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1 COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR PAULA FREITAS 2010

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COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

PAULA FREITAS 2010

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SUMÁRIOPROPOSTA CURRICULAR DE FILOSOFIA...................................................................................4PROPOSTA CURRICULAR DE QUÍMICA ...................................................................................13PROPOSTA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA.............................................................................29PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA..................................................................................40PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA...........................................................63PROPOSTA PEDAGÓGICA – PROGRAMA VIVA À ESCOLA ..................................................94PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA ......................................98PROPOSTA PEDAGÓGICA VIVA À ESCOLA .........................................................................117PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA........................................................................122PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE.........................................................................................135PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR CIÊNCIAS............................................................149PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA............................................................................162PROPOSTA CURRICULAR DE BIOLOGIA................................................................................186PROPOSTA CURRICULAR_LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA_INGLÊS.......................208PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO....................................226CALENDÁRIO 2011.......................................................................................................................233MATRIZ ENSINO FUNDAMENTAL ...........................................................................................234MATRIZ CURRICULAR ENSINO MÉDIO..................................................................................235

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COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA

PAULA FREITAS2010

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PROPOSTA CURRICULAR DE FILOSOFIA

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Constituída como pensamento há mais de 2600 anos, a história da filosofia traz

consigo o problema de seu ensino. Na filosofia de Platão a prática do ensino de filosofia

teria efeito nulo sobre os jovens, pensamento que hoje é descartado. Naquela época, a

filosofia favorecia posturas polêmicas, como o relativismo moral ou o uso pernicioso do

conhecimento. Hoje a preocupação é a delimitação de metodologias para o ensino de

filosofia e garantir que os métodos de ensino não deturpem o conteúdo.

A ideia de que não existem verdades absolutas é defendida por muitos filósofos.

Por isso é inevitável a ausência de conclusões definitivas. Esta é uma das características

preliminares em qualquer conteúdo filosófico. Russell (2001) confirma essa polêmica

quando diz: “O valor da filosofia, em grande parte deve ser buscado na sua incerteza’’. O

que precisamos é garantir que os métodos não deturpem o conteúdo. Por isto o ensino de

filosofia por meio de conteúdos estruturantes não exclui as divisões cronológicas e

geográficas. Elas fazem uma ponte entre o que aconteceu e que relação esse

acontecimento ou pensamento tem com a nossa vida.

Abordar a filosofia é complexo, é um caminho cheio de percalços. Contudo não

podemos deixar que a filosofia perca a sua característica essencial que é a capacidade de

dialogar de forma crítica e mesmo provocativa com o presente. Ao pensar o ensino de

filosofia, é preciso definir o local onde ele é pensado e que alvo deve atingir. Trabalhar

com a realidade e para a realidade que o aluno vive é ponto fundamental.

A amplitude da filosofia é muito grande. Por isso a delimitação com os conteúdos

estruturantes (Mito e Filosofia; teoria do Conhecimento; Ética; Filosofia Política; Estética e

Filosofia da Ciência), pois estes conteúdos estão presentes nos diversos períodos da

história da filosofia. É claro, que todo processo de escolha determina ausências que por

sua vez geram questionamentos. Não estamos abandonando a história da filosofia,

estamos optando por conteúdos estruturantes que possibilitam o trabalhado de textos

clássicos e a relação dos mesmos com a história da filosofia. Trata-se de garantir que o

ensino de filosofia não perca algumas de suas características, como por exemplo: a

capacidade de dialogar de forma crítica e mesmo provocativa com o presente.

No Brasil a filosofia (disciplina) acontece desde o ensino jesuítico, que entendia a

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filosofia como instrumento de formação moral e intelectual sob os cânones da igreja, da

elite colonial e do poder colonial local. Na época da Proclamação da República a filosofia

passou a fazer parte dos currículos oficiais como disciplina obrigatória.

Na verdade a filosofia no Brasil teve um caminho de idas e vindas dentro das

escolas. Na era Vargas, por exemplo, a política educacional privilegiou o desenvolvimento

da educação técnica e profissional dentro das escolas secundárias.

Na época da Ditadura Militar, a Filosofia, desaparece dos currículos escolares,

porque não servia aos interesses políticos, econômicos e ideológicos do período.

A partir da década de 80 com o processo de abertura política e redemocratização

do País, retornam as discussões pelo retorno da filosofia as escolas. Alguns estados

esboçaram a tentativa de implantação com algum êxito, mas como a lei em vigor na

época dizia que o aluno deveria ter domínio do conhecimento filosófico sem a exigência

de introdução efetiva da disciplina na matriz curricular. O que acabou gerando a perda do

seu status de disciplina. Em agosto de 2006 foi aprovado pelo MEC e o retorno da

disciplina as escolas. Hoje a maior luta é pelo movimento de pensar filosoficamente o

ensino da filosofia. Ainda vivemos um momento de afirmação. O ensino de filosofia é um

espaço para a criação unindo dois conceitos básicos da filosofia e do filosofar como

atitudes indissociáveis que dão vida ao ensino de filosofia.

A filosofia é uma disciplina, que se ocupa de questões cujas respostas estão longe

de serem obtidas pela ciência. Isso ocorre porque a busca do conhecimento é um

processo constante. Nesse sentido é importante destacar que a atitude filosófica desperta

a capacidade de indagação. Perguntar o que a coisa é; perguntar como a coisa é, e,

ainda, perguntar porque a coisa é assim, são questões que fazem parte dessa atitude.

A filosofia questiona o saber o saber instituído.

Através dos acontecimentos do cotidiano podemos levar o aluno há uma reflexão

filosófica, procurando tecer o seu pensar e construindo um pensamento reflexivo e

coerente com a sua vida.

Para que isto aconteça é preciso observar e objetivar especialmente os pontos a

seguir:

• Propiciar ao aluno o conhecimento e a busca do saber filosófico;

• Desenvolver a reflexão em torno de todos os assuntos tratados na sala de aula;

• Despertar nos estudantes atitudes filosóficas de questionar o Por quê? E o Para

quê?

• Buscar respostas para as questões e os problemas da sociedade como um todo,

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relacionando história e vivência;

• Examinar e comparar respostas, criando espaços para debates;

• Ampliar sua visão de mundo, levando em consideração muitas coisas, para,

perceber ao máximo a abrangência do tema;

• Cultivar o gosto pela diversidade, manter-se aberto a novas visões de mundo;

• Compreender as complexidades do mundo contemporâneo, com suas múltiplas

particularidades e especializações e que se manifesta quase sempre de forma

fragmentada.

2 CONTEÚDOS DA DISCIPLINA

Conteúdos, são conhecimentos basilares de uma disciplina, que se constituíram

historicamente, em contextos e sociedades diferentes, mas que neste momento ganham

sentido político, social e educacional, tendo em vista o estudante do Ensino Médio.

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos Básicos

1ª SÉRIE

Mito e Filosofia

História da Filosofia

Saber Místico

Saber filosófico

Campos de Investigação da filosofia

grega

Mito e razão filosófica

Senso Comum e Senso Crítico

O que é filosofia?

Filósofos modernos1ª SÉRIE

Teoria do Conhecimento

O Conhecimento humano

As concepções da verdade

O pensamento

A questão do método

Conhecimento e lógica2ª Série Ética e moral

Pluralidade ética

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Ética

Ética e violência

Razão, desejo e vontade

Liberdade: autonomia do sujeito e a

necessidade das normas.

Enfrentamento à Violência na Escola2ª SÉRIE

Filosofia Política

A Política

Relações entre comunidade e poder

Liberdade e igualdade política

Política, ideologia, alienação e violência

A democracia e o poder

Direitos Humanos e Políticos

Direitos das Crianças e dos Adolescentes

(Lei11.525/2007)

Soberania

Organização Política, Movimentos Sociais

e Cidadania

Cultura e Diversidade (Educação no

Campo)

Populações Indígenas no Estado do

Paraná

Cultura Afro-brasileira

Justiça

Esfera pública e privada

Cidadania formal e/ou participativa

Política e Violência

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3ª SÉRIE

Filosofia da Ciência

A Arte e o Corpo

Identidade de Gêneros

Direitos Sexuais e Reprodutivos da

Juventude

Filosofia da arte

Categorias estéticas: feio, belo, etc.

Estética e sociedade.

A atitude cientifica

As concepções da ciência

A questão do método científico

Contribuições e limites da ciência

Ciência e ideologia

Ciência e ética

O que é ciência

Revoluções cientificas

Bioética3ª Série

Estética

Natureza da Arte

Filosofia e arte

Categorias Estéticas

Sensibilidade

Imaginação

Intuição

Necessidade da Arte

O Belo como Conceito

Kant e o Sentimento do Belo.

3- METODOLOGIA

Na sociedade que vivemos a filosofia tem um espaço a ocupar e muito a contribuir.

Se um dos objetivos do ensino médio é a formação pluridimensional e democrática capaz

de oferecer aos estudantes a possibilidade de compreender a complexidade do mundo

contemporâneo, e de agir de forma autônoma, visando uma sociedade que universalize

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os direitos políticos, os civis e os sociais. A filosofia pode viabilizar-se

interdisciplinariedade com as outras disciplinas para a compreensão do mundo da

linguagem, da literatura, da história, das ciências e da arte.

A abordagem dos temas contemporâneos tem seu espaço garantido dentro de todo

o processo. Serão trabalhados de forma contextualizada, estabelecendo relações

interdisciplinares que atendam igualmente aos sujeitos seja qual for a sua condição, pois

eles são necessários para a compreensão da totalidade. Não existe um momento

específico para se trabalhar os temas eles podem acontecer a qualquer momento dentro

da aula de filosofia

Assim, o estudo da filosofia desenvolver-se-á através da leitura de textos de

diferentes estruturas e registros, pesquisas bibliográficas (laboratório de informática),

músicas, poesias, literaturas e filmes. Os temas trabalhados na disciplina propõem que

em se pensando a vida e os seus problemas, com seus significados; pode-se mostrar a

importância da filosofia desde os seus primórdios até os dias de hoje. Essa relação é

constante, porque ajuda o aluno na formulação de conceitos e suas comparações.

Nesse contexto a filosofia se apresenta como exercício que possibilita ao

estudante desenvolver o próprio pensamento. Enquanto investigadora de problemas que

têm recorrência histórica e criação de conceitos que são significativos para a vida. Essa é

a nova filosofia. À medida que investiga, gera discussões promissoras e criativas,

desencadeia ações coletivas e individuais nos sujeitos do fazer filosófico.

A aula de filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida. Nossas

aulas serão espaços de estudo da filosofia e do filosofar, propiciando ao aluno a reflexão

e o desenvolvimento de um estilo próprio de pensamento.

O ensino de filosofia tem uma especificidade que se concretiza na relação do

estudante com os problemas. Através dos textos filosóficos propicia a investigação no

trabalho direcionando a criação do conceito. A filosofia na escola pode significar o espaço

de experiência filosófica, espaço de provocação do pensamento original, da busca, da

compreensão, da imaginação, da investigação da análise e da criação de conceitos.

4- AVALIAÇÃO

No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto com meio de

diagnóstico do processo ensino aprendizagem quanto como instrumento de investigação

da prática pedagógica, sempre com uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse

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processo é a aprendizagem, ou a verificação dela. A avaliação em filosofia deve

considerar a capacidade do estudante em criar conceitos, analisando como esses

conceitos foram elaborados. A avaliação nesse sentido acontece no interior da própria

aula de filosofia.

“A avaliação é contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no

conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos. Art. 106, P.P.P. É direito do aluno a recuperação de

estudos independentes do nível de apropriação de conhecimento. Art 113, P.P.P.

A avaliação dentro da disciplina de filosofia utilizará métodos e instrumentos

diversificados (leitura de textos, aulas expositivas, debates, seminários, análise crítica de

filmes, documentários, músicas, propagandas, etc.). Para que isso se concretize é

necessário a aplicação de trabalhos de pesquisa, resenhas, provas, análise de textos de

forma individual e ou coletiva. A avaliação poderá ser somatória e ou aritmética, tendo

seu resultado acrescentando e explicado no livro de chamada da turma. A recuperação

concomitante deve ser aplicada aos alunos que não conseguiram produzir novas ideias a

partir das vivências sociais. A avaliação, é um direito assegurado em lei, além disto ela

permite ao professor reforçar os conteúdos e reavaliar a sua prática.

5. REFERÊNCIAS

CADERNOS TEMÁTICOS: História e cultura Afro-brasileira e africana. Curitiba: SEED –

Pr. 2005 – 110 p.

CADERNOS TEMÁTICOS. Educação Escolar Indígena. Curitiba: SEED- PR, 2006- 88 p.

CHAUI, Marilena. Filosofia. São Paulo, Ática, 2003.

Diretriz Curricular da Educação Básica - Filosofia. Paraná 2008.

Diretriz Curricular. Filosofia. D.E.M. Semana Pedagógica 2008.

FILOSOFIA. Vários Autores. Curitiba:SEED-PR, 2006. 336 p. 2ª Ed.

MATOS, Arnaldo Moreira de. Filosofia. Curitiba: IESDE, 2004.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica.

Filosofia. Curitiba: Seed, 2008. (Livro Didático Público).

PARANÁ: Secretária do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica

– Filosofia. Curitiba: 2008.

Revistas de circulação nacional: veja época, etc.

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TELES, Maria Luiza. Filosofia para Jovens. Petrópolis: Vozes, 1996.

TRICHES, Ivo José. Filosofia da Educação. Curitiba: IESDE, 2004.

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COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRÍCULAR DE QUÍMICA

PAULA FREITAS

2010

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PROPOSTA CURRICULAR DE QUÍMICA

A Química esta ligada intimamente a todo o desenvolvimento das civilizações, a

partir das primeiras necessidades do homem pré-histórico, tais como as necessidades de

comunicação, de sobrevivência, de desenvolvimento de técnicas de domínio do fogo, é

compatível discorrer sobre a história da Química, porém de modo conciso.

O poder representado pela riqueza, e a cura de todas as doenças, sinônimo de

vida eterna, são buscas incessantes da humanidade, sendo assim, as primeiras citações

da química são provenientes da alquimia que buscava o elixir da vida eterna e a pedra

filosofal (transmutação de todos os metais em ouro).

Os alquimistas eram aqueles que se dedicavam à tarefa da experimentação, mas

agiam de modo hermético, em segredo, uma vez que a sociedade da época era contra

procedimentos experimentais, por acreditar tratar-se de bruxaria.

De tantos experimentos que realizaram os alquimistas descobriram a extração,

produção e tratamento de diversos metais, em especial, o cobre, o ferro e o ouro, além

das vidrarias, que com o passar do tempo foram sendo aperfeiçoadas e muitas delas

fazem parte dos laboratórios da atualidade. Apesar da fantasia e a realidade contida nos

textos alquímicos, permeados de escritos indecifráveis, eles foram, aos poucos, se

difundindo clandestinamente pela Europa.

No final do século XIV e início do século XV, o contexto histórico do fim do

feudalismo, das aglomerações nas cidades emergentes, das péssimas condições

sanitárias, da fome, das pestes (negra), geraram um desequilíbrio demográfico e,

conseqüente, falta a mão-de-obra para o trabalho que também se reestruturava.

Nesse conturbado momento histórico apareceu um homem, de pseudônimo

Paracelso, com muito interesse no estudo das ciências herméticas e com ideias

metafísicas, porém preocupado com o bem estar físico da sociedade. Esse homem

utilizava substâncias minerais para a cura de doenças e, com suas pesquisas nascia a

latroquímica, antecessora da Química.

Mais tarde dentro desta mesma linha Helmont, médico que viveu entre os séculos

XVI e XVII foi condenado várias vezes pela igreja, acusado de realizar tarefas satânicas,

uma vez que em seus estudos fazia um misto de ciência e religião.

No século XVII, a Europa fervilhava, particularmente, nas grandes cidades como:

Paris, Londres, Berlim, Florença e Bolonha, onde surgiram as primeiras universidades.

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Nesse contexto foi fundada, em Paris, a Academia des Sciences e outra similar em

Berlim, ao mesmo tempo, ocorria a expansão da indústria, do comércio, da navegação e

das técnicas militares.

Apesar desta “liberdade” de pesquisa a melhor estratégia ainda era manter-se em

silêncio, a exemplo de um dos seus integrantes, Robert Boyle que externou esses

saberes e recebeu muitas críticas dos filósofos naturais, que acreditavam ser a natureza

formada por um principio mecânico.

Sendo algumas delas, a superação da idéia do flogista e o esclarecimento da

combustão por Lavoisier, sobre a natureza das substâncias.

A necessidade de tratamento quantitativo dos fenômenos químicos passou a ser

exigência e balanças cada vez mais precisas tornaram-se instrumentos indispensáveis

em qualquer laboratório.

Na investigação Química houve um predomínio francês, devido à herança deixada

por Lavoisier e também pelos seus continuadores, Berthollet, Gay-Lussac, Chevreul, que

atraíram a seus laboratórios cientistas de vários países deram a Química um corpo

estruturado de conhecimento.

Foram estabelecidas as leis das combinações, destacando-se os trabalhos de

Benjamin Richter, Ernest Fischer, Joseph L. Proust, que passaram a definir as

possibilidades de determinação de compostos como a previsão de novas substâncias.

John Dalton, tentando explicar as propriedades dos gases, propôs os mesmos

deveriam ser formados por átomos (proposta por Leucipo e Demócrito). Dalton ganhou

adeptos e ocorreram avanços significativos com os trabalhos de Thompson, Jons

Berzelius e Amedeo Avogadro.

Lavoisier propôs uma nomenclatura universal para os componentes Químicos que

foi aceita internacionalmente. A Química ganhou não só uma linguagem universal quanto

à nomenclatura adotada, mas também quanto aos seus conceitos fundamentais, foi

estabelecida a classificação periódica dos elementos, por Dmitri Ivanovitch Mendeleev.

Notáveis avanços da eletricidade trouxeram significativas contribuições para a

Química, principalmente os conceitos de afinidade química e eletrólise, que esclareceram

a estrutura da matéria.

Houve um desenvolvimento notável da Química Orgânica, que teve seu primeiro

grande momento a partir da síntese da uréia, em 1828, por Friedrich Wöhler. Essa síntese

pôs fim à Teoria da Força Vital.

No final do século XVIII, ocorreu o advento da Revolução Industrial, o surgimento

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da máquina a vapor e mais tarde da eletricidade. A Revolução Industrial impulsionou, por

um lado o desenvolvimento das máquinas - vapor e a eletricidade que substituíram a força

humana.

A primeira contribuição da química para o setor produtivo/estratégico foi talvez a de

Lavoisier, produzindo explosivos de boa qualidade ao governo francês. Em seguida

Bertholet solucionou problemas das indústrias de tecido e de limpeza. Thénard preparou

cloreto de cal, necessário para diversos fins industriais.

A fabricação da soda cáustica também está entre as primeiras conquistas da

nascente indústria química, proporcionando inclusive um prêmio pelo governo francês, a

Nicolas Leblanc.

Posteriormente Ernest Solway desenvolveu outro método de obter soda cáustica.

Os derivados do alcatrão da hulha foram estudados pela escola de Liebig. Henry Perkins

continuou os estudos sobre corantes e modificou sensivelmente a indústria.

Após os corantes, alvos bem sucedidos pela indústria química alemã, os próximos

produtos a serem desenvolvidos foram os perfumes e medicamentos. Os explosivos

foram outra descoberta do campo da Química, cujo uso industrial e/ou bélico criou armas

a base de pólvora, nitroglicerina, cordita, até a dinamite, inventada por Alfred Nobel.

O primeiro plástico artificial, o celulóide foi descoberto em 1869, por John Hyatt.

Surgiu em 1884 o rayon, a primeira fibra artificial patenteada por Luis Marie Chardonnet.

Henry Besemer idealizou um conversor que permitiu a produção do aço a baixo custo.

William Siemens, criou recuperação do calor em altos fornos. A produção industrial de

alumínio, a partir de eletrólise do óxido de alumínio, foi idealizada independentemente por

Charles martin e pelo metalúrgico Louis Héroult. Outra contribuição significativa da

nascente da indústria química, foram os processos de fabricação de adubo, para um

melhor desempenho do solo.

Podemos dizer que o século XIX foi o período no qual a ciência se consolidou

realmente e passou a definir as marcas na caminhada da humanidade.

No século XX, a Química e todas as outras ciências naturais tiveram um grande

desenvolvimento. Com o esclarecimento da estrutura atômica, foi possível entender

melhor a constituição e formação das moléculas, em especial a do DNA.

As primeiras atividades de caráter educativo envolvendo a Química no Brasil

surgiram a partir do início do século XIX, provenientes das transformações de ordem

política e econômica que ocorriam na Europa. A construção dos currículos de Química

antigos tiveram por base três documentos históricos que foram produzidos em Portugal,

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na França e no Brasil:

Normas do curso de filosofia contidas no Estatuto da Universidade de Coimbra;

O texto de Lavoisier: “Sobre a maneira de ensinar Química!;

Diretrizes para a cadeira de Química da Bahia do Conde da Barca.

As recomendações de Coimbra definiram o que seria o ensino em Portugal e

marcou fortemente todo período imperial brasileiro.

O texto do cientista Lavoisier (de grande importância mundial, pelo prestígio

cientifico da França), foi decisivo, por ser sua obra o livro texto das escolas militares

brasileiras, das escolas de engenharia e das escolas preparatórias para o ensino superior.

As recomendações do Conde da Barca, quando numa carta o rei de Portugal,

reconheceram a importância da Química e suas áreas aplicadas às artes e à farmácia.

Outras contribuições para o ensino da Química no Brasil vieram pelas mãos de

Francisco Ferreira da Abreu, que ministrou um curso livre no Museu nacional do Rio de

Janeiro e de Manuel Maria Moraes e Valle, autor de importantes compêndios de Química

e formação de diversos discípulos.

No final da década de 70 consolidou-se o método construtivista que perdurou nos

anos 80, o qual visa a construção de conhecimento pelo aluno através de estímulos,

atividades dirigidas de modo a conduzi-lo a relacionar as suas concepções ao conceito

cientifico já estabelecido.

Desde o início dos programas curriculares não ocorreram grandes mudanças,

apenas foram agregados outros conteúdos à medida que novas descobertas aconteciam

no mundo científico. Isso foi impulsionado, via de regra, por processos históricos

relevantes, como guerras por exemplo. Estes saberes/conteúdos permaneciam no

currículo de forma fragmentada, com pouca ou nenhuma preocupação em estabelecer

relações entre eles.

O livro didático considerado pela maioria dos professores como instrumento

essencial do trabalho em sala de aula é outro fator que contribui para a adoção de

propostas curriculares que não obedecem muitas vezes a pedagogia da construção do

conhecimento e sim a lógica imposta pelos programas dos concursos vestibulares, não

possibilitando a articulação entre o mundo do trabalho e a formação escolar democrática.

O carácter hegemônico que o livro didático assume no quadro do ensino de

Química no Brasil, colabora para que o professor não adote o livro didático e sim seja

adotado por ele (CHASSOT, 1995). Ele indica quais conteúdos, a sua sequência, a

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metodologia das aulas e os objetivos a serem alcançados pelos alunos.

Em geral, o material didático dessa natureza privilegia aspectos formais da

Química como memorização de fórmulas, classificações, nomenclatura em detrimento da

compreensão precisa de conceitos e do entendimento de suas relações com os diversos

campos do conhecimento.

A química como disciplina tem objetivo principal formar um aluno que se aproprie

dos conhecimentos químicos e também seja capaz de refletir criticamente sobre o período

histórico atual.

A importância da abordagem experimental está na caracterização do seu papel

investigativo e de sua função pedagógica em auxiliar o aluno na explicitação,

problematização, discussão, enfim, dar significação dos conceitos químicos, e não trocar

a prática pela prática sem um objetivo prévio para o aluno.

Os números, os resultados quantitativos, sem dúvida trazem subsídios para a

construção do conceito químico de concentração, não devendo ser menosprezados,

porém ele pode ser melhor compreendido por outras vias que não somente a dos cálculos

matemáticos.

2. CONTEÚDOS DA DISCIPLINA

De acordo com a concepção histórica da disciplina, apresentam-se os conteúdos

estruturantes: Matéria e sua Natureza, Biogeoquímica e a Química Sintética que são

macro saberes que organizam e fornecem direcionamento aos conteúdos. Sendo assim,

baseado na proposta de Mortimer e Machado (2000), como objeto de estudo da química

Substâncias e Materiais sustentado pela tríade Composição, Propriedades e

Transformações.

1ª SÉRIE

Matéria, Energia e Transformações da

Matéria.

Propriedades da matériaMatéria e sua natureza

Transformações da MatériaQuímica Sintética

Fenômenos químicos e físicosBiogeoquímica

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Misturas Homogêneas e Heterogêneas Biogeoquímica

Separação de misturas: Catação; destilação; filtração; Matéria e sua natureza

Estudo histórico do átomo:

Histórico; Concepções filosóficas de átomo, Modelos de Leucipo e Demócrito, Dalton,

Thomson, Matéria e sua natureza

A descoberta da radiatividade e a formulação do modelo de Rutherford. Matéria e sua natureza

Modelo atômico Bohr; postulados de Bohr.

Matéria e sua natureza

Modelo Atual. Matéria e sua naturezaÁtomo Partículas fundamentais; caracterização de

um átomo; número atômico,

elemento químico e massa atomicaMatéria e sua natureza

Comparação entre átomos: isótopos; isotonos; isóbaros, isoeletrônicos Matéria e sua natureza

Distribuição Eletrônica (eletrosfera)

Níveis, subníveis e orbitais.Matéria e sua natureza

Números quânticos Principal, azimutal, angular e spin Matéria e sua naturezaEstudo do núcleo (radioatividade)

Natural e artificial; primeiras descobertas.

Matéria e sua natureza

Leis de desintegração radioativas Química Sintética

Radioterápicos e radiofármacosBiogeoquímica

Meia vida e vida médiaMatéria e sua natureza

Fissão e fusão nuclearMatéria e sua natureza

Efeitos e aplicaçõesQuímica sintética

Tabela Periódica Compreensão da Tabela PeriodicaClassificação periódica, Propriedades Matéria e sua natureza

Ligações Teoria do octeto.Valência. Matéria e sua natureza

Ligação covalente; (Forças inter-moleculares)

ligação metálica; ligação covalente dativa

Ligação Iônica

Biogeoquímica

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Funções Inorgânicas Ácidos: Conceitos; propriedades; classificação; nomenclatura; formulação;

indicadores; pH.Usos freqüentes no cotidiano

Matéria e sua natureza

Bases: Conceitos; propriedades; classificação; nomenclatura; formulação;

indicadores.Uso freqüente no cotidiano

Matéria e sua natureza

Antiácidos estomacais.Biogeoquímica

Produtos de limpeza; construção civil (argamassa), desodorante.

Química Sintética

Sais: Conceito; propriedades; classificação; formulação; nomenclatura; aplicação.

Matéria e sua natureza

Uso freqüente no cotidiano Uso na produção de vidros;

Produção de fertilizantes NaClO. Química Sintética

Óxidos: Conceito; propriedades; formulação; nomenclatura.

Aplicação Matéria e sua natureza

PeroxidosAnti-séptico H2O2;

preparação de Argamassa; Biogeoquímica

Reações Químicas Equações químicas: reação de neutralização. Matéria e sua natureza

Balanceamento das equações; Classificação. Biogeoquímica

2ª SÉRIE

Cálculos químicos Massa atômicaMatéria e sua natureza

Massa molecular; Massa molar;

número de Avogadro e mol.Química sintética

Estequiometria Estudo quantidades de substâncias envolvidas em reações químicas

Matéria e sua natureza

Análise de excessos de reagentes da combustão,

Biogeoquímica

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Cálculos de combustão de combustíveis fósseis, Química Sintética

Leis Ponderais e volumétricas Matéria e sua naturezaSoluções Composição das soluções

Matéria e sua natureza

Dispersão de colóides; Biogeoquímica

Solubilidade (coeficiente)Matéria e sua natureza

Meio ambiente; água potável, água do mar Biogeoquímica

Concentrações das soluçõesMatéria e sua natureza

Concentração comumMatéria e sua natureza

Determinação de excesso de algum íon no sangue que facilita diagnósticos prévios.

Biogeoquímica

Título em massa e volume (porcentagem em massa e volume).

Matéria e sua natureza

Partes por milhão (ppm)Matéria e sua natureza

Densidade; Molaridade; Titulometria; Volumetria. Matéria e sua natureza

Propriedades Coligativas Pressão de vaporMatéria e sua natureza

TonoscopiaMatéria e sua natureza

Ebulioscopia: Água pura e água saturada de sais; diferenciação de ponto de ebulição

Biogeoquímica

Crioscopia: abaixamento do ponto de solidificação da água saturada de sais

Biogeoquímica

Pressão osmótica: transfusão sanguínea, soro fisiológico, injeções intravenosas de

glicose.

Biogeoquímica

Osmose reversa, dessalinização da água do mar.

Biogeoquímica

Termoquímica Formas de energia, transformações de energia.

Biogeoquímica

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Entalpia; Equações termoquímicas; entalpia de formação.

Matéria e sua natureza

Função dos alimentos, Biogeoquímica

Cinética química (velocidades das

reações químicas)

Teoria das colisões; energia de ativação.Matéria e sua natureza

Uso do H3C-COOH, ácido acético como antioxidante atuando como inibidor.

Química sintética

Velocidade das reações (atuação de efervescentes, cápsulas ou comprimidos

como medicamentos, suas velocidades de atuação no organismo); cálculo de

velocidade de reação. Biogeoquímica

Lei de velocidade (conversores catalíticos dos automóveis, redução de poluição). Química Sintética

Equilíbrio Químico (transformações

químicas)

Reações reversíveis e irreversíveisMatéria e sua natureza

Constante de equilíbrio; grau de equilíbrio; deslocamento do equilíbrio Matéria e sua natureza

.Alteração do equilíbrio de hemoglobina e

oxigênio no sangue devido baixas pressões atmosféricas. Sintomas: náuseas, fadiga,

dores de cabeça.Biogeoquímica

Principio de Lê Chattelier; perturbação do equilíbrio químico

Matéria e sua natureza

Produto Iônico da águaMatéria e sua natureza

pH e pOH Biogeoquímica

Oxidação – Redução (reação com

transferência de elétrons)

Conceito; Número de oxidação (NOX).Matéria e sua natureza

Corrosão e chuvas ácidasBiogeoquímica

Equações com oxi-reduçãoMatéria e sua natureza

Eletroquímica Potencial normal de redução; cálculo do potencial de uma pilha; reações

de óxido-redução espontâneas; pilhas comerciais e baterias, reciclagem de

baterias.

Biogeoquímica

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3ª SÉRIE

Química orgânica HistóricoMatéria e sua natureza

Estudo do carbonoQuímica Sintética

Classificação das cadeias carbônicas

Classificação dos átomos de carbonos em uma cadeia

Classificação quanto da cadeia carbônicaCadeia aberta fechada,

Cadeia normal, ramificada, saturada, insaturada, aromáticas.

Matéria e sua natureza

Funções orgânicas NomenclaturaQuímica Sintética

Hidrocarbonetos Alcanos, Alcenos, Alcinos, Alcadienos, Ciclanos, Ciclenos, Aromáticos.

Química Sintética

Adulteração da gasolina; pixe, GLP (gás liquefeito do Petróleo), querosene.

Matéria e sua natureza

Petróleo; gasolina; compostos orgânicos do organismo; combustíveis fósseis.

Biogeoquímica

Radicais ou cadeias ramificadasQuímica Sintética

Haletos Orgânicos Nomenclatura (oficial e não oficial) classificações Química Sintética

CFC, desinfetantes; Dicloro-difenil-tricloroetano DDT. Biogeoquímica

Funções Oxigenadas; Álcoois.

Nomenclatura (oficial e não oficial) classificações Química Sintética

Combustíveis; fermentação; doenças hepáticas; alcoolismo; vinho. Biogeoquímica

Fenóis Nomenclatura (oficial e não oficial) classificações Química Sintética

Desinfetantes, DDT, indicadores pH.Biogeoquímica

Aldeídos Nomenclatura (oficial e não oficial) classificações Química Sintética

Formol; conservação de cadáveres; remédio; secreção de aldeídos; Bile. Biogeoquímica

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Cetonas Nomenclatura (oficial e não oficial) classificações Química sintética

Solventes de tintas e vernizes; pólvora sem fumaça; produtos medicinais; sedas

artificiais.Biogeoquímica

Ácidos carboxílicos Nomenclatura (oficial e não oficial) classificações Química Sintética

Corantes de tecidos, Biogeoquímica

Éster Nomenclatura (oficial e não oficial) classificações Química Sintética

Aromas, sabores artificiais, Biodiesel, esterificação e transesterificação. Matéria e sua natureza

Éter Nomenclatura (oficial e não oficial) classificações Química Sintética

Colódio, anestésico local, produtos inflamáveis. Biogeoquímica

Reações entre álcoois Matéria e sua naturezaFunções Nitrogenadas –

AminasNomenclatura (oficial e não oficial)

classificações Química Sintética

Corantes, Amônia, compostos da vida, alcalóides, drogas, fármacos.

Biogeoquímica

Amidas Nomenclatura (oficial e não oficial) classificações Química Sintética

Uréia, ácido úrico, fertilizantes, testes antidoping. Biogeoquímica

Nitrocompostos Nomenclatura (oficial e não oficial) classificações Química Sintética

Explosivos, TNT, Reações com HNO3. Biogeoquímica

Ácidos Sulfônicos Nomenclatura e ClassificaçãoQuímica Sintética

Detergentes; biodegradáveis.Biogeoquímica

Polaridade das moléculas Matéria e sua naturezaTiocompostos Nomenclatura

Química Sintética

Organometálicos NomenclaturaQuímica Sintética

Clorofila, captação da luz e transformação de energia, reações fotossensíveis. Matéria e sua natureza

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Reação de substituição Alcanos: halogenação, nitração, sulfonação; Aromática: alquilação, acilação.

Química Sintética

Bronzeamento, filtros solares.Biogeoquímica

Efeitos da radiação solar nas reações de substituição Matéria e sua natureza

Reação do Halogênio nos haletos

Reação base forte: Williamson, Grignard; cianetos; amônia; sódio.

Química Sintética

Substituição da oxidrila Álcoois, fenóis, ácidos. Química SintéticaCompostos orgânicos

naturaisGlicídios: Glicose, Frutose, Sacarose; amido; Celulose; lipídeos; glicerídeos;

Aminoácidos; Proteínas; Enzimas.Biogequímica, matéria e sua natureza, química sintética.

Polímeros Borracha, plásticos, PVC, náilon, garrafas PET.

Biogeoquímica; química sintética, matéria e sua natureza.

Com relação aos desafios educacionais contemporâneos (enfrentamento a

violência na escola; cidadania e direitos humanos; educação ambiental (lei 9795/99 –

política nacional de educação ambiental); Educação fiscal; prevenção ao uso indevido de

drogas) serão discutidos de forma contextualizada inseridos nos conteúdos.

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

É importante que o processo ensino e aprendizagem em química parta do

conhecimento prévio dos estudantes onde se incluem as concepções alternativas ou

concepções espontâneas, a partir das quais será elaborado um conceito científico.

Por sua vez, a concepção científica envolve um saber socialmente construído e

sistematizado, que requer metodologias específicas para ser disseminado no ambiente

escolar.

Quando os estudantes chegam na escola, eles não estão desprovidos de

conhecimentos, pois cada um trás consigo diferentes costumes, tradições, preconceitos e

idéias que dependem também de suas origens, com isso ocorre a troca de experiências

entre os alunos e fica impossível que o professor utilize uma única forma de ensinar, ou

seja, uma única metodologia para que a aprendizagem ocorra.

Os modelos utilizados no ensino de química servem para descrever o

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comportamento microscópico, porém, não todos os fenômenos.

Entretanto, sabemos a importância da experimentação no ensino de química para

compreensão dos fenômenos químicos, e para que haja esta compreensão, não podemos

apenas transmiti-los como uma receita, pois dessa forma não há uma contribuição

significativa para a compreensão dos conceitos científicos. Uma aula experimental seja

ela com manipulação do material pelo aluno ou demonstrativa, não deve ser associada a

um aparato experimental sofisticado, mas sim, á sua organização, discussão e análise,

possibilitando interpretar os fenômenos químicos e a troca de informações entre o grupo

que participa da aula.

Esta importância na abordagem experimental está no seu papel investigativo e na

sua função pedagógica de auxiliar o aluno na explicitação, problematização, discussão,

enfim, não é preciso haver um laboratórios sofisticados, nem ênfase exagerada no

manuseio de instrumentos para a compreensão dos conceitos. O experimento deve ser

parte do contexto de sala de aula e seu encaminhamento não pode separar a teoria da

prática, num processo pedagógico em que os alunos se relacionem com os fenômenos

vinculados aos conceitos químicos a serem formados e significados na aula.

O texto científico não deve ser visto como se todo conteúdo estivesse ali presente,

mas sim como um instrumento de mediação na aula entre aluno-aluno e aluno-professor,

levando a novas questões e discussões. Ao utilizar textos científicos é preciso tomar

alguns cuidados como: a escolha do texto, pois o texto deve possuir linguagem e

conteúdo que o aluno conheça e possa interpretar para ter subsídio de aprendizagem não

apenas conhecimento vago.

Como recursos didáticos para assimilação do conteúdo podem ser: apostilas, livros

didáticos, retroprojetor, textos científicos, aulas expositivas com a tvpendrive, aulas

práticas dentro e fora da sala de aula, aulas no laboratório, revistas e periódicos da área

da química, vídeos e outros mecanismos de conhecimento.

4. AVALIAÇÃO

Em química o principal critério de avaliação é a formação dos conceitos científicos.

Trata-se de um processo de construção onde o aluno traz este conhecimento concebido

na sua prática do dia-a-dia e o professor reconstrói estes significados dos conceitos

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científicos para com o aluno. Esta (re)construção acontecerá por meio de abordagens

histórica, sociológica, ambiental e experimental dos conceitos químicos.

Valoriza-se, assim, uma ação pedagógica que considere os conhecimentos

químicos.

Isto se dará através de interpretação de textos, produção de textos, trabalhos em

grupos, elaboração de quadro, mural, experimentações em laboratório, avaliações

objetivas e subjetivas.

A avaliação dos conceitos pode ser feita pela solicitação da definição de

determinado conceito, expondo semelhanças e diferenças, da aplicação do conceito na

resolução de um problema ou ainda na identificação de exemplos relacionados ao

cotidiano do aluno.

A avaliação deverá verificar a aprendizagem, a partir daquilo que é básico e

essencial, e espera-se do aluno que ele entenda e questione os avanços científicos na

área de Química, construindo e reconstruindo os conceitos químicos em seu cotidiano.

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5. REFERÊNCIAS

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Química. Curitiba, 2008.

PEREIRA, Paulo César e NORMANHA, Ary A. – CURSO DE QUÍMICA SARDELLA E MATEUS – Editora Ática S.A 1984 – São Paulo.

VANIN, J. A ALQUIMISTAS E QUÍMICOS – o passado, o presente e o futuro – São Paulo

– Editora Moderna, 2002.

NOVAIS, V – Química – 3ª Edição – Guanabara Dois, 1979.

ROSSI, P – O NASCIMENTO DA CIÊNCIA MODERNA NA EUROPA – Bauru: EDUSC,

2001.

PINTO, A CIÊNCIA E EXISTÊNCIA – São Paulo: Paz e Terra - 1969

SARDELLA, A, MATEUS, E. Dicionário Escolar de Química – 3ª Edição: Editora Ática –

1992.

CHASSOT, A – Para Quem é útil o Ensino – Canoas - Editora Da Ulbra, 1995.

KUWABARA, E. F. e MACHADO, A H. Química para o Ensino Médio – Volume Único –

1ª Edição – São Paulo – Editora Scipione – 2002.

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COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA DE SOCIOLOGIA

PAULA FREITAS

2010

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PROPOSTA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O estudo da sociedade sempre foi uma preocupação desde a Grécia antiga, no

entanto, o pensamento sociológico clássico ocorre entre os séculos XVIII e XIX no apogeu

do pensamento iluminista, que forjou todo o ideal da Revolução Francesa e da Revolução

Industrial, que serviram de base para a instalação definitiva da sociedade capitalista. As

modificações verificadas nas relações sociais, decorrentes de mudanças estruturais

impostas pela formação de um novo modo de produção econômica.

Para compreender as modificações da sociedade daquela época os pensadores

sociais começaram a observam que os fatos acontecidos tinham uma relação estreita

com os fatos históricos acontecidos no século XVIII. Essa foi preocupação maior dos

pensadores daquela época e tem sido até hoje o maior objetivo da sociologia. A

preocupação da sociologia é tentar explicar os mecanismos de produção, organização,

domínio controle e poder da sociedade como um todo, porque elas fazem parte das

relações sociais.

Como ciência, a Sociologia delineou-se no rastro do pensamento positivista,

identificando-se com o caráter científico, buscado e valorizado no Século XIX.

São representantes desse pensamento Augusto Comte (1798-1857), o primeiro a

usar o termo Sociologia, relacionando-a com a ciência da sociedade e Émile Durkheim

(1858-1917) seguidor das ideias de Comte, especialmente as de ordem social. Os dois

pensadores buscavam soluções para os graves problemas sociais gerados pelo modo de

produção capitalista. Esse modo de produção gerou desvios ou anomalias na sociedade.

Dentro deste contexto, a educação seria um dos mecanismos responsáveis para

adequar a sociedade levando os indivíduos a uma nova sociedade. Apesar de sua origem

conservadora, a Sociologia desenvolveu um olhar crítico e questionador sobre a

sociedade. E continua até hoje a desempenhar este papel, motivo maior pelo qual, a

disciplina, voltou a ser ministrada nas escolas, pois ela contribui para a formação de um

cidadão mais consciente.

Karl Marx (1818-1883) contribuiu à sociologia, porque desnudou as relações de

exploração que se estabeleceram a partir do momento em que uma determinada classe

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social apropriou-se dos meios de produção e passou a conduzir os rumos da sociedade.

Segundo o teórico, a exploração das relações de trabalho só teria sentido se

transformada em práxis, capaz de transformar as estruturas de poder vigente e construir

novas relações sociais, fundadas na igualdade de condições para todos os indivíduos.

No Brasil, tanto as ideias conformistas, quanto as revolucionárias, exerceram forte

influência na formação do pensamento sociológico. Na busca de qual seria a identidade

cultural nacional e colocando a sociedade brasileira no contexto da chamada

modernização, definiu-se que a grande questão era construir, delinear e definir a

brasilidade.

Gilberto Freire, Fernando de Azevedo, Euclides da Cunha e Monteiro Lobato

representaram uma proposta sociológica significativa. Decorrente das mudanças

econômicas e políticas da sociedade, como os movimentos sociais agrários e urbanos, os

movimentos estudantis, as minorias entre outras, passaram a ter mais atenção, as

instituições sociais passaram a ser estudadas em sua dinâmica social e histórica.

Inventada nas universidades e centros de estudo, as discussões no campo da Sociologia

se consolidaram como importante perspectiva de compreensão das novas dimensões

constantes na sociedade brasileira.

O objeto de estudo da Sociologia é o conhecimento e a explicação da sociedade

pela compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem, das

relações que se estabelecem no interior e entre esses diferentes grupos, bem como a

compreensão das consequências dessas relações para os indivíduos e para a

coletividade.

O estudo da disciplina de Sociologia, nas escolas, percorreu um caminho de idas e

vindas as grades curriculares demorando em se firmar como fundamental para a

formação humana e seu atrelamento foi vinculado a interesses e vontades políticas. A

trajetória do ensino da Sociologia, acarretou marcas que não podem ser ignoradas, mas

apesar disso as suas contribuições para a formação de sujeitos envolvidos tem sido de

fundamental importância. Dentro de todo um contexto histórico a sociologia continua até

hoje a desempenhar este papel ou seja a formação de sujeitos conscientes, pois ela

contribui para a formação do cidadão.

Os grandes problemas que vivemos hoje, provenientes do acirramento das

forças do capitalismo e do desenvolvimento industrial desenfreado, buscam sujeitos mais

atuantes na busca da contenção da destruição social e planetária. A Sociologia pode

ajudar os indivíduos a exercer a sua cidadania, atuando de forma concreta na construção

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de uma sociedade melhor. É tarefa da escola e da sociedade como um todo a formação

de novos valores, de uma nova ética e de novas práticas que indiquem a possibilidade de

construção de novas relações sociais.

Conhecer diversas concepções é muito importante na construção do pensamento

sociológico, sobretudo no contexto escolar. Por meio de tais concepções, o professor

reflete e orienta criticamente sua ação pedagógica, e, por sua vez o aluno, terá acesso a

outros saberes, elaborados de forma rigorosa e crítica, acerca da realidade como um

todo. Na escola o pensamento sociológico se consolida na articulação entre experiências

e conhecimentos compreendidos como totalidades complexas.

A busca do conhecimento é um processo constante. A Sociologia procura aliar

conhecimento e comprometimento. Os homens só se humanizam através das relações

sociais, daí a importância do estudo da Sociologia. O conhecimento sociológico visa à

formação do cidadão e não do cientista social.

O conhecimento sociológico deve oportunizar ao aluno descobrir-se como agente

social, e exercer ativamente e de maneira construtiva a sua participação, através da

compreensão dos agrupamentos humanos e de seu funcionamento, contribuindo para a

formação de cidadãos mais críticos e participantes, mais aptos para lidar com as

diferenças e para serem sujeitos de sua própria história.

Tornar acessível e compreensível o estudo da Sociologia, de modo que a dialética

dos fenômenos sociais seja explicada e entendida para além do senso comum, porque

ela se relaciona intimamente com a vida dos indivíduos.

Organizar campos de estudos básicos para a construção de processos de

construção social. Essa organização norteia professor e aluno que são os sujeitos da

educação escolar e da prática social.

Consolidar dentro da escola o pensamento sociológico, atribuindo aos

conhecimentos fragmentados um embasamento social adequado para que se

transformem em conhecimentos compreendidos. Despertando no aluno curiosidades e

indagações necessárias a sua formação.

Desenvolver uma práxis pedagógica como construção histórica representando os

grandes campos do saber, da cultura e do conhecimento universal, criando assim

espaços de integração dentro do processo de ensino-aprendizagem.

Propiciar uma Sociologia crítica que possibilite o diálogo e o debate acerca das

transformações socioeconômicas, culturais e políticas do mundo contemporâneo.

Compreender que dentro do processo de socialização os indivíduos devem

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conhecer e internalizar as expectativas de comportamentos estabelecidos por valores,

regras e normas nela presentes acontecendo dentro das instituições sociais.

Resgatar conteúdos da Sociologia crítica e moderna para que se esclareçam

questões acerca de desigualdades sociais, econômicas, políticas e culturais da sociedade

brasileira.

Conhecer as diversas concepções sociológicas para contribuir na construção do

pensamento sociológico, sobretudo no contexto escolar, possibilitando ao professor e ao

aluno, cada em seu nível de compreensão, alterar qualitativamente sua prática social.

Contextualizar os conteúdos estruturantes de modo que os temas trabalhados

estejam ligados diretamente, só assim vamos contemplar práticas distintas.

Desnaturalização das ações que se estabelecem na sociedade;

percepção de que a realidade social é histórica e socialmente construída;

explicitar e explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas,

desconstruindo pré-noções e pré-conceitos.

Proporcionar questionamentos quanto a existência de verdades absolutas, sejam

elas na compreensão do cotidiano, ou na constituição da ciência.

2- CONTEÚDOS DA DISCIPLINA

O ensino de Sociologia deve ser encaminhado de modo que a dialética dos

fenômenos sociais seja explicada e entendida para além do senso comum, para uma

síntese que favoreça a leitura das sociedades à luz do conhecimento científico. O ensino

da Sociologia requer que seja tratado em partes, a fim de torná-lo acessível e

compreensível a um maior número de pessoas.

1ª série

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

1-O Surgimento da Sociologia e

Teorias Sociológicas

Formação e consolidação da sociedade capitalista

e o desenvolvimento do pensamento social;

Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim,

Engels e Marx, Weber.

O desenvolvimento da sociologia no Brasil.Processo de socialização;

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2- O Processo de socialização e

as Instituições sociais

Instituições sociais: familiares; Escolares;

Religiosas;

Violência, abuso

Gênero e diversidade sexual;

Instituições de Reinserção (prisões, manicômios,

asilos, etc

3- Trabalho, Produção e Classes

Sociais

O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes

sociedades;

Educação do campo( eixo temático: divisão social

e territorial; interdependência campo cidade,

questão agrária e desenvolvimento sustentável.

Desigualdades sociais: estamentos, castas,

classes sociais.

Organização do trabalho nas sociedades

capitalistas e suas contradições;

Globalização e neoliberalismo;

relações de trabalho;

Trabalho no brasil.

2ª Série

1-O Surgimento da Sociologia e

Teorias Sociológicas

Formação e consolidação da sociedade capitalista

e o desenvolvimento do pensamento social;

Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim,

Engels e Marx, Weber.

O desenvolvimento da sociologia no Brasil.2- Poder, Política e Ideologia Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

Democracia, autoritarismo, totalitarismo; violência

simbólica;

Estado no Brasil;

Conceitos de poder;

Conceitos de Ideologia; (prevenção ao uso

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indevido de drogas)

Conceitos de dominação e legitimidade;

As expressões da violência nas sociedades

contemporâneas. (enfrentamento à violência na

escola)3- Direito, Cidadania e

Movimentos Sociais

Direitos civis, políticos e sociais

Direitos humanos (direitos das crianças e dos

adolescentes)

Conceito de cidadania ( cidadania e direitos

humanos)

Movimentos sociais

Movimentos sociais no Brasil

A questão ambiental e os ambientalistas

A questão das Ong,s (educação ambiental)

3ª série

1-O Surgimento da Sociologia e

Teorias Sociológicas

Formação e consolidação da sociedade capitalista

e o desenvolvimento do pensamento social;

Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim,

Engels e Marx, Weber.

O desenvolvimento da sociologia no Brasil.2-Cultura e indústria cultural Desenvolvimento antropológico do conceito de

cultura e sua contribuição na análise das diferentes

sociedades;

Culturas Indígenas

Cultura afro-brasileiras e africanas

Diversidade cultural;

Identidade

Indústria Cultural; (educação Fiscal)

Prevenção ao uso indevido de drogas

Meios de comunicação de massa;

Sociedade de consumo;

Indústria cultural no Brasil;

Questões de gênero;

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3. METODOLOGIA

No estudo da Sociologia faz-se necessário iniciar o processo de ensino através da

contextualização histórica para que o aluno situe-se dentro dos fatos acontecidos para aí

então formular uma análise didática e crítica dos problemas sociais. No ensino de

Sociologia, é fundamental a adoção de múltiplos instrumentos metodológicos, adequando-

os aos objetivos pretendidos.

Desde a sua constituição como conhecimento sistematizado, a Sociologia tem

contribuído para ampliar o conhecimento dos homens sobre sua própria condição de vida

e, fundamentalmente, para a análise das sociedades, ao compor, consolidar e alargar um

saber especializado, pautado em teorias e pesquisas que esclarecem muitos problemas

da vida social.

O tratamento dos conteúdos pertinentes à Sociologia, fundamenta-se e sustenta-

se em teorias originárias de diferentes tradições sociológicas, cada uma com seu

potencial explicativo. Como disciplina escolar, a Sociologia, deve acolher a particularidade

das diferentes tradições, e, ao mesmo tempo recusar qualquer espécie de síntese teórica,

assim como encaminhamentos pedagógicos de ocasião.

A metodologia da disciplina de sociologia deve ser dinâmica permitindo a

interação, o diálogo e uma postura reflexiva perante os conteúdos expostos durante as

aulas. Criar situações que possibilitam a exposição de diferentes pontos de vista; tal

princípio, ajuda a ver com clareza as concepções de sociedade que estão embutidas nas

diferentes visões presentes na sala de aula. Dar ao aluno condição de opinar nas

tomadas de decisões de ensino, cabendo ao professor a função de mediador das

interações práticas, o que possibilita o estabelecimento de uma democracia sólida. A sala

de aula é o espaço determinado para a aula, mas não é só ele. Usar de outros espaços

propicia a mudança e esta por sua vez ocasiona também a mudança de pensamento.

O conhecimento sociológico deve ir além da definição, classificação, descrição e

estabelecimento de correlações de fenômenos da realidade. O aluno precisa aprender a

pensar, a refletir, a pesquisar.

Aulas expositivas dialogadas; aulas em visitas guiadas a instituições quando

possível;

Exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos;

Leituras de textos: clássicos-teóricos, teórico-contemporâneos, temáticos,

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didáticos, literários, jornalísticos;

debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras pesquisas:

pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica;

análise: de filmes, documentários, músicas, propagandas de TV;

análise crítica de imagens (fotografias, charges, tiras, publicidade)

4. AVALIAÇÃO

A avaliação não é apenas um resultado, mas um processo contínuo e sistemático.

Ela não pode ter uma função apenas classificatória, é muito mais que isso. Deve-se

avaliar durante todo o ano letivo, para que se diagnostique os conhecimentos e para

descobrir os interesses dos diversos grupos.

Assim, o processo de avaliação serve para organizar, orientar e validar o

processo de ensino-aprendizagem. A avaliação deve ser essencialmente diagnóstica e

formativa. Quando diagnóstica, é um meio para se conhecer os alunos, seus problemas e

suas potencialidades. Para que a avaliação formativa se torne uma prática é necessário

abrir um leque de opções, usando a diversidade dos instrumentos de avaliação. Usando

para isso diferentes instrumentos: provas, testes, trabalhos, debates, seminários,análise

de filmes, exercícios, pesquisas, entrevistas, palestras, propagandas, documentários,

músicas, etc. A recuperação concomitante deve ser aplicada aos alunos que não

conseguiram produzir novas ideias a partir das vivências sociais. A avaliação, é um direito

assegurado em lei, além disto ela permite ao professor reforçar os conteúdos e reavaliar

a sua prática.

O caráter da avaliação na disciplina de sociologia parte do princípio de inclusão e

não exclusão.

A avaliação será percebida como instrumento formativo dialético da identificação

de novos conceitos na formação do aluno crítico, autônomo, analisando no seu

desenvolvimento escolar a capacidade de desnaturalizar conceito construídos

culturalmente.

Critérios de avaliação:

apreensão dos conceitos básicos da ciência, articulados com a prática social;

a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente;

clareza e a coerência na exposição das ideias sociológicas;

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a mudança na forma de olhar e compreender os problemas sociais.

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5. REFERÊNCIAS

BOTTOMORE, T. B. Introdução à Sociologia. Rio de Janeiro. Zahar, 1970.

KRUPPA, Sonia M. P.. Sociologia da Educação, São Paulo, Ática, 1989.

MEKSENAS, Paulo. Sociologia da Educação, São Paulo, Loyola, 1988.

OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. São Paulo, Ática, 2001.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretriz Curricular da

Educação básica: Sociologia. Curitiba, PR, 2008.

PILETTI, Nelson. Sociologia da Educação. São Paulo, Àtica, 2000.

TELES, Maria Luiza Silveira. Sociologia para Jovens. Petrópolis, Vozes, 1993.

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COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA DE HISTÓRIA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PAULA FREITAS

2010

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PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A História tem como objeto de estudos os processos históricos, relativo às

ações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram às

mesmas, tendo ou não consciência dessas ações. A finalidade da História é expressa

no processo de produção do conhecimento humano sob a forma da consciência histórica

dos sujeitos. Devem-se considerar também como objetivo de estudos as relações dos

seres humanos com os fenômenos naturais, tais como as condições geográficas, físicas e

biológicas de uma determinada época e local, os quais também se conformam a partir das

ações humanas.

DIMENSÃO HISTÓRICA DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA

A História no Brasil era baseada na História da Europa Ocidental, valorizando a

nacionalidade expressa nas raças branca, índia e negra, predominando a ideologia

branca, excluindo pessoas comuns como sujeitos históricos. Os conteúdos da disciplina

eram voltados a História Universal, e a História do Brasil era dificilmente tratada pelos

professores.

No governo de Getúlio Vargas o ensino de História retornou aos currículos

escolares, mas voltada para a elite. Desde o início dos anos 1930, o ensino de História foi

marcado pelos debates teóricos sobre a inclusão dos Estudos Sociais na escola.

Após a implantação do regime militar (1964), manteve seu caráter político, pautado

no estudo de fontes oficiais e narrado apenas do ponto de vista factual. Mantiveram-se os

grandes heróis como sujeitos da História narrada, exemplos a serem seguidos.

A partir da Lei 5692/71, o ensino centrou-se numa formação tecnicista, voltada para

a preparação de mão de obra para o mercado de trabalho. As disciplinas das áreas

humanas perderam espaço nos currículos, as disciplinas de História e Geografia faziam

parte de Estudos Sociais, dividindo ainda a carga horária com Educação Moral e Cívica.

No segundo grau a carga horária de História foi reduzida e a disciplina de OSPB

(Organização Social e Política Brasileira) passou a compor o currículo.

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Na segunda metade da década de 1980 e no início dos anos 1990, cresceram os

debates em torno das reformas democráticas na área educacional, repercutindo nas

novas propostas do ensino da História.

No Paraná foi criado o Currículo Básico fundamentado na pedagogia histórica-

crítica. Essa proposta de renovação do ensino da história tinha como pressupostos

teóricos a historiografia social, pautada no materialismo dialético indicando alguns

elementos da Nova História.

Após a redemocratização política do Brasil, valorizava as ações dos sujeitos em

relação às estruturas em mudança que demarcam o processo histórico das sociedades,

incluindo ente os conteúdos, o estudo da produção do conhecimento histórico, das fontes

e das temporalidades.

Para o 1º grau, o conteúdo foi dividido em dois blocos distintos – História do Brasil

e História Geral. A História do Paraná e da América Latina apareciam como estudos de

casa. O estudo de História, no ensino de 2º Grau no Paraná, embasado na pedagogia

histórica-crítica dos conteúdos, apresentava uma proposta curricular que apontava para a

organização dos conteúdos, a partir do estudo da formação do capitalismo no mundo

ocidental e a inserção do Brasil nesse quadro, de forma integrada, por meio da retomada

da historiografia social, ligada ao materialismo histórico dialético.

Essa forma de organização curricular demonstrava a dificuldade da proposta em

romper com uma visão eurocêntrica da história. Os documentos curriculares estudados

não superaram a história linear e cronológica como haviam proposto, uma vez que

enfatizavam exageradamente os fatos e acontecimentos políticos e econômicos da

história.

A implementação dessas novas propostas foi limitada devido à ausência prévia de

um processo de formação continuada dos professores. A implantação dos novos

currículos foi simultânea em todas as séries, sem a disponibilização de referenciais

teórico-metodológicos prévios para os professores, limitando a sua apropriação pelos

mesmos.

O ministério da Educação divulgou no final dos anos 90, os Parâmetros

Curriculares Nacionais (PCN) para o Ensino Fundamental e Médio, organizando o

currículo em áreas do conhecimento. Faziam parte da área de ciências humanas e suas

tecnologias: as disciplinas de Geografia, Sociologia, Filosofia e História. A História foi

integrada as demais pelos temas transversais.

A implementação dos PCNs no Paraná se deu de modo autoritário, apesar das

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escolas terem autonomia para elaborar suas propostas curriculares.

O objetivo principal no currículo de História era formar cidadãos preparados para

exigências científico-tecnológicas da sociedade contemporânea. No Ensino Médio, a

articulação entre os conteúdos propostos e as competências apresentadas nos PCNs,

remetiam a uma abordagem funcionalista, pragmática e presentista dos conteúdos de

história.

No Estado Paraná, a partir de 2003, ocorreu um processo de elaboração das

Diretrizes Curriculares, envolvendo professores na construção desse novo documento

orientador e ainda atender as demandas dos movimentos sociais organizados.

A Lei nº 13.381/01 tornou obrigatório no Ensino Fundamental e Médio da rede

pública estadual de ensino os conteúdos de História do Paraná.

A Lei nº 10.639/03 torna obrigatório o estudo de História da Cultura Afro-Brasileira.

A organização do currículo para o Ensino Fundamental de História terá como

referência os conteúdos estruturantes, entendidos como os saberes que aproximam e

organizam os campos da história e seus objetivos.

Os conteúdos estruturantes estão compostos pelas dimensões política, econômica-

social e cultural, a partir de contribuições teóricas e metodológicas da Nova Esquerda

Inglesa e da Nova História Cultural. O referencial básico é a História do Brasil estudada a

partir das problemáticas levantadas pela realidade regional e nacional e suas relações

com o contexto mundial.

A dimensão política requer uma nova forma de romper com o ensino tradicional da

História até então centrado nos chamados “grandes homens”, batalhas, tratados, datas,

etc. Para que isso ocorra, ressaltava-se a importância de inserir o sujeito comum na

História a partir do estudo de espaços e de relações sociais pautadas pelas relações de

poder.

A dimensão econômica-social propõe incluir novas fontes para o estudo das

Histórias, visa dar voz aos excluídos, aos povos sem história; aos iletrados, valoriza os

vencidos, os marginais e as diversas minorias incluindo novas fontes para o estudo da

História.

A dimensão cultural permite conhecer os conjuntos de significados que os homens

conferiram à sua realidade para explicar o mundo. Objetiva-se construir junto aos alunos

uma consciência histórica que possibilite a compreensão da realidade contemporânea e

as implicações do passado em sua constituição.

Para a disciplina de História no Ensino Médio os conteúdos estruturantes são as

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relações de trabalho, relações de poder e as relações culturais. As ações e relações

humanas constituem o processo histórico, o qual é dinâmico. Os conteúdos estruturantes

são interligados entre si e permitem a busca do entendimento da totalidade das ações

humanas.

O trabalho expressa a relação que os seres humanos estabelecem entre si e a

natureza. Ao realizar as atividades de transformação de elementos da natureza, os

homens se relacionam entre si. Estas relações de trabalho permitem diversas formas de

organização do mundo do trabalho. Para entender caso se constituiu este modelo faz-se

necessário entender como as relações de trabalho foram construídas historicamente. O

estudo das relações de trabalho deve considerar as esferas: doméstica, a prática

comunitária, as manifestações artísticas e intelectuais, e a participação nas instâncias de

representações: políticas, trabalhistas e comunitárias.

O estudo das relações culturais deve considerar a especificidade de cada

sociedade e relações entre elas. O processo histórico constituído na relação entre as

diversas sociedades é o que pode ser chamado de cultura comum.

O conceito de cultura parte de Raymond Willians (2003) o qual afirmava que esta é

comum a todos os seres humanos, na medida em que existe uma estrutura comum de

modos de pensar, agir e perceber o mundo, que leva a constituição de organizações

sociais diferentes. As diferenças culturais existem devido às diversas interpretações

constituídas por sujeitos históricos que estão inseridos em grupos sociais distintos na

divisão social do trabalho.

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICO

O objeto de estudo da História são as ações e as relações humanas praticadas no

tempo. As relações humanas produzidas por estas ações podem ser definidas como

estruturas sócio-históricas, ou seja, são formas de agir, de pensar ou de raciocinar, de

representar, de imaginar, de instituir, portanto, de se relacionar social, cultural e

politicamente. Considerando ainda como objeto de estudo da área de relação dos homens

com os fenômenos naturais, condições geográficas, físicas e biológicas.

O objetivo da História é formar o processo de consciência crítica, formando

cidadãos atuantes, conhecedores de seus direitos e deveres, transformadores da

sociedade, que saibam relacionar-se com os demais, que sejam éticos, que saibam

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respeitar as diferenças, que sejam críticos e que sejam capazes de intervir e contribuir na

formação de um mundo mais justo.

As correntes historiográficas utilizadas como fundamento são a Nova História

Cultural, incluindo alguns historiadores da Nova História e a Nova Esquerda Inglesa.

A Nova História tem como sua principal expressão a História das mentalidades,

sendo influenciada pelos movimentos feministas, pelas lutas contra as desigualdades

raciais, entre outros. Os historiadores que se destacaram neste período foram – Jaques

Le Goff, Lucien Felvre, George Duby, Emmanuel Le Roy Ladurie, entre outros.

A Nova História Cultural se utiliza das categorias de representação e apropriação

para a produção do conhecimento histórico. Historiadores como Clifford Geertz, Mikhail,

Bakhtin, Norbert Elias, Michel Foucault e Pierre Bourdieu possibilitaram a abordagem de

propostas onde são valorizadas a micro-história. Através da observação do historiador,

utilizando a diversificação dos documentos, na construção do conhecimento histórico,

permitindo também relações interdisciplinares com outras áreas do conhecimento.

Os historiadores da Nova Esquerda Inglesa procuraram analisar a concepção do

poder de forma a apresentar outros atores sociais e, outros espaços de poder, o que ficou

conhecida como a “história vista de baixo”. Destacando como personagem principal a

classe trabalhadora de seus estudos impérios.

Essa concepção de História possibilita novos questionamentos sobre o passado,

valorizando a possibilidade de luta e transformação social. Entende-se que a consciência

histórica é uma condição da existência do pensamento humano, pois sob esta perspectiva

os sujeitos se constituem a partir de suas relações sociais, em qualquer período e local do

processo histórico.

Os historiadores que influenciaram a historiografia britânica – Raymond Willians,

Eric Hobsbawn, Cristopher Hill, Perry Anderson, Maurice Dobb e Edward Thompson,

entre outros.

A disciplina de História tem como base as correntes historiográficas que percebem

a classe trabalhadora a partir do conceito de experiência, envolvendo o econômico, o

cultural e o social.

Ao optar pelas contribuições das correntes historiográficas identificadas como Nova

História Cultural e Nova Esquerda Inglesa como referencias teóricas das Diretrizes

Curriculares de História, objetiva-se propiciar aos alunos, ao longo da Educação Básica, a

formação da consciência histórica. Para que esse objetivo seja alcançado, a abordagem

dos conteúdos nessa perspectiva possibilita que o professor explore os novos métodos de

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produção do conhecimento histórico e amplie as possibilidades: de recortes temporais, do

conceito do documento, de sujeitos e de suas experiências, de problematização em

relação ao passado. Além disso, permite que o aluno elabore conceitos que o permitam

pensar historicamente, superando também a idéia de História como algo dado, como

verdade absoluta.

OBJETIVOS GERAIS DE HISTÓRIA

• Ampliar o conhecimento que o aluno tem de seu próprio mundo, por meio do estudo do

passado da humanidade;

• Desenvolver a capacidade da compreensão e de atitudes de respeito com relação a outras

culturas e sociedades, em outros tempos e lugares;

• Oportunizar a formação de cidadãos críticos e participativos na vida social e da história do

seu tempo;

• Estudar o passado, articulando-o com o presente, ajudando-nos a refletir sobre as questões

,que englobam os desafios educacionais contemporâneos;

• Reconhecer a diversidade cultural como elemento importante para o entendimento da

história, promovendo um conhecimento mais plural do que o universal da história das

sociedades;

• Ampliar a compreensão da realidade e tornar-se capaz de estabelecer relações com outras

realidades históricas e de respeitar os valores culturais das diferentes sociedades.

• Praticar o exercício de reflexão, de pensar e refletir historicamente.

• Desenvolver no estudante uma visão crítica, espírito social e politicamente participativo,

capaz de avaliar a sua possibilidade de atuação no contexto histórico em que se insere.

• Resgatar a identidade das pessoas do campo, buscando romper com a ideologia que a cultura

e saberes do campo são ultrapassados e inferiores.

• Defender a ética e o respeito aos diferentes valores culturais.

• Considerar o aluno produtor de conhecimento e promover o exercício da cidadania.

• Interpretar um documento ou fonte histórica, estimulando a leitura, compreensão e crítica.

• Estimular o aluno a desenvolver argumentos próprios em textos que valorizem o

conhecimento científico, filosófico e artístico.

• Propiciar a discussão, o debate e a troca de experiências, que ajudarão na produção do saber

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histórico.

• Estabelecer ligações entre o passado colonial dos povos e sua situação atual, bem como, se

houve benefícios e desenvolvimento nas relações do poder.

• Estudar as transformações históricas, construídas pelas ações e relações humanas

(experiências ou trabalhos humanos, entre outros aspectos),

• Construir o conhecimento por meio do diálogo, debate e pesquisa, compreendendo o mundo

no qual estão inseridos.

• Favorecer a formação do estudante como cidadão, para que assuma formas de participação

social e política e atitudes criticas diante da realidade atual, aprendendo a discernir os

limites e as possibilidades de sua atuação, na permanência ou na transformação da realidade

histórica na qual se insere.

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C) CONTEÚDOS

CONTEÚDOS BÁSICOS HISTÓRIA – ENSINO FUNDAMENTAL5ª SÉRIE - OS DIFERENTES SUJEITOS, SUAS CULTURAS E SUAS HISTÓRIAS

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Abordagem Teórico-Metodológico Avaliação

Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais

1)A experiência humana no tempo: a memória local e memória da humanidade; o tempo (as temporalidades e as periodizações); o processo histórico (as relações humanas no tempo)

Os conteúdos básicos da 5ª série do Ensino Fundamental deverão ser problematizados por meio da

contextualização espaço-temporal das ações e relações dos sujeitos

a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de

gerações. Deverão ser privilegiados os contextos ligados

à história local e do Brasil em relação à história da América Latina, da África, da Europa e

Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências,

simultaneidades e recorrências) e das periodizações. Os conteúdos básicos devem estar articulados

aos conteúdos estruturantes. Metodologicamente o confronto de

interpretações historiográficas e documentos históricos permitem

aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.

Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade analisar e

avaliar processualmente a formação do pensamento

histórico e cultural que orienta o agir dos sujeitos históricos

no tempo. Pretende fazer com que os jovens alunos

percebam que são sujeitos históricos e compreendam a formação de sua cultura local e das diversas culturas que

com ela se relacionam e que instituem um processo histórico distinto. Essa compreensão deve se

fundamentar em narrativas e documentos históricos que

demarquem espaço-temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos

eventos que produziram esse processo histórico constituído pelas relações de poder, de

trabalho e culturais.

O local e o Brasil A relação com o Mundo

- o jovem aluno e suas percepções do tempo histórico (temporalidades e periodizações): memórias e documentos familiares e locais

2. - o jovem e suas relações com a sociedade no tempo (família, amizade, lazer, esporte,

escola, cidade, estado, país, mundo)

- a formação do pensamento histórico - os vestígios humanos: os documentos históricos

- o surgimento dos lugares de memórias: lembranças, mitos, museus, arquivos, monumentos espaços

públicos, privados, sagrados - as diversas temporalidades nas sociedades indígenas,

agrárias e industriais as formas de periodização: por dinastias, por eras, por

eventos significativos,etc.

2) Os sujeitos e sua relação com o outro no tempo: as gerações e as etnias

O local e o Brasil A relação com o Mundo

- os povos indígenas e suas culturas na história do Paraná: xetás, kaigangs, xoklengs e tupi-guaranis

- colonizadores portugueses e suas culturas na Amé rica e no território paranaense

- os povos africanos e suas culturas no Brasil e no Paraná

- os imigrantes europeus e asiáticos e suas culturas no Brasil e no Paraná

- a condição das crianças, dos jovens, dos idosos na história do Brasil e do Paraná

- o surgimento da humanidade na África e a diversidade cultural na sua expansão: as teorias

sobre seu aparecimento- as sociedades comunitárias

- as sociedades matriarcais – as sociedades patriarcais

- o significado das crianças, jovens e idosos nas sociedades históricas

3) A cultura local e a cultura comum: os mitos, lendas, a cultura popular, festas e religiosidades; a constituição do pensamento científico; as formas de representação humanas; a oralidade e a escrita; as

formas de se narrar a história

O local e o Brasil A relação com o Mundo

- os mitos, rituais, lendas dos povos indígenas paranaenses

- as manifestações populares no Paraná: a congada, o fandango, cantos, lendas, rituais e as festividades

religiosas- pinturas rupestres e sambaquis no Paraná- a produção artística e científica paranaense

- pensamento científico: a antigüidade grega e Europa moderna

- a formação da arte moderna- as relações entre a cultura oral e a cultura

escrita: a narrativa histórica

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6ª SÉRIE - A CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA DOS MUNDOS RURAL E URBANO E A FORMACAO DA PROPRIEDADE EM DIFERENTES TEMPOS E ESPAÇOSConteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Abordagem Teórico-Metodológico Avaliação

Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais

1) As relações de propriedade: a propriedade coletiva; a propriedade pública; a propriedade privada; a terra Os conteúdos básicos da 6ª série do Ensino Fundamental deverão ser

problematizados como temas históricos por meio da

contextualização espaço-temporal das ações e relações dos sujeitos a

serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de gerações.

Deverão ser privilegiados os contextos ligados à história local e do

Brasil em relação à história da América Latina, da África, da Europa

e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências,

simultaneidades e recorrências) e das periodizações. Os conteúdos básicos

devem estar articulados aos conteúdos estruturantes.

Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e

documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias

históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.

Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar

processualmente os mundos do campo e da cidade suas

relações de propriedade. Em uma expectativa de fazer

com que os alunos compreendam que as

relações entre o mundo do campo e o mundo da cidade

e a constituição da propriedade foram instituídas

por um processo histórico. Essa compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que

demarquem espaço-temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos

eventos que produziram esse processo histórico constituído pelas relações de poder, de

trabalho e culturais.

O local e o Brasil A relação com o Mundo

A propriedade coletiva entre os povos indígenas, quilombolas, ribeirinhas, de ilhéus e faxinais no

Paranáa família e os espaço privado: a sociedade

patriarcal brasileiraa constituição do latifúndio na América

portuguesa e no Brasil imperial e republicanoas reservas naturais e indígenas no Brasil

a reforma agrária no Brasila propriedade da terra nos assentamentos

a constituição do espaço público da antigüidade na pólis grega e na sociedade romana

a reforma agrária na antigüidade greco-romanaa propriedade coletiva nas sociedades pré-

colombianas

2) O mundo do campo e o mundo da cidade

O local e o Brasil A relação com o Mundo

as primeiras cidades brasileiras: formação das vilas e das Câmaras

municipaiso engenho colonial

a conquista do sertãoas missões jesuíticas

a Belle Époque tropical modernização das cidades

cidades africanas e pré-colombianas

as cidades na antigüidade orientalas cidades nas sociedades antigas clássicas

a ruralização do Império Romano e a transição para o feudalismo europeu

a constituição dos feudos (Europa Ocidental, Japão e sociedades da África meridional) e glebas servis (Europa

Ocidental)as transformações no feudalismo europeu

o crescimento comercial e urbano na Europa

3) As relações entre o campo e a cidade

O local e o Brasil A relação com o Mundo

4) Conflitos, resistências e produção cultural campo/cidade

O local e o Brasil A relação com o Mundo

a relação entre senhores e escravos o sincretismo religioso(formas de resistê

ncia afro-brasileira) as cidades e as doenças a aquisição da terra e da casa

própria o MST e outros movimentos pela terra os movimentos culturais camponeses e urbanos no Brasil

republicano nos séculos XIX, XX e XXI

a peste negra e as revoltas camponesasas culturas teocêntrica e antropocêntrica

as manifestações culturais na América Latina África e Ásia

as resistências no campo e na cidades América Latina e continente africano

a história da mulheres orientais, africanas e outras

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7ª SÉRIE - O MUNDO DO TRABALHO E A LUTA PELA CIDADANIA

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Abordagem Teórico-Metodológico Avaliação

Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais

1) História das relações da humanidade com o trabalho Os conteúdos básicos da 7ª série do Ensino Fundamental deverão ser problematizados por meio da

contextualização espaço-temporal das ações e relações dos sujeitos

a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de

gerações. Deverão ser privilegiados os contextos ligados

à história local e do Brasil em relação à história da América Latina, da África, da Europa e

Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências,

simultaneidades e recorrências) e das periodizações. Os conteúdos básicos devem estar articulados

aos conteúdos estruturantes. Metodologicamente o confronto de

interpretações historiográficas e documentos históricos permitem

aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.

Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar

de modo processual as ações políticas, sociais, trabalhistas que

os sujeitos históricos promovem em relação ao mundo do trabalho e às lutas pela participação política. Tem como expectativa de aprendizagem

fazer com que os alunos compreendam a produção das

várias formações sociais, tais como o a escravidão, o feudalismo, o

capitalismo e as propostas socialistas que foram instituídas por

um processo histórico. Essa compreensão deve se fundamentar

em narrativas e documentos históricos que demarquem espaço-

temporalmente,verifiquem e confrontem os vestígios dos

eventos que produziram esse processo histórico constituído pelas

relações de poder, de trabalho e culturais.

O local e o Brasil A relação com o Mundo

-o trabalho nas sociedades indígenas

-Sociedade patriarcal e escravocrata

-Mocambos/Quilombos as resistências na colônia

-Remanescentes de quilombos

• - a história do trabalho nas primeiras sociedades

humanas

- o trabalho e a vida cotidiana nas colônias espanholas: a

mita

• - o trabalho assalariado

2) O trabalho e a vida em sociedade

O local e o Brasil A relação com o Mundo

• A desvalorização do trabalho no Brasil Colônia e

Império• A busca pela

cidadania no Brasil Império• os saberes nas

sociedades indígenas: mitos e lendas que perpetuam as

tradições• Corpos dóceis: o

papel da escola no convencimento para um bom

• Os significados do trabalho na Antigüidade

Oriental e Antigüidade Clássica• As três ordens do

imaginário feudal• As corporações de

oficio• O entretenimento na

corte e nas feiras• O nascimento das fábricas e a vida cultural ao

redor

3) O mundo do trabalho

O local e o Brasil A relação com o Mundo

- a desvalorização do trabalho

- o latifúndio no Paraná e no Brasil

- a sociedade oligárquico-latifundiária

- a vida cotidiana das classes trabalhadoras no

campo e as- contradições da

modernização

- a produção e a organização social

capitalista- a ética e moral capitalista

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4) As resistências e as conquistas de direito

O local e o Brasil A relação com o Mundo

Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais

- o movimento sufragista feminino

- a discriminação racial e lingüística (o caipira no

contexto do capital)- As congadas como resistência cultural

- A consciência negra e o combate ao racismo

- Movimentos sociais e emancipacionistas

- os homens, as mulheres e os homossexuais no

Brasil e no Paraná

- o movimento sufragista feminino

- a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão

- o Luddismo- a constituição dos

primeiros sindicatos de trabalhadores

os homens, as mulheres e os homossexuais no mundo

contemporâneo

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8ª SÉRIE - RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIA: A FORMAÇÃO DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES SOCIAIS

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Abordagem Teórico-Metodológico Avaliação

Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais

1) A formação das instituições sociais: as instituições políticas; as instituições econômicas; as instituições religiosas; as instituições culturais; as instituições civis

Os conteúdos básicos da 8ª série do Ensino Fundamental deverão ser problematizados por meio da contextualização espaço-temporal das ações e relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade

étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser

privilegiados os contextos ligados à história local e do

Brasil em relação à história da América Latina, da África, da

Europa e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das

temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades

e recorrências) e das periodizações. Os conteúdos

básicos devem estar articulados aos conteúdos

estruturantes. Metodologicamente o confronto

de interpretações historiográficas e documentos

históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-

las por meio de narrativas históricas.

Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e

avaliar de modo processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as ações

políticas que os sujeitos históricos promovem em relação

às lutas pela participação no poder. Pretende fazer com que os estudantes compreendam a formação do Estado, das outras

instituições sociais e dos movimentos sociais que foram

instituídas por um processo histórico. Essa compreensão

deve se fundamentar em narrativas e documentos

históricos que demarquem espaço-temporalmente,

verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse processo histórico constituído pelas

relações de poder, de trabalho e culturais.

O local e o Brasil A relação com o Mundo

a formação do cacicado nas sociedades indígenas do Brasil

a Igreja Católica e as reduções jesuíticas na América portuguesa

as irmandades católicas e as religiões afro-brasileiras na América portuguesao surgimento dos cartórios, hospitais, prisões, bancos, bibliotecas, museus, arquivos, escolas e universidades no

Brasila formação dos sindicatos no Brasil

as associações e clubes esportivos no Brasil

a instituição da Igreja no Império Romanoas ordens religiosas católicas

as guildas e as corporações de ofício na Europa medieval

o surgimento dos bancos, escolas e universidades medievais

a organização do poder entre os povos africanos

a formação das associações de trabalhadores e dos sindicatos no

Ocidenteo surgimento das empresas transnacionais e instituições

internacionais (ONU, FMI, OMC, OPEP, FIFA, Olimpíadas)

2) A formação do Estado: a monarquia; a república (aristocracia, ditadura e democracia); os poderes do Estado

O local e o Brasil A relação com o Mundo

-as relações entre o poder local e o Governo Geral na América portuguesa-os quilombos na América portuguesa e

no Brasil Imperial -a formação do Estado-nação brasileiro

-as constituições do Brasil imperial e republicano

-a instituição da república no Brasil: as ditaduras e a democracia

-os poderes do Estado brasileiro: executivo, legislativo e judiciário

-as empresas públicas brasileiras-a constituição do Mercosul

-o surgimento da monarquia nas sociedades da antigüidade no Crescente

Fértil-a monarquia e a nobreza na Europa

medieval-a formação dos reinos africanos-o Estado Absolutismo europeu

-a constituição da república no Ocidente-o imperialismo no século XIX

-a formação dos Estados nacionais nos séculos XIX a XXI: as ditaduras e as

democracias-a constituição dos dos Estados socialistas

e dos Estados de Bem- Estar Social-a formação dos blocos econômicos

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3) Guerras e revoluções: os movimentos sociais: políticos, culturais e religiosos; as revoltas e revoluções sociais (políticas, econômicas, culturais e religiosas); guerras locais e guerras mundiais.

O local e o Brasil A relação com o Mundo

-as guerras e revoltas indígenas e quilombos na América portuguesa e no Brasil imperial-as revoltas republicanas na América portuguesa-as revoltas sociais no Brasil imperial e republicano-as guerras cisplatinas e a guerra do Paraguai-os movimentos republicano e abolicionista no Brasil imperial-o movimento anarquista, comunista e tenentista no Brasil-o Brasil nas Guerras Mundiais-os movimentos pela redemocratização do Brasil (carestia, feministas, etno-raciais e estudantis)

-as revoltas democráticas nas pólis gregas-as revoltas plebéias, escravas e camponesas na república romana-as heresias medievais-as guerras feudais na Europa Ocidental e as cruzadas-as revoltas religiosas na Europa moderna-A conquista e colonização da América pelos povos europeus-as revoluções modernas-os movimentos nacionalistas-as guerras mundiais-as revoluções socialistas no século XX-as guerras de independência das nações africanas e asiáticas-os movimentos camponeses latino-americanos e asiáticos

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CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO (TEMAS HISTÓRICOS)

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais

• Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre

O conceito de trabalho – livre e explorado O mundo do trabalho em diferentes sociedades no tempo: trabalho explorado

escravo e servil (teocráticas, greco-romanas, medievais e africanas

Transição do trabalho escravo, servil e artesanal para o trabalho assalariado

O trabalho livre: as sociedades do consumo produtivo: as primeiras sociedades humanas, as sociedades nômades e semi-nômades, as

etnias indígenas e africanas As experiências do trabalho livre em sociedades revolucionárias: a Comuna de

Paris, os sovietes russos, associações húngaras, os círculos bolivarianos

Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser

problematizados como temas históricos por meio da

contextualização espaço-temporal das ações e relações

dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade

étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser

considerados os contextos ligados à história local, do

Brasil da América Latina, África e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências,

simultaneidades e recorrências) e das

periodizações. Os conteúdos básicos devem estar

articulados aos conteúdos estruturantes.

Metodologicamente o confronto de interpretações

historiográficas e documentos históricos permitem aos

estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-

las por meio de narrativas históricas.

Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente as ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos

históricos. Pretende fazer com que os estudantes

compreendam a formação dos mundos do trabalho que foram

instituídos por um processo histórico. Essa compreensão

deve se fundamentar em narrativas e documentos

históricos que demarquem espaço-temporalmente,

verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse processo histórico, constituído pelas

relações de poder, de trabalho e de cultura.

Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais

Urbanização e industrialização

As cidades na História: cidades neolíticas, da antiguidade greco-romanas, da Europa medieval, pré-colombianas, africanas e

asiáticas Urbanização e industrialização no Brasil

Urbanização e industrialização nas

Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser

problematizados como temas históricos por meio da

contextualização espaço-temporal das ações e relações

dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade

étnica, de gênero e de

Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente as ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos

históricos. Pretende fazer com que os estudantes

compreendam a formação da urbanização e da

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CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO (TEMAS HISTÓRICOS)

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

sociedades ocidentais, africanas e orientais Urbanização e industrialização no Paraná no

contexto da expansão do capitalismo A arquitetura das cidades brasileiras em

diferentes épocas e espaços

gerações. Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do

Brasil da América Latina, África e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências,

simultaneidades e recorrências) e das

periodizações. Os conteúdos básicos devem estar

articulados aos conteúdos estruturantes.

Metodologicamente o confronto de interpretações

historiográficas e documentos históricos permitem aos

estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-

las por meio de narrativas históricas.

industrialização que foram instituídas por um processo

histórico. Essa compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos

históricos que demarquem espaço-temporalmente,

verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse processo histórico, constituído pelas

relações de poder, de trabalho e de cultura.

Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais

3. O Estado e as relações de poder

Os Estados teocráticos Os Estados na Antiguidade Clássica

O Estado e a Igreja medievais A formação dos Estados Nacionais

As metrópoles européias, as relações de poder sobre as colônias e a expansão do

capitalismo O Paraná no contexto da sua emancipação

O Estado e as doutrinas sociais (anarquismo, socialismo, positivismo)

O nacionalismo nos Estados ocidentais O populismo e as ditaduras na América Latina

Os sistemas capitalista e socialista Estados da América Latina e o neoliberalismo

Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser

problematizados como temas históricos por meio da

contextualização espaço-temporal das ações e relações

dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade

étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser

considerados os contextos ligados à história local, do

Brasil da América Latina, África e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências,

simultaneidades e recorrências) e das

periodizações. Os conteúdos básicos devem estar

Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente as ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos

históricos. Pretende fazer com que os estudantes

compreendam a formação do Estado e suas relações de

poder que foram instituídos por um processo histórico. Essa

compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que

demarquem espaço-temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos

eventos que produziram esse processo histórico, constituído pelas relações de poder, de

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CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO (TEMAS HISTÓRICOS)

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

articulados aos conteúdos estruturantes.

Metodologicamente o confronto de interpretações

historiográficas e documentos históricos permitem aos

estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-

las por meio de narrativas históricas.

trabalho e de cultura.

Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais

4. Os sujeitos, as revoltas e as guerras

Relações de dominação e resistência nas sociedades grega e romana na Antiguidade

grega e romana: mulheres, crianças, estrangeiros e escravos

Guerras e Revoltas na Antiguidade Clássica: Grécia e Roma

Relações de dominação e resistência na sociedade medieval: camponeses, artesãos,

mulheres, hereges e doentes Relações de resistência na sociedade

ocidental moderna As revoltas indígenas, africanas na América

portuguesa Os quilombos e comunidades quilombolas no

território brasileiro As revoltas sociais na América portuguesa

Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser

problematizados como temas históricos por meio da

contextualização espaço-temporal das ações e relações

dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade

étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser

considerados os contextos ligados à história local, do

Brasil da América Latina, África e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências,

simultaneidades e recorrências) e das

periodizações. Os conteúdos básicos devem estar

articulados aos conteúdos estruturantes.

Metodologicamente o confronto de interpretações

historiográficas e documentos históricos permitem aos

estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-

las por meio de narrativas históricas.

Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente as ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos

históricos. Pretende fazer com que os estudantes

compreendam as ações dos sujeitos a partir das revoltas e

revoluções que foram instituídas por um processo

histórico. Essa compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos

históricos que demarquem espaço-temporalmente,

verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse processo histórico, constituído pelas

relações de poder, de trabalho e de cultura.

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CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO (TEMAS HISTÓRICOS)

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais

5 . Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções

As revoluções democrática-liberais no Ocidente: Inglaterra, França e EUA)

Movimentos sociais no mundo do trabalho nos séculos XVIII e XIX: o surgimento do

sindicalismo A América portuguesa e as revoltas pela

independência As revoltas federalistas no Brasil imperial e

republicano As guerras mundiais no século XX e a Guerra

Fria As revoluções socialistas na Ásia , África e

América Latina Os movimentos de resistência no contexto

das ditaduras da América Latina Os Estados africanos e as guerras étnicas

A luta pela terra e a organização de movimentos pela conquista do direito a terra

na América Latina A mulher e suas conquistas de direitos nas

sociedades contemporâneas

Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser

problematizados como temas históricos por meio da

contextualização espaço-temporal das ações e relações

dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade

étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser

considerados os contextos ligados à história local, do

Brasil da América Latina, África e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências,

simultaneidades e recorrências) e das

periodizações. Os conteúdos básicos devem estar

articulados aos conteúdos estruturantes.

Metodologicamente o confronto de interpretações

historiográficas e documentos históricos permitem aos

estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-

las por meio de narrativas históricas.

Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente as ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos

históricos. Pretende fazer com que os estudantes

compreendam a formação dos movimentos sociais, guerras e revoluções contemporâneos que foram instituídos por um

processo histórico. Essa compreensão deve se

fundamentar em narrativas e documentos históricos que

demarquem espaço-temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos

eventos que produziram esse processo histórico, constituído pelas relações de poder, de

trabalho e de cultura.

Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais

6. Cultura e religiosidade

A formação das religiosidades dos povos africanos, americanos, asiáticos e europeus

neolíticos: xamanismo, totens, animismo os mitos e a arte greco-romanos e a formação

das grandes religiões: hinduísmo, budismo, confuncionismo, judaísmo, cristianismo,

islamismo

Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser

problematizados como temas históricos por meio da

contextualização espaço-temporal das ações e relações

dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade

étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser

considerados os contextos

Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente as ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos

históricos. Pretende fazer com que os estudantes

compreendam a formação dos movimentos culturais e

religiosos que foram instituídos por um processo histórico.

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CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO (TEMAS HISTÓRICOS)

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Teocentrismo versus antropocentrismo na Europa renascentista

Reforma e Contra-Reforma seus os desdobramentos culturais

O modernismo brasileiro Cultura e ideologia no governo Vargas Representação dos movimentos sociais,

políticos e culturais por meio da arte brasileira As etnias indígenas e africanas e suas manifestações artísticas, culturais e religiosas As manifestações populares: congadas,

cavalhadas, fandango, folia de reis, boi de mamão, romaria de São Gonçalo

ligados à história local, do Brasil da América Latina, África e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências,

simultaneidades e recorrências) e das

periodizações. Os conteúdos básicos devem estar

articulados aos conteúdos estruturantes.

Metodologicamente o confronto de interpretações

historiográficas e documentos históricos permitem aos

estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-

las por meio de narrativas históricas.

Essa compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que

demarquem espaço-temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos

eventos que produziram esse processo histórico, constituído pelas relações de poder, de

trabalho e de cultura.

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METODOLOGIA DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA

O conhecimento de dados históricos deve dar conta de superar os desafios, procurando

desenvolver o senso crítico, associando a produção da ciência histórica, passando da

reprodução do conhecimento a compreensão das formas de como se produz, formando assim,

um cidadão capaz de compreender a estrutura do mundo, da produção que nele se insere.

As dimensões da vida humana podem constituir enfoques historiográficos

significativos para o conhecimento da História, no Ensino Fundamental, são: a dimensão

política, a dimensão econômica-social e a dimensão cultural.

Tratar da História como representação é questionar a idéia de verdade e investigar

diferentes fontes sobre o tema em análise. Para o desenvolvimento dos conteúdos

relacionados utilizamos: livros didáticos, revistas periódicas, entrevistas, vídeos, DVD,

jornais, Revista Escola, CDRom, gravuras, sites da internet, filmes da época, Constituição,

Estatuto da Criança e do Adolescente, Bíblia, visitas a órgãos públicos, internet, globo

terrestre, planetário, enciclopédias, almanaque abril, coleção sobre o Paraná, entre outros.

No estudo de História priorizam-se os documentos primários, textos oficiais,

autobiográficos, cartas pessoais, depoimentos, obras literárias ou teatrais, letras de músicas,

cartazes, pinturas históricas, esculturas, peças arqueológicas, moedas, selos, caricaturas,

fotografias, objetos de uso cotidiano, entre outros. Esse novo olhar para o estudo da História

inclui novas fontes, valorizando os excluídos, pois os documentos oficiais privilegiam os

vencedores.

Nesta perspectiva, o resgate do passado pode ser realizado através das fontes orais.

Fazendo uso de documentos, propondo novos questionamentos, coletando informações,

comparando dados, produzindo uma narrativa histórica, problematizando o passado,

investigando o conteúdo, entre outros.

Possibilitar para que os alunos valorizem e contribuam para a preservação de

documentos, dos lugares de memória como museus, bibliotecas, acervos privados e públicos

de fotografias, de documentos escritos e audiovisuais, entre outros. Desenvolver o hábito de

problematizar a fim de contribuir para a formação da consciência histórica. Utilizar de modo

racional, crítico e problematizador os livros didáticos.

Através de questionamento levar os alunos a reflexão, desenvolvendo a criticidade,

mas principalmente à vontade de transformar sua realidade. Solicitar trabalhos em grupos,

lançando desafios que envolvam problemas presentes em seu dia a dia.

O professor deve estar esclarecido de que a produção do conhecimento histórico e

sua apropriação pelos alunos, é processual e, deste modo, é necessário que a

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construção do conhecimento histórico em questão seja constantemente retomado.

Esta relação pressupõe o trabalho com o conhecimento histórico em sala

de aula sob dois aspectos: o conteúdo a ser desenvolvido em sala de aula deve

considerar a experiência cultural dos alunos e as idéias já construídas por eles,

assim como construir em sala de aula um ambiente de partilha entre professores e

alunos.

Para tanto, é importante problematizar o conteúdo a ser trabalhado.

Outro elemento a ser considerado na metodologia do ensino de História é

o uso de documentos e fontes históricas em sala de aula.

A intenção com o trabalho de documentos em sala de aula é de

desenvolver a autonomia intelectual adequada, que permita ao aluno realizar

análises críticas da sociedade por meio de uma consciência histórica.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO.

A Avaliação não é vista mais como um fim, um resultado, mas como um processo

contínuo e sistemático. Ela não pode estar restrita a alguns momentos do curso, simplesmente

com função classificatória, julgando os sucessos ou os fracassos dos alunos. Ela deve ocorrer

durante todo o ano letivo, como forma de diagnosticar os conhecimentos que os alunos têm

sobre determinado tema, de descobrir os interesses que diferentes temas suscitam no grupo e,

dessa forma, conduzir a abordagem dos assuntos. Assim, o processo de avaliação serve para

organizar, orientar e validar o processo de ensino-aprendizagem.

A avaliação deve ser essencialmente diagnóstica e formativa. Em seu papel

diagnóstico, ela é um dos meios pelos qual o professor pode conhecer seus alunos, seus

problemas e suas potencialidades e orientar sua trajetória para tornar coerente a sua prática e

atingir os objetivos estabelecidos.

Para que a avaliação formativa se torne uma prática na sala de aula, é necessário não

restringir o processo avaliativo às provas e aos testes. É preciso diversificar os instrumentos

de avaliação – utilizando diferentes códigos: oral, escrito, gráfico, pictórico, numérico, com

uma observação sistemática e controlada e uma análise da produção dos alunos. A variedade e

a sistematização do processo avaliativo permitem ao professor acompanhar a construção do

conhecimento pelos alunos e controlar o ritmo do curso. A cada etapa cumprida, o professor

deve verificar se o grupo está preparado para avançar. Caso não esteja, é preciso experimentar

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novas estratégias para trabalhar o conteúdo.

Também é necessário que o professor considere o erro no processo de ensino-

aprendizagem um elemento fundamental para diagnosticar os problemas na construção do

conhecimento. O erro deve ter um papel construtivo, deve ser analisado sem que os alunos

sejam expostos de forma vexatória, mas com o intuito de compreender a lógica utilizada por

eles para descobrir que lacunas de compreensão provocaram esse erro e, assim, reconduzir o

processo para que o conceito seja efetivamente aprendido.

Propõe-se para o ensino de História uma avaliação formal, processual,

continuada e diagnóstica.

Ao longo do Ensino Médio o aluno deverá entender que as relações de trabalho, as

relações de poder e as relações culturais, as quais se articulam e constituem o processo

histórico. E compreender que o estudo do passado se realiza a partir de questionamentos feitos

no presente por meio da análise de diferentes documentos históricos.

O aluno deverá compreender como se encontram as relações de trabalho no mundo

contemporâneo, como estas se configuram e como o mundo do trabalho se constituiu em

diferentes períodos históricos, considerando os conflitos inerentes às relações de trabalho.

O aluno deverá compreender que a relação de poder encontra-se em todos os espaços

sociais e também deve identificar, localizar as arenas decisórias e os mecanismos que as

constituíram.

Quanto às relações culturais, o aluno deverá reconhecer a si e aos outros como

construtores de uma cultura comum, compreendendo a especificidade de cada sociedade e as

relações entre elas. O aluno deverá entender como se constituíram as experiências culturais

dos sujeitos ao longo do tempo e detectar as permanências e mudanças nas diversas tradições

e costumes sociais.

Para avaliar utilizaremos diferentes atividades como: leitura, interpretação e análise

de textos historiográficos, mapas e documentos históricos, produção de narrativas, históricas,

pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos, apresentação de seminários. Avaliando

através de avaliações orais, escritas e com consulta, através dos trabalhos e atividades, da

recuperação paralela, através de exercícios feitos em casa, e ainda da participação em

trabalhos em grupos e da observação do aluno em sala de aula.

Alguns critérios a serem observados na avaliação dos alunos ao longo do Ensino

Fundamental:

• Se os conteúdos e conceitos históricos estão sendo apropriados;

• Se o conceito de tempo foi construído de forma a permitir o estudo

das diferentes dimensões e contextos históricos propostos para o

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nível de ensino em questão;

• Se empregam conceitos históricos para analisar diferentes

contextos;

• Se compreendem a História como prática social, da qual participam

como sujeitos de seu tempo;

• Se analisam as diferentes conjunturas históricas a partir das

dimensões econômico-social, política e cultural no Ensino

Fundamental;

• Se compreendem que o conhecimento histórico é produzido com

base no método da problematização de distintas fontes

documentais, a partir das quais o pesquisador produz a narrativa

histórica;

• Se explicitam o respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social

e econômica, a partir do conhecimento dos processos históricos.

REFERÊNCIAS

Cadernos temáticos – seed.

Diretrizes Curriculares Estaduais de História, 2008.

Projeto Político Pedagógico, 2009.

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COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA

PAULA FREITAS

2010

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PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A importância da disciplina de Língua Portuguesa no Ensino

Fundamental e Médio leva em conta o processo histórico percorrido pelo

ensino da língua no Brasil. Conforme LAJOLO (1997), o professor deve

estar familiarizado com a história do ensino da Língua Portuguesa no

Brasil, com a história da alfabetização, da leitura e da literatura, a fim de

perceber o caminho que precedeu a realidade de ensino que temos hoje,

bem como o que sucederá esse momento. Também precisa ter uma noção

ampla de linguagem que inclua aspectos sociais, psicológicos, biológicos,

antropológicos e políticos, ou seja, ser um usuário competente da língua.

Nos primeiros tempos da colonização no Brasil, poucos tinham

acesso à alfabetização que era baseada no latim, tinha caráter imitativo e

reprodutivista e acontecia exclusivamente por questões de organização e

controle político e social, buscando a perpetuação do poder.

A obrigatoriedade do ensino de Língua Portuguesa em Portugal e no

Brasil vem de meados do séc. XVIII. Em 1837, ela foi incluída no currículo

com a denominação de Gramática Retórica e Poética (abrangendo a

literatura). No século XIX, a gramática denominou-se Português e, em

1871, foi criado o cargo de professor de Português. Apesar disso, Língua

Portuguesa como parte integrante do currículo e a preocupação com a

formação de professores nessa disciplina são fatos que aconteceram

somente a partir das últimas décadas do século XIX.

Por longo tempo o ensino da língua continuou sendo elitista. Só em

1967, começou o processo de sua democratização, o que acarretou

profundas transformações no sistema e trouxe novas necessidades e

exigências: propostas adequadas à presença de registros lingüísticos e

padrões culturais diferentes. Com a industrialização o ensino passou a ter

como objetivo principal a qualificação para o mercado de trabalho. Assim o

ensino de Língua Portuguesa era baseado em teorias da comunicação,

mas tinha fins utilitários e a gramática era puramente normativa.

Com a ampliação de vagas no ensino, aumentou o número de

alunos, as condições de trabalho tornaram-se precárias e os salários mais

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baixos. Com tudo isso, a formação docente ficou em segundo plano,

muitos profissionais tinham o livro didático como único referencial para o

“preparo” das aulas, não havia mais espaço para o senso crítico, a

experiência e a autonomia. O ensino da língua, desse modo, tornou-se

fragmentado, pautado em exercícios estruturais, fragmentos de textos que

não expandiam os sentidos da leitura. O ensino de Literatura também era

normativo e baseado em historiografias, ocasionando um esvaziamento da

complexidade da obra literária.

Em 1970, chegaram ao Brasil estudos lingüísticos que defendiam um

ensino centrado no texto e na interação social em sala de aula. Através de

Bakthin e os pensadores de seu círculo, esses estudos avançaram e a

língua passou a ser vista como algo que se constitui sobretudo pelo uso,

ou seja, pelos sujeitos que interagem. A partir daí, a formação de

professores começou a levar em conta a apropriação desses novos

conceitos, embora isso ainda não se refletisse na prática.

De 1980 para cá, os professores têm se mobilizado para repensar o

ensino da língua materna, discutindo ideias de estudiosos como Geraldi,

Faraco, Possenti, entre outros. Ideias essas que concebem o aluno como

sujeito que se constitui em meio à (e por meio de) atividades verbais.

Em 1990, o Currículo Básico do Paraná e os Parâmetros Curriculares

Nacionais já apresentavam pressupostos coerentes com as propostas

interacionistas ou discursivas. No entanto, os conteúdos gramaticais ainda

apareciam desvinculados de situações concretas de comunicação.

Percebe-se, então, que o ensino de Língua Portuguesa continua a

requerer constantes e críticas discussões, posicionamento e envolvimento

direto dos professores na elaboração de propostas e alternativas.

Nesse contexto, esta Proposta Curricular da disciplina de Língua

Portuguesa parte do pressuposto de que é através da interação entre

sujeitos em sala de aula que a aprendizagem acontece. As práticas

discursivas, dentro da concepção sociointeracionista, valorizarão o

repertório linguístico do aluno como caminho para ampliação de sua

competência comunicativa.

Para justificar a importância da disciplina no currículo recorre-se a

Bakhtin e os teóricos do seu círculo que apresentam o caráter dialógico da

linguagem:

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Todos os diversos campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem. (...) O emprego da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos) concretos e únicos, proferidos pelos integrantes desse ou daquele campo da atividade humana.

O trabalho realizado na disciplina pretende levar o aluno a ampliar o

domínio da língua adquirindo autonomia comunicativa para que possa

interagir eficazmente nas diversas situações cotidianas, tornando-se,

assim, um cidadão mais consciente, crítico e participativo, capaz de atuar

na realidade compreendendo-a e transformando-a, pois, de acordo com o

que afirma SOARES (2002), uma escola transformadora é aquela

consciente de seu papel político na luta contra as desigualdades sociais e

econômicas, assumindo a função de proporcionar a todos efetivas

condições de participação cultural e política e de reivindicação social.

Ainda sobre esse aspecto posicionam-se MEURER e MOTTA-ROTH

(2002): “A vida social contemporânea exige que cada um de nós

desenvolva habilidades comunicativas que possibilitem a interação

participativa e crítica no mundo de forma a interferir positivamente na

dinâmica social. ”Assim, torna-se indispensável um trabalho diversificado

que contemple atividades em que o dinamismo social da linguagem seja

exercitado.

Segundo FREIRE (1996), “a leitura do mundo precede sempre a

leitura da palavra”. Partindo, então da diversidade de gêneros presentes

no cotidiano do aluno, este será levado ao contato com outros gêneros

presentes na dinâmica social. A partir daí serão propostas atividades que

privilegiem a oralidade, a leitura, a escrita e a análise linguística, práticas

essenciais para que o cidadão possa efetivamente dominar o uso/

compreensão da língua nas diferentes interações sociais.

Quanto ao ensino de literatura, este tem fundamental importância

para a compreensão do processo histórico-cultural em que estamos

inseridos. Conforme Bakhtin (2003), “O processo literário é parte

inalienável do processo cultural”. Dessa forma, conhecendo literatura o

aluno poderá refletir sobre a realidade de outras épocas e a

contemporânea.

O mesmo autor ainda afirma que cada época, para cada corrente

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literária e estilo artístico-literário, cada gênero literário no âmbito de uma

época e cada corrente têm como características suas concepções

específicas de destinatário da obra literária, a sensação especial e a

compreensão do seu leitor, ouvinte, público, povo, e que o estudo histórico

das mudanças dessas concepções é uma tarefa interessante e importante.

Dessa forma, o trabalho com a Literatura será fundamentado na

seleção de textos que estimulem conexões entre presente/passado,

questionamentos sobre relações com a realidade cotidiana, proliferação do

pensamento, argumentações e reflexões sobre o fazer literário. Através da

leitura e da interação serão invocados outros temas, outros gêneros,

outras linguagens, aprimorando no aluno suas habilidades de falante,

leitor e escritor.

Na disciplina de Língua Portuguesa as práticas de oralidade, leitura e

escrita são a base para um eficaz aprimoramento da competência

comunicativa. Desse modo, a linguagem é apresentada como algo

dinâmico em atividades que levem a uma efetiva interação entre professor

e alunos, a fim de possibilitar que os alunos se tornem sujeitos ativos na

sociedade, capazes de interagir, através da linguagem (leitura, oralidade e

escrita), em diferentes situações do seu cotidiano.

Só assim conseguiremos formar cidadão efetivamente letrados.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS POR SÉRIE

2.1 ENSINO FUNDAMENTAL

5ª série/60. ano

A) CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

- DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

B) CONTEÚDOS BÁSICOS:

• GÊNEROS DISCURSIVOS: história em quadrinho, piadas,

adivinhas, lendas, fábulas, contos de fadas, contos de origem

africana (entre outros gêneros: Lei 10639/03), mitos (indígenas, Lei

11645/08), poemas, trovas, trava-línguas, narrativa de enigma,

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narrativa de aventura, estatuto e artigo de Lei (ECA, Lei

11.525/2007) notícia, classificados, e-mail, receita, convite, aviso,

bilhete, cartaz, carta do leitor, classificados, verbete, quadrinhas,

cantigas de roda, cartaz, fotos, mapas, aviso, horóscopo, regras de

jogo, anedotas, comentários, causos entre outros.

- LEITURA:

• Identificação do tema

• Interpretação textual, observando:

• Conteúdo temático

• Interlocutores

• Fonte

• Intertextualidade

• Informatividade

• Intencionalidade

• Marcas linguísticas

• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

• Inferências

- ORALIDADE

• Adequação ao gênero:

• Conteúdo temático

• Elementos composicionais

• Marcas linguísticas

• Variedades linguísticas

• Intencionalidade do texto

• Papel do locutor e do interlocutor:

• Participação e cooperação

• Particularidades de pronúncia de algumas palavras

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...

- ESCRITA:

• Adequação ao gênero:

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• Conteúdo temático

• Elementos composicionais

• Marcas linguísticas\

• Argumentação

• Paragrafação

• Clareza de ideias

• Refação textual

- ANÁLISE LINGUÍSTICA

• Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno

• Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto

• Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias

como elementos do texto

• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico,

• Acentuação gráfica

• Processo de formação de palavras

• Gírias

• Algumas figuras de pensamento (prosopopeia, ironia ...)

• Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal

• Particularidades de grafia de algumas palavras.

6ª série/ 70. ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

- DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS:

GÊNEROS DISCURSIVOS: contos fantásticos, provérbios, poemas,

fábula, contra-fábula, memórias, entrevista (oral e escrita), crônica

de ficção, música, notícia (e outros gêneros relacionados:

Enfrentamento da violência na escola), estatutos (e outros gêneros

relacionados: ECA, Lei 11.525/2007) e direito dos animais ( e outros

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gêneros relacionados: Educ. Ambiental, Lei 9795/99), manual de

instrução, tiras, propaganda, exposição oral, mapas, paródia,

resenha, planfletos (e outros gêneros relacionados: Prevenção ao

uso indevido de drogas), folder, carta de reclamação, diário, carta ao

leitor, instruções de uso, cartum, história em quadrinhos, placas,

não-verbais, reportagem, notícia, manchete, lead , video, filme,

entre outros.

- LEITURA

•Interpretação textual, observando:

•Conteúdo temático

•Interlocutores

•Fonte

•Ideologia

•Papéis sociais representados

•Intertextualidade

•Intencionalidade

•Informatividade

•Marcas linguísticas

•Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

•As particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro

formal e informal.

•Texto verbal e não-verbal

- ORALIDADE

Adequação ao gênero:

Conteúdo temático

Elementos composicionais

Marcas linguísticas

Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação

(entonação, repetições, pausas...)

Variedades linguísticas

Intencionalidade do texto

Papel do locutor e do interlocutor:

Participação e cooperação

Particularidades de pronúncia de algumas palavras

Page 70: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR · seu status de disciplina. Em agosto de 2006 foi aprovado pelo MEC e o retorno da disciplina as escolas. Hoje a maior luta é pelo movimento de pensar

- ESCRITA

Adequação ao gênero:

Conteúdo temático

Elementos composicionais

Marcas linguísticas

Linguagem formal/informal

Argumentação

Coerência e coesão textual

Organização das ideias/parágrafos

Finalidade do texto

Refação

- ANÁLISE LINGUÍSTICA

Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes

que falam no texto

Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias

como elementos do texto

A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, itálico, parênteses,

hífen

Acentuação gráfica

Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais

Figuras de pensamento (hipérbole, ironia, eufemismo, antítese).

Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal

Linguagem digital

Semântica

Particularidades de grafia de algumas palavras

Page 71: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR · seu status de disciplina. Em agosto de 2006 foi aprovado pelo MEC e o retorno da disciplina as escolas. Hoje a maior luta é pelo movimento de pensar

7ª série/8o. ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

- DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS:

GÊNEROS DISCURSIVOS: regimento, slogan (e outros gêneros

relacionados: Gênero e diversidade sexual, Prevenção ao uso indevido de

drogas), reportagem (oral e escrita), pesquisa (e outros gêneros

relacionados a: Lei 10639/03, Relações étnico-raciais e afrodescendência),

música, contos e provérbios (e outros gêneros relacionados: Educação

Indígena, Lei 11.645/08), narrativa de terror, charge, narrativa de humor,

crônica jornalística, paródia, resumo, anúncio publicitário, sinopse de

filme, poema, biografia, narrativa de ficção científica, video clip, relato

pessoal, outdoor, haicai, júri simulado, mesa redonda, paródia,

regulamentos, caricatura, escultura, blog, e-mail, texto de dramaturgia,

árvore genealógica, gráficos, fatura, nota fiscal (e outros gêneros

relacionados: Educação Fiscal), entre outros.

- LEITURA

Interpretação textual, observando:

estrutura do gênero

Conteúdo temático

Interlocutores

Fonte

Ideologia

Intencionalidade

Informatividade

Marcas linguísticas

caracterização da personagem;

Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

As diferentes vozes sociais representadas no texto

Linguagem verbal, não-verbal, midiático, infográficos, etc.

Page 72: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR · seu status de disciplina. Em agosto de 2006 foi aprovado pelo MEC e o retorno da disciplina as escolas. Hoje a maior luta é pelo movimento de pensar

Relações dialógicas entre textos

- ORALIDADE

Adequação ao gênero:

Conteúdo temático

Elementos composicionais

Marcas linguísticas

Coerência global do discurso oral

Variedades linguísticas

Papel do locutor e do interlocutor:

Participação e cooperação

Turnos de fala

Particularidades dos textos orais

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...

Finalidade do texto oral

- ESCRITA

Adequação ao gênero:

Conteúdo temático

Elementos composicionais

Marcas linguísticas

Argumentação

Coerência e coesão textual

Paragrafação

Refacção textual

- ANÁLISE LINGUÍSTICA

Semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral

Conotação e denotação

A função das conjunções na conexão de sentido do texto

Progressão referencial (locuções adjetivas, pronomes,

substantivos...)

Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias

Page 73: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR · seu status de disciplina. Em agosto de 2006 foi aprovado pelo MEC e o retorno da disciplina as escolas. Hoje a maior luta é pelo movimento de pensar

como elementos do texto

A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico

Acentuação gráfica

Figuras de linguagem

Procedimentos de concordância verbal e nominal

A elipse na sequência do texto

Estrangeirismos

uso de siglas e abreviações

As irregularidades e regularidades da conjugação verbal

A função do advérbio: modificador e circunstanciador

Complementação do verbo e de outras palavras

8ª série/90. ano

• CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

- DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

• CONTEÚDOS BÁSICOS:

− GÊNEROS DISCURSIVOS: romance, fábulas contemporâneas, cordel,

crônica, artigo de opinião, artigo científico, entrevista, debate, notícia e

reportagem oral e escrita, manifesto, relatório infográfico (e outros

gêneros para: Lei 9795/99, Educ. Ambiental), seminário, relatório

científico, resenha crítica, narrativa fantástica, romance, histórias de

humor, contos, música, charges, cartum, editorial, leis, regimentos, ata,

curriculum vitae, entrevista oral e escrita, assembleia, agenda cultural,

reality show, novela fantástica, conferência, pesquisa, filmes (e outros

gêneros relacionados a Lei 10639/03), sinopse, teatro, clip (entre outros

gêneros, Língua Kaingang) palestra, fotoblog, depoimento, imagens ,

instruções, não-verbais, entre outros.

- LEITURA

• Interpretação textual, observando:

Page 74: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR · seu status de disciplina. Em agosto de 2006 foi aprovado pelo MEC e o retorno da disciplina as escolas. Hoje a maior luta é pelo movimento de pensar

• estrutura do gênero

• Conteúdo temático

• Interlocutores

• Fonte

• Intencionalidade

• Intertextualidade

• Ideologia

• Informatividade

• Marcas linguísticas

• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários.

• Informações implícitas em textos.

• As vozes sociais presentes no texto.

• Estética do texto literário.

- ESCRITA

Adequação ao gênero:

Conteúdo temático

Elementos composicionais

Marcas linguísticas

Argumentação

Resumo de textos

Paragrafação

Paráfrase

Intertextualidade

Refação textual

ORALIDADE

Adequação ao gênero:

Conteúdo temático

Elementos composicionais

Marcas linguísticas

Variedades linguísticas

Intencionalidade do texto oral

Page 75: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR · seu status de disciplina. Em agosto de 2006 foi aprovado pelo MEC e o retorno da disciplina as escolas. Hoje a maior luta é pelo movimento de pensar

Argumentação

Papel do locutor e do interlocutor.

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...

- ANÁLISE LINGUÍSTICA

Conotação e denotação

Coesão e coerência textual

Vícios de linguagem

Operadores argumentativos e os efeitos de sentido

Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em

relação ao que diz, como: felizmente, comovedoramente...)

Semântica

Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto

Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias

como elementos do texto

A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico

Acentuação gráfica

Estrangeirismos, neologismos, gírias

Procedimentos de concordância verbal e nominal

Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais

A função das conjunções e preposições na conexão das partes do

texto

Coordenação e subordinação nas orações do texto.

2.2 ENSINO MÉDIO

1ª série

• CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

− DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

• CONTEÚDOS BÁSICOS:

GÊNEROS DISCURSIVOS: romance, novela fantástica, crônica, conto,

poema, pinturas, esculturas, cantigas (trovadorescas), fábulas,

biografia, relato de viagem, textos informativos e descritivos

Page 76: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR · seu status de disciplina. Em agosto de 2006 foi aprovado pelo MEC e o retorno da disciplina as escolas. Hoje a maior luta é pelo movimento de pensar

(destacando, entre os gêneros acima, textos que levem em conta

alguns períodos literários, autores de destaque, tanto da literatura

portuguesa quanto do princípio da literatura brasileira, a ver: o

Trovadorismo, o Classicismo e o Barroco e o Arcadismo), artigos de

opinião, notícia, reportagem, documentário, filme (podendo incluir aqui

textos relacionados a Prevenção ao uso indevido de drogas, ex. )

entrevista, anúncio, resumo, resenha, relatório científico, seminário,

pesquisa, verbete de enciclopédia, ficha de leitura, mesa redonda,

instruções, outdoor, e-mail, blog, folder, fotos, pinturas, esculturas,

folhetos, ofício, requerimento, procuração.

- Leitura:

• Diferença entre gênero literário e discursivo

• Valor estético do texto literário

• Contexto de produção dos textos

• Interpretação textual

• Inferências

• Conteúdo temático

• Interlocutores

• Foco narrativo

• Caracterização da personagem

• Fonte

• Intencionalidade

• Ideologia

• Informatividade

• Situacionalidade

• Aceitabilidade

• Marcas linguísticas

• Aspectos semânticos

• Identificação informações principais e secundárias

• Relação entre partes do texto

• As particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais) do texto

em registro formal e informal

Page 77: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR · seu status de disciplina. Em agosto de 2006 foi aprovado pelo MEC e o retorno da disciplina as escolas. Hoje a maior luta é pelo movimento de pensar

• As vozes sociais presentes no texto

• Relações dialógicas entre textos

• Textos verbais, não-verbais, midiáticos, etc.

• Polissemia

- Oralidade

• Adequação ao gênero:

• Conteúdo temático

• Variedades linguísticas

• Intencionalidade do texto

• Aceitabilidade

• Papel do locutor e do interlocutor:

• Participação e cooperação

• Turnos de fala

• Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação

(entonação, repetições, pausas...)

• Finalidade do texto oral

• Materialidade fônica dos textos poéticos.

• Adequação ao gênero

- Escrita

• Adequação ao gênero:

• Conteúdo temático

• Elementos composicionais

• Coesão e coerência

• Uso da variedade linguística apropriada (de acordo com o contexto

de produção)

• Argumentação (no caso de artigo e resenha)

• Paragrafação

• Uso correto de recursos lingüísticos: ortografia, pontuação,

acentuação, etc.

• Uso de conectores entre as partes do texto

• Busca de estilo próprio

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- ANÁLISE LINGUÍSTICA

• Noções de variações linguísticas

• Figuras de linguagem

• Neologismo

• Ortografia e acentuação gráfica

• Estrutura e formação de palavras

• Classes gramaticais

• Coesão e coerência textual

• Vícios de linguagem

• Operadores argumentativos e os efeitos de sentido

• Termos modalizantes

• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico

• Estrangeirismos, neologismos, gírias

• Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre

• Procedimentos de concordância verbal e nominal

• A função das conjunções, preposições, pronomes, substantivos,

verbos, advérbios, etc. dentro do texto

2º Ano

• CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

− DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

• CONTEÚDOS BÁSICOS:

- GÊNEROS DISCURSIVOS: romance, conto contemporâneo (Dalton

Trevisan, Moacir Scliar, entre outros, trazendo temas como

sexualidade, Cidadania e Direitos Humanos) poema, pinturas,

esculturas, fábulas moderna, biografia, música, textos informativos e

descritivos (destacando, entre os gêneros acima, textos que levem

em conta alguns períodos literários, autores de destaque, tanto da

literatura portuguesa quanto do princípio da literatura brasileira, a

ver: o Romantismo, o Realismo e o Naturalismo, o Parnasianismo e o

Simbolismo, bem como autores de destaque, dentre eles: Machado

de Assis, Tomás Antonio Gonzaga, Castro Alves e Cruz e Souza,

incluindo, dentro do estudo acerca da obra dos dois últimos,

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dependendo do direcionamento da abordagem, a Lei 11635/08,

História e cultura africana e afro-descendente), artigos de opinião,

notícia, reportagem, sinopse, filme, documentário (podendo

inclusive incluir aqui textos relacionados a Prevenção ao uso

indevido de drogas, ex. “Drogas, a família é o melhor remédio”,

entre outros) resenha, relatório científico, seminário, pesquisa, mesa

redonda, debate regrado, folder, fotos, pinturas, esculturas

- Leitura:

• Valor estético do texto literário e relação de diferentes estilos

• Contexto de produção dos textos

• Interpretação textual

• Informações explícitas e implícitas

• Conotação e denotação

• Inferências

• Conteúdo temático

• Interlocutores

• Foco narrativo

• Caracterização da personagem

• Fonte

• Intencionalidade

• Ideologia

• Informatividade

• Situacionalidade

• Aceitabilidade

• Marcas linguísticas

• Aspectos semânticos

• Estrutura mais ou menos estáveis nos gêneros

• Identificação informações principais e secundárias

• Relação entre partes do texto

• As particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais) do texto

em registro formal e informal

• As vozes sociais presentes no texto

• Relações dialógicas entre textos

Page 80: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR · seu status de disciplina. Em agosto de 2006 foi aprovado pelo MEC e o retorno da disciplina as escolas. Hoje a maior luta é pelo movimento de pensar

• Interpretação de textos verbais, não-verbais, midiáticos, etc.

- Oralidade

• Adequação ao gênero:

• Conteúdo temático

• Variedades linguísticas

• Intencionalidade do texto

• Aceitabilidade

• Papel do locutor e do interlocutor:

• Participação e cooperação

• Turnos de fala

• Objetividade e clareza

• Consistência argumentativa

• Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação

(entonação, repetições, pausas...)

• Finalidade do texto oral

• Materialidade fônica dos textos poéticos.

• Adequação ao gênero

- Escrita

• Adequação ao gênero:

• Conteúdo temático

• Elementos composicionais

• Coesão e coerência

• Uso da variedade linguística apropriada (de acordo com o contexto

de produção)

• Argumentação (no caso de artigo e resenha)

• Paragrafação

• Uso correto de recursos lingüísticos: ortografia, pontuação,

acentuação, etc.

• Uso de conectores entre as partes do texto

• Busca de estilo próprio

Page 81: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR · seu status de disciplina. Em agosto de 2006 foi aprovado pelo MEC e o retorno da disciplina as escolas. Hoje a maior luta é pelo movimento de pensar

- ANÁLISE LINGUÍSTICA

• Noções de variações linguísticas

• Figuras de linguagem

• Neologismo

• Ortografia e acentuação gráfica

• Estrutura e formação de palavras

• Classes gramaticais

• Coesão e coerência textual

• Vícios de linguagem

• Operadores argumentativos e os efeitos de sentido

• Termos modalizantes

• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico

• Estrangeirismos, neologismos, gírias

• Procedimentos de concordância verbal e nominal

• A função das conjunções, preposições, pronomes, substantivos,

verbos, advérbios, etc. dentro do texto

3º ano

• CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

− DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

• CONTEÚDOS BÁSICOS:

- GÊNEROS DISCURSIVOS: romance, teatro, poema, pinturas,

esculturas, biografia, música, textos informativos e descritivos

(destacando, entre os gêneros acima, textos que levem em conta

alguns períodos literários, autores de destaque, tanto da literatura

portuguesa quanto do princípio da literatura brasileira, a ver: o Pré-

modernismo, as vanguardas artísticas européias, o Modernismo no

Brasil e a Semana de arte Moderna, o Modernismo em Portugal e a

poesia de Fernando Pessoa, as tendências contemporâneas da

literatura portuguesa e brasileira) artigos de opinião, notícia,

reportagem, editorial, carta ao leitor, leis (Estudo das Leis acerca

dos Direitos Humanos) documentário, vídeos, filme (entre outros

Page 82: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR · seu status de disciplina. Em agosto de 2006 foi aprovado pelo MEC e o retorno da disciplina as escolas. Hoje a maior luta é pelo movimento de pensar

gêneros para abordar a Lei 10639/03), resenha, relatório científico,

seminário, pesquisa, debate regrado, folder(, slogan, fotos, pinturas,

esculturas, caricatura, charge, cartum, faturas, nota fiscal, contratos

de prestação de serviço (Educação fiscal), contrato de aluguel .

- Leitura:

• Valor estético do texto literário e relação de diferentes estilos

• Contexto de produção dos textos

• Interpretação textual

• Informações explícitas e implícitas

• Conotação e denotação

• Inferências

• Conteúdo temático

• Interlocutores

• Foco narrativo

• Caracterização da personagem

• Fonte

• Intencionalidade

• Ideologia

• Informatividade

• Situacionalidade

• Aceitabilidade

• Marcas linguísticas

• Aspectos semânticos

• Estrutura mais ou menos estáveis nos gêneros

• Identificação informações principais e secundárias

• Relação entre partes do texto

• As particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais) do texto

em registro formal e informal

• As vozes sociais presentes no texto

• Relações dialógicas entre textos

• Interpretação de textos verbais, não-verbais, midiáticos, etc.

Page 83: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR · seu status de disciplina. Em agosto de 2006 foi aprovado pelo MEC e o retorno da disciplina as escolas. Hoje a maior luta é pelo movimento de pensar

- Oralidade

• Adequação ao gênero:

• Conteúdo temático

• Variedades linguísticas

• Intencionalidade do texto

• Aceitabilidade

• Papel do locutor e do interlocutor:

• Participação e cooperação

• Turnos de fala

• Objetividade e clareza

• Consistência argumentativa

• Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação

(entonação, repetições, pausas...)

• Finalidade do texto oral

• Materialidade fônica dos textos poéticos.

• Adequação ao gênero

- Escrita

• Adequação ao gênero:

• Conteúdo temático

• Elementos composicionais

• Coesão e coerência

• Uso da variedade linguística apropriada (de acordo com o contexto

de produção)

• Argumentação (no caso de artigo e resenha)

• Paragrafação

• Uso correto de recursos lingüísticos: ortografia, pontuação,

acentuação, etc.

• Uso de conectores entre as partes do texto

• Busca de estilo próprio

- ANÁLISE LINGUÍSTICA

• Noções de variações linguísticas

• Figuras de linguagem

• A representação do sujeito no texto (expressivo/elíptico;

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determinado/indeterminado; ativo/passivo)

• Neologismo

• Ortografia e acentuação gráfica

• Estrutura e formação de palavras

• Classes gramaticais

• Coesão e coerência textual

• Vícios de linguagem

• Operadores argumentativos e os efeitos de sentido

• Termos modalizantes

• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico

• Estrangeirismos, neologismos, gírias

• Procedimentos de concordância verbal e nominal

• Valor sintático dos modos e tempos verbais

• A função das conjunções, preposições, pronomes, substantivos,

verbos, advérbios, etc. dentro do texto

• Coordenação e subordinação nas orações.

• Regência

Observação: Ao elencar conteúdos relativos à disciplina, buscamos

incluir também sugestões de trabalho envolvendo os Desafios

Educacionais Contemporâneos e Leis vigentes. No entanto, os mesmos

poderão ser melhor veiculados e explicitados no Plano de Trabalho

Docente de cada professor, em cada série, de acordo com textos a serem

selecionados, a ver:

• Enfrentamento da violência na escola

• Cidadania e Direitos Humanos

• Educação Ambiental, Lei 9795/99

• Educação Fiscal

• Prevenção ao uso indevido de drogas

• Educação do Campo

• Educação Escolar Indígena, Lei 11.645/08

• Educação para as relações etnicorraciais e afrodescendência, Lei

10639/03 e 11645/08

Page 85: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR · seu status de disciplina. Em agosto de 2006 foi aprovado pelo MEC e o retorno da disciplina as escolas. Hoje a maior luta é pelo movimento de pensar

• Gênero e diversidade sexual

• ECA, referente aos Direitos da criança e do adolescente, Lei 9.394

3. METODOLOGIA

No ensino de Língua Portuguesa o enfoque principal será dado

ao domínio da leitura, escrita e expressão oral como objetos significativos

que levem ao aprofundamento de conhecimentos e visão de mundo,

levando o aluno a valer-se de estratégias diversas que lhe estimulem o

uso da criticidade e a ampliação da competência comunicativa.

Para Perrenout, citado por MEURER E MOTTA-ROTH (2002), “A prática

reflexiva implicaria uma análise do contexto em que se está inserido, para

que a participação de cada sujeito possa ser crítica, com tomadas de

decisões conscientes e responsáveis. Para isso, é evidente tanto a

necessidade de conhecimento metodológico e teórico como atitudes e

capacidades específicas que sustentem a prática pedagógica.” Sustenta-

se, assim, a ideia de uma prática em que a interação entre professor-aluno

seja constante em sala de aula para que, de fato, este amplie seu saber

lingüístico.

O trabalho será desenvolvido a partir da diversidade de gêneros

textuais que possibilitem a interação em sala de aula e o contato com os

diferentes discursos presentes nas interações sociais. O uso de uma

abordagem baseada em gêneros textuais como ferramentas no processo

ensino-aprendizagem é defendida por inúmeros autores, entre eles

BAKHTIN (2003):

A riqueza e a diversidade dos gêneros do discurso são infinitas porque são inesgotáveis as possibilidades da multiforme atividade humana e porque em cada campo dessa atividade é integral o repertório de gêneros do discurso, que cresce e se diferencia (...).

O livro didático será utilizado como relevante material de apoio, pois

a diversidade de recursos e atividades que o mesmo propõe dá margem

ao desenvolvimento de um trabalho interdisciplinar produtivo e criativo,

inclusive no que diz respeito à importância de um trabalho que contemple

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o contato do aluno com a diversidade de gêneros textuais.

A grande diversidade de assuntos pertinentes à vida em sociedade,

como diversidade sociocultural e étnica, valorização da cultura do campo,

inclusão e exclusão, preconceitos, sexualidade, educação ambiental,

enfrentamento à violência nas escolas, prevenção ao uso indevido de

drogas, educação fiscal, entre tantos outros, estarão sempre presentes

dando margem a leituras, discussões, debates, produções textuais. Assim,

FREIRE (1996) afirma que outro saber indispensável à prática docente é o

da “impossibilidade de desunir o ensino dos conteúdos da formação ética

dos educandos”. Desse modo, atividades como essas contribuirão para o

melhor domínio da palavra oral e escrita, bem como para a ampliação da

visão de mundo, da capacidade crítica e comunicativa do aluno.

Dessa forma, no âmbito da leitura, cabe ao professor propiciar

práticas de leitura de diversos gêneros diferentes, considerando vários

aspectos, entre eles, o conhecimento prévio dos alunos, seja a nível

linguístico/discursivo ou de mundo, em relação às temáticas abordadas.

Que estimule os alunos a buscarem informações explícitas, não explícitas

nos textos; que reconheçam o uso da linguagem não verbal em textos que

povoam o nosso cotidiano; que proporcione análises dos recursos

lingüísticos utilizados nos diversos tipos de gêneros; formule reflexões,

explore sentidos e que faça com que os alunos reconheçam o contexto de

produção que permeiam tais textos.

Em relação aos aspectos linguísticos dos textos (gramaticais), sua

abordagem será efetuada de acordo com os gêneros que estarão sendo

trabalhados e a necessidade, que surgirem naturalmente no decorrer do

processo ensino-aprendizagem, sempre partindo do texto e buscando

levar à reflexão de aspectos da língua.

Quanto à escrita, acontecerá a partir de propostas bem articuladas,

levando em conta situações reais de uso da língua (ou simulação destas),

com objetivos bem definidos, encaminhando atividades através das quais

onde o aluno possa colocar em prática o que aprendeu através do estudo

e reflexão sobre os mecanismos da língua, convenções ortográficas,

recursos coesivos, especificidades estruturais de cada gênero, coerência,

etc. Partindo de textos lidos e/ou produzidos serão discutidos aspectos

gramaticais e estruturais que possibilitem a compreensão e eficácia no

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uso da língua, realizando, quando necessário, a reestruturação coletiva

e/ou individual dos textos produzidos.

Em relação à oralidade, caberá ao professor organizar sua aula de

forma a incentivar o uso da linguagem, com orientação acerca do contexto

de produção e uso da língua (formal/informal); também poderão ser

organizadas exposições orais a partir de: declamações de poesia, jograis,

debates, mesa redonda, dramatizações, apresentações de trabalhos, entre

outras formas. Outra forma bastante válida para o trabalho com a

oralidade em sala de aula é apresentar aos alunos textos oralizados de

diferentes gêneros, como: vídeos, filmes, músicas, documentários, afim de

que possam ser analizados diferentes aspectos do texto oral, inseridos em

diferentes contextos.

Por fim, em relação à literatura, esta deverá ser abordada a partir da

concepção do Método Recepção e da Teoria do Efeito, que buscam formar

no leitor subjetividades através da interação entre o leitor, a obra lida e o

autor da mesma. Em outras palavras, trata-se formar um leitor crítico,

capaz de reconhecer na literatura sua dimensão estética, social, cultural e

histórica, o que contribui também para a formação do leitor como um

todo. Dessa forma, tanto no Ensino Fundamental quanto no Médio, o

professor deverá partir da recepção dos alunos, ou seja, quais foram as

primeiras sensações, ideias, hipóteses produzidas por ele após o contato

com a obras; depois, promover encaminhamentos que levem em conta as

inferências, interpretações produzidas, contextos de produção, no caso do

Ensino Médioa, tendência ou escola a qual pertence; aspectos linguísticos

e estruturais, etc. Dessa forma, espera-se que os alunos aprimorem seu

conhecimento e seu pensamento, tornando-se leitores potenciais,

capazes, entre outras coisas, de perceber a importância da literatura para

a humanidade.

Ressaltamos ainda que no ato da seleção dos gêneros, tanto orais

como escritos, verbais ou não-verbais, e outros conteúdos específicos a

serem trabalhados, deveremos oportunizar dentro das aulas, momentos

para o trabalho efetivo e contextualizado sobre a História e cultura Afro-

brasileira e Africana, do Povos Indígenas, Educação Ambiental, referente

aos direitos das crianças e adolescêntes, Educação do Campo e os demais

Desafios Educacionais contemporâneos , como; Sexualidade, prevenção

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ao uso indevido das Drogas, A educação Fiscal; Enfrentamento à violência

na Escola. E sendo ainda nossa escola considerada do campo, serão

abordadas não somente temáticas relacionadas ao assunto, mas também

adotadas posturas e estratégias em sala de aula que levem em

consideração essa condição, buscando a valorização do homem do campo,

de sua cultura, crenças, tradições, dialeto e costumes.

No caso da Cultura Afro-Brasileira e Africana, será efetivada a

formação de uma Equipe Multidisciplinar que terá como finalidade

organizar e orientar o trabalho nessa área, de acordo com as orientações a

serem repassadas pelo Núcleo Regional e pela SEED.

Ainda quanto a sexualidade, contará com auxílio da equipe formada

pela pedagoga, uma funcionária do município e professora da escola, que

terão a tarefa de organizar e também orientar os professores nesse

trabalho.

O PEP será operado de forma interdisciplinar, envolvendo inclusive

Direção e Equipe pedagógica e envolverá abordagem teórica, a ser

efetuada pelos professores em sala de aula, conscientizando os alunos,

inclusive, da sua importância; e prática, com simulações periódicas, com

todos os alunos da escola.

As demais temáticas (relativas às Leis) poderão ser contempladas de

acordo com o planejamento de cada professor, levando em conta os

conteúdos da disciplina que dão conta de sua abordagem e exteriorizados

por meio de atividades específicas em sala de aula e/ou eventos

relacionados para este fim, dentro ou fora da escola.

4. AVALIAÇÃO

Segundo a concepção de língua adotada e os objetivos propostos

para o ensino da língua portuguesa nas suas diretrizes e no PPP deste

colégio, a avaliação é entendida como um processo contínuo, cumulativo

e processual.

Nessa perspectiva o professor avalia seus alunos em todos os

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momentos em vários aspectos, como: nas atividades orais e escritas,

observando a compreensão, produção de sentido, coerência e clareza;

valoriza o interesse e participação dos alunos em todas as atividades

desenvolvidas em sala de aula, observando as interações aluno/professor e

aluno/aluno. Respeitando a individualidade e limitações de cada indivíduo.

Promovendo, inclusive, adaptações de pequeno porte se necessários, para

alunos com dificuldades educacionais especiais e/ou defasagem de

aprendizagem.

Uma ferramenta essencial nesse processo é o Plano de Trabalho

Docente, que explicitará o critério ou critérios utilizados pelo professor em

cada atividade (pesquisas, testes, produções textuais e outras atividades

individuais e coletivas, orais ou escritas...) propostas em sala de aula, bem

como os objetivos a serem alcançados por meio deles.

Dessa forma, a avaliação deve ser compreendida como um conjunto

de ações organizadas com a finalidade de obter informações sobre o que o

aluno aprendeu, de que forma e em quais condições. Funcionará, por um

lado, como instrumento que possibilite ao professor analisar criticamente

sua prática educativa, pois pensando criticamente a prática de hoje ou de

ontem é que se pode melhorar a próxima prática (FREIRE, 1996). E, por

outro, como instrumento que apresente ao aluno a oportunidade de refletir

sobre seus avanços, dificuldades e possibilidades. Para isso, avaliar deve

ser um processo contínuo e não ocorrer apenas em momentos específicos.

Segundo LUCKESI (2005), a prática da avaliação da aprendizagem,

em seu sentido pleno, só será possível na medida em que se estiver

efetivamente interessado na aprendizagem do educando, ou seja, há que

se estar interessado em que o educando aprenda aquilo que está sendo

ensinado.

Nesse contexto, o erro será visto como parte do processo de

construção do conhecimento e importante elemento para que, através

dele, o professor possa selecionar conteúdos e orientar sua prática em

sala de aula. Pode-se perceber essa situação através de LUCKESI (2005),

que mostra que a ideia de erro só emerge no contexto da existência de

um padrão considerado correto, pois sem padrão, não há erro.

Ainda, conforme VASCONCELOS (2005), a avaliação é um

processo abrangente que implica uma reflexão crítica sobre a prática,

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podendo assim levar a uma tomada de decisão a fim de superar os

obstáculos e evoluir na aprendizagem.

E evoluir na aprendizagem, significa:

- Na leitura:

• Efetuar leitura compreensiva, global e crítica acerca de textos

vetbais e não-verbais;

• Localizar informações explícitas e implícitas nos textos;

• Produzir inferências, levando em conta seu conhecimenyto prévio,

linguístico e de mundo;

• Ampliar seu léxico;

• Reconhecer o contexto de produção e recepção dos textos;

• Reconhecer o uso de expressões de sentido próprio e figurado nos

textos;

• Reconhecer as estruturas mais ou menos estáveis de cada gênero;

• Reconhecer o uso de termos conectivos entre as partes de um texto;

• Posicionar-se criticamente frente aos temas apresentados nos

textos;

• compreender textos a partir do estabelecimento de relações entre

diversos segmentos do próprio texto e entre o texto e outros

diretamente implicados por ele (intertextualidade);

• compreender as intenções do discurso do outro;

• selecionar procedimentos de leitura adequados a diferentes

objetivos e interesses (estudo, formação pessoal, entretenimento,

realização de tarefa) e às características do gênero e suporte;

- Na escrita:

• Expresse suas ideias com clareza;

• produzir textos orais e escritos nos diferentes gêneros, considerando

as especificidades e condições de produção, utilizando o discurso

formal/informal de acordo com a situação e apresentando clareza de

idéias;

• escrever textos coerentes e coesos, observando as condições

impostas pelo gênero;

• redigir textos utilizando recursos próprios do padrão escrito

relativos à paragrafação, pontuação e outros sinais gráficos, em

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função da proposta textual;

• estabelecer relação entre a tese e os argumentos que a sustentam,

no caso dos argumentativos;

• Utilizar de forma correta os diversos recursos linguísticos

necessários;

• Revisar, com auxílio do professor, os próprios textos com o objetivo

de aprimorá-los;

- Na oralidade:

• Saiba se expressar de forma clara e objetiva durante apresentações

orais, como declamações, apresentação de trabalhos, etc,

observando o uso da norma culta padrão;

• Respeitar os turnos de fala nas diversas situações que envolvam a

oralidade em sala de aula;

• Propor reflexões, hipóteses e observações acerca dos textos lidos;

• Saiba contar o que leu utilizando elementos extralinguísticos como

entonação de voz, expressão gestual, facial, etc.

• Analisar e comparar diferentes recursos expressivos utilizados em

textos de diferentes gêneros produzidos através da oralidade;

• Argumentar e contra-argumentar ideias formulados pelos colegas no

âmbito das atividades desenvolvidas em sala de aula;

- Análise linguística:

• Saiba reconhecer nos textos estudados, tanto orais quanto escritos,

verbais ou não-verbais, aspectos lingüísticos relevantes, abordados

em sala de aula;

- Literatura:

• Saiba reconhecer o estilo que é próprio de cada gênero, suas

estruturas mais ou menos estáveis;

• Identificar o tema de cada obra;

• Reconheçer os efeitos de sentido produzidos pelo uso de recursos

semânticos, como: figuras de linguagem, uso do discurso direto,

indireto e indireto livre, etc.

• Saiba reconhecer o foco narrativo adotado pelo autor, em

determinados gêneros;

• Identificar nos textos literários aspectos lingüísticos relevantes;

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• Reconhecer o contesto sócio-histórico de cada obra e seu valor

estético;

• No Ensino Médio, além dos itens acima:

• reconhecer o valor das Escolas Literárias em seus contextos;

• Reconhecer as relações entre obras de um mesmo

período literário;

• Promover relações de intertextualidade;

• Reconhecer os efeitos da polissemia nos textos literários e

não-literários;

Quanto a recuperação, caso seja necessário, deverá ocorrer de

forma concomitante ao processo de ensino e aprendizagem, a medida em

que o professor perceba que alguns alunos ou boa parte dos alunos

necessita de uma recuperação de conteúdos, sempre partindo do

pressuposto de que a recuperação é direito de todos os alunos. Portanto, a

melhor forma de se efetivar tal recuperação é retomar o conteúdo, com

nova abordagem e aplicar, se necessário, novo instrumento avaliativo

(não repeti-lo) que dê a todos os alunos a chance de explorar ao máximo

suas potencialidades. E em casos específicos, atender individualmente

alunos com maiores dificuldades.

Quanto a contabilização da nota bimestral, esta será obtida a

partir da soma e divisão entre, no mínimo, três instrumentos avaliativos de

peso dez (10). Quanto à recuperação de notas, poderá ser obtida através

da aplicação de novo instrumento avaliativo e mensuração de nova nota,

que poderá substituir a nota de uma das avaliações utilizada pelo

professor, ou então ser somada e dividida com a nota final do aluno,

resultante dos três primeiros instrumentos avaliativos. Cabe lembrar que

a recuperação é direito de todos os alunos, independente de seu grau de

desempenho. Dessa forma, todo aluno que não tenha alcançado a nota

máxima (dez), tem direito à recuperação.

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5. REFERÊNCIAS

BAKHTIN, M (Volochinov). Estética da criação verbal. São Paulo:

Martins Fontes, 2003.

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo:

Hucitec, 1988.

COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA, Projeto Político Pedagógico.

2010.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à

prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

MEURER, J. L. (Et all.). Gêneros textuais e práticas discursivas:

subsídios para o ensino da linguagem. São Paulo: EDUSC, 2002.

LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São

Paulo: Ática, 1997.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e

proposições. São Paulo: Cortez, 2005.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua

Portuguesa. SEED, 2008.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação do Campo. SEED,

2006

SOARES, M. B. Aprender a escrever, ensinar a escrever. In:

Zaccur, E. (org.) A Magia da linguagem. Rio de Janeiro: DP&A Editora,

1999.

SOARES, M. B. Linguagem e escola: uma perspectiva social.

São Paulo: Ática, 2002.

VASCONCELOS, C. dos S. Avaliação: concepção dialético-

libertadora do processo de avaliação escolar. São Paulo: Libertad,

2005.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA – PROGRAMA VIVA À ESCOLA

Projeto do jornal da escola (ético e responsável) e outras mídias.

JUSTIFICATIVAA informação é , sem dúvida, o meio mais rápido que o indivíduo dispõe

para inserir-se no mundo. Sem ela, não haveria contexto, história, clareza da realidade, sociedade organizada, etc.

Na era da informação, o desafio para os professores de Língua Portuguesa, passa a ser o de ensinar o aluno o além da leitura, levando-o a interpretar e, principalmente assimilar corretamente aquilo que lhe é transmitido nas linhas e nas entrelinhas, com imparcialidade e livres de dogmas e (pré) conceitos .

Em sala de aula, por várias vezes utilizamos reportagens impressas (jornal ou sítios), vídeos de reportagens com variadas formas e estilos de textos. Nosso papel tem sido o de auxiliar os alunos na identificação destes gêneros e suas características, marcas linguísticas, temas, etc. Entramos, também, na questão da intenção do texto, deixando assim os alunos cientes de todas as informações, mas essencialmente no contexto que gerou tal reportagem e que na imprensa oficial, é sabido, tem grande influência na forma como tal notícia é apresentada.

Outro fator encontrado para implantar um projeto de jornal da escola, acontece através do interesse de muitos alunos em terem seus textos (que sempre surpreendem) socializados para toda a comunidade escolar. Não são raras as oportunidades onde trabalhamos notícias, reportagens, entrevistas e notadamente muitos alunos se identificam com a forma utilizada para esta produção, o que ocasiona um maior interesse do aluno em produzir mais e melhor.

Para aproveitar este fato e concordar com o jornalista “Paulo Henrique Amorim” que em recente entrevista afirmou, ao ser questionado sobre a não obrigatoriedade de curso superior para exercer a profissão de jornalista, afirmou que ao invés de perder horas aprendendo como montar um cenário para uma entrevista, era mais importante aprender corretamente a Língua Portuguesa e, assim, poder usá-la de forma esclarecedora nos jornais e revistas, tendo citado uma em especial onde disse ocorrer um atentado à Língua Portuguesa.

Acredito que esta é a grande justificativa para a implantação deste projeto: Deixar ao alcance dos alunos a oportunidade (para os interessados) de aprender o que é, como é, como deve se portar uma mídia de comunicação.

Gostaria de salientar, também, que este projeto foi idealizado, primeiramente, por alunos que tem muita vontade de aprender como se trabalha a informação, em diferentes níveis e para diferentes mídias, aproveitando a pequena experiência que este professor tem sobre o assunto.

CONTEÚDOSTendo como base, a estrutura educacional que coloca o texto como uma

prática social, nada mais óbvio que trabalhar o texto de informação, de entretenimento, científico e cultural como eixo principal na interação do aluno com o mundo. Num primeiro momento lendo e entendendo como são e suas características para, assim, produzir informação, nas mais diferentes áreas.

Gêneros textuais( Editorial, manchete, notícia, reportagem, entrevista,

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charge, cartum, tiras, poema, paródia, etc); Leitura e interpretação; Características e marcas linguísticas dos diferentes gêneros; Estruturação textual; Produção, restruturação e re-facção dos gêneros textuais trabalhados.

OBJETIVOS Incentivar à leitura (crítica) de informação como base para a cidadania;

Ensinar, na teoria a diferença entre informação e opinião (muito confundida na imprensa atual) e os riscos que trazem à sociedade; Ensinar na prática a informação com ética jornalística; Aproximar os alunos dos diferentes gêneros textuais que constituem a imprensa, para que eles também possam produzir , primeiramente um jornal da escola e posteriormente outras mídias (rádio, internet), já que este é uma iniciativa que partiu deles próprios.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS Reunir os alunos que tiveram a ideia de montar um jornal para o colégio, no

primeiro momento eram cinco alunos. Convidar outros alunos que se interessam em levar adiante este projeto (Estas duas etapas já foram cumpridas).

Nos primeiros encontros, apresentar vídeos, leituras, entrevistas sobre o verdadeiro papel da imprensa na sociedade ( Trecho do livro “Plim-Plim” de Paulo Henrique Amorim; Paulo Markum, vídeo com trechos do programa “Observatório de Imprensa” (para mostrar aos alunos como é manipulada grande parte da imprensa atual); Assistir ao filme “O quarto poder” de uma forma crítica ao tipo de imprensa mostrada).

Em seguida trazer jornais e revistas para que os alunos possam aprender ou relembrar (já que são assuntos trabalhados em sala de aula) as várias seções que dividem estas mídias impressas, suas características, sua intencionalidade, sua estrutura, etc.

Ensinar como transformar um fato em notícia ou em uma reportagem, buscando informações imparciais e produzindo o texto informativo em sua estrutura formal.

Ensinar o que são e como são produzidos os textos de opinião (editoriais), de utilidade pública, de entretenimento, etc.

Escolher o nome do jornal da escola, as equipes e os assuntos que estarão em pauta, observando para que tenha um rodízio entre as equipes e as seções (para que todos os alunos possam produzir todos os gêneros presentes no jornal).

Montar a primeira reunião de pauta e colocar em prática a imprensa livre. A partir do segundo semestre, buscar outras mídias para produzir informação

e entretenimento (sítio e rádio comunitária).

INFRAESTRUTURA

As reuniões para as leituras, vídeos, debate sobre o papel da imprensa e reuniões de pauta serão em sala de aula cedida pela direção. Este espaço estará disposto com as carteiras em círculo (para propiciar o debate) e dividida em pequenos grupos após a escolha das seções. Será utilizada, também, a sala de informática para a digitação das notícias e reportagens e confecção do jornal e das pautas em geral.

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RESULTADOS ESPERADOS

Ensinar a esse grupo de alunos interessados nos conteúdos a serem abordados e trabalhados durante a teoria e a prática do jornalismo: a ética, os valores morais e

a imprensa livre. Como resultado do sucesso desse projeto terá organizado no colégio o jornal da escola, com responsabilidade e capazes de informar com imparcialidade.

Além disso, teremos alunos que lerão, interpretarão e produzirão textos muito melhores dos que produzem hoje, e saliento que muitos já escrevem com qualidade, cabendo aí a otimização de seus textos.

CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO

Alunos que estejam frequentando regularmente as aulas e que atendam as

especificidades exigidas pelo Projeto Viva a Escola; Alunos que apresentam

vulnerabilidade no convívio social e econômico; Alunos que gostam de produzir

diferentes gêneros textuais; Alunos pioneiros na ideia de produzir um jornal no

colégio; Alunos que se identificam com o jornalismo.

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COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

PAULA FREITAS2010

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Educação é a base para a transformação da sociedade, é um processo

ímpar para que um País passe do subdesenvolvimento para um estado de

desenvolvimento amplo e moderno. A Educação vive em constante evolução, pois o

mundo contemporâneo caminha por sua trajetória evolutiva a passos largos e por

isso nós profissionais da área educativa devemos estar atentos para suas mudanças

e é vendo a educação desta forma que destacamos a importância da Educação

Física dentro do processo educacional como atividade fundamental no

desenvolvimento neuro – motor, na formação de caráter, na aquisição de hábitos

higiênicos, na liberdade de movimento,, na formação da auto estima e valorização

do educando como cidadão, participante do processo evolutivo da sociedade,

alertando sempre para a igualdade de direitos e deveres que todos nós temos dentro

da sociedade.

A Educação Física ganhou status de disciplina curricular, no ano de 1882

através da reforma do ensino primário e instituições complementares da instrução

pública proposta por Rui Barbosa, então deputado geral do império, mas somente

em 1931 ela passa a ser obrigatória em todas as escolas do país, na época, o

objetivo era preparar corpos fortes e mecanicamente eficientes para suprir as

demandas de trabalho do momento e também para defender a pátria de possíveis

inimigos.

No ensino fundamental a Educação Física objetiva, enquanto componente

curricular, contemplar conhecimentos como: manifestações esportivas

contemporâneas, sua evolução histórica, enfatizando a sociedade que os construiu,

também deve desenvolver os elementos básicos de cada esporte, abordando suas

regras atuais e oportunizando aos educandos a possibilidade de adaptação das

mesmas a sua realidade. A ginástica como base do movimento humano mostrando

seus vários tipos e práticas de movimentos. Jogos e brincadeiras estabelecidos,

construção de atividades e adaptações, brinquedos cantados, jogos cooperativos e

pré-desportivos. A expressão corporal, a dança, o teatro e as lutas sensibilizando a

cultura local, regional e brasileira.

Na Educação Física, a cooperação é um canal que ajuda na formação de

valores significativos para o grupo. O jogo é a forma mais simples e natural para o

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desenvolvimento de um sentimento grupal, é o elemento da cultura que contém

maiores possibilidades para socialização (tornar sociável) e também socializar

(entender vantagens particulares ao grupo).

A relação da Educação Física com o indivíduo e com a sociedade,

confere a esta, responsabilidades que extrapolam o “fazer ginástica” ou “jogar

futebol”, o professor não pode diante da sua missão, aprofundar-se unicamente nos

seus conhecimentos técnicos, o domínio da técnica é importante, mas como um

meio e não como um fim do processo de ensino aprendizagem. O professor de

Educação Física deve estabelecer um dialogo entre o seu conhecimento e do

educando preocupando-se em dar qualidade ao ato educativo e não de repetir

técnicas ou regras, ou mesmo de ter que ser um atleta.

É fundamental para uma perspectiva da prática pedagógica da Educação

Física. O desenvolvimento da noção de historicidade da cultura corporal. É preciso

que o aluno entenda que o homem não nasceu assim e que o atual estágio da

humanidade é fruto de transformações construídas em determinadas épocas

históricas como respostas a determinados, estímulos, desafios ou necessidades

humanas. E que os sujeitos que ajudaram a construir nossa sociedade foram

manipulados a serviço da ideologia dominante seja estética – hábitos, vestuário e

comportamentos ou através dos interesses do capital que desejava corpos fortes e

produtivos que estivessem sempre a serviço da produção. Sendo assim, não se

pode esquecer da mão de obra escrava que alavancou a economia deste país as

custas de muitas humilhações e privação de direitos básicos como saúde, moradia e

remuneração, mas é inegável que toda esta atmosfera de opressão desenvolveu

nestas pessoas um sentimento de superação desta realidade, onde o folclore e a

arte trazidas do continente africano através das danças populares, onde todo este

cenário fez surgir a capoeira que servia como válvula de escape para os negros

aliviarem o stress do dia a dia, tornando-a um componente importante da cultura

corporal e uma referencia de resistência aos interesses dominantes da época.

A educação vista como um componente da formação humana deve estar

acompanhada das evoluções e os desenvolvimento sejam eles tecnológicos, sociais,

físicos e biológicos. Hoje a internet revoluciona o acesso ao conhecimento, traz para

dentro da sala de aula um mundo de informações a cerca dos mais variados temas,

sejam eles históricos, atuais ou contemporâneos, mas todo esse conhecimento

exige uma formação atualizada dos profissionais da educação para servirem como

um filtro separando o que realmente é significativo para a formação acadêmica do

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aluno. O uso das novas tecnologias propicia aulas mais dinâmicas e comprova de

forma indelegável que o papel do professor é insubstituível dentro do contexto

educacional e que elas se justificam como um meio e não como o fim da atividade

curricular das escolas.

Os conteúdos da cultura corporal a serem aprendidos na escola devem

emergir da realidade dinâmica e concreta do mundo do aluno. Os conhecimento

selecionados organizados e sistematizados devem promover uma concepção

científica de mundo, a formação de interesses e a manifestação de possibilidades e

aptidões para conhecer o meio e a sociedade a qual eles pertencem. (Brach ET

´ALL).

Berman (1976) citado por Tafarel ET´ALL coloca que “a criatividade

envolve a pessoa em sua totalidade. No ato de criar se entrelaçam as emoções, as

capacidades cognitivas e os processos corporais, que são inseparáveis e se

manifestam durante a realização de algo significativo”.

Quando a criança joga ela opera com o significado de suas ações o que a

faz desenvolver-se e ao mesmo tempo, tornar-se consciente das suas escolhas e

decisões. Por isso, o jogo apresenta-se como elemento básico para a mudança das

necessidades e da sua consciência.

A educação física, enquanto ciência tematiza o corpo humano o qual não

pode ser avaliado e exclusivamente por suas propriedades físicas e biomédicas pois

há nele toda uma historicidade que o levou a chegar até aqui. Sendo assim, a ação

educativa deve ser um instrumento que prepara o homem para reivindicar seu direito

de opinar, discutir, criticar, alterar a ordem social e ter acesso a cultura e a historia

de seu tempo.

A educação física busca formas de representação do mundo que o

homem tem produzido no decorrer da historia, sob esta ótica podemos representá-la

através da ginástica, dança, jogos e brincadeiras, lutas e do esporte.

• A ginástica: deve dar condições ao aluno de reconhecer as

possibilidades de seu corpo, fornecendo os subsídios para questionar

os apelos da mídia no que se refere à apologia do culto ao corpo, aos

padrões estéticos e aos cenários e materiais que afirmam ser

essenciais a sua prática.

• Dança: considerada a mais antiga das artes, criadas pelo homem, ela

exprime a alma do povo, as características de sua formação étnica,

seus hábitos a tradição de seus costumes, um ritmo próprio expresso

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no compasso de suas músicas.

• Jogo e brincadeiras: são abordados conforme a realidade regional e

cultural do grupo, tendo como ponto de partida à valorização das

manifestações culturais próprias desse ambiente cultural, aceitando-

se as adaptações que atendam os interesses dos participantes e

ampliando suas possibilidades como seres humanos.

• Esporte: é entendido como uma atividade teórico-prática e um

fenômeno social que, em suas várias manifestações e abordagens,

pode ser uma ferramenta de aprendizado para o lazer, para o

aprimoramento da saúde e para integrar os sujeitos em suas relações

sociais.

• Lutas: fazem parte do contexto escolar, pois constituem-se das mais

variadas formas de conhecimento da cultura humana, historicamente

produzidas e repletas de simbologias, identificam valores culturais

conforme o tempo e o lugar onde as lutas foram ou são praticadas

(diretrizes curriculares do Paraná, 2008 -

O ser humano desempenha um papel importante no desenvolvimento de

seu próprio conhecimento, que se da pelas relações que ela estabelece com o meio

a qual ela faz parte, sendo que a primeira forma de relação com este, é o

movimento, pois quando o bebê formula seus primeiros gestos ele provoca reações

adversas nas pessoas que o cercam, estabelecendo suas primeiras relações com o

meio. É a partir deste prisma que embasamos esta proposta, pois acreditamos que

só iremos transformar a realidade educacional se propiciarmos aos educandos

atividades que facilitem a sua interação e o seu relacionamento com meio, sendo

que é desta ligação que emergirão os mecanismos para a transformação da nossa

sociedade.

OBJETIVOS GERAIS PARA O ENSINO FUNDAMENTALE MÉDIO

Espera-se que, ao final do ensino fundamental, os alunos sejam capazes de:

• Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e

construtivas com os outros, reconhecendo e respeitando características

físicas e de desempenho de si próprio e dos outros, sem discriminar por

características pessoais, físicas, sexuais ou sociais;

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• Repudiar qualquer espécie de violência, adotando atitudes de respeito mútuo,

dignidade e solidariedade nas práticas da cultura corporal de movimentos;

• Conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade de manifestações de

cultura corporal do Brasil e do mundo, percebendo-as como recurso valioso

para a integração entre as pessoas e entre diferentes grupos sociais e

étnicos;

• Reconhecer condições de trabalho que comprometam os processos de

crescimento e desenvolvimento, não as aceitando para si nem para os outros,

reivindicando condições de vida digna;

• Solucionar problemas de ordem corporal em diferentes contextos, regulando

e dosando o esforço em um nível compatível com as possibilidades,

considerando que o aperfeiçoamento e o desenvolvimento corporal decorrem

de perseverança e regularidade e que devem ocorrer de modo saudável e

equilibrado;

• Reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos

saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais, relacionando-os

com os efeitos sobre a própria saúde e de melhoria da saúde coletiva,

• Conhecer a diversidade de padrões de saúde, beleza e desempenho que

existem nos diferentes grupos sociais, compreendendo sua inserção dentro

da cultura em que são produzidos, analisando criticamente esses padrões;

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CONTEÚDOS PROPOSTOS

ENSINO FUNDAMENTAL

5ª SÉRIE:

ESPORTES:

Futsal, handebol,voleibol,basquetebol,atletismo,futebol,tênis de mesa, xadrez:• Histórico do jogo;

• Fundamentos básicos do esporte;• Movimento e posicionamento nos espaços da quadra.

• Desenvolvimento de regras adaptadas;• Trabalhos com jogos pré-desportivos;

• Diferença entre esporte e jogo;• Como as drogas prejudicam a motivação e o desempenho dentro esporte;

• Desafios educacionais;• A relação do ambiente com a prática da atividade física (Lei 9795/99).

JOGOS E BRINCADEIRAS:

• Brincadeiras de rua populares;• Brincadeiras de roda;

• Jogos indígenas (Lei 10645/08);• Jogos de tabuleiro (damas, trilha, dominó, ludo, etc);

• Jogos de estafetas ( de velocidade, com bastão e bolas);• Jogos dramáticos e de interpretação;

• Xadrez – o tabuleiro, as peças e seus movimentos, o histórico do jogo;• Jogos com duplas mistas enfatizando a sexualidade e suas diferenças;

• Jogos e regras, sua importância no enfrentamento da violência na escola;• Descoberta de brincadeiras indígenas (Lei 11645/08).

DANÇA:

• Resgate de danças folclóricas: pau de fita, menina tão galante, peixe vivo;• Atividades de expressão corporal: movimentos ao ritmo da música, noção de tempos

rítmicos, pequenas seqüências;• A influência da cultura afro na música e na dança do Brasil (Lei 10639/03);

• Paralelo entre a dança, direitos humanos e preconceitos (desafios contemporâneos).

GINÁSTICA:

• Ginástica natural: saltos, rolamentos e elevações;• Atividades de circo: equilíbrio, destrezas e habilidades;

• Ginástica artística: origem e movimentos básicos;

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LUTAS:

• Judô, capoeira, karate e taekwondo;• Origem e histórico das lutas;• As lutas e a noção de ritmo;• Movimentos básicos de cada luta;• Musicalização.

6ª SÉRIE:

ESPORTES:

Futsal, handebol, voleibol, basquetebol, atletismo, futebol, tênis de mesa:• Origem dos esportes e a influência das sociedades que os produziram;

• Pratica dos fundamentos básicos de cada esporte;• Movimento e posicionamento nos espaços da quadra;

• Noções de regras oficiais;• Trabalhos com jogos pré-desportivos;

• O esporte usado como cortina dos problemas sociais do país (desafios contemporâneos);

• Como as drogas prejudicam a motivação e o desempenho dentro esporte (desafios contemporâneos).

JOGOS E BRINCADEIRAS:

• Brincadeiras de rua populares;• Jogos indígenas (Lei 10645/08);

• Jogos de raquete e peteca;• Jogos de tabuleiro (damas, trilha, dominó e ludo, etc);• Jogos de estafetas( de velocidade, com bastão e bolas);

• Jogos dramáticos e de interpretação;• Xadrez : xeque, xeque-mate e rei afogado, ataque duplo, peça cravada e xeque encoberto,

resoluções de problemas;• O meio ambiente e sua influência nos jogos e brincadeiras das últimas gerações,

retrospectiva (desafios contemporâneos Lei 9795/99);• Jogos de cooperação, análise e debate (desafios contemporâneos).

DANÇA:

• Resgate de danças folclóricas do Paraná (Lei 11645/08);• Atividades de expressão corporal: movimentos ao ritmo da música, noção de tempos

rítmico e pequenas seqüências;• Interpretação de músicas através do movimento;

• Noções de Hip Hop: Break (desafios contemporâneos).

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GINÁSTICA:

• Ginástica natural: saltos, rolamentos e elevações; (Lei 9795/99);• Atividades de circo: equilíbrio, destrezas e habilidades;

• Ginástica artística: movimentos básicos;• Ginástica rítmica: seu histórico e elementos básicos: saltos, piruetas e equilíbrio;• A sexualidade e a ginástica, apelos e contradições (desafios contemporâneos).

LUTAS:

• Judô, capoeira, karate e taekwondo (Lei 10639/03);• resgate histórico das lutas (Lei 10639/03);• As lutas e a noção de ritmo, espaço e tempo;• Movimentos básicos de cada luta: ginga, esquiva, rolamentos e quedas;• As lutas como equilíbrio e harmonia e escape de energias negativas, sua importância

no enfrentamento da violência dentro da escola (desafios contemporâneos).

7ª SÉRIE:

ESPORTES:

Futsal, handebol, voleibol, basquetebol, atletismo, futebol e tênis de mesa:• Realizar recortes de períodos históricos de cada esporte através de debates sobre a

ideologia dominante nestes momentos;• Pratica dos fundamentos básicos do esporte;

• Noções táticas de defesa;• Reflexões sobre as regras dos esportes;• Trabalhos com jogos pré-desportivos;

• Como a ética se apresenta nos eventos esportivos (desafios contemporâneos);• O uso de doping nos esportes (desafios contemporâneos);

• Sexualidade ,esporte e adolescência (desafios contemporâneos);• O esporte dentro da realidade indígena (Lei 11645/08).

JOGOS E BRINCADEIRAS:

• Brincadeiras de rua populares (resgate com os pais);• Jogos indígenas (Lei 10645/08);

• Desenvolvimento de jogos intelectivos e culturais;• Jogos de tabuleiro (damas, trilha, dominó e ludo, etc);

• Jogos de estafetas ( de dificuldade, de coordenação e de agilidade);• Jogos de raquete e peteca ( pratica e regras básicas);

• Xadrez : tipos de cravada, raio X, desvio, atração, peça sobrecarregada, sacrifício e falso sacrifício;

• Elaboração de gincanas;

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• A ética do jogo e a sua relação com os direitos humanos e a vida em sociedade (desafios contemporâneos);

DANÇA:

• Resgate de danças folclóricas do Paraná (Lei 11645/08);• Atividades de expressão corporal: movimentos ao ritmo da música, noção de tempos

rítmicos, pequenas seqüências;• A influência da cultura afro na música e na dança do Brasil (Lei 10639/03);

• Noções sobre dança de rua; Rap, Break;• Noções sobre danças de salão: Gaúcho, Samba e Pop.

GINÁSTICA:

• Ginástica natural: saltos, rolamentos e elevações (Lei 9795/99);• Noções de postura e desvios posturais;

• Atividades de circo: equilíbrio, destrezas e habilidades;• Ginástica artística: trabalho com seqüências rítmicas;

• A ginástica olímpica: elementos básicos;• A ginástica na prevenção ao uso de drogas na escola (desafios contemporâneos).

LUTAS:

• Judô, capoeira, karate e taekwndo; • Desenvolvimento de jogos de oposição;• Trabalho com seqüências de movimento de cada luta;• Formação de roda de capoeira (Lei 10639/03);• Como a capoeira acompanhou a evolução histórica das senzalas para o mundo (Lei

10639/03).

8ª SÉRIE:

ESPORTES:

Futsal, handebol, voleibol, basquetebol, atletismo, futebol e tênis de mesa:• Realizar recortes de períodos históricos dos esportes, destacando momentos

marcantes;• O poder da mídia e dos grandes patrocinadores no desenvolvimento dos esportes no

mundo atual (desafios contemporâneos); • Desenvolvimento das noções de defesa de ataque;

• Os grandes eventos do esporte; copa do mundo, olimpíada e campeonato mundial e a sua relação com o meio ambiente (desafios contemporâneos);

• Reflexões sobre as regras oficiais dos esportes;• Como a ética se apresenta nos eventos esportivos (desafios contemporâneos);

• O uso de doping nos esportes, principais casos, do auge até a decadência (desafios

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contemporâneos);• Sexualidade , esporte, adolescência e seus mitos; gravidez e menstruação (desafios

contemporâneos).

JOGOS E BRINCADEIRAS:

• Jogos cooperativos;• Jogos indígenas (Lei 10645/08);

• Desenvolvimento de jogos intelectivos e culturais;• Jogos de tabuleiro (damas, trilha e dominó);

• Xadrez: anotação algébrica de lances, fases da partida, abertura, meio do jogo e o final, finais elementares;

• Participação de gincanas e festivais com jogos adaptados (Lei 9795/99);• Análise sobre as diferenças entre jogos cooperativos e competitivos.

DANÇA:

• Noções sobre dança de rua: Rap, Break (Desafios contemporâneos);• Passos básicos de dança salão: elementos estruturantes, harmonia, desenvoltura e

sincronismo;• Elaboração de festivais de danças;

• O papel da dança na melhoria da auto-estima e aceitação de si próprio (Desafios contemporâneos);

• A sexualidade exacerbada em alguns tipos de dança atual em comparação com a dança de salão e outros ritmos (Desafios contemporâneos).

GINÁSTICA:

• Noções de postura e desvios posturais;• A ginástica como fonte de saúde, combate aos modismos (Desafios contemporâneos);

• Atividades de circo: equilíbrio, destreza e habilidades, malabares e acrobacias;• Ginástica artística: trabalho com seqüências rítmicas;

• A ginástica olímpica: elementos básicos, sua evolução ao longo dos anos, destaques nacionais;

• A ginástica na prevenção ao uso de drogas na escola (desafios contemporâneos).

LUTAS:• Judô, capoeira. karate e taekwndo;• Desenvolvimento de jogos de oposição;• Trabalho com seqüências de movimento de cada luta;• Formação de roda de capoeira (Lei 10639/03);• A exploração das lutas pela indústria do cinema, análise crítica;• As lutas e a sua relação com a natureza e o meio ambiente (desafios contemporâneos).

CONTEÚDOS PROPOSTOS

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ENSINO MÉDIO

1ª SÉRIE

ESPORTES:

Futebol; Futsal, handebol, voleibol, basquetebol, atletismo e Tênis de mesa:

• Realizar recortes de períodos históricos dos esportes, destacando momentos marcantes;

• Os interesses comerciais por traz dos grandes eventos esportivos e o poder da mídia e dos grandes patrocinadores no desenvolvimento dos esportes no mundo atual (Desafios

contemporâneos);• Desenvolvimento das noções de defesa de ataque;

• Desenvolvimento de noções táticas do jogo; • Os grandes eventos do esporte; copa do mundo, olimpíada e campeonato mundial e a

sua relação com o meio ambiente (Lei 9795/99);• Reflexões sobre as regras oficiais dos esportes;

• Como a ética se apresenta nos eventos esportivos (Desafios contemporâneos);• O uso de doping nos esportes, as verdades e os mitos (Desafios contemporâneos);

• Sexualidade e esporte de alto nível – as mudanças corporais (hormonais) rendimento físico e sua relação com a performance física nas mulheres e seus mitos; gravidez e

menstruação. (Desafios contemporâneos);• A função social do esporte, seus mitos e preconceitos.

JOGOS E BRINCADEIRAS:

• Jogos cooperativos;• Jogos sensoriais;

• Jogos pré-desportivos;• Jogos adaptados;

• Pesquisa de jogos indígenas (Lei 10645/08);• Jogos de tabuleiro (damas, trilha e dominó);

• Xadrez: Estudo de aberturas de jogo, meio do jogo e finais elementares;• Participação de gincanas e festivais com jogos adaptados (Lei 9795/99);

DANÇA:

• Noções sobre dança de rua: Rap, Break (Desafios contemporâneos);• Passos básicos de dança salão: elementos estruturantes, harmonia, desenvoltura e

sincronismo;• Elaboração de festivais de danças;

• O papel da dança na melhoria da auto-estima e aceitação de si próprio (Desafios contemporâneos);

• A sexualidade exacerbada em alguns tipos de dança atual em comparação com a dança de salão e outros ritmos (Desafios contemporâneos).

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GINÁSTICA:

• A importância de uma boa postura e as conseqüências nos desvios posturais;• A ginástica como fonte de saúde, combate aos modismos (Desafios contemporâneos);

• Fisiologia do exercício: Sistemas cardíaco, respiratório e circulatório; • Atividades de circo: equilíbrio, destreza e habilidades, malabares e acrobacias;

• Ginástica artística: trabalho com seqüências rítmicas;• Ginástica laboral;

• A ginástica olímpica: elementos básicos, sua evolução ao longo dos anos, destaques nacionais e referências mundiais;

• A ginástica na prevenção ao uso de drogas na escola (desafios contemporâneos).

LUTAS:

• Judô, capoeira. karate e taekwndo;• Desenvolvimento de jogos de oposição;• Trabalho com seqüências de movimento de cada luta;• Formação de roda de capoeira (Lei 10639/03);• A exploração das lutas pela indústria do cinema, análise crítica;• As lutas e a sua relação com a natureza e o meio ambiente (desafios contemporâneos).

2ª SÉRIE

ESPORTES:

Futebol; Futsal, handebol, voleibol, basquetebol, atletismo e Tênis de mesa:

• Comparação histórica das modalidades e sua evolução ao longo do tempo;• Os interesses comerciais por traz dos grandes eventos esportivos e o poder da mídia e

dos grandes patrocinadores no desenvolvimento dos esportes no mundo atual (Desafios contemporâneos);

• Perceber que a constituição física nem sempre implica limitações atléticas;• Desenvolvimento das noções de defesa de ataque, contra ataque e re-contrataque;

• Aprimoramento das noções táticas do jogo;• Tipos de sistemas de jogo;

• Noções básicas de organização de competições esportivas; • Nutrição e esporte;

• O esporte como válvula de escape para os grandes problemas psicológicos;• Os grandes eventos do esporte; copa do mundo, olimpíada e campeonato mundial e a

sua relação com o meio ambiente (Lei 9795/99);• Relação ética entre a mídia e atletas (Desafios contemporâneos);

• O uso de doping nos esportes, principais casos, do auge até a decadência (Desafios contemporâneos);

• Sexualidade e esporte de alto nível – as mudanças corporais (hormonais) rendimento físico e sua relação com a performance física nas mulheres e seus mitos; gravidez e

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menstruação. (Desafios contemporâneos);• A função social do esporte, todo atleta profissional tem status e reconhecimento?

JOGOS E BRINCADEIRAS:

• Jogos cooperativos;• Jogos sensoriais;

• Jogos pré-desportivos;• Confecção de jogos adaptados;

• Reconhecer a importância dos jogos lúdicos nas relações sociais;• Pesquisa de jogos indígenas (Lei 10645/08);• Jogos de tabuleiro (damas, trilha e dominó);

• Xadrez: Aprofundamento das aberturas de jogo, meio do jogo, casos de empate e combinações para ganhar vantagem material.

• Elaboração de gincanas e festivais com jogos adaptados (Lei 9795/99);

DANÇA:

• Noções sobre dança de rua: Rap, Break (Desafios contemporâneos);• Passos básicos de dança salão: elementos estruturantes, harmonia, desenvoltura e

sincronismo;• Elaboração de festivais de danças;

• O papel da dança na melhoria da auto-estima e aceitação de si próprio (Desafios contemporâneos);

• A sexualidade exacerbada em alguns tipos de dança atual em comparação com a dança de salão e outros ritmos (Desafios contemporâneos).

GINÁSTICA:

• A importância de uma boa postura e as conseqüências nos desvios posturais;• Reeducação postural;

• Prática da atividade física saudável sem risco de lesões;• Estimular os alunos a fazerem atividades físicas rápidas, divertidas e eficientes;

• A ginástica como fonte de saúde, combate aos modismos (Desafios contemporâneos);

• Fisiologia do exercício: sistemas energéticos do movimento, frequência cardíaca, pressão arterial, controle do peso e fatores de risco coronarianos;

• Atividades de circo: equilíbrio, destreza e habilidades, malabares e acrobacias;• Ginástica artística: trabalho com seqüências rítmicas;

• Ginástica laboral;• Ginástica geral;

• A ginástica olímpica: elementos básicos, sua evolução ao longo dos anos, destaques nacionais e referências mundiais;

• A ginástica na prevenção ao uso de drogas na escola (desafios contemporâneos).

Page 111: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR · seu status de disciplina. Em agosto de 2006 foi aprovado pelo MEC e o retorno da disciplina as escolas. Hoje a maior luta é pelo movimento de pensar

LUTAS:• Judô, capoeira. karate e taekwndo;• Vale tudo e a mídia;• Desenvolvimento de jogos de oposição;• Esgrima adaptada;• Trabalho com seqüências de movimento de cada luta;• Formação de roda de capoeira (Lei 10639/03);• A exploração das lutas pela indústria do cinema, análise crítica;• As lutas e a sua relação com a natureza e o meio ambiente (desafios contemporâneos).

3ª SÉRIE

ESPORTES:

Futebol; Futsal, handebol, voleibol, basquetebol, atletismo e Tênis de mesa:

• Comparação histórica das modalidades e sua evolução ao longo do tempo;• Os interesses comerciais por traz dos grandes eventos esportivos e o poder da mídia e

dos grandes patrocinadores no desenvolvimento dos esportes no mundo atual (Desafios contemporâneos);

• Aprimoramento dos movimentos de defesa, ataque, contra ataque e re-contrataque;• Aprimoramento das noções táticas do jogo;

• Tipos de sistemas de jogo;• Organização de competições esportivas;

• Nutrição e esporte;• Participação de eventos esportivos e a relação com a auto-estima;

• Competitividade e a lealdade dentro do esporte;• Os grandes eventos do esporte; copa do mundo, olimpíada e campeonato mundial e a

sua relação com o meio ambiente (Lei 9795/99);• Relação ética entre a mídia e atletas (Desafios contemporâneos);

• O uso de doping nos esportes, principais casos, do auge até a decadência (Desafios contemporâneos);

• Sexualidade e esporte de alto nível – as mudanças corporais (hormonais) rendimento físico e sua relação com a performance física nas mulheres e seus mitos; gravidez e

menstruação. (Desafios contemporâneos);• A função social do esporte, todo atleta profissional tem status e reconhecimento?

• Diferenças entre esporte escolar e esporte de rendimento.

JOGOS E BRINCADEIRAS:

• Jogos cooperativos;• Jogos sensoriais;

• Jogos pré-desportivos;• Reconhecer a importância dos jogos lúdicos nas relações sociais;

• Confecção de jogos adaptados;• Pesquisa de jogos indígenas (Lei 10645/08);• Jogos de tabuleiro (damas, trilha e dominó);

Page 112: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR · seu status de disciplina. Em agosto de 2006 foi aprovado pelo MEC e o retorno da disciplina as escolas. Hoje a maior luta é pelo movimento de pensar

• Xadrez: estudo de partidas, estratégias de jogo e sacrifício de peças;• Elaboração de gincanas e festivais com jogos adaptados (Lei 9795/99);

DANÇA:

• Noções sobre dança de rua: Rap, Break (Desafios contemporâneos);• Passos básicos de dança salão: elementos estruturantes, harmonia, desenvoltura e

sincronismo;• expressão pelo movimento;

• Elaboração de festivais de danças;• O papel da dança na melhoria da auto-estima e aceitação de si próprio (Desafios

contemporâneos);• A sexualidade exacerbada em alguns tipos de dança atual em comparação com a

dança de salão e outros ritmos (Desafios contemporâneos).

GINÁSTICA:

• Reeducação postural;• Fisiologia do exercício: sistemas energéticos do movimento, frequência cardíaca,

pressão arterial, controle do peso e fatores de risco coronarianos e sedentarismo; • Atividades de circo: equilíbrio, destreza e habilidades, malabares e acrobacias;

• Ginástica artística: trabalho com seqüências rítmicas;• Atividades físicas nos grandes centros e a poluição, incentivo a preservação ambiental,

(Lei 9795/99);• Ginástica laboral;• Ginástica geral;

• A ginástica olímpica: elementos básicos, sua evolução ao longo dos anos, destaques nacionais e referências mundiais;

• A ginástica na prevenção ao uso de drogas na escola (desafios contemporâneos).

LUTAS:

• Judô, capoeira. karate e taekwndo;• Esgrima adaptada;

• As lutas como forma de defesa pessoal e não como uma arma;• Desenvolvimento de jogos de oposição;

• Trabalho com seqüências de movimento de cada luta;• Formação de roda de capoeira (Lei 10639/03);

• A exploração das lutas pela indústria do cinema, análise crítica;• As lutas e a sua relação com a natureza e o meio ambiente (desafios

contemporâneos).

METODOLOGIA

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Educação Física como as demais disciplinas necessita de métodos e

técnicas adequadas que possibilitem ao professor alcançar os objetivos propostos.

Estes métodos adequados constituem-se na maneira de como o educador irá

organizar o processo de ensino-aprendizagem que por consequência terá como

resultado, um aprendizado fácil e acessível a realidade de educando.

A disciplina será conduzida no decorrer do ano, baseado em métodos que

irão se utilizar de aulas teóricas, aulas práticas, TV multimídia, uso de pesquisas em

bibliotecas e no projeto Paraná Digital, palestras e debates sobre temas variados e

organizações de gincanas e atividades pré-desportivas ao grande número de

alunos.

O professor irá sequenciar os conhecimentos de acordo com a evolução

da turma, estando ele sempre preocupando com a qualidade de aprendizagem e

não com a quantidade.

Essa sequência estará baseada na realidade do educando e do colégio, a

fim de que os conteúdos e as experiências absorvidas possam ser aplicadas no dia

a dia de sua vida.

Os métodos utilizados levarão em consideração a realidade trazidas pelos

educandos e aprendizagem sugerida respeitará a individualidade de cada um,

portanto,os conteúdos propostos não serão o centro do processo, mas um dos

meios que o professor utilizará para a construção de um novo saber.

AVALIAÇÃO

A avaliação é uma preocupação constante do educador dentro do

processo de ensino-aprendizagem. A avaliação a ser executada estará voltada para

auxiliar o educando, servindo de apoio para que este possa realmente atingir o seu

objetivo maior, que é o amadurecimento como ser humano participante da

sociedade.

O processo de avaliação dentro da disciplina de Educação Física buscará

valorizar a participação das aulas práticas, o interesse dos conteúdos propostos,

bem como, a sua vontade de evoluir e ultrapassar os seus próprios limites em

relação aos obstáculos que forem surgindo. De maneira nenhuma as avaliações

desta disciplina irão quantificar a performance, aptidão e habilidade física, a

preocupação primordial ficará por conta da superação pessoal e da sua participação

e envolvimento nas atividades do planejamento proposto. Para materializar e

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quantificar a proposta avaliativa descrita o professor irá utilizar dos seguintes

instrumentos de avaliação: sínteses escritas de atividades desenvolvidas, debates e

seminários, trabalhos práticos e teóricos com apresentações aos colegas, reflexões

com a oportunidade de auto avaliação – análise da participação prática nas

atividades propostas, provas teóricas e práticas de xadrez.

A sociedade de hoje busca uma educação dinâmica e a Educação Física

inserida neste processo também sofreu mudanças e na atualidade deixou de ser

atividade de adestramento físico preocupada com o aspecto estético, para se tornar

uma ciência do movimento humano que vê o homem na sua amplitude total,

fisiológica e física a partir destes três aspectos busca auxiliar o homem na

conscientização e transformação da realidade contribuindo para uma sociedade

mais justa e mais humana e para a formação de um cidadão consciente e agente de

seu próprio desenvolvimento.

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CALLADO, Carlos Velázquez. Educação para a paz. Santos, SP Projeto

cooperação, 2004.

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FREIRE, João Batista. Educação do Corpo Inteiro. São Paulo: Scipione, 19992.

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MATSUDO, V. K. Testes em Ciências do Esporte. São Caetano do Sul: Centro de

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MAGILL, R. A . Aprendizagem Motora: conceitos e aplicações. São Paulo: Edgard

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Blücher, 1993.

FERNANDES, José Luís. Atletismo: Arremessos: técnica, iniciação. São Paulo: EPU, 1978.

MARINHO, Inzel Penha. Educação Física, Recreação e Jogos. São Paulo: Cia Brasil Editora, 1981.

MEDINA, João P. S. O Brasileiro e o seu corpo – 2ª ed. Campinas: Papirus, 1990.

LUCKESI, C. C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 1995.

FERNANDES, José Luís. Atletismo: Os saltos: técnica, iniciação. São Paulo: EPU, 1978.

TIRADO,Augusto C.S.B., Meu primeiro livro de xadrez.Curitiba: Expoente,1995.

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FERNANDES, José Luís. Atletismo: Corridas. São Paulo: EPU, 1979

NOLTE Dorothy e Rachel Harrij. As crianças aprendem o que vivenciam – Rio de Janeiro: sextante 2003.

Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Educação Física – Secretaria de Estado da Educação – SEED; Curitiba 2009.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA VIVA À ESCOLA

ESPORTE EDUCAÇÃO, ESPORTE CIDADÃO

JUSTIFICATIVA

A educação é um processo contínuo e gradativo que vai permeando a

personalidade das pessoas e alterando a realidade da sociedade. A escola sendo o

local onde esta relação se efetiva na pratica deve estar compromissada com as reais

necessidades da comunidade a qual ela pertence, respeitando a individualidade de

cada um, mas também as suas diferenças de ideias, valores, raças e crenças. É

neste contexto que vislumbramos a educação, onde o professor não é um mero

transmissor de conhecimentos, mas um agente ativo dentro desta realidade, que

interage com a mesma e usa o conhecimento elaborado como um meio de

transformação social.

Esta proposta visa ofertar aos educandos das comunidades atendidas pelo

colégio atividades esportivas na modalidade de futsal , buscando a melhoria nos

fundamentos básicos do esporte mas acima de tudo ,estabelecer uma ligação entre

o trabalho esportivo e a vida em sociedade , sua contribuição na formação do

caráter, personalidade e nos valores pessoais que cada um busca para si , valores

que lhe acompanharão pelo resto de suas vidas embasando a suas decisões mais

importantes, pretendemos ainda com desenvolvimento do esporte dentro colégio

canalizar a atenção dos adolescentes para uma vida saudável e ativa, servindo

como uma proposta prática na prevenção ao consumo de drogas lícitas e ilícitas e

no combate ao sedentarismo e seus males, que de acordo com a organização

mundial da saúde correspondem a mais de 70% das doenças que afligem a

sociedade moderna, pois acreditamos que o desenvolvimento e a aquisição de

hábitos saudáveis na infância e adolescência responderão por uma vida adulta mais

ativa com muito mais qualidade e menos propensa as doenças congênitas do

envelhecimento humano.

CONTEÚDOS A Educação Física dentro do processo educacional configura-se como

atividade fundamental no desenvolvimento neuro – motor, na formação de caráter,

na aquisição de hábitos saudáveis, na liberdade de movimento, na formação da auto

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estima e valorização do educando como cidadão, participante do processo evolutivo

da sociedade, alertando sempre para a igualdade de direitos e deveres que todos

nós temos dentro da sociedade.

Na Educação Física, a cooperação é um canal que ajuda na formação

de valores significativos para o grupo. O jogo é a forma mais simples e natural para

o desenvolvimento de um sentimento grupal, é o elemento da cultura que contém

maiores possibilidades para socialização (tornar sociável) e também socializar

(entender vantagens particulares ao grupo).

A relação da Educação Física com o indivíduo e com a sociedade,

confere a esta, responsabilidades que extrapolam o “fazer ginástica” ou “jogar

futebol”, o professor não pode diante da sua missão, aprofundar-se unicamente nos

seus conhecimentos técnicos, o domínio da técnica é importante, mas como um

meio e não como um fim do processo de ensino aprendizagem. O professor de

Educação Física deve estabelecer um diálogo entre o seu conhecimento e do

educando preocupando-se em dar qualidade ao ato educativo e não de repetir

técnicas ou regras, ou mesmo de ter que ser um atleta.

Conteúdos a serem trabalhados: * O esporte como fenômeno de

inclusão social. *Fundamentos do jogo de futsal ( passe, recepção de bola, drible,

chute ao gol, goleiro). *Regras básicas do futsal, Noção de espaço na quadra:

posições de defesa e ataque.

*Desenvolvimento de movimentos na quadra - deslocamentos com e sem a

bola.

*Atividade esportiva e a saúde: benefícios e prevenção de problemas de

saúde.

*Atividade esportiva como prazer e não como obrigação e stress.

*A importância da ocupação do tempo ocioso com atividades físicas.

OBJETIVOS

Proporcionar a integração dos alunos entre as várias séries do ensino

fundamental.

• Quebrar a rotina do processo de ensino-aprendizagem, através de

atividades práticas e lúdicas;

• Oportunizar aos educandos momentos para expressar a sua

criatividade e o seu talento fora do âmbito das quatro paredes da sala de aula;

• Trabalhar valores como; ética, respeito e cooperação, através do

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esporte.

• Oferecer aos alunos através das atividades, momentos para a

superação de seus próprios limites, melhoria da sua auto-estima .

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A Educação Física como as demais disciplinas necessita de métodos e

técnicas adequadas que possibilitem ao professor alcançar os objetivos propostos.

Estes métodos adequados constituem-se na maneira de como o educador irá

organizar o processo de ensino-aprendizagem que por conseqüência terá como

resultado, um aprendizado fácil e acessível a realidade de educando.

O projeto será conduzido no decorrer do ano, baseado em métodos

que irão se utilizar de aulas teóricas, aulas práticas, TV pen driwe, e no projeto

Paraná Digital , desenvolvimento de atividades pré-desportivas e a participação em

competições da modalidade em nossa região.

O professor irá seqüênciar os conhecimentos de acordo com a

evolução da grupo, estando ele sempre preocupando com a qualidade de

aprendizagem e não com a quantidade.

Essa seqüência estará baseada na realidade do educando e do colégio, a fim

de que os conteúdos e as experiências absorvidas possam ser aplicadas no dia a

dia de sua vida.

Sendo estes não o centro do processo, mas um dos meios que o professor

utilizará para a construção de novos saberes.

INFRA-ESTRUTURA

Para o desenvolvimento da proposta será utilizada a quadra esportiva

do Colégio e para complementação das atividades serão usadas a sala do

laboratório de infomática e uma sala que possua TV Multimídia.

Recursos Materiais: 10 bolas de futsal, materiais pedagógicos ( bolas

de borracha, bamboles, cordas, coletes, bastões, cones de sinalização) traves de gol

com redes, materiais de apoio: livros, cd rom e revistas).

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RESULTADOS ESPERADOS

Espera-se com realização da proposta, que os educandos possam se

sentir mais motivados a participar do dia a dia do colégio, melhorando o seu

interesse e envolvimento dentro das disciplinas que compõem a grade curricular de

ensino ,pois terão mais um momento de frequência e familiarização com o ambiente

escolar , o que certamente contribuirá para a valorização e a confirmação da escola

como um espaço democrático onde o seus freqüentadores podem externar a sua

criatividade e assiduidade seja através do esporte, das ciências , das artes literárias

ou de qualquer outra forma de conhecimento e expressão humana.

CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO

Alunos que estejam frequentando regularmente das atividades letivas

do ano de 2010 e que atendam as especificações do programa Viva Escola.

Alunos que demonstrem interesse nas atividades propostas no projeto;

Alunos que apresentam dificuldades de relações inter pessoais; com

vulnerabilidade econômica e social;

Alunos que necessitam de apoio pedagógico e de incentivo para prosseguir

nos estudos ( atividades diferenciadas e prazerosas)

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COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA

PAULA FREITAS 2010

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PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A história da Matemática revela que os povos das antigas civilizações conseguiram

desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram a compor a

matemática que conhecemos hoje. A literatura menciona registros que datam de 2000

a .C .

Para Ribnikov (1987), esse período demarcou o nascimento da Matemática.

Porém, como a ciência, a Matemática emergiu com os gregos nos séculos VI e V a . C.

Com a civilização grega foram registradas regras, princípios lógicos e exatidão de

resultados.

Com os platônicos, buscava-se instigar o pensamento do homem através da

aritmética. Esta concepção arquitetou as interpretações, pensamento matemático e o

ensino de matemática.

As primeiras propostas de ensino de Matemática baseadas em prática pedagógicas

ocorreram no século V a . C., com os sofistas, considerados profissionais do ensino.

Por volta dos séculos IV a II a . C., a educação foi ministrada de forma clássica. O

ensino de Matemática desse período estava reduzido a contar números inteiros, cardinais

e ordinais. Era um ensino fundamentado na memorização e na repetição.

No século V d. C., início da Idade Média, o ensino teve caráter estritamente religioso.

A matemática era ensinada para entender os cálculos do calendário litúrgico e determinar

as datas religiosas. Porém no Oriente, ocorreram produções matemáticas entre os hindus,

árabes, persas e chineses. Tais produções foram importantes avanços relativos ao

conhecimento algébrico.

Entre os séculos VIII e IV, com o surgimento das escolas e a organização dos

sistemas de ensino, privilegiou-se o aspecto empírico da Matemática.

Após o século XV, O avanço das navegações e as atividades comerciais e industriais

marcaram o início da Idade Moderna e possibilitaram novas descobertas na Matemática,

cujo desenvolvimento e ensino foram influenciados pelas escolas voltados as atividades

práticas. Enfatizou-se um ensino de Matemática experimental. Que contribuiu para a

descoberta de novos conhecimentos e se colocou em oposição à concepção do ensino

humanista que até então predominava.

As produções matemáticas do século XVI, a geometria analítica e a geometria

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projetiva, o cálculo diferencial e integral, a teoria das séries e a teoria das adequações

diferenciais fizeram o conhecimento matemático alcançar um novo período de

sistematização. Ribnikov (1987) denominou esse período de matemáticas de grandes

variáveis. Nesse período, o ensino de matemática, servia para preparar os jovens ao

exercício de atividades ligadas ao comércio, arquitetura, música, geografia, astronomia,

artes de navegação, da medicina e da guerra.

No Brasil, na metade do século XVI, os jesuítas instalaram colégios católicos com

uma educação de caráter clássico-humanista. A educação jesuítica contribuiu para o

processo pelo qual a Matemática viria a ser introduzida como disciplina nos currículos da

escola brasileira.

No século XVII, a Matemática desempenhou papel fundamental para a comprovação e

generalização de resultados. Surgiu a concepção de lei quantitativa que levou ao conceito

de função e do cálculo infinitesimal.

O século XVIII, foi marcado pelas Revoluções Francesa e Industrial e pelo início da

intervenção estatal na educação. Com os novos moldes de economia e de política

capitalista, a pesquisa Matemática se direcionou a atender aos processos de

industrialização.

No Brasil, ministrava-se um ensino de matemática de caráter técnico, a fim de

preparar os estudantes para as academias militares, influenciado pelos fatos políticos que

ocorriam na Europa. Do final do século XVI ao início do século XIX, o ensino da

Matemática, desdobrado em aritmética, geometria, álgebra e trigonometria, destinava-se

ao domínio de técnicas com o objetivo de formar engenheiros, geógrafos e topógrafos

para trabalhar em minas, abertura de estradas, construções de portos, canais, pontes,

fontes, calçadas e preparar jovens para a prática da guerra. As mudanças ocorreram nos

fundamentos da Matemática, no sistema de teorias e problemas históricos, lógicos e

filosóficos.

No final do século XIX e início do século XX, levantaram-se preocupações relativas

ao ensino da Matemática, resultantes de discussões realizadas em encontros

internacionais de matemáticos, os quais já elaboravam propostas com uma preocupação

pedagógica. Essas discussões contribuíram para a caracterização da Matemática com a

disciplina escolar e deram início à tarefa de transferir para a prática docente os ideais e

exigências advindas das revoluções do século anterior.

Surgiram então as primeiras discussões sobre Educação Matemática, a qual deveria

se orientar pela eliminação da organização excessivamente sistemática e lógica dos

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conteúdos específicos.

As ideias reformadoras do ensino da Matemática estavam alinhadas às discussões

do movimento da Escola Nova. A proposta básica da tendência escola novista era o

desenvolvimento da criatividade e das potencialidades e interesses individuais. O

estudante era considerado o centro do processo e o professor, o orientador da

aprendizagem.

Até o final da década de 50, a tendência que prevaleceu no ensino da Matemática

no Brasil foi a formalista clássica na qual a aprendizagem era centralizada no professor e

no seu papel de transmissor e expositor de conteúdo, pelo desenvolvimento teórico em

sala de aula.

Após a década de 50, observou-se a tendência formalista moderna. O ensino era

centrado no professor que demonstrava os conteúdos em sala de aula. Enfatizavam-se o

uso preciso da linguagem matemática, rigor e as justificativas das transformações

algébricas por meio das propriedades estruturais.

Instaurado em 1964, o regime militar brasileiro oficializou a tendência pedagógica

tecnicista, onde a aprendizagem era centrada nos objetivos instrucionais, nos recursos e

nas técnicas de ensino.

A tendência construtivista surgiu no Brasil a partir das décadas de 1960 e 1970. A

Matemática era vista como uma construção constituída por estruturas e relações

abstratas entre formas e grandezas. A interação entre os estudantes e o professor era

valorizada e o espaço de produção individual se traduzia como um momento de

interiorização das ações e reflexões realizadas coletivamente.

A tendência pedagógica socioetnocultural surgiu a partir da discussão sobre a

ineficiência do Movimento Modernista. Valorizou os aspectos socioculturais da Educação

Matemática e tinha sua base teórica e pratica na Etnomatematica.

A tendência historico-critica, por sua vez, concebe a Matemática como saber vivo,

dinâmico, construído historicamente para atender às necessidades sociais e teóricas.

Orientados pelas Diretrizes, vemos que o objeto de estudo da Educação

Matemática está centrado na pratica pedagógica, de forma a envolver-se com as relações

entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático. Assim os objetivos

básicos da Educação Matemática buscam desenvolve-la como campo de investigação e

de produção de conhecimento, em sua natureza científica e a melhoria da qualidade de

ensino em sua natureza pragmática.

A Educação Matemática proposta pelas Diretrizes prevê a formação de um

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estudante critico, capaz de agir com autonomia nas suas relações sociais.

Para o Ensino Fundamental da Rede Estadual, os conteúdos estruturantes são:

números e álgebra;grandezas e medidas; geometria; e tratamento da informação. Sendo

que para o Ensino Médio, são números e álgebra; grandezas e medidas; funções;

geometria; e tratamento da informação.

1.1 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

• Contribuir para a integração do aluno na sociedade em que vive, proporcionando-

lhe conhecimentos básicos de teoria e prática da matemática,vindas de várias

culturas , como afro-brasileiras, africana e indígena.

• Estimular a curiosidade, o interesse e a criatividade do aluno, para que ele explore

novas idéias e descubra novos caminhos na aplicação dos conceitos adquiridos e

na resolução dos problemas.

• Desenvolver o nível cultural e crítico do aluno, contribuindo para um melhor e mais

rápido aprendizado dos desafios educacionais contemporâneo .

• Desenvolver no aluno hábitos de estudo, iniciativa, raciocínio, perseverança,

responsabilidade, cooperação, crítica, discussão e uso correto da linguagem.

• Desenvolver no aluno capacidade de seriar, relacionar, reunir, representar,

analisar, sintetizar, conceituar, deduzir, provar e julgar.

• Possibilitar ao aluno o uso da Internet relação entre vários campos da Matemática

e desta com outras áreas.

• Desenvolver no aluno o uso do pensamento, a capacidade de elaborar hipóteses,

descobrir soluções, estabelecer relações e tirar conclusões.

• Proporcionar ao aluno atividades lúdicas e desafiadoras, incentivando o gosto pela

Matemática e o de desenvolvimento do raciocínio.

CONTEÚDOS DA DISCIPLINA

2.1 CONTEÚDOS DA 5ª SÉRIE

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Sistema de numeração;

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• Números naturais;

• Múltiplos e divisores;

• Potenciação e radiciação;

• Números fracionários:

• Números decimais.

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Medidas de comprimento;

• Medidas de massa;

• Medidas de área;

• Medidas de volume;

• Medidas de tempo;

• Medidas de ângulos;

• Sistema monetário.

GEOMETRIAS

• Geometria plana;

• Geometria espacial.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Dados , tabelas e gráficos;

• Porcentagem.

2.2 CONTEÚDOS DA 6ª SÉRIE

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Números inteiros;

• Números racionais;

• Equação e inequação do 1º grau;

• Razão e proporção;

• Regra de três simples.

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Medidas de temperatura;

• Ângulos.

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GEOMETRIAS

• Geometria plana;

• Geometria espacial;

• Geometria não-euclidianas.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Pesquisa estatística;

• Média aritmética;

• Moda e mediana;

• Juros simples.

2.3 CONTEÚDOS DA 7ª SÉRIE

NÚMEROS E ÁLGEBRA

3. Números Irracionais;

4. Sistema de equação do 1º grau;

5. Potências ;

6. Monômios e polinômios;

7. Produtos notáveis.

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Medidas de comprimento;

• Medida de área;

• Medidas de ângulos.

GEOMETRIAS

• Geometria plana;

• Geometria espacial;

• Geometria analítica;

• Geometrias Não-euclidiana.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

- Gráficos e informação;

- População e amostra.

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2.4 CONTEÚDOS DA 8ª SÉRIE

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Números Reais;

• Propriedades dos radicais;

• Equação do 2º grau;

• Teorema de Pitágoras;

• Equações irracionais e biquadradas;

• Regra de três composta.

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Relações métricas no triângulo retângulo;

• Trigonometria no triângulo retângulo .

FUNÇÕES

- Noção intuitiva de função afim;

- Noção intuitiva de função quadrática.

GEOMETRIAS

• Geometria plana, espacial, analítica e não- euclidiana .

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Noção de análise combinatória;

• Noção de probabilidade;

• Estatística;

• Juros composto.

ENSINO MÉDIO

2.5 CONTEÚDO DA 1ª SÉRIE

NÚMEROS E ÁLGEBRA

- Números reais;

- Equações e inequações exponenciais, logarítmicas e modulares;

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GRANDEZAS E MEDIDAS

- Medidas de área;

- Medidas de volume;

- Medidas de grandeza vetorial;

- Medidas de informática;

FUNÇÕES

- Função afim, quadrática, polinomial, exponencial, logarítmica, modular e

trigonométrica;

- Progressão aritmética;

- Progressão geométrica.

GEOMETRIAS

- Geometria plana e espacial ;

TRATAMENTO DA INFOMAÇÃO

- Matemática financeira.

2.6 CONTEÚDO DA 2ª SÉRIE

NÚMEROS E ÁLGEBRA

- Matrizes;

- Determinante;

- Sistema lineares.

FUNÇÕES - - Funções

trigonométrica.

GEOMETRIAS

- Geometria não-eclidiana;

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

- Análise combinatória;

- Binômio de Newton;

- Probabilidades.

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2.7 CONTEÚDO DA 3ª SÉRIE

NÚMEROS E ÁLGEBRA

- Conjunto dos números complexos;

- Polinômios.

GEOMETRIAS

- Geometrias plana, espacial e analítica.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

- Estatística.

3. METODOLOGIA

A forma de trabalhar os conteúdos deve sempre agregar um valor formativo no que

diz respeito ao desenvolvimento do pensamento matemático. Isso significa colocar os

alunos em um processo de aprendizagem que valorize o raciocínio matemático nos

aspectos de formular questões, perguntar-se sobre a existência de solução, estabelecer

hipóteses e tirar conclusões, apresentar exemplos e contra-exemplos, generalizar

situações, abstrair regularidades, criar modelos, argumentar com fundamentação lógico-

dedutiva. Também significa um processo de ensino que valorize tanto a apresentação de

propriedades matemáticas acompanhadas de explicação quanto à de fórmulas

acompanhadas de dedução, e que valorize o uso da Matemática para a resolução de

problemas interessantes, quer sejam de aplicação ou de natureza simplesmente teórica.

A articulação entre os conhecimentos presentes em cada conteúdo estruturante

pode ocorrer em diferentes momentos e quando novas situações de aprendizagem

possibilitarem essa retomada.

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As tendências metodológicas que compõe o campo de estudo da matemática são:

resolução de problemas, etnomatemática, modelagem matemática, mídias tecnológicas,

investigação matemática e historia da matemática.

Na medida do possível estará sendo trabalhado a cultura afro-brasileira, africana,

indígena e a educação no campo.

4. AVALIAÇÃO

Historicamente o exercício pedagógico escolar e mais especificamente as práticas

avaliativas encontram-se atravessadas mais por uma pedagogia do exame que por uma

pedagogia do ensino e da aprendizagem, sendo assim, a atenção se volta para a

realização de provas e dados que vão compor os quadros estatísticos de avaliação.

Com vistas à superação dessa concepção, avaliar deve ter um papel de mediação

no processo de ensino e aprendizagem, ou seja, ensino, aprendizagem e avaliação

devem ser vistos integrados na prática docente. Cabe ao professor considerar no contexto

das práticas de avaliação encaminhamentos diversos como observação, a intervenção, a

revisão de noções e subjetividades, isto é, buscar diversos métodos avaliativos (formas

escritas, orais e de demonstração), incluindo o uso de materiais manipuláveis,

computador e/ou calculadora. Desta forma, rompe-se com a linearidade e a limitação que

tem marcado as práticas avaliativas.

Devendo a avaliação ser essencialmente diagnóstica e formativa. Em seu papel

diagnóstico, ele é um dos meios pelo qual o professor pode conhecer seus alunos, seus

problemas e potencialidades e orientar sua trajetória para tornar coerente a sua prática e

atingir os objetivos estabelecidos.

Para que a avaliação formativa se torne uma prática na sala de aula, é necessário

não restringir o processo avaliativo às provas e aos testes. É preciso diversificar os

instrumentos de avaliação possibilitando ao aluno observar, perceber, descrever,

argumentar, analisar criticamente, interpretar e formular hipóteses. A variedade e

sistematização do processo avaliativo permite ao professor acompanhar a construção do

conhecimento pelos alunos.

Uma prática avaliativa precisa de encaminhamentos metodológicos que per

passem uma aula, que abram espaço para a interpretação e a discussão, dando

significado ao conteúdo trabalhado e a compreensão por parte do aluno, ou seja, a

avaliação deve ser uma orientação para o professor na condução de sua prática docente

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e jamais um instrumento para reprovar ou reter um aluno na construção de seus

esquemas de conhecimento.

Na recuperação de estudos o professor usará todas as estratégias e

recursos possíveis para que o aluno aprenda, voltar o conteúdo, modificar os

encaminhamentos metodológicos para assegurar a possibilidade de aprendizagem.

Nesse sentido a recuperação da nota será simples decorrência da recuperação de

conteúdos.

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5. REFERÊNCIAS

IEZZI, Gelson,1939, Matemática e realidade: 5, 6, 7, 8. Gelson Iezzi, Osvaldo

Dolce, Antonio Machado, 4.a edição reformada - São Paulo. Atual 2000.

PARANA. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da

Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado

do Paraná. Curitiba, 2008

MATEMATICA. Vários autores. – Curitiba. SEED-PR 2006. (Livro didático do

ensino médio).

FILHO, Benigno Barreto, 1952 – Matemática aula por aula. Volume único:

Ensino Médio / Benigno Barreto Filho, Cláudia Xavier Barreto. - São Paulo. FTD,

2000.

BIANCHINI, Edivaldo, 1935 – Matemática, volume um: versão beta /

Edivaldo Bianchini, Herval Paccola. – 2ª. Edição revisada e ampliada. – São Paulo.

Moderna, 1995.

GIOVANNI, José Ruy, Matemática, volume único.segundo grau / Bonjorno,

José Roberto, Giovanni Jr., Jose Ruy – São Paulo. FTD 1987.

Ribnikov, K. História de Lãs Matemáticas. Moscou. Mir, 1987.

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COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE

PAULA FREITAS2010

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PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Os primeiros registros de arte na educação surgiram durante o período colonial

nas vilas e reduções jesuíticas, cultivando tradições portuguesas, africana e indígena

com ensinamentos de artes e ofícios, por meio da música, dança, teatro, pintura,

escultura e artes manuais. Cultivando as formas artísticas da alta idade média e

renascentista, bem como assimilando as culturas locais, formando a cultura brasileira.

Sendo uma área do conhecimento humano, tem como a função contribuir para o

desenvolvimento do sujeito dentro do contexto de uma sociedade. Por ser uma escola do

campo, podemos dizer que não é estática, buscando sempre uma concepção

progressista, crítica, libertadora e emancipadora.

O ensino de Arte sofreu consequências dos momentos históricos e se

desenvolveu, através das relações socioculturais, econômicas e políticas destes

momentos. É no espaço da sala de aula, que o ensino de Arte assume um papel

auxiliador para a aquisição do conhecimento, tendo como objeto de estudo a Arte-

Educação, criação, produção e apreciação, percepção, significação e compreensão da

cultura, considerando os seguintes campos conceituais:

• Arte como representação:

• Arte como expressão;

• Arte como técnica (formalismo).

Para isso é importante observar a diversidade existente dentro da sala de aula.

Interpretar a arte é construção argumentativa na elaboração do sentido, porque propicia

vivências significativas. O teatro, a música, as artes visuais contribuem para que todo

esse processo aconteça.

A sala de aula então transforma-se num espaço fundamental para a exposição e

assimilação dos conteúdos estruturantes da disciplina:

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No Ensino Fundamental e Ensino Médio:

8. elementos formais;

9. composição;

10.movimentos e períodos.

Portanto os conteúdos estruturantes no encaminhamento metodológico,

organizam os conteúdos específicos em cada área de arte, buscando contemplar os três

momentos da organização pedagógica o sentir e perceber, o trabalho artístico, e o

conhecimento em arte, possibilitando a criação, a produção, a apreciação, percepção, a

significação e o reforço cultural. Para isso é importante observar a diversidade existente

dentro da sala de aula. A aquisição cognitiva de conteúdos é processo que requer do

aluno além do conhecimento científico da arte dentro e fora da escola.

Será dado enfoque nesta série para a estrutura e organização da Arte em suas

origens e outros períodos históricos. A cultura afro-brasileira, africano e indígena será

tratado nos conteúdos resgatando a temática, a exemplo dos movimentos e períodos.

5ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

RitmoMelodiaEscalas: diatônica, pentatônicacromática Improvisação

Greco-RomanaOrientalOcidentalAfricana

5ª SÉRIE – ÁREA ARTES VISUAIS

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS

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PontoLinhaTexturaFormaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalFigurativaGeométrica, simetriaTécnicas: Pintura, escultura, arquitetura...Gêneros: cenas da mitologia

Arte Greco-RomanaArte AfricanaArte OrientalArte Pré-Histórica

5ª SÉRIE – ÁREA TEATRO

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação

Espaço

Enredo, roteiro.espaço Cênico, adereços

Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto

improvisação, manipulação, máscara...

Gênero: Tragédia, Comédia, Circo.

Greco-RomanaTeatro OrientalTeatro MedievalRenascimento

5ª SÉRIE – ÁREA DANÇA

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS

Movimento CorporalTempoEspaço

KinesferaEixoPonto de ApoioMovimentos articularesFluxo (livre, interrompido)Rápido e lentoFormaçãoNíveis (alto, médio e baixo)Deslocamento (direto e indireto)Dimensões (pequeno e grande)Técnica: ImprovisaçãoGênero: Circular

Pré-históriaGreco-RomanaRenascimentoDança Clássica

6ª SÉRIE

Será dado enfoque nesta série para a importância de relacionar o conhecimento

com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. A cultura afro-brasileira, africana

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e indígena será tratado nos conteúdos resgatando a temática, a exemplo dos

movimentos e períodos.

6ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

RitmoMelodiaEscalasGêneros: folclórico, indígena, popular e étnicoTécnicas: vocal, instrumental, mistaImprovisação

Música popular e étnica (ocidental e oriental)

6ª SÉRIE - ÁREA ARTE VISUAIS

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS

PontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

ProporçãoTridimensionalFigura e fundoAbstrataPerspectivaTécnicas: Pintura, escultura,

modelagem, gravura...Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...

Arte indígenaArte Popular Brasileira e

ParanaenseRenascimentoBarroco

6ª SÉRIE - ÁREA TEATRO

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação

Representação,Leitura dramática,Cenografia.

Técnicas: jogos teatrais,

Comédia dell' arteTeatro Popular Brasileiro e ParanaenseTeatro Africano

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EspaçoMímica, improvisação,

formas animadas...

Gêneros: Rua, arena,Caracterização.

6ª SÉRIE - ÁREA DANÇA

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS

Movimento CorporalTempo

Espaço

Ponto de ApoioRotaçãoCoreografiaSalto e quedaPeso (leve, pesado)Fluxo (livre, interrompido e conduzido)Lento, rápido e moderadoNíveis (alto, médio e baixo)FormaçãoDireçãoGênero: Folclórica, popular, étnica

AfricanaIndígena

7ª SÉRIE

Nesta série, o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade

contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na

arte. A cultura afro-brasileira, africana e indígena será tratada nos conteúdos que

resgatando a temática, a exemplo dos movimentos e períodos.

7ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

RitmoMelodiaHarmonia

Tonal, modal e a fusão de ambos.

Técnicas: vocal, instrumental e mista

Indústria Cultural

Eletrônica

Minimalista

Rap, Rock, Tecno ...

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7ª SÉRIE - ÁREA ARTES VISUAIS

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS

LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

SemelhançasContrastesRitmo VisualEstilizaçãoDeformaçãoTécnicas: desenho, fotografia, audio-visual, mista...

IIndústria CulturalArte no Séc. XXArte Contemporânea

7ª SÉRIE - ÁREA TEATRO

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação

Espaço

Representação no Cinema e Mídias

Texto dramáticoMaquiagemSonoplastia

Roteiro

Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...

Indústria CulturalRealismoExpressionismoCinema Novo

7ª SÉRIE - ÁREA DANÇA

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS

Movimento CorporalTempoEspaço

GiroRolamentoSaltos

Hip HopMusicaisExpressionismo

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Aceleração e desaceleraçãoDireções (frente, lado, atrás, direita e esquerda)ImprovisaçãoCoreografiaSonoplastiaGênero: Indústria Cultural e espetáculo

Indústria Cultural Dança Moderna

8ª SÉRIE

Será dado enfoque nesta série o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como

ideologia e fator de transformação social. A cultura afro-brasileira, africana e indígena

será tratada nos conteúdo resgatando a exemplo dos movimentos e períodos.

8ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

RitmoMelodiaHarmoniaTécnicas: vocal, instrumental, mista Gêneros: popular, folclórico, étnico.

Música EngajadaMúsica Popular Brasileira.

Música contemporânea

8ª SÉRIE - ÁREA ARTES VISUAIS

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS

LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalTridimensionalFigura-fundo Ritmo Visual

Técnica: Pintura, grafitte, performance...

Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano...

RealismoVanguardasMuralismo e Arte Latino-americanaHip Hop

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8ª SÉRIE - ÁREA TEATRO

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação

Espaço

Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio,

Teatro-Fórum... DramaturgiaCenografiaSonoplastiaIluminaçãoFigurino

Teatro EngajadoTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro do AbsurdoVanguardas

8ª SÉRIE - ÁREA DANÇA

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

KinesferaPonto de ApoioPesoFluxoQuedasSaltosGirosRolamentosExtensão (perto e longe)CoreografiaDeslocamentoGênero: Performance, moderna

VanguardasDança ModernaDança Contemporânea

ENSINO MÉDIO

No Ensino Médio é proposto uma retomada dos conteúdos de 5° a 8° série e

aprofundamento destes e outros conteúdos de acordo com a experiência escolar e

cultural dos alunos do Ensino Médio, priorizando o estudo da estética e da ideologia nas

artes.

Área de Música

CONTEÚDOS ESTRURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS

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CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

RitmoMelodiaHarmoniaEscalasModal, Tonal e fusão de ambos.Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop ...

Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mistaImprovisação

Música Popular BrasileiraParanaensePopularIndústria CulturalEngajadaVanguardaOcidentalOrientalAfricanaLatino-Americano

Área de Artes Visuais

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERIODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

BidimensionalTridimensionalFigura e fundoFigurativoAbstratoPerspectivaSemelhançasContrastesRitmo VisualSimetriaDeformaçãoEstilização

Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e esculturas, arquitetura, história em Quadrinhos...Gêneros: paisagem, natureza-morta, Cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa, da Mitologia...

Arte OcidentalArte OrientalArte AfricanaArte BrasileiraArte ParanaenseArte PopularArte de VanguardaIndústria CulturalArte Contemporânea

Arte Latino-Americana

Área de Teatro

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação

Espaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-FórumRoteiro

Encenação, leitura dramática

Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e ÉpicoDramaturgia

Representação nas mídiasCaracterizaçãoCenografia,

sonoplastia, figurino, iluminação DireçãoProdução

Teatro Greco-RomanoTeatro MedievalTeatro BrasileiroTeatro ParanaenseTeatro PopularIndústria CulturalTeatro EngajadoTeatro DialéticoTeatro EssencialTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro de VanguardaTeatro Renascentista

Teatro Latino-AmericanoTeatro RealistaTeatro Simbolista

Área de Dança

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICO PARA A SÉRIE

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

KinesferaFluxoPesoEixoSalto e QuedaGiroRolamentoMovimentos articularesLento, rápido e moderadoAceleração e desaceleraçãoNíveisDeslocamentoDireçõesPlanosImprovisaçãoCoreografia

Gêneros: Espetáculo, industrial cultural, étnica, folclórica,

populares, salão

Pré-históriaGreco-RomanaMedievalRenascimentoDança ClássicaDança PopularBrasileiraParanaenseAfricanaIndígenaHip HopIndústria Cultural Dança ModernaVanguardasDança Contemporânea

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2. METODOLOGIA

Os métodos de apreciação e produção de objetos artísticos integram a Arte na

perspectiva de recuperar, pelo seu estudo, a construção do imaginário.

Tendo o conhecimento como objetivo de trabalho, os métodos a serem adotados

devem, impreterivelmente, levar ao aluno não apenas vê, mas apropriar-se de uma obra

de arte, através de sua percepção e sentido. Para este sucesso, no entanto, o aluno

deverá num primeiro momento conhecer arte em toda a sua plenitude, liberto de

conceitos, preconceitos e tabus.

Será realizado uma abordagem teórica nos conteúdos de música,teatro, dança e

artes visuais, objetivando à apropriação do conhecimento produzido historicamente.

A aquisição cognitiva de conteúdos é processo que requer do aluno atenção,

observação, produção e estudo, enquanto que, para os conteúdos quaisquer que seja

hajam as experiências vividas dentro do processo de construção da vida da própria

pessoa. Educar esteticamente é ensinar a ver o mundo sobre todos os seus aspectos, o

aluno só consegue isso à medida que aplica o fazer da escola ao fazer da sua vida.

Ao final o aluno já será capaz de, realmente, produzir arte, com sua própria visão

do mundo, técnica e estilo.

3. AVALIAÇÃO

Toda a avaliação deve ser compreendida como um todo, o aluno é o maior

instrumento de avaliação, porque é ele que faz e reproduz o conhecimento para outras

pessoas. Por isso a avaliação não poderia ser outra se não diagnóstica e processual. A

nós professores cabem o direcionamento das propostas de trabalho, mas ao aluno cabe a

parte mais importante, a criação. Muitas vezes é na escola que descobrimos os maiores

prazeres de nossas vidas, por isso essa avaliação precisa privilegiar a criação do aluno,

pois ele é o autor deste ou daquele trabalho e precisa ser respeitado nessa criação.

Na avaliação da área música, será relacionada uma compreensão de elementos

com diferentes formas musicais tendo como função social e ideológica de vinculação e

consumo, relacionada com a produção musical.

Na avaliação da área de artes visuais, será relacionada a compreensão de

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elementos formais que se estruturam a relação com o movimento artístico, com a prática

e com os modos de composição visual.

Na área de teatro, será identificado como diferentes métodos de apresentação e

organização do teatro e suas relações com o movimento artístico e a composição teatral.

Na área de dança,será identificada a dimensão da dança na produção de fator de

transformação social. Partindo de uma relação com a produção de sua função em

métodos de composição musical visando uma atuação singular e social.

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4 REFERÊNCIA

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a Arte. São Paulo. Ática, 1991.

HERLING, André; YAJIMA, Eiji. Desenho. São Paulo, Editora IBEP, 2000.

OSTROWER, Fayga. Universo da Arte. Rio de Janeiro. Campus, 1993.

VALADARES, Solange. Arte no Cotidiano Escolar. São Paulo, FAPI, 2003.

PARANÁ. Secretária de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Arte, 2008.

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COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

CIÊNCIAS

PAULA FREITAS 2010

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR CIÊNCIAS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Numa perspectiva a ciência como construção humana, falível e intencional ( a

história da Ciência se constrói). A descoberta do fogo foi um marco importante na história

da humanidade, sendo que a partir dela, o ser humano apresentou outras necessidades.

Há aproximadamente dez mil anos, o homem que caçava e coletava, passou a cultivar a

terra e criar animais, interferindo diretamente na natureza, tornando-se um observador

ainda mais atento da natureza, estabelecendo relações, com o objetivo de tirar melhor

proveito da natureza para sua subsistência.

Do século XI ao XIII, as cruzadas foram importantes na disseminação da cultura e

da ciência entre o Oriente e o Ocidente.

Uma mudança na sua forma de entender o mundo e transmitir conhecimento.

Dentre estes, destacam-se as grandes navegações e a invenção da imprensa ( século

XIV e XV).

Na renascença, século XV e XVI, a partir da imprensa, algumas ciências buscam

explicar o mundo através de novas teorias, a navegação do período anterior e suas

explicações teológicas do mundo. Por meio da botânica e da zoologia, a ciência hoje

denominada Biologia, se destacou através das ilustrações detalhadas. Nessa mesma

época, a ciência atualmente conhecida como química colaborou com a mineração e a

metalúrgica e, com a produção de pólvora. Já na ciência hoje denominada de Física, os

estudos referentes ao magnetismo, a mecânica e a óptica.

Dentre eles, Leonardo da Vinci, grande conhecedor da anatomia, hidráulica,

óptica, botânica, geologia, arquitetura, matemática, engenharia e filosofia.

No século XVII, Nicolau Copérnico 1473 – 1543, que provou uma grande mudança na

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forma de ver o mundo e, Galileu Galilei 1564 – 1662, cujas teorias eram contrarias a visão

tradicional do cristianismo sobre o universo, pois defendia que a Terra movia-se, como

Copérnico já havia anunciado, dando origem ao heliocentrismo. Galileu precisou retratar-

se perante a igreja, mas sendo condenado, não parou seus estudos. Francis Bacon, ao

criar a ciência experimental através do método cientifico. René Descartes, que além de

uma importante obra, “Discurso do Método”, colaborou significativamente com a

matemática através do sistema de coordenadas cartesianas. Isaac Newton colaborou

sobremaneira com a ciência, não só do seu tempo, mas ainda hoje com influência, pois,

por meio das suas leis do movimento, mostrou a natureza como algo regular e previsível.

No século XVIII, foi o período chamado Iluminismo que, além de filosófico, é um

movimento artístico, literário e político. O racionalismo e o empirismo constituem a base

filosófica para a reflexão do Iluminismo. Galileu e Newton e, a partir desse século, a

ciência torna-se cada vez mais independente das diversas religiões.

É organizada, com a colaboração de diversos pensadores, a “Enciclopédia” que

apesar de ser considerada importante hoje, enfrentou muitos problemas para ser

divulgada na época, recebendo a classificação de antieclesiastica, anticristã, teísta e

herética, entrando para uma “lista negra”, semelhante às do período da Inquisição. O

mérito de toda organização e publicação da Enciclopédia deve-se, principalmente, a um

escritor e filósofo francês, Denis Diderote o filósofo e cientista também francês Jean

Baptiste d’Alembert.

Ainda merece destaque na história da ciência, a transição definitiva da alquimia

para a química. Nessa transição, a química passa a ser considerada ciência quando o

químico francês Antoine Laurent Lavoisier, publica o “Tratado Elementar de Química”.

Ainda no século XVIII, a Revolução Industrial, se constitui num processo longo,

que interferiu diretamente no pensamento cientifico e nas relações sociais. A ciência se

desenvolveu através da industrialização ou a industrialização se desenvolveu por meio da

ciência? Pode-se compreender que os avanços científicos determinaram o

desenvolvimento e o crescimento da indústria que, por sua vez, exigiu que a ciência

ascendesse para aperfeiçoar as técnicas e, com isso, desenvolver novas tecnologias para

as indústrias.

Em decorrência desse processo, aumenta a exploração do ambiente para a

produção de energia uma vez que são criadas, nessa época, as máquinas a vapor e a

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siderúrgica.

A busca pela energia necessária ao processo de produção aumentou a procura

por combustíveis com a madeira e o carvão, intensificando os grandes desmatamentos e

o aperfeiçoamento de extração de carvão mineral. É fundamental considerar a descoberta

de energia elétrica como propulsora do desenvolvimento de novas tecnologias.

Na história da ciência, Charles Darwin foi um nome polêmico que mudou a visão

do homem em relação ao passado, quando lançou o livro “A Origem das Espécies” a

evolução através da seleção natural.

Outro cientista importante foi o monge agostiniano e botânico austríaco Gregor

Johann Mendel que descobriu os princípios da hereditariedade, os quais constituem a

base da genética.

A disciplina de ciências foi inserida no currículo a partir da Reforma Francisco

Campos, através do Decreto 19.890/31. A partir daí o Estado passou a organizar o

Sistema de Educação Nacional propondo o ensino de Ciências Físicas Naturais, nas duas

primeiras séries do ensino comum e fundamental e nas três ultimas as disciplinas de

Física, Química e História Natural.

Gustavo Capanema em 1942, por meio das Leis Orgânicas do ensino ressaltou o

mérito da Legislação de 1931 onde o acesso ao ensino foi facilitado, passou a partir daí a

ser denominado de Ciências Naturais onde abordavam na 7a série do Ensino

Fundamental os seguintes conteúdos: Água, Ar e Solo, Noções de Botânica e de

Zoologia e Corpo Humano e na 8a série: Noções de Química e Física.

O Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná veio, no início dos anos 90,

responder às necessidades sociais e históricas, que caracterizavam a sociedade

brasileira da época, propondo a integração dos conteúdos a partir de três eixos

norteadores: Noções de Astronomia, Transformações e Interação da Matéria e Energia e

Saúde com a melhoria da Qualidade de Vida. As discussões sobre Meio Ambiente,

iniciadas na década de 1970 e aprofundadas na década de 1880, não apareceram de

forma clara, na proposta do Currículo Básico apresentando-se implícitas na relação

homem - homem e homem, natureza.

Em 1998, a Câmara de Educação Básica, do Conselho Nacional de Educação,

institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.

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As Diretrizes Curriculares para o ensino e a aprendizagem de Ciências, estão

organizadas a partir da concepção de ciência como processo de construção humana,

provisória, falível e intencional e, dos conteúdos específicos da disciplina, serão

abordados de forma consistente, critica, histórica, considerando as relações entre ciência,

à tecnologia e a sociedade. Propiciando condições para que os sujeitos do processo

educativo discutam, analisem, argumentem e avancem na compreensão do seu papel

frente às demandas sociais, uma vez que questões relacionadas á saúde, sexualidade e

meio ambiente, dentre outras, são tradicionalmente incorporadas aos conteúdos

específicos e, portanto, imprescindíveis à disciplina de Ciências.

Os conteúdos estruturantes são entendidos como saberes fundamentais, capazes

de organizar teoricamente os campos de estudo da disciplina, essenciais para a

compreensão de seu objeto de estudo e suas áreas afins.

Dessa forma, essas diretrizes propõem como conteúdos estruturantes:

11.Astronomia;

12.Matéria;

13.Sistemas Biológicos;

14.Energia;

15.Biodiversidade.

Os quais foram definidos tendo em vista as relações existentes entre os campos

de estudo, tradicionalmente tratados ao longo do ensino de Ciências, e a relevância no

processo de escolarização atual.

Ao desmembrar os conteúdos estruturantes em conteúdos específicos, no

currículo, é importante considerar a concepção de ciência adotada nestas diretrizes, os

conhecimentos físicos, químicos e biológicos e os elementos do Movimento Ciência,

Tecnologia e Sociedade (CTS), visando um processo não fragmentado de ensino e

aprendizagem.

A disciplina de Ciências assume alguns objetivos importantes para melhor

compreensão dos temas relevantes em todo contexto disciplinar como inter-relacionar os

fenômenos da natureza com a teoria na sala de aula; transformar o conhecimento

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empírico em conhecimento científico, desmistificando crendices, simpatias e superstições;

identificar nomenclatura cientifica para designar componentes da biosfera; despertar o

senso crítico para que o aluno crie segurança no momento de discussão e possa

transformar o meio em que vive; adequar o conhecimento cientifico da anatomia e filosofia

humana para formar bons hábitos alimentares, postura, práticas de esportes,

comportamento sexual, entre outros; compreender a natureza como um todo dinâmico e o

ser humano, em sociedade, como agente de transformações do mundo em que vive, em

relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;

compreender a natureza como um processo de produção de conhecimento e uma

atividade humana, histórica, associada a aspectos de ordem social, econômica, política e

cultural,compreendendo as diversas culturas existentes como a Afro-brasileira, Africana e

Indígena ; identificar relações entre conhecimento cientifico, produção de

tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica e

compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, sabendo

elaborar juízo sobre riscos e benefícios das práticas cientifico-tecnologicas; compreender

a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e coletivos que devem ser

promovidos pela ação de diferentes agentes; formular questões, diagnosticar e propor

soluções problemas reais de elementos das ciências naturais, colocando em pratica

conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidas no aprendizado escolar; utilizar

experimentação, visto que ela é parte fundamental do aprendizado, se fazendo

necessário para que o aluno possa entender melhor o mundo que o cerca, as suas

transformações e descobertas; demonstrar que em ciências não é só necessário entender

as transformações, mas como elas se processam, o que consome e como fazemos isso,

são pequenas descobertas, muito importantes para nossa sobrevivência, como funciona

nosso corpo e como ele é. Precisamos envolver o aluno, para que esta sendo feito em

termos de educação e preservação ambiental, salientando que esta deve ser uma

preocupação constante e crescente.

O ensino contextualizado no cotidiano dos alunos, parte principal no processo

ensino-aprendizagem, torna mais fácil o entendimento.

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CONTEÚDOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ASTRONOMIA, MATÉRIA, SISTEMAS BIOLÓGICOS, ENERGIA E BIODIVERSIDADE

5a Série

• Universo

• Sistema Solar

• Movimentos Terrestres

• Movimentos Celestes

• Constituição da Matéria

• Níveis de Organização

• Formas de Energia

Conversão de Energia

• Transmissão de Energia

• Organização dos Seres Vivos

• Ecossistema

• Evolução dos Seres Vivos

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ASTRONOMIA, MATÉRIA, SISTEMAS BIOLÓGICOS, ENERGIA E BIODIVERSIDADE

6a Série

• Astros

• Movimentos Celestes

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• Movimentos Terrestres

• Constituição da Matéria

• Célula

• Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos

• Formas de energia

• Transmissão de Energia

• Origem da Vida

• Organização dos Seres Vivos

• Sistemática

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ASTRONOMIA, MATÉRIA, SISTEMAS BIOLÓGICOS, ENERGIA E BIODIVERSIDADE

7a Série

• Origem e Evolução do Universo

• Constituição da Matéria

• Célula

• Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos

• Evolução dos Seres Vivos

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ASTRONOMIA, MATÉRIA, SISTEMAS BIOLÓGICOS, ENERGIA E BIODIVERSIDADE

8a Série

C) Astros

D) Gravitação Universal

E) Propriedades da Matéria

F) Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos

G) Mecanismos da Herança Genética

H) Formas de Energia

I) Conservação de Energia

J) Interações Ecológicas

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Atualmente, considera-se que o ensino de Ciências proporciona condições para

que o estudante seja capaz de identificar problemas, elaborar hipóteses para explicá-los,

planejar e executar ações para investigá-los, analisar e interpretar os dados e propor e

criticar as soluções, dessa forma, o seu próprio conhecimento.

Piaget e Hunt (in Bethlem, 1970) escreveram que somente por meio da prática e

da observação das coisas da Ciência o ser humano “se desenvolve integralmente, do

mesmo modo que só os indivíduos integralmente desenvolvidos poderão trabalhar pelo

bem estar da sociedade à qual pertencem. Conscientes, então, dos problemas do mundo

moderno, poderão agir positivamente como simples cidadãos ou como lideres”.

Ao ensinarmos Ciências, transferimos a todo e qualquer individuo, e

compartilhamos com ele, a responsabilidade pelo meio onde vivemos e a necessidade de

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contribuir para o bem estar da sociedade por meio do seu -conhecimento da Ciência e da

tecnologia e por meio da tomada de decisões. Nossos jovens já são cidadãos;

pretendemos que se tornem mais conhecedores e mais participativos da nossa

sociedade.

A Ciência pode dar sua contribuição à formação do cidadão ao desenvolver

metodologias, a comprovação e justificativa da realidade, a criatividade, a iniciativa

pessoal, o trabalho coletivo e a autonomia advinda da confiança na própria capacidade

para enfrentar desafios.

Para exercer cidadania é importante salientar que a compreensão e a tomada de

decisões diante de questões políticas e sociais dependem da leitura critica e interpretação

de informações muitas vezes contraditórias, advindas do sucesso comum, que incluem

todas as estatísticas e índices divulgados pelos meios comuns.

A preocupação de desenvolver atividades práticas passou a dar condições para o

aluno vivenciar o que de denominava método cientifico que parta de observações,

levantamento de hipóteses, testá-los, refutá-los e abandoná-los fosse o caso, trabalhando

de forma a descobrir conhecimentos.

O ensino de Ciências deve ser um meio para que os professores e alunos

compreendam criticamente as inter-relações, fenômenos e objetos da ciência, isto deve

ser concretizado.

Sendo os recursos utilizados, livros didáticos, texto de jornal, revista científica,

figuras, revista em quadrinhos, música, quadro de giz, mapa (geográficos, sistemas

biológicos, entre outros), globo, modelo didático (torso, esqueleto, célula,

desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópio, lupa, telescópio, televisor,

computador, retroprojetor, organogramas, mapas conceituais, mapas de relações,

diagramas de V, gráficos, tabelas, confecção de cartazes, murais, aula prática,

entrevistas, debates, exposição oral e escrita.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser integrante do processo ensino-aprendizagem, em que o

objetivo não é apenas verificar a quantidade de informações retidas pelo aluno ao longo

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de um determinado período, mas também analisar a qualidade de informações que foram

adquiridas por estes.

A avaliação deve servir como um instrumento de diagnostico de processo ensino-

aprendizagem, oferecendo elementos para uma revisão de postura de todos os

componentes desse processo (aluno – professor – conteúdo – metodologia – instrumento

de avaliação).

A avaliação deverá superar a concepção de uma avaliação classificatória e

excludente. A avaliação será diagnostica, formativa e processual, será de forma continua,

se caracterizando como um processo que objetiva explicitar o grau de compreensão na

construção do conceito.

Isto se dará através de confronto de textos, produções de textos, trabalhos em

grupos, elaboração de quadro/mural, experimentações, avaliações objetivas e subjetivas.

As formas de avaliação também contemplarão as explicações, justificativas e

argumentações orais, uma vez que estas revelam aspectos do raciocínio que muitas

vezes não ficam evidentes nas avaliações escritas.

A observação do trabalho individual do aluno permitirá a analise de erros. Na

aprendizagem escolar o erro é inevitável e pode ser considerado como um caminho para

se buscar o acerto. Ao procurar identificar, mediante a observação e o diálogo, como o

aluno está pensando, o professor obterá pistas do que ele não está compreendendo e

pode planejar a intervenção adequada para auxiliar o aluno a refazer o caminho.

Embora a avaliação esteja relacionada aos objetivos visados, estes nem sempre

se realizam plenamente em todos os alunos. Deve-se levar em conta a progressão de

desempenho de cada aluno, as características particulares da classe em que o aluno se

encontra e as condições em que esse processo de ensino e aprendizagem acontecem.

Educandos com necessidades especiais estão presentes nas escolas, sendo

assim, as avaliações devem ocorrer de acordo com o nível de aprendizagem dos

mesmos, não podendo ser comparado aos de aprendizagem regular, ocorrendo muitas

vezes avaliações diferenciadas para que esse educando sinta-se estimulado em sala de

aula.

A avaliação, cujos instrumentos serão definidos pelo professor (provas, debates,

trabalhos individuais, trabalhos em grupos, participação ativa nas atividades propostas e,

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principalmente o desenvolvimento do aluno), servirá como um diagnóstico do processo

ensino-aprendizagem, que irá nortear os novos rumos do trabalho.

A recuperação será concomitante ao processo de ensino aprendizagem. Esta não

constituirá na repetição de provas ou trabalhos, mas na organização de experiências

educativas subsequentes que desafiem o estudante a avançar em termos de

conhecimento.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei № 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da

Educação Nacional. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Editora do Brasil

GEWANDSZNAJDER,Fernando. Ciências Matéria e Energia. 8a Série – 2a Edição – São

Paulo 2005 – Editora Ática

LUZ,Maria de La – SANTOS, Magaly Terezinha. Vivendo Ciencias. 7ª Série - 3ª edição

– São Paulo 2006 – Editora FTD

SARIEGO, Ayrton. Ciências – 5a Série – Editora Scipione – 1998 – 2a Edição

GOW, Demetrio – MARTINS, Eduardo. Ciências Novo Pensar – 6a Série – São Paulo 2002

– 1a Edição

DCEs – Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental – Versão 2008

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COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA

PAULA FREITAS

2010

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PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA

1. APRESENTAÇÃO HISTÓRICA DE GEOGRAFIA

As relações com a natureza e o espaço geográfico fazem parte das estratégias de

sobrevivência dos grupos humanos desde suas primeiras formas de organização.

Observar a dinâmica das estações do ano, conhecer o ciclo reprodutivo da natureza, a

direção e dinâmica dos ventos, o movimento das marés e as correntes marítimas, bem

como as variações climáticas e a alternância entre período seco e período chuvoso foi

essencial para os primeiros povos agricultores, esses conhecimentos permitiram as

sociedades se relacionarem com a natureza e modifica-la em beneficio próprio.

Foi nesse contexto que se desenvolveram outros conhecimentos como os

relativos à elaboração de mapas, discussões a respeito da forma e do tamanho da Terra,

da distribuição de terras e águas, bem como a defesa da tese da esfericidade da Terra, o

cálculo do diâmetro do planeta, cálculos sobre latitude e definições climáticas, entre

outros.

A cartografia era necessária para representar o espaço com detalhes para

registrar as rotas marítimas, a localização e distâncias dos continentes, a distribuição das

terras e das águas.

A partir do Século XVI, as expedições terrestres passaram a descrever e

representar o espaço com detalhes: os rios, lagos, montanhas, desertos, planícies.

Nos processos históricos as discussões filosóficas passaram a ser evidenciadas,

a economia e política, buscaram explicar questões referentes ao espaço e à sociedade.

Temas como comércio, formas de poder, organização do estado, produtividade

natural do solo, recursos minerais, crescimento populacional, formas de representação de

territórios, extensões de territórios eram preocupações dos grandes impérios coloniais.

As primeiras sociedades colonizadas foram à Inglaterra, França, Rússia,

Alemanha. Estas sociedades organizaram expedições científicas para a África, Ásia e

América do Sul, procurando conhecer as condições naturais destes continentes, riquezas,

o que acabou servindo de interesses das classes dominantes. Os principais precursores

alemães foram HITLER (1779 – 1859), HUMBOLDT (1769 – 1859), RATZEL (1844 –

1904) que foi destaque como fundador da geografia sistematizada, institucionalizada e

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considerada científica.

Para RATZEL e a escola alemã, a relação sociedade-natureza influenciava o que

ela dominava “conquistas cultas” de um povo, ou seja, as condições naturais do meio,

onde vivia determinado povo, estabeleciam uma relação direta com seu nível de vida, seu

domínio técnico, sua forma de organização social, etc. Quanto mais culto um povo, maior

domínio sobre a natureza, o que proporcionaria melhores condições de vida, consequente

aumento da população e necessidade de mais espaço (território) para continuar seu

processo evolutivo.

Vários pontos da superfície terrestre, em cada lugar se adaptaram ao meio que o

envolvia, criando no relacionamento constante e cumulativo com a natureza, um acervo

de técnicas, hábitos, usos e costumes, que lhe permitiram utilizar os recursos disponíveis.

Este conjunto de técnicas e costumes, construído e passado socialmente, exprimiria uma

relação entre a população e os recursos, uma situação de equilíbrio, construída

historicamente pelas sociedades. A diversidade dos meios explicaria a diversidade dos

gêneros de vida.

Para VIDAL DE LA BLACHE o contato entre diferentes gêneros de vida seria um

elemento fundamental para o progresso humano e oportunizará verdadeiras oficinas de

civilização.

As transformações históricas relacionadas aos modos de produção, após a 2ª

Guerra Mundial. Trouxeram mudanças políticas, econômicas. Sociais e culturais na

Ordem Mundial que interferiram no pensamento geográfico sob diversos aspectos. Essas

transformações ocorreram mais intensamente ao longo da segunda metade do século XX

e originaram novos enfoques para a análise do espaço geográfico, além de reformulações

no campo temático da Geografia.

No setor econômico e político, a internacionalização da economia e a instalação

das empresas multinacionais em vários países do mundo, alteraram as relações de

produção e consumo, trazendo para as discussões geográficas assuntos ligados:

• A degradação da natureza em relação à intensa exploração dos recursos

naturais e suas conseqüências para o equilíbrio ambiental no planeta.

• Às desigualdades e injustiças da produção e organização do espaço geográfico

no modo capitalista de produção em relação à experiência de organização

sócio-espacial do socialismo como uma das realidades geográficas do mundo bi

polarizado.

• As questões culturais e demográficas mundiais afetadas pela

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internacionalização da economia e pelas relações econômica e política de

dependência materializada, cada vez mais, nos espaços geográficos dos

diferentes países.

A geografia do Brasil a partir de 1930 buscava compreender e descrever o

ambiente físico nacional com o objetivo de servir aos interesses políticos do Estado na

perspectiva do nacionalismo econômico.

Em 1964 período do Regime Militar onde surgem as disciplinas de Educação

Moral e Cívica e OSPB.

Na década de 1980 houve a redemocratização, volta da Geografia Humana

Econômica, Política e Social, dentro de uma visão marxista, de materialismo histórico

dialético, rompendo com a Geografia Tradicional.

A proposta da geografia crítica era uma análise social, política e econômica sobre

o espaço geográfico, entendeu que a superação da dicotomia natureza-sociedade e das e

das fragmentações das abordagens dos conteúdos dar-se-iam pelo abandono das

pesquisas e do ensino sobre a dinâmica da natureza.

Os objetos que interessam a geografia não são apenas objetos móveis, mas

também os imóveis como: cidade, barragem, estrada de rodagem, um porto, floresta,

plantação. A ação é o próprio homem, só ele tem a ação porque só ele tem objetivo,

finalidade. As ações humanas não se restringem aos indivíduos, incluindo também, as

empresas, instituições. As ações resultam de necessidades naturais ou criadas, tais

como, materiais, econômicos, sociais, culturais, morais, afetivos é que conduzem os

homens a agir e levam a funções que vão desembocar nos objetos.

O objeto de estudo de Geografia é o espaço geográfico a compreensão e a

transformação do ambiente pela ação do homem, e os conceitos básicos de Geografia

como paisagem, lugar, território estarão presentes em todos os conteúdos abordados na

disciplina,fazendo com que os conhecimentos contribuam para critica das contradições

sociais, econômicas, e políticas presentes na sociedade contemporânea.

A partir de 1990, as reformas políticas e econômicas vinculadas do pensamento

neoliberal e efetivação dos PCNs, encontros e conferências mundiais priorizaram a

educação como alvo de reformas necessárias para a formação do novo perfil do

trabalhador, necessário para o capitalismo no período histórico atual.

Em 2003 ocorreu as discussões de elaboração das Diretrizes Curriculares no

estado do Paraná, para nortear a prática pedagógica das disciplinas. Textos ,teorias e

metodologias com o objetivo de estimular reflexões ao ensino de Geografia,

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problematizando e abrangendo os conteúdos deste campo do conhecimento necessário

para compreender o espaço geográfico no atual período histórico.

Devido às transformações do mundo atual a sociedade está exigindo da escola

novos enfrentamentos com relação aos temas da História e Cultura afro-brasileira e

africana, e os demais desafios educacionais contemporâneos. Com os temas Educação

Fiscal, enfrentamento a violência na escola, educação ambiental que serão abordados

juntamente com os demais conteúdos de Geografia para desenvolver um cidadão critico

reflexivo e transformador do meio em que vive,compreendendo as estruturas sociais,

políticas e econômicas da sociedade.

1.1 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

• A Geografia, deve desenvolver no aluno a capacidade de observar, interpretar,

analisar e pensar criticamente na realidade, para melhor compreendê-la e identificar

as possibilidades de transformação, de comparar e representar as características do

lugar onde vive e de diferentes espaços geográficos.

• Buscar e valorizar as atitudes e procedimentos do aluno, para adquirir conhecimentos

do seu cotidiano como paisagem, espaço,lugar,território.

• Observar, descrever, a multiplicidade de paisagens e lugares, compreendendo seu

papel, de transformador e responsável do seu meio ambiente.

• Entender o processo simultâneo de mundialização e fragmentação em que vive a

humanidade, diante das diversidades culturais existentes no globo, quer sejam em

países de dimensões continentais ou não, em que a distribuição dos bens é

equilibrada ou extremamente desigual.

• Conhecer a história e a cultura Afro- brasileira e africana, o movimento do povo

africano no tempo e espaço, para o aluno repensar em todos os aspectos e em todos

os lugares.

• Conhecer a organização do espaço agrário, os meios de produção valorizando a

cultura do homem do campo.

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2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DE GEOGRAFIA

Dimensão econômica do espaço geográfico.

Dimensão política do espaço geográfico.

Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico.

Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

CONTEÙDOS – 5ª SÉRIE

1- Dimensão política do espaço geográfico.

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais

Reconhecer as diferentes paisagens: natural, humanizada.

Espaço geográfico(localidade, município,estado)localização, divisão política,

pontos extremos.

Cidadania e política: Os três poderes

2- A dimensão socioambiental do espaço geográfico

Os movimentos da Terra e suas consequências;

Movimentos de rotação e translação

coordenadas geográficas

orientação, pontos cardeais

fusos horários estações do anol

A relação homem natureza e sua importância para sobrevivênciaClima, relevo,

hidrografia, vegetação

Extrativismo

A cultura indígena e o respeito a natureza.

Interdependência campo- cidade.

Desenvolvimento sustentável

Geografia do Paraná

3-Dimensão econômica do espaço geográfico

• A terra como mercadoria: industrialização, capitalismo, comércio

• A exploração da raça negra no mundo capitalista

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OBJETIVOS

K) Reconhecer, no seu cotidiano, os referenciais espaciais de localização, orientação

e distância, de modo que se desloquem com autonomia e representem os lugares

onde vivem e se relacionam.

L) Reconhecer o campo e a cidade como formações sócio espaciais.

M) Identificar a cartografia como instrumento da aproximação dos lugares e do

mundo.

N) Identificar os diferentes tipos de mapas em leitura e interpretação.

O) Utilizar a escala, para identificar distâncias entre as cidades

P) Perceber na paisagem local e no lugar em que vive as diferentes manifestações da

natureza, sua apropriação e transformação pela ação da coletividade, de seu grupo

social

Q) Posicionar-se sobre a responsabilidade do homem quanto aos impactos ambientais

e abusos, identificando os tipos de relevo e clima facilitando ou dificultando as

atividades

R) Identificar os tipos de clima regional e sua influencia na vida humana.

S) Localizar o seu estado politicamente, lendo, confeccionando mapas do Paraná.

T) Reconhecer os três poderes de um país democrático.

U) Respeitar a diversidade cultural do mundo, e do local onde vive.

CONTEÚDOS 6ª SÉRIE

1- Dimensão política do espaço Geográfico

A história dos lugares. A expansão do espaço geográfico;(país e mundo)

Brasil; localização geográfica

Os países vizinhos do Brasil.

Regionalização brasileira do IBGE (Norte, Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul)

Cidadania e política: Organização do Estado e dos Poderes

2- Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

População brasileira: miscigenação

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Crescimento e distribuição da população brasileira.

A contribuição do negro na construção da nação brasileira.

A distribuição espacial da população afro descendente no Brasil.

A cultura regional do povo brasileiro.

A população indígena brasileira.

A administração publica

3- Dimensão econômica do espaço geográfico

Industrialização nas regiões geoeconômicas do Brasil. As cidades e o meio ambiente. Urbanização e regiões metropolitanas População e trabalho: agricultura, indústria e exportação em todas as regiões brasileiras. A produção de alimentos no Brasil. A cultura de produção de alimento indígena.

4- Dimensão socioambiental do espaço geográfico

O planeta em movimento, (movimento de rotação e translação). usos horários do Brasil. A natureza e as questões sócio- ambientais brasileiras: a floresta tropical, as reservas

extrativas, o lixo. O relevo, clima e vegetação do Brasil. As bacias hidrográficas; os principais rios brasileiros. Regiões brasileiras (norte, nordeste, centro- oeste, sudeste e sul), nos aspectos físicos- clima,

relevo, vegetação, hidrografia. Geografia do Paraná: O relevo, unidades do relevo , o litoral, região de escarpas. Principais

rios paranaenses. OBJETIVOS

• Compreender os diferentes grupos sociais, bem como as diferentes tarefas e trabalhos históricos e suas transformações.

• Identificar-se no espaço geográfico como parte integrante da natureza, atuando de forma responsável e respeitosa com o meio ambiente.

• Desenvolver uma linguagem comunicativa e gráfica, nas representações cartográficas do Brasil e do mundo.

• Identificar as regiões brasileiras , a sua cultura, economia e localização.• Compreender o comportamento da sociedade, com relação ao espaço, migrações e

densidade demográfica. • Verificar o papel do estado, das classes sociais urbanas e rurais.

• Identificar as cidades que possuem características comuns, dentro da

atualidade.

• Desenvolver a importância da atividade industrial, e a transformação dos

elementos que a natureza oferece.

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• Desenvolver a importância da preservação do meio ambiente,atuando de

forma responsável.

• Ler, interpretar, e comparar mapas e gráficos.

• Reconhecer os diferentes tipos de relevo, clima e vegetação do Brasil.

Especialmente do Paraná.

• Identificar e analisar o crescimento e a distribuição populacional no mundo e

no Brasil.

• Reconhecer as bacias hidrográficas brasileiras, valorizando sua importância

para a sobrevivência de animais e vegetais.

CONTEÚDOS - 7ª SÉRIE

1- Dimensão socioambiental do espaço geográfico

Deriva continental

A formação dos continentes e oceanos.

Geografia do Paraná: regiões climáticas, vegetação.

Clima, vegetação, relevo e hidrografia dos continentes

A cultura Indígena e o respeito a natureza.

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista

O espaço rural e a modernização da agricultura.

2-Dimensão Política do Espaço Geográfico

A formação mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios

O mundo em transformação,

Guerra Fria- Globalização- Neoliberalismo.

Desenvolvimento e subdesenvolvimento.

Estado Democrático de Direito e Cidadania

indice de Desenvolvimento humano.

O estado e os Tributos

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3- A Dimensão Econômica do Espaço Geográfico

A diversidades e contrastes da América, divisões da América.

América do sul ( América Latina )

América Anglo- Saxônica (Canadá, EUA )

A formação das cidades. Os movimentos migratórios e suas motivações.

A migração forçada africana no Brasil. Densidade demográfica.

A cultura dos indígenas americanos.

Análise de dados do IBGE sobre a composição da população brasileira por cor,

renda e escolaridade no país.

Oceania (quadro natural,população e economia )

As regiões polares

OBJETIVOS

01- Relacionar as múltiplas interações entre sociedade e natureza.

-Propiciar o desenvolvimento de atitudes de preservação do meio ambiente.

02-Compreender a espacialidade e a temporalidade dos fenômenos

geográficos, estudados em suas dinâmicas e interações.

03 - Reconhecer a divisão histórica e política do Brasil e dos continentes e sua

dinâmica.

04- Analisar o desenvolvimento da indústria para garantia de emprego .

05 - Compreender os sistema de transporte é uma variável fundamental na

estruturação da rede urbana

06-Perceber que a sociedade e a natureza possui princípios e leis próprias e que o

espaço resulta de interações entre elas, historicamente definidas .

07-Compreender as relações existentes entre local , o regional , o nacional e o

mundo valorizado a pluralidade cultural existente .

08-Compreender que o problema sócio econômico do Brasil tem raízes históricas.

09- Valorização da busca de ações conjuntas visando melhores perspectivas para

as economias dos países

10- Reconhecer a divisão regional da América.

11- Compreensão do cotidiano das pessoas que ocupam as regiões polares.

12- Identificar as regiões polares sendo as mais frias do planeta.

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13- Respeitar as diferenças culturais dos povos da Oceania no mundo globalizado.

14-Reconhecer os blocos econômicos da América com tentativa de

desenvolvimento econômico.

15- Identificar os recursos naturais da América e reconhecer sua importância na

economia dos países.

CONTEÙDOS - 8ª SÉRIE

1- Dimensão política do espaço geográfico

Os elementos políticos –econômicos como critério para a divisão do mundo atual:

globalização.

-A industrialização e o processo de urbanização nos países capitalista.

As cidades globais, e suas influencias culturais e econômicas.

A revolução técnico- científica informacional e os novos arranjos no espaço a

produção.

O espaço em rede: produção e, transporte e comunicação na atual configuração

territorial.

A educação fiscal.

Blocos econômicos regionais .

Desenvolvimento e subdesenvolvimento.

A Organização das Nações Unidas.

A estrutura da ONU

As Organizações não governamentais,ONGs.

Estado capital e trabalho

Tipos de impostos e sonegação fiscal.

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2-Dimensão socioambiental do espaço geográfico

• Impactos ambientais(Efeito estufa, O Buraco na camada de ozônio,escassez de água

doce)

• A formação e e localização dos recursos naturais dos continentes estudados.

• Desenvolvimento sustentável na proteção dos recursos naturais do planeta.

• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

3- A Dimensão cultural demográfica do espaço geográfica

− A colonização da África pelos europeus;

− África atual (descolonização )

− A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores

estatísticos.

− A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural.

− Os movimentos migratórios e suas motivações.

− A relação da cultura africana com a cultura do Brasil.

− Cidadania e política: o direito e a importância do voto consciente. O papel do vereado.

OBJETIVOS

• Compreender que melhorias das condições de vida em geral são decorrentes de

conflitos e acordos que seguem ritmo desigual entre os diversos povos do mundo.

• Compreender que há mudanças atuais nas relações políticas internacional e na

nova ordem mundial.

• Analisar as transformações que se verificam no espaço europeu em outros

espaços, originados pelo processo da industrialização.

• Identificar a distribuição espacial das mega cidades e das cidades globais.

• Analisar as relações de troca no mercado mundial e nos países industrializados.

• Compreender que com o fim da guerra Fria e a emergência da globalização ,

formaram –se blocos econômico para a expansão dos fluxos comerciais.

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• Reconhecer que a divisão dos países é dinâmica ao longo da história com

fragmentações e unificações.

• Reconhecer os indicadores econômicos e sociais da riqueza e da pobreza e

exclusão nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos.

• Reconhecer o processo de industrialização como transformação na relação cidade-

campo onde se vive.

• Valorizar as ações conjuntas na busca de melhores perspectivas para as

economias dos países.

• Valorizar e respeitar a diversidade étnica, no Brasil e no mundo.

• Reconhecer a indústria como um dos agentes poluidores e transformador do meio

ambiente.

• Reconhecer as divisões regionais dos continentes da Europa , África, e Ásia e sua

importância econômica e cultural .

• Identificar a ONU como a maior organização do mundo globalizado.

• Valorização da busca de ações conjuntas visando melhores perspectivas para as

economias dos países

16-Valorização da busca de ações conjuntas visando melhores perspectivas para as

economias dos países

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DE GEOGRAFIA - ENSINO MÉDIO

1- Dimensão econômica do espaço geográfico.

2-Dimensão política do espaço geográfico.

3-Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico.

4-Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

1ª SÉRIE – ENSINO MÉDIO

CONTEÚDO

1- Dimensão política do espaço geográfico

- Geografia como ciência- Conceito,- Histórico e evolução.

- Divisão da Geografia e sua importância

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- Noções de cartografia -

- Orientações e Coordenadas geográficas.

2- Dimensão socioambiental do espaço geográfico

- Interpretação de diferentes tipos de mapas.

- Projeções cartográficas.

- Representações do relevo terrestre, hipsométrico, curvas de nível.

- Fotografias aéreas, sensoriamento remoto.

- Os domínios naturais

- Grandes paisagens naturais da Terra ( aspectos , físicos, humanos, sociais,

políticos e econômicos. Desenvolvimento sustentável, ( educação ambiental)

- os movimentos migratórios e suas motivações.

- os movimentos sociais, cultura afro-brasileira e indígena.

- Regiões Polares, temperadas, tropicais, desérticas, montanhosas

- Dinâmica climática

- Orçamento público, exercendo a cidadania

- Elementos e fatores do clima; massas de ar; classificações climáticas; El niño

- Geografia do Paraná

- Localização geográfica do Paraná.

- Relevo; litoral; clima;vegetação; hidrografia.

- Aspectos humanos( população, organização política

- Aspectos econômicos ( agricultura, pecuária, indústria e turismo

- Orçamento público, exercendo a cidadania

Objetivos

Reconhecer os conceitos de região, lugar, território, paisagem, natureza.

2- Compreender o uso de tecnologia na alteração da dinâmica da natureza e nas

atividades produtivas.

3-Ler o espaço através dos instrumentos da cartografia, mapas, tabelas, gráficos e

imagens.

4 - Analisar a importância dos recursos naturais nas atividades produtivas.

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5 -Identificar os problemas ambientais globais decorrentes da forma de exploração e uso

dos recursos naturais.

6 -Reconhecer a importância das atividades extrativas para a produção de matérias-

primas e a organização espacial.

7 -Reconhecer as influencias das manifestações culturais dos diferentes grupos étnicos

no processo de configuração do espaço geográfico.

8- Compreender a importância da tecnologia na produção econômica,nas comunicações,

nas relações de relações de trabalho e na transformação do espaço geográfico.

9- Compreendera importância da revolução técnico- cientifica informacional em sua

relação com os espaços de produção, circulação de mercadorias, e nas formas de

consumo em diferentes países.

10-Estabelecer a relação entre os impactos culturais e demográficos e o processo de

expansão das fronteiras.

11-Compreender o conceito de lugar e do processos de identidade que os grupos

estabelecem com o espaço geográfico, na organização das atividades sociais e

produtivas.

12-Identificar a relação entre a produção industrial e a agropecuária e os problemas

sociais e ambientais.

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2ª SÈRIE - ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS

1-A dimensão econômica e socioambiental do espaço geográfico

- Política agrícola e mercado no mundo desenvolvido.- Atividades agrícolas no mundo subdesenvolvido.

- A modernização da agricultura e o êxodo rural. Trabalho assalariado e o não assalariado.

- A reforma agrícola,e agrária. Agroindústria.

- Indústria

- Tipologia de indústrias, e de matéria- prima.

- Indústria, cidade e planejamento urbano.

Modernização e dependência

Movimentos operários. A especialização da mão de obra.

As Revoluções Industriais. Industrializações brasileiras.

A globalização e a industrialização. Localização Industrial.

A industrialização e os impactos socioambientais no espaço urbano e rural.

O comércio mundial

Os transportes, aéreos, terrestres, e aquáticos

Educação fiscal.

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2- A Dimensão política do espaço geográfico

A integração Espacial cidade- campo O processo de urbanização no Brasil e Paraná. Populações urbanas e rurais. Cultura indígena e afro-brasileira. Questões da Habitação na cidade e no campo. A valorização do espaço. As metrópoles brasileiras.

3- A infra-estrutura energética no mundo

Energia, desenvolvimento econômico e condições sociais.

O petróleo. Gás natural. O carvão mineral. Energia nuclear.

Energia hidrelétrica. As fontes alternativas.

A estrutura energética no Brasil. Racionamento e privatização.

.

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Objetivos

1-Estabelecer relação entre a exploração dos recursos naturais e o uso de fontes de

energia na sociedade industrializada.

2- Compreender o uso da tecnologia na alternação da dinâmica da natureza e nas

atividades produtivas.

3-Identificar os problemas ambientais globais decorrentes da forma de exploração e uso

dos recursos naturais

4-Compreender as ações internacionais da proteção aos recursos naturais frente a sua

importância estratégica.

5-Compreender o processo dos recursos minerais e sua importância política, estratégica e

econômica.

6- Entender como as guerras fiscais atuam na reorganização espacial das regiões onde

as industrias se estalam.

7- Analisar as novas tecnologias na produção industrial e agropecuária como fator de

transformação do espaço.

8- Identificar a relação entre a produção industrial e agropecuária e aos problemas

sociais e ambientais.

9- Reconhecer as interdependência, econômicas e culturais entre o campo e a cidade.

10- Compreender a relação de trabalho presente nos espaços produtivos rural e urbano.

11-Discutir a ação dos movimentos sociais na disputa do espaço urbano e rural.

12-Reconhecer as influencias das manifestações culturais dos diferentes grupos étnicos

no processo de configuração do espaço geográfica.

13- Compreender a importância da revolução técnico- cientifica informacional em sua

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relação com os espaços de produção, circulação de mercadorias, e nas formas de

consumo.

14- Compreender o conceito de lugar e do processos de identidade que os grupos

estabelecem com o espaço geográfico, na organização das atividades sociais e

produtivas.

15-Estabelecer a relação entre os impactos culturais e demográficos e o processo de

expansão das fronteiras.

3ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS

1- Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

População e a produção do espaço Geográfico

• Dinâmica populacional e urbanização. Teoria de Malthus e o Neomalthusianismo.

• Explosão demográfica. Noção de Ética.

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Fatores determinantes da distribuição populacional, Tipos , causas, consequências das migrações.

Globalização e migrações. Migrações internacionais. As fronteiras dos países desenvolvidos.

O Brasil e as migrações internacionais. As migrações no espaço brasileiro. A imigração no Sul do Brasil As migrações e o desemprego. Migração africana na construção da história brasileira.

2- Dimensão política do espaço geográfico

• organização do espaço no capitalismo e a globalização.• Etapas do Capitalismo, globalização e neoliberalismo. • O estado na economia globalizada A nova ordem mundial e os blocos econômicos

regionais.• A produção do espaço geográfico no capitalismo..Empresas globais.• Questões territoriais indígenas e sua cultura• os conflitos mundiais, étnicos e nacionalistas- enfrentamento da violência na escola• cidadania: direitos e deveres, participação na comunidade escolar,familiar e social.

Educação fiscal.• organização política de seu município, estado , e pais. O papel dos 3

poderes( legislativo, executivo e judiciário)

4- A dimensão socioambiental do espaço geográfico

• Meio ambiente- educação ambiental.• Destruição da natureza através das atividades humanas, erosão, poluição do solo.

Lixo urbano.• Poluição das águas, do ar. Lixo urbano. Desenvolvimento sustentável.• Biodiversidade. Reciclagem.

Objetivos

1- Compreendera importância da revolução técnico- cientifica informacional em sua

relação com os espaços de produção, circulação de mercadorias, e nas formas de

consumo.

2-Entender a importância das redes de comunicação e de informação a formação de

cidades mundiais.

Identificar o processo de crescimento urbano e as implicações socioambientais.

Compreender que os espaços de lazer são também espaços de trabalho, consumo

e de produção.

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Compreender a espacialização das desigualdades sociais evidenciadas nos

indicadores sociais.

Reconhecer as relações entre os índices demográficos e as políticas de

planejamento familiar.

Entender a dinâmica populacional em diferentes países.

Estabelecer a relação entre os impactos culturais e demográficos e o processo de

expansão das fronteiras.

Reconhecer o caráter das políticas migratórios internacionais referentes aos fatores

de estímulo dos deslocamentos populacionais.

Entender o papel da ONU na mediação de conflitos internacionais.

Compreender a regionalização do espaço mundial e a importância das relações de

poder na configuração das fronteiras e territórios.

Analisar a formação dos territórios supranacionais decorrentes das relações de

poder na nova ordem mundial.

Diferenciar as formas de regionalização do espaço mundial, considerando a divisão

norte-sul e a formação dos blocos econômicos.

Identificar os conflitos étnicos e religiosos existente e sua repercusão na

configuração do espaço mundial.

Compreender as ações adotadas pelas organizações econômicas internacionais,

FMI,BANCO MUNDIAL, em suas implicações na organização do espaço geográfico

mundial.

Compreender o conceito de lugar e do processos de identidade que os grupos

estabelecem com o espaço geográfico, na organização das atividades sociais e

produtivas.

3. METODOLOGIA

O ensino de geografia nas séries finais do ensino Fundamental e do Ensino

Médio deverá permitir que os alunos se apropriem dos conceitos fundamentais da

Geografia e compreendam o processo de produção e transformação do espaço

geográfico

As práticas docentes deverão envolver procedimentos de problematização

contextualização e interdisciplinariedade para mobilizar o aluno para o conhecimento,que

estimulem o raciocínio, a reflexão,e a critica tornando-se o sujeito do processo de

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aprendizagem, situando-o historicamente e nas relações

políticas,sociais,econômicas,culturais, em manifestações espaciais concretas, nas

diversas escalas geográficas.

O estudo da Geografia desenvolver-se-á através aulas de campo devidamente

planejada com antecedência, pesquisas bibliográficas com temas referentes ao conteúdo

estudado. Os recursos audiovisuais ( filmes, fotografias), serão utilizados para

problematização dos conceitos da Geografia. O estudo cartográfico será gradativamente

explorado na compreensão do local ao mundial,na construção de mapas, maquetes,

plantas, leitura e interpretação de cartas e mapas. Leitura e interpretação de poesias,

letras de músicas, obras de arte para enriquecer de emoção e reflexão e análise de outros

contextos históricos.

Pesquisa e descrição de observações do dia-a-dia;analisando assim as

transformações ocorridas no seu meio, através do trabalho do homem, levando na

contribuição para a formação de um sujeito capaz de interferir na realidade de maneira

consciente e critica.

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4 AVALIAÇÃO

A avaliação do processo ensino aprendizagem nos anos finais do ensino

fundamental seja diagnóstica, formativa, e processual deve respeitar os diferentes ritmos

de aprendizagem e uma continua ação reflexiva sobre o fazer pedagógico

A avaliação deve ser planejada de forma que o aluno possa compreender o meio

em que vive sendo capaz de identificar os diferentes fenômenos geográficos e as

paisagens que expressam diferentes temporalidades da sociedade e da natureza,

procurando adaptar-se as diferentes e constantes transformações que ocorrem no

meio .Esta proposta avaliativa deve estar bem clara para o aluno para que estes saibam

como serão avaliados em cada atividade proposta.

As técnicas e instrumentos de avaliação serão diversificados que possibilitem

varias formas de expressão dos alunos, tais como: participação do educando em

palestras, Exposição de temas, dramatizações, leitura e interpretação de textos e mapas,

produção de mapas e maquetes, leitura e interpretação de diferentes tipos de tabelas e

gráficos e avaliações. Quando o educando não atingir o resultado esperado será feito a

revisão dos conteúdos após cada avaliação, ou atividade e refazer as atividades levando

o educando a analisar e refletir o conhecimento.

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5 REFERÊNCIAS

ALMANAQUE ABRIL.A enciclopédia da atualidade.

ATLAS Geográfico. Edição 2008

Diretrizes curriculares da Educação básica- Geografia 2008- SEED-Paraná.

CARRARO,Fernando. Atividades com mapas. FTD.VOL.2 e 4.

Programa Nacional de Educação Fiscal. Brasília. 2005. Vol.1,2,3,4

Mundo Jovem. Um jornal de idéias.Porto Alegre.RS.

Portal Dia-a dia do Professor.www seed.pr.gov.Br.portal

Secretária de Estado da Educação Superintendência da Educação.-Diretrizes

Curriculares de Geografia para o Ensino Fundamental.2008.

Caderno de apoio da cultura afro- brasileira e indígena ( SEED )

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COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA CURRÍCULAR DE BIOLOGIA

PAULA FREITAS2010

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PROPOSTA CURRICULAR DE BIOLOGIA

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA. Ao longo da

história da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre esse fenômeno,

numa tentativa de explicá-lo, mesmo tempo, compreendê-lo.

O conhecimento apresentado pela disciplina de Biologia no Ensino Médio implica

nos modelos teóricos elaborados pelo homem, que evidenciam o esforço de entender,

explicar, usar e manipular os recursos naturais.

Como elemento da construção científica, a Biologia deve ser entendida e

compreendida como processo de produção do próprio desenvolvimento (ANDERY, 1988).

Onde, o pensamento biológico no contexto histórico, social, político e cultural em que

emergiram, os quais revolucionaram a ciência e ora compõem os conteúdos estruturantes

e os conteúdos básicos, valorizando assim a socialização dos conhecimentos da Biologia.

(Pedagogia histórica - crítica).

A tentativa de definir a VIDA tem origem desde a antiguidade, quem muito

contribuiu para o desenvolvimento da Biologia foram os Filósofos Platão (428/27 a . c. –

347 a . c.) e Aristóteles (384 a. c. – 322 a . c.).

Na História da Ciência, na Renascença (séculos XV E XVI), realizaram-se estudos

botânicos sob o enfoque descritivo, com observação direta de fontes originais, sem

preocupação em estabelecer relações entre as plantas e sua distribuição geográfica. Na

zoologia, a descrição dos animais também se desenvolveu.

Carl Von Linné (1707 – 1778), classificou os seres vivos, mas, manteve o princípio

da criação divina.

Sob a concepção descritiva, a vida era conceituada como “expressão da natureza

idealizada pelo sujeito racional” (Russ, 1994, pág 360-363).

O pensamento do Filósofo, Francis Bacon (1561 a 1626), contribuiu para uma

nova visão de Ciências, pois recuperou o domínio do homem sobre a natureza, por meio

da investigação cooperativa. Seu pensamento filosófico surgiu para se contrapor à

filosofia aristotélica, a qual influenciou por séculos o modo de entender e explicar o

mundo.

Para entender o funcionamento da vida, a Biologia fracionou os organismos vivos

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em partes cada vez mais especializados e menores, para compreender as relações de

causa e efeito no funcionamento de cada uma delas

Na segunda metade do século XVIII: conceitos consagrados, tais como a posição

central da Terra no Universo foram desafiadas. Newton, Descartes e outros

desenvolveram teorias estritamente mecanicistas dos fenômenos físicos. Ao final do

século XVIII, o conceito de um mundo mutável foi aplicado à astronomia por Kant e

Laplace, que desenvolveram noções sobre evolução estelar; à geologia, quando vierem à

luz evidências de mudanças na crosta terrestre e da extinção das espécies; aos assuntos

humanos quando o Iluminismo introduziu idéias de progresso e aperfeiçoamentos

humanos (FUTUYMA, 1993, p.3).

No final do século XVIII e início do século XIX a imutabilidade da VIDA foi

questionada com evidências do processo evolutivo dos seres vivos. Quem muito

contribuiu para isso foram Erasmus Darwin (1731 – 1802) e Jean Baptiste de Monet

(1744-1829).

No século, o britânico Charles Darwin (1809 – 1882) apresentou suas idéias sobre

a evolução das espécies, e foi o primeiro a aplicar o método hipotético-dedutivo

A abordagem evolutiva foi mais do que uma reelaboração estritamente científica

de um vasto problema, porque constituiu uma corrente de pensamento filosófico que

influenciou o contexto social, político, econômico e cultural.

Em 1865, Mendel apresentou sua pesquisa sobre transmissão de características

entre os seres vivos, baseando-se em conhecimentos desenvolvidos por outros

pesquisadores acrescidos de sua formação matemática e de cuidados especiais no

planejamento e na sua execução das experiências, realizou diversos cruzamentos entre

ervilhas para observar como as características eram transmitidas.

Houve no século XIV um grande avanço teoria celular, a partir das descrições feitas

pelo alemão Matthias Schleiden (1804 – 1881) e por Theodor Schwmann (1810 – 1882),

afirmaram que todas as coisas vivas eram compostas por células.

No Século XX, a nova geração de geneticistas confirmou os trabalhos de Mendel,

onde marcou a influência do pensamento biológico evolutivo.

Com os estudos de Thomas Hunt Morgan (1866 – 1945), a genética se

desenvolveu como Ciências e, aliadas aos movimentos políticos e artísticos decorrentes

das grandes guerras, promoveu uma ressignificação do darwinismo e deu força ao

processo de unificação das Ciências Biológicas.

No Brasil, a primeira tentativa de organização de ensino correspondente ao atual

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Ensino Médio a criação do Colégio D. Pedro II, no Rio de Janeiro, em 1838, com poucas

atividades didáticas nas ciências.

Na década de 1930 foi criado cursos de ciências naturais. Entretanto, o ensino de

manteve descritivo, livresco, teórico e memorístico.

Em 1950, as aulas práticas tinham como meta ilustrar as aulas teóricas.

No Brasil, criou-se o Instituto Brasileiro de Educação, Ciências e Cultura (IBECC),

em 1946, pretendendo assim melhorar a qualidade do ensino.

Na década de 1960, conforme Krasílchick (2004)..., três fatores provocaram

alterações no Ensino de Ciências no Brasil:

• O progresso da Biologia;

• A constatação internacional e nacional do Ensino da Ciência como fator de

desenvolvimento, e;

• A Lei de Diretrizes e Base da Educação nº 4.024, de dezembro de 1961.

Em 1970, sob o impacto da revolução científica-técnica, as questões ambientais

decorrentes da Industrialização desencadearam uma nova concepção sobre o ensino das

Ciências, de modo que se passou a discutir as implicações sociais do desenvolvimento.

O sistema de ensino brasileiro sofreu mudanças significativas com a promulgação

da segunda LDB, Lei 5692/71, que fixava Diretrizes e Bases do Ensino de 1º e 2º Graus.

Em 1998, foram promulgadas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino

Médio (DCNEM) - Resolução CNE/CEB 03/98 para normatizar a LDB 9394/96. O ensino

passou a ser organizado por áreas de conhecimento, ficando a Biologia disposta na área

de Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias.

Surgiu os PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais), enfatizaram o

desenvolvimento de competências e habilidades o que prejudicou uma abordagem mais

aprofundada dos conteúdos, provocando um esvaziamento dos conteúdos formais nas

disciplinas, o que também ocorreu no Ensino de Biologia.

No ano de 2003, percebeu-se a descaracterização do objeto de estudo da

disciplina de Biologia e a necessidade de sua retomada.

Estas Diretrizes Curriculares consideram a concepção histórica da Ciência

articulada aos princípios da Filosofia da Ciência. Ao partir da dimensão histórica da

disciplina de Biologia, foram identificados os marcos conceituais da construção do

pensamento biológico. Esses marcos foram adotados como critérios para escolha dos

conteúdos estruturantes e conteúdos básicos dos encaminhamentos metodológicos.

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Os Conteúdos Estruturantes foram assim definidos:

• Organização dos Seres Vivos;

• Mecanismos Biológicos;

• Biodiversidade;

• Manipulação Genética.

1.1 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Consolidar e aprofundar o aprendizado iniciado no Ensino Fundamental.

Propiciar um aprendizado útil à vida e ao trabalho, no qual as informações e os

conhecimentos transmitidos se transformem em instrumentos de compreensão,

interpretação, julgamento, mudança e previsão da realidade.

Preparar o educando para a cidadania no sentido universal e não apenas

profissionalizante, aprimorando-o como ser humano sensível, solidário e consciente.

Relacionar a degradação ambiental com agravos à saúde humana, entendida esta

última como bem-estar físico, social e psicológico e não apenas como ausência de

doença.

Compreender a vida, do ponto de vista biológico, como fenômeno que se manifesta

de formas diversas, mas sempre como sistema organizado e integrado, que interage com

o meio físico-químico por meio de um ciclo de matéria e de um fluxo de energia.

Compreender a diversificação das espécies como resultado evolutivo, que inclui

dimensões temporais e espaciais.

O estudo dos sistemas biológicos, a compreensão das propriedades e do papel dos

elementos que compõem a natureza.

Discutir métodos e diferentes enfoques da pesquisa.

Destacar a necessidade de solução de problemas concretos em pesquisa,

enfatizando a importância de aplicações e utilização dos resultados no cotidiano.

Valorizar a biologia como parte da vida de cada um e entendê-la como fazendo

parte da formação do cidadão.

Através de trabalhos de campo, levar o aluno a entender que existe evolução da

espécie quando o ser humano é conseqüente e o desenvolvimento caminha junto com a

preservação do meio ambiente.

Compreender que o universo é composto por elementos que agem interativamente,

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o que configura a natureza como algo dinâmico e o corpo como um todo.

Dar significado a conceitos científicos básicos em Biologia, como energia, matéria,

transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio dinâmico, hereditariedade e vida.

Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de

elementos da Biologia, colocando em prática, conceitos, procedimentos e atitudes

desenvolvidas no aprendizado escolar.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes de Biologia agrupam as diferentes áreas de

Biologia, e ao mesmo tempo proporcionam um novo pensar sobre a forma de relacioná-

los sem que se perca de vista o objetivo do ensino da disciplina no Ensino Médio,

procurando uma lógica que leve o professor a integrá-los e relacioná-los de maneira que o

aluno tenha uma visão mais abrangente da Biologia e não apenas de forma fragmentada

e com pouco relacionamento dos conteúdos entre si.

2.1 ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS

O estudo acerca da organização dos seres vivos iniciou-se com as observações

macroscópicas dos animais e plantas ocorridas já nos primórdios de nossa civilização.

A descoberta do mundo microscópico colocou em xeque várias teorias sobre o

surgimento da vida e proporcionou estudos específicos sobre as estruturas celulares,

anatomia das células e também o aperfeiçoamento de Teorias Evolucionistas a partir do

século XVII. E no século XIX, graças a estes conhecimentos e teorias desenvolveram-se

estudos sobre embriologia que estabeleceram as bases para o estudo da Teoria Celular.

Justifica-se este conteúdo estruturante por ser a base do pensamento biológico

sobre a organização celular do ser vivo, relacionando-a com a distribuição dos seres vivos

na natureza, o que proporcionará ao aluno compreender a organização e o funcionamento

dos fenômenos vitais e estabelecer conexões com os demais conteúdos estruturantes da

disciplina.

2.2 BIODIVERSIDADE

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A curiosidade humana sobre os fenômenos naturais e a necessidade de caçar para

se alimentar e vestir, tentar curar doenças, entre outras atividades vitais, fizeram com que

o ser humano passasse a estudar e observar a natureza. Percebe-se que as primeiras

áreas de Biologia foram à Zoologia e a Botânica, não só pela curiosidade e necessidade,

mas também pela facilidade de observação.

Justifica-se estudá-las pelos mesmos motivos dos povos antigos, que seria

conhecer a diversidade de plantas e animais que habitavam a Terra, qual sua utilidade

para nossa sobrevivência e a sobrevivência de todos os seres vivos.

Há a necessidade de se estudar outras implicações decorrentes da história da

humanidade que permeiam hoje as atividades agrícolas, de manejo de florestas, o mau

uso dos recursos naturais, a destruição das espécies de animais e vegetais, a construção

de cidades em lugares impróprios para habitação, como também a influência da

tecnologia em nosso cotidiano. É importante salientar que ao estudar biodiversidade

estaremos diante de grandes desafios frente ao progresso científico.

2.3 MECANISMOS BIOLÓGICOS

A partir do século XVII com o desenvolvimento do microscópio, a biologia celular e

molecular teve um significado avanço em suas descobertas observando uma grande

quantidade de tecidos animais e vegetais, a estrutura celular e os microorganismos.

Houve vários avanços tecnológicos decorrentes deste desenvolvimento inclusive a

formação de novas teorias sobre a origem da vida, diferentes idéias transformistas foram

se consolidando entre os cientistas, sendo o grande marco para o mundo científico e

biológico a publicação do livro “Origens das Espécies” de Charles Darwin no século XIX,

foi também nesta época que entendeu-se o papel desempenhado pelos microorganismos

no desenvolvimento de doenças infecciosas.

No século XX a descoberta do DNA foram desenvolvidas técnicas de manipulação

do material genético que permitem modificar espécies, produzir substâncias e a aplicação

de terapias gênicas para o tratamento e eliminação de doenças.

O acelerado desenvolvimento científico e tecnológico nos deixa perplexos, sem

saber exatamente até onde podemos chegar e do que realmente podemos nos apropiar,

mas por outro lado, proporcionam um enorme conhecimento sobre a natureza. O estudo

da biotecnologia, dos avanços científicos e das implicações éticas e morais na sociedade

significam oportunidade para os estudantes possam discutir questões como nutrição,

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saúde, emprego e preservação do ambiente, que indiretamente influenciam suas vidas.

A Biologia ajuda a compreender melhor essas e outras técnicas que com certeza

vão transformar nossa vida e aprofundar o conhecimento que temos de nós mesmos e de

outras espécies, daí a importância de seu estudo, dar o mínimo de conhecimento a todas

as pessoas, para que possam opinar e criticar a utilização dessas técnicas, uma vez que

o controle delas e a aplicação destas descobertas científicas são função importante da

própria sociedade.

2.4 MANIPULAÇÃO GENÉTICA

Quanto às questões éticas, a atual discussão sobre a manipulação genética do ser

humano provoca inúmeras controvérsias sobre o uso da tecnologia e as perspectivas de

mudanças de valores morais, e devemos ser capazes de questionar, de nos manifestar

contra ou a favor de determinadas atitudes para procurar esclarecer ou resolver

problemas.

2.5 CONTEÚDOS BÁSICOS DA DISCIPLINA

Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos;

Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia;

Mecanismos de desenvolvimento embriológico;

Teoria celular;

Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos;

Teorias evolutivas;

Transmissão das características hereditárias;

Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência

com o ambiente;

Organismos Geneticamente Modificados.

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3. ABORDAGEM TEÓRICO METODOLÓGICA

Em concordância com a Diretriz Curricular do Ensino de Biologia, a abordagem dos

conteúdos deve permitir a integração dos quatro conteúdos estruturantes de modo que,

ao introduzir a classificação dos seres vivos como tentativa de conhecer e compreender a

diversidade biológica, agrupando-os e categorizando-os, seja possível, também, discutir o

mecanismo de funcionamento, o processo evolutivo, a extinção das espécies e o

surgimento natural e induzido de novos seres vivos. Deste modo, a abordagem do

conteúdo classificação dos seres vivos não restringe a um único conteúdo estruturante.

Ao adotar esta abordagem pedagógica, o início do trabalho poderia ser o conteúdo

específico organismos geneticamente modificados, partindo-se da compreensão das

técnicas de manipulação do DNA, comparando-as com os processos naturais que

determinam a diversidade biológica, chegando à classificação dos Seres Vivos.

Portanto, é imprescindível que se perceba a interdependência entre os quatro

conteúdos estruturantes.

Outro exemplo é a abordagem do funcionamento dos Sistemas que constituem os

diferentes grupos de seres vivos. Parte-se do conteúdo estruturante Mecanismos

Biológicos, incluindo-se o estruturante Organização dos Seres Vivos, mecanismos

bioquímicos e biofísicos que ocorrem no interior das células; que permitirá estabelecer a

comparação entre os sistemas, envolvendo, inclusive a célula, seus componentes e

respectivas funções. Neste contexto, é importante que se perceba que a célula tanto pode

ser compreendida como elemento da estrutura dos seres vivos quanto um elemento que

permite observar, comparar, agrupar e classificar os seres vivos. Da mesma forma, a

abordagem do copnteúdo estruturante Biodiversidade envolve o reconhecimento da

existência dos diferentes grupos e mecanismos biológicos que determinam a diversidade,

envolvendo a variabilidade genética, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e o

meio ambiente, e os processos evolutivos pelos quais os seres aplicação/utilização.

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4. CONTEÚDOS DA DISCIPLINA

A partir dos conteúdos da disciplina de biologia, sugerida pela equipe disciplinar do

Departamento de Educação Básica (DEB). Nele estão presentes os conteúdos

programáticos, divididos em conteúdos estruturantes, conteúdos básicos e conteúdos

específicos por série. Entendem-se como Desafios Educacionais Contemporâneos as

demandas que possuem uma historicidade, por vezes oriundas dos anseios dos

movimentos sociais, outras vezes fruto das contradições da sociedade Capitalista e, por

isso, presentes na sociedade contemporânea. São de relevância para a comunidade

escolar, pois estão presentes nas experiências práticas, representações e identidades de

educandos e educadores.

Conteúdos Estruturantes são saberes, conhecimentos de grande amplitude, que

identificam e organizam os campos de estudo de uma disciplina escolar, considerados

fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino e, quando for o caso,

de suas áreas de estudo. Para o ensino da disciplina de Biologia, constituída como

conhecimento, os conteúdos estruturantes propostos evidenciam de que modo a ciência

biológica tem influenciado a construção e a apropriação de uma concepção de mundo em

suas implicações sociais, políticas, econômicas, culturais e ambientais. Os conteúdos

estruturantes de Biologia estão relacionados à sua historicidade para que se perceba a

não-neutralidade da construção do pensamento científico e o caráter transitório do

conhecimento elaborado.

Os conteúdos básicos são9 os conhecimentos fundamentais e necessários para

cada série do Ensino Médio. O acesso a esses conhecimentos em suas respectivas

séries é direito do aluno na etapa de escolarização em que se encontra e imprescindível

para a sua formação. O trabalho pedagógico com tais conteúdos é dever do professor que

poderá acrescentar, mais jamais reduzi-los ou suprimi-los, pois eles são básicos e, por

isso9, não podem ser menos do que se apresentam.

4.1 CONTEÚDOS DA 1ª SÉRIE

02 – Aulas Semanais

Conteúdos Estruturantes

Organização dos Seres Vivos

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Mecanismos Biológicos

Biodiversidade

Manipulação Genética

4.1.1 Conteúdos Básicos:

Classificação dos seres vivos critérios taxonômicos e filogenéticos;

Teoria Celular,Mecanismos Celulares Biofísicos e Bioquímicos;

Mecanismos de Desenvolvimento Embriológico;

Transmissão das Características Hereditárias;

Organismos Geneticamente Modificados

4.1.2 Conteúdos Específicos

1. Composição química dos seres vivos;

2. Reprodução;

3. Evolução;

4. Metabolismo;

5. Irritabilidade;

6. Ciclo vital;

7. Níveis de organização dos seres vivos;

8. Estudo da Célula;

9. Estrutura e Composição Celular;

10. O Citoplasma;

11. Retículo Endoplasmático;

12. Ribossomos;

13. Complexo de Golgi;

14. Lisossomos;

15. Vacúolos;

16. Plastos;

17. Fotossíntese;

18. Mitocôndrias;

19. Respiração Celular: Anaeróbia e Aeróbia;

20. Núcleo Celular;

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21. Cromatina;

22. Cromossomos;

23. Divisão Celular;

24. Mitose;

25. Meiose;

26. Cromossomos, genes e DNA;

27. Duplicação do DNA;

28. Síntese do RNA: Transcrição genética;

29. O Código Genético;

30. Síntese de proteínas: Tradução

31. Histologia; Conceito de Tecido;

32. Tecidos Animais;

33. Tecidos: Epitelial; Conjuntivo; Muscular e Nervoso;

34. Tecidos Vegetais

35. Trangênia em Plantas;

36. Gametogênese;

37. Reprodução Assexuada e Sexuada;

38. Reprodução Humana;

39. Aparelho Reprodutor Masculino e Feminino;

40. Embriologia;

41. O que é Biologia;

42. Principais divisões da Biologia;

43. Origem do Universo;

44. Teoria do Big-Bang;

45. Origem da Terra;

46. Origem da Vida;

47. Evolução Pré-Biológica;

48. Abiogênese;

49. Biogênese

4.2 CONTEÚDOS – 2ª SÉRIE

02 Aulas - Semanais

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4.2.1 Conteúdos Estruturantes:

1. Organização dos seres vivos;

2. Mecanismos biológicos;

3. Biodiversidade;

4. Implicação dos avanços Biológicos.

4.2.2 Conteúdos Básicos:

1. Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos;

2. Organismos Geneticamente Modificados;

3. Sistemas Biológicos; Anatomia, Morfologia, Fisiologia

4.2.3 Conteúdos Específicos:

1. Critérios Básicos;

2. Grupos Taxonômicos;

3. Regras de Nomenclaturas;

4. Vírus;

5. Reino Monera;

6. Reino Protista;

7. Algas;

8. Reino Fungi;

9. Reino Plantae;

10. Briófitas;

11. Pteridófitas;

12. Espermatófitos;

13. Reino Animália;

14. Caracterização e Fisiologia dos Grandes Grupos de Animais;

15. Poríferos;

16. Cnidários;

17. Platelmintos;

18. Nematelmintos;

19. Anelídeos;

20. Moluscos;

21. Artrópodes; Insetos ; Crustáceos; Aracnídeos;

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22. Diplópodes e Quilópodes;

23. Equinodermos;

24. Cordados;

25. Protocordados;

26. Vertebrados;

27. Peixes;

28. Anfíbios;

29. Répteis;

30. Aves;

31. Mamíferos;

32. Trangênia em Animais;

33. Digestão;

34. Respiração;

35. Circulação;

36. Excreção;

37. Locomoção;

38. Órgãos dos Sentidos;

39. Sistema Endócrino;

40. Sistema Nervoso

CONTEÚDOS – 3ª SÉRIE

02 – Aulas Semanais

4.3.1 Conteúdos Estruturantes:

1. Mecanismos biológicos;

2. Biodiversidade;

3. Manipulação Gênica

4.3.2 Conteúdos Básicos:

1. Transmissão das Características Hereditárias;

2. Teorias Evolutivas;

3. Dinâmica dos Ecossistemas: Relações entre os Seres Vivos e a Interdependência

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com o Ambiente;

4. Organismos Geneticamente Modificados

4.3.3 Conteúdos Específicos

1. Núcleo Celular; Mitose e Meiose;

2. Ácidos Nucléicos;

3. Estrutura do DNA;

4. Duplicação do DNA;

5. Tipos de RNA;

6. Síntese de Proteínas;

7. Códons e Anticódons;

8. Introdução á Genética;

9. Conceitos da Genética;

10. Histórico da Genética;

11. Terminologia Genética;

12. Alelos Dominantes e Recessivos;

13. A Primeira Lei de Mendel;

14. Codominância;

15. Cruzamentos testes em Genética;

16. Dihibridismo;

17. A Segunda Lei de Mendel;

18. Interação Gênica;

19. Teoria Cromossômica da Herança;

20. Genética do Sistema ABO;

21. Genética do Sistema Rh;

22. Herança ligada ao sexo;

23. Daltonismo;

24. Hemofilia;

25. Herança restrita e influenciada ao sexo;

26. Aberrações Cromossômicas;

27. Histórico das Idéias Evolucionistas;

28. Teoria Evolucionista de Lamark;

29. Teoria Evolucionista de Darwin e Wallace;

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30. Moderna Teoria da Evolução;

31. Evolução Humana;

32. De acordo com a Lei 10639/03 e Lei 11645/08, História e Cultura Afro-Brasileira e

Africana e História e Cultura dos Povos Indígenas;

33. Importância da Ecologia;

34. Os Componentes Estruturais de um ecossistema;

35. Cadeia e Rede Alimentar;

36. Os Níveis Tróficos;

37. Habitat e Nicho Ecológico;

38. Fluxo de Energia e Ciclo da Matéria;

39. Relações Intra-Específicas;

40. Relações Interespecíficas;

41. A Dinâmica das Comunidades;

42. Ecossistemas Aquáticos;

43. Biomas Terrestres;

44. De acordo com a Lei 9795/99: Política Nacional da Educação Ambiental;

45. Transgênicos.

Obs. Os conteúdos sobre a implicação dos avanços biológicos no fenômeno VIDA,

serão trabalhados de forma integrada com o conteúdo específico.

Neste contexto poderão ser estudados os avanços biotecnológicos como a

fertilização in vitro, células - tronco, clonagem, eutanásia, transgênicos entre outros

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5. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A construção de uma nova sociedade passa por uma nova visão de saber, neste

final de milênio não há espaço na sociedade para homem que não possui uma visão

científica do mundo. Não se pode construir o saber de modo secionado, mas buscar a

compreensão do total conhecimento através de uma educação interdisciplinar. O currículo

deve partir da realidade do aluno, pois cada um já traz sua bagagem de aprendizado

científico e metodológico. É necessário observar as necessidades, interesses e histórias

da vivência aluno/professor e assim chegar a compreensão crítica dos problemas,

buscando meios para solucioná-los. É fundamental a metodologia variada, onde os

conteúdos teóricos devem ter uma investigação ativa do meio natural ou social, visando

com isto a vantagem do aprendizado significativo, através de visitas de campo,

entrevistas, visitas industriais, excursões ambientais para um rápido conhecimento,

levando assim o aluno a uma aproximação do mundo real, deixando de lado o

conhecimento abstrato.

As experiências realizadas por alunos devem ter valor fundamental como base

para novas descobertas, originando assim debates, discussões e argumentações. Através

dessa formação é possível iniciar a construção de novos cientistas, que terão condições

de elaborar projetos para melhoria de condições de vida na sociedade. Esses

conhecimentos levam o aluno a desenvolver o saber matemático, científico e tecnológico

como condição de cidadania e não como prerrogativa de especialistas.

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202

6 AVALIAÇÃO

A avaliação é uma atividade vinculada ao processo de ensino-aprendizagem sendo

constante na vida das pessoas, somos avaliados a todo instante por nossos semelhantes,

seja através de nossas ações, comportamentos, atitudes, etc.

Na escola o processo de avaliação é também imprescindível para que o aluno e o

professor possam quantificar e analisar se esta ou não ocorrendo o aprendizado. A

avaliação muitas vezes está sendo usada meramente como um instrumento para

classificar os alunos, aferir resultados e tentar quantificar os conhecimentos assimilados

pelos alunos, o que muitas vezes mostra-se ineficiente, uma vez que as avaliações

usadas tendem a não contemplarem todos os aspectos necessários de serem avaliados.

Assim, é necessário estabelecer parâmetros para uma avaliação mais competente

e que realmente demonstre o grau de sucesso que tanto o professor como o aluno está

alcançando. Assim a avaliação deve ser um processo contínuo, sistemático que forneça

um diagnóstico da aprendizagem do aluno, em que este se identifique, compreenda e

formule conceitos através de textos e objetivos; a avaliação deve ser orientada, pois deve

permitir ao aluno conhecer os erros e corrigi-los, priorizando assim a retomada de

conceitos pendentes de forma diferenciada de modo a suprir dificuldades, tornando o

aluno parte efetiva do processo ensino e aprendizagem.

6.1 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

1ª SÉRIE

Espera-se que o aluno:

Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelular e plurecelular),

tipo de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia

(autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada);

Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas;

Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão,

reprodução, respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias;

Diferencie os tipos de divisão celular: Mitose e Meiose;

Conheça a composição química dos ácidos nucléicos;

Compreenda os processos de duplicação, transcrição e tradução9;

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Compare e estabeleça diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais

freqüentes nos sistemas biológicos (histologia);

Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida;

Compreenda o processo de transmissão das características hereditárias entre os

seres vivos;

Compreenda os processos de gametogênese, fecundação, organogênese,

embriogênese. Além de anatomia e fisiologia dos sistemas reprodutores masculinos e

femininos, regulação hormonal, métodos anticoncepcionais.

2ª SÉRIE

Espera-se que o aluno:

Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;

Estabeleça as características específicas dos microrganismos, dos organismos

vegetais e animais e dos vírus;

Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelulares e

pluricelulares), tipo de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção

de energia (autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada);

Reconheça e compreenda a classificação filogenética (morfológica, estrutural e

molecular) dos seres vivos;

Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas

biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular,

esquelético, excretor, sensorial e nervoso).

3ª SÉRIE

Espera-se que o aluno:

Diferencie os tipos de divisão celular: Mitose e Meiose;

Conheça a composição química dos ácidos nucléicos;

Compreenda os processos de duplicação, transcrição e tradução;

Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução das

espécies;

Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da diversidade

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dos seres vivos;

Compreenda o processo de transmissão das características hereditárias entre os

seres vivos;

Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as

relações existentes entre estes;

Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para manutenção do

equilíbrio dos ecossistemas;

Reconheça as relações de interdependência entre os seres vivos e destes como

meio em que vivem;

Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e dos seus

resultados decorrentes;

Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos

biotecnológicos aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de

problemas sócio-ambientais;

Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem

na diversidade biológica;

Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da

pesquisa científica que envolvem a manipulação genética.

6.2 Instrumentos de Avaliação

Também, obedecendo às normas vigentes, é preciso que haja uma quantificação

através de atribuições de notas aos resultados demonstrados com as avaliações, portanto

esta quantificação da avaliação será executada através da realização de provas escritas,

trabalhos de pesquisas, tarefas realizadas em classe, trabalho em grupo. Enfim, a

avaliação como instrumento analítico prevê um conjunto de ações pedagógicas pensadas

e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que os professores e alunos se tornam

observadores dos avanços e dificuldades, a fim de superarem os obstáculos existentes,

sendo o uso dos seguintes instrumentos de avaliação:

Provas orais e escritas;

Debates;

Pesquisas Orientadas Individuais;

Pesquisas Orientadas em Grupo;

Testes;

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Atividades Avaliativas;

Seminários e Conferências;

Produção e apresentação de cartazes, maquetes ou outras produções que

demonstrem a apreensão do aluno sobre o conteúdo trabalhado e em campanhas de

saúde cujos temas estejam relacionados à saúde, ao meio ambiente ou qualquer outro

Desafio Contemporâneo;

Produção de textos individuais e coletivos;

Trabalhos realizados em Feiras de Ciências e Culturais;

Produção e apresentação de mini projetos;

Elaboração de relatórios a partir de aulas práticas em laboratórios de informática e

de Ciências;

Documentários e filmes na TV Pendrive, DVDs, com temas direcionados .

Enfim, a avaliação será um instrumento refletivo onde prevê um conjunto de ações

pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo. Onde o

professor se torna um observador dos avanços e dificuldades de superar os obstáculos.

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7. REFERÊNCIAS

LOPES, Sônia, Biologia Essencial. São Paulo: Editora Saraiva.

PAULINO, Biologia. São Paulo: Editora Ática.

Diretrizes Curriculares de Biologia para o Ensino Médio - Versão preliminar – julho-2008.

PPP – Projeto Político Pedagógico – COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA .

CARVALHO, Wanderley. Biologia em foco. Vol. Único. São Paulo FTD 2002.

DIAS, Paschoarelli Diarone, Biologia Viva. vol. Único. São Paulo: Moderna, 1996.

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COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR_LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA_INGLÊS

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Paula Freitas – PR2010

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PROPOSTA CURRICULAR_LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA_INGLÊS

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O processo de ensino/aprendizagem no Brasil sofre constantes mudanças

cotidianamente para atender as expectativas e necessidades da sociedade. Já no início

da colonização houve a preocupação do Estado português em promover a educação para

facilitar a dominação e expandir o catolicismo. Assim coube aos jesuítas a função de

ensinar o latim aos gentios. Com a chegada da família real ao Brasil, passou a ser

valorizado o ensino de línguas. Surgindo então os primeiros professores de Inglês e

Francês com o objetivo de melhorar a instrução pública e atender às necessidades do

comércio. Esse ensino era voltado para a Abordagem Tradicional privilegiando a escrita e

o estudo da gramática. A partir do século XIX, Saussure estabelece a oposição entre

“langue” e “parole”, surgindo então elementos possíveis para a análise da língua.

Fundamentando assim o estruturalismo. Devido a várias questões sociais, econômicas e

políticas, muitos imigrantes vieram para o Brasil em busca de melhores condições de

vida. Essas colônias que se formaram no Brasil, tentavam preservar suas culturas,

organizando-se muitas vezes até para manter as escolas de seus filhos, uma vez que o

Estado brasileiro não ofertava atendimento escolar a todos. Devido a isso, o currículo era

centrado no ensino de língua e da cultura dos ascendentes das crianças.

No Paraná, as colônias que prevaleciam eram de italianos, alemães, ucranianos,

russos e japoneses, muitas vezes, o ensino da Língua Portuguesa era tido como língua

estrangeira. Em 1917, com a concepção nacionalista, a educação passou a ser

solidificada valorizando o espírito nacional, assim as escolas estrangeiras ou de

imigrantes foram fechadas e então foram criadas primárias sob a responsabilidade dos

estados. Neste contexto, em 1931, foi iniciada a reforma do sistema de ensino para

encaminhar o país ao crescimento econômico, surgindo assim o Método Direto, vindo de

encontro aos novos anseios sociais, impulsionando as habilidades orais. Perdendo aqui a

língua materna seu papel de mediadora, e todo o processo passou a ser voltado para o

acesso direto da língua, sem intervenção da tradução.

Desta forma, o MEC passou a privilegiar, nos currículos oficiais, conteúdos que

fortaleciam e valorizavam a identidade nacional. Resultando assim na aversão ao

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estrangeirismo, onde muitas escolas foram fechadas ou perderam sua autonomia. Com a

Reforma Capanema de 1942, o currículo oficial solidifica ideais nacionalistas. Com a

divisão do curso secundário em ginasial e colegial, o prestígio das línguas estrangeiras foi

mantido apenas no ginásio. Sendo que o MEC era responsável por indicar aos

estabelecimentos de ensino o idioma a ser ensinado nas escolas.

Após a Segunda Guerra Mundial, intensificou-se a necessidade de se aprender

inglês, quando o ensino ganhou, cada vez mais, espaço no currículo, em detrimento do

francês. Nos anos 50, com o desenvolvimento da linguística, surgiram mudanças

significativas quanto aos métodos de ensino. Quando os linguistas Bloomfield, Fries,

Lado, dentre outros, baseados nos estudos da escola Behaviorista, trabalhavam a língua

a partir da forma para se chegar ao significado. Surgindo assim os métodos audiovisual e

áudio-oral, com o intuito de formar rapidamente falantes de uma segunda língua.

A partir da década de 60, com base na psicologia cognitiva, a validade da teoria

Behaviorista passou a ser questionada. Então, sob as idéias de Chomsky (1965), surge a

Gramática Gerativa Transformacional que reestruturou a visão da língua e de sua

aquisição. Nos anos 70, Piaget desenvolveu a abordagem cognitiva construtivista, na qual

a aquisição da língua resulta na interação entre o organismo e o ambiente, através do

desenvolvimento da inteligência. Desde a década de 50, o sistema educacional brasileiro

era voltado ao mercado de trabalho (ensino técnico), com o intuito de formar profissionais

capazes de trazer mudanças ao país. Acarretando assim a diminuição da carga horária

das línguas estrangeiras. A LDB – 4.024 de 1961 – determinou a retirada da

obrigatoriedade do ensino de LE. Mesmo assim, a língua inglesa não perdeu a sua

valorização devido às demandas do mercado de trabalho. Com a reforma da LDB –

através da Lei 5692/71 – houve a desobrigação da inclusão de línguas estrangeiras no

currículo de 1º e 2º Graus. Tornando-se, desta forma, o ensino de LE um privilégio das

classes abastadas.

Em 1976, o ensino da LE volta a ser valorizado desde que em condições favoráveis

na escola. Isso fez com que muitas escolas suprimissem a língua estrangeira ou

reduzissem seu ensino para uma hora semanal. Ofertando apenas um único idioma.

No Paraná, iniciou-se um movimento de professores de LE pelo retorno da

pluralidade da oferta de línguas estrangeiras nas escolas públicas. Surgindo assim, a

partir de 1986, os Centros de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEMS).

Com as constantes necessidades de mudanças metodológicas, surgiram novas

abordagens, baseadas no conceito de competência comunicativa, englobando as quatro

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habilidades: leitura, escrita, fala e audição. A partir das idéias de Paulo Freire de 1990, a

abordagem comunicativa passou a ser criticada, dando vazão ao campo da pedagogia

crítica, com a análise do discurso, onde o foco até então, centrado na gramática, passou

para o texto.

Em 1996, a LDB – Lei de nº 9.394/96 – determinou a oferta obrigatória de pelo

menos uma língua estrangeira moderna, no ensino Fundamental partir da 5.ª série, onde

a escolha do idioma fica a cargo da comunidade escolar. Já no Ensino Médio, a lei

determina a inclusão de uma língua estrangeira moderna, como disciplina obrigatória,

também escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro

das disponibilidades da instituição.

Observando todo o processo histórico do ensino da língua estrangeira, em nosso

país, desde a implantação até os dias de hoje, deparamo-nos frente a novos enfoques

teóricos, que se interessam pela análise do discurso a partir da perspectiva de interação

social. Como afirma Paulo Freire: - “não há cultura nem história imóveis”.

Dessa forma, o ensino de LE voltar-se-á para o desenvolvimento dos conteúdos

estruturantes, como prática social, favorecendo, desta forma, o uso da língua nessa

perspectiva interativa. Esses conhecimentos de maior amplitude, do ponto de vista do

processo dialógico, dialogam e relacionam-se continuamente uns com os outros, o que

vai possibilitar uma abordagem do discurso na sua totalidade, garantindo assim a

compreensão e expressão do aluno, através das seguintes práticas: leitura, escrita e

oralidade. Recaindo, desta forma, o foco do trabalho dirigido para a necessidade dos

sujeitos interagirem ativamente dentro de diferentes formas discursivas.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

O inglês é um idioma de fundamental importância no mundo globalizado de hoje.

Cada vez mais pessoas estudam e falam inglês em todo o mundo.

Já há algum tempo, o inglês tornou-se um dos principais veículos de comunicação

nos meios diplomáticos, no comércio mundial, nas competições esportivas, no turismo,

nos encontros de líderes políticos mundiais, nos congressos sobre ciência, tecnologia,

arte, etc. Por isso é de suma importância o aluno conhecer a Língua Inglesa para não se

sentir isolado, fazendo-o integrar-se no mundo atual, caracterizado pelo avanço

tecnológico e pelo grande intercãmbio entre os povos.

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As aulas de L.E. M (Língua Estrangeira Moderna) configuram-se como espaços

nas quais identidades são construídas pela forma como as interações entre professores e

alunos são organizadas pelas representações e visões de mundo, que vão sendo

reveladas no dia a dia. Objetiva-se que os alunos possam analisar de tudo, e

desenvolvam sua consciência crítica a respeito do papel das L.E.M na sociedade

contemporânea. Por esse motivo e de grande relevância| que o aluno esteja inteirado com

a L.E. M, sendo função do professor desenvolver a autoconfiança dos mesmos para que

acreditem na capacidade de aprender, vindo a demonstrar, através de práticas diversas, o

domínio da língua oral, da escrita e da leitura. Para que ocorram estes domínios torna-se

fundamental a mediação do professor em todo esse percurso de aprendizagem, que

abrange ainda o desenvolvimento de atitudes que refletirão na vida social do aluno.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA

Os conteúdos específicos serão desdobrados a partir do conteúdo estruturante

com referência de diferentes textos discursivos, contemplando uma análise dialógica dos

elementos do texto, sendo observada e respeitada a diversidade textual, bem como o

princípio da continuidade. Nesta seleção de textos não serão levados em conta os

objetivos linguísticos, mas sim, com fins educativos, contemplando as necessidades e os

interesses dos alunos. Possibilitando, desta forma, relações coletivas e individuais na

construção do conhecimento.

O texto, desta forma, será uma unidade de comunicação verbal que pode ser

escrita, oral ou visual; como ponto de partida da aula de língua estrangeira. Tendo em

vista a concepção discursiva da língua, não segmentada em habilidades, consideram-se

que tais práticas não se separam em situações concretas de comunicação e, logicamente,

naquelas efetivadas em sala de aula.

Os conceitos propostos poderão ser trabalhados em todas as séries, devendo-se

apenas observar o nível/maturidade, bem como, os conhecimentos de mundo dos alunos

e a necessidade de aprofundamento em determinados temas/assuntos.

• Prática de leitura, escrita e oralidade.

• Identificação de diferentes gêneros textuais, informativos, narrativos, descritivos,

poesias, tiras humorísticas, correspondência, receitas, bula de remédios, manuais,

folders, outdoors, placas de sinalização, etc.

• Identificação de elementos coesivos e marcadores do discurso como responsáveis

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pela progressão textual, encadeamento das idéias e coerência do texto.

• Reconhecimento de variedades linguísticas,: diferentes registros e graus de

formalidade.

• Identificação da idéia principal dos textos (skimming).

• Identificação de idéias específicas em textos (scanning).

• Identificação de informações expressas em diferentes formas de linguagem (verbal

e não-verbal).

• Interferência de significados a partir de um contexto.

• Trabalho com cognatos / falsos cognatos, afixos, grupos nominais.

• Textos (escritos, orais, visuais, dentre outros).

• Os conhecimentos linguísticos poderão estar presentes em qualquer momento do

processo de aprendizagem independente de série, desde que seja respeitado o critério de

continuidade, necessidade e aprofundamento dialógico.

• Reconhecer a diversidade cultural: interna e externa, ou seja, entre comunidades

de língua estrangeira e/ou as de língua materna e, ainda, dentro de uma mesma

comunidade.

Ensino Fundamental5ª Série:

Conteúdo Estruturante

Conteúdos Básicos Abordagem Teórico/ metodológica

Avaliação

Discurso como prática

social

Leitura• Identificação do tema, do

argumento principal.

Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade

e intertextualidade do texto.

• Linguagem não verbal.

Práticas de leitura de textos de diferentes

gêneros.

Utilização de materiais diversos (fotos, gráficos,

quadrinhos...) para interpretação de textos.

Análise dos textos levando em consideração a

complexidade dos mesmos.

Questões que levam o aluno a interpretar e compreender o texto.

Leitura de outros textos para a observação das

relações dialógicas.

Realizar leitura compreensiva do texto,

levando em consideração a sua condição de

produção.

Localizar informações explícitas no texto.

Emitir opiniões a respeito do que leu.

Conhecer e utilizar a língua estudada como

instrumento de acesso a informações de outras

culturas e de outros grupos sociais.

Oralidade Apresentação de pequenos Utilizar seu discurso de

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213

Variedades lingüísticas.

Intencionalidade do texto.

Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada

em diferentes países.

textos produzidos pelos alunos.

Seleção de discursos de outros como: entrevista,

cenas de desenhos, reportagem.

Análise dos recursos próprios da oralidade.

Dramatização de pequenos diálogos.

acordo com a situação de produção.(formal e

informal)

Apresentar clareza nas ideias.

EscritaV) Adequação ao gênero:

elementos composicionais,

elementos formais e marcas linguísticas.

W) Clareza de ideias.

Discussão sobre o tema a ser produzido.

Leitura de textos sobre o tema.

Produção textual.

Revisão textual.

Reestrutura e reescrita textual.

Produzir textos atendendo as

circunstâncias de produção proposta.

Diferenciar a linguagem formal da informal.

Análise LingüísticaCoesão e coerência.

Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras interrogativas, substantivos,

preposições,verbos, concordância verbal e nominal e outras

categorias como elementos do texto.

Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

Vocabulário.

Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir:

- de gêneros selecionados

para leitura ou

escrita. - de textos

produzidos pelos alunos

- - das dificuldades apresentadas

pela turma.

Leitura de textos diversos que permitam ampliar o

domínio da língua.

Utilizar, adequadamente recursos lingüísticos,

como o uso da pontuação, o uso do

artigo, dos pronomes,etc.

Conhecer e ampliar o vocabulário.

Sugestões de gêneros discursivos para a 5ª série: história em quadrinho, piada, poemas, exposição oral ( diálogos), comercial de TV, diário, quadrinhas, bilhetes, fotos, horóscopo, carta, textos midiáticos, e-mail,

cartaz, lista de compras, avisos, música, etc.

6ª série

Conteúdo Estruturante

Conteúdos Básicos Abordagem teórico/ metodológica

Avaliação

Discurso como prática social

LeituraIdentificação do tema, do

argumento principal.

Interpretação observando:

Práticas de leitura de textos de diferentes

gêneros.

Inferências de informações

Realizar leitura compreensiva do texto,

levando em consideração a sua condição de

produção.

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214

conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade

e intertextualidade do texto.

Linguagem não verbal.

implícitas.

Utilização de materiais diversos ( fotos, gráficos,

quadrinhos...)para interpretação de

textos.

Análise dos textos, levando em consideração o grau de

complexidade dos mesmos.

Questões que levam o aluno a interpretar e compreender o texto.

Leitura de outros textos para a observação das

relações dialógicas.

Localizar informações explícitas no texto.

Emitir opiniões a respeito do que leu.

Conhecer e utilizar a língua estudada como

instrumento de acesso a informações de outras culturas e de outros

grupos sociais.

Refletir e transformar o seu conhecimento,

relacionando as novas informações aos saberes

já adquiridos.

Oralidade

Variedades lingüísticas.

Intencionalidade do texto.

Exemplos de pronúncias e de uso de vocábulos da língua

estudada em diferentes países.

Apresentação de textos produzidos pelos alunos.

Seleção de discursos de outros como: entrevista,

cenas de desenhos, reportagem.

Análise dos recursos próprios da oralidade.

Dramatização .

Utilizar seu discurso de acordo com a situação de

produção. (formal e informal).

Apresentar clareza nas idéias.

EscritaAdequação ao gênero:

elementos composicionais, elementos formais e marcas

lingüísticas.

Clareza de idéias.

Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.

Discussão sobre o tema a ser produzido.

Leitura de textos sobre o tema.

Produção textual.

Revisão textual.

Reestrutura e reescrita textual.

Produzir textos atendendo as

circunstâncias de produção proposta.

Diferenciar a linguagem formal da informal.

Testes objetivos e subjetivos referentes aos textos ou sobre noções

gramaticais e vocabulários

.

Análise LinguísticaCoesão e coerência.

Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos,

palavras interrogativas, advérbios, preposições,

verbos, substantivos, substantivos contáveis e

incontáveis, concordância

Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir:

- de gêneros selecionados

para leitura ou

escrita. - de textos

produzidos pelos alunos.

Utilizar, adequadamente recursos lingüísticos,

como o uso da pontuação, do artigo, dos

pronomes, etc.

Ampliar o vocabulário.

Utilizar as flexões verbais para indicar diferenças de

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215

verbal e nominal e outras categorias como elementos

do texto.

Vocabulário.

Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

- das dificuldades apresentadas

pela turma.

Leitura de textos diversos que permitam ampliar o

domínio da língua.

tempo e modo.

Sugestões de gêneros para a 6ª série: entrevista, notícia, música, tiras,textos midiáticos, propaganda, charges, provérbios, diário, cartoon, narrativa, música, etc.

7ª série

Conteúdo Estruturante

Conteúdos Básicos Abordagem teórico/ metodológica

Avaliação

Discurso como prática social

LeituraIdentificação do tema, do argumento principal e dos

secundários.

Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte,

intencionalidade e intertextualidade do texto.

Linguagem não-verbal.

Práticas de leitura de textos de diferentes

gêneros.

Inferências de informações implícitas.

Utilização de materiais diversos ( fotos, gráficos,

quadrinhos...) para interpretação de textos.

Análise dos textos visando reflexão e

transformação.

Questões que levam o aluno a interpretar e compreender o texto.

Leitura de outros textos para a observação das

relações dialógicas.

Realizar leitura compreensiva do texto,

levando em consideração a sua condição de

produção.

Localizar informações explícitas e implícitas no

texto.

Emitir opiniões a respeito do que leu.

Ampliar,no indivíduo, o seu horizonte de

expectativas.

Conhecer e utilizar a língua estudada como

instrumento de acesso a informações de outras

culturas e de outros grupos sociais.

Refletir e transformar o seu conhecimento,

relacionando as novas informações aos saberes

já adquiridos.

Oralidade

Variedades lingüísticas.

Intencionalidade do texto.

Exemplos de pronúncias e de vocábulos da

língua estudada em diferentes

Apresentação de textos produzidos pelos alunos.

Seleção de discursos de outros, como: entrevista,

cenas de desenhos, recortes de filmes,

reportagem.

Utilizar seu discurso de acordo com a situação de

produção(formal, informal).

Apresentar clareza nas idéias.

Page 216: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR · seu status de disciplina. Em agosto de 2006 foi aprovado pelo MEC e o retorno da disciplina as escolas. Hoje a maior luta é pelo movimento de pensar

216

países. Análise dos recursos próprios da oralidade.

Dramatização.

Desenvolver a oralidade através da sua prática.

EscritaAdequação ao gênero:

elementos composicionais, elementos formais e marcas

lingüísticas.

Clareza de idéias.

Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.

Coerência com o tipo de situação.

Unidade temática.

Discussão sobre o tema a ser produzido.

Leitura de textos sobre o tema.

Produção textual.

Revisão textual.

Reestrutura e reescrita textual.

Produzir textos atendendo as

circunstâncias de produção proposta.

Diferenciar a linguagem formal da informal.

Testes baseados nos conteúdos

estruturantes de cada unidade.

Análise LinguísticaCoesão e coerência.

Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, verbos, preposições, advérbios,

locuções adverbiais, palavras interrogativas,substantivos,

substantivos contáveis e incontáveis, question tags,

falsos cognatos, conjunções, e outras categorias como

elementos do texto.

Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

Vocabulário.

Estudo dos conhecimentos

lingüísticos a partir: -de gêneros selecionados

para leitura ou

escrita. - de textos

produzidos pelos alunos.

- das dificuldades

apresentadas pela

turma.

Leitura de textos diversos que permitam ampliar o domínio da

língua.

Utilizar, adequadamente recursos lingüísticos,

como o uso da pontuação, do artigo, dos

pronomes, etc.

Ampliar o léxico através de exercícios propostos.

Utilizar as flexões verbais para indicar diferenças de

tempo e modo.

Distinguir os graus do adjetivo, bem como seu

uso.

Identificar gêneros textuais.

Identificar verbos irregulares no passado e

futuro.

Sugestões de Gêneros discursivos para a 7ª série: reportagem, slogan,sinopse de filme, textos midiáticos, anúncio publicitário, outdoor, blog, etc.

8ª Série:

Conteúdo Estruturante

Conteúdos Básicos Abordagem teórico/ metodológica

Avaliação

Page 217: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR · seu status de disciplina. Em agosto de 2006 foi aprovado pelo MEC e o retorno da disciplina as escolas. Hoje a maior luta é pelo movimento de pensar

217

Discurso como prática social

LeituraIdentificação do tema, do argumento principal e dos

secundários.

Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte,

intencionalidade e intertextualidade do texto.

Linguagem não-verbal.

Realização de leitura não linear dos diversos textos.

Práticas de leitura de textos de diferentes

gêneros.

Inferências de informações implícitas.

Utilização de materiais diversos ( fotos, gráficos,

quadrinhos...)para interpretação de textos.

Análise dos textos, levando em consideração o grau de complexidade

dos mesmos.

Questões que levam o aluno a interpretar e compreender o texto.

Leitura de outros textos, através de pesquisas, para a observação das relações

dialógicas.

Realizar leitura compreensiva do texto,

levando em consideração a sua

condição de produção.

Localizar informações explícitas e implícitas

no texto.

Emitir opiniões a respeito do que leu.

Ampliar, no individuo, o seu horizonte de

expectativas.

Conhecer e utilizar a língua estudada como instrumento de acesso

a informações de outras culturas e de outros

grupos sociais.

OralidadeVariedades lingüísticas.

Intencionalidade do texto.

Exemplos de pronúncias e de vocábulos da língua estudada

em países diversos.

Finalidade do texto oral.

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.

Apresentação de textos produzidos pelos alunos.

Seleção de discursos de outros, como: entrevista,

cenas de desenhos, recortes de filmes,

documentários, reportagem,etc.

Análise dos recursos próprios da oralidade.

Dramatização de textos.

Reconhecer as variantes lexicais.

Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção (formal,

informal).

Apresentar clareza nas idéias.

Desenvolver a oralidade através de

sua prática.

EscritaAdequação ao gênero:

elementos composicionais, elementos formais e marcas

lingüísticas.

Paragrafação.

Clareza de idéias.

Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.

Discussão sobre o tema a ser produzido.

Leitura de textos sobre o tema.

Produção textual.

Revisão textual.

Reestrutura e reescrita textual.

Produzir textos atendendo as

circunstâncias de produção proposta.

Diferenciar a linguagem formal da informal.

Estabelecer relações entre partes do texto,

identificando repetições ou substituições.

Page 218: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR · seu status de disciplina. Em agosto de 2006 foi aprovado pelo MEC e o retorno da disciplina as escolas. Hoje a maior luta é pelo movimento de pensar

218

Análise LinguísticaCoesão e coerência.

Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, verbos, preposições, advérbios,

locuções adverbiais, palavras interrogativas,substantivos, su-

bstantivos contáveis e incontáveis, question tags,

falsos cognatos, conjunções, e outras categorias como

elementos do texto.

Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

Vocabulário.

Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir:

- de gêneros selecionados

para leitura ou

escrita. - de textos

produzidos pelos alunos.

- das dificuldades apresentadas

pela turma.

Leitura de textos diversos que permitam ampliar o

domínio da língua.

Utilizar, adequadamente

recursos lingüísticos, como o uso da

pontuação, do artigo, dos pronomes, etc.

Ampliar o vocabulário.

Utilizar as flexões verbais para

indicar diferenças de

tempo e modo.

Sugestões de gêneros discursivos para a 8ª série: reportagem oral e escrita, textos midiáticos, histórias de humor, músicas, charges, entrevistas, depoimentos, narrativa, imagens,etc.

Ensino Médio

Conteúdo Estruturante

Conteúdos Básicos Abordagem teórico/ metodológica

Avaliação

Discurso como prática social

LeituraIdentificação do tema, do argumento principal e dos

secundários.

Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte,

intencionalidadee intertextualidade do texto.

Linguagem não-verbal.

As particularidades do texto em registro formal e informal.

Finalidades do texto.

Estética do texto literário.

Realização de leitura não lineardos diversos textos.

Práticas de leitura de textos de diferentes

gêneros.

Relevância dos conhecimentos prévio dos

alunos.

Inferências de informações implícitas.

Utilização de materiais diversos (fotos, gráficos,

quadrinhos...)para interpretação de textos.

Análise dos textos, levando em consideração o grau de

complexidade dos mesmos.

Questões que levam o aluno a interpretar ,

compreender e refletir sobre o texto.

Leitura de outros textos, através de pesquisa, para

Realizar leitura compreensiva do texto,

considerando a construção de

significados possíveis e a sua condição de

produção.

Perceber informações explícitas e implícitas no

texto.

Argumentar a respeito do que leu.

Ampliar, no indivíduo, o seu horizonte de

expectativas.

Estabelecer relações dialógicas entre os diferentes textos.

Conhecer e utilizar a

língua estudada como instrumento de acesso a informações de outras

culturas e de outros

Page 219: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR · seu status de disciplina. Em agosto de 2006 foi aprovado pelo MEC e o retorno da disciplina as escolas. Hoje a maior luta é pelo movimento de pensar

219

a observação das relações dialógicas.

grupos sociais.

Oralidade

Variedades linguísticas.

Intencionalidade do texto.

Particularidade de pronúncias da língua estudada em

diferentes países.

Finalidade do texto oral.

Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos.

Apresentação de textos produzidos pelos alunos.

Seleção de discursos de outros como: entrevista,

cenas de desenhos, reportagens, recortes de

filmes, documentários, etc.

Análise dos recursos próprios da oralidade.

Dramatização de textos.

Reconhecer as variantes lexicais.

Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção (formal ,

informal).

Apresentar clareza nas idéias.

Desenvolver a oralidade através da sua prática.

Escrita

Adequação ao gênero: elementos composicionais,

elementos formais e marcas linguísticas.

Paragrafação.

Clareza de ideias.

Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.

Discussão sobre o tema a ser produzido.

Leitura de textos sobre o tema.

Produção textual.

Revisão textual.

Reestrutura e reescrita textual.

Produzir e demonstrar na produção textual, a

construção de significados.

Produzir textos atendendo as

circunstâncias de produção proposta.

Diferenciar a linguagem formal da informal.

Estabelecer relações entre partes do texto,

identificando repetições ou substituições.

Análise Linguística

Coesão e coerência.

Função dos pronomes, artigos,adjetivos, numerais

preposições, advérbios,locuções adverbiais,

conjunções, verbos, palavras interrogativas,

substantivos, substantivos contáveis e

incontáveis, falsos cognatos, discurso direto e indireto, vozes

verbais, verbos modais, concordância verbal e nominal, orações condicionais, phrasal

verbs e outras categorias como

Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir:

- de gêneros selecionados

para leitura ou

escrita. - de textos

produzidos pelos alunos.

- das dificuldades apresentadas

pela turma.

Leitura de textos diversos que permitam ampliar o

domínio da língua.

Utilizar, adequadamente recursos lingüísticos,

como o uso da pontuação, do artigo, dos pronomes, etc.

Ampliar o vocabulário.

Utilizar as flexões verbais para indicar

diferenças de tempo e modo.

Page 220: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR · seu status de disciplina. Em agosto de 2006 foi aprovado pelo MEC e o retorno da disciplina as escolas. Hoje a maior luta é pelo movimento de pensar

220

elementos do texto.

Vocabulário.

Sugestões de gêneros discursivos para o Ensino Médio: crônica, lendas, contos,poemas,fábulas, biografias, classificados, notícias, reportagem, entrevistas, cartas, artigos de opinião, resumo, textos midiáticos, palestra, piadas, debates, folhetos, horóscopo, provérbios, charges, tiras,etc.

A diversidade de gêneros discursivos deve estar contemplada em todas as séries do Ensino Fundamental e do Médio. Ressalta-se que a diferença significativa entre as séries está no grau de complexidade dos textos e de sua abordagem.

A partir do texto escolhido para desenvolver as práticas discursivas, definem-se os conteúdos específicos a serem estudados, norteados pelo gênero do texto. A cultura Afro-brasileira e Africana e a Cultura Indígena devem ser contempladas em diversos momentos.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O Ensino de língua estrangeira, na escola, tem um papel importante à medida que

permite aos alunos entrarem em contato com outras culturas, assim promovendo o

interesse deles pelo idioma. Portanto, é fundamental que o professor desenvolva com os

alunos um trabalho que lhes possibilite confiar na própria capacidade de aprender, dentro

de uma atmosfera de interação, motivação e afetividade. Os temas abordados devem

auxiliar os alunos a desenvolver suas habilidades, ou seja, leitura, escrita e oralidade.

O professor deve utilizar todos os materiais disponíveis, tais como: livros, figuras,

áudios, vídeos, revistas, a fim de desenvolver processos que venham contribuir para um

contexto interativo, visando atividades em grupo ou atividades individuais que

desenvolvam o processo dialógico do conhecimento.

A gramática, assim, deve ser reconhecida como um elemento de ligação entre

fenômenos que se interpenetram, dando conta da interação que ocorre entre os discursos

e também entre os fatores psicológicos e sociais, levando o aluno a refletir sobre o

processo, devendo o conhecimento do mundo interagir com provável falta de competência

lexical, compensando este. Pois, segundo Benites (11) – “Todo discurso se constrói pela

relação com os outros, que dessa forma, se estabelecem com seu exterior constitutivo”,

sem levar-se em conta análises desconectadas de elementos gramaticais, extrapolando o

domínio linguístico que o aluno possa vir a ter através da diversidade cultural

apresentada.

Page 221: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR · seu status de disciplina. Em agosto de 2006 foi aprovado pelo MEC e o retorno da disciplina as escolas. Hoje a maior luta é pelo movimento de pensar

221

Ao interagir com textos provenientes de vários gêneros, o aluno perceberá que as

formas linguísticas não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo significado,

mas são flexíveis e variam, dependendo do contexto e da situação em que a prática social

do uso da linguagem ocorre. Esse processo de aprendizagem e interação envolve, deste

modo, um tipo e negociação constante, observando:

1. O conhecimento de mundo dos envolvidos.

2. Sua interação com os elementos do processo.

3. Fatores que envolvem o processo em si.

Pode-se concluir que há uma constante busca pela relação entre a LE e a

pedagogia crítica, num contexto global educativo, em que a sala de aula passa a ser um

espaço de produção de discurso marcado de significação que levem a reflexões e que

observem que os seus discursos cruzam-se e se fundem com muitos outros. Tal processo

variará, observando o nível em que o aluno está inserido, ressaltando assim a importância

da complexidade e aprofundamento de conteúdo.

Assim, o professor deve buscar constante atualização, para ser capaz de provocar

mudanças necessárias no processo e adequá-las a sua realidade; proporcionando

subsídios, para que os alunos sejam capazes de inferir e colaborar com o processo, para

partilhar com estratégias de aprendizagem.

AVALIAÇÃO

A avaliação está profundamente relacionada com o processo de ensino e, portanto,

deve ser entendida como mais um momento em que o aluno aprende. A relevância e

adequação de um conteúdo estão atrelados a diversos fatores, entre eles as

características psicossociais dos alunos, seu grau de desenvolvimento intelectual, a

aplicabilidade dos objetos de conhecimentos ensinados, a capacidade de o aluno

estabelecer relações entre os conteúdos, as necessidades de seu dia-a-dia e o contexto

cultural dos alunos.

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222

Para que um processo de aprendizagem seja efetivo, ele deve contemplar a

avaliação diagnóstica, contínua, formativa e reflexiva. O registro e observação do

desempenho do aluno devem ser feitos de forma contínua e reflexiva, tendo em vista as

aprendizagens previstas.

Ressalta-se a necessidade de um envolvimento por parte de toda a comunidade

escolar, sendo que o professor avaliará o desempenho do aluno – seu progresso – e

verificará se a sua metodologia está sendo adequada. Enquanto isso, o aluno, necessita

saber como está progredindo – como está sua evolução cultural – e sua aquisição de

conhecimentos. Os pais também devem estar envolvidos no processo, já que se trata da

educação de seus filhos. E devem acompanhar os degraus avançados e as dificuldades

apresentadas por eles na escola. E, finalmente, a sociedade, esta a quem a educação

deve comprovar a sua eficiência no papel de sujeito crítico e participativo no meio que o

cerca.

A língua, avaliada oralmente ou por escrito, permite-nos observar as limitações e

os avanços dos aprendizes, bem como o reflexo do ambiente sócio-cultural, no qual estão

envolvidos. As práticas: escrita, leitura e oralidade – realizam a abordagem do discurso

em sua totalidade, enquanto interagem entre si, constituindo uma prática sócio-cultural.

Os critérios, utilizados na avaliação, deverão ser flexíveis, levando em conta a

progressão de desempenho de cada aluno, as características particulares da classe em

que o aluno se encontra e as condições em que o processo de ensino e aprendizagem se

concretize. A nota é um registro formal, sendo importante o professor considerar todo o

processo avaliativo, desde o desenvolvimento do trabalho até o esforço para sua

efetivação, observando os critérios pré-estabelecidos pelo próprio docente. Tais critérios

podem abranger desde a participação do aluno em sala de aula, sua atenção e motivação

em aprender, bem como, seu desempenho avaliado em provas e trabalhos.

Na avaliação, observar-se-á se o aluno consegue realizar leitura compreensiva do

texto, levando em consideração a sua condição de produção, localizar informações

explícitas no texto, emitir opiniões a respeito de que leu, conhecer e utilizar a língua como

instrumento de acesso a informações de outras culturas e de outros grupos sociais, refletir

e transformar o seu conhecimento, relacionando as novas informações aos saberes já

adquiridos.

Portanto, o professor deve adaptar o uso de materiais disponíveis como figuras,

áudio, vídeo, trabalhar de forma que possam ser usadas as seguintes atividades:

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- Atividades em grupo: que contribuem significativamente para que os alunos

compreendam e respeitem atitudes e opiniões;

- Atividades Orais: São usadas como forma de ampliar a consciência dos alunos

sobre os sons da L.E. M, por meio do uso de exercícios de dicção, leitura expressiva;

- Produção Escrita: com a finalidade de desenvolver sua proficiência linguística;

- Atividades Auditivas: para fazer generalizações e aprimorar as possibilidades de

comunicação, utilizando-se de todos os áudios e recursos possíveis;

- Leitura: Uso de livros, artigos de revistas e jornais, textos argumentativos, informativos e

literários, outdoors, vestuários, alimentação;

- Dentro dos conteúdos serão trabalhados jogos, filmes, teatros, músicas e outras

atividades que venham a desenvolver a língua em sala de aula, todos os temas

gramaticais serão trabalhados inseridos dentro de um contexto que leve a uma reflexão e

assimilação dos mesmos.

Podemos concluir que a finalidade da avaliação é verificar não somente a

deficiência de aprendizagem, mas uma forma do professor verificar se está havendo

progresso e se os seus métodos estão sendo válidos. É uma atividade do processo

ensino-aprendizagem, pois nos dá informações a todo instante de como está o

desenvolvimento do aluno, o que é preciso ser melhorado para que o mesmo adquira o

sucesso esperado. A avaliação do rendimento do trabalho escolar do aluno poderá ser

feita através de:

- Análise da resolução dos exercícios;

- Observação do aluno do desenvolvimento do curso;

- Testes baseados nos conteúdos estruturantes de cada unidade;

- Traduções, versões objetivando o uso do vocabulário aprendido;

-Testes objetivos e subjetivos referentes aos textos, ou sobre noções gramaticais e vocabulário;

Testes orais tais como:

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224

- Análise de músicas;

- Diálogo e conversação;

- Cantos;

-Apresentações de Teatro;

REFERÊNCIAS

FREIRE, P. Pedagogia da Indignação. São Paulo: Editora Unesp, 2000.

LEFFA, V. (org.) A interação na aprendizagem das línguas. Pelotas – R.S. EDUCAT

_Editora da Universidade Católica de Pelotas, 2006.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da Educação Básica:

Língua Estrangeira, Curitiba, 2008

PPP – Projeto Político-Pedagógico Pedagógico

Page 225: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR · seu status de disciplina. Em agosto de 2006 foi aprovado pelo MEC e o retorno da disciplina as escolas. Hoje a maior luta é pelo movimento de pensar

225

COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO

PAULA FREITAS

2009

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226

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:

No espaço Escolar, o Ensino Religioso era, tradicionalmente, o Ensino da Religião

Católica Apostólica Romana, determinação oficial do Império, conforme a Constituição de

1824. Após a Proclamação da República, o ensino passou a ser laico, público, gratuito e

obrigatório.

A partir da constituição de 1934, o Ensino Religioso passou a ser admitido como

disciplina na escola pública, com matrícula facultativa.

Por meio de muitas discussões o Ensino Religioso passou a ser parte integrante

da formação básica do cidadão e constituiu disciplina dos horários normais das escolas

públicas de Educação básica assegurando o respeito à diversidade cultural religiosa do

Brasil.

A disciplina de Ensino Religioso pretende contribuir para o reconhecimento e

respeito as diferentes expressões religiosas advindas da elaboração cultural dos povos, e

possibilitar o acesso às diferentes fontes da cultura sobre o fenômeno religioso.

O Ensino Religioso busca propiciar oportunidade de identificação, de entendimento

, de conhecimento e de aprendizagem em relação às diferentes manifestações religiosas

presentes na sociedade, de modo que tenham a amplitude da própria cultura em que se

insere. Essa compreensão deve favorecer o respeito à diversidade cultural religiosa, em

suas relações étnicas e sociais.

Ao compreender tais elementos, o educando passa a elaborar o seu saber e

entender a diversidade de nossa cultura marcada também pela religiosidade.

Por meio do Ensino Religioso, faz-se necessário superar modelos lineares e

fragmentados de compreensão da realidade e buscar outros referenciais que permitam

uma análise mais complexa da sociedade, sendo um desafio para a escola e, mais

especificamente, para o Ensino Religioso.

Assim, o processo de ensino e de aprendizagem proposto nestas Diretrizes

Curriculares, visa à construção e a produção do conhecimento que se caracteriza pela

promoção do debate, da hipótese divergente, da dúvida, real ou metódica, do confronto

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de idéias, de informações discordantes e ainda, da exposição competente de conteúdos

formalizados. Opõem-se a um modelo educacional que centra o ensino tão somente na

transmissão dos conteúdos pelo professor, sem possibilidade de participação do aluno e

não respeitando a diversidade religiosa.

O Ensino Religioso expressa a necessária reflexão em torno dos modelos de

ensino e do processo de escolarização, diante das demandas sociais contemporâneas

que exigem a compreensão ampla da diversidade cultural, postas também no âmbito

religioso entre os países e de forma mais restrita, no interior de diferentes comunidades.

Podemos tratar todas as religiões como conteúdos nas aulas de Ensino Religioso,

uma vez que o sagrado compõe o universo cultural humano e faz parte do modelo de

organização de diferentes sociedades.

É instituído na escola a fim de promover uma oportunidade para que os educandos

se tornem capazes de entender os movimentos específicos das diversas culturas, e para

que o substantivo religioso represente um elemento de colaboração na constituição do

sujeito humano.

Os conteúdos estruturantes compõem os saberes, os conhecimentos de grande

amplitude, os conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de estudos a

serem contemplados no Ensino Religioso.

Apropriados das instâncias que contribuem para compreender o sagrado os

conteúdos estruturantes propostos para o Ensino Religioso são:

a paisagem religiosa;

o símbolo;

o texto sagrado.

Os objetivos propostos para o Ensino Religioso buscam :

Contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões religiosas,

bem como possibilitar o acesso às diferentes fontes de informações sobre o fenômeno

religioso.

Favorecer o respeito à diversidade cultural para superar a desigualdade étnico-

religiosa, garantindo o direito constitucional de liberdade de crença e expressão.

Promover aos educandos a oportunidade no processo de escolarização entender

os movimentos religiosos específicos de cada cultura, colaborando com a formação

humana.

Levar os educandos a entender as relações culturais, sociais, políticos e

econômicos que norteiam as diferenças religiosas e que fazem parte do processo

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histórico das tradições religiosas.

Formar para o exercício da cidadania e convívio social baseado no respeito às

diferenças.

Superar e desfazer toda forma de preconceitos.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS

Os conteúdos específicos de Ensino Religioso têm como referência os conteúdos

estruturantes, com a finalidade de promover e oportunizar os educandos para que se

tornem capazes de entender os movimentos religiosos.

5ª SÉRIE:

Respeito à diversidade religiosa.

Declaração dos direitos humanos; respeito a liberdade religiosa.

Direito a professar fé e liberdade de opinião e expressão.

Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas,

Direitos humanos e sua vinculação com o sagrado.

A presença de Deus entre os homens.

O valor do diálogo.

Ética e moral.

Compreensão e respeito ao próximo.

O sistema de valores- Valor do diálogo

Lugares Sagrados.

Lugares na Natureza- rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras.

Lugares construídos: templos, cidades sagrados.

Textos sagrados orais e escritos.

A religião na pré- história.

As religiões Antigas.

O significado do transcendente na vida.

Textos, cantos, narrativas, poemas e orações.

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Organizações religiosas

Os fundadores, líderes religiosos.

Estruturas hierárquicas.

6ª SÉRIE

1- Universo simbólico religioso:

Ritos;

Mitos;

Cotidiano;

2- Ritos:

Ritos de passagem;

Mortuários;

A morte vista sob as várias religiões;

Propiciatórios;

3- Festas Religiosas:

Peregrinações;

Festas familiares;

Festas nos templos;

Datas comemorativas;

Cultura afro-brasileira;

4- Vida e morte:

- O sentido da vida nas tradições e manifestações religiões;

Reencarnação

Ressurreição- ação de voltar à vida;

Além morte – ancestralidade, vida dos antepassados, espíritos dos antepassados

que se tornam presentes;

5- Perseguições religiosas:

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METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O processo de ensino e de aprendizagem visa a construção/ produção do

conhecimento e que, por consequência, se caracteriza pela promoção do debate, da

hipótese, da dúvida, do confronto de ideias, de informações discordantes e , também, da

exposição de conteúdos formalizados.

Todas as religiões podem ser tratadas como conteúdos nas aulas de Ensino

Religioso, uma vez que o sagrado compõe o universo cultural humano, fazendo parte do

modelo de organização de diferentes sociedades.

Assim, propõe-se à subsidiar os alunos, por meio dos conteúdos, à

compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações do sagrado, com

vistas à interpretação dos seus múltiplos significados. A disciplina de Ensino Religioso

subsidiará os educandos na compreensão de conceitos básicos no campo religioso e na

forma como a sociedade sofre interferências das tradições religiosas, ou mesmo da

afirmação ou negação do sagrado.

A metodologia do ensino religioso deve ser dinâmica permitindo a interação, o

diálogo de uma postura reflexiva perante à vida e o fomento religioso.

Sugere-se iniciar a aula realizando uma breve atividade de sensibilização para

criar um clima harmonioso, favorável ao diálogo entre os educandos, possibilitando a

vivência da afetividade e humanização.

A reflexão é o espaço para o diálogo, oportunidade para o educando manifestar o

seu pensamento e a sua opinião sobre o conteúdo em estudo.

Os esclarecimentos do educador, a troca de experiências entre os alunos, a

pesquisa, a leitura de textos, os filmes, são algumas fontes de informações que subsidiam

o processo de construção e reconstrução do conhecimento.

AVALIAÇÃO

Espera-se que o educando entenda a formação histórica da ideia do

transcendente e que nas diferentes mudanças culturais perceba que as ideologias

religiosas chegam a determinar as verdades.

Pelo conhecimento das narrativas sagradas, espera-se que o educando entenda

as verdades nela contidas e possa ir construindo seu entendimento do fenômeno

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religioso.

O Ensino Religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como não

terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar, isso se justifica pelo

caráter facultativo da matrícula na disciplina.

O aproveitamento do conteúdo que fora antes trabalhado pode ser observado em

diferentes situações de ensino e aprendizagem. Pode-se avaliar em que medida o aluno

expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que têm opções religiosas

diferentes da sua. Adotar instrumentos que permitam à escola, aos alunos, aos seus pais

ou responsáveis, identificarem os progressos obtidos na disciplina.

O caráter da avaliação na educação Religiosa parte do princípio de inclusão e não

exclusão. O aluno se auto avalia e é avaliado para tomar consciência sobre o que já

aprendeu.

Ao professor a avaliação permite conhecer o progresso do aluno e objetiva rever,

reorganizar e recriar a sua prática e seus instrumentos utilizados no trabalho pedagógico.

A Avaliação na Educação Religiosa é processual e permeia toda a prática no

cotidiano da sala de aula.

Numa primeira etapa tem o caráter investigativo, o que o aluno já sabe, serve

para encaminhar a construção e reconstrução do conhecimento.

Num segundo momento podem ser efetivados através de registros em tabelas,

gráficos, listas, análises de produção, atividades, onde se pretende avaliar a

aprendizagem de conteúdos específicos.

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REFERÊNCIAS

Cadernos de Ensino Religioso – Capacitação para um novo milênio.

Coleção de Mãos Dadas – Educação Religiosa.

Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental.

Diversidade Religiosa e Direitos Humanos.

Livro de dinâmicas, crescimento e integração, Giovana Leal Borges.

Projeto Político Pedagógico.

Semana de Estudos Pedagógicos Descentralizados.

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CALENDÁRIO 2011

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOAnexo da Resolução N º 3979/2010 – GS/SEED

Janeiro Fevereiro MarçoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 1 2 3 4 5 1 2 3 4 52 3 4 5 6 7 8 6 7 8 9 10 11 12 18 6 7 8 9 10 11 12 209 10 11 12 13 14 15 13 14 15 16 17 18 19 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias

16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 20 21 22 23 24 25 2623 24 25 26 27 28 29 27 28 27 28 29 30 3130 31

Abril Maio JunhoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 1 2 3 43 4 5 6 7 8 9 18 1 2 3 4 5 6 7 22 5 6 7 8 9 10 11 20

10 11 12 13 14 15 16 dias 8 9 10 11 12 13 14 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias17 18 19 20 21 22 23 15 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 2524 25 26 27 28 29 30 22 23 24 25 26 27 28 26 27 28 29 30

29 30 31

Julho Agosto SetembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 1 2 3 4 5 6 1 2 33 4 5 6 7 8 9 dias 7 8 9 10 11 12 13 23 4 5 6 7 8 9 10 21

10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias17 18 19 20 21 22 23 8 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 2424 25 26 27 28 29 30 dias 28 29 30 31 25 26 27 28 29 3031

Outubro Novembro DezembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 1 2 3 4 5 1 2 32 3 4 5 6 7 8 19 6 7 8 9 10 11 12 17 4 5 6 7 8 9 10 119 10 11 12 13 14 15 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias

16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 18 19 20 21 22 23 2423 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30 25 26 27 28 29 30 3130 31

Férias Discentes Férias/Recesso/DocentesFeriado Municipal 1 dia janeiro 31 janeiro/férias 30

Conselho de Classe 4 dias fevereiro 7 jan/julho/recesso 14

Reun.ou C.de Clas. 1 dia julho 18 dez/recesso 13

Dias letivos 200 dezembro 13 outros recessos 3Total 69 Total 60

Início/TérminoPlanejamento e Replanejamento Dia Nacional da Consciência NegraFérias Jogos EscolaresRecesso Formatura

Conselho de Classe / Reunião PedagógicaFeriado Municipal Complementação de Carga Horária

COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA - CALENDÁRIO ESCOLAR – 2011

1 Dia Mundial da Paz 7 e 8 Carnaval

21 Tiradentes 1 Dia do Trabalho 23 Corpus Christi

7 Independência

12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Política do PR

15 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal

20 Dia Nacional da Consciência Negra

Formação Continuada/Reunião Pedagógica

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MATRIZ ENSINO FUNDAMENTAL

ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃONÚCLEO: 29 - UNIÃO DA VITÓRIA MUNICÍPIO: PAULA FREITAS

ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE LARA ENT. MANTEN. - GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4000 E. FUNDAMENTAL TURNO: MANHÃ ANO IMPLANT. - 2010 SIMULTANEA MÓDULO: 40 SEMANAS

DISCIPLINAS SÉRIES

BNC

5ª 6ª 7ª 8ªARTE 2 2 2 2CIÊNCIA 3 3 3 3EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 3ENSINO RELIGIOSO * 1 1GEOGRAFIA 3 3 3 3HISTÓRIA 3 3 3 3LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4MATEMÁTICA 4 4 4 4

SUB - TOTAL 23 23 23 23PD L.E.M. INGLÊS 2 2 3 3

TOTAL 25 25 25 25

DATA DE EMISSÃO: 12 DE NOVEMBRO DE 2009

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MATRIZ CURRICULAR ENSINO MÉDIOMATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO

ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

MUNICÍPIO: 1880 – Paula Freitas

FONE: (42) 35622030

CURSO: 0009-ENSINO MÉDIO TURNO: Manhã

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011

DISCIPLINASSÉRIES

1ª 2ª 3ªARTE - - 2BIOLOGIA 2 2 2EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2FILOSOFIA 2 2 2FÍSICA 2 2 2GEOGRAFIA 2 2 2HISTÓRIA 2 2 -LÍNGUA PORTUGUESA 3 4 4MATEMÁTICA 4 3 3QUÍMICA 2 2 2SOCIOLOGIA 2 2 2SUB-TOTAL 23 23 23

LEM – Inglês 2 2 2

LEM – Espanhol * 4 4 4

SUB-TOTAL 6 6 6

TOTAL GERAL 29 29 29

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96

Observações: *Disciplina de matrícula facultativa ao aluno ofertada em turno contrário, no CELEM.

NRE: 29 – União da Vitória

ESTABELECIMENTO: 00010 – Colégio Estadual João de Lara

ENDEREÇO: BR 476, Nº 480 Km 208 – Rondinha

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

FORMA: Simultânea MÓDULO: 40 SEMANAS

BASE NACIONAL COMUM

PARTE DIVERSIFICADA