A Descrição da Verdadeira Bem-Aventurança, por Christopher Love

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  • UMA DESCRIO

    DA VERDADEIRA

    BEM-AVENTURANA Christopher Love

  • Issuu.com/oEstandarteDeCristo

    Traduzido do original em Ingls

    A Description of True Blessedness

    By Christopher Love

    Via: TheOldTimeGospel.org

    Traduo e Capa por Camila Almeida

    Reviso por William Teixeira

    1 Edio: Maro de 2015

    Salvo indicao em contrrio, as citaes bblicas usadas nesta traduo so da verso Almeida

    Corrigida Fiel | ACF Copyright 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bblica Trinitariana do Brasil.

    Traduzido e publicado em Portugus pelo website oEstandarteDeCristo.com, sob a licena Creative

    Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.

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    Uma Descrio Da Verdadeira Bem-Aventurana Por Christopher Love

    Mas ele disse: Antes bem-aventurados os que ouvem

    a palavra de Deus e a guardam. (Lucas 11:28)

    Na obscura humanidade de Jesus Cristo, rompeu um brilho to glorioso de Sua Divindade

    que, embora quanto Sua pessoa, Ele foi considerado desprezvel e rejeitvel, ainda assim

    as palavras que Ele falou e as obras que Ele fez declaram-nO nada menos do que o Filho

    de Deus. As palavras que Ele falou declaravam isso, Seus inimigos fazendo-se de juzes:

    Responderam os servidores: Nunca homem algum falou assim como este homem (Joo

    7:46). E as obras que Ele fez, os milagres que Ele operou, deles, dito que Desde o prin-

    cpio do mundo nunca se viu que algum assim fizesse. Como sobre a Sua cura do cego

    de nascena, dizem eles, nunca se ouviu que algum abrisse os olhos a um cego de nas-

    cena [Joo 9:32].

    Seus milagres causaram admirao nos coraes, mesmo daqueles homens em quem Ele

    provocou inveja. O milagre operado neste captulo, a desapropriao do demnio de um

    homem que era mudo, fez com que a fama de Cristo tivesse grande renome em muitas par-

    tes do mundo. E apesar de tudo isso, Seus inimigos no reconheciam a Divindade de Cristo,

    mas uma certa jovem (como pode ser obtido a partir da histria) veio e levantou a voz e

    disse-lhe: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que mamaste [Lucas

    11:27]. Agora Cristo, em vez de agradecer-lhe por aplaudi-lO, prefere fazer-lhe uma repre-

    enso, uma conteno, e disse: Eu lhe direi quem so bem-aventurados: Antes bem-aven-

    turados os que ouvem a Palavra de Deus e a guardam [Lucas 11:28]. Assim, vocs tm a

    coerncia das palavras.

    O discurso da mulher era um dito proverbial entre os judeus. Quando qualquer pessoa fazia

    alguma realizao que havia sido louvvel, eles bradavam e diziam: Bem-aventurado o

    ventre que te trouxe. E a partir deste discurso proverbial gostaria de observar o seguinte:

    Bons filhos so um grande louvor e bno aos seus pais. Esta mulher poderia bendizer a

    me de Cristo, que deu luz um filho assim como Ele era. Salomo diz: O filho sbio alegra

    a seu pai (Provrbios 15:20). E em muitas outras passagens vocs leem que grande bn-

    o e honra derivam para os pais a quem o Senhor tem abenoado com filhos sbios e pie-

    dosos. E, quanto ao contrrio, a Escritura assinala com uma marca de censura aqueles pa-

    is que trazem filhos mpios ao mundo, filhos para aumentar o nmero dos condenados, para

    encher o inferno e contaminar a terra. Por isso que tantas vezes lemos nas Escrituras que

    um filho mpio uma vergonha para os seus pais (Provrbios 10:1, 5).

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    A aplicao deve ensinar vocs, a quem Deus abenoou com um filho, para que sejam ex-

    tremamente gratos a Deus, pois ele uma bno maior para vocs do que se Deus en-

    chesse a sua casa com prata e ouro. E vocs, a quem Deus tem assim afligido, em suportar

    filhos maus sados de seus lombos, oh, clamem sob a mo pesada de Deus por Ele vos ter

    feito instrumentos para trazer filhos ao mundo que devem aumentar o nmero de conde-

    nados no inferno.

    Isto, a partir do discurso da mulher que disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os

    peitos em que mamaste. Mas Cristo disse: Antes bem-aventurados os que ouvem a Pala-

    vra de Deus e a guardam [Lucas 11:28]. Ele no diz que a sua me no era bem-aventu-

    rada, mas que a mulher no poderia louvar a Sua me, ao pensar que ela era to bem-

    aventurada apenas por carreg-lO no ventre. Portanto Ele diz: Eu lhe direi quem de fato

    o homem e mulher bem-aventurados, os que ouvem a palavra de Deus e a guardam.

    Cristo no quis ceder ao seu aplauso, mas Ele deu a ela uma repreenso suave e amorosa.

    Disso observa-se que vocs devem tomar cuidado para que no estejam agradados com o

    orgulho quando ouvirem vocs mesmos sendo elogiados. Cristo no cederia ao elogio da

    mulher. Ela pensou que a virgem Maria era a mulher mais feliz em todo o mundo, mas

    Cristo coloca um antes sobre aqueles que conscientemente ouvem a Palavra de Deus e

    a guardam. Um crente ouvindo e obedecendo a Jesus Cristo mais abenoado ao faz-lo

    do que a virgem Maria foi ao apenas trazer Cristo ao mundo, embora tenha sido o nascimen-

    to mais feliz que alguma vez j fora realizado! Oh, como isso deve ser um estmulo para

    quem vocs ouam e pratiquem o que ouvem, j que ao faz-lo vocs so, assim, bem-

    aventurados!

    Agora, observarei algo da maneira ou forma de expresso que Cristo usa aqui. No dito,

    Bem-aventurados os que ouvem a Palavra de Deus, pois, h muitos tipos de ouvintes que

    carecem de bem-aventurana. Mas, bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e

    a guardam, que a incorporam em suas almas e tornam-se transformados em sua imagem.

    H quatro tipos de ouvintes citados em Mateus 13, e trs deles carecem de bem-aventuran-

    a. Todos ouvintes, embora seja a Palavra de Deus que eles ouam, no alcanam a bem-

    aventurana. No o ouvir, mas guardar e observar a Palavra de Deus que torna os ho-

    mens bem-aventurados.

    Observe mais uma vez que no dito, Bem-aventurados os que creem. Embora seja de

    fato uma verdade que todos os verdadeiros crentes so bem-aventurados, ainda no as-

    sim dito a fim de que os homens pensem que um mero crer o suficiente para torna-los

    bem-aventurados, ou para que eles no pensem que eles esto para alm do ouvir, orar,

    ou receber, que so as vaidades aspirantes de muitos nesta poca.

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    Nem dito, bem-aventurados os que guardam a Palavra de Deus e uma separao do ou-

    vir, mas, juntamente com o ouvir, bem-aventurados so aqueles que ouvem e guardam.

    Muitos homens fingem uma grande perfeio de vida e conversao em guardar o que

    Cristo ordena, mas isto uma separao do ouvir; eles deixam de fora o ouvir a Palavra.

    Mas, na estima de Jesus Cristo, somente aqueles que ouvem e guardam a Palavra de Deus

    so bem-aventurados.

    Mais uma vez, no dito, Bem-aventurados sero vocs que ouvem e guardam a Palavra

    de Deus, mas: Bem-aventurados so vocs para mostrar que vocs no devem ser bem-

    aventurados apenas quando forem para o Cu, mas que vocs so bem-aventurados ao

    faz-lo, enquanto esto aqui na terra. Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de

    Deus, tendes o vosso fruto para santificao, e por fim a vida eterna (Romanos 6:22). Voc

    tem o seu fruto, homem, se voc um homem santo, mesmo antes de ir para a vida

    eterna.

    Novamente, no se diz: Bem-aventurados so vocs que ouvem e guardam, mas, se vo-

    cs ouvem a Palavra de Deus e a guardam. Vocs podem ouvir os homens que pregam

    erros condenveis, e guarda-los rapidamente em seu corao. Mas, neste caso, est mais

    perto de uma maldio do que de uma bno. Os homens podem ser seguidores de ser-

    mes, mas se esses sermes que ouvem e praticam no esto de acordo com a Palavra

    de Deus, no so fundamentados nas Escrituras, eles esto sob uma maldio e no sob

    uma bno pelo que ouvem. Portanto, o Esprito Santo aqui diz: Bem-aventurados os que

    ouvem a palavra de Deus e a guardam. Isto deveria ensinar aos homens como eles ouvem,

    quem eles ouvem, e o que ouvem, para que eles no ouam nada, seno a Palavra de

    Deus, e em seguida, guardem o que eles ouvem.

    Lemos sobre mestres os quais introduziro encobertamente heresias de perdio, e que

    muitos seguiro as suas dissolues. E tambm houve entre o povo falsos profetas, como

    entre vs haver tambm falsos doutores, que introduziro encobertamente heresias de

    perdio, e negaro o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdi-

    o. E muitos seguiro as suas dissolues, pelos quais ser blasfemado o caminho da

    verdade. E por avareza faro de vs negcio com palavras fingidas; sobre os quais j de

    largo tempo no ser tardia a sentena, e a sua perdio no dormita (2 Pedro 2:1-3).

    Agora, no so bem-aventurados aqueles que ouvem homens que trazem tais heresias de

    perdio. A Escritura no vincula bem-aventurana a todos os ouvintes, mas aos que ou-

    vem a Palavra de Deus e a guardam.

    Novamente, no dito, Bem-aventurados tambm, mas antes, bem-aventurados. Cristo

    no diz: Minha me uma mulher bem-aventurada, e tambm so bem-aventurados aque-

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    les que ouvem a Palavra de Deus e a guardam. Mas Cristo vem com um antes. como

    se ele tivesse dito: Eu considero estes homens e mulheres mais bem-aventurados do que

    Minha prpria me, meramente tendo sido o instrumento que Me trouxe ao mundo. Como

    esta considerao deveria inflamar seus coraes, e estimul-los a uma audincia diligente

    da Palavra de Deus, e a uma prtica consciente do que vocs ouvem? No h a frase

    semelhante a esta em toda a Bblia.

    No dito, mais bem-aventurados so os que ouvem as Minhas palavras e Minhas decla-

    raes. Isto dito assim em algumas outras passagens, mas aqui dito, aqueles que ou-

    vem a Palavra de Deus. Pois se Cristo dissesse: mais bem-aventurados so os que ouvem

    a Minha Palavra, ento as pessoas teriam pensado que Cristo imputava a bem-aventu-

    rana apenas Sua prpria pregao, e para aqueles que pessoalmente O ouviram pregar.

    Por isso Cristo disse: Antes, bem-aventurados so aqueles que ouvem a Palavra de Deus,

    seja ela pregada por Pedro, Paulo ou Apolo, por qualquer discpulo vivendo agora ou por

    qualquer ministro do Evangelho que viver posteriormente at o fim do mundo.

    Todo aquele que ouve a Palavra de Deus contida na Escritura, Antigo e Novo Testamento,

    e a guarda, mais bem-aventurado do que Minha me foi, sendo ela considerada apenas

    como um instrumento para trazer-Me ao mundo. E nesta expresso h uma secreta glria

    ou honra colocada sobre os ministros do Evangelho de Jesus Cristo, que no limitaria a

    bno Sua prpria pregao, mas a estende Palavra de Deus que sai da boca de

    qualquer ministro. E essa a razo (como muitos pensam), daquilo dito na Escritura: Aque-

    le que cr far obras maiores dos que as que Cristo fez. Isto no significa as obras de

    redeno, mas as obras ministeriais, de forma que um ministro fiel converter mais almas

    dos que as que Cristo converteu por meio de Seu ministrio. Cristo, poderia ter convertido

    todos os que O ouviram, mas Ele no o fez, para que os homens no pensassem eles no

    deveriam ouvir ningum, seno Cristo.

    No lemos sobre muitos que foram convertidos pela pregao de Cristo. Houve mais con-

    vertidos por Pedro e outros apstolos do que pelo prprio Cristo. Cristo fez isso para que

    as pessoas no desprezassem nenhum dos Seus ministros ordinrios. Se Cristo tivesse

    convertido mais do que todos os discpulos, as pessoas, ento, poderiam ter menosprezado

    os discpulos e seguido apenas a Cristo. Esta destemperana comeou a crescer nos dias

    dos apstolos: Quero dizer com isto, que cada um de vs diz: Eu sou de Paulo, e eu de

    Apolo, e eu de Cefas, e eu de Cristo (1 Corntios 1:12). O apstolo culpa-os por dizerem:

    Eu sou de Cristo.

    O significado no que os homens eram censurveis por seguirem o amor de Cristo. Deus

    me livre! nosso dever mais elevado agir assim, mas havia alguns na igreja de Corinto que

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    estavam prontos para dizer: Eu no me importo com a pregao de Paulo, ou Apolo, mas

    apenas em ouvir a Jesus Cristo. Este foi um vo e pecaminoso clamor por Cristo. Assim,

    os homens clamarem por Cristo, pela pregao de Cristo e ao mesmo tempo depreciarem

    o ministro, pecado; e Cristo nunca intencionou que isso fosse pregado [somente] por Ele

    mesmo, pois Cristo disse: Bem-aventurados so os que ouvem a Palavra de Deus e a

    guardam. Seja isto pregado por qualquer ministro fiel, seja quem for.

    Novamente, no dito: Bem-aventurados so aqueles por ouvirem e por guardarem, mas

    Bem-aventurados so os que ouvem a palavra de Deus e a guardam. A bem-aventurana

    nunca vem com um por, mas com um se ou um que. O Senhor no abenoa vocs por

    ouvirem, embora vocs ouam tantos sermes quantos so os dias do ano. Mas, Ele aben-

    oa aqueles que ouvem em obedincia aos Seus mandamentos, e praticam o que ouvem.

    Assim, vocs tm oito observaes a partir da forma do discurso que Cristo aqui utilizou.

    Agora mostrarei o que se entende por guardar a Palavra de Deus que ns ouvimos. H um

    duplo guardar da Palavra de Deus:

    Em primeiro lugar, h um guardar disso em sua memria. Mas Maria guardava todas estas

    coisas, conferindo-as em seu corao (Lucas 2:19). Ela as guardava em sua memria.

    Nossas memrias devem ser como a arca em que o vaso de man foi guardado. O pote de

    man so as verdades Divinas; estas devem ser mantidas em segurana em nossas mem-

    rias. Mas este no o guardar que se fala aqui, pois h muitos homens que tm boas me-

    mrias para guardar o que ouvem, e ainda no tm nem bons coraes ou uma boa vida,

    e, portanto, no so bem-aventurados por seu guardar.

    Em segundo lugar, h uma manuteno da Palavra em sua prtica, e isso feito quando

    h uma consciente ateno para moldar as suas vidas e conversaes conforme o que

    vocs ouvem ou conhecem. Agora, bem-aventurados so vocs que ouvem a Palavra de

    Deus e, assim, a guardam.

    E, assim, eu evidenciei todas as dificuldades que podem aparecer nas palavras. A obser-

    vao a seguinte: So mais bem-aventurados aqueles que ouvem a Palavra de Deus, e

    praticam o que ouvem, do que a me de Jesus Cristo foi por traz-lO ao mundo. um pon-

    to, eu confesso, que bem merece um exame, e se no fosse a Bblia, teria sido incrvel que

    Cristo houvesse colocado um antes sobre voc, homem, ou mulher, em todas as pocas

    do mundo, que ouvem a Palavra de Deus e a guardam.

    importante notar que um termo diferente usado pela mulher no texto e Isabel, que era

    parenta da virgem Maria. A mulher no texto disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe,

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    e os peitos que mamaste. Mas Isabel clamou: Bem-aventurada a que creu (Lucas 1:45).

    Sobre estas palavras, um erudito autor fez uma boa observao: Se na virgem Maria,

    Cristo no tivesse nascido em seu corao pela f, bem como em seu ventre, ela no teria

    sido bem-aventurada, pois Isabel declara aqui no que a bem-aventurana da virgem Maria,

    e de todos os eleitos, consiste.

    Agora, como isso refutaria a caducidade da igreja de Roma, que to excessivamente exalta

    a virgem Maria? Eu li um pouco de alguns autores papistas, e eu encontrei que para um

    tratado sobre a dignidade e glria de Cristo, eles escreveram muitos sobre a dignidade da

    virgem Maria. E eles relatam histrias e tolices estranhas a respeito dela, como nunca foi

    ouvido no passado, idolatricamente promovem a pessoa dela. Eles dizem que ela estava

    livre do pecado original, ao passo que a Escritura diz expressamente que todos os que

    descendem de Ado esto contaminados com a corrupo original e, portanto, a virgem

    Maria o tambm, sendo uma filha de Ado.

    Os papistas falam mais honrosamente da virgindade, dignidade e santidade da virgem

    Maria, a me, do que eles falam da justia, graa e mritos de Cristo, o Filho. E, portanto,

    eles apegam-se justificao pelas obras, e no pela f na justia de Cristo. Sim, eles

    tanto honram a virgem Maria que fazem dela a maior mediadora ao lado de Deus Pai. Um

    homem pode pensar que desnecessrio ensinar contra a doutrina papista, mas os minis-

    tros nunca tiveram mais razo para isso do que agora. Pois nunca houve mais probabilidade

    da disseminao do papado do que nestes dias onde, sob a noo de maldita tolerncia,

    padres e jesutas publicam seus princpios blasfemos e idlatras, e prosseguem em seus

    projetos jesuticos.

    E Deus sabe quo em breve vocs que no colocam o seu pescoo sob o jugo de Cristo

    podem ser trazidos debaixo do jugo papista. Isso eu posso dizer por experincia prpria,

    de forma que eu nunca encontrei tantos a cambalear para o papado como nos ltimos tem-

    pos. Aqueles que professavam a religio protestante esto surpreendendo e apostatando

    de sua antiga profisso e alianas solenes, e Deus sabe em quanto tempo eles preferiro

    a virgem Maria a Jesus Cristo. Mas espero coisas melhores de vs. Por isso vou passar

    disso, e venho para as razes da questo, que so estas:

    1. So mais bem-aventurados os que ouvem e guardam a Palavra de Deus do que a virgem

    Maria foi por trazer Cristo ao mundo, porque Cristo considera os tais como permanecendo

    em mais mltiplas relaes prximas a Ele do que Seus prprios amigos naturais tinham.

    Mas, respondendo ele, disse-lhes: Minha me e meus irmos so aqueles que ouvem a

    palavra de Deus e a executam (Lucas 8:21). Eis aqui a correta maneira de ser trazido para

    um relacionamento prximo com Cristo, tornando-se semelhante a Jesus Cristo, sendo

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    considerado irmo, irm e me de Jesus Cristo, e isto por ouvir e obedecer a vontade de

    Cristo.

    2. Sua bno aparece nisto, porque se vocs ouvem e praticam, vocs perseveraro at

    o fim, enquanto outros devem apostatar e cair da f. Todo aquele, pois, que escuta estas

    minhas palavras, e as pratica, assemelh-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa

    sobre a rocha; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram

    aquela casa, e no caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas

    minhas palavras, e no as cumpre, compar-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua

    casa sobre a areia; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram

    aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda (Mateus 7:24-28).

    Somente perseveram aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a guardam; somente eles

    tm suas almas edificadas sobre a rocha, e permanecem inabalveis no tempo da persegui-

    o. Na verdade, eles podem cair, e abominavelmente tambm (como Davi, Pedro e muitos

    outros preciosos santos fizeram), por meio da violncia das tentaes de Satans e da cor-

    rupo restante que h neles, mas, eles nunca cairo final e irremediavelmente, porque es-

    to edificados sobre a rocha que nunca pode cair; eles esto edificados sobre uma rocha

    que nunca pode ser removida, e esta rocha Cristo, que ao mesmo tempo o autor e

    consumador de sua f (Hebreus 12:2). E Ele orou para que a f deles no desfalecesse

    totalmente (Lucas 22:32). E isso Ele obteve; portanto, apesar de surgirem as tempestades

    e ondas, eles nunca cairo irremediavelmente. Os outros caem, e arrunam-se quando

    surgem os ventos e as tempestades.

    3. O Senhor faz promessas gloriosas para os tais que ouvem a Palavra de Deus e a guar-

    dam. Bem-aventurado aquele que l, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guar-

    dam as coisas que nela esto escritas; porque o tempo est prximo (Apocalipse 1:3). Aqui

    vocs veem que aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a guardam, ou seja, depositam-

    na em seus coraes e expressam o poder dela em suas vidas, so bem-aventurados.

    4. Ao praticar o que vocs ouvem na Palavra, vocs podem trazer outros bem-aventu-

    rana; e felizes so vocs que so instrumentos para trazer outros ao cu. Semelhante-

    mente, vs, mulheres, sede sujeitas aos vossos prprios maridos; para que tambm, se

    alguns no obedecem palavra, pelo porte de suas mulheres sejam ganhos sem palavra

    (1 Pedro 3:1). Assim, Tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em

    que falam mal de vs, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitao, pelas

    boas obras que em vs observem (1 Pedro 2:12). A sua conversa piedosa pode ser um

    meio para trazer outros ao cu.

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    5. Se vocs conscientemente praticam o que ouvem, vocs so bem-aventurados porque

    (embora vocs no possam levar os outros para o cu) vocs mesmos certamente chega-

    ro ao cu, seguramente chegaro bem-aventurana. Aqui est a pacincia dos santos;

    aqui esto os que guardam os mandamentos de Deus e a f em Jesus. E ouvi uma voz do

    cu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Se-

    nhor. Sim, diz o Esprito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os se-

    guem (Apocalipse 14:12-13). , vocs que conscientemente guardam os mandamentos

    de Deus e a f em Jesus, vocs certamente iro para o cu, embora vocs no tragam

    nada consigo mesmos, seno apenas vocs mesmos. Foi uma frase notvel de um dos

    pais que, quando uma vida evanglica vai adiante, uma vida anglica seguir depois. ,

    portanto, conscientemente pratiquem o que vocs ouvem e conhecem.

    Agora eu chego aplicao:

    USO DA LAMENTAO. Se for assim, que aqueles que ouvem e guardam a Palavra de

    Deus so mais bem-aventurados do que a virgem Maria foi apenas por trazer Cristo ao

    mundo, no deveria, ento, ser uma lamentao que os homens no buscam a bem-aven-

    turana quando podem obt-la por meio de termos fceis? Se Deus dissesse: Eu te aben-

    oarei se voc remover montanhas, se voc cumprir a Minha lei em cada jota e i da mes-

    ma, isto seria, de fato, obra impossvel de ser efetuada. Mas Deus disse: Bem-aventura-

    dos os que ouvem a palavra de Deus e a guardam. Portanto, se vocs no praticam o que

    ouvem, vocs recusam a sua prpria misericrdia. O Diabo no poderia condenar vocs,

    se vocs no condenassem a si mesmo. Tu, homem que tem um corao obstinado, que

    (deixe o pregador dizer o que ele quiser) far o que voc deseja, que faz pouco caso do

    que ouve, e pouca conscincia em praticar o que voc ouve, indesculpvel.

    Agora, para levar para casa esta aplicao, observem estas cinco consideraes:

    1. Seu ouvir. Se vocs no praticam o que ouvem, agravaro a sua condenao em breve.

    Se eu no viera, nem lhes houvera falado, no teriam pecado, mas agora no tm desculpa

    do seu pecado (Joo 15:22). A culpa admite alguma atenuante onde no h conhecimento

    da falha; um pecado muito mais condenvel ao conhecer da Lei de Deus, do que ser

    ignorante da Lei de Deus. Aqueles que pecam contra o conhecimento, no tm disfarce ou

    desculpa pelo seu pecado. E o servo que soube a vontade do seu senhor, e no se apron-

    tou, nem fez conforme a sua vontade, ser castigado com muitos aoites (Lucas 12:47).

    Em Isaas 13, lemos sobre muitas naes e pessoas contra quem o Senhor ordena o profeta

    denunciar uma profecia penosa.

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    Mas em Isaas 22, lemos sobre o peso do vale da viso, ou seja, de Jerusalm; e observa-

    se que esse fardo era o mais pesado dentre todos os outros, nenhum fardo to pesado

    quanto o do vale de vises. Era um lugar onde o conhecimento existia, onde a pregao

    existia; portanto, esse fardo era mais pesado do que contra a Babilnia, Tiro, Damasco e

    todo o restante. Embora os outros homens que vivem na parte americana do mundo devam

    ir para o inferno por sua desobedincia, ainda assim lembrem-se, que vocs que vivem na

    Inglaterra, onde o Evangelho professado e pregado, devem ir para o inferno com uma

    carga mais pesada em sua conscincia do que aqueles que no tm o Evangelho. Vocs

    sero condenados com uma testemunha, os que ouvem a Palavra de Deus e no fazem

    nenhuma considerao de praticar o que ouvem e o que conhecem.

    Isto faria algum ficar surpreso ao ler essa passagem: Derrama a tua indignao sobre os

    gentios que no te conhecem (Jeremias 10:25). Agora, se a fria do Senhor derramada

    sobre os miserveis ignorantes pagos que no conhecem a Deus, que no tm os meios

    de conhecimento, que no ouvem o Evangelho de Cristo, o que ser derramado sobre os

    chamados Cristos que no conhecem a Deus? Mas, acima de tudo, que fria e vingana

    inexprimveis sero derramadas sobre os chamados cristos que pecam contra o conhe-

    cimento de Deus, que pecam contra a luz que brilha claramente diante de seus olhos, que

    pecam contra uma conscincia despertada e convencida? Se algum lugar no inferno mais

    quente do que o outro deve ser para eles, pois um pecado muito mais condenvel ser

    conhecedor da Lei de Deus, do que ser ignorante da Lei de Deus; aqueles que pecam con-

    tra o conhecimento, no tm desculpa nem disfarce de seu pecado.

    2. Considerem: vocs esto vazios do amor a Deus, se no praticam o que ouvem. Mas

    qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus est nele verdadeiramente aperfei-

    oado (1Joo 2:5).

    3. Considerem: Deus olha para a sua profisso como em nada vlida, a menos que vocs

    pratiquem o que vocs ouvem. Na aritmtica, mesmo colocando tantos zeros juntos eles

    no somam nada, mas coloquem um algarismo junto, e em seguida, faz-se uma grande so-

    ma. Assim, alguma vez faam tantas oraes e jamais ouam tantos sermes, ainda assim

    tudo permanece apenas como zeros, a menos que vocs juntem isso com um curso de vida

    consciente, de acordo com o que vocs ouvem e com o que vocs oram.

    Considere, voc (que tem sido um professo por tanto tempo) gostaria que Deus olhasse

    para voc como tendo sido um homem profano toda a sua vida? Deus olha para voc, como

    tal, se voc no pratica o que voc ouve e conhece: Eram, porm, os filhos de Eli filhos de

    Belial; no conheciam ao Senhor (1 Samuel 2:12). Eles no conheciam a Deus? Certa-

    mente conheciam! Por sua educao eles tinham um conhecimento especulativo de Deus

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    e de Sua lei, pois eram sacerdotes do Senhor, e Deus no escolheria homens ignorantes

    como Seus sacerdotes. Mas eles no tinham conhecimento prtico, eficaz e salvfico de

    Deus, pois eram homens de vidas e conversas mpias, e, portanto, Deus olhou para o seu

    conhecimento como nenhum conhecimento, e para a sua profisso [de f] como uma

    profisso v.

    Assim, Os sacerdotes no disseram: Onde est o Senhor? E os que tratavam da lei no

    me conheciam, e os pastores prevaricavam contra mim, e os profetas profetizavam por

    Baal, e andaram aps o que de nenhum proveito (Jeremias 2:8). No Me conheciam.

    Deus no considerava o conhecimento que eles tinham dEle, porque eles transgrediram

    contra Ele. Lembre-se, Deus considerar o seu ouvir como nenhum ouvir, a sua orao,

    como nenhuma orao, o seu recebimento dos sacramentos como nenhum recebimento,

    se voc no obedecer conscientemente ao que voc ouve.

    4. Voc no pode ter uma boa persuaso, nem descobrir em sua alma o amor de Deus por

    voc, a menos que voc guarde conscientemente o que voc ouve. Se me amais, guardai

    os meus mandamentos (Joo 14:15). E, portanto, voc encontra nas Escrituras que o amor

    de Deus frequentemente unido observncia dos mandamentos de Deus: E fao miseri-

    crdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos (xodo

    20:6). Ambos so colocados juntos para mostrar que onde h um amor de Deus, haver

    um guardar de Seus mandamentos.

    5. Se no praticarmos conscientemente o que ouvimos, provocaremos o Senhor para levar

    o Evangelho para longe de ns. E suceder que, naquele dia, diz o Senhor Deus, farei que

    o sol se ponha ao meio-dia, e a terra se entenebrea no dia claro (Ams 8:9). E, no vers-

    culo 11: Eis que vm dias, diz o Senhor DEUS, em que enviarei fome sobre a terra; no

    fome de po, nem sede de gua, mas de ouvir as palavras do SENHOR. Lembrem-se,

    Deus tirar a Palavra por nosso no proveito pelo que ouvimos. Portanto, eu vos digo que

    o reino de Deus vos ser tirado, e ser dado a uma nao que d os seus frutos (Mateus

    21:43). Pelo reino de Deus devemos entender o Evangelho, a Palavra de Deus e o minis-

    trio dos mesmos; isto vos ser tirado e ser entregue a outros, se vocs no produzirem

    os seus frutos.

    E aqui podemos ler tanto o nosso pecado e julgamento. Pois se alguma vez qualquer povo

    do mundo foi culpado de aridez e esterilidade sob os meios de graa, ns somos esta

    nao. Ns temos sido exaltados para o cu, e, assim, podemos justamente esperar ser

    lanados no inferno. Agora, para despertar as suas conscincias, devo, em primeiro lugar,

    estabelecer algumas manifestaes de que somos extremamente culpados de esterilidade

    sob os meios de graa. E que, portanto, em segundo lugar, estamos em grande perigo de

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    ter o Evangelho removido de ns, e ser dado a uma nao que produzir os seus frutos.

    Que ns somos culpados de esterilidade sob as ordenanas do Evangelho evidencia-se:

    1. Pelas tristes queixas que os mais frutferos estoques e plantas no jardim de Deus fazem,

    elas com tristeza e gemido de corao reclamam de sua esterilidade sob as ordenanas do

    Evangelho. Agora, se as rvores de justia do plantio do Senhor, na vinha do Senhor, recla-

    mam que eles no do fruto, certamente, ento, as rvores da floresta so estreis. Se as

    rvores do jardim de Deus no do fruto, o que podem fazer as rvores do deserto? Se o

    povo do Senhor sentar e lamentar porque no se encontra nenhum fruto apropriado neles,

    que motivo, ento, tem o mpio do mundo para reclamar, cujos coraes permanecem to

    duros como a m inferior, no obstante todo o orvalho celeste que ao longo do tempo cai

    sobre eles?

    2. Isso aparece pelas tristes queixas dos lavradores de Deus, os ministros de Jesus Cristo,

    que discernem apenas pouco fruto evidente aps todo o seu trabalho, pouco sucesso na

    ateno ao seu ministrio evanglico. Por isso, eles se deitam em suas camas em tristeza,

    e com sofrimento de esprito reclamam, como Pedro, que eles haviam pescado a noite toda,

    mas no pegaram nada, que lavram em cima de pedras e quebraram seus instrumentos,

    mas no conseguiram quebrar o corao dos homens, que eles usam as suas prprias vi-

    das, consomem seus prprios pulmes, mas no podem consumir as concupiscncias. E,

    assim, eles se queixam com o profeta (na pessoa de Cristo): Eu tenho trabalhado em vo

    (Isaas 49:4).

    3. Isso se evidencia pela comparao dos nossos tempos com o tempo em que o Evangelho

    foi primeiramente plantado. Cristo diz: E, desde os dias de Joo o Batista at agora, se faz

    violncia ao reino dos cus, e pela fora se apoderam dele (Mateus 11:12). Naqueles dias,

    os homens usaram uma santa violncia nos caminhos da religio, mas onde que esta

    violncia pode agora ser encontrada? Quando os setenta discpulos tiveram a comisso de

    Cristo para pregar o Evangelho, foi dito que eles saram pregando a Palavra (Lucas 10:18).

    E o que se segue? Deus estava com eles, e muitos foram convertidos, e Satans, como

    raio, caiu do cu (Lucas 10:18).

    O ministrio deles teve um mais glorioso sucesso. E dito (o que uma profecia dos pri-

    meiros momentos da pregao do Evangelho), Amplia o lugar da tua tenda, e estendam-

    se as cortinas das tuas habitaes (Isaas 54:2). Como se no houvesse espao suficiente

    para os homens convertidos, por isso, amplia o lugar da tua tenda, o que refere-se aos

    gentios em sua primeira converso. E, disse o apstolo: Alegra-te, estril, que no ds

    luz; Esfora-te e clama, tu que no ests de parto; Porque os filhos da solitria so mais do

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    que os da que tem marido (Glatas 4:27). E diz-se: E a mo do Senhor era com eles; e

    grande nmero creu e se converteu ao Senhor (Atos 11:21).

    Sim, trs mil foram convertidos atravs de um sermo de Pedro, ao passo que agora trs

    mil sermes dificilmente convertem uma alma para Cristo. E, o profeta diz: O teu povo ser

    mui voluntrio no dia do teu poder; nos ornamentos de santidade, desde a madre da alva,

    tu tens o orvalho da tua mocidade (Salmos 110:3). O significado dessas palavras: desde

    a madre da alva, tu tens o orvalho da tua mocidade, isto: os convertidos aps a primeira

    pregao do Evangelho devem ser to numerosos quanto as gotas de orvalho sobre a relva

    na manh. Mas hoje em dia a converso das almas, o trazer os homens a Jesus Cristo,

    no to numeroso quanto as gotas de orvalho, mas to raro quanto as prolas e dia-

    mantes.

    4. Parecer que existe uma aridez geral sob todos os meios de graa, porque nestes dias

    mais pessoas so pervertidas da verdade e simplicidade do Evangelho do que so converti-

    das pelo poder e eficcia do mesmo. A converso que efetuada hoje em dia apenas um

    poder sobre as cabeas dos homens, no sobre os seus coraes; isso opera neles apenas

    fantasias e noes, no piedade prtica. Eles so como a lua (no como o sol), cuja influ-

    ncia oferece luz, mas no calor. A Palavra, isso pode ocorrer, recupera-os da embriaguez

    na prtica, mas o Diabo os torna bbados nas opinies e erros.

    Agora sendo assim, irei, em prximo lugar, dar algumas demonstraes de que estamos

    em perigo de ter o reino de Deus, o Evangelho de Jesus Cristo, removido de ns. Portanto,

    no estejamos seguros, pois h grande perigo do Evangelho ser removido, se no do pas,

    mas de determinados lugares.

    1. Isso pode ser evidenciado a partir da oposio implacvel que h nos professos do Evan-

    gelho contra os pregadores do Evangelho. Essas mesmas pessoas que estimavam os ps

    de seus ministros por serem mui formosos, agora dizem que a marca da besta est sobre

    a sua testa. Aquelas pessoas que teriam arrancado os seus olhos para fazer o bem aos

    seus bons ministros, agora arrancariam os olhos de seus ministros. Essas mesmas pessoas

    que olhavam para ns como servos de Cristo e administradores dos mistrios da salvao,

    agora nos consideram como os membros do anticristo e corruptores da religio. Agora no

    h nenhuma maneira mais provvel para afastar o Evangelho de ns do que rejeitar e se

    opor ao Evangelho, e aos ministros dos mesmos. Esta ser a grande entrada (se o Senhor

    no impedir) para a nossa total confuso, e uma retirada do Evangelho de Jesus Cristo.

    Eu gostaria que tais homens, que preferem ver os ministros piedosos na priso do que no

    plpito, considerassem que, se Deus os levar embora, vocs desejariam ter piores em seu

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    lugar. Os sectrios estavam cansados do piedoso e erudito Junius; por isso, Deus suportou

    Armnio, aquele pestilento inimigo do Evangelho de Cristo, para levantar-se depois dele.

    Deus pode justamente nos enviar professos incapazes e enganadores pelo nosso menos-

    prezo a esses ministros instrudos e piedosos que esto entre ns. Quando Paulo e Barna-

    b foram desprezados e combatidos pelos judeus incrdulos, eles disseram: Mas Paulo e

    Barnab, usando de ousadia, disseram: Era mister que a vs se vos pregasse primeiro a

    palavra de Deus; mas, visto que a rejeitais, e no vos julgais dignos da vida eterna, eis que

    nos voltamos para os gentios (Atos dos Apstolos 13:46). Eles perderam o Evangelho

    devido a disso.

    2. Parece que h o perigo de que o Evangelho seja removido de ns pela libertinagem geral

    e fraqueza das pessoas que vivem sob ele. Quando as crianas so atrevidas com po na

    mo, o pai o toma delas e os prepara rapidamente. Temos tratado com o Evangelho como

    as crianas lidam com po quando suas barrigas esto cheias. Temos crescido devassos

    e nos tornamos cansado dele, de modo que agora se um ministro prega sobre a f, o

    arrependimento, a mortificao, o zelo, a abnegao e a mentalidade celestial, estes so

    considerados doutrinas maltrapilhas. Agora, quando o Senhor v um povo crescer cansado

    e libertino com o Evangelho, Ele os reduzir. Ele os far saber o valor do Evangelho pela

    falta do Evangelho.

    3. Quando os israelitas detestaram o man, Deus rapidamente os fez padecer os diminuiu

    pela fome. Aquele que corre pode ler o nosso pecado e perigo nisto em particular. Pois,

    aquelas mesmas pessoas que esperavam com prazer as ordenanas de Jesus Cristo, ,

    como elas se tornaram cansadas das ordenanas! Aquelas pessoas que consideravam os

    seis dias tediosos, e embora anelassem pelo Sabath, agora no se importam em santificar

    o Sabath durante todo o ano! Aquelas pessoas que no poderiam viver um dia sem o Evan-

    gelho, podem agora viver no somente fora, mas acima do Evangelho! [...]

    Parece que o Evangelho est em perigo de ser removido de ns, em virtude do grande au-

    mento de tais opinies que so contrrios ao Evangelho, que so destrutivas ao poder e a

    pureza dele. Quando os homens usaro fortes esforos para promover uma tolerncia entre

    todas as religies, este o caminho para nos conduzir a nenhuma religio. Pondo o seu

    limiar ao p do meu limiar, e o seu umbral junto ao meu umbral (Ezequiel 43:8), ou seja,

    quando eles acrescentaram tradies, suas prprias invenes, aos preceitos de Deus,

    ento houve um muro entre Deus e eles. Sua impiedade era como um muro de separao.

    Deus estava afastando-se deles. Aqueles que pleiteiam por uma licenciosa tolerncia de

    todas as opinies fazem tanto quanto os que nelas se encontram para colocar um muro de

    separao entre Deus e Inglaterra.

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    4. Um aumento de erros e heresias de perdio uma demonstrao de que o Evangelho

    est sendo removido. O Evangelho o sol que brilha em nosso horizonte; heresias so as

    neblinas e nevoeiros que escurecem os brilhantes raios do sol. Algum bem observa que

    no foi a corrupo em comportamentos que excomungou a igreja de Roma, mas exata-

    mente a corrupo na doutrina. Quando a mulher estava voando para o deserto, diz-se, E

    a serpente lanou da sua boca, atrs da mulher, gua como um rio, para que pela corrente

    a fizesse arrebatar (Apocalipse 12:15). Esta inundao de gua foi uma enxurrada de here-

    sias, e particularmente a heresia do arianismo. Se o Senhor permitir que drago derrame

    uma enxurrada de heresias para transbordar a terra, pode-se, ento, justamente temer a

    remoo do Evangelho de ns.

    5. A oposio implacvel que contra o estabelecimento do governo da igreja uma de-

    monstrao da remoo do Evangelho. verdade, o governo apenas a sebe, e o Evan-

    gelho o fruto, mas se voc quebra a proteo, o fruto ser pouco. Este o caminho para

    ter o campo invadido pelo javali. Foi dito por Lutero (em seu primeiro recuo da igreja de Ro-

    ma), que o Evangelho tem mais prejuzo por sete anos de suspenso de um governo bem

    ordenado do que poderia se recuperar em 40 anos posteriores. E que o Senhor conceda

    que isto no prove ser assim conosco.

    Agora por tudo isso pode parecer que estamos em grande perigo de ter o Evangelho tirado

    de ns. Quo cuidadosos, ento, devemos ser para utilizar os meios de graa, enquanto

    ns frumos deles, pois se o Evangelho se for tudo se vai. melhor perder a luz do sol do

    que a luz do Evangelho. Pois:

    1. Se o Evangelho retirado de um povo, a paz retirada de um povo. A remoo do Evan-

    gelho da paz far com que a sua paz seja removida.

    2. Se o Evangelho se for, a fartura se vai, bem como a paz.

    3. Se o Evangelho se for, se o culto a Deus retirado, a nossa segurana se vai. A arca

    era a segurana dos israelitas. Quando a arca foi retirada, a sua fora e segurana foram

    removidas. Quando os judeus rejeitaram o Evangelho, assim ele foi levado aos gentios, e

    os romanos vieram e levaram tanto a sua posio e nao.

    4. Quando o Evangelho se vai, a nossa liberdade civil se vai. Quando os judeus menos-

    prezaram o Evangelho, eles viviam no mais como homens livres, mas se tornaram es-

    cravos e tributrios em relao aos romanos.

    5. A dignidade e o esplendor de uma nao se vo quando o Evangelho se vai. Como o ve-

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    lho Eli disse, quando a arca foi tomada, de Israel se foi a glria [1 Samuel 4: 21]. E dito

    em Mateus 2:6 que Belm de modo nenhum era a menor entre todas as capitais de Jud.

    No entanto, Miquias disse em Miquias 5:2 que Belm era pequena, isto , a menor em

    relao sua situao e pequena em nmero de habitantes. Mas no menos importante,

    como Mateus fala, porque o Messias nasceu ali e ali pregou o Evangelho. O Evangelho de

    Cristo fez de Belm mais do que era; e por isso que de Cafarnaum dito ser levantada

    ao cu, porque as boas novas do Evangelho foram ali anunciadas.

    Agora, se Deus tirasse o Evangelho de ns, Ele nos deixaria como Belm, a menor de mil

    cidades. No devemos medir a grandeza de uma cidade pelo grande comrcio, pelo grande

    nmero de pessoas ali, mas pelo florescimento do Evangelho nela. Londres seria a menor

    cidade dentre mil se o Evangelho fosse removido dela. , ento, que motivo temos para

    conhecer e considerar no dia de hoje as coisas que dizem respeito nossa paz, para que

    futuramente elas no sejam escondidas de nossos olhos. No nos contentemos com um

    mero ouvir da Palavra, mas em que sejamos cumpridores dela, expressando o poder e a

    autoridade da mesma em nossas vidas e conversaes.

    Objeo. Mas vocs diro: Se so bem-aventurados somente aqueles que ouvem a Pala-

    vra de Deus e a guardam, aqueles que praticam o que ouvem, ento onde que um homem

    bem-aventurado deve ser encontrado? Pois, onde que este homem vive, este que pode

    guardar, que consegue viver de acordo com o que ele ouve? Eu ouo muito sobre um peca-

    do reprovado, que eu que no consigo me abster. Ouo muito de um dever ordenado que

    eu no consigo executar. Ouo muito de uma graa mesmo aconselhada que eu no consi-

    go desempenhar. Agora como pode um homem ser bem-aventurado, vendo que ele no

    pode guardar o que ouve?

    Resposta. Se vocs realmente vivessem sob um pacto de obras, vocs nunca poderiam

    ser um homem bem-aventurado, porque vocs nunca poderiam guardar o que ouvem com

    aquela exatido que um pacto de obras requer, pois esta ordena ao homem guardar toda

    a Lei, guard-la perfeitamente, e mant-la pessoalmente. Mas, para o seu consolo, saibam

    que vocs esto sob um Pacto da Graa, que no necessitam de uma perfeita, mas de uma

    sincera obedincia Lei de Deus, que aceita a vontade como ao. Ah, lembrem-se que

    vocs no esto sob um pacto de obras, mas sob um Pacto da Graa, que aceita o que

    Cristo fez e sofreu por vocs (se vocs so crentes), como se fosse feito por suas prprias

    pessoas.

    Embora, de fato, seja verdade o que Cristo disse ao jovem: Se queres, porm, entrar na

    vida, guarda os mandamentos (Mateus 19:17), ainda assim vocs devem saber que Cristo

    falou isso a ele porque sabia que ele era de um temperamento farisaico, e que pensava em

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    ser salvo por suas boas obras. Mas se Cristo dissesse assim a qualquer um de ns: Voc

    ir para o cu, se voc guardar todos os mandamentos, e voc nunca ir para o cu, se

    voc quebrar qualquer um dos mandamentos, o Senhor tenha misericrdia de ns! Ento,

    todos pereceramos eternamente. Mas Cristo disse: Creia e viva. Agora a promessa (no

    obra) o objeto da f (Romanos 4:16). Desta forma, Ambrose era acostumado a dizer: Es-

    peremos pelo perdo como por meio da f, no por dvida.

    Em uma palavra, guardem conscientemente o que vocs ouvem; lamentem a sua incapaci-

    dade de cumprir a Lei de Deus; faam o que puderem, e lamentem que vocs no possam

    fazer melhor; e ento Deus dir: Embora voc no consiga guardar a Lei completamente,

    mas Meu Filho a guardou por voc. Aceito Sua Obedincia como sua obedincia, e a Sua

    Justia, como sua justia. Oh, que graa e misericrdia h aqui!

    Como pode isto animar os seus coraes em meio a todos os desnimos que esto sobre

    vocs! Mais uma vez, para o seu consolo, saibam que, se com sinceridade de corao

    vocs se esforarem para guardar o que ouvem, na Divina aceitao em tudo a mesma

    coisa como se vocs tivessem guardado tudo o que ouvem perfeitamente. Se for o desejo

    e o empenho de sua alma obedecer vontade de Deus e observar Seus mandamentos, na

    aceitao Divina isto aceito como se isto fosse realmente feito por voc.

    valioso que percebam o que dito na Escritura: Pela f ofereceu Abrao a Isaque, quan-

    do foi provado; sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unignito (Hebreus

    11:17). Abrao no chegou a fazer o que dito aqui que ele fez, mas porque Abrao fez

    isso no propsito de seu corao, porque o desejo e a resoluo de sua alma eram obede-

    cer ao mandamento de Deus, assim, a Escritura considera isso como efetuado! Tome isso

    para o seu consolo, voc que um filho de Abrao, que anda nas pisadas e f de Abrao:

    os prprios desejos e propsitos do seu corao so vistos como se fossem feitos reais e

    verdadeiros.

    Se vocs desejam orar melhor, ouvir melhor, e praticar mais do que vocs fazem, na consi-

    derao Divina isto tido como se vocs j o tivessem feito.

    ORE PARA QUE O ESPRITO SANTO use este sermo para trazer muitos

    Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO.

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    10 Sermes R. M. MCheyne

    Adorao A. W. Pink

    Agonia de Cristo J. Edwards

    Batismo, O John Gill

    Batismo de Crentes por Imerso, Um Distintivo

    Neotestamentrio e Batista William R. Downing

    Bnos do Pacto C. H. Spurgeon

    Biografia de A. W. Pink, Uma Erroll Hulse

    Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

    Doutrina da Eleio

    Cessacionismo, Provando que os Dons Carismticos

    Cessaram Peter Masters

    Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepo da

    Eleio A. W. Pink

    Como Ser uma Mulher de Deus? Paul Washer

    Como Toda a Doutrina da Predestinao corrompida

    pelos Arminianos J. Owen

    Confisso de F Batista de 1689

    Converso John Gill

    Cristo Tudo Em Todos Jeremiah Burroughs

    Cristo, Totalmente Desejvel John Flavel

    Defesa do Calvinismo, Uma C. H. Spurgeon

    Deus Salva Quem Ele Quer! J. Edwards

    Discipulado no T empo dos Puritanos, O W. Bevins

    Doutrina da Eleio, A A. W. Pink

    Eleio & Vocao R. M. MCheyne

    Eleio Particular C. H. Spurgeon

    Especial Origem da Instituio da Igreja Evanglica, A

    J. Owen

    Evangelismo Moderno A. W. Pink

    Excelncia de Cristo, A J. Edwards

    Gloriosa Predestinao, A C. H. Spurgeon

    Guia Para a Orao Fervorosa, Um A. W. Pink

    Igrejas do Novo Testamento A. W. Pink

    In Memoriam, a Cano dos Suspiros Susannah

    Spurgeon

    Incomparvel Excelncia e Santidade de Deus, A

    Jeremiah Burroughs

    Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvao

    dos Pecadores, A A. W. Pink

    Jesus! C. H. Spurgeon

    Justificao, Propiciao e Declarao C. H. Spurgeon

    Livre Graa, A C. H. Spurgeon

    Marcas de Uma Verdadeira Converso G. Whitefield

    Mito do Livre-Arbtrio, O Walter J. Chantry

    Natureza da Igreja Evanglica, A John Gill

    OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Baixe estes e outros e-books gratuitamente no site oEstandarteDeCristo.com.

    Sola Scriptura Sola Fide Sola Gratia Solus Christus Soli Deo Gloria

    Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a

    John Flavel

    Necessrio Vos Nascer de Novo Thomas Boston

    Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A C. H.

    Spurgeon

    Objees Soberania de Deus Respondidas A. W.

    Pink

    Orao Thomas Watson

    Pacto da Graa, O Mike Renihan

    Paixo de Cristo, A Thomas Adams

    Pecadores nas Mos de Um Deus Irado J. Edwards

    Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural

    Thomas Boston

    Plenitude do Mediador, A John Gill

    Poro do mpios, A J. Edwards

    Pregao Chocante Paul Washer

    Prerrogativa Real, A C. H. Spurgeon

    Queda, a Depravao Total do Homem em seu Estado

    Natural..., A, Edio Comemorativa de N 200

    Quem Deve Ser Batizado? C. H. Spurgeon

    Quem So Os Eleitos? C. H. Spurgeon

    Reformao Pessoal & na Orao Secreta R. M.

    M'Cheyne

    Regenerao ou Decisionismo? Paul Washer

    Salvao Pertence Ao Senhor, A C. H. Spurgeon

    Sangue, O C. H. Spurgeon

    Semper Idem Thomas Adams

    Sermes de Pscoa Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

    Owen e Charnock

    Sermes Graciosos (15 Sermes sobre a Graa de

    Deus) C. H. Spurgeon

    Soberania da Deus na Salvao dos Homens, A J.

    Edwards

    Sobre a Nossa Converso a Deus e Como Essa Doutrina

    Totalmente Corrompida Pelos Arminianos J. Owen

    Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

    Propsitos de Cristo na Instituio de Sua Igreja J.

    Owen

    Supremacia e o Poder de Deus, A A. W. Pink

    Teologia Pactual e Dispensacionalismo William R.

    Downing

    Tratado Sobre a Orao, Um John Bunyan

    Tratado Sobre o Amor de Deus, Um Bernardo de

    Claraval

    Um Cordo de Prolas Soltas, Uma Jornada Teolgica

    no Batismo de Crentes Fred Malone

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    2 Corntios 4

    1 Por isso, tendo este ministrio, segundo a misericrdia que nos foi feita, no desfalecemos;

    2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, no andando com astcia nem

    falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos conscincia de todo o homem,

    na presena de Deus, pela manifestao da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho est

    encoberto, para os que se perdem est encoberto. 4 Nos quais o deus deste sculo cegou os

    entendimentos dos incrdulos, para que lhes no resplandea a luz do evangelho da glria

    de Cristo, que a imagem de Deus. 5 Porque no nos pregamos a ns mesmos, mas a Cristo

    Jesus, o Senhor; e ns mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

    que disse que das trevas resplandecesse a luz, quem resplandeceu em nossos coraes,

    para iluminao do conhecimento da glria de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porm,

    este tesouro em vasos de barro, para que a excelncia do poder seja de Deus, e no de ns. 8 Em tudo somos atribulados, mas no angustiados; perplexos, mas no desanimados.

    9 Perseguidos, mas no desamparados; abatidos, mas no destrudos;

    10 Trazendo sempre

    por toda a parte a mortificao do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

    se manifeste tambm nos nossos corpos; 11

    E assim ns, que vivemos, estamos sempre entregues morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste tambm na

    nossa carne mortal. 12

    De maneira que em ns opera a morte, mas em vs a vida. 13

    E temos portanto o mesmo esprito de f, como est escrito: Cri, por isso falei; ns cremos tambm,

    por isso tambm falamos. 14

    Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitar

    tambm por Jesus, e nos apresentar convosco. 15

    Porque tudo isto por amor de vs, para que a graa, multiplicada por meio de muitos, faa abundar a ao de graas para glria de

    Deus. 16

    Por isso no desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

    interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

    Porque a nossa leve e momentnea tribulao

    produz para ns um peso eterno de glria mui excelente; 18

    No atentando ns nas coisas que se veem, mas nas que se no veem; porque as que se veem so temporais, e as que se

    no veem so eternas.