Prospeto ES Saude 27012014

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    Esprito Santo Sade -SGPS, S.A.Sede: Rua Carlos Alberto da Mota Pinto, 17, 9., Edifcio Amoreiras Square, 1070-313 Lisboa

    Nmero de matrcula na C.R.C. de Lisboa e de identificao de pessoa coletiva: 504 885 367

    Capital social integralmente subscrito e realizado: Euros 88.500.000,00

    (Entidade Emitente)

    Rio Forte Investments S.A.

    Sede: 22/24 Boulevard Royal, L-2449 LuxembourgMatriculada noRegistre de Commerce et des Socitsdo Luxemburgo sob o n. B 134741

    Capital Social: Euros 1.300.000.000

    (Entidade Oferente)

    PROSPETO DE OFERTA PBLICA DE DISTRIBUIO E DE ADMISSO NEGOCIAONO EURONEXT LISBON GERIDO PELA EURONEXT LISBON SOCIEDADE GESTORA

    DE MERCADOS REGULAMENTADOS, S.A.

    OFERTA PBLICA DE SUBSCRIO DE AT 7.042.254 AES ORDINRIAS,

    ESCRITURAIS E NOMINATIVAS, COM O VALOR NOMINAL DE 1 EURO CADA UMA, E DEVENDA DE AT 2.320.886 AES ORDINRIAS, ESCRITURAIS E NOMINATIVAS, COM OVALOR NOMINAL DE 1 EURO CADA UMA REPRESENTATIVAS, RESPETIVAMENTE DEAT 7,37% E DE 2,43% DO CAPITAL SOCIAL DA ESPRITO SANTO SADE SGPS, S.A.,APS AUMENTO, ASSUMINDO A SUBSCRIO INTEGRAL DO AUMENTO DE CAPITAL

    E

    ADMISSO NEGOCIAO DE AT 95.542.254 AES ORDINRIAS, ESCRITURAIS E

    NOMINATIVAS, COM O VALOR NOMINAL DE 1 EURO CADA UMA REPRESENTATIVASDE 100% DO CAPITAL SOCIAL DA ESPRITO SANTO SADE SGPS, S.A., APS

    AUMENTO, ASSUMINDO A SUBSCRIO INTEGRAL DO AUMENTO DE CAPITALO presente Prospeto dever ser lido em conjunto com os documentos inseridos por remisso,

    os quais fazem parte integrante do mesmo.

    24 JANEIRO 2014

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    NDICE

    Pginas

    Advertncias ....................................................................................................................................................... 6

    Definies ............................................... ............................................................ .............................................. 11

    1. Sumrio .....................................................................................................................................................18

    2. Fatores de risco .........................................................................................................................................49

    2.1 Riscos Relacionados com as Atuais Condies Macroeconmicas ..................................................49

    2.2 Riscos relacionados com os negcios da ESS ....................................................... ...........................52

    2.3 Riscos relacionados com o enquadramento regulatrio ...................................................................67

    2.4 Riscos relacionados com a condio financeira da ESS .................................................. .................70

    2.5 Riscos relacionados com a Oferta, com as Aes e com o mercado ................................................72

    3. Responsveis pela informao .......................................................... ........................................................77

    3.1 Identificao dos responsveis pela informao contida no Prospeto ..............................................77

    3.2 Disposies legais relevantes sobre responsabilidade pela informao ...........................................81

    3.3 Declarao emitida pelos responsveis pela informao contida no Prospeto .................................81

    4. Motivos da Oferta e afetao das receitas ............................................................. ....................................82

    4.1 Motivos da Oferta ........................................................... ........................................................... .......82

    4.2 Afetao das receitas ........................................................................................................................82

    5. Diluio ..................................................... ............................................................ ....................................84

    6. Descrio da Oferta...................................................................................................................................85

    6.1 Informao Relativa aos Valores Mobilirios Objeto da Oferta e de Admisso Negociao ........85

    6.2 Condies da Oferta .........................................................................................................................93

    6.3 Venda pelos titulares dos valores mobilirios ........................................................ .........................106

    7. Regime fiscal ..........................................................................................................................................108

    7.1 Algumas consideraes relativas ao regime fiscal portugus .................................................... .....108

    7.2 Pessoas singulares residentes para efeitos fiscais em Portugal .......................................................108

    7.3 Pessoas singulares no residentes para efeitos fiscais em Portugal ................................................ 110

    7.4 Pessoas coletivas residentes para efeitos fiscais em Portugal ou pessoas coletivas no residentes

    com estabelecimento estvel em Portugal ao qual sejam imputveis os rendimentos associados s

    Aes .................................................................................................. ............................................ 112

    7.5 Pessoas coletivas no residentes para efeitos fiscais em Portugal sem estabelecimento estvel ao

    qual sejam imputveis os rendimentos associados s Aes ..................................................... ..... 114

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    8. Admisso negociao e Modalidades de Negociao ........................................................... ............... 117

    8.1 Admisso Negociao ................................................. ........................................................... ..... 117

    8.2 Mercados em que as Aes j foram Admitidas .................................................... ......................... 117

    8.3 Subscrio ou Colocao Privada das Aes ......................................................... ......................... 117

    8.4 Criadores de Mercado ..................................................... ........................................................... ..... 117

    8.5 Estabilizao ......................................................... ........................................................... ............... 117

    9. Liquidez e recursos de capital ........................................................... ...................................................... 119

    9.1 Descrio dos fluxos de tesouraria ............................................................................................ ..... 119

    9.2 Recursos financeiros ....................................................... ........................................................... ..... 119

    9.3 Declarao do Emitente relativa ao fundo de maneio .................................................................... 119

    10. Capitalizao e endividamento ...............................................................................................................120

    10.1Capitalizao e Endividamento ......................................................................................................120

    10.2Endividamento Lquido ..................................................................................................................121

    11. Dividendos e poltica de dividendos .......................................................................................................123

    12. Informaes sobre o Emitente.................................................................................................................125

    12.1Geral 125

    12.2Estrutura do Grupo .........................................................................................................................125

    12.3 Informaes sobre detenes de participaes ...............................................................................126

    13. Descrio dos setores de atividade do Emitente .....................................................................................132

    13.1Panormica de Portugal ..................................................................................................................132

    13.2O setor da sade em Portugal .........................................................................................................136

    13.3Estrutura de financiamento do mercado portugus de sade ..................................................... .....142

    13.4Perspetiva geral do mercado de prestao de cuidados de sade em Portugal ...............................143

    13.5Ambiente concorrencial: os operadores privados ............................................................ ...............145

    13.6Motores de crescimento do mercado de sade em Portugal ...........................................................146

    14. Descrio das atividades do Emitente ......................................................... ............................................155

    14.1Perspetiva Geral .............................................................................................................................155

    14.2Estratgia de negcio ...................................................... ........................................................... .....160

    14.3Histria ...........................................................................................................................................164

    14.4Estrutura operacional do Grupo .......................................................... ............................................165

    14.5Unidades de prestao de cuidados de sade .................................................................................167

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    14.6Segmento de cuidados de sade privados ..................................................... ..................................169

    14.7Segmento de cuidados de sade pblicos ..................................................... ..................................173

    14.8Centro Corporativo .........................................................................................................................178

    14.9Oportunidades de Expanso ...........................................................................................................178

    14.10 Entidades Pagadoras e Gesto do Ciclo de Faturao .................................................... ...............182

    14.11 Apoio a Pacientes Internacionais (International Patient Services) ...............................................183

    14.12 Atividades Promocionais...............................................................................................................184

    14.13 Responsabilidade Social ...............................................................................................................184

    14.14 Acreditao, Certificao e Qualidade ........................................................ ..................................185

    14.15 Concorrncia .................................................................................................................................186

    14.16 Fornecedores .................................................................................................................................188

    14.17 Sade, Segurana e Ambiente ........................................................... ............................................188

    14.18 Cdigo de tica .............................................................................................................................189

    14.19 Propriedade Intelectual .................................................................................................................189

    14.20 Tecnologias da Informao e Comunicao ......................................................... .........................189

    14.21 Imobilirio ....................................................................................................................................189

    14.22 Seguros..........................................................................................................................................191

    14.23 Colaboradores ...............................................................................................................................191

    14.24 Contencioso ..................................................................................................................................194

    14.25 Contratos significativos.................................................................................................................195

    14.26 Licenas ........................................................................................................................................195

    15. Enquadramento regulatrio ..................................................... ........................................................... .....196

    15.1Perspetiva Geral .............................................................................................................................196

    15.2Enquadramento regulatrio do Setor da Sade em Portugal ..........................................................196

    16. Dados Financeiros Selecionados ....................................................... ......................................................204

    16.1Apresentao de informao financeira e outra informao ...................................................... .....204

    16.2Demonstrao de resultados consolidada ..................................................... ..................................205

    17. Anlise da explorao e da situao financeira do Emitente .................................................................. 211

    17.1Perspetiva Geral da Atividade ...................................................................... .................................. 211

    17.2Principais Fatores que Afetam os Resultados das Operaes .................................................... .....214

    17.3Anlise das Rubricas mais relevantes da Demonstrao de Resultados .........................................222

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    17.4Resultados ......................................................................................................................................225

    17.5EBITDA .........................................................................................................................................234

    17.6Liquidez e Recursos de Capital ......................................................................................................237

    17.7Fluxos de Caixa ..............................................................................................................................238

    17.8 Investimento ...................................................................................................................................239

    17.9Recursos financeiros ....................................................... ........................................................... .....240

    17.10 Principais Polticas de Contabilidade .......................................................... ..................................244

    17.11 Informao qualitativa sobre Riscos Financeiros ........................................................... ...............255

    18. rgos de administrao e de fiscalizao ............................................................ ..................................258

    18.1Conselho de Administrao e Comisso Executiva ......................................................... ...............258

    18.2Administradores .............................................................................................................................261

    18.3Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas .................................................................................283

    18.4Declaraes ....................................................................................................................................290

    18.5Remuneraes ................................................................................................................................290

    18.6Regras de Governo Societrio ............................................................ ............................................293

    18.7Conflitos de interesse e relaes de parentesco ..................................................... .........................298

    19. Principais acionistas e operaes com Entidades terceiras Ligadas ................................................... .....299

    19.1Principais acionistas .......................................................................................................................299

    19.2Operaes com partes relacionadas .................................................... ............................................300

    20. Informao adicional ..............................................................................................................................305

    20.1Capital social ..................................................................................................................................305

    20.2Estatutos e legislao ...................................................... ........................................................... .....306

    21. Informao de terceiros, declaraes de peritos e declaraes de eventuais interesses ..........................316

    22. Documentao acessvel ao pblico........................................................................................................317

    22.1Locais de consulta ..........................................................................................................................317

    22.2 Informao inserida por remisso ....................................................... ............................................317

    22.3Comunicaes ................................................................................................................................318

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    ADVERTNCIAS

    O presente Prospeto de oferta pblica de subscrio e de venda e de admisso negociao

    elaborado para efeitos do disposto nos artigos 7., 114., 134., 135., 135.-A, 135.-B, 136., 136.-A,

    137., 236. e 238. do Cdigo dos Valores Mobilirios (o Cd.VM). A sua forma e contedoobedecem ao preceituado no Cd.VM, no Regulamento (CE) n. 809/2004 da Comisso, de 29 de

    abril, objeto da retificao publicada no Jornal Oficial n. L 215, de 16 de junho de 2004, tal como

    alterado pelo Regulamento (CE) n. 1787/2006 da Comisso, de 4 de dezembro, publicado no Jornal

    Oficial n. L 337, de 5 de dezembro de 2006, pelo Regulamento (CE) n. 211/2007 da Comisso, de 27

    de fevereiro, publicado no Jornal Oficial n. L 61, de 28 de fevereiro de 2007, pelo Regulamento (CE)

    n. 1289/2008 da Comisso, de 12 de dezembro, publicado no Jornal Oficial n. L 340, de 19 de

    dezembro de 2008, pelo Regulamento Delegado (UE) n. 311/2012 da Comisso, de 21 de dezembro

    de 2011, publicado pelo Jornal Oficial n. L 103 de 13 de abril de 2012, pelo Regulamento Delegado

    (UE) n. 486/2012 da Comisso, de 30 de maro, publicado no Jornal Oficial n. L 150 de 9 de junho

    de 2012, pelo Regulamento Delegado (UE) n. 862/2012 da Comisso, de 4 de junho, publicado no

    Jornal Oficial n. L 256 de 22 de setembro de 2012 e pelo Regulamento Delegado (UE) n. 759/2013

    da Comisso, de 30 de abril de 2013, publicado no Jornal Oficial n. L 213 de 8 de agosto de 2013 (o

    Regulamento 809/2004), e na demais legislao aplicvel.

    O presente Prospeto foi objeto de aprovao por parte da Comisso do Mercado de Valores Mobilirios

    (a CMVM) e encontra-se disponvel sob a forma eletrnica no stio na internet da CMVM, em

    www.cmvm.pt, no stio na internet da Esprito Santo Sade SGPS, S.A. (o Emitente ou a

    Sociedade), em www.essaude.pt, e nos demais locais referidos no Captulo 22 Documentao

    Acessvel ao Pblico.

    A presente oferta enquadra-se numa oferta combinada de alienao de at 49% das aes

    representativas do capital social da Sociedade e consequente admisso negociao em mercadoregulamentado da totalidade do referido capital. Neste contexto, o Emitente e o Oferente, juntamente

    com a Esprito Santo Financial Group, S.A. e a Companhia de Seguros Tranquilidade, S.A. iro

    oferecer at 46.815.704 aes, ordinrias, escriturais e nominativas, com o valor nominal de 1, cada

    uma, representativas de at 49% do capital social do Emitente, aps o Aumento de Capital e assumindo

    a sua subscrio integral e incluindo o Lote Suplementar (Ver Captulo 6 Descrio da Oferta para

    informao detalhada sobre a estrutura da oferta).

    O presente Prospeto diz respeito oferta pblica inicial de subscrio de at 7.042.254 aes

    escriturais e nominativas, com o valor nominal de 1, cada uma, e de venda de at 2.320.886 aes

    escriturais e nominativas, com o valor nominal de 1, cada uma, representativas de, respetivamente,

    7,37% e de 2,43% do capital social do Emitente (a Oferta Pblica de Subscrio e de Venda ouOferta), e admisso negociao de 95.542.254 aes escriturais e nominativas, com o valor

    nominal de 1, cada uma, representativas de 100% do capital social do Emitente (as Aes), aps o

    Aumento de Capital e assumindo a sua subscrio integral.

    As entidades que, ao abrigo do disposto nos artigos 149. e 243. do Cd.VM, so responsveis pela

    completude, veracidade, atualidade, clareza, objetividade e licitude da informao contida no presente

    Prospeto encontram-se indicadas no Captulo 3 Responsveis pela informao.

    O n. 5 do artigo 118. do Cd.VM estabelece que a aprovao do Prospeto o ato que implica a

    verificao da sua conformidade com as exigncias de completude, veracidade, atualidade, clareza,

    objetividade e licitude da informao. O n. 7 do artigo 118. do Cd.VM estabelece que a aprovao

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    do Prospeto no envolve qualquer garantia quanto ao contedo da informao, situao

    econmica ou financeira do oferente, do emitente ou do garante, viabilidade da oferta ou

    qualidade dos valores mobilirios.

    Nos termos do n. 2 do artigo 234. do Cd.VM, a deciso de admisso de valores mobilirios

    negociao no Euronext Lisbon pela Euronext Lisbon Sociedade Gestora de Mercados

    Regulamentados, S.A., no envolve qualquer garantia quanto ao contedo da informao, situao

    econmica e financeira do emitente, viabilidade deste e qualidade dos valores mobilirios

    admitidos.

    O Banco Esprito Santo de Investimento, S.A. o Coordenador Global da Oferta e responsvel pela

    prestao dos servios de assistncia ao Oferente e ao Emitente na preparao, lanamento e execuo

    da Oferta e de assessoria ao processo de admisso negociao das Aes, nos termos e para efeitos

    da alnea a) do n. 1 do artigo 113. do Cd.VM. O Banco Esprito Santo de Investimento, S.A.

    responsvel, nos termos e para os efeitos do disposto nos artigos 149. e 243. do Cd.VM, pela

    prestao dos servios de assistncia previstos no artigo 337. do Cd.VM, devendo assegurar o

    respeito pelos preceitos legais e regulamentares, em especial quanto qualidade da informao. Noobstante, o Banco Esprito Santo de Investimento, S.A. no realizou uma verificao autnoma de

    todos os factos ou informaes constantes deste Prospeto.

    Nos termos do Cd.VM, os intermedirios financeiros tm deveres legais de prestao de informao

    aos seus clientes relativamente a si prprios, aos servios prestados e aos produtos objeto desses

    servios. No obstante, para alm do Emitente e do Oferente, nenhuma entidade foi autorizada a dar

    informao ou prestar qualquer declarao que no esteja contida no presente Prospeto ou que seja

    contraditria com informao contida neste Prospeto. Caso um terceiro venha a emitir tal informao

    ou declarao, a mesma no dever ser tida como autorizada pelo, ou feita em nome do, Emitente ou

    do Oferente como tal no dever ser considerada fidedigna.

    A existncia deste Prospeto no assegura que a informao nele contida se mantenha inalterada desde a

    data da sua disponibilizao. No obstante, se, entre a data da sua aprovao e a data de admisso

    negociao das Aes, for detetada alguma deficincia no Prospeto ou ocorrer qualquer facto novo ou

    se tome conhecimento de qualquer facto anterior no considerado no Prospeto, que seja relevante para

    a deciso a tomar pelos destinatrios da Oferta, o Emitente e Oferente devero requerer imediatamente

    CMVM a aprovao de adenda ou retificao do Prospeto.

    Os riscos associados atividade do Emitente, sua estrutura acionista, Oferta e s Aes esto

    referidos no Captulo 2 Fatores de risco. Os potenciais investidores devem ponderar

    cuidadosamente os riscos referidos e as demais advertncias constantes deste Prospeto antes de

    tomarem qualquer deciso de investimento no mbito da Oferta. Para quaisquer dvidas que possam

    subsistir a este propsito, os potenciais investidores devero informar-se junto dos seus consultores

    jurdicos e financeiros.

    Os potenciais investidores devem informar-se sobre as implicaes legais e fiscais, existentes no seu

    pas de residncia, que decorrem da aquisio, deteno ou venda das Aes do Emitente e que lhes

    sejam aplicveis.

    O presente Prospeto no constitui uma recomendao do Oferente, do Emitente ou do Coordenador

    Global ou um convite aquisio de valores mobilirios por parte do Emitente ou do Coordenador

    Global nem uma anlise quanto qualidade das Aes.

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    Qualquer deciso de investimento dever basear-se na informao do Prospeto no seu conjunto e ser

    efetuada aps avaliao independente da condio econmica, situao financeira e demais elementos

    relativos ao Emitente. Em acrscimo, nenhuma deciso de investimento dever ser tomada sem prvia

    anlise, pelo potencial investidor e pelos seus eventuais consultores, do Prospeto no seu conjunto,

    mesmo que a informao relevante seja prestada mediante a remisso para outra parte deste Prospetoou para outros documentos incorporados no mesmo.

    A distribuio do presente Prospeto ou a aquisio das Aes pode estar restringida em certas

    jurisdies. Aqueles em cuja posse o presente Prospeto se encontre devero informar-se e observar

    essas restries.

    O Emitente a Esprito Santo Sade SGPS, S.A. sociedade com sede na Rua Carlos Alberto da Mota

    Pinto, 17, 9., Edifcio Amoreiras Square, 1070-313 Lisboa e com o nmero de telefone: (+351) 213

    138 260 e o Oferente Rio Forte Investments, S.A., sociedade com sede em 22/24 Boulevard Royal,

    L-2449 Luxembourg.

    Declaraes Relativas Ao Futuro

    Certas declaraes ou menes que constam do presente Prospeto no so factos pretritos mas

    constituem Declaraes Relativas Ao Futuro. Tais declaraes ou menes constam sobretudo dos

    Captulos 2 Fatores de risco, 13 Descrio dos setores de atividade do Emitente e 17

    Anlise da explorao e da situao financeira do Emitente, entre outros.

    A Sociedade pode ocasionalmente efetuar, oralmente ou por escrito, Declaraes Relativas ao Futuro

    em relatrios aos acionistas, aos titulares de valores mobilirios representativos de dvida e em outras

    comunicaes. Exemplos destas declaraes incluem, entre outros:

    declaraes relativas a resultados futuros possveis ou esperados relativos atividade, posiofinanceira, ao resultado de operaes, liquidez, aos planos, aos objetivos e s estratgias;

    declaraes relativas s expectativas da ESS sobre a procura dos seus servios, a evoluo domercado da sade em Portugal ou as alteraes ao nvel das polticas governamentais; e

    os pressupostos subjacentes a essas Declaraes Relativas ao Futuro.As Declaraes Relativas ao Futuro que possam ser ocasionalmente efetuadas (mas que no esto

    includas no presente Prospeto) podem ainda incluir projees e expectativas de rendimentos, ganhos

    (ou perdas), ganhos (ou perdas) por ao, dividendos, estrutura de capital ou outros indicadores ou

    rcios financeiros.

    Palavras como acredita, antecipa, espera, estima, tenciona, planeia, continuar,pretende, prev, prognostica, provvel, ir, perspetiva, projeta, tem inteno de,

    pode, poder, poderia e dever ou expresses semelhantes so utilizadas, entre outras, de

    modo a identificar, no presente Prospeto, as Declaraes Relativas ao Futuro, no sendo, porm, os

    nicos meios de identificao de tais declaraes.

    Pela sua natureza, as Declaraes Relativas ao Futuro envolvem por inerncia certos riscos e

    incertezas, tanto gerais como especficos, e existe o risco de que as previses, projees e outras

    Declaraes Relativas ao Futuro no se concretizem. Os potenciais investidores devem ter em conta

    que uma multiplicidade de fatores relevantes pode fazer com que os resultados, os nveis de atividade,

    o desempenho futuro ou os objetivos difiram significativamente dos planos, metas, expectativas,

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    estimativas e intenes que resultam expressa ou implicitamente nessas Declaraes Relativas ao

    Futuro. Entre estes fatores incluem-se, entre outros, os seguintes:

    aumento ou reduo da procura de novos produtos e servios prestados pela ESS; aumento dos custos de explorao, em especial os gastos com o pessoal e com o inventrio

    consumido;

    a capacidade da ESS de executar com sucesso qualquer uma das suas estratgias financeiras oude negcio;

    a capacidade da ESS de recrutar e manter profissionais da sade de alto nvel; a capacidade da ESS de manter relaes favorveis com as Entidades Pagadoras, recebendo os

    pagamentos atempadamente;

    os efeitos e as alteraes das polticas governamentais e da regulamentao aplicveis ao setorno qual a ESS atua;

    os efeitos decorrentes de alteraes legislativas, regulamentares, fiscais ou das normas eprticas contabilsticas;

    os efeitos da crise econmica e financeira em Portugal e no resto do mundo; inflao, flutuaes e volatilidade das taxas de cmbio e das taxas de juro em Portugal; custos de litigncia; endividamento e obrigaes da ESS ao abrigo de contratos de financiamento; alteraes tecnolgicas os efeitos decorrentes do ambiente concorrencial do setor no qual a ESS atua; sucesso na gesto dos riscos decorrentes dos supra identificados fatores e identificao dos

    riscos adicionais do negcio da ESS, e

    outros fatores variados, incluindo os discutidos no Captulo 2 Fatores de risco do presenteProspeto.

    Esta lista no pretende ser exaustiva. Todas as Declaraes Relativas ao Futuro tm por base

    convices, presunes e expectativas da ESS relativamente ao desempenho futuro, tendo em conta a

    informao atualmente disponvel. Os investidores potenciais no devem encarar as Declaraes

    Relativas ao Futuro como previses de eventos futuros e devem considerar cuidadosamente os fatoressupra referidos, bem como outras incertezas e acontecimentos, especialmente, luz do enquadramento

    poltico, econmico, social e legal no qual a ESS desenvolve a sua atividade. Em especial, os

    investidores potenciais devem ter em considerao os inmeros riscos descritos no Captulo 2

    Fatores de risco deste Prospeto.

    No caso de qualquer um destes riscos se efetivar, ou as previses ou projees iniciais se revelarem

    incorretas, os acontecimentos descritos no presente Prospeto podero no ocorrer ou os resultados

    verificados variar significativamente em comparao com os descritos neste Prospeto como possveis,

    previsveis ou expectveis.

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    As Declaraes Relativas ao Futuro reportam-se apenas data do presente Prospeto. Apesar de o

    Emitente acreditar que as expectativas refletidas nas Declaraes Relativas ao Futuro so razoveis,

    no pode garantir que os acontecimentos e as circunstncias nelas refletidas se materializaro ou iro

    ocorrer. Assim, exceto quando a lei ou regulamentos o exijam, o Emitente e o Oferente no assumem

    qualquer obrigao ou responsabilidade de atualizar ou rever as Declaraes Relativas ao Futuro apsa data do presente Prospeto de forma a refletir resultados supervenientes ou a alteraes de

    expectativas, quer resultem de novas informaes, de eventos futuros ou de outra causa. O Emitente e

    o Oferente no declaram, garantem ou preveem que os resultados antecipados pelas Declaraes

    Relativas ao Futuro sejam alcanados, representando essas Declaraes Relativas ao Futuro apenas,

    em cada caso, um de vrios cenrios possveis, no devendo ser entendidas como o cenrio mais

    provvel ou comum.

    Se, entre a data de aprovao do Prospeto e at admisso negociao das Aes, for detetada

    alguma deficincia no Prospeto ou ocorrer qualquer facto novo ou se tome conhecimento de qualquer

    facto anterior no considerado no Prospeto, que sejam relevantes para a deciso a tomar pelos

    destinatrios da Oferta, situao em que o Emitente e o Oferente devero imediatamente requerer CMVM aprovao de adenda ou retificao do Prospeto.

    Previses ou Estimativas de Lucros

    Este prospeto no contm qualquer previso ou estimativa de lucros futuros.

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    DEFINIES

    Exceto se expressamente indicado de outro modo, os termos a seguir mencionados tm, no presente

    Prospeto, os significados aqui referidos:

    Acionistas Vendedores significa as sociedades Rio Forte Investments, S.A., Esprito

    Santo Financial Group, S.A. e Companhia de Seguros

    Tranquilidade, S.A., que alienaro Aes no mbito da Venda

    Institucional;

    Aes significa as aes escriturais, nominativas, com o valor nominal

    de 1 Euro cada uma, representativas da totalidade do capital

    social da ESS, a cada momento;

    ACSS significa a Administrao Central do Sistema de Sade,

    encarregada da gesto dos recursos financeiros e humanos do

    Ministrio da Sade e do SNS, bem como das instalaes eequipamentos do SNS;

    Administradores significa os membros do Conselho de Administrao da

    Sociedade;

    ADSE significa a Assistncia a Doena dos Servidores do Estado,

    subsistema aplicvel a funcionrios pblicos;

    APS significa a Associao Portuguesa de Seguradores;

    ARS significa a Administrao Regional de Sade;

    Aumento de Capital significa o aumento do capital social da Sociedade, do atual

    montante de 88.500.000,00 para at 95.542.254,00, mediante

    subscrio por investidores, incluindo por via de uma oferta

    pblica de subscrio de Novas Aes, no mbito da Oferta, por

    novas entradas em dinheiro;

    BCE significa o Banco Central Europeu;

    CE significa a Comisso Europeia;

    Central de Valores Mobilirios ou

    CVM

    significa o sistema centralizado de valores mobilirios

    escriturais gerido pela Interbolsa e composto por conjuntos

    interligados de contas, atravs das quais se processa a

    constituio e a transferncia dos valores mobilirios nele

    integrados e se assegura o controlo da quantidade dos valoresmobilirios em circulao e dos direitos sobre eles constitudos;

    CMVM significa a Comisso do Mercado de Valores Mobilirios;

    Cdigo do IRC significa o Cdigo do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas

    Coletivas, aprovado pelo Decreto-Lei n. 442-B/88, de 30 de

    novembro, conforme alterado;

    Cdigo do IRS significa o Cdigo do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas

    Singulares, tal como aprovado pelo Decreto-Lei n. 442-A/88,

    de 30 de novembro, conforme alterado;

    Cd.VM significa o Cdigo dos Valores Mobilirios, aprovado pelo

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    Decreto-Lei n. 486/99, de 13 de novembro, conforme alterado;

    Colaboradores da ESS Significa, para alm dos membros dos rgos sociais das

    Entidades Contratantes data de 23 de janeiro de 2014, os

    colaboradores das Entidades Contratantes elegveis para efeitos

    do segmento da Oferta a eles destinado, conforme descrito naseco 6.2.2(c) Colaboradores da ESS, do Captulo 6

    Descrio da Oferta do presente Prospeto;

    Contrato de Colocao

    Institucional

    significa o underwriting agreement a celebrar, aps o

    encerramento da Oferta, entre o Emitente, os Acionistas

    Vendedores, os Coordenadores Globais da Oferta Institucional e

    os demais bancos integrantes da Oferta Institucional;

    Contrato de PPP significa o contrato de parceria pblico-privada celebrado a 31

    de dezembro de 2009, entre o Estado portugus, a SGHL e a HL

    SGE, atravs do qual gerido o HBA;

    Conselho de Administrao significa o rgo de administrao da Sociedade;

    Conveno significa a conveno para evitar a dupla tributao;

    Coordenador Global da Oferta significa a sociedade Banco Esprito Santo de Investimento,

    S.A.;

    Coordenadores Globais da Oferta

    Institucional

    Significa o Coordenador Global da Oferta e o Credit Suisse

    Securities (Europe) Limited;

    CSC significa o Cdigo das Sociedades Comerciais, aprovado pelo

    Decreto-Lei n. 262/86, de 2 de setembro, conforme alterado

    CVM ou Central de Valores

    Mobilirios

    significa o sistema centralizado de valores mobilirios

    escriturais gerido pela Interbolsa e composto por conjuntosinterligados de contas, atravs das quais se processa a

    constituio e a transferncia dos valores mobilirios nele

    integrados e se assegura o controlo da quantidade dos valores

    mobilirios em circulao e dos direitos sobre eles constitudos;

    Demonstraes Financeiras

    Consolidadas e Auditadas

    significa as demonstraes financeiras consolidadas auditadas

    do Emitente relativas aos exerccios findos em 31 de dezembro

    de 2010, 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2012;

    Demonstraes Financeiras

    Intercalares Consolidadas

    Auditadas

    significa as demonstraes financeiras consolidadas auditadas

    do Emitente reportadas a 30 de setembro de 2013 (incluindo os

    comparativos da demonstrao consolidada dos resultados, dademonstrao consolidada do rendimento integral, da

    demonstrao consolidada dos fluxos de caixa e de notas

    explicativas referentes com ao perodo de nove meses findo em

    30 de setembro de 2012), nos termos descritos no Captulo 16

    Dados Financeiros Selecionados do presente Prospeto;

    Diretiva dos Prospetos significa a Diretiva n. 2003/71/CE, do Parlamento Europeu e do

    Conselho de 4 de novembro de 2003, conforme alterada pela

    Diretiva n. 2010/73/EU, do Parlamento Europeu e do Conselho

    de 24 de Novembro de 2010;

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    EAPS significa as empresas administradoras externas, utilizadas por

    empresas seguradoras para gerir as redes de prestao de

    servios de sade, assim como para controlar os custos atravs

    da centralizao das funes de back office, processamento de

    pedidos e negociao de comisses, preos e planos depagamentos com as unidades de sade;

    EBIT significa o resultado antes de juros e impostos;

    EBITDA significa o resultado antes de depreciaes / amortizaes,

    resultados financeiros e impostos;

    EBITDA Ajustado significa o EBITDA ajustado em 2012, por imparidades de 5

    milhes relativas a ativos fixos tangveis;

    Emitente ou a Sociedade significa a sociedade Esprito Santo Sade SGPS, S.A.;

    Entidade Pblica Contratante significa o Estado Portugus, representado pela Administrao

    Regional de Sade de Lisboa e Vale do Tejo, I.P.;Entidades Contratantes significa as seguintes entidades:

    o Emitente; Hospor Hospitais Portugueses, S.A.; Hospital da Luz, S.A.; Esprito Santo Unidades de Sade e de Apoio Terceira

    Idade, S.A.;

    Instituto de Radiologia Dr. Idlio de Oliveira Centro deRadiologia Mdica, S.A.;

    Hospital da Luz Centro Clnico da Amadora, S.A.; Clnica Parque dos Poetas, S.A.; Surgicare Unidades de Sade, S.A.; HME Gesto Hospitalar, S.A.; Hospital da Arrbida Gaia, S.A.; CRB Clube Residencial da Boavista, S.A.; Cliria Hospital Privado de Aveiro, S.A.; SGHL Sociedade Gestora do Hospital de Loures, S.A.; Casas da Cidade Residncias Snior, S.A.; Esprito Santo Sade Residncia com Servios Snior,

    S.A.;

    RML Residncia Medicalizada de Loures, SGPS, S.A.; Hospital Residencial do Mar, S.A.; Vila Lusitano Unidades de Sade, S.A.; e Esprito Santo Sade Servios, A.C.E..

    Entidades Pagadoras significa as empresas de seguros de sade privadas (incluindo as

    EAPS), os subsistemas de sade pblicos ou privados e o

    Ministrio da Sade portugus;

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    ERS significa a Entidade Reguladora da Sade;

    ESFG significa a sociedade Esprito Santo Financial Group, S.A.;

    ESHCI significa a Esprito Santo Health Care Investments, S.A.;

    ESI significa a sociedade Esprito Santo International, S.A.,constituda de acordo com as leis do Gro-Ducado do

    Luxemburgo;

    ESS ou Grupo significa o Emitente e as sociedades que com ele se encontram

    em relao de domnio ou de grupo, nos termos do artigo 21. do

    Cd.VM;

    Estado significa o Estado portugus;

    Estatutos significa os estatutos atualizados do Emitente;

    Euro ou significa o euro, a moeda nica europeia;

    Euronext significa a Euronext Lisbon Sociedade Gestora de MercadosRegulamentados, S.A.;

    Euronext Lisbon significa o mercado regulamentado Euronext Lisbon gerido pela

    Euronext;

    Eurostat significa a entidade da UE de informao estatstica, localizada

    no Gro-Ducado do Luxemburgo, que tem por funo apurar os

    dados estatsticos ao nvel europeu, comparando esses resultados

    ao nvel dos pases e das regies;

    FMI significa o Fundo Monetrio Internacional;

    GDH significa os Grupos de Diagnsticos Homogneos;

    Grupo ou ESS significa o Emitente e as sociedades que com ele se encontram

    em relao de domnio ou de grupo, nos termos do artigo 21. do

    Cd.VM;

    HBA significa o Hospital Beatriz ngelo, sito em Loures, que a ESS

    gere atravs da SGHL ao abrigo do Contrato de PPP;

    HL SGE significa a sociedade HL Sociedade Gestora do Edificio,

    S.A., na qual a Sociedade detm uma participao de 10%, e

    que tambm parte no Contrato de PPP, sendo responsvel pela

    gesto do edifcio do HBA e respetivas instalaes

    (compreendendo as atividades de conceo, projeto, construo

    agora completa , financiamento, conservao e manuteno

    do referido edifcio), cujos acionistas so a MOTA-ENGIL,

    Engenharia & Construo, SGPS, S.A., a MOTA-ENGIL,

    Ambiente e Servios, SGPS, S.A., a OPWAY Engenharia,

    S.A., a DALKIA Energia & Servios, S.A., o Banco Esprito

    Santo, S.A. e a Esprito Santo Sade SGPS, S.A.;

    IFRS significa as Normas Internacionais de Relato Financeiro

    (International Financial Reporting Standards), adotadas pela

    UE, nos termos do Regulamento (CE) n. 1606/2002, de 19 de

    julho, e aplicveis nos termos do Decreto-Lei n. 35/2005, de 17

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    de fevereiro, conforme alterado;

    IGAS significa a Inspeco-Geral das Atividades em Sade;

    INE significa o Instituto Nacional de Estatstica;

    Interbolsa significa Interbolsa Sociedade Gestora de Sistemas deLiquidao e de Sistemas Centralizados de Valores Mobilirios,

    S.A., com morada na Avenida da Boavista, 3433 4100-138

    Porto;

    Investidor Qualificado significa as entidades qualificadas como investidores

    qualificados nos termos do artigo 30. do Cd.VM;

    ISIN significa Nmero Internacional de Identificao de Ttulos

    (International Securities Identification Number);

    KPI significa indicador chave de desempenho;

    Legislao das PPP do Setor da

    Sade

    significa, conjuntamente, o Decreto-Lei n. 185/2002, de 20 de

    agosto conforme alterado (sendo as alteraes mais recentesintroduzidas pelo Decreto-Lei n. 111/2012, de 23 de maio) , o

    Decreto-Lei n. 18/2008, de 29 de janeiro, o Decreto-Lei n.

    176/2009, de 4 de agosto e a Lei das PPP;

    Lei das PPP significa o Decreto-Lei n. 111/2012, de 23 de maio, que

    estabelece as normas legais gerais relativas interveno do

    Estado na conceo, concurso, adjudicao, fiscalizao e

    alterao de PPP;

    Lei de Bases da Sade significa a Lei n. 48/90, de 24 de Agosto, conforme alterada

    pela Lei n. 27/2002, de 8 de Novembro;

    Lei dos Servios de Sade

    Privados

    significa o Decreto-Lei n. 279/2009, de 6 de outubro, conforme

    alterado pelo Decreto-Lei n. 164/2013, de 6 de dezembro.

    Lote Suplementar significa o lote suplementar de at 6.106.396 Aes, que poder

    acrescer s Aes a alienar na Venda Institucional;

    Margem EBITDA significa o EBITDA dividido pela soma dos rditos das vendas e

    servios prestados e de outros rendimento e ganhos

    operacionais;

    Novas Aes significa as Aes a emitir pela Sociedade no mbito do

    Aumento de Capital;

    Oferente significa a sociedade Rio Forte Investments, S.A., que alienarAes no mbito da oferta pblica de venda que constituiu parte

    integrante da Oferta;

    Oferta significa a oferta pblica de subscrio de at 7.042.254 aes

    escriturais, nominativas, com o valor nominal de 1 Euro, cada

    uma, e de venda de at 2.320.886 aes escriturais, nominativas,

    com o valor nominal de 1 Euro, cada uma, representativas de,

    respetivamente, at 7,37% e 2,43% do capital social do

    Emitente, aps aumento, assumindo a subscrio integral do

    Aumento de Capital;

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    Oferta Institucional significa a Venda Institucional e a operao de distribuio de

    Novas Aes, a realizar junto de Investidores Qualificados, no

    mercado nacional ou internacional, conforme descrito na seco

    6.2.3 do Captulo 6 Descrio da Oferta do presente

    Prospeto;

    PAEF significa o Programa de Assistncia Econmica e Financeira

    acordado em 2011 com a Unio Europeia e o Fundo Monetrio

    Internacional, que garante assistncia financeira significativa a

    Portugal, de at 78 mil milhes disponibilizados para o

    perodo entre 2011 e 2014, sob condio de cumprimento por

    Portugal de um conjunto de medidas de natureza oramental e

    estrutural, cuja implementao est a ser monitorizada

    trimestralmente pela Troika;

    Perodo deLock-Up" significa o Perodo de Lock-up dos Acionistas e o Perodo de

    Lock-up da Sociedade, conforme descritos na seco 6.3 doCaptulo 6 Descrio da Oferta;

    PIB significa o produto interno bruto portugus;

    Pordata significa Base de Dados de Portugal Contemporneo, um

    servio pblico de informao estatstica organizado pela

    Fundao Francisco Manuel dos Santos, baseado em dados do

    INE;

    PPP significa uma parceria pblico-privada acordada entre um

    parceiro pblico e um parceiro privado, nos termos da qual o

    parceiro pblico est encarregado de monitorizar e fiscalizar a

    PPP, enquanto o parceiro privado responsvel pelofinanciamento e gesto do projeto. Em qualquer caso, a

    adjudicao de um contrato de PPP deve envolver uma

    transferncia significativa do risco do projeto para o parceiro

    privado;

    Preo da Oferta significa o preo de aquisio de Aes na Oferta, a ser fixado

    pelo Emitente e pelo Oferente, aps o encerramento da Oferta,

    entre o mnimo de 3,20 e o mximo de 3,90;

    Regulamento 809/2004 significa o Regulamento (CE) n. 809/2004 da Comisso, de 29

    de abril, objeto da retificao publicada no Jornal Oficial n. L

    215, de 16 de junho de 2004, tal como alterado peloRegulamento (CE) n. 1787/2006 da Comisso, de 4 de

    Dezembro, publicado no Jornal Oficial n. L 337, de 5 de

    Dezembro de 2006, pelo Regulamento (CE) n. 211/2007 da

    Comisso, de 27 de Fevereiro, publicado no Jornal Oficial n. L

    61, de 28 de Fevereiro de 2007, pelo Regulamento (CE) n.

    1289/2008 da Comisso, de 12 de Dezembro, publicado no

    Jornal Oficial n. L 340, de 19 de Dezembro de 2008, pelo

    Regulamento Delegado (UE) n. 311/2012 da Comisso, de 21

    de dezembro de 2011, publicado pelo Jornal Oficial n. L 103 de

    13 de abril de 2012, pelo Regulamento Delegado (UE) n.

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    486/2012 da Comisso, de 30 de maro, publicado pelo Jornal

    Oficial n. L 150 de 9 de junho de 2012, pelo Regulamento

    Delegado (UE) n. 862/2012 da Comisso, de 4 de junho,

    publicado pelo Jornal Oficial n. L 256 de 22 de setembro de

    2012 e pelo Regulamento Delegado (UE) n. 759/2013 daComisso, de 30 de abril, publicado pelo Jornal Oficial n. L 213

    de 8 de agosto de 2013;

    Rendimento Operacional significa o rendimento derivado das atividades operacionais da

    ESS, conforme aplicvel e que corresponde ao somatrio dos

    rditos de venda e servios prestados e dos outros rendimentos e

    ganhos operacionais;

    Sesso Especial de Mercado

    Regulamentado

    significa a sesso especial realizada pela Euronext destinada ao

    apuramento dos resultados da Oferta;

    SGHL significa a sociedade SGHL Sociedade Gestora do Hospital

    de Loures, S.A, cujos acionistas so a Esprito Santo Sade SGPS, S.A., o Hospital da Arrbida Gaia, S.A., Cliria

    Hospital Privado de Aveiro, S.A., Banco Esprito Santo, S.A., e

    OPWAY Engenharia S.A.;

    SNS significa o Servio Nacional de Sade portugus;

    Sociedade ou o Emitente significa a sociedade Esprito Santo Sade SGPS, S.A.;

    TCCA significa taxa composta de crescimento anual;

    TI significa tecnologias da informao;

    TIR Acionista Real significa a taxa interna de rendibilidade para os acionistas, em

    termos anuais, para todo o prazo do Contrato de PPP, definidocomo a TIR do cash-flow acionista a preos constantes, referidos

    a 1 de janeiro de 2009, durante todo o perodo do Contrato de

    PPP, calculada, respetivamente, nos termos constantes do

    modelo financeiro da HL SGE e nos termos do modelo

    financeiro da SGHL;

    Troika significa, conjuntamente, o FMI, a CE e o BCE;

    UE significa a Unio Europeia;

    UTAP significa a Unidade Tcnica de Acompanhamento de Projetos,

    no mbito das PPP;

    Venda Institucional significa a operao de venda institucional de at 31.346.168

    aes escriturais, nominativas, com o valor nominal de 1 Euro,

    representativas de 32,81% do capital social do Emitente, aps o

    Aumento de Capital e assumindo a sua subscrio integral, que

    poder ser acrescida do Lote Suplementar.

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    1. SUMRIOO Sumrio elaborado com base em requisitos de divulgao denominados Elementos. Tais

    Elementos so numerados em seces de A a E (A1 a E7).

    O presente Sumrio contm todos os Elementos que devem ser includos num sumrio para o tipo de

    valores mobilirios e emitente em causa. A numerao dos Elementos poder no ser sequencial uma

    vez que h Elementos cuja incluso no , neste caso, exigvel.

    Ainda que determinado Elemento deva ser inserido no Sumrio tendo em conta o tipo de valores

    mobilirios e emitente poder no existir informao relevante a incluir sobre tal Elemento. Neste

    caso, ser includa uma breve descrio do Elemento com a meno No Aplicvel.

    Seco A Introduo e advertncias

    A.1 Advertncias O presente Sumrio deve ser entendido como uma introduo ao presente

    Prospeto, no dispensando a leitura integral do mesmo, considerando que ainformao nele includa se encontra resumida e no pretende ser exaustiva.

    Adicionalmente, este Prospeto dever ser lido e interpretado em conjugao

    com todos os elementos de informao que nele so incorporados por

    remisso para outros documentos, fazendo estes documentos parte integrante

    do Prospeto.

    Qualquer deciso de investimento nos valores mobilirios deve basear-se

    numa anlise do Prospeto no seu conjunto pelo investidor.

    Sempre que for apresentada em tribunal uma queixa relativa informao

    contida num prospeto, o investidor queixoso poder, nos termos da

    legislao interna dos Estados-Membros, ter de suportar os custos de

    traduo do prospeto antes do incio do processo judicial.

    S pode ser assacada responsabilidade civil s pessoas que tenham

    apresentado o Sumrio, incluindo qualquer traduo do mesmo, e apenas

    quando o Sumrio em causa for enganador, inexato ou incoerente quando

    lido em conjunto com as outras partes do Prospeto ou no fornecer, quando

    lido em conjunto com as outras partes do Prospeto, as informaes

    fundamentais para ajudar os investidores a decidirem se devem investir

    nesses valores.

    A.2. Autorizaes para

    Revenda

    No se autoriza a utilizao do presente Prospeto para uma subsequente

    revenda de Aes.

    Seco B Emitente

    B.1 Denominao

    jurdica e

    comercial do

    Emitente

    Esprito Santo Sade SGPS, S.A.

    B.2 Endereo e formajurdica do

    Emitente

    O Emitente uma sociedade annima e tem sede social na Rua Carlos

    Alberto da Mota Pinto, 17, 9., Edifcio Amoreiras Square, 1070-313 Lisboa,

    com o nmero de matrcula na Conservatria de Registo Comercial de

    Lisboa e de identificao de pessoa coletiva 504 885 367.

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    Legislao ao

    abrigo da qual o

    Emitente exerce a

    sua atividade epas em que est

    registado

    O Emitente rege-se pelas normas da UE, pela lei comercial aplicvel s

    sociedades annimas (nomeadamente pelo CSC) e pelo Decreto-Lei n.

    495/88, de 30 de dezembro, conforme alterado pela Lei n. 109-B/2001, de

    27 de dezembro, que estabelece o regime jurdico das sociedades gestoras departicipaes sociais, e reger-se- pelo Cd.VM. O Emitente, enquanto

    sociedade gestora das participaes sociais, prossegue, atravs das suas

    subsidirias, atividades no setor da sade, estando as referidas subsidirias

    sujeitas legislao aplicvel a este setor de atividade, em particular, a Lei

    de Bases da Sade, a Lei dos Servios de Sade Privados e a Legislao das

    PPP do Setor da Sade.

    B.3 Natureza das

    operaes em

    curso e principais

    atividades doEmitente

    O Emitente, enquanto sociedade gestora de participaes sociais das suas

    subsidirias, lidera um dos maiores grupos de prestao integrada de

    cuidados de sade, em termos de rendimentos, no mercado da prestao de

    cuidados de sade em Portugal, o qual se encontra em expanso. De acordocom as estimativas do Emitente, o Grupo lidera o ranking dos prestadores

    privados de cuidados de sade no que respeita cobertura do mercado em

    termos de poder de compra (64% em dezembro de 2012) e da populao

    (59% em dezembro de 2012), de acordo com as estimativas do Emitente com

    base nas estatsticas do Instituto Nacional de Estatstica (INE).

    O Grupo presta os seus servios atravs de 18 unidades de cuidados de sade

    (onde se incluem oito hospitais privados, um hospital do SNS explorado pela

    ESS em regime de PPP, sete clnicas privadas a operar em regime de

    ambulatrio e duas residncias snior) e est presente nas regies norte,

    centro e centro-sul de Portugal, sendo detentor, em certas regies, do nico

    hospital privado em explorao. O Grupo tem uma presena significativa emduas regies do pas com maior poder de compra (de acordo com os dados

    estatsticos do INE): Lisboa, onde opera o Hospital da Luz, o maior hospital

    privado em Portugal, e no Grande Porto, onde opera o Hospital da Arrbida.

    A ESS desenvolve um modelo de negcio, diversificado, organizado em trs

    segmentos operacionais principais: (i) o segmento de cuidados de sade

    privados(que no perodo de nove meses findo em 30 de setembro de 2013

    representou 76,6% dos Rendimentos Operacionais, excluindo rendimentos

    inter-segmento) onde se incluem as principais unidades hospitalares de

    prestao de cuidados agudos e a rede de clnicas em regime de ambulatrio

    do Grupo; (ii) segmento de cuidados de sade pblico (que no perodo denove meses findo em 30 de setembro de 2013 representou 22,5% dos

    Rendimentos Operacionais, excluindo rendimentos inter-segmento), que

    corresponde gesto do HBA, ao abrigo do Contrato de PPP e (iii) Outras

    Atividades(que no perodo de nove meses findo em 30 de setembro de 2013

    representou 0,9% dos Rendimentos Operacionais, excluindo rendimentos

    inter-segmento), onde se incluem as duas residncias snior concebidas para

    oferecer uma soluo residencial integrada para cidados snior

    independentes ou que necessitem de assistncia no desempenho das suas

    atividades quotidianas.

    A estrutura do Grupo permite-lhe operar as suas unidades de sade de forma

  • 7/22/2019 Prospeto ES Saude 27012014

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    20

    complementar e integrada, atravs da referenciao de pacientes entre as

    vrias unidades, partilha de know-how(clnico e relacionado com a gesto de

    processos) e da facilidade de acesso s instalaes de algumas das melhores

    unidades de prestao de cuidados hospitalares agudos do pas.

    Alm de prestar os principais servios mdicos, cirrgicos e de emergncia,o Grupo diferencia-se no mercado portugus da prestao de servios de

    sade pela oferta de servios especializados e complexos, sustentada pela

    utilizao de equipamento tecnologicamente avanado em vrias das suas

    unidades que so, nalguns casos, os nicos equipamentos do seu tipo em

    Portugal.

    As vantagens competitivas do Grupo permitem-lhe beneficiar das tendncias

    que, ao nvel local e regional, impulsionam a procura no mercado portugus

    da prestao de cuidados de sade e expandir-se, aproveitando as novas

    oportunidades, ao nvel nacional e internacional. As vantagens competitivas

    do Grupo so, entre outras:

    uma posio de liderana em Portugal; uma rede geogrfica abrangente de unidades de prestao de

    cuidados de sade diversificadas;

    investimento em patrimnio hospitalar moderno; relaes de longo prazo com todas as principais Entidades

    Pagadoras que operam no setor da sade em Portugal;

    um modelo assente nos melhores servios e infraestruturas do setor; pessoal mdico qualificado e motivado; integrao no programa de PPP do setor da sade; e uma equipa de gesto experiente com um historial de gesto do

    crescimento com base na excelncia clnica.

    A viso estratgica do Grupo consiste em posicionar-se como o prestador

    privado de cuidados de sade lder em Portugal por referncia qualidade

    dos servios mdicos prestados e inovao. A sua misso diagnosticar e

    tratar eficaz e eficientemente os seus pacientes, com total respeito pela sua

    individualidade, e construir uma organizao capaz de atrair, desenvolver e

    reter pessoas de nvel excecional. Com base nesta viso e misso, o Grupo

    adotou as seguintes estratgias fundamentais:

    melhoria contnua do seu negcio principal e o compromisso com aprestao dos servios de cuidados de sade de referncia;

    potenciao das sinergias existentes entre os segmentos de negcioe unidades de sade do Grupo;

    aumento da cobertura e penetrao do Grupo em Portugal; e expanso internacional dos seus servios.

    A 30 de setembro de 2013 os estabelecimentos do Grupo tinham, no seu

    conjunto, 1.179 camas e 8.907 colaboradores, de entre os quais 3.594

    mdicos (mdicos especialistas e mdicos de clnica geral), 1.672

    enfermeiros, 507 tcnicos, 892 outros profissionais da rea da sade e 2.242

    colaboradores no relacionados com a rea da sade.

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    B.4 Tendncias

    recentes mais

    significativas que

    afetam o

    Emitente e o setorem que opera

    Todas as operaes do Grupo esto atualmente localizadas em Portugal

    sendo afetadas pelas condies polticas, econmicas e financeiras do pas.

    Os dfices oramentais em Portugal, a persistncia da instabilidade nos

    mercados financeiros internacionais, a dificuldade em obter financiamento

    externo em condies aceitveis, a poltica de reduo da despesa no setorpblico bem como no privado, a implementao de reformas estruturais no

    mercado laboral e a presso resultante de uma maior carga fiscal sobre os

    rendimentos das famlias e das empresas, contribuem para um ambiente

    econmico mais exigente. O PIB dever contrair 1,5% em 2013, estando

    previsto um crescimento de apenas 0,8% em 2014, segundo as previses do

    Banco de Portugal.

    Os resultados operacionais da ESS, durante os perodos em anlise, tm

    mantido uma resilincia elevada e, contrariamente s tendncias

    macroeconmicas, os rendimentos de vendas e servios prestados tm

    crescido. No obstante, apesar de ser difcil prever com certeza os efeitos da

    persistente contrao econmica no Grupo, a sua atividade poder ser

    negativamente afetada, em resultado das difceis condies

    macroeconmicas ou outras em Portugal, podendo os nveis elevados de

    desemprego, a contrao dos rendimentos, a dificuldade no acesso ao

    crdito, entre outros fatores, contribuir para que uma percentagem

    significativa das Entidades Pagadoras da ESS reduza os preos pagos pelos

    servios da ESS, para a cessao de atividade por estas entidades ou

    principais fornecedores da ESS, ou para uma reduo significativa, por parte

    dos pacientes, do nmero de procedimentos mdicos ou exames a prestar

    pela ESS, dada a sua incapacidade em proceder aos pagamentos ou

    copagamentos. Para alm disso, no caso de se verificar uma contrao domercado bancrio e de capitais, em resultado das condies

    macroeconmicas adversas, ou outras, em Portugal, que se traduza na

    dificuldade de obteno pela ESS de financiamento a um custo razovel, ou

    mesmo numa incapacidade de a ESS se financiar, a ESS ter de adiar ou

    poder ter de adiar os seus planos de expanso.

    As restries oramentais no Estado e a poltica nacional de sade tm

    afetado e podero vir a afetar o Grupo na medida da sua exposio ao setor

    pblico, atravs da gesto do HBA, e a exposio aos planos de sade dos

    funcionrios do Estado (funcionrios pblicos, militares, foras policiais,

    etc.) que correspondem a uma percentagem significativa dos rendimentos do

    Grupo. Por outro lado, os cortes oramentais e a reduo da despesa nacionalcom o SNS podero afetar positivamente os resultados operacionais do

    Grupo: o eventual encerramento, total ou parcial, de hospitais pelo Estado,

    diminuindo a concorrncia no setor, o aumento da participao no sector

    pblico dos concorrentes do setor privado atravs de contratos de PPP ou de

    outros modelos de gesto, ou a crescente dificuldade ou limitao no acesso

    aos servios do SNS pelos pacientes, poder lev-los a procurar tratamento

    no setor privado.

    Entre 2007 e 2011, o total dos rendimentos dos prestadores de servios de

    sade privados em Portugal (seja de fontes de rendimento privadas ou

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    pblicas) cresceu, em mdia, 5,5% ao ano, enquanto o total dos rendimentos

    dos prestadores de servios de sade pblicos (seja de fontes de rendimento

    privadas ou pblicas) diminuiu, em mdia, 0,7% ao ano (Fonte: INE), em

    ambos os casos, excluindo os rendimentos auferidos com produtos

    farmacuticos vendidos em farmcias. Adicionalmente, o nmero de pessoasem Portugal cobertas por alguma forma de seguro de sade privado

    aumentou 1,4% entre 2010 e 2012, durante este perodo de recesso

    econmica, assim como o valor agregado dos prmios pagos (3,5% por ano

    entre 2010 e 2012, e 2,9% nos primeiros nove meses de 2013) (Fonte: APS).

    A crescente procura por servios de sade privada em Portugal deve-se,

    nomeadamente ao:

    aumento das restries financeiras no sistema pblico de sade; envelhecimento da populao e aumento crescente da percentagem

    de indivduos com mais de 50 anos de idade, os quais representam

    38,0% do total da populao portuguesa em 2013, prevendo-se queem 2017 venham a representar 39,4% (Fonte: Euromonitor);

    aumento dos encargos com doenas, em particular com as doenascrnicas e patologias no transmissveis que resultam do aumento

    da esperana mdia de vida e de um estilo de vida sedentrio;

    aumento da penetrao de seguros de sade entre a populao(aproximadamente 20% da populao a 2012) (Fonte: APS);

    aumento do nmero de procedimentos mdicos standard emPortugal, como a artroplastia total da anca, que se encontra ainda

    substancialmente abaixo da mdia europeia para este tipo de

    procedimento cirrgico; e a avanos tecnolgicos no diagnstico e tratamento.

    A recesso econmica aliada ao elevado nvel de dependncia dos pequenos

    prestadores do financiamento pblico levou a uma reduo do investimento

    no setor e a uma consolidao crescente desde 2007, que se traduziu numa

    diminuio da concorrncia, face ao nmero alargado de pequenos

    prestadores concorrentes do Grupo que saram do mercado devido a

    restries financeiras.

    Atualmente, os resultados operacionais e a situao financeira do Grupo

    podem tambm ser materialmente afetados pelos seguintes fatores:

    o volume de pacientes e de procedimentos mdicos;

    os preos dos servios de sade prestados, que depende de umnmero de variveis que no esto totalmente sob o seu controlo,

    tais como as Entidades Pagadoras em causa, os diferentes tipos de

    servios e de unidades de sade, bem como o peso relativo de

    qualquer tipo de servio no total do valor de servios prestados;

    os custos de inventrios consumidos e vendidos, dos materiais eservios consumidos, e gastos com o pessoal;

    expanso da rede de prestao de cuidados de sade do Grupoverificada nos segmentos pblico e privado, e prevista

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    relativamente a algumas das suas unidades existentes ou novas/a

    adquirir; e

    taxas de juro decorrentes dos encargos financeiros do Grupo.B.5 Descrio do

    grupo e da

    posio do

    Emitente no seio

    do mesmo

    O Emitente a sociedade me do grupo que corresponde ao conjunto

    formado pela Esprito Santo Sade SGPS, S.A. e as sociedades que com

    ela se encontram em relao de domnio ou de grupo, nos termos do artigo

    21. do Cd.VM.

    O diagrama do Grupo no qual o Emitente se insere o que a seguir se

    apresenta:

    B.6 Principais

    acionistas

    A tabela abaixo identifica os acionistas com participao no capital social do

    Emitente, na presente data.

    data deste Prospeto

    N. de Aes %

    Companhia de Seguros

    Tranquilidade, S.A. ........................ 2.655.000 3,00%

    Esprito Santo Financial Group,

    S.A. ................................................ 13.384.053 15,12%

    Rio Forte Investments, S.A............ 23.734.397 26,82%

    Esprito Santo Health CareInvestments, S.A............................. 48.726.550 55,06%

    Free float........................................

    Total ............................................... 88.500.000 100%

    A Esprito Santo Control, S.A. detm atualmente uma posio de controlo

    indireto no Emitente, atravs da participao de 56,5% no capital social da

    ESI, que detm 100% do capital social do Oferente, o qual por sua vez detm

    55,00% do capital social da ESHCI. Tanto quanto do conhecimento do

    Emitente, aps a Oferta, esperado que a Esprito Santo Control, S.A.

    mantenha uma participao de controlo no Emitente, no havendo, data

    deste Prospeto, quaisquer acordos que possam dar origem a uma alterao do

    controlo societrio do Emitente.

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    Adicionalmente, as participaes qualificadas na Espirito Santo Control,

    S.A., que, no seu conjunto representam 88,36% do respetivo capital social,

    tm como ultimate beneficial owners:

    (a) Maria do Carmo Alzina Moniz Galvo Esprito Santo Silva, que detmindiretamente 3.147.463 aes correspondentes a 19,37% do capital

    social da sociedade;

    (b) Jos Manuel Pinheiro Esprito Santo Silva, que detm indiretamente3.011.268 aes correspondentes a 18,53% do capital social da

    sociedade;

    (c) Antnio Luis Roquette Ricciardi, que detm indiretamente 2.898.339aes correspondentes a 17.84% do capital social da sociedade;

    (d) Ricardo Esprito Santo Silva Salgado, que detm indiretamente2.770.183 aes correspondentes a 17,05% do capital social da

    sociedade;

    (e) Mrio Mosqueira do Amaral, que detm indiretamente 2.529.775 aescorrespondentes a 15,57% do capital social da sociedade.

    As pessoas supra mencionadas tm, historicamente, vindo a exercer, de uma

    forma conjunta, a respetiva influncia sobre a Espirito Santo Control, S.A..

    Nos termos dos Estatutos, as Aes do Emitente so ordinrias e conferem

    todas os mesmos direitos.

    B.7 Informao

    financeira

    histrica

    fundamentalselecionada sobre

    o Emitente

    As Demonstraes Financeiras Intercalares Consolidadas Auditadas foram

    objeto de relatrio de auditoria pela Ernst & Young Audit & Associados

    SROC, S.A., relativamente informao financeira consolidada relativa aos

    nove meses findos em 30 de setembro de 2013 e de relatrio de examesimplificado pela KPMG & Associados SROC, S.A., relativamente aos

    comparativos da demonstrao consolidada dos resultados, da demonstrao

    consolidada do rendimento integral, da demonstrao consolidada dos fluxos

    de caixa e de notas explicativas selecionadas referentes ao perodo de nove

    meses findos em 30 de setembro de 2012.

    As Demonstraes Financeiras Consolidadas Auditadas (relativas aos

    exerccios findos em 31 de dezembro de 2010, 2011 e 2012) foram

    elaboradas de acordo com as IFRS, conforme adotadas pela UE, nos termos

    do Regulamento (CE) n. 1606/2002, de 19 de julho, e aplicvel nos termos

    do Decreto-Lei n. 35/2005, de 17 de fevereiro, conforme alterado, e foram

    objeto de certificao legal das contas pela KPMG & Associados SROC,

    S.A..

    As tabelas seguintes apresentam informao financeira consolidada

    selecionada do Grupo.

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    Demonstrao de resultados consolidada

    Exerccio findo em 31 de dezembroNove meses findos

    em 30 de setembro

    2010 2011 2012 2012 2013

    ( milhes)

    Rendimentos e ganhos

    Rditos de vendas e

    servios prestados ............... 248,8 272,6 339,0 247,4

    277,4

    Outros rendimentos e

    ganhos operacionais 1,2 1,1 2,5 2,2 2,1

    Trabalhos para a prpria

    empresa capitalizados ......... 0,2 0,1 0,0 0,0

    Outros rendimentos eganhos financeiros .............. 1,9 3,2 3,3

    2,6 0,5

    Total dos rendimentos e

    ganhos . ... .... ... .... ... .... ... .... .... 252,1 276,9 344,8 252,2

    280,0

    Gastos e Perdas

    Inventrios consumidos evendidos ................... ........... (32,0) (33,7) (44,9) (33,9) (38,7)

    Materiais e servios

    consumidos ......................... (123,4) (133,2) (160,4) (118,3) (124,4)

    Gastos com pessoal .. ... .... .... (54,1) (57,8) (88,2) (64,3) (69,2)

    Gastos de depreciao e

    amortizao ..................... .... (26,5) (26,4) (28,5) (21,3) (21,0)

    Outros gastos e perdas

    operacionais ........................ (0,7) (1,0) (6,8) (6,2) (0,9)

    Aumento/diminuies de

    provises ..................... ........ (0,1) (0,6) (2,4) (2,5) (2,6)

    Aumentos/diminuies de

    ajustamentos de dvidas a

    receber.... .... ... .... ... .... ... .... .... (2,2) (0,9) 0,1 (0,2) (0,5)

    Juros e outros gastos eperdas financeiras ................ (10,3) (14,3) (15,7) (12,2) (8,7)

    Total de gastos e perdas ...... (249,3) (267,9) (346,8) (258,9) (266,0)

    Resultados antes de

    imposto.................... ........... 2,8 9,1 (2,0) (6,7) 14,0

    Imposto sobre o

    rendimento do exerccio ...... (1,4) (4,3) (0,0) 0,6 (4,9)

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    Resultado do perodo........ 1,4 4,8 (2,0) (6,1) 9,1

    Outro resultado integral do

    exerccio ..............................

    Total do rendimento

    integral do exerccio.......... 1,4 4,8 (2,0) (6,1) 9,1

    Rendimento atribuvel aos

    acionistas ............................. 1,5 5,0 (2,1) (6,1) 9,0

    Rendimento atribuvel aos

    interesses minoritrios......... 0,0 (0,2) 0,1 0,0 0,0

    Demonstrao de posio financeira

    Em 31 de dezembro Em 30 de setembro

    2010 2011 2012 2012 2013

    ( milhes)

    Ativo

    Ativos fixos tangveis ............ 292,1 272,5 271,2 273,9 259,6

    Ativos intangveis .................. 94,6 94,6 94,6 94,6 94,6

    Investimentos financeiros em

    associadas e entidades

    controladas conjuntamente .... 0,1 0,9 1,8 1,8 1,5

    Outras contas a receber ........... 47,3 7,4

    Impostos diferidos ativos ........

    Total dos ativos no correntes 434 368,0 367,6 377,6 355,6

    Inventrios .............................. 5,5 5,4 7,9 7,7 7,7

    Clientes ................................... 77,5 64,1 71,3 70,2 67,1

    Outras contas a receber ........... 18,8 68,8 20,7 65,6 32,2

    Impostos sobre o rendimento

    a receber ................................. 0,7 1,0 1,1 1,6 0,0

    Caixa e seus equivalentes ....... 11,0 33,3 24,3 22,4 23,1

    Total ativos correntes ............. 113,4 172,7 125,2 167,6 130,1

    Total do ativo ......................... 547,4 540,6 492,8 545,3 485,8

    Capital prprio

    Capital .................................... 88,5 88,5 88,5 88,5 88,5

    Prmios de emisso ................ 81,6 47,7 47,7 47,7 47,7

    Reservas no distribuveis ...... 0,1 0,1 1,0

    Reservas distribuveis ............ 2,2 2,2 18,6

    Resultados acumulados .......... (45,9) (10,6) (9,0) (8,8) (28,2)

    124,2 125,7 129,6 129,8 127,7

    Resultado lquido atribuvel

    aos acionistas do Emitente ...... 1,5 5,0 (2,1) (6,1) 9,0

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    Total do capital prprio

    atribuvel aos acionistas doEmitente ................................. 125,7 130,6 127,5 123,6 136,7

    Interesses minoritrios ............ 0,8 1,4 1,5 1,4 1,5

    Total do capital prprio .......... 126,5 132,0 128,9 125,1 138,3

    Passivo

    Provises ............................... 3,4 4,0 5,6 5,8 10,5

    Emprstimos e descobertos

    bancrios.................... ............. 239,0 289,9 144,7 162,7 143,4

    Passivos por locao

    financeira ................... ............. 31,7 23,0 36,0 36,5 29,5

    Passivos por impostos

    diferidos .................................. 0,1 2,9 0,2 0,1 0,7

    Total passivos no correntes ... 274,2 319,7 186,5 205,1 184,1

    Fornecedores .......................... 27,0 20,1 29,1 26,9 26,2

    Outras contas a pagar.............. 39,0 42,4 52,5 58,4 55,2

    Emprstimos e descobertos

    bancrios.................... ............. 69,0 15,5 83,9 117,7 69,4

    Imposto corrente sobre orendimento a pagar ................. 0,5 1,0 0,7 1,2 1,4

    Passivos por locao

    financeira ................... ............. 11,3 9,9 11,3 10,8 11,2

    Total passivos correntes ......... 146,7 88,9 177,4 215,0 163,4

    Total do passivo...................... 421,0 408,6 363,8 420,2 347,5Total do capital prprio e

    passivo ................... ................. 547,4 540,6 492,8 545,3 485,8

    Demonstrao de fluxos de caixa

    Exerccio findo em 31 de

    dezembro

    Nove meses findos

    em 30 de setembro

    2010 2011 2012 2012 2013

    ( milhes)

    Fluxos de caixa de atividades

    operacionais ...................... ......... 27,1 58,4 48,3 38,5 36,8

    Fluxos de caixa das atividades

    de investimento .................... ...... (13,1) (9,7) 45,9 (4,7) (7,1)

    Fluxos de caixa das atividades

    de financiamento ...................... .. (16,7) (26,3) (103,3) (44,7) (30,9)

    Variao de caixa e seus

    equivalentes ............................... (2,7) 22,4 (9,1) (10,9) (1,2)

    Caixa e seus equivalentes de 13,7 11,0 33,3 33,3 24,3

  • 7/22/2019 Prospeto ES Saude 27012014

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    28

    caixa, no incio do perodo .........

    Caixa e seus equivalentes de

    caixa, no fim do perodo ............ 11,0 33,3 24,3 22,4 23,1

    Outros Dados Financeiros (1)

    Exerccio findo em 31 de dezembro

    Nove meses findos em 30

    de setembro

    2010 2011 2012 2012 2013

    ( milhes, exceto as percentagens)

    EBITDA(2)................... ......... 37,5 46,5 38,8 24,2 43,1

    Margem EBITDA(3)............. 15,0% 17,0 % 11,4% 9,7% 15,4%

    EBITDA Ajustado................ N/A N/A 43,8(4) 29,2(4) N/A

    Crescimento dosrendimentos numa base

    comparvel(5) 10,4% 8,7 % 5,5% N/A N/A

    Notas:

    (1) A administrao utiliza o EBITDA e o EBITDA Ajustado para aferir o desempenho operacional porque acredita queestas mtricas so ferramentas acessrias importantes para medir o referido desempenho. Tais indicadores so porvezes utilizados por investidores para avaliar a eficincia das operaes da Sociedade e a sua capacidade para utilizar

    os seus rendimentos no reembolso da sua dvida, em despesas de capital e em necessidades de fundo de maneio. Nem o

    EBITDA, Margem de EBITDA ou EBITDA Ajustado so valores calculados em conformidade com as IFRS, ou outros

    princpios contabilsticos geralmente aceites, e a utilizao das expresses EBITDA, Margem EBITDA ou EBITDA

    Ajustado utilizadas pela Sociedade podem variar face a outras medidas com expresses utilizadas em outras indstrias.

    O EBITDA, Margem de EBITDA e EBITDA Ajustado tm limitaes na sua utilizao como ferramentas analticas, eno devem ser consideradas isoladamente, ou como um substituto para a anlise das medidas financeiras definidas ao

    abrigo dos IFRS.

    (2) A Sociedade define EBITDA como o resultado do perodo acrescido do imposto sobre o rendimento do exerccio, jurose outros gastos e perdas financeiras e gastos de depreciao e amortizao, subtrado de outros rendimentos e ganhos

    financeiros e trabalhos para a prpria empresa capitalizados. A tabela infraapresenta a reconciliao entre o resultado

    do perodo e o EBITDA e uma descriminao do EBITDA por segmento:

    Exerccio findo em 31 de dezembroNove meses findos em 30 de

    setembro

    2010 2011 2012 2012 2013

    ( milhes)

    Resultado do perodo........... 1,4 4,8 (2,0) (6,1) 9,1

    Somar:

    Imposto sobre o rendimentodo exerccio . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 1,4 4,3 0,0 (0,6) 4, 9

    Juros e outros gastos e perdasfinanceiras . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 10,3 14,3 15,7 12,2 8,7

    Gastos de depreciao eamortizao ............................ 26,5 26,4 28,5 21,3 21,0

    Subtrair:

    Trabalhos para a prpriaempresa capitalizados .......... ... (0,2) (0,1) (0,0) (0,0) -

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    29

    Outros rendimentos e ganhos

    financeiros .............................. (1,9) (3,2) (3,3) (2,6) (0,5)

    EBITDA ................................ 37,5 46,5 38,9 24,2 43,1

    Dos quais:

    Segmento de Cuidados deSade Privados

    43,8 57,5 51,8 36,7 41,8

    Segmento de Cuidados deSade Pblicos

    (0,4) (3,5) (11,7) (11,5) 1,3

    Outras Atividades (0,1) (0,5) (0,3) (0,3) 0,0

    Centro Corporativo (5,8) (7,0) (1,0) (0,6) 0,1

    (3) EBITDA dividido pelos Rendimentos Operacionais.(4) A Margem EBITDA Ajustado para 2012 e para os nove meses findos em 30 de setembro de 2012 seria de 12,8% e de

    11,9%, respetivamente.

    (5) O crescimento numa base comparvel (like-for-like) corresponde ao crescimento dos rendimentos operacionaisocorridos num determinado ano, excluindo os rendimentos operacionais gerados por unidades adquiridas ou

    inauguradas nesse mesmo ano, bem como os rendimentos gerados por expanses de unidades que tenham ocorrido no

    ano em causa.

    Indicadores de desempenho operacional (KPIs)

    Exerccio findo em 31 de dezembroNove meses findos em 30 de

    setembro

    2010 2011 2012 2012 2013

    Nmero de camas (no final doperodo) .......... ........... ........... ......... 697 701 1,131 1,131 1,179

    Nmero de salas de blocooperatrio (no final do perodo) ..... 31 31 41 41 41

    Consultas mdicas (milhares) ........ 1.016,3 1.130,9 1.362,0 995,4 1.164,0Atendimento em urgncia(milhares) ...................................... 265,6 280,5 416,4 307,3 370,5

    Cirurgias (milhares) ...................... 31,5 34,7 42,3 30,8 33,2

    Partos (milhares) ........................... 2,4 2,9 4,4 3,2 3,6

    Exames de imagiologia (milhares) 575,5 616,6 778,0 570,4 661,7

    Outros exames e tratamentos(1)

    (milhares) ...................................... 1.706,0 1.806,3 2.513,8 1.803,0 2.298,1

    Taxa de ocupao do

    internamento(2) top 4 privado(3)... 47% 52% 53% N/A(6) 59

    %

    Taxa de ocupao do

    internamento HBA .......... ........... N/A N/A 82% N/A(6) 93

    %

    Taxa de ocupao dos gabinetesde consultas(4) ................................ 41% 42% 45% N/A(6) 47%

    Taxa de utilizao de blocos

    operatrios(5) ................................. 55% 61% 63% N/A(6) 61%

    Notas:

    (1) Exclui anlises clnicas laboratoriais de d iagnstico.(2) Nmero total de dirias /(nmero de dias no perodo considerado x nmero de camas).(3) Hospital da Luz, Hospital da Arrbida, Hospital de Santiago e Clipvoa Hospital Privado.(4) (Nmero de consultas mdicas no perodo considerado x durao mdia por consulta) / nmero de consultrios x

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    nmero de horas de funcionamento por dia x seis dias por semana x nmero de semanas no perodo considerado) em

    cada perodono Hospital da Luz, Hospital da Arrbida, Hospital de Santiago e Clipvoa Hospital Privado.

    (5) (Nmero de cirurgias no perodo considerado x durao mdia por cirurgia) / (nmero de salas de bloco operatrio xnmero de horas de funcionamento por dia x seis dias por semana x nmero de semanas no perodo considerado) em

    cada perodo no Hospital da Luz, Hospital da Arrbida, Hospital de Santiago e Clipvoa Hospital Privado.

    (6) Informao no disponvel.B.8 Informaes

    financeiraspro-

    forma

    fundamentais

    selecionadas

    No aplicvel. As informaes financeiras includas neste Prospeto

    constituem informao histrica relativa ao Grupo e no informao

    financeirapro forma.

    B.9 Previso ouestimativa de

    lucros

    No aplicvel. Este prospeto no contm qualquer previso ou estimativa de

    lucros futuros

    B.10 Reservas

    expressas norelatrio de

    auditoria das

    informaes

    financeiras

    histricas

    No aplicvel.

    B.11 Capital de

    explorao do

    Emitente

    O Emitente considera que o capital de explorao do Grupo suficiente para

    fazer face s necessidades atuais deste nos 12 meses seguintes data deste

    Prospeto.

    Seco C Valores Mobilirios

    C.1 Tipo e categoria

    dos valores

    mobilirios a

    oferecer e a

    admitir

    negociao

    A Oferta composta por uma oferta pblica de subscrio de Novas Aes, a

    emitir pela Sociedade no mbito do Aumento de Capital, a qual ter por

    objeto um mximo de 7.042.254 Novas Aes, e por uma oferta pblica de

    venda de Aes j emitidas, na qual sero alienadas pelo Oferente at um

    mximo de 2.320.886 Aes. As Novas Aes e as Aes so aes

    ordinrias, nominativas e escriturais, com o valor nominal de 1 cada uma,

    representativas de, respetivamente, at 7,37% e 2,43% do capital social do

    Emitente, aps o Aumento de Capital e assumindo a subscrio integral do

    referido Aumento de Capital.

    Foi solicitada a admisso negociao no mercado regulamentado da

    Euronext Lisbon da totalidade das Aes representativas do capital social doEmitente, tal como o mesmo resultar aps o Aumento de Capital.

    As Aes j emitidas esto integradas em sistema centralizado organizado

    pela CVM, tendo o cdigo ISIN PTEPT0AM0005.

    As Novas Aes sero integradas no sistema centralizado organizado pela

    CVM, no momento da respetiva emisso. No processo de liquidao fsica

    da Oferta, os registos nas contas de valores mobilirios escriturais de todos

    os adquirentes na Oferta sero efetuados inicialmente com o cdigo ISIN

    PTEPT9AM0006. No dia til aps o registo comercial do Aumento de

    Capital todas as Aes passaro a ter o cdigo ISIN PTEPT0AM0005.

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    31

    C.2 Moeda em que

    os valores

    mobilirios so

    emitidos

    As Aes so emitidas em Euros.

    C.3 Nmero de aes

    emitidas e valor

    nominal

    data do presente Prospeto, o capital social do Emitente

    de 88.500.000,00, representado por 88.500.000 aes ordinrias

    nominativas, sob a forma escritural, com um valor nominal de 1 cada uma.

    Todas as Aes encontram-se integralmente realizadas e livres de nus.

    C.4 Direitos

    associados aos

    valores

    mobilirios

    Os acionistas so titulares, entre outros, dos seguintes direitos:

    direito a receber dividendos provenientes do rendimento lquido daSociedade e o direito a partilhar o patrimnio da mesma em caso de

    liquidao;

    direito de preferncia na subscrio de novas aes em aumentos docapital social mediante entradas em dinheiro, ou de obrigaes

    convertveis em aes a emitir pela Sociedade, salvo se este direito

    for limitado ou suprimido por deliberao da Assembleia Geral;

    direito a receber novas aes da Sociedade, por esta emitidas emvirtude de um aumento de capital social por incorporao de

    reservas;

    direito a participar e votar nas Assembleias Gerais (desde que, nostermos dos Estatutos, o Acionista seja titular de pelo menos 100

    aes) e a impugnar determinadas deliberaes da Assembleia

    Geral; e

    direito a solicitar informao Sociedade, dentro dos limites legais.Os acionistas titulares de Aes que representem pelo menos 2% do capital

    social da Sociedade podem requerer a convocao de uma Assembleia Geral

    (sendo que esta apenas se realizar caso os acionistas requerentes estejam

    presentes, nos termos dos Estatutos), a incluso de assuntos na ordem de

    trabalhos de reunio de Assembleia Geral j convocada e apresentar

    propostas de deliberao relativas a assuntos constantes da convocatria ou

    que a esta sejam aditados.

    C.5 Restries livre

    transferncia dos

    ttulos

    As Aes do Emitente so livremente transmissveis de acordo com as

    normas legais aplicveis.

    C.6 Admisso negociao

    As Aes no se encontram atualmente, nem se encontraram no passado,admitidas negociao em qualquer mercado regulamentado ou no

    regulamentado.

    Foi solicitada a admisso negociao no Euronext Lisbon de um nmero

    mximo de 95.542.254 Aes ordinrias, escriturais e nominativas, com o

    valor nominal de 1, representativas de 100% do capital social do Emitente,

    aps o Aumento de Capital, assumindo a subscrio integral do mesmo.

    previsvel que a admisso negociao das Aes, cas