PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · Trata-se de um Projeto que oferece o desenvolvimento...
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
IMBITUVA2011
Colégio Estadual Santo Antonio – Ensino Fundamental e Médio
Autorização de Funcionamento – Dec. 2820/80 - D.O.E. – 27/08/80 Reconhecimento – Res. 22/82 - D.O.E. – 27/01/82
Av. 07 de Setembro, 530 – Fone/Fax (042) 3436-1178 e-mail: [email protected]
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SUMÁRIO
I- APRESENTAÇÃO........................................................................................................
II- FUNDAMENTOS LEGAIS DO PPP............................................................................
III- IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO.............................................................
IV- NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADOS.............................................
V- DIAGNÓSTICO...........................................................................................................
VI- ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA..................................................................
1- INSTÂNCIAS COLEGIADAS
1.1- CONSELHO ESCOLAR..................................................................................
1.2- APMF E GRÊMIO ESTUDANTIL....................................................................
1.3- DIREÇÃO........................................................................................................
1.4- EQUIPE PEDAGÓGICA..................................................................................
1.5- SETOR TÉCNICO ADMINISTRATIVO............................................................
1.5.1- EQUIPE AUXILIAR OPERACIONAL.............................................................
1.6- CORPO DOCENTE..........................................................................................
VII- FUNDAMENTAÇÃO
1- CONCEPÇÕES QUE ORIENTAM E FUNDAMENTAM AS AÇÕES DA ESCOLA
2- CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA...........................................................................
3- CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA...........................................................
4- CONCEPÇÃO DE HOMEM..........................................................................
5- CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE.....................................................................
6- CONCEPÇÃO DE ESCOLA...........................................................................
7- CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO......................................................................
8- CONCEPÇÃO DE CULTURA...........................................................................
9- CONCEPÇÃO DE TRABALHO.......................................................................
10- CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA.................................................................
11- CONCEPÇÃO DE CIDADANIA.....................................................................
12- CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO...........................................................
13- CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM.............................................
14- CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO....................................................................
15- CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO....................................................................
16- CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO.................................................................
17- CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR.........................................................
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VII- PROPOSIÇÃO DE AÇÕES.......................................................................................
VIII- REGIME DE FUNCIONAMENTOS..........................................................................
IX- AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO...........................................
X- PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR..............................................................
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I – APRESENTAÇÃO
Esta é a Proposta do Colégio Estadual Santo Antônio – Ensino Fundamental e
Médio do Município de Imbituva, que tem por objetivo priorizar uma das metas
fundamentais da Educação que é contribuir para a melhoria da qualidade do ensino
público e promover o desenvolvimento de uma consciência crítica nos educandos,
preparando-os para o mundo do trabalho, estabelecendo propostas que contribuirão para
a transformação da realidade em que vivemos.
Sua construção foi uma atividade coletiva realizada pelo conjunto de pessoas
envolvidas com o processo educativo através do diagnóstico realizado com pais, alunos,
professores, funcionários e colaboradores como: A.P.M.F. e Conselho Escolar buscando
a relação do Colégio com a sociedade em que está inserido lutando pela transformação
educacional e social rumo à justiça, à cidadania, à participação e a democratização da
qualidade de ensino.
Considerando que a educação só pode se realizar através de mediações práticas
que se desenvolvem a partir de um projeto histórico e social é que o Colégio Estadual
Santo Antonio – Ensino Fundamental e Médio propõe através do presente projeto as
práticas pedagógicas a ser desenvolvido no Ensino Fundamental e Médio como
dimensionamento político e social objetivando ter real significado no processo
humanizador dos educandos.
Trata-se de um Projeto que oferece o desenvolvimento das capacidades
intelectuais do alunado, de forma a se abrirem aos valores da vida, inserindo os
conteúdos das diferentes disciplinas no contexto de uma Educação Integral, vinculada ao
mundo do Trabalho à Prática Social, visando à preparação para o trabalho e o exercício
da cidadania.
A preocupação do Colégio não está voltada apenas em preparar o aluno para
conquistar uma vaga no Ensino Superior, mas, principalmente em prepará-lo para viver e
conviver no mundo de hoje e nele obter sucesso, através das melhores informações e os
mais profundos conhecimentos para que realmente possa obter a conquista da cidadania
e participação social.
O Projeto Político Pedagógico é um documento norteador das políticas escolares, é
a articulação das intenções, das prioridades e das estratégias para realizar a sua função
social. Muito mais do que a ideia do cumprimento das normas constitucionais e requisitos
burocráticos. Ele apresenta uma característica prospectiva em busca de um rumo, de uma
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direção; é uma construção intencional, a assunção de um compromisso coletivo no
sentido de aperfeiçoar a realidade presente. Implica em romper com o existente para
avançar, para rever o instituído e, a partir dele, tornar-se instituinte. Por ser processo, não
se apresenta de modo linear e conclusivo, abre possibilidades de rever, de refazer de
repensar.
Desse modo, apresenta-se como espaço para constantes mudanças, discussão
das preocupações, das práticas, das possibilidades, das limitações para o alcance dos
objetivos da escola, dos princípios e fins da Educação Nacional.
Considerando a necessidade e a importância de definir princípios e metas de
trabalho, o Colégio Estadual Santo Antônio – Ensino Fundamental e Médio, desenvolverá
o Projeto Político Pedagógico, visando repensar, refletir e incorporar novas ideias e
formas democráticas à prática educativa numa perspectiva emancipatória e
transformadora da educação, exigindo compromisso político pedagógico dos profissionais
que nela atuam, sabendo que a escola é o lugar de concepção, realização e avaliação de
seu projeto educativo, uma vez que necessita organizar seu trabalho pedagógico, sendo
então fundamental que ela (a escola) assuma suas responsabilidades.
II – FUNDAMENTOS LEGAIS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (NACIONAIS E
ESTADUAIS).
Para atender as exigências da sociedade atual, o Colégio Estadual Santo Antonio –
Ensino Fundamental e Médio, fundamenta seu Projeto Político Pedagógico nos seguintes
fundamentos legais:-
NACIONAIS:
• LDB Nº 9394/96 DE 20/12/1996
• LEI Nº 9475/96 DE 22/07/1996 (CNE)
• LEI Nº 10287/01 DE 20/09/2001
• PARECER Nº 15/98 – CNE/CBE
• DECRETO FEDERAL Nº 3298 DE 20/12/1999
ESTADUAIS:
• DELIBERAÇÃO Nº 007/99 – CEE
• DELIBERAÇÃO Nº 14/99 – CEE
• INSTRUÇÃO Nº 14/98 – DAE/ CDE
• DELIBERAÇÃO Nº 016/99 – CEE
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• DELIBERAÇÃO Nº 09/01 – CEE
• RESOLUÇÃO Nº 3794/04 – SEED
• INSTRUÇÃO Nº 21/2008 – SUED/ SEED
• RESOLUÇÃO Nº 5590/2008 – SEED
• INSTRUÇÃO Nº 004/2009 – SUED/SEED
• DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA PARA A
REDE PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ.
III – IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
1- Dados Gerais:
Colégio Estadual Santo Antônio – Ensino Fundamental e Médio
1.1- ENDEREÇO: Rua: Avenida 7 de Setembro, 530
1.2- MUNICÍPIO: Imbituva – PR - CEP 84430-000
1.3- E-mail: [email protected]
Fone/Fax: (42) 34361178
1.4- NRE: Ponta Grossa – Código: 25
1.5- CÓDIGO DO ESTABELECIMENTO: 41110080
1.6- DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA: Estadual
1.7- ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná – SEED (Secretaria de
Estado da Educação)
2. HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
1912- Escola Dr. Vale
Fundada pelos professores Mathias Bianco e João Monken, recebeu a dominação de
“ESCOLA DR. VALE”, localizado à Avenida 07 de setembro, esquina com a Rua Joaquim
Gaspar.
1921- Grupo Escolar Dr. Franco Vale
A Escola Dr. Vale passou a chamar-se Grupo Escolar Dr. Franco Vale, ofertando escola
primária.
1937 a 1939- Grupo Escolar Dr. Franco Vale, passou a ofertar também o curso
complementar.
1951- Grupo Escolar Dr. Franco Vale
Passou o Grupo Escolar Dr. Franco Vale, para o novo prédio estadual, na Rua Avendida 7
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de Setembro nº 530, construído nas administrações dos governadores Moysés Lupion e
Bento Munhoz da Rocha Neto, onde funciona desde então.
1957- Escola Normal Colegial Estadual Santo Antônio
Em 1957 criou-se a Escola Normal Colegial Estadual Santo Antônio e tendo em vista que
para o funcionamento da referida Escola era necessário haver turmas de 1º ao 5º ano
primário, o Grupo Escolar Dr. Franco Vale, passou a denominar-se Escola de aplicação
Dr. Franco Vale, satisfazendo a necessidade da Escola Normal.
1977- Escola Dr. Franco Vale – Ensino de 1º Grau
Dando atendimento às exigências da Lei 5.692/71, a Escola de Aplicação Dr. Franco Vale
sofreu o processo de reorganização, recebendo autorização para funcionamento através
do Decreto nº 3.753/77, sob o nome de Escola Dr. Franco Vale – Ensino de 1º Grau,
ministrando ensino de 1ª à 4ª série e pré-escolar.
1980- Colégio Santo Antônio – Ensino de 1º e 2º Graus
Através do Decreto 2.820/80, Art. 3º, publicado no D.O.E., EM 27/08/1980, houve a
junção da Escola de Aplicação Dr. Franco Vale e a Escola Normal Colegial Estadual
Santo Antônio, numa única instituição de ensino, sob a denominação de Colégio Santo
Antônio – Ensino de 1º e 2º Graus.
1982- O Colégio Santo Antônio, ofertou os cursos Magistério e – Ensino de 1º e 2º Graus,
com o curso de 2º Grau Regular, com as habilitações: Plena em Magistério e Básica em
Agropecuária.
1983- Colégio Estadual Santo Antônio – Ensino de 1º e 2º Graus -Passou a
denominar-se Colégio Estadual Santo Antônio – Ensino de 1º e 2º Graus.
1984- Pela Resolução 4.145/84 fica autorizado o funcionamento do curso de 2º Grau
Regular - Propedêutico.
1990- Foi implantado o curso de 5ª a 8ª séries de 1º Grau, de forma gradativa, pela
resolução 3267/89, sendo reconhecido pelo decreto 1.115/94, D.O.E. De 25/03/1994.
neste ano o Colégio recebeu liberação de verbas, para reforma e melhorias no prédio.
1991- Fica autorizado pela Resolução 1.193/91, o funcionamento da habilitação Auxiliar
de Contabilidade.
1992- Nesse ano houve ampliação do prédio com construção de 04 salas de aula e 01
sala para laboratório de Ciências, Física e Química, em alvenaria.
1994- Ficou autorizado pela Resolução 1.038/94, fica autorizado o funcionamento da 4ª
série da habilitação Técnico em Contabilidade. Também, neste ano, o Colégio adquiriu
seu primeiro computador para uso da Secretaria.
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1995- Em parceria entre a APMF e a Empresa Wisa Informática, o colégio ofertou o curso
de Informática, possibilitando aos alunos, funcionários e professores o acesso à
tecnologia.
1997- Pela resolução 1.724/97, fica autorizado o funcionamento do Curso de 2º Grau –
Educação Geral, que mais tarde, em 1999, passou a denominar-se Ensino Médio,
reconhecido pela Resolução nº 1.576/03.
1998- Colégio Estadual Santo Antônio – Ensino Fundamental e Médio
O Colégio Estadual Santo Antônio – Ensino de 1º e 2º Graus passou a denominar-se
Colégio Estadual Santo Antônio – Ensino Fundamental e Médio, conforme Resolução
Secretarial nº 3.120/98 de 11 de setembro 1998. Neste ano, o Colégio recebeu liberação
de verba para outra reforma e melhorias do prédio.
1999- Pela Resolução 1.071/05, fica cessado definitivamente as atividades escolares da
Habilitação Magistério, Auxiliar e Técnico em Contabilidade, devido à adesão ao PROEM
– Programa de Expansão, Melhoria e Inovação no Ensino Médio do Paraná,
permanecendo apenas o curso Ensino Médio.
2001- Pela Resolução 1.053/02, fica cessado definitivamente as atividades escolares do
Ensino Fundamental – séries iniciais (pré e 1ª à 4ª série)
2002- Houve nova ampliação do prédio com a construção de mais 02 salas de aula em
alvenaria.
2006- Construção de 01 quadra coberta poliesportiva.
2007- O Colégio recebeu um novo Laboratório de Informática, pelo Programa Paraná
Digital, substituindo o antigo laboratório de informática (Proinfo e Proem).
2008- Houve a construção de 02 novas salas emergenciais para atender a demanda de
alunos provenientes das escolas municipais, e 01 quadra esportiva.
2009- Passou a ofertar o curso de Formação de Docentes de forma descentralizada pelo
Instituto Estadual Professor Cezar Prietto Martinez, do município de Ponta Grossa.
2010- Pela resolução Secretarial nº 5590/2008, foi implantado o Ensino Médio por blocos
de Disciplinas Semestrais.
2012 – Pelo Ato Administrativo nº 286/2012 – NRE, Resolução Secretarial nº 3011/2011 –
SEED, Deliberação nº 016/99 – C.E.E., e o Parecer Conjunto nº 187/2012 – SEF/EP/NRE,
foi implantado o Ensino Fundamental anos finais, 6º ao 9º anos, de forma simultânea.
IV – NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADOS
Nosso colégio oferta as séries finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio.
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• Ensino Fundamental de 6° a 9° ano, sendo organizado por séries anuais
divididas em quatro bimestres, sendo seis turmas no período matutino, quatorze
turmas no período vespertino e duas turmas no período noturno.
• Ensino Médio organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais com grade
curricular única para as três séries, cada série dividida em dois blocos com seis
disciplinas em cada bloco com duração de um semestre dividido em dois
bimestres, sendo doze turmas no período matutino, quatro turmas no período
vespertino e oito turmas no período noturno.
V – DIAGNÓSTICO
Violência? Internet? Corrupção? Exclusão Social? Narcotráfico? Stress?
Desigualdade Sociais? Racismo? Efeito Estufa? Milhões de mortos por meio de guerras?
Fome? Tráfico de armas? Desemprego? Desestruturação familiar? Perda de valores?
Indisciplina? Miséria? Degradação ambiental? AIDS? Pais ausentes? Falta de Limites?
Atualmente a humanidade vive em extremos, de um lado o avanço tecnológico e no
outro miserabilidade, doenças, violência, onde a sociedade brasileira está cada vez
tomando consciência de que sem educação séria, o seu futuro interno e internacional está
comprometido. É preciso buscar novas respostas promovendo a continuidade da vida em
nosso planeta, formar um cidadão consciente, crítico e atuante numa sociedade capaz de
respeitar diferenças culturais, étnicas, econômicas, políticas e religiosas, com
discernimento quanto às formas de dominação e preservação da fauna, flora e recursos
naturais.
Vivemos um período de transição com problemas cada vez mais globais, os quais
se refletem na Escola em forma de desmotivação de alunos e professores, falta de
interesse, baixo rendimento, evasão e repetência, violência, preconceito, falta de
acompanhamento da família no processo ensino-aprendizagem o que exige dos
educadores habilidades para as quais não foram preparados em suas formações. Não
apenas mudanças de programas, estratégias, mas mudança de paradigmas da educação
capaz de respeitar as diferenças, culturais, étnicas, religiosas e políticas.
Os educadores estão sendo desafiados a mudar e a inovar com o objetivo de
atender às expectativas da atual sociedade, levantando possibilidades e alternativas
viáveis, transformando a escola em um espaço privilegiado de análise, discussão,
reflexão da realidade, de democratização do saber, de construção do conhecimento, de
valores, de comprometimento, de reconstrução de um mundo melhor.
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A escola precisa se atualizar, compreender a linguagem dos jovens, e isso está
atrelado às oportunidades e as ameaças que a escola enfrenta no presente e poderá
enfrentar no futuro. Estar contextualizado, ou seja, ter uma visão clara do macro ambiente
é um passo para a busca e possível encontro de caminhos que possibilitem avanço na
qualidade e eficácia da educação como um todo, quer seja em projetos que visem
resolução rápida de problemas.
É importante analisar o ambiente interno e externo, pois eles afetam direta e
indiretamente a escola e permitem: Prever, planejar, organizar, executar e avaliar. Muitos
estudiosos apontam a interdisciplinariedade como um caminho rumo à busca de soluções,
pois ela convida os educadores, os psicólogos, enfim todos os profissionais da educação
a navegarem no oceano de elementos teóricos e práticos uns dos outros.
A formação continuada do educador é apontada como condição indispensável à
implantação das mudanças numa escola que se redireciona em busca de saberes e
práticas, oportunizando aos trabalhadores da educação a se integrar com as novas
tecnologias através de pesquisas na Internet, Portal da Educação e Pesquisas de campo.
Neste contexto o Colégio Estadual Santo Antônio tem o corpo discente formado por
alunos oriundos das mais variadas classes sociais, com valores e atitudes diferenciadas,
onde as turmas numerosas e totalmente heterogêneas apresentam alguns casos de
conflitos, desinteresse pelos estudos, baixo rendimento, evasão, repetência,
comportamento inadequado e faltas excessivas, principalmente no período noturno, por
motivo de trabalho e falta de perspectiva de futuro.
São apontadas também algumas atitudes de preconceito entre alunos e entre
professores e alunos, desmotivação de profissionais da Educação, falta de participação e
acompanhamento do processo ensino-aprendizagem por parte da família que muitas
vezes está desestruturada, falta do cumprimento das regras estabelecidas no
Regulamento Interno de alunos e professores, falta de comunicação interna, dificuldade
de reunir o corpo docente para reunião pedagógica pelo fato dos professores lecionarem
em outras escolas.
Podemos notar que, nos últimos anos, o desempenho do nosso Colégio nas
avaliações externas vem melhorando gradativamente, o número de alunos aprovados em
vestibular vem aumentando a cada ano. Isso se deve a um trabalho incansável da
comunidade escolar preocupada com a melhoria da qualidade de vida do aluno.
Essa instituição de Ensino oferece também oportunidade de Estágio
Supervisionado nas diversas disciplinas do Ensino Fundamental e Médio aos estagiários
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da Universidade. A escola espera que o estagiário propicie um trabalho que traga
benefícios para alunos, professores e para o próprio acadêmico de acordo com as normas
do regimento escolar e da filosofia educacional adotada.
PERFIL DA COMUNIDADE
Os alunos do Colégio Estadual Santo Antônio, pertencem a uma comunidade
qualificada como baixa renda, provenientes de famílias que sobrevivem do trabalho
braçal, diaristas, autônomos, agricultores, com nível de escolaridade, na sua maioria,
fundamental incompleto, sendo poucos os que possuem curso médio ou superior.
Tem sua religiosidade no catolicismo, mas há no município um grande número de
evangélicos e outras denominações religiosas.
Como desafios a serem superados, estão: o alcoolismo, drogas, tabagismo,
prostituição, problemas esses, vivenciados por muitos alunos e suas famílias, o que vem
repercutir negativamente nas suas condutas, afetando gravemente o processo de ensino
e aprendizagem.
A participação dos pais na vida escolar, ainda é insuficiente para desenvolver um
trabalho coletivo mais eficaz.
A partir de 2011 foi implantada a Patrulha Escolar (comunitária), atividade esta
desenvolvida pela Polícia Militar do Paraná em parceria com a SEED e NRE, em caráter
preventivo e educativo, realizando assessoramento à Direção Escolar no sentido de
resgatar a segurança do Colégio.
O colégio possui biblioteca adaptada às novas tecnologias, e o laboratório de
informática possui equipamentos adequados que são utilizados por professores e alunos
do colégio.
Recebe também representantes e instituições religiosas como: pastores, padres e
outras pessoas que possam contribuir no crescimento e conscientização de pais, alunos,
funcionários e professores para uma convivência fraterna e solidária.
O Colégio Estadual Santo Antônio - Ensino Fundamental e Médio está situado na
Rua Avenida 7 de Setembro nº 530 no município de Imbituva no estado do Paraná. Sendo
o nosso colégio o maior do município em número de alunos, mantém a tradição de
“Melhor e mais completa Escola da Comunidade” ofertando atualmente assistência a
clientela escolar de 6° ao 9° ano do Ensino Fundamental, Ensino Médio por blocos nos
turnos manhã, tarde e noite e no contra turno a Sala de Apoio e Sala de Recursos.
O quadro do corpo docente, administrativo e de apoio conta com:
− 01 Diretor
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− 02 Diretores Auxiliares
− 08-Professoras Pedagogas
− 09 -Agentes Educacionais II – Equipe Administrativa
− 17 Agentes Educacionais I – Equipe de apoio
− 59 Professores
A formação continuada é sem dúvida nenhuma um recurso necessário, para
responder às necessidades postas pela sociedade. Nesse processo insere-se o meio
educacional, campo de trabalho do profissional da educação. Este, por sua vez
desempenha função significativa na construção do saber, pois na interação professor-
aluno, busca-se contribuir na formação do cidadão consciente, crítico, responsável e
participativo. Sendo assim o educador deve estar em constante aperfeiçoamento pessoal
e profissional, para que no desenvolver da sua prática pedagógica, responda as reais
necessidades de seus alunos, proporcionando-lhes suporte teórico.
Neste contexto a escola pode e deve constituir-se em um importante instrumento
de transformação, proporcionando espaços que promovam a unidade do conhecimento,
em que educandos e educadores vão sendo despertados para uma consciência crítica e
dinâmica, permitindo a cada um assumir tarefas num nível cada vez mais profundo.
Para isso é necessário revisão e estudo das práticas pedagógicas bem como a
troca de experiências e a busca constante de alternativas de intervenções para melhor
compreender e desenvolver o trabalho pedagógico dentro do contexto escolar.
Portanto, a intervenção pedagógica deve partir da realidade vivencial dos alunos,
onde se inserem: as experiências vividas não se desconsideram o que o educando penso
e a sua visão de mundo, porém destaca-se que o conhecimento empírico e espontâneo
deve ser o ponto de partida para o trabalho pedagógico. É de responsabilidade da escola
não permitir que o aluno permaneça no mesmo nível de quando iniciou o processo de
aprendizagem, pois sua prática social precisa ser compreendida e re-elaborada pela via
do conhecimento do real.
É necessário, para assegurar que houve realmente essa passagem do nível inicial
que o educador trabalhe como mediador, enquanto detentor dos fundamentos do
conhecimento científico, desenvolvendo procedimentos adequados para viabilizar a
apropriação desse conhecimento pelos alunos. Com esta concepção o educador torna-se
criador de situações experimentais possibilitando a seus alunos levantar hipóteses e
consequentemente produzir conhecimento.
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Portanto, há necessidade de refletir sobre a formação inicial da grande maioria dos
profissionais da educação a qual teve como base a racionalidade técnica, isto é, o
professor simplesmente repassando conteúdos, solucionando problemas através de
teorias, não relacionando o conteúdo com a prática. Porém, para atender as
necessidades atuais de nossa escola, os profissionais farão uso da racionalidade prática,
da reflexão, ampliando as possibilidades para a construção de conhecimento,
relacionando teoria e prática, não aplicando apenas teorias, e sim formas de ação.
Dessa forma destaca-se a formação inicial, como principal caminho para aquisição
de suporte teórico no processo de desenvolvimento: no campo profissional e pessoal do
educador. Porém tem-se consciência de que este caminho é longo e contínuo, entendo
que o ser humano não está pronto e acabado, mas que está em constante mudança.
Por isso, todos os professores que atuam no colégio, além da formação na área
específica de atuação estão em contínua formação através das capacitações ofertadas
pela SEED, como Semana Pedagógica; PDE (Programa de Desenvolvimento
Educacional); GTRs (Grupo de Trabalho em Rede) e outros.
Os Agentes Educacionais I e II também estão constantemente se aperfeiçoando
através da Semana Pedagógica, PROFUNCIONÁRIO (Curso Técnico em Formação para
os Funcionários da Educação) e cursos também ofertados pela SEED.
O colégio oferta os anos finais do Ensino Fundamental e séries finais do Ensino
Médio.
• Ensino Fundamental dos anos finais, 6° ao 9° anos/regime de nove anos,
divididos em quatro bimestres, sendo seis turmas no período matutino, quatorze
turmas no período vespertino e duas turmas no período noturno.
• Ensino Médio organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais com grade
curricular única para as três séries, cada série dividida em dois blocos com seis
disciplinas em cada bloco com duração de um semestre dividido em dois
bimestres, sendo doze turmas no período matutino, quatro turmas no período
vespertino e oito turmas no período noturno.
• Sala de Apoio nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática para os
alunos de 6° a 9° anos, no período matutino.
• Sala de Recursos funciona no período matutino sendo desenvolvido um
trabalho diferenciado para desenvolver o raciocínio, atenção, socialização em
ensino aprendizagem.
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• Duas turmas de CELEM – Espanhol, funcionando em dois dias no período
noturno.
Esta instituição de ensino oportuniza aos pais, várias formas de participação na
vida escolar de seus filhos. Uma delas é realizada no início de cada ano letivo, na qual os
pais são esclarecidos sobre questões como o Regimento Escolar, regulamento interno,
sistema de avaliação, sala de apoio, sala de recursos, projetos previstos para o ano letivo
e também se coloca em aprovação a questão do uso do uniforme juntamente com todo o
regulamento interno.
Durante o bimestre, os alunos que apresentarem algum tipo de dificuldade em
relação à aprendizagem, socialização, problemas emocionais entre outros, são chamados
os pais para conversar individualmente com os professores e equipe pedagógica para que
se encontre um caminho de forma que se possa reverter à situação em benefício do
aluno, antes de fechar o bimestre.
Ao final de cada bimestre é realizada a reunião para entrega de boletins nas quais
os pais e/ou responsáveis têm a oportunidade de conversar com os professores e
informar-se sobre o rendimento escolar e atitudes dos mesmos .
Os pais e/ou responsáveis são convidados a participar da escola sempre que
desejarem e/ou sentirem necessidade de esclarecer suas dúvidas e dar sugestões.
O colégio segue o regimento escolar que regulamenta todas as ações que ocorrem
na escola. Os professores, no início de cada ano letivo, estabelecem com os alunos as
regras que devem ser respeitadas estando de acordo com o regulamento interno e com o
regimento escolar. Procura-se estabelecer com os alunos uma relação de muito respeito,
informando-os de seus direitos, bem como das suas responsabilidades.
A sala da Equipe Pedagógica é um espaço aberto para os alunos, professores,
funcionários e pais, para esclarecimentos, orientações, encaminhamentos, solução de
conflitos, enfim atender e encaminhar as situações relacionadas ao processo de ensino e
aprendizagem. Os professores são ouvidos pela equipe e direção para tomada de
decisão.
O colégio atende atualmente 1435 alunos distribuídos da seguinte forma:
ENSINO FUNDAMENTAL
MATUTINO VESPERTINO NOTURNO
QUANTIDADE DE ALUNOS
Nº DE TURMAS
QUANTIDADE DE ALUNOS
Nº DE TURMAS
QUANTIDADE DE ALUNOS
Nº DE TURMAS
6° ANO - - 228 7 - -7° ANO 33 1 136 4 - -
8° ano 55 2 59 2 36 1
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9° ano 57 2 70 2 41 1
ENSINO MÉDIO QUANTIDADE DE ALUNOS
Nº DE TURMAS
QUANTIDADE DE ALUNOS
Nº DE TURMAS
QUANTIDADE DE ALUNOS
Nº DE TURMAS
1º ANO 145 4 45 2 107 42º ANO 120 4 34 1 86 23º ANO 88 4 13 1 64 2
O Colégio Estadual Santo Antônio encontra-se localizado, Avenida 7 de Setembro,
530, centro, a 60km de distância do NRE de Ponta Grossa, possui área construída de
3920m2, distribuída em 18 Salas de Aula, 01 Sala Lúdica, 03 Salas Administrativas, 02
Salas da Equipe Pedagógica, 01 Biblioteca, 01 Laboratório de Ciências, 01 Laboratório de
Informática, 01 Cozinha, 01 Depósito para merenda, 01 Depósito para material de
limpeza, 01 Refeitório, 02 Quadras de Esporte Coberta, 04 Banheiros para os alunos, 02
Banheiros para professores, 01 banheiro para funcionários, 01 Pavilhão Coberto,
investimento em acessibilidade (rampas, portões) espaço para trânsito de alunos com
calçadas e jardinamento e inclusão de sistema de monitoramento de câmeras.
Quanto a parte física pedagógica, pela manhã são utilizadas 18 salas de aula e à
tarde também 18 salas de aula para as turmas regulares. Pela manhã está disponibilizada
1 sala para atendimento dos alunos da Sala de Recursos, outra sala para atender a Sala
de Apoio à Aprendizagem, 1 sala para a Biblioteca, 1 sala para o Laboratório de
Informática com 20 computadores, uma impressora e uma TV Multimídia, 1 sala para o
Laboratório de Ciências, este laboratório também será utilizado pelas disciplinas de
Biologia e Química.
Para a parte física administrativa são utilizados 2 salas para a Secretaria que
dispõem de 4 computadores ligados a duas impressoras (copiadora), uma sala para a
Direção, 2 salas para a Equipe Pedagógica.
Além dos computadores e impressoras já citadas, fazem parte dos equipamentos
tecnológicos: TVs Multimídia Pendrive que já estão instaladas e prontas para uso nas
salas de aulas, mais 1 Televisor a disposição dos professores para ser transportada em
sala de aula, 3 aparelhos de DVD, 3 retroprojetores, 1 aparelho de CD Player, uma caixa
de som, microfone sem fio e todas as salas possuem um ventilador na parede.
Para melhor compreender os dados da estatística referentes ao aproveitamento
dos alunos na aprendizagem, pode-se verificar através da tabela a seguir cada segmento
do ensino (série, fundamental e médio) e os números que correspondem a cada ano .
16
Ensino
Ano/Série/Etapa/Módulo
Matrículas Desistentes Concluintes
2007 2008 2009 2010 2011 2007 2008 2009 2010 2011 2007 2008 2009 2010 2011
Fundamental
5° 157 159 126 191 230 10 3 10 2 5 106 133 106 165 191
6ª 170 136 157 128 171 19 3 9 - 1 107 103 145 116 152
7ª 163 121 146 168 151 19 25 26 18 6 99 85 119 138 115
8ª 137 121 94 123 166 13 16 16 15 3 97 107 73 97 91
Médio 1ª 352 213 197 - - 47 32 24 - - 236 227 158 - -
2ª 255 207 226 - - 35 23 25 - - 179 185 205 - -
3ª 215 161 185 - - 21 26 17 - - 171 152 176 - -
Ensino Médio - 2010
Bloco 1 - 1º Semestre Bloco 2 - 2º Semestre
Série Matrícula Desistentes
Aprovados
Série Matrículas
Desistentes
Aprovados
1ª 283 16 231 1ª 267 8 218
2ª 183 5 161 2ª 171 6 153
3ª 199 5 179 3ª 191 3 181
Ensino Médio - 2011
Bloco 1 – 1º semestre Bloco 2 – 2º semestre
série
matrículas
desistentes
aprovados série matrículas desistentes aprovados
1ª 168 7 139 1ª 186 17 132
2ª 142 4 126 2ª 87 10 66
3ª 87 3 80 3ª 89 8 66
Sendo que estes dados não foram satisfatórios e o Colégio entrou no Programa de
Superação. Foi realizado um plano de ação visando diminuir o índice de reprovação e
evasão, para que isso acontecesse foi necessário o envolvimento de professores, equipe
pedagógica, direção, funcionários e pais, para que a escola pudesse cumprir sua função
para que os alunos possam compreender suas condições, e que nela permaneçam e
tenham sucesso.
Dentre as ações, foram sugeridas:
17
− novas metodologias pelos professores;
− mais envolvimento dos pais e responsáveis na vida escolar do alunos;
− acompanhamento dos alunos que apresentam dificuldades no ensino-
aprendizagem.
O tempo e o espaço escolar estão estruturados dentro das necessidades das
disciplinas, agora com o Ensino Médio por Blocos de Disciplinas Semestrais, o tempo de
convívio do professor com o aluno foi ampliado e pode se desenvolver práticas que antes
não eram possíveis. Os equipamentos e recursos pedagógicos não são os ideais, mas
estão em muito auxiliando no processo ensino-aprendizagem, como o Laboratório do
Paraná Digital, do Proinfo, as Tvs Multimídias e com os materiais para uso do Laboratório
de Ciências, as atividades práticas melhoraram muito nos dois últimos anos.
As relações de trabalho são conflitantes como em toda atividade humana, uma vez
que num ambiente democrático as ideias são expostas e debatidas e através deste
debate procura-se crescer nas relações humanas.
Quanto a participação dos pais e responsáveis na gestão democrática é
considerada satisfatória, pois muito tem auxiliado para a melhoria da escola tanto no
aspecto pedagógico, quanto em relação às instalações físicas que os pais ajudam a
melhorar.
Quanto aos critérios de organização das turmas e de distribuição de turmas por
turno e por professor: segue-se as orientações dos decretos de distribuição de aulas, e as
turmas são formadas respeitando-se o compromisso de não se fazer qualquer tipo de
discriminação quanto a diversidade de nossos alunos com relação racial, credo ou
situação econômica. Os alunos do período noturno, escolhem este turno por motivo de
trabalho.
As horas atividade consistem em um espaço para que os professores possam
aprimorar a sua prática pedagógica, através de estudos e aprimoramentos metodológicos,
bem como fazer o acompanhamento e correção das atividades propostas aos alunos,
preparação de aulas e são organizados de forma a poder propiciar um entrosamento
entre áreas afins.
VI – ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA
1- INSTÂNCIAS COLEGIADAS:
1.1- CONSELHO ESCOLAR
18
O Conselho Escolar tem função deliberativa. Refere-se a tomada de decisões
relativas às diretrizes e linhas gerais das ações pedagógicas, administrativas e financeiras
quanto ao direcionamento das políticas públicas, desenvolvidas no âmbito de escola.
Quanto a função consultativa refere-se à emissão de pareceres para analisar, aprovar e
acompanhar a tomada de decisões quanto às questões pedagógicas, administrativas e
financeiras.
Já na função avaliativa refere-se ao acompanhamento sistemático das ações
educativas desenvolvidas pela unidade escolar, objetivando a identificação de problemas
e alternativas para melhorias de seu desempenho, garantindo o cumprimento das normas
da escola bem como a qualidade social da instituição escolar. Tema função fiscalizadora
e, é um instrumento de gestão colegiada e de participação da comunidade escolar.
Os membros do Conselho Escolar deverão reunir-se ao final de cada bimestre para
acompanhar junto com a APMF, e outros órgãos colegiados para avaliação do trabalho
desenvolvido até a data da sua convocação.
A ação de conselheiros tem colaborado com a qualidade de ensino, fortalecendo o
trabalho coletivo e evitando-se o trato de interesses individuais. São promovidas reuniões,
a fim de discutir questões referentes a organização e funcionamento da escola.
1.2- APMF e GRÊMIO ESTUDANTIL
Essas instâncias promovem o exercício da cidadania, aos segmentos sociais
organizados e reconhecidos como Órgãos Colegiados de representação da comunidade
escolar, estão legalmente instituídos por Estatutos e Regulamentos próprios.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) é um órgão de
representação dos Pais, Mestres e Funcionários do estabelecimento de ensino, sem
caráter político partidário, religioso, racial e sem fins lucrativos, sendo constituída por
prazos determinados.
A APMF é regida por Estatuto próprio, aprovado e homologado em Assembleia
Geral, convocada especialmente para este fim.
A APMF tem como objetivos:
− Discutir, sobre ações de assistência ao educando, de aprimoramento do ensino
e integração família-escola-comunidade, enviando sugestões, em consonância
com a Proposta Pedagógica, para apreciação do Conselho Escolar e Equipe
Pedagógica.
− Prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando-
19
lhes melhores condições de eficiência escolar, discutindo a política educacional
visando sempre a realidade dessa comunidade.
− Proporcionar condições ao educando para participar de todo o processo
escolar, estimulando sua organização em Grêmio Estudantil com o apoio da
APMF e do Conselho Escolar.
− Representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo desta
forma, para a melhoria da qualidade de ensino, visando manter a gratuidade e
universalidade da escola pública.
− Promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e funcionários e toda
a comunidade, através de atividades sócio-educativas-culturais-desportivas,
ouvindo o Conselho Escolar.
− Gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem
repassados através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas
em reunião conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro ata.
− Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas
instalações e equipamentos, conscientizando sempre a comunidade sobre a
importância desta ação.
− Criar e disponibilizar veículos de comunicação, garantindo espaço para a
interação entre a Escola e a Comunidade Escolar.
O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes do
estabelecimento de ensino, com o objetivo de defender os interesses individuais e
coletivos dos alunos, incentivando a cultura literária, artística e desportiva de seus
membros.
O Grêmio Estudantil é regido por Estatuto próprio, aprovado e homologado em
Assembléia Geral, convocada especifica para este fim.
O Grêmio Estudantil tem por objetivos:
− representar condignamente o corpo discente;
− defender os interesses individuais e coletivos dos alunos do colégio, incentivar
a cultura literária, artística e desportiva de seus membros;
− realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural de educacional outras
instituições de caráter educacional;
− lutar pela democracia permanente na escola, através do direito de participação
nos fóruns internos de deliberação da Escola.
20
1.3- DIREÇÃO
A Direção Escolar é composta pela direção e direção auxiliar, escolhidos
democraticamente entre os componentes da comunidade escolar, conforme a legislação
vigente.
A função do diretor como responsável pela efetivação da gestão democrática, é a
de assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos no Projeto Político
Pedagógico deste estabelecimento de ensino. A equipe de direção se incumbe da
administração do Colégio, promove e supervisiona atividades de natureza pedagógica e
administrativa que possibilitem o desempenho docente e discente.
Dentre as atribuições inerentes à função destacam-se do Regimento Escolar os
seguintes artigos:
Art.18 – Compete ao diretor:
… convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento as
decisões tomadas coletivamente;
… elaborar os planos de aplicação financeira sob responsabilidade, consultando a
comunidade escolar e colocando-os em edital público;
… coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância com a
legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar e, após,
encaminhá-lo ao NRE para a devida aprovação;
… promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de estudar e
propor alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógica – administrativa
no âmbito escolar;
… encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações, no ambiente
escolar, quando necessários, aprovadas pelo Conselho Escolar;
… assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade estabelecidos;
… cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
1.4- EQUIPE PEDAGÓGICA
A Equipe Pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e
implementação no estabelecimento de ensino das Diretrizes Curriculares definidas no
Projeto Político Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a política
educacional e orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação.
Dentre as funções da equipe pedagógica destacam-se:
21
− coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político
Pedagógico e do Plano de Ação do Estabelecimento de Ensino;
− coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta pedagógica curricular
do estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da SEED e das
Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
− orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico, em uma
perspectiva democrática;
− orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-
pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de classificação,
reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial,
conforme legislação em vigor;
− acompanhar os aspectos de socialização e aprendizagem dos alunos, realizando
contato com a família com intuito de promover ações para o seu desenvolvimento
integral;
− manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com os colegas,
alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar.
1.5- EQUIPE DOS FUNCIONÁRIOS DAS ÁREAS DE ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR
Essa função é exercida por profissionais que atuam nas áreas da secretaria,
biblioteca e laboratório de informática do estabelecimento de ensino.
O funcionário administrativo que atua na secretaria como secretario(a) escolar é
indicado pela direção do estabelecimento de ensino designado por Ato Oficial, conforme
normas da Secretaria do Estado da Educação. O serviço da secretaria é coordenado e
supervisionado pela direção.
Ao secretário escolar compete cumprir a legislação em vigor e as instruções
normativas emanadas da Secretaria de Estado da Educação, que regem o registro
escolar do aluno e a vida legal do estabelecimento de ensino e também distribuir as
tarefas decorrentes dos encargos da secretaria dos demais funcionários administrativos.
O administrativo que atua na biblioteca escolar, indicado pela direção do
estabelecimento de ensino compete cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso da
biblioteca, assegurando sua organização e funcionamento, atendendo a comunidade
escolar, disponibilizando e controlando o empréstimo de livros, de acordo com
regulamento próprio.
22
Ao administrativo que atua no laboratório de informática indicado pela direção,
compete auxiliar o corpo docente e discente nos procedimentos de manuseio de materiais
e equipamentos de informática.
1.5.1- EQUIPE DAS ÁREAS DE MANUTENÇÃO DE INFRAESTRUTURA ESCOLAR E
PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
Os funcionários tem como encargo os serviços de conservação, na manutenção,
preservação, segurança e da alimentação escolar, no âmbito escolar, sendo coordenado
e supervisionado pela direção da instituição de ensino.
Compete aos funcionários que atuam na limpeza, organização e preservação do
ambiente escolar e de seus utensílios e instalações: zelar pelo ambiente físico da escola e
de suas instalações, cumprindo as normas estabelecidas na legislação sanitária vigente,
utilizar o material de limpeza sem desperdícios; zelar pela conservação do patrimônio
escolar, auxiliar na vigilância da movimentação dos alunos no horário do recreio, de início
e término dos períodos mantendo a ordem e a segurança dos estudantes, viabilizando a
acessibilidade e a participação no ambiente escolar.
São atribuições da equipe de alimentação escolar atuantes na cozinha: zelar pelo
ambiente da cozinha e por suas instalações e utensílios, cumprindo as normas
estabelecidas na legislação sanitária em vigor, selecionar, preparar e servir a merenda
escolar, observando padrões de qualidade nutricional e cuidados de higiene; receber,
armazenar e prestar contas de todo o material adquirido para a cozinha e da merenda
escolar; respeitar as normas de segurança ao manusear fogões, aparelhos de preparação
ou manipulação de gêneros alimentícios e de refrigeração.
Os funcionários que zelam pela segurança e atuam nos serviços de conservação e
preservação dos espaços escolares tem as seguintes atribuições: coordenar e orientar a
movimentação dos alunos, desde o início até o término dos períodos de atividades
escolares; zelar pela segurança individual e coletiva, orientando os alunos sobre normas
disciplinares para manter a ordem e prevenir acidentes no estabelecimento de ensino;
auxiliar a direção, equipe pedagógica, docentes e secretaria na divulgação de
comunicados no âmbito escolar.
Os funcionários participarão de eventos, cursos, reuniões sempre que convocados
ou por iniciativa própria, desde que autorizados pela direção, visando o aprimoramento
profissional.
1.6- CORPO DOCENTE
23
A equipe docente é constituída de professores regentes, devidamente habilitados.
São responsáveis em elaborar, com a equipe pedagógica, a Proposta Pedagógica
Curricular do estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político
Pedagógico e as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais, bem como elaborar seu
Plano de Trabalho Docente.
Aos professores compete viabilizar a igualdade de condições para a permanência
do aluno na escola, respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades
de cada aluno, no processo ensino-aprendizagem.
Destacam-se algumas atribuições dos professores, de acordo com o Regimento
Escolar:
− elaborar, com a Equipe Pedagógica, a proposta pedagógica curricular do
estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político Pedagógico e
as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
− elaborar seu Plano de Trabalho Docente;
− desenvolver as atividades em sala de aula, tendo em vista a apreensão crítica do
conhecimento pelo aluno;
− proceder a avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos, utilizando-se
de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no Projeto Político
Pedagógico do estabelecimento de ensino;
− promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os alunos,
estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer do
período letivo;
− comparecer no estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinárias que lhe
forem atribuídas e nas extraordinárias quando convocado.
VII – FUNDAMENTAÇÃO
1- CONCEPÇÕES QUE ORIENTAM E FUNDAMENTAM AS AÇÕES DA ESCOLA
A atual conjuntura histórica social demanda, progressivamente, uma educação de
qualidade. Tarefa de tal magnitude exige uma concentrada conjugação de esforços
inovadores, pois é neste contexto desafiante que está inserida a escola com sua linha
filosófica e pedagógica que deverá responder às novas concepções, cumprindo sua
função social, pois no contexto atual, é necessário levantar possibilidades e alternativas
viáveis, articulando e colocando em ação conhecimentos, habilidades e valores,
24
democratizando o saber para reconstruirmos uma nova visão de mundo.
Pensar sobre os fundamentos que sustentam a nossa prática pedagógica é
questão fundamental, levando-se em consideração que a clareza sobre aspectos
filosóficos e pedagógicos que fundamentam a proposta pedagógica de uma instituição
escolar é de extrema importância para a qualidade de ensino. Quando conhecemos os
pressupostos e os objetivos das nossas ações pedagógicas nos aproximamos cada vez
de uma prática significativa, tanto para o aluno, quanto para o professor.
Somente através do exercício da dimensão ética, do compromisso, poderemos
superar desafios que rondam o nosso tempo histórico, como a intolerância, a guerra, as
diversas formas de violência, a exploração dos homens, por outros homens, a falta de
dignidade e individualismo. Ser cidadão, é ter direitos. Ter direitos civis como direito à
vida, à igualdade perante as leis, à propriedade, a ter direitos políticos como participa nos
destinos da sociedade, ter direitos sociais que são aqueles que garantem a participação
de todos sem distinção de classe, raça, credo, na distribuição da riqueza, no direito à
educação, ao trabalho, à saúde, a uma vida digna. Exercer a cidadania é, pois usufruir
todos esses direitos como também, cumprir com seus deveres.
2- CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA
Criança e infância são conceitos que se complementam, culturalmente
determinados e historicamente construídos. Pode-se demarcar biologicamente o período
da infância, mas psicologicamente, não.
Criança é um ser completo, com suas próprias características (Rousseau descreve
que a criança tem um modo singular de entender e de ver o mundo). Deve ser entendida
dentro do seu estágio de vida. Assim, a escola não complementa ou molda a criança, mas
sim proporciona condições para que se desenvolva plenamente. É um conceito variável e
que se estabelece nas dimensões psicológica, social e afetiva.
3- CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA
Concepções de Adolescência em Jean Piaget. A palavra “adolescência” vem da
palavra latina “adolesco”, que significa crescer. É uma fase cheia de questionamentos e
instabilidade, que se caracteriza por uma intensa busca de “si mesmo” e da própria
identidade, os padrões estabelecidos são questionados, bem como criticadas todas as
escolhas de vida feita pelos pais, buscando assim a liberdade e autoafirmação.
Os teóricos da adolescência há muito tem concordado que a transição da segunda
infância para a idade adulta é acompanhada pelo desenvolvimento de uma nova
25
qualidade de mente, caracterizada pela forma de pensar sistemática, lógica e hipotética.
Piaget “afirmava que as mudanças na maneira como os adolescentes pensam
sobre si mesmo, sobre seus relacionamentos pessoais e sobre a natureza da sua
sociedade tem como fonte comum o desenvolvimento de uma nova lógica que ele
chamava de operações formais”(2007).
O pensamento operatório formal é o tipo de pensamento necessário para qualquer
pessoa que tenha de resolver problemas sistematicamente.
O adolescente constrói teorias e reflete sobre seu pensamento, o pensamento
formal, é a capacidade de construir provas lógicas em que a conclusão segue a
necessidade lógica. Essa habilidade constitui o raciocínio dedutivo.
4- CONCEPÇÃO DE HOMEM
O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a segundo
suas necessidades e para além dela. Nesse processo de transformação, ele envolve
múltiplas relações em determinado momento histórico, assim acumula experiencias e em
decorrência destas ele produz conhecimentos. Sua ação é intencional e planejada pelo
trabalho, produzindo bens materiais e não materiais que são apropriados de diferentes
formas pelo homem, conforme Saviani (1992). “O homem necessita produzir
continuamente sua própria existência. Para tanto, em lugar de se adaptar a natureza, ele
tem que adaptar a natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é, transformá-la pelo
trabalho.”
Considerando o homem um ser social, ele atua e interfere na sociedade, se
encontra com outro nas relações familiares, comunitárias produtivas e também na
organização política garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas
esferas da sociedade.
Partindo do pressuposto que o homem constitui-se um ser histórico, faz-se
necessário compreendê-lo em suas relações inerentes a natureza humana.
5- CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
A sociedade é mediadora do saber e da educação, presente no trabalho concreto
dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e de agir social a partir das
contadições geridas pelo processo de transformação da base econômica.
Segundo Demerval Saviani ( 1992, p.19-30 ), o entendimento do modo como
funciona a sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as
leis que regem o desenvolvimento da sociedade. Obviamente que não se trata aqui de
26
leis naturais, mas sim de leis históricas, ou seja, de leis que se constituem historicamente.
Inês B. De Oliveira diz que uma sociedade democrática não é, portanto aquela na
qual os governantes são eleitos pelo povo. A democracia pressupõe uma possibilidade de
participação do conjunto dos membros da sociedade em todos os processos decisórios
que dizem respeito à sua vida (em casa, na escola, no bairro, etc).
Olhar a diversidade do significado e do sentido das coisas velhas a multiplicidade
dos sujeitos, das vozes e dos olhares sobre o mundo, olhar o recorrente, o peculiar, os
detalhes, olhar a diferença, olhar sob outra lógica, como um novo olhar vigilante, olhar de
abertura, desprendido de qualquer certeza.
6- CONCEPÇÃO DA ESCOLA:
Estabelecimento de Ensino Fundamental e Médio com leis que regulamentam as
ações e a vida das pessoas que dela fazem parte. Desenvolve através de docentes um
ensino assentado na passagem do conhecimento sincrético para o conhecimento
criticamente elaborado (síntese). Isto implica em que o trabalho se for bem organizado,
contribuindo para a democratização do saber.
A escola do momento deve surgir da crítica do que existe, ela deve colocar-se
como instancia socializadora do saber para todos os cidadãos, principalmente para as
camadas populares.
A função social da escola é a mediação entre indivíduo e sociedade. A escola deve
promover a elevação cultural dos educandos partindo do conhecimento que eles já
possuem. Aprender a aprender (conhecer), aprender a fazer, aprender a ser, aprender a
conviver. O ponto de partida para a seleção dos conteúdos a serem ministrados é a
cultura historicamente elaborada, a ciência, a técnica, a arte, ou seja, o saber acumulado
ao longo da história e apropriado pelas classes dominantes como instrumento de
dominação. Para que se tenha consciência das condições de dominação e da apropriação
da cultura é fundamental que a escola leve o educando a refletir sobre esses
conhecimentos e os resultados que eles produzem na humanidade.
7- CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO:
É o processo pelo qual as pessoas adquirem conhecimentos gerais, científicos,
artísticos, técnicos ou especializados com o objetivo de desenvolver capacidades ou
aptidões. A educação dota o homem de instrumentos culturais, capazes de impulsionar às
transformações materiais e espirituais exigidas pela sociedade.
27
Na escola a ação educativa processa-se de acordo com a compreensão que se
tem da realidade social que está imerso.
No processo educativo distingue-se, dois aspectos interdisciplinares: o gesto
criador que resulta do fato de o homem “estar-no-mundo” e com ele relacionar-se,
transformando-o e transformando-se. Nesse caso, o gesto educativo não se distingue do
gesto criador de cultura e o gesto comunicador que o homem executa, transmitindo à
outros os resultados de suas experiências.
Nesse sentido a educação é mediadora entre o gesto cultural propriamente dito e a
sua continuidade.
Assim, na medida em que se transforma, pelo desafio que aceita e que lhe vem no
meio para o qual volta sua ação, o homem se educa. E, na medida em que comunica os
resultados de sua experiência, ele ajuda os outros a se educarem, tornando-se solidário.
A educação interfere sobre a sociedade, podendo contribuir para sua própria
transformação. Na escola a educação vai propiciar a aquisição dos instrumentos que
possibilitem o acesso ao saber elaborado, (ciência), bem como o próprio acesso aos
rendimentos desse saber.
Em educação a busca da competência deve encaminhar e dar conteúdo também,
às lutas dos profissionais da educação, por melhores condições dignas de trabalho e
aprimoramento profissional contínuo. Lutar pelas condições fundamentais que lhes
garantam competência é uma das instâncias da luta pela democratização do ensino.
8- CONCEPÇÃO DA CULTURA:
A cultura é resultado de toda a produção humana segundo “SAVIANI (1992), para
sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativamente é intencionalmente, os
meios de sua subsistência. Ao fazer isso ela inicia o processo de transformação da
natureza, criando um mundo humano (o mundo da cultura)”.
Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa completar
várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura. Na escola, em sua
prática há a necessidade da consciência de tais diversidades culturais, especialmente da
sua função de trabalhar as culturas populares de forma a levá-las à produção de uma
nova cultura erudita, como afirma Saviani “a mediação da escola, instituição especializada
para operar a passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular
à cultura erudita, assume um papel político fundamental”. (Saviani, Apud Frigatto, 1994,
p.189)
28
Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular erudita cabe a
escola aproveitar esse diversidade existente, para fazer dela um espaço motivador, aberto
e democrático.
9- CONCEPÇÃO DE TRABALHO:
Precisamos entender o trabalho como ação internacional e o homem em
suas relações sociais, dentro da sociedade capitalista que produz bens. Porém, é
necessário compreender que o trabalho não acontece de forma tranquila, estando
sobrecarregado pelas relações de poder.
Quando produz bens, estes são classificados em materiais ou não materiais. Os
bens materiais são produzidos para posterior consumo, gerando o comércio. Já nos bens
materiais produção e consumo acontecem simultaneamente.
No trabalho educativo o fazer e o pensar entrelaçam-se dialeticamente e nesta
dimensão que esta posto a formação do homem.
Ao considerarmos o trabalho uma práxis humana, é importante o entendimento de
que o processo educativo é um trabalho não material uma atividade intencional que
envolve formas de organização necessária para a formação do ser humano.
O conhecimento como construção histórica é matéria-prima (objeto de estudo) do
professor e do aluno, que indagando sobre o mesmo irá produzir novos conhecimentos,
dando a eles condições de entender o viver, propagando modificações para a sociedade.
10- CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA:
Examinamos a tecnologia como se fosse algo que mudasse constantemente, e
que, constantemente, provocasse alterações profundas na vida das escolas. Isto é
parcialmente verdade.
A tecnologia tem o impacto significativo não só na produção de bens e serviços,
mas também no conjunto de relações sociais nos padrões culturais vigentes.
A LDB – Lei de Diretrizes e Base da Educação 9394/96, formação tecnológica com
eixo do currículo assume, segundo Kuenzer (2000, p.39), a concepção que aponta como
a síntese entre o conhecimento geral e o específico, determinando novas formas de
selecionar, organizar e tratar metodologicamente os conteúdos.
A tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta sofisticada e alternativa no
contexto educacional, pois, a mesma pode contribuir para o aumento das desigualdades,
ou para a inserção social se vista como uma forma de estabelecer mediações entre o
29
aluno e o conhecimento em todas as áreas.
11- CONCEPÇÃO DE CIDADANIA:
O grande desafio histórico e dar condições ao povo brasileiro de se tornar cidadão
consciente (sujeito de direitos) organizados e participativos do processo de construção
político social e cultural.
Construir a cidadania e concidadania popular é a forma concreta de se
construir o Projeto-Brasil que buscamos.
A consciência política do professor é um elemento imprescindível para a melhora
da qualidade da educação em especial dos novos alunos marginalizados. O fazer
pedagógico é de responsabilidade do professor, o qual tem em suas mãos o poder de
instigar seu aluno a ver além dos conteúdos, ou seja, os determinantes políticos e sociais
que agem nas suas vidas. Não temos uma sociedade justa, porque não temos uma
distribuição de renda igualitária, gerando com isso problemas econômicos, sociais e
culturais.
12- CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
O conhecimento é uma atividade humana que busca explicar as relações entre os
homens e a natureza.
Dessa forma, o conhecimento é produzido nas relações sociais mediadas pelo
trabalho.
O conhecimento como mediador torna o professor participante do processo ensino-
aprendizagem precisa estar atento e verificar cada turma, pois a metodologia utilizada em
uma turma nem sempre será eficaz com outra. Os resultados que se buscam efetivar ao
longo do processo devem levar em consideração os aspectos significativos e o
delineamento do processo , e não somente o resultado esperado pelo professor, pois o
caminho percorrido é de grande valia para os diferentes sujeitos atendidos.
Com a inclusão escolar o professor atuante em sala de aula precisa estar consciente
de que o papel é muito mais abrangente, pois agora precisa atentar-se a mesma
construção de sujeitos com diferentes perspectivas de conhecimento, com necessidades
especiais e dificuldades diversificadas.
O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das condições
sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que representam as
30
necessidades do homem a cada momento, implicando necessáriamente nova forma de
ver a realidade, novo modo de atuação, para obtenção do conhecimento mudando,
portanto, a forma de interferir na realidade.
O conhecimento não ocorra individualmente. Ele acontece no social gerando
mudança interna e externo cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma
intencionalidade.
O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das condições
sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que representam as
necessidades do homem a cada momento, implicando necessariamente nova forma de
ver a realidade, novo modo de atuação, para obtenção do conhecimento, mudando,
portanto, a forma de interferir na realidade.
Essa interferência traz consequências para a escola, cabendo a ela garantir a
socialização do conhecimento que foi expropriado nas suas relações. Conforme Veiga
(Veiga, Ilma Passos, Projeto Político da Escola: uma construção coletiva, 1995, p.27)
O conhecimento escolar é dinâmico e não uma nova mera simplificação do conhecimento científico, que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos alunos.
Dessa forma, o conhecimento escolar é resultado de fatos conceitos e
generalizações, sendo, portanto, o objeto de trabalho do professor. Para Boff (Boff,
Leonardo, Projeto Políticos e Modelos de Cidadania, 2000, p. 82) “conhecer implica, pois,
fazer uma experiência e a partir dela ganhar consciência e capacidade de
conceptualização”.
O ato de conhecer, portanto, representa um caminho privilegiado para a
compreensão da realidade, o conhecimento sozinho não transforma a realidade,
transforma a realidade somente a conversão do conhecimento em ação.
13- CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
A aprendizagem faz parte do ensino, pois o conhecimento é uma construção
histórica e social no qual interferem fatores culturais, sociais, psicológicos, entre outros. A
escola desempenha seu papel, partindo do conhecimento que o aluno traz da sua própria
bagagem cultural, das suas ideias, seus valores, etc. A aprendizagem na escola ocorre
através da organização do trabalho pedagógico, desenvolvido por toda a comunidade
escolar, com ênfase na prática pedagógica do professor.
A aprendizagem antes de tudo é uma construção histórica social do saber e
concretiza-se quando há interação e sentido nas ações realizadas. Através da
31
aprendizagem, o educando vai modificar, enriquecer e construir novas perspectivas,
através de modelos conceituais que resignificam o pensar e o saber na dimensão
-homem-conhecimento-realidade. A diversidade dos saberes enobrece o convívio escolar
e fortalece as comunidades culturais, dinamizando suas identidades e raizes históricas.
Surge então a relevância de se considerar a Educação do Campo, a Cultura Afro-
Brasileira, enfim todas as representações étnicas, como conhecimento vivo e referencial
no plano curricular e planejamento pedagógico.
A escola em relação a aprendizagem, deve colocar educador e educando como
parceiros na construção do saber sistematizado, cabendo ao professor a tarefa de
articular as diversas fontes do conhecimento, relacionar teoria e prática, ciência e
cotidiano, enfim, facilitar a compreensão e inserção do educando na realidade histórica.
Devido as transformações globais, hoje a educação e o ensino das diferentes
disciplinas não podem ser trabalhados de forma fragmentada, nem desvinculadas da
realidade, pois entende-se que um complementa o outro. Portanto, recorre-se ao trabalho
das diferentes disciplinas para se estudar um determinado assunto, assim cada disciplina
contribui para o ensino multidisciplinar. Percebe-se aí a união da teoria e da prática
escolar eu verdadeiro sentido da aprendizagem.
A multidisciplinaridade como modalidade de ação é capaz de fazer com que os
docentes passem a pensar no global, não só na sua disciplina mas no assunto com um
vínculo que encontrará com a outra. Os alunos são estimulados a fazerem o mesmo, ou
seja, construírem de alguma forma seu próprio conhecimento. Esses conhecimentos
deverão partir da realidade dos sujeitos envolvidos no processo ensino aprendizagem,
pois deve-se partir do que é real para que ambos possam aprender.
14- CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino-
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de conhecimento do aluno e também
de o professor avaliar a sua prática.
A tarefa de avaliar é muito complexa, constantemente estamos discutindo,
repensando buscando novos rumos e caminhos; é um tema provocativo e desafiador,
com o qual nos deparamos diariamente na nossa tarefa como profissionais da educação.
A avaliação nunca será uma atividade neutra, pois o modo como se efetiva a
necessidade da tomada de decisões e juízos que nos é exigida constantemente, sejam
mais transformadoras ou conservadoras, correspondem as concepções que construímos
32
e também colocamos em prática.
Avaliar nos impõe um enfrentamento com o real, um julgamento, mas não pode
ficar somente nesta perspectiva; pois, avaliar é também analisar, compreender, desvelar,
descobrir, pesquisar, estabelecer correlações, ampliar a visão, aprofundar questões,
dialogar, construir significados para os sujeitos e para a coletividade.
Dentro de uma perspectiva transformadora, crítica, a serviço da educação,
buscando a melhoria da qualidade do ensino é necessário sintonizarmos esse processo
com a sua finalidade.
Sendo assim, os objetivos a que nos propomos é trabalharmos para termos alunos
que sejam autônomos em suas aprendizagens e em seu desenvolvimento humano,
produtores de conhecimento científico e significativo, conscientes de sua singularidade e
subjetividade e comprometidos com o coletivo da escola, direção, equipe pedagógica,
pais, alunos, professores para que assumam seus papéis e concretizem em trabalho
pedagógico relevante para formação de sujeitos. Sendo assim, a avaliação deverá ser
contínua, diagnóstica, somativa, processual, qualitativa e formativa. Ela é o ensino
aprendizagem em seus condicionantes que deve pautar não somente os resultados e
notas, mas a aprendizagem. A avaliação é fundamental porque influi no significado que o
professor atribui na sua prática pedagógica para alcançar ou não os objetivos propostos.
Por isso a avaliação deve ser transparente, participativa, permitindo ao aluno reconhecer
suas próprias necessidades, com a consciência de acompanhar a sua própria situação
escolar. Apresenta- se como elemento necessário nos diferentes níveis de planejamento.
Ela subsidia o professor com elementos para uma reflexão contínua de sua prática,
com a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem
ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de
aprendizagem individual ou de todo grupo.
Para o aluno, é o instrumento de tomada de consciência de seus conhecimentos,
dificuldades e possibilidades para reorganizar o seu investimento na tarefa de aprender.
As próprias situações de aprendizagem irão sugerir os melhores instrumentos: um
debate , apresentações artísticas, respostas diversas e perguntas pertinentes (durante a
aula, filme e outros) e participação, proporcionando avaliação diagnóstica.
A pratica avaliativa na educação consolida-se com foco principal no processo
ensino-aprendizagem, é utilizada para verificar o desempenho escolar dos alunos em sala
de aula assim como em programas de avaliação de rendimento escolar em âmbito
nacional tais como: SAEB (Sistema de Avaliação da Educação Básica), que iniciou em
33
1993 e vem sendo aplicado em todo o país nos anos ímpares. É realizada por meio de um
processo de amostragem e a metodologia utilizada permite a comparação dos resultados
ao longo do tempo, produz informações sobre o rendimento escolar para serem utilizadas
pelos responsáveis pelas macropolíticas da educação e seus dados apresentados a
federação, regiões e estados. O ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) iniciou em
1998 com aplicação anual em todo o país, a inscrição é voluntária a todos os alunos que
estão terminando o Ensino Médio ou já concluíram. Oferece ao estudante a possibilidade
de saber como está sua formação através de uma autoavaliação dos conhecimentos e
das habilidades desenvolvidas ao longo da Educação Básica. Os resultados são utilizados
como referência nas escolhas futuras à continuidade dos estudos, no mercado de
trabalho e nos vestibulares de instituições de Ensino Superior.
A avaliação evolui da mensuração, medida, observação e descrição da realidade
para análise crítica com julgamento de valor ético-político-social pré-determinado entre os
envolvidos.
A avaliação amplia seu campo, não se trata mais simplesmente de avaliar apenas
alunos, mas também os professores, as escolas, os conteúdos, as metodologias e
estratégias de ensino. Em outro momento, também é possível observar o processo de
avaliação em si, que se inicia com o estudo, investigação ou pesquisa científica
incorporando mais tarde o foco do empreendimento como uma decisão política e coletiva
de uma instituição que se auto-avalia, como na avaliação institucional.
À medida que houve crescimento e interesse na área de avaliação esta ganha
complexidade, especialmente porque os fenômenos mais significativos que ocorrem no
interior do sistema educacional, não são passíveis de mensuração por isso necessita-se
de uma avaliação capaz de dar conta de novos fenômenos. Passando a ser reconhecida
como de interesse público, constituindo-se como prática política pedagógica, tornando-se
um importante e vasto campo de estudo.
A Rede Pública oportuniza aos estabelecimentos de ensino a Avaliação
Institucional a qual é uma reflexão necessária para reorganizar e renovar as ações
educacionais que concretizem procedimentos administrativos e pedagógicos que
favoreçam as transformações desejadas para a qualidade do ensino público e da gestão
educacional, pois avaliar de maneira sistemática a instituição favorece melhorias
significativas para a organização do sistema e do próprio processo educativo.
Deve ser construída de forma coletiva a fim de identificar as qualidades e
fragilidades da instituição e do sistema. Não está restrita ao âmbito escolar, abrangendo
34
as demais instâncias que compõem o sistema educacional (SEED e Núcleos Regionais),
objetivando mudanças de rumos e comprometimento de ações inovadoras que visem o
avanço da Educação através de políticas educacionais comprometidas com a
transformação social.
A avaliação do aproveitamento escolar deverá incidir sobre o desempenho do
aluno em diferentes experiências de aprendizagem. Como instrumentos e técnicas de
avaliação deste estabelecimento serão utilizadas atividades avaliativas de aproveitamento
orais e escritas, tarefas específicas, elaboração de relatórios, exposição oral, trabalhos
de criação, observações espontâneas ou dirigidas , produção de texto, experimentação
prática, pesquisas individuais ou em grupos, sínteses, debates, filmes, mesa redonda,
análise de gráfico e tabelas, participação nas atividades cotidianas, interesse,
pontualidade, assiduidade e responsabilidade.
As avaliações serão diagnósticas, somativas e contínuas divididas da seguinte
forma: 60% de nota bimestral em provas escritas e 40% da nota nas atividades descritas
acima de acordo com o conteúdo desenvolvido no bimestre. É vedada avaliação em que
os alunos são submetidos a uma só oportunidade de aferição.
A avaliação se traduzirá num trabalho cooperativo entre a Direção, Docentes,
Equipe Pedagógica e todos os integrados na diagnose dos problemas que interferem no
processo de ensino-aprendizagem para dar-lhe soluções adequadas.
Na avaliação do aproveitamento escolar deverão preponderar os aspectos
qualitativos da aprendizagem sobre os quantitativos.
Dar-se-á maior importância à atividade crítica, a capacidade de síntese e a
elaboração pessoal social, sobre memorização.
O resultado da avaliação será traduzido sob a forma de notas, numa escala de
0(zero) e 10(dez) e a comunicação aos alunos e pais será feita através de boletins
bimestrais.
Os critérios da avaliação serão registrados em documentos próprios (Regimento
Escolar, Plano de Trabalho Docente) e os resultados do Livro de Registro de Classe a fim
de ser assegurada a regularidade de autenticidade da vida escolar do aluno.
A recuperação da aprendizagem será paralela durante o processo ensino-
aprendizagem e entendida como um dos aspectos do seu desenvolvimento contínuo no
qual o aluno, com aproveitamento insuficiente, disponha de condições próprias que lhe
possibilitem a apreensão de conteúdos básicos necessários. Deverá construir um
conjunto integrado ao processo de ensino além de se adequar às paralelas de acordo
35
com sua especificidade oportunizando 100% (cem por cento) de aproveitamento. Sendo
esta substitutiva prevalecendo a nota maior de acordo com o artigo 24, inciso 05 letra “e”
da LDB.
O aluno será considerado aprovado quando:
− Obtiver frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco porcento) do total de
horas lecionadas;
− Avaliação final deverá considerar, para efeito de promoção ou retenção, todos os
resultados obtidos durante o ano letivo, considerando-se aprovado, com relação a
apuração do aproveitamento: o aluno que obtiver média 6,0 (seis virgula zero) ou
superior, na soma dos quatro bimestres.
Contribuirão ainda para o processo ensino-aprendizagem a avaliação dos vários
aspectos tais como: formação continuada nas diversas áreas, acompanhamento
pedagógico das atividades docentes desenvolvidas, oficinas, reuniões pedagógicas,
iniciação à pesquisa, grupo de estudo por área e temas pedagógicos e realimentação do
Projeto Político Pedagógico de acordo com as necessidades apresentadas pelo colégio.
A avaliação institucional deve ser fundamentada em seus aspectos políticos,
técnicos, sociais e simbólicos. Deve partir de informações existentes, com os
instrumentos disponíveis e com a participação ampliada da comunidade escolar,
assumindo assim um caráter educativo, crítico, transformador e emancipador.
Neste estabelecimento a avaliação institucional, realizar-se-á de acordo com as
orientações da SEED, via responsável (NRE) a fim de que os resultados obtidos sirvam
de orientação para novas ações que possibilitem e melhorias no processo educacional.
15- CONCEPÇÃO DE CURRíCULO:
O Currículo do Colégio, segue as Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação
Básica do Paraná, sob uma concepção histórico-crítica, enfatizando o conhecimento
contextualizado e interdisciplinar no desenvolvimento do ensino-aprendizagem, tendo
como requisitos básicos a aquisição de saberes como ler, escrever, interpretar e calcular.
A Proposta Curricular é a orientação prática da ação de acordo com um plano mais
amplo, que enquanto projeção do projeto político, o Currículo define o que ensinar, como
ensinar e as formas de avaliação, em estreita colaboração com a didática.
Entretanto a concepção do Currículo indica sempre uma intencionalidade, função,
princípios, características que abrange e refere ao contexto em que se concretiza a ação
da escola, como Instituição Social. O Currículo Educacional representa os conhecimentos
36
e valores, é uma expressão de mundo, de homem e de sociedade que reflete escolhas e
valorizações epistemológicas.
16- CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO
O letramento tem como objetivo de reflexão de ensino, ou de aprendizagem os
aspectos sociais da língua escrita. Assumir como objetivo o letramento no contexto do
ciclo escolar implica adotar na alfabetização uma concepção social da escrita, em
contraste com uma concepção tradicional que considera a aprendizagem de leitura e
produção textual como a aprendizagem de habilidades individuais.
Determinar o que seja um texto significativo para a comunidade implica, por sua
vez, partir da bagagem cultural diversificada dos alunos, que antes de entrarem na escola,
já são participantes de atividades corriqueiras de grupos sociais, que central ou
perifericamente, com diferentes modos de participação, já pertencem a uma cultura
letrada.
A diferença entre ensinar uma prática para que o aluno desenvolva uma
competência ou habilidade não é mera questão terminológica. Na escola onde predomina
a concepção da leitura e da escrita como competências, concebe-se a atividade de ler e
escrever como um conjunto de habilidades progressivamente desenvolvidas até se
chegar a uma competência leitora e escrita ideal: os estudos do letramento, por outro
lado, partem de uma concepção de leitura e de escrita com práticas discursivas, com
múltiplas funções e inseparáveis dos contextos em que se desenvolvem.
Nesse tipo de trabalho de projetos de letramento, seja qual for o tema e o objetivo,
eles necessariamente envolverão conhecimentos, experiências, capacidades, estratégias,
recursos, materiais, técnicas de uso da língua escrita.
Convivendo num ambiente letrado, mesmo o professor de formação tradicional
poderá aos poucos refletir como propiciar atividades que, contribuam para o letramento do
aluno, sobre como fazer e registrar as observações avaliativas, tanto para diagnosticar
como para mensurar aprendizagem.
17-CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR
A gestão democrática é caracterizada pelo reconhecimento da importância da
participação consciente e esclarecida das pessoas nas decisões sobre a orientação e
manejamento de seu trabalho. Está associada ao fortalecimento da ideia de
democratização do processo pedagógico, entendida como participação de todos nas
decisões e na sua efetivação.
37
A principal função do administrador escolar é realizar uma liderança política,
cultural e pedagógica, sem perder de vista a competência técnica para administrar a
instituição que dirige. Em cumprimento a legislação vigente e usando de criatividade deve
colocar o processo administrativo a serviço do pedagógico e assim facilitar a elaboração
de projetos educacionais que sejam resultantes de uma construção coletiva dos
componentes da escola. Afinal a escola é o ponto de encontro dos vários profissionais
envolvidos na ação educativa, integrando o saber ao saber, criando espaços coletivos e
solidários, possibilitando a integração entre as pessoas e as diversas áreas de ensino.
O principal instrumento da administração participativa é o planejamento
participativo, que pressupõe uma deliberada construção do futuro, do qual participam os
diferentes segmentos de uma instituição, cada um com sua ótica, seus valores e seus
anseios, que, com o poder de decisão, estabelecerão uma política, que deve estar em
permanente debate, reflexão, problematização, estudo, aplicação, avaliação e
reformulação, em função das próprias mudanças sociais e institucionais.
Assim o trabalho coletivo articula os diversos segmentos da comunidade escolar e
é fundamental para sustentar a ação da escola em torno de uma proposta pedagógica,
formando uma grande unidade escola – comunidade dentro da proposta pedagógica,
onde todos os segmentos envolvidos (Direção, equipe pedagógica, Funcionários,
Professores, Pais e Alunos) dialogam sobre os problemas comuns, as angústias, e
buscam as soluções mais adequadas para tentar solucioná-las. Essa construção conjunta
requer uma nova visão no relacionamento humano: relação diretor – professor, professor
– aluno, professor – pai e mãe, pai – filho, despertando para a cooperação, a
solidariedade e a partilha dos saberes diferentes como as diversas experiências,
tornando-os companheiros do mesmo ideal, a Educação.
A gestão compartilhada do nosso colégio, visa a identificação dos problemas do
estabelecimento e a busca de alternativas para intervir na realidade escolar, através da
autogestão onde todos os participantes são também gestores de suas próprias atividades,
inexistindo relações de subordinação.
38
VII – PROPOSIÇÂO DE AÇÕES
O Colégio Estadual Santo Antônio tem como objetivos uma educação que promova
o desenvolvimento cognitivo, afetivo, social, ético e estético, preparando-os para o
exercício da cidadania, tendo como meta na função, não somente o preparo para o
mundo do trabalho, mas também vinculá-lo à prática social. É função da escola formar o
cidadão, assegurando-lhe o acesso e a apropriação do conhecimento sistematizado,
mediante a instauração de um ambiente propício às aprendizagens significativas e às
práticas de convivência democrática.
A escola se organiza com o propósito de constituir um espaço favorável à plena
formação do estudante, levando em conta suas diferenças e classe social.
A atual situação política e socioeconômica está interferindo diretamente na vida
escolar dos educandos, deixando-os sem perspectivas de uma vida melhor,
desmotivando-os para que permaneçam e envolvam-se com a aprendizagem. Pois, uma
grande parte dos alunos do nosso colégio pertencem à famílias de nível socioeconômica
baixo, uma parte dos alunos são filhos de agricultores, muitos pais trabalham como
diaristas, boias-frias, e quando tem emprego fixo, ganham geralmente salário mínimo.
Essa situação induz principalmente os alunos do período noturno, a buscar trabalho para
ajudar financeiramente seus familiares.
A avaliação do aluno é feita todos os dias, através de diversas atividades. O
sistema de avaliação de cada disciplina segue normas contidas no Regimento Escolar do
Colégio é diagnóstica e somativa não podendo ser realizada em menos de três etapas
seguindo os valores correspondentes de 1ª avaliação – 3,5 (três virgula cinco), 2ª
avaliação – 3,5 (três virgula cinco) e trabalhos – 3,0 (três virgula zero). Os instrumentos
utilizados pelo corpo docente são: avaliações orais e escritas, testes, pesquisas, trabalhos
em grupo, relatórios, auto-avaliação, participação nas atividades desenvolvidas em sala
de aula extraclasse. O valor de 3,5 (três virgula cinco) para as avaliações é o máximo
valor, e nada impede que o professor realize mais avaliações com valores menores em
sua disciplina.
A Secretaria de Estado de Educação padronizou o sistema de avaliação e
promoção, para todos os Estabelecimentos de Ensino da Rede Pública do Estado. A
média de 6,0 (seis virgula zero) será o mínimo exigido para o aluno ser promovido a série
subsequente. Estará automaticamente aprovado o aluno que apresentar média anual
superior ou igual a 6,0 (seis virgula zero) e frequência igual ou superior a 75% (setenta e
cinco porcento).
39
O aluno que não atingir 75% (setenta e cinco porcento) de frequência ficará
automaticamente reprovado.
CÁLCULO DA MÉDIA ANUAL: MA=M1ºB + M2ºB + M3ºB + M4ºB
4
A recuperação é realizada: paralelamente às aulas dadas; após cada avaliação
realizada, quando o aluno não conseguir assimilar os conteúdos trabalhados e sempre
que o professor detectar problemas de aprendizagem
Tarefas, respostas e manifestações são analisadas com frequência pelo professor
que propõe novas perguntas e experiências educativas ajustadas às necessidades e
interesses percebidos. Nessa concepção, os estudos de recuperação são direcionados ao
futuro, porque não se trata de repetir explicações ou trabalhos, mas de organizar
experiências subsequentes que desafiem o estudante a avançar em termos do
conhecimento.
Desenvolver estudos paralelos de recuperação significa propor aos alunos
permanentemente gradativos desafios e tarefas articuladas e complementares às etapas
anteriores, visando sempre maior entendimento, precisão de suas respostas e riqueza de
seus argumentos. O que deve acontecer a partir de tarefas coletivas, preferencialmente,
porque os próprios alunos irão atuar como agentes desafiadores a superação das duas
dificuldades.
Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante
o período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar,
sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de Classe.
Na recuperação paralela, o professor considera a aprendizagem do aluno no
decorrer do processo para aferição do bimestre, ente a nota da avaliação e da
recuperação, prevalecendo sempre a maior, de serem aproveitadas em favor do aluno.
A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o
estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos
compatíveis com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meios formais ou
informais, podendo ser realizada:
I- por promoção, para alunos que cursaram, aproveitamento, a série ou fase
anterior, na própria escola;
II- por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, país ou do
exterior, considerando a classificação da escola de origem;
III- independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para
40
posicionar o aluno na série, ciclo, disciplina ou etapa compatível ao seu grau de
desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou informais.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, exige as
seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos das escolas e dos profissionais:
I- organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola para
efetuar o processo;
II- proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe
pedagógica;
III- comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado, para
obter o respectivo consentimento;
IV- arquivar atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
V- registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
É vedada a classificação para ingresso no ano inicial do Ensino Fundamental.
Do processo de Reclassificação
- A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia o
grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano, levando em
conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudos
compatíveis com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do que registre
o seu Histórico Escolar.
- Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na
aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com frequência na série/disciplina,
dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa iniciar o processo de
reclassificação.
- Os alunos, quando maior, ou serem responsáveis, poderão solicitar aceleração de
estudos através do processo de reclassificação, facultando à escola aprová-lo ou não.
- A equipe pedagógica comunicará, com antecedência ao aluno e/ou seus
responsáveis, os procedimentos próprios do processo a ser iniciado, a fim de obter o
devido consentimento.
- A equipe pedagógica do estabelecimento de ensino, assessorada pela equipe do
Núcleo Regional da educação, instituirá Comissão, conforme orientações emanadas da
SEED, a fim de discutir as evidências e documentos que comprovem a necessidade da
reclassificação.
- Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões,
41
anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados, para
que sejam arquivadas na Pasta Individual do aluno.
- O resultado do processo de reclassificação será registrado em ata e integrará a
Pasta Individual do aluno.
- O resultado do processo de reclassificação será realizado pelo estabelecimento
de ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à SEED.
- A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anterior cursada.
Como a escola contemplará os seguintes Conteúdos Obrigatórios:
a) História do Paraná (Lei nº 13.381/01): conteúdos de história do Paraná, do
município de Imbituva e outros.
b) História e Cultura Afro-Brasileira, africana e indígena (Lei nº 11,645/08): são
desenvolvidas atividades referentes através de conscientização, conhecimento da cultura,
crenças, religiosidade e costumes, sendo realizadas através de teatros, dramatizações,
oficinas, jograis, maquetes, filmes, paródias e murais.
c) Música (Lei nº 645/08): para todas as séries: altura, duração, timbre,
intensidade, densidade, ritmo, melodia. Gêneros: folclórico, indígena, popular, etc.
Técnicos: vocal e instrumental. Improvisação, sonoplastia. A música tem grande influência
na vida dos adolescentes, é uma ferramenta importante na prática pedagógica.
d) Prevenção ao uso indevido de drogas: prevenção, em seu sentido mais
amplo quer dizer que antes que ocorra determinado fenômeno ou fato, é preciso que se
intervenha para que seja evitado.
O trabalho preventivo é realizado em todas as disciplinas e têm o objetivo de alertar
e prevenir os alunos, evitando a relação destrutiva do ser humano com a social que
envolve questões políticas, culturais, econômicas e sociais. Tratar a prevenção ao uso
indevido de drogas é compromisso da escola pública, com o intuito da reflexão em todos
os contextos envolvidos. É na verdade um desafio que leva a um trabalho coletivo e
interdisciplinar, cujo resultado pode culminar na transformação de comportamentos e
atitudes dos nossos alunos.
e) Sexualidade humana: a escola trabalha com seres em pleno desenvolvimento,
sendo: afetivo, emocional, físico, psicológico, sexual. Compreende-se que todos estes
aspectos interferem de uma forma ou de outra na vida escolar do adolescente. A questão
da responsabilidade está sendo formada e se faz necessária a orientação,
esclarecimentos e clareza em certas questões com os professores de Ciências do Ensino
Fundamental e Biologia do Ensino Médio. Compreendendo que o desenvolvimento sexual
42
é algo natural e inerente a cada ser humano, este projeto objetiva a construção de
conceitos científicos e claros, montados num processo natural e responsável. Os temas
Sexualidade e Uso Indevido de Drogas são trabalhados nos conteúdos curriculares e
também através de palestras, ministradas por pessoas da área da saúde da comunidade
e outras capacitadas.
f) Educação Ambiental, Lei Federal nº 9796/99, Dec. Nº 4201/02:
A Educação Ambiental é um processo que consiste em propiciar às pessoas uma compreensão crítica e global do ambiente, para lucidar valores e desenvolver atitudes para elucidar valores e desenvolver atitudes que lhe permitam adotar uma posição consciente e participativa a respeito das atividades que lhes permitam adotar uma posição consciente e participativa a respeito das questões relacionadas com a conservação e adequada utilização dos recursos naturais, para melhoria da qualidade de vida e eliminação da pobreza extrema e do consumismo desenfreado. (Medina 2002, p.73).
As ações que o homem exerce sobre o meio ambiente, interferem diretamente na
qualidade de vida, tendo um efeito, às vezes, devastador na vida do ser humano. É
preciso que o educando aprenda a entender os mecanismos que regem a natureza,
conhecer os processos de preservação, as tecnologias, a preparação e manejo de
processos de desenvolvimentos ambientais são atitudes importantes na construção de
uma vida mais saudável e previsível e feliz.
g) Educação Fiscal: este desafio tem como meta a formação de cidadãos
conscientes do cumprimento do seu dever com relação às obrigações tributárias e do
direito de cobrar a adequada destinação dos recursos provenientes dos tributos
arrecadados pelo Estado.
h) Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente: hoje as
crianças assistem a desenhos animados na TV, nos quais os personagens, muitas vezes,
utilizam a violência para conseguir o que querem tornam-se heróis e seus atos “nobres”
são considerados corretos. Passando aos seus telespectadores infantis uma falsa
concepção do que é ser nobre e herói.
A participação dos pais na vida de seus filhos é cada vez mais necessária, porque
o enfrentamento à violência é uma ação conjunta onde escola, família e comunidade
precisam estar alinhados num mesmo propósito.
Entre as atitudes de violência está o bullying que significa o poder de intimidar,
excluir, humilhar, perseguir, constranger os outros, ocorre nas escolas com frequência,
desenvolvendo nas vítimas o medo, a depressão e até mesmo a evasão escolar. A escola
então precisa ter uma atitude preventiva, promovendo a inclusão social e psicológica.
43
i) Direito da Criança e do Adolescente Lei nº 11.525/07: esta Lei dispõe sobre a
proteção integral à criança e ao adolescente. Considera-se criança, a pessoa até doze
anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à
pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata essa Lei, assegurando-
lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes
facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social em condições de
liberdade e dignidade.
É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público
assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Será realizado
no Ensino Médio com filmes, pesquisa, apresentação, trabalhos.
j) Educação Tributária Dec. Nº 1143/99, Portaria nº 413/02: como perceber o
tributo como meio de assegurar o desenvolvimento econômico e social, sem o devido
conhecimento de seu conceito, da sua função e da sua aplicação?
O conhecimento do papel social do tributo através da conscientização dos alunos,
para o exercício da cidadania é um objetivo já colocado em prática em todas as
disciplinas, especialmente no Ensino Médio e séries finais do Ensino Fundamental.
Educação Tributária é sim, um desafio, quando se trata de um processo de
inserção de valores na sociedade com o retorno de longo prazo: da formação de futuros
cidadãos conscientes do seu dever de cumprimento das obrigações tributárias, e do seu
direito ao exercício da cidadania mediante a cobrança da coerente distinção dos recursos
provenientes dos tributos arrecadados pelo Estado.
A realidade econômica que ora se delineia, com a forte tendência de inversão do
papel do Estado, de executor para coordenador, requer uma constante demonstração de
contas e satisfação de atos do Estado para a população. As pessoas necessitam de
informações, para conhecer melhoro trabalho dos que arrecadam e aplicam recursos no
fornecimento dos serviços públicos.
A Educação Tributária deve caminhar nesse sentido: informar, para que todos
pratiquem conheçam; educar, para que todos pratiquem. O Estado deve exercer, além do
papel de fornecedor de condições sociais básicas, o de provedor de informações e
valores, na missão de promover o exercício da cidadania por cada membro da sociedade.
VIII- REGIME DE FUNCIONAMENTO
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O regime da oferta da Educação básica é de forma presencial, com a seguinte
organização:
I. Anual, nos anos finais do Ensino Fundamental;
II. Semestral e por séries, no Ensino Médio por Blocos.
Os conteúdos curriculares na Educação Básica, observam:
I. Difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos
cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;
II. Respeito à diversidade;
III. Orientação para o trabalho.
Na organização curricular para os anos finais do Ensino Fundamental consta:
I. Base Nacional Comum, constituída pelas disciplinas de Arte, Ciências, Educação
Física, Ensino Religioso, Geografia, História, Matemática e Língua Portuguesa e de
uma Parte Diversificada, constituída por Língua Estrangeira Moderna Inglês;
II. Ensino Religioso, como disciplina integrante da Matriz Curricular do
Estabelecimento de Ensino, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do
Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo;
III. História e Cultura Afro Brasileira e Africana, Prevenção ao uso Indevido de
Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e Enfrentamento à
Violência contra a Criança e o Adolescente, como temáticas trabalhadas ao longo do ano
letivo, em todas as disciplinas;
IV. Conteúdos de História do Paraná na Disciplina de História e Geografia.
Na organização do Ensino Médio consta:
I. Base Nacional Comum, constituída pelas disciplinas de: Arte, Biologia, Educação
Física, Filosofia , Física, Geografia, História, Língua Portuguesa, Matemática, Química e
Sociologia e de uma Parte Diversificada constituída por Língua Estrangeira Moderna
Inglês e Espanhol, divididas em dois blocos semestrais.
II. História e cultura Afro Brasileira e Africana, Prevenção ao Uso Indevido de
Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e Enfrentamento à
Violência contra a Criança e o Adolescente, como temáticas trabalhadas ao longo do ano
letivo em todas as disciplinas;
III. Conteúdos de História do Paraná na Disciplina de História e Geografia.
O estabelecimento de ensino assegura a matrícula inicial ou em curso, conforme
normas estabelecidas na legislação em vigor e nas instruções da SEED.
No ato da matrícula, o aluno ou o seu responsável será informado sobre o funcionamento
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do Estabelecimento de Ensino e sua organização, conforme o Regimento Escolar,
Estatutos e Regulamentos Internos.
Ao aluno não vinculado a qualquer estabelecimento de ensino, assegura-se a
possibilidade de matrícula em qualquer tempo, desde que se submeta ao processo de
classificação, aproveitamento de estudos e adaptação, previstos no Regimento Escolar,
conforme legislação vigente.
A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o
Estabelecimento de Ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos
compatíveis com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meios formais ou
informais, podendo ser realizada:
I. Por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase
anterior, na própria escola;
II. Por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou do
exterior,considerando a classificação da escola de origem;
III. Independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para
posicionar o aluno na série, ciclo, disciplina ou etapa compatível ao seu grau de
desenvolvimento e experiência adquiridos por meios formais ou informais.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem e exige as
seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos profissionais:
I. Organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola, para
efetivar o processo;
II. Proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe
pedagógica;
III. Comunicar ao aluno e /ou responsável a respeito do processo a ser iniciado,
para obter o respectivo consentimento;
IV. Arquivar atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
V. Registrar os resultados no Histórica Escolar do aluno.
A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia o grau
de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano, levando em
conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudo compatível
com sua experiência , desenvolvimento, independentemente do que registre o seu
histórico escolar.
Cabe aos professores ao verificarem as possibilidades de avanço na aprendizagem
do aluno, devidamente matriculado e com frequência na série/disciplina, dar
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conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa iniciar o processo de
reclassificação.
Também é ofertado em nosso colégio o CELEM - Centro de Estudos de Línguas
Estrangeiras Modernas – Curso de Espanhol, que tem por objetivo proporcionar aos
estudantes uma aproximação agradável à Língua Espanhola, oferecer condições para
que ao longo dos dois anos de estudos os estudantes sejam capazes de se comunicar
por escrito e oralmente, em situações cotidianas formais da referida língua.
IX- AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
A avaliação do trabalho dar-se-á ao longo do seu desenvolvimento, a cada ação
estabelecida, relacionado a causa do problema, analisando seus pontos positivos e
negativos no sentido de detectar falhas, apontar soluções viáveis, sua validade e
aproveitamento no processo educacional.
Portanto, sempre que necessário este plano será revisto e adaptado às novas
condições e necessidades para que a Equipe Pedagógica atue positivamente para o êxito
do processo ensino-aprendizagem e para que valores como o amor, respeito, amizade,
fraternidade e fé não venham a se perder no cotidiano escolar, familiar e social.
Dessa forma cabe à Direção, Equipe Pedagógica articular a organização do
trabalho desenvolvido na escola, pautar objetivos comuns com professores, pais,
funcionários e alunos para que a ação educativa tão sonhada e esperada por todos, para
qual a escola foi criada, aconteça.
BIBLIOGRAFIA
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Associados, 1980.
SAVIANI, Demerval. Sobre a natureza e especificidade da Educação, Pedagogia
Histórica- crítica: primeiras aproximações. 3A ed. São Paulo: Cortez: Autores
Associados, 1992, p. 19-30.
VYGOTSKY, L. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
VEIGA, Ilma Passos, Projeto Politico da Escola: uma construção coletiva, 1995, p.27).
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Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Profissional em Nível Técnico.
Paraná: SEED, 2000.
VASCONCELOS, C. Avaliação: concepção dialética-libertadora do processo de
avaliação escolar. São Paulo: Libertad, 2006.
LUCKESI, C.C. Avaliação da Aprendizagem escolar: estudos e proposições. São
Paulo: Cortez, 2005.
ROUSSEAU, J. J. Emilio ou da Educação Rio de Janeiro: Bertrand Brasil S. A., 1992.
PIAGET, Jean, Para onde vai a educação. Rio de Janeiro. José Olimpio, 2007.
OLIVEIRA, Inês Barbosa de. ( org.), A democracia no cotidiano da Escola. Rio de
Janeiro: DP& A, 1999.
Lei nº 11.788/98Lei nº 8.069/90 Estatuto da Criança e do Adolescente
Decreto nº 8.7497 de 18 de agosto de 1982.
Deliberação nº 02/09 do CEE
Instrução nº 006/2009 SUED/SEED
Emenda Constitucional 59/2009
Parecer 20/2009 CEB
Resolução 05/09 CEB
Resolução 06/10 CNE
Lei nº 9394/96 de 20/12/96
Lei nº 9475/96 de 22/07/96 - CNE