PROPOSIÇÕES PARA A ESTRUTURAÇÃO DE UMA PRÁTICA COLETIVA DE GRAVURA EM UM AMBIENTE VIRTUAL
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Entre Territrios 20 a 25/09/2010 Cachoeira Bahia Brasil
PROPOSIES PARA A ESTRUTURAO DE UMA PRTICA COLETIVA DEGRAVURA EM UM AMBIENTE VIRTUAL
Leopoldo Tauffenbach
RESUMO:
Em uma breve retrospectiva histrica possvel verificar que muitas obras de arte foramproduzidas por meio de um esforo coletivo, envolvendo no s artistas, mas profissionaisde diversas competncias. Com o advento das tecnologias digitais e as redes informticas,o trabalho artstico coletivo se depara com novas possibilidades. Entretanto, a prticacoletiva de gravura ainda est baseada em ambientes de criao fsicos. O presente artigoapresenta uma proposta para a criao de um ateli de gravura coletivo em um ambientevirtual. Partindo da sugesto de uma possvel estrutura organizacional e operacional,
verificam-se novas possibilidades de criao e interao com o pblico e o mercado de arte.
Palavras-chave: ateli, virtual, digital, gravura, coletivo.
ABSTRACT:
With a brief historical retrospective its possible to find that many works of art were producedby a colective effort, involving not only artists but other professionals with different aptitudes.With the coming of digital technologies and informatics networks, the collective artisticexperience faces new possibilities. However, the collective printmaking exercise is still based
on physical creative environments. This paper proposes the creation of a collectiveprintmaking workshop in a virtual environment. Starting from a suggestion of a possibleorganizational and operative structure, its possible to verify new possibilities of creation andinteraction with both public and art market.
Key words: workshop, virtual, digital, printmaking, collective.
Por muito tempo a obra de arte carregou o estigma, perante o senso comum, de ser
o produto de um nico gnio, executor de todas as etapas de produo. Mas a
verdade que desde tempos primordiais o trabalho colaborativo permeia a histria
da produo artstica. Das grandes obras artsticas e arquitetnicas da antiguidade
aos pequenos objetos utilitrios cotidianos, o esforo coletivo foi responsvel pela
materializao e disseminao de objetos de arte entre diversos cidados e culturas.
Por mais que muitos artistas ao longo da Histria sejam reconhecidos por seu
esforo solitrio, o trabalho artstico coletivo sempre manteve uma posio de suma
importncia, reconfigurando-se e atendendo s necessidades poticas e tcnicas do
momento histrico e cultural que se encontrava inserido.
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difcil mapear as origens do trabalho artstico coletivo. Em muitos casos no h
registros capazes de determinar se tais obras foram produtos de um nico artista ou
passaram pelas mos de diversos profissionais at alcanarem seu formato final.
Por outro lado, muitas aes coletivas ocorridas desde a antiguidade foram
documentadas, demonstrando que esta prtica uma constante ao longo do curso
histrico da arte.
sabido que as obras monumentais da antiguidade foram erigidas com a
contribuio de incontveis trabalhadores, na maioria das vezes escravos. Toda a
sorte de especialistas era empregada nestas construes: engenheiros, arquitetos,
pintores, artesos e trabalhadores braais. O esforo coletivo era elevado a
potncias inditas para a criao de obras que hoje so reconhecidas como
maravilhas, e tal prtica vigorou por sculos. No entanto, a idia de coletividade na
criao artstica no passa somente pelo esforo comum em executar uma obra,
mas pela transmisso e transformao de idias, conceitos e tcnicas.
Talvez o momento mais marcante da Histria, no tocante colaborao coletiva na
produo de obras de arte tenha acontecido na Europa no sculo XV, com o
estabelecimento das escolas de pintura em quase todas as cidades europias.Segundo Gombrich (1993, p. 248), estas escolas no seguiam os padres de
educao formal, mas assemelhavam-se a verdadeiras empresas, onde o aprendiz
ingressava realizando pequenas tarefas e aos poucos tomava parte do processo de
execuo das obras ali produzidas, conforme sua disposio e esforo para tanto.
No s as funes eram coletivizadas, mas tambm o conhecimento. O mesmo
aconteceu em relao gravura. Com a gravura de traduo e a crescente
demanda por ilustraes para atender o mercado editorial, os atelis grficospossuam um esquema de produo em srie semelhante ao das escolas de pintura,
com aprendizes desempenhando as mais diversas funes que iam da limpeza do
ambiente de trabalho, preparao dos materiais e finalizao do produto artstico
para sua posterior distribuio. Este modelo de produo manteve-se at o sculo
XIX, apresentando novas configuraes para adequao ao mercado e demanda
pelo produto grfico. Um dos exemplos mais emblemticos desse modo de
produo colaborativo pode ser encontrado na figura do artista Gustave Dor (1832 1883). Seus trabalhos figuram alguns dos livros mais importantes da histria da
literatura ocidental, sendo os mais conhecidos a Bblia, A Divina Comdia, de Dante
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Alighieri, e Don Quixote, de Miguel de Cervantes. Ainda que seja sempre lembrado
pelas minuciosas gravuras que ilustravam os livros, Dor era um ilustrador, e no
gravador. Para transferir suas imagens para matrizes de madeira que seriam
posteriormente impressas, Dor chegou a contratar mais de cento e quarenta
gravadores ao longo dos quase trinta anos de carreira. Destes gravadores, que
tambm assinavam os trabalhos, vale destacar os nomes de Hliodore Pisan e
Adolphe Franois Pannemaker (Figura 1).
Figura 1: esquerda uma ilustrao de Gustave Dor para o livro Don Quixote. direita detalhe daobra onde aparece a assinatura do gravador Hliodore Pisan.
O advento da fotografia inicialmente abalou o mercado grfico, ao oferecer uma
reproduo fiel da realidade, colocando em xeque o espao da gravura de traduo.
Mas isso no fora suficiente para prejudicar a produo dos atelis grficos. Mais
uma vez, houve uma reconfigurao da sua organizao e do foco principal de sua
produo. J no sculo XX, as vanguardas artsticas viram na gravura um imenso
campo expressivo e junto com os artistas, a figura do tcnico impressor passou a ser
indissocivel no exerccio da linguagem.
Entretanto, o trabalho colaborativo em gravura no se refere somente a uma cadeia
hierrquica composta pelo artista e tcnicos e artesos. Grupos de artistas, como o
expressionista Die Brcke, da Alemanha, mantinha uma relao de colaborao
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mais conceitual que tcnica entre seus membros. No havia uma hierarquizao de
funes, mas uma coletivizao das idias que resultavam em obras adequadas
filosofia esttica e objetivos comuns do grupo. Esse tipo de relao tambm pode
ser observado em movimentos como o Dadasmo e outros grupos como o Cobra,
nos anos 40, e Fluxus, nos anos 60. No mbito da gravura, vale destacar as
atividades do Taller da Grafica Popular, no Mxico dos anos 30, com foco na
gerao de estampas de tema poltico. No Brasil, temos o Clube da Gravura de
Porto Alegre, nos anos 50, e atualmente os espaos Piratininga, Coringa e Base-V
em So Paulo. Alm do trabalho colaborativo de vrios artistas dentro de cada um
dos espaos, em 2003 os atelis Piratininga e Coringa uniram-se para criar o Projeto
Lambe-Lambe, que produziu mais de 5000 impresses xilogrficas que foramcoladas em diversos locais da cidade de So Paulo. V-se que aqui a colaborao
ultrapassou as prprias fronteiras de cada uma das clulas para gerarem um terceiro
corpo artstico com uma produo particular.
A partir dos anos 60, com a utilizao de recursos eletrnicos com fins artsticos, o
trabalho colaborativo torna-se mais necessrio e evidente. Vale lembrar que as
primeiras obras de arte realizadas com tais recursos so atribudas no a um artista,
mas a um matemtico chamado Ben Laposky (1914 2000) que, nos anos 50,
produziu uma srie de 50 fotografias de imagens produzidas por uma mquina
chamada osciloscpio. Nos anos 60, Kurd Alsleben (1928 -), professor da Escola de
Belas Artes de Hamburgo, produziu uma srie de desenhos gerados por um
computador com a colaborao do Dr. Cord Passow (Figura 2). Em 1965, trs
matemticos, os alemes Frieder Nake (1938 -) e Georg Nees (1926 -), juntamente
com o estadunidense A. Michael Noll (1939 -), comeam a trabalhar em uma esttica
para imagens geradas por computadores digitais. No se pode dizer que os
trabalhos desenvolvidos pelos matemticos pudessem ser considerados como arte
nenhum deles os identificava como tal mas sim como exerccios estticos visando
explorar as possibilidades de uma tecnologia ainda recente na criao de imagens.
Mesmo assim, todos eles tiveram seus trabalhos exibidos em galerias, e hoje so
considerados pioneiros da arte digital. Em 1966 Robert Rauschenberg (1925
2008), juntamente com o engenheiro Billy Kluver (1927 2004), funda o
Experiments in Art and Technology, uma organizao dedicada explorao denovas tecnologias aplicadas arte. Na Espanha, em 1968, um grupo de artistas
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plsticos, arquitetos, engenheiros e matemticos se reuniram no Seminario de
Generacin Automtica de Formas Plsticas; em 1969 cria-se o grupo Arte e
Informao, na Universidade de Vincennes, em Paris; em 1971, o grupo Arte e
Ciberntica em Buenos Aires.
Figura 2: Computerzeichnung. Obra impressa de 1960, resultado da colaborao entre KurdAlsleben e Cord Passow.
Com a criao das redes informticas e a internet, o trabalho artstico coletivo se
reconfigurou novamente para adaptar-se e explorar toda a potencialidade que este
novo sistema oferecia. Surge a net-arte os trabalhos ganham novas dimenses de
interao, transformando pblico em co-autores das obras. A gravura, por sua vez,
adotou os modos digitais para a produo de um novo tipo de estampa, explorada com
maestria por artistas como Richard Hamilton na Inglaterra e Regina Silveira no Brasil.
Regina Silveira um timo exemplo de trabalho colaborativo. Suas obras contam com
a assistncia de outros artistas e tcnicos para sua viabilizao e execuo.
Curiosamente, os atelis coletivos de gravura ainda mantm uma configurao que
remete aos paradigmas pr-informaticos, em uma localizao fsica e participao
presencial dos artistas. Diante disso, este estudo apresenta uma proposta para a
criao de um ateli coletivo e virtual de gravura, onde prevalea a colaborao
criativa e tcnica, alm de sugerir possibilidades de ampliar o potencial operacional
do ambiente de trabalho artstico. importante ressaltar que esta proposta
estabelece parmetros baseados na construo de estampas imagens de cunho
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artstico com o intento de serem multiplicadas, por vias fsicas ou virtuais mas no
est restrita a isso. Este ateli virtual poderia ser usado por quaisquer artistas que se
utilizem dos meios digitais na composio e viabilizao de suas obras.
Em primeiro lugar, preciso lembrar que a construo de estampas em um ambiente
computacional apresenta novos paradigmas em sua criao, execuo e circulao. O
produto gerado em um ambiente computacional ganha a nominao de infografia, e
no mais possui uma matriz fsica, mas virtual. Sua composio realizada com o
auxlio de softwares capazes de converter informao em sinais grficos por meio de
interfaces. Sua reproduo tambm se d por meio de interfaces capazes de imprimir
a imagem, mas ela tambm pode multiplicar-se no meio virtual.
Talvez a vantagem mais evidente de um ateli artstico e coletivo em um ambiente
virtual seja a de oferecer a possibilidade de reunir pessoas de diferentes localidades
e origens em um nico lugar sem a necessidade de deslocamento fsico. Ao
contrrio dos atelis fsicos, que tendem a reunir artistas oriundos de locais
relativamente prximos, no ateli ciberespacial prope-se a reunio de pessoas de
regies distantes entre si. Neste caso, as diferenas culturais poderiam contribuir
para uma ampliao da viso dos envolvidos atravs da troca de experincias,gerando ricas discusses e reflexes que influenciariam diretamente as obras de
arte concebidas pelo grupo.
O primeiro passo para a construo deste ateli seria a composio do ambiente de
trabalho. Em primeiro lugar ele deve se situar em algum lugar do ciberespao. Essa
localizao no fsica, como sabemos, mas deve determinar um destino virtual para
onde toda a informao gerada deve ser encaminhada e distribuda entre os
interessados. Assim situado, deve ser um ambiente favorvel comunicao entre
seus colaboradores. Ferramentas comuns como correio eletrnico, sistema de
mensagens instantneas e vdeo-conferncia devem ser colocadas disposio
dentro do espao. Tal como em um ateli fsico, o espao virtual de trabalho deve
oferecer condies que se assemelhem s condies fsicas. Cada artista deve
possuir um espao individual de trabalho1, ao passo que outro, comum a todos os
participantes do projeto deve ser disponibilizado. Dois mundos virtuais, on-line e off-
line, complementam-se para a realizao do trabalho artstico. O ambiente comum,
em rede, que oferea ferramentas de interao adequadas, uniria todos os artistas no
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espao virtual, simultaneamente e independente de sua localizao fsica. Vale
ressaltar que no s os artistas estariam presentes neste espao, mas tambm as
obras geradas por eles. Os artistas podem compor obras individuais, baseadas em
premissas conceituais e estticas coletivas ou trabalharem em obras comuns, de
mltiplas autorias. Neste caso, com softwares adequados, seria possvel que todos os
artistas envolvidos trabalhassem em uma mesma obra quase que simultaneamente e
em tempo real. Por no lidarem com materiais fsicos sensveis a fatores ambientais e
ao tempo como as tintas que dependem de temperatura e tempo de secagem a
dinmica do trabalho coletivo no dependeria de um cronograma ditado pelas reaes
fsicas da obra. Ao invs de uma dinmica de trabalho coletiva baseada em etapas, os
artistas poderiam trabalhar em uma obra comum de maneira muito mais intuitiva, ondeas intervenes seguiriam uma lgica muito mais catica que cartesiana.
Os artistas a comporem este ateli poderiam ser primeiramente agregados por
convite, o que no impediria a participao aberta de outros interessados. Contudo,
isso dependeria da capacidade de abrigo virtual do ateli. Como em um ambiente
fsico, cuja capacidade mensurvel por metros e centmetros, o ambiente virtual
tambm possui limitaes. Estas limitaes referem-se no a um volume fsico, mas
ao volume de fluxo de informao. Obras e artistas, traduzidos em imagens, sons e
palavras no ambiente virtual pelas interfaces computacionais, no passam de dados
binrios que circulam por uma rede, cuja dinmica poderia ser comparada de uma
rodovia. Quanto mais pessoas interagem por essa rede, mais informao circula por
ela. Se a rede no for larga o suficiente, o resultado de tamanho fluxo seria um
enorme congestionamento virtual.
Outra possibilidade interessante que esta proposta traz a de atender ao pblicoespectador como um espao expositivo. As obras geradas pelos artistas podem ser
alocadas para um espao de livre acesso onde possam ser apreciadas por qualquer
visitante. Tambm seria possvel criar um espao de interao onde o pblico
poderia acompanhar o andamento das obras em seus diversos estgios de
execuo, por meio de previews dados pelos artistas enquanto trabalham. Alm
disso, os mesmos mecanismos de comunicao utilizados pelos membros do ateli
poderiam ser dispostos ao pblico para a realizao de palestras, confernciasvirtuais e fruns de discusso, aproximando o expectador ao mximo no s dos
artistas e suas obras, mas de todo o processo de criao e execuo.
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Mesmo que se situe em um ambiente virtual, no existem razes para que os
produtos artsticos gerados nesse ateli tenham suas propriedades de multiplicao
e disseminao restritas a este meio. As obras tambm podem tomar forma fsica,
seguindo os parmetros convencionais de circulao de estampas e ao mesmo
tempo sugerindo novas e interessantes possibilidades at mesmo em seu modo de
comercializao.
Imaginemos que cada artista participante deste coletivo virtual resida em uma regio
distinta do globo. Da mesma forma que no ambiente virtual uma obra possa ser
atualizada simultaneamente por usurios em diferentes localidades fsicas, a
disposio de interfaces impressoras permitiria mltiplas impresses remotas de
uma mesma obra, materializando-a em diversas regies. A partir de especificaes
tcnicas previamente arranjadas, como tamanho, orientaes de cor e suporte, um
artista que estivesse na sia, por exemplo, poderia tratar da impresso de uma
estampa de um colega residente na Amrica do Sul e vice-versa. Um problema
possvel neste caso seria a indisponibilidade de determinada interface impressora na
localidade do artista. Entretanto, a popularizao das tecnologias de impresso de
arquivos digitais o obrigaria, no mximo, a deslocar-se fisicamente alguns
quilmetros at encontrar uma interface disponvel. Mesmo assim, o processo ainda
muito mais vantajoso se considerarmos o custo e o tempo de deslocamento se a
obra fosse fisicamente transportada de uma regio a outra do planeta. Diante destas
possibilidades, um conjunto de obras criadas nestas circunstncias poderia ganhar
exposies virtuais e fsicas simultaneamente, atingindo o pblico nos mais diversos
espaos expositivos em diferentes regies.
Esta proposta para um ateli de gravura coletivo em um ambiente virtual sugerelanar a produo grfica artstica a outro patamar, com significativas conseqncias
na relao entre artistas em um ambiente colaborativo e para o pblico. Mesmo o
mercado de arte afetado ao ter que lidar com um conceito indito de tiragem e a
simultaneidade fsica e virtual das obras produzidas nesse contexto. Alguns dos
paradigmas mais importantes e caractersticos da estampa, a multiplicao da
informao e o amplo alcance do pblico, so elevados a novos nveis, como bem
explica Antnio Costella:
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Ora, em um mundo todo permeado pela informao, no qual a multiplicaoacelera a histria e revoluciona a vida, o mercado de arte obriga ogravador a restringir sua tiragem!
Ainda bem que, por meio de livros de histria da arte ou em sites de internet
as imagens das gravuras podem ser levadas, re-multiplicadamente, para umnmero imensurvel de pessoas. Por vias transversas, portanto, a gravurade arte eventualmente acaba caindo no turbilho mgico da multiplicao,ao qual pertence. E sempre pertenceu. (COSTELLA, 2006, p.134)
1 Em meu artigo O ateli compactado: anotaes sobre o ambiente de trabalho do gravador na construo deinfografias (TAUFFENBACH, 2009) trato da descrio deste ambiente de trabalho individual e virtual, suaspossibilidades e implicaes ao trabalho do artista.
Referncias
ARGAM, Giulio Carlo.Arte moderna. So Paulo: Companhia das Letras, 1999.
COSTELA, Antonio F. Introduo gravura e sua histria. Campos do Jordo: EditoraMantiqueira, 2006.
COUCHOT, Edmond.A tecnologia na arte: da fotografia realidade virtual. Porto Alegre:Editora da UFRGS, 2003.
GOMBRICH, Ernst H.A histria da arte. Rio de Janeiro: Guanabara, 1993.KOSSOVITCH, Leon; LAUDANNA, Mayara; RESENDE, Ricardo (orgs.). Gravura: artebrasileira do sculo XX. So Paulo: Cosac & Naify / Ita Cultural, 2000.
LVY, Pierre. Cibercultura. So Paulo: Editora 34, 1999.
PLAZA, Julio; TAVARES, Mnica. Processos criativos com meios eletrnicos. So Paulo:Editora Hucitec, 1998.
TAUFFENBACH, Leopoldo. O ateli compactado: anotaes sobre o ambiente de trabalhodo gravador na construo de infografias. In: MARTINS, Maria Virginia Gordilho;
HERNNDEZ, Maria Herminia Olivera (orgs.).Anais do 18 Encontro Nacional da ANPAP /Associao Nacional de Pesquisadores em Artes Plsticas. Salvador : EDUFBA, 2009.
Leopoldo Tauffenbach
Leopoldo Tauffenbach, nascido em 31 de outubro de 1976, em So Paulo. Formado emLicenciatura Plena em Educao Artstica com Habilitao em Artes Plsticas pelo Institutode Artes da Unesp, em So Paulo e Mestre em Artes Visuais na linha de pesquisa
Processos e Procedimentos Artsticos pela mesma universidade. Estudou gravura comEvandro Carlos Jardim, Norberto Stori, Claudio Mubarac e Joan Barbar.