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    GRUPO DE APOIO REFORMA AGRRIA - GARRA

    VIVEIRO DE MUDAS FLORESTAIS COM ESPCIES DEIMPORTNCIA ECOLGICA E ECONMICA EM

    ASSENTAMENTOS DE REFORMA AGRRIA

    Elaborao:

    Bilogo Moiss da LuzAcad. Matias Felipe E. Kraemer

    Acad. Rodrigo Baggio

    Responsveis:

    Prof. Jorge Alberto QuillfeldtDepto de Biofsica, IB

    [email protected]

    Prof. Paulo BrackDepto de Botnica, IB

    [email protected]

    Prof. Fbio Kessler Dal SoglioDepto de Fitossanidade, FA

    [email protected]

    Porto Alegre, maro de 2007

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    1. INTRODUO

    As atividades agrcolas esto ligadas diretamente aos processos naturais do planeta,da mesma maneira que o humano, enquanto espcie, faz parte desse contexto ecolgico. Ahumanidade vem se distanciando, por diversas razes, dos processos naturais,principalmente aps a Revoluo Industrial e ultimamente, com o intenso desenvolvimentoda tecnologia eletrnica e de informtica. Atualmente a maioria da populao do planetavive nas zonas urbanas. Por conseqncia, sua atividade agrcola passa a ignorar taispreceitos ecolgicos, mesmo que para isso tenha que esquecer de suas prprias razesculturais e conhecimentos adquiridos ao longo de milhares de anos.

    A homogeneizao e simplificao dos sistemas agrcolas atuais mostram-seincapazes de sustentar-se no tempo-espao, na medida que dependem de insumos externose proporcionam ambientes suscetveis a pragas e doenas. Este cenrio, por sua vez, geramaior dependncia do agricultor s empresas fornecedoras destes insumos, produzindo umciclo vicioso e excludente, de modo a abrir espaos para novos milagres econmicos,baseados em novas tcnicas e variedades que iro novamente cair em desuso perante aprxima moda econmico-tecno-cultural. O resultado disso o xodo rural e a

    concentrao de terras e de poder econmico.Neste contexto, o retorno ao campo de famlias que perderam suas terras ou foram

    exploradas pelo modelo agrcola vigente, representa um novo ciclo de propostas buscandoo planejamento de atividades agrcolas soberanas, do ponto de vista cultural, ambiental esocial.

    Surge ento a demanda de agricultores assentados no Assentamento Herdeiros deOziel Alves, em So Jernimo-RS, para a estruturao de um viveiro de produo de mudas

    de espcies florestais nativas, servindo como alternativa para a subsistncia das famlias etambm como alternativa econmica e de recuperao ambiental. A idia que sejaestabelecida uma atividade comunitria, onde os agentes envolvidos sejam beneficiadoscom a utilizao das mudas no prprio assentamento e para a comercializao na regio.

    O acesso s mudas arbreas de espcies nativas diversas, com poucos recursoseconmicos, possibilita comunidade o planejamento de sistemas produtivos complexos,

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    com enfoque tanto na alimentao como na produo madeireira e para usos diversos, quevem a confrontar com o atual modelo agrcola. Atualmente a situao da agriculturafamiliar ou de pequenas propriedades se agrava ainda mais, visto que alternativas deste tipoforam pouco ou quase nada desenvolvidas no Estado do Rio Grande do Sul, ao contrrio,grandes empresas nacionais e multinacionais vieram ao Estado e optaram por plantarespcies exticas em grandes extenses de terra, na forma de monoculturas. Alm disso,essas plantaes visam a produo de celulose para papel, sendo a maior parte paraexportao. Ou seja, essas monoculturas de espcies exticas, comoEucaliptusspp. ePinuselliottii, alm de representarem um prejuzo enorme do ponto de vista ambiental epaisagstico, no geram produtos para a alimentao das famlias e pela forma como estosendo aplicadas, refletem o mesmo modelo econmico de concentrao de renda nas mos

    de grandes empresrios e ao capital externo.O projeto apresenta uma proposta para a construo e o desenvolvimento de um

    viveiro comunitrio, que ser discutida e reavaliada junto comunidade, de maneira quetodos os processos e atividades fiquem bem esclarecidos. O espao do viveiro servir comoncleo de biodiversidade e fonte de inspirao comunitria, para a construo de novosespaos, como hortos medicinais e paisagsticos.

    2. OBJETIVOSGERAL

    Implementao de um viveiro de essncias florestais nativas.

    ESPECFICOS Produo de mudas florestais para serem utilizadas em recuperao ambiental; Capacitao de agentes para a conservao e a utilizao da agrobiodiversidade; Formao de um ncleo de diversidade gentica para uso na implantao e

    desenvolvimento de sistemas agrcolas diversificados; Resgate da agrobiodiversidade e de tcnicas de manejo de agroecossistemas

    diversificados; Promover aes de educao ambiental e humana; Alternativa para a subsistncia das famlias do assentamento;

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    Alternativa de renda para os agricultores; Suprir outras demandas, como paisagismo, lazer, remdios caseiros e ciclos

    ecolgicos.

    3. JUSTIFICATIVAS

    A construo de um viveiro para produo de essncias florestais nativas noAssentamento Rural Herdeiros de Oziel Alves, no Municpio de So Jernimo, justifica-se por criar uma srie de precedentes para atividades educacionais, ambientais e deproduo agrcola.

    Essas atividades refletem na comunidade uma maior autonomia, com menosdependncia do Mercado, atravs da diversificao de culturas e do trabalho comunitrio,assim como a valorizao histrico-cultural dos agentes/assentados envolvidos. Alm disso,elas vm confrontar o atual modelo de desenvolvimento econmico proposto peloAgronegcio monocultural e exportador, que exclui e inviabiliza a produo familiar empequena escala.

    Outro fator importante a considerar a realizao de um ciclo produtivo emconformidade com os ciclos ecolgicos, de modo a haver recuperao, conservao epreservao dos recursos naturais, resultando na diminuio dos insumos agrcolas usados

    na produo agropecuria.Com a ampliao do horizonte de novas possibilidades, os agentes envolvidos tero

    a possibilidade de perceberem diversos processos naturais e agrcolas, relacionando-os edesenvolvendo sua prpria dinmica, baseados em sua carga cultural.

    Durante o processo de implementao, com atividades educacionais, a construodo viveiro ser realizada com a participao da comunidade de forma que crianas e adultossejam preparados para atuar e compreender todos os processos, aliando a teoria com a

    prtica.A valorizao de espcies nativas e o acesso a essa biodiversidade, de fundamental

    importncia para a difuso e o desenvolvimento de uma agricultura menos agressiva aoambiente e ao humano, com o planejamento e o desenvolvimento de sistemas agrcolasdiversificados e que considerem a dinmica sussecional de espcies na natureza.

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    4. MATERIAIS E MTODOS

    O bom andamento das atividades inerentes dinmica do viveiro depende, dentreoutros fatores, de uma disponibilidade de ferramentas e utenslios bsicos para a realizaodas diferentes atividades. Segue abaixo uma listagem destes onde esto inclusos osmateriais para estruturao, uso cotidiano ou peridico e de consumo.

    4.1 Materiais para a estruturao e construo do viveiro Sombrite 50%: 3 rolos de 3 metros de largura por 50 metros de comprimento cada; 4 rolos de mangueira preta de 50 metros cada, para conduo da gua de irrigao; 5 caixas de cotonetes para confeco dos bicos de asperso; brita ou cascalho para cobertura dos caminhos; 11 moires de eucalipto de 30cm x 3 m, para estrutura bsica; 45 escoras de 4 metros para complemento da estrutura; 62 costaneiras de 3,40 metros para estrutura do sombrite e das bancadas de germinao; 10 Kg de pregos para uso geral; 20 Kg de arame queimado (2 mm) para sustentao do sombrite e uso geral; 1 caixa d'gua 1000 Litros para irrigao;

    4.2 Materiais bsicos para funcionamento do viveiro 2 ps de corte quadrado 2 ps de concha de bico 1 alicate 1 martelo

    2 podes 2 sachos 2 faces 2 enxadas 2 enxado

    2 ancinhos 2 foices 1 serrote 2 regadores

    2 baldes 15L 3 peneiras 1 mangueira (30m) 1 carrinho de mo 1 pulverizador costal

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    2 luvas 1 vassoura jardinagem

    4.3 Material de consumo na produo de mudas Composio e preparo do composto

    25% areia mdia;25% composto orgnico;50% solo, argisolo;

    Sacos plsticos de 15 x 25 cm para primeira repicagem das mudas; Sacos plsticos de 35 x 40 cm para segunda repicagem;

    4.4 Metodologia de interveno na comunidadeO mtodo a ser aplicado compreender o elo entre a teoria e a prtica, onde o

    projeto ser discutido junto com a comunidade, de modo que ela o execute de formacoletiva e autnoma. A nfase deste projeto est na relao que ser estabelecida com acomunidade do(s) assentamento(s) envolvido(s), visando consolidar e dar continuidade aostrabalhos e iniciativas, independente de eventual apoio institucional.

    Em todas as atividades prticas haver momentos de formao, que abordaro temas

    relacionados a essa prtica, tais como planificao agroecolgica das reas, balanoenergtico das propriedades (reciclagem, ciclo ecolgico), reconhecimento de plantas e deseus usos, trabalho coletivo, cooperativismo, manejo de agroecossistemas.

    Primeiramente ser feita uma apresentao do projeto juntamente com as pessoasenvolvidas e colocada a importncia da atividade de viveirismo dentro da comunidade. Serimportante esclarecer tanto as potencialidades como as limitaes e dificuldades de seproduzir mudas com viabilidade agronmica.

    A discusso do local onde ser implantado o viveiro, tambm se faz necessria, atpara que sejam levantados e analisados os diversos fatores relevantes a esse ponto.

    A estruturao fsica do viveiro ser construda em regime de mutires, envolvendotodos os agricultores e estudantes interessados na proposta.

    Com o viveiro potencialmente ativo, sero realizadas sadas a campo, organizadaspela comunidade e assessoradas por estudantes da UFRGS, para coleta de sementes e

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    identificao de matrizes na regio. Alm disso, sero realizados dias de capacitao dosagentes envolvidos, para a produo de mudas com qualidade.

    4.5 Metodologia de interveno na reaJuntamente com a comunidade buscar-se- a realizao de um zoneamento

    agroecolgico das reas potenciais para conservao e explorao sustentvel das espcies.Para a construo do viveiro, assim como na produo de mudas, a comunidade

    poder aproveitar ou reciclar materiais j existentes no local.O primeiro passo na estruturao fsica ser a estruturao do viveiro propriamente

    dito e do horto de reproduo vegetativa. A fixao dos moires para colocao dosombrite ser a primeira atividade. A distncia entre eles dever ser de 4,5 metros. Fixada a

    estrutura, sero utilizadas costaneiras para ligar um moiro ao outro, formando quadradosde 4,5 m x 4,5 m.

    Um arame de 2mm de dimetro ser cruzado entre os moires opostos de cadavrtice do quadrado, formando um X, que aumentar a rigidez da estrutura. O sombriteento ser colocado por cima desta armao e ao seu redor, formando uma parede quepoder ser recolhida atravs do enrolamento do mesmo.

    Devido a leve inclinao que possui o terreno, nos locais destinados aos canteiros,ser feito um nivelamento para facilitar a disposio das mudas repicadas. Um dreno emforma trapezoidal preenchido com cascalho entre cada canteiro evitar o encharcamento dolocal.

    As bancadas de germinao sero construdas com costaneiras ligando os moires,alm da colocao de escoras entre cada um, como mostra a figura 1c. As caixas degerminao sero feitas com caixaria de verduras recolhidas na cidade, forradas com lonapreta. As figuras 1a e 1b mostram os detalhes dos padres de estrutura a serem construdaspara o viveiro e horto.

    O fornecimento de gua para a irrigao ser inicialmente por gravidade visto quenas proximidades da rea h audes em cotas superiores. Posteriormente, conformenecessidade, ser adicionada ao sistema uma moto-bomba para aumentar o fluxo de gua, oque por enquanto no se faz necessrio. Pode-se tambm optar por um sistema elico ouque aproveite a prpria gravidade para elevar uma maior quantidade de gua.

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    Figura 1a:Vista lateral da estrutura a ser montada no viveiro

    Figura 1b:Vista frontal da estrutura a ser montada no viveiro

    Figura 1c:detalhe (vista superior) da construo das bancadas de germinao

    5. DESCRIO DO VIVEIRO

    O viveiro proposto consiste basicamente de trs espaos contguos: uma reasombreada com bancadas para germinao, outra rea para produo de mudas a partir depropgulos vegetativos e germinao de espcies que exijam manejo diferenciado e umaterceira rea-depsito destinada adaptao e distribuio das mudas (figura 2).

    4,5 m 4,5 m 4,5 m

    3,0m

    4,5 m 4,5 m 4,5 m

    3,0m

    4,5 m 4,5 m4,5 m

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    Figura 2:rea de interveno do projeto de viveiro

    rea I:Espao de produo e desenvolvimento inicial das mudas

    A rea para produo e desenvolvimento das mudas ser sombreada com sombritede 50%. Esta rea possuir 364,5 m2, sendo que 247,5 m2 sero destinados aos canteiros dedesenvolvimento das mudas repicadas. Os outros 117 m2 sero reas de trnsito de pessoase implementos. Ao todo esta rea atender uma demanda de aproximadamente 14.000mudas em desenvolvimento.

    A figura 3 ilustra a distribuio dos canteiros nesta rea. Os caminhos serocobertos por uma camada de 10 cm de brita.

    rea I

    rea II

    rea IIIHorta Familiar

    Moradia

    Galinheiro

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    Figura 3:Organizao dos canteiros no interior da rea I

    As bancadas para germinao das sementes esto localizadas entre as escoras deestrutura da mesma rea, em forma de prateleiras com dois andares (figura 1b e 1c). Ocomprimento til desta bancada ser de 100 metros. As caixas de germinao terodimenses de 0,7 metros de largura por 0,5 metros de profundidade e 0,4 metros de altura,possibilitando a colocao de pelo menos 120 destas nas bancadas.

    Tomando-se um nmero mdio de 150 sementes por caixa de germinao econsiderando um taxa de germinao e sobrevivncia no repique de 60%, poder-se-produzir uma quantidade de aproximadamente 10.800 mudas simultaneamente nasbancadas de germinao.

    O sombrite a ser utilizado ser o que permite um sobreamento de 50% da luz solarincidente. Sero necessrios 108 metros lineares na rea do viveiro e mais 40,5 para a reacontgua, totalizando 148,5 metros. Como este vendido em rolos de 50 metros por 3metros de largura, ser preciso adquirir trs rolos.

    rea II: Horto de reproduo vegetativaEsta rea est inserida no espao que hoje destinado horta familiar.Neste local podero ser produzidas mudas por propgulos vegetativos, como o

    mtodo da estaquia, por exemplo. Tambm sero semeadas sementes de espcies que

    4,5 m

    4,5 m

    4,5 m

    4,5 m

    3,0 m1,5 m

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    precisem de cuidados especiais ou condies de luminosidade e irrigao diferenciados dasque sero semeadas nas caixas de germinao.

    No total so 182,25 m2 sendo que 127,5 m2 so destinados aos canteiros e 54,6 m2

    para caminhos. O esquema geral desta rea pode ser visto na figura 2, e a organizao doscanteiros, na figura 4.

    Figura 4.Organizao dos canteiro na rea de reproduo vegetativa

    rea III: Est rea est representada na figura 2 e servir como rea-depsito, com oobjetivo de adaptar as mudas ao plantio a campo. Esta adaptao consiste na diminuio dafreqncia de irrigao e maior insolao, expondo a planta a condies mais prximas doambiente natural.

    Tabela 1. Lista das espcies nativas com respectivos nomes populares, famlias e uso preferencial.Famlia Espcie Nome popular Uso preferencial

    Anacardiaceae Lithraea brasiliensisMarchand aroeira-braba FRUT 2Schinus molleL. aroeira-piriquita FRUT 2Schinus terebinthifoliusRaddi aroeira-vermelha FRUT 2

    Annonaceae Rollinia sylvatica(St. Hil.) Mart. Araticum FRUT 1Aquifoliaceae Ilex paraguariensisSt. Hil. erva-mate FRUT 1Araucariaceae Araucaria angustifolia(bert.) O. Kuntze Araucria FRUT 1Arecaceae Butia capitata(Mart.) Becc. Buti FRUT 1

    Syagrus romanzoffiana(Cham.) Glassman Geriv FRUT 1

    Asteraceae Gochnatia polymorpha(Less.) Cabr. cambarPiptocarpha angustifliaDus. vassouro-brancoVernonia discolor (Spreng.) Less. vassouro-preto

    Bignoniaceae Tabebuia pulcherrimaSandwith ip-amareloTabebuia heptaphylla(Vell.) Tol. ip-roxo

    Boraginaceae Cordia ecalyculataVell. maria-pretaCordia trichotoma(Vell.) Arrb. Ex Steud. louro-pardoPatagonula americanaL. guajuvira

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    Cactaceae Cereus alacriportanusPfeiff. tuna FRUT 1Cannabaceae Trema micrantha(L.) Blume grandivaCelastraceae Maytenus ilicifoliaMart. ex Reiss. cancorosa MEDClusiaceae Garcinia gardneriana (Planch. Et Triana) bacupariCombretaceae Terminalia australis sarandi-amarelo

    Cunoniaceae Lamanonia ternata guaperEbenaceae Diospyros inconstansJacq. caquizinho-do-matoErythroxylaceaeErythroxylum argentinumO.E. Schulz Coco FRUT 2Euphorbiaceae Gymnanthes concolor Spreng. Laranjeira-do-mato

    Sapium glandulatum(Vell.) Pax Pau-leiteiroSebastiania commersoniana(Baill.) Smith & BranquilhoSebastiania schottiana sarandi-vermelho

    Fabaceae Apuleia leiocarpa(Vogel) J.F. Macbr. grpia Bauhinia forficataLink pata-de-vaca MEDCalliandra tweedieiBenth. topete-de-cardealEnterolobium contortisiliquum (Vell.) timbavaErythrina crista-galliL. corticeira-do-banhadoErythrina falcataBenth. corticeira-da-serra Inga marginataWilld. ing FRUT 1 Inga veraWilld. ing FRUT 1 Mimosa bimucronata(DC.) Kuntze maric Mimosa scabrellaBenth. bracatingaParapiptadenia rigida(Benth.) Brenan angico-vermelhoSenna bicapsularis fedegosoSesbania virgata(Cav.) Pers. cambai-amarelo

    Lamiaceae Aegiphila sellowiana gaioleiraVitex montevidensisCham. tarum-preto

    Lauraceae Nectandra megapotamica(Spreng.) Mez canela-fedorentaOcotea puberula(Rich.) Nees canela-guaic

    Malvaceae Luehea divaricataMart. et Zucc. aoita-cavaloMeliaceae Cabralea canjerana(Vell.) Mart. cangerana

    Cedrela fissilisVell. cedroTrichilia clausseniiC.DC. catigu

    Moraceae Ficus cestrifolia figueira-de-folha-mida FRUT 2Ficus luchnatiana figueiro FRUT 2Sorocea bonplandii(Baill.) W.C. Burgeret cincho

    Myrsinaceae Myrsine guianensis(Aubl.) Kuntze capororoco FRUT 2 Myrsine umbellata capororoco FRUT 2 Myrsine coriacea capororoca FRUT 2

    Myrtaceae Acca sellowianaBerg goiaba-da-serra FRUT 1Campomanesia xanthocarpaO. Berg guabiroba FRUT 1Eugenia involucrata cerejeira FRUT 1Eugenia myrcianthes pssego-do-campo FRUT 1Eugenia pyriformis uvaia FRUT 1Eugenia rostrifoliaD. Legrand batinga-vermelha FRUT 2

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    6. SELEO DAS ESPCIES

    6.1 Critrios de seleoOs critrios utilizados para a seleo das espcies foram:

    1 Espcies arbustivas e arbreas nativas, ou seja, com ocorrncia natural no Rio Grande do Sul;2 Espcies de categorias sucessionais pioneira, secundria inicial e secundria tardia;3 Importncia ecolgica, tais como, frutfera para fauna, melfera, entre outras.

    Cada uma das cerca de 90 espcies foi analisada segundo hbito, fenologia de flor e frutodisperso, categoria sucessional, tipo de fruto, viabilidade da semente, tipo de solo a ser utilizado e uO sistema de classificao utilizado foi o de APG II e as espcies esto em ordem alfabtica emfamlia.

    Algumas espcies a serem produzidas com descries mais detalhadas:

    Lithrea brasiliensis Anacardiaceae Aroeira-brabaHbito: arbreo. Categoria sucessional: pioneira, secundria inicialFenologia flor: set-outFenologia fruto: nov-mar. Tipo de fruto: carnosoDisperso: zoocrica. Viabilidade da semente: curta

    Solo: arenosoUsos: lenha, carvo, madeira (moires, postes), plen alergnico.

    Schinus molle Anacardiaceae Aroeira-salsoHbito: arbreo. Categoria sucessional: pioneiraFenologia flor: ago-novFenologia fruto: dez-mar. Tipo de fruto: carnoso

    Disperso: zoocrica. Viabilidade da semente: curtaSolo: arenoso, cresce bem em solos degradados.Usos: frutfera para a fauna, ornamental, medicinal, madeira (tornearia, moires), alimentao

    melfera.

    Schinus terebinthifolius Anacardiaceae Aroeira-vermelha

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    Hbito: arbreo Categoria sucessional: pioneiraFenologia flor: nov-marFenologia fruto: dez-jul. Tipo de fruto: carnosoDisperso: zoocrica. Viabilidade da semente: curtaSolo: arenoso/humoso/pedregosoUsos: frutfera para fauna, ornamental, melfera, medicinal, madeira (moires), lenha.

    Ilex paraguariensis Aquifoliaceae Erva-mateHbito: arbustivo/arbreo Categoria sucessional: clmax no planalto

    Fenologia flor: out-dezFenologia fruto: jan-abr Tipo de fruto: baga

    Disperso: zoocricaViabilidade da semente: baixa, deve-se estratificar por 4-7 meses, para completar sua maturao fisi

    frio tambm influncia a germinao.Solo: humoso/argilosoUsos: Erva-mate para cultura do chimarro, medicinal e frutfera para fauna (aves).

    Araucaria angustifolia Araucariaceae Pinheiro-brasileiro ou AraucriaHbito: arbreo Categoria sucessional: pioneiraFenologia flor: polinizao em set-outFenologia fruto: pinhas em abr-ago Tipo de fruto: semente (pinho)Disperso: zoocrica Viabilidade da semente: em torno de 120 diasSolo: humosoUsos: frutfera, comercializao dos pinhes economicamente vivel, espcie-chave dentro do ec

    Floresta Ombrfila Mista (Mata com Araucria)

    Butia capitata Arecaceae ButiHbito: arbreo Categoria sucessional: pioneiraFenologia flor: out-dezFenologia fruto: fev-abr Tipo de fruto: carnosoDisperso: zoocrica Viabilidade da semente: mdia

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    Solo: arenosoUsos: frutfera e para fins ornamentais.

    Syagrus romanzoffiana Arecaceae JerivHbito: arbreo Categoria sucessional: secundria inicialFenologia flor: set-marFenologia fruto: fev-ago Tipo de fruto: carnoso/fibrosoDisperso: zoocrica Viabilidade da semente: longaSolo: humoso/arenosoUsos: frutfera para fauna, medicinal e para fins ornamentais.

    Gochnatia polymorpha Asteraceae CambarHbito: arbreo Categoria sucessional: pioneira/secundria inicialFenologia flor: out-dezFenologia fruto: dez-fev Tipo de fruto: fruto secoDisperso: anemocrica Viabilidade da semente: curtaSolo: arenoso/argilosoUsos: adaptada a solos pobres e secos, sendo indicada recomposio de reas degradadas,

    ornamental, madeira (moires) e medicinal.

    Piptocarpha angustifolia Asteraceae Vassouro-brancoHbito: arbreo Categoria sucessional: pioneira na Mata com AraucriaFenologia flor: ago-fevFenologia fruto: out-fev Tipo de fruto: fruto secoDisperso: anemocrica Viabilidade da semente: curtaSolo: arenoso/argiloso

    Usos: rpido crescimento, indicada recomposio de reas degradadas.

    Vernonia discolor Asteraceae Vassouro-pretoHbito: arbreo Categoria sucessional: pioneira na Mata de Araucria

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    Fenologia flor: jul-setFenologia fruto: set-nov Tipo de fruto: fruto secoDisperso: anemocrica Viabilidade da semente: curtaSolo: arenoso/argilosoUsos: rpido crescimento, indicada recomposio de reas degradadas.

    Patagonula americana Boraginaceae GuajuviraHbito: arbreo Categoria sucessional: pioneira agressivaFenologia flor: jul-novFenologia fruto: out-fev Tipo de fruto: fruto secoDisperso: anemocrica Viabilidade da semente: mdia?

    Solo: argiloso/arenosoUsos: indicada recomposio de reas degradadas, copa densa que favorece nidificao das ave

    pesada e dura 780 kg/m

    Cecropia pachystachya Cecropiaceae EmbabaHbito: arbreo Categoria sucessional: pioneiraFenologia flor: set-outFenologia fruto: jun-jul Tipo de fruto: carnosoDisperso: zoocrica Viabilidade da semente: curtaSolo: humoso/arenosoUsos: frutfera para fauna, ornamental, medicinal.

    Terminalia australis Combretaceae Sarandi-amareloHbito: arbustivo/arbreo Categoria sucessional: pioneiraFenologia flor: out-nov

    Fenologia fruto: dez-mar Tipo de fruto:?Disperso: ? Viabilidade da semente:Solo: arenoso/argilosoUsos: indicada na recuperao de matas ciliares.

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    Lamanonia ternata Cunoniaceae GuaperHbito: arbreo Categoria sucessional: pioneira na Mata de AraucriaFenologia flor: out-fevFenologia fruto: jun-ago Tipo de fruto: fruto secoDisperso: anemocrica Viabilidade da semente: curtaSolo: arenoso/humosoUsos: indicada recomposio de reas degradadas por ser adaptada a terrenos secos e insola

    Melfera.

    Diospyros inconstans Ebenaceae Caquizinho-do-matoHbito: arbreo Categoria sucessional: secundria inicial

    Fenologia flor: set-dezFenologia fruto: mar-mai Tipo de fruto: carnosoDisperso: zoocrica Viabilidade da semente: mdiaSolo: arenosoUsos: frutfera

    Sapium glandulatum Euphorbiaceae Pau-de-leiteHbito: arbreoCategoria sucessional: pioneira em todos ecossistemas do sulFenologia flor: set-novFenologia fruto: jan-mar Tipo de fruto: secoDisperso: zoocrica Viabilidade da semente:?Solo: qualquerUsos: indicada recomposio de reas degradadas, frutfera para fauna.

    Sebastiania commersonianna Euphorbiaceae BranquilhoHbito: arbreo Categoria sucessional: secundria inicialFenologia flor: quase o ano inteiro, com intensidade de set-novFenologia fruto: set-mar Tipo de fruto: fruto secoDisperso: autocrica (explosiva)

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    Solo: humosoUsos: indicada recuperao de matas ciliares.

    Sebastiania schottiana Euphorbiaceae Sarandi-vermelhoHbito: arvoreta Categoria sucessional: pioneiraFenologia flor: ago-setFenologia fruto: novembro Tipo de fruto: fruto secoDisperso: autocrica (explosiva) Viabilidade da semente: ?Solo: humosoUsos: indicada recuperao de matas ciliares, por ser fixadora de margens.

    Erythroxylum argentinum Erythroxylaceae CocoHbito: arbreo Categoria sucessional: secundria inicialFenologia flor: ago-setFenologia fruto: nov-dez Tipo de fruto: carnosoDisperso: zoocrica Viabilidade da semente: mdia?Solo: arenoso/argilosoUsos: frutfera para fauna

    Casearia sylvestris Flacourtiaceae Ch-de-bugreHbito: arvoreta Categoria sucessional: pioneiraFenologia flor: jun-agoFenologia fruto: set-nov Tipo de fruto: carnosoDisperso: zoocrica Viabilidade da semente:curtaSolo: arenoso/argilosoUsos: indicada recomposio de reas degradadas, frutfera para fauna e melfera de inverno.

    Apuleia leiocarpa Leguminosae GrpiaHbito: arbrea Categoria sucessional: pioneira/secundria inicialFenologia flor: ago-nov

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    Fenologia fruto: dez-fev Tipo de fruto: fruto secoDisperso: autocrica Viabilidade da semente: longaSolo: humosoUsos: madeira de longa durabilidade, ornamental e melfera.

    Bauhinia forficata Leguminosae Pata-de-vacaHbito: rvore Categoria sucessional: pioneira da Mata AtlnticaFenologia flor: out-janFenologia fruto: jul-ago Tipo de fruto: fruto secoDisperso: autocrica Viabilidade da semente: longaSolo: humoso

    Usos: indicada recomposio de reas degradadas, ornamental (flores grandes e brancas) e medicin

    Calliandra tweediei Leguminosae Topete-de-cardealHbito: arvoreta Categoria sucessional: pioneiraFenologia flor: ago-fevFenologia fruto: out-nov Tipo de fruto: fruto secoDisperso: autocrica Viabilidade da semente: mdiaSolo: humosoUsos: ornamental

    Enterolobium contortisiliquum Leguminosae TimbavaHbito: arbreo Categoria sucessional: pioneiraFenologia flor: novembroFenologia fruto: abr-jun Tipo de fruto: fruto secoDisperso: autocrica Viabilidade da semente: mdia

    Solo: arenosoUsos: indicada recomposio de reas degradadas, por seu rpido crescimento e tolerncia sol

    Frutfera para fauna. Frutos contm saponina. No produzem sementes todos os anos.

    Erythrina cristagalli Leguminosae Corticeira-do-banhado

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    Hbito: arbreaCategoria sucessional: pioneira de terrenos brejosos ou muito midosFenologia flor: nov-dezFenologia fruto: fev-mar Tipo de fruto: fruto secoDisperso: autocrica Viabilidade da semente: mdiaSolo: humosoUsos: ornamental e melfera. Seu tronco rugoso favorece a colonizao por epfitas.

    Erythrina falcata Leguminosae Corticeira-da-serraHbito: arbreoCategoria sucessional: secundria inicial, comum de reas midas e incio de encostas

    Fenologia flor: jun-outFenologia fruto: maro Tipo de fruto: fruto secoDisperso: autocrica Viabilidade da semente: mdiaSolo: humosoUsos: ornamental, nectarfera, indicada recuperao de matas ciliares.

    Inga marginata Leguminosae Ing-feijoHbito: arbreo Categoria sucessional: pioneira/secundria inicialFenologia flor: jan-marFenologia fruto: fev-mai Tipo de fruto: carnosoDisperso: zoocrica/hidrocrica Viabilidade da semente: curtaSolo: argilosoUsos: frutfera para fauna, comum em matas ciliares.

    Inga vera Leguminosae Ing-de-beira-de-rioHbito: arbreo Categoria sucessional: secundria inicialFenologia flor: out-fevFenologia fruto: mar-abr Tipo de fruto: carnosoDisperso: zoocrica/hidrocrica Viabilidade da semente: curta

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    Solo: humosoUsos: frutfera para fauna, comum em matas ciliares.

    Mimosa bimucronata Leguminosae MaricHbito: arvoreta Categoria sucessional: pioneiraFenologia flor: jan-marFenologia fruto: mai-jun Tipo de fruto: fruto secoDisperso: hidrocrica Viabilidade da semente: curtaSolo: humosoUsos: melfera, madeira para lenha (alto valor calorfico) e quebra vento.

    Mimosa scabrella Leguminosae BracatingaHbito: arbreoCategoria sucessional: pioneira exclusiva da Mata de AraucriaFenologia flor: longo perodo, com intensidade de jun-agoFenologia fruto: nov-jan Tipo de fruto: fruto secoDisperso: autocrica Viabilidade da semente: ?Solo: qualquerUsos: indicada recomposio de reas degradadas pelo seu rpido crescimento e por incorporar

    nitrognio atravs de seus ndulos radiculares. Melfera de inverno.

    Parapiptadenia rigida Leguminosae AngicoHbito: arbreo Categoria sucessional: pioneira/secundria inicialFenologia flor: nov-dezFenologia fruto: jul-set Tipo de fruto: fruto secoDisperso: anemocrica Viabilidade da semente: mdia

    Solo: qualquerUsos: indicada recomposio de reas degradadas. Melfera, casca rica em tanino. Madeira

    resistente.

    Senna bicapsularis Leguminosae Fedegoso

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    Hbito: arvoreta Categoria sucessional: pioneiraFenologia flor: abr-maiFenologia fruto: jun-jul Tipo de fruto: fruto secoDisperso: autocrica Viabilidade da semente: longaSolo: humosoUsos: ornamental e medicinal.

    Sesbania virgata Leguminosae Camba Hbito: arvoreta Categoria sucessional: pioneiraFenologia flor: jan-fevFenologia fruto: fev-abr Tipo de fruto: fruto seco

    Disperso: hidrocrica Viabilidade da semente: mdiaSolo: humosoUsos: indicada recomposio de reas degradadas.

    Ficus cestrifolia Moraceae Figueira-de-folha-midaHbito: arbreo Categoria sucessional: secundria inicialFenologia flor: ?Fenologia fruto: mar-ago, mas muito varivel Tipo de fruto: carnosoDisperso: zoocrica Viabilidade da semente: curtaSolo:arenoso/humosoUsos: frutfera para fauna.

    Myrsine coriacea, M. umbellata, M. guianensis Myrsinaceae CapororocaHbito: arbreo Categoria sucessional: pioneiraFenologia flor: varivel

    Fenologia fruto: jun-nov Tipo de fruto: carnosoDisperso: zoocrica Viabilidade da semente: curtaSolo: arenoso/argilosoUsos: frutfera para fauna. Indicada recomposio de reas degradadas.

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    Eugenia uniflora Myrtaceae PitangaHbito: arvoreta Categoria sucessional: secundria inicialFenologia flor: ago-outFenologia fruto: nov-jan Tipo de fruto: carnosoDisperso: zoocrica Viabilidade da semente: curtaSolo: arenosoUsos: frutfera para fauna e medicinal.

    Psidium cattleyanum Myrtaceae AraHbito: arvoreta Categoria sucessional: pioneira comum nas restingasFenologia flor: out-nov

    Fenologia fruto: fev-mar Tipo de fruto: carnosoDisperso:zoocrica Viabilidade da semente: curtaSolo: humoso/arenosoUsos: frutfera, indispensvel na recuperao de reas degradadas.

    Phytolacca dioica Phytolacaceae UmbuHbito: arbreo Categoria sucessional: pioneiraFenologia flor: set-novFenologia fruto: jan-mar Tipo de fruto: carnosoDisperso: zoocrica Viabilidade da semente: curtaSolo: humosoUsos: frutfera para fauna e ornamental. Indicada recomposio de reas degradadas devido ao

    crescimento.

    Salix humboltdiana Salicaceae Salgueiro-criolo

    Hbito: arbreo Categoria sucessional: pioneira de solos midosFenologia flor: set-novFenologia fruto: dez-jan Tipo de fruto: carnosoDisperso: anemocrica Viabilidade da semente: curtaSolo: humoso

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    Usos: ornamental e indicada recomposio de matas ciliares por ser fixadora de margens.

    Cupania vernalis Sapindaceae Camboat-vermelhoHbito: arbreo Categoria sucessional: secundria inicialFenologia flor: abr-setFenologia fruto: out-dez Tipo de fruto: carnosoDisperso: zoocrica Viabilidade da semente:curtaSolo: arenoso/argilosoUsos: frutfera para fauna e melfera.

    Dodonaea viscosa Sapindaceae Vassoura-vermelha

    Hbito: arvoreta Categoria sucessional: pioneiraFenologia flor: ago-setFenologia fruto: nov-dez Tipo de fruto: carnosoDisperso:anemocrica Viabilidade da semente: curtaSolo: arenosoUsos: indicada na recuperao de reas degradas. Medicinal.

    Matayba eleagnoides Sapindaceae Camboat-brancoHbito: arbreo Categoria sucessional: secundria inicialFenologia flor: out-novFenologia fruto: dez-jan Tipo de fruto: carnosoDisperso: zoocrica Viabilidade da semente:curtaSolo: argiloso/arenosoUsos: frutfera para fauna.

    Chrysophylum marginatum Sapotaceae Agua Hbito: arbreo Categoria sucessional: pioneiraFenologia flor: jan-abrFenologia fruto: jul-out Tipo de fruto: carnosoDisperso: zoocrica Viabilidade da semente: curta

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    Solo: argilosoUsos: indicada na recuperao de reas degradadas.

    Pouteria salicifolia Sapotaceae Mata-olhoHbito: arvoreta Categoria sucessional: pioneiraFenologia flor: out-dezFenologia fruto: mar-abr Tipo de fruto: carnosoDisperso: zoocrica Viabilidade da semente:?Solo: humosoUsos: frutfera para fauna. Indicada na recomposio de matas ciliares por ser fixadora de margens.

    Solanum mauritianum Solanaceae Fumo-bravoHbito: arvoreta Categoria sucessional: pioneiraFenologia flor: nov-abrFenologia fruto: dez-mai Tipo de fruto: carnosoDisperso: zoocrica Viabilidade da semente: curtaSolo: humosoUsos: frutfera para fauna. indicada para recuperao de reas degradadas.

    Solanum pseudoquina Solanaceae CoeranaHbito: arbrea Categoria sucessional: pioneiraFenologia flor: set-dezFenologia fruto: abr-mai Tipo de fruto: baga carnosaDisperso: zoocrica Viabilidade da semente:curtaSolo: argilosoUsos: frutfera para fauna e melfera. Rstica, de rpido crescimento, sendo indicada para recupera

    degradadas.

    Luehea divaricata Tiliaceae Aoita-cavaloHbito: arbreo Categoria sucessional: pioneira/secundria inicialFenologia flor: jan-mar

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    Fenologia fruto: abr-jun Tipo de fruto: fruto secoDisperso: anemocrica Viabilidade da semente: mdiaSolo: qualquerUsos: melfera e indicada para recuperao de reas degradadas e matas ciliares.

    Trema micrantha Ulmaceae GrandiuvaHbito: arbrea Categoria sucessional: pioneiraFenologia flor: set-novFenologia fruto: fev-abr Tipo de fruto: carnosoDisperso: zoocrica Viabilidade da semente: longaSolo: argiloso

    Usos: frutfera para fauna e melfera. De rpido crescimento, sendo indicada para recuperaodegradadas.

    Aegiphila sellowiana Verbenaceae GaioleiraHbito: arvoreta Categoria sucessional: pioneiraFenologia flor: dezFenologia fruto: jan-fev Tipo de fruto: carnosoDisperso: zoocrica Viabilidade da semente:?Solo: qualquerUsos: frutfera para fauna. De rpido crescimento, sendo indicada para recuperao de reas degradad

    6.2 Anlise dos perodos de coleta de sementes

    Com os dados fenolgicos das espcies elencadas para serem multiplicadas no viveiro, torna-sprogramar sadas a campo para coleta de sementes. Atravs de uma prvia identificao e cadastro matrizes, pode-se ter uma rastreabilidade quanto origem e caractersticas fenolgicas damultiplicadas, alm de aspectos como a variabilidade gentica (quantidade de indivduos que fo

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    sementes) e adaptabilidade a ambientes diversos. A tabela e o grfico 1 mostram a distribuio da fdas espcies ao longo do ano.

    Tabela 1:Quantidade de espcies frutificando ao longo do ano

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    Qtde. Espcie

    SEMENTES JanFevMarAbrMai

    JunJulAgoSetOutNovDez

    Grfico 1:Distribuio de frutificao ao longo do ano

    7. ESTUDO ECONMICO7.1 OramentoFERRAMENTAS Qtdade custo unitrio Totalp de corte quadrado 2 17,90 35,80p de concha de bico 2 17,90 35,80alicate 1 25,00 25,00martelo 1 15,00 15,00podes 2 8,90 17,80sachos 2 14,00 28,00

    faces 2 12,00 24,00enxada 2 16,90 33,80enxado 2 14,90 29,80ancinho 2 9,50 19,00foice 2 12,00 24,00serrote 1 25,00 25,00regador 2 16,00 32,00balde 15L 2 3,50 7,00peneira 3 15,00 45,00

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    mangueira (30m) 1 58,90 58,90carrinho de mo 1 77,00 77,00pulverizador costal 1 203,00 203,00luvas 2 4,50 9,00vassoura jardinagem 1 12,00 12,00Custo parcial ferramentas 756,90

    rea germinao/repicagemsombrite (3 m largura x 50m) 3 422,26 1266,78mangueira preta (50m) 4 35,00 140,00cotonetes 10 3,00 30,00brita ou cascalho 12 22,00 264,00areia mdia (m3)moiro 30cm X 3 m 11 15,00 165,00costaneiras 62 1,40 86,80sarrafo 5x7 6,79escora 3m 3,00escora 4m 45 4,00 180,00pregos (Kg) 10 8,00 80,00arame queimado (Kg) 20 10,60 212,00caixa d'gua 1000 Litros 1 255,00 255,00Custo parcial estrutura 2679,58material de consumo (30000 mudas)composto orgnico (m3) 35 26,25 918,75areia mdia (m3) 35 12,42 434,70Solo, Argisolo (m3) 53sacos plsticos (15x25cm) mil 30 18,13 543,90sacos plsticos (35x40cm) mil 3 140,73 422,19Custo parcial para 30.000 mudas 2319,54

    Custo Total 5756,02

    7.2 Clculos

    rea (m2) clulas 20,25viveiros (m2) 18 364,5canteiros (m2) 247,5caminhos (m2) 117

    sacos mudasdimetro (cm) altura (cm) rea (m2) Qtde viveiro Qtde germin. Vol(m3) milh

    8 15 0,005024 49264 36276 0,753610 20 0,00785 31529 23217 1,570015 25 0,017663 14013 10318 4,415620 30 0,0314 7882 5804 9,420025 40 0,049063 5045 3715 19,625035 40 0,096163 2574 1895 38,4650

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    sombra horto germinao 9 182,25canteiros (m2) 127,575espaos (m2) 54,675

    sombrite viveiro (metro linear) 108sombrite horto 40,5sombrite total 148,5

    Brita cobertura piso total 364,5 36,45canteiros 247,5 24,75caminhos 117 11,7

    Espao Bancadas germ. (m) 4 100caixa de muda (0,7 m x 0,5 m) 120 92,4espaos (m) 7,6Qtde sementes 150 18000Taxa sobrevivncia s/r/m* 60% 10800*semente/repicagem/muda mudas

    Substrato (m3) 132,47areia - 30% 33,12composto orgnico - 30% 33,51argisolo - 40% 66,23

    7.3 Balano Econmicocusto estrutura em trs anos 0,126

    custo varivel insumos 0,085

    preo mercado muda 1 ano: R$ 1,50

    preo mercado muda 4-8 anos: R$ 6-8,00

    Despesas (R$) 3 anos 5 anosQtde. mudas produzidas 30000 50000estrutura 3436,48 687,30manuteno (30%) 1030,94 206,19mo-de-obra (R$400,00)1 28800,00 48000,00material consumo 2319,54 3865,90imprevistos (30%) 695,86 1159,77total 36282,83 53919,15

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    total, sem mo de obra 7482,83 5919,15

    Receita (R$)venda mudas 45000,00 75000,00mnimo esperado2 24188,55 35946,10

    Custo unitrio da muda (R$) 1,21 1,08

    Saldo (R$)retorno financeiro lquido 8717,17 21080,85retorno financeiro comunitrio 37517,17 69080,85

    1- Um empregado com salrio de R$400,00 totalizando,com encargos e 13, uma despesa mensal deR$800,00;

    2- Mnimo de vendas esperado para compensar despesas;

    8. PROPOSTA DE EXPANSO DA ATIVIDADE

    Para a continuidade e ampliao da estrutura de produo de mudas, esto propostos novos vivo mesmo padro de construo, porm com uma rea de 486 m2 que representa uma rea til de 330 2,possibilitando a produo de 18600 mudas. O custo ficaria em torno de R$ 3.500,00 cada. Comofinanceiro no final do quinto ano seria de aproximadamente R$ 21.000,00 torna-se vivel a expanso

    Os custos de construo do galpo para guardar ferramentas e outros materiais no foram conneste projeto porque a comunidade j se organizou nesse sentido e estar construindo tal estruturadiverso.

    9. CRONOGRAMA2007 2008

    ATIVIDADES MAR - MAI JUN - JUL AGO - OUT NOV - DEZ JAN - MApresentao do projeto a comunidade XZoneamento das reas-alvo agroecolgicas X

    Planejamento da construo do viveiro XPlanejamento das coletas de sementes XSensibilizao da comunidade ao projeto X X X XImplantao do viveiro XPlantio de sementes para produo de mudas X X X X XPlantio definitivo nas reas de interesse X X XFormao ambiental da comunidade X X XColetas de sementes X X X X X

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