Quando As Orações Serão Atendidas, por Christopher Love
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Transcript of Quando As Orações Serão Atendidas, por Christopher Love
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
Traduzido do original em Inglês
When Will Prayers be Heard?
By Christopher Love
Via: aPuritansMind.com
Tradução e Capa por William Teixeira
Revisado por Camila Almeida
1ª Edição: Novembro de 2014
As citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida Corrigida Fiel | ACF
Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.
Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, sob a licença Creative
Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.
Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato,
desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo
nem o utilize para quaisquer fins comerciais.
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Quando As Orações Serão Atendidas?
Por Christopher Love
DOUTRINA: Um homem deve ser levado a um estado de amizade ou de reconciliação com
Deus antes de qualquer oração que ele faça venha a ser aceita.
Eu provarei esta doutrina por três razões e depois a aplicarei.
1. Deus não aceita a pessoa por causa da oração, mas a oração por causa da pessoa.
Lemos em Gênesis 4:4: “atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta”. Deus atentou
primeiro pra Abel e depois para o seu sacrifício. Deus aceitou o serviço de Abel porque sua
pessoa estava em um estado de graça para com Ele. Deus deve estar em primeiro lugar
satisfeito com o trabalhador antes que Ele possa aceitar o seu trabalho. Isso também é visto
em Hebreus 11:5: “Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte, e não foi achado,
porque Deus o trasladara; visto como antes da sua trasladação alcançou testemunho de
que agradara a Deus”. Agora, sem a fé em Cristo para justificar a sua pessoa, você não
pode agradar a Deus. Aqui reside a grande diferença entre os Papistas e nós. Os Roma-
nistas dizem que as obras justificam a pessoa; nós dizemos que a pessoa justifica as obras,
pois fazei a árvore boa e o seu fruto necessariamente será bom.
2. Até que sejamos trazidos a esse estado de reconciliação, não temos nenhuma partici-
pação na intercessão, satisfação e justiça de Jesus Cristo. E até que tenhamos uma partici-
pação nos mesmos, nossas orações não podem ser aceitas. Jacó não pôde receber a
bênção do pai, senão com as vestes de seu irmão mais velho; assim também não podemos
receber qualquer coisa das mãos de Deus, senão vestidos nas vestes de Cristo. Nenhuma
oração pode ser aceita por Deus, senão na e através da intercessão de Jesus Cristo. Se
Cristo não é um intercessor no céu, nenhuma oração será ouvida na terra. Em Apocalipse
8:3, está escrito: “e veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e
foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de
ouro, que está diante do trono”. A palavra em Grego tem este propósito: que Ele adicionaria
orações às orações dos santos. É como se a oração de Cristo e de um crente fossem uma
só. Em Isaías 56:7, Deus promete: “Também os levarei ao meu santo monte, e os alegrarei
na minha casa de oração”. Nossas orações são como muitas cifras sem significado até que
a intercessão de Cristo seja adicionada a elas. Sem isso, nossas orações não podem ser
aceitas.
3. Até que nós estejamos em um estado de amizade e reconciliação, não temos a ajuda do
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Espírito de Deus para nos auxiliar; e se não temos a assistência do Espírito Santo, jamais
encontraremos aceitação diante dEle. Todos os pedidos que não são ditados pelo Espírito,
nada são senão os sopros da carne, coisas que Deus não considera. Agora, até que
sejamos reconciliados com Deus, não podemos ter o Espírito. Gálatas 4:6: “E, porque sois
filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai”.
Assim, pois, até que vocês sejam filhos, vocês não podem ter o Espírito. Tendo falado sobre
as razões, venho agora para a aplicação.
Aplicação
1. Se isto é assim, a saber, que um homem deve estar em um estado de amizade antes
que suas orações possam ser aceitas, então entendemos que tudo o que você faz antes
deste estado de reconciliação é odioso para Deus. Não somente as suas ações
pecaminosas, mas mesmo suas ações civis, naturais e religiosas. Não que elas são
reprovadas em si mesma, ou em relação a Deus, mas por causa daquele que as faz.
Salmos 109:7: “e a sua oração se lhe torne em pecado”. Você faz uma oração contra o
pecado, mas Deus transformará as suas orações em pecado. Muitas orações não podem
transformar um pecado em graça, mas o pecado deliberada e resolutamente praticado e
continuado pode transformar todas as suas orações em pecado. Provérbios 21:27: “O
sacrifício dos ímpios já é abominação; quanto mais oferecendo-o com má intenção!”.
Um corpo enfermo torna toda a comida em humores corruptos, a qual um corpo saudável
torna em sadia nutrição. Eu li sobre uma pedra preciosa que tinha uma excelente virtude
nela, mas que perdia toda a sua eficácia se ela fosse colocada na boca de um homem
morto. A oração é uma ordenança de grande excelência, de grande eficácia, mas se estiver
na boca de um homem morto, se ela sai do coração de alguém que está morto em delitos
e pecados, ela perde toda a sua virtude. A água que é pura na fonte é corrompida no canal.
2. Esta doutrina derruba um dos principais pilares da Religião Romana, a justificação pelas
obras. Se Deus aceita a pessoa antes de aceitar as obras, como pode uma pessoa ser
justificada pelas obras? A menos que sua pessoa seja justificada, a menos que seja
reconciliada, suas obras são más obras, e más obras podem justificar? Boas obras não
fazem um bom homem, mas um homem bom faz boas obras. E poderá uma obra que um
homem fez bem, retornar e fazer o homem bom? Se não tivéssemos nenhuma outra razão
contra a justificação pelas obras (disse William Perkins), somente isto seria suficiente.
3. Permita que isso nos ensine não somente a olhar para a aptidão e disposição do seu
coração na oração, mas também a examinar quem é aquele que ora. É nosso dever, e é
muito bom olhar para a boa disposição do coração na oração, e olhar para a qualidade na
execução do dever; mas o trabalho principal é cuidar da qualificação da pessoa, e ver se
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você está em um estado de graça e reconciliação com Deus. Porque, se a pessoa não está
no favor de Deus, você pode ter certeza de seus pedidos não serão ouvidos nem aceitos;
antes Deus olhará para seus pedidos como os suspiros corruptos de seu coração pecami-
noso e corrupto. Você deve olhar, portanto, na realização do dever, se você pode ir a Deus
em oração, como um Pai.
Há muitos que cuidam da qualificação do seu dever, mas poucos cuidam da qualificação
da pessoa para ver se elas são ou não justificadas, se Deus é seu amigo ou não. Mas
devemos olhar principalmente para isso, pois, mesmo que o coração de um homem seja o
mais disposto, contudo se o homem não é justificado, a sua oração não pode ser aceita.
Deus não se importa com a retórica das orações (quão eloquentes elas possam ser), nem
para a aritmética das orações (quantas elas são), nem para a lógica delas (quão racionais
e metódicas elas possam ser), nem para a música delas (que harmonia e melodia de
palavras você possa ter); mas Deus olha para o caráter teocêntrico das orações, que brota
a partir da qualificação de uma pessoa, de uma pessoa justificada e santificada. É bom
perguntar: “Será que meu coração é reto? Meu espírito é manso? As minhas afeições são
estimuladas e fervorosas durante a oração?”, mas antes pergunte principalmente: “Será
que a minha pessoa é aceita por Deus?”.
4. Deixe-me fazer uma advertência aqui. Acautele-se para que você não faça confusão com
essa doutrina. Que ninguém pense que pelo fato de que Deus não aceita nenhuma oração
a menos que o homem seja justificado, portanto, homens ímpios estão dispensados da
oração. Pois, ainda que Deus não aceite a oração de todo homem, ainda assim, cada
homem no mundo deve orar, e isto por estas razões:
1) Eles devem orar como criaturas que estão em necessidade de seu Criador. Os corvos
clamam e Deus lhes dá carne.
2) O Senhor acusa os homens maus por não orarem a Ele. Jeremias 10:25: “Derrama a tua
indignação sobre os gentios que não te conhecem, e sobre as gerações que não invocam
o teu nome”. Romanos 3:11: “Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque
a Deus”.
3) Eles são ordenados a orar, em Atos 8: 22-23, Pedro disse a Simão, o Mago: “Arrepende-
te, pois, dessa tua iniquidade, e ora a Deus, para que porventura te seja perdoado o pensa-
mento do teu coração; pois vejo que estás em fel de amargura, e em laço de iniquidade”.
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10 Sermões — R. M. M’Cheyne
Adoração — A. W. Pink
Agonia de Cristo — J. Edwards
Batismo, O — John Gill
Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo
Neotestamentário e Batista — William R. Downing
Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon
Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse
Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a
Doutrina da Eleição
Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos
Cessaram — Peter Masters
Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da
Eleição — A. W. Pink
Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer
Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida
pelos Arminianos — J. Owen
Confissão de Fé Batista de 1689
Conversão — John Gill
Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs
Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel
Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon
Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards
Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins
Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink
Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne
Eleição Particular — C. H. Spurgeon
Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —
J. Owen
Evangelismo Moderno — A. W. Pink
Excelência de Cristo, A — J. Edwards
Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon
Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink
Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink
In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah
Spurgeon
Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —
Jeremiah Burroughs
Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação
dos Pecadores, A — A. W. Pink
Jesus! – C. H. Spurgeon
Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon
Livre Graça, A — C. H. Spurgeon
Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield
Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry
Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill
OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Baixe estes e outros e-books gratuitamente no site oEstandarteDeCristo.com.
— Sola Fide • Sola Scriptura • Sola Gratia • Solus Christus • Soli Deo Gloria —
Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —
John Flavel
Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston
Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.
Spurgeon
Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.
Pink
Oração — Thomas Watson
Pacto da Graça, O — Mike Renihan
Paixão de Cristo, A — Thomas Adams
Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards
Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —
Thomas Boston
Plenitude do Mediador, A — John Gill
Porção do Ímpios, A — J. Edwards
Pregação Chocante — Paul Washer
Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon
Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado
Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200
Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon
Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon
Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.
M'Cheyne
Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer
Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon
Sangue, O — C. H. Spurgeon
Semper Idem — Thomas Adams
Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,
Owen e Charnock
Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de
Deus) — C. H. Spurgeon
Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.
Edwards
Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina
é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen
Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos
Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.
Owen
Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink
Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.
Downing
Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan
Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de
Claraval
Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica
no Batismo de Crentes — Fred Malone
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2 Coríntios 4
1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,
na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está
encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,
para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;
10 Trazendo sempre
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
se manifeste também nos nossos corpos; 11
E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
nossa carne mortal. 12
De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13
E temos
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,
por isso também falamos. 14
Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará
também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15
Porque tudo isto é por amor de vós, para
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de
Deus. 16
Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
interior, contudo, se renova de dia em dia. 17
Porque a nossa leve e momentânea tribulação
produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18
Não atentando nós nas coisas
que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se
não veem são eternas.