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Estado do Rio Grande do SulSecretaria de Estado de Saúde
Centro Estadual de Vigilância em SaúdeDivisão de Vigilância Epidemiológica
Protocolo de procedimentos
13/05/09
Nova Influenza
A (H1N1)
DRIFT: mutações pontuais de segmentos do genoma viral
com mudança de aminoácidos da H (2-3 anos: A, 5-6 anos:
B)
Variações antigênicas
Vírus Influenza
Mutação
Novos antígenos de superfície da hemaglutinina
Influenza A – subtipos virais na naturezaHemaglutinina Neuraminidase
• Reservatório natural Influenza A: Pássaros aquáticos migratórios• Infectam múltiplas espécies animais
• Humanos• Aves (selvagens, frangos)• Outros: porcos, cavalos, cachorros, mamíferos aquáticos, outros
mamiferos
Reagrupamento
Novo subtipo de hemaglutinina(a) (b)
(c)
Mudanças antigênicas
SHIFT antigênicos (candidatos pandêmicos)
Substituição completa de segmentos do genoma viral:
- reassociação genética
- mutação adaptativa
Influenza A(H1N1): caso suspeito
• Apresentar febre alta de maneira repentina
(> 38ºC) E tosse podendo estar acompanhado
de algum dos seguintes sintomas:
dor de cabeça
dores musculares e nas articulações
dificuldade respiratória
E• Ter apresentado sintomas até 10 dias após sair de países
que apresentam casos de influenza A(H1N1) OU• Ter tido contato próximo, nos últimos 10 dias, com caso
suspeito, provável ou confirmado de influenza A(H1N1)
Caso em monitoramento
• Indivíduo procedente de países afetados, nos últimos
10 dias, com febre aferida ou não E tosse, podendo ou
não estar acompanhadas dos demais sintomas referidos
na definição de caso suspeito,
OU• Indivíduo procedente, nos últimos 10 dias, de países não
afetados E apresentando os sintomas de acordo com
definição de caso suspeito.
Caso provável É o caso suspeito que possui um dos seguintes
critérios adicionais:
• Tem confirmação laboratorial de infecção por vírus da
influenza A, porém sem resultados laboratoriais
conclusivos quanto à infecção por vírus de influenza
sazonal, OU• Indivíduo sintomático com clínica compatível de infecção
respiratória aguda indeterminada, OU• Indivíduo que evoluiu para óbito decorrente dessa infecção
E que tenha vínculo epidemiológico (de tempo, local
ou exposição) com outro caso provável ou confirmado
de infecção por A(H1N1).
Caso confirmado e descartado
Caso confirmado
Indivíduo com infecção pelo vírus influenza A(H1N1)
confirmado pelo laboratório de referência por PCR
em tempo real.
Caso descartado
• Caso em monitoramento ou suspeito que tenha sido
negativo para todos os tipos de influenza, OU• Caso em monitoramento, suspeito ou provável em que
não tenha sido detectada infecção por influenza
A(H1N1), OU• Qualquer caso em monitoramento, provável ou suspeito
no qual tenha sido diagnosticada outra doença.
Contato próximo de casos suspeitos, prováveis ou confirmados
Contato próximo no vôo • passageiros localizados na mesma fileira e nas duas
fileiras anteriores e posteriores ao do caso suspeito,
provável ou confirmado, e os passageiros localizados
nas fileiras laterais correspondentes.
Contato próximo na comunidade • Pessoas que cuidam, convivem e que tiveram contato
direto com secreções respiratórias ou fluidos corporais
de um caso suspeito, provável ou confirmado.
Isolamento domiciliar
O isolamento domiciliar é recomendado às pessoas que:
• Preenchem a definição de caso em monitoramento OU• É contato próximo de caso suspeito, provável ou
confirmado independente de apresentares sinais e
sintomas de infecção respiratória aguda no período de
10 dias após contato com o caso.
O período de permanência de isolamento domiciliar deverá
ser de 10 dias considerando o início dos sintomas ou a data
do último contato próximo.
MEDIDAS DE MANEJO DOS CASOS
• Atendimento nos serviços de saúde
• Notificação imediata -Telefone
Profissional de saúde SMS CRS SES MS
Telefones de DVE/CEVS/SES-RS:
(51) 8501-6872 (24 horas)
(51) 8501-6882 (24 horas)
(51) 3901-1074 (08:00 - 18:00 horas)
(51) 3901-1157 (08:00 - 18:00 horas)
150 (Disque Vigilância em Saúde)
0800-664-6645 (CIEVS/ SVS/MS)
A SMS/SES desencadeia uma série de ações
a partir da notificação:
• Providencia o transporte para o encaminhamento
do paciente ao Hospital de Referência ou hospital
local devidamente capacitado
(seguindo fluxo macrorregional), para reavaliação
do caso e coleta de aspirado de nasofarínge (ANF)
e internação, se necessário;
• Comunica o local de acolhimento do paciente,
confirmando as portas de entrada e quem
receberá o mesmo, para evitar a circulação excessiva.
Atendimento nos hospitais (de referência ou hospital capacitado)
Caso em monitoramento
• Realizar avaliação médica e confirmar antecedentes
de viagem internacional para área afetada;
• Utilizar equipamento de proteção individual
• Realizar coleta de amostras para investigação
• Recomendar isolamento domiciliar até 10º dia do
início dos sintomas;
• Orientar as medidas fundamentais que devem ser
aplicadas durante o isolamento domiciliar
• Comunicar a vigilância epidemiológica para realizar
o monitoramento clínico diário até 10º dia após o início
dos sintomas.
Atendimento nos hospitais (de referência ou hospital capacitado)
Caso suspeito ou provável
• Realizar avaliação médica e confirmar histórico de
exposição (viagem internacional e/ou contato com
casos suspeito, provável ou confirmado);
• Utilizar equipamento de proteção individual
• Realizar coleta de amostras para investigação
• Internar o paciente em isolamento respiratório,
até que seja descartado o diagnóstico de Influenza A(H1N1)
ou até o 10º dia após a data de início dos sintomas,
caracterizando o fim do período de transmissibilidade.
• Tratar o paciente conforme recomendações
ATENÇÃO: Os laboratórios dos hospitais que
receberem casos suspeitos de influenza A H1N1
poderão processar amostras de sangue ou outras
amostras clínicas, que não sejam do trato
respiratório, para subsidiar o diagnóstico
diferencial, conforme as hipóteses clinicas
elencadas no hospital, adotando-se as medidas
de biossegurança preconizadas para cada
situação.
• Para cada caso suspeito ou em monitoramento deverá
ser preenchida uma Ficha de Investigação Epidemiológica.
• A responsabilidade do preenchimento desta ficha fica a
cargo da equipe de Vigilância Epidemiológica das SMS.
•A digitação da FIE será realizada, neste momento
epidemiológico, somente pela vigilância epidemiológica
estadual no sistema SINAN-WEB Influenza.
• É fundamental que o preenchimento da FIE
atenda a completitude dos campos, e a consistência
entre eles, além do encerramento oportuno.
•Informar se o caso é Em monitoramento ou Suspeito
Investigação epidemiológica
A FIE, neste momento, não deverá ser digitada no Sistema
de Informação de Agravos de Notificação (SINANET).
Ela deverá ser enviada por FAX a SMS, CRS e
a DVE/CEVS/SES-RS (FAX: 3901-1054).
Conduta frente aos casos em monitoramento
•• Notificar imediatamente os casos em monitoramento à Secretaria
de Saúde Municipal e/ou Estadual;
• Coletar amostras de sangue e de secreção respiratória em
ambiente hospitalar,
• Não está recomendada a internação hospitalar nem tratamento
específico contra a Influenza A(H1N1).
• Adotar isolamento domiciliar e medidas de prevenção e controle
• Adotar monitoramento clínico diário até o 10º dia do início
dos sintomas
Conduta frente aos casos suspeitos
• Intensificar o processo de monitoramento e detecção
oportuna de casos suspeitos;
• Casos suspeitos devem ser imediatamente notificados,
por telefone à vigilância municipal e∕ou estadual;
• Realizar busca ativa de contatos de casos suspeitos;
• Encaminhar ao casos suspeitos para os hospitais de
referência para manejo clinico e coleta de amostras
laboratoriais;
•Utilizar Equipamento de Proteção Individual para
atendimento dos casos suspeitos;
• Intensificar a vigilância em vôos procedentes de áreas
afetadas com abordagem aos viajantes que apresentem
sintomatologia clinica sugestiva;
•Redobrar a vigilância nas fronteiras.
Intervenções não-farmacológicas
Utilizar máscara cirúrgica descartável,
• preferencialmente os casos sintomáticos;
Higienizar as mãos com água e sabonete após tossir ou espirrar, após usar o banheiro, antes das refeições e antes de tocar os olhos, boca e nariz;
Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies;
Proteger com lenços descartáveis a boca e nariz ao tossir ou espirrar, para evitar disseminação de aerossóis;
Evitar entrar em contato com pessoas suscetíveis. Caso não seja possível, usar máscaras cirúrgicas descartável;
Não compartilhar alimentos copos, toalhas e objetos de uso pessoal;
Evitar aglomerações e ambientes fechados. Manter os ambientes ventilados.
Influenza A (H1N1)
•Fonte Governo UK
Usar máscaras cirúrgicas descartáveis, durante toda a permanência nas áreas afetadas. Substituir sempre que necessário.
Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável.
Evitar locais com aglomeração de pessoas.
Evitar o contato direto com pessoas doentes.
Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.
Lavar as mãos freqüentemente com sabão e água, especialmente depois de tossir ou espirrar.
Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar história de contato com doentes e roteiro de viagens recentes a esses países.
Viajantes que se destinam às áreas afetadas
Viajantes procedentes das áreas afetadas pela influenza A (H1N1) que apresentarem, até 10 dias após sair dessas áreas, febre alta de maneira repentina (> 38ºC) e tosse, acompanhadas de dor de cabeça, dores musculares e nas articulações e dificuldade para respirar devem:
• Procurar assistência médica na unidade de saúde mais próxima;
• Informar ao profissional de saúde o seu roteiro de viagem;
• O caso será avaliado segundo protocolo.
Viajantes que estão voltando das áreas afetadas
Inibidores da neuraminidase
Zanamivir (aerossol) e Oseltamivir (VO)
reduz a incubação do vírus e diminui a duração da doença em
aproximadamente 1 dia, se administrado dentro de 48h do início
dos sintomas
Oseltamivir por 5 dias na seguinte dosagem:
• Adultos e adolescentes (13 anos ou mais): 75mg 2x ao dia
• Crianças entre 1 e 12 anos de idade, conforme o peso:
<15 Kg - 30 mg 2x ao dia
15 a 23 Kg - 45 mg 2x ao dia
>23 a 40 Kg - 60 mg 2x ao dia
>40 kg – 75 mg 2x dia
Nos casos graves esta dosagem poderá ser aumentada até
o máximo de 300mg por até 7 a 10 dias.
Antivirais
DISQUE VIGILÂNCIA - 150
[email protected]@saude.rs.gov.br
51 8501-6872 (Marilina Bercini) 51 8501-6882 (Tani Ranieri) ou 51 3901-1074 (horário comercial)