PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – PPP 2016 · PPP - PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2018 COLÉGIO...
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PPP - PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
2018
COLÉGIO ESTADUAL JOÃO ARNALDO RITT
TOLEDO PR – VILA NOVA
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
SUMÁRIO
I. INTRODUÇÃO 1
II. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO 4
III. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO 5
IV. NÍVEIS E MODALIDADE DE ENSINO OFERTADO 8
V. FUNCIONAMENTO ORGANIZAÇÃO 8
VI. A CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR 10
VII. RELAÇÃO DOS RECURSOS FÍSICOS E MATERIAIS 30
VIII. OBJETIVOS, FUNDAMENTOS, PRINCIPIOS E CONCEPÇÕES
ORIENTADORAS DAS AÇÕES EDUCACIONAIS 31
8.1. Objetivos 31
8.2. Fundamentos Teóricos 34
8.3. Princípios 38
8.4. Concepções 51
8.4.1. Concepções de Homem 51
8.4.2. Concepção de Mundo / Sociedade 52
8.4.3. Concepção de Escola 54
8.4.4. Concepção de Educação 54
8.4.5. Concepção Cultural 56
8.4.6. Concepção de Trabalho e Tecnologia 58
8.4.7. Concepção de Cidadania 60
8.4.8. Concepção de Conhecimento e Ensino Aprendizagem 61
8.4.9. Concepção de Alfabetização e Letramento 62
8.4.10. Concepção de Infância e Adolescência Articulado a Concepção de
Ensino Aprendizagem 63
8.4.11. Concepção Inclusiva e Diversidade 65
8.4.12. Concepção de Gestão Escolar e Instancias Colegiadas 69
8.4.13. Concepção de Avaliação e Recuperação de Estudos 73
IX. CURRÍCULO 76
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9.1. Concepção de Currículo 76
9.2. Flexibilização do Currículo 77
9.3. Matriz Curricular 79
X. DESAFIOS SOCIOEDUCACIONAIS / LEGISLAÇÃO OBRIGATÓRIA 82
10.1. História do Paraná (lei nº 13381/01) 82
10.2. História e Cultura Afro-brasileira, africana e indígena (Lei nº
11.645/08) 82
10.3. Música (lei nº 11.769/08) 86
10.4. Prevenção ao uso indevido de drogas 86
10.5. Sexualidade Humana 89
10.6. Educação Ambiental (L.F. nº 9795/99, Dec. 4201/02) 91
10.7. Educação Fiscal 94
10.8. Enfrentamento a violência contra criança e o adolescente 94
10.9. Direito das Crianças e Adolescente L.F. N 11525/07 95
10.10. Educação Tributária Dec. Nº 1143/99, Portaria nº 413/02 95
10.11. Relações Étnico - Raciais - Cultura Afro Brasileira 96
10.12 Direito dos idosos ( L.F.Nº10.741/2003) e Politicas de Proteção ao
Idoso (L.E 17.858/2501311) 96
10.13 Programa de combate ao Bullying ( L.E. 17.335/2012) 98
10.14 Semana Estadual Maria da Penha nas escolasL.E.18.447/2015) 100
10.15 Direitos Humanos – PNEDH3 ( Decreto7037/2009 ) 101
10.16 Educação Alimentar e Nutricional ( L.F11.947/2015 105
10.17 Código do Trânsito Brasileiro – Educação para o Trânsito
(L.F9.503/97 ) 106
XI. AVALIAÇÃO 107
XII. ATUAÇÃO DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS 116
12.1. O Conselho Escolar 116
12.2. Grêmio Estudantil 118
12.3. A Associação de Pais e Mestres e Funcionários 119
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12.4. Conselho de Classe 122
XIII. PROPOSTA DE ARTICULAÇÃO DE TRANSIÇÃO 123
XIV. PROPOSTA DA ORGANIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE 127
XV. PROPOSTA DE ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO COM FAMÍLIA E
COMUNIDADE 130
XVI. PROPOSTA DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 134
XVII. PROPOSTA DE INCLUSÃO EDUCACIONAL 134
XVIII. PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA 149
XIX. PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 153
XX. PROPOSTA PEDAGÓGICA DA COMPLEMENTAÇÃO DE CARGA
HORÁRIA 153
XXI. ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO 154
XXII. PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA 155
XXIII. PROGRAMAS / PROJETOS 156
23.1. Brigada Escolar 156
23.2. Salas de Apoio Aprendizagem 157
23.3. LEM – Línguas Estrangeiras Modernas 159
23.4. Projetos desenvolvidos pela escola/colégio 161
23.5. Proposta pedagógica de valorização do profissional 170
23.6. PROEMI 171
23.7. Contra turno 187
XXIV. ATA DE APROVAÇÃO DO PPP PELO CONSELHO ESCOLAR 188
XXV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 191
XXVI. ANEXOS 194
Anexo I – Plano de Abandono da Brigada Escolar 194
Anexo II – Plano Ação da Equipe Multidisciplinar 199
Anexo III – Proposta pedagógica dos projetos no contra turno e dos projetos
desenvolvidos pela escola 211
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Anexo IV – Calendário Escolar 217
Anexo V – Plano de Ação da Escola 218
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I. INTRODUÇÃO
Os desafios sociais e tecnológicos fazem parte do cotidiano, provocando
mudanças significativas na vida das pessoas, desafiando as instituições de
ensino para avanço em seus propósitos, suas políticas, suas estruturas e seus
procedimentos. O que têm provocado mudanças na organização do processo
de ensino-aprendizagem, buscando atender às complexas necessidades de
uma nova sociedade globalizada em nível de informação e do conhecimento.
Consideramos importante rever todo o processo de formação do
educando, bem como uma nova organização curricular que permita a sua
permanência no sistema para dar conta das necessidades emergenciais
impostas pela sociedade com base em uma reflexão transformadora.
A reestruturação do processo educacional brasileiro vem buscando
significativas mudanças para a melhoria da qualidade de ensino, sucesso e
permanência, redução das taxas de abandono, educação em tempo integral,
passando pela ampliação do ensino fundamental com duração de 09 anos e a
obrigatoriedade a partir dos 06 anos de idade que significa mais que a
ampliação de um ano, inserido no início do 1º segmento do Ensino
Fundamental, tendo em vista a permanência do educando em tempo integral,
da mesma forma esperamos uma reestruturação significativa do Ensino Médio
principalmente do período noturno.
Portanto o Projeto Político Pedagógico deste estabelecimento de ensino
como documento norteador estabelece os princípios, diretrizes e propostas de
ação para melhor organizar, sistematizar e significar as atividades
desenvolvidas pelo colégio como um todo. É resultado de uma construção
coletiva (Direção, Equipe Pedagógica, Corpo Docente e Discente, Agentes
Educacionais I e II, APMF, Grêmio Estudantil, Conselho Escolar, Comunidade)
fruto de uma gestão escolar democrática, aberta que busca a autonomia, o
planejamento participativo, melhoria das relações de ensino-aprendizagem, da
organização curricular e escolar, enfim, da organização do trabalho pedagógico
considerando os elementos inerentes à prática pedagógica.
Reafirma o compromisso definido coletivamente, como documento
norteador nos dará suporte nas tomadas de decisões. As discussões que
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envolveram toda comunidade escolar demonstraram que a intencionalidade
coincide em todos os segmentos escolares preocupados e envolvidos com o
crescimento do cidadão desta comunidade. Portanto, a reflexão e discussão
permanente dos problemas da comunidade escolar será a tônica do processo
na busca de alternativas viáveis à efetivação desta proposta.
O ideal de formação de um cidadão criativo, participativo, responsável,
compromissado com o meio ambiente e com a comunidade, faz parte do
processo pedagógico da instituição que através de suas ações educativas a
levarão a cumprir seus propósitos. A busca pela autonomia e a sua capacidade
de delinear sua própria identidade é um exercício permanente que deverá
apresentar seus resultados através das transformações que a comunidade
escolar irá proporcionar a sociedade/comunidade local e a vida do aluno.
O presente documento se justifica pela necessidade constante de
reorganização do trabalho pedagógico. Através dos princípios da igualdade,
qualidade, liberdade, valorização da educação como elemento fundamental
para a transformação da vida social dos indivíduos. Reafirmamos que é
entendido como instrumento de luta que busca romper com o tradicionalismo,
com a fragmentação do trabalho pedagógico, com a centralização hierárquica
garantindo uma educação de qualidade a gestão democrática que se faz com a
participação de todos.
A partir dele, podemos repensar as metas estabelecidas no Plano de
Ação, as finalidades, os objetivos imediatos, de longo prazo, a estrutura
organizacional, o currículo escolar, o tempo escolar, o processo de decisão, as
relações de trabalho, a avaliação, as necessidades físicas – materiais –
pedagógicas, o envolvimento dos pais – alunos – professores – funcionários na
transformação da situação vivida, o nosso envolvimento comunitário – social –
político – econômico – cultural na sociedade em que estamos inseridos.
“Educação não transforma o mundo.
Educação muda as pessoas. Pessoas
transformam o mundo.”
(Paulo Freire)
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Finalidade do Projeto Político Pedagógico
O Projeto Político Pedagógico como eixo norteador de nossa pratica
educativa e pedagógica em sua essência permeia o objetivo de planejamento e
a reorganização das metas, estando sempre em processo de avaliação, de
acordo com as necessidades da comunidade escolar. Os encaminhamentos
propostos e o desenvolvimento das atividades educacionais, bem como os
procedimentos metodológicos que propiciem uma prática educativa
emancipadora que transforme o ser humano para que de conta das exigências
impostas pela sociedade globalizada.
A construção coletiva de nosso Projeto Político Pedagógico deu-se em
fevereiro de 2004, com os estudos das Diretrizes Curriculares do Ensino
Fundamental e Médio, tendo como objetivo a ação norteadora que permite o
movimento de ação – reflexão – ação, necessário para tomada de decisões,
quanto projeto, a sua reformulação é por conta das mudanças nas ações
escolares tanto nas questões pedagógicas, curriculares, administrativas tão
presentes no nosso cotidiano. Reafirmando o compromisso com a comunidade
escolar em vista de um processo para a construção do conhecimento e de sua
aplicação na vida. Necessário se fez construir algo que atenda as
necessidades dos alunos, dos professores, da sociedade, enfim dos
pertencentes desta comunidade escolar.
Refletiu-se o cotidiano da instituição e da sociedade que nos cerca,
nossas características econômicas, sociais, culturais, políticas e as
perspectivas de mudança na realidade que estamos inseridos, questões
elaboradas, debatidas e questionadas sob a perspectiva da construção da
“escola que queremos” observando “a escola que temos”.
Realizamos o levantamento de nosso ambiente físico (salas, área
coberta, área verde, biblioteca, laboratórios, etc.), visualizamos o quadro de
funcionários (professores, agentes educacionais I e II) de acordo com sua
formação e qualificação profissional, da vida escolar de nossos alunos, das
necessidades que as famílias apontaram e perceberam na vida escolar;
estudamos nossos fundamentos legais (leis, pareceres, decretos, regimento
escolar) enfim, debatemos nossa vida escolar de maneira aberta, democrática
e, com os embates necessários para o crescimento coletivo, porque onde não
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houver discussões, debates, todos pensarão iguais e novos horizontes
passarão despercebidos.
Considerando que o cumprimento da determinação legal, isoladamente,
não garante a aprendizagem dos educandos, é de suma importância que o
colégio desenvolva um trabalho de qualidade, que propicie a aquisição do
conhecimento, respeitando a especificidade da infância e adolescência nos
seus aspectos físicos, psicológico, intelectual, social e cognitivo.
II. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
Denominação: Colégio Estadual João Arnaldo Ritt - Ensino
Fundamental e Médio
Endereço: Rua Bento Gonçalves, 650 – Distrito de Vila Nova
Município: Toledo – Paraná
CEP: 85.926-000
Telefone: (045) 3269-1335 Fax: (45) 3269-1357
E-mail: [email protected]
Site: www.toojoaoarnaldoritt.seed.pr.gov.br
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Secretaria de Estado da Educação – SEED
Dependência Administrativa: Estadual
NRE: Toledo PR
Localização do Colégio: Rural - Distrito de Vila Nova
Turnos de funcionamento: Manhã, Tarde e Noite.
Atos e resoluções de Criação e Implantação e Funcionamento
• Criação e autorização de funcionamento do 1º grau: Resolução n.º
3.974/90 de 20 de dezembro de 1990.
• Criação e autorização de funcionamento do Colégio Estadual João
Arnaldo Ritt – Ensino de 2º Grau: Resolução n.º 1.014/91, de 14 de março de
1991.
• Pela Resolução n.º 1.593/91 de 17 de maio de 1991 a escola passa a
denominar-se Colégio Estadual João Arnaldo Ritt – Ensino de 1º e 2º Graus.
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• A Resolução n.º 1.118/94 de 1º de março de 1994 reconhece o curso
de 1º Grau regular e após três prorrogações (Resoluções n.º 2.317/92 de 16
de julho de 1992, n.º 2.475/95 de 19 de junho de 1995 e 4.646/96 de 03 de
outubro de 1996) foi então reconhecido o Curso de 2º Grau Curso de Educação
Geral do Colégio Estadual João Arnaldo Ritt – Ensino de 1º e 2º Graus,
conforme Resolução n.º 3.354/97 de 03 de outubro de 1997.
• Em 11 de novembro de 1998, a Resolução n.º 3.120/98 altera a
nomenclatura do estabelecimento de ensino que passa a denominar-se Colégio
Estadual João Arnaldo Ritt – Ensino Fundamental e Médio.
• Em 24 de março de 2008, a Resolução nº 1154/08 renova o
reconhecimento do Ensino Fundamental.
• Em 27 de junho de 2008, a Resolução nº 2819/08 renova o
reconhecimento do Ensino Médio.
III. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
Aspectos Históricos
Quando da elaboração do projeto de implantação da Escola de Vila
Nova, (5ª a 8ª) séries, observou-se a necessidade da escolha de um nome
para o estabelecimento de ensino. Optou-se por um nome que de fato
representasse a comunidade de Vila Nova, significando o trabalho, a cultura, o
lazer, a política, a economia e, principalmente, a formação educacional de
nosso distrito.
A escolha deu-se pela personalidade de João Arnaldo Ritt (in
memoriam), nascido em Lageado (RS) no dia 10.04.1914 e falecido no Distrito
de Vila Nova, Toledo, Paraná na data de 19.02.1990.
Necessário se faz um pequeno relato de sua trajetória; João Arnaldo Ritt,
filho de Amália e Jacob Mathias Ritt, demonstrou desde sua adolescência
grande vocação para o serviço comunitário, para a política, destacando - se no
comércio.
Tendo cursado os estudos até a 4ª série primária em sua cidade natal,
aos 16 anos, na função de auxiliar, juntamente com seu irmão, iniciaram suas
atividades no ramo comercial.
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Aos 24 anos de idade, casado com Dona Maria Erica Ritt (in memoriam),
iniciou atividade comercial na cidade de São Luis Gonzaga – RS, onde
trabalhou até 1959, quando nasceram os primeiros filhos do casal: Renate
Maria, Amália, Tarcila, Ivone, Aluísio Waldemar, Antonio Carlos e João Paulo.
Neste mesmo ano, juntamente com seus filhos, acompanhou a
propaganda de “conquista” do Oeste Paranaense vinculado às Empresas
Colonizadoras da região, tinha por sonho “melhorar a vida, crescer, progredir e
desbravar novas terras”.
Mudou-se para Toledo – PR, instalando seu comércio no distrito de Vila
Nova, sendo um de seus pioneiros. Enfrentaram grandes dificuldades pelas
carências de serviços básicos no distrito, difícil acesso às cidades, não mediu
esforços para que Vila Nova e seus moradores fossem o melhor possível
atendido.
Em Vila Nova nasceram outros 05 filhos: Bernadete, José Inácio, Elizete
Marisa, Júlio César e Dinar. Todos eles acompanhados pela sempre materna,
companhia de Dona Érica, que junto de seu esposo, ajudaram a organizar a
vida comunitária do Distrito, destacando-se as potencialidades de João Arnaldo
Ritt, sua capacidade de organização, liderança, iniciativa e visão para
solucionar os problemas da comunidade.
Esteve presente na formação da Cooperativa Agropecuária Mista do
Oeste do Paraná – Coopagro, auxiliando o desenvolvimento agrícola da região.
Oportunizou a vinda do Rio Grande do Sul, de aproximadamente 50 famílias,
às quais, ele próprio, trouxe seus pertences e financiou seus primeiros anos de
trabalho.
Com seu comércio iniciou a compra de cereais e suínos da região,
abrindo para tal diversas estradas, vistas hoje como fundamentais para o
acesso a outros centros urbanos.
João Arnaldo sempre demonstrou grande vivência cristã, auxiliando na
construção da 1ª Igreja católica da localidade, sendo desta diversas vezes
presidente.
Seu carisma de luta oportunizou ainda a formação do Clube para lazer
“14 de Agosto”, hoje, Grêmio E. R. C. Vila Nova aonde crianças, jovens e
adultos buscam a confraternização. Lugar especial para si, João Arnaldo,
gostava de conversar com os amigos e jogar uma boa canastra.
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Apesar da limitada formação escolar, João Arnaldo Ritt, se mostrou um
autodidata. Lia, diariamente, um jornal e possuía em casa uma pequena
biblioteca com livros de diversas nacionalidades (principalmente Alemã).
Possuía conhecimentos linguísticos em Espanhol, Francês, Inglês, Italiano e
Alemão.
Sua dedicação pessoal ao estudo, fez com que ele percebesse quão
grande a necessidade de educação, de formação escolar e discussão cultural.
Oportunizou desta forma a criação e implantação do Colégio Santos Dumont
para Vila Nova, sendo deste estabelecimento de ensino; presidente e membro
da diretoria por 16 anos consecutivos.
Todos os serviços comunitários o levaram a eleição para a função de
vereador representante de Vila Nova, na Câmara Municipal da Toledo,
apoiando ainda mais as iniciativas e necessidades do distrito.
Já estabilizado economicamente, juntamente com seus filhos e esposa,
observando o crescimento estrutural da comunidade, dos serviços prestados
ao comércio local e a organizações comunitárias, bem como instruí-los para o
seu pleno desenvolvimento pessoal, desta forma, ansioso pelo saber, pela
cultura européia, da qual é descendente, conheceu parte da Europa e todo o
território brasileiro, nas suas mais variadas realidades e traduzindo esta
experiência para os amigos e moradores de Vila Nova.
Seus últimos dias foram de paz e harmonia, com a certeza e satisfação
do dever cumprido em prol da comunidade, que por ele sempre demonstrou
respeito, simpatia e consideração. Motivo desta homenagem.
Caracterização do Histórico Educacional
Desde a colonização, com a predominância do ensino tradicional, a
escola servia para ensinar, garantindo a formação integral de seus educandos
e a sua adaptação ao meio.
Já na década de 60, a comunidade sentia a necessidade da formação
escolar e cultural contínua para seus filhos. Para tal, mobilizou-se e criou em
1968 o Ginásio Cenecista Santos Dumont, com apoio da C.N.E.C. onde 68
alunos matricularam-se nas primeiras séries. Em 1981, criou-se o ensino de 2º
Grau, com o curso de Assistente de Administração de forma gradativa. As
condições econômicas e sociais da época permitiram o ensino particular e a
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administração da escola pela própria comunidade. Com o passar dos anos e o
agravamento da crise econômica, o Estado do Paraná obrigou-se a assumir a
folha de pagamento dos professores e então em 1990 optou-se pela Escola
Pública, criada e com autorização de funcionamento do 1º grau pela Resolução
n.º 3.974/90 de 20 de dezembro de 1990. Em 14 de março de 1991 foi criado e
autorizado a funcionar o Colégio Estadual João Arnaldo Ritt – Ensino de 2º
Grau pela Resolução n.º 1.014/91. Pela Resolução nº 1.593/91 de 17 de maio
de 1991 o Colégio passa a denominar-se Colégio Estadual João Arnaldo Ritt –
Ensino de 1º e 2º Graus. A Resolução n.º 1.118/94 de 1º de março de 1994
reconhece o curso de 1º Grau regular e após três prorrogações (Resoluções n.º
2.317/92 de 16 de julho de 1992, n.º 2.475/95 de 19 de junho de 1995 e
4.646/96 de 03 de outubro de 1996) foi então reconhecido o Curso de 2º Grau
– Curso de Educação Geral do Colégio Estadual João Arnaldo Ritt – Ensino de
1º e 2º Graus, conforme Resolução n.º 3.354/97 de 03 de outubro de 1997. Em
11 de novembro de 1998, a Resolução n.º 3.120/98 altera a nomenclatura do
estabelecimento de ensino que passa a denominar-se Colégio Estadual João
Arnaldo Ritt – Ensino Fundamental e Médio.
IV. NÍVEIS E MODALIDADE DE ENSINO OFERTADO
• ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR (6º AO 9º ANO)
• ENSINO MÉDIO REGULAR (1ª A 3ª SÉRIE)
• EDUCAÇÃO ESPECIAL – SALA DE RECURSO MULTIFUNCIONAL
V. FUNCIONAMENTO ORGANIZAÇÃO
Critério de Formação de Turmas
A nossa clientela escolar é formada em sua grande maioria por alunos
provenientes da zona rural do distrito que dependem de transporte escolar,
sendo assim a escola atende as necessidades destes alunos no período
diurno. Assim os que frequentam a escola durante o dia geralmente auxiliam
suas famílias em serviços domésticos ou do campo, aproveitando assim
grande parte de seu tempo para desfrutar da companhia de seus pais.
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A escola também possui turmas no período da noite, porém em menor
numero de alunos sendo que sua maioria provém do próprio distrito, muitos
deles trabalham fora para garantir o sustento de suas famílias ou ajudar nas
despesas do lar ocupando-se de atividades comerciais, domésticas ou serviços
rurais.
Organização do Tempo e Uso do Espaço Escolar
Sendo nossa escola localizada no interior e com uma clientela
estabelecida, não temos problemas quanto ao espaço físico. Também esta se
mantem aberta para a comunidade escolar realizar reuniões, palestras, cursos
para os pais entre outros. Principalmente no período noturno onde há um
número reduzido de alunos.
A quadra esportiva também está aberta para a comunidade, dentro de
uma programação estabelecida pela direção.
No período da manhã a escola oferta o Ensino Fundamental e Médio, a
tarde oferta Ensino Fundamental. Já a hora atividade é distribuída dentro de
um cronograma por disciplina para que os professores realizem seus
planejamentos, utilizando como critérios a sugestão enviada pelo NRE. A
equipe pedagógica também usa este período para estudar com os professores
e fazer as intervenções caso necessário.
O Colégio funciona diariamente, nos dias de atividades previstas em
calendário escolar, em regime anual (Ensino Fundamental e Médio), no
seguintes horários:
Manhã: 7h20min às 11h40min;
Tarde: 13h10min às 17h30min;
Noite: 18h55min às 23h15min:
Com 04 (quatro) horas de atividades escolares por turno, totalizando 200
dias letivos, 800 horas anuais ou 1000 horas-aula. Tendo um horário de 15
minutos para a merenda/lanche e intervalo.
O Colégio oferece Almoço das 11h45 às 13h para os alunos
matriculados na sala Multifuncional, oferta no contra turno os Cursos de LEM e
Atividades Complementares.
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VI. A CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR
Realidade educacional do Brasil, Municípios e Distrito
Em um contexto em permanente transformação, o processo de
modernização do país, com o avanço da qualificação em tecnologia, tem
convivido face a face com o aumento da complexidade das relações sociais.
Desigualdade e tensões têm caracterizado a sociedade brasileira, exigindo das
instituições públicas o comprometimento com o bem coletivo. As enormes
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proporções da pobreza tornam necessários projetos coletivos dotados de
sustentação ética e racional. As incertezas que surgem, quando são avaliadas
estratégias para a superação da desumanidade historicamente estabelecida,
são resultantes da percepção da complexidade dos problemas vividos no
contexto com o qual a escola interage. Essas incertezas merecem tanto mais
atenções, quanto mais tomam consciência das responsabilidades diretas e
indiretas associadas às tomadas de posições diante dos problemas com que
nos defrontamos.
Até os nossos dias a escola tem estado a serviço de uma pequena
parcela da sociedade que tenta se perpetuar no poder, e mais, definindo os
meios econômicos, culturais e sociais da população. Percebe-se claramente
que há uma intenção de se servir da escola para atingir o seu intento.
O Projeto para a educação, assim, apresenta-se como econômico,
porque visa à preparação de mão de obra para o trabalho. Educadores fazem
uma análise da escola e de seus condicionantes que nos levam a questionar
ações por parte do Estado nas últimas décadas:
“A história da educação no Brasil tem sido uma história de perdas, de
exclusão e de manutenção dos privilégios de minorias. A herança que hoje, as
crianças e os jovens, enfim, a maioria da população, recebe dessa história,
caracteriza-se pela carência, pelo descrédito e ausência de perspectiva, pela
perplexidade. (...) a crise da educação atinge níveis intoleráveis. A política de
desobrigação do Estado com a educação pública, gratuita e de qualidade cada
vez mais vem excluindo crianças, jovens e adultos da escola e aprofundando
as desigualdades sociais”. (Coned, 1998:7).
Os dilemas e impasses do setor educacional são, inicialmente, um
problema relacionado à crise da própria proposta político-pedagógica para a
formação da população brasileira.
Historicamente, a escola vem relatando e defendendo que seu papel é o
de formar os indivíduos para a sociedade. Essa mesma sociedade da forma
como está estruturada não comporta os homens e mulheres com saberes e
entendimento da vida que na escola aprendem.
O problema está fundamentado num sistema econômico ideológico que,
ironicamente, a própria escola contribui para se propagar. Seu projeto
pedagógico não tem uma análise social do homem na sociedade em que vive.
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Mas sim, a ação humana sobre ou sob a sociedade produtiva. Sabe-se que há
resistências no campo progressista educacional, mas a política que se afirma
na educação nacional não foge à regra do campo ideológico neoliberal.
Nosso Estado e nosso Município como entes federativos, sofreram e
sofrem as consequências das forças políticas educacionais até então
estabelecidas. No entanto, recentemente houve uma tomada de consciência
por parte dos dirigentes, no sentido de reorganizar o sistema educacional no
Estado do Paraná, buscando neutralizar as forças impostas pelas políticas
neoliberais e garantir a inclusão das classes populares, tentando oferecer a
esta uma escola pública de qualidade.
Algumas medidas importantes já foram tomadas como, a valorização
dos profissionais da educação com a estabilidade através de concurso, plano
de carreira, formação continuada. A definição de diretrizes, a melhoria das
condições de trabalho, a orientação para o trabalho coletivo deu a comunidade
escolar um sentido de pertença, o que ainda não é o suficiente para que sirva
como base para as mudanças que precisam ocorrer.
Numa visão mais local, a reorganização das políticas educacionais do
Estado, teve uma resposta positiva no interior da escola, deu ânimo à
professores, funcionários e pais que passaram a se movimentar e fazer a sua
parte na busca de uma qualidade de ensino mais eficaz.
Através de pesquisa realizada junto aos pais, estes aprovam a
organização administrativa e pedagógica da escola, confiam nos professores,
apoiam as medidas de segurança e de disciplina adotadas.
Caracterização do Distrito de Vila Nova
Situado na microrregião 288 (Extremo Oeste Paranaense), ao norte do
município de Toledo, o distrito de Vila Nova tem como limites geográficos: ao
norte – o município de Palotina; ao sul os distritos de São Miguel e Novo
Sobradinho; ao leste – o distrito da sede do município de Toledo e do município
de Palotina e ao oeste – Novo Sarandi e Nova Santa Rosa.
O distrito está situado a 547 metros de altitude formando um rico
espigão com solo lato solo roxo, com uma acidez de índices entre 5,6 e 7,0 de
pH e possuindo terras muito férteis.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
13
Os colonizadores deste distrito chegaram atraídos pelas “churrascadas”
e promessas de riquezas fáceis propagandeadas pela Colonizadora Maripá,
junto a colonos Gaúchos e Catarinenses de origem alemã e italiana, que aqui
vieram tentar “mudar de vida”.
As terras divididas em pequenos lotes, já exploradas pela Colonizadora,
exigiram muito esforço braçal e comunitário para dar início à exploração da
terra, característica ainda hoje marcante na região, considerando-se a
mecanização.
O distrito administrativo foi criado pela lei Municipal n.º 194, de 30 de
maio de 1960 do município de Toledo e juridicamente pela lei Estadual n.º
5.263 de 13 de janeiro de 1966.
A área geográfica do distrito é de 110,11 Km2, onde se dispõem os
povoados de: Linha Flórida, São Pedro, Linha Arapongas, Dezoito de Abril,
Dois Marcos e Lajeado Grande. A população do distrito apresenta-se com
aproximadamente 3.500 habitantes segundo levantamentos realizados pela
própria comunidade, através da Associação de Moradores.
Economicamente o distrito, integrado a região, se destaca
nacionalmente na suinocultura, bovinocultura e na avicultura com
desenvolvimento tecnológico proporcionado pelas indústrias instaladas na
região, como por exemplo, a Empresa BRF-Sadia, as Cooperativas Coamo,
Coatol e Primato e o Abatedouro Municipal de Vila Nova, atualmente
administrado pela Cooperativa Primato,
Ainda predomina a pequena propriedade rural sustentada pelo tripé de
trigo, soja e milho, apresentando uma diversificação para a produção de
mandioca, piscicultura, pecuária leiteira e de corte, suinocultura, avicultura e
ovinocultura.
Na pequena propriedade, a mão-de-obra utilizada é basicamente
familiar, porém verifica-se um crescente no número de trabalhadores
assalariados ou parceiros no campo, pois a não utilização dos elementos
tecnologia – produtividade -administração, forçam o abandono da atividade
rural do pequeno proprietário que busca seu sustento vendendo a força de
trabalho na cidade, como assalariado urbano.
Na sede do distrito predomina o trabalho assalariado na agroindústria,
nas metalúrgicas, pequenas fábricas, na produção têxtil, que envolvem poucos
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
14
funcionários (de baixa renda e sem qualificação técnica e acadêmica), bem
como o comércio que utiliza mão-de-obra familiar.
Com a falta de emprego para os jovens trabalhadores, está surgindo
uma nova realidade. Muitos se deslocam para a sede do Município de Toledo, e
continuam morando no distrito. Os fatores são: a facilidade do transporte, já
possuírem morada, custo de vida menor e a qualidade de vida para a família,
(segurança, amizade, comodidade).
Existe no distrito infraestrutura para atividades bancárias, de transporte,
de comunicação, de serviços públicos e de saúde entre outros, o que permite a
vida centrada na comunidade.
Desta forma, o distrito busca a cada dia, alternativas e soluções para o
desenvolvimento sócio econômico e cultural da gente que aqui trabalha e
reside com qualidade de vida e amor a terra.
Realidade da Escola
Na área educacional as atividades são realizadas na sede distrital,
ofertadas por este estabelecimento de ensino público, a comunidade escolar é
composta por filhos de agricultores e assalariados que residem nas
propriedades rurais e demais distritos, a maioria dos alunos são usuários do
transporte escolar e colaboram nas atividades desenvolvidas pelos familiares.
No período matutino, os alunos são preferencialmente os que residem no
interior do distrito, por necessitarem do transporte escolar, no vespertino,
grande parte são os alunos que residem na vila e demais propriedades de
outras linhas mais próximas. No período noturno, boa parte dos alunos é
responsável pelo seu próprio sustento, tendo a necessidade de conciliar
trabalho e estudo, fato que muitas vezes justifica o seu desinteresse de
permanência nos bancos escolares.
Quando da conclusão do Ensino Médio observa-se que os alunos
geralmente conseguem emprego e continuam os estudos em Instituições de
Ensino Superior da região. A locomoção normalmente é feita por lotações e
ônibus que permite o retorno para suas residências.
Como destaque, salientamos que as festas organizadas pela
comunidade local é o que oportuniza a população do distrito momentos de
lazer e o seu desenvolvimento cultural.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
15
A partir desta realidade, a instituição busca ofertar educação com
qualidade, que garanta as aprendizagens essenciais à formação de cidadãos,
entendida como referencial de formação permanente e continuada, como
objetivo o desenvolvimento integral do ser humano, nas suas dimensões ética,
cultural, econômica, social e política, de maneira a preservar a sua dignidade e
orientá-lo nas ações perante a sociedade. Por entender que a educação é
dinâmica e histórica, portanto, precisa ler o mundo, marcado por múltiplas
transformações, somente seres autônomos, críticos e participativos, serão
capazes de atuar com dignidade e responsabilidade na sociedade em que
vivem, de maneira a atender suas necessidades.
Para reconhecer nossa realidade educacional, desenvolvemos a
metodologia de pesquisa com as famílias dos alunos, seguida de reunião com
os pais que responderam ao questionário elaborado pela equipe pedagógica da
escola. Alunos, professores e funcionários também participaram das
discussões sobre nossa realidade escolar com estudos em grupo e seminário
de exposição das conclusões. Após análise dos dados, constatamos que a
crise de identidade e valores presente na sociedade já está refletindo no
cotidiano escolar. O desinteresse pelo estudo, a falta de perspectiva com
relação ao futuro, são alguns dos fatores que justificam o empenho da
comunidade escolar na busca da garantia de acesso e permanência no
processo de ensino e aprendizagem.
As Famílias, a Associação de Pais e Mestres e Suas Expectativas
em Relação à Escola.
As famílias apresentam uma renda familiar de um a três salários
mínimos em 60% dos casos, 17 % tem renda entre quatro e cinco salários
mínimos e apenas 15% recebem mais de seis salários mensais e 8% deixaram
em branco.
A atividade econômica principal é voltada à agricultura e agropecuária
sendo que 48% são proprietários e 27% trabalham como funcionários nas
propriedades, 6% se dedicam ao comércio e 4 % trabalham na prestação de
serviços, 13% são funcionários públicos, 2 % exercem suas atividades na
indústria.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
16
O lazer preferido das famílias demonstra uma característica comunitária
da população de Vila Nova. 67% das pessoas preferem as festas populares e
33% participam de clube esportivo ou associação recreativa. Percebe-se uma
tendência ao resgate dos costumes mais antigos onde as visitas entre famílias
é a prática constante.
As informações sobre o Brasil e o mundo são obtidas, geralmente, pela
televisão que ocupa 35 % da preferência; as informações regionais aparecem
pelo rádio com 22%, devendo-se a uma programação variada no rádio que vem
agradando o público. O destaque é para a pouca informação através da leitura
de revistas e jornais, que juntas somam 2% da pesquisa, o uso da internet em
torno de 41% pelos estudantes e familiares.
A confissão religiosa é, predominantemente, católica com 68%, seguida
da Evangélica Luterana com 14%, Assembleia de Deus com 7,5 %,
caracterizou-se a presença crescente de outras igrejas como Testemunha de
Jeová, Quadrangular, e outras.
Na pesquisa com as famílias, ficou evidente a necessidade de um
ensino voltado às suas necessidades pessoais, com a participação cada vez
maior do aluno como sujeito do processo de ensino. A comunidade escolar
mostrou que, além dos conteúdos básicos, quer resgatar alguns valores que
foram esquecidos ao longo do tempo.
Através do diagnóstico com as famílias, foram apontados alguns temas
que devem ser trabalhados com mais ênfase, pela escola: saúde 30%,
educação familiar 20%, sexualidade 7%, drogas e violência 36 %, Meio
ambiente 5% e Cidadania 2%,
O nível de escolaridade dos pais ainda é baixo, apenas 3% possui curso
superior completo e 18% dos pais possui ensino Médio completo enquanto que
33% possuem Ensino Fundamental incompleto, 19% possuem ensino
fundamental completo, 3% não frequentaram os bancos escolares.
Quando perguntados sobre os valores mais importantes em suas vidas,
tivemos como resposta que a família, a saúde, a escola e a honestidade estão
nos primeiros lugares. Ao mesmo tempo, citam que é fundamental entender a
política para que se possa construir um país com mais respeito e dignidade.
A reunião com os pais, APMF e Conselho Escolar, de fato confirmou os
resultados obtidos com os questionários enviados às famílias. Através de um
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
17
trabalho em grupo, seguido de plenária, os pais apontaram algumas questões
importantes para o planejamento das atividades escolares e a definição da
identidade de nossa comunidade escolar, tais como:
• Os pais devem estar mais próximos de seus filhos no
acompanhamento das atividades escolares e nas iniciativas da escola,
primando-se pelo clima de amizade e cooperação entre pais, professores e
direção;
• Desenvolver e estimular: a pesquisa, visando superar problemáticas do
ambiente em que se está inserido, fazendo sentido à vida do aluno; o senso
crítico frente os meios de comunicação, a política, a economia, etc.; o
conhecimento pessoal, vocacional e profissional, entre outros;
• Preparar os jovens para a vida, desenvolvendo atitudes e
comportamentos de respeito, solidariedade, afetividade, formação do caráter e
da ética, enfim, resgatando-se os valores humanos.
• Proporcionar atividades de formação, qualificação e treinamento em
diversas áreas do conhecimento, permitindo ao estudante e a sua família o
acesso a novas tecnologias e práticas para a solução de pequenos problemas
e para otimizar os recursos disponíveis nas propriedades rurais e no mercado
urbano.
• Dar ênfase aos temas: agricultura orgânica, vendas, informática,
administração e controle das propriedades rurais, lixo útil, preservação
ambiental, alimentação, sexualidade, etc.
• Formação de novas lideranças, envolvidas em projetos comunitários,
valorizando-se as potencialidades de cada aluno e aproveitando as situações
problema de nosso distrito;
• Valorização de nossa região, por ser um excelente lugar para se morar,
acolhedor para a vida em família, com os amigos e a comunidade. Destaca-se
a tranquilidade, simplicidade e a segurança em relação aos grandes centros
urbanos;
Estas conclusões permitirão a comunidade escolar - principalmente
professores, desenvolver com os alunos atividades em sala de aula, no
ambiente escolar ou na própria comunidade que atendam aos anseios dos
pais, observado o contexto social de transformação e construção em que
estamos inseridos.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
18
Professores e Funcionários e Suas Expectativas em Relação à
Escola
Os Professores e os funcionários são comprometidos com os problemas
e desafios existentes no ambiente escolar, e no grande grupo, participaram da
discussão: A “escola que queremos” observando a “escola que temos”.
Concluiu-se que buscamos sempre que a escola seja democrática,
participativa e integrada à comunidade local e regional. Onde se valorizem as
opiniões dos pais, alunos, professores e funcionários presentes nas reuniões
periódicas, cursos e palestras. Os profissionais da educação procuram ofertar
conteúdos voltados para a realidade do educando, dentro de seu planejamento,
onde o aluno possa aproveitar os recursos disponíveis na sua propriedade ou
no seu trabalho, gerando mais renda e mais qualidade de vida.
Quanto à metodologia busca-se relacionar os conteúdos com a
realidade, buscando a inserção harmoniosa do aluno no seu próprio meio,
incentivando-o a permanecer, melhorar e/ou buscar alternativas de
desenvolvimento socioeconômicas e culturais que lhe garantirão o exercício de
sua cidadania.
Os professores e os funcionários concordam com os apontamentos
realizados pelos pais e pela APMF, quanto à predominância de alunos do meio
rural e a utilização da mão-de-obra familiar. Quanto aos pais, esperamos uma
participação mais significativa e um comprometimento da maioria em relação
aos estudos de seus filhos.
Buscamos uma escola inovadora, flexível e aberta às mudanças, que
valorize o nosso meio ambiente e vá de encontro à realidade de nossa
comunidade escolar. Almejamos alunos e pais mais conscientes, sensíveis às
mudanças, procuramos desenvolver um trabalho coletivo que facilite a
concretização de projetos que garantam a permanência e o sucesso de seus
filhos no meio em que vivem.
Os Alunos e Suas Expectativas em Relação à Escola
O trabalho de identificação da comunidade escolar, diagnosticando suas
necessidades e apontando as expectativas em relação à mesma, contou com
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
19
efetiva participação dos alunos através do Grêmio Estudantil e de plenárias em
cada sala de aula, orientadas por um questionário base.
Destacamos entre algumas manifestações de nossos educandos com
relação a alguns aspectos considerados importantes: Liberdade de expressão
55% considera bom, 14 % excelente, 31% regular, preocupação da escola com
a resolução de problemas pessoais e relacionamento com os professores e
colegas 47% consideram bom, 28% consideram excelente, 25% consideram
regular.
Se a escola reconhece e valoriza a identidade étnica de seus alunos
54% consideram bom, 24% excelente, 21% regular. Quanto à capacidade de a
escola relacionar os conteúdos das matérias com o cotidiano, 60% dos alunos
considera bom, 20% excelente e 20% regular, perguntados sobre a capacidade
da escola avaliar seu conhecimento, o que você aprendeu 53% consideram
bom, 28% excelente e 19% consideram regular, quanto ao ambiente 70%
considera excelente; e 10% percebe a necessidade constante de atualização
bibliográfica e bem como sua otimização; de acordo com a pesquisa 40% dos
alunos consideram bom os professores e 30% acham que alguns professores
deveriam variar suas metodologias para compreender e enfrentar as mudanças
tecnológicas, sociais, políticas, econômicas e culturais da atualidade, bem
como se destacou o resgate da afetividade e da solidariedade como meios
para a participação dos alunos nas atividades propostas e 30% consideram os
mesmos excelentes sem necessidade de mudança. 56% destacaram a atuação
dos agentes educacionais I e II para que nosso ambiente esteja agradável e
funcionando como apoio indispensável para o pleno êxito das atividades
escolares; 59% percebem que os pais devem se envolver com mais afinco na
vida escolar de seus filhos e da escola.
Quando perguntados sobre a importância da escola, 32% apontaram
que “a escola desenvolve nossas capacidades, preparando nosso futuro para a
vida” e para 23% a escola “é à base da vida, da formação escolar e educação”.
Outros 18% destacaram que a escola é importante para desenvolver o respeito
e a convivência.
As apresentações culturais, atividades extracurriculares (orientações
vocacionais e profissionais, palestras, atividades esportivas), aulas dinâmicas,
agradáveis e práticas para o cotidiano que se está vivendo.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
20
Da mesma forma, percebemos que 48% gostariam que a escola
realizasse mais excursões, 36% preferem jogos/esporte/lazer, 34% gostam de
dança/música, 22% preferem gincanas.
As avaliações, segundo os alunos, devem considerar o rendimento
escolar do aluno, seu progresso e diversificar as técnicas de verificação da
aprendizagem, através da oralidade, pesquisas, produção de textos, solucionar
problemas, sempre estimulando o aluno a desenvolver sua potencialidade
máxima.
Quanto à realidade regional, 86% gostam de morar no interior do
município, que se justifica pela tranquilidade do lugar, sem a violência dos
grandes centros e as boas amizades que aqui possuem. Quanto à
comunidade, a escola deve continuar promovendo eventos, palestras,
formando cidadãos para atuarem na vida comunitária, política, social, religiosa;
participando ativamente do planejamento urbano e do estudo de problemas
públicos relacionados à saúde, meio ambiente, urbanização, serviços sociais,
etc.
Por fim, 100% disseram que gostam de estudar nesta escola.
Consideram o ambiente agradável, estruturado e aconchegante, onde tem
boas amizades, um bom nível de ensino.
Vínculos funcionais (quadro de funcionários)
O Colégio Estadual João Arnaldo Ritt - Ensino Fundamental e Médio
possui em seu quadro funcional, profissionais que atuam na gestão, ensino e
apoio pedagógico do Ensino Regular, exigir-se-á desse profundo conhecimento
e estudo constante da fundamentação teórica e da função social da escola,
bem como as legislações e suas regulamentações inerentes a esse nível de
ensino, assim também o profundo conhecimento do perfil de seus educandos;
das Diretrizes Curriculares Nacionais, bem como as legislações e suas
regulamentações inerentes à Educação.
Direção:
Nome Formação
Ivete Donin Polachini Pedagogia, com Especialização em
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
21
Orientação Educacional.
Equipe Pedagógica:
Nome Formação
Ursula Marilyn Mousquer
Padilha
Pedagogia – Hab. em Supervisão Escolar e
Empresarial, com Especialização em
Pedagogia Empresarial e Coorporativa.
Ana Claudia Covatti Pedagogia, Pós Graduação em Gestão
Escolar
Maria Soleni Domingos Pedagogia
Agente Educacional II:
Nome Formação
Gilmara Zeferino Kaufert
Bacharel em Ciências Contábeis e
Licenciatura em Pedagogia com
Especialização em Gestão Escolar.
Marinês Kolberg Machado
Licenciatura em Pedagogia, com
Especialização em Gestão Escolar.
Maristela Kolberg
Licenciatura em Educação Física com
Especialização em Educação Especial e
Educação Inclusiva.
Agente Educacional I:
Nome Função
Maicon Kich Agente Educacional I
Denise de Souza Agente Educacional I
Elaide Lindemann Dullius Agente Educacional I
Eliane M Dourado Agente Educacional I
Solange T. Kremer Ducati Agente Educacional I
Luiz Henrique Alves Agente Educacional I
Gracieli Quirino da Silva Agente Educacional I
Marciane R. A. Allebrandt Agente Educacional I
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
22
Quadro de Professores:
Nome Formação
Analine Mafda Zonner Lusa Licenciatura em Letras e Pós Graduação
em Língua Portuguesa.
Anésio Jose Vitto Licenciatura em Filosofia e Pós Graduação
em Gestão Escolar
Betânia da Silva Frez Licenciatura em Educação Física.
Chirlei Debora Pereira Licenciatura em Pedagogia com
Especialização em Educação Especial.
Clarice L. Kich Grochoswski Licenciatura em Ciências Biológicas e
Licenciatura em Matemática.
Claudia Regina M. Kliemann Licenciatura em Química
Cornélia S. Grespan Licenciatura em Geografia, com
Especialização em Análise Ambiental e
Regional em Geografia.
Cristiane Casagrande Licenciatura em Geografia.
Carlito Giacobbo Licenciatura em História e Pós Graduação
em Met. Ens de Historia.
Canisio Frai Licenciatura em Letras e Pós Graduação
em Letras
Daiana Luzza Licenciatura em Letras e Língua
Estrangeira
David Allan Soares Licenciatura em Geografia
Elaine W. Gehlen Licenciatura em Artes Visuais.
Elisley A Rodrigues Licenciatura em Geografia
Denise Beatriz Langer Licenciatura em Letras e Língua
Estrangeira.
Helson Adir Soares Licenciatura Letras/Espanhol e Pós
Graduação em Psicopedagogia
Franciele Alves Pereira Licenciatura em Letras e Mestre em Letras.
Jairo Luiz Hoffmann Licenciatura em Matemática, Física e
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
23
Administração.
Jaqueline Ghellere Licenciatura em Matemática
Janete Maria Reis Dupont Licenciatura em Letras com Especialização
em Educação Especial.
Jaqueline Ghellere Licenciatura em Matemática.
Lara de Fátima Ostroski Bacharel em Secretariado Exec. Bilíngue e
Pós-graduação em Ensino da Língua
Inglesa.
Loreni Aparecida Pedroso Bacharel em Ciências Sociais.
Luiz Vilson Scheid Licenciatura em Matemática.
Maria Luiza Kmetzki Licenciatura em História.
Meri T P Bohn Licenciatura em História e Pós Graduação
em Gestão Escolar
Marcia Maria Phillppsen Licenciatura em Historia/Geografia e Pós
Graduação e Educ Especial
Nanci Nogueira Testa Licenciatura em Ciências Biológicas, com
Especialização em Ciências
Morfofisiológicas
Paulo João Konzen Licenciatura em Filosofia.
Roni Lenon da Silva Licenciatura em Filosofia e Mestre em
Filosofia.
Sandra Marcia Dalanhol Licenciatura em Educação Física, com
Especialização em Interdisciplinaridade na
Escola
Thaisi Francielly Andrade Licenciatura em Artes Visuais.
Veridiane Stefanello Licenciatura em Letras Port/Inglês com
Especialização em Gestão Escolar
Vilma R Fanegas Licenciatura em Artes Visuais.
ORGANOGRAMA
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Resultados Educacionais: Evasão/Abandono, Aprovação e
Reprovação.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
25
79%
7%
14%
6º A
APROVADOS REPROVADOS APROVADOS POR CONSELHO DE CLASSE
73%
18%
9%
6º B
APROVADOS REPROVADOS APROVADO POR CC
76%
3%
21%
7º A
APROVADOS REPROVADOS APROVADOS POR CONSELHO DE CLASSE
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
26
90%
5%5%
7º B
APROVADOS REPROVADOS APROVADOS POR CONSELHO DE CLASSE
82%
0%
18%
8º A
APROVADOS REPROVADOS APROVADOS POR CONSELHO DE CLASSE
77%
0%
23%
8º B
APROVADOS REPROVADOS APROVADOS POR CONSELHO DE CLASSE
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
27
84%
0%
16%
9º A
APROVADOS REPROVADOS APROVADOS POR CONSELHO DE CLASSE
72%
0%
28%
9º B
APROVADOS REPROVADOS APROVADOS POR CONSELHO DE CLASSE
81%
4%
15%
1ª A
APROVADOS REPROVADOS APROVADOS POR CONSELHO DE CLASSE
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
28
89%
0%
11%
1ª B
APROVADOS REPROVADOS APROVADOS POR CONSELHO DE CLASSE
82%
0%
18%
2ª A
APROVADOS REPROVADOS APROVADOS POR CONSELHO DE CLASSE
87%
13%0%
2ª B
APROVADOS REPROVADOS APROVADOS POR CONSELHO DE CLASSE
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
29
83%
0%
17%
3ª A
APROVADOS REPROVADOS APROVADOS POR CONSELHO DE CLASSE
100%
0%0%
3ª B
APROVADOS REPROVADOS APROVADOS POR CONSELHO DE CLASSE
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
30
VII. RELAÇÃO DOS RECURSOS FÍSICOS E MATERIAIS
Condições físicas do estabelecimento e recursos materiais
O Colégio Estadual João Arnaldo Ritt conta com prédio amplo, agradável
e que oferece excelentes condições de trabalho, com área de 7.200 m2 e área
construída de 1.265 m2, tendo sido inaugurado em 1997. No dia 15 de
setembro de 2015 a Lei “R” nº 108 o município de Toledo, autorizou a doação
da área de 4.800 m2, matricula nº 64.039-1- Serviço de Registro de Imóveis da
Comarca de Toledo. Dispõe de 08 (oito) salas de aula; 01 (uma) sala de uso
múltiplo; 01 (um) laboratório para química, biologia, física e ciências; 01 (um)
laboratório de informática; 01 (uma) biblioteca; 01 (uma) sala de reuniões; área
administrativa que compõe: sala da direção, secretaria, sala de arquivo, sala da
coordenação, 02 (dois) banheiros, sala de hora atividade e sala dos
professores; conta ainda com almoxarifado; banheiros femininos e masculinos;
cozinha com saguão aberto onde os alunos também utilizam para praticar tênis
de mesa; quadra esportiva coberta (não fechadas as laterais); horta escolar
(cuidada pelos alunos através de trabalhos na disciplina de Geografia); ampla
área coberta, caracterizada por corredores e ampliação do espaço com área
verde, inclusive com árvores nativas e 01 (um) campo de futebol (ainda não
fechadas as laterais).
Este espaço escolar proporciona um ambiente de trabalho e
aprendizado agradável e funcional, dinamizando a vida escolar. Os recursos
materiais e pedagógicos disponíveis são de qualidade para atender os
discentes, entre eles os tecnológicos como: computadores (04 (quatro) em
funcionamento); TV; TV Multimídia; Projetor Multimídia; Pendrive;
Videocassete; CDs e DVDs, a disposição do corpo docente para o
desenvolvimento de aulas e projetos.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
31
VIII. OBJETIVOS, FUNDAMENTOS, PRINCÍPIOS E CONCEPÇÕES
ORIENTADORAS DAS AÇÕES EDUCACIONAIS.
8.1. Objetivos
Visa o desenvolvimento contínuo da pessoa humana, dos seus saberes
e aptidões, da capacidade de discernir e agir, levando cada um a tomar
consciência de si próprio e do ambiente que o rodeia, desempenhando o papel
social que lhe cabe enquanto trabalhador e cidadão.
É de conhecimento de todos que segundo o Art. 04/98 da LDB em vigor,
e em nível de Constituição Federal, todo cidadão brasileiro tem direito ao
ensino público gratuito sendo este o mesmo obrigatório em nível de Ensino
Fundamental, inclusive aos que não tiveram acesso em idade própria. Em
relação ao ensino médio, o estado deverá ofertar progressiva extensão da
obrigatoriedade e gratuidade.
Está previsto ainda na LDB, segundo Art. 14/98, que os sistemas de
ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino público na
educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os
seguintes princípios:
I – Participação dos profissionais da educação na elaboração do Projeto
Pedagógico da escola;
II – Participação das comunidades escolar e local em conselhos
escolares ou equivalentes.
O sistema de ensino assegurará as unidades escolares públicas de
educação básica que os integram progressivos graus de autonomia
pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas
gerais de direito financeiro público.
Conforme Art. 17/98, os sistemas de ensino dos Estados e Distrito
Federal compreendem:
I – As instituições de ensino mantidas respectivamente pelo Poder
Público Estadual e Distrito Federal;
II – As instituições de educação superior mantidas pelo Poder Público
Municipal;
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
32
III – As instituições de Ensino Fundamental e Médio criadas e mantidas
pela iniciativa privada;
IV – Os órgãos de educação estaduais e do Distrito Federal
respectivamente.
Para isso desenvolveremos um trabalho comum em função de um
currículo cuidadosamente planejado e coordenado, que assegure
conhecimentos e habilidades essenciais como condição para participação ativa
e consciente do processo social.
Revestida deste caráter dialógico e participativo a proposta pedagógica
irá conter um poder transformador.
Esta instituição tem como objetivo desenvolver um trabalho educacional
participativo que atenda aos reais interesses e necessidades da comunidade,
respeito e dignidade aos valores do ser humano, despertando suas habilidades
individuais e coletivas.
Analisando o contexto deste estabelecimento, verifica-se a importância
de um trabalho planejado, estruturado, pois não basta oferecer vagas em
número suficiente. O maior desafio é evitar a repetência e a evasão,
assegurando que o aluno aprenda e seja bem sucedido na escola e na vida.
Para isso os passos são os seguintes:
• Buscar um ensino que promova uma educação ao alcance de todos,
com qualidade, através da aquisição, da assimilação e da sistematização do
conhecimento universal.
• Promover atividades extracurriculares aos alunos, estabelecendo um
elo entre teoria e prática, despertando maior participação, entusiasmo e senso
crítico nos alunos.
• Trabalhar com projetos.
• Reformular a metodologia de avaliação, pois percebemos que a
avaliação deve ser entendida num contexto mais amplo, observando o aluno
como um cidadão num processo integral e contínuo de conhecimentos,
minimizando a autoridade das notas para aprovação ou reprovação, uma vez
que a avaliação deve ser diagnóstica, contínua e formativa.
• Buscar a participação dos pais/responsáveis assiduamente, dentro do
processo de ensino-aprendizagem, fazendo com que estes cumpram seu papel
de dirigentes orgânicos da nova escola que se propõe; juntamente com
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
33
professores, pedagogos e diretores, promovendo reuniões, por turma (alunos,
pais, professores e equipe pedagógica) buscando solucionar as dificuldades de
aprendizagem apresentadas pela mesma. Em alguns casos realizar reuniões
por turma (alunos, pais e professores), levantar possíveis soluções aos
problemas apresentados.
• Procurar da melhor forma possível um acompanhamento pedagógico a
todos os professores.
• Aumentar o acervo bibliográfico.
• Organizar salas ambientes para incentivar aos alunos a pesquisarem e
a buscarem novos conhecimentos através de experiências.
• Fazer do espaço físico escolar, um espaço bonito, tranquilo, acolhedor,
onde crianças, pais, enfim toda a comunidade escolar sinta-se bem.
Objetivos do Ensino Fundamental
O Ensino Fundamental, obrigatório e gratuito, tem por objetivo a
formação básica do cidadão, mediante:
I. O desenvolvimento da cognição, tendo como meios básicos o pleno
domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II. A compreensão do ambiente natural e sociocultural, dos espaços e
das relações socioeconômicas e políticas, da tecnologia e seus usos, das artes
e dos princípios em que se fundamentam as sociedades;
III. O fortalecimento dos vínculos de família e da humanização das
relações em que se assenta a vida social;
IV. A valorização da cultura local/regional e suas múltiplas relações com
os contextos nacional/global;
V. O respeito à diversidade étnica, de gênero e de orientação sexual, de
credo, de ideologia e de condição socioeconômica.
Objetivos do Ensino Médio
O Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, com duração mínima
de três anos, tem como finalidade:
I. A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no
Ensino Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II. A formação que possibilite ao aluno, no final do curso, compreender o
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mundo em que vive em sua complexidade, para que possa nele atuar com
vistas à sua transformação;
III. O aprimoramento do aluno como cidadão consciente, com formação
ética, autonomia intelectual e pensamento crítico;
IV. A compreensão do conhecimento historicamente construído, nas
suas dimensões filosófica, artística e científica, em sua interdependência nas
diferentes disciplinas.
Ao final do Ensino Médio o aluno deve demonstrar:
I. Domínio dos princípios científicos, tecnológicos e do legado filosófico e
artístico da sociedade, que possibilite a compreensão da complexidade
histórico social da mesma;
II. Conhecimento das formas contemporâneas de linguagem;
III. Compreensão crítica das relações e da estrutura social, das
desigualdades e dos processos de mudança, da diversidade cultural e da
ideologia frente aos intensos processos de mundialização, desenvolvimento
tecnológico e aprofundamento das formas de exclusão;
IV. Percepção própria, como indivíduo e personagem social, com
consciência, reconhecimento da identidade social e uma compreensão crítica
da relação homem-mundo.
8.2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Aspectos Legais
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB – Lei n.º
9394/96, elaborada em consonância com os princípios da Constituição Federal,
trouxe mudanças para o Sistema Educacional Brasileiro, tanto em relação à
gestão e à organização, quanto à ação educativa, ao apontar como princípios:
a Liberdade, a Autonomia, a Flexibilidade e a Democracia.
A LDB, em seu Art. 1º, aponta que “A educação abrange os processos
formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no
trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e
organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais”, observando
ainda que “A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à
prática social”. Desta forma, a escola estará se inserindo no conjunto da
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35
sociedade, elaborando uma Proposta Pedagógica que atenda às necessidades
dos indivíduos que dela participam, bem como divide a responsabilidade de
educar com a sociedade.
O ensino, segundo a LDB, prevê que o ensino seja ministrado com base
nos seguintes princípios:
“I – igualdade de condições . . . para a permanência na
escola;
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a
cultura, o pensamento, a arte, o saber;
III – pluralismo de ideias . . .;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
. . .
VII – valorização do profissional da educação escolar;
VIII – gestão democrática. . .;
IX – garantia de padrão de qualidade;
. . .
XI – “vinculação entre educação escolar, o trabalho e as
práticas sociais.”
Neste sentido, a escola desenvolveu seu Projeto Político Pedagógico de
forma intencional e diversificada; atendendo à implementação de inovações e
especificidades próprias da Lei; considerando nossa realidade regional e a
formação de um cidadão que possa atuar nesta sociedade; preocupada com a
assimilação do conhecimento elaborado para a construção de novos
conhecimentos direcionados por princípio pedagógico integrador,
interdisciplinar e criativo.
Ainda fundamentam a Proposta Pedagógica o Parecer n.º 04/98 –
CNE/CEB, referente ao Ensino Fundamental; a Resolução n.º 03/98 –
CNE/CEB e a Resolução n.º 3492/98 que tratam do Ensino Médio; a
Deliberação 014/99 – CEE/PR; a Indicação 004/99 – CEE/PR; a Deliberação
016/99, que trata do Regimento Escolar e os encontros pedagógicos realizados
com o NRE – Toledo, com as Escolas Estaduais e com a comunidade escolar,
esta de forma mais intensa.
Aspectos Sociais
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36
No mundo competitivo em que vivemos, uma das condições impostas
pela sociedade ao ser humano é que exerça uma profissão de maneira criativa,
fazendo a diferença no complexo mundo do trabalho e nas relações sociais. O
processo educacional além da formação do ser humano atende ás
necessidades e exigências sociais em constantes mudanças, para que o
mesmo possa viver em comunidade e atuar no meio em que vive de modo
criativo e inovador.
A prática educativa vem se adequando ao longo de sua trajetória,
através dos movimentos historicamente produzidos pela sociedade e que tem
reproduzido as desigualdades sociais ao invés, de oferecer iguais condições a
todos. Dessa maneira, a educação deve ser democraticamente oferecida a
todos, indistintamente para que não haja prejudicados ou marginalizados. Há
um primeiro passo, fazer a crítica dos currículos denunciando o discurso
enganador das ideologias, colocando o real objetivo, para que servem e o que
pretendem. É importante que os educadores discutam a quem a ciência serve
e que a escola possa de modo positivo, formar um cidadão consciente para
que assuma seu papel na sociedade e queira participar das decisões em sua
comunidade. Assim a emancipação passa por três objetivos fundamentais:
1) Formar o cidadão e prepará-lo para uma profissão em que possa
ganhar honradamente o seu sustento. Não podendo ficar marginalizado com
um ensino, onde o educando não é visto como um ser social, em que não é
formado adequadamente. É processo formá-lo para o trabalho de onde tirará
sua subsistência.
2) Formar o cidadão que saiba “ler o seu tempo”, que tenha condições
de entender a hermenêutica de sua situação e, para isso, é preciso que saiba
se comunicar. Pela comunicação criará um espaço de liberdade. Saber
comunicar-se é saber expressar o que almeja, quais são os seus objetivos e
suas metas.
3) A formação de uma pessoa que saiba decidir livremente após
entender o significado da sua situação e de seu mundo.
Estimular o aluno a que acredite em si, que se sinta seguro, que se
valorize como pessoa, que se aceite plenamente em todas as dimensões da
sua vida. Se o aluno acreditar em si, será mais fácil trabalhar os limites, a
disciplina, o equilíbrio entre direitos e deveres, a dimensão grupal e social .
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37
Logo, o centro das preocupações devem ser as necessidades do aluno.
Para desenvolvê-lo é imprescindível conhecê-lo e, assim, possibilitar – lhe mais
oportunidades, a fim de que se ajuste à vida e se realize como pessoa. A
escola vive um processo dinâmico, precisa sempre se adequar ao momento de
nossa sociedade, abrindo espaços para a implantação de novas tecnologias e
metodologias de ensino.
Filosofia da Escola
Diante da conjuntura atual, a escola está passando por uma “crise” de
identidade, de valores, em busca da promoção e integração de todos os
indivíduos, voltando-se à construção da cidadania como prática efetiva.
Para tanto, exige-se novas metodologias, procedimentos, estratégicas
de verificação, didáticas e conteúdos que atendam esta demanda e
desenvolvam um espírito crítico capaz de favorecer a criatividade e o
dinamismo, em busca de um ensino de qualidade para todos.
O trabalho na escola, através de uma linha teórica Construtivista –
Histórico Crítico, privilegia o processo de apreender e compreender a realidade
sócio – histórica. É uma postura política epistemológica e existencial, tem
ainda, o propósito de contribuir para que os alunos interajam na sociedade de
maneira crítica e construtiva, exercendo assim, a cidadania, contribuindo para
que haja uma sociedade mais humana e solidária. Em síntese, fica clara a
seguinte ideia: não é possível ensinar diretamente alguém a ser crítico, mas a
atitude crítica pode ser desenvolvida à medida que o indivíduo se instrui.
Adquirindo uma cultura geral solida no que reforça a firmação sobre a ação
formativa da escola.
A partir desta concepção, e conforme anseio dos pais, a escola é um
lugar de grande importância para a formação e para a preparação dos seus
filhos para a vida - “É à base de tudo na sociedade, onde se estrutura o
jovem para analisar o passado, pensar o presente e projetar o futuro”.
Nossa escola tem como filosofia formar cidadãos capazes de atuar com
competência e dignidade na sociedade, buscando selecionar como objetivo de
ensino, conteúdos que estejam em consonância com as questões sociais que
marcam cada momento histórico, para que o aluno possa exercer seus direitos
e deveres.
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38
8.3. PRINCÍPIOS
A facilidade de acessar, selecionar e processar informações no mundo
atual está permitindo descobrir novas fronteiras do conhecimento, que se
revela cada vez mais integrada. Também são integradas as capacidades
requeridas por uma organização da produção na qual a criatividade e a
autonomia de solucionar problemas serão cada vez mais importantes.
Uma das metas da educação na atualidade é contribuir para construção
de uma sociedade igualitária, com oportunidades para todos. O princípio da
promoção da cidadania sem discriminação cumpre o dispositivo constitucional
que propõe uma Educação de Qualidade como direito de todos. Embora haja
esforços e iniciativas, ainda existem muitas barreiras físicas e sociais que
impedem a efetiva integração de todos os alunos no processo educativo.
Neste sentido busca-se uma proposta de educação inclusiva, que acolha
todas as pessoas, sem exceção. É uma proposta de educação voltada para os
estudantes com necessidades especiais e todas as minorias e também para a
criança que é discriminada por qualquer motivo. Ela permite aos que são
discriminados pelas dificuldades, pela classe social, pela cor, pela crença ou
qualquer outra diferença, ocuparem seu espaço na sociedade. Para isso temos
a sala de recursos que possibilita este trabalho inserindo a pessoa portadora
de alguma necessidade especial no meio escolar procurando amenizar os
traumas vividos e auxiliando os professores nos procedimentos didáticos que
às vezes são diferenciados.
Compreender a diversidade, aceitando e valorizando as diferenças é um
dos princípios que precisam nortear a educação na atualidade. O ser humano é
um ser de relações e cresce na medida em que se relaciona com a natureza e
com os demais. Neste sentido a relação entre os diferentes é fundamental, pois
possibilita a troca de conhecimentos, experiências e saberes que contribuem
com a formação integral do ser humano. As diferenças não só devem ser
aceitas, mas também acolhidas como subsídio para completar o cenário
escolar. Para tanto é necessário oferecer serviços complementares, adotar
práticas criativas na sala de aula, rever posturas e construir uma nova filosofia
educativa pautada pelos princípios da inclusão.
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A diversidade entre os indivíduos é uma condição da natureza humana e
está sempre presente em qualquer abordagem pedagógica. É fundamental
aprender a lidar com a mesma procurando equilibrar objetivos comuns e
necessidades pessoais dos estudantes. Neste aspecto é preciso cultivar
conceitos como flexibilidade e tolerância. Eles são pré-requisitos para a boa
convivência e a adaptação de pessoas diferentes a ambientes e objetivos
comuns.
Em função da dificuldade que os sistemas educacionais encontraram
para lidar com a diversidade, os educandos especiais encontram dificuldade de
participar integralmente neste mundo de todos, visto que os professores não se
sentem preparados para trabalharem com os alunos inclusos. Há necessidade
de maior formação para que o professor venha realizar com êxito e segurança
o trabalho da inclusão.
A educação neste estabelecimento de ensino obedecerá aos seguintes
princípios:
Igualdade – Acesso e Permanência
O acesso é a porta inicial para a democratização mas torna-se
necessário, também garantir que todos os que ingressam na escola tenham
condições de nela permanecer, com sucesso. A concepção de sucesso escolar
não se limita ao desempenho do aluno, significa a garantia do direito à
educação, isto é, uma trajetória escolar sem interrupções, o respeito ao
desenvolvimento humano, à diversidade e ao conhecimento.
O ponto de partida é o reconhecimento dos direitos humanos e o
exercício dos direitos e deveres, da cidadania como fundamento da preparação
do educando para a vida, para o trabalho, para a transformação deste espaço
com geração de renda, riqueza, solidariedade, consciência e qualidade de vida
para todos.
A política da igualdade vai se expressar pela busca da equidade no
acesso à educação, ao emprego, à saúde, ao meio ambiente saudável e no
combate a todo tipo de preconceito e discriminação social, principalmente, o
que se manifesta em relação ao trabalho do meio rural e com as pessoas
marginalizadas do ambiente social.
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É importante que a família cumpra seu papel na educação,
compartilhando com a escola, os objetivos comuns que é a formação de um
cidadão que saiba intervir na sociedade e que ambas caminhem juntas na luta
contra a desigualdade.
Qualidade – Domínio dos Conhecimentos
A educação com qualidade social e a democratização da gestão
implicam na garantia do direito à educação para todos, por meio de políticas
públicas, materializadas em programas e ações articuladas, com
acompanhamento e avaliação da sociedade, tendo em vista a melhoria dos
processos de organização e gestão dos sistemas educativos.
Cabe ao processo educativo favorecer o desenvolvimento e apreensão
de saberes científicos, artísticos, tecnológicos e sócio-históricos,
compreendendo as necessidades do mundo do trabalho, os elementos
materiais e a subjetividade humana.
Identidade
Se expressa por um permanente reconhecimento da identidade própria e
do outro, e tem como fim mais importante o auto conhecimento, a autonomia,
o sentimento de pertencimento no grupo social e a solidariedade.
A escola está inserida num meio social que leva à definição de vocações
próprias, já apontadas no diagnóstico escolar, que se diversificam ao incorporar
as necessidades locais e as características dos alunos e participação dos
professores e das famílias no desenho institucional considerado adequado para
a instituição escolar.
Infância e Adolescência
O conceito (período/etapa) de infância sofreu transformações históricas
e com a implementação do Ensino Fundamental de nove anos, é importante
compreender essas transformações, o que se evidencia tanto na literatura
pedagógica, quanto na legislação e nos debates educacionais, em especial a
partir da década de 1980, no Brasil. Os debates políticos em torno da
constituição de 1988 e os estudos de diversas áreas do conhecimento
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
41
contribuíram para o questionamento da concepção de naturalização das
desigualdades sociais e educacionais, até então predominante, para o
reconhecimento de que as condições de desigualdade das crianças eram
determinadas por fatores econômicos, culturais e sociais. Assim, à medida que
a sociedade organizada exerceu pressões sobre o Estado, este passa a
incorporar, nos textos legais, o entendimento da criança como sujeito de
direitos. Exemplos destes textos legais são a Constituição de 1988, o Estatuto
da Criança e do Adolescente, nos anos 1990, a LDB n. 9394/96, além de textos
curriculares que tratam da especificidade da infância (KRAMER, 2006). Se no
contexto político, as diferentes concepções sobre a infância influenciaram ou
justificaram as políticas educacionais, com limites e possibilidades; no contexto
pedagógico, a discussão e definição de uma concepção de infância é
primordial na condução do trabalho. Esta concepção orientará os conceitos
sobre ensino, aprendizagem e desenvolvimento, a seleção dos conteúdos, a
metodologia, a avaliação, a organização de espaços e tempos com atividades
desafiadoras, enfim, o planejamento do trabalho organizado não apenas pelo
professor, mas por todos os profissionais da instituição.
Entre os estudos sobre uma concepção de infância como fase distinta da
vida adulta, ganha destaque o historiador francês Ariès. Em seus estudos,
Ariès analisa diferentes significados atribuído à infância, em especial nos
séculos XVII e XVIII. Segundo este autor, até o fim da Idade Média não existia
um sentimento de infância como etapa específica da vida humana, portanto
com características e necessidades próprias. Ariès afirma que é no fim da
Idade Média que se inicia um processo de mudança, pois a infância passa a
ser encarada como sinônimo de fragilidade e ingenuidade, sendo alvo de
atenção dos adultos. Já no século XVIII, a concepção sobre a infância passa
pelo disciplinamento e pela moral, exercidas especialmente por um processo
educacional impulsionado pela Igreja e pelo Estado. Esta concepção marca a
educação das crianças, particularmente no período do capitalismo industrial, no
século XIX. Embora com ressalvas, sua pesquisa é considerada relevante pelo
fato de que contribuiu para a compreensão da infância como um conceito
construído historicamente.
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42
Afirmar que a infância é um conceito construído historicamente significa
compreender que esta é uma condição da criança, é uma fase da vida distinta
da fase adulta (KUHLMANN, 1998).
Significa reconhecer que esta condição da criança, a infância, é
resultado de determinações sociais mais amplas do âmbito político, econômico,
social, histórico e cultural. Significa ainda considerar, no contexto da práxis
pedagógica, que a criança emite opiniões desejos de acordo com as
experiências forjadas nos diferentes grupos sociais e de classe social ao qual
pertence. Portanto, é importante perceber que “as crianças concretas, na sua
materialidade, no seu nascer, no seu viver ou morrer, expressam a
inevitabilidade da história e nela se fazem presentes, nos seus mais diferentes
momentos” (KUHLMANN, 1998, p. 32).
Para KRAMER (1995) o conceito de infância se diferencia conforme a
posição da criança e de sua família na estrutura socioeconômica em que se
inserem. Portanto, não há uma concepção infantil homogênea, uma vez que as
crianças e suas famílias estão submetidas a processos desiguais de
socialização e de condições objetivas de vida. Nesse sentido, cabe à escola,
reconhecer estes sujeitos como capazes de aprender os diferentes
conhecimentos acumulados pela humanidade e sistematizados como
conteúdos pela escola, respeitando a singularidade da infância.
Algumas singularidades que marcam esta fase da vida explicitam as
formas que as crianças desenvolvem, na interação social, para aprender e
relacionar-se com o mundo: a grande capacidade de aprender; a dependência
em relação ao adulto, o que exige proteção e cuidados; o desenvolvimento da
autonomia e auto cuidados; o intenso desenvolvimento físico-motor; a ação
simbólica sobre o mundo e o desenvolvimento de múltiplas linguagens; o
brincar como forma privilegiada de apropriar-se da cultura; a construção da
identidade, por meio do estabelecimento de laços sociais e afetivos (FARIA &
SALLES, 2007).
Pode-se afirmar que têm ocorrido avanços nos estudos sobre a infância
à medida que se destaca esta etapa da vida humana como uma construção
social, o que supera as compreensões de caráter inatista, pois se compreende
que a aprendizagem se dá na interação social, não estando condicionada pela
maturação biológica.
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43
A concepção de infância e de desenvolvimento infantil como construção
histórica foi uma das grandes contribuições dos estudos de Vygostsky (2007)
que, ao analisar o desenvolvimento humano privilegia a interação social na
formação da inteligência e das características essencialmente humanas. Em
outras palavras, nos tornamos humanos a partir da interação com outros seres
humanos. É, portanto “a partir de sua inserção num dado contexto cultural, de
sua interação com membros de seu grupo e de sua participação em práticas
sociais historicamente construídas, que a criança incorpora ativamente as
formas de comportamento já consolidadas na experiência humana” (REGO,
1995, p. 55). Os estudos de Vygostsky (2007) indicam que é importante
analisar criticamente o contexto social, a fim de compreender com que criança
se está trabalhando, quais suas necessidades e como possibilitar que todas as
crianças se apropriem dos conteúdos organizados no currículo escolar. Isso
significa, por exemplo, que, se vivemos numa sociedade letrada, espera-se que
todas as pessoas, na idade socialmente reconhecida como adequada, tenham
asseguradas as condições para se apropriar deste conhecimento.
A compreensão da infância como historicamente situada implica que a
escola, em seu conjunto, efetive um trabalho articulado e com unidade de
propósitos educativos. Estes propósitos orientarão o trabalho desenvolvido
pelos professores.
Embora se apresentem ainda grandes desafios para que os direitos
sociais da infância materializem-se plenamente, hoje se sabe que o ser
humano, antes mesmo do nascimento, tem direitos historicamente
conquistados e determinados legalmente. A Constituição de 1988, por
exemplo, no art. 208, ao exigir a obrigatoriedade da educação infantil por parte
do Estado, indica o reconhecimento da criança como cidadã, como pessoa em
processo de desenvolvimento e o seu direito de ser educada. Estes direitos
vêm estendendo-se à medida que a sociedade se reorganiza e mobiliza,
reivindicando outras ou melhores formas de educar.
O desafio é pensar não apenas a criança de seis anos que ingressa no
Ensino Fundamental, mas também no conjunto de alunos de sete, oito, nove e
dez anos que integram este nível de ensino. Com dez anos alguns já estão no
inicio das series finais, ou seja, no sexto ano do Ensino Fundamental. Assim,
acredita-se que esta inclusão obrigatória das crianças de seis anos no Ensino
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
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Fundamental, é uma oportunidade para se refletir e efetivar uma práxis
pedagógica que considere a infância, garantindo a aquisição do conhecimento
nas dimensões artística, filosófica e científica, papel pedagógico essencial da
instituição escolar, aliada à exploração da ludicidade também na escola de
Ensino Fundamental Séries Finais, pois devemos considerar que ainda estão
na infância.
A organização didática impõe certos desafios aos professores como, por
exemplo, a adequação dos diferentes conteúdos no tempo escolar, de modo
que todas as disciplinas tenham a mesma importância e se estabeleçam
interações entre as mesmas. Como essas crianças estão habituadas a
unidocência dos professores que atuam nos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental, temos que fortalecer a possibilidade de um trabalho
interdisciplinar, uma vez que agora terão disciplinas e docentes fragmentados
por áreas de conhecimento, devemos impulsionar uma ação de maior
“cooperação e coordenação crescente entre as disciplinas” (FAZENDA, 1992,
p. 38. Apud: SAVIANI, 2006, p. 117), aliando-se ainda a dimensão dos
cuidados pertinentes às crianças recém chegadas a esse “novo” sistema.
Nessa perspectiva, vale destacar que a criança pequena apresenta um
pensamento sincrético, ou seja, não separa os conhecimentos em campos
específicos e se apropria do mundo por meio de diferentes linguagens,
expressando-se através do movimento, da oralidade, do desenho e da escrita.
Esta forma de apreensão da cultura pelas crianças exige atividades
encadeadas e que possibilitem a ampliação do conhecimento, garantindo que a
ludicidade, se efetive também no Ensino Fundamental Séries Finais.
Já em um próximo momento não menos importante, a legislação
brasileira vigente reconhece e preconiza a família, enquanto estrutura vital,
lugar essencial à humanização e à socialização da criança e do adolescente,
espaço ideal e privilegiado para o desenvolvimento integral dos indivíduos.
Contudo, a história social das crianças, dos adolescentes e das famílias
revela que estas encontraram e ainda inúmeras dificuldades para proteger e
educar seus filhos.
Tais dificuldades foram traduzidas pelo Estado em um discurso sobre
uma pretensa “incapacidade” da família de orientar os seus filhos. Ao longo de
muitas décadas, este foi o argumento ideológico que possibilitou Poder Público
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
45
o desenvolvimento de políticas paternalistas voltadas para o controle e a
contenção social, principalmente para a população mais pobre, com total
descaso pela preservação de seus vínculos familiares. Essa desqualificação
das famílias em situação de pobreza, tratadas como incapazes, deu
sustentação ideológica à prática recorrente da suspensão provisória do poder
familiar ou da destituição dos pais e de seus deveres em relação aos filhos.
Essas representações negativas sobre as famílias cujos filhos formavam
o público da assistência social e demais políticas sociais tornaram-se parte
estratégica das políticas de atendimento, principalmente da infância e da
juventude, até muito recentemente.
O aprofundamento das desigualdades sociais, com todas as suas
consequências, principalmente para as condições de vida das crianças e dos
adolescentes, levou à revisão dos paradigmas assistenciais cristalizados na
sociedade. O olhar multidisciplinar e intersetorial iluminou a complexidade e
multiplicidade dos vínculos familiares. O coroamento destas mudanças
aconteceu com a promulgação da Constituição Federal, em 1988, do Estatuto
da Criança e do Adolescente (ECA), em 1990, da Lei Orgânica da Assistência
Social (LOAS), em 1993 e com a ratificação da Convenção sobre os Direitos da
Criança em 1990, provocando rupturas em relação às concepções e práticas
assistencialistas e institucionalizantes.
Trata-se da mudança do olhar e do fazer, não apenas das políticas
públicas focalizadas na infância, na adolescência e na juventude, mas
extensivos aos demais atores sociais do chamado Sistema de Garantia de
Direitos, implicando a capacidade de ver essas crianças e adolescentes como
sujeitos de direitos e de maneira indissociável do seu contexto sócio-familiar e
comunitário.
A promoção, a proteção do direito das crianças e adolescentes à
convivência familiar e comunitária envolvem o esforço de toda a sociedade e o
compromisso com uma mudança cultural que atinge as relações familiares, as
relações comunitárias e as relações do Estado com a sociedade. O respeito à
diversidade cultural não é contraditório com esta mudança que atravessa os
diversos grupos socioculturais, na defesa desses direitos. Pelo contrário, exige
que se amplie a concepção de cidadania para incluir as crianças e
adolescentes e suas famílias, com suas necessidades próprias. Desafio de
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
46
dimensões estratégicas, sem dúvida, de cujo enfrentamento eficaz depende a
viabilidade de qualquer projeto de nação e de país que se deseje construir
agora e no futuro.
As crianças e os adolescentes têm direitos subjetivos à liberdade, à
dignidade, à integridade física, psíquica e moral, à educação, à saúde, à
proteção no trabalho, à assistência social, à cultura, ao lazer, ao desporto, à
habitação, a um meio ambiente de qualidade e outros direitos individuais
indisponíveis, sociais, difusos e coletivos. E conseqüentemente se postam,
como credores desses direitos, diante do Estado e da sociedade, devedores
que devem garantir esses direitos. Não apenas como atendimento de
necessidades, desejos e interesses, mas como Direitos Humanos indivisíveis,
como os qualifica a normativa internacional – como direito a um
desenvolvimento humano, econômico e social. São pessoas que precisam de
adultos, de grupos e instituições, responsáveis pela promoção e defesa da sua
participação, proteção, desenvolvimento, sobrevivência e, em especial, por seu
cuidado.
O reconhecimento da criança e do adolescente como sujeitos de direitos
é resultado de um processo historicamente construído, marcado por
transformações ocorridas no Estado, na sociedade e na família. Do ponto de
vista doutrinário, o Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito
de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária incorpora,
na sua plenitude, a “doutrina da proteção integral”, que constitui a base da
Convenção sobre os Direitos da Criança e do Estatuto da Criança e do
Adolescente. De acordo com essa doutrina jurídica, a criança e o adolescente
são considerados “sujeitos de direitos”. A palavra “sujeito” traduz a concepção
da criança e do adolescente como indivíduos autônomos e íntegros, dotados
de personalidade e vontade próprias que, na sua relação com o adulto, não
podem ser tratados como seres passivos, subalternos ou meros “objetos”,
devendo participar das decisões que lhes dizem respeito, sendo ouvidos e
considerados em conformidade com suas capacidades e grau de
desenvolvimento.
O fato de terem direitos significa que são beneficiários de obrigações por
parte de terceiros: a família, a sociedade e o Estado. Proteger a criança e o
adolescente, propiciar-lhes as condições para o seu pleno desenvolvimento, no
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
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seio de uma família e de uma comunidade, ou prestar-lhes cuidados
alternativos temporários, quando afastados do convívio com a família de
origem, são, antes de tudo e na sua essência, para além de meros atos de
generosidade, beneficência, caridade ou piedade, o cumprimento de deveres
para com a criança e o adolescente e o exercício da responsabilidade da
família, da sociedade e do Estado. Esta noção traz importantes implicações,
especialmente no que se refere à exigibilidade dos direitos.
O artigo 6o do Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe que “na
interpretação desta lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige,
as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos e a
condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em
desenvolvimento”. O desenvolvimento da criança e, mais tarde, do
adolescente, caracteriza-se por intrincados processos biológicos, psico
afetivos, cognitivos e sociais que exigem do ambiente que os cerca, do ponto
de vista material e humano, uma série de condições, respostas e
contrapartidas para realizar-se a contento. O papel essencial desempenhado
pela família e pelo contexto sócio comunitário no crescimento.
Desse modo, a família e a escola têm papel essencial junto ao
desenvolvimento da socialização da criança: é ela quem mediará sua relação
com o mundo e poderá auxiliá-la a respeitar e introjetar regras, limites e
proibições necessárias à vida em sociedade. O modo como os pais e/ou os
educadores reagirão aos novos comportamentos apresentados pela criança
nesse “treino socializador”, em direção à autonomia e à independência,
influenciará o desenvolvimento de seu autoconceito, da sua autoconfiança, da
sua autoestima, e, de maneira global, a sua personalidade.
É essencial mostrar que a capacidade da família e escola para
desempenhar plenamente suas responsabilidades e funções é fortemente
interligada ao seu acesso aos direitos universais de saúde, educação e demais
direitos sociais. Assim, uma família que conta com orientação e assistência
para o acompanhamento do desenvolvimento de seus filhos, bem como acesso
a serviços de qualidade nas áreas da saúde, da educação e da assistência
social, também encontrará condições propícias para bem desempenhar as
suas funções afetivas e socializadoras, bem como para compreender e superar
suas possíveis vulnerabilidades.
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A partir do momento em que começa a freqüentar outros contextos
sociais, além da sua família, como o estabelecimento de educação, a criança
tem os seus referenciais sociais e culturais ampliados. Segundo Mussen
(1977),13 nesse período, ela constrói novos relacionamentos e é influenciada
por novos estímulos: educadores, companheiros da mesma idade, livros,
brinquedos, brincadeiras e mídia. Suas habilidades cognitivas aumentam e
tornam-se mais complexas e diferenciadas. Todavia, apesar dos novos
relacionamentos propiciados por outros contextos sociais, as relações
familiares permanecem centrais para a criança, sendo preponderantes para a
construção de sua identidade e capacidade para se relacionar com o outro e o
meio.
Rumo à adolescência serão desenvolvidas várias habilidades
intelectuais e acadêmicas e ampliadas gradativamente a autonomia e a
independência, bem como as condições para o enfrentamento dos próprios
conflitos e ansiedades, precursores das questões que permearão o
desenvolvimento do adolescente. Seguindo o curso do desenvolvimento, com o
advento da puberdade biológica, por volta dos onze ou doze anos de idade,
inicia-se uma nova etapa.
Entretanto, há processos sociais e culturais que podem apressar este
ritmo de desenvolvimento, lançando o pré-adolescente e o adolescente
precocemente em um mundo de influências e escolhas mais complexas. Trata-
se da situação do trabalho infantil, da trajetória de rua, do acúmulo de
responsabilidades no seio da família, da premência para assumir
responsabilidades e prover por si e por outros e outras situações. Crianças e
adolescentes, muitas vezes, encontram-se precocemente diante dos desafios
do amadurecimento e esta pressão pode ter um impacto negativo sobre o seu
desenvolvimento moral (descrença nos sistemas de valores), cognitivo
(cristalização de conceitos operacionais para se lidar com um cotidiano adverso
que não admite experimentação e flexibilidade) e afetivo (perda de confiança
nas relações de proteção com adultos e instituições). Estas conseqüências são
responsabilidades não apenas da família, mas também do Estado, da
sociedade e de um conjunto de instituições que deveriam considerar o
adolescente como sujeito de processos educativos, também desenvolvidos na
mídia, no mundo trabalho, na comunidade e principalmente na escola.
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49
Na teoria, a adolescência pode ser descrita como uma etapa do ciclo de
vida caracterizada pelo “desprendimento”, num movimento gradual de
afastamento do núcleo familiar de origem em direção ao mundo da escola, do
bairro e da sociedade. Assim, a referência do grupo de colegas sobrepõe-se ao
mundo da família e dos adultos e constitui aspecto fundamental para o
processo gradativo de identificação e diferenciação em relação ao outro, para a
construção das relações afetivas, amorosas e de amizade, bem como para o
amadurecimento e entrada no mundo do trabalho e na vida adulta. A família e a
escola permanecem, todavia, como uma referência importante nesse momento
em que o adolescente movimenta-se do desconhecido ao conhecido, do novo
ao familiar, vivenciando a alternância entre independência e dependência,
característica dessa etapa. Nessa fase, se o adolescente, ao fazer o
necessário movimento de afastamento da família, não encontra nas demais
instituições sociais um contexto de cuidado e de referências seguras, o seu
desenvolvimento poderá ser prejudicado. A responsabilidade, portanto, é
dividida entre a família, o Estado e a sociedade.
Com as mudanças do corpo, o amadurecimento do aparelho genital e o
aparecimento dos caracteres sexuais secundários, decorrente de processos
psicofisiológicos, o adolescente será confrontado com o desenvolvimento de
sua sexualidade, de sua orientação sexual, da sua
capacidade reprodutiva e das possibilidades de maternidade e paternidade
nela inscritas. Baleeiro (1999) apud Barros( 2002)14 explicam que “a formação
da identidade de gênero é um processo complexo que incorpora elementos
conscientes e inconscientes associados ao sexo biológico e qualidades
estabelecidas pela sociedade como adequadas à condição de masculino ou
feminino”.
A necessidade ou recusa do adolescente de corresponder às
expectativas sociais e familiares em torno de sua sexualidade poderão ser
ainda, fonte de conflitos e angústia.
Cabe enfatizar também que as ideologias e práticas existentes na
sociedade em torno da sexualidade, da vida reprodutiva e das relações de
gênero influenciarão fortemente o desenvolvimento dos adolescentes. É
fundamental, portanto, que as instituições de saúde e de educação, a mídia e
demais atores sociais envolvidos compartilhem com a família a
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50
responsabilidade pelo desenvolvimento das novas gerações, abordando estas
temáticas de forma adequada e provendo orientação e acesso aos serviços
pertinentes.
A família e a escola estão em constante transformação e evolução a
partir da relação recíproca de influências e trocas que estabelece com o
contexto. As mudanças nas configurações familiares estão diretamente
relacionadas ao avanço científico e tecnológico bem como às alterações
vividas no contexto político, jurídico, econômico, cultural e social no qual a
família está inserida. Historicamente, a família nuclear tem co-existido com
diversas outras formas de organizações familiares – famílias monoparentais,
chefiadas pela mulher ou pelo homem; descasadas; recasadas; com membros
de diferentes gerações; casais homossexuais, entre outros (Symanski,
2004).16 Além dos arranjos familiares, as famílias brasileiras são marcadas,
ainda, por uma vasta diversidade sociocultural. Nesse sentido, vale destacar as
famílias pertencentes aos povos e comunidades tradicionais, como povos
indígenas e comunidades remanescentes de quilombos, cuja organização é
indissociável dos aspectos culturais e da organização do grupo.
A família é, ainda, dotada de autonomia, competências e geradora de
potencialidades: novas possibilidades, recursos e habilidades são
desenvolvidos frente aos desafios que se interpõem em cada etapa de seu
ciclo de desenvolvimento. Como seus membros estão em constante evolução:
seus papéis e organização estão em contínua transformação. Este ponto é de
fundamental importância para se compreender o investimento no fortalecimento
e no resgate dos vínculos familiares em situação de vulnerabilidade, pois cada
família, dentro de sua singularidade, é potencialmente capaz de se reorganizar
diante de suas dificuldades e desafios, de maximizar as suas capacidades, de
transformar suas crenças e práticas para consolidar novas formas de relações.
A escola, os espaços e as instituições sociais são, portanto, mediadores
das relações que as crianças e os adolescentes estabelecem, contribuindo
para a construção de relações afetivas e de suas identidades individual e
coletiva.
A violência, a discriminação, o consumismo veiculado na mídia, a
intolerância e a falta de acesso às políticas sociais básicas – aspectos,
relacionados à própria estruturação da sociedade brasileira - acabam
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
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repercutindo sobre a possibilidade de uma convivência familiar e comunitária
saudável. Nesse sentido, Szymanski (2002) relembra que a violência é
responsável pela maior parte das mortes entre jovens das camadas mais
empobrecidas da população. A autora afirma que a violência urbana,
fortemente associada ao tráfico e ao consumo de drogas, tem reflexos na vida
das famílias das diferentes classes sociais repercutindo sobre as relações
intrafamiliares, o desenvolvimento de seus membros e a relação com o
contexto social.
Sobre o desenvolvimento da criança e do adolescente, e do modo como
esse processo, numa via de mão dupla, afeta e é afetado pelo ambiente
familiar, escolar e social que lhe é continente, fica demonstrada a importância
de se oferecer à criança e, mais tarde, ao adolescente, um ambiente nutritivo e
estável, do ponto de vista relacional e afetivo, onde se sintam protegidos e
queridos e onde possam encontrar o suporte necessário ao enfrentamento dos
diversos desafios que constituem esta peculiar etapa da vida.
8.4. CONCEPÇÕES
8.4.1. Concepção de Homem
O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-
a segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de
transformação, ele envolve múltiplas relações em determinado momento
histórico, assim, acumula experiências e em decorrência destas, ele produz
conhecimentos. Sua ação é intencional e planejada, mediada pelo trabalho,
produzindo bens materiais e não materiais que serão apropriados de diferentes
formas pelo homem, conforme Saviani (1992) “o homem necessita produzir
continuamente sua própria existência. Para tanto, em lugar de se adaptar a
natureza a si, isto é, transformá-la pelo trabalho”.
Considerando o homem um ser social, ele atua e interfere na sociedade,
se encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e
também na organização política, garantindo assim sua participação ativa e
criativa nas diversas esferas da sociedade. O homem, como sujeito de sua
história, segundo Santoro “... é aquele que na sua convivência coletiva
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compreende suas condições existenciais transcendendo-as e reorganizando-
as, superando a condição de objeto, caminhando na direção de sua
emancipação, participante da história coletiva”.
Partindo do pressuposto que o homem constitui-se um ser histórico, faz-
se necessário compreendê-lo em suas relações inerentes a natureza humana.
O homem é, antes de tudo, um ser de vontade, um ser que se pronuncia sobre
a realidade e a transforma.
8.4.2. Concepção de Mundo / Sociedade
De acordo com Gentili e Alencar (2001, p.99), “Melhor do que falar em
natureza humana, portanto, é falar em condição humana. Somos filhos do
tempo, da cultura e... dos processos educativos que as sociedades criam e
recriam”. Para Severino (1998), a sociedade é um agrupamento tecido por uma
série de relações diferenciadas e diferenciadoras. São configuradas pelas
experiências individuais do homem, havendo uma interdependência em todas
as formas da atividade humana, desenvolvendo relações, instaurando
estruturas sociais, instituições sociais e produzindo bens, garantindo a base
econômica e é o jeito do homem realizar sua humildade, sendo que:
“A sociedade configura todas as experiências individuais
do homem, transmite-lhe resumidamente todos os
conhecimentos adquiridos no passado do grupo e recolhe
a contribuição que o poder de cada indivíduo engendra e
que oferece a sua comunidade. Nesse sentido a
sociedade cria o homem para si”. (Pinto, 1994).
Inês B. de Oliveira diz que uma sociedade democrática não é, portanto,
aquela na qual os governantes são eleitos pelo voto. A democracia pressupõe
uma possibilidade do conjunto dos membros da sociedade em todos os
processos decisórios que dizem à sua vida (em casa, na escola, no bairro, no
trabalho).
A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no trabalho
concreto dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e de agir
social a partir das contribuições geradas pelo processo de transformação da
base econômica.
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As transformações pelas quais a sociedade brasileira vem passando nos
últimos anos, tem evidenciado que a construção de uma sociedade
democrática impõe o resgate da dívida social, historicamente acumulada com a
maioria da população brasileira, que vem sendo marginalizado dos direitos
sociais básicos, o que pode ser observado também na Educação.
Para se entender o papel da escola na democratização social, é
importante lembrar que a educação escolar constitui instrumento fundamental
para a formação do cidadão, pois tem como função básica à socialização do
saber elaborado, indispensável para a compreensão do mundo e a ação sobre
ele. A escola pode contribuir no processo de transformação histórica em
direção a uma sociedade mais justa, pela participação consciente dos seus
egressos.
A questão central reside em repensar o ensino como condição para
ampliar as oportunidades de acesso ao conhecimento, utilizando-se de projetos
claros e ações coerentes, em que todos participem: alunos, professores e
família trabalhando de forma conjunta, pois as transformações sociais
acontecem com mudanças lentas, mas persistentes. E os projetos podem abrir
caminhos para este trabalho integrado.
No entanto, com base na sociedade, deve-se trabalhar para a mudança
de atitudes, através de ações concretas, mantendo valores permanentes,
respeitando a individualidade de cada aluno e promovendo o trabalho coletivo.
Busca-se formar educandos capazes de se referirem ao nosso presente
de forma menos passiva e mais crítica, para ter alunos com condições de se
relacionar usando da criticidade, sendo participantes e com objetivos definidos,
conhecedores de seus direitos e também de seus deveres, reivindicando
quando necessário, mas também construindo e promovendo o
desenvolvimento, sendo agente de mudança na sociedade em que está
inserido.
8.4.3. Concepção de Escola
Quando se questiona o próprio sentido da escola, a sua função social e
a natureza do trabalho educativo, fundamenta-se pelo princípio da vinculação
da escola com o meio social, com um ideal condicionado pela vida social atual.
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54
A cada ano que passa, a escola se renova, os problemas que havia algum
tempo atrás não são os mesmo de hoje. A preocupação é evidente quando há
esses questionamentos, porém, há coisas que por mais que a escola queira
ensinar, não consegue... Os alunos terão que aprender com a vida. E esta é a
principal função da escola: formar cidadãos críticos e bem informados, em
condições de compreender e atuar no mundo em que vive.
A escola deve ser um local de apropriação de conhecimentos científicos
construídos historicamente pela humanidade e local de produção de
conhecimento em relações que se dão entre o mundo da ciência e o mundo da
vida cotidiana.
Um dos objetivos da escola é que os indivíduos devam pensar, sentir e
agir no coletivo, buscando o bem comum e estar consciente do seu papel
como cidadão, na transformação de uma sociedade mais justa e humana.
Dentro da proposta de ensino atual, está se caminhando para uma
educação mais igualitária, justa e humana.
Acreditamos num modelo de escola pública emancipadora e de
qualidade, que comportará todas as variáveis essenciais ao seu sucesso, caso
os profissionais da educação e a comunidade escolar participe ampla e
ativamente de sua construção.
8.4.4. Concepção de Educação
A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens
situando-os dentro da história. Para Furtado, (1992, p. 63), “em todo o
processo educativo, o domínio da metodologia pode ajudar-nos a conseguir a
coerência, a clareza na análise dos problemas ou situações, tornando mais
eficientes e eficazes em nosso “fazer educativo”“.
Segundo Kupfer (1992), o ato de aprender sempre pressupõe uma
relação com outra pessoa, a que ensina.
A educação acontece por meio de trocas, emocionais e racionais, é
uma mediação entre os homens existentes dentro de uma sociedade, onde a
própria educação habita as diferentes formas que ocorrem. Fazem perceber
que sempre se estará envolvido com educação, quer queira quer não. Está
incutida em todas as partes, basta saber como será desenvolvida, que tipo de
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
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ser queremos formar. Longe de colocar o problema da aprendizagem
exclusivamente sobre os ombros dos professores, visto que existem inúmeros
fatores envolvidos no processo de ensino e aprendizagem que não perpassam
pela vontade e pelo controle docente, tais como fatores econômicos, sociais,
políticos, afetivos, entre outros, devemos buscar refletir, quais as implicações
que a qualidade das relações afetivas entre professor e aluno tem para o
processo de aprendizagem. Devemos entender por onde é observada essa
questão.
Embora existam fatores que interfiram diretamente no processo
educacional e que fujam ao controle dos docentes, é inegável, a influência das
estratégias de ensino adotadas e da qualidade das relações pedagógicas e
afetivas que são estabelecidos no interior da escola, sobre o ensino e a
aprendizagem, portanto, a importância das relações, pedagógicas e afetivas,
que se estabelecem durante o processo educativo não pode ser minimizada.
Considerar aprendizagem e afetividade como se fossem processos distintos é
negar que as emoções influenciam na maneira como lidamos com os conflitos
presentes no ambiente pedagógico. Nesse sentido, “quem separa desde o
começo o pensamento do afeto fecha para sempre a possibilidade de explicar
as causas do pensamento“ (VYGOTSKY, 2000, p. 16).
Se analisarmos que nenhum individuo chega “vazio” à escola, cada qual
traz consigo suas experiências e vivencias anteriores, já é portadora de certos
conhecimentos que adquiriu junto a sua família e/ou comunidade. Transformar,
mediar os saberes existentes e acrescentar tantos outros conhecimentos é a
tarefa extremamente difícil e complexa, que exige muito do profissional que a
está executando. O aluno necessita complementar sua sabedoria. Sabe-se que
tudo o que envolve uma sociedade é diretamente relacionado à educação.
“Educação é um fenômeno próprio dos seres humanos, significa afirmar que
ela é, ao mesmo tempo, uma exigência do e para o processo de trabalho, bem
como é ela própria, um processo de trabalho” (Saviani, 1992, p.19).
Nesse sentido, a educação visa atingir objetivos que forma o ser
humano para gestar uma vida democrática, apropriando cidadão e comunidade
de instrumentos adequados para pensar a sua prática individual e social
adquirindo uma visão globalizada da realidade que o possa orientar em seu
cotidiano, adquirindo conhecimento científico, político, cultural acumulado pela
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humanidade ao longo da história para garantir-lhe a satisfação de
necessidades e realizar suas aspirações, dando-lhes instrumentos para uma
avaliação crítica do conhecimento acumulado, reciclá-lo e acrescentar novos
conhecimentos através de todas as faculdades cognitivas humanas.
Sendo assim, verificamos que concepção de educação vai muito além
dos “muros escolares”, está intrinsicamente atrelada à vida cotidiana dos
indivíduos e a sociedade em que vivem. Vista como processo de
desenvolvimento da natureza humana, a educação tem suas finalidades
voltadas para o aperfeiçoamento do homem que dela necessita para constituir-
se como pessoa e transformar sua realidade.
A elaboração e desenvolvimento do conhecimento estão ligados ao
processo de conscientização. O conhecimento é elaborado e criado a partir de
mútuo condicionamento, pensamento e prática. Como processo e resultado
consistem da superação da dicotomia sujeito-objeto, não ocorrendo
individualmente.
8.4.5. Concepção de Cultura
Quando falamos em Cultura, evidenciamos a vivência histórica de
significados que um grupo conjuga e com o qual distinguem seus
componentes, as linguagens com as quais se manifestam os identificadores e
as técnicas significativas, os valores, a fé e o gosto com os quais se coligam e
a história que coletivamente constroem. Por esse ângulo, a cultura não se
confunde com as competências que alguns têm e outros não têm, nem com
descrições culturais resguardadas, muitas vezes, de forma dissimulada. Com
essa atitude, a cultura é viva, flexível e plural, associando até mesmos
elementos aparentemente divergentes e díspares.
O conceito de cultura se apresenta como uma análise conservadora da
sociedade, da política e do ser humano. Deste modo, o conceito fica subjugado
à afirmação conservadora e tradicionalista de que a ordem política presente é a
única viável, visto que sua modificação vai de encontro ao patrimônio cultural
herdado dos antepassados.
Até que ponto o indivíduo pode afirmar sua autonomia diante da cultura
transmitida? Somos produto da cultura, ou tramamos de um modo autônomo e
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independente o nosso próprio ambiente cultural? A cultura é tudo o que o
homem adiciona à natureza. Esta é com certeza a citação mais importante para
instituir ou determinar a acepção de cultura. Tudo o que o homem faz na vida e
que lhe não é inato ao nascimento pode ser considerado como ação de cultura.
Cultura é construção.
Assim, dentro de uma mesma sociedade, distintos grupos (classes
sociais, associações profissionais, etc.) podem dar significados diferentes para
um mesmo acontecimento ou dado. Portanto, desenvolvem atitudes distintas
de visão e reação. A organização de significados e métodos de um grupo social
é o que chamamos de cultura.
A cultura é passada de geração em geração de acordo com um
processo designado por ENCULTURAÇÃO (necessidade da constituição de
uma cultura nacional, que unifique o mercado e centralize o poder), passando
por outro denominado de SOCIALIZAÇÃO, que é durável na vida do homem.
Não basta, portanto, ao ser humano estudar, mas é preciso, antes de
tudo, escolher aquilo que estuda, de modo a se conhecer coisas úteis. As
atividades didáticas em sala de aula devem compreender, além da leitura de
textos, a apreciação de materiais procedentes da mídia (televisão, jornais,
revistas, vídeo, internet, etc.), proporcionando aos alunos a possibilidade de
ponderação acerca dos problemas contemporâneos a partir do instrumental
teórico oferecido.
Ainda é necessário preparar os educadores para uma mudança de
postura. É preciso a renovação curricular e um enriquecimento geral da escola,
rumo a padrões mais abertos e flexíveis de ensino e aprendizado. A
comunicação terá que ser de mão dupla, não somente para garantir a
possibilidade da livre expressão, mas também proporcionar o próprio processo
de comunicação humana.
A cultura é o “alimento” da educação. A Educação é transmissora da
cultura. A escola é um espaço de trocas culturais, é um lugar de propagação e
interação da cultura e do conhecimento. A educação não é apenas transmissão
de informações, mas ampliação da capacidade de relacionar os conteúdos e
construção de interpretações pessoais.
8.4.6. Concepção de Trabalho e Tecnologia
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O conceito de trabalho é um conceito histórico, é ao longo da história
que vão se colocando novas determinações para este conceito. O Termo
trabalho se constitui na marca do homem, de tal forma que não dá para
entendê-lo dissociado da noção de trabalho, bem como não é possível
compreender o trabalho sem relacioná-lo ao homem.
Trabalho significa dispêndio de energia, de sangue, de suor e de nervos
humanos na produção dos bens (materiais e intelectuais) necessários à sua
sobrevivência. Isso implica pensar que trabalho não se confunde apenas com
trabalho manual, braçal e físico; significa que também podemos falar de
trabalho imaterial ou intelectual, como veremos adiante.
Trabalho, portanto, é uma condição existencial do homem. É por ele que
o homem consegue produzir as coisas e os bens necessários à sua
sobrevivência. Porém, importa superar a condição de alienação à qual o
trabalho está submetido.
A categoria trabalho é compreendida aqui, na perspectiva marxista,
como sendo a atividade consciente e planejada pela qual o ser humano, ao
mesmo tempo em que extrai da natureza os bens capazes de satisfazer as
suas necessidades de sobrevivência, cria as bases de sua realidade
sociocultural e produz-se a si mesmo, desenvolvendo as capacidades
superiores que o diferenciam dos outros animais.
Como dissemos o homem não nasce pronto e acabado, ou seja, não
aparece da forma como o conhecemos hoje. À medida que passa a interagir
com a natureza, adquire experiências e conhecimentos, desenvolve seu
cérebro que, simultaneamente, lhe permite enfrentar e resolver desafios cada
vez mais exigentes e complexos.
Com isso, não apenas desenvolve sua capacidade cognitiva, como
também adquire a capacidade de produzir instrumentos e bens cada vez mais
aperfeiçoados, atendendo às crescentes e diversificadas necessidades de cada
momento.
Portanto, à medida que o homem vai interagindo com o meio, também
vai sendo transformado, vai sendo produzido como homem, vai humanizando a
natureza, acumulando conhecimentos, produzindo novos instrumentos e
transformando o meio. Isto é, o homem vai se hominizando pelo trabalho.
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Não o faz sempre da mesma forma, mas de acordo com o estágio de
desenvolvimento das forças produtivas materiais, ou seja, de acordo com o
grau de desenvolvimento cognitivo, da ciência e da habilidade técnica. Além
disso, a produção dos bens necessários à sobrevivência não ocorre de forma
individual, pois não conseguimos produzir sozinhos e isolados todos os bens
de que necessitamos para viver. Fazemo-lo socialmente. De acordo com Marx
(1983), os homens se definem pelo trabalho.
A partir do final do século XX, as tecnologias de informação e
comunicação ganham maior inserção na sociedade, desempenhando uma
função relevante na universalização das informações e isso implica numa
formação adequada e mudança de perfil do profissional da educação para
enfrentar esses novos desafios. Diferentemente de outros campos como a
medicina e entidades empresariais, percebeu-se que na área educacional
necessitamos avançar. As tecnologias existem, mas ainda não adentraram os
espaços escolares.
Embora seja consensual que a utilização das tecnologias da informação
e da comunicação na educação seria um marco inovador, entramos no
imaginário humano de que as mesmas poderiam substituir o professor.
Portanto, reconhece-se, que o trabalho docente pode ser apoiado por esses
meios. Referindo-se à informática educativa e, mais recentemente, à utilização
da internet no processo educativo, vários autores discutem de que forma o
papel do professor poderia adequar-se ao uso das novas tecnologias
educacionais na concepção construtivista da aprendizagem, caso tivesse
acesso às mesmas, mantendo a sua importância no processo educativo.
Para tanto, o perfil do professor deve ser aberto, humano, valorizar a
busca, o estímulo, o apoio e ser capaz de estabelecer formas democráticas de
pesquisa e comunicação. Onde o mais importante, é que o ensino além de
repassar os conteúdos historicamente construídos, leva o a aluno a refletir
sobre a sua atuação e interferência no mundo.
8.4.7. Concepção de Cidadania
A história da cidadania confunde-se em muito com a história das lutas
pelos direitos humanos. A cidadania esteve e está em permanente construção;
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
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é um referencial de conquista da humanidade, através daqueles que sempre
lutam por mais direitos, maior liberdade, melhores garantias individuais e
coletivas, e não se conformam frente às dominações arrogantes, seja do
próprio Estado ou de outras instituições ou pessoas que não desistem de
privilégios, de opressão e de injustiças contra uma maioria desassistida e que
não se consegue fazer ouvir, exatamente por que se lhe nega a cidadania
plena cuja conquista, ainda que tardia, não será obstada,
Ser cidadão é ter consciência de que é sujeito de direitos. Direitos à
vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade, enfim, direitos civis, políticos e
sociais. Mas este é um dos lados da moeda. Cidadania pressupõe também
deveres. O cidadão tem que ter consciência das suas responsabilidades
enquanto parte integrante de um grande e complexo organismo que é a
coletividade, a nação, o Estado, para cujo bom funcionamento todos têm de dar
sua parcela de contribuição. Somente assim se chega ao objetivo final,
coletivo: a justiça em seu sentido mais amplo, ou seja, o bem comum.
A educação para a cidadania surge no contexto da gestão flexível do
currículo como componente obrigatória do mesmo e como um espaço de
diálogo e reflexão sobre as experiências vividas, as preocupações sentidas e
os temas e problemas relevantes da comunidade e da sociedade.
Tem como objetivo central, proporcionar a construção de identidade e o
desenvolvimento da consciência cívica dos alunos.
Ser cidadão é, então, também e concomitantemente, construir-se como
sujeito, assumir-se como pessoa. Admite-se como indispensável, nessa
construção, uma fundamentação cujas linhas sejam traçadas numa
antropologia de amplas referências culturais, sociais, filosóficas.
Educar para a cidadania é um processo contrário à rotina, que exige da
escola uma atitude consequente e desmistificadora do que é política, do que é
governo, do significado dos opacos invólucros dos tabus ideológicos e das
suas intenções ambíguas ou distorcidas.
Assim, a escola tem como um de seus objetivos, promover uma
educação que vise capacitar os educandos rumo à cidadania, onde o mesmo
conheça e se reconheça neste meio, entendendo-se como sujeito histórico
participante e envolvido nas questões sociais, com a consciência de que as
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
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mudanças e/ou permanências da sociedade, em especial da localidade onde
vive, depende de cada sujeito.
Deste modo, consciente de seu papel social, este cidadão irá
desenvolver atividades que demonstrem suas capacidades e seu
conhecimento, estes, aprendidos e aprimorados na escola, que por sua vez,
tem um papel fundamental na construção do ideário social, político e cultural
dos educandos.
8.4.8. Concepção de Conhecimento e Ensino Aprendizagem
Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações
entre os homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas
relações sociais mediadas pelo trabalho.
O conhecimento pressupõe as concepções de homem, do mundo e das
condições sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que
representam as necessidades do homem a cada momento, implicando
necessariamente nova forma de ver e interferir na realidade. Essa interferência
traz consequências para a escola, cabendo a ela garantir a socialização do
conhecimento. Conforme Veiga(1995, p.27):
“O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do
conhecimento científico, que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos
alunos”. Dessa forma, o conhecimento escolar é resultado de fatos, conceitos,
e generalizações, sendo, portanto, o objeto de trabalho do professor.
O conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no social
gerando mudanças internas e externas no cidadão e nas relações sociais,
tendo sempre uma intencionalidade.
De acordo com Freire, “O conhecimento é sempre conhecimento de
alguma coisa, é sempre “intencionado”, isto é, está sempre dirigido para
alguma coisa” (2003, p. 59). Portanto, há de se ter clareza com relação ao
conhecimento escolar, pois como destaca Severino, “educar contra -
ideologicamente é utilizar, com a devida competência e criatividade, as
ferramentas do conhecimento, as únicas de que efetivamente o homem dispõe
para dar sentido às práticas mediadoras de sua existência real”. (1988, p. 88).
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A organização do trabalho escolar é, por sua vez, mediação entre o
trabalho docente e a prática social. Pelo trabalho docente é que se dá o
encontro formativo entre o aluno e a matéria de ensino, ele é intencional e
sistemático. O Professor desempenha a função de mediação entre o educando
e o mundo social, possibilitando a ele confronto entre ambos, fazendo com que
vá adquirindo a capacidade de compreender e transformar os saberes.
Portanto, para desenvolver um ensino de qualidade, deve-se transmitir
saberes que são investidos na vida cotidiana, como uma formação científica e
tecnológica ligada à luta contra as fontes da desigualdade social, levando o
aluno para a melhor compreensão dos problemas sociais, para intervir nos
mesmos, visando um cidadão consciente de seu papel na sociedade.
8.4.9. Concepção de Alfabetização e Letramento
Desde muito cedo a criança convive com práticas de letramento, pois vê
pessoas lendo ou escrevendo, utilizando o computador, e assim vai se
familiarizando com as práticas de leitura e de escrita; e também desde muito
cedo inicia seu processo de alfabetização – observa textos escritos a sua volta,
e vai descobrindo o sistema de escrita, reconhecendo algumas letras, palavras
e símbolos.
Por isso, os conceitos de alfabetização e letramento se mesclam e se
confundem. A discussão do letramento surge sempre envolvida no conceito de
alfabetização, o que tem levado, a uma inadequada e imprópria síntese dos
dois procedimentos, com prevalência do conceito de letramento sobre a
alfabetização. Sabemos que os dois processos são indissociáveis, pois a
principio o estudo do aluno no universo da escrita se da concomitantemente
por meio desses dois processos: a alfabetização pelo desenvolvimento de
habilidade da leitura e da escrita, e o letramento, nas praticas sociais.
Porém, não basta dominar a leitura e a escrita e apoderar-se da
tecnologia, e necessário desenvolver competências para o uso da tecnologia
da escrita.
Portanto, sendo a escola um dos principais locais onde a criança terá
acesso a essa tecnologia, a mesma deve proporcionar ao aluno oportunidades
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63
para que ele se aproprie dessas competências e assim consiga ler e escrever
de maneira adequada e eficiente nas distintas situações do seu cotidiano.
8.4.10. Concepção de Infância a Adolescência Articulado a
Concepção de Ensino e Aprendizagem
Em 13 de julho de 1990, foi promulgada a Lei no. 8069 – o Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA). Essa lei representa uma mudança de
paradigma na área da infância e da juventude, incorporando uma nova
concepção de criança e adolescente. De acordo com o Art. 2º é considerado
criança, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescentes aquela
entre os doze e dezoito anos de idade.
Estes passam a ser considerados como “sujeitos de direitos”, e não mais
como “menores” objetos da ação do poder público, principalmente em casos de
abandono e/ou delinquência, passíveis de medidas assistencialistas,
segregadoras e repressivas como nos Códigos de Menores de 1927 e 1979.
Trata-se de uma mudança de concepção na qual as crianças e os adolescentes
eram vistas exclusivamente como “portadoras de carências” e, a partir de
então, como cidadãos, sujeitos de direitos.
Pensar a infância e a adolescência nessa nova perspectiva significa
reconhecer que nessa fase da vida os indivíduos encontram-se em pleno
desenvolvimento biopsicossocial e que, portanto, necessitam de atendimento e
cuidados especiais para se desenvolverem plenamente.
Segundo Vygotsky, 1.988, desde o nascimento as crianças estão em
constante interação com os adultos, que ativamente procuram incorporá-las a
sua cultura e à reserva de significados e de modos de fazer as coisas que se
acumulam historicamente. No começo, as respostas que as crianças dão ao
mundo são dominadas pelos processos naturais, especialmente àqueles
proporcionados por sua herança biológica. Mas através da constante mediação
dos adultos, os processos psicológicos instrumentais mais complexos
começam a tomar forma.
Sabendo que o processo ensino-aprendizagem ocorre a todo o momento
e em qualquer lugar questiona-se então neste processo, qual o papel da
escola? Como esta deve ser considerada? E qual o papel do professor?
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
64
É função de a escola realizar a mediação entre o conhecimento prévio
dos alunos e o sistematizado, propiciando formas de acesso ao conhecimento
científico. Nesse sentido os alunos caminham, ao mesmo tempo, na
apropriação do conhecimento sistematizado, na capacidade de buscar e
organizar informações, no desenvolvimento de seu pensamento e na formação
de conceitos. O processo de ensino deve, pois, possibilitar a apropriação dos
conteúdos e da própria atividade de conhecer.
A escola é um palco de ações e reações, onde ocorre o saber-fazer. É
constituída por características políticas, sociais, culturais e críticas. Ela é um
sistema vivo, aberto. E como tal, deve ser considerada como em contínuo
processo de desenvolvimento influenciando e sendo influenciada pelo
ambiente, onde existe um feedback dinâmico e contínuo.
É neste ambiente de construção que se insere o professor, o educador,
não como um indivíduo superior, em hierarquia com o educando, como
detentor do saber-fazer, mas como um igual, onde o relacionamento ente
ambos concretiza o processo de ensinar-aprender.
O papel do professor é o de dirigir e orientar a atividade mental dos
alunos, de modo que cada um deles seja um sujeito consciente, ativo e
autônomo. É seu dever conhecer como funciona o processo ensino-
aprendizagem para descobrir o seu papel no todo e isoladamente. Pois, além
de professor, ele será sempre ser humano, com direitos e obrigações diversas.
Pensar no educador como um ser humano é levar à sua formação o
desafio de resgatar as dimensões culturais, política, social e pedagógica, isto é,
resgatar os elementos cruciais para que se possam redimensionar suas ações
no/para o mundo.
Ainda no processo da história da construção do saber, permanece na
atualidade o desafio de reconhecer estes sujeitos como capazes de aprender
e de construir o seu próprio conhecimento e tornar as práticas educativas mais
condizentes com a realidade, mais humanas e, com teorias capazes de
abranger o indivíduo como um todo, promovendo o conhecimento e a
educação.
8.4.11. Concepção Educação Inclusiva e Diversidade
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
65
“É a preocupação da escola com o atendimento à
diversidade social, econômica e cultural existente que lhe
garante ser reconhecida como instituição voltada,
indistintamente, para a inclusão de todos os indivíduos
(...) o grande desafio dos educadores é estabelecer uma
proposta de ensino que reconheça e valorize praticas
culturais de tais sujeitos sem perder de vista o
conhecimento historicamente produzido, que constituem
patrimônio de todos” (Paraná,2005).
Um dos desafios da inclusão escolar é o repensar e reestruturar políticas
e estratégicas educativas, de maneira a não apenas criar oportunidade efetivas
de acesso para crianças, adolescentes ou jovens, com algum tipo de
necessidade, mas, sobretudo, garantir condições indispensáveis para que
possam manter-se na escola e aprender.
Lutar contra a exclusão escolar é um compromisso não só dos
educadores, mas de toda sociedade. Para que tenhamos êxito nesta iniciativa
devemos unir forças de nossos agentes e instituições se comprometendo a
investigar as causas do problema. Esta tarefa é de grande responsabilidade
social para assegurar a inclusão e a permanência na escola, desenvolvendo as
potencialidades e talentos de nossas crianças e jovens.
É na escola que a criança e o adolescente encontram condições de
aprimoramento no campo das relações interpessoais, de desenvolvimento do
senso crítico, de consciência da responsabilidade social, do sentimento de
solidariedade e de participação, criatividade, da manifestação livre do
pensamento, de desenvolvimento de suas potencialidades e talentos em
preparo ao exercício da cidadania.
É responsabilidade de todos os profissionais ligados direto ou
indiretamente à educação preocuparem-se com a inclusão escolar, por isto
estas não deveriam ficar restritas à escola.
A permanência dos alunos não depende somente da escola, mas
envolvem ações da família e da comunidade onde vivem estes alunos.
Para garantir a permanência o aluno deve ser conscientizado da
importância da educação em sua vida e em seu futuro, mantendo contato
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66
permanente com pais ou responsáveis, enfatizando a sua responsabilidade na
educação e formação dos filhos.
Vivemos num momento histórico de intensas e rápidas transformações.
Cada vez mais a Educação é exigida a responder efetivamente a este mundo
de mudanças.
A inclusão e diversidade são temas que povoam as discussões na área
educacional nas ultimas décadas. Embora haja uma estreita relação entre as
duas temáticas não significa que, ao se discutir a inclusão na educação, seja
realizada na sociedade, debates sobre diversidade de grupos que se
encontram à margem do processo social, expropriados dos direitos que são
garantidos por lei, a todos os cidadãos independente de suas diferenças.
Ao reconhecer que as dificuldades enfrentadas nos sistemas de ensino
evidenciam a necessidade de confrontar as práticas discriminatórias e criar
alternativas para superá-las, a educação inclusiva assume espaço central no
debate a cerca da sociedade contemporânea e do papel da escola na
superação da lógica da exclusão.
A inclusão educacional é um projeto gradativo, dinâmico e em
transformação, que exige do poder público, o absoluto respeito às diferenças
individuais dos alunos e a responsabilidade quanto à oferta e manutenção dos
serviços mais apropriados ao seu atendimento. O processo de inclusão
educacional exige planejamento e mudanças sistêmicas político-
administrativas, que envolvem desde recursos governamentais, e ainda a
flexibilização curricular.
O desafio da inclusão escolar é enfrentado como uma nova forma de
repensar e re-estruturar políticas e estratégias educativas, de maneira a não
apenas criar oportunidades efetivas de acesso para crianças e adolescentes
com necessidades educacionais especiais, mas, sobretudo, garantir condições
indispensáveis para que possam manter-se na escola e aprender. Para incluir
um aluno com características diferenciadas, há a necessidade de se criar
mecanismos que permitam, com sucesso, que ele se integre educacional,
social e emocionalmente com toda a comunidade escolar e com os objetos do
conhecimento e da cultura. No entanto essa é uma tarefa que não depende
apenas da convicção e do compromisso técnico e político dos governos, mas
de pais, familiares, professores, profissionais, enfim de todos os membros da
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
67
sociedade, sob o risco de termos apenas o efeito de seus benefícios para os
alunos “no discurso” e nenhuma ação concreta e transformadora da realidade
em que se encontram.
Quando se pensa em respeitar as diferenças devemos pensar em
superar a desigualdade étnico-racial presente na educação escolar brasileira,
nos diferentes níveis de ensino.
Para isto, o reconhecimento com justiça e iguais direitos sociais, civis,
culturais e econômicos, com valorização a diversidade. Reconhecimento requer
a adoção de políticas educacionais e estratégias pedagógicas de valorização a
diversidade, a fim de superar a desigualdade étnico-racial.
Assim, a educação como direito de todo cidadão independente de suas
diferenças, deve ser respeitada, na sua real essência.
A escola historicamente se caracterizou pela visão da educação que
delimita a escolarização como privilégio de um grupo, uma exclusão que foi
legitimada nas políticas e práticas educacionais. A partir do processo de
democratização da educação se evidencia o paradoxo inclusão/exclusão,
quando os sistemas de ensino universalizam o acesso, mas continuam
excluindo indivíduos considerados fora dos padrões homogeneizadores da
escola.
A educação especial se organizou tradicionalmente como atendimento
educacional especializado substitutivo ao ensino comum, evidenciando
diferentes compreensões, terminologias e modalidades que levaram a criação
de instituições especializadas.
Em 1961, o atendimento educacional às pessoas com deficiência passa
as ser fundamentado pelas disposições da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação nacional, Lei nº 4024/61, que aponta o direito dos “excepcionais” à
educação, preferencialmente dentro do sistema geral de ensino.
A Lei nº. 5692/71, que altera a LDBEN de 1961, ao definir „tratamento
especial‟ para os alunos com “deficiências físicas, mentais, os que se
encontrem em atrasos considerável quanto à idade regular de matrícula e os
superdotados”, no entanto, esta lei não promove uma organização capaz de
atender as necessidades especiais.
Em função das falhas deixadas pelas Leis anteriores, criou-se então
nova lei (Lei 9394/96 da LDBEN) esta criada para assegurar currículo,
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
68
métodos, técnicas, recursos educativos, organização especifica para atender
as necessidades destes alunos.
A LDB, de 1996 garante a todos os portadores de necessidades
especiais serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às
peculiaridades da clientela de educação especial. No Art. 58 é atribuído aos
sistemas de ensino a função de assegurar métodos, currículos, técnicas e
recursos educativos para atender as necessidades dos educandos. Garante
também o atendimento de professores especializados para a integração destes
estudantes nas classes comuns.
A Deliberação 02/03 do Conselho Estadual e Educação do Paraná, no
Art. 2o, diz que a Educação Especial é dever do Estado e da família e será
oferecida, preferencialmente, na rede regular de ensino. No Art. 13 prevê, entre
outros serviços de apoio, as Salas de Recursos. No Capítulo V, estabelece
orientações referentes a avaliação, que deve ocorrer no contexto escolar em
que o aluno está inserido.
No que se refere à Educação Especial, dentro do processo de ensino-
aprendizagem, faz-se necessário adotar procedimentos educacionais
específicos que auxiliem os portadores de necessidades especiais, visando o
desenvolvimento, dentro de suas capacidades, da inteligência e do
conhecimento como meio de integração social.
Têm direito a educação especial, os portadores de necessidades
educacionais especiais, cujas necessidades são decorrentes de sua elevada
capacidade ou de suas dificuldades para aprender. O foco muda das condições
pessoais do aluno para as respostas educativas que ele requer.
As necessidades educacionais especiais compreendem:
I- Dificuldades de aprendizagem ou limitação no processo de
desenvolvimento;
II- Dificuldades de comunicação e sinalização;
III- Condutas típicas;
IV- Superdotação / altas habilidades.
As atividades educativas devem sempre ser adaptadas as necessidades
específicas de cada criança. Sendo assim o conteúdo a ser ensinado não se
constitui de uma série de noções a serem ensinadas de forma arbitraria pelo
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
69
professor, uma vez que seu papel consiste em propor situações que promovam
a aprendizagem.
Portanto a Educação Especial é entendida como a modalidade de
ensino que tem como objetivo quebrar as barreiras que impedem a criança de
conviver, relacionar-se e exercer a sua cidadania.
8.4.12. Concepção de Gestão Escolar e Instâncias Colegiadas
O conceito de gestão foi criado para superar um possível enfoque
limitado do termo administração escolar. Foi constituído a partir dos
movimentos de abertura política do país, que começaram a promover novos
conceitos e valores, associados, sobretudo à ideia de autonomia escolar, à
participação da sociedade e da comunidade, à criação de escolas
comunitárias, cooperativas e associativas e ao fomento às associações de
pais. Assim, no âmbito da gestão escolar, o estabelecimento de ensino passou
a ser entendido como um sistema aberto, com uma cultura e identidade
própria, capaz de reagir com eficácia às solicitações dos contextos locais em
que se inserem.
É interessante verificar como o conceito evoluiu com o a passar dos
anos do que seria gestão escolar e permitir pensar em gestão no sentindo de
gerir uma instituição escolar, desenvolvendo estratégias no cotidiano com a
finalidade de uma democratização da gestão educacional.
O que era uma administração e gestão centralizada transformou-se
intensivamente em uma gestão descentralizada e vemos que as políticas
educativas estão voltadas para maior autonomia das escolas, isto é,
descentralizar a gestão financeira, gestão curricular, a gestão pedagógica
propriamente dita, gestão de recursos humanos disponíveis, visando
aperfeiçoamento do processo educativo.
Nos dias de hoje podemos ver o perfil do gestor da atualidade, ter a
necessidade de repensar alguns fundamentos na educação, e de como iniciar
conceitos sobre a educação, quebrando novos paradigmas, como relação à
interdisciplinaridade, pedagogia de projetos, temas geradores de pesquisa em
sala de aula, uma construção do conhecimento e habilidades. É visto que para
um bom desempenho desse gestor é preciso traçar estratégias, como: elaborar
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
70
projetos coletivamente, desenvolver projetos de formação continuada, ter um
ambiente de promoção do ser e conviver, do conhecer e fazer.
Há necessidade que a descentralização se materialize no contexto escolar
de forma prática, uma vez que a comunidade escolar deve ampliar as suas
possibilidades de atuação, frente uma estrutura ainda centralizada.
Princípios da gestão escolar
• Liberdade / Autonomia
A autonomia não é um valor absoluto, fechado em si mesmo, mas um
valor que se determina numa relação de interação social. Nesse sentido, a
escola deve alicerçar o conceito de autonomia, enfatizando a responsabilidade
de todos, sem deixar de lado os outros níveis da esfera administrativa
educacional. A autonomia é importante para a criação da identidade da escola.
Para ser autônoma, a escola não pode depender somente dos órgãos
centrais e intermediários que definem a sua política da qual ela não passa de
executadora. Ela conhece sua proposta pedagógica e tem Liberdade e
Autonomia para executá-la e avaliá-la ao assumir uma nova atitude de
liderança, no sentido de refletir sobre as finalidades sociopolíticas e culturais.
• Autonomia Administrativa
Consiste na possibilidade de elaborar e colocar em prática seus planos,
programas e projetos. Envolve, inclusive, a possibilidade de adequar sua
estrutura organizacional à realidade e ao momento histórico vivido. Refere-se
também à organização da escola e nela destaca-se o estilo de gestão, a
direção como coordenadora de um processo que envolve relações internas e
externas, ou seja, com o sistema educativo e com a comunidade na qual a
escola está inserida.
A autonomia administrativa traduz a possibilidade de a escola
garantir a indicação dos dirigentes por meio do processo eleitoral, que
realmente verifique a qualificação profissional e a liderança dos candidatos; a
constituição dos conselhos escolares com funções deliberativas, consultiva e
fiscalizadora; a formulação. A aprovação e a implantação do plano de gestão
escolar.
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71
É um espaço de negociação permanente por parte de todos os
envolvidos no processo educativo. É pela participação ativa da direção, pela
intervenção e pelo diálogo que a autonomia se constrói e internaliza.
• Autonomia Pedagógica
A liberdade de ensino e pesquisa está intimamente ligada à identidade,
à função social, à clientela, à organização curricular, à avaliação, bem como
aos resultados do projeto pedagógico da escola.
A autonomia pedagógica abrange os seguintes aspectos: poder
decisório referente à melhoria do processo ensino aprendizagem, adoção de
critérios próprios de organização da vida escolar e do pessoal docente, a
celebração de acordos e convênios de cooperação técnica, bem como na
liberdade de ensino e pesquisa, em consonância com as políticas públicas
vigentes e as orientações dos sistemas de ensino. Caberá à escola:
- explicitar objetivos filosóficos, pedagógicos, científicos, tecnológicos,
artísticos e culturais;
- selecionar e organizar os conhecimentos curriculares observadas as
diretrizes gerais do Conselho Nacional de Educação e SEED /PR.
- introduzir metodologias inovadoras;
- avaliar desempenhos docentes e discentes;
- tomar decisões relativas à concepção, à execução e à avaliação do
currículo;
- organizar a pesquisa;
- estabelecer cronogramas, calendários, horários;
• Autonomia Financeira
Compreende as competências para elaborar e executar seu orçamento,
com fluxo regular do poder público, permitindo à escola planejar e executar
suas atividades, independentemente de outras fontes de receita com fins
específicos.
O estado como agente central na alocação de recursos obtidos do
financiamento dos serviços educacionais, transferindo essa responsabilidade
aos próprios indivíduos, ás famílias e as empresas.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
72
• Autonomia Jurídica
Diz respeito às normas e orientações escolares, como, por exemplo,
matrícula, transferência dos alunos, admissão de professores, concessão de
graus etc.
Mesmo estando vinculada à legislação vigente, não tem como prática
transformar numa instância burocrática, por meio de estatutos, regimentos e
outros, proporcionando aos educandos, mediante um ensino efetivo, os
instrumentos que lhes permitam conquistar melhores condições de
participação, cultural, profissional e sócio político. Conforme regimento
escolar vigente caberá à escola quanto às normas e regulamento.
Mecanismos de Gestão Escolar
Gestão em sala de aula: Representante de Sala
O líder de sala é escolhido democraticamente pelos alunos. É o aluno
que representa a classe, sendo incumbido de levar à Direção e Equipe
Pedagógica os anseios, desejos e necessidades dos alunos. O perfil do líder
leva em consideração suas capacidades/potencialidades e seu mandato pode
ser anual, ou de período inferior, caso não esteja desempenhando
condignamente o seu papel.
São atribuições do representante de sala:
• Auxiliar o professor em sala;
• Cumprir exemplarmente suas tarefas, obrigações;
• Coordenar e representar a turma em eventos escolares ou quando
solicitado;
• Auxiliar na organização dos ambientes (sala de aula, biblioteca,
laboratório, etc);
• Ao final da aula desligar as luzes, fechar janelas (cortinas) e portas;
• Coordenar a organização das carteiras na sala de aula, bem como a
sequência dos alunos nas fileiras;
• Acompanhar o aluno que for encaminhado à Orientação pelo professor;
• Cumprir o regulamento e contribuir para que o mesmo se efetive.
8.4.13. Concepção de Avaliação e Recuperação de Estudo
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
73
Mudar uma concepção de avaliação que prevaleceu em tantos períodos
históricos não é, de fato, tarefa simples. Trata-se de superar sua função
classificatória, para função emancipatória, abandonando as crenças arraigadas
segundo a qual a avaliação é o elemento que mede a realização dos objetivos
do currículo.
De acordo com a Instrução nº 15/2017 , a avaliação deve ser entendida
como um dos aspectos do ensino pelo qual o(a) docente estuda e interpreta os
dados de aprendizagem e de seu próprio trabalho, com a finalidade de
acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos(as) estudantes,
bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor e para que cumpra
a sua finalidade educativa deverá ser contínua, permanente, cumulativa e
diagnóstica.
Portanto, precisa ser redefinida em um projeto de escolarização que
coloca a centralidade no sujeito que aprende, vinculando a prática pedagógica
à vida. Para tanto, também os conteúdos escolares precisam ser revistos,
redefinidos e re significados para que se articulem aos conhecimentos da vida.
Neste sentido, surge a necessidade de incluir como objeto de avaliação,
não somente as questões relacionadas a aprendizagem, sendo necessário
considerar o desenvolvimento humano, nos aspectos cognitivos e sociais.
Ao estudante, deve ser o instrumento para tomada de consciência das
conquistas, das dificuldades, das possibilidades para reorganizar o seu
investimento na tarefa de aprender.
A concepção de avaliação diagnóstica, antes de uma área de
conhecimento, orienta o julgamento do professor para um aspecto mais amplo
do que o circunscrito às disciplinas e seus conteúdos. Essa avaliação fica
definida como produto desejável ao final do curso que tem como pressuposto a
capacidade dos alunos de desenvolvê-las ao longo das experiências oferecidas
nesta e nas demais áreas.
A compreensão do desenvolvimento do aluno, nesta perspectiva, poderá
suscitar estratégias de recuperação muito mais ricas do que a mera repetição
de conteúdos, uma vez que permite planejar atividades interdisciplinares, em
todas as áreas do conhecimento.
A avaliação deve fazer parte do processo de ensinar e aprender,
construir e reconstruir o conhecimento, pois é pela coleta e análise sistemático
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
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de dados que se pode intervir no momento necessário para que todos os
alunos prossigam aprendendo e consequentemente, o professor possa atingir
as metas propostas. Assim, procura adequar-se à natureza da aprendizagem,
levando em conta não só os resultados das tarefas realizadas, o produto, mas
também o que ocorreu no caminho, uma vez que se trabalha com a
diversidade, onde cada aluno apresenta riquezas, facilidades, conhecimentos,
dificuldades e por isso precisam ser entendidos e percebidos em sua
individualidade.
Para isso é preciso observar: Que tentativas o aluno fez para realizar a
atividade? Que dúvidas manifestaram? Como interagiu com outros alunos?
Demonstrou alguma independência? Revelou progresso em relação ao ponto
em que estava?
Dependendo desse desempenho o professor terá que rever o que foi
inicialmente proposto. Por isso, a avaliação diagnóstica sempre leva à tomada
de decisões, pois faz refletir sobre a ação.
Embora o professor trabalhe os instrumentos avaliativos de forma
coletiva, os critérios para fechamento de nota, devem ser individuais, pois cada
aluno só pode ser comparado consigo mesmo. Faz-se necessário perceber
cada aluno individualmente, analisando seus avanços e necessidades,
percebendo que existem objetivos educacionais comuns, mas que cada aluno
tem seu ritmo, seu tempo e forma de alcançá-los.
Como profissional do ensino temos a clareza que a avaliação deve ser
vista como processo permanente, cumulativo e contínuo, na qual o professor
ao avaliar a aprendizagem do aluno deve também se auto avaliar, refletindo
sobre suas práticas, concepções e mecanismos de avaliação.
A LDB nº. 9394/96 contempla no Art. 24 – A avaliação na educação
básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as
seguintes regras comuns:
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados
ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso
escolar;
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
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c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação
do aprendizado;
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação paralelos ao período
letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas
instituições de ensino em seus regimentos.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do
nível de apropriação dos conhecimentos básicos e dos instrumentos de
avaliação usados pelo professor, dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem e imediatamente, assim que
o professor perceber ou que o aluno manifestar que não se apropriou do
conteúdo.
Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações
efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do
aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Registro de Classe
Online (RCO).
Para a efetivação de resultados positivos a todos os alunos, estes
procedimentos estarão explícitos no Regimento Escolar.
IX. CURRÍCULO
9.1. Concepção de Currículo
O termo currículo é encontrado em registros do século XVII, sempre
relacionado a um projeto de controle do ensino e da aprendizagem, ou seja, da
atividade prática da escola. Desde os seus primórdios, o currículo envolvia uma
associação entre o conceito de ordem e método caracterizando-se como um
instrumento facilitador da administração escolar e da organização do
conhecimento.
Há muito tempo o currículo deixou de ser apenas uma área meramente
técnica, voltada para questões relativas a procedimentos, técnicas e métodos.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
76
Já se pode falar em uma relação crítica do currículo, guiada por questões
sociais. Considerando as concepções históricas e as influências recebidas,
acredita-se que ele deve estar voltado para os fins sociais, políticos e culturais,
como algo que adquire forma e significado educativo.
Sabe-se que as questões relacionadas ao “como” do currículo continuam
tendo sua relevância, porém, elas só adquirem sentido dentro de uma
perspectiva que as considere em sua relação com questões que indagam o
“por que” das formas de organização do conhecimento escolar.
A Liberdade de organização dispensada aos sistemas por meio da
referida Lei 9394/1996, vincula-se à existência de diretrizes que os orientem e
lhes possibilitem a definição de conteúdos de conhecimento em conformidade
à base nacional comum do currículo, bem como a parte diversificada, como
estabelece o Art. 26 da vigente Lei, como segue:
“Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter a base nacional
comum, a ser contemplada, em cada sistema de ensino e estabelecimento
escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e
locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela”.
Além disso, nos artigos 8º, 10º e 11º, definem as competências e as
responsabilidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Disso resulta uma maior autonomia na gestão escolar porque a
legislação permite que cada escola elabore e execute sua proposta
pedagógica, atendendo a diversidade de cada comunidade; o que indica a
necessidade da escola refletir cada vez mais sobre sua organização.
Sendo o currículo dinâmico, um guia para orientar a prática pedagógica,
torna-se imprescindível que a partir dessa discussão, a escola ao elaborar seu
currículo questione quais os objetivos educacionais que a instituição pretende
alcançar? Quais experiências educacionais podem ser oferecidas aos
educandos? Como organizar eficientemente essas experiências? Como a
escola terá a certeza de que conseguira alcançar os objetivos? Considerando
a realidade onde a escola está inserida, tendo como principio estruturante, a
prática social?
Por fim, é indispensável que o currículo seja elaborado, compartilhado e
aceito por toda a comunidade escolar, e ainda, precisa ser revisto
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
77
permanentemente para acompanhar os anseios da sociedade em relação à
Educação.
9.2. Flexibilização do Currículo
Para falar sobre as flexibilizações/ adaptações/ adequações necessárias
e possíveis, lanço mão dos escritos de Beyer:
“O desafio é construir e pôr em prática no ambiente
escolar uma pedagogia que consiga ser comum e válida
para todos os alunos da classe escolar, porém capaz de
atender os alunos cujas situações pessoais e
características de aprendizagem requeiram uma
pedagogia diferenciada. Tudo isto sem demarcações,
preconceitos ou atitudes nutridoras dos indesejados
estigmas.” (2006, p. 76).
Para se desenvolver as referidas adaptações o professor precisa ter
clareza e domínio do que está posto nas Diretrizes Curriculares Nacionais e
Estaduais, para que as ações estabelecidas no processo de flexibilização
favoreçam a aprendizagem do aluno sem, no entanto, configurar desvio na
caminhada da escola.
Com relação à legalidade das flexibilizações/ adequações no currículo,
encontramos respaldo no Art. 5º, Inciso III, da Resolução CNE/CEB Nº 2, onde
podemos ler:
“flexibilizações e adaptações curriculares que considerem
o significado prático e instrumental dos conteúdos
básicos, metodologias de ensino e recursos didáticos
diferenciados e processos de avaliação adequados ao
desenvolvimento dos alunos que apresentam
necessidades educacionais especiais, em consonância
com o projeto pedagógico da escola respeitado a
frequência obrigatória. (MEC, 2001)”.
Ainda, podemos recorrer à LDBEN nº 9394/96, destacando o que reza o
caput do Artigo 59 e seu Inciso I:
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
78
“Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades
especiais: currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização
específica, para atender às suas necessidades”.
A flexibilização curricular também é realizado para os estudantes
público-alvo da educação especial, os estudantes atendidos pelo Serviço de
Apoio à Rede Escolarização Hospitalar/SAREH, estudantes afastados pelo
Decreto-Lei nº 1044/69 e pela Lei nº 6202/75, atendimento aos estudantes em
cumprimento de medida socioeducativa, estudantes do Programa de
Aceleração de Estudos (PAE) e outras situações que requeiram a flexibilização
curricular.
A organização da Proposta Pedagógica Curricular toma como base as
normas e Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais, observando o princípio
da flexibilização e garantindo o atendimento pedagógico especializado para
atender às necessidades educacionais especiais de seus alunos.
9.3. Matriz Curricular
Matriz Curricular dos Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino
Médio
A matriz curricular decorrente de proposta pedagógica deve ser utilizada
como instrumento gerencial, respeitando a obrigatoriedade do estudo da língua
portuguesa, da matemática, da arte e de educação física, o conhecimento do
mundo físico e da realidade social e política.
A organização do trabalho pedagógico em todos os níveis e modalidades
de ensino segue as orientações expressas nas Diretrizes Curriculares
Nacionais e Estaduais. O regime da oferta da Educação Básica é de forma
presencial, com a seguinte organização:
I. por anos , no Ensino Fundamental;
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
79
II. por séries, no Ensino Médio,
III. por serviços e apoios especializados, na modalidade da Educação
Especial, sempre que houver demanda a ser atendida, espaço físico disponível
e profissional habilitado.
Município : TOLEDO
Estabelecimento : JOAO ARNALDO RITT, C E-EF M
Período Letivo : 2016-1
Curso : ENSINO FUND.6/9 ANO-SERIE (4039) (4039)
Código Matriz : 869901
Matriz Curricular
Organização da Matriz
Visualização da Matriz
Nº Nome da Disciplina
(Código SAE)
Composição
Curricular
Carga Horária
Semanal das
Seriações
Grupo
Disciplina
O
(*)
6 7 8 9
1 ARTE (704) BNC 2 2 2 2 S
2 CIENCIAS (301) BNC 3 3 3 3 S
3 EDUCACAO FISICA
(601)
BNC 2 2 2 2 S
4 GEOGRAFIA (401) BNC 2 3 3 3 S
5 HISTORIA (501) BNC 3 2 3 3 S
6 LINGUA
PORTUGUESA (106)
BNC 5 5 5 5 S
7 MATEMATICA (201) BNC 5 5 5 5 S
8 ENSINO RELIGIOSO
(7502)
BNC 1 1 0 0 S
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
80
9 L.E.M.-INGLES
(1107)
PD 2 2 2 2 S
Total C.H.
Semanal
25 25 25 25
Município : TOLEDO
Estabelecimento : JOAO ARNALDO RITT, C E-EF M
Período Letivo : 2016-1
Curso : ENSINO MEDIO (9) (9)
Código Matriz : 869899
Matriz Curricular
Organização da Matriz
Visualização da Matriz
Nº Nome da Disciplina
(Código SAE)
Composição
Curricular
Carga
Horária
Semanal
das
Seriações
Grupo
Disciplina
O
(*)
1 2 3
1 ARTE (704) BNC 2 0 0 S
2 BIOLOGIA (1001) BNC 2 2 2 S
3 EDUCACAO FISICA
(601)
BNC 2 2 2 S
4 FILOSOFIA (2201) BNC 2 2 2 S
5 FISICA (901) BNC 2 2 2 S
6 GEOGRAFIA (401) BNC 2 2 2 S
7 HISTORIA (501) BNC 2 2 2 S
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
81
8 LINGUA
PORTUGUESA
(106)
BNC 3 3 4 S
9 MATEMATICA (201) BNC 4 4 3 S
10 QUIMICA (801) BNC 2 2 2 S
11 SOCIOLOGIA
(2301)
BNC 2 2 2 S
12 L.E.M.-ESPANHOL
(1108)
PD 4 4 4 Língua
Estrangeira
Moderna
S
13 L.E.M.-INGLES
(1107)
PD 0 2 2 S
Total C.H.
Semanal
29 29 29
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96
*Ensino Religioso – Disciplina de Matrícula Facultativa.
*Espanhol e Inglês ofertados no contra turno - CELEM.
X. DESAFIOS SOCIOEDUCACIONAIS / LEGISLAÇÃO OBRIGATÓRIA
Entende-se que há necessidade de um novo olhar sobre a realidade
histórica do país frente às questões sociais, culturais, ambientais e históricas
que ao longo do tempo vem permeando a evolução da sociedade por vezes
frutos das contradições ou oriundos dos anseios do movimentos sociais. É
pertinente e oportuno trabalhar essas questões uma vez que a escola não
sendo alheia aos acontecimentos que se apresentam, age diretamente com os
sujeitos da educação – o aluno.
A proposta para se trabalhar tais desafios parte da intencionalidade de
interação de tais fatos dados a sua relevância para a comunidade escolar
devendo ser trabalhados durante os trimestres nas disciplinas as quais se
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
82
contextualizam como condição de compreensão do conhecimento em suas
múltiplas manifestações.
10.1. História do Paraná (lei nº 13381/01)
A orientação da SEED para os estudos sobre o Estado do Paraná é que
sejam contemplados nos Planos de Trabalho Docente de todas as disciplinas
da grade curricular, fazendo com que, além do conhecimento histórico, haja um
maior orgulho pelo cidadão, por fazer parte deste grande Estado.
10.2 História e Cultura Afro-brasileira, africana e indígena (Lei nº
11.645/08)
A inclusão do ensino da História, Cultura Afro-Brasileira e Indígena nos
Currículos do Ensino Fundamental e Médio, foi feita através da Lei n.
10.639/2003 e Lei n. 11.645/2008, que alterou o art. 26-A da LDBEN n.
9394/96. No § 1º deste artigo preceitua que “o conteúdo programático incluirá
diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da
população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da
história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no
Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da
sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social,
econômica e política, pertinente à história do Brasil”.
Essas temáticas deverão ser desenvolvidas no âmbito de todo o
currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística, literatura e
histórias brasileiras.
Relações Étnico - Raciais - Cultura Afro Brasileira
Entende-se por raça o conjunto de indivíduos cujos caracteres tais como
a cor e pele, são semelhantes e se transmitem hereditariamente, embora
variem de indivíduo para indivíduo.
Reconhecer é bem valorizar, divulgar e respeitar os processos históricos
de resistência negra desencadeados pelos africanos escravizados no Brasil e
por seus descendentes, desde as formas individuais e coletivas.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
83
Os diversos temas sobre as Relações Étnico-raciais, na Educação têm
contribuindo de forma efetiva para a superação de práticas preconceituosas
seguidas de racismo e de discriminação no espaço escolar.
Na busca de uma educação anti-racista, na perspectiva do
reconhecimento das diferenças para, a partir daí, construir identidades e
efetivar uma igualdade, tanto de condições, como de direitos e deveres.
A intenção de efetivar uma educação inclusiva que atenda às
diversidades, as expressões particulares da cultura afro-brasileira, os quais
atentam para as representações do/a negro/a que circulam em diferentes
suportes da memória cultural – livros, objetos de arte, espaços territoriais,
criação literária, manifestações religiosas.
Os encaminhamentos metodológicos e sugestões de atividades sobre o
assunto, apontam os caminhos para o ensino da temática ao analisar casos
que remetem a lugares de memórias.
Numa sociedade que se diz “mestiça” e cuja formação é re-significada
pelas intensas transformações e que ao longo da história, aponta exemplos de
conflitos sociais que estas comunidades enfrentaram e continuam enfrentando.
Uma proposta que envolve o ensino de História, que busca romper com
os estereótipos e possibilitando um processo educacional em direção à
igualdade, encontra-se nas Imagens e representações dos afro descendentes:
estudo de caso – livros didáticos de História que analisa o papel de algumas
imagens recorrentes em livros didáticos de História como documentos que
transmitem ideias e contribuem para manter representações discriminatórias.
O Negro como objeto e sujeito de uma escritura, é traçado um paralelo
entre as visões de alguns escritores em cujos textos a figura do/a negro/a é
tratada de forma, além de estereotipada, zoomorfizada, abordada sob prismas
deformantes. Destaca-se também a escritura de autores/as comprometidos/as
com o reconhecimento da identidade afro descendente que em suas obras
apresentam o/a negro/a como homem ou mulher, capaz de todas as ações e
sentimentos que o/a humanizam.
A Religião de matriz africana e/ou afro-brasileira: uma explicitação de
conteúdos teológico e filosófico da sua visão de mundo, o autor discorre sobre
os valores civilizatórios africanos, representações racistas geradoras de
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
84
tolerância, preconceito e discriminação que geralmente se estendem a todas as
vertentes religiosas de matriz africana.
É importante salientar que políticas tenham como metas o direito dos
negros se reconhecerem na cultura nacional, expressarem visões de mundo
próprio, manifestar com autonomia, individual e coletiva, seus pensamentos.
Neste sentido é indispensável, a boa formação de professores proporcionando
uma educação de qualidade para todos. Esta formação depende ainda do
trabalho conjunto, de articulação entre processos educativos escolares,
políticas públicas, movimentos sociais, visto que as mudanças étnicas,
culturais, pedagógicos e políticas nas relações étnico–raciais não se limitam a
escola.
A consciência política e histórica da diversidade étnico-racial parte do
princípio que:
- a igualdade básica da pessoa humana como sujeito de direitos,
compreendendo que a sociedade é formada por pessoas que pertencem a
grupos étnicos raciais distintos, que possuem cultura e história próprias
devendo ser igualmente valorizadas.
- superar a indiferença, injustiça e desqualificação com que os negros e
as classes populares são comumente tratados.
- romper com imagens negativas forjadas por diferentes meios de
comunicação contra os negros.
Devem-se estabelecer estratégias de ensino e atividades, valorizando
aprendizagens vinculadas às suas relações com pessoas negras, brancas,
mestiças e em geral, fazendo com que os professores e alunos enfrentem e
superem discordâncias, conflitos, contestações, valorizando os contrastes das
diferenças, valorizando a oralidade, a corporeidade e a arte.
Estes princípios mostram exigências de mudanças de mentalidades, de
maneira de pensar e de agir dos indivíduos em particular, assim como das
instituições e de suas tradições culturais. Isto pode ser feito por meio da
realização de projetos ou trabalhos no decorrer do ano letivo, visando a
participação dos educandos de todas as raças a valorizar a cultura e a história
do povo afro-brasileiro.
Educação e Cultura Indígena
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
85
A educação escolar indígena tem como objetivo o fortalecimento das
identidades étnicas por meio da valorização e recuperação da memória oral
dos sábios indígenas com relação aos processos históricos vividos, às lutas
empreendidas pela garantia do território e pela resistência às situações de
dominação.
No processo ensino e aprendizagem a escola deve dar um tratamento
aos valores, saberes e conhecimentos tradicionais às práticas sociais de cada
cultura e garantir o acesso de conhecimento e tecnologias da sociedade
nacional, relevantes para o processo de interação e participação cidadã na
sociedade nacional. Com isso as atividades curriculares devem ser
significativas e contextualizadas às experiências dos educandos e de suas
comunidades.
As políticas educacionais atuais para a realidade indígena partem dos
fundamentos legais e conceituais presentes na Constituição de 1988 que
colocou sobre novas bases os direitos indígenas. São direitos constitucionais
dos povos indígenas: o reconhecimento e a garantia de seus territórios, de
suas formas de organização social e de sua produção sociocultural, o ensino
ministrado nas línguas indígenas e o reconhecimento dos processos próprios
de aprendizagem.
As culturas indígenas são patrimônio cultural da nação brasileira e o
nosso sistema educacional deve se reorganizar para a educação em direitos
humanos e respeito às diferenças culturais.
10.3. Música (lei nº 11.769/08)
A Lei nº 11.769, de 18 de agosto de 2008 que dispõe sobre a
obrigatoriedade do ensino da música na educação básica assegura que a
mesma deverá ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo do componente
curricular Arte.
O ensino da música faz parte do Ensino de Arte, tanto no Ensino
Fundamental quanto no Ensino Médio, não se caracterizando como um
componente do Currículo, com professor específico. Ao professor de Arte
caberá incluir em seu planejamento, obrigatoriamente, o ensino da música ao
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
86
lado das outras manifestações culturais que devem ser trabalhadas,
conforme previstos nos conteúdos básicos comuns para os anos finais do
Ensino Fundamental e Médio.
10.4. Prevenção ao uso indevido de drogas
É suma importância o papel do educador no desenvolvimento de
posturas e comportamentos sobre os mais diferentes assuntos: vida social e
familiar, cultura de paz ou de violência, cidadania, ética, relacionamento sexual,
uso de drogas, saúde em geral, vida profissional e projeto de vida.
O objetivo da prevenção é auxiliar as pessoas, a desenvolverem sua
capacidade de decisão para fazerem escolhas que, favoreçam a sua saúde e
segurança ao longo da vida.
O consumo de substâncias psicotrópicas é bastante frequente em nossa
sociedade e a partir de uma revisão histórica da civilização humana, pode-se
observar que a droga se fez presente no cotidiano do homem desde as
primeiras notícias de sua existência. As bebidas alcoólicas estiveram presentes
em quase todas as civilizações.
Nos anos 50, a utilização de drogas sintéticas com efeito tranquilizante,
acentuou-se.
Nos anos 60, o movimento hippie floresce com uma proposta
revolucionária, buscando criar um mundo alternativo e novas formas de pensar,
sentir e perceber a realidade. Os hippies utilizavam drogas psicodélicas e
experiências místicas que proporcionavam efeitos prazerosos e alteravam o
estado de consciência.
A partir dos anos 70 o uso de solventes orgânicos torna-se prática nos
EUA e no Brasil. A faixa etária dos usuários de droga começa a se alargar. O
que até os anos 50 era prática do adulto, nos anos 70 amplia-se tanto para os
adolescentes quanto para os idosos. Enquanto os jovens recorrem com maior
frequência às drogas ilícitas como a cola de sapateiro (solvente), a maconha e
a cocaína, os idosos fazem uso das drogas lícitas como o tabaco, o álcool, a
cafeína e os medicamentos.
Estudos demonstram que o álcool é a substância psicoativa de maior
uso no Brasil. Vários fatores influenciam esse uso, podendo-se destacar o fato
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
87
dela ser uma droga lícita, socialmente aceita e muitas vezes ter seu uso
incentivado pela sociedade (como por exemplo, os chamados "ritos de
passagem" caracterizados pelo primeiro "porre" na adolescência); ser uma
droga de fácil acesso e de baixo preço e ainda apresentar deficiência na
fiscalização (venda para menores de idade, por exemplo). No entanto, família e
instituições enfatizam, quase exclusivamente, o problema das drogas ilícitas,
como a maconha e a cocaína. Isto porque o álcool, o tabaco e, em menor grau
os solventes, estão inseridos nos diversos contextos, com os quais o
adolescente se relaciona, incluindo a própria família e a instituição escolar.
Mesmo conhecendo os efeitos dessas drogas, é possível o uso ocasional, isto
é, o uso relacionado a eventos sociais, como festas, shows, etc.
O uso abusivo de substâncias psicoativas por crianças e adolescentes,
na medida em que interfere na saúde física e mental, no seu desenvolvimento
psicológico, no funcionamento familiar, no desempenho escolar, na participação
social, na habilitação para o exercício profissional, ao lado dos demais
comportamentos de risco associados a este uso, de regra, caracteriza a
situação de risco prevista no artigo 98, inciso, III, do Estatuto da Criança e do
Adolescente, ensejando, por parte do Conselho Tutelar, do Ministério Público e
do Juízo da Infância e Juventude, a aplicação de medidas de proteção
previstas no artigo 101, tanto as de caráter geral, como as de natureza
específica, tais como: (inciso VI) inclusão em programa oficial ou comunitário
de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos e (inciso V) a
requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime
hospitalar ou ambulatorial.
Há, notoriamente, uma grande deficiência do Estado na implementação
das políticas públicas e dos programas de atenção aos usuários de
substâncias, em especial, quanto ao atendimento prioritário e especializado a
que crianças e adolescentes têm direito. Todavia, não é menos real a
insuficiência de atenção e conscientização do próprio Sistema de Justiça nos
encaminhamentos que tem sido feitos, sobretudo se considerarmos a condição
peculiar da pré-adolescência e que a nossa intervenção se pretende
especializada.
No momento da educação para a saúde, o resgate da autoridade dos
pais e dos professores constitui uma estratégia de prevenção do uso de
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
88
drogas, pois a criança e o adolescente estarão mais preparados para resolver
as diferentes situações com uma postura reflexiva e de busca de apoio junto
aos adultos nos momentos em que sentirem necessidade.
Para a prevenção do uso de drogas, é fundamental estabelecer uma
relação de confiança mútua entre a escola e a família quanto às competências
no estabelecimento da autoridade.
É preciso dimensionar as disciplinas escolares como uma reconstrução
da autoridade do professor e dos pais e uma permanente construção da
autonomia dos estudantes.
Acreditamos que a escola é um espaço para desenvolver atividades
educativas, visando à qualidade de vida e a educação para a saúde. Portanto
ela tem a responsabilidade da prevenção primária e secundária. A educação
não engloba apenas transmissão de conhecimento é muito mais que informar:
educar é formar, é estar atenta a forma afetiva e social da criança e do jovem.
O Governo do Paraná juntamente com a SEED preocupados com a
disseminação das drogas no ambiente escolar está desenvolvendo juntamente
com todas as escolas projetos de prevenção às drogas. Através de esse
trabalho desenvolver o senso crítico e motivar os alunos a tomar atitudes
responsáveis, sendo também seu papel atingir as famílias que se encontram
despreparadas a lidar com as drogas.
A prevenção na escola significa estar atento ao jovem, abrir um canal de
comunicação, valorizá-lo com se humano, procurando um espaço para a
reintegração social com alternativas de lazer, arte, esporte e profissão.
10.5. Sexualidade Humana
A sexualidade é o que há de mais íntimo nos indivíduos é o que os reúne
globalmente como espécie humana. Está inserida entre as “disciplinas do
corpo” e participa da “regulação das populações”. A sexualidade é um tema de
interesse público e do Estado, pois a conduta sexual da população diz respeito
à saúde pública, à natalidade, à vitalidade das descendências e da espécie, o
que, por sua vez, está relacionado à produção de riquezas, à capacidade de
trabalho, ao povoamento e à força de uma sociedade.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
89
O adolescente e jovem estão em fase de ebulição de sua sexualidade,
hormônios a flor da pele, assim o tema Orientação Sexual na escola contribui
para a prevenção de problemas graves como o abuso sexual e a gravidez
indesejada, como também na prevenção de doenças sexualmente
transmissíveis, como AIDS e outras. As informações corretas aliadas ao
trabalho de autoconhecimento e de reflexão sobre a própria sexualidade
ampliam a consciência sobre os cuidados necessários para a prevenção
desses problemas.
Diante disto o tema Sexualidade Humana deve impregnar toda a área
educativa da educação básica e ser tratado por diversas áreas do
conhecimento. O trabalho de orientação sexual deve, portanto, ocorrer de duas
formas: dentro da programação, através de conteúdos transversalizados nas
diferentes áreas do currículo, e como extraprogramação, sempre que surgirem
questões relacionadas ao tema.
A escola é uma instituição parte da sociedade e por isso não poderia se
isentar dos benefícios ou das mazelas produzidos por essa mesma sociedade.
É influenciada pelos modos de pensar e se relacionar na sociedade, ao
mesmo tempo em que os influencia, contribuindo para suas transformações.
A escola, por seus propósitos, pela obrigatoriedade legal e por obrigar
distintas diversidades (de origem, de gênero sexual, étnico racial, cultural etc.)
torna-se responsável, juntamente com os estudantes, familiares, comunidade,
organizações governamentais e não governamentais, por construir caminhos
para a eliminação de preconceitos e de práticas discriminatórias. Educar para a
valorização da diversidade não é apenas tarefa do cotidiano da escola é
responsabilidade de toda a sociedade e do estado.
Em sua missão de formadora de pessoas dotadas de espírito crítico e de
instrumentos conceituais para se posicionarem com equilíbrio em um mundo de
diferenças e de infinitas variações. Pessoas que possam refletir sobre o acesso
de todos, a cidadania e compreender que, dentro dos limites da ética e dos
direitos humanos, as diferenças devem ser respeitadas e promovidas e não
utilizadas como critérios de exclusão social e política, portanto, é função da
escola buscar desenvolver uma postura crítica em relação dos processos de
naturalização da diferença. Assim a escola precisa estar sempre preparada
para apresentar não uma verdade absoluta, mas sim uma reflexão que
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
90
possibilite aos alunos compreenderem as implicações éticas e políticas de
diferentes posições sobre o tema e construírem a sua opinião nesse debate.
Pode-se afirmar, contudo, que o preconceito faz parte do comportamento
cotidiano. Frequentemente nos defrontamos com atitudes preconceituosas,
sejam em atos ou gestos, palavras e discursos. A sala de aula não escapa
disso, ainda é bastante preconceituosa em relação aos diferentes grupos
sexuais, pois uma realidade da comunidade em que a escola está inserida.
Esta vem lutando para manter-se um pouco resguardada dos conflitos
decorrentes da intolerância entre os diferentes grupos. Para trabalhar com
estas questões polêmicas, difíceis e um tanto complicadas é preciso
compreendê-las, saber como se manifestam, exigindo naturalidade e subsídios,
tais como materiais, livros, formação, capacitação e outros.
A partir destas reflexões, as ações pedagógicas, não são específicas de
uma única disciplina. As abordagens quando necessárias são resolvidas no
momento em que o aluno se expõe através de gestos, ações, atitudes, dúvidas
e o professor agindo com naturalidade e munido de conhecimento científico e
sensibilidade prática, instrumentaliza o aluno possa compreender, conhecer,
respeitar e tolerar, revendo seu agir.
Outra estratégia pedagógica adotada pela escola é trazer profissionais
como psicólogos, terapeutas, médicos e áreas afins para abordarem o assunto,
investigando a busca da resolução de conflitos.
Quando se trata de orientações individuais o jovem prefere recebê-las e
conversar com as pessoas fora de sua convivência cotidiana. Em nossa
comunidade, a escola conta com o apoio de pastores, padres e demais
profissionais como pedagogos que conseguem orientar fazendo com que o
aluno sinta-se seguro ao expor sua intimidade sem sofrer julgamentos.
10.6. Educação Ambiental (L.F. nº 9795/99, Dec. 4201/02)
A Educação Ambiental deve estar presente em todos os níveis e
modalidades de ensino de forma interdisciplinar, garantindo a diferentes grupos
e faixas etárias, o desenvolvimento da cultura e cidadania ambiental, de modo
que impregne toda a prática educativa e, ao mesmo tempo, crie uma visão
global e abrangente da questão ambiental, visando os aspectos físicos,
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
91
históricos e sociais, assim como a articulação entre a escala local e planetária
desses problemas.
Cada professor, dentro da especificidade de sua área, deve adequar o
tratamento dos conteúdos para contemplar a Educação Ambiental, estes
devem permear todas as disciplinas do currículo e contextualizá-los com a
realidade da comunidade. A escola ajudará o aluno a perceber a correlação dos
fatos e ter uma visão holística, ou seja, integral do mundo em que vive.
A Revolução Industrial intensificou a exploração da natureza pelos
homens. A consolidação da ética antropocêntrica torna a natureza e a cultura
humanas, que antes caminhavam juntas, duas coisas distintas e sem ligação.
Os desequilíbrios se agravam: êxodo rural, desemprego, “inchaço” das
cidades, má distribuição de riquezas etc. Assim como o desequilíbrio social, o
desequilíbrio ambiental é agravado pela poluição, lixo, doenças, prejuízos à
fauna e à flora, entre outros. Essa crise ecológica, isto é, os problemas sociais,
culturais e ambientais, constituem uma crise cultural gerada ao longo dos
séculos com a modernidade.
É neste cenário que na segunda metade do século XX consolida-se o
movimento ambientalista em várias partes do mundo, contribuindo para o
crescimento da consciência ecológica que ganha cada vez mais consistência
política. A preocupação com o meio ambiente não é tão recente como se
imagina. Em 1972, foi realizada a Conferência Mundial sobre Meio Ambiente
Humano, promovido pela ONU em Estocolmo.
A partir da década de 1960, muitos debates, congressos e conferências
surgem com a intenção de trazer à discussão a crise ambiental, consolidando a
ideia de uma Educação Ambiental. Esses eventos vêm sendo marcados por
avanços éticos, metodológicos e conceituais para a Educação Ambiental com
vistas à transformação social. Recentemente, em Johanesburgo, África do Sul,
a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável se reuniu no RIO+10
buscando estabelecer paradigmas, alterar conceitos e princípios que regem
forças políticas, econômicas e sociais, além de colocar em funcionamento
alguns assuntos referentes à agenda 21 (RIO-92) que não estavam
funcionando ainda (RIO+10, 2002).
Sendo uma dimensão da educação, a EA é um processo educativo que
visa formar cidadãos éticos nas suas relações com a sociedade e com a
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
92
natureza. Durante a formação, cada indivíduo é levado a uma reflexão de seus
comportamentos e valores pela aquisição de conhecimentos, compromisso e
responsabilidade com a natureza e com as gerações futuras. A Educação
Ambiental contribui para que o indivíduo seja parte atuante na sociedade,
aprendendo a agir individual e coletivamente na busca de soluções. Esse papel
educacional tem sido cumprido pela educação formal nas escolas, no momento
em que foi criada a Lei N. 9.795/1999 que dispõe referente ao:
Artigo 1º: que se entende por Educação Ambiental os processos por
meios os quais o individuo e as coletividades constroem valores sociais,
conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente bem de uso comum do povo, essencial a sadia
qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Artigo 2º: A Educação Ambiental é um componente essencial e
permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma
articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em
caráter formal e não-formal.
Artigo 10º: A educação Ambiental será desenvolvida como uma
educação integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades
do ensino formal.
A Educação Ambiental contribui para desenvolver nos educandos
atitudes de cuidados com o meio onde vivem, proporcionando oportunidades
de aquisição de conhecimentos, valores, atitudes e interesse ativo para
protegê-lo e melhorá-lo.
Sendo uma dimensão da Educação, a Educação Ambiental é um
processo educativo que visa formar cidadãos éticos nas suas relações com a
sociedade e com a natureza. Durante a formação a escola tem a incumbência
de formar e levar o conhecimento para que se possa desenvolver um trabalho
adequado junto aos alunos, levando-os a assumir o compromisso e
responsabilidade com a natureza e com as gerações futuras. A Educação
Ambiental contribui para que o indivíduo assuma posições afirmadas com os
valores referentes à proteção e melhoria.
Objetivos
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
93
• Perceber a responsabilidade do consumismo em relação aos
problemas ambientais locais e internacionais;
• Discutir a relação entre o meio ambiente e interesses econômicos;
• Compreender o desenvolvimento sustentável em todas as suas
implicações para a humanidade;
• Assumir uma posição crítica quanto ao comportamento dos países
desenvolvidos e subdesenvolvidos no que concerne à política do
desenvolvimento sustentável;
• Perceber as implicações de suas atividades relacionadas ao ambiente
que os cerca, promovendo ações que garantam sua preservação.
10.7. Educação Fiscal
As diversas temáticas da Educação Fiscal podem ser contextualizadas
em sala de aula à medida que se aborde assuntos que tratem da prática da
cidadania e controle social, função socioeconômica dos tributos, além de
informações cotidianas do cenário político e social. Todas as áreas de
conhecimento estão envolvidas na construção de ideais de paz, liberdade e
justiça social, sendo a consciência dos direitos e deveres, sua pedra angular.
Além de estar diretamente ligada à cidadania, a Educação Fiscal pode
ser utilizada na matemática, levando o aluno a conhecer e calcular a carga
tributária, o funcionamento do sistema de arrecadação e a maneira como o
dinheiro retorna em forma de serviço à população. Conhecemos a riqueza da
produção de textos que resultam da análise da atuação das autoridades que
fazem uso do dinheiro público. Cabe ao educador contextualizar as
informações nas suas aulas de Língua Portuguesa, Geografia, Meio Ambiente,
Esporte, Moradia e Segurança, pois, tudo isso nos fará refletir na qualidade de
vida da população e como essas questões estão sendo trabalhadas pelos
governantes. Com o tema abordado em sala de aula iremos favorecer não só
uma prática individual do aluno, mas principalmente este mudará hábitos
familiares, como por exemplo, a solicitação da nota fiscal, além de outros meios
de controle social.
Através da Educação Fiscal executada na prática, teremos a certeza da
formação do cidadão atuante e da consolidação da democracia participativa.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
94
10.8. Enfrentamento a violência contra criança e o adolescente
A violência contra crianças e adolescentes é uma grave violação dos
direitos humanos. Trata-se de um fenômeno complexo e multifacetado, que
ocorre em todo o mundo e está ligado a fatores culturais, sociais e econômicos.
Diariamente atinge milhares de crianças e adolescentes, muitas vezes de
forma silenciosa, comprometendo sua qualidade de vida e seu
desenvolvimento físico, emocional e intelectual.
Destacamos a necessidade dos educadores em todas as áreas,
ultrapassar os limites geográficos da Escola e se tornar uma ferramenta na
proteção integral dos direitos da criança e adolescente. Temos a firme
convicção de que a escola desempenha um papel protagonista na mudança de
atitude frente à violência contra crianças e adolescentes, bem como o de ser
um agente de fortalecimento da rede de proteção no município. Trabalhar o
tema em sala de aula contribuirá para que a escola consolide sua atuação na
promoção e defesa dos direitos da criança e do adolescente.
10.9. Direito das Crianças e Adolescente L.F. N 11525/07
Conforme a lei federal nº 11525/07 o currículo incluirá obrigatoriamente,
conteúdo que trate dos direitos da criança e do adolescente, tendo como
diretriz a Lei 8069/90 que institui o Estatuto da Criança e do Adolescente,
observada a produção e distribuição do material didático adequado.
Todas as disciplinas deverão trabalhar com o tema no decorrer do ano
letivo, e deve estar contemplado no plano de trabalho docente.
10.10. Educação Tributária Dec. Nº 1143/99, Portaria nº 413/02
Educação Tributária é um desafio, quando se trata de um processo de
inserção de valores na sociedade com o retorno de longo prazo: da formação
de futuros cidadãos conscientes do seu dever de cumprimento das obrigações
tributárias, e do seu direito ao exercício da cidadania mediante a cobrança da
coerente destinação dos recursos provenientes dos tributos arrecadados pelo
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
95
Estado.
O educador deve partir do principio de que precisa informar, para que
todos conheçam; educar, para que todos pratiquem. Cabe a Escola esclarecer
aos alunos que o pagamento de tributos é um dos principais deveres do
cidadão, e é dever do Estado arrecadar os tributos e aplicá-los eficientemente
para o desenvolvimento da sociedade. Para assim, despertar no estudante a
consciência quanto à exigência do documento fiscal como mecanismo gerador
de recursos públicos.
10.11. Diversidade Cultural – Etnia
A diversidade cultural está ligada ao processo histórico e de
colonização da região Oeste e da comunidade escolar. A educação escolar
deve considerar a diversidade dos educandos como elemento essencial para a
aprendizagem, atendendo as necessidades singulares dos alunos, analisando
as possibilidades de aprendizagem de cada um e avaliando a eficácia das
medidas adotadas.
Dentro de uma comunidade onde existe uma diversidade cultural deve-
se considerar não só as capacidades intelectuais e os conhecimentos de que o
aluno dispõe, mas também seus interesses e motivações. Respeitar e valorizar
as diferenças enriquecendo assim a ação educativa.
10.12 Direito dos idosos (L.F.Nº10.741/2003) e Politicas de Proteção ao
Idoso (L.E 17.858/2501311)
Os preconceitos acerca da velhice elucidam as faces da
discriminação e opressão que muitos idosos sofrem, por serem considerados
sujeitos improdutivos e sem capacidade de aprender. As discussões acerca do
envelhecimento e da velhice estão em grande evidência no contexto nacional.
Aponta-se tanto num âmbito social mais amplo, como na própria família, as
condições que os idosos enfrentam, salientando as questões de discriminação,
preconceito e marginalização com relação a essa faixa etária. Nesse sentido, o
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idoso fica caracterizado como um peso para a sociedade, a qual por muitas
vezes o oprime, considerando que seus conhecimentos são ultrapassados e
suas experiências não tem significado. Nas condições em que vive, a pessoa
idosa vivencia, através de suas experiências sociais, um grande detrimento nas
suas relações afetivas, ocasionando dificuldades de englobar-se novamente
num âmbito que a permita desfrutar de uma melhor qualidade de vida. Assim,
observa-se que o idoso tende ao isolamento, pois através dos valores
apresentados pela sociedade em que tudo que é “velho” não tem mais
utilidade, este se considera como um obstáculo para a vida social. No próprio
contexto social no qual o idoso é vitima de discriminações, ele passa também a
se sentir acuado e, como consequência, perde a iniciativa e motivação. Desta
maneira, há um fator de desmotivação, em que a pessoa idosa começa a
perder a sua própria identidade, sendo levada à inatividade, a autocrítica e à
baixa autoestima. Nessas condições, o idoso torna-se cada vez mais oprimido
pela própria sociedade e também, muitas vezes pelos seus pares.
A pessoa idosa deve ser vista como edificadora da sociedade onde se
encontra inserida, e desta forma merece respeito e dedicação pelos anos de
esforços e empenho no passado, considerando que pelo seu trabalho
acumulam-se e transmitem-se vários conhecimentos adquiridos ao longo das
décadas.
A escola, enquanto entidade inserida em uma sociedade, também detém
o dever de despertar em seus alunos o reconhecimento e o respeito pelos
feitos realizados pelas pessoas idosas inseridas neste meio, contribuindo na
formação de uma concepção em que os direitos dos idosos sejam respeitados,
uma vez que a maioria das agressões e ameaças contra os mesmos tem sua
origem na própria família. Despertar no aluno a necessidade de assegurar à
pessoa idosa a dignidade como pessoa humana e sujeito de direitos, é um dos
desafios da educação na atualidade, visto que o idoso muitas vezes é
compreendido como problema.
Por meio da educação, é possível reconhecer as capacidades de
mudança da população que, uma vez instruída, tem capacidade de discernir
entre o que julga correto ou errado, podendo tecer opiniões e propor novas
mudanças para a estruturação de uma sociedade mais digna, justa e
igualitária.
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Este estabelecimento de ensino, buscará estimular e despertar nos seus
alunos o respeito pelos direitos fundamentais inerentes a esta faixa etária, com
intuito de criar uma ampla consciência de proteção à pessoa idosa, partindo da
premissa de que nascemos, crescemos e envelhecemos, e como tal
necessitamos dos cuidados indispensáveis à cada idade.
10.13 Programa de combate ao Bullying (L.E. 17.335/2012)
Conforme a Lei 13.185 /2015 fica assim caracterizado o bullying e o
cybebullying:
Art. 2o Caracteriza-se a intimidação sistemática (bullying) quando há violência física ou psicológica em atos de intimidação, humilhação ou discriminação e, ainda:
I - ataques físicos;
II - insultos pessoais;
III - comentários sistemáticos e apelidos pejorativos;
IV - ameaças por quaisquer meios;
V - grafites depreciativos;
VI - expressões preconceituosas;
VII - isolamento social consciente e premeditado;
VIII - pilhérias.
Parágrafo único. Há intimidação sistemática na rede mundial de computadores (cyberbullying), quando se usarem os instrumentos que lhe são próprios para depreciar, incitar a violência, adulterar fotos e dados pessoais com o intuito de criar meios de constrangimento psicossocial.
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Art. 3o A intimidação sistemática (bullying) pode ser classificada, conforme as ações praticadas, como:
I - verbal: insultar, xingar e apelidar pejorativamente;
II - moral: difamar, caluniar, disseminar rumores;
III - sexual: assediar, induzir e/ou abusar;
IV - social: ignorar, isolar e excluir;
V - psicológica: perseguir, amedrontar, aterrorizar, intimidar, dominar, manipular, chantagear e infernizar;
VI - físico: socar, chutar, bater;
VII - material: furtar, roubar, destruir pertences de outrem;
VIII - virtual: depreciar, enviar mensagens intrusivas da intimidade, enviar ou adulterar fotos e dados pessoais que resultem em sofrimento ou com o intuito de criar meios de constrangimento psicológico e social.
O bullying e do cyberbullying deixaram de serem problemas apenas
comportamentais e agora estão previstos em lei. A prática, conforme
determina a lei 13.185/15, que institui o Programa de Prevenção e Combate
ao Bullying presencial e digital, pode responsabilizar civilmente escolas,
clubes e agremiações recreativas por omissão ou negligência em casos
envolvendo qualquer uma das práticas.
É importante salientar que se a criança ou o adolescente sofrer ou
presenciar o bullying, deve buscar orientação com seus educadores e
familiares, os quais, por sua vez, devem agir promovendo auxílios
psicológico, jurídico e social que demandarem os envolvidos, acolhendo e
orientando vítima e agressor, para cessar, o quanto antes, a prática hostil e
coibir os danos. Sendo assim, envolver todos os profissionais da escola nos
planos de ações preventivas, sejam inspetoras de pátio, merendeiras,
responsáveis pela limpeza ou qualquer outra pessoa que tenha contato com
os alunos, se apresenta como uma excelente estratégia para se evitar a
evolução do problema e consequente a sua judicialização.
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Cabe a Escola, por meio de ações preventivas, que incluem palestras
e campanhas de conscientização sobre as gravidades do bullying e do
cyberbullying, orientar crianças, adolescentes, pais, professores e demais
funcionários sobre os possíveis (e por vezes irreversíveis) desdobramentos
da prática do bullying e do cyberbullying , é crucial na mitigação da
ocorrência de tais agressões.
10.14 Semana Estadual Maria da Penha nas escolas (L.E.18.447/2015)
A lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006, popularmente conhecida
como Lei Maria da Penha, alterou o Código Penal brasileiro, fazendo com que
os agressores sejam presos em flagrante ou que tenham a prisão preventiva
decretada, caso cometam qualquer ato de violência doméstica pré-estabelecido
pela lei.
A cada ano, mais de um milhão de mulheres são vítimas de violência
doméstica no País, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Esse tipo de violência, apesar de sistêmica, tem sido
combatido com a defesa do direito das mulheres.
Lei Maria da Penha é o nome dado a uma legislação brasileira que
garante a proteção das mulheres contra qualquer tipo de violência doméstica,
seja física, psicológica, patrimonial ou moral.
Outra grande alteração que a lei Maria da Penha trouxe foi a eliminação
das penas alternativas para os agressores, que antes eram punidos com
pagamento de cesta básica ou pequenas multas. O agressor também pode
ser condenado a três anos de reclusão, sendo que a pena é aumentada em um
terço caso o crime seja praticado contra uma pessoa portadora de deficiência.
Todos os crimes que se enquadram na lei Maria da Penha deverão ser julgados
pelos Juizados Especializados de Violência Doméstica contra a Mulher, que
foram criados a partir desta legislação. A lei Maria da Penha se aplica também
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
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para casais homoafetivos, formados por duas mulheres ou transgêneros (que
se identificam com o gênero feminino).De acordo com dados divulgados pelo
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em 2015, a lei Maria da Penha
ajudou a diminuir cerca de 10% a taxa de homicídios contra as mulheres em
seus lares. A lei Maria da Penha é a base para os compromissos adquiridos
pelo Brasil em resposta à Convenção para Prevenir, Punir e Erradicar a
Violência contra a Mulher (da Organização dos Estados Americanos – OEA) e
à Convenção para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a
Mulher (da Organização das Nações Unidas – ONU). A ONU reconhece a lei
Maria da Penha como uma das melhores legislações do mundo para combater
a violência doméstica contra a mulher.
A educação é um fator fundamental para a prevenção e erradicação da
violência, por isso, acreditamos que a escola tem papel fundamental na
desconstrução da violência contra a mulher. Ao levar o conteúdo da Lei Maria
da Penha para o âmbito escolar, principalmente a sala de aula, objetivamos
trabalhar a formação de uma nova consciência com os jovens, torná-los
cidadão com novos comportamentos e verdadeiros agentes transformadores
da realidade.
10.15 Direitos Humanos – PNEDH3 (Decreto7037/2009)
A Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização das
Nações Unidas afirma que todos os seres humanos nascem livres e iguais em
dignidade e em direitos, dotados de razão e de consciência, e devem agir uns
para com os outros em espírito de fraternidade.
Direitos humanos são os direitos e liberdades básicas de todos os
seres humanos.Seu conceito também está ligado com a ideia de liberdade de
pensamento, de expressão, e a igualdade perante a lei. A ONU (Organização
das Nações Unidas) foi a responsável por proclamar a Declaração Universal
dos Direitos Humanos, que deve ser respeitada por todas as nações do mundo.
A ONU adotou a Declaração Universal dos Direitos Humanos com o
objetivo de evitar guerras, promover a paz mundial e de fortalecer os direitos
humanitários. A Declaração Universal dos Direitos Humanos tem uma
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importância mundial, apesar de não obrigar juridicamente que todos os Estados
a respeitem. Para a Assembleia Geral da ONU, a Declaração Universal dos
Direitos Humanos tem como ideal ser atingido por todos os povos e todas as
nações, com o objetivo de que todos tenham sempre em mente a Declaração,
para promover o respeito a esses direitos e liberdades. A origem do conceito
dos direitos humanos está na filosofia que determina os chamados "direitos
naturais", que seriam supostamente atribuídos por Deus. Muitos filósofos dizem
que não existem diferenças entre os direitos humanos e os direitos naturais, e
John Locke foi o mais importante filósofo a desenvolver esta teoria.
Existem várias organizações e movimentos que têm como objetivo
defender os direitos humanos, como por exemplo, a Anistia Internacional.
O Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNEDH), de
2006, afirma que a educação em direitos humanos é compreendida como um
processo sistemático e multidimensional que orienta a formação do sujeito de
direitos, articulando as seguintes dimensões:
a) apreensão de conhecimentos historicamente construídos sobre
direitos humanos e a sua relação com os contextos internacional, nacional e
local;
b) afirmação de valores, atitudes e práticas sociais que expressem a
cultura dos direitos humanos em todos os espaços da sociedade;
c) formação de uma consciência cidadã capaz de se fazer presente nos
níveis cognitivo, social, ético e político;
d) desenvolvimento de processos metodológicos participativos e de
construção coletiva, utilizando linguagens e materiais didáticos
contextualizados;
e) fortalecimento de práticas individuais e sociais que gerem ações e
instrumentos em favor da promoção, da proteção e da defesa dos direitos
humanos, bem como da reparação das violações.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
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Sendo a educação um meio privilegiado na promoção dos direitos
humanos, cabe priorizar a formação de agentes públicos e sociais para atuar
no campo formal e não formal, abrangendo Cad. Cedes, Campinas, vol. 30, n.
81, p. 233-249, mai.-ago. 2010 241 Disponível em Angela Viana Machado
Fernandes & Melina Casari Paludeto os sistemas de educação, saúde,
comunicação e informação, justiça e segurança, mídia, entre outros. (Brasil,
2006). Na formulação conceitual de Mazzuoli:
O cidadão torna-se, então, aquele indivíduo a quem a Constituição confere
direitos e garantias – individuais, políticos, sociais, econômicos e culturais
– e lhe dá o poder de seu efetivo exercício, além de meios processuais
eficientes contra a violação de seu gozo ou fruição por parte do Poder
Público (2001, p. 10).
Este estabelecimento de ensino realiza um trabalho pedagógico com
efetivação prática, oportunizando ao aluno e comunidade escolar uma atuação
ativa e de participação, fundamentalmente centrada nas competências e nas
atitudes utilizando metodologias e estratégias que permitam a aprendizagem
da autonomia, da responsabilidade, do respeito, da tolerância, da
solidariedade, do consenso e da ação consciente e empenhada de forma
abrangente e integrada, considerado a educação para os direitos humanos
como um todo, sem isolar as questões, uma vez que todas as situações tem
razões e enquadramentos múltiplos, com consequências e implicações
diversas com vistas à ações abertas e flexíveis, sem rigidez, respostas feitas
ou soluções fáceis, até por que surgem todos os dias no cotidiano das turmas,
da escola, , notícias e acontecimentos da Escola, dos bairros, do país e do
mundo que podem e devem ser debatidas e trabalhadas de maneira
Interdisciplinar e transversal, envolvendo todos os professores e todas as
disciplinas, pois a educação para os Direitos Humanos não pode ser reduzida a
um conteúdo programático, integrado numa disciplina ou área curricular,
durante algumas semanas seguidas, é preciso que este trabalho seja
contextualizado e compromissado, tendo em conta a situação envolvente, as
necessidades e os problemas da escola, do meio e da sociedade em geral.
Todos devem comprometer-se em prol de um trabalho conjunto, participado e
de parcerias, com diferentes contributos e participações.
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103
Cidadania são o exercício dos direitos e deveres civis, políticos e sociais
que estão previstos na constituição. Exercer a cidadania é ter consciência de
seus direitos e obrigações e lutar para que sejam colocados em prática.
Para exercer a cidadania, os membros de uma sociedade devem
usufruir dos direitos humanos, direitos fundamentais tanto no âmbito individual,
coletivo ou institucional. Assim também poderão cumprir os seus deveres para
o bem da sociedade.
Além da preparação para a cidadania e para o trabalho, a função social
da escola de hoje consistiria na formação de seus alunos para a convivência
numa cultura de diversidade e de direitos. Saber conviver com a diversidade
não é uma tarefa fácil, porque nos desafia a questionar constantemente nossos
valores, a rever posicionamentos e a incorporar novas crenças àquelas já
existentes e muitas vezes cristalizadas dentro de nós. Nesse novo modelo de
sociedade, que busca uma cidadania cada vez mais ampliada, temos que ser
capazes de ser reflexivos. Ser reflexivo implica realizar constantes autocríticas,
de se tornar alguém individual e, ao mesmo tempo, que saiba viver em
sociedade. Ou seja, os desafios são muitos na atual sociedade.
Nesse sentido, a escola tem sido cada vez mais demandada e chamada
a rever seu papel na complexa engrenagem social. A escola torna-se um lugar
bastante privilegiado, tanto quanto a família, na preparação do indivíduo para a
convivência nessa sociedade, pois é local da diversidade, da heterogeneidade.
Enquanto na família existe certa uniformidade de valores, crenças e costumes,
na escola as crianças e jovens precisam se defrontar com o diferente e, com
isso, precisam desenvolver valores relativos à coletividade, à resolução de
conflitos e a compreensão das mais diversas formas de ser e existir. Por isso,
os profissionais da educação precisam estar cada vez mais preparados para
construírem junto aos seus alunos modelos de convívio democrático, de
respeito a todos os tipos de diferenças e crenças.
Mais do que ensinar certos conteúdos, os educadores serão
extremamente ativos na construção de um ambiente inclusivo e participativo,
pois são os adultos da escola que devem garantir que todos tenham espaço
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
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dentro dela. É papel de a escola problematizar temas históricos, sociais e
culturais que levem os alunos a construir uma visão crítica do mundo.
A escola é onde o nós aflora e deve ser cultivado. É um lugar onde
nos construímos individual e coletivamente como cidadãos deste mundo.
O aprender a conviver com o(s) outro(s) e respeitar o(s) seu(s) direito(s) é
um princípio básico da convivência democrática. Isso significa que todos
podem ouvir e ser ouvidos. Se essa aprendizagem começa bem na
escola, prosseguirá ao longo da vida. Novamente, mais importante do que
falar sobre a convivência democrática é vivê-la (Penin, 2009, p. 73).
Somente a vivência dos Direitos Humanos na escola abrirá espaços
para o diálogo, a crítica, a tolerância, a compreensão e o respeito ao outro,
enfim, para a democratização da escola. A afinidade dos Direitos Humanos
com a educação oportuniza a formação de sujeitos autônomos, considerando
que serão educados para a cidadania.
10.16 Educação Alimentar e Nutricional (L.F11.947/2015 )
A educação Alimentar e Nutricional nessa Escola têm ainda, por
finalidade contribuir para a promoção e a proteção da saúde, através de uma
alimentação adequada e saudável, favorecendo seu crescimento e
desenvolvimento humano conforme as políticas públicas em alimentação e
nutrição, contribuindo de maneira significativa no controle do avanço da
prevalência das doenças crônico-degenerativas.
Nas últimas décadas é notável que as mudanças no perfil alimentar,
estilo de vida e o padrão de saúde da população brasileira, tiveram impacto nos
índices de obesidade do país (WENDLING, 2013). A relação entre esses
índices de prevalência não se firmam apenas nessa questão. O excesso de
peso está relacionado com o estilo de vida, o comportamento desiquilibrado no
consumo por alimentos calóricos e o sedentarismo. Posteriormente está
associado às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), que já alcançou um
total de óbitos em 72% no Brasil (SCHIMIDT, 2011; DUNCAN, 2011).
Diante desse contexto, a necessidade do controle e prevenção da
obesidade infantil, está vinculada às politicas públicas e programas de
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
105
promoção da saúde, que buscam adequar e melhorar os hábitos alimentares
saudáveis e juntamente com a prática de atividades físicas (REIS, 2011;
VASCONCELOS, 2011; BARROS, 2011). Nessa lógica a EAN (Educação
Alimentar Nutricional) tem papel importante em estabelecer ações para o
controle desses avanços e garantir a qualidade e o acesso de uma alimentação
saudável, e promover a participação de demais grupos. (MARCO DE
REFERÊNCIA DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL PARA AS
POLÍTICAS PUBLICAS, 2012).
Desse modo, para alcançar melhores resultados para o controle da
obesidade infantil, a atenção está voltada para as instituições escolares. Por se
tratarem de um ambiente ideal para se desenvolver ações de alimentação
saudável, que de maneira coletiva contribuirá para o desenvolvimento de
hábitos saudáveis e refletindo em seu ambiente familiar, assim passando aos
seus responsáveis à importância e o conhecimento adquirido sobre a
alimentação dentro da escola (TODENDI, 2012; BORGES, 2012; SCHWANKE,
2012; GARCIA, 2012; KRUG, 2012).
Sendo assim, Educação Alimentar e Nutricional neste estabelecimento
de ensino têm como objetivo discutir as ações de educação alimentar e
nutricional de modo a ampliar os conhecimentos dos educandos e comunidade
escolar, bem como transformar as suas práticas e rotinas no seu fazer
cotidiano.
10.17 Código do Trânsito Brasileiro – Educação para o Trânsito
(L.F9.503/97 )
O trabalho pedagógico interdisciplinar em nossa Escola tem como
objetivo compreender a importância do Trânsito como parte integrante do
cotidiano das pessoas em relação a sua necessidade de locomoção,
comunicação e, sobretudo, convívio social no espaço público. Buscamos,
ainda, sensibilizar os educandos quanto a importância de agir com consciência
e responsabilidade no ato de transitar tendo como respaldo a aquisição de
valores, posturas e atitudes na conquista de um ambiente solidário e pacífico
entre os indivíduos, uma vez que o trânsito não necessita somente de leis e
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
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normas, mas também de amor à vida, solidariedade, respeito e amor ao
próximo.
No Brasil, os acidentes no trânsito representam a principal causa de
morte de crianças entre 0 a 14 anos. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de
6 mil crianças até 14 anos morrem e 140 mil são hospitalizadas anualmente no
país, representando 63 milhões de reais, gastos na rede do Sistema Único de
Saúde (SUS).
Posto que a educação é um instrumento primordial para minimizar as
estatísticas negativas em relação à incidência de pessoas lesionadas ou
mortas diariamente nas grandes cidades, a abordagem sobre o Trânsito
necessita ser amplamente difundida nas escolas. De acordo com os dados da
Organização Mundial da Saúde (OMS, 2008), 1 milhão de crianças entre 0 e 14
anos morrem em decorrência de acidentes todos os anos ao redor do mundo e
cerca de cinquenta milhões ficam com sequelas permanentes.
A instituição educativa, como agente de transformação social, tem o
dever de mobilizar-se para resolver situações que interfiram em seu cotidiano,
uma vez que somente buscando culpados para os problemas não iremos
modificar o contexto. Devemos, portanto, intervir na realidade e transformá-la,
visando o bem da coletividade.
XI. AVALIAÇÃO (Critérios e Instrumentos)
Avaliação (critérios, peso e instrumentos adotados)
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento pelo aluno.
O reconhecimento do público atendido para saber com quem estamos
lidando, que necessidades e conhecimentos têm o grupo de alunos que
recebemos, é primordial para uma avaliação diagnostica inicial.
São instrumentos da avaliação diagnostica: observação, entrevista,
conversação em que se indaga sobre experiências anteriores: interesses e
dificuldades.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
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O objetivo dessa avaliação é dar segurança ao planejamento. Em vez de
planejar para um grupo hipotético, poderemos então pensar num trabalho mais
concreto, realista adaptado àquele grupo que no momento nos cabe atender.
Há, no entanto, uma precaução importante nesse processo: é preciso
evitar que as informações colhidas sirvam para rotular alguns ou criar
preconceitos contra certas turmas. Há que ter bom senso. As pessoas são ricas
de possibilidades e estão sempre em transformação: porque podem ser vistas
de ângulos diferentes. As informações coletadas a partir das manifestações
orais, escritas e simbólicas dos alunos deverão servir para redirecionar o
processo ensino-aprendizagem. Quanto mais informações tivermos dos alunos,
suas famílias e sobre a escola em geral, mais elementos teremos para compor
o diagnóstico.
Portanto é um processo contínuo, permanente, cumulativo e processual
devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as
características individuais deste no conjunto dos componentes curriculares
cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos.
Periodicamente o docente precisar saber como é visto o rendimento do
seu trabalho. O que se pretende não é julgar o aluno, é verificar se os objetivos
estão sendo alcançados, se o método usado está sendo eficiente e bem
recebido. O professor poderá fazer isso com os clássicos meios de “prova”,
“teste” etc., mas há outros instrumentos: a observação da participação de cada
um, os debates e trabalhos em grupo, as declarações espontâneas dos alunos.
Quando algum conhecimento é indispensável para o próximo passo, é
preciso verificar, antes de prosseguir se ele foi atingido. Por exemplo, um aluno
que não conseguiu aprender determinado conteúdo, precisa de um tempo, uma
oportunidade para adequar-se, antes de poder enfrentar as tarefas que exijam
o domínio desse, para a resolução do conteúdo seguinte. Nesse caso entra o
bom senso do educador em quais estratégias utilizará para que essa
adequação se dê. Em geral as coisas não são apresentadas desse jeito.
Consideramos o aluno “incompetente”, e isto soa como punição ou um
atestado de fracasso. Perdem-se o sentido da ajuda, de buscar o melhor para o
aluno, e esse tipo de avaliação virou um sistema classificatório, em que os
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
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alunos se sentem aprovados ou rejeitados de acordo com a nota recebida nas
provas, numa corrida em que há vencedores e vencidos.
Sabemos que o maior interessado no progresso do aluno deve ser ele
mesmo, porem, ao comemorar suas conquistas, e ao pedir ajuda no que está
difícil, ele está se avaliando, tomando consciência de seus avanços e limites.
Isso deve ficar explicito a ele pelo docente, para que ocorra plenamente essa
reflexão. As informações obtidas dos diversos trabalhos apresentados pelos
alunos e de suas histórias de vida deverão ser traduzidas em práticas que
informarão ao aluno a sua situação em relação à aprendizagem, é preciso
empenhar-se mais, rever métodos de estudo. Essas informações também
orientarão o professor no sentido de mudar estratégias de ensino, como por
exemplo, incluir atividades mais significativas.
Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à
elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação do rendimento escolar proporcionará condições para
assegurar o acesso ao saber nos seus conteúdos necessários e será
determinada pelos seguintes critérios:
• Somatória da nota 3,0 (três vírgula zero) referente a atividades
diversificadas, mais a nota 7,0 (sete vírgula zero) resultante de no mínimo 02
avaliações totalizando nota final de 10,0 (dez vírgula zero), todos os
componentes curriculares, independentemente de respectivo tratamento
metodológico.
• É vedada a Avaliação em que os alunos são submetidos a uma só
oportunidade de aferição ou ao um único instrumento para tal.
• A avaliação deve utilizar procedimentos que se assegurem a
comparações com os parâmetros indicados pelos conteúdos necessários de
ensino. Deve ser realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades
educativas inerentes à escola.
• Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados
em consonância com a organização curricular vigente.
• Buscando os resultados dessa avaliação, proporcionar dados que
permitam a reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
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possa reorganizar conteúdos/instrumentos/métodos de ensino sempre que
necessário.
• Na avaliação do aluno são considerados os resultados obtidos durante
todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu
desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.
Recuperação de Estudos
O Colégio Estadual João Arnaldo Ritt – Ensino Fundamental e Médio,
adotar a modalidade de Recuperação Concomitante ao período letivo, como
forma de suprir deficiências de aprendizado e garantir o aproveitamento maior
para os de baixo rendimento, e o qual obedecerá aos seguintes critérios:
Compreende-se que a recuperação de estudos é composta de dois
momentos obrigatórios: retomada de conteúdos e a reavaliação, ficando
vedada a aplicação de instrumentos de reavaliação sem a retomada dos
conteúdos:
a) Considerando que o processo de ensino e aprendizagem visa o
pleno desenvolvimento do estudante e que o processo de
recuperação de estudos visa recuperar 100%(cem por cento) dos
conteúdos trabalhados, é vedado oportunizar um único momento de
recuperação de estudos ao longo do período avaliativo trimestral.
b) Fica vedado realizar apenas a recuperação das provas escritas.
A recuperação de estudos é obrigatória e visa garantir a efetiva
apropriação dos conteúdos básicos, portanto deve ser oportunizada a todos(as)
independentemente de estarem ou não com o rendimento acima da média.
A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio
de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
• O professor acompanhará as produções do aluno durante todos os
trimestres sempre atribuindo uma nota de 0,0 a 10,0 (zero vírgula zero a dez
vírgula zero) que será inclusa nas demais avaliações desenvolvidas durante o
ano letivo. Caso o aluno tenha obtido, no processo de recuperação, um valor5
acima daquele anteriormente atribuído, a nota deverá ser substitutiva, uma vez
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
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que o maior valor expressa o melhor momento do aluno em relação à
aprendizagem dos conteúdos.
Os resultados das recuperações deverão ser tomados na sua melhor
forma e registrado no Livro Registro de Classe on line (RCO):
I - registro dos conteúdos recuperados;
II - pontuação;
III - data da avaliação.
Na proposta de recuperação de estudos está indicada a área de
estudos e os conteúdos da disciplina.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em
uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
Os resultados das avaliações dos alunos são registrados em
documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e
autenticidade de sua vida escolar.
• Os resultados da recuperação são incorporados às avaliações
efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do
aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Registro de Classe
Online (RCO). Soma-se à média das avaliações trimestrais e da recuperação e
divide por dois prevalecendo a maior nota.
A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do
aluno, aliada à apuração da sua frequência.
Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do
Ensino Fundamental e Ensino Médio, a média final mínima exigida é 6,0 (seis
vírgula zero), observando a frequência mínima exigida por lei.
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio,
que apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média
anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão
considerados aprovados ao final do ano letivo.
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio
serão considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:
I. Frequência inferior a 75% do total de horas letivas,
independentemente do aproveitamento escolar;
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
111
II. Frequência superior a 75% do total de horas letivas e média
inferior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina.
• Ao final do ano letivo será calculada a média anual dos alunos através
da seguinte fórmula:
MA = 1ºT + 2ºT + 3ºT = 6,0
3
OBS: Soma-se à média das avaliações trimestrais e da recuperação e
divide por dois prevalecendo a maior nota.
• A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção
do aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar.
Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo são
devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e
expedição de documentação escolar. Entende-se por período ano letivo a
carga horária mínima de 800 (oitocentas) horas, distribuídas por um mínimo de
200 (duzentos) dias letivos no trabalho escolar.
Conselho de Classe
O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado da escola e no
Regimento Escolar, com a responsabilidade de analisar as ações educacionais,
indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do processo ensino e
aprendizagem.
A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as
informações e dados apresentados de forma coletiva, é de intervir em tempo
hábil no processo ensino e aprendizagem, oportunizando ao aluno, formas
diferenciadas de apropriar-se dos conteúdos curriculares estabelecidos.
É da responsabilidade da equipe pedagógica organizar as informações e
dados coletados a serem analisados no Conselho de Classe.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
112
A reunião do Conselho de Classe deve ser registrada em Ata pela
secretaria, a qual deve expressar os dados, avanços, dificuldades/necessidade
e os encaminhamentos definidos coletivamente.
• A organização do Conselho de Classe compreende três etapas: Pré –
conselho (levantamento de dados), reunião do Conselho de Classe
(proposição) e Pós- conselho(encaminhamentos das ações previstas na
reunião do Conselho de Classe.
• Os encaminhamentos demandados na reunião do Conselho de
Classe podem implicar em ações pertinentes:
• Para a equipe pedagógica, como orientação aos estudantes,
orientação ou retorno aos pais ou responsáveis, subsídios aos planejamentos
dos docentes, entre outras.
• Aos docentes, como retomada do Plano de Trabalho Docente
(conteúdos, encaminhamentos metodológicos, recursos, critérios e
instrumentos de avaliação), na gestão da sala de aula, em encaminhamentos
para situações específicas ou individuais.
• A equipe diretiva, dando suporte para as decisões tomadas pelo
colegiado.
É constituído pelo (a) diretor (a), pela equipe pedagógica, por todos os
docentes e por meio de:
I. Pré-Conselho de Classe com toda a turma em sala de aula, sob a
coordenação do professor representante de turma e/ou pelo(s)
pedagogo(s).
II. O Conselho de Classe final é o momento em que o colegiado retoma
as ações e registros realizados (Pré-Conselho, Conselho e Pós
conselhos) para fundamentar, avaliar e definir, dentre os alunos
com rendimentos insuficiente, aqueles que possuem ou não
condições para prosseguir e acompanhar o ao subsequente,
desde que apresentem frequência igual ou superior à
75%(setenta e cinco por cento) no computo geral do total de
horas letivas.
a) Neste momento, os conselhos de classe anteriores e os resultados
dos encaminhamentos realizados são referenciais que devem servir
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
113
para definir parâmetros- que não são quantitativos, mas sim
qualitativos.
b) O registro na Ata final deve expressar a relação entre os parâmetros,
as discussões e os encaminhamentos realizados durante o ano
letivo.
c) O aluno aprovado por deliberação do colegiado no Conselho de
Classe Final não terá a sua nota alterada no RCO.
• A convocação, pela direção, das reuniões ordinárias ou
extraordinárias do Conselho de Classe, deve ser divulgada em edital, com
antecedência de 48 (quarenta e oito) horas.
• O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em datas previstas
em calendário escolar e, extraordinariamente, sempre que se fizer necessário.
➢ Conforme a Instrução nº 015/2017-SUED/SEDD que orienta as
escolas quanto aos procedimentos de registro quanto a Promoção,
Classificação, Reclassificação, Adaptação e Progressão Parcial, adotamos os
seguintes procedimentos:
Promoção
A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar dos
alunos, aliada à apuração da sua frequência, conforme o Sistema de Avaliação
da mantenedora. Na promoção o certificado de conclusão, para os anos finais
do Ensino Fundamental, Ensino Médio, a média final mínima exigida é de 6,0
observando a frequência mínima exigida por lei de 75%.
Poderão ser promovidos por conselho de classe os alunos que
demonstrarem apropriação dos conteúdos mínimos exigidos e condições de
dar continuidade de estudos nas séries/anos seguintes desde que tenham
frequência superior à 75%(setenta e cinco por cento) do cômputo geral do total
de horas letivas.
A disciplina de Ensino Religioso e os componentes curriculares eletivos
do Ensino Fundamental, anos finais, e do Ensino Médio não se constituem
objetos de aprovação e reprovação dos alunos, no entanto, suas frequências
deverão ser consideradas no cômputo geral mínimo de 75%para aprovação.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
114
Os alunos que retornarem á instituição de ensino após as ações de
combate ao abandono escolar, e que não apresentarem frequência igual ou
superior a 75%(setenta e cinco por cento), no cômputo geral de todas as horas
letivas, ainda que com média final igual ou superior a 6,0(seis virgula zero),
serão retidos no ano. A estes deverá ser ofertado um Plano de Estudos
Especiais para recuperação dos conteúdos. Àqueles que obtiverem rendimento
satisfatório deverão ser ofertados os processos de Reclassificação no ano
seguinte, conforme preceitos legais.
Classificação
A Classificação do aluno em qualquer série/ano/período/semestre/etapa/
clo/fase/bloco do Ensino Fundamental e Médio, exceto para a 1ª série do
Ensino Fundamental, independente de escolaridade anterior, prevista na alínea
c, do Artigo 22, da Del. n.º 09/01 - CEE, exige as medidas administrativas
contidas no Artigo 23, da mesma Deliberação.
O resultado da avaliação será registrado em ata. As cópias das atas de
classificação e das avaliações deverão ser arquivadas na Pasta Individual do
aluno, dispensando-se o envio de cópia da ata à CDE/SEED. A idade do aluno
deverá ser compatível com a série/ano/período/semestre/etapa/fase/bloco,
para a qual for declarado apto a cursar. A classificação do aluno não vinculado
a estabelecimento de ensino poderá ser realizada em qualquer época do ano,
sendo que o controle da frequência dar-se-á a partir da data efetiva da
matrícula, de acordo com o Parágrafo Único do Art. 5º, da Del. n.º 09/01 - CEE.
Reclassificação
A Reclassificação destina-se ao aluno com matrícula e frequência no
estabelecimento de ensino, que avaliará o seu grau de desenvolvimento e
experiência, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de
encaminhá-lo à etapa de estudos compatível com sua experiência e
desempenho, independentemente do que registre o seu histórico escolar. A
reclassificação dar-se-á de acordo com a Proposta Pedagógica, o Regimento
Escolar do Estabelecimento de Ensino e ao disposto na Instrução Conjunta nº
20/08-SUED/SEED. O resultado da avaliação deverá ser registrado em ata. A
cópia da ata e as avaliações serão arquivadas na Pasta Individual do aluno,
dispensando-se o envio de copias a DAE/CDE.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
115
Este procedimento é acompanhado pelo Núcleo Regional de Educação.
Adaptação
A adaptação de estudos de disciplinas é atividade didático-pedagógica
desenvolvida sem prejuízo na proposta pedagógica Curricular pra que o aluno
possa seguir o novo currículo. Seguirá a Base Nacional Comum.
A efetivação do processo de adaptação será de responsabilidade da
equipe pedagógica e docente, que deve especificar as adaptações a que o
auno está sujeito elaborando um plano próprio.
Ao final do processo de adaptação, será elaborada Ata de resultados, os
quais serão registrados no Histórico Escolar do aluno e no relatório final.
Progressão Parcial
A matrícula com progressão parcial é aquela por meio da qual o aluno,
não obtendo aprovação final em até 03 (três) disciplinas, em regime seriado,
poderá cursá-las subsequente e concomitantemente às séries seguintes,
conforme artigo 17 da Deliberação nº 09/01-CEE.
O Colégio não oferta a matrícula com progressão parcial.
XII. ATUAÇÃO DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS;
12.1. O Conselho Escolar
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa,
consultiva, avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do
trabalho pedagógico e administrativo deste estabelecimento de ensino, em
conformidade com a legislação educacional vigente e orientações da SEED.
É composto por representantes da comunidade escolar e representantes
de movimentos sociais organizados e comprometidos com a educação pública,
presentes na comunidade, sendo presidido por seu membro nato, o (a) diretor
(a) escolar.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
116
A comunidade escolar é compreendida como o conjunto dos
profissionais da educação atuantes neste estabelecimento de ensino, alunos
devidamente matriculados e frequentando regularmente, pais e/ou
responsáveis pelos alunos.
A participação dos representantes dos movimentos sociais organizados,
presentes na comunidade, não ultrapassará um quinto (1/5) do colegiado.
O Conselho Escolar poderá eleger seu vice-presidente dentre os
membros que o compõem, maiores de 18 (dezoito) anos. Tendo como principal
atribuição, aprovar e acompanhar a efetivação do Projeto Político-Pedagógico
deste estabelecimento de ensino.
Os representantes do Conselho Escolar são escolhidos entre seus
pares, mediante processo eletivo, de cada segmento escolar, garantindo-se a
representatividade dos níveis e modalidades de ensino.
As eleições dos membros do Conselho Escolar, titulares e suplentes,
realizar-se-ão em reunião de cada segmento convocada para este fim, para um
mandato de 02 (dois) anos, admitindo-se uma única reeleição consecutiva.
O Conselho Escolar, de acordo com o princípio da representatividade e
da proporcionalidade, é constituído pelos seguintes conselheiros: (ver quais
segmentos a escola possui e ver o estatuto do conselho escolar)
I. Diretor (a);
II. Representante da equipe pedagógica;
III. Representante da equipe docente (professores);
IV. Representante da equipe técnico-administrativa;
V. Representante da equipe auxiliar operacional;
VI. Representante dos discentes (alunos);
VII. Representante dos pais ou responsáveis pelo aluno;
VIII. Representante do Grêmio Estudantil;
IX. Representante dos movimentos sociais organizados da comunidade
(APMF, Associação de Moradores, Igrejas, Unidades de Saúde etc.).
O Conselho Escolar é regido por Estatuto próprio, aprovado por 2/3
(dois terços) de seus integrantes.
O que compete o Conselho Escolar:
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
117
• Realizar a gestão escolar numa perspectiva democrática,
contemplando o coletivo, de acordo com as propostas educacionais contidas
no Projeto Político Pedagógico da Escola;
• Constituir-se em instrumento de democratização das relações no
interior da escola, ampliando os espaços de efetiva participação da
comunidade escolar nos processos decisórios sobre a natureza e a
especificidade do trabalho pedagógico escolar.
• Promover o exercício da cidadania no interior da escola, articulando a
integração e a participação dos diversos segmentos da comunidade escolar na
construção de uma escola pública de qualidade, gratuita e universal.
• Estabelecer políticas e diretrizes norteadoras da organização do
trabalho pedagógico na escola, a partir dos interesses e expectativas histórico
– sociais, em consonância com as orientações da SEED e a legislação vigente.
• Acompanhar e avaliar o trabalho pedagógico desenvolvido pela
comunidade escolar, realizando as intervenções necessárias, tendo como
pressuposto o Projeto Político Pedagógico da escola.
• Garantir o cumprimento da função social e da especificidade do
trabalho pedagógico da escola, de modo que as organizações das atividades
educativas escolares estejam pautadas nos princípios da gestão democrática.
12.2. Grêmio Estudantil
O Grêmio é o órgão máximo de representação dos estudantes do
Colégio Estadual João Arnaldo Ritt.
Entre outras atividades, o grêmio:
• Promovem atividades culturais e esportivas;
• Adquire materiais de esportes para a prática esportiva;
• Adquire material de leitura para a biblioteca escolar;
• Adquire material pedagógico;
• Promove integração de alunos e professores;
• É composto por alunos de todas as turmas e turnos.
Objetivos
• Representar condignamente o corpo discente;
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
118
• Defender os interesses individuais e coletivos dos alunos do Colégio;
• Incentivar a cultura literária, artística e desportiva;
• Promover a cooperação entre administradores, funcionários,
professores e alunos no trabalho escolar buscando seus aprimoramentos;
• Realizar intercâmbios com outras instituições de ensino;
• Lutar pela democracia na escola.
A Diretoria do Grêmio Estudantil é eleita democraticamente, pelo voto
direto, e seu mandato é pelo prazo de um ano, a contar da data da posse.
A Diretoria do Grêmio é composta pelos seguintes cargos:
• Presidente
• Vice-presidente
• Secretário-Geral
• 1º Secretário
• Tesoureiro
• 1º Tesoureiro
• Diretor Social
• Diretor de Imprensa
• Diretor de esportes
• Diretor de Cultura
• Diretor da Saúde e Meio Ambiente
12.3. APMF - A Associação de Pais e Mestres e Funcionários
É um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do
estabelecimento de Ensino, não tendo caráter político – partidário, religioso,
social e nem fim lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e
conselheiros e sua duração é por tempo determinado com possibilidade de
reeleição.
Os objetivos da APMF são:
• Discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao
educando, de aprimoramento do ensino e integração família – escola -
comunidade, enviando sugestões, em consonância com a Proposta
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
119
Pedagógica, para apreciação do Conselho Escolar e equipe – pedagógica –
administrativa;
• Prestar assistência aos professores e funcionários, assegurando-lhes
melhores condições de trabalho, em consonância com a Proposta Pedagógica
do Estabelecimento de Ensino;
• Buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no
contexto escolar, discutindo a política educacional, visando sempre a realidade
dessa comunidade;
• Proporcionar condições ao educando para participar de todo o
processo escolar, estimulando sua organização em Grêmio Estudantil com o
apoio da APMFs e do Conselho Escolar;
• Representar os interesses da comunidade escolar, contribuindo, dessa
forma, para a melhoria da qualidade do ensino, visando uma escola pública,
gratuita e universal;
• Promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e
funcionários e toda a comunidade, através de atividades sócias e educativas,
culturais e desportivas, ouvindo o Conselho Escolar;
• Gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem
repassados através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas
em reunião conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro ata;
• Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas
instalações, conscientizando sempre a comunidade sobre a importância desta
ação.
Compete à APMF
• Acompanhar o desenvolvimento da Proposta Pedagógica, sugerindo as
alterações que julgar necessárias ao Conselho Escolar do Estabelecimento de
Ensino, para deferimento ou não;
• Observar as disposições legais e regularmente vigentes, inclusive
Resoluções emanadas da Secretaria de Estado da Educação, no que concerne
à utilização das dependências da Unidade Escolar para a realização de
eventos próprios do Estabelecimento de Ensino;
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
120
• Estimular a criação e o desenvolvimento de atividades para pais,
alunos, professores, funcionários, assim como para a comunidade, após
análise do Conselho Escolar;
• Promover palestras, conferências e grupos de estudos envolvendo
pais, professores, alunos, funcionários e comunidade, a partir de necessidades
apontadas por esses segmentos, podendo ou não ser emitido certificado, de
acordo com os critérios da SEED;
• Colaborar, de acordo com as possibilidades financeiras da entidade,
com as necessidades dos alunos comprovadamente carentes;
• Convocar, através de edital e envio de comunicado para Assembleia
Geral Ordinária e Assembleia Geral Extraordinária;
• Reunir-se com o Conselho Escolar para definir o destino dos recursos
advindos de convênios públicos mediante a elaboração de planos de aplicação,
bem como reunir-se para a prestação de contas desses recursos, com registro
em ata;
• Apresentar balancete semestral aos integrantes da comunidade
escolar, através de editais e em Assembleia;
• Registrar em livro de ata da APMF, com assinaturas dos presentes, as
reuniões de Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal e as Assembleias
Ordinária e Extraordinária, preferencialmente com a participação do Conselho
Escolar;
• Registrar em livro próprio a prestação de contas de valores e
inventários de bens da associação, sempre que uma nova diretoria e Conselho
Deliberativo e Fiscal tomarem posse, dando-se conhecimento à direção do
Estabelecimento de Ensino;
• Receber doações e contribuições voluntárias, fornecendo o respectivo
recibo preenchido em 02 vias;
• Mobilizar a comunidade escolar, na perspectiva de sua organização,
para que esta comunidade expresse suas expectativas e necessidades;
• Enviar cópia da prestação de contas da Associação à Direção do
Estabelecimento de ensino, depois de aprovada pelo Conselho Deliberativo e
fiscal e em seguida torná-la pública;
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
121
• Manter atualizada, organizada e com arquivo correto toda a
documentação referente à APMF, obedecendo a dispositivos legais e normas
do Tribunal de Contas.
O quadro da APMF será constituído com número ilimitado de pais, ou
responsáveis legais, Mestres e Funcionários da Unidade Escolar.
12.4. Conselho de Classe
O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado da escola e no
Regimento Escolar, com a responsabilidade de analisar as ações educacionais,
indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do processo ensino e
aprendizagem.
A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as
informações e dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo
ensino e aprendizagem, oportunizando ao aluno, formas diferenciadas de
apropriar-se dos conteúdos curriculares estabelecidos.
É da responsabilidade da equipe pedagógica organizar as informações e
dados coletados a serem analisados no Conselho de Classe.
O Conselho de Classe:
• Cabe verificar se os objetivos, conteúdos, procedimentos
metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação pedagógico-
educativa, estão sendo cumpridos de maneira coerente com o estabelecimento
de ensino.
• Constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica, onde todos os
sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem alternativas e
propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar
necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e aprendizagem.
São atribuições do Conselho de Classe:
I. Analisar as informações sobre os conteúdos curriculares,
encaminhamentos metodológicos e práticas avaliativas que se referem ao
processo ensino e aprendizagem;
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
122
II. Propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e de estudos
para a melhoria do processo ensino e aprendizagem;
III. Estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes
ao processo de aprendizagem, que atendam às reais necessidades dos alunos,
em consonância com a Proposta Pedagógica Curricular da escola;
IV. Acompanhar o processo de avaliação de cada turma, devendo
debater e analisar os dados qualitativos e quantitativos do processo ensino e
aprendizagem;
V. Atuar com co-responsabilidade na decisão sobre a possibilidade de
avanço do aluno para série subsequente ou retenção, após a apuração dos
resultados finais, levando-se em consideração o desenvolvimento integral do
aluno.
XIII. PROPOSTA DE ARTICULAÇÃO DE TRANSIÇÃO
Ensino Fundamental: Anos Iniciais e do Ensino Fundamental Anos
Finais.
Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio.
Transição do 5º para o 6º ano.
Participantes: Professores, equipe pedagógica, direção e alunos;
Introdução/Justificativa:
No intuito de fazer com que o aluno tenha uma transição tranquila,
mantendo a motivação para os estudos, é preciso repensar o papel da escola
nas duas pontas do processo. Isso, muitas vezes, envolve um trabalho
conjunto entre unidades e redes de ensino distintas, já que, em geral, o jovem
cursa o Fundamental em uma instituição Municipal e o Médio em uma
Estadual. A iniciativa de alguns gestores tem mostrado que ações simples são
bastante eficazes para amenizar a mudança.
Objetivos:
- Promover atividades de adaptação aos alunos egressos do 5º ano, a
fim de que, no 6º ano os mesmos continuem tendo avanços em sua
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
123
aprendizagem, no seu desenvolvimento pessoal e nas suas relações com a
coletividade.
- Desenvolver nos professores a conscientização a respeito das
peculiaridades desta faixa etária, da necessidade de um olhar pedagógico
diferenciado, com vistas ao maior conhecimento do aluno e à adequação
metodológica.
- Permitir e viabilizar o desenvolvimento de ações voltadas a melhor
adaptação possível do aluno do 6º ano, com ações por parte dos professores,
da equipe pedagógica e diretiva e dos pais.
Desenvolvimento:
Após o encontro inicial sobre a transição, aproveitamos a Semana
Pedagógica de julho, para discutirmos a respeito de possíveis ações voltadas a
minimizar os impactos destas duas etapas. Tais discussões foram embasadas
nos dados trazidos pelo NRE, no primeiro encontro, e também com
informações que obtivemos junto a outras instituições municipais e estaduais
que passavam pelo processo, relativos ao fluxo, especificamente informações
sobre aprovação e reprovação, bem como a partir do relato oral fornecido por
coordenações dessas instituições a respeito dos alunos, seu desenvolvimento,
suas dificuldades e a respeito do trabalho dos professores.
Nosso referencial teórico foi também o material oferecido pelo NRE,
intitulado: Indagações sobre currículo (ARROYO, 2007). Também nos
embasamos no editorial da Revista Nova Escola a respeito da temática,
intitulada: Como promover uma transição tranquila do 5º para o 6º ano, material
que nos forneceu ideias práticas para a problemática, especialmente ações de
integração.
Elaboramos, na sequência, com todo o coletivo de professores, o nosso
Plano de Ação, prevendo ações de acompanhamento aos alunos no 6º ano e
dos próximos que ingressarão.
Posteriormente, novamente tivemos a preocupação de ouvir sugestões
de instituições que passavam pelo processo, trabalhando com 5º ano, para nos
inteirarmos de alguns materiais, como livros didáticos do 5º ano e o currículo
da AMOP, para que, juntamente com nossos professores, pudéssemos
conhecer melhor quais são os conteúdos previstos e como são trabalhados.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
124
Como parte do Plano de Ação, a equipe pedagógica do Colégio CEJAR
realizou encontros com alguns pais e alunos do 5º ano, oportunizados pela
escola municipal, onde tiveram um momento de troca com os mesmos,
esclarecendo dúvidas e repassando informações importantes sobre o
processo. Alguns alunos do 5º ano vieram até o Colégio CEJAR para conhecer
as instalações físicas, conversar com professores e colegas, bem como terem
informações com a equipe pedagógica e diretiva.
Foi realizada também uma reunião com os pais dos 6ºs anos, onde a
equipe pedagógica apresentou quais eram e quais ainda poderiam ser as
dificuldades sentidas por ambas as partes, professores e alunos, e como
poderiam fazer para auxiliá-los.
Resultados:
Seria no momento muito difícil, dimensionar ou quantificar por meios
estatísticos, os resultados obtidos. Sabemos que a própria mobilização em
torno da questão, por si só, já faz com que a problemática receba um novo
olhar e também que nem todos os fatores envolvidos podem ser resolvidos
pelo colégio, afinal, a própria fase do desenvolvimento na qual estes alunos se
encontram trazem a tona determinados comportamentos, medos,
inseguranças, com visíveis conflitos com o mundo interno e externo, muitos dos
quais são resolvidos por meio da própria experiência, vivenciada diante de
cada situação e pelo passar de cada fase em si.
De acordo com o relato dos professores, a evolução destes alunos, em
relação ao início do ano, é notória. A adaptação à escola aconteceu dentro da
normalidade, gradativamente e sem maiores dificuldades. A relação aluno-
aluno e professor-aluno também avançaram. Os alunos já estão adaptados à
rotatividade dos professores, à troca das disciplinas, ao horário. Já conseguem
organizar os seus materiais. A maior dificuldade sentida é quanto ao
comportamento. Há bastante conversa paralela e agitação durante a aula,
sendo que os professores acabam perdendo muito tempo para chamar a
atenção dos mesmos.
Considerações Finais/Conclusão
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
125
Acreditamos que o trabalho iniciado neste ano, visando minimizar os
impactos da transição do 5º para o 6º ano, será mais bem percebido no
próximo ano, já que as ações se darão de forma contínua.
Plano de ação para os 6ºs Anos
Elaborado a partir das discussões da semana pedagógica sobre a
transição, ficou decidido trabalhar as responsabilidades dos alunos, ensinar a
verificar o horário e organização do material, como primeiro passo. Cada
professor em sua disciplina, reforçando assim essa rotina.
Professores / Pedagogos comprometeram-se a agilizar e manter o
processo de comunicação constante com os pais destes alunos;
Também em um primeiro momento manter a questão dos bilhetes sobre
trabalhos e avaliações dos 6ºs anos, até que adquiram autonomia necessária;
Intensificar em todas as disciplinas a leitura e a escrita;
Projeto de leitura: agendar um dia específico (quinzenal), para realizar o
momento de leitura e para discussão da leitura feita com orientação e
coordenação do professor;
Professores / Pedagogos / Direção
Inserir na capacitação o tema “transição do 5º ano para o 6ºano” a fim de
definir estratégias e organizar o ano letivo;
Pedagogos/Direção
Realizar avaliação diagnóstica no início do 6º ano;
Transição do 9º para o Ensino Médio
Justificativa
Embora a fragmentação das disciplinas já tenha se iniciado no
Fundamental, a sensação dos estudantes é que o único contato com o docente
se dá durante a aula, sem haver acompanhamento em caso de dúvidas e
dificuldades. Some-se a tudo isso o período conturbado que a adolescência
representa, com mudanças físicas e emocionais que podem interferir no
comportamento dos alunos. "Para alguns, a passagem é uma conquista, com
mais liberdade e autonomia. Para outros, ela representa a quebra de amizades
e rotinas".
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
126
Para o aluno ter uma transição tranquila, mantendo a motivação para os
estudos, é preciso repensar o papel da escola nas duas pontas do processo.
Isso, muitas vezes, envolve um trabalho conjunto entre unidades e redes de
ensino distintas, já que, em geral, em alguns casos os jovens cursam os Anos
Finais do Ensino Fundamental em uma instituição e o Ensino Médio em outra.
A iniciativa de alguns gestores tem mostrado que ações simples são bastante
eficazes para amenizar a mudança.
Objetivos
Oferecer situações de vivência para os estudantes, informando a ele e à
família sobre a realidade e rotina do Ensino Médio e mediando o contato com
pais e estudantes que ingressam no Ensino Médio.
Ações
- Reunião de pais com a equipe dos 9ºs anos (coordenadores,
professores, pais e estudantes);
- Durante a primeira etapa do projeto, os educandos do 9º ano terão um
acompanhamento mais individualizado por parte de toda a equipe
(coordenadores, professores e direção), para avaliarmos a adaptação no
processo;
Resultados
Dimensionar ou quantificar por meios estatísticos torna-se inviável nesse
momento inicial do processo, porém, temos como finalidade a redução da
evasão e repetência escolar na 1ª Série do Ensino Médio. Sabemos que a
mobilização de toda a equipe fará a diferença, para termos resultados positivos
em torno da questão, que por si já é uma problemática com vários pontos a
organizar e direcionar, e deve receber um novo olhar, nova perspectiva,
permanecendo o comprometimento constante nas ações desenvolvidas.
XIV. PROPOSTA DA ORGANIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
127
Conforme o que prevê o ofício circular nº 72/2013 – NRE de Toledo, a
escola sempre que possível proporciona a realização da hora atividade dos
professores concentrada, por área de conhecimento para o melhor
aproveitamento de estudo do professor. Esse é um momento para o professor
planejar suas aulas, fazer correção das atividades realizadas pelos seus alunos
e pesquisar sobre os conteúdos propostos.
A Equipe Pedagógica aproveita esse momento para sugerir, orientar
possíveis soluções às necessidades dos professores e dos educandos.
Hora – Atividade
A LDBEN, no artigo 67, inciso VI, embora não traga a expressão hora-
atividade, determina que os professores tenham em sua carga horária semanal
um percentual dedicado a estudos, planejamento e avaliação. A formação
continuada vem de encontro ao fato de que, na sociedade do conhecimento e
no mundo do trabalho, será preciso achar formas de continuar aprendendo
sempre e desenvolver-se profissionalmente. No caso do professor, a escola é o
contexto privilegiado da formação continuada, o lugar para continuar
aprendendo. No entanto, esta condição privilegiada só será eficaz se o
professor puder ser protagonista do projeto pedagógico da escola em que
trabalha e da sua formação, a partir da consciência das suas reais e concretas
necessidades para exercer o papel de gestor do ensino e da aprendizagem dos
alunos. Todos os professores têm por espaço formador e articulador, a “Hora-
atividade”., que permite tempo para organização do seu trabalho pedagógico.
Como princípio, a escola entende que a “hora-atividade” deve ser distribuída de
forma a favorecer o trabalho coletivo dos professores que atuam na mesma
área de conhecimento ou que favoreçam o trabalho interdisciplinar. A hora-
atividade é de responsabilidade do conjunto de professores que vão
desempenhar as ações, sob a orientação, supervisão e acompanhamento da
equipe pedagógica e/ou diretor. A hora-atividade, tempo reservado ao professor
em exercício de docência – itens 01 e 02 de instrução N.º 02/2004 – SUED é
destinada a:
• A hora-atividade é o tempo reservado ao Professor em exercício de
docência, para estudos, avaliação e planejamento.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
128
• A organização da hora-atividade deverá favorecer o trabalho coletivo
dos professores, priorizando-se: o coletivo de professores que atuam na
mesma área do conhecimento e/ou módulos, tendo em vista a implementação
do processo de elaboração das diretrizes curriculares para a rede pública
estadual de Educação Básica;
• O coletivo dos professores que atuam na(s) mesma(s) turma(s),
série(s), etapa(s) do ciclo o ano(s) dos diferentes níveis e modalidades de
ensino;
• A formação de grupos de professores para o planejamento e para o
desenvolvimento de ações necessárias ao enfrentamento de problemáticas
específicas diagnosticadas no interior do estabelecimento;
• A correção de atividades discentes, estudos e reflexões a respeito de
atividades que envolvam a elaboração e implementação de projetos e ações
que visem à melhoria da qualidade de ensino, propostos por professores,
direção, equipe pedagógica e/ou NRE/SEED, bem como o atendimento de
alunos, pais e (outros assuntos de interesse da) comunidade escolar.
A Instituição Escolar tem cultura própria, produzida pelos profissionais e
agentes da escola, que desenvolvem atividades práticas com inovações na
área pedagógica, apropriando-se de recursos e linguagens construídos em
diversos campos e vínculos entre o moderno trabalho capitalista e as
necessidades emergentes do cotidiano da vida social. A educação é
determinada pela sociedade. Contudo, essa determinação é relativa e, na
forma de ação, é recíproca. O determinado também reage sobre o
determinante. Desse modo, a educação também pode contribuir para as
mudanças sociais. (Saviani,1991). Como os problemas da escola são também
problemas da sociedade em geral, e, como a busca de métodos mais
abrangentes é a condição básica para a compreensão desses problemas, nada
mais lógico do que a união dos interessados na tentativa de solução dos
impasses. Se a educação traz a perspectiva clara de reconstrução social, todas
as práticas escolares deverão acompanhar essa perspectiva. A reconstrução
social não pode ser um ideal, para uma prática concreta, diária, comunitária,
assumida pelo maior número de pessoas que a escola tenha capacidade de
congregar.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
129
A capacidade de organizar e trabalhar coletivamente são a grande meta
da escola, que, ao ser objetivado, ao longo do tempo, da história, quer provocar
transformações necessárias para o estabelecimento da dignidade.
Entendemos que a democratização não é conquista por lutas individuais,
mas é um processo coletivo de aprendizado. As transformações das práticas
pedagógicas só se efetivam na medida em que os educadores ampliam sua
consciência sobre a própria prática, a de sala de aula e a do espaço
educacional como um todo no colégio, a organização do horário da hora -
atividade procura-se propiciar o encontro dos professores das mesmas áreas
do conhecimento, porém, a falta de professores e a oferta de ampliação de
carga horária e/ou professores que completam seu padrão em outras escolas,
não conseguem conciliar os horários e isso acaba por prejudicar esta
organização. A organização funcionaria de forma satisfatória se todos os
professores tivessem seu padrão completo em uma única instituição de ensino.
A Equipe Pedagógica aproveita esse momento para sugerir, orientar
possíveis soluções às necessidades dos professores e dos educandos, através
de textos dirigidos, reflexões e discussão. Procura-se fazer a elaboração de
ações pedagógicas bimestrais, compartilhar experiências a fim de melhorar as
ações pedagógicas com o registro de todas as informações.
XV. PROPOSTA DE ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO COM A
FAMÍLIA E COMUNIDADE
É imprescindível que haja articulação entre Instituição, família e
comunidade é imprescindível para a melhoria da qualidade na educação. Em
seu artigo primeiro, a LDB trata da educação de uma forma muito ampla, no
qual família e escola compartilham a responsabilidade pela educação. Ela
reconhece que a responsabilidade de educar as novas gerações (crianças,
adolescentes), jovens e adultos com várias outras instituições da sociedade; a
família, a convivência humana, o trabalho, as instituições de ensino e pesquisa,
os movimentos sociais, as organizações da sociedade civil e as manifestações
culturais, devem ser compartilhados.
A educação é um fator indispensável para que a humanidade possa
alcançar seus ideais de paz, liberdade, inclusão e justiça social.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
130
A escola não caminha separadamente, sem influenciar a sociedade, é
preciso buscar solidariedade das famílias. Por isso cabe à escola formar
sujeitos comprometidos com os valores da família e do homem, para que os
mesmos exerçam cidadania. Tendo como maior objetivo promovermos a
inclusão da família na escola.
Para o maior envolvimento, no desejo de alcançarmos os objetivos,
fazem-se necessários desenvolvermos e promovermos constantemente
projetos, palestras, mostra cultural, chá das mães, gincanas, jogos, reuniões e
outros eventos envolvendo as datas comemorativas e assuntos informativos,
sempre dando continuidade aos projetos já existentes, de acordo com a
necessidade da escola e da comunidade.
Parceria escola e família
A parceria entre escola e família, baseada na cooperação, no respeito e
na confiança, é imprescindível para o sucesso da educação dos alunos, uma
vez que nossos objetivos são comuns: a formação do caráter, a construção de
conhecimentos e a auto realização de cada um deles. A família exerce papel
importante, quando procura conhecer a proposta pedagógica da escola,
participa das reuniões e dos eventos promovidos pela escola, contribui na
construção de leitores incentivando e acompanhando seus filhos para a criação
de hábitos de leitura, orientando nos deveres de casa, a fim de criar hábitos de
estudos, propiciando local adequado aos filhos para tal, estabelecendo horários
para estudos todos os dias.
Educadores e pais devem tornar-se aliados no processo de construção
de conhecimentos dos alunos.
Formas de comunicação entre escola e família
• Ampliar o uso da informática e multimídias diminuindo assim o uso do
papel;
• Comunicar-se com professores, funcionários, pais e estudantes através
de diversos meios de comunicação disponíveis no CEJAR, periodicamente;
• Reuniões com os pais e comunidade em geral, sempre que necessário;
• Bilhetes e comunicados encaminhados às famílias;
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
131
• Telefonemas convocando os pais para tratarmos de assuntos
individuais de seus filhos, entre outros atendimentos de pais e responsáveis
que procuram a escola;
• Manter e-mail coletivo atualizado;
• Capacitação para uso da internet;
• Mural do aluno, onde são afixadas informações como: orientações
diversas, programação de eventos, horários atualizados de aulas, calendário
de provas e de atividades extraclasse, sempre que são programados, entre
outros avisos relevantes ao conhecimento de nossos alunos;
• Mural atualizado na sala dos professores, onde são afixadas
informações como: orientações diversas recebidas do NRE, programação de
eventos, horários atualizados de aulas, calendário de provas e de atividades
extraclasse sempre que programadas, cronograma semestral de eventos
(conforme acordado em reunião de planejamento do calendário escolar), entre
outros avisos relevantes ao conhecimento de nossos docentes;
• Criação de uma página do CEJAR em uma rede social (extensiva a
toda a comunidade escolar e publico em geral);
• Criação de grupos na internet (das áreas específicas separadamente
professores e alunos);
• Manter boletim informativo mensal do CEJAR nos murais internos
(diversos locais);
• Atendimento da direção e equipe pedagógica, quando solicitada, por
questões de indisciplina e pouco rendimento dos estudantes, entre outros;
• Reequipar os diversos setores com computadores que incorporem as
recentes tecnologias, dentro do orçamento possível;
• Elaboração de um cronograma semestral de divulgação das atividades
complementares como: esportes, arte, línguas CELEM, eventos culturais,
confraternizações, entre outras;
• Realizar periodicamente reuniões da direção e equipe pedagógica com
professores e funcionários;
Programa de Combate a Evasão Escolar
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
132
O programa é um plano de ação destinado a combater o abandono
escolar nas instituições de ensino da Rede Estadual de Educação. Seu objetivo
principal é resgatar estudantes com 5 (cinco) faltas/dias consecutivas ou
7(sete) faltas/dias alternados por meio de ações integradas entre a escola e a
Rede de Proteção à criança e ao adolescente, para evitar que essas faltas se
efetivem como evasão escolar.
Para que a evasão não aconteça, a instituição escolar deve ficar atenta,
a fim de perceber em que momento as causas que levam à infrequência
extrapolam a sua competência, para então acionar as demais instituições que
compõem a Rede de Proteção da criança e do adolescente para promover a
reintegração escolar do estudante infrequente.
Equipe Multidisciplinar
A necessidade de regulamentar a composição e o funcionamento das
Equipes Multidisciplinares no âmbito da Secretaria de Estado da Educação do
Paraná (SEED), dos Núcleos Regionais de Educação - NREs, nos
Estabelecimentos da Rede Estadual de Educação Básica e nas conveniadas;
afirma que as Equipes Multidisciplinares são instâncias de organização do
trabalho escolar, preferencialmente coordenadas pela equipe pedagógica, e
instituídas por Instrução da SUED/SEED, de acordo com o disposto no art. 8º
da Deliberação nº 04/06 – CEE/PR, com a finalidade de orientar e auxiliar o
desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações Étnico-
Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena,
ao longo do período letivo e, constituindo-se por meio da articulação das
disciplinas da Base Nacional Comum, em consonância com as Diretrizes
Curriculares Estaduais da Educação Básica e Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação das Relações Etnico-Raciais e para o Ensino de História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana, com vistas a tratar da História e Cultura da
África, dos Africanos, Afrodescendentes e Indígenas no Brasil, na perspectiva
de contribuir para que o aluno negro e indígena mire-se positivamente, pela
valorização da história de seu povo, da cultura, da contribuição para o país e
para a humanidade.
A Equipe Multidisciplinar será composta a cada dois anos, até um mês
após o início do ano letivo, e tomará posse no mesmo ano letivo em que
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
133
ocorreram as indicações, e nunca poderá ocorrer após o encerramento do
período letivo segundo Calendário Escolar.
Em anexo encontra-se o plano de ação da equipe multidisciplinar.
XVI. PROPOSTA DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
A Avaliação Institucional constitui-se um processo sistemático de
discussão permanente sobre as práticas vivenciadas na escola, intrínseco à
construção de sua autonomia, já que fornece subsídios para a melhoria e o
aperfeiçoamento da qualidade do trabalho no contexto escolar.
Será realizada por mecanismos próprios ocorrerá anualmente, de
preferência ao término do ano letivo, com o intuito de subsidiar a organização
do Plano de Ação da Escola para o ano subsequente. Sua elaboração será
anual com base nas seguintes dimensões: Órgãos colegiados de gestão;
Profissionais da educação; condições físicas e materiais; Prática Pedagógica;
Ambiente Educativo e Acompanhamento e Avaliação do desenvolvimento
educacional.
XVII. PROPOSTA DE INCLUSÃO EDUCACIONAL
Proposta Pedagógica de Inclusão e os serviços especializados ofertados
pela mantenedora
A sociedade brasileira é marcada pela presença de diferentes etnias,
grupos culturais, descendentes de imigrantes de diversas nacionalidades,
religiões e línguas. Essa diversidade, frequentemente é alvo de preconceito e
discriminação, atingindo a escola e reproduzindo-se em seu interior. A
desigualdade, que não se confunde com a diversidade, também está presente
em nosso país como resultado da injustiça social. Ambas as posturas exigem
ações efetivas de superação. Infelizmente, muitas vezes, a escola é permeável
aos mecanismos de discriminação e exclusão que existem na sociedade.
Diante disso, não basta igualdade de acesso e permanência, requer mais que a
expansão quantitativa de ofertas requer, portanto a ampliação do atendimento
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
134
com simultânea manutenção da qualidade, garantindo a permanência dos
alunos menos favorecidos.
A escola deve ser a mediadora, respeitando e valorizando a diversidade
étnica e cultural que constitui, a fim de formar cidadãos que saibam viver
democraticamente em uma sociedade.
Nesse sentido, a escola deve ser local de aprendizagem, de que as
regras do espaço público democrático garantam a igualdade do ponto de vista
da cidadania, e ao mesmo tempo a diversidade como direito.
O princípio de igualdade deve ser vivenciado no interior da escola, no
trabalho cotidiano de buscar a superação de todo e qualquer tipo de
discriminação e exclusão social, valorizando cada indivíduo e todos os grupos
que compõem a sociedade em que a escola está inserida.
Com a mudança de concepção sinalizada na Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional nº. 9394/96, reflexo dos movimentos internacionais pela
inclusão social, aponta-se uma ressignificação da Educação Especial,
ampliando-se não apenas a sua abrangência - desde a Educação Infantil até o
Ensino Superior -, bem como o público alvo a que se destina: alunos com
necessidades educacionais especiais.
Entende-se Educação Especial como uma modalidade da educação
escolar definida em uma proposta pedagógica, que assegura um conjunto de
recursos, apoios e serviços educacionais especiais, organizados para
apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os
serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e
promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que
apresentam necessidades educacionais especiais, em todos os níveis, etapas
e modalidades da educação.
A adoção da terminologia necessidades educacionais especiais para
referir-se às crianças, adolescentes, jovens e adultos cujas necessidades
decorrem de sua elevada capacidade ou de suas dificuldades para aprender,
tem o propósito de deslocar o foco das condições pessoais do aluno, que
possam interferir em sua aprendizagem, para direcioná-lo às respostas
educativas que ele requer.
As necessidades educacionais especiais são definidas pelos problemas
de desenvolvimento da aprendizagem apresentados pelo aluno, em caráter
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
135
temporário ou permanente, bem como pelos recursos e apoios que a
escola deverá proporcionar, objetivando a remoção das barreiras para a
aprendizagem, que compreendem:
I - dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo
de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades
curriculares, não vinculadas a uma causa orgânica específica ou relacionadas
a distúrbios, limitações ou deficiências;
II - dificuldades de comunicação e sinalização, demandando a utilização
de outras línguas, linguagens e códigos aplicáveis;
III - condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos
ou psiquiátricos;
IV – superdotação /altas habilidades.
No Estado do Paraná, o Departamento de Educação Especial é o órgão
responsável pela orientação da política de atendimento às pessoas com
necessidades educacionais especiais, em cumprimento aos dispositivos legais
e filosóficos estabelecidos na esfera federal e em consonância com os
princípios norteadores da Secretaria de Estado da Educação – SEED.
Os principais dispositivos legais e político-filosóficos que possibilitam
estabelecer o horizonte das políticas educacionais asseguram o atendimento
educacional especializado, com oferta preferencial na rede regular de ensino,
de modo a promover a igualdade de oportunidades e a valorização da
diversidade no processo educativo.
A oferta de atendimento educacional aos educandos com necessidades
educacionais especiais no Estado vem sendo orientada de acordo com a
legislação vigente, com destaque aos documentos:
§ Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/96 – Capítulo
V –art. 58, 59 e 60.
§ Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica –
Parecer n° 17/01 CNE e Resolução CNE nº 02/01.
§ Deliberação nº 02/03 – CEE.
Sala de Recursos Multifuncional
Diante do cenário da educação inclusiva, onde importantes mudanças
conceituais são pautadas nas potencialidades e capacidades do grupo de
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
136
estudantes com deficiência intelectual, não mais nos aspectos negativos e de
incapacidade, este departamento adotou a terminologia deficiência intelectual,
anteriormente denominada de deficiência mental. A expressão deficiência
intelectual foi oficialmente utilizada em 1995, no simpósio “Deficiência
Intelectual: Programas, Políticas e Planejamento”, promovido pela Organização
das Nações Unidas, em Nova York. Mas, somente em 2004, após a publicação
da “Declaração de Montreal sobre Deficiência Intelectual” (link 7) pela
Organização Pan-Americana de Saúde e a Organização Mundial de Saúde é
que esta terminologia foi divulgada. Outra referência na substituição dos termos
foi a modificação do nome da respeitada American Association of Mental
Retardation (AAMR) para American Association on Intelectual and
Developmental Disabilities (AAIDD), recomendando o uso da expressão
Deficiência Intelectual – DI.
O Conselho Nacional de Educação, por meio da Resolução CNE/CEB
nº 4/2009, estabelece as Diretrizes Operacionais para o Atendimento
Educacional Especializado na Educação Básica, definindo que:
Art. 5º O AEE é realizado, prioritariamente, nas salas de recursos
multifuncionais da própria escola ou em outra de ensino regular, no turno
inverso da escolarização, não sendo substitutivo às classes comuns, podendo
ser realizado, em centro de atendimento educacional especializado de
instituição especializada da rede pública ou de instituição especializada
comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas
com a secretaria de educação ou órgão equivalente dos estados, do Distrito
Federal ou dos municípios.
O Decreto n° 7.611/2011 corrobora as orientações para a construção de
sistemas educacionais inclusivos, que garantam às pessoas com deficiência o
acesso ao sistema regular de ensino. Para a efetivação do direito inalienável à
educação, este Decreto, em seu art. 1º, incisos I e III, dispõe:
O dever do estado com a educação das pessoas público alvo da
educação especial será efetivado de acordo com as seguintes diretrizes: I -
garantia de um sistema educacional inclusivo em todos os níveis, sem
discriminação e com base na igualdade de oportunidades; III - não exclusão do
sistema educacional geral sob alegação de deficiência.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
137
A concepção da educação inclusiva compreende o processo educacional
como um todo, pressupondo a implementação de uma política estruturante nos
sistemas de ensino que altere a organização da escola, de modo a superar os
modelos de integração em escolas e classes especiais. A escola deve cumprir
sua função social, construindo uma proposta pedagógica capaz de valorizar as
diferenças, com a oferta da escolarização nas classes comuns do ensino
regular e do atendimento as necessidades educacionais específicas dos seus
estudantes.
Essa concepção está expressa nas Diretrizes Nacionais da Educação
Básica, instituídas pela Resolução CNE/CEB nº 4/2010, conforme disposto no
seu Parágrafo 1ºdo Art. 29:
§ 1º Os sistemas de ensino devem matricular os estudantes com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação nas classes comuns do ensino regular e no
atendimento educacional especializado (AEE), complementar ou suplementar à
escolarização ofertado em sala de recursos multifuncionais ou em centros de
AEE da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou
filantrópicas sem fins lucrativos.
Portanto, todos os estudantes público alvo da educação especial devem
ser matriculados nas classes comuns, em uma das etapas, níveis ou
modalidade da educação básica, sendo o atendimento educacional
especializado – AEE ofertado no turno oposto (contra turno) ao do ensino
regular. As salas de recursos multifuncionais cumprem o propósito da
organização de espaços, na própria escola comum, dotados de equipamentos,
recursos de acessibilidade e materiais pedagógicos que auxiliam na promoção
da escolarização, eliminando barreiras que impedem a plena participação dos
estudantes público alvo da educação especial, com autonomia e
independência, no ambiente educacional e social.
Critérios da Sala de Recursos Multifuncional
O ensino especializado ofertado pela instituição é de modalidade sala de
recurso Multifuncional, que é um serviço especializado de natureza
pedagógica, destinado aos alunos do 6º ao 9º ano, que apoia e complementa o
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
138
atendimento educacional para aqueles que apresentam problemas de
aprendizagem com atraso acadêmico significativo, distúrbio de aprendizagem
e/ou deficiência mental para que possam lograr sucesso de aprendizagem na
sala de aula.
Este atendimento acontece vinte horas semanais com o número máximo
de trinta alunos com atendimento intermediário de cronograma ocorrendo isso
sempre no contra turno. O aluno da sala de recursos deverá ser atendido
individualmente ou em grupo de até dez alunos, organizados preferencialmente
por faixa etária ou conforme as necessidades pedagógicas. O atendimento
deverá ocorrer até quatro vezes por semana, não ultrapassando duas horas
diárias sendo que a frequência deverá ser preenchida num formulário.
O professor deve participar do conselho de classe, estar em contato
periódico com a equipe técnica – pedagógica e professores da sala regular.
O aluno deverá ter uma pasta individual além dos documentos exigidos
para a classe comum deverá conter relatórios da avaliação pedagógica no
contexto escolar e de acompanhamento semestral, elaborados pelo professor
da sala de recurso e equipe técnica pedagógica da escola.
No histórico escolar não deverá constar que o aluno frequentou sala de
recursos.
O aluno deve:
- Estar matriculado e frequentar o Ensino Fundamental de 6º a 9ª anos.
- A avaliação pedagógica de ingresso deverá ser realizada no contexto
do Ensino Regular, pelo professor da classe comum, professor especializado e
equipe técnico-pedagógica da Escola, com assessoramento de uma
multiprofissional (externa) e equipe do NRE e/ou SME, quando necessário.
- A avaliação pedagógica de ingresso realizada no contexto do Ensino
Regular deverá enfocar conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática das
séries iniciais, além das áreas do desenvolvimento.
- A avaliação pedagógica no contexto escolar deverá estar registrada em
relatório, com indicação dos procedimentos de intervenção e
encaminhamento(s).
Quando o aluno da Sala de Recursos frequentarem a Classe Comum
em outro estabelecimento deverá apresentar relatório de avaliação pedagógica
no contexto, declaração e matricula e encaminhamento.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
139
O aluno egresso da Classe Especial e Sala de Recursos de 1ª ao 5º ano
do Ensino Fundamental deverá apresentar o último relatório semestral da
avaliação do professor especializado.
O trabalho desenvolvido na Sala de Recursos Multifuncional deverá
partir dos interesses, necessidades e dificuldades de aprendizagem específicas
de cada aluno, oferecendo subsídios pedagógicos e contribuindo para a
aprendizagem dos conteúdos na classe comum.
A programação a ser elaborada deverá observar as áreas do
desenvolvimento (cognitiva, motora, sócio afetivo-emocional) de forma a
subsidiar os conceitos e conteúdos defasados no processo de aprendizagem,
para atingir o currículo da classe comum.
Os conteúdos pedagógicos defasados, das séries iniciais, deverão ser
trabalhados com metodologias e estratégias diferenciadas.
O trabalho desenvolvido na Sala de Recursos não deve ser confundido
com reforço escolar (repetição de conteúdo da prática educativa da sala de
aula).
O professor da Sala de Recursos deverá apoiar e orientar o professor da
Classe Comum, quanto às adaptações curriculares, avaliação e metodologias
que poderão ser utilizadas na sala de aula, em atendimento aos alunos com
necessidades educacionais especiais.
Estudantes Público Alvo do Atendimento Educacional Especializado
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva tem como objetivos, a oferta do atendimento educacional
especializado, a formação dos professores, a participação da família e da
comunidade e a articulação Inter setorial das políticas públicas, para a garantia
do acesso dos estudantes com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, no ensino regular.
Os estudantes público-alvo do AEE são definidos da seguinte forma:
• Estudantes com deficiência - aqueles que têm impedimentos de longo
prazo de natureza física, intelectual, mental ou sensorial, os quais, em
interação com diversas barreiras, podem ter obstruída sua participação plena e
efetiva na escola e na sociedade;
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
140
•Estudantes com transtornos globais do desenvolvimento - aqueles que
apresentam quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor,
comprometimento nas relações sociais, na comunicação e/ou estereotipias
motoras. Fazem parte dessa definição estudantes com autismo infantil,
síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância;
• Estudantes com altas habilidades ou superdotação - aqueles que
apresentam potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do
conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica,
liderança, psicomotora, artes e criatividade.
Segundo a classificação pedagógica proposta pela Política Nacional de
Educação Especial na Perspectiva da Educação inclusiva (MEC – 2008), no
grupo de estudantes com dificuldades de aprendizagem classificados como
Transtornos Funcionais Específicos estão: os distúrbios de aprendizagem -
dislexia, disortografia, disgrafia, discalculia - e transtornos de atenção e
hiperatividade, entre outros. (Texto extraído do portal dia-a-dia educação)
A aprendizagem dos alunos que apresentam deficiência intelectual
processa-se de forma mais lenta, visto que a sua metacognição e sua auto-
regulação cognitiva é construída de forma diferente, acarretando muitas vezes
dificuldades para elaborar, por conta própria, estratégias para assimilação dos
conceitos e conhecimentos mais complexos.
Neste sentido entende-se a necessidade de um olhar diferenciado, no
que tange ao atendimento de necessidades educacionais especiais, busca-se
combater atitudes discriminatórias e criar uma comunidade acolhedora,
construindo uma sociedade inclusiva com qualidade para todos. Como a
educação é uma prática social na busca da promoção do indivíduo faz-se
necessário trabalhar a individualidade do sujeito, partindo desse princípio,
entendemos que a escola regular seja o local preferencial para a promoção da
aprendizagem e inclusão dos alunos.
Para isso a escola está se organizando, de forma que este aluno tenha
acesso ao conhecimento usando uma forma diferenciada com metodologia
variada, muitas vezes com materiais concretos e que oportunize a reflexão
sobre os conteúdos no qual ele apresenta maior defasagem.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
141
Assim entendemos que estamos respeitando o direito constitucional da
pessoa com necessidades educacionais especiais e de sua família,
promovendo assim um processo de inclusão responsável e cidadã.
Professor do Atendimento Educacional Especializado - AEE
Conforme Resolução CNE/CEB n.4/2009, art. 12, para atuar no
atendimento educacional especializado, o professor deve ter formação inicial
que o habilite para exercício da docência e formação continuada na educação
especial.
O professor do AEE tem como função realizar esse atendimento de
forma complementar ou suplementar à escolarização, considerando as
habilidades e as necessidades educacionais específicas dos estudantes
público alvo da educação especial.
As atribuições do professor de AEE contemplam:
• Elaboração, execução e avaliação do plano de AEE do estudante;
• Definição do cronograma e das atividades do atendimento do
estudante;
• Organização de estratégias pedagógicas e identificação e produção de
recursos acessíveis;
• Ensino e desenvolvimento das atividades próprias do AEE, tais como:
Libras, Braille, orientação e mobilidade, Língua Portuguesa para alunos surdos;
informática acessível; Comunicação Alternativa e Aumentativa - CAA,
atividades de desenvolvimento das habilidades mentais superiores e atividades
de enriquecimento curricular;
• Acompanhamento da funcionalidade e usabilidade dos recursos de
tecnologia assistida na sala de aula comum e demais ambientes escolares;
• Articulação com os professores das classes comuns, nas diferentes
etapas e modalidades de ensino;
• Orientação aos professores do ensino regular e às famílias sobre a
aplicabilidade e funcionalidade dos recursos utilizados pelo estudante;
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
142
• Interface com as áreas da saúde, assistência, trabalho e outras.
Professor de Apoio Educacional Especializado – PAEE
(INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 001/2016 – SEED/SUED)
A SUPERINTENDENTE DA EDUCAÇÃO, no uso das atribuições legais
que lhe confere o Decreto n.º 1473, de 25/05/2015, e considerando:
• A Lei n.º 9394/96, de 20/12/1996, que estabelece as Diretrizes e Bases
da Educação Nacional;
• O Decreto Federal n.º 8.368, de 02/12/2014, que regulamenta a Lei n.º
12.764, de 27/12/2012, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos
da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista;
• A necessidade de implementação do atendimento especializado aos
estudantes que apresentam Transtorno do Espectro Autista, emite a presente
INSTRUÇÃO
1. Definição
Professor de Apoio Educacional Especializado é um profissional com
habilitação comprovada para atuar nas instituições de ensino da Educação
Básica e na Educação de Jovens e Adultos, da Rede Pública de Ensino do
Estado do Paraná, para atender os estudantes com diagnóstico médico de
Transtorno do Espectro Autista, com comprovada necessidade relacionada à
sua condição de funcionalidade para a escolarização e não relacionada à
condição de deficiência, sendo agente de mediação do aprendizado e
escolarização.
2. Oferta
2.1 A necessidade do Professor de Apoio Educacional Especializado se
efetivará após comprovação, por estudo de caso, conforme a situação escolar
do estudante. A medida visa avaliar, com outros profissionais envolvidos, se a
melhor opção para o estudante é o trabalho desse profissional ou a adoção de
outros procedimentos, tais como: sala de recursos multifuncional, flexibilização
curricular que atenda às necessidades educacionais especiais, ou, ainda,
atendimentos intersecretariais envolvendo a participação da família, saúde e
assistência social.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
143
2.2 O Estudo de Caso será realizado por uma equipe de profissionais
composta por especialista do Núcleo Regional da Educação, pedagogo da
instituição de ensino, especialista em Educação Especial da instituição de
ensino e professores da turma do estudante para avaliar as intervenções
pedagógicas e apoios já realizados voltados à aprendizagem e proporem novas
estratégias de trabalho.
2.3 O serviço de Apoio Educacional Especializado não é substitutivo à
escolarização ou ainda à frequência na Sala de Recursos Multifuncional, mas
articula-se de forma colaborativa com o currículo proposto para a sala de aula
comum, Sala de Recursos Multifuncional e outras atividades previstas na
escola.
3. Organização
3.1 O Professor de Apoio Educacional Especializado estará subordinado
à instituição em que estiver lotado.
3.2 A efetividade da oferta e o trabalho do Professor de Apoio
Educacional Especializado deverão ser avaliados periodicamente pelo
pedagogo da instituição de ensino, técnicos responsáveis do Núcleo Regional
da Educação – NRE e técnicos da Secretaria de Estado da Educação –
SEED/DEE.
3.3 A frequência do estudante na instituição de ensino não deverá estar
vinculada à presença do Professor de Apoio Educacional Especializado
3.4 O trabalho pedagógico do Professor de Apoio Educacional
Especializado dependerá de decisão da direção e equipe técnico-pedagógica
da instituição de ensino, em conformidade com o contexto escolar, e será
executado por cronograma de atendimento.
3.5 O cronograma de atendimento será elaborado em conjunto com a
equipe técnico-pedagógica, para orientar os professores das diferentes
disciplinas sobre as adaptações/flexibilizações curriculares necessárias que
oportunizem ao estudante o acesso à aprendizagem.
3.6 Na pasta individual do estudante deverão estar arquivados: uma
cópia da avaliação de ingresso, os relatórios semestrais vistados pela equipe
técnico pedagógica e a frequência em formulário próprio elaborado pela
SEED/DEE.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
144
3.7 A instituição de ensino garantirá, no cronograma de atendimento,
horários próprios para contatos com os profissionais da saúde e outros que
prestam atendimento ao estudante e orientações aos familiares conforme a
necessidade.
4.Recursos humanos
Para atuar como Professor de Apoio Educacional Especializado (PAEE),
o professor deverá ter:
a. disponibilidade para cumprir carga horária de 20 (vinte) horas
semanais, que deve compreender os 05 (cinco) dias da semana de segunda a
sexta-feira;
b. especialização em cursos de pós-graduação em Educação Especial,
Licenciatura Plena ou Ensino Médio com habilitação em Magistério e Estudos
Adicionais na área da deficiência mental;
c. formação em cursos de licenciatura em Educação Especial,
preferencialmente de modo concomitante e associado à licenciatura para
Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental;
d. complementação de estudos ou pós-graduação em áreas específicas
da Educação Especial, posterior à licenciatura nas diferentes áreas do
conhecimento, para atuação na Educação Básica.
5. Atribuições do professor
5.1 Atuar em caráter (intra) itinerante, ou seja, dentro da própria escola,
podendo atender a mais de um estudante, ou em diferentes escolas.
5.2 Atuar de forma colaborativa com os professores das diferentes
disciplinas, para a definição de estratégias pedagógicas que favoreçam o
acesso do estudante ao currículo e sua interação com os colegas, desde a
promoção de condições de acessibilidade no contexto escolar até as
modificações mais significativas na organização da sala de aula, dos materiais
e recursos pedagógicos utilizados pelo estudante e pelo professor.
5.3 Registrar as ações efetivadas na interação com o estudante,
semanalmente, em formulário próprio, que deverá ser entregue à direção da
instituição de ensino, para acompanhamento e visitas semestrais do NRE.
5.4 Fornecer as informações e esclarecimentos necessários, a respeito
dos estudantes, a todos os profissionais envolvidos no processo educacional.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
145
5.7 Trabalhar com toda a comunidade escolar na perspectiva da inclusão
do estudante com Transtorno do Espectro Autista.
5.8 Ampliar e possibilitar situações de aprendizagem e autonomia sem
retirar o estudante para atividades isoladas do contexto da sala de aula.
5.9 Orientar o NRE para o encaminhamento do estudante em caso de
licença médica que prescreva afastamento para o Serviço de Atendimento à
Rede Hospitalar – SAREH.
5.10 Participar do Projeto Político-Pedagógico da(s) instituição
(instituições) de ensino, assegurando ações e apoios necessários voltados ao
atendimento, respeito e valorização da diferença enquanto condição humana e
participar dos Conselhos de Classes.
5.11 Definir com os professores e equipe técnico-pedagógica
procedimentos de avaliação que atendam cada estudante em suas
características, interesses, capacidades e necessidades de aprendizagem,
acompanhando a evolução de suas potencialidades, com vistas ao progresso
global: cognitivo, emocional e social do mesmo.
5.12 Participar e organizar grupos de estudos com os professores da
instituição de ensino, além de encontros sistemáticos para reflexão, construção
e socialização de experiências e de formação continuada promovida pela
SEED/DEE.
5.13 Oportunizar autonomia, independência e valorizar as ideias dos
estudantes desafiando-os a empreenderem o planejamento de suas atividades.
5.14 Programar ações e estruturar o uso do tempo, do espaço, dos
materiais e da realização das atividades.
5.15 Orientar e incentivar as famílias para o seu envolvimento e
participação no processo educacional, demonstrando a importância do
tratamento em saúde mental e do uso da medicação adequada a seguir,
conforme orientações médicas, bem como a continuidade em outros
atendimentos necessários.
5.16 Realizar contatos com os profissionais que fazem atendimento ao
estudante nas diferentes áreas (saúde, ação social, entre outras), bem como
atendimento aos familiares.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
146
5.17 Elaborar relatório de acompanhamento contendo informações dos
professores das diferentes disciplinas, da equipe pedagógica e demais
profissionais envolvidos no processo de aprendizagem.
5.18 É vedado ao Professor de Apoio Educacional Especializado
“construir” currículo paralelo em sala de aula, ou seja, trabalhar conteúdos não
previstos para o ano ao qual o estudante está matriculado.
5.19 Reorganizar o cronograma com a equipe técnico-pedagógica, na
falta do estudante, e executar outras ações programadas.
5.20 O Professor de Apoio Educacional Especializado não deverá
exercer outras funções que não estejam contempladas nesta Instrução.
5.21 O Professor de Apoio Educacional Especializado deverá justificar
eventual ausência para que a instituição de ensino possa reorganizar o
atendimento ao estudante.
6. Tempo Diferencial
O tempo diferencial é entendido como a necessidade de um horário
extraclasse destinado ao Professor de Apoio Educacional Especializado, para o
trabalho colaborativo com os professores das diferentes disciplinas, a fim de
realizar contatos com os profissionais que fazem atendimento ao estudante nas
diferentes áreas (saúde, ação social, entre outras), bem como para orientações
aos familiares.
6.1 O horário de trabalho do Professor de Apoio Educacional
Especializado estará vinculado às especificidades de cada estudante, não
podendo ultrapassar 04 (quatro) horas semanais.
6.2 O tempo diferencial estará previsto em cronograma, organizado com
o pedagogo da instituição de ensino.
7. Demanda e Suprimento
Quanto à solicitação da abertura de demanda para o suprimento do
Professor de Apoio Educacional Especializado aos estudantes com diagnóstico
de Transtorno do Espectro Autista, público alvo da área de Transtornos Globais
do Desenvolvimento, deverão ser anexados os seguintes documentos:
7.1 Pelo Núcleo Regional da Educação
a. Documentação do professor com o perfil adequado para o
desempenho da função requerida.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
147
b. Análise (visita in loco) e Parecer da equipe técnico-pedagógica da
Educação Especial do Núcleo Regional da Educação sobre a necessidade do
atendimento.
c. Relatório dos profissionais relacionados no item 2.2 desta Instrução no
Estudo de Caso.
7.2 Pela instituição de ensino
a. Requerimento do (a) diretor (a) da instituição de ensino endereçado
ao Secretário de Estado da Educação, com devida justificativa da necessidade
do atendimento, e onde constem também os códigos do município e da
instituição, o nome do estudante, CGM, série/turma/turno da oferta.
b. Relato dos procedimentos já adotados anteriormente pela instituição
de ensino.
c. Avaliação pedagógica realizada no contexto escolar pelo professor da
classe comum com o apoio do professor especializado e equipe pedagógica da
instituição, complementada por psicólogo e equipe de Educação Especial do
NRE e, quando necessária, pelo Departamento de Educação Especial – DEE
da SEED.
d. Comprovante de matrícula do estudante na Educação Básica (ensino
regular ou Educação de Jovens e Adultos) na Rede Pública de Ensino do
Estado do Paraná.
e. Laudo psiquiátrico ou neurológico atualizado constando Transtorno do
Espectro Autista.
f. Relatório sobre Sala de Recursos Multifuncional que deverá conter
informações e considerações técnicas sobre procedimentos e avanços na
execução do que foi programado no Plano de Atendimento Individual.
g. Copia do Estudo de Caso.
7.3 Pelo DEE/SEED
a. Análise e Parecer da equipe técnico-pedagógica da área dos
Transtornos Globais do Desenvolvimento sobre a necessidade do atendimento.
8. Renovação
A instituição de ensino deverá solicitar anualmente ao NRE, logo após a
oficialização da matrícula do estudante, a renovação de abertura de demanda,
por meio de ofício, onde constem: nome do estudante, ano/turma/turno da
oferta, diagnóstico, nome da instituição de ensino, nome do professor e carga
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
148
horária a ser suprida, com seus referidos códigos (NRE, município, escola),
justificativa da necessidade de continuidade do atendimento. Ainda, anexar
laudo médico atualizado declarando que o estudante continua recebendo
atendimento na saúde mental (terapêutico e medicamentoso).
8.1 É de responsabilidade da SEED/DEE orientar, no término de cada
ano letivo, os procedimentos para a renovação da abertura de demanda para o
ano letivo subsequente.
9. Cessação
A cessação de demanda do Professor de Apoio Educacional
Especializado poderá ser solicitada quando: a. as dificuldades no aprendizado
do estudante estiverem superadas; b. ocorrer transferência que resulte (em) na
ausência de demanda de estudante(s) com necessidade do Apoio Educacional
Especializado.
10. Fica revogada a Instrução n.º 04/2012-SUED/SEED, de 17/02/2012.
XVIII. PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA
O desenvolvimento profissional dos educadores e dos demais
profissionais da escola, deve constituir-se em objetivo de propostas
educacionais que valorizem a sua formação, baseando-a não mais na
racionalidade técnica, que os reduz a meros executores de decisões alheias,
mas numa perspectiva que reconhece sua capacidade de participar, analisar,
propor e decidir. Ao confrontar as ações cotidianas com as produções teóricas,
os profissionais da educação, precisam rever as práticas e as teorias que as
informam, pesquisando a prática e produzindo novos conhecimentos para
transformá-las e aprimorá-las.
A formação continuada não abrange apenas o professor, mas também
inclui a formação dos componentes dos órgãos colegiados e os outros
profissionais da educação, como os diretores, os pedagogos, os
administradores e funcionários da escola.
A formação continuada busca propor novas metodologias e colocar os
profissionais e pessoas que participam através dos órgãos colegiados, para
ficar a par das discussões teóricas atuais, com a intenção de contribuir para as
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
149
mudanças que se fazem necessárias para a melhoria da ação pedagógica na
escola e, consequentemente, da educação. É certo que conhecer novas
teorias, faz parte do processo de construção profissional, mas não bastam, se
estas não possibilitam ao professor, relacioná-las com seu conhecimento
prático, construído no seu dia-a-dia (NÓVOA, 1995, PERRENOUD, 2000).
Hoje a (re) significação da atuação profissional em qualquer área, é uma
necessidade imposta pelas mudanças de paradigmas, no avanço tecnológico,
nas descobertas científicas e na evolução dos meios de comunicação. Não faz
mais sentido o profissional pensar que, ao terminar sua formação escolar,
estará acabado e pronto para atuar na sua profissão. As exigências, na área
educacional, apesar da finalidade diferenciada, são afirmadas pelas entidades
e profissionais que buscam a qualidade social, como também nos documentos
oficiais que definem os encaminhamentos para a educação.
Procura-se uma formação que articule a reflexão, a investigação e os
conhecimentos teóricos requeridos para promover uma transformação na ação
pedagógica, e não um acúmulo de teorias e técnicas procura-se uma
articulação, o que auxiliará a utilização pelos alunos das teorias nas ações
diárias, pois a teoria é um instrumento que ajuda apreender o real, e a prática é
de onde emergem as questões.
A formação continuada deve constituir-se em espaço de produção de
novos conhecimentos, de troca de diferentes saberes, de repensar e refazer a
prática do professor, da construção de competências do educador.
Considerando o conhecimento como uma construção social, a linguagem tem
importante papel no aspecto da interação e mediação na formação do
professor (Vygotsky, 1994). O que geralmente acontece é que este espaço não
é percebido “(...) como espaço de produção coletiva: neles a linguagem é
propriedade de uns e deve ser comprada por outros (...) nos cursos de
formação de professores a linguagem é pedaço... é eco” (Kramer, 1995,p.85).
A palavra tomada como movimento, que constrói, não pode ser
encarada em significados estanques e contraditórios. Compreender e captar o
significado em cada uma das enunciações, em sentido mais restrito, “o
contexto imediato.” (ORLANDI, 1999), que é o momento histórico, o contexto
social, e a ideologia que perpassa todo o discurso. Também Bakhtin considera
a palavra como “fenômeno ideológico por excelência” (BAKHTIN, 1992, p.36), e
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
150
que ao ser separada do contexto sócio histórico, pode assumir o discurso de
qualquer ideologia.
Os contextos não são imobilizados e não se repetem. Estão sempre em
movimento e “encontram-se numa situação de interação e conflito tenso e
ininterrupto” (BAKHTIN, 1992,p. 107). A memória do discurso tem
características importantes e é definida por Orlandi (1999, p. 31) como: “o
saber discursivo que torna possível todo dizer e que retorna sob forma do pré-
construído, o já-dito que está na base do dizível, sustentando cada tomada da
palavra”. Todo saber que retorna o que já foi dito em outro tempo e lugar,
também é parte essencial da linguagem.
Há uma questão essencial para a formação continuada para os
educadores: A relação entre a teoria e a prática, uma ação consciente que
estabelecemos como “práxis”. Levar o professor a identificar as concepções
que embasam as teorias discutidas nos encontros de formação e relacioná-las
com a sua ação na escola é diferenciar o “saber” da “ideologia” (CHAUÍ, 1997).
É necessário compreendermos que as teorias são a base para as
concepções que direcionam o trabalho em sala de aula.
Hoje vale tudo para aprender. Isso vai além da “reciclagem” e da
atualização de conhecimentos e muito mais além da “assimilação” de
conhecimentos. A sociedade do conhecimento é uma sociedade de múltiplas
oportunidades de aprendizagem. As consequências para a escola, para o
professor e para a educação em geral, são enormes: ensinar a pensar; saber
comunicar-se; saber pesquisar; ter raciocínio lógico; fazer síntese e
elaborações teóricas; saber organizar o seu próprio trabalho; ter disciplina para
o trabalho; ser independente e autônomo; saber articular o conhecimento com
a prática.
Nesse contexto, o professor é muito mais um mediador do
conhecimento, diante do aluno que é o sujeito da sua própria formação. O
aluno precisa construir e reconstruir conhecimento a partir do que faz. Para
isso o professor também precisa ser curioso, buscar sentido para o que faz e
apontar novos sentidos para o que fazer dos seus alunos. Em resumo,
poderíamos dizer que o professor se tornou um aprendiz permanente, um
construtor de sentidos, um cooperador.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
151
Em sua essência, ser professor hoje, não é nem mais difícil, nem mais
fácil do que era há algumas décadas atrás. É diferente. Diante da velocidade
com que a informação se desloca, envelhece e morre, diante de um mundo em
constante mudança, seu papel vem mudando, senão na essencial tarefa de
educar, pelo menos na tarefa de ensinar, de conduzir a aprendizagem e na sua
própria formação que se tornou permanentemente necessária.
As novas tecnologias criaram novos espaços do conhecimento. Agora,
além da escola, também o espaço domiciliar e o espaço social tornaram-se
educativos. Cada dia mais, pessoas estudam em casa, pois podem, de lá,
acessar o ciberespaço da formação e da aprendizagem a distância, buscar
“fora” - a informação disponível nas redes de computadores interligados –
serviços que respondem às suas demandas de conhecimento. Por outro lado, a
sociedade civil (ONGs, associações, sindicatos, igrejas...) está se fortalecendo,
não apenas como espaço de trabalho, mas também como espaço de difusão e
de reconstrução de conhecimentos.
A formação continuada vem de encontro ao fato de que, na sociedade
do conhecimento e no mundo do trabalho, será preciso achar formas de
continuar aprendendo sempre e desenvolver-se profissionalmente. No caso do
professor, a escola é o contexto privilegiado da formação continuada, o lugar
para continuar aprendendo. No entanto, esta condição privilegiada só será
eficaz se o professor puder ser protagonista do projeto pedagógico da escola
em que trabalha e da sua formação, a partir da consciência das suas reais e
concretas necessidades para exercer o papel de gestor do ensino e da
aprendizagem dos alunos.
A proposta de Formação Continuada acontece do âmbito de Estado,
oferecida pela Secretaria de Educação e Núcleo Regional de Educação através
das capacitações, grupos de estudos, simpósios, jornadas pedagógicas,
seminários regionais e outros.
O Colégio realiza com os professores estudos dirigido de textos, visando
à construção da identidade da escola e o desenvolvimento teórico, à
implementação prática.
Investimento em formação continuada dos profissionais da educação é
de responsabilidade direta do sistema estadual de Ensino e indiretamente do
Estabelecimento de Ensino e do próprio profissional. Conforme a Lei de
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
152
Diretrizes e Bases da Educação, Lei 9394/96, Art. 67, “Os sistemas de Ensino
promoverão a valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes,
inclusive, nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério
público (...)
II - aperfeiçoamento profissional, continuado, inclusive com
licenciamento remunerado para esse fim; (...)
IV – progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na
avaliação do desempenho;
V – período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na
carga de trabalho. De acordo com o Estatuto do Magistério, artigo 82, inciso I,
alínea m: O professor especialista da educação tem o constante dever de
observar a relevância das suas atribuições [...] observando as normas
seguintes: frequentar, quando designado, cursos legalmente instituídos para
aperfeiçoamento profissional. Ainda nos artigos 83 e 84, rezam que: é dever
inerente ao professor ou especialista da educação diligenciar seu constante
aperfeiçoamento profissional ou cultural; o professor ou especialista da
educação é obrigado a frequentar cursos de aperfeiçoamento ou de
especialização profissional para os quais seja expressamente designado ou
convocado pela secretaria de Estado da educação e da Cultura. Indiretamente
a formação Continuada também se dá por meio das Reuniões Pedagógicas,
onde assuntos relacionados a dimensões científicas, teóricas e práticas do
trabalho, na elaboração do Projeto Político Pedagógico e do Regimento
Escolar.
XIX. PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DAO PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
O Projeto Político Pedagógico será submetido a uma avaliação
anual, a cargo de toda comunidade escolar, sendo Direção, Equipe
Pedagógica, Professores, Conselho Escolar e Funcionários.
Após análise crítica, o mesmo sofrerá alterações e complementações de
dados tanto quanto forem necessários, e estará disponível no Portal Dia a Dia
Educação e no site deste estabelecimento de ensino.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
153
XX. PROPOSTA PEDAGÓGICA DA COMPLEMENTAÇÃO DE CARGA
HORÁRIA
Conforme a legislação Estadual vigente sobre a complementação de
carga horária a Instrução nº 05/2014 SEED/SUED esclarece que as atividades
de cunho pedagógico incluídas no PPP da instituição de ensino e exijam
frequência dos alunos sob a efetiva orientação dos professores podendo ser
realizadas em sala de aula ou outros locais pedagogicamente adequados ao
processo de ensino aprendizagem.
A Deliberação 02/2000 CEE/PR e o Parecer nº 631/97 CEE/PR trata
sobre o trabalho escolar dos docentes que não pode ser contado como horas
letivas pela exigência da presença física dos alunos. Portanto para garantir a
carga horária mínima exigida que seja de 800 horas segue o calendário próprio
previsto com devidas atividades e datas a serem cumpridas por esta instituição
de ensino.
Conforme Instrução o colégio organiza a complementação de carga
horária com atividades de cunho pedagógico em que o aluno participe sob a
efetiva orientação dos professores podendo ser realizadas em sala de aula
e/ou outros locais pedagogicamente adequados ao processo de ensino
aprendizagem.
Nessa perspectiva, o colégio oferece durante o ano letivo alguns eventos
como: Palestras sobre temas relevantes aos discentes (com temas definidos
pelos docentes e equipe pedagógica); Festa Junina, Chá das Mães; Jogos do
Campo, Café Colonial, Festa da Comunidade. É necessário reiterar que podem
acontecer outros eventos no decorrer do ano, conforme a necessidade da
comunidade escolar.
XXI. ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO
Conceber trabalho como princípio educativo pressupõe oferecer
subsídios, a partir das diferentes disciplinas, para se analisar as relações e
contradições sociais, as quais se explicam a partir das relações de trabalho.
Isto implica em oferecer instrumentos conceituais ao aluno para analisar as
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
154
relações de produção, de dominação, bem como as possibilidades de
emancipação do sujeito a partir do trabalho.
Apesar de nossa instituição não ofertar nenhum curso que necessite do
estagio obrigatório, como em alguns cursos que formam para o mundo do
trabalho, portanto, requer o acesso aos conhecimentos produzidos
historicamente pelo conjunto da humanidade, a fim de possibilitar ao futuro
trabalhador se apropriar das etapas do processo de forma conceitual e
operacional. Isto implica em ir para além de uma formação técnica que
secundariza o conhecimento, necessário para se compreender o processo de
produção em sua totalidade, ou seja, a pratica do estagio.
Acreditamos que o acesso aos conhecimentos universais possibilita ao
aluno estagiário, não somente sua integração nas atividades produtivas, mas a
sua participação nela, de forma plena, integrando as práticas aos
conhecimentos teóricos que as sustentam.
Nesta perspectiva, o estágio pode e deve permitir ao estagiário que as
ações desenvolvidas no ambiente de trabalho sejam trazidas para a escola e
vice-versa, relacionando-as aos conhecimentos universais necessários para
compreendê-las a partir das relações de trabalho.
É função de o pedagogo acompanhar as práticas de estágio
desenvolvidas pelo aluno, ainda que em via não presencial, para que este
possa mediar à natureza do estágio e as contribuições do aluno estagiário com
o plano de trabalho docente, de forma que os conhecimentos transmitidos
sejam instrumentos para se compreender de que forma tais relações se
estabelecem histórica, econômica, política, cultural e socialmente. Cabe ao
pedagogo, também, manter os professores das turmas, cujos alunos
desenvolvem atividades de estágio, informados sobre as atividades
desenvolvidas, de modo que estes possam contribuir para esta relação prática.
A escola em sua função social vai para além do aprendizado de
competências próprias da atividade profissional e, nesta perspectiva, vai para
além da formação articulada às necessidades do mercado de trabalho.
XXII. PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
155
O Plano de Ação da escola consiste em um instrumento de trabalho
dinâmico com o intuito de propiciar ações, ressaltando seus principais
problemas e os objetivos dentro de metas a serem alcançadas, com critérios de
acompanhamento e avaliação pelo trabalho desenvolvido. A elaboração do
Plano de Ação da escola também é o momento de planejar para rever a prática
educativa por todo o coletivo escolar. Nesse sentido, o planejamento dos
objetivos, metas, ações e resultados esperados devem ser seguidos pela
equipe de gestão, no início do ano letivo, prevendo os desafios a serem
enfrentados no decorrer do ano, em conformidade com o diagnóstico dos
indicadores da qualidade da educação.
Na pesquisa com a comunidade escolar a grande maioria dos pais
solicitaram cursos para aperfeiçoamento técnico profissionalizante e/ou
temporários que atendam as necessidades da população na área agrícola e
comercial. No período noturno o colégio dispõe de espaços que poderiam ser
ocupados para este fim.
No contra turno:
• Sala Multifuncional, para atender os alunos com dificuldades na
aprendizagem e egressos de sala especial e de apoio.
• Línguas CELEM;
• Mostra Cultural (interna);
• Projeto de Leitura;
• Feira do Conhecimento;
• Orientação Profissional;
• Jogos do Campo e Torneios inter séries.
• Atividades Complementares – Clube de Ciências e Hora Treinamento.
• Critérios de Formação de Turma (flexível): O transporte escolar nem
sempre passa por todos os locais da comunidade em todos os turnos;
• Também a necessidade de alguns alunos em frequentar a sala de
multifuncional.
Linhas de Ação – busca constante da melhoria da qualidade de
ensino.
Segue em anexo o Plano de Ação de nossa instituição.
XXIII. PROGRAMAS / PROJETOS
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
156
23.1. Brigada Escolar – Defesa Civil na Escola
O Programa Brigadas Escolares – Defesa Civil na Escola é uma parceria
da Secretaria de Estado da Educação e da Casa Militar da Governadoria –
Divisão de Defesa Civil, que visa promover a conscientização e a capacitação
da Comunidade Escolar do Estado do Paraná, para ações de enfrentamento de
eventos danosos, naturais ou antropogênicos, bem como o enfrentamento de
situações emergenciais no interior das escolas.
Objetivos:
Construir uma cultura de prevenção a partir do ambiente escolar;
• Proporcionar aos alunos condições mínimas para enfrentamento de
situações emergenciais no interior das escolas;
• Promover o levantamento das necessidades de adequação do
ambiente escolar;
• Articular os trabalhos entre os integrantes da Defesa Civil Estaduais,
do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar (Patrulha Escolar Comunitária) e dos
Núcleos de Educação;
• Adequar edificações escolares às normas mais recentes de
prevenção contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar
do Paraná.
No dia 15 de março de 2013 foi constituído o primeiro grupo de Brigada
Escola do Colégio Estadual João Arnaldo Ritt, sendo assim constituído:
23.2. Salas de Apoio à Aprendizagem - SAA
O Programa Salas de Apoio à Aprendizagem tem o objetivo de atender
às dificuldades de aprendizagem das crianças que frequentam as séries finais
do Ensino Fundamental. Para os alunos da 6º e 7º Anos, a abertura da Sala de
Apoio se dá de forma automática. Para as demais séries, a abertura deve ser
solicitada.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
157
Esses alunos participam de aulas de Língua Portuguesa e Matemática
no contra turno, participando de atividades que visam à superação das
dificuldades referentes aos conteúdos dessas disciplinas.
Secretaria de Estado da Educação promove ações e eventos de
formação continuada para professores, diretores e equipe pedagógica,
buscando esclarecer os objetivos das Salas de Apoio e promovendo
discussões sobre metodologias. Além disso, o Programa é permanentemente
avaliado pela Secretaria, procurando sempre seu melhor funcionamento e
eficiência.
O programa Sala de Apoio à Aprendizagem (SAA) se justifica em nosso
estabelecimento de ensino uma vez que atende os alunos com dificuldades nas
disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. O atendimento ocorre de
forma presencial, no contra turno, com carga horária de quatro horas semanais,
para cada disciplina.
Todos os avanços obtidos pelos alunos, no decorrer do período das
aulas de apoio, são apurados e repassados aos professores regentes, com o
intuito de decidir pela manutenção, ou não, do aluno, na sala de apoio. O
retorno do aluno para a sala de apoio dar-se-á, sempre que o grupo de
professores considere necessário.
Objetivo Geral:
Flexibilizar o tempo de aprendizagem através da ação pedagógica
visando o alcance da totalidade do processo formativo, assegurando o direito à
aprendizagem com a qualidade, considerando a ampliação do tempo para
aprender.
Objetivos Específicos:
• Ofertar conteúdo básico das disciplinas de Língua Portuguesa e
Matemática.
• Usar de diferentes encaminhamentos metodológicos que levem em
consideração as necessidades individuais dos alunos que frequentam o
programa.
• Utilizar de materiais didáticos pedagógicos adequados à situação de
cada aluno Ex: Os alunos não devem fazer as mesmas atividades.
(planejamentos individualizados).
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
158
• Melhorar o rendimento escolar dos alunos, sistematizar conceitos,
noções e conteúdos dos anos anteriores.
• Trabalhar de forma efetiva para reverter à situação de defasagem
escolar dos frequentadores das SAA.
• Incentivar o trabalho em equipe;
• Socializar dificuldade de relacionamento;
• Desenvolver o potencial.
• Promover reconhecimento de valores humanos.
• Estimular a atenção, concentração, reflexão e memória.
• Desenvolver diferentes formas de linguagem oral, escrita, estética e
artística;
• Trabalhar para a promoção do letramento.
23.3. LEM – Línguas Estrangeiras Modernas
O Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM), criado no ano de
1986 pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED-PR), integra o
Departamento de Educação Básica (DEB) e tem por objetivo ofertar o ensino
gratuito de idiomas aos alunos da Rede Estadual de Educação Básica
matriculados no Ensino Fundamental (anos finais), no Ensino Médio, na
Educação Profissional e na Educação de Jovens e Adultos (EJA), aos
professores e funcionários que estejam no efetivo exercício de suas funções na
rede estadual e também à comunidade. Além de promover o conhecimento do
idioma das etnias formadoras do povo paranaense, contribui para o
aperfeiçoamento cultural e profissional de seus alunos.
De acordo com a Resolução n. 3.904/2008 – SEED/PR, que
regulamenta o funcionamento do CELEM, considera "a importância que a
aprendizagem de Línguas Estrangeiras Modernas (LEM) têm no
desenvolvimento do ser humano quanto a compreensão de valores
sociais e a aquisição de conhecimento sobre outras culturas”.
Salientamos que as atividades do LEM são integradas ás demais
atividades do estabelecimento, subordinando-se a todas as suas instâncias
pedagógicas e administrativas, de acordo com as normas e resolução nº
3977/2006 de 24.08.2006.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
159
Dando continuidade a proposta da SEED, estamos ofertando o Curso
Básico de Língua Estrangeira Moderna -LEM – nos idiomas de Espanhol e
Inglês para os alunos do Ensino Fundamental e Médio, como ensino
extracurricular e plurilinguísta de LEM, no contra turno, em sala de aula
adequada, visando o desenvolvimento do Ser Humano quanto a compreensão
de valores sociais, a aquisições de conhecimento sobre as diferentes culturas e
que se sinta parte integrante da comunidade.
Propõe-se que a aula de língua estrangeira constitua um espaço para
que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de
modo que se engaje discursivamente. A proposta curricular obedecerá aos
critérios estabelecidos na regulamentação dos Centros de Línguas
Estrangeiras Modernas- CELEM, com a seguinte estrutura;
O estabelecimento de ensino, oferta na modalidade Curso Básico,
aberto para os alunos matriculados no Ensino Fundamental, no Ensino Médio,
para todos os funcionários e professores que estejam no efetivo exercício de
suas funções (num total de até 10% das vagas sobre o número máximo de
alunos por turma.) e a comunidade desde que se obedeça a um total de 20%. A
carga horária de 320 horas/aula e 480 horas/aula, organizado em dois anos de
160 horas/aula cada, carga horária semanal de 4 horas/aula, distribuídas em 2
dias letivos; turmas formadas com um mínimo de 15 e máximo de 30 alunos.
A equipe pedagógica e administrativa prestará assessoramento aos
professores do LEM, na formação, desenvolvimento e no acompanhamento
das turmas, bem como na organização e documentação dos alunos.
Ao ensinar e aprender uma língua estrangeira, alunos e professores
percebem ser possível construir significados além daqueles permitidos pela
língua materna. Os sujeitos envolvidos no processo pedagógico não aprendem
apenas novos significados nem produzi-los, mas sim aprendem outras
maneiras de produzir sentidos, outros procedimentos interpretativos, que
alargam suas possibilidades de entendimento do mundo.
“...aprender uma língua estrangeira é um empreendimento
essencialmente humanístico e não uma tarefa afeta às
elites ou estritamente metodológica, e a força da sua
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
160
importância deve decorrer da relevância de sua função
afirmativa, emancipadora e democrática.”
Henry A. Giroux, 2004
23.4. Projetos desenvolvidos pela escola/colégio
Festa Junina
É um dos projetos mais tradicionais da escola, e tem como objetivo
repassar para os alunos, como os trabalhadores festejavam a colheita e os
“Santos” referendados no mês de junho. Para isso os professores e alunos
pesquisam as danças, as músicas, as crendices, as comidas típicas e num
momento de confraternização a escola, alunos, pais, professores e
comunidade se reúnem representam a situação festiva vivida por estes
trabalhadores.
Esporte e Lazer – Jogos Coletivos
Justificativa Pedagógica
A prática esportiva faz parte da cultura popular da comunidade, sendo
assim optamos em valorizar e incentivar esta prática esportiva e com isso a
transmissão de habilidades e técnicas, portanto, deverá ser incluída uma
reflexão crítica nas aulas.
Através da prática esportiva queremos dar oportunidades a todos os
alunos para que possam vencer o preconceito racial, étnico, discriminação
entre gêneros, violência moral de corrente de singularidade entre o grupo e
com isso garantir como direito do cidadão uma educação igualitária.
O esporte coletivo é uma atividade teórico - prática e um fenômeno
social. Em suas várias manifestações e abordagem pode contribuir para
aprimorar a saúde bem como integrar os sujeitos em suas relações sociais.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
161
Fundamentação Teórica
Envolvido no processo educacional estamos cientes da necessidade de
levar aos alunos a importância da expressão corporal nas atividades esportivas
e recreativas. Para tanto ao desenvolver atividades que faz parte o movimento
devemos compreender e respeitar cada indivíduo na sua totalidade para que
possamos dar a ele condições para assimilação das atividades propostas. Ao
trabalhar com o aluno hoje podemos conscientizar que suas ações estão
relacionadas com as demais disciplinas e tudo que o cerca. Portanto ao
praticar uma modalidade esportiva e devemos analisar profundamente, pois
temos responsabilidade sócio educacional que esteja ligado à formação do
aluno e este tenha atitudes que venham beneficiar o meio que mora, estuda e
trabalha.
Objetivos Gerais e Específicos
Dar condições para o desenvolvimento de diferentes modalidades
esportivas.
Oportunizar o acesso, e a permanência dos educandos em atividades
socioeducativa.
Possibilitar a integração e interação de Estudantes e Professores;
Fazer com que os alunos aprendam a conviver com situações diversas
além de lidar com a perda.
Oportunizar o desenvolvimento de atividades esportivas no contra turno
nas diversas modalidades
Participar de eventos esportivos
Pressupostos Teórico – Metodológico
Por meio do conteúdo proposto esporte a prática esportiva tem a função
social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de
reconhecer o próprio corpo, ter autonomia sobre ele, e adquirir uma
expressividade corporal consciente.
Encaminhamento Metodológico
Apresentar os conteúdos para que possamos a partir daí organizar uma
sequência lógica que abrange todos os alunos. Tal procedimento acontecerá
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
162
com informações repassadas pelos alunos; Ao desenvolver atividades
poderemos adotar praticas que facilitem a assimilação principalmente para
aqueles alunos com maiores dificuldades. É necessário que na prática de
atividades esteja presente os valores morais para que tenhamos um cidadão
consciente de seus deveres e direitos tanto na pratica esportiva como na
convivência no dia a dia na comunidade onde esta inserida.
Através da prática esportiva queremos adaptar o esporte à realidade
escolar. Os valores que privilegiam o coletivo pressupõem o compromisso com
a solidariedade e o respeito humano, a compreensão de que o jogo se faz a
dois ou a mais, e de que é diferente jogar com o companheiro e jogar contra o
adversário.
Resultado Esperado
Esperamos que com a realização das diversas modalidades esportiva os
alunos se sintam capazes de reconhecer e exercer sua função social que é
contribuir para que ampliem sua consciência sobre si mesmo, e sobre o outro e
alcancem novos horizontes, como sujeitos singulares e coletivos.
Encaminhamentos Metodológicos e Infra Estrutura
O Professor de Educação Física tem, assim, a responsabilidade de
organizar e sistematizar essas práticas esportivas que possibilitem a
comunicação com as diferentes culturas conforme Projeto Político Pedagógico
da escola.
Jogos Escolares
1 LINHA DE AÇÃO
Desenvolver atividades que proporcionem aos alunos bem estar - lazer
afim de que haja uma integração melhorando as condições físicas e de vida de
cada um.
2 OBJETIVO
- Proporcionar melhores condições de convívio entre os alunos.
- Fazer com que os alunos aprendam a lidar com situações diversas.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
163
3 DETALHAMENTO DA AÇÃO
- A programação será realizada juntamente com a coordenação e
professores que poderão participar da programação sugerindo atividades.
4 CONDIÇÕES
- Será estipulado que todos os alunos participem das atividades
podendo desempenhar diversas tarefas afim de que não deixem de participar
da programação.
5 RECURSOS
- Cartazes informativos, divulgação em sala de aula pelos professores,
bolas, tintas e outros.
6 RESPONSÁVEL
- Direção, Coordenação e Professores.
7 CRONOGRAMA
- Estas atividades serão estabelecidas conforme o calendário escolar.
Projeto de Leitura
1 LINHA DE AÇÃO
Incentivar a importância da Leitura no seu dia-a-dia.
2 OBJETIVO
- Conscientizar os alunos da necessidade da leitura para a
aprendizagem e desenvolvendo a oralidade e a escrita.
3 DETALHAMENTO DA AÇÃO
- Uma vez por semana 30 (trinta) minutos de leitura e 15 (quinze)
minutos de discussão dias alternados, o aluno deverá ler o que têm.
4 CONDIÇÕES
- Todos os alunos participarão em suas salas com os professores,
criando assim o hábito à leitura.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
164
5 RECURSOS
- Salas de aula, livros de leitura diversos gêneros, jornais revistas Gibis e
outros.
6 RESPONSÁVEL
- Direção, Equipe Pedagógica.
7 CRONOGRAMA
- Estabelecido no inicio do ano, para ser desenvolvido durante o mesmo.
Orientação Profissional
1 LINHA DE AÇÃO
- Orientação Profissional direcionando aos alunos do 3º Série do Ensino
Médio.
2 OBJETIVO
Subsidiar o jovem com informações sobre campos de trabalho, as
tendências de mercado, abrindo espaço de análise sobre o assunto, apontando
os interesses pessoais aptidões, autoconhecimento como primeiro passo para
uma escolha profissional bem sucedida.
3 DETALHAMENTO DA AÇÃO
- Palestras com profissionais de diversas áreas.
- Visitas a universidades.
4 CONDIÇÕES
- Os encontros serão em forma de dinâmicas de grupos, teste
Vocacional, aulas expositivas, atividades lúdicas, entrevistas, reflexão.
5 RECURSOS
- Sala de aula, multimídia.
6 RESPONSÁVEL
- Direção e Equipe Pedagógica.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
165
7 CRONOGRAMA
- No segundo semestre do ano.
Sessão Cívica
1 LINHA DE AÇÃO
• Conscientizar os alunos sobre a importância de se celebrar e
comemorar as datas comemorativas que marcam nossa História, bem como o
respeito e o amor à Pátria e ao Estado.
2 OBJETIVO
• Resgatar o civismo e o amor à Pátria e ao Estado.
• Oportunizar a lembrança das datas comemorativas de nosso
calendário e o que elas representam.
• Desenvolver a criatividade, espontaneidade e expressão oral e
corporal.
3 DETALHAMENTO DA AÇÃO
• Cada mês será selecionado as datas comemorativas e repassadas
para os alunos e professores regentes.
• Cada semana entoação dos Hinos Nacional e Paranaense.
• Uma turma ficará responsável pelas apresentações.
4 CONDIÇÕES
• Todos participam da organização das atividades com a orientação do
professor regente.
5 RECURSOS
• Jornais, músicas, livros, revistas, rádio, poesia, textos.
6 RESPONSÁVEL
• Coordenação e professores regentes de classe.
7 CRONOGRAMA
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
166
• Durante o ano letivo.
Projeto Jogos Entre Escolas do Campo
Modalidade FUTSAL E XADREZ
1. Identificação
Campeonato Entre Escolas do Campo de Toledo tem suas atividades
desenvolvidas nas Escolas Estaduais de Dez de Maio, Concórdia do Oeste,
São Luiz D’Oeste, Novo Sobradinho, Vila Nova desde o ano de 2004.
Realização de atividades esportivas, nas modalidades de Futsal e
Xadrez e direcionadas para os alunos das escolas participantes.
2. Justificativa
Hoje, o esporte é um fenômeno de vendas, trata-se de um dos melhores
veículos de comercialização, pelo simples fato de conseguir “vincular a imagem
do patrocinador com o prazer sem similar da vitória” e por estar correlacionada
com a saúde e educação.
Entretanto na maioria dos casos, os investimentos são todos destinados
às equipes adultas, sendo que as crianças e adolescentes não recebem
nenhum tipo de benefício ou incentivo.
Dar continuidade ao Campeonato Entre Escolas do Campo, que desde
2004 é desenvolvido pelas Escolas dos distritos de Toledo, beneficiando os
alunos e alunas visando oportunizar aos mesmos condições de praticar Futsal
e Xadrez.
3. Objetivo Geral
• Um maior congraçamento sócio-esportivo entre as Escolas do Campo
de Futsal.
• Proporcionar integração entre Diretores, Professores, Funcionários,
Alunos, Pais e Comunidade em Geral, exaltando a prática desportiva.
• Salientar a boa relação de amizade entre os participantes.
• Dar continuidade ao Campeonato de Futsal e Xadrez Entre Escolas
do Campo;
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
167
• Fomentar a prática do Futsal e Xadrez nos distritos de Toledo;
• Fornecer condições para que crianças e adolescentes alunos das
escolas participantes praticarem Futsal e Xadrez;
• Divulgar e propagar o nome/marca da empresa patrocinadora nas
comunidades onde são desenvolvidas as etapas do campeonato.
4. Objetivo Social
• Favorecer a correta formação social da juventude, expondo a imagem
dos alunos e alunas como referência de comportamento, acreditando no
esporte como agente transformador;
• Através da prática do esporte estimular crianças e jovens a seguirem
um caminho saudável.
5. Objetivo Específico
• Contribuir para a aprendizagem e desenvolvimento do Futsal e
Xadrez numa pedagogia do esporte;
• Acompanhar o desenvolvimento de crianças e adolescentes, através
da prática esportiva visando crescimento e desenvolvimento adequado;
• Oportunizar a prática desportiva sob orientação de profissionais
qualificados;
• Fomentar o convívio sócio desportivo;
• Incentivar a iniciativa própria;
• Iniciar um processo de revelação de futuros atletas;
• Criar e desenvolver a disciplina para coloca-la em prática no dia a dia.
6. Deve ser
• Vinculação da marca/nome do patrocinador com o campeonato;
• Divulgação da marca do patrocinador nos distritos de Toledo, onde
serão realizadas as etapas do campeonato;
• Fixação da marca/nome do patrocinador;
• Simpatia em relação à marca/nome do patrocinador que investe no
esporte escolar;
• Conquista de novos consumidores dos produtos e ou serviços do
patrocinador.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
168
7. Do Desenvolvimento do Campeonato
• O Campeonato Entre Escolas do Campo de Toledo, será
desenvolvido em cinco etapas sendo uma cada escola participante (Dez de
Maio, Concórdia do Oeste, São Luiz D’Oeste, Novo Sobradinho, Vila Nova) sob
responsabilidade e coordenação das comunidades escolares (Associação de
Pais, Mestres e Funcionários, Conselhos Escolares e Grêmios Estudantis) de
cada participante. O número de envolvidos em cada etapa é de
aproximadamente 300 alunos, mais comunidade escolar e local.
Dos participantes
Divulgar a marca/nome do patrocinador:
• Através de fotos e matérias em jornais;
• Meios de comunicação;
• Banners nos locais do evento;
• No dia a dia para os alunos e comunidade escolar.
Projeto Comunitário em Parceria Com a PUC-PR
Tendo em vista que em suas linhas de ação o Projeto Comunitário veem
de encontro com a Filosofia deste estabelecimento de ensino, quando busca a
promoção e integração de todos os indivíduos, voltando-se à construção da
cidadania como prática efetiva, cujos procedimentos desenvolvem o espírito
crítico capaz de favorecer a criatividade e o dinamismo em busca de ensino de
qualidade para todos. As atividades serão ofertadas de forma conjunta visando
integrar o aluno à realidade social de bem com a da comunidade escolar. A
escola tem como função, contribuir para que o aluno supere o estado de
sobrevivência, se apropriando dos conteúdos curriculares e extracurriculares,
com isso reelaborando novos conhecimentos, compreendendo cientificamente
o real. Portanto a escola propõe trabalhar temas que vem de encontro ao
anseio da comunidade escolar como valores, aptidões, limites e escolha
profissional. Sendo a escola um espaço destinado aos propósitos de formação,
valorização e respeito ao ser humano acolhe a criança e o adolescente, como a
responsabilidade de todos os profissionais da educação a preocupação em
criar condições de aprimoramento no campo das relações interpessoais, de
consciência social, do sentimento, de solidariedade e da participação.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
169
Em linhas gerais a parceria, proporciona a realização de projetos
do colégio, através da participação efetiva dos estagiários, encaminhados e
disponibilizados pela PUC PR, dentre os diversos cursos ofertados por esta.
23.5. Proposta pedagógica de valorização do profissional
O mercado de trabalho evoluiu, e agora ter somente um diploma
universitário já não é mais o suficiente. As exigências são muitas, vão de um
segundo idioma, até especialização. Graças às novas tecnologias, novas
profissões surgiram, mas também diversas ocupações tradicionais foram e
estão sendo transformadas, substituídas e até mesmo extintas.
Hoje em dia é preciso saber se adequar à nova lei de sobrevivência do
atual mercado de trabalho. Para isso, são exigidos uma constante atualização
e desenvolvimento de habilidades e competências, de modo a atender aos
novos requisitos técnicos/ econômicos e a aumentar a sua empregabilidade.
Muitas vezes, o mercado de trabalho não consegue encontrar um profissional
com o perfil adequado para determinado cargo ou área e sendo assim, as
empresas são obrigadas a treinarem profissionais com o perfil exigido. Hoje, o
profissional considerado moderno deve possuir em seu perfil algumas
características básicas, veja a seguir: iniciativa, criatividade, liderança,
aprendizagem continua, boa comunicação, agilidade e flexibilidade,
habilidade para lidar com pessoas, trabalho em equipe e estar atualizado
com as novas tecnologias.
Estas são apenas algumas habilidades exigidas pelo mercado de
trabalho. São infindáveis e retratam um perfil em aberto e podemos sempre
incluir novas características, habilidades e conhecimentos. A pessoa que
possui estas habilidades pode fazer parte de uma organização moderna.
Se fizermos uma análise do perfil do mercado de trabalho, poderemos
constatar que a grande maioria dos empregos existente são considerados
temporários. Há empresas que delegam tarefas a pessoas que não fazem
parte de seu corpo funcional, estes profissionais são os consultores
independentes que comercializam seus talentos sem nenhum vínculo
empregatício com a empresa.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
170
As empresas estão cada vez mais dinâmicas, e isso está mudando
completamente a relação entre empregado e empregador.
Na área da educação não é diferente, os educadores devem estar em
constante atualização, informados para poderem conversar/ dialogar com seus
alunos e dominarem os conteúdos básicos.
23.6. PROEMI
O Programa Ensino Médio Inovador-PROEMI, integra as ações do Plano
de Desenvolvimento da Educação–PDE, como estratégia do Governo Federal
para induzir a reestruturação dos currículos do Ensino Médio.
O objetivo do PROEMI é apoiar e fortalecer o desenvolvimento de
propostas curriculares inovadoras nas Escolas de Ensino Médio, ampliando o
tempo dos estudantes na escola e buscando garantir a formação integral com a
inserção de atividades que tornem o currículo mais dinâmico, atendendo
também as expectativas dos estudantes do Ensino Médio e às demandas da
sociedade contemporânea.
Os projetos de reestruturação curricular possibilitam o desenvolvimento
de atividades integradoras que articulam as dimensões do trabalho, da ciência,
da cultura e da tecnologia, contemplando as diversas áreas do conhecimento a
partir de macro campos como: Acompanhamento Pedagógico; Iniciação
Científica e Pesquisa; Cultura Corporal; Cultura e Artes; Comunicação e uso de
Mídias; Cultura Digital; Participação Estudantil e Leitura e Letramento.
No Colégio Estadual João Arnaldo Ritt iniciou-se o programa no 1º
semestre do ano de 2014, juntamente com os professores do ensino médio,
onde foram realizadas reuniões e discussões sobre as metodologias utilizadas
para a implantação, além das definições técnicas do mesmo para os dois
decorrentes anos letivos.
O Programa Ensino Médio Inovador é um investimento em recursos,
eventos, espaços pedagógicos, palestras educativas de diversos profissionais,
visitas em ambientes formadores, entre outros. Promovendo a reestruturação
curricular no sentido de viabilizar a melhoria da qualidade no processo de
ensino-aprendizagem que envolve os alunos e professores do Ensino Médio
Regular em consonância com às transformações da sociedade contemporânea
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
171
e do mercado de trabalho, buscando melhorar o desempenho escolar dos
alunos.
Assim sendo, serão responsáveis diretos e envolvidos na execução do
Programa Ensino Médio Inovador-PROEMI no Colégio Estadual João Arnaldo
Ritt a direção escolar – Jairo Luiz Hoffmann e os pedagogos Adair Martins,
Ivete Donin Polachini e Sandra Inês Lindner.
TABELA DE PROFESSORES E DISCIPLINAS ENVOLVIDAS
ENSINO MÉDIO
Professores Disciplinas
Ademar Tomcix Filosofia
Ademir de Oliveira Pereira Matemática
Adenilson de Barros de Albuquerque Língua Portuguesa
Alan Ricardo Lorenzon Física
Angela Maria Calca Língua Portuguesa
Ariana Santos de Moura Arte
Claudia Regina Machado Kliemann Química
Cleonice Alves Lopes Flois L E M Inglês
Cornelia Schneider Grespan Geografia
Cristiane Casagrande Geografia
Denis Adriano Corazza da Silva Biologia
Denis Rogerio Sanches Alves Matemática
Elisa Andreia Vincenzzi Educação Física
Everaldo Cesar Adorno Carvalho L E M Inglês
Fabia Ferreira Filosofia
Helson Adir Soares Língua Portuguesa
Loreni Aparecida Pedroso Sociologia
Luiz Vilson Scheid Matemática
Nanci Nogueira Teste Biologia
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
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Naudiele Fatima Slongo Biologia
Paulo Reinaldo Schommer História
Vilma Ramos Pereira Soares História
24. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
• Sessões cívicas – Todas as disciplinas;
• Danças Folclóricas – Educação Física;
• Palestra sobre "A identidade do estudante contemporâneo:
Reflexões";
Colégio Estadual João Arnaldo Ritt.
Histórico
Quando da elaboração do projeto de implantação da Escola de Vila
Nova, (5ª a 8ª) séries, observou-se a necessidade da escolha de um nome
para tal estabelecimento de ensino. Optou-se por um nome que de fato
representa a comunidade de Vila Nova, que signifique o trabalho, a cultura, o
lazer, a política, a economia e, principalmente, a formação educacional de
nosso distrito, ora emancipado.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
173
A opção deu-se por a personalidade de João Arnaldo Ritt (in memorian),
personalidade do município, nascido em Lageado (RS) no dia 10.04.1914 e
falecido no Distrito de Vila Nova, Toledo, Paraná na data de 19.02.1990.
João Arnaldo Ritt, filho de Amália e Jacob Mathias Ritt, demonstrou,
desde sua adolescência grande vocação para o serviço comunitário, para a
política, destacando - se no comércio.
Tendo cursado seus estudos na cidade Natal, as possibilidades o
limitaram a conclusão da 4ª série primária, fato que não o impediu de, que com
16 anos, juntamente com seu irmão, iniciar suas atividades no ramo comercial
como auxiliar.
Aos 24 anos de idade, casado com Dona Maria Erica Ritt (in memorian),
iniciou atividade comercial na cidade de São Luis Gonzaga – RS, onde
trabalhou até 1959, quando nasceram os primeiros filhos do casal: Renate
Maria, Amália, Tarcila, Ivone, Aluísio Waldemar, Antonio Carlos e João Paulo.
Neste mesmo ano, juntamente com seus filhos, acompanhou a
propaganda de “conquista” do Oeste Paranaense vinculado às Empresas
Colonizadoras da região. Era o sonho de “melhorar a vida, crescer, progredir
desbravar novas terras”.
Mudou-se para Toledo – Pr, instalando seu comércio no distrito de Vila
Nova, sendo um de seus pioneiros. Enfrentando grandes dificuldades pelas
carências de serviços básicos no distrito, difícil acesso às cidades, não mediu
esforços para que Vila Nova e seus moradores fossem o melhor possível
atendidos.
Em Vila Nova nasceram outros 05 filhos: Bernadete, José Inácio, Elizete
Marisa, Júlio César e Dinar. Todos eles acompanhados pela sempre materna
companhia de Dona Êrica, que junto de seu esposo, ajudaram a organizar a
vida comunitária do Distrito. Em Vila Nova, melhor se destacaram as
potencialidades de João Arnaldo Ritt, sua capacidade de organização,
liderança, iniciativa e visão para solucionar os problemas da comunidade.
Esteve presente na formação da Cooperativa Agropecuária Mista do
Oeste do Paraná – Coopagro, auxiliando o desenvolvimento agrícola da região.
A Região, oportunizou a vinda do Rio Grande do Sul, de aproximadamente 50
famílias, às quais, ele próprio, trouxe às mudanças e financiou seus primeiros
anos de trabalho.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
174
Com seu comércio iniciou a compra de cereais e suínos da região,
abrindo para tal diversas estradas, vistas hoje como fundamentais para o
acesso a outros centros urbanos.
João Arnaldo sempre demonstrou grande vivência cristã, auxiliando na
construção da 1ª Igreja católica da localidade , sendo desta diversas vezes
presidente.
Seu carisma de luta oportunizara ainda a formação do Clube para lazer
“14 de Agosto”, hoje, Grêmio E. R. C. Vila Nova onde crianças, jovens e
adultos, buscavam a confraternização. Lugar especial para si João Arnaldo
conversar com os amigos e jogar uma boa canastra.
Apesar da limitada formação escolar, João Arnaldo Ritt, se mostrou um
autodidata. Lia, diariamente, um jornal e possuía em casa uma pequena
biblioteca com livros de diversas nacionalidades (principalmente Alemã).
Possuía conhecimentos linguísticos em Espanhol, Francês, Inglês, Italiano e
Alemão.
Sua dedicação pessoal ao estudo, fez com que ele percebe quão grande
a necessidade de educação, de formação escolar e discussão cultural.
Oportunizou desta forma a criação e implantação do Colégio Santos Dumont
para Vila Nova, sendo deste estabelecimento de ensino; presidente e membro
da diretoria por 16 anos consecutivos. Razão fundamental para destacar seu
nome nesta Escola Estadual ora proposta.
Todos estes serviços comunitários o levaram a eleição para a função de
vereador representante de Vila Nova, na Câmara Municipal da Toledo,
apoiando ainda mais as iniciativas e necessidades do distrito.
Já estabilizado economicamente, juntamente com seus filhos e esposa,
observando o crescimento estrutural da comunidade dos serviços prestados ao
comércio local e a organizações comunitárias, bem como instruí-los para o seu
pleno desenvolvimento pessoal, desta forma, ansioso pelo saber, pela cultura
europeia, da qual é descendente, conheceu parte da Europa e todo o território
brasileiro, nas suas mais variadas realidades e traduzindo esta experiência
para os amigos e moradores de Vila Nova.
Seus últimos dias foram de paz e harmonia, com a certeza e satisfação
do dever cumprido em prol da comunidade, que por ele sempre demonstrou
respeito, simpatia e consideração. Motivo desta homenagem.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
175
A Natureza no CEJAR
Projeto "Sessões Cívicas"
O Colégio Estadual João Arnaldo Ritt preserva o civismo, o respeito
pela pátria e busca a melhoria das boas maneiras através das sessões cívicas
que ocorrem mensalmente no três períodos de ensino da instituição.
Além, de ouvir e cantar o Hino Nacional, Hino do Paraná entre outros,
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
176
também ocorrem apresentações sobre assuntos de interesse dos alunos e
também esses, são responsáveis pela elaboração e apresentação para os
demais alunos, professores e funcionários do colégio.
Assim sendo, entre as sessões cívicas realizadas destacamos alguns
momentos das sessões realizadas nos períodos diurno e noturno do ensino
médio, abrangendo também o ensino fundamental anos finais no caso do
diurno.
DIURNO
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
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NOTURNO
Apresentação sobre o Dia da Mulher e Símbolos da Páscoa – 2ª Série B.
Palestra “O Jovem na Atualidade".
No dia 23/06/2014 às 19 hora e 30 minutos, realizou-se uma Palestra
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
178
sobre "A identidade do estudante contemporâneo: reflexões" com a educadora
e assistencial Simone Beatriz Ferrari.
A palestrante iniciou a reflexão colocando para os jovens estudantes
desta instituição como era a juventude no seu tempo, fazendo um resgate
histórico para depois na sequência descrever vários fatos com os quais está
trabalhando e observa durante o cotidiano do município de Toledo/Pr.
Também foram observados por ela vários índices e gráficos onde
destacou as regiões com o maior e o menor números de jovens, mulheres e
pessoas alfabetizadas, bem como a região brasileira com maior potencial de
emprego e trabalho para esses jovens.
Foram também colocados alguns dados sobre a violência e a drogadição
existente em todo o território brasileiro, bem como várias orientações sobre os
relacionamentos que estão crescentes entre os jovens e que destes são
gerados vários filhos com famílias desestruturadas e sem estrutura nenhuma
para manutenção da mesma.
A palestrante destacou o trabalho que é realizado por intermédio do ECA
– Estatuto da Criança e do Adolescente, como também destacou alguns artigos
da Lei da Palmada que está em discussão e passando por um processo de
aprovação em instâncias judiciais. Neste momento então, destacou que a
imprensa vem de certa forma distorcendo o real objetivo e função dessas leis e
assim, caem em descredito da população em geral.
Assim ela finalizou incentivando e motivando os alunos presentes para o
estudo, respeito com o seu corpo, respeito as mais velhos, bem como os
professores, amigos e familiares. Ressaltou o exame do ENEM que na
atualidade é um dos principais meios de ingresso para as universidades
brasileira e acessível a todos.
O objetivo de realizar este encontro foi atingida de forma lúdica e divertida,
atingindo todos os alunos, pais, professores e equipe diretiva e pedagógica da
escola.
Palestra aos pais e responsáveis
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Palestrante Ladir Zonin
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Reuniões realizadas com a APMF
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Visitas técnicas – Amostra de Profissões
FASUL/TOLEDO-PR
Apresentações de trabalhos e experimentos
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Intervenções culturais
Festival de Atletismo
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Dia das Mães
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Dia do Desafio
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Dia do Estudante
23.7. Contra turno
• Sala Multifuncional, para atender os alunos com dificuldades na
aprendizagem e egressos de sala especial e de apoio.
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• Sala de Apoio para alunos do 6º e 7º anos;
• Línguas (CELEM);
• Programa Jovem Aprendiz – SENAR;
• Critérios de Formação de Turma (flexível): O transporte escolar nem
sempre passa por todos os locais da comunidade em todos os turnos;
XXIV. ATA DE APROVAÇÃO DO PPP PELO CONSELHO ESCOLAR
ATA Nº 072/2017 NO DIA TRINTA DE NOVEMBRO DO ANO DOIS MIL E DEZESSETE, AS NOVE HORAS E QUINZE MINUTOS, REUNIRAM-SE NAS DEPENDÊNCIAS DO COLÉGIO ESTADUAL JOÃO ARNALDO RITT- ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO, SITO A RUA BENTO GONÇALVES, 650, NO DISTRITO DE VILA NOVA, MUNICÍPIO DE TOLEDO-ESTADO DO PARANÁ, CONFORME CONVOCAÇÃO DA DIREÇÃO, MEMBROS DO CONSELHO ESCOLAR, REPRESENTANTES DO GRÊMIO ESTUDANTIL, PARA A APROVAÇÃO DA REFORMULAÇÃO DO PR OJETO POLITICO PEDAGÓGICO CONFORME INSTRUÇÃO 015/2017-SUED/SEED. INICIALMENTE A DIRETORA SAUDOU E AGRADECEU A PRESENÇA DE TODOS, SALIENTOU A IMPORTÂNCIA DA REUNIÃO E CONVIDOU A SENHORA ÚRSULA M.M. PADILHA PEDAGOGA PARA APRESENTAR O PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO 2018, COM AS REFORMULAÇÕES NECESSÁRIAS UMA VEZ QUE O MESMO DEVE ATENDER A ATUAL REALIDADE SOCIO EDUCACIONAL DA COMUNIDADE ESCOLAR E A LEGISLAÇÃO VIGENTE. APÓS A LEITURA, O DOCUMENTO FOI APROVADO POR TODOS OS PRESENTES. NADA MAIS HAVENDO A RELATAR, EU JAIROLUIZ HOFFMANN, ASSINO A PRESENTE ATA JUNTAMENTE COM OS DEMAIS PRESENTES. JAIRO LUIZ HOFFMANN, IVETE DONIN POLACHINI, GILMARA Z. KAUFERT, MARISTELA KOLBERG, JAQUELINE GHELLERE, CLARICE LUIZA GROCHOWSKI, ELAIDE L.DULLIUS, SOLANGE T. DUCATI, MARCOS VINICIUS SIMON, URSULA M.M.PADILHA E CELSO MIGUEL HAMMES, JULIANO MEURER BACKES.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Enquanto educadores devemos considerar que, no aluno a elaboração
pessoal de representação do objeto de estudo, os saberes espontâneos devem
ser entendidos como ponto de partida da construção do conhecimento
sistematizado, aonde o professor e o aluno assumem suas posições de
agentes do processo. O aluno como centro, já que o seu aprendizado está na
dependência direta de sua atuação sobre o conteúdo a ser aprendido.
O processo ensino-aprendizagem não é uma caminhada solitária,
percorrida pelo aluno, como um ser capaz de desenvolver-se em sociedade,
que se apropria de conhecimentos importantes, dependentes de esforços do
professor, da escola e da família.
O trabalho pedagógico tem conteúdos conceituais (objetos de
aprendizagem), conteúdos procedimentais (como se organizar para se
apropriar dos objetos de aprendizagem) e conteúdos atitudinais (normas,
valores e atitudes adequadas para conseguir se organizar na apropriação dos
objetos de aprendizagem). Para que os alunos compreendam conceitos e se
apropriem de procedimentos, é necessário considerar as interpretações, já que
tal situação nos permite conhecer o repertório, seu referenciais, colocá-los
diante de um problema cuja superação exige mais informação e visa mudança
de referencial.
Nesta proposta curricular foram feitas reflexões muito significativas pelos
docentes, equipe técnica-administrativa e pedagógica e, todas essas reflexões
encaminharam o trabalho para a transformação da realidade, dando-se um
tratamento científico ao conhecimento existente, função básica da escola.
Concluímos, portanto que, realmente cabe ao ensino dotar jovens e
adultos, com ferramentas de pensamentos necessários para que todos se
tornem cidadãos capazes de lutar por seus direitos em condições de contribuir
para realização de um projeto de sociedade, cuja meta seja torná-la mais justa.
Acreditamos na seriedade desta proposta e tendo a mais absoluta certeza de
sua efetivação prática e concreta na direção da solução dos problemas, é que
nos propomos a vivenciá-la, proposta esta, não acabada e completa, mas em
constante processo de construção.
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Elaboramos uma proposta democrática, flexível, com o objetivo de ser
vivenciada em uma escola que deverá ser aberta a todos que nela quiserem
permanecer.
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190
XXV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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194
XXVI. ANEXOS
ANEXO I
Plano de Abandono da Brigada Escolar
Suporte básico de vida e combate a princípios de incêndio
Responsável: Jairo Luiz Hoffmann
Brigada Escolar:
• Marinês Kolberg Machado
• Ivete D. Polachini
• Solange T. K. Ducati
PLANO DE
AÇÃO
PÚBLICO
ALVO
RESPONSÁV
EL
DATA/LOCAL
- Aplicação do
Programa das
escolas por meio do
Plano Docente.
- Noções de
análise de risco,
prevenção contra
incêndio, prevenção
e preparo contra
desastres e noções
de primeiros
socorros.
Alunos
Profissionais
da escola:
-Professores
-Equipe
pedagógica
-Ag.
Educacionais I e II
Diretor, Diretor
Auxiliar, Pedagogo,
Coordenação Reg.
Do PDCE e
Voluntários parceiros
Data:
28/05/13
Local:
Dependências do
estabelecimento de
ensino.
Ampliação do
Programa/Comunida
de Escola. Defesa
Civil” Semana de
Comunidade
Escolar, pais e
comunidade em
geral.
Coordenação
Estadual e Regional,
equipe diretiva e
pedagógica.
Data:17/09/13
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Prevenção -A
comunidade na
Escola”.
-professores
-agente
educacionais I e II
-alunos
-voluntários
parceiros
Local: Salão
do estabelecimento
de ensino.
Justificativa
Atendendo o disposto na instrução nº024/2012 sobre a implantação do
Programa Brigada Escolar nas Escolas Públicas do Estado do Paraná, num
primeiro momento a Direção, Equipe pedagógica e Agentes Educacionais II
participaram do curso de capacitação nas modalidades presencial e a
distância, num trabalho coletivo foi elaborado o Plano de Abandono deste
estabelecimento de ensino. A implementação de um plano de abandono numa
unidade escolar tem como meta principal a desocupação do prédio visando
minimizar e prevenir o máximo possível a ocorrência de acidentes que possam
provocar danos pessoais aos ocupantes do espaço físico.
O Colégio Estadual João Arnaldo Ritt- EFM, está localizado na sede do
Distrito de Vila Nova no Município de Toledo, sito à Rua Bento Gonçalves nº
650, com um total de 441 alunos nos períodos matutino, vespertino e noturno,
e em seu quadro funcional 53 professores e agentes educacionais I e II .
O plano de abandono foi desenvolvido com base na planta da edificação
que é somente de área térrea, composta de 04 (quatro) blocos, no primeiro
bloco (Administrativo, secretaria, sala dos professores, equipe pedagógica,
biblioteca e laboratório de Informática) no segundo bloco (Salão de Reunião e
Laboratório de Ciências), no terceiro bloco (2 salas de aula, Bwc, lavanderia,
cozinha e refeitório aberto), no quarto bloco (6 salas de aula).
De acordo com as orientações foram escolhidos como ponto de encontro
nº 01 a quadra central e nº 02 a quadra coberta.
Responsável pelo Ponto de Encontro: Jairo Luiz Hoffmann
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25. Organiza a chegada e a formação dos alunos, professores e
funcionários no ponto de encontro. Recomenda-se que sejam designados pelo
menos dois auxiliares para ajudar a organizar as filas dos alunos.
26. Os dois auxiliares devem estar em condições de assumir a
função, caso o responsável não esteja na escola no momento do sinistro.
Auxiliares:
• Professor Pedagogo do turno
• Presidente do Grêmio Estudantil /Agente de Leitura
A Rota de Fuga:
• Trajeto a ser percorrido pelos alunos.
Equipe de Apoio:
• Agentes Educacionais I e II:
➢ Organiza o fluxo de alunos nos corredores das salas de aula. Deve
ficar atento para liberar uma turma de cada vez, de modo a não haver filas
duplas.
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➢ Ao encerrar a saída de seu bloco e/ou corredor, deverá conferir se
todas as salas estão vazias e marcadas com um traço na diagonal, só então
deve se deslocar até o Ponto de Encontro.
➢ Nos pontos de conflito (cruzamentos, corredores, etc.), orientar as
filas que devem avançar de acordo com a prioridade da emergência, não
permitindo cruzamentos das filas nem correria. Importante não esquecer de
verificar os banheiros. Concluída a verificação em todo o bloco e salas, segue
atrás da fila de alunos para o Ponto de Encontro.
➢ O bom desempenho desta função é fundamental para a execução e
sucesso do abandono das instalações.
Alunos monitores:
• Será o aluno que estiver sentado na 1ª fileira próximo a porta da sala
de aula.
• Sua função: conduzir a turma do ambiente onde estiver até o Ponto
de Encontro seguindo a Rota de Fuga contida na Planta de Emergência ou
orientada pelo responsável do bloco. Se houver na turma alunos com
necessidades especiais, deverão ser escolhidos dois alunos para acompanhá-
los.
Professores Regentes de cada turma ou/da disciplina que estiver em
aula no momento da simulação.
Alarme/Telefonista/Porteira:
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• Gilmara Kaufert ou/ Marines Kolberg Machado
Vista Aérea do Estabelecimento de Ensino
Fonte: Google Earth
Estratégia de Ação
Através de palestras, apresentação de vídeos em todos os turnos,
simulação semestral de acordo com nosso Plano de Abandono.
Trabalho em sala de aula (Concurso de Estória em quadrinhos para
alunos do 6º, 7º, 8º Anos) sobre o tema.
Conscientização através da confecção de cartazes, produção de vídeos,
blogs, etc... divulgação através da imprensa falada e escrita.
Conclusão
De acordo com o Programa da Brigada Escolar no Estado do Paraná,
através de ações preventivas, consolidam-se nas comunidades escolares as
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199
diversas formas de proteção, buscando-se ações para minimizar os impactos
desastrosos de um sinistro de origem natural, humano ou misto.
Após a aplicação de nosso Plano de Abandono acreditamos que nossos
alunos serão multiplicadores das medidas preventivas e estarão preparados
para enfrentamento de situações de risco de qualquer natureza na
comunidade, na família, exercendo o seu papel como agente transformador
consolidando desta forma os princípios de cidadania, consciente e responsável
pela vida em nosso planeta.
Os exercícios de plano de abandono são realizada duas vezes por ano,
de acordo com o calendário escolar.
ANEXO II
PLANO DE AÇÃO 1. IDENTIFICAÇÃO
Instituição de Ensino: COLÉGIO ESTADUAL JOÃO ARNALDO RITT – ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO Município: TOLEDO - PR NRE: TOLEDO - PR Coordenador da Equipe Multidisciplinar: JAIRO L. HOFFMANN
Componentes da Equipe Multidisciplinar: ➢ CLARICE LUIZA KICH GROCHOWSKI ➢ CLAUDIA REGINA MACHADO KLIEMANN ➢ CRISTIANE CASAGRANDE ➢ DAIANA LUZZA ➢ IVETE DONIN POLACHINI ➢ JAIRO LUIZ HOFFMANN ➢ JAQUELINE GHELLERE ➢ LARA DE FATIMA OSTROSKI ➢ MARIA LUIZA KMETZKI ➢ JULIANO MEURER BACKES ➢ MARCOS VINICIUS SOMIN
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200
➢ URSULA M MOUSQUER PADILHA ➢ BETANIA DA SILVA ➢ FRANCIELE ALVES PERREIRA
2. JUSTIFICATIVA
O Colégio Estadual João Arnaldo Ritt – Ensino Fund. II e Médio, por parte de
sua equipe multidisciplinar, se propõe a implementar as ações propostas pela SEED para o ano letivo de 2017, no desenvolvimento da proposta pedagógica de formação continuada, com o intuito de problematizar o reconhecimento e a valorização dos sujeitos negros e indígenas, trazer para a sala de aula e para o cotidiano dos educandos e da comunidade em geral, os temas como: a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana; a luta dos negros e dos Povos Indígenas no Brasil; a cultura Negra e Indígena brasileira; o Negro e o Índio na formação da sociedade nacional. Resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e políticas, pertinentes à história do Brasil.
Além disso, pretende-se:
• Garantir o desenvolvimento de ações que fortaleçam o diálogo e a disseminação
de conhecimentos relacionados ao continente africano, seu povo, cultura e contribuição econômica, social e cultural na construção do Brasil.
• Promover a discussão sobre o currículo, valorização e reconhecimento étnico-racial, como instituição social responsável pela formação ética e cultural de nossos educandos.
• Subsidiar a inserção de conteúdos de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, no plano de Trabalho Docente-PTD, em todas as disciplinas, níveis e modalidades da educação básica.
• Reconhecer o legado cultural do povo afrodescendente, quilombolas e indígenas visando o rompimento de estereótipos sobre o continente africano.
• Definir metodologia de ensino que possibilite aos estudantes a compreensão do processo histórico, dos aspectos: econômico, social, político e cultural, e acontecimentos da atualidade, ligados à presença dos negros e dos indígenas na sociedade brasileira.
• Promover uma reflexão dos efeitos da escravidão e da discriminação racial, as manifestações culturais e religiosas africanas, procurando colaborar para a construção de uma sociedade menos preconceituosa que valorize a pluralidade étnica, o respeito às diferenças e o reconhecimento da sua história e cultura africana e indígena na construção das identidades e das historias nacionais.
• Criar condições para os professores e alunos pensarem, decidirem, agirem, assumindo responsabilidade por relações étnico-raciais positivas, enfrentando e superando discordâncias, conflitos, contestações, valorizando os contrastes das diferenças.
• O povo brasileiro é resultante do encontro de culturas e civilizações oriundas dos demais continentes e tiveram suas identidades construídas historicamente a partir da presença do europeu, do índio e do negro. Os povos africanos e indígenas contribuíram para a formação da história da cultura e da sociedade,
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enfim, da identidade do Brasil.
Essas etnias ficaram privadas dos costumes e valores de seus ancestrais. Foram escravizados e viveram em condições precárias econômicas e socialmente. Questões estas que contribuíram para a construção de uma imagem negativa desses indivíduos.
O Plano de Ação visa além de despertar no educando o senso crítico sobre os
problemas socioculturais, afrodescendentes e indígenas, estudar a história e a cultura desses povos, os efeitos perversos da escravidão e da exclusão dos negros e seus descendentes no Brasil, colaborando para superação de qualquer tipo de preconceito e valores excludentes que ainda persistem em nossa sociedade, bem como a busca de um modelo mais justo de convivência social.
Dentro deste contexto faz-se necessário também voltar nosso olhar e ações às
questões da diversidade religiosa, da boa convivência entre todas as pessoas num clima de respeito, garantindo as individualidades em sociedade que supera as diferenças, o preconceito de gênero e diversidade sexual, tendo à compreensão de que a sociedade é formada por pessoas que pertencem a grupos étnicos raciais distintos, que possuem cultura e historia próprias, igualmente valiosas e que em conjunto constroem, na nação brasileira, sua historia.
No início das atividades da Equipe Multidisciplinar em 2017, constatamos que na sua grande maioria a comunidade onde estamos inseridos é de origem ítalo-germânica.
Destacamos de um total de 267alunos(as), 198 são brancos, 61 alunos (as) pardos, 2alunos(as) amarelo, 6representam alunos(as) da raça negra.
No ato da matrícula já é um procedimento normal à identificação do pertencimento étnico racial, percepção dos índices de aprovação, reprovação e abandono em relação à população negra, indígena e branca. As questões são trazidas ao conhecimento da direção/equipe pedagógica onde se estabelece discussão e análise dos documentos, adequação/socialização do ingresso na turma e ano, repasse para o corpo docente visando um diagnóstico do nível de aprendizado, dificuldades a serem vencidas, questões familiares relevantes e o motivo de sua transferência para o estabelecimento (trabalho/emprego de familiares, distância, transporte escolar, entre outros). Portanto não basta elaborar projetos que promovam a valorização da diversidade cultural ou trabalhar a cultura afro-brasileira e indígena e sua importância na construção do País, sem antes analisar as variedades culturais que inclua as informações fornecidas pelos alunos em relação a sua cultura.
Havendo ainda atitudes de discriminação étnicas raciais, religiosas, social, bem como de gênero e diversidade sexual. Cabe a nossa instituição de ensino dedicar-se ao máximo para alterar essa realidade através deum trabalho de conscientização as novas gerações para minimizar, ou até extinguir a discriminação, sejam elas explicitas ou não.
Nosso Estado conseguiu alguns avanços nessa área, através das ações da SEED/PR quando da construção das Diretrizes Curriculares pelos professores das diversas disciplinas e a obrigatoriedade da aplicação desses temas em sala de aula, também diretamente nas escolas através de cursos, nas discussões da Semana Pedagógica, na atuação das equipes multidisciplinares e no envolvimento da comunidade.
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202
3. OBJETIVO GERAL
Desenvolver ações que efetivem a implementação das Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e Indígena das Leis Nº 10.639/03 e Nº 11.645/08.
Dentro de uma perspectiva politica curricular, fundada em dimensões históricas, sociais, antropológicas oriundas da realidade brasileira, buscando combater o racismo e a discriminação que atinge principalmente e particularmente os negros. Propõem-se para tal, a divulgação e produção de conhecimentos, formando atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos orgulhosos de seu pertencimento étnico racial, sendo esses africanos, indígenas, europeus ou asiáticos, interagindo assim na construção de uma comunidade democrática, em que todos tenham igualmente seus direitos garantidos e sua identidade valorizada.
Rompendo em definitivo com possíveis percepções estereotipadas e estigmatizadas que permeiam as relações nos espaços escolares, desenvolvendo ações pedagógicas que positivem a presença, a história e a cultura do povo africano, afro-brasileiro e indígena, na construção histórica e cultural do Brasil.
Implementação da Lei nº 10.639/03 e da Lei nº 11.645/08, bem como das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnicos Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro Brasileira no currículo escolar. Salientando que tais politicas têm como meta o direito dos negros, assim como de todos os cidadãos brasileiros, se reconhecerem na cultura nacional, expressarem visões de mundo próprias, manifestarem com autonomia, individual e coletiva, seus pensamentos.
De acordo com a Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008, promulgada pelo Presidente da República, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro – Brasileira Africana e Indígena nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, públicos ou privados. Esta nova lei altera a lei nº 9.394/96, reformulada por forma da Lei nº 10.639/2003, no que diz respeito ao ensino sistemático de História e Cultura Afro-Brasileira e Afro-Brasileira e Africana, em especial em conteúdos de Educação Artística, Literatura e História do Brasil sem prejuízo das demais, em atividades curriculares ou não, trabalhos em sala de aula, laboratórios de ciências e informática, na utilização da biblioteca, áreas de recreação, quadra de esportes e outros ambientes escolares. Esta temática foi incorporada às discussões e contemplada nas Diretrizes Curriculares com o objetivo de combater as desigualdades sociais, as discriminações e os preconceitos Étnico-Raciais que ainda permeiam a sociedade brasileira.
4. PLANEJAMENTO DAS AÇÕES
Ações Práticas didático-pedagógicas para efetivar o ensino de História e
Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena nas disciplinas curriculares.
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O sucesso das praticas didático pedagógicas dentro do tema da educação das
relações étnico raciais, depende necessariamente de condições físicas, materiais, intelectuais e afetivas favoráveis para o ensino e para a aprendizagem, pois todos os alunos negros e não negros, bem como professores precisam sentir-se valorizados e apoiados. Devemos desta forma, trabalhar para a reeducação das relações entre negros e brancos, dependendo de um trabalho conjunto, de articulação entre processos educativos escolares, politicas publicas, movimentos sociais entre outros, visto que as mudanças éticas, culturais, pedagógicas e politicas nas relações étnico raciais não devem se limitar à escola.
➢Estudar a história do Brasil, compreendendo a importância da presença do negro e do índio no espaço brasileiro, evitando distorções, envolvendo articulação entre passado, presente e futuro no âmbito de experiências, construções e pensamentos produzidos em diferentes circunstâncias e realidades do povo negro; ➢Constituir um espaço democrático de produção e divulgação de conhecimentos e de posturas que visam a uma sociedade justa, tendo a escola papel preponderante para eliminar as discriminações e para emancipar grupos discriminados, ao proporcionar acesso aos conhecimentos científicos, a registros culturais diferenciados, à conquista da racionalidade que rege as relações sociais e raciais, a conhecimentos avançados, indispensáveis para consolidação e concerto das instituições como espaços democráticos e igualitários. ➢Para obtenção de êxito, a escola e seus educadores não podem improvisar, devendo desfazer-se da mentalidade racista e discriminatória secular, superando o etnocentrismo europeu, reestruturando relações étnico-socais, desalienando processos pedagógicos. Isso não pode ficar reduzido a palavras e a raciocínios desvinculados da experiência de ser inferiorizados, vividas pelos negros, tampouco das baixas classificações que lhe são atribuídas nas escalas de desigualdades sociais, econômicas, educativas e politicas. ➢Trabalhar intensamente o diálogo, com estudos que analisem essas realidades e fazem propostas, bem como grupos de movimentos negros, presentes nas diferentes regiões, são imprescindíveis para que se vençam discrepâncias entre o que se sabe e a realidade, se compreendam concepções e ações, uns dos outros, se elabore projetos comuns de combate ao racismo e a discriminação. ➢Desenvolver planos e projetos de combate ao racismo e a discriminação, elaborados com o objetivo de educar positivamente, fortalecendo entre os negros o orgulho de sua descendência e despertar entre os brancos a consciência negra. Entre os negros poderão oferecer conhecimento e segurança para orgulharem-se da sua origem africana e para os brancos permitir que identifiquem as influencias dos negros no jeito de ser, viver, de se relacionar com outras pessoas, notadamente as negras. ➢ Inteirar nossa comunidade, nossos professores, educadores e alunos da divida social que temos em relação ao segmento negro da população. ➢ Verificar por meio da história, a contribuição cultural trazida para o Brasil pelo povo africano e indígena; ➢ Conhecer a origem e o preparo de pratos típicos da cozinha brasileira originada da cultura africana e indígena.
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Práticas didático-pedagógicas: Condução de debates e discussões sobre o Reconhecimento e Valorização da cultura Afro Brasileira, Quilombola e Indígena;
➢ Descobrir e valorizar o significado e a origem das manifestações populares afro-brasileiras e indígenas. Resgatar a importância do negro e dos índios na formação da cultura brasileira, despertando o interesse pela influencia afro e indígena em nossa sociedade.
➢ Fortalecer a abordagem na sala de aula aliada a uma ação mobilizadora. Permitir que os conhecimentos da cultura afro-brasileira nos transformassem inteiramente, ou seja, que as informações trazidas pelo projeto se espalhem por toda a escola, família e comunidade.
Ação Mobilizadora de Reconhecimento e Valorização Afro-Brasileira,
Quilombola e Indígena.
➢Produção de materiais artísticos (murais e exposições entre outros) sobre temática da História e Cultura Afro-Brasileira, Quilombola, Africana e Indígena;
➢Reconhecimento e Valorização Afro-Brasileira, Quilombola e Indígena.
➢Elaboração de material didático pedagógico sobre o tema;
➢Exposição de trabalhos artísticos sobre temática da História e Cultura Afro-Brasileira, Quilombola, Africana e Indígena na Noite Cultural;
Palestras e debates em sala de aula sobre o Reconhecimento e Valorização Afro-Brasileira, Quilombola e Indígena.
Ação de incentivo à autodeclaração.
➢Durante as aulas, os professores de todas as disciplinas irão introduzir os temas pertinentes a “Promoção de Igualdade Racial”, devendo esses fazer a conexão dos objetivos, estratégias de ensino e atividades com experiências de vida dos alunos, valorizando aprendizagens vinculadas às suas relações com pessoas negras, brancas, mestiços, assim como as vinculadas às relações entre negros, indígenas e brancos no conjunto da sociedade; ➢Debate sobre as possíveis ações para minimizar e posteriormente erradicar com a desigualdade racial; ➢Dinâmicas sobre rótulos, discriminação e desigualdade racial; ➢Valorização e a importância da cultura Afro-Brasileira, Quilombola e Indígena para a formação da cultura brasileira;
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205
Ações para a Promoção de Igualdade Racial garantindo a participação e atuação
multiplicadora dos Agentes Educacionais e Estudantes integrantes da EM.
Durante a Semana de Integração da Família com a escola serão realizadas as seguintes atividades; ➢Seminário de o Reconhecimento e Valorização Afro-Brasileira, Quilombola e Indígena; ➢Noite Cultural com exposição de trabalhos relacionados à cultura Afro-Brasileira, Quilombola e Indígena; (distribuição de pequenas amostras do tempero Ras el hanout – mistura de especiarias marroquina), preparados pelos alunos durante as aulas. ▪Ras el hanout (mistura de especiarias marroquina) - Tempero à base de sal, cominho, gengibre, açafrão, canela, coentro, noz-moscada, cravo-da-índia e quatro tipos de pimenta? Essa mistura de especiarias é típica da região do Magreb – parte ocidental do mundo árabe, localizada no norte da África. Em geral, é usada em muitos pratos marroquinos. Ingredientes - Pronto em 5 minutos. Rende: 8 colheres de chá
✓ 1 colher (chá) de sal ✓ 1 colher (chá) de cominho em pó ✓ 1 colher (chá) de gengibre em pó ✓ 1 colher (chá) de açafrão em pó ✓ 3/4 de colher (chá) de canela em pó ✓ 3/4 de colher (chá) de pimenta-do-reino moída na hora ✓ ½ colher (chá) de pimenta branca em pó ✓ 1/2 colher (chá) de semente de coentro moída ✓ 1/2 colher (chá) de pimenta-caiena em pó ✓ 1/2 colher (chá) de pimenta-da-jamaica em pó ✓ 1/2 colher (chá) de noz-moscada em pó ✓ 1/4 de colher (chá) de cravo-da-índia em pó
Modo de preparo: Em uma tigela, junte o sal com o cominho, o gengibre, o açafrão, a canela, os 4 tipos de pimenta, o coentro, a noz-moscada e os dentes de alho. Combine bem os ingredientes. Guarde esse tempero em um recipiente hermético por até 1mês.
✓ Degustação de pratos típicos da cultura Afro-Brasileira, Quilombola e Indígena, como receitas abaixo descritas, para os alunos nos períodos matutino, vespertino e noturno.
✓ Sopa de carne ao curry - Esta sopa aromática é originária da África do Sul. É uma sopa de carne simples com um toque especial de curry e um toque de vinagre para aguçar o sabor.
Ingredientes - Prep: 15 min |Cozimento: 1 hora 30 min. Serve: 6
✓ 2 colheres (sopa) de manteiga ✓ 2 cebolas picadas ✓ 450 g de carne de segunda cortada em cubos ✓ 1,5 litros de caldo de carne ✓ 2 colheres de (sopa) de curry em pó
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✓ 2 folhas de louro ✓ 2 batatas em rodelas ✓ 2 colheres (sopa) de vinagre ✓ 2 colheres (chá) de sal
Modo de preparo: Derreta a manteiga em uma panela grande. Cozinhe as cebolas e a carne até a carne ficar dourada e as cebolas macias. Adicione o caldo de carne, curry e folhas de louro. Cozinhe em fogo baixo por 30 minutos. Adicione as batatas, vinagre e sal. Cozinhe por 45 minutos à uma hora até que tudo esteja macio. Retire as folhas de louro e sirva quente.
• Sopa africana de batata-doce com amendoim - Uma sopa da culinária africana deliciosa que mistura os sabores da batata-doce como do amendoim e um toque de pimenta caiena.
Ingredientes - Prep: 20 min |Cozimento: 55 min (Serve: 6)
✓ 1 colher (sopa) de óleo ✓ 1 cebola grande, picada ✓ 2 dentes de alho, picados ✓ 2 colheres (chá) de gengibre fresco picado ✓ 1 1/2 colher (chá) de cominho em pó ✓ 1 1/2 colher (chá) de coentro em pó ✓ 1/2 colher (chá) de canela em pó ✓ 1 pitada de cravo em pó ✓ 3 tomates médios, picados ✓ 2 batatas-doces grandes, descascadas e picadas ✓ 1 cenoura, sem casca e picada ✓ 1 litro de água ✓ 1 colher (chá) de sal ✓ 4 colheres (sopa) (40 g) de amendoim sem sal, picado ✓ 1 pitada de pimenta-caiena ✓ 2 colheres (sopa) de pasta de amendoim cremosa ✓ 1 maço de coentro fresco picado
Modo de preparo - Em uma panela grande, esquente o óleo em fogo médio. Refogue a cebola durante 10minutos ou até ficar dourada. Acrescente o alho, o gengibre, o cominho, o coentro, acanela e o cravo. Misture tudo e acrescente o tomate, a batata-doce e a cenoura. Mexa os legumes por aproximadamente 5 minutos. Na panela com os legumes, adicione água e também ponha sal. Quando a sopa ferver, abaixe o fogo e deixe-a cozinhando por 30 minutos. Retire a sopa do fogo. Em um processador de alimentos ou em um liquidificador, bata a sopa junto com o amendoim, até ficar um pouco cremosa. Acrescente a pimenta-caiena. Retorne a sopa para o fogo. Adicione a pasta de amendoim e misture-a vigorosamente. Deixe a sopa esquentando. Servir quente coberta com coentro fresco.
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Realização do seminário na Semana da Consciência Negra.
➢Seminário de o Reconhecimento e Valorização Afro-Brasileira, Quilombola e Indígena;
➢Noite Cultural com exposição de trabalhos relacionados à cultura Afro-Brasileira, Quilombola e Indígena; (distribuição de pequenas amostras do tempero Ras el hanout – mistura de especiarias marroquina), preparados pelos alunos durante as aulas.
Ações pedagógicas o assessoramento e monitoramento das EM das instituições de ensino.
CAMPO A SER PREENCHIDO SOMENTE PELA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR DOS NRE.
5. CRONOGRAMA
Ação Objetivo Data/Período Responsáveis
Planejamento das atividades a serem desenvolvidas durante o ano letivo de 2017 na Semana Pedagógica.
Elaborar o PDT atendendo as ações previstas pela Equipe Multidisciplinar, e o cumprimento das exigências legais e institucionais relativas ao tema.
13 e 14 de Fevereiro Direção, Equipe Pedagógica e Professores.
Composição da Equipe multidisciplinar.
Tomar conhecimento da proposta, reflexões e mobilização.
06 de Março Direção, Equipe Pedagógica e Professores.
Encontro I Povos Africanos, Afro- brasileiros e Indígenas: direitos e conquistas na educação.
05 de Julho Componentes da equipe multidisciplinar.
Encontro II África: Belezas e Riquezas Ocultas na História Universal. Povos indígenas: saberes e cores
23 de agosto Componentes da equipe multidisciplinar.
Encontro III Heranças Africanas no Brasil: diversidade cultural. Os modos próprios de aprendizagem indígenas.
20 de setembro Componentes da equipe multidisciplinar.
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Encontro IV Movimentos de Resistencia dos Africanos e dos Afro-brasileiros. A arte, a cultura e a politica como representações do povo.
25 de outubro Componentes da equipe multidisciplinar.
Encontro V Consciência Negra: Memória e Visibilidade Seminário na Semana da Consciência Negra-Dia Nacional da Consciência Negra 20/11 – Noite Cultural com Exposição de trabalhos, comidas típicas da Cultura Afro, oficinas de danças.
22 de novembro Toda a comunidade escolar.
Elaboração Memorial Descritivo
Avaliação das atividades realizadas em 2017. Elaboração do Memorial Descritivo conforme Plano Nacional de Politicas de Promoção da Igualdade Racial.
até 22 de novembro Componentes da equipe multidisciplinar.
CRONOGRAMA – ETAPA PRESENCIAL
DATA ENCONTRO
• 10 de julho I - Povos africanos, afro-brasileiros e indígenas: direitos
e conquistas
na educação.
• 23 de agosto II - Belezas e riquezas ocultas na história dos povos
africanos e
indígenas.
• 20 de setembro III - Diversidade cultural.
• 25 de outubro IV - Organização social e movimentos de resistência.
• 22 de novembro Seminário - Consciência Negra: Memória e
Visibilidade
CRONOGRAMA – ETAPA A DISTÂNCIA
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DATA ENCONTRO ATIVIDADES
• De 10/07 a 22/08 I - Povos africanos, afro-brasileiros e indígenas:
direitos e conquistas na educação.
➢ Atividade avaliativa
• De 23/08 a 19/09 II - Belezas e riquezas ocultas na história dos
povos africanos e indígenas.
• Atividade avaliativa
➢ Wiki – Plano de Ação
• De 20/09 a 24/10 III - Diversidade cultural. Atividade avaliativa
• De 25/10 a 22/11 IV - Organização social e movimentos de
resistência.
• Atividade avaliativa
➢ Wiki – Memorial Descritivo
6. AVALIAÇÃO
Os avanços e limites identificados, através da mudança comportamental, no
fortalecimento de identidade étnica, no reconhecimento individual e valorização social , o comprometimento do professor e da equipe multidisciplinar, o envolvimento de toda a comunidade, as atividades desenvolvidas, servirão como indicadores para avaliar as ações propostas durante a implementação neste ano letivo.
Esta avaliação servira de subsídios para os trabalhos do próximo ano letivo, bem como, possibilitará uma adequação no plano de ação do estabelecimento de ensino.
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210
7. REFERÊNCIAS
➢ Lei n.º 11645, de 10 de março de 2008,que estabelece a obrigatoriedade o ensino da história e cultura afro-brasileira, africana e indígena nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, públicos ou privados.
➢ Brasil Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações
Étnico-Raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Secretaria especial de políticas de promoção da igualdade racial. Brasília: Mec, 2005. Pág.35.
➢ Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.
Departamento de ensino fundamental. Cadernos temáticos: História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais Curitiba: SEED/PR., 2008.
➢ Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Departamento da Diversidade.
Diálogo dos textos e contextos da realidade escolar, 2014.
➢ Paraná. Secretaria de estado da educação. Superintendência de educação.
Departamento de ensino fundamental. Cadernos temáticos: educação escolar indígena.Curitiba: SEED/PR., 2008
➢ Paraná. Secretaria de estado da educação. Superintendência de educação. Diretoria de políticas e programas educacionais. Coordenação de desafios educacionais contemporâneos. Cadernos temáticos: educando para as relações étnico-raciais II. Curitiba: SEED/PR., 2008.
➢ GOMES, Nilma Lino. A cor da Cultura: educação, relações étnico-raciais e a Lei 10.639/03. Disponível em: http://antigo.acordacultura.org.br/artigo-25-08-2011.
➢ Parecer nº CNE/CP 003/2004 aprovado em 10/03/2004-Conselho Nacional de Educação.
➢ Paraná. Secretaria de Estado da Educação. DEDI/CERDE/CEIC/DPTE/CFC-
2016.Cadernos para formação Continuada.
➢ Relações étnico-raciais e de gênero. Modulo 4 Inclusão Social –Brasília 2007.Ministério da Educação.
Data: 03/04/2018.
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ANEXO III
Proposta pedagógica dos projetos no contra turno e dos projetos
desenvolvidos pela escola.
Proposta Pedagógica 01
Conteúdos
Estudo histórico da modalidade e sua evolução, futsal no contexto social
e esportivo, fundamentos básicos e específicos, sistema tático de ataque e
defesa, capacidades físicas, jogos recreativos, cooperativos e desportivos,
regras da modalidade.
Objetivos
- Propiciar aos educandos atividades de prática esportiva visando o seu
desenvolvimento integral tanto individual como coletivamente;
- Oportunizar o acesso e a permanência dos educandos em atividades
sócio-educativas;
-Estimular a prática do esporte (futsal)
-Integrar alunos de diferentes séries e idades, bem como alunos de
outras escolas.
- Propiciar aos educandos a possibilidade de participação ativa nas
atividades desenvolvidas, promovendo a inclusão na escola e o respeito as
diferenças individuais.
- Promover atividades visando o resgate da auto-estima do educando,
bem como a colaboração com o outro.
- Desenvolver a criatividade e o prazer pela prática esportiva e a
aquisição de padrões saudáveis de comportamento em relação à saúde.
- Estimular e valorizar a busca do conhecimento nas demais disciplinas
escolares.
Encaminhamentos Metodológicos
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As atividades serão realizadas de forma lúdica e aberta com aulas
teóricas e práticas. O estudo teórico será através de pesquisas em sites,
vídeos, filmes, documentários, grupo de discussões, palestra e outros
pertinentes ao foco de estudo. Nas aulas práticas as atividades serão
desenvolvidas seguindo uma sequência pedagógica de atividades para
aquisição, assimilação e execução dos fundamentos da modalidade para
finalizar em uma melhor dinâmica do jogo. Além do domínio do conteúdo da
modalidade de futsal as aulas teóricas e práticas serão desenvolvidas
buscando a aplicação dos valores morais, sociais e éticos de todos os
envolvidos no processo ensino aprendizagem.
Local de Realização
Quadra de Esportes, sala de aula, sala de multiuso, biblioteca e
laboratório de informática.
Resultados Esperados
Para o aluno: Através do envolvimento nas atividades propostas, espera-
se que os educandos tenham uma melhor interação, proporcionando um
melhor convívio e troca de experiências, passem a respeitar normas e regras
de convivência e de esportividade, incorporem o espírito de superação,
tornando-os mais compromissados com o rendimento escolar.
Para a escola: Através do projeto, aumentar o tempo de permanência do
aluno na escola com atividades orientadas, diminuir o desinteresse nas
atividades cotidianas, evasão, abandono, desistência e repetência escolar, que
os educandos valorizem mais a escola, respeitando e ajudando a preservar
todos os materiais do projeto e da escola como um todo. Participação e
representação em eventos esportivos.
Para a comunidade: Proporcionar uma interação entre escola e
comunidade através de uma atividade esportiva orientada, prazerosa e
saudável, preenchendo o tempo ocioso dos educandos e afastando-os da
violência, de vícios e da marginalidade reforçando a aplicação dos valores
morais, éticos e sociais na transformação cidadã de cada um dos indivíduos
preparando-os para um melhor convívio com a comunidade.
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Referências Bibliográficas
ANTUNES, Celso. Trabalhando Habilidades: construindo idéias. São
Paulo: Scipione, 2001.
APOLO, A. Futsal: Metodologia e didática na aprendizagem. 2ª edição.
São Paulo. Editora Phorte,
2008.
Assis de Oliveira, Sávio. A Reivenção do Esporte: possibilidades da
prática pedagógica. Campinas: Autores Associados, 2001.
COSTA, CF. Futsal: Aprenda a ensinar. Florianópolis, . Bookstore, 2003.
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações
Etnicoraciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
FONSECA, GM. SILVA, Ma. Jogos de Futsal: da aprendizagem ao
treinamento. Caxias do Sul,Educs, 2002
GARDNER, Howard. Inteligências Múltiplas: a teoria na prática. Porto
Alegre: Artes Médicas,
1995.
MALINA R.M., BOUCHARD C. & BAR-OR O. Crescimento, maturação e
atividade física. 2ª
edição. São Paulo. Editora Phorte, 2009.
Secretaria de Estado da Educação do Paraná – Diretrizes Curriculares
da Educação Básica – Educação Física, Paraná, 2008.
Avaliação
A avaliação será diagnóstica, contínua e permanente avaliando a
participação dentro do trabalho deste projeto será avaliada a participação, o
envolvimento, o respeito, as atitudes, levando o aluno a refletir sobre os
aspectos inerentes ao trabalho que está sendo desenvolvido, possibilitando
assim, a mensuração efetiva dos objetivos que foram propostos. Nesse
contexto a avaliação tem um papel importantíssimo em todo processo de
elaboração, planejamento, execução e avaliação do projeto, devendo ser um
meio e não uma finalidade, constituindo-se num dos pontos principais da
prática educativa.
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Proposta Pedagógica 02
Conteúdos
Esporte – Jogos coletivos (Futebol, Futsal, vôlei, basquete e handebol)
Objetivos
- Propiciar aos educandos atividades de prática esportiva visando o seu
desenvolvimento integral tanto individual como coletivamente- Oportunizar o
acesso e a permanência dos educandos em atividades sócio-educativas;
- Propiciar aos educandos a possibilidade de participação ativa nas
atividades desenvolvidas, promovendo a inclusão na escola e o respeito as
diferenças individuais.
- Promover atividades visando o resgate da auto-estima do educando,
bem como a colaboração com o outro.
- Desenvolver a criatividade e o prazer pela prática esportiva e a
aquisição de padrões saudáveis de comportamento em relação à saúde.
- Estimular e valorizar a busca do conhecimento nas demais disciplinas
escolares.
Encaminhamentos Metodológicos
Através da prática esportiva queremos adaptar o esporte à realidade
escolar. Os valores que privilegiam o coletivo pressupõem o compromisso com
a solidariedade e o respeito humano, a compreensão de que o jogo se faz a
dois ou a mais, e de que é diferente jogar com o companheiro e jogar contra o
adversário.
É de fundamental importância o caminho metodológico a ser seguido
leve em conta o estágio de desenvolvimento, obedecendo a uma cronologia de
execução, devendo os esportes serem participativos, cooperativos e de
incentivo à socialização de todos.
As aulas serão teóricas e práticas e pretendem levar o alunos a
desenvolver valores morais, formando cidadãos conscientes de direitos e
deveres tão necessários no dia a dia em comunidade e a superação de
dificuldades, sejam elas físicas, coordenativas ou psicomotoras. Os conteúdos
obedecerão uma sequência lógica que abrange todos os alunos. Tal
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215
procedimento acontecerá com informações repassadas pelos alunos; Ao
desenvolver atividades poderemos adotar praticas que facilitem a assimilação
principalmente para aqueles alunos com maiores dificuldades.
Local de Realização
Quadra de Esportes, sala de aula, biblioteca e laboratório de informática.
Resultados Esperados
Para o aluno: Melhor relacionamento entre colegas, superação de suas
dificuldades, criação de espírito de cooperação, de respeito às normas do
colégio.
Para a escola: Aumentar o interesse e ser mais atrativa para o aluno,
melhora na qualidade de ensino e rendimento escolar, bem como diminuição
da taxa de abandono e repetência. Diminuição de casos de violência nos
espaços escolares.
Para a comunidade: Menos adolescentes expostos às ruas, cuja
necessidade obriga a família trabalhar e reduzir o seu tempo para com os
filhos. Formação de indivíduos conscientes e direitos e deveres, redução do
índice de violência, drogadição e vulnerabilidade destes jovens.
Referências Bibliográficas
ANTUNES, Celso. Trabalhando Habilidades: construindo ideias. São
Paulo: Scipione, 2001.
APOLO, A. Futsal: Metodologia e didática na aprendizagem. 2ª edição.
São Paulo. Editora Phorte,
2008.
Assis de Oliveira, Sávio. A Reivenção do Esporte: possibilidades da
prática pedagógica. Campinas: Autores Associados, 2001.
BOTA, I. e COLIBABA, Evolut D. Jogos Desportivos Coletivos: teoria e
metodologia. Lisboa:
Instituto Piaget, 2001.
CARVALHO, Walter. Basquetebol – Sistema de Ataque e Defesa. Rio de
Janeiro: Sprint, 2001.
Projeto Político Pedagógico – 2018 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
216
Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná -
Educação Física.
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações
Etnicoraciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
EHRET, Arno et. al. Manual de handebol: treinamento de base para
crianças e adolescentes.
São Paulo: Phorte, 2002.
FRISELLI, Ariobaldo e MANTOVANI, Marcelo. Futebol: teoria e prática.
São Paulo: Phorte, 1999.
GARDNER, Howard. Inteligências Múltiplas: a teoria na prática. Porto
Alegre: Artes Médicas,
1995.
MALINA R.M., BOUCHARD C. & BAR-OR O. Crescimento, maturação e
atividade física. 2ª
edição. São Paulo. Editora Phorte, 2009.
MARCHI Jr., Wanderley. “Sacando” o voleibol. São Paulo: Hucitech,
2004.
Avaliação
Dentro do trabalho deste projeto será avaliada a participação, o
envolvimento, o respeito, as atitudes, levando o aluno a refletir sobre os
aspectos inerentes ao trabalho que está sendo desenvolvido, possibilitando
assim, a mensuração efetiva dos objetivos que foram propostos. Nesse
contexto a avaliação tem um papel importantíssimo em todo processo de
elaboração, planejamento, execução e avaliação do projeto, devendo ser um
meio e não uma finalidade, constituindo-se num dos pontos principais da
prática educativa.
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ANEXO IV
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
ANEXO DA RESOLUÇÃO Nº 4.685 - GS/SEED
CALENDÁRIO ESCOLAR - 2018
Efetivo trabalho escolar - Delib. 02/02 - CEE/PR: Semana Pedagógica (04 dias); Formação em ação (01 dia); Planejamento (02 dias); Formação em Ação Disciplinar (01 dia); Fechamento do ano letivo (02 dias). Dias e horas não computados para cumprimento da
exigência legal para os alunos.
Janeiro
Fevereiro
Março
D S T Q Q S S
D S T Q Q S S
D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6
1 2 3
1 2 3
7 8 9 10 11 12 13
4 5 6 7 8 9 10
4 5 6 7 8 9 10
14 15 16 17 18 19 20
11 12 13 14 15 16 17 11 11 12 13 14 15 16 17 21
21 22 23 24 25 26 27
18 19 20 21 22 23 24
18 19 20 21 22 23 24
28 29 30 31
25 26 27 28
25 26 27 28 29 30 31
1 Confraternização universal
13 Carnaval; 14 Cinzas
30 - Paixão
Abril
Maio
Junho
D S T Q Q S S
D S T Q Q S S
D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 7
1 2 3 4 5
1 2
8 9 10 11 12 13 14
6 7 8 9 10 11 12
3 4 5 6 7 8 9
15 16 17 18 19 20 21 20 13 14 15 16 17 18 19 20 10 11 12 13 14 15 16 20
22 23 24 25 26 27 28
20 21 22 23 24 25 26
17 18 19 20 21 22 23
29 30
27 28 29 30 31
24 25 26 27 28 29 30
1 Páscoa; 21 Tiradentes
1 Dia do Trabalho; 31 Corpus Christi
Julho
Agosto
Setembro
D S T Q Q S S
D S T Q Q S S
D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 7
1 2 3 4
1
8 9 10 11 12 13 14 10 5 6 7 8 9 10 11
2 3 4 5 6 7 8
15 16 17 18 19 20 21
12 13 14 15 16 17 18 23 9 10 11 12 13 14 15 18
22 23 24 25 26 27 28 5 19 20 21 22 23 24 25
16 17 18 19 20 21 22
29 30 31
26 27 28 29 30 31
23 24 25 26 27 28 29
30
7 Dia do Funcionário de Escola
7 Independência
Outubro
Novembro
Dezembro
D S T Q Q S S
D S T Q Q S S
D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6
1 2 3
1
7 8 9 10 11 12 13
4 5 6 7 8 9 10
2 3 4 5 6 7 8
14 15 16 17 18 19 20 21 11 12 13 14 15 16 17 19 9 10 11 12 13 14 15 14
21 22 23 24 25 26 27
18 19 20 21 22 23 24
16 17 18 19 20 21 22
28 29 30 31
25 26 27 28 29 30
23 24 25 26 27 28 29
30 31
12 N. S. Aparecida
2 Finados
14 Feriado Municipal
15 Dia do Professor
15 Proclamação da República
19 Emancipação Política do PR
28 Dia do Servidor Público
20 Dia Nac. da Consciência Negra
25 Natal
Início/Término das aulas Férias Discentes
Férias/Recesso/Docentes
Semana Pedagógica MÊS DIAS
MÊS DIAS
Planejamento janeiro/fev 48
janeiro/ férias 30
Férias julho 14
fev/recesso 14
Recesso
dezembro 12
julho/recesso 10
Feriados
recessos 3 dez/recesso 8
Formação em Ação
Total 77 outros recessos 3
Form. em Ação Disciplinar (1 dia a ser determinado DEB/NRE)
Total 65
Fechamento do ano letivo
Conselho de Classe
Plano de abandono
Projeto Político Pedagógico – 2016 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
218
ANEXO V
Proposta de Plano de Ação - Gestão – 2016 a 2019
Dime
nsão
Problema/
desafio
Causa do
problema
Ações Recursos Cro
nograma
Envol
vidos
Metas ou
resultados
esperados.
Gestã
o Escolar
Democrática
1. Au
mentar a
participação
efetiva do
Conselho
Escolar, da
APMF e do
Grêmio
Estudantil.
1. Acom
odação na
participação, que
se restringe a
convocações para
reuniões da
Direção Escolar.
Sobrecargas de
tarefas dos
membros da
APMF e Conselho
Escolar, pois os
que se dispõe a
colaborar também
participam de
outras diretorias
1. Promover
uma
conscientização
para uma
participação mais
efetiva, sem a
necessidade de
convocação.
Realização
de
reuniões/encontros
em horários
flexíveis, que
atendam as
necessidades dos
integrantes.
1.
Materiais e
financeiros.
Filmes, vídeos,
visitas a órgãos
administrativos-
políticos e o
informativo do
Grêmio.
1.
2016 à
2019
1.
Direção,
equipe
pedagógica,
professores,
funcionários
, APMF,
Grêmio
Estudantil e
Conselho
Escolar.
1.
Participação mais
efetiva dos
integrantes dos
órgãos colegiados.
Promoção de
espírito coletivo, da
iniciativa.
Estudo
coletivo dos
Estatutos da APMF,
Conselho Escolar e
Grêmio Estudantil.
Criação de um
informativo escolar
para divulgação das
Projeto Político Pedagógico – 2016 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
219
no distrito (Clube,
Igreja, etc.)
2.Despolitiz
ação do corpo
discente e falta de
organização dos
estudantes no
processo
organizativo.
Promover
um maior
envolvimento dos
estudantes com o
processo de
representação
estudantil e de
seus interesses.
Debates sobre a
história e
importância da
mobilização
estudantil, auxiliar
na compreensão
da entidade.
Designar um
professor
acompanhar de
perto o Grêmio
Estudantil, dando
o suporte
atividades realizadas
e valorização da
relação ensino
aprendizagem.
Projeto Político Pedagógico – 2016 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
220
necessário para o
fortalecimento
deste.
2. Pouca
participação dos
pais na escola.
2.
Desestruturação
familiar,
sobrecarga do dia
a dia, ou por falta
de
interesse/indiferen
ça com os
assuntos
escolares.
Confiança total na
equipe escolar a
ponto de não se
envolver no
processo.
2. Promover
uma maior
participação dos
pais na vida
escolar dos filhos,
garantindo o seu
sucesso escolar.
Estimular e
valorizar a
participação dos
pais.
Organizar
feiras, exposições,
apresentações
culturais que
valorizem e
divulguem
2.
Palestras,
reuniões,
homenagem
dias das
mães/pais,
semana da
Integração
família escola.
2.
Nos
meses de
Fevereiro.
Março,
maio e
agosto e
Setembro/
ou de
acordo
com
cronogram
a definido
pela
comunida
de escolar.
2.
Direção
equipe
pedagógica,
APMF,
famílias dos
alunos.
2. Realização
de um trabalho que
valorize a questão
do que é positivo, o
chamamento dos
pais para elogiar os
avanços de seus
filhos, não apenas
com intuito de
repreender e
resolver situações
problemas.
Aumento do
número de
participação das
pais/famílias no
colégio e
Projeto Político Pedagógico – 2016 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
221
trabalhos
realizados no
colégio.
Conscienti-zação
de que a família e
escola deve estar
em união para que
de fato o sucesso
escolar ocorra.
estreitamento de
laços entre estes e a
escola (Direção,
equipe pedagógica,
professores e
funcionários).
3.
Desafio: Gestão
escolar
democrática
comprometida
com a qualidade
e
responsabilidade
.
Problema:
ausência de
3.
Diminuição da
demanda desde
fevereiro de 2014.
Grande
número de
solicitações/respon
sa-bilidades para
atendimento da
gestão escolar o
que as vezes
3. Viabilizar
a participação da
comunidade
escolar na
implementação
das políticas
educacionais.
Promover
eleições da cada
Instância
Colegiada
3.
Recursos
materiais,
didáticos e
financeiros.
3.
Cronogra
ma a ser
definido
conforme
a
necessida
de.
Perí
odo 2016
à 2019.
3.
Direção e
equipe
pedagógica,
APMF,
NRE,
SEED/PR.
3. Promover
uma gestão escolar
democrática, com
transparência.
Aquisição de
materiais,
equipamentos para
as demandas do
colégio, recursos
pedagógicos a
disposição dos
Projeto Político Pedagógico – 2016 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
222
direção auxiliar
com três turnos
de
funcionamento
no
estabelecimento
de ensino.
compromete a
qualidade do
trabalho
desenvolvido
devido a escassez
de tempo para
atendimento de
toda a demanda.
conforme previsão
nos estatutos
próprios. Trabalho
coletivo para o
alcance dos
objetivos
propostos neste
plano de ação.
Adequação
e reformulação
dos documentos
oficiais do colégio
PPP, PPC,
Regimento
Escolar.
Promover
integração com
toda a comunidade
do distrito.
Promover
atividades
professores, alunos
e comunidade em
geral.
Eleição e
posse da diretoria do
Grêmio Estudantil.
Eleição e
posse da diretoria do
Conselho Escolar.
Eleição e
posse da diretoria da
APMF.
Projeto Político Pedagógico – 2016 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
223
pedagógicas,
culturais,
esportivas, feiras,
amostras.
Form
ação e
Condições
de Trabalho
dos
profissionais
do Colégio.
1.
Desafio:
Motivação
constante dos
profissionais e
busca de
cooperação,
formação
continuada.
1. Falta de
motivação do
grupo, dificuldade
em criar um
espírito de equipe
e o
comprometimento
do coletivo para a
consecução dos
objetivos
propostos.
Professores
que cumprem sua
função em várias
escolas com
pouca carga
1.
Encontros de
estudo. Discussão
e participação
efetiva de todos os
segmentos da
escola. Assegurar
o cumprimento do
calendário escolar
bem como a
efetivação do
currículo escolar.
Promover
uma convivência
de respeito e
solidariedade entre
1.
Recursos
materiais,
financeiros .
1 .
Fevereiro
a
Novembro
.
1.
Direção,
equipe
pedagógica
e Instâncias
Colegiadas.
1.
Desenvolvimento de
uma gestão
democrática, com a
participação efetiva
de toda comunidade
escolar. Possibilitar
oportunidades de
formação continuada
e capacitação de
todo o quadro
profissional do
colégio. Busca
constante de
cooperação para o
alcance dos
Projeto Político Pedagógico – 2016 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
224
horária em cada
uma delas.
Dificuldades
em reunir 100% do
quadro de
professores/funcio
ná-rios em
reuniões/capacitaç
ões
Rotatividade
de professores.
todos os
segmentos da
escola.
Estimular e
oferecer formação
continuada para
professores e
funcionários.
Permanente
manutenção/atuali
za-ção de todos os
recursos,
instalações,
laboratórios,
materiais e
bibliografias.
Reuniões e
encontros
pedagógicos.
Ações de
valorização do
objetivos
estabelecidos,
valorização do
trabalho de todos e o
estímulo para o
fortalecimento do
espírito de equipe e
superação das
dificuldades
individuais.
Projeto Político Pedagógico – 2016 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
225
esforço e a
dedicação,
incentivando a
melhoria contínua.
Promoção
de Cursos,
palestras,
reuniões.
Prátic
a
Pedagógica
1.
Desafio:
Atendimento de
fato à inclusão
escolar.
Problema:
dificuldades de
relacionamento
entre
professores e
alunos.
2.
Problema:
1. Falta de
conhecimento dos
professores para
lidar com a
educação
inclusiva,
resistências a
mudanças. Falta
de diálogo em sala
de aula,
supremacia na
visão do professor
em relação à
1.
Compreender e
trabalhar com as
diferenças
individuais. Aceitar
que cada qual tem
o seu tempo
aprendizagem.
Compreender que
nem todos
aprendem da
mesma forma, que
as metodologias
1.
Acessibilidade.
2.
Materiais
pedagógicos,
jogos,
laboratório de
informática
Perí
odo 2016
à 2019.
1.
Direção,
equipe
pedagógica,
professores,
funcionários
, NRE e
SEED.
2.
Direção,
equipe
1. Cursos de
aperfeiçoamento
para os professores,
redução de alunos
por turma e
professor auxiliar
para alunos com
grandes dificuldades
de aprendizagem,
diagnosticadas por
laudo médico.
Manter um
clima de auto ajuda,
Projeto Político Pedagógico – 2016 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
226
dificuldade de
aprendizagem
de alguns
alunos.
Defasagem
escolar na
aprendizagem.
Desafio:
criar situações
no âmbito
escolar que
diminuam a
defasagem e as
dificuldades de
aprendizagem.
opinião/ponto de
vista do aluno/ ou
vice-versa.
2.
Dificuldades no
diagnóstico das
individualidades e
um trabalho
específico visando
suprir as
deficiências na
aprendizagem.
devem ser
diversificadas,
bem como os
recursos didáticos.
Acreditar
que a
aproximação, a
convivência com o
aluno não irá tirar
a autoridade do
professor, mas sim
contribuirá no
processo de
ensino e
aprendizagem.
2. Oferta de
sala de recursos,
sala de apoio.
pedagógica,
professores,
funcionários
, NRE,
APMF e
SEED.
troca de
experiências entre o
grupo de
professores/funcioná
-rios/equipe
pedagógi-ca e
Direção.
Estabelecime
nto de diálogo
constante.
Fazer com
que o grupo acredite
na mudança do ser
humano e na
atenção voltada no
presente e futuro,
desconsiderando
fatos ocorridos no
passado.
(Relacionamento
professor/aluno).
Projeto Político Pedagógico – 2016 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
227
2. Oferta de
sala de recursos
Multifuncional I para
alunos com
distúrbios de
aprendizagem.
Oferta de
Salas de Apoio à
Aprendizagem para
alunos com
dificuldades de
escrita, leitura,
interpretação, bem
como dificuldades de
raciocínio lógico-
matemático.
2.
Desafios:
Melhoria da
qualidade do
2. Falta de
envolvimento da
família e o
desinteresse pelos
2. Motivar
os educandos e
familiares quanto à
importância da
2-
Recursos
materiais e
financeiros.
2
Fevereiro
a
Dezembro
2
Direção,
equipe
pedagógica,
2 Aumentar a
participação dos
alunos e
comunidade escola a
Projeto Político Pedagógico – 2016 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
228
processo de
ensino
aprendizagem.
Continuidade
dos programas
de contra turno e
projetos
previstos no
Projeto Político
Pedagógico.
Contemplar de
fato a questão
da História e
cultura afro-
brasileira e
indígena.
Realizar ajustes
no Projeto de
Orientação
Profissional.
Problema:
estudos do corpo
discente. A
indiferença de
alguns em relação
às atividades
propostas pelos
professores, sejam
estas para casa ou
durante as aulas.
Dificuldade na
implementação de
fato nas questões
da diversidade, a
relação direta com
os conteúdos
escolares de todas
as disciplinas.
Muitas vezes
temos a impressão
que cumprimos
uma legislação,
participação em
todas as
atividades
ofertadas no
contra turno, uma
vez que
oferecemos uma
diversidade de
ações
relacionadas ao
esporte, teatro,
sala de apoio,
línguas
estrangeiras.
Acompanha
r o ingresso dos
alunos no 6º ano
do ensino
fundamental bem
como sua
adaptação.
Recursos
pedagógicos.
Informática e
internet
.Período
2016 à
2019.
corpo
docente e
comunidade
escolar
como um
todo.
Profissionai
s das
universidad
es que
atuarão
como
parceiros
nas
atividades
programada
s à
Orientação
Vocacional
e
Profissional.
fim de que os
programas tenham
continuidade.
Promover
reuniões com os
pais dos alunos e
professores e
reunião com a
equipe pedagógica
da escola municipal.
Realizar
Exposição de
trabalhos e
apresentações
culturais.
Realizar a
Mostra Cultural e a
Feira do
Conhecimento
valorizando todas as
culturas de nosso
Projeto Político Pedagógico – 2016 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
229
falta de interesse
e desmotivação
pelo estudo de
um número
crescente de
alunos.
mas ainda não
internalizamos a
proposta como um
todo na sua
essência.
Fortalecer
a identidade e
direitos do negro,
o
afrodescendente,
indígena através
do reconhecimento
das diferenças
Étnico-Raciais.
Resgatar a história
dos povos, suas
contribuições para
a sociedade atual.
Promover a
inclusão e
combater o
preconceito e a
discriminação
racial.
Subsidiar o
jovem com
Equip
e
Muldisciplin
ar.
distrito, dentro da
Semana de
integração escola
comunidade.
Visita de
estudos a Aldeia
Indígena em
Diamante D`Oeste
com professores e
alunos .
Confecção de
cartazes e materiais
com alunos e
exposição dos
mesmos no espaço
escolar.
Oferta do
projeto de
Orientação
Vocacional e
Profissional.
Projeto Político Pedagógico – 2016 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
230
informações sobre
Mercado de
Trabalho e suas
tendências.
Promover
dinâmicas de
Grupos, testes
vocacionais,
palestras sobre o
mercado de
trabalho e o 1º
emprego.
Estabelecime
nto de parcerias com
as Universidades.
Vivencia profissional
dentro do espaço
escolar.
Avalia
ção
1.
Desafios:
Melhoria nos
índices das
avaliações
externas: Ideb,
Enem, Saep.
Melhoria
no processo de
1. No que
se refere ao IDEB,
à última avaliação
demonstrou um
retrocesso, após
uma análise
observamos que
houve um
aumento no índice
1.
Reuniões com a
equipe pedagógica
e professores para
um trabalho
voltado às
avaliações
externas.
Solicitação
1.
Recursos
materiais e
financeiros para
as campanhas
de divulgação,
confecção de
cartazes,
banners.
1.
Ano letivo.
Perí
odo 2016
à 2019.
1.
Direção,
equipe
pedagógica,
professores
e instâncias
colegiadas.
1. Estabelecer
ações conjuntas
tendo em vista a
ampliação do índice
do IDEB para
5,4 e melhoria dos
resultados nas Prova
Brasil, Saep e Enem
Socializar os
Projeto Político Pedagógico – 2016 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
231
avaliação
escolar com
base numa
análise do
processo de
ensino e
aprendizagem.
2. Problemas:
Diminuição do
conceito obtido
no Ideb 2011 (
de 5,2 para 4,7).
Houve
uma piora no
desempenho do
Enem nas
últimas edições.
de reprovação o
que justifica a
queda do índice.
Quanto ao
Enem estamos
estudando as
possíveis causas,
da diminuição do
desempenho. Não
há um diagnóstico
fechado uma vez
que os alunos
realizam a prova
no ano em que
concluem os
estudos e quando
obtivemos os
resultados não
estão mais
presentes no
ambiente escolar.
de provas mistas
com questões de
vestibular/Enem,
visando uma
familiarização com
o processo.
Convocaçõe
s das famílias para
conscientização de
realização de uma
boa prova, além
do
comparecimento
nos dias das
avaliações.
Discussão,
análise e
divulgação dos
resultados obtidos
para toda a
comunidade
resultados das
avaliações
institucionais, sendo
elas internas ou
externas.
Socializar os
resultados no
coletivo da escola e
comunidade.
Mobilizar as
famílias para que
acompanhem o
desenvolvimento do
processo de ensino
e aprendizagem de
seus filhos.
Continuar no
trabalho de incentivo
e divulgação dos
resultados das
avaliações. Melhorar
Projeto Político Pedagógico – 2016 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
232
escolar.
Divulgação
das avaliações em
reuniões, cartazes,
site do colégio.
o desempenho no
Enem.
Acess
o,
permanênci
a e sucesso
escolar
1.
Desafio: Reduzir
o número de
reprovação no
Ensino
Fundamental.
Reduzir o
número de
alunos
aprovados pelo
Conselho de
Classe, tanto no
Ensino
Fundamental
como no Ensino
Médio.
1. A falta de
interesse/comprom
eti-mento escolar é
a grande causa da
repetência escolar,
bem como a pouca
participação de
pais.
Isto também
se evidencia na
evasão escolar do
turno noturno.
1.
Trabalhar os
conteúdos
relacionados com
o dia a dia, o
cotidiano do aluno.
Temas de
interesse, tais
como, agricultura,
desenvolvimento
sustentável,
horticultura, meio
ambiente, dengue,
prevenção da
gravidez na
adolescência e
1
Recursos
financeiros para
aquisição de
materiais
pedagógicos,
passeios.
1.
fevereiro
a
dezembro
. Período
2016 a
2019.
1. 3.
Direção,
professores,
equipe
pedagógica,
pais e
alunos da
comunidade
escolar.
Acadêmicos
das
Universidad
es que
procuram o
colégio para
o
1. Diminuir o
índice de alunos
reprovados no
Ensino Fundamental.
Diminuir o
índice de alunos
aprovados por
conselho de classe
nos Ensinos
Fundamental e
Médio.
Diminuir o
índice de distorção
idade/série.
Resgatar a
tradição da horta
Projeto Político Pedagógico – 2016 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
233
Diminuir o
índice de evasão
do turno noturno.
Problema
s: Índice de
reprovação nas
turmas do
Ensino
Fundamental
acima do
desejado.
doenças
sexualmente
transmissíveis.
Projetos variados
nas áreas de
esportes,
Informática, teatro,
. Projeto
Comunitário – em
Parceria com
PUC-PR., bem
como a promoção
de Palestras,
vídeos,
distribuição de
folhetos o
momento cívico e
a participação em
jogos, torneios,
onde enfatizamos
os Jogos das
desenvolvim
ento de
estágios .
Seed/PR –
MEC.
escolar e relação da
mesma com os
hábitos de
alimentação
saudáveis. Utilização
dos alimentos
produzidos na
merenda escolar.
Possibilitar ao
aluno o ser sujeito e
contribuir com
aprendizagens.
Conscientizar os
alunos sobre a
importância da
celebração das
datas
comemorativas que
marcam nossa
história, bem como
promover uma
Projeto Político Pedagógico – 2016 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
234
Escolas do Campo
nas modalidades
de Futsal e xadrez.
Redesenho
Curricular com a
adesão ao
Programa Ensino
Médio Inovador –
PROEMI.
Resgatar o
civismo e o amor à
pátria.
Desenvolver
a criatividade,
espontaneidade
expressão oral e
corporal.
Conscientização da
importância da
celebração de datas
comemorativas e o
exercício da
cidadania.
Promover a
questão da
ampliação de
conteúdos no contra
turno escolar.
Promover
campanhas
educativas/preventi-
vas
1. Falta de
adequação das
Instalações para
deficientes
1.Encaminh
amento do pedido
de elaboração de
projeto de
1.Melhoria
do espaço físico.
1.Recurso
s Financeiros da
Seed/PR/APMF
Orçament
1.
2016 a
2019.
1.Dir
eção,
Equip
e
1.Melhoria
dos ambientes físico
e educativo visando
o bem estar, a saúde
Projeto Político Pedagógico – 2016 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
235
Ambi
ente
Físico
e Educativo
Físicos.
(Acessibili
dade)
2.Piso das
salas de aula
com falta de
tacos de
madeira(antigos)
Difícil
manutenção e
conservação.
3.Estrago
s na lateral da
cobertura da
quadra, sem
fechamento
lateral e palco de
reforma/construçã
o.
2.Substituiç
ão de piso de
tacos de madeira
por cerâmica.
3-Estudos
de viabilidade para
fechamento lateral
em alvenaria com
arquibancadas e
palco.
2.Melhoria
do espaço físico.
3.Melhoria
do espaço físico.
4.Melhoria
do espaço físico.
o elaborado
pelos
engenheiros do
NRE-Toledo/PR.
2.Recurso
s Financeiros da
Seed/PR/APMF
Orçament
o elaborado
pelos
engenheiros do
NRE-Toledo/PR.
3.Recurso
s Financeiros da
Seed/PR/APMF
Orçament
o elaborado
pelos
engenheiros do
2.
2016 a
2019.
3.
2016 a
2019.
4.
2016 a
Ped.NRE/S
eed/PR.Co
munidade
escolar e
instâncias
colegiadas.
2.Dir
eção,
Equip
e
Ped.NRE/S
eed/PR.Co
munidade
escolar e
instâncias
colegiadas.
3.Dir
eção,
Equip
e o desenvolvimento
das práticas
educativas
garantindo sucesso
no processo de
ensino e
aprendizagem.
2.Melhoria
dos ambientes físico
e educativo visando
o bem estar, a saúde
e o desenvolvimento
das práticas
educativas
garantindo sucesso
no processo de
ensino e
aprendizagem.
3.Melhoria
Projeto Político Pedagógico – 2016 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
236
apresentações
culturais.
4.
Desnível das
calhas e
rufos.Escoament
o de água
pluvial.
5.BWC
masculino e
feminino dos
discentes e
docentes(Parte
Hidraúlica e
substituição de
portas)
4.Reparos
no desnível e
substituição de
calhas e rufos.
5. Reforma
e substituição de
vasos sanitários,
pisos, portas e
parte hidráulica.
5.Melhoria
do espaço físico.
6.Melhoria
do espaço físico.
NRE-Toledo/PR.
4.Recurso
s Financeiros da
Seed/PR/APMF
Orçament
o elaborado
pelos
engenheiros do
NRE-Toledo/PR.
5.Recurso
s Financeiros da
Seed/PR/APMF
Orçament
o elaborado
pelos
engenheiros do
NRE-Toledo/PR.
2019.
5.
2016 a
2019.
6.
2016 a
2019.
e
Ped.NRE/S
eed/PR.Co
munidade
escolar e
instâncias
colegiadas.
4.Dir
eção,
Equip
e
Ped.NRE/S
eed/PR.Co
munidade
escolar e
instâncias
colegiadas.
5-
Direção,
dos ambientes físico
e educativo visando
o bem estar, a saúde
e o desenvolvimento
das práticas
educativas
garantindo sucesso
no processo de
ensino e
aprendizagem.
4.Melhoria
dos ambientes físico
e educativo visando
o bem estar, a saúde
e o desenvolvimento
das práticas
educativas
garantindo sucesso
no processo de
ensino e
Projeto Político Pedagógico – 2016 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
237
6.Demoliç
ão e ampliação
ao lado da
cozinha em
madeira utilizada
para guardar o
material
esportivo.
7.
Construção de
Muro na lateral e
fundos do
colégio.
6.
Readequação do
espaço em
alvenaria.
7.Construçã
o de muro .
7.Melhoria
do espaço físico.
8.Melhoria
do espaço físico.
6.Recurso
s Financeiros da
Seed/PR/APMF
Orçament
o elaborado
pelos
engenheiros do
NRE-Toledo/PR.
7.Recurso
s Financeiros da
Seed/PR/APMF
Orçament
o elaborado
pelos
engenheiros do
NRE-Toledo/PR.
7.
2016 a
2019.
8.
2016 a
2019.
Equip
e
Ped.NRE/S
eed/PR.Co
munidade
escolar e
instâncias
colegiadas.
6-
Direção,
Equip
e
Ped.NRE/S
eed/PR.Co
munidade
escolar e
instâncias
colegiadas.
aprendizagem.
5.Melhoria
dos ambientes físico
e educativo visando
o bem estar, a saúde
e o desenvolvimento
das práticas
educativas
garantindo sucesso
no processo de
ensino e
aprendizagem.
6.Melhoria
dos ambientes físico
e educativo visando
o bem estar, a saúde
e o desenvolvimento
das práticas
educativas
Projeto Político Pedagógico – 2016 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
238
8. Falta de
armários na sala
dos professores,
bancada para o
filtro de água.
9.Equipa
mentos de
informática
ultrapassados.
8.Pedido já
encaminhado.
9.Buscar a
substituição dos
equipamentos.
10.Buscar a
substituição das
mesas e bancos.
9.Melhoria
do espaço físico.
10.Melhoria
do espaço físico.
11.Melhoria
do espaço físico.
8.Recurso
s Financeiros da
Seed/PR/APMF
Orçament
o elaborado
pelos
engenheiros do
NRE-Toledo/PR.
9.Recurso
s Financeiros da
Seed/PR/APMF
Orçament
o elaborado
pelos
engenheiros do
NRE-Toledo/PR.
10.Recurs
os Financeiros
da
9.
2016 a
2019.
10.
2016 a
2019.
11.
2016 a
2019.
7-
Direção,
Equip
e
Ped.NRE/S
eed/PR.Co
munidade
escolar e
instâncias
colegiadas.
8-
Direção,
Equip
e
Ped.NRE/S
eed/PR.Co
munidade
garantindo sucesso
no processo de
ensino e
aprendizagem.
7.Melhoria
dos ambientes físico
e educativo visando
o bem estar, a saúde
e o desenvolvimento
das práticas
educativas
garantindo sucesso
no processo de
ensino e
aprendizagem.
8.Melhoria
dos ambientes físico
e educativo visando
o bem estar, a saúde
Projeto Político Pedagógico – 2016 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
239
10. Mesa
e Bancos para
alunos sentarem
na hora do
recreio.
11.Adequ
ação do salão
para reuniões e
projeções.
12.Horta
Escolar
11. Planejar
a execução.
12.
Readequar ao
novo espaço
físico.
13.
12.Melhoria
do espaço físico.
13.Melhoria
do espaço físico.
14.Melhoria
do espaço físico.
Seed/PR/APMF
Orçament
o elaborado
pelos
engenheiros do
NRE-Toledo/PR.
11.Recurs
os Financeiros
da
Seed/PR/APMF
Orçament
o elaborado
pelos
engenheiros do
NRE-Toledo/PR.
12.Recurs
os Financeiros
da
Seed/PR/APMF
Orçament
12.
2016 a
2019.
13.
2016 a
2019.
14.
2016 a
escolar e
instâncias
colegiadas.
9-
Direção,
Equip
e
Ped.NRE/S
eed/PR.Co
munidade
escolar e
instâncias
colegiadas.
10-
Direção,
Equip
e
Ped.NRE/S
eed/PR.Co
e o desenvolvimento
das práticas
educativas
garantindo sucesso
no processo de
ensino e
aprendizagem.
9.Melhoria
dos ambientes físico
e educativo visando
o bem estar, a saúde
e o desenvolvimento
das práticas
educativas
garantindo sucesso
no processo de
ensino e
aprendizagem.
10.Melhoria
Projeto Político Pedagógico – 2016 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
240
13.
Atletismo e Tên
nis de Mesa.
14. Sala
Multifuncional
Readequar ao
novo espaço
físico.
14. Novo
espaço físico.
15- Buscar
novos
equipamentos.
15.Melhoria
do espaço físico.
16.Melhoria
do espaço físico.
o elaborado
pelos
engenheiros do
NRE-Toledo/PR.
13.Recurs
os Financeiros
da
Seed/PR/APMF
Orçament
o elaborado
pelos
engenheiros do
NRE-Toledo/PR.
14.Recurs
os Financeiros
da
Seed/PR/APMF
Orçament
o elaborado
2019.
15.
2016 a
2019.
16.
2016 a
2019.
munidade
escolar e
instâncias
colegiadas.
11-
Direção,
Equip
e
Ped.NRE/S
eed/PR.Co
munidade
escolar e
instâncias
colegiadas.
12-
Direção,
Equip
e
Ped.NRE/S
eed/PR.Co
dos ambientes físico
e educativo visando
o bem estar, a saúde
e o desenvolvimento
das práticas
educativas
garantindo sucesso
no processo de
ensino e
aprendizagem.
11.Melhoria
dos ambientes físico
e educativo visando
o bem estar, a saúde
e o desenvolvimento
das práticas
educativas
garantindo sucesso
no processo de
ensino e
Projeto Político Pedagógico – 2016 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
241
15.Inform
atização da
Biblioteca.
16.Interne
t Lenta
17.
Pintura .
16.Melhoria
no sinal.
17.Conserv
ação Manutenção
da Edificação.
16.Melhoria
do espaço físico.
pelos
engenheiros do
NRE-Toledo/PR.
15.Recurs
os Financeiros
da
Seed/PR/APMF
Orçament
o elaborado
pelos
engenheiros do
NRE-Toledo/PR.
16.Recurs
os Financeiros
da
Seed/PR/APMF
Orçament
o elaborado
pelos
engenheiros do
17.
2016 a
2019.
munidade
escolar e
instâncias
colegiadas.
13-
Direção,
Equip
e
Ped.NRE/S
eed/PR.Co
munidade
escolar e
instâncias
colegiadas.
14-
Direção,
Equip
e
Ped.NRE/S
aprendizagem.
12.Melhoria
dos ambientes físico
e educativo visando
o bem estar, a saúde
e o desenvolvimento
das práticas
educativas
garantindo sucesso
no processo de
ensino e
aprendizagem.
13.Melhoria
dos ambientes físico
e educativo visando
o bem estar, a saúde
e o desenvolvimento
das práticas
educativas
Projeto Político Pedagógico – 2016 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
242
NRE-Toledo/PR.
17.Recurs
os Financeiros
da
Seed/PR/APMF
Orçament
o elaborado
pelos
engenheiros do
NRE-Toledo/PR.
eed/PR.Co
munidade
escolar e
instâncias
colegiadas.
15-
Direção,
Equip
e
Ped.NRE/S
eed/PR.Co
munidade
escolar e
instâncias
colegiadas.
16-
Direção,
Equip
e
garantindo sucesso
no processo de
ensino e
aprendizagem.
14.Melhoria
dos ambientes físico
e educativo visando
o bem estar, a saúde
e o desenvolvimento
das práticas
educativas
garantindo sucesso
no processo de
ensino e
aprendizagem.
15.Melhoria
dos ambientes físico
e educativo visando
o bem estar, a saúde
Projeto Político Pedagógico – 2016 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
243
Ped.NRE/S
eed/PR.Co
munidade
escolar e
instâncias
colegiadas.
17-
Direção,
Equip
e
Ped.NRE/S
eed/PR.Co
munidade
escolar e
instâncias
colegiadas.
e o desenvolvimento
das práticas
educativas
garantindo sucesso
no processo de
ensino e
aprendizagem.
16.Melhoria
dos ambientes físico
e educativo visando
o bem estar, a saúde
e o desenvolvimento
das práticas
educativas
garantindo sucesso
no processo de
ensino e
aprendizagem.
17.Melhoria
Projeto Político Pedagógico – 2016 Colégio Estadual João Arnaldo Ritt
244
QUADRO DEMONSTRATIVO PARA AS PROPOSTAS
Todas as ações propostas serão discutidas com a comunidade escolar e visam dar continuidade ao trabalho
desenvolvido pelas Gestões Anteriores sempre realizadas com apoio da comunidade escolar e das Instâncias
Colegiadas.
Toledo, 03 de novembro de 2015.
Referências Bibliográficas:
Resolução nº 3373/2015-GS/SEED-Decreto nº 1307-06.05.2015 –Lei Estadual nº 18.590/2015.
Projeto Politico Pedagógico-Colégio Estadual João Arnaldo Ritt-EFM- Ano 2012.
dos ambientes físico
e educativo visando
o bem estar, a saúde
e o desenvolvimento
das práticas
educativas
garantindo sucesso
no processo de
ensino e
aprendizagem.