Qualificação Controller

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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA CONTROLADORIA E AS FUNÇÕES DO CONTROLLER NO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO Por: Aline Siqueira Cavalcante Orientador Prof. Ana Claudia Morrissy Rio de Janeiro Agosto/2011

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    UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    PS-GRADUAO LATO SENSU

    AVM FACULDADE INTEGRADA

    CONTROLADORIA E AS FUNES DO CONTROLLER NO

    MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO

    Por: Aline Siqueira Cavalcante

    Orientador

    Prof. Ana Claudia Morrissy

    Rio de Janeiro

    Agosto/2011

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    UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    PS-GRADUAO LATO SENSU

    AVM FACULDADE INTEGRADA

    CONTROLADORIA E AS FUNES DO CONTROLLER NO

    MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO

    Apresentao de monografia AVM Faculdade Integrada

    como requisito parcial para obteno do grau de

    especialista em Finanas e Gesto Corporativa

    Por: . Ana Claudia Morrissy

    Rio de Janeiro Agosto/2011

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    AGRADECIMENTOS

    Agradeo a Deus, pois sem ele nada teria conseguido, e tambm a

    todos aqueles que contriburam para obteno do objetivo de

    concluir esta monografia.

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    DEDICTORIA

    A minha famlia e aos amigos pela importncia que eles tm para mim. E tambm pela compreenso nos momentos difceis em que lutamos juntos.

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    SUMRIO I. INTRODUO ........................................................................................................... 7 1.1 OBJETIVO .......................................................................................................... 9 1.2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 9 1.3 RELEVNCIA SOCIAL ................................................................................... 9 1.4 O PROBLEMA ................................................................................................... 9 1.5 HIPTESES ........................................................................................................ 9 2 SURGIMENTO DA CONTROLADORIA ..................................................... 10 2.1 DA CONTABLIDADE TRADICIONAL A CONTROLADORIA .............. 11 2.2 CONCEITO DE CONTROLADORIA ........................................................... 11 2.2.2 Unidade Administrativa ...................................................................................... 14 2.3 MISSO DA CONTROLADORIA ................................................................ 15 2.4 OBJETIVOS E AS FUNES DA CONTROLADORIA ........................... 16 2.4.1 Funes da Controladoria ............................................................................ 16 3. O SURGIMENTO DO PROFISSIONAL DE CONTROLADORIA................... 20 3.1 O CONTROLLER .................................................................................................. 22 3.2 AS FUNES DESEMPENHADAS PELO CONTROLLER ........................... 24 3.3 QUALIFICAES DO CONTROLLER ............................................................ 30 3.4 POSIES DO CONTROLLER NA EMPRESA .............................................. 32 3.5 UMA NOVA VISO DAS FUNES DO CONTROLLER ............................. 33 3.6 O MERCADO DE TRABALHO PARA OS PROFISSIONAIS DE CONTROLADORIA .................................................................................................... 34 3.7 METODOLOGIA DA PESQUISA ....................................................................... 39 4 CONCLUSO ............................................................................................................ 40

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    RESUMO Como estamos em um mundo em constantes transformaes a Contabilidade tradicional

    teve que evoluir. Fatos do passado no se consegue mais propiciar as informaes

    necessrias para dar apoio gesto das empresas, informaes projetadas para um

    cenrio futuro e servir de suporte para a Alta Administrao para a tomada de deciso,

    esta profunda transformao gerencial levaria a evoluo da Contabilidade para

    Controladoria que surgiu no sculo XX com as grandes corporaes norte-americanas.

    Tais informaes so desempenhadas e exercidas pelo profissional de Controladoria

    chamado de Controller. Na pesquisa realizada foram identificadas diversas funes

    atribudas e desempenhada para este profissional e sua aderncia dentro do mercado

    brasileiro apontam uma grande evoluo deste o seu surgimento na dcada de 60.

    Palavras chaves: Contabilidade Controladoria Controller.

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    I. INTRODUO

    A Contabilidade umas das cincias mais antigas do mundo, subsidiando com

    informaes seus mais diversos usurios. E com as constantes mudanas no ambiente

    econmico-empresarial, desde a era agrcola, passando pela revoluo industrial at os

    dias atuais, fizeram a evoluo desta cincia.

    Com isso surge a Controladoria que foi adequando s informaes do passado e as

    transformando em informaes e projees futuras.

    O surgimento da Controladoria se deu no inicio do sculo XX nas grandes

    corporaes norte-americanas, com finalidade de realizar um rgido controle de todos os

    negcios das empresas relacionadas, subsidirias e/ ou filiais. Com o crescimento

    vertical diversificado de empresas recorrentes que haviam se proliferado a partir da

    Revoluo Industrial foram exigidos por parte dos acionistas um controle central. A

    expanso das multinacionais americanas culminou posteriormente com o advento da

    abertura econmica e a globalizao de mercados disseminou o conceito de

    Controladoria e sua solidificao no meio corporativo brasileiro.

    Seus conceitos e funes so diversos e de acordo com cada autor, para os

    autores Mosimann, Alves e Fisch (1993. p.81-92) a Controladoria pode ser vista como

    um rgo administrativo e como cincia. Tambm definida como um departamento

    responsvel pelo projeto, e elaborao, implementao e manuteno do sistema

    integrado de informaes operacionais, financeiras e contbeis de determinada entidade.

    Pode-se dizer que o moderno conceito de Controladoria a evoluo da Cincia

    Contbil, pois se utiliza tanto da contabilidade financeira e gerencial e ultrapassa os

    limites da mensurao para chegar deciso que a empresa dever tomar.

    Quanto aos objetivos e funes pode-se destacar hoje com a otimizao dos

    resultados dos e com a evoluo os objetivos da controladoria so os mais diversos

    entre eles podemos destacar: Apresentao de todos os conceitos e requisitos

    necessrios para o processo de deciso de aquisio e implantao de um sistema de

    informao contbil da maior eficcia. Demonstrar o potencial da cincia contbil

    dentro de um sistema contbil integrado, atravs do conceito de lanamento

    multidimensional, objetivando extrair as possibilidades de informaes de qualquer

    sistema contbil. Quanto funo segundo o autor Horngren (1985, p. 11) pode-se

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    destacar algumas funes como: Planejamento para Controle, Relatrios e

    Interpretao, Administrao e Tributria etc.

    Atualmente as funes e atribuies da Controladoria diferem da empresa para

    empresa dependendo do porte e da estrutura organizacional. Almeida, Paris e Pereira

    (2001, p. 349-353) descrevem algumas funes como: Funo de Planejamento, Funo

    do Controle, Funo de Relatar, Funo Contbil e outras funes relacionadas rea.

    Tais funes so desempenhadas por um profissional o Controller.

    O Controller inicialmente chamado de comptroller apareceu em 1920 no

    organograma da administrao central da General Motors e em 1921 na Dupont como

    Treasure Assistant Comptroller segundo (CHANDLER 1962 p.19) e no Brasil indcios

    de que a demanda por profissionais de controladoria, pois era requisitado o desempenho

    de funes como: administrao tributaria e assessoria ao processo decisrio, e em

    alguns anncios desejava algum para supervisionar escritrio ou departamento de

    contabilidade.

    As funes do controller so diversas de acordo com cada autor, segundo Kanitz

    (1977, p.5) a funo bsica do controller consiste em: informao, Motivao,

    Coordenao, Avaliao, Planejamento e Acompanhamento.

    Em relao sua posio ou nvel do cargo ocupado o controller ocupa a

    posio de supervisor, gerencia, diretoria, assessor ou cargo equivalente. Em algumas

    literaturas pesquisadas encontram-se como rgo de linha, no organograma da empresa.

    Hoje o controller exerce diversas funes de acordo com uma pesquisa de

    mercado feita pela Revista Pensar Contbil em 2009 destaca funes ligadas

    contabilidade Societria e Financeira, conhecimentos na rea de tecnologia, conciliao,

    controles de gesto, auditoria. A pesquisa identificou que a Regio brasileira que tem a

    maior procura por estes profissionais a Regio Sudeste, e em seguida a Regio Sul.

    Este estudo visa focar aspectos voltados principalmente estrutura da

    Controladoria e abordar o perfil e o papel do Controller.

    Ao final deste estudo uma pesquisa de mercado feita em 2009 pela Revista Pensar

    Contbil Rio de Janeiro publicado pelo CRCRJ mostrar as funes, competncias e

    tendncias de mercado para o profissional de controladoria.

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    1.1 OBJETIVO

    Este trabalho tem como objetivo aprofundar sobre as funes e responsabilidades

    desempenhadas pelo Controller no mercado de trabalho no Brasil e as tendncias

    futuras para este profissional.

    1.2 JUSTIFICATIVA

    O presente estudo pretende aumentar os conhecimentos ligados nesta rea, pois

    tenho interesse em ingressar neste segmento, que vem crescendo fortemente no mercado

    profissional. J que uma rea responsvel por surgir os gestores com informaes para

    otimizar o processo de tomada de deciso. Exercer a funo de controller requer

    conhecimento da atividade para poder execut-la adequadamente, requer interao e

    liderana para, sim, acompanhar a dinmica do processo e da exata dimenso do

    negcio para o qual esta recebendo total confiana.

    1.3 RELEVNCIA SOCIAL

    Quanto relevncia social, pretende-se auxiliar a compreenso das funes do

    controller e promover a valorizao deste profissional to importante na gesto das

    organizaes so entidades de transformao de recursos (materiais, humanos,

    financeiros, tecnolgicos etc.) que tem por objetivo a gerao de benefcios de natureza

    material (bens, servios, riquezas) e no material (de ordem afetiva, intelectual, moral),

    sempre revertido ao prprio profissional.

    1.4 O PROBLEMA

    O problema consiste em identificar como esta o mercado brasileiro para o

    profissional de controladoria dentro do contexto empresarial a atuao se nessa rea no

    constitui um modismo, tampouco se restringe a uma funo especfica, pois, para que

    um processo de gesto se complete, o profissional, por excelncia, deve ter viso ampla,

    atuando e controlando todas as reas da Organizao.

    1.5 HIPTESES

    A pesquisa ser desenvolvida utilizando-se como hipteses para a soluo do

    problema levantando as seguintes questes para melhor esclarecer quanto ao perfil do

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    Controller dentro do mercado de trabalho, pois para que este profissional tenha espao

    neste mercado ou at mesmo dentro da empresa em que trabalha, atualizaes so umas

    das solues que o profissional ou a empresa poder adotar uma elaborao de

    habilidades tcnicas, que permitiro o fortalecimento e melhor capacitao da profisso

    contbil.

    1 Definio das competncias necessrias para exercer a profisso;

    2 Melhorar as prticas de ensino;

    3 Meios para avaliar continuamente os currculos de ensino. As competncias

    necessrias para o profissional contbil do futuro esto subdivididas em competncias

    funcionais amplos entendimento de negcios e competncias pessoais.

    4 Mudanas nas atividades de trabalho. Trabalhos de consultoria interna,

    planejamento estratgico de longo prazo, anlises de processos objetivando melhorias e

    redues de custo, anlises de tomadas de decises, anlise de performance financeira e

    econmica e outras atividades no tradicionais para contadores.

    2 SURGIMENTO DA CONTROLADORIA

    Segundo a (Revista Pensar Contbil, Rio de Janeiro, 2009 apud Beuren, 2002) a

    Controladoria surgiu no inicio do sculo XX nas grandes corporaes norte-americanas,

    com a finalidade de realizar rgido controle de todos os negcios das empresas

    relacionadas, subsidirias e/ ou filiais. Um significativo nmero de empresas

    concorrentes, que haviam proliferado a partir da revoluo industrial, comeou a se

    fundir no final do sculo XIX, formando grandes empresas, organizadas sob forma de

    departamentos e divises, mas com controle centralizado. O crescimento vertical e

    diversificado desses conglomerados exigia, por parte dos acionistas e gestores, um

    controle na central em relao aos departamentos e divises que rapidamente se

    espelhavam nos Estados Unidos e em outros pases.

    A expanso das multinacionais americanas culminou, posteriormente, com o

    advento da abertura econmica e globalizao de mercados, na disseminao do

    conceito de Controladoria e sua solidificao no meio corporativo brasileiro.

    Nos anos recentes, com o aumento da complexidade na organizao das empresas

    criou-se a necessidade de um sistema mais adequado para um controle gerencial efetivo,

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    resultando no desenvolvimento de uma funo diferenciada. A vista disso, a

    Controladoria cresceu em grau de importncia.

    2.1 DA CONTABLIDADE TRADICIONAL A CONTROLADORIA

    A contabilidade uma das cincias mais antigas do mundo, subsidiando com

    informaes seus mais diversos usurios. E com as constantes mudanas no ambiente

    econmico-empresarial, desde a era agrcola, passando pela revoluo industrial at os

    dias atuais, fizeram a evoluo desta cincia, porm no ficam de fora as crticas.

    Tais crticas referenciam que os sistemas contbeis estavam defasados, e sendo

    inadequado ao atual ambiente. Pois a contabilidade tradicional os dados tem origem do

    passado e as informaes constitudas no alicerce dos princpios fundamentais de

    contabilidade, para o atendimento fiscal. O principal produto fornecido pela

    contabilidade a informao para a tomada de deciso. Desse modo, a ruptura que leva

    a critica sobre os sistemas contbeis estaria centrada na contabilidade tradicional ou

    contabilidade financeira, por ser esta a denominao da contabilidade dirigida aos seus

    usurios externos. Portanto para suprir essa lacuna de informaes o profissional de

    contabilidade pode extrair e refinar as informaes com base nos sistemas contbeis e

    assim adequando-se com a necessidade de cada gestor ou usurio desta informao.

    Segundo Iudcubus (2004 p. 22), todo procedimento executado sob medida em

    um relatrio contbil com a finalidade de atender e contribuir para o processo decisrio

    intitulado contabilidade gerencial.

    Observa-se que os referidos conceitos esto centrados em relatrios, embora no

    expressos claramente quais os tipos de relatrios. E assim com as mudanas no

    ambiente empresariais e tecnolgicas e a valorizao de outros ativos at ento

    desconhecidos, intangveis (capital intelectual, goodwill).

    Goodwill gio

    Tendo de adaptar-se a esse ambiente, a contabilidade evoluiu naturalmente para um conceito denominado de

    Controladoria. E assim a Cincia Contbil seguiu novos rumos e contribui diretamente para o surgimento de

    departamentos administrativos de Controladoria e juntos conseguem avaliar o desempenho empresarial, permitindo

    projees e simulaes de cenrios futuros nas organizaes.

    2.2 CONCEITO DE CONTROLADORIA

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    Como foi visto anteriormente a Controladoria surgiu da Contabilidade Tradicional,

    adequando as informaes do passado e as transformando em informaes e projees

    futuras e assim contribuindo para a tomada de deciso de acordo com o novo ambiente

    de transformaes.

    Em um mundo em constante transformao, as empresas necessitam de recursos

    para obter vantagem competitiva, ou seja, tem que ser compreendida como um todo.

    Surge nas diversas etapas das inmeras atividades que uma empresa executa, ou seja, a

    diminuio de custos, montagem eficiente, distribuio do produto abaixo do custo ou

    uma eficincia equipe de venda, faz com que a empresa como um todo obtenha uma

    vantagem competitiva no mercado.

    Segundo Martin (2002, p.7) a vantagem competitiva surge com o valor que criado e percebido pelos consumidores e pelos investidores, o que reflete na gerao de resultados positivos que permitem a continuidade da empresa. A gerao de lucros e a continuidade so resultados do cumprimento da misso da empresa que, para tanto, necessita conhecer adequadamente a sua estrutura. Neste ponto que a Controladoria se faz oportuna, pois ela permite entender o mundo empresarial atual, fornecendo o suporte necessrio a todo o processo de gesto da empresa.

    Como rgo administrativo com uma misso, funes e princpios, a

    Controladoria atua como uma rea da empresa, colaborando com os gestores na

    coordenao dos esforos para obteno da eficcia empresarial.

    Tambm definida como um departamento responsvel pelo projeto, e

    elaborao, implementao e manuteno do sistema integrado de informaes

    operacionais, financeiras e contbeis de determinada entidade, com ou sem finalidades

    lucrativas.

    Quanto a definio como cincia, os autores conceituam como uma rea de

    conhecimento humano, com fundamentos, conceitos, princpios e mtodos oriundos da

    contabilidade e de outras cincias como economia, administrao, que suportam todos

    os conhecimentos necessrios para auxiliar o processo de gesto e levar a empresa a

    atingir sua eficcia. Ou seja, a contabilidade o sistema de informaes que d base a

    controladoria, que tem como objetivo o desempenho e o resultado econmico e se

    compromete na gesto econmica e no resultado a ser alcanado pela empresa.

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    Podemos dizer que a Controladoria converge todas as informaes contbeis

    necessrias para o adequado controle econmico e financeiro da empresa.

    Pode-se dizer que o moderno conceito de Controladoria a evoluo da Cincia

    Contbil, pois se utiliza tanto da contabilidade financeira e gerencial e ultrapassa os

    limites da mensurao para chegar deciso que a empresa dever tomar.

    As bases de sustentao ao nosso enfoque de Controladoria aliceram-se no

    GECON, de cujos princpios, conceitos e metodologia de operacional, tendo em vista

    nosso propsitos, podemos enumerar as seguintes premissas bsicas:

    - a empresa constituda sobre o pressuposto da continuidade;

    - a empresa um sistema em constante interao com o seu ambiente;

    - o resultado econmico o melhor indicador da eficcia empresarial;

    - o resultado econmico a base para a tomada de decises;

    - o Modelo de Gesto derivado das crenas e valores-ser a carta magna que

    corresponde a um conjunto de definies relativas ao processo de gesto empresarial;

    - as atividades empresariais so conduzidas, de forma estruturada, por um

    Processo de Gesto que analiticamente corresponde ao Planejamento, Execuo e

    Controle;

    - as informaes requeridas pelos Gestores so devidamente suportadas por

    sistemas de informaes.

    A controladoria, por este ngulo, est voltada para modelas a correta mensurao

    da riqueza (patrimnio dos agentes econmicos), a estruturao do modelo de gesto

    notadamente os relacionados com os aspectos econmicos da entidade, incluindo os

    modelos de deciso e informao e do sistema de informaes. A interao

    multidisciplinar verificada pela agregao de conceitos das reas de economia,

    administrao e sistema de informao, entre outras.

    Enquanto ramo do conhecimento, uma ampla gamas de assuntos sero objetos

    de estudo, dos quais destaca-se: o modelo de gesto, processo de gesto, modelo

    organizacional, modelo de deciso (teoria de deciso), modelo de mensurao (teoria da

    mensurao) modelo de identificao e acumulao e modelo de informao (teoria da

    informao).

    Porm, paradoxal que a sociedade com maior intensidade nos dias atuais

    seja movida por um grande sentimento de mediatismo, em que o enfoque de valor por

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    coisas praticas. Nesta questo, a sociedade esquece, e ns devemos ter um

    entendimento mais amplo, pois pensar teorias o grande (e talvez insubstituvel)

    passo que antecede a toda e qualquer nova tecnologia.

    Verifica-se, que parte do menos avisados, um abismo quando ao correto

    entendimento da vinculao que h entre a prtica e que s fica claro com a

    compreenso do que tecnologia. O entendimento de Galbraith (1967 apud Harrison,

    1975:107) de que a tecnologia ... significa a sistemtica aplicao cientfica ou outros

    conhecimentos organizados para tarefas prtica...

    Por fim, a Controladoria como ramo do conhecimento que possibilita a

    definio do modelo de gesto econmica e o desenvolvimento e construo dos

    sistemas de informaes num contexto de Tecnologia de Gesto.

    2.2.2 Unidade Administrativa

    A Controladoria vista como Unidade Administrativa responsvel pela

    coordenao e disseminao desta Tecnologia de Gesto quando ao conjunto teoria,

    conceitos, sistemas de informaes e tambm, como rgo aglutinador de esforos

    dos demais gestores que conduzam otimizao do resultado global da organizao.

    Assim, materializa uma rea de responsabilidade bem definida, responsvel pela

    execuo das atividades a seguir identificadas:

    - desenvolvimento de condies para a realizao da gesto econmica: visto

    que as decises tomadas na conduo das atividades tm como foco o resultado

    econmico, significa que os gestores devem estar de posse de instrumentos adequados,

    bem como devidamente treinados;

    - subsdio ao processo de gesto com informaes em todas as suas fases: os

    sistemas de informaes devem ser disponibilizados para uso direto do gestor, de modo

    que as informaes sejam oportunas;

    - gesto dos sistemas de informaes econmicas de apoio s decises: os

    sistemas de informaes devem propiciar informaes que reflitam a realidade fsico-

    operacional. A Controladoria a responsvel pela gesto operacional;

    - apoio consolidao, avaliao e harmonizao dos planos das reas: a

    maneira de consistir a otimizao do todo, constituindo-se num elemento catalisador da

    sinergia necessria para otimizao do resultado global.

  • 15

    A controladoria por excelncia uma rea coordenadora das informaes sobre

    gesto econmica; no entanto, ela no substitui a responsabilidade dos gestores por seus

    resultados obtidos, mas busca induzi-los otimizao do resultado econmico. Portanto,

    os gestores, alm de duas especialidades, devem ter conhecimentos adequados sobre

    gesto econmica, tornando-se gestores do negocio, cuja responsabilidade envolve a

    gesto operacional, financeira, econmica patrimonial de suas respectivas reas.

    2.3 MISSO DA CONTROLADORIA

    A gesto das atividades empresariais sob gide do Modelo GECON conduzida sob

    uma perspectiva sistmica, visto que a maximizao isolada dos resultados das partes

    no conduz necessariamente otimizao do todo. Cabe, ento, Controladoria, por ser

    a nica com uma viso ampla e possuidora de instrumentos adequados promoo da

    otimizao do toda a responsabilidade pelo comprimento de uma misso muito especial.

    A misso da Controladoria ser Assegurar a Otimizao do Resultado Econmico

    da Organizao.

    Para que a misso possa ser cumprida, objetivos claros e viveis estaro sendo

    estabelecidos. Os objetivos da Controladoria, tendo em vista a misso estabelecida, so:

    Promoo da eficcia organizacional;

    Viabilizao da gesto econmica;

    Promoo da integrao das reas de responsabilidades.

    Atingir este conjunto de objetivos significa a obteno de resultados econmicos

    de acordo com as metas e condies estabelecidas, decorrentes de decises tomadas sob

    tica de gesto econmica num enfoque de abordagem sistmica. Portanto, nosso

    ponto de congruncia, se considerar a existncia de uma hierarquia de objetos, os

    objetivos maiores da Controladoria so Gerreiro, Catelli e Dornelles, (1997:3) ... a

    gesto econmica, compreendida pelo conjunto de decises e aes orientado por

    resultados desejados e mensurados segundo conceitos econmicos.

    Sob este ponto de vista, a Controladoria, ao contribuir enquanto rea de

    responsabilidade e conjuntamente com as demais para o cumprimento da misso e

    continuidade da organizao ter como filosofia de atuao:

    Coordenao de esforos visando sinergia das aes;

    Participao ativa do processo de planejamento;

  • 16

    Interao e apoio s reas operacionais;

    Induo s melhores decises para a empresa como um todo;

    Credibilidade, persuaso e motivao.

    2.4 OBJETIVOS E AS FUNES DA CONTROLADORIA

    Como a controladoria um estgio evolutivo da Contabilidade, ele tinha at os anos

    50 seus objetivos eram de contabilizar as transaes financeiras, calcular impostos s

    entidades governamentais, relatar os resultados para a os usurios externos, atravs de

    publicaes de balanos e relatrios financeiros exigidos pelo estatuto das empresas, e

    coordenar o plano oramentrio.

    Hoje com a otimizao dos resultados e com a evoluo os objetivos da

    controladoria so os mais diversos entre eles podemos destacar como:

    a) Apresentar os elementos componentes do sistema de informao contbil e sua

    integrao com objetivos da empresa;

    b) Evidenciar o papel do sistema de informao contbil dentro de um sistema

    integrado de gesto empresarial e do conjunto da tecnologia da informao de

    apoio aos sistemas gerenciais;

    c) Demonstrar o potencial da cincia contbil dentro de um sistema contbil

    integrado, atravs do conceito de lanamento multidimensional, objetivando

    extrair ao Maximo as possibilidades de informao de qualquer sistema contbil;

    d) Apresentar todos os conceitos e requisitos necessrios para o processo de

    deciso de aquisio e implantao de um sistema de informao contbil da

    maior eficcia.

    A partir dessas aes, a Controladoria procura encaminhar os gestores na utilizao

    de instrumentos de orientao e controle. Assim, a atuao da Controladoria abrange

    todas as etapas necessrias para atingir o resultado da empresa.

    2.4.1 Funes da Controladoria

    Com a evoluo da Contabilidade tradicional para a Controladoria at o inicio os

    anos 50, a controladoria tinha ainda como funo a responsabilidade pela contabilidade

    das empresas, mesmo com a sua evoluo. Essas funes eram de relatrios gerenciais e

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    oramento, pelo custeio dos produtos manufaturados, pela apurao dos impostos

    devidos e pelo atendimento de requerimentos externos da empresa, alem de zelar pelos

    cumprimentos adotados pela empresa.

    Horngren (1985, p. 11): faz uma distino feita atravs do instituto de Executivos

    Financeiro, listaram-se as seguintes funes destinadas Controladoria:

    a) Planejamento para o controle;

    b) Relatrios e interpretao;

    c) Avaliao e assessoramento;

    d) Administrao Tributria;

    e) Relatrios para o governo;

    f) Proteo de Ativos;

    g) Avaliao econmica.

    Almeida, Paris e Pereira (2001, p.349-353) descrevem as funes da controladoria

    entendendo que as mesmas esto relacionadas ao conjunto de objetivos que emanam na

    misso da empresa, e que ao serem executadas, estas funes viabilizam o processo de

    gesto econmica. Nascimento e Reginato (2006, p.15), a Controladoria tem a funo

    de interagir constamente, com o processo decisrio da empresa, buscando dados e

    informaes econmico-financeiras em suas reas de apoio.

    As funes e atribuies da controladoria diferem de empresa para empresa.

    Dependendo do porte e das estruturas organizacional, a controladoria pode ser

    encontrada nos mais diversos nveis da administrao, assim como pode atuar de

    diferentes formas. E assim as funes vo variando e se alargando e diversificando de

    acordo com cada empresa, assim podemos destacar outras funes como: Funo de

    Planejamento, Funo de Controle, Funo de relatar, Funo Contbil e outras

    funes relacionadas rea.

    Atravs de uma pesquisa realizada nas empresas em 2002, Santos identificou as

    principais funes exercidas, pela Controladoria bem como: Informar para a tomada de

    deciso. Prospeces de cenrios, projetos e monitoramento de diretrizes;

    Acompanhamento oramento, elo entre os departamentos e o tomador de decises;

    Elaborao da Contabilidade Gerencial e de indicadores de desempenho financeiros e

    no-financeiros e apresentao e interpretao das informaes em reunies mensais e

    estudo de Viabilidade; Gerar informaes operacionais, como margens praticadas por

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    produto, oramento previsto x realizado; Difundir as crenas e valores estabelecidos

    pela Alta Administrao (Conselho de Administrao) nas empresas dos grupos;

    Planejamento, controle, informao e sistemas contbeis; Relacionamento com a rea

    de finanas, contbil, tributrio-fiscal e custos; Acompanhamento de execuo

    oramentria, intermediao entre a presidncia e auditoria, participao no

    planejamento estratgico no que se refere s tarefas, normatizao, definio e avaliao

    _______________________ Artigo Revista Contabilidade & Finanas FIPECAFI-FEA-USP, So Paulo v. n 27. p.66-67 setembro/dezembro 2001

    de funes, pessoas e processos, participao na formulao de propostas para

    investimentos; Escriturao contbil, folha de pagamento, pagamento de impostos e

    contribuies, relacionamento com rgos arrecadores do governo, superviso da rea

    de informtica, de manuteno de bens e instalaes da empresa; dentre outras.

    Para tung(1980, 9.85-89):

    A Controladoria tem como funo ser setor de observao e controle da administrao. por meio dela que dados e informaes so minuciosamente detalhados com o intuito de detectar possveis dificuldades de na capacidade de gerao de resultado. A Controladoria tambm colhe informaes de diversos setores da empresa e participa ativamente no processo decisrio atravs das avaliaes sugestes de modelos de informao e mensurao.

    No entendimento de Jucius & Schelender (1974:196), ... funes so definidas

    como atos. Porm, estes atos no so fortuitos, h uma razo, um imperativo para que

    aconteam, pois, de acordo com os autoresm os propsitos pro que as funes ou atos

    so desempenhadas so geralmente referidos como objetivos.

    As empresas tm uma diviso funcional do trabalho, cujo divisor de guas a

    vinculao destas funes as suas caractersticas operacionais, que so definidas em

    funo dos produtos e/ou servio produzido. Uma rea de Responsabilidade,

    independentemente de quantas atividades a compe, desempenha uma ou um conjunto

    de funes. No caso da Controladoria, estas funes esto ligadas a um conjunto de

    objetivos e quando desempenhadas, viabilizam o processo de gesto econmica,

    funes estas abaixo desempenhadas.

    Subsidiar o processo de gesto Esta funo envolve juntar a adequao do

    processo de gesto realidade da empresa ante seu meio ambiente. Estar sendo

  • 19

    materializados tantos no suporte estruturao do processo de gesto como

    pleno efetivo s fases do processo de gesto, por meio de um sistema de

    informao que permita simulaes e projees sobre eventos econmicos no

    processo de tomada de deciso.

    Estar a Controladoria suprindo os Gestores das diversas reas no processo de

    gesto com instrumentos gerenciais que fornecem informaes sobre

    desempenhos e resultados econmicos. inerente a esta funo monitorar o

    processo de elaborao do oramento e respectiva consolidao das diversas

    reas de responsabilidade da empresa.

    Apoiar a avaliao de desempenho Na avaliao de desempenho, seja dos

    gestores ou das reas de responsabilidade, a Controladoria estar:

    Elaborando a anlise de desempenho econmico das reas;

    Elaborando a anlise de desempenho dos gestores;

    Elaborando a anlise de desempenho econmico da empresa;

    Avaliando o desempenho da prpria rea.

    Ressalta-se que a avaliao de desempenho deve ser feita individualmente para

    todos os gestores e seus respectivos superiores hierrquico. A anlise elaborada pela

    Controladoria mais um subsidia ao processo de avaliao.

    Apoiar a avaliao de resultado Ao apoiar a avaliao de resultado, a

    Controladoria estar:

    Elaborando a anlise de resultado econmico dos produtos e servios;

    Monitorando e orientado o processo de estabelecimento de padres;

    Avaliando o resultado de seus servios.

    Gerir os sistemas de informaes Desempenhando a funo de gerir os

    sistemas de informaes, estar a Controladoria:

    Definindo a base de dados que permita a organizao da informao necessria

    gesto;

    Elaborando modelos de deciso para os diversos eventos econmicos

    considerando as caractersticas fsico-operacionais prprias das reas, para

    gestores;

  • 20

    Padronizando e harmonizando o conjunto de informaes econmicas (Modelo

    de Informao).

    Atender aos agentes do mercado A empresa um sistema aberto e,

    conseqentemente, interage com o meio ambiente, trocando os mais diferentes

    tipos de recurso/produtos. Antes a esta condio funo da Controladoria

    atender as demandas externas, da seguinte forma:

    Analisando e mensurando o impacto das legislaes no resultado econmico da

    empresa;

    Atendendo aos diversos agentes do mercado, seja como representantes legal

    formalmente estabelecidos sejam apoiando o Gestor responsvel.

    Verifica-se que a Controladoria uma unidade administrativa com a misso de

    apoiar o processo de gesto no cumprimento de suas tarefas, tendo como base cientifica

    a contabilidade. Portanto, a maior funo da Controladoria auxiliar o gestor e, por

    conseguinte, o processo de gesto em todas as suas etapas: planejamento, execuo e

    controle.

    3. O SURGIMENTO DO PROFISSIONAL DE CONTROLADORIA

    CHANDLER, (1962 p. 19) relata que a figura do controller, chamado

    inicialmente de comptroller, apareceu, em 1920, no organograma da administrao

    central da General Motors e, em 1921 no Dupont como Treasure Assistant

    Comptroller. 4 No Brasil fortes indcios que a demanda por profissionais de controladoria teve

    um forte incremento durante os anos 60. Este crescimento na procura deste profissionais

    parece esta vinculado em parte, ao crescimento da importncia da industria na matriz

    produtiva brasileira. O pas experimentou um forte crescimento industrial no ps-

    guerra.

    Ou seja, com o crescimento industrial triplicado nos anos de 1947 e 1961, o

    aumento na produtividade e conseqente aumento no poder de compra devido ao

    aumento na renda da populao, as reformas econmicas, e a retomada dos

    investimentos diretos estrangeiros no pas a partir de 1965 ajudaram a explicar o

    aumento no procura por profissionais de controladoria durante o perodo e que ocorre

    por trs razes:

  • 21

    a) a instalao de empresas estrangeiras, mais precisamente norte-americanas, trouxe a

    cultura da utilizao da rea de controladoria para o solo brasileiro;

    b) uma maior penetrao de empresas multinacionais acirrou a competio, forando as

    empresas aqui instaladas, principalmente as nacionais, a se reestruturar;

    c) com o crescimento econmico as empresas ganharam porte e suas operaes

    aumentaram em complexidade, necessitando de novos profissionais que assegurassem o

    controle sobre a organizao.

    Uma das decorrncias de todo este processo em uma esfera microeconmico a

    ___________________ Treasure Assistant Comptroller Assistente Controler do Tesouro Traduo do Autor 4 Artigo publicado pela Revista Contabilidade & Finanas FIPECAFI-FEA-USP v.16, n7, p.66-77

    setembro/dezembro 2001

    presena de controladoria nas mdias constantes do profissional de controladoria nas

    mdias e, principalmente, grandes empresas existentes no pas.

    E assim o ano de 1960 foi marcado pela busca de contadores, durante este

    perodo 92 anncios requisitando tal profissional, alguns destes podem ser considerados

    como precursores dos profissionais de controladoria, pois era requisitado o desempenho

    de funes como: administrao tributria e assessoria ao processo decisrio, no entanto

    a maioria destes anncios desejava algum para supervisionar escritrio ou

    departamento de contabilidade.

    A pouca familiaridade com o termo controller nesta poca, apenas destacava a

    procura de Assistente de Diretoria que estivesse experincia em contabilidade,

    legislao fiscal, contabilidade industrial e interpretao de balanos, ou seja, um

    profissional com um perfil bastante prximo ao exigido pela rea de controladoria.

    Em 1961 uma empresa do setor siderrgico interessada em um profissional de

    contador com experincia em custo industrial e na soluo de problemas de organizao

    e controle. Outra empresa a Lacta S/A procura um profissional para assumir o servio

    de contabilidade e controle. Outra empresa americana da rea farmacutica procura um

    controller com conhecimento dos princpios contbeis americanos e legislao tributria

    brasileira e responsvel pela rea de tesouraria que a princpio no uma atribuio do

    controller.

  • 22

    Beuren (2000,p.63) explica que o processo de gesto deve alicerar o processo

    decisrio, no sentido de contribuir para a eficcia no desempenho da organizao. No

    referido processo est contemplado o planejamento estratgico e operacional, de

    execuo e controle. Conduzir esse processo apoiando, j que no sua atribuio

    dirigir a organizao, funo profissional corporativo denominado controller.

    No final da dcada de 1970, uma publicao como a de Kanitz (1976, p. 6-8)

    destacava que os primeiros controladores foram recrutados entre os homens

    responsveis pelo departamento de contabilidade ou ento pelo departamento financeiro

    da empresa, deixando bem claro que controladoria no apenas um administrar do

    sistema contbil da empresa. Por isso os conhecimentos de contabilidade ou finanas

    no so nicos, embora sejam fundamentais, para o desempenho de tal funo.

    3.1 O CONTROLLER

    Das atribuies privativas dos Contabilistas em nasce novas perspectiva para as

    organizaes, surge a figura Controller. A responsabilidade da garantia da misso da

    Controladoria fica a ele confiada. O zelo pela continuidade da empresa, bem como todo

    o processo de otimizao para que esta consiga obter um resultado global satisfatrio as

    suas necessidades. o responsvel pela Contabilidade gerencial, pelo sistema de

    informaes gerenciais, pelo oramento e avaliao das informaes geradas pela

    contabilidade de forma que os gestores de qualquer empreendimento possam tomar

    decises corretas, municiados pela qualidade de informaes fornecidas pela

    Controladoria.

    Pela definio do Internacional Federation of Accounting (IFAC), o controller

    o profissional que:

    Identifica, mede, acumula, analisa, prepara, interpreta e relata informaes (tanto

    financeiras como operacionais) para uso da administrao de uma empresa, nas funes

    de planejamento, avaliao e controle de suas atividades e para assegurar o uso

    apropriado e a responsabilidade abrangente de seus recursos.

    Mosimann e Fish (1999, p.92) orientam que: em decorrncia do porte e

    desenvolvimento da empresa, a funo do controller pode no existir formalmente, mas

    medida que a empresa se desenvolve, surge um individuo responsvel pelo exerccio

    da funo financeira e, a partir da descentralizao das atividades, surge a figura do

  • 23

    controller. Eles explicam que O termo Controller no existe em nosso dicionrio, este

    vem sendo utilizado na rea comercial e empresarial atravs da influencia americana na

    atualidade.

    A importncia do Controller se faz presente em qualquer sociedade, pois esta

    para a sua sobrevivncia necessita de uma estrutura organizacional. Por sua vez, estas

    sociedades necessitam de um rgo interno cuja finalidade seja a garantia de

    informaes adequadas ao processo decisrio, colaborando de forma holstica com os

    administradores e gestores na busca da eficcia gerencial.

    Tung (1993, p.55) afirma que: O controller deve conhecer minuciosamente os

    objetivos e as metas de cada setor ( produo, comercializao, pesquisas, engenharia,

    contabilidade e etc.) da empresa.

    responsvel pelo projeto de implementao e manuteno de um sistema

    integrado de informaes, que operacionaliza a empresa, mostrando a Contabilidade

    como principal instrumento de melhoria da tomada de deciso.

    O Controller exerce uma fora e influncia nos administrares da empresa, a fim

    de que os mesmos venham a tomar decises lgicas e consistentes com a misso e

    objetivos.

    Dependendo de cada organizao o Controller subordinado ao Vice-Presidente

    de Finanas. Supervisiona o Gerente de Contabilidade, o Gerente de Oramento, o

    Gerente de Auditoria, o Gerente de Sistemas e Mtodos e o Gerente de Processamento

    de Dados.

    O Controller o gestor encarregado do departamento de controladoria. Este

    deve, atravs do gerenciamento eficiente do sistema de informao, zelar pela

    continuidade da empresa, viabilizando as sinergias existentes. Com essa percepo. Por

    fim, faz as atividades desenvolvidas em grupo se alcanarem resultados superiores,

    diferentemente se trabalhassem isoladas. Quem ocupar esta funo deve possuir uma

    viso ampla das operaes de uma organizao. considerado um funcionrio

    estratgico no funcionamento desta viso crtica. Seus questionamentos devem ir alm

    das consideraes legais, chegando at mesmo ao nvel tico.

    Robbins e Canzo (1995 p. 493), atualmente informao poder. Tudo o que

    modifica o acesso informao escassa e importante, alterar a estrutura de poder nas

    organizaes.

  • 24

    Siqueira e Soltelinho (2001, p.70.) percebe-se o controller como uma pea

    estratgica dentro das empresas, pois ele o profissional da informao que vem

    assumindo uma postura diferente nos diversos tipos de corporaes.

    3.2 AS FUNES DESEMPENHADAS PELO CONTROLLER

    O controller assume diferentes posturas em diferentes organizaes. No entanto

    para melhor entendimento da importncia do profissional de controladoria, necessrio

    efetuar a identificao de suas funes.

    Muito tem sido o autor com descries de funes do controller. Kanitz (1976,

    p.5-6) prope seis funes da rea de controladoria, so elas: Informao, motivao,

    coordenao, avaliao, planejamento e acompanhamento. J Heckert e Wilson (1963,

    p. 13-14) fazem meno a cinco, sendo elas: funo de planejamento, funo de

    controle, funo de relatar, funo contbil e outras funes. Se ambas as descries

    forem comparadas com detalhes se verificar que no h grandes diferenas entre uma e

    outra.

    Hougren (1985, p.11), baseado na classificao do Financial Executive Institute, 5prope uma descrio um pouco mais abrangente com sete funes a serem

    desempenhadas pelo controller, so elas: planejamento para controle, relatrios e

    interpretao, avaliao e assessoramento, administrao tributria, relatrios para o

    governo, proteo de ativos e avaliao econmica.

    Planejamento para o controle estabelecer, coordenar, e manter, atravs de

    gerencia autorizada, um plano para o controle das operaes (Anderson & Schimdt,

    1963, p. 13-14).

    Heckert & Wilson, (1963, p.11) a funo de relatrios e interpretao significa

    medir a performance entre os planos operacionais aprovados e os padres, e reportar e

    interpretar os resultados das operaes dos diversos nveis gerenciais. Avaliao e

    assessoramento podem ser conceituados como a funo de analisar e questionar a

    validade dos objetivos empresariais que so colocados, bem como, dos meios

    disponveis para alcan-los. O controller, pelo seu conhecimento de legislao e por

    possuir uma viso ampla das operaes da organizao, um funcionrio estratgico no

    fornecimento desta viso crtica administrao da empresa.

  • 25

    Um amplo conhecimento da legislao sobre tributos uma caracterstica

    fundamental para que o controller consiga uma boa administrao tributria. Uma

    gesto tributria com qualidade pode trazer mais recursos do que muitos dos produtos

    existentes na carteira da empresa.

    fundamental tambm que o profissional de controladoria tenho bons

    conhecimentos dos princpios contbeis e da legislao societria para que posso gerar

    bons relatrios para o governo, bem como para os demais usurios externos das

    demonstraes financeiras. Em alguns setores, como financeiro, por exemplo, tais

    conhecimentos no so suficientes, como sendo necessrio o aprofundamento na

    regulamentao especfica. 6O artigo publicado pelo CRCRJ o controller deve fazer com que um sistema de

    controle interno eficiente seja implantado dentro de uma empresa visando, entre outros

    objetivos, salvaguardar adequadamente seus ativos. Estes controles internos devem ser

    montados luz dos objetivos empresariais, de suas necessidades e de sua cultura

    organizacional.

    ___________________ 5 Financial Executive Institute Instituto Financeiro de Executivos Traduo do autor

    Yoshitake, (1984. p.31) a avaliao econmica que a funo de acompanhar

    as foras econmicas e sociais, assim como as influencias do governo e interpretar os

    efeitos que possam incidir sobre os negcios da empresa. Uma habilidade muito

    valorizada no desempenho desta funo a capacidade de trabalhar com cenrios.

    Robbins & Couller, (1999, p.270) um cenrio pode ser definido como uma viso

    consistente do que o futuro poder vir a ser e trata-se de um poderoso ferramental

    utilizado na rea econmica.

    Talvez a principal diferente entre a proposta de Horgren (1985 p. 11) e as

    anteriores seja a incluso da Avaliao Econmica que no tem correspondncia nas

    demais; no entanto, h algumas evidncias empricas sobre a relevncia desta funo.

    A postura do controller frente administrao tambm motivo de estudos conforme

    artigo do CRCRJ apud Sathe (1983) identifica quatro tipos de controller segundo sua

    postura, so eles: independente, envolvido, dividido e forte. Seu trabalho conclui que o

    mais adequado para as organizaes o controller forte, pois um nico profissional

  • 26

    serviria como contraponto para a administrao e, ainda, seria responsvel pela gerao

    de relatrios, obtendo uma atuao mais eficiente.

    Figueiredo e Caggioano (1999, p.89) mencionam que:

    o campo de atuao dos profissionais de Controladoria requer um conhecimento multidisciplinar, no qual assume

    um papel de um gestor responsvel pelo gerenciamento do sistema de informao; neste sentido, o controller d

    suporte ao processo de tomada de decises, produzindo relatrios que traduzam adequadamente a realidade

    patrimonial financeira e econmica da empresa.

    A funo do controller varia entre as organizaes, dependendo de seu porte

    empresarial e sua estrutura organizacional para definir quais so as funes que ele ir

    desempenhar. Para kanitz (1977, p.5), a funo bsica do controlador consiste em dirigir

    e na maioria das vezes implantarmos os sistemas de:

    a. Informao: compreende os sistemas contbeis e financeiros da empresa, sistemas de

    pagamento e recebimento, folha de pagamento etc.,

    b. Motivao: cabe a ele prever o efeito de novos sistemas de controle sob o

    comportamento das pessoas diferentemente atingidas;

    c. Coordenao: o controlador o primeiro a tomar conhecimento de eventuais

    inconsistncias dentro da empresa;

    __________________ 6 CRCRJ Artigo Pensar Contbil, Rio de Janeiro, v.11, n44, p. 5-15 abr/jun.2009

    d. Avaliao: Interpretar os fatos e avaliar se determinado resultado bom. E, em caso

    negativo, identificar os pontos que precisam ser corrigidos;

    e. Planejamento: avaliar o passado uma das primeiras etapas para planejar o futuro;

    f.: Acompanhamento: consiste em acompanhar de perto a evoluo dos planos traados.

    Segundo Nakagawa (1993, p.13-14) o controller desempenha a funo de controle,

    organizando e reportando dados aos gestores, exercendo ento uma influncia no

    processo decisrio.

    CRCRJ apud Anthony e Govindarajan (1999) comentaram que o controller a

    pessoa responsvel por projetado e operar o sistema de controle gerencial, e que na

    verdade em muitas empresas ele chamado de gerente financeiro. Assim complementa

    que o controller tem normalmente as seguintes funes:

    Coligir e operar informaes, e projetar e operar sistemas de controle:

    Preparar demonstraes e relatrios financeiros;

  • 27

    Preparar e analisar relatrios de desempenho;

    Supervisionar os procedimentos contbeis e da auditoria interna;

    Contribuir na gesto de pessoas do nvel gerencial em assuntos relativos

    funo de Controladoria.

    Tung (1993, p. 119) explica que, para o controller desempenhar bem suas funes,

    deve possuir certas qualidades indispensveis, como:

    Ser capaz de prever os problemas que possam surgir e de coletar as informaes

    necessrias para se tomarem decises;

    Ser capaz de prever o aparecimento de problemas nos diferentes departamentos,

    bem como providenciar os elementos para as solues devidas;

    Fornecer as informaes na linguagem do executivo que as receba;

    Traduzir os fatos e estatsticas em grficos de tendncias e em ndices;

    Ser capaz de ter os olhos voltados para o futuro, pois o passado no pode ser

    modificado;

    Das informaes e fornecer relatrios quando solicitados;

    Prosseguir insistentemente em seus estudos e interpretaes, mesmo que os

    executivos das reas controladas no dispensem ateno imediata queles

    assuntos;

    Assumir a posio de conselheiro, no de crtico;

    Ser imparcial;

    Ser capaz de vender suas idias aos demais executivos da empresa;

    Ser capaz de compreender que a contribuio de suas funes para as outras

    reas sofre limitaes.

    Os autores Siegel, Shim, e Dauber (1997 apud BEUREN 2002) citam que as

    ltimas dcadas tm sido de transformaes constantes e rpidas no mundo dos

    negcios, fatos esses que vieram incrementar as funes do controller. Antes visto

    como executivo financeiro na corporao, agora se v envolvido diretamente no

    planejamento estratgico, tendo em vista seu amplo conhecimento a respeito da

    empresa.

    Portanto pode-se concluir que o controller est muito associado sua postura

    frente organizao em que atua do que propriamente sua aptido tcnica, visto

    que essa premissa para assumir o cargo.

  • 28

    Por outro lado o Institute of Management Accountants 7(IMA) que uma

    entidade de contadores gerenciais, composta de profissionais atuantes nas reas de

    contabilidade, finanas e tecnologia da informao em setembro de 1999, publicou

    um estudo sobre as mudanas na profisso dos contadores gerenciais, passando de

    um profissional de apoio, sem participao no processo decisrio da empresa, na

    dcada de 80, para um novo profissional mais dinmico, analtico, participativo nas

    decises em conjunto com os outros gestores de outros departamentos. Durante este

    processo de mudana, o IMA levantou as seguintes funes desempenhadas pelos

    novos profissionais:

    _ Amplo conhecimento, fornecendo informaes de estrutura, natureza e objetivos

    da funo financeira.

    _ Agente de mudanas, como controlador da avaliao dos processos financeiros,

    planejamento novas alternativas e organizando as iniciativas da organizao.

    Avaliador, auxiliando identificar reas de potencial de melhoria com desempenho

    timo e a desenvolver situaes / exemplos de negcios exigidos para assegurar

    apoio aos esforos.

    _ Conhecimento da informao, conduzindo estudo de benchmark para identificar

    melhores prticas financeiras, revises da literatura existente (artigo e livros)

    discutida e benefcios timos aos clientes internos e externos.

    ____________________ 7 Institute of Management Accountants Institute dos Auditores de Gesto Traduo do prprio auto

    _ Interao de sistemas, iniciando e apoiando o desenvolvimento de sistemas de

    informaes integrado que facilitaro os processos de planejamento para atingir as

    metas/objetivos.

    _ Facilitador, construindo relacionamentos com outras partes da organizao.

    _ Assessor de estratgia, apoiando o diretor financeiro (8chief financial officer CF

    a planejar o posicionamento financeiro no contexto externo da estratgia da

    organizao e objetivo dos negcios.

    _ Especialista em medidas, desenvolvendo novas medidas e sistemas de relatrios

    para monitorar o processo do planejamento, assim como o desempenho continuo de

    novos processos e atividades de trabalho.

  • 29

    9O Ministrio do Trabalho e Emprego, com finalidade de uniformizar e identificar

    as ocupaes no mercado de trabalho para fins classificatrios, junto aos registros

    administrativos e domiciliares instituiu atravs da Portaria Ministerial n. 397 de 09 de

    outubro de 2002, a Classificao Brasileira de Ocupaes. Esta portaria prev que a

    funo de controller est inserida na CBO como sinnimo da ocupao contador, e pela

    estrutura apresentada designada como famlia das demais funes inerentes

    profisso. Os efeitos de uniformizao pretendida pela ordem administrativa e no se

    estendem s relaes de trabalho.

    Quanto regulamentao das profisses, estas so realizadas por meio de lei

    federal, pelos rgos de classe que representam cada profisso, definindo as

    prerrogativas profissionais. O Conselho Federal de Contabilidade criado pela Lei N.

    9.295/46 instituiu a resoluo CFC N 560/83, que em seu artigo 2 prev a funo de

    controller como prerrogativa da profisso contbil. Contudo, no h descrio desta

    funo.

    O Conselho Federal de Administrao define as atribuies da profisso de

    administrador fundamentadas na Lei N 4.769/65, Art.2 e Decreto 61.934/67, Art. 3.

    Analisando os referidos textos, verifica-se que no h evidenciao da funo do

    controller. J os Conselhos Federais de Economia, que fundamenta as atribuies do

    economista no Decreto 31.794/52, Art. 3 e suas Resolues, tambm descreve como

    prerrogativas da profisso a funo de controller.

    ____________________ 8 Chief Financial Officer CFO Diretor Executivo Financeiro 9 Fonte de Pesquisa: WWW.congressousp.org.br em 15 de novembro de 2010.

    Da mesma forma, a Associao Brasileira de Engenharia de Produo, quando

    relaciona as habilidades e competncias do engenheiro de produo no menciona

    funes de controller.

    Os rgos oficiais da rea contbil destacam que a profisso do controller

    prerrogativa da profisso, enquanto que os demais rgos pesquisados no se referem a

    esta funo como sendo de competncia de seus profissionais.

    Oliveira, Perez Jr e Silva (2002) chamam ateno para as novas exigncias de

    mercado quando dizem que, atualmente, para o desempenho da funo de controller, os

    mesmos devem possuir conhecimentos de:

    http://www.congressousp.org.br/

  • 30

    a) Contabilidade e finanas;

    b) Sistemas de informaes gerenciais;

    c) Tecnologia da informao;

    d) Aspectos legais de negcios e viso empresarial;

    e) Processos informatizados da produo de bens e servios;

    f) Informao da produo de bens e servios;

    Aps as definies das grandes reas de responsabilidade do controller, Wilson

    apud Roehl-Anderson e Bragg (1995, p.22-25) tratam das funes bsicas da

    Controladoria e do papel do controller no desempenho de cada uma destas funes.

    Enfatizam-se as funes do controller como responsvel pela execuo das funes da

    Controladoria. So elas:

    A Funo de Planejamento: o objetivo da empresa o lucro e o planejamento

    necessrio para atingi-lo. Ento, a primeira funo do controller no planejamento

    identificar se o plano existente pode ser suportado por todos os nveis de gerenciamento.

    Funo de Reportar: o relato essencial para tornar o planejamento e controle efetivo.

    Esta funo inclui a interpretao dos dados e tabelas, e a funo do controller no se

    encerra at que o gestor compreenda os fatos ali relatados.

    Funo Contbil: esperado que o controller aplique, na prtica, os princpios

    contbeis e as prticas dentro de sua companhia e que possa fornecer informaes

    confiveis.

    Outras Responsabilidades Primrias: funo tributria, assim como atividades de

    auditoria.

    3.3 QUALIFICAES DO CONTROLLER

    De acordo o IFAC International Federation of Accounting define o controller

    como um profissional que: identifica, mede, acumula, analisa, prepara, interpreta e

    relata informaes (tanto financeiras quanto operacionais) para o uso da administrao

    de uma empresa, nas funes de planejamento, avaliao e controle de suas atividades e

    para assegurar o uso apropriado e a responsabilidade abrangente de seus recursos.

    Qual formao deveria ter ento um profissional para desempenhar tantas

    atividades? Na literatura pesquisada, a preferncia recai sobre a Contabilidade, segundo

    Figueiredo e Caggiano (1997,p.27) o controller chefe contbil em vista das

  • 31

    diversas funes contbeis e da prpria estrutura da controladoria que tem a

    contabilidade sob sua responsabilidade.

    No Brasil, a Resoluo CFC n 560/83 dispe sobre as prerrogativas

    profissionais dos contabilistas e diz que o contabilista pode exercer em suas atividades,

    na condio de profissional liberal ou autnomo, as funes de controller. Portanto,

    seguindo esta Resoluo, o profissional que exerce a controladoria deve ser o

    contabilista.

    Martins (2002 p.11) chama a ateno para o fato de:

    Que se os contadores no estiverem capacitados para fornecer informaes pertinentes e relevantes para dar funcionamento e orientao aos gestores, outros especialistas iro inevitavelmente assumir esta funo.

    Siqueira e Soltelinho (2001.p.75), em sua pesquisa sobre a formao bsica

    requisitada pelos contratantes de controllers, mostram que a formao mais requisitada

    continuava a ser a de Contador, seguida de Economista e Administrador.

    Pocopetz (2002, p.72) interessado em saber a formao do controller, em

    resultado de pesquisa realizada junto a 10 controllers, identificou que 30% possuem

    formao contbil, 30% possuem formao em administrao, 20% com formao em

    cincias contbeis e administrao de empresas.

    Calijuri Mnica, 10em um artigo publicado no Congresso Brasileiro de

    Contabilidade fez uma pesquisa de mesma grandeza visando saber qual a formao dos

    controllers, o resultado foi 49,9% dos controllers cursaram Cincias Contbeis, 20,8%

    cursaram Administrao, 17,2% cursaram Administrao e Cincias Contbeis, 10,3%

    cursaram Cincias Econmicas e Contabilidade, 3,4% cursaram Direito e Cincias

    Contbeis.

    ___________________ 10 Trabalho premiado no 17 Congresso Brasileiro de Contabilidade CRCPR Mnica Sionara Calijuri

    O que chamou mais ateno nestes dados que a maioria dos controllers

    pesquisados tem formao contbil e vale complementar que estes profissionais tm o

    segundo curso de graduao. Portanto vale ressaltar que alm da formao da

    graduao, o controller deve estar constantemente se atualizando, seja atravs de curso

    de ps-graduao, participaes em congressos, em rgos de classe, leituras de revistas

    especializadas, de forma que seu conhecimento esteja sempre sendo renovado.

  • 32

    Nos anncios de recrutamento de controllers, a exigncia quanto formao

    acadmica mais de 52% exigia a formao em Cincias Contbeis para assumir o

    cargo de Controller, no entanto relevante ressaltar que 48% dos anncios no exigiam

    a formao e Cincias Contbeis, podendo o profissional possuir outros cursos como

    Administrao, Economia ou Engenharia.

    As exigncias para o exerccio o cargo de controller tornaram-se cada vez mais

    complexas. O profissional deve desempenhar inmeras funes e ter esses mltiplos

    conhecimentos. Segundo Oliveira, Perez e Silva (2002,p.96) prope uma nova grade,

    baseada nas premissas do MEC e nas necessidades do controller. Em sua opinio, o

    curso de Cincias Contbeis, nos moldes atuais, pode preparar controllers para pequenas

    empresas ou escritrios de contabilidade, mas para assumir a funo de controladoria

    necessria uma grande capacidade para tomar decises, gerar informaes de analise de

    dados e estas no tem sido muito valorizado pelas instituies de ensino no Brasil.

    Martins (2002, p.25) ensina que para se preparar controllers no se deve mais formar

    especialista em contabilidade, j que as atribuies da Controladoria vo muito alm da

    contabilidade. O controller deve ser um generalista com capacidade de entender sua

    empresa e seu ramo de negcios.

    Para estar em dia com a atualizao das exigncias do mercado, fundamental a

    educao continuada como cursos de ps-graduao, MBA, Lato-Sensu

    especializao e Mestrado.

    O mercado atualmente no s exige graduao, mas tambm conhecimento em

    lnguas estrangeiras. As empresas procuram profissionais qualificados que domine

    estrangeiras, em primeiro lugar o Ingls e o Espanhol seguidos de francs, japons,

    italiano e mandarim.

    Segundo a ptica do mercado de trabalho o profissional de controladoria tambm deve

    ter conhecimentos ligados tecnologia da informao.

    3.4 POSIES DO CONTROLLER NA EMPRESA

    Com relao posio ou nvel do cargo ocupado pelo profissional da

    Controladoria, o controller deveria indicar posio ocupada entre as opes dos nveis

    de: supervisor gerencia diretoria, assessor ou cargo equivalente.

  • 33

    Ainda mencionando a pesquisa de Mnica Calijuri onde constatou a tendncia

    da Controladoria estar situada como rgo de linha, no organograma da empresa.

    Controllers que ocupam posio de Diretores esto subordinados Presidncia da

    empresa, vice-presidncia ou Diretoria Geral. Esta posio privilegiada, pois mostra

    ascenso do controle na linha de comando da empresa e, portanto, suas orientaes tm

    mais influncia nas decises da empresa.

    3.5 UMA NOVA VISO DAS FUNES DO CONTROLLER

    Poucos so os autores que tratam as funes do controller com mais

    amplitude e dinamismo, como uma pea muito importante no sucesso da empresa. J

    ficou caracterizado a figura do controller ligado contabilidade, ao controle dos

    nmeros j realizados e o gerenciamento das atividades. Esta uma viso obtusa, pois

    no existe na nomenclatura de cargos no Brasil, algo mais abrangente que defina

    exatamente esta funo. As estruturas das empresas de uma maneira geral tambm no

    esto acostumadas como est funo; mesmo as empresas multinacionais americanas

    aqui no Brasil, tm o controller como aquele que vai fazer a converso do balano em

    moeda estrangeira (FASB/8/52;USGAAP/etc.), ou como aquele que vai fazer o

    comparativo do oramento anual (Budget) do previsto com o realizado, com alguns

    comentrios. Este trabalho os assistentes de controladoria fazem muito bem. O perfil

    real do controller nunca mudou, as empresas que no deixam que eles atuem como

    gostariam e como esto preparados para tal; alm do conhecimento contbil, eles tm as

    vises econmicas, financeiras e estratgicas da empresa: so eles que deveriam junto

    com os estrategistas da empresa planejar e coordenar as estratgias a serem traadas,

    pois eles sabem dos resultados realizados, qual ser a tendncia dos resultados futuros.

    Eles tm tambm a lucratividade de cada produto e a margem de contribuio dos

    mesmos, conhecem quais as despesas fixas o que lhes permite calcular o ponto de

    equilbrio da empresa (Break-Even-Point), sabendo quanto ela precisa faturar para pagar

    os seus gastos fixos. O controller conhece melhor a empresa do que qualquer gerente

    ____________________

    WWW.administradores.com.br acesso em 12 julho 2011

    ou diretor, podendo ajudar muito a alcanar o sucesso. Na rea de compras ele tem

    controle e viso dos estoques e o que poder ocorrer se continuar a comprar abaixo ou

    http://www.administradores.com.br/

  • 34

    acima do limite. Na rea produtiva e conhece a capacidade de produo e a ociosidade,

    podendo sugerir mudanas para no se desperdiar dinheiro e tempo. Na rea comercial

    ele sabe quais os produtos que esto sendo vendidas com preo abaixo ou acima do

    mnimo desejvel, como tambm quais as quantidades necessrias para atingir os

    objetivos da empresa. Na rea de recursos humanos ele sabe se os salrios e os

    benefcios esto adequados com os objetivos traados. Na rea tributria direta ele est

    atualizado com o regime de apurao e clculo do imposto de renda, da contribuio

    scia sobre o lucro, como tambm do PIS e COFINS sobre o faturamento. Na rea

    tributria indireta ele conhece todos os impostos incidentes, tais como o ICMS, IPI, ISS

    e outros. Na rea de planejamento estratgico com todos esses nmeros e dados da

    empresa ele os transforma em informaes para tomada de decises e sugere

    alternativas para alavancar, ou at mesmo para diversificar seus produtos ou negcios.

    Desta maneira no podemos mais enxergar a funo do controller simplesmente como

    gerente de da controladoria, mas sim como o profissional mais completo em termos de

    gesto empresarial, um estrategista.

    3.6 O MERCADO DE TRABALHO PARA OS PROFISSIONAIS DE CONTROLADORIA

    De acordo com uma pesquisa de mercado feita pela Revista Pensar Contbil no

    ano de 2009, buscou identificar os anncios que procuram por estes profissionais sob a

    ptica do mercado de trabalho brasileiro. A caracterizao dos anncios realizou-se por

    meio das fontes pesquisadas, regio da pesquisa, porte das empresas e do nvel do

    cargo. Os anncios pesquisados em trs sites da Internet: Catho, Manager e Michel

    Page.

    Conforme o artigo as fontes pesquisadas foram: Catho, Manager e Michel Page.

    O site da Catho Online um local de encontro de profissionais e empresas no processo

    de recrutamento. O Grupo Catho foi fundado em maio de 197 por Thomas A. Case.

    Desde a sua criao, j atendeu a mais de 30 mil profissionais, especialmente executivo.

    Desde 1994, certificado em conformidade com as normas ISSO 9000. Oferece

    servios de recolocao profissional/outplacement de executivos e faz recrutamento e

    seleo de profissionais na diviso Case Consulting, alm de manter um dos maiores

    sites de empregos do Brasil.

  • 35

    A empresa Manager Assessoria em Recursos Humanos Ltda um site de

    Recursos Humanos do Brasil. Alm de oferecer informaes e orientaes importantes

    sobre carreira e mercado de trabalho, o site conta com uma vitrine profissional onde os

    candidatos podem cadastrar seus currculos para serem avaliados por milhares de

    empresas nacionais e multinacionais em todo o territrio brasileiro que divulguem

    oportunidades em aberto.

    A empresa Michel Page especializada em recrutar candidatos em middle e top

    management, com clientes em todo o mundo. Fundada na Inglaterra em 1976, o grupo

    expandiu-se rapidamente nos ltimos 30 anos hoje possui uma rede global, operando

    com 122 escritrios em 19 pases e 3.230 colaboradores.

    A coleta de dados realizou-se em 373 anncios de oferta de trabalho, 241

    anncios em nvel operacional e o site da Catho apresenta o maior nmero de anncios.

    Em nvel gerencial, foram identificados, 22 anncios o site da Catho apresentou o maior

    nmero com 15 anncios. Verificaram-se 110 anncios em nvel estratgico sendo que,

    60% so oriundos do site Catho e 23% so da Manager e 15% so do site da Michel

    Page.

    A pesquisa tambm buscou identificar por meio dos anncios as regies

    brasileiras onde se concentra a maior solicitao de profissionais da rea de

    Controladoria nos nveis operacional, gerencial e estratgico. Constatou-se que a

    maioria dos anncios de ofertas de emprego est localizada na regio Sudeste, que, em

    nvel operacional com 223 anncios, ou seja, 92,53%, enquanto no nvel gerencial

    correspondeu a 21 anncios. Em nvel estratgico, a pesquisa enquanto no nvel

    gerencial correspondeu a 21 anncios. Em nvel estratgico, a pesquisa identificou 99

    solicitaes ou 90%. Em segundo lugar, a pesquisa apontou a regio Sul, com 4,98%

    em nvel operacional e 8% no estratgico. As regies Nordeste, Norte e Centro-Oeste

    apontaram poucas indicaes nos trs nveis pesquisados.

    Quanto ao porte das empresas que requerem o profissional da Controladoria a

    pesquisa identificou que: O nvel operacional o destaque foi para as empresas de

    pequeno porte, com 42%. Em nvel gerencial, a maior freqncia tambm est nas

    empresas de pequeno porte com 32%. Em nvel estratgico a maior quantidade de

    anncios est destinada s empresas de grande porte com 26% dos anncios.

  • 36

    Ainda de acordo com a pesquisa realizada pelo CRCRJ Revista Pensar

    Contbil o profissional de controladoria exerce atividades muito variadas. As obras

    consultadas listam uma srie de responsabilidades e atribuies desempenhadas pelo

    profissional. Para um melhor entendimento do assunto, buscou-se identificar o que se

    requer dele sobre conhecimentos ligados contabilidade societria e financeira, da rea

    gerencial, sobre assuntos internacionais, tecnologia da informao e conhecimento

    vinculado s reas de administrao, economia e finanas.

    Assim foram identificados alguns conhecimentos necessrios ao desempenho

    das atribuies em funes ligadas contabilidade societria e financeira. As

    atribuies esto listadas nos anncios nos nveis operacional, gerencial e estratgico.

    No que diz respeito aos conhecimentos ligados a Contabilidade Societria e

    Financeira, a primeira obteve maior pontuao nos trs nveis investigados. Os anncios

    indicaram que, em nvel operacional, o mercado de trabalho requer o profissional que

    tenha conhecimentos de contabilidade societria em nvel operacional, seguidos pelo

    nvel gerencial e nvel estratgico. Com relao contabilidade financeira, a maior

    necessidade do mercado, segundo os anncios pesquisados, est em conciliaes,

    fechamento de contas, rotinas contbeis e legislao societria e tributria.

    Constam ainda em muitos dos anncios: controles de gesto, auditoria, controles

    internos, fluxos de caixa. Os assuntos menos evidenciados so: interface diretoria x

    gerncia, Economic Value Added (EVA), Balanced Scorecard, Activity-Based Caosting

    (ABC), planejamento tributrio, suporte informacional, implantao de Controladoria e

    outros.

    Os anncios buscam profissionais que tenham conhecimentos em assuntos

    internacionais. No nvel operacional, evidenciaram-se 49 solicitaes de conhecimentos

    em assuntos internacionais em um total de 241 anncios pesquisados. No nvel

    gerencial, identificaram-se 11 anncios dos 22 pesquisados, em nvel estratgico, 24 dos

    110 pesquisados.

    O mercado apontou em todos os nveis a necessidade de conhecimentos dos

    padres americanos de normas e procedimentos contbeis como o United State

    Generally Accepted Accounting Principles (US GAAP) obteve 50% ou mais das

    solicitaes identificadas pelos anncios, esto os princpios de contabilidade

    geralmente aceitos no Brasil (BR GAAP), International Financial Reporting Standards

  • 37

    (IFRS), Lei SarbannesOxley, Financial Accounting Standards Board FASB). Os

    conhecimentos de assuntos internacionais menos evidenciados foram: legislao

    internacional do Imposto de Renda (IR), Canadian GAAP, International Accouting

    Standards (IAS) e outros.

    Para conhecer o profissional de Controladoria segundo a ptica do mercado de

    trabalho ligado a tecnologia da informao. A rea de conhecimento em tecnologia de

    informao apresentou 13 necessidades apontadas pelo mercado de trabalho. A maior

    representatividade no nvel operacional e gerencial foi o Pacote Microsoft Office

    com48% das solicitaes dos 241 anncios. No nvel estratgico, o destaque de

    Tecnologia da Informao foi para informaes gerenciais integrados, os Sistemas ERP

    J.D. Edwards e ERP SAP indicaram maior nmero de solicitaes.

    A pesquisa tambm buscou evidenciar o que o mercado de trabalho requer do

    profissional da Controladoria sobre conhecimentos de Administrao, Economia e

    Finanas. O destaque foi para matemtica financeira no nvel operacional. Com relao

    ao nvel gerencial, conhecimentos de matemtica financeira e recursos humanos. No

    nvel estratgico, a rea de recursos humanos foi a mais solicitada. Outras reas tambm

    pontuaram como conhecimento financeiro, logstica, mercado, calculadora financeira

    HP 12C, qualidade, variaes cambiais e almoxarifado.

    A fim de identificar outras competncias evidenciadas pelos anncios em

    relao ao profissional, investigaram-se o domnio de lnguas estrangeiras, formao

    acadmica e tempo requerido pelo mercado no que tange experincia profissional.

    O domnio de lnguas estrangeiras foi um dos pontos investigados neste tpico.

    As empresas procuram profissional qualificado que domine lnguas estrangeiras.

    Verifica-se que na atual conjuntura dos negcios o profissional deve possuir

    conhecimentos de vrios idiomas. O domnio do ingls intermedirio e avanado e

    espanhol fluente. Outras lnguas como alemo, francs, o japons e o italiano foram

    solicitados.

    Quanto a formao acadmica do profissional da Controladoria verificou-se que

    nove cursos foram evidenciados pela pesquisa. A preferncia indicada nos anncios

    pesquisados pela graduao em Cincias Contbeis nos nvel operacional e estratgico

    e Economia no nvel gerencial. No entanto a Administrao apresenta pontuao muito

    semelhante a Cincias Contbeis. O profissional da Controladoria um profissional

  • 38

    com muitas atribuies e a combinao com dois cursos bem vista pelo mercado.

    Cursos de especializao como MBA e ps-graduao foram requisitados.

    Martin (2002, p.15) destaca que para preparar os profissionais da Controladoria

    no se deve mais formar especialistas em contabilidade, j que as atribuies da

    Controladoria vo alm da contabilidade. O controller deve ser generalista, com

    capacidade de entender sua empresa e ramo de negcios.

    A pesquisa tambm indicou o perodo de experincia profissional que as

    empresas requerem do profissional da Controladoria, segundo os anncios pesquisados.

    Com relao ao tempo de experincia profissional a pesquisa identificou que, para o

    profissional da Controladoria se encaixa no nvel operacional de 1 a 2 anos. Em nvel

    gerencial estratgico, o tempo de experincia, em mdia requerido pelos anncios so

    de 5 a 6 anos.

    Outra caracterstica identificada nestes anncios em quesito competncia, ou

    seja, aquelas relacionadas ao perfil pessoal e no somente de desempenho de funes.

    Desse modo 70% dos anncios exige no somente habilidade, seguida por iniciativa,

    flexibilidade para mudanas e relacionamento interpessoal, igualmente com o

    conhecimento de finanas e capacidade de implantao de novas idias, senso crtico,

    facilidade de gesto de conflitos.

    Em muitos aspectos, os resultados encontrados na presente pesquisa,

    relacionados as competncia do controller, esto em consonncia com a literatura, que

    de modo geral, prev que o controller deve ter caractersticas como as que mencionam

    Frezatti et. al. (2009): alto nvel de energia, maturidade, dinamismo, iniciativa e postura

    proativa, esprito de liderana e: viso preocupada com o futuro, ser imparcial e justo

    em suas crticas e comentrios, ter capacidade de vender suas idias.

  • 39

    3.7 METODOLOGIA DA PESQUISA

    A metodologia utilizada para elaborao desta pesquisa foi baseada em

    bibliografias j existentes na rea de Controladoria, pesquisa em Internet, artigos

    publicados pelo CRCRJ, Revistas Eletrnicas da FIPECAFI.

  • 40

    4 CONCLUSO

    Este estudo visa mostrar a importncia e as funes da Controladoria e do

    Controller dentro da organizao, mostrando desde o crescimento e evoluo da

    Contabilidade tradicional a Controladoria, at a expanso nas multinacionais devido ao

    advento da globalizao. Com enfoque no Controller o presente estudo buscou

    identificar as funes, atribuies, caractersticas e como est o mercado de trabalho

    para o profissional de controladoria. Alguns pontos fundamentais foram identificados: a

    Controladoria que definida, como um rgo administrativo com uma misso, funes

    e princpios, a Controladoria tambm, atua como uma rea da empresa, colaborando

    com os gestores na coordenao dos esforos e eficcia empresarial e sua misso de

    assegurar a otimizao do resultado econmico da organizao e suas funes vo de

    acordo com cada empresa. A controladoria pode ser vista como responsvel pela

    contabilidade geral da empresa e como um rgo para tomada de decises.

    O controller um profissional cujas funes so as mais variadas de acordo com

    cada autor, mais para que este profissional possa exercer tais funes dever est

    capacitado de acordo com a pesquisa realizada em 2009 pela Revista Pensar Contbil

    em sites de Recursos Humanos e empregos, o que constatou o profissional deve ter

    conhecimento em Contabilidade Societria e Financeira, conhecimentos dos padres

    americanos e normas de procedimentos contbeis (USGAAP) e princpios geralmente

    aceitos no Brasil ( BR GAAP). Os anncios buscam na maioria profissional em

    Cincias Contbeis seguidos de Administrao, e ter alguma especializao como MBA

    e Ps-Graduao e conhecimentos em outras lnguas estrangeiras como o Ingls.

    Sendo assim constata-se que cada vez mais o mercado de trabalho para estes

    profissionais esto cada vez mais exigentes e expansivos e complexos.

    O objetivo deste estudo foi explorar o ramo de atuao do Controller e servir de

    base para pesquisas futuras.

  • 41

    REFERNCIAS BIBLIOGRAFICAS ALMEIDA, Lauro Brito de: Catelli Armando (coord). Controladoria: uma abordagem

    da gesto econmica GECON. So Paulo: Atlas, 2 edio.

    CONGRESSO Internacional de Custos, IX, 2005, - Florianpolis. Perfil do controller

    no contexto organizacional atual brasileiro. SC, Brasil 28 a 30 de novembro, p. 1 14.

    DALMACIO Flavia Zboli. Aderncia entre o Conceito e a pratica das funes

    atribudas ao controller: um estudo no contexto brasileiro.

    MARTIN, Nilton Cano. Da Contabilidade Controladoria: a evoluo necessria.

    Revista Contabilidade & Finanas FIPECAFI-FEA USP, So Paulo, n. 28 p. 7-28,

    jan/abr. 2002.

    SIQUEIRA, J.R.M.; SOLTELINHO, W. O profissional de Controladoria no Mercado

    Brasileiro Do Surgimento da Profisso aos Dias Atuais. Revista Contabilidade &

    Finanas FIPECAFI FEA USP, So Paulo, set./dez.2001.

    http.:// WWW.congressosousp.fipecafi.org/artigos72007/419.pdf . Acesso em 12 de

    outubro de 2010.

    CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Disponvel em :

    http.://WWW.cfc.org.br/contedo.aspx?codmenu=67&codconteudo=3298. acesso em

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    CALIJURI, Mnica Sionara Shpallir. Controller o perfil atual e a necessidade do

    mercado de trabalho. Disponvel em: http.nossocontador.com/artigos/13.pdf. Acesso em

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