Projetoserhumano.necessidade.e.prazer

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7/23/2019 Projetoserhumano.necessidade.e.prazer http://slidepdf.com/reader/full/projetoserhumanonecessidadeeprazer 1/2  Necessidade e Prazer  jose fernando vital [email protected]  janeiro / 2016  Necessidade e Prazer  Nivelando. Escolhas Gestores de RH (e quem não é), lidando com pessoas operativas, gestores de nós mesmos, questionando intensivamente sobre quem somos, sobre o que queremos, sobre o nosso destino, não podemos permitir que nos escapem as reflexões conscientes ou intuitivas, de que o ser humano se mexe motivado por acontecimentos internos (nem sempre íntimos) e por ambientes eficientes. Estamos onde estamos por nossa iniciativa, por iniciativa do acaso, porque um acontecimento leva a outros eventos, e por sugestões de entendidos e de profissionais. De uma forma ou de outra, fundamentamos o que fazemos pra qualidade de vida do ser humano que somos, com a ideia de que somos obrigados a isso, por sobrevivência, por disposições da Natureza, por ocasionalidade. Por obrigações do viver. Somos livres ou dependentes? Escolhemos ou somos determinados? Nos parece que ambas as coisas têm suas circunstâncias e trazem pontos de atração e de distanciamento. Como seres em formação, com a indivualidade se constituindo, e principalmente, obedientes a Leis que fundamentam esse movimento progressivo, nascemos dependentes mas com a destinação de conquistarmos com esforços (a Lei da Mordida da Maçã), através da aplicação consciente dessas mesmas leis, a liberdade sempre ampliada de participação nas elaborações da Natureza. Duas características (fatores) possibilitam essa ascenção crescente: o exercício objetivo da sabedoria e a qualidade afetiva - tendente ao amor - de nosso relacionamento com a vida. Amor e Sabedoria se constituem o bojo onde nossas realizações gestam e por onde desfilam. Pois, ao olharmos, recuperando a imagem do copo com algum volume de água, através de um certo jeito a nossa vida e como a fazemos, podemos dizer que quase não temos a liberdade de vivermos a própria vida. Que não a escolhemos. Por outro lado, se observamos os acontecimentos através do prisma de continuidade que marca os eventos de que participamos podemos dizer que temos quase toda a liberdade de que precisamos. Que temos a vida que escolhemos. Que ela depende de nossas expectativas, de nossa força de vontade, modulá-la com nossas características. Deus nos deu limão (um cesto repleto) temos liberdade de produzir limonada, na doçura de nossa sensibilidade. Tudo nos indica que Sabedoria e Bondade (constituem a Sensibilidade relacional) permeiam nossas descobertas. A vida é descortinada através dessa visão sempre ampliada, podemos dosar nossas ações e por isto, nossas escolhas e decisões. Quem se permite interferir no comportamento humano, em toda circunstância, deve, pois, contribuir pra que nos tornemos Sábios e Bondosos. O ser humano sábio e bondoso potencializa sensibilidade (que identifica nossa humanidade) que podemos indicar como o sentido que completa nosso poder (liberrdade) de entender, de compreender, e de nos convencer, a respeito dos eventos da vida. O homem sábio e bondoso é livre e autoproponente dos compromissos com o d U H i é t d lid d it il

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 Necessidadee Prazer 

 jose fernando vital [email protected]

 janeiro / 2016 

 Necessidade e Prazer  Nivelando. Escolhas

Gestores de RH (e quem não é), lidando com pessoas operativas, gestores denós mesmos, questionando intensivamente sobre quem somos, sobre o que

queremos, sobre o nosso destino, não podemos permitir que nos escapem asreflexões conscientes ou intuitivas, de que o ser humano se mexe motivado por

acontecimentos internos (nem sempre íntimos) e por ambientes eficientes.Estamos onde estamos por nossa iniciativa, por iniciativa do acaso, porque um

acontecimento leva a outros eventos, e por sugestões de entendidos e deprofissionais. De uma forma ou de outra, fundamentamos o que fazemos praqualidade de vida do ser humano que somos, com a ideia de que somos

obrigados a isso, por sobrevivência, por disposições da Natureza, porocasionalidade. Por obrigações do viver.

Somos livres ou dependentes? Escolhemos ou somos determinados?Nos parece que ambas as coisas têm suas circunstâncias e trazem pontos de

atração e de distanciamento. Como seres em formação, com a indivualidade seconstituindo, e principalmente, obedientes a Leis que fundamentam esse

movimento progressivo, nascemos dependentes mas com a destinação deconquistarmos com esforços (a Lei da Mordida da Maçã), através da aplicaçãoconsciente dessas mesmas leis, a liberdade sempre ampliada de participaçãonas elaborações da Natureza. Duas características (fatores) possibilitam essaascenção crescente: o exercício objetivo da sabedoria e a qualidade afetiva -

tendente ao amor - de nosso relacionamento com a vida. Amor e Sabedoria seconstituem o bojo onde nossas realizações gestam e por onde desfilam.

Pois, ao olharmos, recuperando a imagem do copo com algum volume de água,através de um certo jeito a nossa vida e como a fazemos, podemos dizer que

quase não temos a liberdade de vivermos a própria vida. Que não a escolhemos.Por outro lado, se observamos os acontecimentos através do prisma de

continuidade que marca os eventos de que participamos podemos dizer quetemos quase toda a liberdade de que precisamos. Que temos a vida queescolhemos. Que ela depende de nossas expectativas, de nossa força de

vontade, modulá-la com nossas características. Deus nos deu limão (um cestorepleto) temos liberdade de produzir limonada, na doçura de nossa sensibilidade.Tudo nos indica que Sabedoria e Bondade (constituem a Sensibilidade relacional)permeiam nossas descobertas. A vida é descortinada através dessa visão sempreampliada, podemos dosar nossas ações e por isto, nossas escolhas e decisões.Quem se permite interferir no comportamento humano, em toda circunstância,deve, pois, contribuir pra que nos tornemos Sábios e Bondosos. O ser humanosábio e bondoso potencializa sensibilidade (que identifica nossa humanidade)

que podemos indicar como o sentido que completa nosso poder (liberrdade) deentender, de compreender, e de nos convencer, a respeito dos eventos da vida.O homem sábio e bondoso é livre e autoproponente dos compromissos com o

d U H i é t d lid d i t i l

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mundo Um Homem assim é agente da qualidade existencial

 Necessidade e Prazer Conceitos

 Necessidade e Prazer  À Deus e à Mamon

Podemos inventar termos novos buscando satisfazer conceitos não usuais.Contudo, também podemos aperfeiçoar símbolos antigos e fazê-los

representar a descrição que desejamos figurar de nossa realidade hoje.Nos referimos à Necessidade quando indicamos as atividades que satisfazem

os desequilíbrios (como se fossem homeostátivos) da mente, ou da alma.Neste nível a curiosidade os afetos se tornam primordiais e submetem as

impressões orgânicas.Por outro lado referimos como Prazer os desequilíbrios orgânicos apenas

satisfeitos com atividades que apaziguam os impulsos do corpo e que o agitam(adrenalina) e que estimulam e ampliam suas respostas à estímulos

presentes. Neste caso eles abafam, brutalizam, ignoram os impulsos da alma.Mas não os resolvem, como podem fazer com o corpo as atividades da alma.Esta discussão não se apresenta apenas teórica (ausente de aplicabilidade)nem superficial (de uso oportunista). Nos voltamos pra ela quando lidamos

com aspectos operativos do ser humano, no trabalho, na convivência familiar esocial. Quando discutimos o homem consigo mesmo. Ora, sermos viscerais ouvoltados para o pensamento puro não é algo simples, nem ocasional. Quando

somos pegos nesse desafio dificilmente a ele não retornamos quando algoestratégico nos desperta pra importância de nossas decisões.

 A citação bíblica é oportuna pra radicalizar o pensamento nos impedimdo derelativizar afirmativas, tornando-as indecisas e imponderáveis. Deus, fazreferência à nossa parte mental e espiritual: às ocorrências afetivas e às

curiosidades cognitivas. Mamon, faz referência à riqueza transtória. Àquelaque passa porque se impregna da vida material, submetida, pois, às

transformações das atividades físicas. Em alongamento do conceito, faz

referência aos prazeres orgânicos, que atende às impressões recebidas dossentidos. Jesus (Novo Testamento) afirma categoricamente que para o homemé impossível satisfazer ao corpo e ao Espírito da mesma forma. Atendendo um

alimenta a insatisfação no outro.Como esses dois senhores se referem às nossas percepções de realidade e

dentro dela, à construção de nós mesmos, de nossa identidade espiritual (algoacima do corpo e da mente), ao nos sentirmos satisfeitos com as fruiçõesfísicas (apreensão egoísta) nos distanciamos das relações cognitivas e

afetivas incrustradas no Espírito com ampla repercussão (real) na mente.Como não apenas motivos orgânicos, que dividimos com outras espécies

animais, nos constituem e nos motivam, ao nos estabelecermos nesse nível

ficamos à mercê das insatisfações e contrariedades persistentes nosquestionamentos do pensamento. Nossa alma se agita e injeta suasinsatisfações pensamento a dentro que transborda em desequilíbrios, os quais

somente com a reflexão, com a meditação podem dialogar.Temos a noção popular enganosa (quanto à impressão física de que somosseres orgânicos) de que não importa o que pensemos sobre o quê somos, é

importante agirmos como animais institntivos, responder aos impulsos douniverso físico. É importante pensar, conhecer, mas somente quando temos o

estômago satisfeito. É importante a relação afetiva, o amor romântico(primazia das mulheres), mas não podemos agir assim sob o jugo das

inquietações sexuais físicas.Como nosso ser, como seres humanos que somos, ultrapassa o universo dos

impulsos do instinto animalizado, e o pensamento penetra com consciênciatoda nossa experiência de vida, temos a possibilidade assim de resolver as

inquietudes do coração (órgão que bombeia vida pro corpo). O inverso, a partirdo corpo, não é verdadeiro nem real.

Como não somos seres apenas orgânicos, a satisfação do prazer se tornaalgo como delegação de poder de vida à vida instintiva, não racional, aos

comandos de vida totalmente impulsivos e irrefletidos que sente e que não seconscientiza das consequências de cada escolha. Não domina o futuro, se

impede de cultivar intencionalidades e a construção da vida através daprevisão do futuro.

Escolher o que somos, significa também, escolher qual nível de vida deve nos

Q

Gestores vivenciais do homem planejam ambientes pro traba

lhoe pro lazer humanos. Todos sabemos que jamais devemos

esperar agradar (satisfazer necessidades x prazeres) a todosigualmente na formulação de normas, de clima, de projetos devida. Sempre há enormes divergências, como se a diversidadefosse o fator mais marcante do perfil do ser humano. Contudo,quando observamos que a conduta de cada um está sempre sedeslocando entre o prazer e a necessidade, entre o corpo e o

Espírito, então começamos a perceber que somos todos iguais

em movimento contínuo na linha entre um e outro extremo. Ohomem primitivo está mais próximo do princípio que tem nofísico a fonte maior de motivação pra vivermos.

Enquanto que, o homem mental, afetivo,vai num continuum se aproximando daextremidade superior (Terra em baixo e

Céu em cima).Esta escolha de abordagem sobre o

desempenho humano se tornaobrigatória ao favorecer como lidar comsucesso com nossas motivações e com