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DESINFETANTES

Desinfetantes são eficazes contra germes e sujeira, mas algumas embalagens são um risco à sua família.

Comprovamos: os desin-fetantes realmente cum-

prem sua função de bacte-ricidas. Testamos 10 marcas com fragrância de lavanda e descobrimos que eles elimi-nam germes e fungos. Porém, alguns não são tão eficazes contra a sujeira pesada a ponto de agilizar e reduzir o trabalho de quem limpa. Além disso, algumas embala-gens oferecem riscos a você e sua família.Os limpadores de uso geral se propõem a dar mais pra-ticidade à árdua tarefa de limpar a casa ou ambiente de

trabalho. A grande vantagem desses produtos é a versatili-dade, podendo ser utilizados contra diversos tipos de su-jeira, em diversas superfícies e cômodos. Mas a maioria dos limpadores de uso geral é incapaz de eliminar bacté-rias – microrganismos que não são visíveis a olho nu e podem prejudicar a saúde da sua família. Então, mui-tas vezes o uso de um bac-tericida é indispensável. Por isso decidimos testá-los para saber se os desinfetantes re-almente limpam e matam os germes.

Faltam advertências e item de segurançaAvaliamos primeiro a rotula-gem. É importante que a em-balagem desse tipo de pro-duto apresente advertências em relação ao uso (dizendo que pode causar irritação aos olhos e à pele ou que não deve ser ingerido, por exem-plo) e sobre modo de uso, tempo de espera para desin-fetar, entre outros.Os desinfetantes Rio, Scarlim e Polar não apresentam frases em destaque relacionadas ao risco. Rio e Polar também não indicam a quantidade de di-

luição ideal para o uso, nem outras frases que deveriam estar em destaque. O Minua-no não indica a finalidade do produto (uso geral).Já nas embalagens, encontra-mos problemas que colocam sua família em risco. Nenhu-ma das garrafas de desinfe-tante, embora contenham um produto tóxico, possui trava de segurança, podendo ser facilmente abertas e o con-teúdo ingerido por crianças. Além disso, algumas garrafas não são à prova de queda: Ly-sol, Rio, Minuano e Pinho Bril (E) aprentaram rachaduras,

Limpeza aqualquer custo

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DESINFETANTES

com vazamento do conteúdo, quando derrubados – o que facilita ainda mais o acesso de crianças, e até de animais de estimação, ao conteúdo tóxico das embalagens.

Piso limpo comquatro esfregadasRealizamos, então, um teste prático de remoção da sujei-ra. Espalhamos uma mistura gordurosa e outra de água com farinha sobre um piso cerâmico claro. Após 45 mi-nutos, utilizamos um rodo e um pano em quatro movimen-

tos de vai-e-vem, seguindo as instruções do fabricante.Lysol, Ypê, Pinho Bril, Pinho Sol, Minuano e Scarlim (AFB) removeram até 90% da sujeira em apenas quatro esfregadas. Os demais dão um pouco mais de trabalho: após as quatro esfregadas só removeram no máximo 70% da sujeira.

Contra bactérias,não dilua o produtoPara avaliar a ação antimi-crobiana (contra bactérias e fungos), simulando uma si-tuação real, fizemos o teste

Como fizemos o teste

Rotulagem – Verificamos se os rótulos continham as informa-ções exigidas pela legislação, como frases relacionadas com a classe de risco e restrições de uso, modo de usar, indicação sobre a proporção de diluição, o tempo de contato de 10 minutos para desinfetar, as limitações de uso, os cuidados para a conservação, os nomes químicos e respectivos teores dos princípios ativos, fra-ses de advertência e primeiros socorros, lote, datas de fabricação e validade, os dados do fabricante e o telefone do SAC e do centro de intoxicação.

Embalagem – Observamos a segurança e a rigidez das embalagens.

Remoção da sujeira – Uma área de 60x60 centímetros foi co-berta com duas misturas de sujeira padronizadas, compreendendo uma fase gordurosa e outra de água com farinha, distribuídas ho-mogeneamente sobre a superfície, que permaneceu desprotegida durante 45 minutos. Então, para avaliar a eficiência dos produtos, passamos um pano com a ajuda de um rodo para esfregar.

Ação antimicrobiana – Foram feitas duas simulações: uma pelo método técnico e outra simulando uma situação real. Isso porque as metodologias técnicas não representam bem as condições reais de uso desses produtos. No método técnico, as bactérias são mer-gulhadas no desinfetante; já na avaliação do uso real, jogamos um pouco de desinfetante no chão e depois passamos pano ou enxa-guamos. Além disso, o protocolo técnico se restringe ao teste com duas bactérias, enquanto na situação real a variedade de germes nocivos é muito maior, incluindo a presença de fungos.

Painel de usuários – Os voluntários observaram se os produtos causam irritação à pele e se agradam no uso.

Produtos de limpeza vitimam crianças

A PRO TESTE há anos vem reivindicando que as autoridades dêem mais atenção ao problema da falta de segurança nas em-balagens de produtos tóxicos no Brasil. Uma pesquisa realizada por nós, em conjunto com a Associação Médica Brasileira (AMB), constatou que um dos maiores causadores de acidentes domésti-cos no País é o material de limpeza. E, ainda segundo a pesquisa, as principais vítimas são as crianças. O Poder Público precisa adotar medidas para poupar o sofrimento de dezenas de milhares de famílias por ano, com campanhas de sensibilização e de pre-venção. É necessário ainda que seja exigida a trava de segurança e que as embalagens sejam à prova de queda. E as autoridades devem tomar essa medida não só para os desinfetantes, mas para todos os produtos de limpeza. Enquanto as autoridades e fabricantes não se sensibilizam, saiba como proteger sua família com a cartilha Acidentes de Consumo que disponibilizamos no site da PRO TESTE (www.proteste.org.br).

demarcando pequenas áreas de piso em um local onde há muita circulação de pes-soas. Conforme as instruções dos fabricantes, aplicamos o produto puro (sem diluir em água) e deixamos agir por 10 minutos. Então, levamos o material (antes e depois de limpar) para análise. Nessa verificação, apenas o Scar-lim (AFB) foi um pouco me-nos eficiente na desinfecção, mas, mesmo assim, eliminou 98% das bactérias presentes. Já pela metodologia padroni-zada, além do Scarlim, Rio e Polar também ficaram com o índice de 98%. Mas, atenção: só dilua o pro-duto caso não seja necessária a desinfecção – no caso da limpeza de pisos da sala, por exemplo. E não esqueça de deixar agir por, pelo menos, 10 minutos antes de enxaguar ou passar outro produto por cima.No painel de usuários, ava-liamos ainda se os produtos

causam irritação à pele e sua aceitação por quem usa. Não houve casos de reação alér-gica na pele e todos os pro-dutos foram aprovados pelos voluntários quanto ao odor, à espalhabilidade e à facilita-ção da limpeza.

Embalagens maioressão mais econômicasEm nossa pesquisa, descobri-mos que os hipermercados, em geral, apresentam menores preços para os desinfetantes que os supermercados (mas Polar, Rio e Scarlim não foram encontrados em hipermerca-dos). Apenas o Lysol e o Mi-nuano apresentaram preços melhores em supermercados.O Lysol foi o que apresentou maior variação de preço de uma loja para outra. Se você encontrá-lo pelo preço míni-mo, pode comprar até três e gastar quase o mesmo valor que pagaria por apenas uma garrafa no preço máximo.

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A ESCOLHA CERTA

Testamos 10 marcas de desinfetantes de uso geral e compro-vamos que eles cumprem o que prometem: matam os mais diversos tipos de bactérias e removem diferentes tipos de su-jeiras. Mas a qualidade e a segurança de algumas embalagens desapontou. O Ypê Pinho (R$ 1,25 a R$ 2,39) foi considerado o melhor do teste. E o título de a escolha certa fica com o Scarlim (R$ 1,39 a R$ 2,10), que apresentou a melhor re-lação qualidade/preço. Porém, se você você encontrar o Ypê pelo preço mínimo, essa fica sendo a sua escolha certa.

O San Pic é, disparadamente, o mais caro do teste e nem se-quer está entre os mais eficien-tes contra a sujeira. Pelo preço máximo desse produto, é pos-sível comprar duas garrafas do Ypê (nosso melhor do teste) ou do Scarlim (nossa escolha certa), e ainda ter troco.Todos os produtos testados con-tinham 500ml em suas embala-gens, com exceção do Kalipto (750ml), que, mesmo assim, é

um dos mais baratos. Os desin-fetantes Kalipto, Polar, Rio e Scarlim são comercializados em mais de um tamanho e é possí-vel concluir que as embalagens de maior capacidade saem mais em conta. No caso do Polar, por exemplo, você leva uma emba-lagem de dois litros pelo valor que gastaria comprando duas de 500ml (ou seja, um litro de produto) – e ainda ajuda a pre-servar o meio ambiente.

Pinho Bril Pinho Sol CitrusLysol Minuano PerfumadoKalipto

San PicRio Scarlim Ypê PinhoPolar

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Dicas para limpar seu piso

Alguns são melhores que outros na remoção da sujeira

Produto

Açãoantimicrobiana Painel de usuários Preço (R$) 1

Rotu

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Rem

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Test

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átic

o

AVALIAÇÃO FINAL

mín

imo

máx

imo

Ypê Pinho A C AFB A A A A AFB 1,25 2,39

Pinho Sol Citrus A C AFB A A A A AFB 1,69 3,30

Scarlim BFC C AFB AFB AFB A A AFB 1,39 2,10

Lysol A E AFB A A A A AFB 1,19 3,29

Pinho Bril A E AFB A A A A B 1,49 2,81

Minuano Perfumado BFC E AFB A A A A B 1,05 2,09

San Pic A C C A A A A C 2,44 4,99

Kalipto 2 A C C A A A A C 1,17 2,10

Polar CFD C C A AFB A A C 1,35 2,19

Rio CFD E C A AFB A A C 1,38 1,98

1 Valores coletados em julho de 2007, em Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Florianópolis, Guarulhos, Jaboatão dos Guararapes, Niterói, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.2 Vendido em embalagem de 750ml, enquanto os demais produtos têm 500ml.

O melhor do teste A escolha certa O barato do testeA Muito bomB BomC AceitávelD RegularE Ruim

0 100

DESINFETANTES

Veja aqui algumas dicas para deixar seus pisos, paredes e ban-cadas limpos e brilhantes sem danificá-los (veja dicas para outros tipos de piso em nosso site: www.proteste.org.br).

Azulejoy Nunca use produtos abrasivos que possam riscar a superfície do azulejo.y O azulejo autobrilhante é pra-ticamente à prova de manchas, mas o azulejo fosco é poroso e precisa ser impermeabiliza-do para resistir às manchas. Utilize um impermeabilizante comercial e uma cera à base de água.y Não limpe azulejos foscos com ácidos ou sabões fortes.y Passe um pano úmido com de-sinfetante de uso geral e seque o piso com um pano macio para evitar riscos.

y Para dar brilho passe cera au-tomotiva e, após 10 minutos, lustre.

Mármorey O mármore mancha fácil e você deve aplicar um impermeabili-zante comercial nesse tipo de piso – não use verniz ou laca nessa ta-refa, pois isso faz com que o már-more descasque rapidamente.y O chão de mármore fica lindo depois de limpo com uma solu-ção de desinfetante de uso geral em água morna ou uma mistu-ra de uma xícara de amaciante de roupas e dois litros de água.y A cera líquida autobrilhan-te dá um acabamento rápido para o mármore mas, ocasio-nalmente, você terá que remo-ver a cera acumulada antes de encerar novamente. Use o pro-duto autobrilhante à base de água ou em pasta.

Madeiray O produto usado para imper-meabilizar o piso de madeira determina como cuidar dele. Verniz, goma-laca, poliureta-no ou laca são usados para dar acabamento a esses pisos, mas somente o poliuretano não precisa de tratamentos adicionais.y A manutenção dos pisos com acabamento que precisa de cuidados pode ser feita sim-plesmente com desinfetantes e ceras à base de solvente.y Nunca use água em pisos de madeira – exceto os tratados com poliuretano, que podem ser limpos com um esfregão úmido.

Laminadoy O piso de vinil autobrilhante não precisa de cera, você só pre-cisa mantê-lo limpo.

y Limpe as manchas com uma esponja embebida em sabão para máquina de lavar louças.y Para lavar o chão, use uma so-lução de desinfetante de uso ge-ral, mas teste o produto em um canto antes de usar no piso todo para ter certeza de que ele não é prejudicial ao seu piso.y Não esfregue ou jogue água no piso. A água pode entrar nas frestas e soltar a cola que o prende.y Se ao secar, o piso manchar, passe o pano de novo, usando água com um copo de vinagre branco. O chão vai brilhar.y Se o seu piso laminado é mais antigo, do tipo que precisa ser encerado, use um desinfetante de uso geral dissolvido em água e enxágüe. Quando o chão estiver seco, aplique duas camadas finas de cera autobrilhante, deixando-o secar entre as aplicações.