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Verão, sol e sua peleO verão chegou e com ele as férias e o sol. É preciso saber aproveitar bem!

janeiro|2002

A camada de ozônio é um filtro solar natural da atmosfera. Freqüentes medições revelam uma importante diminuição na sua espessura. Imagina-se que isso ocorra em decorrência da poluição atmosférica.A diminuição da camada de ozônio resulta num aumento dos níveis de radiação UVB (ultravioleta B) na superfície terrestre. Os raios UVB têm um efeito biológico tal que um pequeno aumento na sua penetração já produz danos à saúde das pessoas.

Podemos citar os principais:- envelhecimento precoce, manchas e CÂNCER DE PELE;- diminuição da resistência às doenças infecciosas;- formação de catarata.

Os raios UVB causam eritema (vermelhão), pigmentação e principalmente alterações que induzem ao câncer de pele. Incidem o dia todo porém mais intensamente no horário de 10 às 14 horas.

Os raios UVA (ultravioleta A) além de pigmentação e alterações que levam ao câncer, são os pricipais responsáveis por reações de fotossensibilidade (aumento da sensibilidade a luz solar.)

A queimadura solar e a pigmentação dependem do tempo de exposição e do tipo de pele. A exposição contínua, determina uma série de alterações que caracterizam o envelhecimento da pele (pele fotoenvelhecida). Surge normalmente a partir dos trinta anos de vida, dependendo do tipo de pele e grau de exposição e se acentuam com a exposição continuada à radiação solar. A pele vai se tornando mais fina, amarelada e surgem pregas, rugas, manchas acastanhadas ou brancas e telangiectasias (vasinhos rompidos na pele). Se compararmos uma pessoa mais branca com uma mais morena da mesma idade, provavelmente a mais branca estará mais fotoenvelhecida. Isso se deve ao fator de proteção natural que apresentam as pessoas mais morenas. Não só os mais branquinhos devem se cuidar. O efeito maléfico é para todos, embora maior para aqueles de pele mais clara.

A ação cumulativa da radiação solar é também a causa principal do CÂNCER DE PELE. Pode ocorrer em qualquer parte do corpo, mas principalmente em áreas de exposição solar, inclusive os lábios, principalmente o inferior.

Todas estas alterações podem ser prevenidas ou atenuadas através do conhecimento dos malefícios do sol e de cuidados como:- não se expor ao sol nos horários de maior incidência dos raios UV principalmente UVB - de 10 às 15 horas;- usar FILTROS DE PROTEÇÃO SOLAR DIARIAMENTE, adequados ao tipo de pele (fator de proteção 15 e 30, indicados por seu dermatologista);- usar CAMISETA, CHAPÉU E GUARDA-SOL;- usar ÓCULOS DE SOL com proteção UVB;- evitar o BRONZEAMENTO deliberado (Sol ou FONTES ARTIFICIAIS de UVA ou UVB);- consultar o dermatologista se houver qualquer dúvida em relação a uma MANCHA, SINAL ou FERIDA QUE NÃO CICATRIZA.

Serviço de Dermatologia SERCLIN

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Fone: (51) 590.3500

Classic Life - Medicina - Ed. 02 - Jan/Fev/2002http://www.classiclife.com.br/medicina/med_0025_2ed.html

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Óculos sem proteção contra UV enganam pupila 10/janeiro/2002

Da mesma forma que a pele, os olhos também precisam ser protegidos da ação nociva dos raios ultravioleta.Protetor solar para o corpo todo apregoam em alto e bom som os dermatologistas. E não se esqueçam dos olhos, completam os oftalmologistas -a proteção, no caso, é por meio de óculos escuros de boa qualidade e com a devida proteção contra raios ultravioleta (UV). Usar um óculos sem um filtro adequado é como enganar a pupila. Para se proteger do excesso de luz, ela naturalmente se fecha. Com os óculos escuros, a pupila permanece dilatada e, se as lentes não possuírem proteção contra os UV, ela recebe diretamente os raios solares."A exposição excessiva a esses raios pode resultar, a longo prazo, em várias doenças oculares, como catarata e degenerações de retina", diz o oftalmologista Élcio Hideo Sato, diretor médico do Banco de Olhos do Hospital São Paulo, da Unifesp.Os efeitos dos raios UV são cumulativos e, quanto maior a exposição a eles, maiores os riscos com o passar dos anos. Quem usa óculos de má qualidade corre outros riscos. "Os olhos são obrigados a se adaptar a uma condição ruim, trabalhando mais para compensar a falta de qualidade. Isso pode gerar cansaço na visão, dificuldade de enxergar e um certo desconforto visual", diz o oftalmologista Alberto Jorge Betinjane, professor da USP.Uma pesquisa da Abiótica (Associação Brasileira de Produtos e Equipamentos Óticos) traz dados nada animadores sobre o mercado de óculos escuros no Brasil: quase metade dos importados e nacionais (47,5%) vendidos em 2001 eram contrabandeados.Fuja dos camelôs, diz Synesio Batista da Costa, presidente da Abiótica. "Os óculos vendidos por camelôs são 100% ruins. Você pode comprar, mas vai estragar o seu olho", afirma ele.As armações apertadas também são ruins: "Podem provocar dores de cabeça e mal-estar", alerta Sato. Quanto à cor das lentes, isso não importa. "As pessoas podem usar lentes rosas, azuis e até bem escuras. É uma questão de gosto. Se elas protegem contra os raios UV, a cor não faz diferença", afirma o médico. No caso de óculos com grau, Betinjane diz que as lentes verdes são preferíveis, pois dão mais conforto aos portadores de deficiências visuais.Bem mais importante que a cor é a matéria-prima utilizada. As melhores lentes são as acrílicas e as de cristal.Já a criança pode ser poupada desse cuidado todo ao ganhar um par daqueles óculos de brincadeira, de plástico, bem ordinários. "Elas ficam tão pouco com eles que não chegam a sofrer nenhum mal", afirma Betinjane.

Fonte: www.unifesp.br

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Protetor solar combate o câncer fevereiro|2002

Um estudo de derivados de dibenzoilmetano revelou características interessantes para aprimorar a proteção da pele contra a incidência de raios ultravioletas, especificamente na faixa de UVC, além de apresentar atividade contra a proliferação de células de melanoma e outros tumores (de mama e de pulmão) em testes in vitro. Os derivados são estáveis à irradiação UVC, permanecendo inalterados por um período de nove horas.

Os filtros solares convencionais atuam especificamente nas faixas UVA e UVB, de incidência mais comum.

A faixa UVC normalmente não atinge a superfície terrestre, por ser bloqueada pela camada de ozônio, mas o aumento dos buracos na camada eleva o risco de câncer de pele. A eficácia dos derivados frente à UVC já foi comprovada, bem como a ampliação da gama de proteção. Já a atividade antimelanoma está constatada in vitro. “Mas não sabemos como o produto age contra o câncer instalado no organismo”, pondera a professora Anita Jocelyne Marsaioli, do Departamento de Química Orgânica, uma das autorasdo invento.

“O mérito no projeto é da doutora Marisa Alves Nogueira, que realizou um trabalho de pós-doutoramento sob minha orientação. Este trabalho inspirou-se em flavonas pouco usuais isoladas por Marisa durante seu doutoramento, orientada pela professora Eva Gonçalves Magalhães. Estas flavonas são dibenzoilmetanos polissubstituídos, que despertaram a atenção de Marisa e Eva pelas diversas atividades biológicas apresentadas – bactericida, fungicida e citotoxicidade – frente à Artemia salina (camarão)”,explica Anita.

Segundo a professora, esses estudos em fase inicial evoluíram e migraram para a produção de vários derivados a partir de filtros solares comerciais, por ser mais barato e pela maior facilidade de obtenção dos resultados. “O próximo passo é a produção em escala maior, a fim de se conseguir uma formulação do produto e testar suas qualidades em células tumorais de animais e pessoas”, antecipa.

Campinas, fevereiro de 2002Fonte:http://www.unicamp.br

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Câncer de peleé o de maior incidência no País

1º|fevereiro|2002

Neste Artigo:

- Introdução- Tipos de Câncer de Pele- O Perigo da Radiação- Grupos de Risco e Formas de Prevenir a Doença- Veja Outros Artigos Relacionados ao Tema

"Nos últimos anos, os casos de câncer de pele têm crescido no Brasil, sem escolher sexo ou idade. Sua incidência é mais alta que a do câncer de mama e de próstata. No ano passado, 55 mil brasileiros foram acometidos pela doença".

Introdução

O verão está a todo vapor e quem vai aproveitar a temporada para pegar aquele bronze pode estar comprando um passaporte para problemas de pele no futuro. Segundo estatísticas do Instituto Nacional do Câncer, o câncer de pele é o de maior incidência no Brasil e está diretamente relacionado à exposição ao sol. Somente no ano passado, cerca de 55 mil brasileiros foram acometidos pelo mal. Além do fato de que o brasileiro não foi educado para se proteger da luz solar, existe o agravante de que os raios solares estão sendo emitidos cada vez com mais intensidade, devido à destruição da camada de ozônio. Na Austrália, por exemplo, o câncer de pele é o tumor que mais mata e já se transformou num caso de calamidade pública. As pessoas de pele clara não aguentam o sol tropical e estão se rendendo à doença.

Outro dado importante quando o assunto é câncer de pele é que não são apenas os idosos suas vítimas - ao contrário do que muita gente pensa, já que o efeito do excesso de exposição à radiação é cumulativo. Cada vez mais, jovens de ambos os sexos estão sendo acometidos pela doença, devido ao excesso de exposição ao sol e a hábitos que não incluem a proteção.

Embora as chances de cura do câncer de pele sejam altas, existe um tipo que causa preocupação entre os médicos. O melanoma, tipo mais raro, não tem cura se não for descoberto precocemente. Segundo André Murad, coordenador do Serviço de Oncologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia, a radiação interfere no DNA das células, provocando uma multiplicação desordenada das mesmas. O efeito da radiação é extremamente nocivo e, por isso, a proteção deve ser feita durante toda a vida, desde a infância. "Quantidade de sol, tempo e horário de exposição vão influenciar diretamente no desenvolvimento da doença", explica.

Tipos de Câncer de Pele

Existem três tipos de câncer de pele. O carcinoma basocelular é um dos tipos menos graves e também o mais frequente, representando 70% dos casos. Ele é mais comum em pessoas de pele clara com idade acima dos 40 anos. Murad explica que o seu surgimento está relacionando com a exposição solar cumulativa durante a vida. Apesar de não causar metástase, pode destruir os tecidos à sua volta, atingindo cartilagens e ossos. Normalmente, aparece em forma de mancha.

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Já o carcinoma espinocelular, segundo tipo mais comum do câncer de pele, pode se disseminar por meio dos gânglios, provocando metástase. Ele adquire a forma de um nódulo e é provocado pela exposição sem proteção adequada, tabagismo, exposição a substâncias químicas como arsênio e alcatrão e baixa de imunidade.

O tipo mais perigoso é o melanoma. Ele aparece como uma pinta escura que vai se deformando e tem alto potencial de metástase. Por isso, o diagnóstico precoce é tão importante. Murad explica que uma vez iniciada a metástase, não há mais chance de cura.

Os três tipos costumam surgir nas áreas mais expostas ao sol, mas podem se manifestar em outras áreas do corpo como planta do pé, região genital ou sob a unha.

No caso do tipo melanoma, não há relação entre o local de exposição e o local de aparecimento do tumor. Embora nos dois primeiros tipos o índice de mortalidade seja muito baixo, as estatísticas de óbito quanto o assunto é o câncer tipo melanoma assustam. Ele mata quase 100% das pessoas que não o descobrem precocemente.

O Perigo da Radiação

Cada um dos tipos de radiação solar tem sua especificidade. Os raios UVA, por exemplo, incidem uniformemente durante todo o dia e têm grande capacidade de penetração em camadas mais profundas da pele. Sua absorção, a médio e longo prazos, é responsável por efeitos destrutivos na pele, como envelhecimento, perda de elasticidade, manchas e até o surgimento do câncer.

Os raios UVB, por sua vez, incidem principalmente entre as 10h e às 16h e provocam a vermelhidão na pele, também chamada de eritema solar. Depois de exposições prolongadas, ocasionam queimaduras graves seguidas de formação de bolhas, descamação e lesões precursoras de câncer.

Durante muito tempo se pensou que os raios UVB eram os mais perigosos. No entanto, estudos recentes vêm demonstrando que os raios UVA podem ser ainda mais nocivos devido à sua capacidade de agressão.

O câncer de pele se manifesta de diferentes maneiras. Os sinais mais comuns são o surgimento de feridas que não cicatrizam, pequenas lesões endurecidas, brilhantes ou avermelhadas. Nos homens, ele aparece mais no tronco, na cabeça ou no pescoço, enquanto que, em mulheres, se manifesta mais frequentemente nas pernas e braços.

Grupos de Risco e Formas de Prevenir a Doença

Pessoas de pele e olhos claros estão mais sujeitas a desenvolver o câncer de pele, assim como quem possui muitas pintas e sardas. Outro fator de risco é o fato de ter tido alguém na família com a doença. Quanto maior for o grau de parentesco, maiores as chances de contrair o câncer. Quem desafia o sol e se expõe sem proteção também tem grandes chances de desenvolver o mal.

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Para fugir da doença é necessário tomar muito cuidado, como orienta Murad. A primeira forma de proteção é evitar o sol. E não adianta achar que o protetor solar resolve. O médico explica que o uso do produto pode estar apenas mascarando o problema. Nos países nórdicos, especialmente na Suécia, as autoridades estão preocupadas com o uso do protetor e chegaram a proibir os que têm fator de proteção solar maior que 15. Isso porque a pessoa passa o produto uma vez e julga estar protegida o dia inteiro. Como os produtos são muito fortes, a pessoa não fica vermelha ou sente o corpo arder, mas está absorvendo toda a radiação.

Segundo Murad, realmente é preciso ter cuidado com o uso do protetor, que de aliado pode passar a inimigo. "Ninguém ainda provou que o protetor solar previne o melanoma. Só está constatado que previne o carcinoma", defende.

Todas as pessoas que trabalham expostas ao sol devem estar muito bem protegidas por roupas (de preferência escuras) e por chapéu. Na praia, os cuidados devem ser redobrados por causa das superfícies refletoras.

Se a pessoa não se protegeu e tomou sol em excesso durante a vida, o jeito ficar de olho na pele. O diagnóstico precoce é muito importante. Assim como para prevenir o câncer de mama, ao auto-exame também é fundamental para diagnosticar precocemente o câncer de pele. Todas as partes do corpo devem ser examinadas diante do espelho pelo menos a cada três meses. Peça a outra pessoa para ajudar no auto-exame. Murad recomenda que, a qualquer sinal de alteração na pele, a pessoa procure o médico.

Copyright © 2002 Bibliomed, Inc.

Fonte: http://boasaude.uol.com.br

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"Ar tropical" reduz camada de ozônio na Europa em 30% 11|fevereiro|2002

A camada de ozônio sobre a Europa estava cerca de um terço menor que o normal durante a primeira semana de fevereiro e a perda regular da camada que protege os seres humanos da radiação está se tornando mais freqüente, informaram pesquisadores na última sexta-feira. "É significativamente menor que o verificado normalmente", disse Neil Harris, pesquisador da Cambridge University, especializado em ozônio.

A camada de ozônio, medida em unidades Dobson, caiu do nível normal de 380 a 400 para 250 unidades no final de janeiro, segundo pesquisa do centro aeroespacial da Alemanha, DLR.

O DLR verificou que correntes de ar tropical com baixo nível de ozônio, originadas nas regiões equatoriais e espalhadas sobre o sul da Espanha, França e Alemanha, aumentaram os raios ultravioleta (UV) em 20 a 30%, informou Agência Espacial Européia (ESA), em seu Web site.

Um buraco na camada de ozônio corresponde a uma área com 200 unidades Dobson. Estas baixas densidades foram medidas sobre a Europa em 30 novembro de 1999 e 8 novembro 2001, informou a ESA. "A redução contínua nos níveis de ozônio em conseqüência da depleção química e do aumento da freqüência de pequenos buracos sobre a Europa está resultando no aumento da radiação UV biologicamente ativa", avaliou Thilo Erbertseder, do DLR.

Os cientistas informaram que as correntes de ar são fenômenos climáticos naturais e mais comuns no inverno, mas as mudanças provocadas pelos seres humanos poderiam estar afetando estes padrões climáticos. As correntes tropicais também levam um clima quente incomum para a Europa Central.

"Estes buracos existem naturalmente. Há evidência do aumento do número ao longo do tempo", disse Harris. "As mudanças climáticas estão provocando alterações nos padrões ambientais? É provável que exista uma associação".

O ozônio pode ser reduzido por substâncias químicas como clorofluorcarbonos (CFCs), usados antigamente em refrigeradores, brometo de metila empregado na fumigação das lavouras. Cerca de 70 mil toneladas deste produto são usadas anualmente, a maioria em países em desenvolvimento.

Para muitos cientistas o aumento do gás dióxido de carbono está afetando o clima e provocando aquecimento global, tempestades e estiagens. Segundo Harris, prognosticar a recuperação da camada de ozônio é um dos principais aspectos das atuais pesquisas sobre clima.© Copyright 2002,Terra Networks, S.A

Fonte: www.nuclear.radiologia.nom.br/politica/fevere02/120202.htm

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Comparação da distribuição vertical do ozônio em altas e baixas latitudes março|2002

Cláudio Angel Rigoberto Casiccia Salgado

Tese de Doutorado em Geofísica Espacial,

orientada pelo Dr.Volker Walter J. Heinrich Kirchhoff, aprovada em 03 de julho de 2000.

A diminuição da camada de ozônio é um fato que preocupa à comunidade científica dedicada ao estudo dos fenômenos atmosféricos. Existe uma diminuição global numa taxa variável de acordo com a latitude, e outros fatores mas em geral estima-se que o ozônio está diminuindo numa taxa de 4 a 5% por década. Além da diminuição global existe uma dramática redução do ozônio estratosférico durante cada primavera na região Antártica, chamado "buraco de ozônio Antártico". Durante este fenômeno, o ozônio em certas alturas é destruído quase totalmente. O ozônio cumpre com a importante missão de filtrar os raios solares de energia na faixa ultravioleta-B, os mais danosos para os organismos vivos. Desde o ano geofísico internacional (IGY,1956-1957), muitos instrumentos têm sido instalados para monitorar a coluna total de ozônio, a maioria deles concentrados no hemisfério norte. Neste trabalho é apresentado um estudo da evolução no tempo da distribuição do ozônio com a altura com sondagens feitas em Natal, RN (Lat. 5,42 S; Long. 35,6 W) de 1978 até 1999. A variação sazonal é determinada com os dados da integral total do ozônio e também é avaliada a influência de diferentes camadas. A análise de tendência dos dados determina um aumento médio na troposfera da ordem de 10% por década e na estratosfera uma diminuição de 8% por década. Dados de campanhas de sondagens feitas em Punta Arenas e na Estação Brasileira Comandante Ferraz são comparados. Trajetórias isentrópicas do tipo "backward" para diferentes alturas são calculadas para identificar a procedência das massas de ar pobres em ozônio que determinam diminuições na coluna de ozônio em Punta Arenas. Os resultados mostram que massas de ar pobres em ozônio são transportadas desde a região Antártica para latitudes menores, por exemplo, a de Punta Arenas, no Chile o que foi anteriormente comprovado por observações com o Brewer e com sondagens.

Fonte: www.scielo.br

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Impactos da destruição da camadade ozônio na saúde humana 1º|maio|2002

MÁ NOTÍCIA, Perigo nas alturas

Além de causarem câncer, os raios ultravioleta também interferem na fertilidade masculina. Segundo pesquisadores da Keck School of Medicine, dos Estados Unidos, a radiação diminui a quantidade geral de espermatozóides produzida pelo homem e a mobilidade das células reprodutivas, que passam a ter dificuldade para alcançar o óvulo. Com a destruição da camada de ozônio, que barra os raios ultravioleta, calcula-se que a fertilidade dos homens possa ser afetada, especialmente entre os que vivem em áreas de maior altitude. (2002)

Fonte: http://veja.abril.com.br/010502/para_usar.html

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Em defesa do ozônio junho|2002

A Multibrás descobriu um jeito de evitar que o CFC das geladeiras escape para a atmosfera e ensinou 60% dos técnicos em refrigeração do Brasil a lidar com o problema. Até os concorrentes aderiram

Você sabia que sua geladeira pode representar um perigo para o planeta? Não? Tudo bem, não se envergonhe. A maioria das pessoas não sabe. O fato é que os refrigeradores, os freezers e os aparelhos de ar-condicionados produzidos no Brasil até 2000 contêm o nefasto clorofluorcarbono, ou CFC. Se liberado, esse gás sobe até as altas camadas da atmosfera e destrói o ozônio, que nos protege das radiações solares. Os CFCs foram banidos por resoluções internacionais. Mas o que fazer com os 60 milhões de eletrodomésticos que já continham o composto? "Simples: temos que evitar que ele escape", diz o engenheiro Heriney Lima Queiroga.

Queiroga é responsável pelo Projeto Ozônio, uma iniciativa da Multibrás – grupo de empresas que congrega Brastemp, Consul, Semer e a argentina Whirlpool. "Quando o técnico vai à casa do cliente, muitas vezes é obrigado a abrir as partes herméticas do mecanismo, liberando o CFC", explica Heriney. "O que fizemos foi criar um equipamento para recolher o gás e treinar os técnicos a usá-lo."

Não foi fácil. O tal aparelho, chamado "recolhedora", já existia nos Estados Unidos e na Europa. No entanto, custava mais de 5 000 reais, quantia proibitiva para as 1 300 pequenas oficinas de assistência técnica do país. Além disso, pesava 23 quilos, o que tornava penoso o uso no dia-a-dia. Em parceria com outra empresa, a Refrigeração Espírito Santo, a Multibrás criou uma recolhedora que custa só 700 reais e pesa 12 quilos. Ligada à geladeira, ela retira os 3 quilos de CFC do mecanismo. O gás é então armazenado em cilindros na sede da assistência técnica e enviado a um dos dois centros de reciclagem de CFC no país.

Mas de nada adiantaria essa tecnologia toda sem a colaboração de quem mete a mão na massa: os 3 000 técnicos que visitam os lares brasileiros diariamente. Heriney e sua equipe criaram um programa de treinamento para quem conserta refrigeradores – seja de qual marca for. A idéia foi tão bem-sucedida que os concorrentes se juntaram e hoje dividem o orçamento, para baratear os custos dos equipamentos e oferecer capacitação de graça. Nada menos que 60% dos técnicos em refrigeradores do Brasil já foram treinados. Eles não aprenderam apenas a manipular os equipamentos. "Recebemos também informações sobre o problema da camada de ozônio", diz Luiz Marco, gerente da oficina de assistência técnica Multicenter, de São Paulo.

"Estimamos que 40 toneladas de CFC deixem de vazar a cada ano graças a esse empenho", diz Heriney. "Não há quem queira deixar para seus filhos um mundo onde não seja possível freqüentar a praia", afirma o engenheiro de 32 anos, pai de uma garotinha de 5 – que adora brincar na areia.

A Viação Santa Brígida, uma empresa de ônibus de São Paulo, chegou perto de ganhar o prêmio de melhor projeto de empresa na categoria Ar com seu bem-sucedido trabalho de diminuição da emissão de poluentes pelo escapamento. O projeto virou referência nacional. O outro finalista foi a Aracruz Celulose, que diminuiu drasticamente o mau cheiro exalado por sua fábrica na cidade capixaba homônima.

Fonte: Paulo D’Amaro

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Revista SuperInteressante

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Ambiente: Bom para o ozônio,ruim para o clima 7|junho|2002

por: Sanjai Suri

As emissões de gases, utilizados para substituir os que afetam a camada de ozônio, estão atingindo volumes perigosos, segundo advertem organizações ambientalistas. Os gases hidro-flúor-carbono (HFC), substitutos dos cloro-flúor-carbono (CFC) poderiam ser responsáveis, em 2050, por 15% do aquecimento provocado por todos os gases estufa medidos em 1990, o ano base do Protocolo de Kyoto sobre Mudanças Climáticas. É o que afirma um estudo divulgado esta semana. "Isso eqüivaleria à anulação do efeito das reduções de dióxido de carbono - produzido pela combustão de petróleo, carvão e gás - previstas pelo Protocolo", diz o estudo divulgado pela não-governamental Iniciativa Multisetorial sobre Gases Estufa Industriais Potentes.

O trabalho critica o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) por promover o uso do HFC, "centenas ou milhares de vezes mais potentes para o aquecimento do clima que o dióxido de carbono", como alternativa para os CFC, deixados de lado devido ao Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Esgotam a Camada de Ozônio.

Nos anos 80, cientistas descobriram que a camada de ozônio estava desaparecendo sobre a Antártida, devido ao uso industrial dos CFC como propelentes de aerosois e refrigerantes. O cloro dos CFC chega às camadas superiores da atmosfera e atua sobre as moléculas do ozônio.

O Protocolo de Montreal, em vigência desde 1989, prevê a eliminação total dos CFC e a sua substituição por substâncias menos perigosas. "Esse instrumento, contudo, protege a camada de ozônio em prejuízo do clima mundial, precisando, portanto, de uma ampla revisão", sustenta o autor do estudo, Chris Rose, assessor do Greenpeace Internacional. "Os HFC não são benígnos, nem amigos do ambiente, tal como afirmam o Pnuma e a indústria dos gases fluorados", enfatiza o estudo.

O porta-voz do Pnuma em Genebra, Michael Williams, rebateu a acusação contra a agência da ONU, assinalando que "o documento reflete uma total confusão sobre o funcionamento do Pnuma, que oferece informação técnica e não soluções".

Em uma primeira etapa, os CFC foram substituídos pelos HFCC, que contêm hidrogênio e permitem que o cloro seja liberado para alturas mais baixas, afetando o ozônio em menor medida. Mais tarde, a indústria obteve os HFC, sem o cloro. "Esses gases são inócuos para o ozônio, mas o flúor tem um poderoso efeito estufa. O mais perigoso dos HFC é intensamente utilizado em ar-condicionado de automóveis nos Estados Unidos, e cada vez mais empregado na Europa. "Os HFC são 1.300 vezes mais poderosos que o dióxido de carbono", sustenta Rose.

Seu uso se multiplica. Estão sendo construídas pelo menos seis fábricas, várias delas em países em desenvolvimento, para produzi-los. "Essas decisões foram tomadas sob a vigência do Protocolo de Montreal, que se choca com o Protocolo de Kyoto sobre Mudanças Climáticas", afirma Rose. (IPS)

Adalberto Wodianer Marcondes, Diretor Agência Envolverde e Agência Webjornal.net

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Fonte: http://www.ruralnet.com.br/meioambiente/default.asp?noticia=1426

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Hospedagem com consciência ambientalWWF-Brasil e Hotel Meliá Jardim Europa assinam parceria para aumentar esforços pela conservação da natureza

19|junho|2002

São Paulo – A organização ambientalista brasileira WWF-Brasil está realizando uma parceria com o hotel Meliá Jardim Europa, de São Paulo, para aumentar os esforços pela conservação do meio ambiente no país. O WWF-Brasil compromete-se em auxiliar a gerência do hotel a adotar novos procedimentos ambientais nas operações do local, visando conscientizar os funcionários e hóspedes para questões ambientais, para que se enquadrem nos princípios de sustentabilidade do turismo.

Por sua vez, o Meliá Jardim Europa, primeiro hotel em um centro urbano voltado para a preservação do meio ambiente e bem estar do hóspede, vai envolver e motivar seus hóspedes e funcionários a participarem da campanha de arrecadação de recursos destinados ao WWF. Os hóspedes serão convidados a fazer doação voluntária de R$ 1 para ajudar a organização. Para cada real doado pelos hóspedes, o hotel doará o mesmo valor para o WWF-Brasil.

Entre as ações do acordo também está a instalação de um quiosque dentro do hotel para a venda de toda a linha de produtos do WWF, como bichos de pelúcia característicos da fauna brasileira (o jacaré, o tamanduá bandeira, a tartaruga-marinha, o golfinho) e o panda, que é símbolo da organização. O valor arrecadado com a venda dos produtos será revertido totalmente para os programas mantidos pelo WWF-Brasil.

"Gostaríamos que nossos hóspedes levassem para casa a importância da conservação do meio ambiente, e que também pudessem adquirir um produto que simbolizasse esse trabalho e com o perfil do Brasil, pois temos muitos hóspedes estrangeiros. Por isso, adotamos a venda dos produtos do WWF-Brasil. Outra preocupação é incentivá-los a participar ativamente desse projeto", diz a gerente-geral do hotel, Margarida Yassuda. "Esta promissora parceria vai contribuir não apenas com o trabalho do WWF-Brasil, mas também ajudar a aumentar a consciência ambiental dos funcionários e hóspedes do hotel", destaca por sua vez o secretário-geral do WWF-Brasil, Garo Batmanian.

Desde a implantação do Meliá Jardim Europa, a equipe de Gestão Ambiental e Qualidade do hotel desenvolveu um trabalho com foco no desenvolvimento sustentável e na preservação do meio ambiente. Entre as preocupações do hotel estão a reciclagem de resíduos, redução do consumo de energia e água, e utilização de sistemas de refrigeração, câmaras frigoríficas e geladeiras sem CFC (que agride a camada de ozônio).

O hotel desenvolveu ainda o conceito do Green Floor, um andar especialmente elaborado com o objetivo de garantir ao hóspede uma atmosfera agradável e de qualidade. Entre os diferenciais oferecidos estão as bebidas orgânicas como café e sucos, a reciclagem de todos os resíduos sólidos e a contratação de fornecedores envolvidos com essa proposta. A decoração do hall do andar foi elaborada com quadros desenvolvidos com papel reciclado e fibras naturais, com moldura de madeira proveniente de reflorestamento.

Fonte: http://www.wwf.org.br/english/informa/noticias.asp?action=detail&item=166

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Brasil poupa a camada de ozônio,mas desmatamento continua 19|junho|2002

Rio de Janeiro - O Brasil reduziu significativamente o consumo de gases destruidores da camada de ozônio (entre eles os CFCs) e teve sucesso em aumentar as áreas de proteção ambiental na década de 90. Mas não conseguiu conter o desflorestamento na região Amazônica - o País continuou perdendo uma média de 18,4 mil quilômetros quadrados da floresta por ano, entre 1992 e 1999. É o que mostra o relatório sobre desenvolvimento sustentável, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dos 50 indicadores reunidos no documento, 18 tratam do meio ambiente. A pesquisa ressalta, no entanto, que ainda "há lacunas importantes", como a falta de dados sobre recursos hídricos, uso e qualidade de água, erosão e perda de solo e emissão de gases que colaboram para o efeito estufa. Um dos mais importantes resultados é o que revela que, entre 1997 e 2000, caiu o consumo de todas as substâncias destruidoras da camada de ozônio, passando de 18,8 toneladas/ano para 8,5 toneladas/ano. Uma redução maior do que a meta traçada pelo Protocolo de Montreal (assinado pelo Brasil em 1987), estabelecendo que, em 1999, o consumo fosse reduzido à metade do total de 1986. A meta foi ultrapassada em 2000. Outro indicador importante e positivo foi o que mede o total de unidades de conservação ambiental (parques e reservas). Em 1990, eram 197 unidades (93, de proteção integral). Chegaram a 230 em 2000 (103 protegidas integralmente). Em 2002, a área total sob proteção ambiental do governo federal chegou a 448,3 mil quilômetros quadrados. Apesar desses avanços, o Brasil não teve sucesso em barrar a destruição da maior floresta tropical do mundo. Entre 1992 e 1999, o País perdeu uma média de 18,6 mil quilômetros quadrados, por ano, de vegetação na Floresta Amazônica. Em 1999, o acumulado de região desflorestada chegava a 569,3 mil quilômetros quadrados de um total de 3,7 milhões quilômetros quadrados. A taxa de desmatamento anual (o porcentual de área destruída em relação à área de floresta remanescente) também subiu. Em 1992, esse índice era de 0,4 e pulou para 0,5 em 1999. Se esse ritmo se mantiver, a floresta estará completamente destruída em 200 anos, avisa o IBGE. "Esse ritmo da destruição assusta porque é muito forte. Se nada for feito, essa taxa indica que um dia a floresta acaba. Temos que achar usos mais sustentáveis da floresta", alerta Flávio Bolliger, assessor do Departamento de Geociências do IBGE. Há ainda indicadores que confirmam a destruição. O documento revela que cresce o número de incêndios nas matas. Em 1998, o Brasil teve 107 mil focos de fogo, contra 145 mil em 2001. E a região com mais queimadas é a Norte, com 48 mil focos de fogo no ano passado. Nordeste e Centro-Oeste vêm em seguida. Para o diretor de Geociências do IBGE, Guido Gelli, a destruição da floresta não pode ser entendida apenas como um problema ambiental, e esse relatório sobre desenvolvimento sustentável ajuda a mostrar as condições econômicas e sociais das populações que moram nessa região, e que acabam levando ao desmatamento. "É muito importante cruzar essas informações para entender por que a destruição acontece", declarou. O desflorestamento, aponta o relatório, não acontece apenas na floresta. Mata Atlântica e a vegetação das regiões litorâneas também foram muito destruídas. Em 1995, ano do último levantamento, restavam ao Brasil apenas 70,5 mil quilômetros quadrados de Mata Atlântica, cinco mil a menos do que em 1990 - indicando a velocidade do desmatamento na década. O Estado líder em destruição nesse tipo de vegetação foi o Rio (13,2%), seguido do Mato Grosso do Sul (9,6%) e Minas Gerais (7,3%). O mesmo ocorreu com a vegetação litorânea. Os manguezais perderam 8,5% de sua área e as restingas, 16,3%. Rubens Born, representante do Fórum das ONGs na Comissão da Agenda 21 brasileira,

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concorda que é muito preocupante a velocidade da destruição da floresta, mas elogia o relatório do IBGE. "Acho muito importante que o Brasil tenha um documento reunindo todos os índices, porque ele passará a servir de parâmetro para que, no futuro, a gente possa comparar com novos estudos e saber se as políticas ambientais dos governos nacionais e estaduais estão funcionando", afirmou.

Lucia Martins

Fonte: http://www.estadao.com.br/agestado/noticias/2002/jun/19/156.htm

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País reduz destruição da camada de ozônioNas cidades, porém, substância faz papel de vilã e prejudica a qualidade do ar

20|junho|2002

EVANILDO DA SILVEIRA

O relatório Indicadores de Desenvolvimento Sustentável do IBGE traz uma boa e uma má notícia em relação ao ozônio. A boa é que o consumo das indústrias brasileiras de substâncias destruidoras da camada atmosférica desse gás, que protege a Terra dos raios ultravioleta do sol, caiu 21% no período de 1997 a 2000. A má é que a concentração desse mesmo ozônio, que próximo ao solo é poluente, vem crescendo nas grandes cidades brasileiras.

Em relação à boa notícia, os dados do IBGE mostram que a maioria das empresas – seja para respeitar a lei ou por questões de mercado – não quer mais saber dos inimigos do ozônio, como os clorofluorcarbonos, ou CFCs. As indústrias de espuma, por exemplo, reduziram o uso de CFCs em 35%. Embora com um índice menor (6,3%), as fábricas de refrigeradores seguiram o mesmo caminho. Assim como os demais setores industriais (aerossóis, solventes, catalisadores e extintores de incêndio), que, juntos, cortaram 43% do consumo.

Agente duplo – O ozônio (O3) é um agente duplo, que pode desempenhar tanto o papel de mocinho como o de vilão. O primeiro ele exerce quando está nas altas camadas da atmosfera, protegendo os seres vivos da radiação ultravioleta, que pode causar, entre outros males, câncer em seres humanos.

Os CFCs e seus aliados, como o brometo de metila, são capazes de destruir o ozônio. Essas substâncias são usadas nas indústrias de refrigeração, espumas, solventes, aerossóis e extintores de incêndio. No processo de fabricação, e no próprio uso dos produtos fabricados, elas escapam e sobem para as altas camadas da atmosfera. Lá, reagem quimicamente com o ozônio, destruindo-o. Assim formou-se o temido buraco na camada de ozônio.

INTERTITULO/INTERTITULO Para combater o problema, substituindo essas substâncias por outras que não causem o efeito nocivo, vários países assinaram, em setembro de 1987, o Protocolo de Montreal. “O Brasil ratificou o protocolo em 1990”, diz Fernando Vasconcelos, representante do Ministério do Meio Ambiente no Comitê Interministerial para a Proteção da Camada de Ozônio (Prozon). “Desde então vem adotando políticas e leis que levem à redução do uso de CFCs.”

A medida mais recente é a Resolução 267, de 14 de setembro de 2000, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). O texto estabelece cotas de redução progressiva da produção e importação das substâncias destruidoras de ozônio em relação ao volume de 1999. A diminuição deveria começar com 15%, em 2001, até atingir 100%, em 2007.

Investimento – Muitas empresas, no entanto, já atingiram esta meta. A Multibrás, fabricante dos eletrodomésticos das marcas Brastemp e Consul, é um exemplo. “Começamos a substituir os CFCs por produtos que não agridem a camada de ozônio, como os hidrofluorcarbono (HFC), em 1997”, explica o assessor de Meio Ambiente da empresa, Paulo Vodianitskaia. “Investimos US$ 9 milhões no processo e desde 2000 não usamos esses gases.”

Sem esse mercado e obrigadas a se enquadrar na lei, as indústrias de CFCs não tiveram saída. Desde 1999 não produzem mais esses substâncias. A última grande empresa a fechar sua fábrica, de onde saíam 8 mil toneladas por ano, foi a Du Pont. “Por causa do protocolo, o consumo desses produtos caiu muito no Brasil”, explica John Julio Jaensen, diretor de

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fluoroprodutos da empresa. Trânsito – No papel de vilão, o ozônio ataca no trânsito das grandes cidades. O relatório do IBGE mostra que, na Grande São Paulo, o número de violações do Padrão Nacional de Qualidade do Ar pelo ozônio, isto é, o número de vezes em que a concentração ultrapassou o limite estabelecido pela lei (160 microgramas por metro cúbico numa hora), saltou de 17, em 1995, para 294, em 1999.

A explicação para esse aumento é o crescimento do número de veículos em circulação. “Embora o ozônio não seja emitido diretamente pelos carros, eles são os responsáveis por sua formação”, explica a química Maria Helena Martins, gerente do setor de Amostragem do Ar da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). “Os veículos expelem seus precursores, como o óxido de nitrogênio, os hidrocarbonetos e aldeídos. O sol forte gera reações fotoquímicas, que transformam esses elementos em ozônio.”

Em concentrações altas, o gás provoca problemas respiratórios. Apesar de ontem não ter sido registrada concentração superior ao limite, o paulistano não escapou da poluição. Uma mancha escura, provocada por inversão térmica, cobriu a cidade, dificultando a dispersão de poluentes e de poeira. Todas as estações medidoras da Cetesb registraram qualidade do ar apenas regular em São Paulo. (Colaborou Mauro Mug)

Fonte: www.estado.estadao.com.br/editorias/2002/06/20/cid063.html

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Cuidado: frágil 21|julho|2002

Claudio Angelo Enviado especial a Manaus

Em algum momento por volta do ano 2050, o aquecimento anormal da Terra, provocado pelas emissões de gases de efeito estufa, vai disparar um processo até então inesperado na floresta amazônica: as altas temperaturas causarão um aumento sem precedentes na atividade dos microrganismos do solo, que passará a emitir quantidades colossais de dióxido de carbono (CO2), da ordem de 1 bilhão de toneladas por ano -aproximadamente a mesma descarga dos Estados Unidos, o país que mais polui no planeta. De sumidouro, a Amazônia se converterá em uma grande fonte desse gás. O clima ficará tão quente e seco e a concentração de CO2 no ar será tão alta que a floresta simplesmente entrará em colapso, morrendo asfixiada. É o fim da Amazônia.

Esse cenário catastrófico, felizmente, só existe até agora nos supercomputadores do Hadley Centre, no Reino Unido, um dos principais centros de previsão do tempo e modelagem climática do planeta. Infelizmente, a probabilidade de que isso tudo aconteça devido ao efeito estufa não pode ser descartada.

O novo modelo climático que inclui a resposta da Amazônia ao aquecimento global foi apresentado pelo meteorologista britânico Peter Cox no começo do mês em Manaus, durante a 2ª Conferência Científica do LBA (sigla em inglês para Experimento em Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia). O evento, que reuniu mais de 300 pesquisadores do Brasil e do exterior -principalmente dos EUA- entre 7 e 10 de julho, apresentou tudo o que os cientistas já descobriram sobre o funcionamento da floresta e suas relações com o clima do planeta nos últimos quatro anos, tempo em que o LBA está em atividade. Duas grandes conclusões puderam ser tiradas dos dados: primeira, a ciência ainda sabe muito pouco ou quase nada sobre a floresta. Segunda, quanto mais ela aprende, mais conclui que a Amazônia é complexa demais e está num equilíbrio frágil a ponto de alterações muito pequenas a algum ponto do sistema poderem causar danos a todo ele. E, de quebra, ao resto do globo.

O modelo de aquecimento global desenvolvido por Cox e dramaticamente apelidado de "Amazonia dieback" (colapso da Amazônia, em inglês), é um exemplo dessas conexões planetárias. Quando o pesquisador incluiu a resposta da biosfera ao efeito estufa, a temperatura máxima prevista para o fim do século subiu em relação à estimativa oficial do IPCC, painel científico ligado à ONU que relata periodicamente o estado do conhecimento sobre as mudanças climáticas. "O aumento médio da temperatura em 2100 fica em 5,5C, que é quase o máximo do pior cenário previsto pelo IPCC", disse Cox à Folha. "Não é um quadro bonito." Para o climatologista Carlos Nobre, do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), coordenador do LBA, o colapso amazônico é um evento de "baixíssima probabilidade de ocorrência". segundo Nobre, o modelo britânico deu esse resultado porque ele gera uma situação em que o aquecimento global aumenta a frequência de "mega-El Niños", fenômenos que deixam o clima muito mais seco na Amazônia. "O problema é que a maioria dos outros modelos não prevê uma perturbação nas chuvas devido ao aquecimento", afirma. O que não quer dizer que não haja motivo para preocupação. Afinal, continua Nobre, o fato de a probabilidade de ocorrência dos tais "mega-El Niños" ser diferente de zero já basta para deixar os climatologistas de cabelo em pé. Surpresas desagradáveis já fazem parte da agenda dos estudiosos do clima. "O buraco na camada de ozônio sobre a Antártida, por exemplo, não foi previsto por nenhum modelo", diz.

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Selva poluída Mas os temores não estão só no futuro. Um dado preocupante coletado pelo LBA e apresentado na conferência de Manaus indica que as queimadas na Amazônia já estão aumentando as concentrações de ozônio troposférico (O3), um gás que, além de contribuir para o efeito estufa, ainda é tóxico para árvores e seres humanos. O nível médio do ozônio na atmosfera na região Norte daqui a uma ou duas décadas tende a ser o mesmo de lugares como Araraquara, no interior paulista, ou o meio-oeste dos EUA. Hoje, durante os picos de queimadas, a concentração do gás já é a mesma de áreas urbanas poluídas, como a cidade de São Paulo. "As concentrações normais de ozônio na floresta são de 10 a 12 ppb [partes por bilhão"", disse à Folha o físico Paulo Artaxo, da USP, que coordena os estudos de química atmosférica do LBA. "Durante as máximas de queimada em Santarém [Pará", em Rondônia e em Mato Grosso, elas vão a 100 ou 120 ppb." Medidas iguais às da capital paulista. O O3 é um gás de duas caras. Na estratosfera, camada da atmosfera acima de 12 km de altura, ele é benéfico e forma a célebre camada de ozônio, que filtra os raios ultravioleta do Sol e cujo colapso sobre o continente antártico os cientistas não previram. Na troposfera, ou baixa atmosfera, o gás é um poluente. Ele causa as irritações nos olhos e mucosas que vitimam habitantes das grandes cidades -além de diversas internações nos períodos mais secos. Nas árvores da floresta, ele enrijece o tecido celular, reduzindo a fotossíntese. "A planta fixa menos carbono e cresce menos", relata Artaxo. Os cientistas já sabem há algum tempo que as queimadas causam aumento no ozônio. Devido à toxicidade dessa molécula para as plantas, a floresta tem uma espécie de mecanismo autolimpante, que impede a formação de grandes quantidades do gás. "Quando você converte floresta para pastagem, transforma a química da atmosfera para uma que favorece a produção [de O3"", disse Paulo Artaxo. O problema era que ninguém sabia da gravidade do quadro até o LBA começar a medir o ozônio nos três Estados campeões de queimadas -Rondônia, Mato Grosso e Pará-, em 1998. De posse de uma série de dados que vai de 98 a 2001, o grupo de Artaxo construiu modelos de computador para prever o que aconteceria com as concentrações do gás no futuro. "O "background" [a média" do ozônio passará para 30 a 40 partes por bilhão, valor semelhante ao de áreas do Estado de São Paulo", afirmou o pesquisador. Ele diz que não dá para prever exatamente quando isso ocorrerá. "Certamente não vai ser ano que vem. Mas tampouco será só daqui a cem anos." Como se não fosse um problema em si, o aumento do O3 ainda deve causar uma reação em cadeia na atmosfera cujos efeitos para o clima do planeta são imprevisíveis. É que o ozônio "malvado" da baixa atmosfera é responsável pela quebra do OH, um radical considerado uma espécie de detergente natural do ar. Essa molécula, altamente reativa e de meia-vida de um milionésimo de segundo, ajuda a retirar da atmosfera outros vilões, como o metano (o segundo maior causador do efeito estufa) e o tóxico monóxido de carbono. Uma vez que o excesso de ozônio elimina o OH, ninguém sabe o que acontecerá com o metano e o monóxido de carbono na região amazônica. Mas as grandes prejudicadas pelo aumento do ozônio serão mesmo as plantas que restarem em pé na floresta. Segundo Paulo Artaxo, para cada 10 ou 20 partes por bilhão adicionais do gás, ocorre uma perda da produtividade vegetal que não é quantificada para a pesquisadores do LBA acreditam que a floresta seja um sumidouro discreto de carbono, da ordem de uma tonelada por hectare ao ano. Nobre vai além: "Eu acredito que as florestas da América do Sul, especialmente a Amazônia, estejam consumindo todo o CO2 que produzimos na América do Sul. Ou seja, a mata estaria resolvendo naturalmente o problema das emissões sul-americanas do principal gás causador do efeito estufa. O pesquisador do Inpa baseia sua aposta no fato de o "sinal" de gás carbônico do continente, medido por aviões e por estações espalhadas pelo mundo, ser igual a zero. Em outras palavras, é como se a América do Sul simplesmente não emitisse nada -o que, como se sabe, não é verdade. "Se nós desmatamos e queimamos milhões de toneladas de petróleo [principal fonte de CO2 de origem humana", para onde isso está indo? Infere-se que a floresta esteja absorvendo."

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Nobre tem também um palpite sobre o fato de os rios serem uma fonte de CO2 para a atmosfera: a medição só enxergou metade do quadro. Durante a estação das cheias, a matéria orgânica decompõe e, de fato, grandes quantidades de gás carbônico escapam para o ar. "Mas, na vazante, você tem um crescimento das plantas na beira dos rios, que retiram o carbono do ar [durante a fotossíntese, os vegetais absorvem gás carbônico e o transformam em açúcar, fixando-o na biomassa"." Um experimento feito por ele em uma estação do Pantanal, que mediu o fluxo no rio durante um ano inteiro, mostrou que o balanço do carbono tendia ao equilíbrio -ou seja, tudo o que é emitido é retirado depois.

Cipó fatal Mas nem mesmo o fato de a floresta servir de "esponja" para a poluição sul-americana pode ser comemorado. Um estudo realizado por um pesquisador britânico e já aceito para publicação por uma das principais revistas científicas do mundo indica que nem todas as plantas absorvem o excesso de carbono da mesma maneira. Segundo o estudo, as árvores da Amazônia respondem mais lentamente à "fertilização" por carbono que os cipós. O resultado é que estes passam a crescer mais depressa, matando as árvores.

"A ecologia é muito complexa", diz Antônio Nobre. "Tem muitas incertezas que nós vamos resolver, eu tenho certeza", brinca o cientista, que deverá iniciar medições do fluxo de carbono a bordo de aviões para resolver parte das dúvidas.

Para Carlos Nobre, independente das incertezas, a floresta está prestando ao planeta um serviço ambiental que não entra nas equações da economia -a mesma economia que destrói a floresta. Após quatro anos de estudos e R$ 50 milhões consumidos pelo LBA, o cientista do Inpe afirma que o desmatamento pode ser um péssimo negócio -especialmente considerando potenciais catástrofes. Para ele, com o aumento da fragmentação da floresta, eventos improváveis como o megaincêndio que destruiu 140 mil hectares em Roraima em 1998 tornam-se uma possibilidade. A conta da preservação, diz, deve ser encarada como uma espécie de seguro. "Eu pago seguro de carro há 33 anos e só bati uma vez. Quanto a nossa sociedade está disposta a pagar por um seguro?"

www.daac.ornl.gov/lba_cptec/lba/port/documentos/materias/20020721.html

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Evento mobiliza o setor setembro|2002

Mais de 200 profissionais participam de seminário de atualização sobre recolhimento, reciclagem e regeneração do CFC. Também foi anunciado programa de investimentos do Plano Nacional de Eliminação dos CFCsAlberto Sarmento Paz

A edição deste ano do Seminário de Comemoração do Dia Internacional de Proteção da Camada de Ozônio foi talvez a mais festiva de todas as reuniões. E os motivos eram claros: o compromisso nacional para o combate ao uso de substâncias destruidoras da camada de ozônio vem se efetivando e dando resultados, e, por fim, após meses de negociação o Fundo Multilateral do Protocolo de Montreal aprovou o Plano de Eliminação Nacional dos CFCs, o que implica em um repasse de US$ 26,7 milhões ao país até o ano de 2010, sendo US$ 9,5 milhões no7 biênio 2002-2003 (veja Revista Abrava 195).

O evento aconteceu na Cetesb - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, no dia 18 de setembro, e reuniu mais de 200 pessoas, entre profissionais do setor de refrigeração e ar condicionado, dirigentes de empresas que atuam nesse setor e especialistas em meio ambiente. Na abertura do evento, Pedro Evangelinos, presidente da Abrava/Sindratar, salientou o desenvolvimento de um projeto viável e exequível para a eliminação gradual dos CFCs e enfatizou o trabalho das agências federais que atuam nesse âmbito. "Estamos nos instrumentalizando para que, através do treinamento a cargo do Senai, o Brasil continue trabalhando com determinação para contribuir para a proteção da camada de ozônio".

Paulo Neulaender, coordenador do Grupo Ozônio e presidente do Departamento Nacional de Comércio da Abrava, relatou os objetivos do Grupo Ozônio, criado em 1994 com o nome SPCFC, sob a coordenação da Cetesb, com o objetivo de realizar um levantamento da utilização dos CFCs e HCFCs no mercado brasileiro, trabalho encerrado dois anos depois. "Em 1998 constituímos o atual grupo, agora com o objetivo de orientação ao mercado de refrigeração e ar condicionado, contando com o apoio da Cetesb, do Ministério do Meio Ambiente, através do Ibama e do Prozon". Neulaender comentou que o objetivo atual é transformar o Grupo Ozônio em uma Organização Não Governamental - ONG.

Antes do início das palestras, Paulo Vodianistskaia, da Multibrás, discorreu sobre a experiência da empresa frente ao problema, que culminou no Projeto Eletros que já treinou 1600 técnicos de refrigeração, e Ubajara Oliveira, diretor da Escola Senai Oscar Rodrigues Alves, ressaltou o envolvimento da instituição com a questão, ressaltando que os profissionais treinados pelo Senai serão multiplicadores dessa consciência de proteção.

Fernando Reis, diretor da Cetesb, representando o Secretário de Estado do Meio Ambiente de São Paulo, José Goldemberg, sintetizou o espírito de todos ao afirmar que "não é sempre que nos reunimos para comemorar, principalmente quando o assunto é meio ambiente. Mas, a questão da proteção da camada de ozônio, é uma agenda de sucesso, e um exemplo de que os acordos multilaterais podem dar resultados efetivos, neste caso em menos de dez anos".

PalestrasRoberto Peixoto, professor da Escola de Engenharia Mauá - IMT, membro do Comitê Técnico de Refrigeração e Ar Condicionado do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e consultor técnico do PNUD e Abrava, foi o primeiro a se apresentar. Ele reforço a necessidade

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de seminários e outros encontros técnicos para a reciclagem de conceitos. Peixoto expôs de maneira dinâmica as questões ambientais ligadas ao uso dos refrigerantes e sistemas de refrigeração e ar condicionado, e comentou a situação atual da Camada de Ozônio. "Os cientistas acreditam que a área do buraco deve atingir seu grau máximo nesta década e, se todos os compromissos assumidos forem cumpridos, acredita-se que no meio deste século teremos o retorno da camada de ozônio a valores pré-1980", explicou o professor (para mais informações, acesse www.unep.org/ozone).

Na segunda parte de sua apresentação, Peixoto apresentou números interessantes sobre o investimento na redução de "fugas" dos sistemas de refrigeração. "As fugas podem ocorrer por diversos fatores, como as intrínsecas à operação de sistemas de refrigeração, degradação de vedações, falhas nos componentes, acidentes, sucateamento do equipamento, entre outros pontos. O combate às fugas através de mudanças no projeto de construção e operação dos sistemas, bem como manutenção adequada, traz resultados importantes. Na Holanda, por exemplo, os supermercados reduziram as fugas de 15% para 3% sobre a carga total/ano, e no setor de transporte refrigerado caiu de 6% para 3%", exemplificou.

Causas das fugas, redução de emissões, recolhimento de refrigerantes, evolução da atividade de conservação de refrigerantes e programas de conservação de refrigerantes foram outros temas abordados pelo especialista.

Ações no mercado Em seguida, três palestrantes apresentaram casos práticos de recolhimento, reciclagem e retrofit / regeneração dos refrigerantes CFCs. Amaral Gurgel, da Sete Refrigeração, contou sobre sua experiência de mais de dez anos nesse setor.Ele despertou a atenção do público apresentando cases de sucesso, como a substituição de refrigerante dos freezers para sorvete da Kibon (trabalho iniciado em 1993); além de ações no Shopping Ibirapuera, dentre outras.

Paulo Langner, do Departamento de Refrigeração do Pão de Açúcar, apresentou a experiência do grupo supermercadista nessa área. "Temos entre 5000 e 6000 compressores instalados e nos últimos cinco anos nos dedicamos, entre outras ações de prevenção e manutenção, em substituir os refrigerantes", disse o representante do Pão de Açúcar.

Entre as ações empreendidas estão a aquisição de máquinas de recolhimento de gás, treinamento técnico sobre retrofit para as equipes de manutenção próprias e terceirizadas e a modernização das salas de máquina. Enfim, um conjunto ordenado de ações que conta ainda com a troca de informações constantes com os fabricantes de compressores e de gases refrigerantes. Langner explicou ainda que outras determinações que geraram bons resultados na refrigeração foram a substituição dos óleos lubrificantes e a normalização das espessuras da tubulação, bem como controle de métodos de soldagem."Fazemos testes para avaliar pressurização, vazamentos e desidratação do sistema frigorífico. Com isso nossa média de perda por loja é de 15% da carga total/ano, um índice bastante positivo, principalmente se levarmos em conta que a média Brasil é de perdas avaliadas em 100% da carga total/ano".

Finalizando, Gilson Coccato, da Multibras e representado o Projeto Eletros - que reúne empresas da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletrônicos, relatou as experiências do grupo de trabalho. "Temos contabilizado o recolhimento de 5 toneladas de refrigerantes nocivos, em 150 postos autorizados das marcas Multibrás, Electrolux, Bosh/Continental, GE/Dako e

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Esmaltec". O trabalho, iniciado em julho de 2001, já organizou 54 treinamentos atingindo cerca de 60% dos postos autorizados. Um aspecto importanto, citado por Coccato, é o investimento contínuo em divulgação. "Precisamos conscientizar os técnicos e, de maneira geral, a sociedade, para que ela exija o recolhimento adequado dos refrigerantes CFC". Ibama e Prozon A parte final do evento contou com a participação de dois representantes de autarquias ligadas ao Ministério do Meio Ambiente. Fernando Vasconcelos, do Prozon, ampliou de debate em torno dos recursos advindos do Fundo Multilateral do Protocolo de Montreal. "Os valores são para implementarmos o Plano Nacional de Eliminação dos CFCs no Brasil e foram aprovados na 37ª Reunião do Comitê Executivo do Protocolo de Montreal, no valor de US$ 26,7 milhões, a ser desembolsado em parcelas bi-anuais - a primeira de US$ 9,5 milhões para 2002 - 2003, mediante resultados apresentados", esclareceu Vasconcelos.

Ele apresentou a descrição das atividades que serão desenvolvidas nessa primeira etapa no setor industrial e de serviços (veja box) e reforçou que a ação mais efetiva será no treinamento dos refrigeristas. O documento prevê um programa nacional de treinamento de mecânicos em refrigeração doméstica, comercial, industrial, de ar condicionado central em recolhimento, reciclagem, retrofit e armazenamento. Está estimado um universo de 35 mil mecânicos a serem treinados através de 2.188 cursos a serem ministrados pelo País, iniciando-se pela região Sudeste.

Também está previsto o treinamento de oficiais de alfândega para a verificação, reconhecimento, teste e monitoramento de importação de CFCs. "Esse é um ponto importante, e estamos em contato com a Receita Federal para que esse treinamento tenha breve início", disse Vasconcelos. Ele finalizou explicando que o projeto nacional pretendia, na verdade, internalizar cerca de US$ 43 milhões, mas alguns pontos foram suprimidos como ações com o usuário final de refrigeração comercial e de refrigeração industrial e ar condicionado central.

Fechando o evento, Sandra Alvarenga, responsável técnica pelo setor Ozônio do IBAMA, alertou sobre a necessidade de cadastramento dos usuários de fluidos refrigerantes controlados, com consumo superior a 200 kg/ano. Plano Nacional de Eliminação de CFCsObjetivo: elaborar as estratégias para a eliminação do consumo das seguintes SDO - Substâncias Destruidoras de Ozônio e setores:

CFC 11 - espumas, serviços, esterilizantes e MDI; CFC 114 - MDI;CFC 12 - refrigeração, serviços, espumas e MDI;CFC 115 - refrigeração, serviços de refrigeração; CFC 113 - solventes; Descrição das atividades:Projetos para o setor industrial

Solventes: está prevista a realização de um "survey" para a identificação dos usuários remanescentes e a implementação do serviço em 2006. Impacto: 29 ton/ano. Recursos totais previstos: US$ 551 mil.

Esterilizantes: está prevista a realização de um "survey" para a identificação dos usuários

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remanescentes e a implementação do serviço em 2006. Impacto: 25 ton/ano. Recursos totais previstos:US$ 500 mil.

Espumas: já foram identificadas cerca de 170 empresas com o consumo do setor. A partir de sua elegibilidade poderemos ter projetos de investimento, de conversão industrial. Caso todos sejam elegíveis, a proposta é implementar 76% dos projetos no primeiro desembolso (2002-2003) e o restante em 2004. Impacto: 611 ton/ano. Recursos totais previstos: US$ 4,2 milhões, sendo US$ 3,2 milhões em 2002-2003.

Refrigeração Comercial: número considerável de empresas identificadas, estando prevista a implementação de 35% dos projetos em 2002-2003, 55% em 2004 e o restante em 2005. Impacto:142 ton/ano. Recursos totais previstos: US$ 1,98 milhões, sendo US$ 700 mil em 2002-2003.

Projetos para o setor de serviços Recolhimento de CFC-12 no setor de serviços em refrigeração comercial e doméstica: propiciar o recolhimento de CFC-12 nesses setores com o fornecimento de equipamentos de recolhimento e armazenagem aos 12 mil mecânicos que melhor aproveitamento tiverem no treinamento.Recursos totais previstos: US$ 6,08 milhões, sendo US$ 1,5 milhão em 2002-2003.

Centro de reciclagem de CFC-12: instalação de centros regionais de reciclagem e regeneração de CFCs de acordo com o programa de treinamento. A previsão de implementação é de 20% em 2002/2003, 36% em 2004, 22% em 2005 e o resto em 2006. Impacto: 4.197 ton/ano. Recursos totais previstos: US$ 3,6 milhões, sendo US$ 700 mil em 2002-2003.

MAC: montagem de um programa de treinamento de mecânicos e fornecimento de equipam entos auxiliares com 35% em 2002-2003, 40% em 2004 e o restante em 2005. Impacto: 660 ton/ano. Recursos totais previstos: US$ 1,6 milhões, sendo US$ 500 mil em 2002-2003.

Chillers: montagem de um programa de treinamento para mecânicos e fornecimento de equipamentos auxiliares em reciclagem de CFCs, com 34% em 2004 e o restante em 2005.Impacto: 88 ton/ano. Recursos totais previstos: US$ 1,1 milhão.

http://www.portalabrava.com.br/news/revista/ler_196.asp?varLer=196_09&tit=Meio%20Ambiente

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O Chile na ofensiva contrao buraco da camada de ozônio 8|setembro|2002

Por Gustavo González *

As autoridades ambientais chilenas iniciaram uma ofensiva para eliminar o uso do pesticida brometo de metilo, que contribui para enfraquecer a camada de ozônio e afeta as pessoas. SANTIAGO.- O governo do Chile pretende eliminar os pesticidas à base de brometo de metilo, uma das substâncias que esgotam a camada de ozônio, cujo uso na agricultura nacional disparou nos últimos três anos. O brometo de metilo é utilizado em oito das 13 regiões deste país para exterminar insetos e roedores nos cultivos de frutas. É muito tóxico para as pessoas e afeta o ozônio estrastosférico que protege a vida terrestre das radiações solares. “Nos últimos três ou quatro anos a importação dessa substância aumentou de 380 toneladas por ano, no final da década de 90, para 550 toneladas em 2001”, disse ao Terramérica Jorge Leiva, coordenador do Programa de Proteção da Camada de Ozônio da Comissão Nacional do Meio Ambiente (Conama).

O plano para erradicar esse produto tem custo de US$ 800 mil, que são financiados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). A deterioração da camada de ozônio, descoberto pela ciência em 1974, deve-se ao acúmulo de gases refrigerantes e propelentes industriais conhecidos como clorofluorcarbonos (CFC), halons (agentes de extintor de incêndio) e brometo de metilo, entre outros. O buraco na camada de ozônio, a rigor um afinamento extremo, manifesta-se sobre a Antártida nos meses de setembro e outubro, quando começa a primavera no hemisfério Sul, e atinge sobretudo os territórios austrais do Chile e da Argentina.

A Conama realiza, há nove anos, um programa para cumprir o Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Esgotam a Camada de Ozônio, ratificado pelo Chile em 1990. Como país em desenvolvimento, o Chile tem até 2010 para substituir completamente os CFC e halons e até 2015 para eliminar o brometo de metilo. Com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), foram iniciados 32 projetos de reconversão tecnológica destinados a eliminar os CFC e halons, e reduziu-se em 500 toneladas as importações de CFC.

Fonte: www.tierramerica.net/2002/0908/pacentos.shtml

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O Protocolo de Montreal 22|setembro|2002

Num planeta onde custa chegar-se a um acordo para atuar em favor do meio ambiente, o Protocolo de Montreal poderia converter-se em um convênio emblemático cujo cumprimento ajudaria a resolver um problema dos tempos modernos: a deterioração da camada de ozônio. O Protocolo de Montreal foi subscrito em 1987 e atualmente cerca de 180 nações estão comprometidas com suas metas de redução da produção de gases CFC (clorofluorocarbono), halons e brometo de metilo, cuja presença na atmosfera é considerada a principal causa do estreitamento da camada de ozônio.

Coincidindo com o Dia Mundial da Preservação da Camada de Ozônio, em 16 de setembro, este ano foram divulgadas as conclusões preliminares de uma avaliação científica sobre este problema. Os especialistas disseram que o Protocolo de Montreal está sendo cumprido e que nos próximos anos a camada de ozônio pode recuperar-se, mas também advertiram que será necessário continuar honrando os acordos internacionais para manter essa tendência. O problema começou a ser conhecido da opinião pública no início dos anos 80, e em 1983 foi subscrito o Convênio de Viena, o primeiro instrumento destinado a gerar ações para preservação do ozônio. Nessa época o tema ainda não era prioritário: apenas 20 países participaram.

Com o passar dos anos, o problema foi amplamente divulgado: o estreitamento da camada de ozônio impediria a filtragem adequada dos raios ultravioletas, o que, por sua vez, poderia causar problemas para a vida no planeta. O Protocolo de Montreal entrou em vigor em 1989, quando 29 nações mais a União Européia, produtores de 89% das substâncias nocivas à camada de ozônio, o haviam ratificado. Neste momento, um dos principais temas é a participação dos países em desenvolvimento no cumprimento das metas do Protocolo de Montreal, que objetiva o fim da utilização de produtos nocivos ao ozônio. A meta é conseguir isso até 2010.

Além de uma Secretaria do Ozônio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), o Protocolo gerou outras instâncias, como um Fundo Multilateral destinado a ajudar os países em desenvolvimento na substituição tecnológica necessária para deixar de usar produtos que prejudicam a camada de ozônio. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e o Banco Mundial têm projetos que apontam na mesma direção: o cumprimento do disposto no Protocolo de Montreal.

Fonte: www.tierramerica.net/2002/0922/pconectate.shtml | volta |

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Buraco na camada de ozôniodiminui e anima estudiosos 25|setembro|2002

por: Eduardo Amendola Cavalcanti

De acordo com o Instituto Real de Meteorologia da Holanda (KNMI), o buraco na camada de ozônio sobre a Antártica poderá se dividir em dois ainda nesta semana, meses antes do previsto. O anúncio da análise foi divulgada pela Agência Espacial Européia (ESA). Este fenômeno revelaria que a redução do buraco na camada está acontecendo mais depressa do que o esperado. Satélites europeus indicaram que a profundidade da abertura também é menor do que a calculada pelos cientistas.

A camada de ozônio é responsável pela filtragem dos raios ultravioletas provenientes da radiação solar. Sua destruição implica no aparecimento de alguns tipos de câncer em seres humanos, bem como a destruição do fitoplâncton marinho e distúrbios em várias espécies de plantas. O buraco na Antártica, descoberto na década de 70, foi causado, em sua maioria, pelo acúmulo dos gases clorofluorcarbonos (CFCs) na atmosfera terrestre. As regiões polares são as mais atingidas pelo fato da destruição do ozônio somente ocorrer em temperaturas muito baixas e sob influência dos raios solares.

O Tratado de Montreal, assinado em 1987, comprometia os países a diminuírem suas emissões de CFCs. Esta atitude levaria a recuperação das marcas do homem na camada, mas em um longo prazo – aproximadamente 50 anos.

Os cientistas do ESA ainda consideram a redução do CFC na atmosfera muito pequena para originar tamanho decréscimo no buraco. Supõe-se que a própria dinâmica atmosférica esteja se adaptando, diminuindo os efeitos da destruição, restaurando lentamente a camada de ozônio.

Fonte: www.curitiba.org.br/digitando/meioambiente/?canal=9&noti=517

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Criado projeto para preservarcamada de ozônio 26|setembro|2003

BRASÍLIA - Profissionais que consertam geladeiras, aparelhos de ar condicionado, bebedouros e balcões frigoríficos serão preparados para evitar a perda de gases CFC, utilizados nesses equipamentos. Em contato com a atmosfera, são esses gases que provocam a destruição gradativa da camada de ozônio. O Comitê Executivo do Fundo do Protocolo de Montreal liberou US$ 26,7 milhões para Brasil gastar até 2010 em treinamento de trabalhadores do setor de serviços. O dinheiro a fundo perdido financiará cursos para 35 mil profissionais no Senai e a distribuição de 12 mil equipamentos capazes de armazenar os CFCs em novos cilindros, impedindo sua dispersão na atmosfera. A prioridade é para a região Sudeste, maior centro de consumo.

Fonte: http://www.funbio.org.br/port/noticias/clip09d_2002.htm

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Temperatura em altadiminui buraco de ozônio 30|setembro|2002

O buraco na camada de ozônio sobre a Antártida, que varia de tamanho ao longo do ano, desta vez está encolhendo mais cedo. Nos últimos seis anos ele chegava ao mês de outubro com uma área estimada em 24 milhões de quilômetros quadrados. Desta vez as observações mostraram uma acelerada diminuição nas últimas 2 semanas, que restringiu sua área a 15 milhões de quilômetros quadrados.

O encolhimento fez com que o buraco se dividisse em duas fendas distintas. De acordo com os cientistas da NASA e do NOAA, órgão que cuida do monitoramento Oceânico e Atmosférico nos EUA, o fenômeno se deve a um aumento na temperatura atmosférica.

As temperaturas mais baixas no Pólo Sul ocorrem tipicamente entre agosto e setembro, quando nuvens se formam e auxiliam nas reações químicas envolvendo os clorofluorcarbonos (CFC) e o bromo. Essas reações destruindo o ozônio e fazem com que o buraco se expanda. Em outubro, a temperaturas começam a subir e a camada inicia o processo de recomposição.

Mas este ano as temperaturas mais altas alteraram o turbilhão polar que anualmente se forma na estratosfera sobre a Antártica. 'A estratosfera do Hemisfério sul está extraordinariamente perturbada este ano', disse o meteorologista Craig Long, do Centro de Previsão do Tempo do NOAA. A alteração no estado atmosférico é tão forte que antecipou a divisão do buraco, que tradicionalmente acontece só em novembro. Os cientistas enfatizam, entretanto, que a diminuição do buraco se deve a um estado peculiar da atmosfera, e não pode ser considerada uma tendênciade longo prazo.

Em 2001, o buraco do ozônio na Antártida estava maior que toda a área dos Estados Unidos, Canadá e México.

Fonte: http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT403569-1939,00.html

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Reciclagem em Alta outubro|2002

Na esteira de acontecimentos como a recente aprovação do Plano Nacional de Eliminação dos CFCs e a grande mobilização do setor em torno do assunto nesses últimos 10 anos, as áreas de recolhimento e reciclagem de fluidos refrigerantes demonstram boas possibilidades de expansão no Brasil.

Como se não bastassem as leis naturais, mostrando a importância de se preservar a camada de ozônio, as normas que costumam reger os mercados também indicam bons ventos para as atividades de recolhimento, reciclagem e regeneração de clorofluorcarbonos. Embora o retrofit não viva os seus melhores dias no Brasil, a escassez e o conseqüente encarecimento de fluidos como o R-12 nos próximos dois anos é tida como certa, devendo levar um número crescente de instalações a optar pelo reaproveitamento da substância que já possui nos seus circuitos.

Independentemente disso, o Plano Nacional de Eliminação dos CFCs, recém-aprovado pelo Fundo Multilateral do Protocolo de Montreal, reitera a ênfase que o artigo 7o. da Resolução 267 do Conselho Nacionaldo Meio Ambiente – CONAMA já havia dado ao tema, ao exigir recolhimento e destinação adequada a todo e qualquer CFC manuseado no País.Durante a comemoração de mais um Dia do Ozônio, em 18 de Setembro último, quem esteve no auditório da Cetesb, em São Paulo, teve claras demonstrações de que a área tende a ser bastante revigorada.

Um sinal inequívoco disso partiu de Fernando Vasconcellos, que responde pela área de Ozônio do Ministério do Meio Ambiente. Segundo ele, pelo menos 12 mil dos 35 mil refrigeristas que deverão ser treinados no país nos próximos anos vão receber gratuitamente os equipamentos necessários para realizar recolhimento de fluido, já que parte dos US$ 26,7 a ser destinados ao Brasil pelo Protocolo de Montreal, em parcelas bi-anuais, será aplicada justamente neste campo.

Boas PráticasProprietário da empresa Ecosistema, uma das poucas no país especializadas em recolhimento de CFCs, Paulo Neulaender identifica outros aspectos favoráveis nesse campo. Na área desde 1996, de um ano para cá ele também atua como coordenador do Grupo Ozônio, cujas atribuições incluem palestras e treinamentos nas lojas de refrigeração, ar-condicionado e redes autorizadas de fabricantes de eletrodomésticos.

Segundo Neulaender, uma recolhedora que custava até R$ 3 mil num passado não muito remoto, hoje pode ser adquirida pelo valor médio de R$ 1,2 mil. É o chamado kit recolhimento, composto por 4 garrafas, mangueiras e válvula perfuradora.

Outro aspecto econômico considerado por ele como altamente favorável à área é o fato de um qui-lo de fluido reciclado custar R$ 5,80, contra os cerca de R$ 13,00 do novo.

No Rio de Janeiro, outra empresa do setor, a HCFC, também considera evidente a vantagem de se recolher e reciclar os fluidos refrigerantes. Na visão de seu diretor, Jorge Colaço, trata-se de um bom negócio para o dono da instalação, o meio ambiente e o próprio país, que acaba economizando preciosas divisas na compra de um item que depende exclusivamente de importações. E mesmo assim até 2007, após o que não poderá ser mais importado, conforme

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prevê o

Plano Nacional do setor.Apesar de todo esse potencial da reciclagem hoje, ele não acha que os equipamentos já tenham barateado o suficiente. Lamenta também a existência de uma cultura distorcida tanto na remuneração desse tipo de trabalho, ainda pouco usual, quanto no procedimento de muitos profissionais, ao optar pelo descarte puro e simples do fluido na atmosfera.

Completa suas preocupações o fato de haver alguns conceitos pouco assimilados no Brasil em torno do tema. Entre eles, a própria diferenciação entre reciclagem e regeneração de fluido refrigerante. “Existe uma clara diferença entre uma simples filtragem e a verdadeira regeneração, já que nesse segundo caso o óleo é retirado, devolvendo ao fluido a sua especificação original”.

Diante disso, Jorge defende a criação de um “mercado de fluidos refrigerantes reciclados com garantia de qualidade” o que, segundo ele, só é possível com a utilização sistemática de análises laboratoriais, atestando a real condição do fluido reintroduzido num sistema.

ConservaçãoMas de acordo com Roberto Peixoto, do Instituto Mauá de Engenharia, o futuro promissor de atividades como reciclagem e regeneração dos CFCs se deve também a outros aspectos.

Além do amplo programa de treinamento, que será executado através de cooperação bilateral entre o Senai e agência alemã GTZ, está prevista a criação de centrais regionais de reciclagem e regeneração de CFCs. Ainda segundo ele, haverá uma ação voltada a treinamento para recolhimento e reciclagem para ar-condicionado automotivo e outro programa semelhante envolvendo centrífugas que utilizam CFC.

Um lado da questão, porém, que Peixoto considera fundamental ser lembrado é o da conservação dos clorofluorcarbonos, que precisa ser levado em conta em todas as atividades relacionadas ao produto.

Durante a fase de projeto, por exemplo, ele afirma que os sistemas devem ser cada vez mais herméticos, porém facilitando a realização de serviços de manutenção.

Na etapa de operação, uma das práticas mais importantes, segundo o especialista, é a detecção de fugas de refrigerante, com o seu conseqüente reparo.

Essas fugas, segundo Roberto, são intrínsecas à operação de sistemas de refrigeração e ar-condicionado, devendo-se à degradação de vedações frente a vibrações e altas temperaturas; falhas de válvulas em componentes de trocadores de calor e compressores; procedimentos inadequados durante as cargas no sistema; havendo ainda os vazamentos acidentais e os ocorridos ao final da vida útil do equipamento.

Nos Estados Unidos, ele informa haver estudos demonstrando que chillers dos quais antes escapavam para a atmosfera de 10 a 15% das cargas realizadas num sistema agora não chegam a 5% do total.

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Na Holanda, um outro levantamento demonstra que a queda nas emissões, provocada pela rigidez com que a União Européia tem encarado a questão, reduziu de 15% para 3% as emissões nos supermercados e de 6% para 3% durante o transporte refrigerado.

Fonte : Revista do Frio Nº 149, de outubro de 2002. Disponível em www.revistadofrio.com.br/revistas/edicaomes--10-02a.htm

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Gás Fluorado substituio Halon dos extintores outubro|2002

A DuPont está introduzindo no Brasil a sua última geração de agentes extintores de incêndio para ambientes de alta tecnologia, via importação de suas unidades na América do Norte e Europa. Trata-se dos gases fluorados da linha FE, em substituição aos halogenados Halon, estes últimos abolidos em obediência ao protocolo de Montreal. Neste 24 de outubro, os novos produtos foram apresentados no Merco Fire, congresso técnico sobre tecnologias para combate a sinistros, realizado em Porto Alegre. Os agentes químicos gasosos atuam na proteção de salas de controle, equipamentos de laboratórios, aeronaves comerciais e militares, embarcações e carros blindados. Servem ainda à proteção de salas de museus em todo o mundo, onde estão expostas obras de arte valiosas. “São aplicações para a defesa de patrimônios de altíssimos valores. Num banco o valor é a informação, se você apagar o fogo com espuma ou água, destruindo os equipamentos, o seu patrimônio principal estará perdido”, explica Alessandra Capobianco, especialista da área de combate a incêndios da DuPont. “São produtos nobres. Num prédio ou em tanques de óleo você usa água ou espuma. Se você jogar esses produtos numa rede de computadores perde o equipamento. Os gases extinguem o fogo sem causar qualquer dano às superfícies às quais se destinam proteger”, compara Alessandra. Ela acrescenta que esses produtos não afetam a pintura de um quadro. “Numa obra de arte, se o fogo não atingiu a tela, basta atuar na área de fogo. Se as chamas já estiverem atacando, o gás vai exterminá-las e ficarão na tela apenas os danos causados pelo fogo”, assinala.A pesquisa para obtenção da linha FE durou dez anos. Há mais de seis é empregada na Europa e EUA. No Brasil, a comercialização da linha de produtos dependia de um problema de patentes solucionado em maio último. A concorrência é praticamente inexistente por tratar-se de produto extremamente delicado. “Poucas empresas têm estrutura financeira para bancarem uma pesquisa de um produto tão crítico, porque se você colocá-lo num incêndio e o fogo não apagar, a reputação do fabricante ficará altamente prejudicada”, adverte a técnica da DuPont.A principal vantagem apontada pelo fabricante é que os agentes extintores de incêndio da linha FE não são corrosivos, não danificam as superfícies e podem ser pulverizados na presença de pessoas, sem ocorrência de intoxicação, diferentemente do gás carbônico que, embora não danifique superfícies, é altamente tóxico. Os estudos mostraram que sob efeito do FE o resfriamento das chamas ocorre pela retirada da energia de combustão, a partir do retardo da chama pela substituição de radicais livres. Além disso, os gases se expandem em ação tridimensional, aumentando a eficiência da operação, sem degradar a camada de ozônio e nem os materiais plásticos, podendo ser usados, em alguns casos na presença de pessoas, inclusive em sistemas de inundação total. Segundo a DuPont, a família FE de agentes extintores limpos, juntamente com fabricantes de equipamentos de supressão ao fogo, oferece uma solução total para aplicações de explosão e de inertização, sendo reconhecidos e aprovados por entidades e agências internacionais reguladoras, como agentes extintores limpos para uso em sistemas de inundação total e extintores portáteis.A linha de produtos é formada pelo FE 227, FE 46, FE 13 e FE 25. O FE 227 é o agente extintor limpo para substituição do Halon 1301 em aplicações de inundação total, tais como salas de processamentos de dados, de telecomunicações, salas limpas e museus. Já o FE-36 é apresentado ao mercado como “excepcional alternativa ao Halon 1211, para extintores portáteis em aplicações comerciais, industriais e militares. Pode ser utilizado em outras aplicações, tais como sistemas de inundação total também em substituição ao Halon 1301, em supressão de

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explosão e inertização de explosão. Além disso, atua em outros tipos de supressão de fogo, em que outros agentes químicos seriam inadequados por deixarem resíduos como nas áreas hospitalar, de aviação, centrais eletrônicas e laboratórios”. O FE 13 é considerado o mais seguro em ambiente ocupado por pessoas, em salas de bombas, plataformas petrolíferas, salas de equipamentos de telecomunicações. Por último, há o FE-25 desenvolvido como agente de inundação total para áreas normalmente não ocupadas, como compartimento de motores e áreas subterrâneas, atuando como elemento supressor de explosões em elevadores de grãos, interrompendo a propagação das chamas, se adequando bem para apagar o fogo nos propulsores de aeronaves, escritórios em subsolos e na armazenagem de produtos agrícolas. No Brasil o material já foi testado e aprovado pelo Inmetro, tendo como parâmetro as normas ABNT. F.C.

Fonte: www.quimica.com.br/revista/qd409/atualidades4.htm

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Buraco de ozôniosobre Antártida diminui 1º|outubro|2002

Washington - O buraco na camada de ozônio sobre a Antártida é bem menor hoje do que nos anos anteriores, segundo cientistas ligados ao governo norte-americano. Além disso, ele dividiu-se em duas partes. Novos dados sobre o "buraco" obtidos durante setembro revelam que este ano ele abrange 15,6 milhões de quilômetros quadrados, em comparação com os 23,4 milhões de quilômetros quadrados registrados no ano passado e o recorde de 28,6 milhões de quilômetros quadrados em 2000, informaram pesquisadores da Nasa (a agência espacial norte-americana) e da Agência Atmosférica e Oceânica dos Estados Unidos (NOAA).

Embora o ozônio seja poluente no nível do solo e seja associado a vários problemas de saúde, na atmosfera ele desempenha um papel crucial na proteção contra os raios ultravioleta do sol, o que torna adequadas as condições de vida na Terra. Mais quente que as temperaturas usuais no vórtex polar, o sistema climático que se forma anualmente na estratosfera acima da Antártida é responsável pela maior concentração do ozônio restante e pela divisão do buraco em dois.

A redução no buraco existente na camada de ozônio foi atribuída a condições climáticas peculiares da estratosfera, que também dividiram o buraco em duas partes distintas. A melhora deste ano não é, necessariamente, parte de um padrão geral, segundo os cientistas, embora o restante das provas indique que a camada de ozônio está se recuperando lentamente dos danos sofridos em conseqüência da poluição causada pelos chamados gases CFC.

As informações mais recentes sobre o buraco deste ano foram obtidas por satélites operados pela Nasa e pela NOAA e capazes de detectar densidade do ozônio na estratosfera, a porção da atmosfera existente entre 10 e 50 quilômetros acima da superfície terrestre. "A estratosfera do Hemisfério Sul esteve incomumente agitada este ano", observou Craig Long, pesquisador do Centro de Previsão de Clima da NOAA. "Esta é a primeira vez que vemos o vórtex polar dividido em setembro.” A última vez que se viu o buraco da camada de ozônio tão pequeno foi em 1988, quando as condições climáticas eram semelhantes às atuais.

Fonte: www.profnet.com.br/ver.php?codigo=3361

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Agora, são dois buracosRombo na camada de ozônio ficou menor e se dividiu ao meio

7|outubro|2002

O buraco na camada de ozônio que recobre o planeta é um fenômeno intrigante. Percebido pela primeira vez em 1985, foi o pesadelo que dominou o debate ambientalista na década passada. Há dois anos, sem que se soubesse por que, atingiu o tamanho recorde de 28,5 milhões de quilômetros quadrados, o equivalente a três vezes o território brasileiro. Neste ano, o buraco voltou a surpreender, mas no sentido inverso. Na segunda-feira 30, a Nasa, a agência espacial americana, anunciou que o rombo se reduziu quase à metade. Também se partiu em dois, fenômeno que nunca tinha sido observado antes. Um deles está sobre o oceano ao sul do Chile e o outro no norte da Antártica.

O que ocorre com a camada de ozônio interessa a toda a humanidade. O ozônio filtra a radiação ultravioleta do Sol. Sem essa proteção, estaríamos sujeitos a níveis perigosíssimos de radiação, com aumento nos casos de câncer de pele, diminuição nas colheitas e danos aos animais. Não há consenso sequer sobre as causas do fenômeno. Pode muito bem ser natural e existir há milhões de anos. Mas suspeita-se que tenha sido causado por certos tipos de gás – os clorofluorcarbonos (CFCs), usados nos sistemas de refrigeração – que destroem o ozônio. Na última década, muitos refrigerantes e freezers passaram a usar outros gases, que não afetam a camada. Com isso, a concentração de CFC na atmosfera caiu bastante, como revela um estudo da ONU divulgado há duas semanas. Se a queda continuar nesse ritmo, diz a ONU, o buraco na camada de ozônio poderá estar totalmente fechado dentro de cinqüenta anos.

Fonte: www.mercedessanchez.com.br/pantanal/noticias.asp?cod=0

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Ozônio deveráestar restaurado até 2040 12|outubro|2002

Quem é cético com relação à capacidade do ser humano para lidar com os problemas ambientais que ele mesmo está causando precisa ouvir esta: cientistas japoneses dizem que a camada de ozônio voltará à plena saúde até 2040.

A recuperação, segundo os pesquisadores, é resultado direto da contenção das emissões dos gases halógenos (que possuem em sua composição átomos de cloro, flúor, bromo ou iodo), dos quais fazem parte os famosos CFCs (clorofluorocarbonetos), antes utilizados com frequência em dispositivos de sprays e em refrigeradores. As reduções partiram de um protocolo internacional assinado em Montréal em 1987.

Quando emitidos, esses gases vão para a alta atmosfera, onde atuam como verdadeiras "marretas" do ozônio -um tipo de gás oxigênio "turbinado" (altamente reativo e instável), com três átomos de oxigênio por molécula em vez de dois. Ao encontrar o ozônio, os CFCs induzem a quebra da molécula, e o que sobra do desmanche é simples oxigênio (O2).

Embora ozônio não seja mesmo flor que se cheire (é altamente tóxico, se inalado), é lamentável que ele suma da alta atmosfera da Terra. Àquela altitude, o O3 passa de vilão a mocinho, formando um escudo invisível que protege a superfície do planeta contra os raios ultravioleta vindos do Sol, nocivos para a maioria das formas de vida, inclusive os humanos.

Nas últimas décadas, com o avanço do progresso industrial, mais e mais halógenos acabaram sendo liberados na atmosfera, e o estrago na camada de ozônio não demorou a ser sentido. O comportamento das massas de ar induziu à concentração da destruição em regiões bem específicas. A maior delas fica sobre a Antártida, onde um enorme buraco tem sido observado, cada vez maior, ao longo dos últimos anos.

Entretanto, o corte nas emissões de halógenos a partir do Protocolo de Montréal está eliminando o desenrolar de um futuro catastrófico, ocasionado pelo crescimento desenfreado do rombo "ozônico" -ao menos no computador.O que já é uma boa coisa. O modelo atmosférico produzido por Tatsuya Nagashima, do Instituto Nacional para Estudos Ambientais japonês, e seus colegas reproduz com sucesso o comportamento do ozônio ao longo dos últimos 14 anos e prevê sua evolução durante os próximos 40.

Ele mostra que o buraco sobre a Antártida deve começar a reduzir nos próximos anos, lentamente até 2015 e de forma acelerada até o final da década de 2030. Em 2040, os pinguins antárticos poderão respirar aliviados, com níveis normais de O3 sobre suas cabeças.

Muitas variáveisClaro, se a camada de ozônio só se restaurar em 2043, não bata à porta de Nagashima pedindo seu dinheiro de volta. "Um valor do ozônio no modelo em um ano específico não é um valor real do ozônio. O que quero dizer é que 2035 em nosso estudo não vai ocorrer perfeitamente em 2035 na atmosfera real", afirma o pesquisador, que publicou seus resultados na última edição da revista científica "Geophysical Research Letters" (www.agu.org/grl).Mesmo assim, ele considera sua pesquisa evidência sólida de como a alta atmosfera vai se comportar durante as próximas décadas, por ser um modelo mais completo que os anteriores. Outros já haviam previsto o fechamento do buraco antártico, mas apresentavam o surgimento de outro, no pólo Norte. O dele não leva a esse resultado.

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Está tudo dominado?Os resultados observados e previstos são surpreendentes para Nagashima, em um sentido até filosófico. "Acho que a atual crise do ozônio inesperadamente mostra a habilidade dos humanos para alterar as grandes variáveis em nosso planeta", afirma o pesquisador. Em compensação, ainda há muitas incógnitas em jogo para que a humanidade se declare senhora absoluta do planeta.

"Estudos de modelagem só podem indicar uma faixa de probabilidades", diz Nagashima. Embora o modelo dele seja um dos mais detalhados já desenvolvidos para responder à questão do ozônio, ele não é completo, nem totalmente preciso -quando outras variáveis forem computadas, ninguém garante que o resultado será o mesmo. "Se há resultados vagos o suficiente para incluir também futuros alternativos, isso está longe de ser o "controle" da natureza pela espécie humana."

Fonte: http://www.herbario.com.br/cie/aquec/oz2040.htm

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Sociedade Brasileira de Dermatologia realiza campanha contra Câncer da Pele 10/novembro/2002

A Sociedade Brasileira de Dermatologia realiza, dia 9 de novembro, pelo quarto ano consecutivo, a Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele. O objetivo é conscientizar a população sobre os meios capazes de impedir o surgimento da doença que atinge, a cada ano, aproximadamente 55 mil brasileiros. O Câncer da pele é o câncer de maior incidência no Brasil, segundo estatística do Instituto Nacional do Câncer. - Queremos conscientizar as pessoas porque 85% dos casos de câncer da pele poderiam ser evitados se os cuidados com a proteção solar fossem tomados até os 18 anos de idade, explica o coordenador nacional da campanha, Jayme de Oliveira Filho.Durante a Campanha, serão realizados exames de pele gratuitos visando a intensificar o diagnóstico e o tratamento dos casos nos postos espalhados pelos municípios do País. Cerca de mil dermatologistas estarão nos locais atendendo às pessoas e distribuindo panfletos educativos, informando acerca dos procedimentos corretos para prevenir a doença.Campanha de 2001 - Na campanha do ano passado foram atendidas 30.174 pessoas em todo o País e 8,0% apresentaram a doença. Na campanha anterior que atendeu 24.378 pessoas, o percentual ficou em 7,7%.Segundo as pesquisas, o câncer da pele atinge mais os homens do as mulheres, mas esse ano foi constatado que a doença vem crescendo no universo feminino. Das 18.904 mulheres examinadas, 6,7% apresentaram o câncer da pele. Na campanha anterior, a proporção da doença foi de 6,0%. Mas o estudo também traz boas notícias: a incidência da doença nos homens caiu de 10,5, em 2000, para 10,2%, em 2001.O perigo das radiações UV-A e UV-B - Apesar das radiações atingirem diariamente as pessoas, existem algumas particularidades em cada uma delas: os raios UV-A incidem uniformemente durante todo o dia, têm grande capacidade de penetração em camadas mais profundas da pele e, em médio e longo prazo, são responsáveis por ações destrutivas, como envelhecimento cutâneo, perda de elasticidade, manchas e até mesmo câncer da pele. Já os raios UV-B incidem principalmente das 10 às 16 horas (horário de verão) e provocam a vermelhidão na pele (eritema solar), e, após exposições prolongadas, ocasionam queimaduras graves seguidas de formação de bolhas, descamação e lesões precursoras de câncer. Dos raios ultravioletas, os mais conhecidos até pouco tempo eram os UV-B, considerados então como os mais importantes a serem combatidos. No entanto, o que os últimos estudos vêm mostrando é que os raios UV-A podem ser ainda mais perigosos, pois sua capacidade de agressão é maior, favorecendo extremamente o envelhecimento da pele e o desenvolvimento de câncer. Como se proteger - O câncer geralmente ocorre em pessoas cuja pele foi castigada pelo sol. Reconhecê-lo pode não ser muito fácil, já que se manifesta de maneiras diferentes: os sinais mais comuns são mudanças na pele aparentemente inocentes, como uma ferida que não sara ou uma pequena lesão endurecida, brilhante ou avermelhada. Os homens têm maior incidência no tronco, na cabeça ou no pescoço, enquanto que as mulheres geralmente a apresentam nos braços e nas pernas. É importante destacar que nem todas essas alterações são sinais certos de câncer; entretanto, em caso de dúvida, é sempre recomendável consultar um dermatologista.Para evitar o câncer da pele, os especialistas aconselham: utilizar chapéus/bonés e óculos escuros, evitar o sol entre 10 e 16 horas (horário de verão) e abusar dos filtros solares.

Fonte: www.sbd.org.br

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O BURACO DE OZÔNIO dez|2002 a fev|2003

Por Patricia Krecl (*)Especial para o CIÊNCIAONLINE

A atmosfera terrestre está composta principalmente por dois gases: nitrogênio molecular (78 %) e oxigênio molecular (21 %). O 1% restante está integrado por argônio (0.9%), vapor d' água, monóxido de carbono, metano e ozônio entre outros gases. A importância destes compostos minoritários na vida terrestre é muito grande, e pequenas mudanças nas concentrações podem gerar grandes alterações nas condições de vida no planeta.

O ozônio é um gás azul-escuro que pode ser achado em duas regiões da atmosfera terrestre e com papéis bem diferentes na vida no planeta. O ozônio está concentrado fundamentalmente na estratosfera, uma região situada entre aproximadamente 12 e 50 km de altitude, formando a chamada camada de ozônio. Esta camada atua como escudo protetor reduzindo a chegada de radiação solar ultravioleta (UV) à superfície da terra. O ozônio também pode ser achado em concentrações menores perto da superfície terrestre como resultado da poluição nas áreas urbanas. Esta última situação e indesejável porque o ozônio é um gás tóxico para os seres vivos e envelhece certos materiais. Resumindo, o ozônio desempenha um papel positivo sempre e quando esteja concentrado na estratosfera.

O buraco de ozônio foi descoberto pelos cientistas da British Antarctic Survey ao analisar dados de medições feitas na estação Halley Bay (Antártida) no período 1981-1983. Eles observaram, pela primeira vez, estranhos desaparecimentos de ozônio estratosférico sobre a Antártida na primavera. As investigações continuaram durante as duas primaveras seguintes usando novo equipamento e as concentrações achadas eram cada vez menores. No ano de 1985, eles decidiram informar ao resto do mundo esse descobrimento que também foi confirmado por medições satelitais e em outras estações antárticas.

O buraco de ozônio se forma cada ano na primavera do hemisfério sul (Setembro-Novembro) quando existe uma grande perda da concentração de ozônio estratosférico (até 60 %) sobre a Antártida (Figura 3). A camada de ozônio responde a processos naturais de formação e destruição que são alterados com a presença dos clorofluorcarbonetos (CFC) e compostos de bromo (halones). Os CFC têm sido usados para uma série de aplicações (aparelhos de refrigeração e ar condicionado, para aplicação de propelentes do tipo aerossol, e espumantes na fabricação de plásticos ) e os halones principalmente como extintores de incêndios com a vantagem de não ser tóxicos e nem inflamáveis. Esses produtos são principalmente emitidos nas latitudes médias do hemisfério norte e através da circulação geral da atmosfera alcançam a estratosfera após um ou dois anos de ter sido emitidos.

Nas áreas polares, particularmente na Antártida, existem condições meteorológicas especiais com temperaturas do ar muito baixas durante a noite polar que favorecem a formação das chamadas nuvens estratosféricas polares. São essas nuvens que promovem certas mudanças químicas complexas, que envolvem os CFC e halones, e levam a uma rápida destruição de ozônio durante a primavera. As temperaturas da estratosfera ártica no inverno são maiores que as da Antártida, portanto a formação das nuvens polares estratosféricas é menos freqüente e a destruição de ozônio é menor.

A diminuição da camada de ozônio observada nas latitudes médias nos últimos anos em ambos hemisférios não deve ser confundida com o buraco de ozônio formado sobre as regiões polares durante a primavera.

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Como já foi descrito, a camada de ozônio atua como um escudo. Portanto se a concentração de ozônio se reduz, uma maior quantidade de radiação ultravioleta chega na superfície (Figura 4). Os danos provocados pelo aumento dessa radiação atingem várias áreas: saúde humana e animal, desenvolvimento de ecossistemas aquáticos e terrestres, e certos tipos de materiais. A radiação UV tem efeitos negativos no sistema imunológico, nos olhos, e na pele gerando envelhecimento prematuro, fotoalergias e chegando até o câncer de pele. O único efeito positivo, se exposto o tempo adequado, é a produção de vitamina D3 que é necessária para a formação e manutenção da estrutura óssea. Portanto é muito importante evitar exposições ao sol na primavera e no verão durante as quatro horas em torno ao meio-dia solar.

A resposta das plantas ao aumento da radiação UV é variável dependendo da espécie em questão. Algumas plantas seriam danificadas, outras espécies diminuiriam a produção e ainda outras poderiam ter a reprodução perturbada com maiores doses de radiação UV. O fitoplâncton, que é a base da cadeia alimentar marinha, vive na parte superficial das águas porque usa a radiação solar no seu metabolismo, estando exposto a possíveis aumentos nocivos da radiação UV. Também se prevêem efeitos negativos sobre o crescimento e reprodução dos corais, anfíbios e caranguejos. Os materiais feitos à base de polímeros que absorvem radiação UV podem sofrer desde uma leve descoloração superficial até a perda da resistência com sérias limitações no uso. Esses materiais têm aplicações diversas como cerramentos para construções, plásticos usados na construção de aviões, barcos e carros, pneus, redes de pesca, e produtos têxteis que estão expostos continuamente ao sol.

No ano de 1987, pela primeira vez, a comunidade internacional se conscientizou sobre o problema e decidiu reduzir a produção de CFC através de um acordo internacional conhecido como o Protocolo de Montreal das Nações Unidas sobre Substâncias que Afetam a Camada de Ozônio. A partir do ano de 1996, todas as nações que assinaram a Emenda de Copenhague deveriam parar a produção dos CFC. Como resposta a essas restrições, a indústria desenvolveu novos produtos chamados "amigos do ozônio" em substituição aos anteriores.

Cientistas de diversas universidades do mundo investigam o futuro do buraco de ozônio nos próximos anos. Todos concordam que a recuperação total da camada de ozônio na primavera antártica não sucederá até o ano 2050, mas as previsões para o Ártico são mais incertas e apresentam maiores diferenças entre elas.

Fonte: www.cienciaonline.org/revista/02_05/ambiente/

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