baseia-se na aplicao de uma corrente eltrica de baixa intensidade sobre a pele do paciente, permitindo que frmacos permeiem membranas biolgicas e alcancem a corrente sangunea, sem passar pelo estmago. Muitos pacientes relatam apenas um formigamento no local de aplicao. O objetivo da corrente eltrica formar poros que permitam a passagem do frmaco de interesse. A corrente eltrica distribuda por eletrodos, positivo e negativo, por meio de uma soluo aplicada sobre a pele. Se a molcula do medicamento tiver carga eltrica positiva ou negativa, ao entrar em contato com o eletrodo de carga de mesmo sinal, ela ser repelida e forada a entrar na pele (eletrorrepulso - A). Se for neutra, a molcula ser forada a entrar na pele juntamente com o fluxo de solvente fisiolgico que se forma entre os eletrodos (eletrosmose - B).

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    De acordo com as informaes contidas no texto e nas figuras, o uso da iontoforese a) provoca ferimento na pele do paciente ao serem introduzidos os eletrodos, rompendo o

    epitlio. b) aumenta o risco de estresse nos pacientes, causado pela aplicao da corrente eltrica. c) inibe o mecanismo de ao dos medicamentos no tecido-alvo, pois estes passam a entrar

    por meio da pele. d) diminui o efeito colateral dos medicamentos, se comparados com aqueles em que a ingesto

    se faz por via oral. e) deve ser eficaz para medicamentos constitudos de molculas polares e ineficaz, se essas

    forem apolares. 65. (Enem 2009) Os seres vivos apresentam diferentes ciclos de vida, caracterizados pelas fases nas quais gametas so produzidos e pelos processos reprodutivos que resultam na gerao de novos indivduos. Considerando-se um modelo simplificado padro para gerao de indivduos viveis, a alternativa que corresponde ao observado em seres humanos :

    a)

    b)

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    c)

    d)

    e) 66. (Enem 2009) Estima-se que haja atualmente no mundo 40 milhes de pessoas infectadas pelo HIV (o vrus que causa a AIDS), sendo que as taxas de novas infeces continuam crescendo, principalmente na frica, sia e Rssia. Nesse cenrio de pandemia, uma vacina contra o HIV teria imenso impacto, pois salvaria milhes de vidas. Certamente seria um marco na histria planetria e tambm uma esperana para as populaes carentes de tratamento antiviral e de acompanhamento mdico.

    TANURI, A.; FERREIRA JUNIOR, O. C. Vacina contra Aids: desafios e esperanas. Cincia Hoje (44) 26, 2009 (adaptado).

    Uma vacina eficiente contra o HIV deveria a) induzir a imunidade, para proteger o organismo da contaminao viral. b) ser capaz de alterar o genoma do organismo portador, induzindo a sntese de enzimas

    protetoras. c) produzir antgenos capazes de se ligarem ao vrus, impedindo que este entre nas clulas do

    organismo humano. d) ser amplamente aplicada em animais, visto que esses so os principais transmissores do

    vrus para os seres humanos. e) estimular a imunidade, minimizando a transmisso do vrus por gotculas de saliva. 67. (Enem 2009) O lixo orgnico de casa constitudo de restos de verduras, frutas, legumes, cascas de ovo, aparas de grama, entre outros , se for depositado nos lixes, pode contribuir para o aparecimento de animais e de odores indesejveis.

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    Entretanto, sua reciclagem gera um excelente adubo orgnico, que pode ser usado no cultivo de hortalias, frutferas e plantas ornamentais. A produo do adubo ou composto orgnico se d por meio da compostagem, um processo simples que requer alguns cuidados especiais. O material que acumulado diariamente em recipientes prprios deve ser revirado com auxlio de ferramentas adequadas, semanalmente, de forma a homogeneiz-lo. preciso tambm umedec-lo periodicamente. O material de restos de capina pode ser intercalado entre uma camada e outra de lixo da cozinha. Por meio desse mtodo, o adubo orgnico estar pronto em aproximadamente dois a trs meses.

    Como usar o lixo orgnico em casa? Cincia Hoje, v. 42, jun. 2008 (adaptado). Suponha que uma pessoa, desejosa de fazer seu prprio adubo orgnico, tenha seguido o procedimento descrito no texto, exceto no que se refere ao umedecimento peridico do composto. Nessa situao, a) o processo de compostagem iria produzir intenso mau cheiro. b) o adubo formado seria pobre em matria orgnica que no foi transformada em composto. c) a falta de gua no composto vai impedir que microrganismos decomponham a matria

    orgnica. d) a falta de gua no composto iria elevar a temperatura da mistura, o que resultaria na perda

    de nutrientes essenciais. e) apenas microrganismos que independem de oxignio poderiam agir sobre a matria

    orgnica e transform-la em adubo. 68. (Enem 2009) O cultivo de camares de gua salgada vem se desenvolvendo muito nos ltimos anos na regio Nordeste do Brasil e, em algumas localidades, passou a ser a principal atividade econmica. Uma das grandes preocupaes dos impactos negativos dessa atividade est relacionada descarga, sem nenhum tipo de tratamento, dos efluentes dos viveiros diretamente no ambiente marinho, em esturios ou em manguezais. Esses efluentes possuem matria orgnica particulada e dissolvida, amnia, nitrito, nitrato, fosfatos, partculas de slidos em suspenso e outras substncias que podem ser consideradas contaminantes potenciais.

    CASTRO, C. B.; ARAGO, J. S.; COSTA-LOTUFO, L. V. Monitoramento da toxicidade de efluentes de uma fazenda de cultivo de camaro marinho. Anais do IX Congresso Brasileiro de

    Ecotoxicologia, 2006 (adaptado). Suponha que tenha sido construda uma fazenda de carcinicultura prximo a um manguezal. Entre as perturbaes ambientais causadas pela fazenda, espera-se que a) a atividade microbiana se torne responsvel pela reciclagem do fsforo orgnico excedente

    no ambiente marinho. b) a relativa instabilidade das condies marinhas torne as alteraes de fatores fsico-

    qumicos pouco crticas vida no mar. c) a amnia excedente seja convertida em nitrito, por meio do processo de nitrificao, e em

    nitrato, formado como produto intermedirio desse processo. d) os efluentes promovam o crescimento excessivo de plantas aquticas devido alta

    diversidade de espcies vegetais permanentes no manguezal. e) o impedimento da penetrao da luz pelas partculas em suspenso venha a comprometer a

    produtividade primria do ambiente marinho, que resulta da atividade metablica do fitoplncton.

    69. (Enem 2009) Uma pesquisadora deseja reflorestar uma rea de mata ciliar quase que totalmente desmatada. Essa formao vegetal um tipo de floresta muito comum nas margens de rios dos cerrados no Brasil central e, em seu clmax, possui vegetao arbrea perene e apresenta dossel fechado, com pouca incidncia luminosa no solo e nas plntulas. Sabe-se que a incidncia de luz, a disponibilidade de nutrientes e a umidade do solo so os principais fatores do meio ambiente fsico que influenciam no desenvolvimento da planta. Para testar unicamente os efeitos da variao de luz, a pesquisadora analisou, em casas de vegetao

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    com condies controladas, o desenvolvimento de plantas de 10 espcies nativas da regio desmatada sob quatro condies de luminosidade: uma sob sol pleno e as demais em diferentes nveis de sombreamento. Para cada tratamento experimental, a pesquisadora relatou se o desenvolvimento da planta foi bom, razovel ou ruim, de acordo com critrios especficos. Os resultados obtidos foram os seguintes:

    Espcie Condio de Luminosidade

    Sol pleno Sombreamento

    30% 50% 90% 1 Razovel Bom Razovel Ruim 2 Bom Razovel Ruim Ruim 3 Bom Bom Razovel Ruim 4 Bom Bom Bom Bom 5 Bom Razovel Ruim Ruim 6 Ruim Razovel Bom Bom 7 Ruim Ruim Ruim Razovel 8 Ruim Ruim Razovel Ruim 9 Ruim Razovel Bom Bom

    10 Razovel Razovel Razovel Bom Para o reflorestamento da regio desmatada, a) a espcie 8 mais indicada que a 1, uma vez que aquela possui melhor adaptao a

    regies com maior incidncia de luz. b) recomenda-se a utilizao de espcies pioneiras, isto , aquelas que suportam alta

    incidncia de luz, como as espcies 2, 3 e 5. c) sugere-se o uso de espcies exticas, pois somente essas podem suportar a alta incidncia

    luminosa caracterstica de regies desmatadas. d) espcies de comunidade clmax, como as 4 e 7, so as mais indicadas, uma vez que

    possuem boa capacidade de aclimatao a diferentes ambientes. e) recomendado o uso de espcies com melhor desenvolvimento sombra, como as plantas

    das espcies 4, 6, 7, 9 e 10, pois essa floresta, mesmo no estgio de degradao referido, possui dossel fechado, o que impede a entrada de luz.

    70. (Enem 2009) Os ratos Peromyscus polionotus encontram-se distribudos em ampla regio na Amrica do Norte. A pelagem de ratos dessa espcie varia do marrom claro at o escuro, sendo que os ratos de uma mesma populao tm colorao muito semelhante. Em geral, a colorao da pelagem tambm muito parecida cor do solo da regio em que se encontram, que tambm apresenta a mesma variao de cor, distribuda ao longo de um gradiente sul norte. Na figura, encontram-se representadas sete diferentes populaes de P. polionotus. Cada populao representada pela pelagem do rato, por uma amostra de solo e por sua posio geogrfica no mapa.

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    O mecanismo evolutivo envolvido na associao entre cores de pelagem e de substrato a) a alimentao, pois pigmentos de terra so absorvidos e alteram a cor da pelagem dos

    roedores. b) o fluxo gnico entre as diferentes populaes, que mantm constante a grande diversidade

    interpopulacional. c) a seleo natural, que, nesse caso, poderia ser entendida como a sobrevivncia diferenciada

    de indivduos com caractersticas distintas. d) a mutao gentica, que, em certos ambientes, como os de solo mais escuro, tm maior

    ocorrncia e capacidade de alterar significativamente a cor da pelagem dos animais. e) a herana de caracteres adquiridos, capacidade de organismos se adaptarem a diferentes

    ambientes e transmitirem suas caractersticas genticas aos descendentes. 71. (Enem 2009) A figura seguinte representa um modelo de transmisso da informao gentica nos sistemas biolgicos. No fim do processo, que inclui a replicao, a transcrio e a traduo, h trs formas proteicas diferentes denominadas a, b e c.

    Depreende-se do modelo que a) a nica molcula que participa da produo de protenas o DNA. b) o fluxo de informao gentica, nos sistemas biolgicos, unidirecional.

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    c) as fontes de informao ativas durante o processo de transcrio so as protenas. d) possvel obter diferentes variantes proteicas a partir de um mesmo produto de transcrio. e) a molcula de DNA possui forma circular e as demais molculas possuem forma de fita

    simples linearizadas. 72. (Enem 2009) Em um experimento, preparou-se um conjunto de plantas por tcnica de clonagem a partir de uma planta original que apresentava folhas verdes. Esse conjunto foi dividido em dois grupos, que foram tratados de maneira idntica, com exceo das condies de iluminao, sendo um grupo exposto a ciclos de iluminao solar natural e outro mantido no escuro. Aps alguns dias, observou-se que o grupo exposto luz apresentava folhas verdes como a planta original e o grupo cultivado no escuro apresentava folhas amareladas. Ao final do experimento, os dois grupos de plantas apresentaram a) os gentipos e os fentipos idnticos. b) os gentipos idnticos e os fentipos diferentes. c) diferenas nos gentipos e fentipos. d) o mesmo fentipo e apenas dois gentipos diferentes. e) o mesmo fentipo e grande variedade de gentipos. 73. (Enem 2009) Um novo mtodo para produzir insulina artificial que utiliza tecnologia de DNA recombinante foi desenvolvido por pesquisadores do Departamento de Biologia Celular da Universidade de Braslia (UnB) em parceria com a iniciativa privada. Os pesquisadores modificaram geneticamente a bactria Escherichia coli para torn-la capaz de sintetizar o hormnio. O processo permitiu fabricar insulina em maior quantidade e em apenas 30 dias, um tero do tempo necessrio para obt-la pelo mtodo tradicional, que consiste na extrao do hormnio a partir do pncreas de animais abatidos.

    Cincia Hoje, 24 abr. 2001. Disponvel em: http://cienciahoje.uol.com.br (adaptado). A produo de insulina pela tcnica do DNA recombinante tem, como consequncia, a) o aperfeioamento do processo de extrao de insulina a partir do pncreas suno. b) a seleo de microrganismos resistentes a antibiticos. c) o progresso na tcnica da sntese qumica de hormnios. d) impacto favorvel na sade de indivduos diabticos. e) a criao de animais transgnicos. 74. (Enem 2009) Uma vtima de acidente de carro foi encontrada carbonizada devido a uma exploso. Indcios, como certos adereos de metal usados pela vtima, sugerem que a mesma seja filha de um determinado casal. Uma equipe policial de percia teve acesso ao material biolgico carbonizado da vtima, reduzido, praticamente, a fragmentos de ossos. Sabe-se que possvel obter DNA em condies para anlise gentica de parte do tecido interno de ossos. Os peritos necessitam escolher, entre cromossomos autossmicos, cromossomos sexuais (X e Y) ou DNAmt (DNA mitocondrial), a melhor opo para identificao do parentesco da vtima com o referido casal. Sabe-se que, entre outros aspectos, o nmero de cpias de um mesmo cromossomo por clula maximiza a chance de se obter molculas no degradadas pelo calor da exploso. Com base nessas informaes e tendo em vista os diferentes padres de herana de cada fonte de DNA citada, a melhor opo para a percia seria a utilizao a) do DNAmt, transmitido ao longo da linhagem materna, pois, em cada clula humana, h

    vrias cpias dessa molcula. b) do cromossomo X, pois a vtima herdou duas cpias desse cromossomo, estando assim em

    nmero superior aos demais. c) do cromossomo autossmico, pois esse cromossomo apresenta maior quantidade de

    material gentico quando comparado aos nucleares, como, por exemplo, o DNAmt.

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    d) do cromossomo Y, pois, em condies normais, este transmitido integralmente do pai para toda a prole e est presente em duas cpias em clulas de indivduos do sexo feminino.

    e) de marcadores genticos em cromossomos autossmicos, pois estes, alm de serem transmitidos pelo pai e pela me, esto presentes em 44 cpias por clula, e os demais, em apenas uma.

    75. (Enem 2009) A fotossntese importante para a vida na Terra. Nos cloroplastos dos organismos fotossintetizantes, a energia solar convertida em energia qumica que, juntamente com gua e gs carbnico (CO2), utilizada para a sntese de compostos orgnicos (carboidratos). A fotossntese o nico processo de importncia biolgica capaz de realizar essa converso. Todos os organismos, incluindo os produtores, aproveitam a energia armazenada nos carboidratos para impulsionar os processos celulares, liberando CO2 para a atmosfera e gua para a clula por meio da respirao celular. Alm disso, grande frao dos recursos energticos do planeta, produzidos tanto no presente (biomassa) como em tempos remotos (combustvel fssil), resultante da atividade fotossinttica. As informaes sobre obteno e transformao dos recursos naturais por meio dos processos vitais de fotossntese e respirao, descritas no texto, permitem concluir que a) o CO2 e a gua so molculas de alto teor energtico. b) os carboidratos convertem energia solar em energia qumica. c) a vida na Terra depende, em ltima anlise, da energia proveniente do Sol. d) o processo respiratrio responsvel pela retirada de carbono da atmosfera. e) a produo de biomassa e de combustvel fssil, por si, responsvel pelo aumento de CO2 atmosfrico. 76. (Enem 2009) Analise a figura.

    Supondo que seja necessrio dar um ttulo para essa figura, a alternativa que melhor traduziria o processo representado seria: a) Concentrao mdia de lcool no sangue ao longo do dia. b) Variao da frequncia da ingesto de lcool ao longo das horas. c) Concentrao mnima de lcool no sangue a partir de diferentes dosagens. d) Estimativa de tempo necessrio para metabolizar diferentes quantidades de lcool. e) Representao grfica da distribuio de frequncia de lcool em determinada hora do dia.

  • Biologia parte 01

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    77. (Enem 2009) Para que todos os rgos do corpo humano funcionem em boas condies, necessrio que a temperatura do corpo fique sempre entre 36 C e 37 C. Para manter-se dentro dessa faixa, em dias de muito calor ou durante intensos exerccios fsicos, uma srie de mecanismos fisiolgicos acionada. Pode-se citar como o principal responsvel pela manuteno da temperatura corporal humana o sistema a) digestrio, pois produz enzimas que atuam na quebra de alimentos calricos. b) imunolgico, pois suas clulas agem no sangue, diminuindo a conduo do calor. c) nervoso, pois promove a sudorese, que permite perda de calor por meio da evaporao da

    gua. d) reprodutor, pois secreta hormnios que alteram a temperatura, principalmente durante a

    menopausa. e) endcrino, pois fabrica anticorpos que, por sua vez, atuam na variao do dimetro dos

    vasos perifricos. 78. (Enem 2009) Os planos de controle e erradicao de doenas em animais envolvem aes de profilaxia e dependem em grande medida da correta utilizao e interpretao de testes diagnsticos. O quadro mostra um exemplo hipottico de aplicao de um teste diagnstico.

    Condio real dos animais total resultado

    do teste infectado no infectado

    positivo 45 38 83 negativo 5 912 917

    total 50 950 1.000

    Manual Tcnico do Programa Nacional de Controle e Erradicao da Brucelose e da Tuberculose Animal PNCEBT. Braslia:

    Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento, 2006 (adaptado). Considerando que, no teste diagnstico, a sensibilidade a probabilidade de um animal infectado ser classificado como positivo e a especificidade a probabilidade de um animal no infectado ter resultado negativo, a interpretao do quadro permite inferir que a) a especificidade aponta um nmero de 5 falsos positivos. b) o teste,