Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um...

394
COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL COSTA E SILVA - EFM Rua Vasconcelos Jardim, n.º 1696 Centro Fone/Fax: (44) 36751430 CEP: 87820-000 Email: [email protected] e/ou [email protected] www.cdhcostaesilva.seed.pr.gov.br Cidade Gaúcha - Paraná PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO “O ser humano é, naturalmente um ser da intervenção no mundo à razão de que faz a história. Nela, por isso mesmo, deve deixar suas marcas de sujeito e não pegadas de objeto”. (Paulo Freire) Cidade Gaúcha Paraná 2010

Transcript of Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um...

Page 1: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL COSTA E SILVA - EFM Rua Vasconcelos Jardim, n.º 1696 – Centro

Fone/Fax: (44) 36751430 CEP: 87820-000

Email: [email protected] e/ou [email protected]

www.cdhcostaesilva.seed.pr.gov.br

Cidade Gaúcha - Paraná

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

“O ser humano é, naturalmente um ser da

intervenção no mundo à razão de que faz a história.

Nela, por isso mesmo, deve deixar suas

marcas de sujeito e não pegadas de objeto”.

(Paulo Freire)

Cidade Gaúcha – Paraná

2010

Page 2: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO..............................................................................................................003

2 IDENTIFICAÇÃO...............................................................................................................005

2.1 Organização e Disponibilidade de Espaço Físico.............................................................016

3 OBJETIVOS GERAIS.........................................................................................................023

4 MARCO SITUACIONAL...................................................................................................025

5 MARCO CONCEITUAL....................................................................................................039

5.1 Proposta Curricular...........................................................................................................049

5.1.1 Ensino Fundamental.......................................................................................................049

5.1.2 Ensino Médio por Blocos de Disciplinas.......................................................................050

5.1.3 Educação de Jovens e Adultos.......................................................................................244

6 MARCO OPERACIONAL..................................................................................................380

6.1 Plano de Ação do Ensino Fundamental e Médio..............................................................380

7 REFERÊNCIAS...................................................................................................................383

8 ANEXOS.............................................................................................................................385

8.1 Anexo 1.............................................................................................................................385

8.2 Anexo 2.............................................................................................................................386

8.2.1 Felart..............................................................................................................................386

8.2.2 Fecico.............................................................................................................................389

Page 3: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

3

1 APRESENTAÇÃO

Este estabelecimento de ensino fundamenta-se nos direitos civis, políticos e sociais elencados

na Constituição da República Federativa do Brasil promulgada em 1988 e na Lei de Diretrizes

e Bases da Educação Nacional de 20/12/96. Nesses termos, propõe uma Educação

comprometida com a função da cidadania, apontando à necessidade de utilizar-se dos

princípios que garantem a todos a efetivação do direito de ser cidadão e a busca de

transformação das relações sociais em todas as dimensões.

Sendo assim, a função fundamental da educação é criar condições político-pedagógicas para o

desenvolvimento do potencial de cada indivíduo e ajudá-lo a tornar-se um ser humano

completo, em suas dimensões sociais, afetivas e intelectuais.

Para tanto, é necessário ter clareza quanto ao papel da Escola, quanto aos objetivos a serem

alcançados, assim o sentido e o significado da aprendizagem precisam ser evidenciados

durante toda a vida escolar.

“O trabalho educativo é o ato de produzir, direta e indiretamente, em cada

indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo

conjunto de homens. Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à

identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

da espécie humana para que eles se tornem humanizados e, de outro lado e

concomitantemente, à descoberta das formas mais adequadas para atingir esse

objetivo.” (SAVIANI 1997, página 17).

Esse Projeto Político Pedagógico foi elaborado a partir de estudos, reflexões, levantamento de

informações perante alunos, pais, comunidade, provocando debates a respeito da função da

escola, levantando questionamentos sobre o que, quando, como e para que ensinar e aprender.

Expressa a reflexão e o trabalho realizado em conjunto por todos os profissionais da escola,

no sentido de atender às diretrizes do sistema nacional de educação, bem como às

necessidades locais e específicas dos educandos.

Neste contexto, apontamos à necessidade de se construir uma escola voltada para a formação

integral dos cidadãos, valorizando o homem enquanto ser humano, dinâmico e sociável,

Page 4: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

4

criativo, consciente, crítico, participativo, onde os conteúdos abordados sejam condizentes

com a realidade do aluno, sendo assim, articulados com os conhecimentos historicamente

construídos, oferecendo condições de igualdade de oportunidades, estimulando os alunos ao

compromisso e a responsabilidade com as mudanças sociais – econômicas – políticas e

culturais que se fazem necessárias.

Page 5: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

5

2 IDENTIFICAÇÃO

Colégio Estadual Marechal Costa e Silva– Ensino Fundamental e Médio

Rua Vasconcelos Jardim, 1696 – CEP: 87820-000

Cidade Gaúcha – Paraná

Fone/Fax: (44) 3675 1430

Email: [email protected] e/ou [email protected]

www.cdhcostaesilva.seed.pr.gov.br

A Escola Normal Colegial Estadual de Cidade Gaúcha foi fundada pelo decreto 8.270 em

30/12/67. Em 1968 iniciou suas atividades docentes com duas turmas de 1as

séries, somando

um total de 53 alunos e 09 professores.

Com a criação da Escola Normal Colegial Estadual Marechal Costa e Silva, sentiu-se a

necessidade da criação de uma escola primária anexa à Escola Normal, onde as alunas

estagiárias poderiam pôr em prática os conhecimentos recebidos e estar em contato com as

crianças, como também aplicar seus princípios didático-pedagógicos.

De acordo com o Decreto nº. 21881 de 11 de dezembro de um mil novecentos e setenta

(1970), o Senhor Governador do Estado do Paraná, usando de atribuições que lhe confere o

artigo 47 item XVI da Constituição Estadual e sob proposta da Secretaria de Educação e

Cultura decreta: “Fica criado o Grupo Escolar Mal. Costa e Silva no município de Cidade

Gaúcha”, onde a partir de 1971 foi implantado a 1ª a 4ª série primária alterando o número de

alunos para 208 alunos.

Ainda no ano letivo de 1970, a escola em pauta funcionou como extensão do Grupo Escolar

Dom Bosco, tendo como Direção a mesma da Escola Normal Colegial da qual era anexa.

De 1970 a 1976 a referida escola funcionou em prédio particular “Maria Goretti”, situada à

Avenida Marechal Rondon, nº. 1951. A partir de maio de 1976, passou a funcionar em prédio

próprio do Estado, construído em estilo arquitetônico moderno, situado à Rua Vasconcelos

Jardim, s/n.

Page 6: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

6

Em 1975 foi autorizado o funcionamento do 2º grau habilitação em Magistério e

Contabilidade passando a denominar-se colégio Estadual Marechal Costa e Silva – Ensino de

1º e 2º Graus.

O Colégio atendia a população do município de Cidade Gaúcha, e a região com extensão em

Tapira e Nova Olímpia.

Em 1977 foi autorizado pela Secretaria Estadual de Educação o Curso Técnico em

Contabilidade.

Com a reorganização das escolas Públicas do Paraná em 1983, houve a junção do Grupo

Marechal Costa e Silva com a Escola Normal Colegial Estadual de Cidade Gaúcha, assim o

Colégio passa a denominar-se: Colégio Estadual Marechal Costa e Silva – Ensino de 1º e 2º

graus.

A partir da municipalização do Ensino de 1ª a 4ª série, ocorrida em 1999, o Colégio passou a

denominar-se Colégio Estadual Marechal Costa e Silva – Ensino Médio e Profissional.

No início de 2002 o Colégio Estadual Marechal Costa e Silva, recebe em suas dependências

todos os alunos, professores e funcionários da Escola Estadual Arthur Bernardes, com a

junção o Colégio passa a oferecer o Ensino Fundamental (5ª a 8ª série) e a denominar-se

Colégio Estadual Marechal Costa e Silva – Ensino Fundamental e Médio.

Em primeiro de julho do ano de 2009 o Colégio Estadual Marechal Costa e Silva–Ensino

Fundamental e Médio passa a ofertar a EJA-Educação de Jovens e Adultos com duas turmas

no Ensino Fundamental e duas turmas no Ensino Médio, assumindo também 04 turmas de

APEDs, sendo duas em Guaporema e duas em Rondon com uma turma em cada Ensino.

Neste Estabelecimento também é ofertado o CELEM – Centro de Língua Estrangeira

Moderna que funciona no período noturno com a disciplina de Língua Espanhola. No total

são atendidos 1.633 alunos distribuídos em três turnos.

Page 7: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

7

QUADRO 1: Caracterização do Atendimento

Período Níveis e Modalidade N.º de turmas Número de alunos

Matutino:

07:30 às 11:50 h

Ensino Fundamental:

5ª a 8ª séries 12 373

Ensino Médio 05 162

Vespertino:

13:00 às 17:20 h

Ensino Fundamental:

5ª a 8ª séries 14 432

Ensino Médio 03 54

Noturno:

19:00 às 23:10h

Ensino Fundamental:

5ª a 8ª séries 03 89

Ensino Médio 06 202

19:00 às 22:30 EJA – Fund Fase II 02 74

Ensino Médio 02 67

TOTAL 47 1459

APEDs-Ações Pedagógicas Descentralizadas – Guaporema/Rondon

Período Níveis e Modalidade N.º de turmas Número de alunos

19:00 às 22:30 Fund Fase II 02 40

Ensino Médio 02 51

TOTAL 04 91

CELEM – Espanhol

Período Níveis e Modalidade N.º de turmas Número de alunos

Noturno

2ª, 3ª e 4ª-feiras

19:00 às 22:10 h

1ª Série

2ª Série

02

02

48

35

TOTAL 04 83

Para dar atendimento aos diversos setores, nos quais o colégio subdivide-se, contamos com os

seguintes profissionais da educação:

QUADRO 2: Profissionais da Educação

Nome LF Formação Especialização Função Vínculo

01 Ana Paula

Pinheiro 02 Química

Metodologia do

Ensino de

Ciências

Professor QPM

02 Angela Aparecida

da Silva 01

Ciências

Contábeis

Gestão do trab.

pedagógico Téc. Adm. QFEB

03 Ângela Márcia

Padovan Lira 03 Letras

Lín. Port.: Met. e

Téc. de Produção

de Texto.

Professor QPM

04 Angélica Dotto 01 Ciências

Contábeis - Téc. Adm. QFEB

05 Antonia 01 Ensino - Serviços PSS

Page 8: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

8

Rodrigues da

Silva

Médio Gerais

06

Antônio Ademir

Correia dos

Santos

01 Ensino

Médio -

Serviços

Gerais CLT

07 Antônio de Araújo 02

03 Letras

- Lín. Port.: Met.

e Téc. de Pr. de

Texto; Pr. de ens.

e aprendizagem

Direção QPM

07

Aparecida de

Fátima Paschoal

Antoniel

02

Hist. E

C. N. S. –

IESDE

Adm., Supervisão

e Or. Educacional Téc. Adm. QFEB

09 Aurineide Mª M.

Hauth

21

02

História e

Pedagogia

Didática Fund.

Teóricos da Pr.

Pedagógica

Professor QPM

10 Aurora R.

Paschoal

01

Matemática e

Ciências

Ens. de

Geociências Apl.

ao Me. Ambiente

Professor QPM

11

Carolina

Fernandes

Krombauer

01

Acadêmica

de

Ciências/Biol

- Professor PSS

12 Ceomara Beatriz

Schwerz Blanco 01 História

Gestão do

Trabalho

Pedagógico

Professor QPM

13 Clauber Biazotto

Marques 01

Ciências

Biológicas Professor PSS

14 Cleosi Ivete M.

Rakoski 21

Educação

Física

Gestão

Administrativa Professor QPM

15 Dercílio de

Oliveira Junior 01 Matemática

Didática e

Metodologia do

Ensino

Professor QPM

16 Dirceu Aparecido

Furlan 01

Esquema II

e Ciências

Contábeis

Ed. p/

Cidadania;

Ética e Gestão

de Pés.- Gestão

do Trab.

Pedagógico

Secretário QPPE

17 Divanilde Furlan 92 Ensino

Médio -

Serviços

Gerais PSS

18 Doraci Trentini da

Silva 01 Matemática

Met. Inov. Apl. à

Educação

Espec. em Ens.

De Mátemática

Professor SC02

19 Eldiane Mary

Abrahão 01

Ciências/Biol

.

Educação

Inclusiva Professor REPR

20 Elenir Mª Trentini

22

2

3

História

Ens. de

Geociências Apl.

ao Me. Ambiente

Professor QPM

Page 9: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

9

21 Elenita B.

Sanchez

01

0

2

Ciências e

Biologia

Ens. de

Geociências Apl.

ao Me. Ambiente

Professor QPM

22 Eliana Pauleski

Passamani 01 Ciências

Especialização

em educação

Especial

Sala de

Recursos QPM

23 Elizabethe

Alcobia Leitão 01 História Gestão Escolar

Gestão

Escolar REPR

24 Francisco de Assis

Santos 01 Química

Ens. de

Geociências Apl.

ao Me. Ambiente

Professor QPM

25 Francisco Mendes

de Lima 01 Letras Psicopedagogia Téc. Adm. QFEB

26 Greyce Contini 01 Matemática Met. do Ens. da

matemática Professor QPM

27 Hilda Q. Apolônio 01 Ensino

Fundamental

Serviços

Gerais CLAD

28 Idelma Fátima V.

Zardo

01

02 Pedagogia

- Educar p/ cida.

Ética e Gestão de

Pes.; Didática

Fund. Teó. da

Prática Pedag.

Professor

Pedagoga QPM

29 Iraci M. Alves 01

Pl. Série

Iniciais E. F.

e Ed. Infantil

Serviços

Gerais QFEB

30 Iracilda dos S.

Araújo

02

0

3

Ciências e

Biologia

Didática e

Metodologia do

Ensino

Professor QPM

31 Ireni Ap.

Bragalholi 01 História

História do

Mundo

Contemporâneo

Professor REPR PSS

32 Ivana Nunes

Sandri 01 Geografia

Orientação

Educacional Professor QPM

33 Ivaneide Julia Da

Silva 01 Geografia

História do

Mundo

Contemporâneo

Professor QPM

34 Ivanete Julia da

Silva 01 Matemática

Ens. de

Geociências Apl.

ao Me. Ambiente

Professor QPM

35 Ivanilde Julia da

Silva

01

2

1

Ciências e

Matemática

Ens. de

Geociências Apl.

ao Me. Ambiente

Professor QPM

36 Jandira Oliveira

de Oliveira 99 Matemática

Educação

Matemática Professor REPR

37 Jean Cley Mattos 01 Educação

Física Professor REPR

38 João Adalberto

Sander 21

Educação

Física

Gestão do

Trabalho

Pedagógica

Professor QPM

Page 10: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

10

39 Josiane Alencar

de Oliveira 01 Letras Professor REPR

40 Karina E.

Crepaldi 01 Nutricionista - Professor REPR

41 Kelma Cristine

Barranco Fava 52 História - Professor REPR

42 Leila Vendramini

da silva 01 Pedagogia

Equipe

Pedagógic

a

REPE

43 Leoni Martens Da

masceno 01

Ensino

Fundamental

Serviços

Gerais QEFB

44 Leonir Ribeiro 02 Pedagogia Gestão Pública Téc. Adm. QEFB

45 Linda Salete

Mondo Pacheco 01 História

Educação de

Jovens e Adulto Professor QPM

46 Lucinéia Almeida

Lima 01

Ensino

Médio

Serviços

Gerais READ

47 Maria de Lourdes

Furlan Passamani 01 Pedagogia

Gestão do Trab.

Pedagógico Téc. Adm. QFEB

48 Manoel L. Neto

01

2

1

Ed. Física Metodologia do

Ensino Professor QPM

49 Maria de Lourdes

Matos 01

Pl. Séries

Inic. Do E. F. Psicopedagogia

Serviços

Gerais CLAD

50 Maria Divina dos

Santos Donatti 01

Ensino

Fundamental -

Serviços

Gerais CLAD

51 Maria Ivone da

Silva 01 Pedagogia - Téc Adm. QEFB

52 Maria Isabel de

Novaes Alves 02 História

Hist. do Mundo

Contemporâneo Professor REPR PSS

53 Maria Lídia A.

Malezan 01 História

Hist. do Mundo

Contemporâneo

RDE e

Professor QPM

54 Maria Loremi

Della-Flora Lopes

01

2

1

Letras Planejamento

Educacional Professor QPM

55 Maria Luiza P De

Oliveira 01

Ensino

Fundamental

Serviços

Gerais CLAD

56 Mariluci Stelmaki

de Andrade 01

Pedagogia

Ciências

Alfabetização

Psicopedagogia

Professor

Pedagoga QPM

57 Mario Ideval

Contini

02

0

3

Matemática e

Física

Met. do Ens. Apr.

de Ciê. no Proce.

Educativo

Professor QPM

58 Marli Mª

Brondani Moreira 02 Geografia

Ens. de

Geociência Apl.

ao M. Ambiente

Professor QPM

59 Miriam dos

Santos Teodoro

01

0

2

Geografia e

História

Didática e

Metodologia do

Ensino

Professor QPM

60 Nilselene Regina

Cavalheri Caresia 01 Letras

Didática e

Metodologia do Professor QPM

Page 11: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

11

Ensino

61 Nilza Volpato

Turati

01

0

2

Ciências

Ens. de

Geociência Apl.

ao M. Ambiente

Professor QPM

62 Onice de Fatima

Rosa 01

Pedag. Ed.

Especial DM

Gestão de Trab.

Pedagógico

Professor

S.

Recurso

QPM

63 Rafael Rabelo da

Cruz 01

Educação

Física - Professor REPR

64 Raquel Pinheiro

da Silva 02

Bach. Adm.

De Empresas Gestão Pública Téc. Adm. QFEB

65

Rosangela

Aparecida de

Souza Tonin

01

0

2

Letras

Líng. Port.:

Met. Téc. de Pr.

de Texto

Professor QPM

66 Rosangela A.

Dionisio Freitas 52 Pedagogia Psicopedagogia Professor READ

67 Rosangela Sales

de Oliveira 01

Letras:

Port/Inglês

Pedagogia

Ludicidade e

Práticas

Pedagógicas

Professor REPR

68 Roseli Maffini de

Brida 01 Letras

Líng. Port.: Lit.

Brasileira Professor QPM

69 Rosemar Cezar

Sarat 01 Pedagogia -

Equipe

Pedagógic

a

REPE

70 Rosenilda

Barboza Moro 01 Letras

Líng. Port.: Lit.

Brasileira Professor PSS

71 Rosiclei Winter

Siriaco 01

Letras e Ed.

Artística

Ling. Portuguesa

e Literatura Professor QPM

72 Roselei Aparecida

Camilo 02 Letras

Líng. Port.:

Met. Téc. de

Prod. de Texto

Professor QPM

73 Rosimeire

Rosseto Pedroche 02 Letras

Líng. Port.:

Met. Téc. de

Prod. de Texto

Professor QPM

74 Ruthe Santos

Souza 01

Letras:

Port./Inglês

Metod. Em

Prod. de Texto Professor QPM

75 Sandra Maria

Lopes Della-Flora 01 Matemática

Ensino da

Matemática Professor QPM

76 Sandra Regina da

Silva 01 Letras

Especialização

em Formação

de Professores

Professor QPM

77 Selma B.

Schneider 01 Ed. Artística

Artes educação

Artística Aplicada Professor QPM

78 Silvana Mª Pereira

Pauleski 01 Pedagogia

-Adm. e Sup. em

Ed.

-Form. Acad. p/

Mod. de Ed. A

Distância

Diretora-

Auxiliar QPM

Page 12: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

12

79 Simoni Regina da

Silva 01 Ed. Artística

Artes ;Educação

Art. Aplicada Professor QPM

80

Sirlei de Lima

Ferri

03

Educação

Física

Adm.,

Supervisão e

Or. Educacional

Professor QPM

81 Sonia Maria de

Souza 90

Letras:

port/Inglês

Ling.Port. e

Literatura Professor REPR

82 Sonia R. C.

Cardoso

01

0

2

Letras Planejamento

Educacional Professor QPM

83 Sueli Aparecida

Borsari 01 Matemática

Especialização

em Ens. da

Matemática

Professor QPM

84 Sueli da Silva

Braganholi 99 Biologia

Administração

Supervisão e

Orientação

Educ.

Professor REPR

85 Terezinha

Peracini 01 Letras

Especialização

em Educação

Especial

Professor QPM

86 Thiago Antonio

Valoto 01

Educação

Física - Professor REPR

87 Valeria P. O. B.

Costa 01 Letras

Linguagens

códigos e suas

Tecnologias

Professor QPM

88 Vera Lucia da

Silva 01

Ensino

Médio -

Auxiliar

de

Serviços

Gerais

READ

89 Vilanir Ibiapino

de Oliveira 01

Educação

Física História Professor REPR

90 Viviane Maia

Ribeiro 01

Pedagogia

Orientação

Educacional

Psicopedagogia

Institucional e

Clinica

Equipe

Pedagógic

a

REPE

São 49 professores efetivos e 16 professores com vínculo pelo PSS1. Este número é

satisfatório e sendo a maioria dos professores efetivos, sabem que seu trabalho terá

continuidade, assim, trabalham mais tranquilos, colaborando em todos os sentidos.

Desses professores, 17 tem graduação em Letras, 11 em História, quatro em Matemática e

Ciências, seis em Educação Física, sete em Matemática, cinco em Ciências e Biologia, dois

em Química, cinco em Geografia, dezessete em Língua Estrangeira, um em Matemática e

Física, quatro em Ciências e três em Arte, sendo que às vezes o mesmo professor tem mais de

1Processo Seletivo Simplificado.

Page 13: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

13

uma licenciatura. Destes, sete não possuem especialização, colocando assim a escola com um

quadro excelente de professores para o atendimento aos alunos.

No setor técnico administrativo contamos com 09 funcionários: 01 secretário (QPPE) e 08

Agentes Educacionais II (QFEB), todos com curso de nível superior, sendo que destes 04

possuem Especialização.

O setor de serviços gerais é composto por 12 funcionários, sendo três efetivos (Agente

Educacional I); quatro contratados pelo PSS (Processo Seletivo Simplificado), por tempo

determinado e cinco CLAD contratados pela CLT por tempo indeterminado.

Destes funcionários quatro possuem o Ensino Fundamental, cinco o Ensino Médio e quatro

Licenciatura Plena para as Séries Iniciais e pedagogia.

Todos esses profissionais, educadores não-docentes participam da Formação Continuada,

programa disponibilizado pela Secretaria Estadual da Educação que visa oportunizar aos

funcionários novo aprendizado e valorização profissional.

Entre os cursos de formação continuada que estes profissionais participam os principais são:

Semana Pedagógica, realizada durante 03 dias, antes do início de cada semestre; Grupo de

Estudos, curso descentralizado realizado aos sábados; Itinerante, curso que promove a

integração e troca de experiência e conhecimentos entre os funcionários; e Profuncionário,

curso Técnico de Formação para os Funcionários da Educação, é um curso de educação a

distância de nível médio que forma os profissionais conforme sua função dentro do

Estabelecimento: gestão escolar, alimentação escolar, multimeios didáticos e meio ambiente e

manutenção da infraestrutura escolar.

O quadro de pedagogas está composto por seis profissionais sendo quatro com 20 horas e

duas com 40 horas. A carga horária está distribuída em 60 horas nos períodos matutino e

vespertino e 40 horas no período noturno. Todas possuem especialização na área.

Este número de pedagogas atende parcialmente a demanda real da escola, pois além das

responsabilidades da função, há um carga excessiva de atendimentos a alunos e pais exigindo

um acompanhamento imediato.

Page 14: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

14

Lembramos que na Rede Pública do Paraná, a partir do Concurso Público de 2004, as funções

do pedagogo passam a ter a denominação de Equipe Pedagógica e não supervisão escolar e ou

orientação com funções especificadas.

Neste contexto, o papel do pedagogo deve corresponder às novas exigências dentro dos

princípios de uma gestão democrática, visando a formação de um profissional que desenvolva

a ética, a flexibilidade adquirindo atitudes investigativas, considerando o aspecto cultural da

realidade da escola, dando ênfase às dimensões sociais e humanas que compõe a estrutura

escolar.

O pedagogo dentro de uma concepção histórico cultural, tem como função a mediação do

trabalho pedagógico, tendo em vista a melhoria do processo ensino-aprendizagem, visando a

qualidade da educação.

Alguns princípios da participação do pedagogo na gestão escolar de acordo com o Edital n.º

10/2007 da Secretaria de Estado da Educação do Paraná:

Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do de Projeto Político

Pedagógico e do Plano de Ação da Escola;

Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e

aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico e para a elaboração de

propostas de intervenção na realidade da escola;

Participar e intervir, junto à direção, da organização do trabalho pedagógico escolar no

sentido de realizar a função social e a especifidade da educação escolar;

Sistematizar, junto à comunidade escolar, atividades que levem à efetivação do processo

ensino e aprendizagem, de modo a garantir o atendimento às necessidades do educando;

Participar da elaboração do projeto de formação continuada de todos os profissionais da

escola e promover ações para a sua efetivação, tendo como finalidade a realização e o

aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;

Analisar as propostas de natureza pedagógica a serem implantadas na escola, observando

a legislação educacional em vigor e o Estatuto da Criança e do Adolescente, como

fundamentos da prática educativa;

Page 15: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

15

Coordenar a organização do espaço-tempo escolar a partir do Projeto Político-Pedagógico

e da Proposta Pedagógica Curricular da Escola;

Orientar a comunidade escolar na proposição e construção de um projeto pedagógico

numa perspectiva transformadora.

Dentro dessa perspectiva o pedagogo tem como objetivo o Planejamento Curricular, e como

ação fundamental a articulação, a sociabilização e a construção dos diferentes saberes

escolares, a rearticulação teórica e prática e, por conseguinte, dos estruturantes e

determinantes do currículo da escola e da consecução do Projeto Político Pedagógico.

Cientes da real função social da escola, e do papel que exercemos , propomos:

manter o foco no processo ensino/aprendizagem;

organizar a hora atividade dos professores para estudo, analisando e refletindo o processo

ensino-aprendizagem;

planejar e acompanhar projetos de recuperação de estudos;

estabelecer desafios que possam ser superados coletivamente;

participar da organização das turmas, calendário letivo, horário semanal, atendendo da

melhor maneira possível o aluno;

estudar, divulgar referencial bibliográfico atualizado;

realizar diagnóstico da comunidade escolar;

discutir e organizar ações para os alunos que encontram dificuldade de aprendizagem;

analisar os livros didáticos e paradidáticos de uso escolar;

promover a construção de estratégias pedagógicas que visem à melhoria da qualidade dos

conselhos de classe, enfatizando o processo ensino-aprendizagem;

apoiar os professores em relação à prática do planejamento com sugestões de atividades e

metodologias apropriadas;

organizar e acompanhar a sala de apoio e a sala de recursos, visando o máximo

aproveitamento dos alunos; tomar conhecimento das causas da indisciplina e assiduidade

dos alunos e junto com os professores, pais ou responsáveis buscar estratégias para a

solução dos problemas.

Page 16: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

16

Concluímos que o trabalho do Pedagogo é de assessoria ao processo ensino-aprendizagem,

desenvolvido na relação professor-aluno. Requer, portanto, o conhecimento não apenas dos

alunos, mas também das condições concretas, pessoais e profissionais dos professores,

destacando que professor e pedagogo têm tarefas diferentes numa lista comum.

2.1 Organização e disponibilidade do espaço físico

O Colégio Estadual Marechal Costa e Silva – Ensino Fundamental e Médio de Cidade Gaúcha

está edificado num terreno quadrado, cujos lados medem 100m com uma área de 10.000 m²,

com frente para a Rua Vasconcelos Jardim – Possui uma área construída de 3.098 m²,

distribuídas da seguinte maneira:

O laboratório destinado às práticas de Ciências do ensino fundamental e médio do Colégio

Estadual Marechal Costa e Silva contem grande parte dos materiais necessários para

Page 17: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

17

realização dos experimentos. Tanto as vidrarias quanto os reagentes, atendem algumas

necessidades imediatas dessa área.

O laboratório da escola está parcialmente equipado com materiais e reagentes de uso nessa

área. O espaço físico do laboratório quando se trata do atendimento de turmas com trinta ou

mais alunos, deixa a desejar, exigindo uma ampliação imediata, é fundamental a presença de

um agente de execução que auxilie o professor regente nas aulas práticas, visando um melhor

aproveitamento do tempo reservado para os experimentos, segurança e organização do

laboratório.

O laboratório também não dispõe de exaustores e capelas que se fazem necessários ao uso de

reagentes e outras substâncias voláteis, ou que emita vapores tóxicos, necessitando de apoio

financeiro para aquisição.

Além do agente de execução, o professor regente também precisa de capacitações para que

possa manusear os novos equipamentos produzidos com novas tecnologias e realizar

experimentos de última geração.

A ação dos dirigentes tem dado subsídio para o atendimento das necessidades apresentadas na

escola, tanto na aquisição dos materiais adquiridos através de verbas públicas, quanto no

investimento de recursos da própria escola.

Quanto a biblioteca conta com um acervo de 8.361 livros, sendo 6.265 para leitura (romances,

contos, poesias, etc.), 1.890 para pesquisa, e 210 livros da biblioteca do professor. Também

faz parte deste acervo uma videoteca com 547 fitas e 189 DVDs.

O atendimento aos alunos ocorre nos três turnos, sendo no matutino dois funcionários,

vespertino e noturno um funcionário, tendo em cada turno, um horário destinado às pesquisas

escolares. No período matutino a pesquisa ocorre das 07h30min às 09h30min, no período

vespertino das 13h às 15h e o período noturno é todo reservado aos alunos do noturno.

O restante do período é reservado para leitura com os alunos e atendimento aos professores.

Page 18: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

18

Pretendemos desenvolver com os alunos, inicialmente das 5ª séries um trabalho pedagógico

que desperte o gosto pela leitura desenvolvendo atividades práticas como produção de

histórias em quadrinhos, poemas, contos, despertando nos educandos o prazer de estar sempre

em contato com textos.

A sala de vídeo foi extinta devido à instalação do laboratório de informática no referido local.

Deste modo, o atendimento com vídeo se dá diretamente nas salas de aulas através das TVs

Pendrives.

Contamos com a “Sala de Apoio à Aprendizagem” para alunos que apresentam dificuldades

específicas nas disciplinas de Língua Portuguesa e/ou Matemática, (uma média de 20 alunos).

São selecionados e encaminhados pelos professores regentes das turmas após preencher ficha

de encaminhamento contendo os dados pessoais e as dificuldades apresentadas por cada aluno

indicado. Este atendimento é feito duas vezes por semana em uma das salas de aula do

colégio, sendo quatro horas aulas de Língua Portuguesa e quatro horas aulas de Matemática,

trabalhadas por professores graduados nas áreas citadas e com capacitação contínua para

desenvolverem a função.

A partir do ano de 2006, através da Sala de Recursos, o Colégio passou a oferecer o Serviço

de Apoio Especializado aos alunos com deficiência intelectual ou transtornos funcionais

específicos; atende no máximo 30 alunos por período, seguindo um cronograma próprio não

ultrapassando duas horas/aula por dia de atendimento a cada educando. Para este ambiente foi

disponibilizado um Notebook e mais dois computadores, além de materiais didáticos visando

o desenvolvimento cognitivo dos alunos. Para atendimento destes alunos, dispomos de duas

Professoras, uma no período matutino e outra no período vespertino, ambas habilitadas e

concursadas em Educação Especial, que atuam num antigo banheiro adaptado para este fim,

salientamos que existe a necessidade da construção de uma sala. Para tanto a escola

encaminhou pedido de construção de sala junto a SUDE/PR.

O Colégio passou a oferecer a partir do ano de 2009 o Programa Viva a Escola que visa a

expansão de atividades pedagógicas realizadas na escola como complementação curricular,

vinculadas ao Projeto Político Pedagógico, a fim de atender às especificidades da formação do

aluno e de sua realidade.

Page 19: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

19

As Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular têm os seguintes objetivos:

Dar condições para que os profissionais da educação, os educandos da Rede Pública

Estadual e a comunidade escolar, desenvolvam diferentes atividades pedagógicas no

estabelecimento de ensino no qual estão vinculados, além do turno escolar;

Viabilizar o acesso, permanência e participação dos educandos em atividades

pedagógicas de seu interesse;

Possibilitar aos educandos maior integração na comunidade escolar, fazendo a interação

com colegas, professores e comunidade.

O Programa compreende quatro núcleos de conhecimento:

Expressivo-Corporal: esportes, jogos, brinquedos e brincadeiras, ginástica, lutas, teatros,

danças;

Científico-Cultural: história e memória, cultura regional, atividades literárias, artes

visuais, músicas, investigação científica, divulgação científica e mídias;

Apoio à Aprendizagem: Centro de Línguas Estrangeiras Modernas; Sala de Apoio à

Aprendizagem; Ciclo de Básico de Alfabetização; Sala de Recursos; Sala de Apoio da

Educação Escolar Indígena;

Integração Comunidade e Escola: Fórum de estudos e Discussões; Preparatório para o

Vestibular.

Esta escola possui no Ano Letivo de 2010, 05 atividades de complementação curricular do

Programa Viva Escola:

Apreciar, reler e reciclar;

Ludoteca e Oficinas Lúdicas: Brincando, descobrindo o mundo e reinventando o brincar;

Brincadeiras e Brinquedos: legado das etnias brasileiras e suas influências na cultura

paranaense;

Mexer, requebrar, saltitar na alegria e se expressar e dançar;

Jogando e aprendendo matemática.

O CELEM – Centro de Língua Estrangeira Moderna (Língua Espanhola), ofertado desde

2006, tem como objetivo atender os alunos da Rede Pública da Educação Básica, os

Page 20: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

20

funcionários, professores em exercício de suas funções na Rede Estadual de Educação Básica

e a comunidade num total de até 20% das vagas sobre o número máximo de alunos por turma.

Com a importância da aprendizagem e do desenvolvimento do ser humano quanto a

compreensão dos valores sociais e a aquisição de conhecimento sobre a cultura espanhola e

com o objetivo de atender os alunos da Rede Estadual da Educação Básica, os funcionários e

professores em exercício e a comunidade num total de até 30% das vagas sobre o número

máximo de alunos por turma a partir de 2006 passa a ofertar a Língua Estrangeira Moderna

(Língua Espanhola) como ensino extracurricular.

A partir do ano de 2008 através da parceria entre a SEED/PR e o MEC, em atendimento aos

anseios da comunidade é ofertado o curso Técnico Profissional de Serviço Público, curso

subseqüente da modalidade a distância ministrado pela Escola Técnica da Universidade

Federal do Paraná (ETEC). Em 2010 é ofertado mais dois cursos, o de Secretariado e de

Administração.

Para atendimento aos alunos do Ensino Regular, o Colégio dispõe de 17 salas de aula com

49m² cada uma, equipada com dois ventiladores de teto, uma porta que dá acesso ao corredor

e outra com acesso ao pátio, facilitando a circulação de alunos e professores, restringindo a

aglomeração destes nos corredores. Uma das paredes é totalmente revestida por janelas de

vidro, amplas, o que favorece a iluminação das salas, porém prejudica a ventilação por serem

janelas tipo máx. ar. Este espaço tem sido adequado ao atendimento das turmas com um

número de até 35 alunos, porém algumas turmas ultrapassam esse número. Estas turmas estão

identificadas por nomes de personalidades (escritores, filósofos, pintores, etc). Para que as

salas de aula sejam mais confortáveis, seria preciso adequá-las ao número de alunos que as

frequentam (metragem).

Quanto à sala de hora-atividade, destacamos que os ambientes disponíveis para estas

atividades não são totalmente adequados, devido ao aumento do número de professores

contratados, a sala dos professores se configura em um espaço que necessita de ampliação,

pois deste modo a mesma poderia ser usada de forma conjugada para o cumprimento das

horas atividades com ampliação também dos armários para guarda de materiais e livros de

registro de classe.

Page 21: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

21

Na secretaria dispomos de sete funcionários com um total de 280 horas/semanais distribuídos

de acordo com as necessidades de suporte administrativo e pedagógico de cada período,

sendo: 100 horas/semanais no período matutino; 100 horas/semanais no período vespertino;

80 horas/semanais no período noturno. A sala tem 39m² é equipada com: duas linhas

telefônicas; um ramal para fax; três computadores, todos equipados com impressora, sendo

dois conectados a Internet com o Sistema Sere Web; três armários de aço; sete armários

embutidos para arquivo e materiais necessários para a realização das atividades

administrativas e de apoio à gestão e aos trabalhos pedagógicos do estabelecimento.

Em um ambiente pequeno, ligado à sala dos professores, organizamos uma sala para que os

professores pudessem realizar a hora-atividade, destacamos que esse espaço é de grande

importância para o trabalho do professor, portanto é necessária a sua ampliação, pois esta não

comporta o número atual de professores.

A equipe pedagógica realiza o atendimento aos professores em uma sala própria. Foi

organizado um outro ambiente para o atendimento direto aos alunos e aos pais e/ou

responsáveis, visto que este é um atendimento que muitas vezes exige privacidade. A sala é

pequena, o que causa certo desconforto tanto para a pedagoga que faz o atendimento, quanto à

comunidade atendida. Tendo em vista a importância deste espaço, destacamos a necessidade

de construção de uma sala própria.

O colégio possui uma cantina, em funcionamento de acordo com a Lei n.º 14.423 de

02/06/2004, que dispõe sobre os serviços de lanches nas unidades educacionais públicas e

privadas que atendem a educação básica. Quanto aos padrões de qualidade nutricional à saúde

dos alunos, foram feitas algumas mudanças determinadas pela vigilância sanitária.

A cozinha funciona nos três períodos, tendo duas cozinheiras (merendeiras) por turno, e

segundo as mesmas o espaço físico da cozinha é bom, com a vantagem de que o lanche é feito

e servido no local, tendo como aspecto negativo o espaço reservado à despensa, que é

pequeno, sem ventilação, dificultando o armazenamento adequado da merenda escolar, por

isso salientamos a necessidade urgente de se construir alojamento adequado para armazenar a

merenda, e da instalação de pias adequadas para lavar os panelões. Também dispomos de uma

pequena sala para acervo de livros didáticos e outra onde é guardado o material destinado à

disciplina de Arte. Três ambientes pequenos adaptados para arquivo morto, um almoxarifado

Page 22: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

22

usado como depósito de carteiras e máquinas inutilizadas; seis banheiros, destes, dois para

uso masculino e um para uso feminino para os professores e funcionários técnico-

administrativos. Ressalta-se que os banheiros são pequenos, tornando-se inconvenientes o uso

para funcionários obesos ou gestantes; dois para uso dos alunos, um para as funcionárias de

serviços gerais e um banheiro que no momento encontra-se interditado, por necessitar de

reparos. Até o momento, não dispomos de banheiros adaptados para atender a inclusão de

possíveis alunos com necessidades especiais que possam vir a matricular-se neste

estabelecimento; um pátio interno usado como refeitório, dispondo de mesas e bancos, e dois

ventiladores instalados em locais estratégicos para facilitar a ventilação do ambiente; uma

quadra esportiva descoberta que impossibilita atividades práticas em dias chuvosos ou muito

ensolarados, onde são realizadas aulas de Educação Física e jogos, devido as aulas

simultâneas de mais de dois professores, há necessidade de reforma e cobertura da quadra. Há

um poliesportivo cujas entradas também não são adaptadas para o acesso de pessoas com

necessidades especiais (anexo III) usado também para as aulas práticas de Educação Física e

para vários eventos escolares.

Dentre as ações previstas para superação das fragilidades apresentadas, buscaremos parcerias

com a SEED, via SUDE a fim de oferecer as adaptações necessárias para que possa haver a

real inclusão de todos os alunos e com os órgãos colegiados para que possamos ajustar escola

à realidade da comunidade e complementarmos o que está faltando em questões materiais.

Page 23: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

23

3 OBJETIVOS GERAIS

Após análise coletiva dos resultados da Avaliação Institucional e na busca de uma formação

global, apresentamos os objetivos a serem desenvolvidos por este estabelecimento:

Fundamentar ações baseadas nos direitos civis, políticos e sociais para reafirmar o

compromisso da escola na construção de uma sociedade mais justa e democrática,

elencados na constituição de 1988, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –

LDB – n.º 9.394/96 e no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA – Lei n.º 8.069 de

1990.

Analisar os problemas emergentes da comunidade escolar, identificando as necessidades e

expectativas da Educação, procurando viabilizar ações eficazes, quando necessárias.

Valorizar o conhecimento científico, oportunizando condições para sua aquisição e

garantindo a qualidade da Educação através da prática de metodologias ativas e

participativas.

Posicionar-se em relação às questões sociais e interpretar a tarefa educativa como uma

intervenção da realidade no momento presente, mantendo coerência e constância de

propósitos.

Oferecer aos alunos a oportunidade de compreender que o conceito de cidadania significa

muito mais do que ser um indivíduo, mas uma pessoa integrada ao seu lugar, construindo

sua identidade com esse lugar, preparando-o efetivamente para o cumprimento de seu

papel sociocultural.

Oportunizar a participação da comunidade na tarefa educativa para que o conhecimento

aprendido gere maior compreensão, integração e inserção na sociedade.

Reconhecer o valor e a importância profissional da formação continuada dos recursos

humanos.

Promover e viabilizar a formação continuada para que o conhecimento elaborado possa

ser transmitido a partir de vivências e experiências do aluno, respeitando a sua

individualidade.

Oportunizar aos alunos a participação do estagio não obrigatório, acompanhando e

incentivando os trabalhos, favorecendo a integração na sociedade.

Page 24: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

24

Promover a interação entre a escola, a comunidade e outras instituições em parcerias pelo

desenvolvimento de atividades que irão contribuir para melhoria constante da escola.

Proporcionar ao aluno sua emancipação, possibilitando ao mesmo ser capaz de observar,

analisar, criticar, comprovar e apontar caminhos, jamais perdendo de vista à realidade

vigente, proporcionando desta forma o seu posicionamento crítico.

Oportunizar condições para que o aluno desenvolva, dentro e fora da Escola, uma ação

coerente e integral, possibilitando o desenvolvimento educacional dentro de uma proposta

histórico-cultural.

Aprimorar o Projeto Político Pedagógico e sua aplicação em todos os níveis de ensino do

estabelecimento, assumindo o compromisso de prover os recursos pedagógicos, físicos e

humanos para atender a demanda de alunos com necessidades educacionais especiais.

Promover o estudo sistemático do Projeto Político Pedagógico do Colégio tornando-o

acessível à comunidade escolar.

Page 25: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

25

4 MARCO SITUACIONAL

Há mais de uma década, a humanidade vive sob a hegemonia política e ideológica

do neoliberalismo: processo intercultural, mundialização, aldeia global... parecem as

palavras de ordem para caracterizar a época histórica em que vivemos. O

capitalismo, responsável por inúmeras diferenças entre os homens, desenvolveu e

desenvolve a indústria de massa, gerada por grande homogeneização, apagando

diferenças e padronizando estilos de vida. Consumismo, competição permanente,

enriquecimento rápido, aparecem como os grandes objetivos do presente.

(SANTOS, 2001)

Ainda segundo Santos, o Brasil não poderia ficar à margem da história mundial e das

consequencias nem sempre positivas, desse processo cujo modelo socioeconômico é

representado pelo crescente número de excluídos e pela contínua concentração de renda. A

educação, sempre considerada como prioridade pelos órgãos governamentais, continua sendo

elitista, em que os menos favorecidos lutam por uma escola pública mais eficiente e por um

acesso à Universidade mais democrático e menos excludente. Uma educação que leva ao

individualismo egoísta, ao hedonismo e à concorrência sem limites.

O ser humano fica, assim, reduzido a um mero instrumento de produção, consumo e prazer.

As mercadorias, o dinheiro, o erotismo e a exploração das emoções fortes valem mais do que

a pessoa e seus valores.

Apesar deste panorama, a ciência e a tecnologia tiveram avanços significativos,

revolucionando a produção, o próprio ambiente escolar e o comportamento das pessoas:

internet, telefonia celular e outros meios de comunicação que oferecem ao homem

comodidade, segurança e precisão. Com tudo isso, poderíamos supor uma grande melhoria de

vida, mas sabemos que isso só ocorre com uma pequena parcela da sociedade, justamente

com a minoria mais sintonizada com a lógica do mercado.

Essas transformações conduzem a preocupação com a temática do meio ambiente e

entendemos que não se trata simplesmente de preservar o equilíbrio dinâmico dos

ambientes vitais com a regeneração de ecossistemas degradados pela ambição

humana e pelo processo de industrialização, pois o Planeta Terra precisa de uma

ecologia social que reeduque o ser humano a conviver com a natureza e a relacionar-

Page 26: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

26

se fraternalmente com ela, porque o efeito final da devastação e do uso avassalador

dos recursos naturais resulta na baixa qualidade de vida humana. Nesse sentido, a

ética planetária representa um apelo e uma alternativa mais do que global para o

problema. (VESENTINI, 2002)

Por fim, considerando que todo o Projeto Político Pedagógico não pode distanciar-se do

contexto histórico, torna-se imperativo levar em consideração a realidade paranaense.

Historicamente o Paraná viveu a descontinuidade dos ciclos econômicos (mineração, erva-

mate, madeira, gado, café...), resultante da contínua relação de dependência do centro

econômico do país e da condição de economia periférica. Portanto, o crescimento econômico

resultou menos de problemas locais e internos do Estado do que da difícil conjuntura

atravessada pelo país ao longo de sua história. Neste contexto, os problemas econômicos

paranaenses só serão superados mediante a viabilização de soluções propostas no âmbito de

uma política desenvolvimentista nacional que tenha por objetivo explícito e específico a

diminuição das desigualdades regionais. Uma política que vise à formação de novos pólos de

crescimento capazes de promover e sustentar o desenvolvimento da economia nacional.

Enquanto isso não acontece, nosso Estado que é portador de tantas reservas naturais,

continuará fortemente dependente do setor primário, “o celeiro nacional” - produtor de bens

agropecuários para o mercado interno e externo, mas uma economia considerada periférica e

subsidiária do centro dinâmico do país (LAZIER, 2005).

Em conformidade com o noroeste do Paraná, o município de Cidade Gaúcha apresenta dois

momentos distintos na sua caracterização socioeconômica (Uso da terra e questão agrícola em

Cidade Gaúcha – MOREIRA, 1997):

Até 1970 – o domínio da lavoura cafeeira tradicional com 85% do valor bruto da produção

e efetiva participação da mão-de-obra familiar;

Depois de 1970 – a erradicação dos cafezais em consequencia de alterações climáticas e

desequilíbrio econômico do país fizeram surgir à produção diversificada em produtos para

atender o mercado interno e produtos de subsistência, ocorrendo sensível redução do uso

da mão-de-obra familiar, avanço do trabalho assalariado, êxodo rural massivo e

urbanização crescente. Estes fatos coincidiram com o momento em que o país procurava

Page 27: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

27

uma fonte alternativa para produzir combustível (PROALCOOL), diante da eminente

crise do petróleo no mundo.

Estabeleceu-se aqui o início da mecanização agrícola e instalou-se o complexo industrial

alcooleiro expandindo a lavoura canavieira e a industrialização de álcool e açúcar,

paralelamente à pecuária que representam hoje as alternativas de emprego e segurança para a

população.

Neste contexto local insere-se o Colégio Estadual Marechal Costa e Silva – Ensino

Fundamental e Médio e a EJA, como sendo a única escola pública estadual do município. O

estabelecimento atende em média 1530 alunos, sendo 262 oriundos da zona rural usuários do

transporte escolar e o restante da zona urbana, provenientes de famílias que acompanham as

transformações ocorridas no uso econômico e social da terra. Segundo questionamentos

elaborados pela escola e respondidos pelos pais em julho de 2005, o corpo discente está

constituído principalmente pelas classes média e baixa, cujas famílias são de pequenos

proprietários rurais, trabalhadores rurais temporários residentes na cidade, prestadores de

serviços ou profissionais autônomos, cujos filhos estão sob a responsabilidade de seus pais

e/ou sob os cuidados de parentes próximos.

Segundo relato dos professores deste estabelecimento de ensino, pensar em sociedade tem

sido uma tarefa complexa porque envolve o entendimento de que o mundo não é mais o

mesmo e que as transformações significativas do trabalho, na cultura e nas relações sociais

fazem parte do cotidiano escolar. Assim, nas relações do dia-a-dia os professores se deparam

com turmas heterogêneas, reflexo decorrente de uma sociedade desestruturada pela má

distribuição de renda e falta de apoio familiar.

É através do convívio com a comunidade escolar e pelo diálogo que o professor encontra

meios de observar o aluno e a sua família o que favorece a interação professor / aluno /

família, resultando benefícios para a educação do aluno.

Nas salas de aula encontramos “diferenças” causadas pelas desigualdades econômicas, grupos

étnicos e religiosos, vivências específicas a cada ambiente familiar e social. Essas diferenças

requerem práticas pedagógicas também diferenciadas e utilizadas pelo professor visando

atender as peculiaridades dos alunos e a diversidade, explorando-os da melhor forma possível,

Page 28: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

28

especialmente com atividades relacionadas a identidade do aluno, individuais ou coletivas,

tais como: olimpíadas, festivais de dança, dramatizações, poesias, trabalhos de campo,

passeios, desenvolvimento de projetos especiais e outras.

Diante disto a busca por um ambiente em que haja o diálogo e a reflexão deve ser constante

por parte desta comunidade escolar para que exista a aprendizagem assegurada em lei sobre o

direito do educando que permite seu acesso, permanência e sucesso. No entanto, para que isto

ocorra é necessário considerar como fator de elevada importância à avaliação com base na

seguinte citação:

Para que a avaliação feita em sala de aula cumpra uma de suas funções básicas, que

é a função formativa, o professor deve avaliar levando em conta aquele que está

aprendendo. Por isso é tão importante que antes de avaliar se pergunte a serviço de

que e a serviço de quem está sua avaliação, quem se beneficia com a avaliação que

se faz destes alunos concretos. E se não está a serviço de quem aprende o que

significa também estar a serviço de quem ensina esse exercício de formação e de

aprendizagem simplesmente se limitará ao exercício de controle, de poder, dimensão

pouco favoráveis à aprendizagem. (ÁLVAREZ MÉNDEZ – 2002, página 179).

Assim, o ensinar, o aprender e o avaliar não são momentos separados, formam um processo

contínuo em interação permanente, conforme consta no Regimento Escolar desta instituição.

E através de um trabalho conjunto da comunidade escolar, que teremos uma educação mais

satisfatória com melhores resultados na formação de um aluno crítico, responsável e

consciente de seu papel como agente transformador de uma sociedade desigual.

De acordo com Silva (2008), alguns agravantes têm afetado a escola e a família no

cumprimento de seus papéis, tais como:

A extinção da família tradicional, presente em qualquer tipo de classe social;

O corre-corre da vida diária moderna diminuindo o tempo de dedicação dos pais para com

seus filhos, causando prejuízos para o relacionamento familiar e social;

A falta de convivência dos pais com os filhos durante a infância e a adolescencia;

A grande influencia dos meios tecnológicos de informação, advindos da globalização,

com efeitos inseguros para a educação e formação de um cidadão íntegro, ético e feliz.

Page 29: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

29

Percebemos que a ausência da família no processo de desenvolvimento da criança, implica,

proporcionando grandes prejuízos à sua formação. Neste contexto, notamos que a família de

hoje está transferindo grande parte desta função à escola, é necessário ajudar na tarefa

educativa, visando a formação do ser humano, em todos os seus aspectos, principalmente no

que se refere ao sucesso na aprendizagem. A participação da família na escola exige que ela

dê conta de uma educação de qualidade, proporcionando a esta subsídios para dar

continuidade em seu convívio familiar, a obra de educação que se processa na escola.

O marco situacional apresenta uma visão do contexto global, inserindo neste o Brasil, o

Paraná e o nosso município, mencionando as transformações ocorridas no mundo e seus

reflexos na economia e sociedade do nosso Estado e município.

Destacamos que a partir do ano de 2007 o Ministério da Educação e Cultura –MEC, através

do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais-INEP, passou a realizar avaliações

institucionais em todas as escolas públicas projetando metas a serem cumpridas a cada biênico

até o ano 2021, com o objetivo de analisar e promover o desenvolvimento da Educação

Básica em todas as escolas do país. No ano de 2009 este Estabelecimento obteve o índice 4,0

superando o índice de 3,5 estabelecido pelo MEC.

Série/Ano: 8ª série

IDEB Observado Metas Projetadas

Município 2005 2007 2009 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

CIDADE GAÚCHA 3.3 3.9 4.0 3.3 3.5 3.8 4.2 4.5 4.8 5.1 5.3

Fonte: http://sistemasideb.inep.gov.br/resultado/

Ao tratarmos de Cidade Gaúcha e suas transformações no uso econômico da terra e nas

mudanças sociais, enfocamos o Colégio Costa e Silva, passando à descrição do

estabelecimento. Neste contexto, apresenta-se as características dos educandos e os resultados

dos levantamentos feitos em 2005/2006 para conhecer melhor os alunos e suas famílias.

Considerando os quase 1400 alunos matriculados neste estabelecimento de ensino, 1045

alunos dos três turnos participaram desta pesquisa, cujos resultados em gráficos e tabelas

estão abaixo, faz-se necessário ressaltar que no presente registros não constam dados

Page 30: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

30

apontados da Modalidade de Ensino de Jovens e Adultos, pois os mesmos passaram a fazer

parte desta instituição de ensino após o levantamento dos dados pesquisados.

Ao realizarmos esta pesquisa, procuramos saber quem é o responsável direto pelo aluno, pois

estas informações contribuem com a escola no direcionamento do trabalho pedagógico em

vista dos objetivos elencados neste Projeto Político Pedagógico, conforme tabela e gráfico 1

sobre a Estrutura Familiar dos alunos.

1. Tabela e Gráfico: Estrutura Familiar dos alunos.

Estrutura Familiar N.º de alunos % de alunos

Pai / Mãe 691 66,1%

Pai 24 2,3%

Mãe 159 15,2%

Avós 55 5,3%

Mãe / Padrasto 64 6,1%

Pai / Madrasta 9 0,9%

Outros 29 2,8%

Casados 14 1,3%

TOTAL 1045 100%

Fonte: Pesquisa direta

66,1%

2,3%

15,2%

5,3% 6,1% 0,9% 2,8% 1,3%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

Pa

i / M

ãe

Pa

i

e

Avó

s

e / P

ad

rasto

Pa

i / M

ad

rasta

Ou

tro

s

Ca

sad

os

Com quem

moram os alunos:

1.1 Tabelas e Gráficos: Estrutura Familiar dos alunos por período.

Page 31: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

31

Período Matutino

Estrutura Familiar Nº. de alunos % de alunos

Pai / Mãe 330 69,6%

Pai 6 1,3%

Mãe 74 15,6%

Avós 21 4,4%

Mãe / Padrasto 24 5,1%

Pai / Madrasta 2 0,4%

Outros 12 2,5%

Casados 5 1,1%

TOTAL 474 100%

Fonte: pesquisa direta

Período Vespertino

Estrutura Familiar Nº. de alunos % de alunos

Pai / Mãe 242 63,4%

Pai 11 2,9%

Mãe 54 14,1%

1,3%

15,6%

4,4% 5,1%0,4% 2,5% 1,1%

69,6%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Pa

i / M

ãe

Pa

i

e

Avó

s

e / P

ad

rasto

Pa

i / M

ad

rasta

Ou

tro

s

Ca

sa

do

s

Com quem

mora os alunos:

Page 32: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

32

Avós 26 6,8%

Mãe / Padrasto 36 9,4%

Pai / Madrasta 5 1,3%

Outros 8 2,1%

Casados 0 0,0%

TOTAL 382 100%

Fonte: pesquisa direta

2,9%

14,1%

6,8% 9,4%

1,3% 2,1% 0,0%

63,4%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Pa

i / M

ãe

Pa

i

e

Avó

s

e / P

ad

rasto

Pa

i / M

ad

rasta

Ou

tro

s

Ca

sa

do

sCom quem

mora os alunos:

Período Noturno

Estrutura Familiar Nº. de alunos % de alunos

Pai / Mãe 119 63,0%

Pai 7 3,7%

Mãe 31 16,4%

Avós 8 4,2%

Mãe / Padrasto 4 2,1%

Page 33: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

33

Pai / Madrasta 2 1,1%

Outros 9 4,8%

Casados 9 4,8%

TOTAL 189 100%

Fonte: pesquisa direta

3,7%

16,4%

4,2% 2,1% 1,1%4,8% 4,8%

63,0%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Pa

i / M

ãe

Pa

i

e

Avó

s

e / P

ad

rasto

Pa

i / M

ad

rasta

Ou

tro

s

Ca

sa

do

s

Com quem

mora os alunos:

Conclusão: a análise comprova as transformações ocorridas na estrutura familiar local, tais

como: a família nuclear que era padrão há décadas, hoje já não é mais devido ao grande

número de divórcios, migração dos pais para outras cidades ou países em busca de empregos.

Dando continuidade a apresentação e tabulação dos dados levantados sobre a realidade da

comunidade escolar, registramos aqui informações sobre o nível de escolaridade dos pais

conforme tabela e gráfico 2, lembrando que entre os 1045 alunos entrevistados existem

muitos irmãos, portanto, foram 564 pais pesquisados.

2. Tabela e Gráfico: nível de escolaridade do Pai

Page 34: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

34

Escolaridade Completo (%) Incompleto (%) Sem escolaridade (%)

1ª a 4ª série E.F. 104 18,4 % 117 20,7 %

5ª a 8ª série E.F. 67 11,9 % 72 12,8 %

Ensino Médio 100 17,7 % 35 6,3 %

Nível Superior 24 4,2 % 7 1,3 %

Sem Escolaridade 38 6,7 %

TOTAL 295 231 38

TOTAL GERAL 564

Fonte: pesquisa direta

0

20

40

60

80

100

120

1ª a

4ª sé

rie

E.F

.

5ª a

8ª sé

rie

E.F

.

En

sin

o M

édio

Nív

el S

up

erio

r

Sem

esco

lari

dad

e

Completo

Incompleto

Sem escolaridade

Conclusão: analisando os dados, observamos que a maioria dos pais de nossos alunos não

possuem escolaridade completa de 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental e esta situação

decresce nos demais níveis de escolaridade. Devemos refletir com esta análise sobre as

políticas publicas voltadas à Educação e sobre a Educação como direito de todos.

18,4%

20,7%

11,9%

12,8%

17,7%

6,3%

4,2%

1,3%

6,7%

Page 35: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

35

Quanto às informações sobre o nível de escolaridade das 574 mães pesquisadas, pois existem

muitos irmãos e filhos da mesma mãe, nos deparamos com a seguinte situação conforme a

tabela e gráfico 3.

3. Tabela e Gráfico: nível de escolaridade da Mãe

Escolaridade Completo (%) Incompleto (%) Sem escolaridade (%)

1ª a 4ª série E.F. 100 17,4 % 108 18,8 %

5ª a 8ª série E.F. 79 13,8 % 74 12,9 %

Ensino Médio 100 17,4 % 29 5 %

Nível Superior 40 7 % 4 0,7 %

Sem Escolaridade 40 7 %

TOTAL 319 215 40

TOTAL GERAL 574

Fonte: pesquisa direta

0

20

40

60

80

100

120

a 4ª

séri

e E

.F.

a 8ª

séri

e E

.F.

Ensi

no M

édio

Nív

el S

uper

ior

Sem

esco

lari

dad

e

Completo

Incompleto

Sem escolaridade

Conclusão: diante destes dados precisamos concordar com Paulo Freire quando sugere que se

passe da cultura da queixa para a cultura da transformação, conhecer para transformar

constitui-se num desafio que se impõe aos profissionais da Educação.

17,4%

18,8%

13,8%

12,9%

17,4%

5%

7%

0,7%

7%

Page 36: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

36

O resultado aglutinado dos levantamentos sobre a escolaridade dos pais de nossos alunos está

contido nas informações sobre a sua situação profissional na tabela e gráfico 4.

4. Tabela e Gráfico: situação profissional dos pais

Situação Nº. de pais % de pais Nº. de mães % de mães

Desempregado 26 5,2 % 07 1,3%

Do lar 12 2,4 % 240 44,3 %

Prof. Autônomo 72 14,3 % 40 7,3 %

Trab. S/ carteira assinada 71 14,1 % 99 18,3 %

Trab. C/ carteira assinada 322 64 % 156 28,8 %

TOTAL 503 100 % 542 100 %

Fonte: pesquisa direta

0

5 0

1 0 0

1 5 0

2 0 0

2 5 0

3 0 0

3 5 0

Des

empre

gad

o

Do lar

Pro

fiss

ional

autô

nom

o

Tra

bal

ho s

em

cart

eira

assi

nad

a

Tra

bal

ho c

om

cart

eira

assi

nad

a

P a i

M ã e

Conclusão: diante das informações anteriores sobre escolaridade dos pais, observamos que

estas refletem-se sobre as desigualdades e as condições existentes no mundo do trabalho.

5,2%1,3% 2,4%

44,3%

14,3%

7,3%

14,1%

18,3%

64%

28,8%

Page 37: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

37

Ainda como reflexo do nível de escolaridade dos pais e da situação profissional coletamos

informações sobre a questão salarial de 546 famílias de nossos alunos, conforme tabela e

gráfico 5.

5. Tabela e Gráfico: Questão salarial da família

Salários Nº. de famílias % de famílias

– de 1 salário mínimo 19 3,5%

1 salário mínimo 112 20,5%

De 1 a 3 salários mínimos 303 55,5%

+ de 3 salários mínimos 112 20,5%

TOTAL 546 100%

Fonte: pesquisa direta

0

50

100

150

200

250

300

350

Men

os

qu

e

1 s

alár

io

mín

imo

s

1 s

alár

io

mín

ino

De

1 a

3

salá

rio

s

mín

imo

s

Mai

s q

ue

3

salá

rio

s

mín

imo

s

Conclusão: constatamos que a maioria das famílias recebe entre 1 e 3 salários mínimos e há

famílias que conseguem sobreviver com menos de 1 salário mínimo. Mais uma vez as

desigualdades que marcam uma sociedade injusta e contraditória estão bem próximas de nós.

Ao concluirmos o marco situacional do Colégio Estadual Marechal Costa e Silva, percebemos

que as dificuldades encontradas no contexto escolar continuam semelhantes com o resultado

3,5%

20,5%

55,5%

20,5% Famílias

Page 38: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

38

da pesquisa realizada no ano de 2005/2006, ou seja: pais ausentes, falta de acompanhamento

nas tarefas e nos materiais escolares dos alunos.

Buscamos a participação dos pais ou responsáveis por acreditarmos que temos os mesmos

objetivos; oferecer uma educação de qualidade. Destacamos que o perfil dos educandos que

frequentam a Modalidade de Educação de Jovens e Adultos, são os que têm necessidade de

escolarização formal, seja para conseguir um emprego melhor, obter certificação para

permanecer no emprego, outros pela vontade mais ampla de “entender as coisas”, se expressar

melhor, com também são oriundos de um processo fragmentado, marcado por frequente

evasão e reprovação no ensino fundamental e médio regulares. Acreditamos que esta

educação que almejamos oferecer aconteça melhor se pensarmos juntos sobre nossas tarefas,

sendo árdua, mas certamente necessária e recompensadora.

Page 39: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

39

5 MARCO CONCEITUAL

Sociólogos, filósofos e educadores de todos os tempos buscaram e ainda buscam um modelo

de educação que ajude a construir uma sociedade mais justa, democrática, menos desigual,

pois, é a educação importante instrumento de manutenção ou de transformação social.

Segundo Saviani (2000), a escola tem suas limitações, porém também apresenta

possibilidades. Assim, a educação, numa concepção transformadora, pressupõe tomar o aluno

na sua totalidade, dentro de uma dinâmica social, incentivando os educandos a pensar,

descobrir, criar novas possibilidades de realizar os trabalhos, discutir as formas, exercendo o

seu papel e mobilizando os alunos na construção de uma sociedade democrática.

“O povo precisa da escola para ter acesso ao saber erudito, ao saber sistematizado e,

em conseqüência, para expressar de forma elaborada os conteúdos da cultura

popular que correspondem aos seus interesses”. (SAVIANI, 2000)

De acordo com Saviani, o professor é fundamental e sua contribuição é mais eficaz quando

ele compreende os vínculos de sua prática com a prática social, daí a necessidade de se evitar

duas posições equivocadas: pensar que os conteúdos são autônomos, sem vínculos com a

prática social e acreditar que são irrelevantes, colocando todo o peso da ação educacional na

luta política (politicismo). Portanto, a Pedagogia Histórico-Crítico esforça-se para aliar

compromissos políticos e competência técnica. Não reconhecer essa distinção faz com que à

escola continue numa posição de reprodutora da estratificação social existente na sociedade

capitalista.

Nessa perspectiva de Saviani, o professor, autoridade competente, e o aluno, também sujeito

sócio-histórico, estabelecem uma relação interativa em que ambos são parceiros ativos, seres

concretos, situados numa classe social que é síntese de muitas determinações. E que numa

relação pedagógica de constante construção remetem seus saberes concretos para uma prática

social transformadora das relações de produção a fim de construir uma sociedade igualitária.

Compreendendo a natureza da educação e sendo por meio dela que o homem se humaniza,

pois aprende a sentir, a pensar, a avaliar e a agir, cabe à escola identificar conteúdos e

descobrir metodologias mais apropriadas atentando para o que é essencial ser aprendido.

Page 40: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

40

Portanto, a escola deve dar enfoque ao conteúdo como produção histórico-social da

humanidade, desenvolvendo uma prática pedagógica que estabeleça uma interação entre

conteúdo e realidade concreta visando à transformação da sociedade.

No processo ensino-aprendizagem, conforme Saviani, alunos e professores têm papéis

importantes: o aluno deve buscar uma disposição permanente para a aprendizagem, enquanto

o professor deve ampliar seus conhecimentos a respeito do processo pedagógico e das formas

para desenvolvê-lo e avaliá-lo.

Ressaltamos a necessidade de refletir sobre o sentido da avaliação num processo dialético,

buscando novas possibilidades tendo em vista a mudança de postura, permitindo que os

encaminhamentos possibilitem novas práticas educativas, alcançando resultados mais

significativos.

Neste sentido, propomos uma avaliação baseada nos seguintes objetivos:

Buscar meios que garantam a realização do processo ensino-aprendizagem.

Possibilitar formas de não classificação do aluno, permitindo a tomada de novas posturas

pedagógicas tendo como referência as dificuldades apresentadas.

Refletir sobre os objetivos da avaliação e suas funções, são princípios essenciais para um

resultado significativo e transformador.

Destacamos que é de grande importância saber ouvir e interpretar os anseios educativos

contemporâneos, pois vivemos numa sociedade em constantes mudanças e uma das vertentes

dessas mudanças é a formação humana e o campo educacional.

Saviani (2005), no bojo de sua teoria histórico-crítica, coloca como questão central o saber. O

saber é o que deve direcionar todo o trabalho educativo. Na escola devemos ter presente como

fim a atingir a transmissão-assimilação do saber sistematizado, elaborado, científico, a cultura

letrada.

Page 41: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

41

Isto porque o homem não se faz homem naturalmente; ele não nasce sabendo ser

homem, vale dizer, ele não nasce sabendo sentir, pensar, avaliar, agir. Para saber

pensar e sentir; para saber querer, agir ou avaliar é preciso aprender, o que implica o

trabalho educativo. Assim, o saber que diretamente interessa à educação é aquele

que emerge como resultado do processo de aprendizagem, como resultado do

trabalho educativo. Entretanto, para chegar a esse resultado a educação tem que

partir, tem que tomar como referência, como matéria-prima de sua atividade, o saber

objetivo produzido historicamente. (SAVIANI, 2005, p.7)

O professor precisa verificar constantemente se seus alunos estão aprendendo, não só porque

isto é de ofício e norteia sua prática pedagógica, mas igualmente porque os dados disponíveis

gritam que a aprendizagem é mínima. É para distribuir este processo de cuidado da

aprendizagem do aluno que a avaliação comparece como procedimento essencial. Salientamos

que professores, alunos e escola são sujeitos do processo educacional e, consequentemente do

processo avaliativo, cabendo a todos os envolvidos na avaliação participar no seu poder

transformador e garantir o caráter educativo, formativo e emancipador neste processo,

partindo do pressuposto básico de que o conhecimento traz autonomia, emancipa o homem e

encoraja o compromisso com as transformações que são percebidas como necessárias. Assim,

a avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino onde o professor estuda e

interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com as finalidades de

acompanhar e aperfeiçoar o processo de ensino-aprendizagem.

Neste contexto verificamos que:

[...a avaliação não seria tão somente um instrumento para aprovação ou reprovação

dos alunos, mas sim um instrumento de diagnóstico de sua situação, tendo em vista a

definição de encaminhamentos adequados para sua aprendizagem. Se um aluno está

defasado não há que, pura e simplesmente reprová-lo e mantê-lo nesta situação]

(LUCKESI, 1998, p. 81).

A avaliação neste estabelecimento é permanente, diagnóstica construtiva e somatória. O

emprego de instrumentos diversificados reveste-se de maior importância, pois tanto se avalia

para colher informações sobre o andamento do processo de ensino-aprendizagem, como

também para perceber os avanços e recuos deste processo.

A formalização da avaliação será bimestral, sendo que a nota mínima exigida para aprovação

do aluno é 6,0 (seis vírgula zero).

Page 42: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

42

Sabemos que o processo de ensino e aprendizagem se caracteriza pela combinação de

atividades entre professor e aluno que possam garantir a compreensão dos assuntos

abordados. Na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, os conhecimentos básicos

definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao longo da carga horária total estabelecida para

cada disciplina, conforme a matriz curricular, com oferta diária de 04 (quatro) horas-aula por

turno, com avaliação presencial ao longo do processo ensino-aprendizagem. Considerando

que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados como ponto de partida real do

processo pedagógico, a avaliação contemplará, necessariamente, as experiências acumuladas

e as transformações que marcaram o seu trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na

educação formal, como durante o atual processo de escolarização. Essa compreensão é

contínua devendo ocorrer nos mais diferentes momentos do trabalho, visando diagnosticar e

superar dificuldades, estimulando os alunos e ao mesmo tempo oferecendo instrumentos e

procedimentos diversificados.

Dado o compromisso do educador com a aprendizagem dos educandos, a recuperação deve

significar uma postura metodológica do educador no sentido de garantir a aprendizagem por

parte de todos os alunos.

“Na recuperação de estudos o professor considera a aprendizagem do aluno no

decorrer do processo e, para aferição do bimestre, entre a nota da avaliação e da

recuperação, prevalecerá sempre a maior”. (Artigo 81 do Regimento Interno do

Colégio Estadual Marechal Costa e Silva – E. F. M.)

Sabendo que a recuperação concomitante é um direito do aluno garantindo no artigo 24 da Lei

de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, tem caráter corretivo ao longo dos bimestres,

num processo paralelo e contínuo, estando profundamente ligado aos resultados da avaliação

diagnostica.

Para Hofmann (2001) o estudo de recuperação deve ser pautado em:

Ações concomitantes de retomada de estudos ao longo do período letivo = estudos

paralelos de recuperação. Previsto na LDB 9394/96, artigo 24 e Deliberação nº 007/99 –

CEE, art.12.

Page 43: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

43

Estudos paralelos de recuperação são inerentes a uma prática avaliativa mediadora, com a

intenção de subsidiar, provocar, promover a evolução do aluno em todas as áreas do seu

desenvolvimento.

Não se trata de repetir explicações ou trabalhos, mas de organizar experiências educativas

subsequentes que desafiem o estudante a avançar em seu conhecimento.

O grande equivoco está em conceber recuperação como repetição e não como evolução

intencional no processo de aprendizagem.

Proporcionar experiências educativas alternativas que provoquem o estudante a refletir

sobre os conceitos e noções, suprindo lacunas e contribuindo para o desenvolvimento do

processo ensino-aprendizagem.

Estudos paralelos de recuperação consistem em momentos planejados e articulados ao

andamento dos estudos no cotidiano da sala de aula.

Desenvolver estudos paralelos de recuperação significa propor aos alunos,

permanentemente, gradativos desafios e tarefas articuladas e complementares às etapas

anteriores, visando sempre ao maior entendimento, à maior precisão de suas respostas, à

maior riqueza de seus argumentos.

O trabalho pedagógico é organizado para o coletivo, mas a partir de múltiplos inovadores

individuais, de forma que, interativamente, o aluno esteja revendo suas hipóteses

permanente.

Exige do professor uma atenção diferenciada em termos de análise qualitativa de suas

tarefas, registros consistentes das trajetórias individuais e o ajuste contínuo à

heterogeneidade de turmas.

O termo paralelo pressupõe estudos desenvolvidos pelo professor em sua classe e no

decorrer do processo.

Estudos de recuperação é obrigatoriedade da escola e do professor.

Após a realização da avaliação institucional percebemos que o acompanhamento e a avaliação

da aprendizagem possuem aspectos positivos que devem ter continuidade como, por exemplo,

o caderno diário, trata-se de um caderno comum, um para cada turma, onde são registradas

anotações para o acompanhamento da assiduidade e desempenho dos alunos. Permitindo o

controle do rendimento dos alunos por parte dos professores e equipe pedagógica, facilitando

o acompanhamento, bem como, o atendimento dos responsáveis.

Page 44: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

44

A construção de uma escola de qualidade requer comprometimento por parte de todos os

envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.

Para que a escola possa desempenhar, da melhor maneira possível, sua junção de levar o

aluno a aprender, ela precisa ter presente a continuidade entre a educação familiar e a escolar,

buscando formas de conseguir a adesão da família para sua tarefa de levar os educandos a

desenvolverem atitudes positivas e duradouras com relação ao aprender e ao estudar. Grande

parte do trabalho de professor é facilitada quando o aluno já vem predisposto para o estudo e

quando, em casa, ele dispõe da companhia de quem, convencido da importância da

escolaridade, o estimule a esforçar-se ao máximo para aprender. Levar o aluno a querer

aprender implica um acordo tanto com educandos fazendo-os sujeitos, quanto com seus pais,

trazendo-os para o convívio da escola, mostrando-lhes quão importante é sua participação e

fazendo uma escola pública de acordo com seus interesses de cidadãos.

Para tanto é necessário fortalecer a gestão escolar em termos de participação democrática,

visto que em nosso dia-a-dia, gestão costuma ser associada com chefia ou controle das ações

de outros. Isso decorre de fato de que convivemos com a dominação e quase não nos damos

conta disso. É compreensível, portanto, que gerir e administrar, seja confundido com mandar,

chefiar. Mas se analisarmos bem, perceberemos que a administração ou a gestão tem a

finalidade de ser mediação na busca de objetivos. Segundo PARO (1986) gestão é definida

como a “utilização racional de recursos para a realização de determinados fins”.

Na escola, o caráter mediador da gestão deve dar-se de forma a que tanto as atividades de

direção e agentes educacionais atenda alunos e pais quanto à própria atividade principal

realizada em sala de aula e fora dela que é a relação ensino-aprendizagem, estejam

permanentemente impregnadas dos fins da educação. Se isto não for realizado, burocratiza-se

por inteiro a atividade escolar, fenômeno que consiste na elevação dos meios à categoria de

fins e na completa perda dos objetivos visados com a educação escolar.

Se o objetivo da educação é emancipar o indivíduo, por meio do conhecimento sistematizado,

para ser um cidadão participativo de uma sociedade democrática oportunizando-lhe ao mesmo

tempo, dar-lhe meios, não apenas para sobreviver, mas para viver bem e melhor no usufruto

de bens culturais que hoje são privilégio de poucos, então a gestão escolar deve fazer-se de

modo a estar em plena coerência com esses objetivos.

Page 45: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

45

É necessário condições para que aqueles cujos interesses a escola deve atender, participem

democraticamente da tomada de decisões que dizem respeito aos destinos da escola e a sua

administração. Entendida a democracia como mediação, a participação de toda a comunidade

escolar na gestão da mesma é condição dessa democratização.

A educação é o início gerador do processo de gestão pela qualidade e deve também agir como

facilitador da implantação desse processo, para a melhoria eficiente, efetiva e eficaz de seus

próprios objetivos.

A análise das instâncias colegiadas da escola deve ter como pano de fundo a concepção de

Projeto Político-Pedagógico que se alicerça no princípio da construção coletiva. A

concretização e o encaminhamento das ações têm como exigência a compreensão da

dimensão coletiva de gestão democrática, onde é preciso conjugar as decisões coletivas e a

unidade de ação do projeto da escola, na perspectiva de conciliar as exigências burocrático-

administrativas com a finalidade educativa da escola.

A gestão democrática com ênfase no processo colegiado pressupõe o cumprimento da função

social e política da educação escolar e uma escola de boa qualidade só existe quando está

vinculada à comunidade a qual serve. Daí a importância da participação da comunidade na

escola, que em nosso sistema de ensino se organizam através das instâncias colegiadas, como:

a) Associação de Pais, Mestres e Funcionários

Pessoa jurídica de direito privado é um órgão de representação dos pais, professores e

funcionários do estabelecimento, trabalhando em prol da escola em todos os aspectos.

Nesse âmbito de atuação empenhar-se na conservação e melhoria do prédio e seus

equipamentos, representa o pensamento da comunidade e dos problemas ligados ao ensino,

bem como a assistência na compra de materiais didático-pedagógicos. Possui estatuto

próprio, a escolha da diretoria é feita através de eleição pela assembleia de pais, professores e

funcionários.

Page 46: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

46

b) Conselho Escolar

O Conselho Escolar é concebido como local de debate e tomada de decisões, como espaço de

debates e discussões, permite que professores, funcionários, pais e alunos explicitem seus

interesses, suas reivindicações acerca dos assuntos escolares.

O Conselho Escolar deve, portanto, favorecer a aproximação dos centros de decisão dos

fatores, possibilitando a delegação de responsabilidades e o envolvimento de diversos

participantes. Lembrando que enquanto órgão representativo da comunidade escolar, de

natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e realização

do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em conformidade com as

políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a Constituição, a LDB, o ECA, o

Projeto político-Pedagógico e o Regimento do Colégio, para o cumprimento da função social

e específica da escola.

Nesta escola o Conselho Escolar está constituído em conformidade com as normas do

Estatuto do Conselho. São dezesseis membros havendo paridade entre os diversos segmentos

representativos da comunidade escolar.

c) Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um órgão colegiado, presente na organização da escola, em que os

professores das diversas disciplinas, juntamente com a direção e equipe pedagógica, reúnem-

se para refletir e avaliar o processo ensino-aprendizagem. Acontece com a participação direta

dos docentes trazendo o rendimento do aluno em relação ao trabalho desenvolvido em sala de

aula. Nesse contexto, os alunos e seus resultados tornam-se focos do trabalho e a prática

docente torna-se objeto de reflexão.

Nesta escola o Conselho de Classe tem sido um dos poucos espaços que permitem a discussão

pedagógica do ensino e da aprendizagem, de forma situada e integrada.

Outra característica fundamental do Conselho de Classe é configurar-se como momento de

estudo e tomada de decisões sobre o trabalho pedagógico desenvolvido na sala de aula. É um

órgão deliberativo sobre as ações pedagógicas.

Page 47: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

47

d) Grêmio Estudantil

A organização estudantil é a instância onde se cultiva gradativamente o interesse do aluno,

para além da sala de aula. A consciência dos direitos individuais vem acoplada à idéia de que

estes se conquistam numa participação social e solidária.

Em 1985, foi sancionada a Lei 7.398/85, explicitando que a criação e organização do grêmio

estudantil são um direito dos alunos. Essa legislação que institui o grêmio estudantil, de

caráter facultativo, elimina a obrigatoriedade do centro cívico, instância de caráter tutelar. A

Lei Federal conferiu autonomia aos estudantes do então ensino de 1º e 2º graus, hoje educação

básica e ensino médio, para organizarem seus grêmios como entidades representativas de seus

interesses, “com finalidades educacionais, culturais, cívicas e sociais” (Art. 1º).

O grêmio estudantil é caracterizado pelo documento legal como órgão independente da

direção da escola ou de qualquer outra instância de controle e tutela que possa ser

reivindicada pela instituição. O parágrafo 2º define que compete aos educandos organizar o

grêmio estudantil, estabelecendo seu estatuto, que será aprovado ou rejeitado por uma

Assembléia Geral convocada para esse fim específico.

O parágrafo 3º estabelece que os representantes do grêmio estudantil sejam escolhidos pelo

voto direto e secreto. O processo de eleição deve ser precedido de discursos, debates,

confronto de idéias e explanação de programas, “gerando um saudável hábito de reflexão e

participação política visando a um amadurecimento dos estudantes frente a sua própria

problemática” (JÉLVEZ 1990, página 56).

Neste Colégio o Grêmio Estudantil encontra-se organizado desde 2004, sendo que a escolha

nas gestões se deu de forma democrática através da votação secreta dos alunos.

Percebemos que uma das dificuldades do Grêmio, é a falta de preparo dos componentes, que

embora tenham elaborado um plano de ação para a atual gestão, avançaram bem pouco,

assim, se faz necessários cursos de formação e encontros entre as Associações gremistas para

que haja integração e troca de experiências entre os grupos.

Page 48: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

48

Após resultado da avaliação institucional da escola sobre os órgãos colegiados de gestão,

constatamos como destaque positivo o processo de escolha dos órgãos colegiados que, nesta

escola, se dá de forma democrática e transparente através de eleições diretas. Também,

detectou-se que há necessidade de maior orientação aos membros destes órgãos quanto aos

aspectos administrativos e principalmente pedagógicos.

Sabemos que o currículo está intimamente relacionado à concepção de escola que é o local de

acesso e de apropriação do saber elaborado, construído historicamente. Portanto, o currículo

deve se organizar a partir dessa concepção e, a partir do saber sistematizado, deve contemplar

reflexões como: o que ensinar, para que ensinar, como ensinar e as formas de avaliação.

A própria organização escolar contribui para a aprendizagem do professor e do aluno, na

medida em que muda, aprendendo com as pessoas, e estas também mudam aprendendo com a

organização. Neste aspecto, a organização, o currículo deve assegurar o conhecimento

sistematizado ao aluno dentro dos critérios estabelecidos por lei.

A escola deve realizar uma análise a luz das Diretrizes Curriculares Estaduais para verificar

quais conteúdos necessitam ser trabalhados com os alunos.

Entendemos que o currículo é histórico, sendo resultado de uma soma de elementos sociais,

políticos e pedagógicos que expressam e organizam os saberes que constituem as práticas

escolares.

Segundo Saviani (2005), o termo currículo refere-se as atividades essenciais que a escola não

pode deixar de desenvolver, sob pena de se descaracterizar, de perder a sua especificidade.

Nesta perspectiva a escola deve desempenhar seu papel fundamental que se caracteriza pela

transmissão, apropriação e socialização dos saberes culturais.

Após reflexão realizada em grupo de estudos com o corpo docente sobre a Reformulação

Curricular e análise do texto sobre as Orientações Curriculares de cada disciplina, elaboramos

a Proposta Pedagógica Curricular deste Estabelecimento de Ensino.

Page 49: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

49

5.1 Proposta Curricular

5.1.1 Ensino Fundamental

As Matrizes Curriculares deverão contemplar na Base Nacional Comum as seguintes

disciplinas: Ciências, Arte, Educação Física, Ensino Religioso, Geografia, História, Língua

Portuguesa e Matemática.

As disciplinas da Base Nacional Comum terão carga horária mínima de 02 (duas) horas-aula e

máxima de 04 (quatro) horas-aula semanal, com exceção do Ensino Religioso.

As disciplinas da Base Nacional Comum (Ciências, Arte, Educação Física, Geografia,

História, Língua Portuguesa e Matemática) são de oferta obrigatória em todas as séries.

O Ensino Religioso será ofertado obrigatoriamente pelo estabelecimento, com freqüência

facultativa para os alunos, com a carga horária de uma aula semanal na 5ª série e uma aula

semanal na 6ª série, nos turnos diurnos, não sendo computada na carga horária de 800 horas

anuais.

As Matrizes Curriculares contarão com 25 horas-aulas semanais, em todos os turnos de

atuação, com exceção de 5ª e 6ª séries.

Na Parte Diversificada da Matriz Curricular deverá constar apenas uma Língua Estrangeira,

como componente curricular obrigatório, identificando-se o idioma definido pelo

estabelecimento de ensino, observando-se a disponibilidade de professor habilitado e as

características da comunidade atendida.

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 07 – CIANORTE MUNICÍPIO: 0560 – CIDADE GAÚCHA

ESTABELECIMENTO: 00259 - COSTA E SILVA, C E MAL – E FUND MEDIO

ENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

Page 50: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

50

CURSO: 4000 – ENS. F. GR. 5/8 SER TURNO: Manhã

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2007 - SIMULTÂNEA MODULO: 40 SEMANAS

DISCIPLINAS / SÉRIE 5 6 7 8

B

A

S

E

N

A

C

I

O

N

A

L

C

O

M

U

M

CIÊNCIAS

EDUCAÇÃO ARTÍSTICA

EDUCAÇÃO FÍSICA

ENSINO RELIGIOSO

GEOGRAFIA

HISTÓRIA

LÍNGUA PORTUGUESA

MATEMÁTICA

3

2

3

1

3

3

4

4

3

2

3

1

3

3

4

4

3

2

3

4

3

4

4

3

2

3

3

4

4

4

SUB-TOTAL

22 22 23 23

P

D

L.E.M. – INGLÊS

2

2

2

2

SUB-TOTAL

2 2 2 2

TOTAL GERAL 24 24 25 25

NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96

* O IDIOMA SERÁ DEFINIDO PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

5.1.2 Ensino Médio por Blocos de Disciplinas

As Matrizes Curriculares do Ensino Médio deverão contemplar “ao menos” 75% (setenta e

cinco por cento) da carga horária, na Base Nacional Comum, e “até” 25% (vinte e cinco por

cento) da carga horária na Parte Diversificada.

A Matriz Curricular deverá contar com 25 horas-aulas semanais, em todos os turnos de

atuação.

Page 51: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

51

A distribuição do número de aulas para cada disciplina na Matriz Curricular deverá obedecer

ao princípio da eqüidade, uma vez que não há fundamento legal ou científico que sustente o

privilégio de uma sobre a outra, o que se depreende da leitura das Orientações Curriculares.

As especificidades sociais, culturais, econômicas no âmbito regional e no âmbito local,

deverão ser observadas no interior de todas as disciplinas da Matriz Curricular, da Base

Nacional Comum e da Parte Diversificada. As especificidades sociais regionais, segundo as

Orientações Curriculares do Ensino Médio, são conteúdos curriculares – não disciplinas. A

divisão da Matriz Curricular em Base Nacional Comum e Parte Diversificada atende a uma

exigência legal e não nenhuma das disciplinas da Matriz de contemplar os conteúdos

referentes ao Artigo 26 da Lei nº. 9394/96.

A Base Nacional Comum deverá ser composta pelos seguintes componentes curriculares:

Química, Física, Biologia, Arte, Educação Física, Geografia, História, Língua Portuguesa,

Matemática, Sociologia e Filosofia.

As disciplinas da Base Nacional Comum definida para cada série terão carga horária mínima

de duas horas-aula e máxima de quatro horas-aula semanais.

As disciplinas da Base Nacional Comum terão carga horária mínima de quatro horas-aula, na

somatória de aulas dos três anos do Ensino Médio.

A Parte Diversificada da Matriz Curricular é composta pela disciplina de Língua Estrangeira

Moderna- Inglês.

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 07 – CIANORTE MUNICÍPIO: 0560 -. Cidade Gaúcha

ESTABELECIMENTO: 0259 - Colégio Estadual Marechal Costa e Silva – Ens. Fund. e Médio

ENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0010 – ENSINO MÉDIO TURNO: Manhã

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 - SIMULTÂNEA MODULO: 20 SEMANAS

DISCIPLINAS: SÉRIE/ 1 1 2 2 3 3

Page 52: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

52

BLOCO 1 2 1 2 1 2

B

A

S

E

N

A

C

I

O

N

A

L

C

O

M

U

M

ARTE 4 4 4

BIOLOGIA 4 4 4

EDUCAÇÃO FÍSICA 4 4 4

FILOSOFIA 3 3 3

FÍSICA 4 4 4

GEOGRAFIA 4 4 4

HISTÓRIA 4 4 4

LÍNGUA PORTUGUESA 6 6 6

MATEMÁTICA 6 6 6

QUÍMICA 4 4 4

SOCIOLOGIA 3 3 3

SUB-TOTAL

21 25 21 25 21 25

PD

L.E.M. – INGLÊS

4 4 4

SUB-TOTAL

4 4 4

TOTAL GERAL 25 25 25 25 25 25

NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96

* O IDIOMA SERÁ DEFINIDO PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

DISCIPLINA DE ARTE

Apresentação da disciplina

Antes de 1980, o ensino de Arte no Brasil se deu de maneira muito rudimentar. Primeiro pelos

jesuítas e depois influenciada pela missão artística francesa.

A primeira reforma educacional no Brasil aconteceu entre conflitos de idéias positivistas e

liberais. Os positivistas valorizavam em Arte o ensino do desenho geométrico como forma de

desenvolver a mente para o pensamento científico, e os liberais se preocupavam com a

preparação para o trabalho.

Page 53: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

53

Após a Semana de Arte Moderna em 1922, procurou-se valorizar a cultura nacional expressa

na educação pela Escola Nova, que primava por métodos de ensino em que a liberdade de

expressão do aluno era priorizada. Nesse contexto, o ensino da Arte teve um enfoque na

expressividade, espontaneidade e criatividade, desfocando o conhecimento em Arte e

procurando romper com as atividades reprodutivas da Escola Tradicional.

Somente em 1971 depois de promulgada a Lei Federal nº 5692/71, em cujo artigo 7º

determinava a obrigatoriedade do ensino da Arte nos currículos no Ensino Fundamental ( a

partir da 5ª série ) e do Ensino Médio.

Entre os séculos XVII e XIX, os viajantes que passavam pela região que atualmente é o

Paraná, registraram suas impressões em forma de pintura. Em 1833, o alemão Guilherme

Frederico Virmond, estudioso de zoologia, músico e desenhista, foi o primeiro artista a

representar a “gente paranaense”.

A primeira escola de Arte do Paraná, a Escola de Artes e Indústrias, foi criada pelo artista

português Mariano de Lima em 1886. Esta escola foi muito importante para o

desenvolvimento da Arte Paranaense, pois, revelou artistas que são reconhecidos até hoje.

Ultimamente o ensino da Arte apoia-se nas Diretrizes Curriculares Nacionais e no nosso caso

mais especificamente nas Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do

Paraná.

Reconhecemos que houve muitos avanços no processo histórico recente para efetivar uma

transformação no ensino da Arte. Entretanto, essa disciplina ainda exige reflexões que

contemplem a Arte como área de conhecimento.

O ensino da Arte deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e passa a se preocupar

também com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente

e em constante transformação.

Na educação o ensino da arte, amplia o repertório cultural do aluno apartir dos conhecimentos

estéticos, artísticos e contextualizado,aproximando-o do universo cultural da humanidade nas

suas diversas representações.Para tanto é necessário desenvolver no processo pedagógico uma

Page 54: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

54

práxis que articulem as características teóricas e práticas da disciplina,para que com isso

nossos alunos possam criar formas singulares de pensamento expandindo suas

potencialidades criativas. A construção do conhecimento em Arte se efetiva nas relações de

saberes que se caracterizam na experimentação estética e por meio da percepção e análise da

criação/produção contextualizada historicamente.

O ensino da Arte busca enfocar arte, cultura e linguagem. Arte não é produção fragmentada

ou feita de modelos aleatórios separados do contexto social, e nem mera contemplação; é,

sim, uma área de conhecimento que interage nas diferentes instâncias intelectuais, culturais,

políticas e econômicas, pois os sujeitos são construções históricas que influem e são

influenciados pelo pensar, fazer e fluir arte.

O grande desafio é provocar nos alunos a paixão pelo conhecimento que deve ser revisto,

realimentado e reorganizado pelas diferentes relações políticas, culturais e sociais, assim

como se faz quando realizamos uma composição plástica ou montamos uma coreografia para

dança ou ainda quando interpretamos uma canção. Não se gosta do que não se conhece, sendo

assim, é fundamental o pesquisar, o informar-se, o conhecer outras culturas, e a expressão nas

diferentes linguagens, entender o contexto histórico, os valores estéticos para que possamos

realizar um trabalho criador, onde o aluno tenha oportunidades de expressar-se. Assim a

disciplina de Arte dá importante contribuição na construção da vida cidadã quando

oportunizamos a todos os alunos conhecimentos nas diferentes áreas artísticas, valorizando o

multiculturalismo, quando esclarecemos o que é estética e também ao priorizarmos a

originalidade, a criatividade o uso de materiais alternativos... Então na medida que

oferecemos aos nossos alunos conhecimentos condizentes com a realidade, atendemos os

anseios da comunidade e atingimos as funções da arte.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes da disciplina de Arte, para o ensino fundamental são:

Elementos Formais;

Composição;

Movimentos e períodos.

ELEMENTOS BÁSICOS

Page 55: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

55

Área: Música

Elementos Formais:

Altura;

Duração;

Timbre;

Intensidade;

Densidade.

Composição:

Ritmo;

Melodia;

Harmonia;

Tonal;

Modal;

Escalas;

Gêneros: erudita, folclórica...;

Técnicas: instrumental, vocal, mista, improvisação...

Movimentos e Períodos:

Arte Ocidental

Arte Africana;

Rap;

Tecno;

Romantismo;

Vanguardas Artísticas;

Arte Engajada;

Música Serial;

Música Minimalista;

Música Popular Brasileira;

Arte Paranaense;

Arte Indígena;

Arte Brasileira;

Arte Paraense;

Indústria Cultural;

Page 56: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

56

Arte Latino-Americana...

Área: Artes Visuais

Elementos Formais:

Ponto;

Linha;

Superfície;

Textura;

Volume;

Luz;

Cor;

Forma.

Composição

Figurativa;

Abstrata;

Figura-fundo;

Bidimensional;

Tridimensional;

Semelhanças;

Contrastes;

Ritmo visual;

Gêneros: Paisagem, retrato, natureza-morta...

Técnicas: Pintura, gravura, escultura, arquitetura, fotografia, vídeo...

Movimentos e Períodos

Arte Pré-histórica;

Arte Pré-Colombiana;

Arte Oriental;

Arte Africana;

Vanguardas artísticas;

Arte Popular;

Arte Indígena;

Page 57: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

57

Arte Brasileira;

Arte Paranaense;

Indústria Cultural;

Arte Latino-Americana;

Muralismo...

Área: Teatro

Elementos Formais:

Personagem (expressões corporais, vocais, gestuais e faciais);

Ação;

Espaço.

Composição

Representação;

Texto Dramático;

Dramaturgia;

Roteiro;

Espaço Cênico;

Sonoplastia, iluminação, cenografia, figurino, adereços, máscara, caracterização e

maquiagem;

Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama, Épico, Rua, etc;

Técnicas: jogos teatrais, enredo, Teatro direto, Teatro indireto (manipulação, bonecos,

sombras...), improvisação, monólogo, jogos dramáticos, direção, produção...

Movimentos e Períodos

Arte Greco-Romana;

Arte Africana;

Arte Medieval;

Teatro Dialético;

Teatro do Oprimido;

Teatro Pobre;

Teatro Essencial;

Teatro do Absurdo;

Page 58: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

58

Teatro Engajada;

Teatro Popular;

Teatro Indígena;

Teatro Brasileiro;

Teatro Paranaense;

Indústria Cultural;

Teatro Latino-Americano

Área: Dança

Elementos Formais

Movimento Corporal;

Tempo;

Espaço;

Composição

Eixo;

Aceleração;

Ponto de apoio;

Salto e queda;

Deslocamento;

Coreografia;

Gêneros: folclóricas, de salão, étnica...

Movimentos e Períodos:

Arte Pré-Histórica;

Arte Greco-Romana;

Arte Africana;

Arte Medieval;

Renascimento;

Vanguardas Artísticas;

Dança Popular;

Dança Indígena;

Dança Paranaense;

Indústria Cultural;

Dança Clássica;

Page 59: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

59

Dança Moderna;

Dança Contemporânea;

Hip Hop;

1º ANO ENSINO MÉDIO – ÁREA MÚSICA

Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos

Intensidade

Altura

Duração

Timbre

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas: diatônica, pentatônica,

cromática...

Gêneros: popular, folclórico,

clássico...

Técnicas: vocal, instrumental, mista

Música Ocidental

Música Oriental

Música Popular

Música popular Brasileira

2º ANO ENSINO MÉDIO – ÁREA MÚSICA

Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos

Intensidade

Altura

Durante

Timbre

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Escrita Musical

Gêneros: clássico, popular, ético

Técnicas: vocal, instrumental, mista

Música Ocidental e Oriental

Música Popular e Étnica

Indústria Cultural

Música Contemporânea

Hip Hop

3º ANO ENSINO MÉDIO – ÁREA MÚSICA

Elementos Formais Composição Movimentos e períodos

Intensidade

Altura

Duração

Timbre

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Modos: tonal, modal, atons!

Técnicas: vocal, instrumental,

mista, Improvisação

Música Engajada

Música Minimalista

Rap, Funk, Tecno

Música Experimental

Sugestão para o trabalho de Artes Visuais dividido por série.

1º ANO / ENSINO MÉDIO – ARTES VISUAIS

Elementos Composição Movimentos e Períodos

Linha

Forma

Superfície

Volume

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figurativo

Abstrato

Perspectiva...

Arte Pré - Histórica

Arte Pré - Colombiana

Arte Pré – Cabralina

Arte Latino Americana

Renascimento

Page 60: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

60

Cor Técnica: pintura, desenho,

gravura, escultura, história em

quadrinhos...

Gênero: paisagem, cenas do

cotidiano, cenas históricas...

Muralismo

Hip Hop

2º ANO / ENSINO MÉDIO – ARTES VISUAIS

Elementos Composição Movimentos e Períodos

Linha

Forma

Superfície

Volume

Luz

Cor

Bidimensional

Tridimensional

Figurativo

Abstrato

Perspectiva...

Técnica: pintura, grafitti desenho,

gravura, escultura, modelagem,

colagem.

Gênero: paisagem, retrato cenas

do cotidiano, cenas históricas...

Arte Popular

Arte Brasileira

Arte Paranaense

Arte Indígena

Arte Ocidental

Arte Oriental

Arte Africana

Indústria Cultural

3º ANO / ENSINO MÉDIO – ARTES VISUAIS

Elementos Composição Movimentos e Períodos

Linha

Forma

Superfície

Volume

Luz

Cor

Bidimensional

Tridimensional

Figura - fundo

Figurativa

Abstrato

Semelhanças

Contraste

Deformação

Estilização...

Técnica: escultura, pintura,

fotografia, arquitetura, vídeo,

performance, instalação,

móbiles...

Gêneros: Paisagem, paisagem,

urbana, cenas do cotidiano,

religiosa, histórica...

Arte Ocidental

Arte Oriental

Vanguardas Artísticas

Arte no Século XX

Arte Contemporânea

Indústria Cultural

Sugestão para o trabalho de Artes Visuais dividido por série.

1º ANO / ENSINO MÉDIO – DANÇAS

Elementos Composição Movimentos e Períodos

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera

Movimentos articulares

Ponto de apoio

Rolamento

Pré – história

Greco – Romana

Dança popular

Dança Africana

Page 61: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

61

Lento, médio e rápido

Níveis

Deslocamento

Direções, Planos

Coreografia

Gêneros: étnica e popular

Medieval

Dança brasileira

Dança Indígena

2º ANO / ENSINO MÉDIO – DANÇAS

Elementos Composição Movimentos e Períodos

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Peso

Salto e queda

Lento, médio e rápido aceleração

e desaceleração

Deslocamento

Improvisação

Coreografia

Gênero: espetáculo, folclórico e

salão

Dança Brasileira

Dança Paranaense

Indústria Cultural

Hip Hop

3º ANO / ENSINO MÉDIO – DANÇAS

Elementos Composição Movimentos e Períodos

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Fluxo

Eixo

Giro

Lento, médio e rápido

Aceleração e desaceleração

Deslocamento

Improvisação

Coreografia

Gênero: espetáculo, folclórico e

salão

Dança Clássica

Dança Moderna

Dança Contemporânea

Indústria Cultural

Vanguardas

1º ANO / ENSINO MÉDIO – ÁREA TEATRO

Elementos Composição Movimentos e Períodos

Personagem: expressões

corporais, vocais, gestuais e

faciais

Ação

Espaço

Técnicas: Jogos teatrais,

teatro direto e indireto,

mímica e pantomima...

Gêneros: tragédia, comédia...

Sonoplastia

Teatro Greco –Romano

Teatro Essencial

Teatro Popular

Comédia Dell’arte

2º ANO / ENSINO MÉDIO – ÁREA TEATRO

Elementos Composição Movimentos e Períodos

Personagem: expressões

corporais, vocais, gestuais e

faciais

Técnicas: Jogos teatrais,

teatro direto e ensaio...

Gêneros: drama e épico

popular...

Teatro Brasileiro

Teatro Paranaense

Teatro Renascentista

Teatro Latino-americano

Page 62: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

62

Ação

Espaço

Sonoplastia

Cenografia e iluminação

Figurino

3º ANO / ENSINO MÉDIO – ÁREA TEATRO

Elementos Composição Movimentos e Períodos

Personagem: expressões

corporais, vocais, gestuais e

faciais

Ação

Espaço

Técnicas: Jogos teatrais,

teatro direto e ensaio,

Teatro-Fórum...

Gêneros: tragédia e comédia,

drama, circo...

Roteiro

Enredo

Trilha sonora e sonoplastia

Teatro Engajado

Teatro Dialético

Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Teatro de Vanguarda

Industria Cultural

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Aprender sobre Arte exige dar sentido e significado à Arte e ao fazer Arte, o que se promove

pelo contato com o fenômeno artístico visto como objeto de cultura e conjunto de relações

formais. Ensinar Arte é propiciar aos alunos liberdade de pesquisar, criar e imaginar por meio

de recursos e propostas que garantam a aprendizagem e o desenvolvimento das linguagens

visuais.

Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos estruturantes, em um

encaminhamento metodológico orgânico, onde o conhecimento, as práticas e a fruição

artística estejam presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da

Educação Básica.

Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem, elas são ministradas, como, por que e

o que será trabalhado, tornando-se a escola como espaço de conhecimento. Dessa forma,

deve-se contemplar na metodologia de ensino da Arte, três momentos da organização

pedagógica:

Teorizar: É a parte do trabalho metodológico que privilegia a cognição, possibilitando ao

Page 63: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

63

aluno que perceba e aproprie a obra artística, desenvolvendo um trabalho artístico para

concretizar os conceitos adquiridos. Muitas vezes é nesta parte do trabalho que fazemos um

paralelo com os desafios contemporâneos.

Sentir e perceber: Neste momento os educandos aprimoram a percepção e apropriam-se

das obras artísticas, sendo capazes de sentir e perceber as visões de mundo expressas pelos

artistas, sua ideologia, seu momento histórico e outras determinações sociais.

Tanto a percepção como o fazer artístico humaniza o homem, sendo este um momento muito

oportuno para se trabalhar os desafios contemporâneos da educação.

Trabalho Artístico: É a expressão privilegiada, o exercício da imaginação e criação. É o

momento mais esperado pelos alunos. Apesar de todas as dificuldades que a escola apresenta,

é necessária e fundamental que este momento aconteça, pois, a arte não pode ser apreendida

somente de forma abstrata.

Para trabalhar com estes eixos norteadores, além das aulas explicativas, expositivas e

exemplificações serão usados sempre que possível recursos didáticos - pedagógicos e

tecnológicos, como por exemplo o uso de imagens, de materiais recicláveis, a TV pendrive e

outros.

Sempre que necessário a metodologia será revista e adequada as especificidades de cada

turma.

Os Desafios Educacionais Contemporâneos “História e Cultura Afro e Indígena” serão

abordados através de aulas explicativas, recursos didáticos pedagógicos e tecnológicos,

enfocando a problemática histórica e contemporânea.

AVALIAÇÃO

A avaliação é um processo diagnóstico, contínuo e cumulativo que envolve professores e

alunos, também é diagnóstica com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os

quantitativos. Também é processual, valorizando o processo de construção do conhecimento e

não só o resultado final. Será observada a capacidade individual, o acompanhamento da

aprendizagem no percurso e no final do período letivo, por meio de trabalhos artísticos,

Page 64: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

64

pesquisas, exposições e apresentações de trabalhos, avaliações teóricas e práticas, levando em

conta também o empenho do aluno e sua participação nas atividades realizadas.

É importante considerar que o conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre

os colegas e ao mesmo tempo servir como referência para o professor propor abordagens

diferenciadas. A avaliação em Arte supera o papel de instrumento de mediação e apreensão de

conteúdos e busca propiciar aprendizagens significativas para o aluno.

Os valores das avaliações serão atribuídos segundo o grau de relevância e dificuldade das

atividades. As atividades avaliativas poderão ser realizadas individualmente ou em equipes

conforme determinação do professor.

Os instrumentos avaliativos serão diversificados: confecção de trabalhos práticos, pesquisas,

cumprimentos de tarefas, provas teóricas, realização de atividades em sala de aula,

apresentação e exposição de trabalhos, seminários e outros conforme os conteúdos estudados,

a realidade dos alunos e a estrutura da escola.

Critérios de avaliação:

Estabelecer relações com o trabalho de arte produzido por si, por seu grupo e por outros

sem discriminação estética, artística, étnica e de gênero, tanto nas artes visuais como na

música, no teatro e na dança:

Identificar os elementos das linguagens artísticas e suas relações em trabalhos artísticos e

na natureza;

Conhecer e apreciar vários trabalhos e objetos de arte por meio das próprias emoções,

reflexões e conhecimentos e reconhecer a existência desse processo em jovens, adultos de

distintas culturas;

Valorizar a pesquisa e a frequentação junto as fontes de documentação, preservação,

acervo da produção artística nas diferentes culturas;

Identificar momentos importantes da história da arte local, nacional ou internacional

refletindo e relacionando os aspectos estéticos;

Utilizar conhecimentos básicos das linguagens artísticas, comunicando-se e expressando-

Page 65: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

65

se artisticamente;

Refletir, discutir e analisar aspectos das relações socioculturais que os jovens estabelecem

com as linguagens artísticas por meios tecnológicos contemporâneos, com o mercado cultural.

A recuperação de estudos ocorrerá em consonância com o que estabelece o PPP do Colégio

Estadual Marechal Costa e Silva- EFM, sendo portanto extensiva a todos os alunos,

representa uma retomada de estudos paralelos ao longo de todo o período letivo, promovendo

a evolução do educando em todas as áreas do conhecimento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARTE / vários autores. Curitiba: SEED – Pr, 2006.

BOSI, Afredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.

BRASIL, Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96.

DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

DO ESTADO DO PARANÁ. Arte. Secretaria de Estado da Educação – SEED. 2009.

MARCHESI, Isaias Jr. Atividades de Educação Artística 1° Grau. São Paulo.

Editora Ática, 1995.

MORAIS, Frederico. Arte é o que Eu e Você Chamamos Arte. Rio de Janeiro.

Editora Ática, 1995.

PEIXOTO, M. I. Arte e grande público: a distância a ser extinta Campinas: Autores

Associados, 2003.

PILLAR, A . D. (org). A educação do olhar e o ensino das artes. Porto Alegre:

Mediação, 1999.

Page 66: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

66

TAYLOR ( Shapiro). Dança em uma época de crise social: em Direção a uma visão

transformadora de dança e educação. Revista Comunicação e Artes, 1994.

DISCIPLINA DE BIOLOGIA

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O objeto de estudo da disciplina de Biologia é o fenômeno Vida. A biologia preocupa-se com

todas as formas de vida e como elas interagem entre si e com o meio. Portando, o estudo da

Biologia busca conceituar e explicar o fenômeno vida, facilitando sua compreensão. É

necessária uma visão ampla sobre a interação dos seres vivos e o meio, para uma maior

percepção da relação unânime entre natureza e sociedade.

O pensamento científico teve origem no processo de observação do homem primitivo ao que

lhe rodeava, plantas, animais, etc. Tal interesse sempre esteve relacionado à necessidade de

garantir a sobrevivência. No decorrente da historia da ciência, muitos foram os que

colaboraram para que esse conhecimento se perpetuasse através de estudos passados de

geração a geração, fazendo provar suas hipóteses e muitas vezes enfrentando o descrédito

entre os seus contemporâneos e até sendo coagidos pela igreja, dominante na época, quando

suas afirmações iam de encontro as suas verdades. Na Idade Média, a igreja tornou-se uma

instituição poderosa, tanto no aspecto religioso quanto no social, político e econômico. O

conhecimento sobre o Universo vinculado a um Deus criador, foi oficializado pela igreja

católica que o transforma em dogma.

Durante a Idade Média, o ritmo de investigação cientifica aumentou consideravelmente. O

trabalho iniciado por Aristóteles é ampliado por Lineu, que criou as categorias hierárquicas de

espécie, gênero, famílias, ordens, classes, filos e reino. Também criou um sistema de

nomenclatura dos seres vivos, empregados até hoje com algumas modificações. Com Linné, o

sistema descritivo possibilitou a organização da Biologia pela comparação das espécies

coletadas em diferentes locais. Tal tendência refletiu a atitude contemplativa, o interesse em

Page 67: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

67

retratar a beleza natural com a exploração empírica da natureza pautada pelo método da

observação e descrição, o que caracteriza o pensamento biológico e descritivo.

Para consolidar sua teoria sobre a origem das espécies por meio da seleção natural ou

favorecidas na luta pela vida, Darwin, valeu–se de evidencias evolutivas, as quais foram

consideradas provas e suporte de suas concepções: “o registro dos fosseis, a distribuição

geográfica das espécies, anatomia e embriologia comparadas e a modificação de organismos

domesticados.” (Futuyama, 1993 p.6). Os mecanismos evolutivos foram alvos de

discussão, Hull (1993) apud Futuyma (1993) afirmou que durante a vida de Darwin, a

hipótese de seleção natural foi compreendida por poucos e aceita por uma minoria. Para se

contrapor a teoria fixista, faltava dados sobre mecanismos hereditários, as leis que regulam a

hereditariedade, de Gregor Mendel (1822-1884), monge agostiniano e estudioso das ciências

naturais, eram desconhecidos de Darwin. No século XIX, a Biologia fez grandes progressos

com a proposição da teoria celular, a partir das descrições feitas por naturalistas como os

alemães Mathias Schleiden, (1804-1881) em 1838, Theodor Schwann (1810-1822), em 1839,

ao afirmarem que todas as coisas vivas, animais e vegetais eram compostas por células. O

vírus revelou uma exceção a teoria celular.

No século XX a nova geração de geneticista confirmou os trabalhos de Mendel, o que

provocou uma revolução conceitual na Biologia. A Biologia ampliou-se na biologia molecular

consideradas por Mayr (1998) o centro dos interesses biológicos na atualidade.

Assim para a Biologia, com o desenvolvimento da Genética Molecular, o potencial de

inovação biotecnológica se desenvolve e o pensamento biológico evolutivo sofre mudanças

em virtude da manipulação genética. Essas mudanças geram conflitos filosóficos e põem em

discussão o fenômeno vida. Sendo assim, organizar os conhecimentos biológicos construídos

ao longo da História da humanidade no sistema de ensino requer compreensão dos contextos

em que a disciplina de Biologia é contemplada nos currículos escolares.

Os avanços relativos à bioquímica, biofísica e a própria biologia molecular permitiram o

desenvolvimento de inovações tecnológicas e interferiram no pensamento biológico

evolutivo. Após a Segunda Guerra Mundial tentou-se incorporar ao aprendizado de ciências

as aulas de laboratório com a finalidade de que os alunos compreendessem os conteúdos

científicos até então distante dos mesmos. Neste período, no Brasil, onde vigorava a reforma

Page 68: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

68

Capanema, contrapondo esta reforma, iniciou-se em alguns colégios do país, classes

experimentais que aumentaram o interesse pela ciência usando metodologia ativas que

despertavam maior reflexão dos alunos.

Ainda na década de 1960, conforme Krasilchik (2001), três fatores provocaram alterações no

ensino de ciências no Brasil: O progresso da Biologia, a constatação internacional e nacional

da importância de ensino de ciências como fator de desenvolvimento e a lei de Diretrizes e

Bases da Educação nacional n° 4024 de 02 de dezembro 1961. Ao mesmo tempo surgem os

centros de ciências, visando a melhoria do ensino de ciências, que trabalharam inicialmente

com o objetivo de treinar professores, produzir e distribuir textos didáticos e materiais de

laboratório para as escolas de seus respectivos Estados. Na década 70, com a industrialização

houve uma nova visão sobre o ensino de ciências passando-se a discutir as implicações sociais

do desenvolvimento cientifico. Com a promulgação da segunda LDB, Lei 5692/71, que fixava

Diretrizes e Bases do Ensino 1° e 2° grau, estabeleceu-se um ensino tecnicista para atender ao

regime vigente voltado para a ideologia do Nacionalismo Desenvolvimentista.

Em meio à crise da década de 1980, começara a surgir várias criticas às concepções que

prevaleciam nos projetos inovadores para o Ensino de Ciências, centrados na idéia de ciência

positivista e da utilização da metodologia científica pelo aluno Os conteúdos de Biologia eram

aprendidos pela observação, comprovados por raciocínios lógicos comprovados pela

experimentação.

Nos anos 90, sob influência do Construtivismo, surge um novo campo de pesquisa, o da

Mudança Conceitual, buscando compreender as explicações previamente existentes.

Hoje o estudo da Biologia tem um papel fundamental para o mundo cientifico. Com o uso da

tecnologia e inovações experimentais, o homem chegou à descoberta da estrutura do DNA,

desvendando princípios do fundamento básico da vida, o que possibilitou a compreensão das

relações entre a Biologia e a sociedade na produção e distribuição de diferentes tecnologias.

Entende-se assim, que a Biologia contribui para a formação de sujeitos críticos, reflexivos e

atuantes. Onde os conteúdos devem proporcionar o entendimento do fenômeno Vida, em toda

a sua complexidade de relações, ou seja, na organização dos seres vivos; no funcionamento

dos mecanismos biológicos; do estudo da biodiversidade no âmbito dos processos biológicos

Page 69: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

69

de variabilidade genética, hereditariedade, e relações ecológicas e das implicações dos

avanços biológicos no fenômeno Vida

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA

Os conteúdos estruturantes funcionam como eixo norteador para direcionar as ações

pedagógicas do professor, e estão divididos em 4 marcos conceituais:

- Organização dos seres vivos;

- Mecanismos Biológicos;

- Biodiversidade; e

- Manipulação genética.

2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS E CONCEITOS

1. Classificação dos seres vivos: Critérios Taxonômicos e filogenéticos.

- Seres Vivos; Espécie; Táxon; Gene; Filo; Evolução;

2. Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia.

- Célula; Tecidos; Órgãos; Sistemas; Organismo; Metabolismo; Reprodução; Digestão;

3. Mecanismos de desenvolvimento embriológico.

- Embrião; Diferenciação; Zigoto; Feto; Evolução “Comparativa”.

4. Teoria Celular, mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.

- Células; Metabolismo; Respiração; Fotossíntese; Mitose; Absorção; Soluto; Solvente;

Osmose; Difusão; Concentração;

5. Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência com o

ambiente.

- Espécie; Organismos; População; Ser vivo; Ambiente; Comunidade; Ecossistema; Biosfera;

Nutrição; Energia; Habitat; Nicho Ecológico;

Page 70: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

70

6. Teorias Evolutivas.

- Evolução; Fóssil; Mutação; Órgãos Vestigiais; Adaptações;

7. Transmissão das características hereditárias.

- Gene; Reprodução; Fecundação; Genótipo; Fenótipo; Evolução; Haplóide; Diplóide; Homo

zigoto; Heterozigoto; Cromossomos; Alelos; Material Genético;

8. Organismos Geneticamente Modificados.

- Genes; Organismos Geneticamente modificados: Transgênicos.

2.2. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1ª SÉRIE – ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS

- Caracterização dos seres vivos

- Origem da vida

- Teoria sobre a origem:

Do Universo

Da Terra

Da Vida

- Níveis de organização dos seres vivos:

Nível Celular

Nível ecológico

MECANISMOS CELULARES

Citologia

-Histórico da célula

-Composição química da célula

-Componentes celulares (membrana, citoplasma, núcleo); estrutura e função.

-Metabolismo energético: Respiração celular e fermentação, fotossíntese e Quimiossíntese.

Page 71: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

71

-Divisão celular, mitose e meiose.

SISTEMA BIOLÓGICO: ANATOMIA, MORFOLOGIA, FISIOLOGIA E

HISTOLOGIA

Histologia

- Tecidos epiteliais

- Tecidos conjuntivos

- Tecidos sanguíneos

- Tecidos musculares

- Tecidos nervosos.

MECANISMOS DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO

Reprodução

-Tipos de reprodução: Sexuada e Assexuada

-Gametogênese

-Reprodução humana

Embriologia

-Etapas de Embriogênese

-Anexos Embrionários

-Composição química da célula

-Nutrição: necessidades alimentares

-Componentes celulares (membrana, citoplasma e núcleo), estrutura, função.

-Metabolismo energético: respiração celular e fermentação; fotossíntese e quimiossíntese.

2ª SÉRIE – CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS:

- Classificação dos seres vivos em reinos:

-Estudo dos vírus

-Reino Monera

-Reino Protista

-Reino dos fungos

Page 72: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

72

-Reino Plantae

-Reino Animalia

-Doenças: Viroses, bacterianas, protozoonose, verminoses.

-Doenças sexualmente transmissíveis

SISTEMAS BIOLÓGICOS: ANATOMIA, MORFOLOGIA E FISIOLOGIA

VEGETAL

-Talófitas

-Briófitas

-Pteridófitas

-Gimnospermas

-Angiospermas

SISTEMAS BIOLÓGICOS: ANATOMIA, MORFOLOGIA E FISIOLOGIA ANIMAL

-Poríferos

-Cnidários

-Platelmintos

-Nematelmintos

-Anelídeos

-Moluscos

-Artrópodes

-Equinodermos

-Protocordados

-Vertebrados

-Sustentação e locomoção

-Nutrição

-Respiração

-Circulação

-Excreção

-Coordenação nervosa e hormonal

-Órgãos Sensoriais

3ª SÉRIE – TRANSMISSÃO DAS CARACTERÍSTICAS HEREDITÁRIAS

Page 73: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

73

Genética

-Bases da hereditariedade

-Leis Mendelianas

-Monohibridismo

-Diibridismo

-Ausência de Dominância

-Alelos múltiplos e Genética dos grupos sanguíneos

-Herança ligada ao sexo

-Interação gênica

-Variações da expressão gênica: pleiotropia, penetrância e expressividade

-Aplicações do conhecimento genético (Engenharia Genética)

TEORIAS EVOLUTIVAS

Evolução

-Evidências da evolução biológica

-Teorias Lamarckista e Darwinista

-Teoria moderna da evolução – fatores evolutivos e princípios Hardy-Weimberg-Origem das

espécies

-Evolução humana

DINÂMICA DOS ECOSSISTEMAS: RELAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS E A

INTERDEPENDÊNCIA COM O AMBIENTE

Ecossistema:

-Relações ecológicas

-Componentes bióticos e abióticos

-Cadeia e teia alimentar

-Pirâmides ecológicas

Biosfera

-Epinociclo

Page 74: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

74

-Limnociclo

-Talassociclo

Ciclos Biogeoquímicos:

-Ciclo da água

-Ciclo do carbono

-Ciclo do oxigênio

-Ciclo do nitrogênio

Desequilíbrios ecológicos:

-Agentes causadores

-Educação ambiental

-Ação do homem na natureza

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Embasados numa proposta de trabalho, buscar uma socialização dos conhecimentos

historicamente acumulados, dando condições de analisar, conhecer e compreender o mundo

através das ciências e posteriormente, intervir sobre este mundo, contribuindo para a

transformação social.

A ciência sempre esteve sujeita às interferências, determinações, tendências e transformações

da sociedade, aos valores e ideologias e as necessidades materiais do homem. Ao mesmo

tempo em que sofre a sua interferência, nelas interfere. (Andery, 1988 Araújo, 2002).

Como consequência da retomada do objetivo de estudo dessa disciplina, sobretudo ao

considerar que ensinar Biologia incorpora a idéia de ensinar sobre a ciência e a partir dela, o

desenvolvimento da metodologia de ensino sofre influencia de reflexões produzidas pela

Filosofia da Ciência e pelo contexto histórico, político, social e cultural do desenvolvimento.

No processo pedagógico adotar-se-á o método experimental como recurso de ensino para uma

visão crítica dos conhecimentos da Biologia sem a preocupação de busca de resultados

únicos.

Page 75: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

75

No ensino da Biologia, é essencial o desenvolvimento de metodologias, com posturas e

valores pertinentes às relações entre os seres humanos, entre eles e o meio, entre o ser humano

e o conhecimento, contribuindo para uma educação que forme indivíduos sensíveis e

solidários, cidadãos conscientes dos processos e regularidades de mundo e da vida, capazes

assim de realizar ações práticas, fazer julgamentos e de tomar decisões, embasados pelo

domínio dos conhecimentos historicamente construídos.

Sendo assim, várias metodologias serão usadas na busca desses objetivos.

-Aulas expositivas

-Utilização de vídeos;

-Observação ao microscópio;

-Elaboração de trabalhos;

-Palestras;

-Pesquisas individuais e em grupo;

-Debates;

-Exercícios orais e escritos;

-Trabalho em grupo.

-Jogos didáticos;

-Confecção de cartazes;

-Transparências;

-Experimentos práticos.

Faz-se necessária atenção especial aos aspectos éticos da experimentação animal e as

legislações como por exemplo, a Lei Estadual do Paraná nº 14.037(20-03-2003) que institui o

código Estadual de Proteção aos Animais, a Lei de Biosseguranca, Resolução do

CONAMA/MMA, Conselho Nacional de Meio Ambiente, Política Nacional da

Biodiversidade.

Em relação ao meio ambiente, ligadas ao conteúdo Ecologia, destacar as leis de preservação

ambiental, buscando questões ligadas a realidade local, onde os alunos são estimulados a

assumirem papel de agentes atuantes na preservação dos recursos naturais.

Page 76: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

76

Em história da África, tratada em perspectiva positiva, não só de denúncias da miséria e

discriminações que atingem o continente, mas como meio privilegiado para educação das

relações étnico-raciais e tem por objetivos o reconhecimento e valorização da identidade,

história e cultura dos afro-brasileiros, garantia de seus direitos de cidadãos, reconhecimento e

igual valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas, européias e

asiáticas. A inclusão de personagens negros, assim como de outros grupos étnico-raciais, em

cartazes e ilustrações sobre qualquer tema abordado na escola, a não ser quando tratar de

manifestações culturais próprias ainda que não exclusivas, de um determinado grupo étnico-

racial.

4. AVALIAÇÃO:

Em Biologia, a avaliação, longe de ser apenas um momento final do processo de ensino, se

inicia quando estudantes põem em jogo seus conhecimentos prévios e continua a se evidenciar

durante toda a situação escolar.

Conforme a LDB nº 9394/96, será diagnóstica, somativa e cumulativa, valorizando o

desenvolvimento do educando e dos conteúdos trabalhados, além daquilo que trás de sua

vivência anterior. Analisando a situação do grau de aprendizagem e a superação de

obstáculos. O trabalho de avaliação em si, estará intimamente relacionado a observação da

mudança de comportamento diante da prática educativa.

São muitas as formas de avaliação possíveis: individual e coletiva, oral e escrita. Os

instrumentos de avaliação comportam, por um lado, a observação sistemática durante as aulas,

sobre as perguntas feitas pelos estudantes, as respostas dadas, os registros de debates,

entrevistas, pesquisas, filmes, experimentos, desenhos de observação, etc.; e por outro lado, as

atividades específicas de avaliação, como a comunicação de pesquisa, participação em

debates, relatórios de leitura, experimentos e provas dissertativas ou objetivas.

Sendo assim, a avaliação será dada como instrumento reflexivo prevendo um conjunto de

ações pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo. Juntos,

professores e alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de superar os

obstáculos.

Page 77: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

77

5. REFERÊNCIAS:

AMABIS, José Mariano & MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia. 2ª ed. São Paulo. Ed.

Moderna, 2004.

AUTORES, Vários. Biologia. (Livro público). Curitiba: 2006

KRASILCHIK, M. Prática de ensino de Biologia. São Paulo: Editora da Universidade de São

Paulo, 2004.

LAURENCE, J. Biologia,Editora Nova Geração. São Paulo, 2005.

LINHARES, Sérgio & GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia: série brasil. Ed. Ática.

São Paulo, 2003.

SEED. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do

Paraná. Curitiba, 2006.

DISCIPLINA DE CIÊNCIAS

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que se estabeleceram

entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado à educação na socialização

desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e recentes profissões, “frutos das

novas relações de trabalho que se originaram nas sociedades contemporâneas, centradas na

informação e no consumo” (MARANDINO, 2005, p. 162).

Do início do século XX aos anos de 1950, a sociedade brasileira passou por transformações

significativas rumo à modernização que exigia um ensino científico frente às necessidades do

progresso nacional, e “para isso era necessário construir cientificamente o Brasil”

(GHIRALDELLI JR., 1991, p. 34).

Page 78: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

78

O país modernizava-se rapidamente e o parque industrial exigia uma qualificação de mão-de-

obra. Nesse contexto de modernização e industrialização, instituíram-se escolas de formação

profissional paralelas ao ensino secundário público.

Entre as décadas de 1950 e 1970, o ensino foi marcado pelo método científico positivista de

ensinar Ciências pelo método da descoberta e redescoberta, sob a influência de programas

norte-americanos que propunham partir de experimentos com o objetivo de preparar o aluno

para ser cientista.

Apesar da consolidação da disciplina de Ciências Naturais a partir de 1931 no currículo

escolar e dos investimentos em pesquisas científicas desde os anos de 1950, na década de

1980 o ensino de Ciências orientava-se por um currículo centrado nos conteúdos e atrelado a

discussões sobre problemas sociais que se avolumaram no mundo. Isso ocorreu porque as

crises ambientais, o aumento da poluição, a crise energética e a efervescência social,

manifestada em movimentos como a revolta estudantil e as lutas antissegregação racial,

ocorridas entre 1960 e 1980, determinaram profundas transformações nas propostas das

disciplinas científicas em todos os níveis de ensino (KRASILCHIK, 2000, p. 89).

Assim o ensino de Ciências, anteriormente focado na formação do futuro cientista ou na

qualificação do trabalhador, voltou-se, à análise das implicações sociais da produção

científica, com vistas a fornecer ao cidadão elementos para viver melhor.

Nesse contexto histórico, no Paraná no início da década de 90, foi elaborado o documento

Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná para reestruturar o Ensino

Básico , fundamentados na pedagogia histórico-crítica (Vygotsky). Esse programa analisava

as relações entre escola, trabalho e cidadania e apresentava uma proposta de conteúdos

essenciais para a disciplina de Ciências em três eixos norteadores e a integração dos mesmos

em todas as séries: Noções de Astronomia; Transformação e Interação de Matéria e Energia; e

Saúde - melhoria da qualidade de vida.

Na década de 1990, os PCNs foram apresentados como documento balizador para as

reformulações curriculares que deveriam acontecer nos estados brasileiros. Assim os

conteúdos escolares das Ciências Naturais foram reorganizados em eixos temáticos, a saber:

Terra e Universo; Vida e Ambiente; Ser humano e Saúde; e, Tecnologia e Sociedade. O

Page 79: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

79

conceito de conteúdo curricular passou a ser entendido, então, em três dimensões: conceitual,

procedimental e atitudinal.

A busca pelo significado do conhecimento, a contextualização dos conteúdos e os temas

transversais pregada pelos PCNs, acabaram gerando o esvaziamento dos conteúdos das

disciplinas.

Diante desse contexto, em 2003, com as mudanças no cenário político nacional e estadual,

iniciou-se no Paraná um processo de discussão coletiva com objetivo de produzir novas

Diretrizes Curriculares para estabelecer novos rumos e uma nova identidade para o ensino de

Ciências, sendo voltado à construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos

nas atividades em sala de aula.

Assim a disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que

resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o

conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade.

No ensino de Ciências, portanto, deve-se trabalhar com conteúdos científicos escolares e suas

relações conceituais, interdisciplinares e contextuais, considerando a zona de

desenvolvimento proximal do estudante (Vygotsky, 1991

2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS/ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

Entende-se o conceito de Conteúdos Estruturantes como conhecimento de grande amplitude

que identificam e organizam os campos de estudo de uma disciplina escolar.

Na disciplina de Ciências, os conteúdos Estruturantes são construídos a partir da historicidade

dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do currículo, além de estruturar a

disciplina frente ao processo acelerado de especialização do seu objeto de estudo e ensino

(LOPES, 1999).

A seleção dos conteúdos de ensino de Ciências deve considerar a relevância dos mesmos para

o entendimento do mundo no atual período histórico, para a constituição da identidade da

disciplina e compreensão do seu objeto de estudo, bem como facilitar a integração conceitual

dos saberes científicos na escola. Sendo assim, os conteúdos de Ciências valorizam

Page 80: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

80

conhecimentos científicos das diferentes Ciências de referência – Biologia, Física, Química,

Geologia, Astronomia, entre outras.

São apresentados cinco conteúdos estruturantes fundamentados na história da ciência, base

estrutural de integração conceitual para a disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. São

eles: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia e Biodiversidade.

1- Conteúdo Estruturante: Astronomia.

Este conteúdo estruturante possibilita estudos e discussões sobre a origem e a evolução do

Universo e tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é uma das ciências de

referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes. Apresentam-se, a

seguir, os conteúdos básicos e específicos que envolvem conceitos científicos necessários

para o entendimento de questões astronômicas e para a compreensão do objeto de estudo da

disciplina de Ciências:

5ª Série

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Universo Galáxias, formação do Universo.

Sistema solar Geocentrismo, heliocentrismo, formação do sistema

solar, idade do sistema solar, localização do sistema

solar em nossa Galáxia, dimensões do sistema solar,

composição do sistema solar, astros do sistema solar.

Movimentos celestes e terrestres Rotação, translação, estações do ano, eclipses do Sol e

da Lua, fases da Lua, constelações, dias e noites.

Astros Estrelas, planetas, planetas anões, satélites naturais,

anéis, meteoros, meteoritos, cometas, constituição

físico-química dos astros.

6ª Série

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Astros Estrelas (sol).

7ª Série

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Page 81: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

81

Astros Teorias sobre a origem do Universo.

8ª Série

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Gravitação universal Leis de Kepler, Leis de Newton, marés

2- Conteúdo Estruturante: Matéria

Neste conteúdo estruturante propõe-se a abordagem de conteúdos básicos e específicos que

privilegiem o estudo da constituição dos corpos. Sob o ponto de vista científico, permite o

entendimento não somente das coisas perceptíveis como também sobre sua constituição, indo

além daquilo que num primeiro momento vemos, sentimos ou tocamos.

5ª Série

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Constituição da matéria Camadas atmosféricas, crosta terrestre, manto

terrestre, núcleo terrestre, solos, rochas, minerais,

água, composição atômica da água.

Propriedades da matéria Massa, volume, densidade.

6ª Série

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Constituição da matéria Composição do planeta Terra primitivo, a Terra antes

do surgimento da vida, atmosfera terrestre primitiva.

7ª série

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Constituição da matéria Estrutura química da célula.

8ª Série

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Page 82: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

82

Constituição da matéria

Conceito de matéria, átomos, modelos atômicos,

elementos químicos, substâncias, reações químicas,

funções químicas inorgânicas, ácidos, sais, bases,

óxidos, lei da conservação da massa, compostos

orgânicos.

Propriedades da matéria

Massa,volume,densidade,compressibilidade,

elasticidade, divisibilidade, indestrutibilidade,

impenetrabilidade, maleabilidade, ductibilidade,

flexibilidade, elasticidade, permeabilidade,

condutibilidade, dureza, tenacidade, cor, brilho, sabor,

textura e odor.

3- Conteúdo Estruturante: Sistemas Biológicos

Este conteúdo aborda a constituição dos sistemas do organismo, bem como suas

características de funcionamento, desde os componentes celulares e suas respectivas funções

até o funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos.

A seguir apresentam-se os conteúdos básicos e específicos que envolvem conceitos científicos

para o entendimento de questões sobre os sistemas biológicos de funcionamento dos seres

vivos.

5ª série

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Morfologia e fisiologia dos seres vivos Características gerais dos seres vivos.

6ª Série

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Níveis de organização Organismo, sistemas, órgãos, tecidos,

células,unicelular, pluricelular, procarionte,

eucarionte, autótrofo, heterótrofo.

Page 83: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

83

Célula Teoria celular, tipos celulares, estrutura celular,

fotossíntese.

Morfologia e fisiologia dos seres vivos Características gerais dos seres vivos.

7ª Série

Conteúdos Básicos

Conteúdos Específicos

Níveis de organização

Organismo, sistemas, órgãos, tecidos, células,

unicelular, pluricelular, procarionte, eucarionte,

autótrofo, heterótrofo.

Célula

Teoria celular, tipos celulares, mecanismos

celulares, estrutura celular, respiração celular,

fotossíntese, reserva energética.

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Características gerais dos seres vivos, órgãos e

sistemas animais e vegetais, estrutura e

funcionamento dos tecidos, tipos de tecidos,

sistema digestório, sistema cardiovascular,

sistema respiratório, sistema sensorial, sistema

excretor, sistema urinário, sistema reprodutor,

sistema endócrino, sistema nervoso.

Mecanismos de herança genética Cromossomos, gene, DNA, RNA, mitose,

meiose.

8ª série

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Célula Fotossíntese

4- Conteúdo Estruturante: Energia

Este conteúdo propõe o trabalho que possibilita a discussão do conceito de energia,

relativamente novo a se considerar a história da ciência desde a Antiguidade. Assim, tem-se o

propósito de provocar a busca de novos conhecimentos na tentativa de compreender o

Page 84: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

84

conceito de energia no que se refere às suas manifestações, bem como os mais variados tipos

de conversão de uma forma em outra.

A seguir apresentam-se os conteúdos básicos e específicos.

5ª Série

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Formas de energia Energia eólica.

Conversão de energia Ciclos da matéria, fontes de energia.

Transmissão de energia Mudanças de estado físico.

6ª Série

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Formas de energia Energia térmica, energia química.

Conversão de energia Ciclos da matéria, a interferência da energia

luminosa nos seres vivos, sistemas ectotérmicos,

fontes de energia.

Transmissão de energia Irradiação.

7ª Série

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Formas de energia Energia química

Conversão de energia A interferência da energia luminosa nos seres

vivos, fontes de energia.

8ª Série

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Formas de Energia Energia mecânica, energia térmica, energia

luminosa, energia nuclear, energia elétrica,

energia química, energia eólica.

Conservação de Energia Ciclos da matéria, a interferência da energia

luminosa nos seres vivos, sistemas ectotérmicos,

eletromagnetismo, conversão de energia

Page 85: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

85

potencial em cinética, movimentos, velocidade,

aceleração, colisões, trabalho, potência, fontes

de energia renováveis e não-renováveis.

Transmissão de Energia Irradiação, convecção,condução, sistemas de

transmissão de energia, Leis de Newton,

máquinas simples, sistemas mecânicos,

equilíbrio de forças, mudanças de estado físico.

5- Conteúdo Estruturante: Biodiversidade

Esse conteúdo estruturante visa, por meio dos conteúdos específicos de Ciências, a

compreensão do conceito de biodiversidade e demais conceitos intrarrelacionados. Espera-se

que o estudante entenda o sistema complexo de conhecimentos científicos que interagem num

processo integrado e dinâmico envolvendo a diversidade de espécies atuais e extintas; as

relações ecológicas estabelecidas entre essas espécies com o ambiente ao qual se adaptaram,

viveram e ainda vivem; e os processos evolutivos pelos quais tais espécies têm sofrido

transformações.

5 série

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Organização dos seres vivos Deriva continental

Ecossistemas Efeito estufa

Interações ecológicas Ciclos biogeoquímicos

6 Série

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Organização dos Seres Vivos Diversidade das espécies, extinção das

espécies, comunidade, população,

Sistemática Classificação dos seres vivos, categorias

taxonômicas, filogenia, populações.

Ecossistemas Conceito de biodiversidade, ecossistemas,

efeito estufa.

Page 86: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

86

Interações ecológicas Interações ecológicas, sucessões ecológicas,

ciclos biogeoquímicos, relações

interespecíficas, relações intraespecíficas,

cadeia alimentar, seres autótrofos e

heterótrofos.

Origem da Vida Conceito de biodiversidade, Biogênese, teorias

sobre o surgimento da vida, geração

espontânea.

Evolução dos Seres Vivos Teorias evolutivas.

7ª Série

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Interações ecológicas Seres autótrofos e heterótrofos

Origem da vida Conceito de biodiversidade, biogênese, teoria

sobre o surgimento da vida, geração

espontânea.

Evolução dos seres vivos Teorias evolutivas.

8ª série

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Ecossistemas Efeito estufa

Interações ecológicas Ciclos biogeoquímicos

Propõe-se, então, que o ensino de Ciências aconteça por integração conceitual e que

estabeleça relações entre os conceitos científicos escolares de diferentes conteúdos

estruturantes da disciplina (relações conceituais); entre eles e os conteúdos estruturantes das

outras disciplinas do Ensino Fundamental (relações interdisciplinares); entre os conteúdos

científicos escolares e o processo de produção do conhecimento científico (relações

contextuais).

3- METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Page 87: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

87

Esta PPC para o ensino de Ciências propõem uma prática pedagógica que leve à integração

dos conceitos científicos e valorize o pluralismo metodológico.

O trabalho com os conteúdos da disciplina de Ciências e possíveis Desafios Contemporâneos

da educação, será encaminhado, tendo como ponto de partida o conhecimento prévio dos

alunos (síncrese), que será posto em confronto com o saber elaborado, por meio de

explicações orais, que tragam informações e conceitos que o aluno desconhece e que será

condição para o prosseguimento, acumulação e aplicação do saber científico correlacionado

com as práticas e relações sociais.

Os conteúdos serão encaminhados de modo que ao fim de uma unidade, aquele conhecimento

espontâneo tenha sido transformado em um novo conhecimento (síntese), ainda não

finalizado, mas que agora servirá como ponto de partida.

Para isso é necessário que os conteúdos específicos de Ciências sejam entendidos em sua

complexidade de relações conceituais, não dissociados em áreas de conhecimento físico,

químico e biológico, mas visando uma abordagem integradora.

Tais conteúdos podem ser entendidos a partir da mediação didática estabelecida pelo

professor de Ciências, que pode fazer uso de estratégias que procurem estabelecer relações

interdisciplinares e contextuais, envolvendo desta forma, conceitos de outras disciplinas e

questões tecnológicas, sociais, culturais, éticas e políticas.

Alguns métodos de ensino-aprendizagem na prática de Ensino de Ciências, como: aulas

expositivo-dialogadas, realização de atividades em sala de aula, realização de atividades

extra-classe, pesquisas bibliográficas, planejamento e execução de projetos educativos,

seminários, uso do laboratório de Ciências, uso do laboratório de informática, visitas

orientadas, debates, jogos e uso de vídeos educativos.

Portanto para que essas metodologias sejam eficientes, é importante ter como suporte os

seguintes recursos:

• recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como: livro

didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos, música, quadro de

giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo didático (torso,

Page 88: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

88

esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópio, lupa, jogo,

TV multimídia , computador, retroprojetor, entre outros;

• de recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de relações,

diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;

• de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, laboratórios, exposições de

ciência, seminários e debates.

Diante de todas essas considerações propõem-se alguns elementos da prática pedagógica a

serem valorizados no ensino de Ciências, tais como: a abordagem problematizadora, a relação

contextual, a relação interdisciplinar, a pesquisa, a leitura científica, a atividade em grupo, a

observação, a atividade experimental, os recursos instrucionais e o lúdico, entre outros.

4- AVALIAÇÃO

A essência do processo avaliativo é garantir a aprendizagem dos alunos. Por isso, a avaliação

não é um momento isolado ou o momento final do processo de ensino e aprendizagem. Ela

atravessa todos os elementos da didática, metodologia e seleção de recursos.

Os instrumentos de avaliação podem-se interpretar como os meios e recursos utilizados para

se alcançar determinado fim, de acordo com os encaminhamentos metodológicos e em função

dos conteúdos e critérios estabelecidos para tal.

Os critérios de avaliação correspondem a síntese do conteúdo, estreitamente vinculado a

expectativa de aprendizagem, e define de forma clara, os propósitos e a dimensão do que se

avalia. Por isso, a importância dos instrumentos de avaliação e critérios de avaliação estar em

consonância com a prática pedagógica para que se alcancem os objetivos esperados no

processo de avaliação.

Assim, a avaliação será contínua, compreendendo as formas diagnóstica, formativa, somativa

e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos.

Diagnóstica, o objetivo será a análise na avaliação de conhecimentos que o aluno deve possuir

num dado momento, para poder iniciar novas aprendizagens.

Page 89: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

89

A modalidade de avaliação a qual se deve dar maior atenção é a formativa, que deve

acontecer sempre que o professor entender conveniente, no decurso do processo de

aprendizagem, identificando aprendizagens bem sucedidas e as que apresentarem

dificuldades, para que se possa orientar o trabalho com estas últimas, possibilitando a todos os

alunos a proficiência desejada.

Quanto à avaliação somativa considerar-se-á todas as atividades avaliativas desenvolvidas

durante um período de tempo, que conforme regimento escolar desse estabelecimento é

bimestral, seu objetivo é aferir resultados que são recolhidos pelas avaliações formativas e

assim obter indicadores que permitam aperfeiçoar o processo de ensino.

A avaliação somativa complementa, assim, um ciclo de avaliação em que foram já utilizadas a

avaliação diagnóstica e formativa. Constitui, assim, um instrumento valioso na tomada de

decisões sobre opções curriculares ou sobre inovações educativas. Por conseguinte, a

finalidade deste tipo de avaliação é a tomada de decisões sobre apoios e complementos

educativos e regime de progressão do aluno.

A ação avaliativa é importante no processo ensino-aprendizagem, pois pode propiciar um

momento de interação e construção de significados no qual o estudante aprende. Para que tal

ação torne-se significativa, o professor precisa refletir e planejar sobre os procedimentos a

serem utilizados e superar o modelo consolidado da avaliação tão somente classificatória e

excludente. Será preciso respeitar o estudante como um ser humano inserido no contexto das

relações que permeiam a construção do conhecimento científico escolar. Desse modo, a

considerar o modelo ensino-aprendizagem proposto nesta PPC, a avaliação deverá valorizar

os conhecimentos alternativos do estudante, construídos no cotidiano, nas atividades

experimentais, ou a partir de diferentes estratégias que envolvem recursos pedagógicos e

instrucionais diversos. É fundamental que se valorize, também, o que se chama de “erro”, de

modo a retomar a compreensão (equivocada) do estudante por meio de diversos instrumentos

de ensino e de avaliação. Na aprendizagem significativa, o conteúdo específico ensinado

passa a ter significado real para o estudante e, por isso, interage “com idéias relevantes

existentes na estrutura cognitiva do indivíduo” (MOREIRA, 1999, p. 56).

A investigação da aprendizagem significativa pelo professor pode ser por meio de

problematizações envolvendo relações conceituais, interdisciplinares ou contextuais, ou

Page 90: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

90

mesmo a partir da utilização de jogos educativos, entre outras possibilidades, como o uso de

recursos instrucionais que representem como o estudante tem solucionado os problemas

propostos e as relações estabelecidas diante dessas problematizações.

Dentre essas possibilidades, a prova pode ser um excelente instrumento de investigação do

aprendizado do estudante e de diagnóstico dos conceitos científicos escolares ainda não

compreendidos por ele, além de indicar o quanto o nível de desenvolvimento potencial

tornou-se um nível real (VYGOTSKY, 1991b).

Para isso, as questões da prova precisam ser diversificadas e considerar outras relações além

daquelas trabalhadas em sala de aula. O diagnóstico permite saber como os conceitos

científicos estão sendo compreendidos pelo estudante, corrigir os “erros” conceituais para a

necessária retomada do ensino dos conceitos ainda não apropriados, diversificando-se

recursos e estratégias para que ocorra a aprendizagem dos conceitos.

Nestes termos, avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo ensino-

aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos conteúdos

científicos escolares e do objeto de estudo de Ciências, visando uma aprendizagem realmente

significativa para sua vida.

5 – REFERÊNCIAS

GHIRALDELLI JR., P. História da educação. São Paulo: Cortez, 1991.

HOFFMANN, J. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre: Mediação,

2001. p. 24 – 27.

KRASILCHIK, M. Reformas e realidade: o caso do ensino das Ciências. Revista São

Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 85-93, 2000.

LOPES, A. C. Conhecimento escolar: ciência e cotidiano. Rio de Janeiro: UERJ,

1999.

MARANDINO, M. A pesquisa educacional e a produção de saberes nos museus de ciência.

História, Ciências, Saúde, Manguinhos, Fiocruz, Rio de Janeiro, v.12, p.161-181, 2005.

Page 91: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

91

MOREIRA, M. A. Aprendizagem significativa. Brasília: UnB, 1999.

Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências para a Educação

Básica. Curitiba, 2008.

VYGOSTKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991a.

______. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991b.

EDUCAÇÃO FÍSICA

HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA

A construção da educação física como prática pedagógica na escola, teve forte influência

militar e médica. No início do século XIX estava vinculada às instituições militares e à

medicina, o que determinou seu surgimento como disciplina e a maneira de ensinar seus

conteúdos, baseados em exercícios sistematizados que foram ressignificados pelo

conhecimento da medicina numa perspectiva terapêutica.

BRACHT (1999) relata que líderes políticos da época em que a educação física foi

implantada nas escolas, esperavam que por meio dessa prática, o corpo fosse educado para a

produção, que tivessem saúde e educação voltadas para hábitos saudáveis e higiênicos com

intuito de melhorar a raça humana por meio do melhoramento genético.

Portanto, a educação física esteve atrelada a uma concepção higienista, em que a virilidade do

corpo foi designada numa perspectiva nacionalista e patriótica, sendo considerada nas

instituições militares, como algo bom e relevante no auxílio da formação de corpos fortes e

saudáveis que contribuíssem para o progresso e a ordem do país.

Segundo Barreto (2005), em 1851, a educação física tornou-se obrigatória nas escolas

municipais da corte. Esse fato desencadeou uma reação de repúdio à mesma, por

considerarem essa, uma prática não intelectual na formação dos alunos e acreditarem na

educação intelectual desatrelada da educação corporal. Entretanto, em 1882, Rui Barbosa, por

Page 92: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

92

meio do seu parecer sobre o projeto 224, defendeu a inclusão da ginástica nas escolas.

Embasou esse fato no pensamento de que um corpo saudável é que sustenta a atividade

intelectual. Assim, a educação física surgiu para cumprir a função de auxiliar na construção

de corpos saudáveis e dóceis, direcionados a uma educação estética que possibilitasse melhor

adaptação ao processo produtivo ou a uma perspectiva política nacionalista.

Colaborou para o seu surgimento, o conhecimento científico da medicina que reforçava as

possibilidades, necessidades e vantagens dessa prática corporal sobre o desenvolvimento

integral do ser humano.

Bracht (1999) relata que nos séculos XVIII e XIX o corpo é estudado pelas ciências

biológicas e igualado a uma estrutura mecânica. Isso ocorre, porque o mundo, sobretudo o

ocidente é organizado sob a visão mecanicista, na qual a ciência fornece os elementos que

facilitarão um controle adequado do mesmo e uma melhora na sua eficiência mecânica.

Ainda segundo Bracht (1999), na década de 1930, marcada pelo nazismo, fascismo e pela

industrialização, a educação física também teve como finalidades, a prevenção de doenças,

fortalecimento do trabalhador e desenvolvimento do espírito cooperativo. Nesse sentido, com

a LDB de 1961 foi determinada a obrigatoriedade dessa disciplina nos ensino primário e

médio. Além da ginástica, houve também a incorporação do esporte como conteúdo, o que

contribuiu com as influências do tecnicismo, identificado como uma prática que promove o

desempenho físico e técnico dos alunos.

A prática corporal esportiva foi atrelada e orientada pelos princípios da concorrência e do

rendimento, na qual a intervenção científico-racional, como os aspectos biológicos e

comportamentais atuavam no treinamento esportivo. Atualmente, a educação física escolar

pode ser abordada por diferentes propostas metodológicas.

Dentro de um projeto mais amplo de educação do Estado do Paraná, entende-se que a escola é

compreendida como um espaço que, dentre outras funções, deve garantir o acesso dos alunos

ao conhecimento produzido historicamente pela humanidade. Assim, partindo de seu objeto

de estudo e de ensino que é a Cultura Corporal, a Educação Física se insere neste projeto ao

garantir o acesso ao conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas

corporais historicamente produzidas pela humanidade. Na busca de contribuir com um ideal

Page 93: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

93

mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito,

que é produto, mas também agente histórico, político, social e cultural.

Portanto, propõe-se que a Educação Física seja fundamentada nas reflexões sobre as

necessidades atuais de ensino perante os alunos, na superação de contradições e na

valorização da educação. Por isso, é de fundamental importância considerar os contextos e

experiências de diferentes regiões, escolas, professores, alunos e da própria comunidade em

que o aluno está inserido.

Ao ser trabalhada em interlocução com outras disciplinas que permitam entender a Cultura

Corporal em sua complexidade, ou seja, na relação com as diversas dimensões da vida

humana, tratadas tanto pelas ciências humanas, sociais, da saúde e da natureza de forma

dialética, possibilitando ao indivíduo a apropriação critica e significativa que se estenderá ao

seu núcleo social.

A ação pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão sobre o acervo de formas e

representações do mundo que o ser humano tem produzido, exteriorizadas pela expressão

corporal em jogos e brincadeiras, danças, lutas, ginásticas e esportes. Essas expressões podem

ser identificadas como formas de representação simbólica de realidades vividas pelo homem

(COLETIVO DE AUTORES, 1992).

Assim, a Educação Física tem a função social de contribuir para que os alunos se tornem

sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal

consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais. Essa concepção permite ao

educando ampliar sua visão de mundo por meio da Cultura Corporal.

2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES, CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS

Os Conteúdos Estruturantes são definidos como sendo os conhecimentos de grande

amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de estudos de uma

disciplina escolar, considerados fundamentais para compreender seu objeto de estudo/ensino

e, constituem-se historicamente e são legitimados nas relações sociais. Os conteúdos básicos

são entendidos como os conhecimentos fundamentais e necessários para cada série da etapa

final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, mas não substituem a PPC e nem devem

Page 94: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

94

ser confundidos com uma concepção curricular conteudista e imobilizadora. Os mesmos

complementam e dão concretude às DCE. Os conteúdos específicos são aqueles conteúdos a

serem abordados a partir dos conteúdos básicos.

Esses conteúdos devem ser abordados em complexidade crescente, isto porque, em cada um

dos níveis de ensino os alunos trazem consigo múltiplas experiências relativas ao

conhecimento sistematizado, que devem ser consideradas no processo de

ensino/aprendizagem.

Entende-se que a educação física e seu objeto de ensino/estudo, a Cultura Corporal, deve,

ainda, ampliar a dimensão meramente motriz. Para tanto, é necessário enriquecer os

conteúdos com experiências corporais das mais diferentes culturas, priorizando as

particularidades de cada comunidade.

Conteúdos Estruturantes, Básicos e Específicos:

5ª e 6ª séries são:

• Esporte:

Coletivos: futebol; voleibol; basquetebol; handebol; futebol de salão;

Individuais: atletismo; tênis de mesa; badminton;

• Jogos e brincadeiras:

Jogos e brincadeiras populares: amarelinha; elástico; stop;

bulita; bets; peteca; corrida de sacos; queimada; polícia e ladrão.

Jogos de tabuleiro: dama; trilha; resta um.

Jogos cooperativos: dança das cadeiras cooperativas.

Brincadeiras e cantigas de roda: gato e rato; adoletá; atirei o pau no

gato; ciranda cirandinha; escravos de jó; dança das cadeiras.

• Ginástica:

Ginástica rítmica: arco; corda; bola; fita.

Ginástica circense: malabares.

Ginástica geral: movimentos gímnicos.

Page 95: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

95

• Lutas:

Lutas de aproximação Capoeira: origem e histórico das lutas; apresentação e

experimentação da música e sua relação com a luta; vivenciar movimentos

característicos da luta como a ginga, esquiva e golpes.

• Dança:

Danças criativas / Danças folclóricas / Danças de rua: pesquisar e discutir a

origem e histórico das danças; contextualizar a dança; vivenciar movimentos em que

envolvam a expressão corporal e o ritmo.

7ª e 8ª séries são:

• Esporte:

Coletivos: futebol; voleibol; basquetebol; handebol; futebol de salão;

• Jogos e brincadeiras:

Jogos e brincadeiras populares: elástico; stop; queimada; polícia e

ladrão

Jogos de tabuleiro: dama; trilha; resta um; xadrez.

Jogos cooperativos: dança das cadeiras cooperativas; cadeira livre.

Jogos dramáticos: improvisação; imitação; mímica.

• Ginástica:

Ginástica rítmica: arco; corda; bola; fita.

Ginástica geral: movimentos gímnicos.

• Lutas:

Lutas de aproximação Capoeira: origem e histórico das lutas; apresentação e

experimentação da música e sua relação com a luta; vivenciar movimentos característicos da

luta como a ginga, esquiva e golpes. Reconhecer e diferenciar a capoeira angola e a regional.

• Dança:

Danças criativas / danças circulares: pesquisar e discutir a origem e histórico das danças;

contextualizar as mesmas; vivenciar movimentos em que envolvam a expressão corporal e o

Page 96: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

96

rítmo das danças contemporâneas, folclóricas e sagradas bem como os elementos de

movimento (tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento, improvisação e

atividades de expressão corporal.

ENSINO MÉDIO:

• Esporte:

Coletivos: futebol; voleibol; basquetebol; handebol; futebol de salão.

Individuais: atletismo; tênis de mesa; badminton.

• Jogos e brincadeiras: esses jogos deverão ser analisados sob a ótica da apropriação dos

mesmos pela indústria cultural e com o recorte histórico. Jogos de tabuleiro:

dama; trilha; resta um; xadrez.

Jogos cooperativos: dança das cadeiras cooperativas; cadeira livre.

Jogos dramáticos: improvisação; imitação; mímica.

• Ginástica:

Ginástica de condicionamento físico: exercícios de alongamento e

localizado.

Função social da ginástica e interferência no mundo do trabalho:

desvios posturais; LER; DORT;

Ginástica e fisiologia (básica) humana:frequência cardíaca; fontes

nutricionais e consequências da mesma para o corpo humano; composição

corporal.

• Lutas:

Capoeira: origem e histórico das lutas; apresentação e experimentação da música e

sua relação com a luta; identificar movimentos característicos da luta como a ginga,

esquiva e golpes. Reconhecer e diferenciar a capoeira angola e a regional.

• Dança:

Danças folclóricas: fandango; quadrilha; frevo; baião.

Danças de salão: valsa; forró; vanerão; xote; salsa; swing; tango.

Danças de rua: funk; break; popping.

Page 97: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

97

3- METODOLOGIAS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Esta PPC está fundamentada nas teorias críticas e terá como parâmetro pedagógico as

metodologias crítico-superadora e crítico-emancipatória nas suas práticas pedagógicas.

Nas teorias críticas os conceitos mais observados são: ideologia, reprodução cultural e social,

poder, classe social, capitalismo, relações sociais de produção, conscientização, inclusão,

emancipação e libertação, currícul oculto e resistência.

Dentre os vários estudos da área surge a metodologia crítico-superadora que tem como

parâmetro e ponto de partida a tendência educacional progressista crítica e o materialismo

histórico-dialético2 de Karl Marx

e a metodologia crítico-emancipatória que utiliza como

referencial teórico a teoria sociológica da ação comunicativa, idealizada por Jurgen

Habermas, e a tendência educacional progressista crítica.

A abordagem crítico-emancipatória propõe-se a estudar o movimento humano, mais

especificamente o esporte e suas transformações sociais. Para tanto, entende que o “se

movimentar” acontece de maneira consciente, em que o aluno esteja apto a conhecer e aplicar

o movimento libertando-se de estruturas sociais repressoras, a fim de refuncionalizá-lo.

(KUNZ apud BRACHT, 2003, p.20).

Atendendo ao ensino crítico-emancipatório, o professor relaciona-se com o aluno por meio de

ações problematizadoras, interagindo de maneira responsável e produtiva, sugerindo que sua

práxis pedagógica aconteça obedecendo a ordem “planejamento, implementação e avaliação”.

A metodologia crítico-superadora foi idealizada por alguns autores, convidados a

escreverem sobre a metodologia da educação física. Assim, se reuniram com ideias em

comum e a partir de vários estudos escreveram um livro intitulado: metodologia do ensino da

2 O materialismo histórico-dialético entende que a educação do futuro nasce do trabalho fabril,

unido ao trabalho produtivo, escolaridade e ginástica e que educação e sociedade estabelecem uma estreita relação, pois “para o desenvolvimento total do homem e a mudança das relações sociais, a educação deveria acompanhar e acelerar esse movimento, mas não encarregar-se exclusivamente de desencadeá-lo, nem de fazê-lo triunfar” (GADOTTI, 2003, p.130).

Page 98: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

98

educação física, gestado por este grupo de professores e foi publicado pela primeira vez em

1992.

Neste entendimento, há um posicionamento favorável às camadas populares no que se refere à

luta de classes existentes na estrutura social brasileira, não aceitando a submissão de um

homem a outro em função das diferenças entre as classes sociais que existem no mundo.

Todavia, diferente dessa, enfoca uma dinâmica curricular que prioriza, na elaboração desse

processo, diversos elementos que colaboram para seu sucesso, o trato do conhecimento,

tempo, espaço pedagógico, bem como toda a comunidade escolar.

Oliveira (1997) salienta que “as atividades corporais, esportivas ou não, componentes da

nossa Cultura Corporal, são vivenciadas – tanto naquilo que possuem de fazer corporal,

quanto na necessidade de se refletir sobre o significado/sentido desse mesmo fazer”.

Transportando esse entendimento para o espaço escolar, Soares et al. (1992) afirmam que a

educação física deve abordar os temas relacionados à cultura corporal, constituídos pelos

jogos, lutas, ginástica, mímica, acrobacias, dança, esporte, entre outros, de modo que essas

manifestações da cultura seriam visualizadas como historicamente construídas pela

humanidade, já que fazem parte do processo sócio-histórico e cultural do homem, e, portanto,

necessitam ser integrantes das aulas de educação física, com a função de inserir o aluno em

sua realidade social.

O objeto de estudo desta abordagem metodológica, segundo Soares et al. (1992) é a “reflexão

sobre a cultura corporal”, sendo que as expressões do corpo são entendidas como linguagem

universal que necessitam ser trabalhadas com os alunos a fim de que entendam a realidade em

sua totalidade e, portanto, como algo dinâmico e que precisa de transformações.

A proposta pedagógica crítico-superadora, sugere meios didático-pedagógicos que viabilizem,

ao se tematizarem as formas culturais do movimentar-se humano, propiciar um

esclarecimento crítico a seu respeito, apresentando suas ligações com os elementos atuantes,

desenvolvendo simultaneamente, as competências para tal: a lógica dialética. Dessa forma,

conscientes e possuidores de uma consciência crítica, os sujeitos poderão agir autônoma e

criticamente no campo da cultura corporal ou do movimento e também atuar de forma

transformadora como cidadãos políticos.

Page 99: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

99

Na obra Metodologia de ensino de educação física, são apresentadas as áreas de

conhecimento trabalhadas nas aulas de educação física e as trata a partir de ciclos de

escolarização que compreendem todo o processo escolar. De acordo com Soares et al. (1992)

são eles: 1º Ciclo: (pré à 3ª série) – ciclo de organização da identificação dos dados da

realidade; 2º Ciclo: (4ª à 6ª série) – ciclo de iniciação à sistematização do conhecimento; 3ª

Ciclo: ( 7ª à 8 série) – ciclo de aplicação da sistematização do conhecimento; 4ª Ciclo: ( 2ª

grau) – ciclo de aprofundamento da sistematização do conhecimento.Os conteúdos

trabalhados nesses ciclos são: jogos, ginástica, dança e esportes que são enfocados

metodologicamente propondo um direcionamento para as práticas que integram cultura

corporal e práticas sociais, relacionadas ao trabalho realizado pelo homem e mulher

brasileiros com intuito de atender determinadas necessidades sociais, sendo que estes devem

estar adequados à fase escolar do aluno.

A estruturação das aulas parte de elementos mais simples nas séries iniciais, até os mais

complexos nas séries finais. De acordo com a metodologia crítico-superadora a aula pode ser

dividida em três fases, a primeira em que os conteúdos e objetivos são discutidos com os

alunos, a segunda que se refere à apreensão do conhecimento e a terceira na qual se amarram

conclusões, avalia-se os resultados e meios utilizados para que sejam elaboradas as aulas

seguintes. De acordo com Soares et al. (1992, p.87) “a aula nesse sentido aproxima o aluno da

percepção da totalidade de suas atividades, uma vez que lhe permite articular uma ação (o que

faz), com o pensamento sobre ela(o que pensa) e com o sentido que dela tem(o que sente)”.

Esta metodologia tem no conhecimento que o aluno possui da realidade o seu ponto de

partida. Possui por meta a qualificação do conhecimento do aluno sobre esta mesma realidade

de uma forma mais complexa podendo ser entendida sob diversos aspectos. Por fim, a

avaliação privilegia todo o processo Ensino-Aprendizagem.

Como afirma Bracht (1999, p.82) o grande desafio das propostas progressistas de educação

física está no fato de que “...questões relativas à sua implementação, ou seja, de como fazer

com que elas sejam incorporadas pela prática pedagógica nas escolas”. Sabe-se que uma das

causas é o fato de que a prática está atrelada ao paradigma da aptidão física e esportiva.

Portanto, para superar este paradigma será utilizado materiais didático-pedagógicos e

tecnológicos a fim de complementar e enriquecer a prática pedagógica, tais como: livro

Page 100: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

100

didático; Paraná Digital; TV Multimídia e materiais bibliográficos diversificados, entre

outros.

Atendendo a Lei 11645/08, o conteúdo capoeira será desenvolvido de forma a possibilitar o

conhecimento da história e cultura Afro-Brasileira, por meio de pesquisas, seminários e

debates direcionados a compreensão da origem, significado e finalidades da escravidão e

também da capoeira de forma a estabelecer meios orientadores para compreensão e

assimilação da relação econômica do continente africano com o tráfico negreiro.

4-AVALIAÇÃO

Um dos primeiros aspectos a ser considerado é a não exclusão, isto é, a avaliação deve estar a

serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das ações

pedagógicas e não seja um elemento externo a esse processo.

Assim, os critérios para a avaliação devem ser propostos, considerando o comprometimento e

envolvimento dos alunos no processo pedagógico. Os instrumentos de avaliação a serem

utilizados para 5ª e 6ª séries serão: atividades com textos literários; atividades de leitura

compreensiva de textos; recursos audiovisuais; trabalho em grupo e demonstração prática da

assimilação de algumas habilidades e compreensão do conteúdo trabalhado. Nas 7ª e 8ª séries

os instrumentos avaliativos serão: projeto de pesquisa de campo; palestra/apresentação;

produção de textos; projeto de pesquisa bibliográfica e por meio da reconstrução de jogos e

regras ; se o aluno consegue resolver, de maneira criativa, situações problemas sem

desconsiderar a opinião do outro e se o mesmo se mostra envolvido nas atividades práticas.

Os instrumentos para o ensino médio são: seminário; debate; atividades com textos literários;

atividades a partir de recursos audiovisuais; trabalho em grupo; questões discursivas e

demonstração prática da assimilação de algumas habilidades e compreensão do conteúdo

trabalhado. Se o aluno consegue resolver, de maneira criativa, situações problemas sem

desconsiderar a opinião do outro e se o mesmo se mostra envolvido nas atividades práticas.

Portanto, a avaliação deve se caracterizar como um processo contínuo, permanente e

cumulativo, em que o professor organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentado nas

diversas práticas corporais, como a ginástica, o esporte, os jogos e brincadeiras, a dança e a

luta.

Page 101: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

101

A avaliação deve ainda, estar relacionada aos encaminhamentos metodológicos, constituindo-

se na forma de resgatar as experiências e sistematizações realizadas durante o processo de

aprendizagem. Isto é, tanto o professor quanto os alunos poderão rever o trabalho realizado,

identificando avanços e dificuldades no processo pedagógico, com o objetivo de traçar novos

encaminhamentos que reconheçam os acertos e ainda superem as dificuldades constatadas.

Para Soares et al (1992) a avaliação

(...) não se reduz a partes, no inicio, meio e fim de um planejamento, ou a períodos

predeterminados. Não se reduz a medir, comparar, classificar e selecionar alunos.

Muito menos se reduz a analise de condutas esportivo-motoras, a gestos técnicos ou

táticas. O que se destaca é que a avaliação apresenta, em sua variedade de eventos

avaliativos, em cada momento avaliativo, o que a constitui como uma finalidade,

um sentido, um conteúdo e uma forma.(p.112)

No primeiro momento da aula, ou do conjunto de aulas, o professor deve busca conhecer as

experiências individuais e coletivas advindas das diferentes realidades dos alunos,

problematizando-as. É quando surge uma primeira fonte de avaliação, que possibilita ao

professor reconhecer as experiências corporais e o entendimento prévio por parte dos alunos

sobre o conteúdo que será desenvolvido. Isso pode ser feito de várias maneiras, como: diálogo

em grupos, dinâmicas, jogos, dentre outras.

No segundo momento da aula, o professor propõe atividades correspondentes à apreensão do

conhecimento. A avaliação deve valer-se de um apanhado de indicadores que evidenciem,

através de registros de atitudes e técnicas de observação, o que os alunos expressam em

relação a sua capacidade de criação, de socialização, os (pré)conceitos sobre determinadas

temáticas, a capacidade de resolução de situações problemas e a apreensão dos objetivos

inicialmente traçados pelo professor. (PALLAFOX E TERRA apud DCE, 2009).

A parte final da aula, é o momento em que o professor realiza, com seus alunos, uma reflexão

crítica sobre aquilo que foi trabalhado. Ainda é imprescindível utilizar instrumentos que

permitam aos alunos se autoavaliarem, reconhecendo seus limites e possibilidades, para que

possam ser agentes do seu próprio processo de aprendizagem.

Page 102: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

102

Para Soares et al (1992), a avaliação portanto, deve servir para indicar o grau de aproximação

ou afastamento de eixo curricular fundamental, norteador do projeto pedagógico que se

materializa nas aprendizagens dos alunos. (p.113).

Dessa forma a avaliação não deve ser pensada à parte do processo de ensino/aprendizado da

escola mas avançar dialogando com as discussões sobre as estratégias didático-metodológicas,

compreendendo esse processo como algo contínuo, permanente e cumulativo.

A recuperação se dará num processo continuo para que o aluno revise e sane as suas

dúvidas,aprimorando ainda mais o seu conhecimento sobre o conteúdo.

5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRACHT, V. A Constituição das teorias pedagógicas da educação física. In: Cadernos

Cedes 48. Campinas / SP: UNICAMP, 1999.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de educação física. – São Paulo:

Cortez, 1992.

DAOLIO, Jocimar. Educação Física e conceito de cultura. Campinas, SP: Autores

Associados, 2004.

DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO

ESTADO DO PARANÁ. Educação Física. Secretaria de Estado da Educação – SEED. 2009.

FERRI, Sirlei de Lima, et al. A DANÇA NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E A

METODOLOGIA CRÍTICO-SUPERADORA. Artigo (conclusão PDE). Universidade

Estadual de Maringá, 2008.

GADOTTI, Moacir. História das idéias pedagógicas. 8ª ed. São Paulo: Ática, 2003.

OLIVEIRA, Amauri A. Bássoli de. Metodologias emergentes no ensino da Educação Física.

Revista da Educação Física/UEM, v.8, nº1, p21-27, 1997.

ENSINO RELIGIOSO

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA.

Page 103: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

103

Há muito tempo a disciplina de Ensino Religioso participa dos currículos escolares no Brasil

e, em cada período histórico, assumiu diferentes características pedagógicas e legais. Após

uma longa trajetória histórica do Ensino Religioso no Brasil, com a nova redação ao artigo 33

da LDBEN 9394/96, cumpre destacar que, o Ensino Religioso é parte integrante da formação

básica do cidadão, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, sendo

proibida toda forma de proselitismo.

Assim sendo, a disciplina de Ensino Religioso tem muito a acrescentar, pois permitirá que os

educandos possam refletir e entender como os grupos sociais se constituem culturalmente e

como se relacionam com o Sagrado, objeto de estudo.

Também contribui para compreensão da importância das religiões na vida das pessoas, pois

não trata apenas do fenômeno religioso, mas da própria humanidade no seu desenvolvimento

histórico, fundamental nas organizações econômicas, sociais, políticas e culturais, portanto

um conteúdo muito amplo, abrangendo variedades de assuntos relevantes para a formação

básica do cidadão e cidadã.

Na aula de Ensino Religioso nossas crianças e adolescentes crescem na totalidade, respeitando

o pluralismo religioso, tendo o pensamento e o espírito voltados para o universal e tem

também em vista a educação para a paz, o diálogo, cidadania, consciência ecológica e outros

temas relacionados à vida cidadã.

1.1 DIMENSÕES HISTÓRICAS DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO

Há muito tempo a disciplina de Ensino Religioso participa dos currículos escolares no Brasil

e, em cada período histórico, assumiu diferentes características pedagógicas e legais. Com o

advento da República, contudo, e do ideal positivista de separação entre Estado e Igreja, todas

as instituições e assuntos de ordem pública e consequentemente a educação do povo foram

incumbidos da tarefa de se reestruturar de acordo com o critério de laicidade interpretada no

sentido de neutralidade religiosa.

Em 1934, o Estado Novo procurou pôr fim a esta querela com a introdução da disciplina de

Ensino Religioso nos currículos da educação pública, salvaguardando o direito individual de

liberdade de credo. Para atender tanto as demandas republicanas quanto as demandas

Page 104: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

104

confessionais, ele apresentou, em forma de lei, uma proposta de ensino da temática religiosa

que, por um lado, garantisse a existência de uma disciplina desse teor na educação pública e

que, por outro lado, mantivesse um caráter facultativo para os estudantes não católicos. O

artigo da Constituição da Era Vargas que tratava do Ensino Religioso dizia, portanto, o

seguinte:

“O ensino religioso será de freqüência facultativa e ministrada de acordo com os

princípios da confissão religiosa do aluno manifestada pelos pais ou responsáveis e

constituirá matéria dos horários nas escolas públicas primárias, secundárias,

profissionais e normais. (BRASIL, 1934, art.153)”.

No Brasil, a força desses posicionamentos só foi sentida em meados da década de 60, quando

o aspecto confessional do Ensino Religioso foi suprimido do inciso IV do artigo 168 da

Constituição de 1967: “o ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos

horários normais das escolas oficiais de grau primário e médio”. Foi aberta, então, a

possibilidade de reelaborarão da disciplina em função de uma perspectiva aconfecional de

ensino. O estado se esquivava, continuamente, de sua responsabilidade com o Ensino

Religioso, o que resultava na fragmentação da identidade dessa disciplina.

A possibilidade de um Ensino Religioso aconfessional e público só se concretizaram

legalmente na redação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 e sua

respectiva correção, em 1997, pela Lei 9.475. De acordo com o artigo 33 da LDBEN, o

Ensino Religioso recebeu a seguinte caracterização:

Art. 33 – O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica

do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de Ensino Básico

assegurando o respeito à diversidade religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de

proselitismo.

1º. Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos conteúdos do

Ensino Religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão de professores.

2º. Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes demoninações

religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso.

Page 105: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

105

Pela primeira vez na história da inclusão dos temas religiosos na educação brasileira, foi

proposto um modelo laico e pluralista com a intenção de impedir qualquer forma de prática

catequética nas salas de aula pública.

2. JUSTIFICATIVA

Pretende-se com a disciplina de Ensino Religioso que o aluno se torne uma pessoa esclarecida

quanto à diversidade religiosa presente no Brasil e no mundo e desta forma, aprender a

respeitar os outros nas suas diferenças e a conviver respeitosamente com pessoas de diferentes

religiões e culturas, bem como proporcionar aos educandos oportunidades de se tornarem

capazes de entender os momentos específicos das diversas culturas, colaborando para a

autêntica cidadania.

Os conteúdos trabalhados nas aulas, de Ensino Religioso privilegiam o estudo das diferentes

manifestações do Sagrado no coletivo, a partir da concepção prevista na legislação e nas

novas Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental.

3. CONTEÚDOS:

3.1CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Paisagem Religiosa,

Universo Simbólico Religioso,

Textos Sagrados

3.1.1 PAISAGEM RELIGIOSA

À Materialidade fenomênica do Sagrado, a qual é apreendida através dos sentidos. É a

exterioridade do Sagrado e sua concretude, os espaços Sagrados.

3.1.2 UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO

Page 106: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

106

À apreensão conceitual através da razão, pela qual se concebe o Sagrado pelos seus

predicados e reconhece-se sua lógica simbólica. È entendido como sistema simbólico e

projeção cultural.

3.1.3 TEXTOS SAGRADOS

À tradição e à natureza do Sagrado enquanto fenômeno. Neste sentido é reconhecido através

das Escrituras Sagradas, das Tradições Orais Sagradas e dos Mitos.

Tais conteúdos não devem ser abordados isoladamente, pois são referências que se relacionam

intensamente, contribuem para a compreensão do objeto de estudo e orientam a definição dos

conteúdos básicos e específicos.

4. CONTEÚDOS BÁSICOS: 5ª SÉRIES

4.1 - O ENSINO RELIGIOSO NA ESCOLA PÚBLICA

escolar.

4.2 - LUGARES SAGRADOS

Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de reverência, de

culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado nestes locais.

4.3 - TEXTOS ORAIS E ESCRITOS – SAGRADOS

Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escritos pelas diferentes culturas

religiosas.

Exemplos: Vedas - Hinduismo, Escrituras Bahá'ís - Fé Bahá'I, Tradições Orais Africanas,

Afro-brasileiras e Ameríndias, Alcorão - Islamismo, Etc.

Page 107: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

107

4.4 - ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS

As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados institucionalmente.

Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as suas principais características de

organização, estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam as diferentes

formas de compreensão e de relações com o sagrado.

Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais: Budismo (Sidarta Gautama),

Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec), Taoísmo (Lao Tsé), Etc.

Inserir projetos interdisciplinares, citando:

-drogas, da paz e meio ambiente;

4.5 - SÍMBOLOS RELIGIOSOS

Os símbolos são linguagens que expressam sentidos, comunicam e exercem papel relevante

para a vida imaginativa e para constituição das diferentes religiões no mundo.

4.1.1 CONTEÚDOS BÁSICOS: 6ª SÉRIES

4.1.2 – RITOS

São práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas por um conjunto de

rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação de um acontecimento sagrado

anterior, é imitação, serve à memória e à preservação da identidade de diferentes

tradições/manifestações religiosas e também podem remeter a possibilidade futuras a partir de

transformações presentes.

Ritos de passagem

Page 108: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

108

Mortuários

Propiciatórios

Outros

Exemplos: Dança (Xire) - Candomblé, Kiki (kaingang - ritual fúnebre), Via Sacra, Festejo

índigena de colheita, etc.

4.1.3 - FESTAS RELIGIOSAS

São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos diversos:

confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes.

Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas.

Exmplos: Festa do Dente Sagrado( Budismo), Ramadã (Islâmica), Kuarup (indígena), Festa

de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), Etc.

4.1.4 - VIDA E MORTE

As respostas elaboradas para vida além da morte nas diversas tradições/manifestações

religiosas e sua relação com o sagrado.

O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas;

Reencarnação;

Ressurreição - ação de voltar à vida;

Além morte;

Ancestralidade - vida dos antepassados - espíritos dos antepassados se tornam

presentes;

Outras interpretações.

5. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O Ensino Religioso no sentido de contribuir para a formação da cidadania, como toda

disciplina escolar, tem uma prática docente metodológica própria.

Page 109: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

109

Numa visão pedagógica e holística, o educando conhecerá ao longo do Ensino Fundamental

os elementos básicos que compõem o fenômeno religioso, para que possa entender melhor a

sua busca de Transcendente.

No Ensino Religioso não se pode afirmar haver receitas prontas, fórmulas, métodos prontos e

definitivos, pois estaríamos desconsiderando diversas variáveis que, num movimento cíclico

entre sociedade-escola, se constituem.

Logo, as práticas pedagógicas desenvolvidas em Ensino Religioso em sala de aula, serão no

sentido de fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas, ampliando e valorizando

o universo cultural dos alunos, com articulação de conteúdo, diálogo, sensibilidade à

pluralidade, mediar conflitos e também atenção especial aos alunos com necessidades

especiais, na inclusão social.

6. AVALIAÇÃO

Em Ensino Religioso é necessário destacar que os procedimentos avaliativos não tem a

mesma orientação que a maioria das disciplinas no que se refere a atribuição de notas ou de

conceitos. Não se constitui objeto de reprovação, mas não deixa de ser importante no processo

educativo.

Posso identificar, por exemplo, através de ações em que medida o aluno:

Respeita a pluralidade religiosa;

Aceita as diferenças;

Expressa relação harmoniosa em sala de aula, com os colegas;

É atencioso com os alunos que tenham necessidades especiais, os da inclusão;

Participar com prazer de todas as atividades propostas, tais como: textos, debates,

teatro, música, questionamentos, registro formal do conteúdo apresentado, dramatizações,

relatórios e apresentações nas celebrações culturais da escola, durante o ano.

A avaliação permite diagnosticar o quanto o aluno se apropriou do conteúdo, como resolveu

as questões propostas, como reconstituiu seu processo de concepção da realidade social e,

Page 110: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

110

como, enfim ampliou o seu conhecimento em torno do objeto de estudo do Ensino Religioso,

o Sagrado, sua complexidade, pluralidade, amplitude e profundidade.

7. REFERÊNCIAS

ALVES, Rubem. O que é religião? São Paulo: Loyola, 1999.

BACH, Marcus. As grandes religiões do mundo. Rio de Janeiro: Record, 1998.

BOWKWER, John. Para entender as religiões. São Paulo: Ática, 1997.

BRASIL/MEC, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-

Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília- DF,

2004.

_______. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de

1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo

oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”,

e dá outras providências. In: Brasil. Ministério da Educação. Diretrizes curriculares

nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e

cultura afro-brasileira e africana. Brasília: MEC/Secretaria Especial de Políticas de

Promoção de Igualdade Racial/ Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e

Diversidade. 2004.

_______. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.In:BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.

Coleção Alegria de Viver - Maria Izabel de O. Longu - Editora Moderna.

Coleção Conversa Sobre Cidadania - Edson G. Garcia - Maria Amélia - F.T.D.

Coleção de Mãos Dadas - Amélia Schneiders e Avelino A. Correia - Editora Scipione.

Coleção Redescobrindo o Universo Religioso - Rogério F. Narloch - Editora Vozes.

FRANKL, Viktor Emil. Em Busca de Sentido.

GIBRAN, Kahlil. Para além das palavras. São Paulo: Paulinas, 1995.

GRUEN, Wolgang. O Ensino Religioso na Escola. Petrópolis: Vozes, 1995.

HINNELS, John R. Dicionário das religiões. São Paulo: Cultrix, 1989.

Jornal: Folha de Londrina.

LIBÂNIO, João Batista. A Busca do Sagrado. São Paulo: FTD, 1991.

Revistas: Veja, Agitação, Mundo Jovem, Diálogo, Rainha, Mundo Jovem.

Page 111: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

111

PARANÁ. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no ensino fundamental

e médio da rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina história do Paraná. Diário

Oficial do Paraná, Curitiba, n. 6134, 18 dez. 2001.

________. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica:

ENSINO RELIGIOSO

Projeto Político-Pedagógico do Colégio Estadual Marechal Costa e Silva Ensino

Fundamental e Médio.

DISCIPLINA DE FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

“Não há filosofia que se possa aprender só se aprende a filosofar”

Emmanuel Kant.

É comum iniciarmos o estudo de uma disciplina, procurando obter sua definição. No caso da

filosofia, no entanto, não é aconselhável aprender dessa maneira. O mais importante é

aprender a filosofar.

O grande filósofo alemão Emmanuel Kant (1724-1804) costumava dizer a seus alunos: “Não

lhes pretendo ensinar tal qual o sistema filosófico, mas ensinar-lhes a aprender a filosofar por

si próprios, a formar uma opinião própria”.

A ESSÊNCIA DA FILOSOFIA

A etimologia da palavra filosofia costuma o certo da atitude de Kant. O vocabulário originário

do verbo grego philosophein, que significa em sua estrutura verbal, amar a sabedoria,

entendida como reflexão do homem a cerca da vida e do mundo. A filosofia, portanto, não é a

sofia mesma, ciência e sabedoria ao mesmo tempo. É somente o desejo, a procura dessa sofia.

A essência da filosofia é a procura do saber e não da sua posse.

Page 112: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

112

Se a filosofia é a procura e não a posse, podemos dizer que o trabalho filosófico é um trabalho

de reflexão. A palavra reflexão vem do verbo latino reflete, que significa voltar a trás,

portanto significa retomar, reconsiderar os dados disponíveis, revisar, examinar detidamente,

prestar atenção e analisar com cuidado.

EXIGÊNCIAS DA REFLEXÃO FILOSÓFICA

Para que uma reflexão possa ser chamada de filosófica é preciso que satisfaça a uma série de

exigências. Demerval Saviani resume essas exigências em apenas três requisitos: a

radicalidade, o rigor e a globalização. Isso quer dizer que a reflexão filosófica, para ser tal

deve ser: radical, rigorosa e de conjunto.

RADICAL: Em primeiro lugar exige-se que o problema seja colocado em termos radicais,

entendida a palavra radical no seu sentido mais próprio e imediato. Quer dizer, é preciso que

se vá às raízes da questão, até seus fundamentos. Em outras palavras exige-se que se opere

uma reflexão em profundidade.

RIGOROSA: Em segundo lugar, e como para garantir a primeira exigência, deve-se proceder

com rigor, ou seja, sistematicamente, segundo métodos determinados, colocando-se em

questão as conclusões da sabedoria popular e as generalizações apressadas que a ciência

ensejar.

CONJUNTO: Em terceiro lugar, o problema não pode ser examinado de modo parcial, mas

numa perspectiva de conjunto, relacionando-se o aspecto em questão com os demais aspectos

do contexto em que está inserido. É nesse ponto que a filosofia se distingue da ciência, a

filosofia de modo mais marcante.

Com efeito, ao contrário da ciência, a filosofia não tem objeto determinado, ela dirige-se a

qualquer aspecto da realidade, desde que seja problemático: seu campo é o problema, esteja

onde estiver. Melhor dizendo, seu campo de ação é o problema enquanto não se sabe onde

está: por isso se diz que a filosofia é busca. E é nesse sentido também que se pode dizer que a

filosofia abre caminho para a ciência, através da reflexão, ela localiza o problema tornando

Page 113: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

113

possível a sua delimitação na área de tal ou qual ciência, que pode então analisá-lo, e quiçá,

solucioná-lo. Além disso, enquanto a ciência isola o seu aspecto do contexto e o analisa

separadamente, a filosofia, embora dirigindo-se às vezes apenas a uma parcela da realidade,

insere-se no contexto e a examina em função do conjunto.

1.1 DIMENSÕES HISTÓRICAS DA FILOSOFIA E SEU ENSINO

Constituída como pensamento há mais de 2600 anos, a Filosofia, que tem a sua origem na

Grécia antiga, traz consigo o problema de seu ensino a partir do embate entre o pensamento

de Platão e as teorias dos sofistas. Naquele momento, tratava-se de compreender a relação

entre o conhecimento e o papel da retórica no ensino. Por um lado, Platão admitia que, sem

uma noção básica das técnicas de persuasão, a prática do ensino da filosofia teria efeito nulo

sobre os jovens. Por outro lado, também pensava que se o ensino de Filosofia se limitasse à

transmissão de técnicas de sedução do ouvinte, por meio de discursos, o perigo seria outro: a

Filosofia favoreceria posturas polêmicas, como o relativismo moral ou o uso pernicioso do

conhecimento.

A história da filosofia e as idéias dos filósofos que nos precederam constituem, assim, uma

fonte inesgotável de inspiração e devem alimentar constantemente as discussões realizadas

pelo professor e pelos estudantes em sala de aula. Os problemas, as idéias, os conceitos e os

conteúdos estruturantes devem ser desenvolvidos, portanto, de tal forma que os diversos

períodos da história da filosofia e as diversas maneiras através das quais eles discutem as

questões filosóficas sejam levados em consideração.

Ao examinar a Filosofia antiga, por exemplo, percebe-se com facilidade que ela se

caracteriza, inicialmente, pela preocupação com as questões de ordem cosmológica, isto é,

com a exploração das perguntas relativas à natureza e ao seu ordenamento. Posteriormente,

ela amplia seus horizontes de discussão e inclui investigações sobre a condição humana.

Na Idade Média, a Filosofia era fortemente marcada pelo teocentrismo, pensamente de

características muito diferentes das que prevaleciam no período anterior.

Page 114: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

114

A desestruturação do Império Romano foi concomitante ao crescimento da Igreja como poder

eclesiástico, fundamentado nas teologias políticas que foram elaboradas pelos teóricos

cristãos. A função dessas teologias políticas era a ordenação, a hierarquização e o controle da

sociedade, sob os auspícios da lei divina. Nesse contexto, a filosofia, retirada do espaço

público, passa a ser prerrogativa da igreja.

O medievo é, assim, marcado pela inspiração divina da Bíblia, pelo monoteísmo pelo

criacionismo, pela idéia do pecado original, pelo conceito cristão de amor (ágape)e por uma

nova concepção de Homem, cuja essência encerra a condição de igualdade como criatura

divina. A Filosofia da Idade Média, nos seus dois grandes períodos, Patrística (séc.II ao VIII)

e Escolástica (séc.IX ao XIV).

Na modernidade, a busca da autonomia da razão e da constituição da individualidade se

confronta com os discursos abstratos sobre Deus e sobre a alma, substituindo-os,

paulatinamente, pelo pensamente antropocêntrico. A Filosofia declara sua independência da

Teologia e os pensadores passam a tratar principalmente de questões filosófico-científicas

(Racionalismo, Empirismo e Criticismo). O homem descobre sua importância ao

compreender as lógicas da natureza, da sociedade e do universo. Ser moderno significa

valorizar o homem (antropocentrismo); não aceitar passivamente o critério da autoridade ou

da tradição; valorizar a experimentação; separar os campos da fé e da razão; confiar na razão,

que se bem empregada permite o conhecimento objetivo do mundo com benefícios para o

homem.

A filosofia contemporânea é resultado da preocupação com o homem, principalmente no

tocante à sua historicidade, sociabilidade, secularização da consciência, o que se constata

pelas inúmeras correntes de pensamento que vêm constituindo esse período.

A partir do final do século XIX, a Filosofia é marcada pelo pluralismo de idéias, o que

permite pensar de maneira específica cada um dos conteúdos estruturantes apresentados

nestas Diretrizes. Ainda que os problemas pensados hoje também tenham se apresentado,

anteriormente, como problemas, a atividade filosófica deve considerar as características e

perspectivas do pensamento que marcam cada período da historia da Filosofia.

Page 115: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

115

Evidentemente, cada processo de escolha determina ausências e toda ausência gera

questionamento. Por que não adotamos um percurso cronológico segundo a história da

Filosofia? Ora, não se trata de abandonar a história da Filosofia, pois a opção por conteúdos

estruturantes compreende também o trabalho com os textos clássicos dos filósofos. Trata-se

de garantir que o ensino de filosofia não perca algumas características essenciais da

disciplina, como por exemplo, a capacidade de dialogar de forma crítica e mesmo provocativa

com o presente. As experiências com abordagem estritamente cronológica e linear não

costumam favorecer esse necessário diálogo. Ainda, importa destacar que os currículos dos

cursos de graduação em Filosofia que trabalham com a disciplina História da Filosofia não se

restringem a essa abordagem.

1.2 DIMENSÕES HISTÓRICAS DO ENSINO DE FILOSOFIA NO BRASIL

No Brasil, a Filosofia como disciplina figura nos currículos escolares desde o ensino jesuítico,

ainda nos tempos coloniais sob as leis do Ratio Studiorum – documento publicado em 1599,

que segundo Ribeiro (1978) objetivava a organização e o planejamento do ensino dos jesuítas,

com base em elementos da cultura européia, ignorando a realidade, as necessidades e

interesses dos índios, do negro e do colono.

Com a Proclamação da República, a Filosofia passou a fazer parte dos currículos oficiais, até

mesmo como disciplina obrigatória. Essa presença não significou, porém, um movimento de

critica à configuração social e política brasileira, que oscilou entre a democracia formal, o

populismo e a ditadura. A partir de um dos documentos educacionais mais importantes de

então – o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova de 1932 -, que pretendia reconstruir a

educação no Brasil, percebe-se que os currículos escolares sofreram uma queda significativa

da participação das humanidades. A nova política educacional da era Vargas, especialmente

após a constituição de 1937, previa o desenvolvimento da educação técnica profissional, de

nível secundário e superior, como base da economia nacional, com a necessária variedade de

tipos de escola. Esse padrão predominou até 1961,

A LDB n.4.024/61 extinguiu a obrigatoriedade do ensino de Filosofia e, com a Lei

n.5.692/71, durante a ditadura, a Filosofia desaparecia dos currículos escolares do Segundo

Grau, sobretudo por não servir aos interesses políticos, econômicos e ideológicos do período.

Page 116: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

116

A partir da década de 1980, com o processo de abertura política e de redemocratização do

país, as discussões e movimentos pelo retorno da Filosofia ao Ensino Médio (à época,

denominado Segundo Grau) ocorreram em vários estados do Brasil. Na Universidade Federal

do Paraná, professores ligados à Filosofia iniciaram um movimento que contava com

articulações políticas e organização de eventos na defesa da retomada do espaço da Filosofia,

em contestação à educação tecnicista, oficializada pela Lei n.5692/71.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação n. 9.394/96, no art.36, determinava que, ao final do

Ensino Médio, o estudante deveria “dominar os conhecimentos de Filosofia e de Sociologia

necessários ao exercício da cidadania”. O caráter transversal dos conteúdos filosóficos

aparecia com clareza nos documentos oficiais, cumprindo a exigência da Lei quanto à

necessidade de domínio dos conhecimentos filosóficos, mas, sem a exigência da introdução

efetiva da disciplina na matriz curricular das escolas de Ensino Médio.

2. CONTEÚDOS

2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Mito e Filosofia;

Teoria do conhecimento;

Ética;

Filosofia Política;

Filosofia da Ciência;

Estética.

Tais conteúdos estruturantes propiciam estimular o trabalho da mediação intelectual, o pensar,

a busca da profundidade dos conceitos e das suas relações históricas, em oposição ao caráter

imediatista que assedia e permeia a experiência do conhecimento e as ações dela resultantes.

Dada a sua formação, sua especialização, suas leituras, o professor de Filosofia poderá fazer

seu planejamento a partir dos conteúdos estruturantes e fará o recorte – conteúdo básico – que

julgar adequado e possível. Por exemplo: para trabalhar os conteúdos estruturantes éticas e/ou

Filosofia Política, professor poderá fazer um recorte a partir da perspectiva da Filosofia

latino-americana ou de qualquer outra, tendo em vista a pluralidade filosófica da

Page 117: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

117

contemporaneidade. Importante é que o ensino de filosofia se dê na perspectiva do diálogo

filosófico, sem dogmatismo, niilismo e doutrinação, portanto sem qualquer condicionamento

do estudante para o ato de filosofar.

O trabalho com os conteúdos estruturantes não exclui, de forma alguma, a história da

Filosofia nem as perspectivas que aqui denominamos geográficas. Os conteúdos estruturantes

fazer parte da História da Filosofia e podem ser trabalhados em diversas tradições, como na

Filosofia européia, na ibero-americana, na latino-americana, na norte-americana, na hispano-

americana, entre outras.

Notadamente, Filosofia é o espaço da crítica a todo conhecimento dogmático e por ter como

fundamento o exame da própria razão, não se furta à discussão nem à superação das filosofias

de cunho eurocêntrico.

2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS

2.2 A) Mito e Filosofia

Saber mítico

Saber Filosóficos

Relação mito e filosofia

Atualidade do mito

O que é Filosofia?

Compreender a relação do pensamento mítico com o pensamento racional, no contexto grego,

torna-se pertinente para que o educando perceba que os mesmos conflitos vividos pelos

gregos entre mito e razão são problemas presentes ainda hoje em nossa sociedade. Por

exemplo, ao deparar-se com o elemento da crença mitológica, a ciência, para muitos se

apresenta como neutra e esconde sistematicamente seus interesses políticos e econômicos.

2.2 B) Teoria do Conhecimento

Possibilidades do conhecimento;

As formas de conhecimento;

O problema da verdade;

Page 118: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

118

A questão do método;

Conhecimento e lógica.

Constituída como campo do conhecimento filosófico de forma autônoma apenas na Idade

Moderna, a teoria do conhecimento se ocupa de modo sistemático como a origem, a essência

e a certeza do conhecimento humano. Basicamente, aborda questões como:

Critérios de verdade – O que permite reconhecer o verdadeiro?

Possibilidade do conhecimento – Pode o sujeito apreender o objeto?

Âmbito do conhecimento – Abrange ele a amplitude do real ou se restringe ao sujeito

que conhece?

Origem do conhecimento – Qual é a fonte do conhecimento?

Em contato com as questões acima e ao deparar-se com a realidade que o cerca, o estudante

do Ensino Médio pode exercer a atividade filosófica ao tentar encontrar caminhos e respostar

diferentes para elas.

Além de evidenciar para o educando os limites do conhecimento, este conteúdo lhe possibilita

perceber fatores históricos e temporais que influíram na sua elaboração e assim retomar

problemáticas já pensadas na perspectiva de novas soluções relativas a seu tempo.

2.2 C) Ética

Ética e moral;

Pluralidade ética;

Ética e violência;

Razão, desejo e vontade;

Liberdade: antanomia do sujeito e a necessidade das normas.

A ética enquanto conteúdo escolar tem por foco a reflexão da ação individual ou coletiva na

perspectiva da Filosofia. Mais que ensinar valores específicos trata-se de mostrar que o agir

fundamentado propicia consequências melhores e mais racionais que o agir sem razão ou

justificativas.

Page 119: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

119

No Ensino Médio, importa chamar a atenção para os novos desafios da ética na vida

contemporânea, quando enfrentamos, por exemplo, a contradição entre projetos de construção

de sociedades livres e democráticas e o crescimento dos fundamentalismos religiosos e do

pragmatismo político que busca reordenar os espaços privados e públicos.

2.2 D) Filosofia Política

Relações entre comunidade e poder;

Liberdade e igualdade política;

Política e ideologia;

Esfera pública e privada;

Cidadania formal e/ou participativa.

Vive-se um tempo em que os direitos humanos e políticos conquistados a partir do século

XVIII não garantem os direitos sociais mais elementares para a maioria das pessoas. Assim,

pensar o processo da ideologização da democracia e, consequentemente, o formalismo

jurídico que tem se sobreposto à substancialização dos direitos, às formas de dominação, bem

como alternativas políticas ao que está instituído, são tarefas importantes da filosofia política.

No Ensino Médio, a Filosofia Política, por meio dos textos filosóficos, tem por objetivo

problematizar conceitos como o de cidadania, democracia, soberania, justiça, igualdade e

liberdade, dentre outros, de maneira a preparar o estudante para uma ação política consciente

e efetiva.

2.3 E) Filosofia da Ciência

Concepções de ciência;

A questão do método científico;

Contribuições e limites da ciência;

Ciência e ideologia;

Ciência e ética.

Vivemos um momento de ufanismo da ciência. Temas como genoma, transgênico e clonagem

estão em nosso cotidiano e são apresentados de forma cristalizada, definitiva, e indicam que

fazemos parte de uma civilização que elabora sob medida as condições ideais de nossa

Page 120: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

120

existência numa perspectiva técnico-científica. A Filosofia da Ciência se oferece como um

conteúdo capaz de questionar tal concepção.

No Ensino Médio, portanto, importa estudar a Filosofia da Ciência na perspectiva da

produção e do produto do conhecimento científico, problematizar o método e possibilitar o

contato com o modo como os cientistas trabalham e pensam.

2.4 F) Estética

Natureza da arte;

Filosofia e arte;

Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, etc.

Estética e sociedade.

A atitude problematizadora e investigativa, característica da Filosofia, volta-se também para a

realidade sensível. Compreender a sensibilidade, a representação criativa, a apreensão

intuitiva do mundo concreto e a forma como elas determinam as relações do homem com o

mundo e consigo mesmo, é objeto do conteúdo estruturante Estética.

Voltada principalmente para a beleza e à arte, a Estética está intimamente ligada à realidade e

às pretensões humanas de dominar, moldar, representar, reproduzir, completar, alterar,

apropriar-se do mundo como realidade humanizada.

3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO.

O trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e seus conteúdos básicos da-se-á em

quatro momentos:

A mobilização para o conhecimento;

A problematização;

A investigação;

A criação de conceitos.

Page 121: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

121

O ensino da Filosofia pode começar, por exemplo, pela exibição de um filme ou de uma

imagem, da leitura de um texto jornalístico ou literário ou da audição de uma música. São

inúmeras as possibilidades de atividades conduzidas pelo professor para instigar e motivar

possíveis relações entre o cotidiano do estudante e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido. A

isso se denomina, nestas Diretrizes, mobilização para o conhecimento.

A seguir, inicia-se o trabalho propriamente filosófico: a problematização, a investigação e a

criação de conceitos, o que não significa dizer que a mobilização não possa ocorrer

diretamente a partir do conteúdo filosófico.

A partir do conteúdo em discussão, a problematização ocorre quando professor e estudantes

levantam questões, identificam problemas e investigam o conteúdo. É importante ressaltar que

os recursos escolhidos para tal mobilização – filme, música, texto e outros – podem ser

retomados a qualquer momento do processo de aprendizagem.

Ao problematizar, o professor convida o estudante a analisar o problema, o qual se faz por

meio da investigação, que pode ser o primeiro passo para possibilitar a experiência filosófica.

É imprescindível recorrer à história da Filosofia e aos textos clássicos dos filósofos, pois neles

o estudante se defronta com o pensamento filosófico, com diferentes maneiras de enfrentar o

problema e, com as possíveis soluções já elaboradas, as quais orientam e dão qualidade à

discussão.

O ensino de Filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida, por isso é

importante que, na busca da resolução do problema, haja preocupação também com uma

análise da atualidade, com uma abordagem que remete o estudante à sua própria realidade.

Dessa forma, a partir de problemas atuais estudados a partir da História da Filosofia, do

estudo dos textos clássicos e de sua abordagem contemporânea, o estudante do Ensino Médio

pode formular conceitos e construir seu discurso filosófico. O texto Filosófico que ajudou os

pensadores a entender e analisar filosoficamente o problema em questão será trazido para o

presente com o objetivo de entender o que ocorre hoje e como podemos, a partir da Filosofia,

atuar sobre os problemas de nossa sociedade.

Page 122: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

122

Os desafios contemporâneo, no que se trata da cultura afro-brasileira, indígena, prevenção ao

uso de drogas, sexualidade, educação ambiental, enfrentamento à violência serão

desenvolvidas das seguintes formas:

1. As aulas serão desenvolvidas através de atividades orientadas e debates a respeito da

temática de cada unidade do curso e a partir das questões levantadas pelos participantes após

leitura dos textos indicados;

2. Nas discussões, será solicitado aos alunos que incluam relatos e análises a partir das

observações feitas nos estágios;

3. Além das discussões e análises teóricas, os alunos produzirão registros escritos

relativos aos temas de cada unidade. Estes registros escritos terão o formato de pequenos

ensaios e laboratório de atividades sobre o ensino de Filosofia;

4. Grande parte das atividades propostas deve ser realizada fora da sala de aula e

pressupõe disponibilidade de tempo para a realização.

Serão utilizados diferentes tipos de recursos como: textos diversificados, atuais e livros,

revistas e do livro didático público, vídeos referentes ao que está sendo trabalhado, TV pen-

drive, filmes, dinâmicas, materiais didáticos diversos.

Conforme a LDB n. 9394/96, no seu artigo 24, avaliação deve ser concebida na sua função

diagnóstica e processual, isto é, tem a função de subsidir e mesmo redirecionar o curso da

ação no processo ensino-aprendizagem. Apesar de sua inequívoca importância individual, no

ensino de Filosofia, avaliação não se resumiria a perceber o quanto o estudante assimilou do

conteúdo presente na história da Filosofia, ou nos problemas filosóficos, nem a examinar sua

capacidade de tratar deste ou daquele tema.

Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio de trabalhar e

criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:

Qual discurso tinha antes;

Qual conceito trabalhou;

Qual discurso tem após;

Qual conceito trabalhou.

Page 123: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

123

A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento, por meio da

análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa após o estudo. Com

isso, torna-se possível entender a avaliação como um processo.

Além disso, serão utilizados instrumentos avaliativos como:

Avaliações escritas (provas);

Pesquisas;

Trabalhos

Atividades escritas diversificadas.

4. Referência:

ASPIS, R. O professor de Filosofia: o ensino da filosofia no Ensino Médio como

experiência filosófica. Cadernos CEDES. Campinas. N. 64, 2004.

BRASIL, Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares do ensino médio.

Brasília: MEC/SEB, 2004.

BRASIL. Ministério de Educação. Orientações curriculares do ensino médio. Brasília.

MEC/SEB, 2006.

CORBISIER, R. Introdução à filosofia. 2 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1986,

v.1.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica, Filosofia.

Curitiba: SEED, 2007. (Livro didático público).

______, Sociedade de Estudos e Atividades Filosóficas. Textos SEAF, Curitiba, V.2 n.3,

1981.

______, Secretaria de Estado da Educação. Proposta curricular para o ensino de filosofia

Page 124: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

124

no 2.º grau. Curitiba, 1994.

REALE, G.; ANTISERI, D. História da filosofia: patrística e escolástica. São Paulo:

Paulus, 2003.

RIBEIRO, M. L. S. História da educação brasileira: a organização escolar. São Paulo:

Cortez & Moraes, 1978.

FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O objeto de estudo da Física é o Universo e toda sua amplitude, por isso a disciplina

concentra-se no estudo dos fenômenos tentando explicá-los e entende-los.

A mais antiga das ciências é a astronomia, que surgiu da necessidade do homem em

compreender os fenômenos naturais dos quais ele era alvo até aquele momento, com relação à

moradia, alimentação e sobrevivência.

Até o período Renascentista, a Física estava muito ligada ás disciplinas matemáticas como a

Geometria euclidiana, à Astronomia de Ptolomeu e aos estudos desenvolvidos por Aristóteles.

Graças a estudos de vários cientistas como Galileu Galilei, Isaac Newton e muitos outros, a

Física é vista como hoje e faz uso da Matemática para explicar os fenômenos provocados pela

ação de forças naturais ou humanas.

O estudo da Física hoje pretende desenvolver no educando uma consciência crítica do

mundo para buscar o conhecimento científico, tendo em vista uma compreensão mais

profunda dos fenômenos da natureza que os cercam.

Assim, a Física contribui para o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a

beleza da produção científica e compreender a necessidade deste conhecimento para entender

o universo de fenômenos que o cerca, percebendo a não neutralidade de sua produção, bem

Page 125: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

125

como os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais desta ciência, seu

comprometimento e envolvimento com as estruturas que representam esses aspectos.

A compreensão da Teoria através da prática mostra a possibilidade de domínio do homem

sobre as transformações de sua interferência sobre a natureza.

Aprendendo conceitos através da articulação e organização de conteúdos próprios,

trabalhando todos através da reflexão e questionamentos é fundamental para construção do

conhecimento científico.

CONTEÚDOS

O estudo da Física está dividido em três conteúdos estruturantes:

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Movimento

CONTEÚDOS BÁSICOS

-Momentum, inércia e a conservação do momentum

-Variação da quantidade de movimento = impulso e 2ªLei de Newton

-Gravidade

-3ªLei de Newton e as condições de equilíbrio

-energia e Princípio da Conservação da Energia

-Fluidos

-Oscilações

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Termodinâmica

CONTEÚDOS BÁSICOS

-Lei Zero da Termodinâmica

-1ªLei da Termodinâmica

-2ªLei da Termodinâmica

-Entropia e a 3ªLei da Termodinâmica

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Eletromagnetismo

CONTEÚDOS BÁSICOS

-Carga elétrica

-Campo

Page 126: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

126

-Força Eletromagnética

-Equação de Maxwell

-Princípio da Conservação da Energia

-Luz

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Em Física, é importante a realização de exercícios a partir da exposição elaborada pelo

educador, buscando respostas a determinadas situações. Além disso, a construção dos

conceitos físicos através de situações reais proporciona ao aluno a consciência de que já

possui certo conhecimento, só resta associa-lo ao conhecimento elaborado.

Trabalharemos os conteúdos em forma de problemas, elaborando conceitos básicos, um

desafio à reflexão do aluno, para efeito no desenvolvimento do raciocínio lógico em todos os

movimentos de análise, abstração, síntese e generalização, desenvolvendo uma lógica do

raciocínio para defesa de sua opinião e avaliação do ponto de vista apresentado por um

colega.

O trabalho com os erros é bastante construtivo, encarando-os como parte integrante da

elaboração do saber, o qual necessita passar por fases de ensaios e testes, por confrontações e

por justificações que levam à reformulação do raciocínio e do processo de resolução.

Na disciplina de Física também serão desenvolvidos os desafios Educacionais

contemporâneos e a diversidade, utilizando assuntos como: Educação Ambiental, Educação

do Campo, Educação Fiscal, entre outros à medida que houver essa possibilidade nos

conteúdos.

Os recursos tecnológicos podem ser utilizados como elemento de apoio para o ensino,

também como ferramenta para a facilitação do aprendizado. As experiências também

possibilitam desenvolver diferentes conceitos, promovem o ensino em “fazer sem imposição”,

pois levam o aluno a observar eventos, elaborar soluções e desenvolver o raciocínio.

Em resumo, os conteúdos serão desenvolvidos através de:

Conversação professor-aluno;

Page 127: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

127

Demonstração e prática de exercícios;

Uso do livro didático e paradidáticos para a resolução de atividades;

Explicações orais com desenvolvimento das atividades no quadro de giz;

Utilização de vídeos e apresentações de slides relacionados à disciplina;

Utilização do computador para exploração de softwares educativos e

complementares;

Pesquisas em livros, revistas e jornais de acordo com o conteúdo trabalhado;

Trabalhos em grupo;

Trabalhos envolvendo leitura e interpretação de textos físicos;

AVALIAÇÃO

O aluno será permanentemente acompanhado pelo professor no processo de

ensino/aprendizagem, pois se entende a avaliação como um processo. Para avaliarmos

aspectos importantes, como o desenvolvimento e as mudanças de raciocínio utilizando os

saberes adquiridos, diversificam-se as formas e instrumento de avaliação. É fundamental que

reflitamos, ao máximo, a diversidade listada a seguir para que esteja em consonância com a

proposta apresentada. São elas:

Avaliação coerente, dinâmica e constante, oportunizando a fixação e a automação

dos conteúdos já dominados. O professor deve explorar questões que envolva conceitos de

forma clara.

Prova escrita, pois é também uma necessidade do professor para medir o quanto

conseguiu transmitir aos alunos, seus conhecimentos;

Avaliação oral com objetivo de motivar o aluno a estudar, pois terá a oportunidade

de mostrar seus conhecimentos para a classe;

Relatórios de atividades em grupo ou individuais;

Trabalhos de pesquisa e tarefas feitas em casa.

Tarefas realizadas em classe.

Atividades em grupo (resolução de problemas e exercícios) escritos ou orais.

Page 128: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

128

Concluindo, a avaliação do processo de aquisição e construção do conhecimento pode ser

efetivamente realizada ao solicitar ao aluno que interprete situações determinadas, cujo

entendimento demanda os conceitos que estão sendo apreendidos, ou seja, que interprete uma

história, uma figura, um texto um problema ou experimento. São situações que também

induzem a realizar comparações, estabelecer relações, executar determinadas formas de

registro, entre outros procedimentos que desenvolveu no transcorrer de sua aprendizagem.

REFERÊNCIAS

ANJOS, Ivan Gonçalves dos - Horizontes - Física – Ibep.

BISCUOLA, Gualter José, MAIALI, José Cury. Física – Volume único. Saraiva: 2000

GASPAR, Alberto. Física – Volume Único. Ática, 2006.

MÁXIMO, Antonio. ALVARENGA, Beatriz. Física – Volumes: 1, 2 e 3. Scipione.

MERINO – D’Jalma - Física - 2o. grau - Ática.

PARANÁ – D’Jalma Nunes, Física - Volume único - Ática.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Física. Curitiba,

2008.

Proposta Político-Pedagógica do Colégio Estadual Marechal Costa e Silva. Cidade Gaúcha,

2006.

Regimento Escolar do Colégio Estadual Marechal Costa e Silva. Cidade Gaúcha, 2006.

DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Page 129: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

129

A relação homem e natureza vêm ocorrendo desde os tempos primitivos, quando os grupos

humanos realizavam suas estratégias de sobrevivência. Sabemos que os povos pré-históricos

observavam a dinâmica das estações do ano e a relacionavam com o ciclo produtivo da

natureza para se locomover em busca de alimentos.

Mais tarde, povos agricultores como os mesopotâmios e os egípcios navegadores como os

polinésios, usavam os conhecimentos climáticos para desenvolver suas atividades, procurando

até modificar a natureza, embora de pequena proporção, nos tempos a.C..

A definição dos pontos de referência para construir as cidades, delimitar os impérios, traçar os

caminhos ou movimentar os exércitos, são alguns exemplos de geopolítica usados depois de

Cristo pelos incas e romanos.

Conhecemos os avanços geográficos incorporados pela cultura grega e romana, relacionados

aos estudos descritivos das regiões conquistadas, elaboração de mapas, discussões sobre a

forma e tamanho da Terra, distribuição de terras e águas, cálculos sobre latitude e definições

climáticas entre outros.

Com as grandes navegações reafirmaram-se muitos estudos geográficos realizados antes do

século XV e novos estudos foram se efetivando, movidos pelos interesses do modo capitalista

de produção que aos poucos se consolidava.

Com o advento do colonialismo o conhecimento geográfico ampliou-se cada vez mais,

reunindo dados mais precisos sobre os territórios, seus recursos naturais e seus habitantes.

Assim, é possível afirmar que a expansão capitalista favoreceu o desenvolvimento das

ciências em geral e da Geografia. No entanto, até o século XIX não havia sistematização da

produção geográfica. Os estudos geográficos estavam dispersos em outros campos do saber e

em obras diversas.

Segundo Moraes (1987, p. 41) os temas geográficos do século XIX, período histórico,

passaram a participar das discussões filosóficas, econômicas e políticas que buscavam

explicações sobre o espaço e a sociedade. Temas relacionados à produção, formas de medir,

organização do estado, produtividade agrícola, recursos minerais, crescimento populacional,

extensão dos territórios e outros, eram considerados questões importantes que mereciam

indagações científicas.

Page 130: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

130

Neste contexto do imperialismo do século XIX, surgiram muitas sociedades geográficas

apoiadas pelas nações desenvolvidas que organizaram expedições científicas rumo á África,

Ásia e América do Sul para conhecer as condições naturais desses continentes e desenvolver

seus interesses de exploração capitalista. Assim sendo, as pesquisas dessas sociedades

geraram o surgimento de escolas de pensamento geográfico como a alemã e francesa.

A escola alemã de pensamento geográfico teve como precursores Humboldt (1769-1859),

Ritter (1779-1859), Ratzel (1844-1904) o fundador da Geografia Científica, a escola francesa

teve como principal representante Vidal de La Blache (1845-1918).

A contribuição teórica destas duas escolas veio explicar o avanço colonialista dos impérios

europeus na partilha da África.

No Brasil o pensamento geográfico esteve presente desde o período colonial através dos

interesses de conhecer e descrever o espaço e a necessidade de mapear a Colônia, localizando

os portos de exportação da produção.

Em 1838 foi criado o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro com o objetivo de realizar

pesquisas e estudos sobre a nação brasileira; no entanto, somente no século XX a Ciência

Geográfica passou a ser considerada efetivamente.

A Geografia do Brasil tornou-se reconhecida, enquanto conhecimento científico, a partir de

1920 com os trabalhos de Delgado de Carvalho, conforme Vlach (1995). Até esta data o

território brasileiro era visto como uma região produtora. Essa idéia passou a representar uma

grave ameaça aos interesses da chamada República Velha, daí a proposta de Delgado de

Carvalho de uma Geografia Científica que caracterizava o Brasil em regiões, tento como

critério a valorização dos seus aspectos físicos.

Segundo Andrade (1987) o ensino e a pesquisa de Geografia no Brasil somente se

concretizaram após a Revolução de 1930, e nesta década foi criado o Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística – IBGE/1930 – a primeira instituição a reconhecer o fazer geográfico

além do objetivo didático, a criação da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB/1934) e a

criação dos primeiros cursos de licenciatura em Geografia (em 1934 na USP, em 1935 na

Page 131: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

131

Universidade do Distrito Federal, no Rio de Janeiro). Até 1956 quando aconteceu o XVIII

Congresso Internacional de Geografia no Rio de Janeiro, o pensamento geográfico do país

esteve sob a influência da escola clássica francesa.

Vale lembrar que a criação do IBGE atendeu os objetivos de bem-estar social e do

nacionalismo econômico do período de 1930 a 1945, fazendo levantamentos de dados

demográficos e informações detalhadas sobre os recursos naturais do país. A atuação do

IBGE neste contexto histórico impulsionou a valorização dos saber geográfico brasileiro

ocorreu no século XIX, através de textos que enfatizavam a descrição do território, sua

dimensão, suas belezas naturais, para as escolas de ensino fundamental.

No Ensino Médio foi o Colégio Pedro II que inseriu pela primeira vez no currículo escolar o

conteúdo designado “princípios da Geografia”. Esses conhecimentos geográficos tinham a

finalidade de reforçar a ideologia nacional, conhecer a área territorial e suas riquezas, difundir

o pensamento das elites sobre o crescimento do país. Esse papel da Geografia no ensino

escolar ampliou as pesquisas da Geografia acadêmica, fortalecendo-a como ciência.

Por muito tempo a Geografia escolar teve um caráter decorativo/enciclopedista voltado para a

descrição do espaço e fortalecimento do nacionalismo. Essas características marcaram o

ensino da Geografia desde o período imperial até os anos 60 do século XX. Portanto, a

Geografia escolar teve papel significativo na consolidação dos Estados Nacionais e no

fortalecimento de governos autoritários, é o caso do Brasil pós-1964.

Após a Segunda Guerra Mundial ocorreram mudanças na ordem mundial, instalou-se a

Guerra Fria, estabelecendo a ordem bipolar da economia (Capitalismo versus Socialismo), a

multinacionalização da indústria, transportes e comunicação, alterando as relações espaço-

tempo. Essas transformações originaram novos enfoques para a análise do espaço geográfico,

resultando a reformulação da temática da Geografia, como por exemplo, a inserção dos

conteúdos relacionados aos problemas sociais e ambientais.

Assim sendo, as mudanças políticas ocorridas no cenário mundial e nacional nas décadas de

70 e 80, fim do socialismo e da ordem bipolar, levaram as novas reformulações do

pensamento geográfico, direcionados para a criticidade no estudo do espaço, fortalecendo as

discussões da geografia com questões sócio-econômicos, sócio-ambientais, culturais. Essas

transformações se refletiram nos fundamentos teórico-metodológicos da disciplina,

Page 132: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

132

contrapondo-se ao método da Geografia Tradicional e propondo uma análise crítica do espaço

geográfico – é a abordagem conhecida como Geografia Crítica ou Geografia Moderna.

O emergente movimento da Geografia Crítica no Brasil realizava embates com as demais

correntes de pensamento: Geografia Clássica, ou Tradicional já referida anteriormente e o

método positivista, Geografia Teo rética e o método neopositivista ou positivista lógico, a

Geografia da Percepção e a Geografia Humanística. Nesses embates eram criticados também,

os vínculos políticos e ideológicos.

No Paraná as discussões sobre a Geografia Crítica ocorreram no final da década de 80 em

debates sobre a reformulação curricular promovidos pela SEED que publicou em 1990 o

Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná – conteúdos básicos das disciplinas do

Ensino Fundamental. Para o 2º Grau foram produzidos documentos nominados

Reestruturação do Ensino de Segundo Grau no Paraná.

A proposta para o Ensino da Geografia nestes documentos baseava-se na compreensão do

espaço geográfico produzido e reproduzido pela sociedade, considerando a dimensão

econômica com destaque nas atividades industriais e agrárias, bem como questões referentes á

urbanização.

Nesta proposta os elementos naturais e humanos do espaço geográfico eram tratados de

maneira fragmentada, cuja metodologia de ensino reduzia-se a observação, descrição e

memorização dos conteúdos. Essa forma de incorporar a Geografia Crítica sofreu avanços e

retrocessos em função do contexto histórico da década de 90, pleno de reformas políticas e

econômicas ligadas ao pensamento neoliberal.

Movimentos mundiais que visavam a Educação como alvo de reformas necessárias para a

formação do trabalhador adequado ás necessidades do capitalismo, e a era informacional,

condicionaram organizações financeiras internacionais, com o Banco Mundial, a efetivar

empréstimos ao Brasil para a implantação de políticas sociais e educacionais que atendessem

as mudanças. Daí a produção e a aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional – LDB nº. 9394/96, a elaboração dos PCNs ou Parâmetros Curriculares Nacionais e

das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.

Page 133: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

133

Os PCNs estabeleciam a reestruturação curricular que valorizava os conteúdos procedimentais

e atitudinais para o Ensino Fundamental ligados ao fazer e ser; bem como o desenvolvimento

das competências para o Ensino Médio.

Devemos aos PCNs a inserção dos temas relacionados ao meio ambiente e questões

multiculturais que ganharam destaque devido às transformações políticas e os consequentes

conflitos étnicos, bem como devido aos avanços da tecnologia de comunicação e informação.

Na verdade, o quadro conceitual de referencia para a Geografia hoje, deve buscar uma

construção teoria-conceitual que auxilie os estudos e a compreensão do espaço geográfico

como se configura no atual momento histórico. Isto exige mais atenção para a formação do

professor que precisa ser estimulado a participar de grupos de estudos, formação continuada e

projetos de pesquisa que a tornem apto a refletir sobre essa disciplina e seu ensino.

Ao longo da história da Geografia lhe foram atribuídos vários objetos de estudo,

especialmente em torno da idéia de que o espaço geográfico é o foco da análise. No entanto,

definir a expressão espaço geográfico, bem como os conceitos básicos da Geografia: lugar,

paisagem, região, território, natureza, sociedade – não é tão simples, pois dependendo da

perspectiva teórica que se aplica, assumem significados políticos diversos. Nesse caso

específico que está tratando, espaço geográfico corresponde ao espaço produzido a apropriado

pela sociedade, formado por objetos naturais, culturais, políticas e econômicas conjugadas e

indissociáveis.

Essas colocações sobre o espaço geográfico, objeto de estudo da Geografia, contribuem para a

leitura crítica das contradições e conflitos, implicam numa alfabetização geográfica. Ou seja,

é necessário ensinar o aluno a ler e interpretar o espaço geográfico, compreender como

ocorrem as relações socioespaciais, como os objetos e as ações se inter-relacionam e

produzem o espaço geográfico. É o chamado olhar geográfico sobre a realidade.

O trabalho pedagógico é fundamental para que o ensino da Geografia contribua com a

formação do aluno capaz de compreender o espaço geográfico nas mais diversas escalas, e,

possa atuar de maneira crítica na produção socioespacial do seu lugar, território, região,

enfim, de seu espaço.

Page 134: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

134

CONTEÚDOS

5ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

CONTEÚDOS BÁSICOS

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico.

As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.

A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos.

A mobilidade populacional e as manifestações sócias espaciais da diversidade cultural

As diversas regionalizações do espaço geográfico

6ªSÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

CONTEÚDOS BÁSICOS

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.

Page 135: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

135

A dinâmica da natureza e sua alteração o pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

As manifestações sócias espaciais da diversidade cultural.

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e indicadores estatísticos.

Movimentos migratórios e suas motivações.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço geográfico.

A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.

7ªSÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

CONTEÚDOS BÁSICOS

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente

americano.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

O comércio em suas implicações socioespaciais.

A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço geográfico.

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

As manifestações sócias espaciais da diversidade cultural.

Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

Page 136: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

136

8ªSÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

CONTEÚDOS BÁSICOS

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

A revolução tecnicocientífico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.

O comércio mundial e as implicações socioespaciais.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos.

As manifestações sócias espaciais da diversidade cultural.

Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re) organização do

espaço geográfico.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.

ENSINO MÉDIO

1º Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

CONTEÚDOS BÁSICOS

Page 137: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

137

A formação e transformação das paisagens.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

2º Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

CONTEÚDOS BÁSICOS

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.

A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

As manifestações sócias espaciais da diversidade cultural.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

3º Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço geográfico

Page 138: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

138

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

CONTEÚDOS BÁSICOS

A revolução técnica científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.

A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização

recente.

A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

O comercio e as implicações socioespaciais.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

As implicações sócias espaciais do processo de mundialização.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

METODOLOGIA

Retomando a importância do papel social e político do ensino da Geografia e as contribuições

dessa disciplina escolar para a formação de um sujeito crítico, capaz de intervir na realidade

propomos metodologias que provoquem discussões e debates, buscando nas leituras e

pesquisas informações que ofereçam embasamento necessário para criar os ambientes de

estudo e estabelecer relações interdisciplinares dos conteúdos geográficos em estudo.

Analisando o espaço geográfico local pela leitura de mapas, imagens e todas as perspectivas

possíveis, alcançar espaços mais amplos, chegando á escala global. Além, dos conteúdos já

mencionados os Desafios Educacionais Contemporâneos também serão oportunizados ao

longo do estudo da disciplina de Geografia, com uso da mídia, relatos de vivencia dos alunos,

utilizando a TV pendrave, debates e outros recursos que são disponibilizados na escola e estão

em conformidade com a DECs e o PPP.

Page 139: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

139

AVALIAÇÃO

A avaliação e recuperação de estudos se desenvolvem conforme estabelece o PPP deste

estabelecimento de ensino e segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, ela

será formativa, diagnostica e processual. Tendo o cuidado em prevalecer os aspectos

qualitativos sobre os quantitativos e visando acompanhar todas as aquisições que o aluno

realiza seus avanços e conquistas.

Neste contexto, há necessidade de empregar instrumentos diversificados que possibilitem

colher informações sobre o andamento do processo de ensino-aprendizagem em todos os

momentos da vida escolar para diagnosticar os avanços e recuos desse processo, tais como:

• leitura e interpretação de mapas e figuras;

• leitura e interpretação de diferentes textos;

• aulas de campo;

• relatórios;

• pesquisa bibliográfica;

• debates;

• filmes com documentários;

• produção de textos;

• avaliações escritas e orais;

• participação de seminários, entre outros meios.

Os instrumentos diversificados usados para avaliar devem culminar na média bimestral, sendo

que a nota mínima exigida para a aprovação do aluno é 6,0 (seis).

Quanto à recuperação de estudos, extensiva a todos os alunos, representa uma retomada de

estudos paralelos ao longo de todo o período letivo para oportunizar novas experiências

educativas que promovam a evolução do educando em todas as áreas de conhecimento.

REFERÊNCIAS

Page 140: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

140

CALVACANTI, Lara de Souza. Geografia, escola e construção de conhecimentos. Campinas,

SP: Papirus, 1988.

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DE GEOGRAFIA. Secretaria

da Educação do Paraná: 2008. Acesso no site www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

Geografia / vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006.

LACOSTE, Yves. A geografia – Isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. Tradução

Maria Cecília França. Campinas, SP: Papirus, 1988.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL COSTA

E SILVA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO DE CIDADE GAÚCHA/PR

REGIMENTO INTERNO DO COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL COSTA E SILVA –

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO DE CIDADE GAÚCHA/PR

-

DISCIPLINA DE HISTÓRIA

Apresentação da Disciplina

Todos nós somos capazes de contar nossa própria história, como formamos nossa

individualidade por meio das experiências vividas de tudo o que passamos e sentimos pelas

pessoas com quem conversamos pelo que vimos e ouvimos. Pata tanto a história é o estudo

das ações humanas no passado e no presente, ou seja, a “ciência dos homens no tempo” como

defende o historiador Marc Bloch. Com o estudo dessa ciência é possível conhecemos como

as diferentes sociedades se organizavam se relacionavam com a natureza, ou explicavam a

origem do mundo, as doenças, o sofrimento e a morte. Conhecer o passado nos permite

compreender melhor a realidade em que vivemos descobrir os limites, as potencialidades e as

conseqüências dos atos humanos.

Page 141: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

141

Dessa forma, é fundamental analisarmos o ensino de história partindo de diversos contextos

históricos e do processo de constituição do conhecimento histórico, possibilitando a

construção da criticidade.

A História passou a existir como disciplina escolar no Brasil com a criação do Colégio Pedro

II em 1837. No mesmo ano, foi criado o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB),

que instituiu a história como disciplina acadêmica. Os manuais didáticos e as orientações dos

conteúdos a serem ensinados eram elaborados por professores do colégio e tinham influência

da história metódica e do positivismo. Caracterizado pela racionalidade histórica orientado

pela linearidade dos fatos valorizando a política dos heróis, excluindo da história, pessoas

comuns. Esse modelo de ensino de História foi mantido até o início da República.

Em 1901 houve mudanças no currículo o conteúdo de história do Brasil ficou relegado,

dificilmente era tratado nas aulas de história.

O estudo da História do Brasil nos currículos escolares é retomado no Estado Novo (1937 a

1945), no governo de Getúlio Vargas.

Em 1950 ocorre a continuidade da proposta do ensino de Estudos Sociais no ensino do

primeiro grau, por força da Lei 5692/71.

Em 1964, o estudo de História manteve seu caráter estreitamente político, pautado no estudo

de fontes oficiais narrado apenas do ponto de vista factual, o ensino não tinha espaço para

análises criticas e interpretação dos fatos, objetivava formar indivíduos que aceitasse e

valorizassem a organização da pátria. O Estado figurava como sujeito histórico principal

responsável pelos grandes feitos da nação. Neste contexto, o Estado realiza e amplia

Programa de Reorganização Educacional, objetivando controlar as instituições escolares

tendo em vista os interesses políticos - ideológicos do regime.

Nesse contexto a História continuava sendo tratada de modo linear, cronológico e harmônico

conduzido pelos heróis em busca de um ideal de progresso e de nação.

Em 1990 houve a reestruturação do ensino de 2º grau no Paraná onde que apresentava a

retomada da historiografia social ligada ao materialismo histórico – dialético.

Page 142: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

142

Apesar do avanço, os conteúdos ainda passavam por uma listagem, apresentando limitações.

Para o Primeiro grau o conteúdo foi dividido em dois blocos distintos: História do Brasil e

História Geral. A História do Paraná e da América Latina apareciam como estudo de caso,

deslocados dos grandes blocos de conteúdos. Eram apresentados com pouca relevância nos

conteúdos estudados. Essa forma de organização curricular demonstrava dificuldade da

proposta em romper a visão eurocêntrica da história. Esses novos caminhos passaram a se

delinear a partir de 1970.

Durante as reformas educacionais da década de 1990, o ministério da educação divulgou entre

os anos de 1997 a 1999 os PCNs para os ensinos fundamental e médio. Os PCNs para o

ensino médio organizaram o currículo por área de conhecimento e a disciplina de História

fazia parte das ciências humanas e suas tecnologias juntamente com as disciplinas de

Geografia, Sociologia e Filosofia.

Os PCNs foram implementados e garantidos pela LDB/96 que dava autonomia as escolas para

elaborar suas propostas curriculares.

Nos PCNs, a disciplina de História foi apresentada de forma pragmática com a função de

resolver problemas imediatos, próximos ao aluno. Ressaltou-se a relação que o conhecimento

deve ter com a vivencia do educando, sobretudo no contexto do trabalho e do exercício da

cidadania. Essa perceptiva abriu espaço para uma visão presentista da História, porque não se

ocupava em contextualizar os períodos históricos estudados. Além disso, muitos conceitos

referenciais da disciplina foram preteridos em nome da aquisição de competências.

Com a deliberação 14/99 houve uma redução curricular das ciências humanas no Estado do

Paraná alterando a carga horária da disciplina de história. Entretanto, foram incorporadas aos

PCNs, novas metodologias pautadas na pesquisa, documentos, fontes históricas, patrimônio

histórico, etc.

O Ensino Médio apresentou a partir de então uma característica funcionalista pragmática e

presentista dos conteúdos de história. Esta perspectiva se estabelece, na rede pública do

Paraná, até o ano de 2002.

Page 143: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

143

O ano de 2003 ficou marcado pelo início das discussões em torno da elaboração de novas

diretrizes curriculares estaduais. Ressaltando de forma inédita a participação ampla dos

professores. O ensino de história passa apresentar uma abordagem sob perspectiva de inclusão

social. Ocorre um desta que nos seguintes aspectos da Lei nº. 13.381/01, tornando obrigatório

o Ensino de história do Paraná no currículo do Ensino Fundamental e Médio no Estado.

Destacam, também, as Leis 10.639/03 e 11.645/08 incluindo no currículo do Ensino no

currículo oficial a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e História

e Cultura dos povos Indígenas do Brasil respectivamente.

Justificativa

Sendo assim, os conteúdos de história, nesta nova abordagem, tomam como referência

Conteúdos Estruturante com objetivo de aproximar o conhecimento científico ao empírico.

Colocar, desta forma, o aluno em contato com a formação e estruturação da organização

política e econômica sob referencial teórico sustentado na investigação histórica e buscando

uma nova racionalidade. Situar nosso aluno dentro da abordagem histórico critico, que o

capacite a ter opinião sobre o processo que gerou as relações de trabalho, poder e cultura na

sociedade como um todo.

Conteúdos

5ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

CONTEÚDOS BÁSICOS

A experiência humana no tempo

Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo

A cultura local e a cultura comum

Page 144: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

144

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

O trabalho do historiador

O tempo e a história

A evolução do ser humano

A vida humana no paleolítico

O neolítico e a revolução agrícola

A idade dos metais

O surgimento das cidades

O ser humano chega á América

Como viviam os primeiros americanos

O ser humano chega ao Brasil

Como viviam os primeiros habitantes do Brasil

A arte cerâmica e as moradias

Mesopotâmia: o berço da civilização

O Egito e o rio Nilo

Como se governava no Egito antigo

Como vivia a maior parte da população no Egito

A religião e a escrita

China: da formação á era Chang

O cotidiano na China do período Chou

O luxo da dinastia Han

A antiga civilização indiana

A Índia do período védico

Fenícios: um povo navegante

Os hebreus e a terra prometida

Um rei para Israel

A vida em Israel

A formação da civilização grega

A vida política na Grécia

A vida cotidiana na Grécia antiga

A filosofia e a ciência grega

Mito e religião na Grécia

A arte grega

A formação de Roma

Page 145: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

145

A república romana

As guerras de conquista

O império romano

A sociedade e a cultura

Século III: um século

A ruralização da Europa

A divisão do império romano

O império romano Oriente

6ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

CONTEÚDOS BÁSICOS

As relações de propriedade

A constituição histórica do campo e do mundo da cidade

A relação entre o campo e a cidade

Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Saem os romanos, entram os germânicos

O império Franco e a Idade Média

O império Carolíngio e a Igreja Católica

A formação do feudalismo

A sociedade feudal

A economia feudal e sua transformação

A cultura e a ciência na Europa feudal

Os árabes e a Arábia

O nascimento do Islamismo

A consolidação do Islamismo

Page 146: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

146

A sociedade muçulmana

A África dos grandes reinos

A África das sociedades tribais

China, o império da prosperidade

O crescimento do comércio das eidades

A saúde pública

A peste negra e as revoltas camponesas

A formação das monarquias nacionais

O saber e as artes

A Europa na baixa Idade Média

O renascimento

O humanismo

A reforma protestante

A contra-reforma

Europa: comércio, riqueza e poder

Europa: nobre e mercantil

A expansão marítima portuguesa

A expansão marítima espanhola

América: terra de grandes civilizações

A civilização asteca

A civilização inca

A conquista espanhola

A colonização espanhola na América

As atividades econômicas na América

A administração da América portuguesa

Colonização do Paraná

Distribuição das culturas indígenas no Paraná

A economia açucareira

Nem só de açúcar vivia a colônia

A vida nos engenhos

Escravidão: captura resistência e luta

Trocas e conflitos

A União Ibérica e a invasão holandesa

O fim da União Ibérica

Page 147: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

147

A conquista do sertão

As missões jesuíticas

Crise e rebeliões na colônia

7ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

CONTEÚDOS BÁSICOS

A história das relações da humanidade com o trabalho

O trabalho e a vida em sociedade

O trabalho e as contradições da modernidade

Os trabalhadores e as conquistas de direito

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

O absolutismo

O absolutismo inglês

As revoluções inglesas

A vida cotidiana da América do Norte

A descoberta e a exploração do ouro

Portugal e o ouro brasileiro

O crescimento do mercado interno e a vida urbana

A vida cotidiana nas cidades

A revolução industrial

A revolução industrial começou na Inglaterra

Do artesanato á maquinofatura

As cidades industriais e a vida operária

As lutas operárias e os sindicatos

A era da ilustração

A independência dos Estados Unidos

A França antes da Revolução

Page 148: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

148

A Revolução Francesa

Do terror á reação termidoriana

Napoleão Bonaparte no poder

O império napoleônico

Os americanos lutam por liberdade

México livre

O Brasil sob regras do pacto colonial

A crise do antigo sistema colonial

O Brasil se torna sede do reino português

A independência do Brasil

O primeiro reinado

O fim do primeiro reinado

A Europa das revoluções

A unificação da Itália e da Alemanha

Estados Unidos: a guerra de secessão

Propostas de transformação social

Novas formas de ver o mundo

O período regencial

O fim do período regencial

O segundo reinado

A expansão cafeeira no Brasil e no Paraná

A abolição do tráfico negreiro

Os imigrantes no Brasil e no Paraná

8ªSÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

CONTEÚDOS BÁSICOS

A constituição das instituições sociais

A formação do Estado

Page 149: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

149

Sujeitos, guerras e revoluções

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Segunda revolução industrial

As novas tecnologias

A era dos impérios

O surgimento da sociedade de massas

Da cultura erudita á cultura de massa

A questão escravista no Brasil imperial

A Proclamação da República no Brasil

A República: dos militares ás oligarquias

A guerra de Canudos

A guerra do Contestado

A industrialização e o crescimento das cidades

O movimento operário na primeira República

Reforma e revoltas na capital

Antes da guerra

A guerra e seus resultados

A Rússia dos czares

A revolução socialista na Rússia

A arte e a cultura na Europa dos anos 1920

Os anos 1920, a crise e o New Deal

Os regimes autoritários tomam conta da Europa

Uma experiência dolorosa: o nazismo alemão

A Segunda Guerra Mundial: antecedentes

A eclosão da guerra: o avanço do Eixo

O avanço dos aliados

Revolução de 1930 e o governo provisório

O governo constitucional de Getúlio Vargas

O Estado Novo

Educação e propaganda na Era Vargas

A era do rádio

A Guerra Fria

Indústria cultural e esportes

Page 150: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

150

O Estado do bem-estar social

A descolonização da África

A revolução na Ásia

A questão judaico-palestina

Revolução e ditadura na América Latina

O Brasil depois de 1945

Os anos dourados

O governo João Goulart o golpe de 1964

O fim das liberdades democráticas

Repressão e abertura

A redemocratização e o governo Sarney

O fim da União Soviética

O fim do socialismo no Leste europeu

A nova ordem mundial

A globalização e seus efeitos

O planeta pede socorro

O Brasil na nova ordem mundial

Um balanço do Brasil contemporâneo

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

CONTEÚDOS BÁSICOS

Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e Trabalho Livre

Urbanização e industrialização

O Estado e as relações de poder

Os sujeitos, as revoltas e as guerras

Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções

Page 151: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

151

Cultura e religiosidade

Obs.: os conteúdos básicos serão os mesmos para os três anos.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1° ANO DO ENSINO MÉDIO

A Historia como ciência

O estudo de História e o alvorecer do homem

As sociedades orientais: Egito, Mesopotâmia, Hebreus, Fenícios, Persas, China e Japão

As sociedades africanas

A sociedade grega

A sociedade romana

O Sistema Feudal

As Cruzadas e o renascimento comercial e urbano

O declínio do Feudalismo

As Grandes Navegações

Renascimento

Reforma e Contra-Reforma

Absolutismo

A América Pré-Colombiana

Uma História da África

Formação da América Portuguesa

A ocupação do território paranaense

Portugal e o Brasil – base econômica

Invasão do Império Português

União Ibérica

Holandeses no Brasil

A restauração e a nova política colonial

Mineração

A formação da América espanhola

A formação da América inglesa

2° ANO DO ENSINO MÉDIO

Page 152: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

152

O Iluminismo

A Independência dos Estados Unidos

O Pacto colonial português entra em crise

A Revolução Industrial

A Revolução Francesa

A era Napoleônica

A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil e a formação do Estado Nacional brasileiro

A independência da América Espanhola

O Primeiro Reinado

O Período Regencial

O Segundo Reinado

A consolidação dos EUA

Os movimentos políticos e organização operária no século XIX

Nacionalismo e imperialismo

A crise do Império brasileiro

O Paraná no contexto de sua emancipação

Os quilombos e comunidades quilombolas no Paraná

A urbanização e industrialização no Paraná

3º ANO DO ENSINO MÉDIO

A organização da República e a oligarquia cafeeira

Os movimentos sociais na Primeira República

A vacina

O Contestado

O Canudos

O Cangaço

A Revolta da Chibata

O movimento operário

A Primeira Guerra Mundial 1914-1918

A Revolução Russa (1917)

O Capitalismo em crise: crise de 1929

América Latina até meados do século XX

Os governos Totalitários

Page 153: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

153

A Segunda Guerra Mundial 1939-1945

A Era Vargas

República populista

Guerra Fria

Descolonização

Ditadura Militar

O processo de redemocratização do país

José Sarney e o Plano Cruzado

A Constituição de 1988

O Brasil: República Democrática

Ascensão e queda de Fernando Collor de Mello

O governo de Itamar Franco e Plano Real

O governo FHC

O governo Lula

O fim da bipolarização

A questão árabe

Neoliberalismo

Globalização

Sociedade Tecnológica

METODOLOGIA

De acordo com a tendência da Nova Abordagem o ponto de partida do conteúdo de História

poderá fazer uso do conhecimento empírico, porém será conduzido pelo professor à forma

cientifica do conhecimento. Possibilitando a consciência do educando a compreender o

pensamento histórico dos sujeitos.

Partindo do cotidiano, passaremos pelo momento da organização dos saberes fundamentado

pelo conhecimento cientifico.

Para tanto, os recursos áudio visuais tais como: projetor, computador, TV pendrive, livro

didático e técnico, mapas, música, poesias, ícones, etc. são indispensáveis na relação do

processo de ensino aprendizagem de história.

Page 154: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

154

No decorrer do ano letivo os desafios contemporâneos serão incluídos como complemento

dos conteúdos científicos trabalhados.

AVALIAÇÃO

A avaliação e recuperação de estudos ocorrerão em consonância com que estabelece o PPP do

Colégio Estadual Marechal Costa e Silva – Ensino Fundamental e Médio, e as DCEs. Sendo,

portanto, permanente, diagnóstica, construtiva e somatória, prevalecendo os aspectos

qualitativos sobre os quantitativos e visando acompanhar todas as aquisições que o aluno

realiza em seus avanços e conquistas.

Utilizaremos os seguintes instrumentos de avaliação:

• Apresentação de seminários e debates;

Provas diversificadas (objetivas e dissertativas);

Pesquisas individuais e em grupos;

Verificação de questionários, exercícios e tarefas;

Realização de trabalhos;

Exposições orais individuais e em grupos;

Produção de textos sobre temas estudados;

Interpretação de textos;

Debate sobre temas estudados;

Avaliação em grupo;

Solução de problemas propostos individualmente e/ou em grupo.

A recuperação de estudos, extensiva a todos os alunos, representa uma retomada de estudos

paralelos ao longo de todo o período letivo para oportunizar novas experiências educativas

que promovam a evolução do educando em todas as áreas de conhecimento científico.

REFERÊNCIAS

Page 155: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

155

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DE HISTÓRIA. Secretaria da

Educação do Paraná: 2008. Acesso ao site www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO DO COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL COSTA

E SILVA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO DE CIDADE GAÚCHA.

Projeto Araribá: história/obra coletiva, concebida, desenvolvida e produzida pela Editora

Moderna; editora responsável Maria Raquel Apolinário Melani. 1. ed. – São Paulo: Moderna,

2006.

FERREIRA, João Paulo Hidalgo. Nova História integrada: ensino médio: volume único.

Campinas, SP: Com

LINGUA ESTRANGEIRA –ESPANHOL

Apresentação da Disciplina

Em decorrência da organização social, política e econômica ao longo da história, o cenário do

ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do currículo escolar sofreram

constantes mudanças.

A língua materna perde seu papel de mediadora no ensino de língua estrangeira e tem como

princípio fundamental a aprendizagem em constante contato coma a língua em estudo, sem

intervenção da tradução, dessa forma raciocina-se na língua estrangeira.

A Língua Espanhola foi valorizada como língua estrangeira porque representa um modelo de

patriotismo e respeito.

A Língua Estrangeira Moderna norteia-se no princípio de que o desenvolvimento do

educando deve incorrer dentro das práticas discursivas: leitura, oralidade e escrita.

Page 156: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

156

Propõe-se que a aula de língua estrangeira constitua um espaço para que o aluno reconheça e

compreenda a diversidade lingüística e cultural, de modo que se engaje discursivamente e

perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que se vive.

Espera-se que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente

construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social.

A proposta adotada baseia-se na corrente sociológica e nas teorias do Circulo de Bakhtin, para

tanto, é necessário mapear a língua, objeto de estudo da disciplina de Língua Estrangeira, a

partir do quadro teórico de referência e aspectos imbricados no processo discursivo, a saber:

língua e cultura, ideologia e sujeito, discurso e identidade.

Segundo Bakhtin (1988) não há discurso individual, no sentido de que todo discurso se

constrói no processo de interação e em função de um outro. E é no espaço discursivo, criado

na relação do eu e o tu, que os sujeitos se constituem socialmente. Daí a língua estrangeira

apresenta-se como espaço para ampliar o contato com outras formas de conhecer, com outros

procedimentos interpretativos de construção da realidade.

Vivendo em um mundo altamente tecnológico, que gira em torno de várias línguas e sabendo

a importância em conhecer uma ou mais línguas percebeu a necessidade da eficácia do ensino

da LEM, para o aprimoramento global do educando. Busca-se, assim, estabelecer

epistemologicamente os objetivos de ensino de uma Língua Estrangeira e resgatar a função

social e educacional dessa disciplina na Educação Básica.

Por isso, o ensino de língua deve possibilitar ao aluno uma visão de um mundo mais ampla,

considerando as relações que podem ser estabelecidas entre a língua e a inclusão social, pois

contribui para formar alunos críticos e transformadores, além de ser meio de progressão no

trabalho e estudos posteriores.

2. Conteúdos:

1º Ano CELEM.

Page 157: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

157

Conteúdo Estruturante: O discurso como prática social: leitura, oralidade e escrita. O

ensino de Língua Estrangeira contemplará os discursos sociais que a compõem; ou seja,

aqueles manifestados em forma de textos diversos efetivados na prática discursiva.

A leitura, processo de atribuição de sentidos aos textos, estabelece diferentes relações entre o

sujeito e o texto. A perspectiva é de uma leitura crítica com gêneros variados na construção

dos significados possíveis.

Com relação à escrita, não se pode esquecer que ela deve ser vista como uma atividade

sociointeracional, ou seja, significativa, pois, em situações de uso, escreve-se sempre para

alguém, ou um alguém de quem se constrói uma representação, fundamental para a

construção do texto e de sua coerência.

O texto é uma entidade concreta, realizada materialmente e corporificada em um determinado

gênero. O que ele produz, ao se manifestar em alguma instancia discursiva, é o discurso.

Nessa visão, o discurso envolve o texto propriamente dito e os seus aspectos externos, as

condições de produção, ou seja, o contexto sócio-histórico-ideológico no qual foi produzido.

Por isso, a organização de conteúdos específicos não exclui a gramática da sala de aula. Ela

estará subordinada aos usos que se faz da língua estrangeira, ou seja, as formas lingüísticas

serão tratadas de modo contextualizadas.

Conteúdos Básicos:

Em todas as séries serão trabalhados: gêneros textuais; conhecimentos lingüísticos: ortografia,

fonética e fonologia, elementos gramaticais, assim como os conteúdos elencados, estarão

presentes no processo pedagógico e serão trabalhados em grau de profundidade de acordo

com o conhecimento do aluno.

Leitura: Identificação do tema, do argumento principal.; Interpretação observando: conteúdo

veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto; Linguagem formal e informal;

Realização de leitura não linear dos diversos textos.

Page 158: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

158

Oralidade: Variedades lingüísticas; Intelectualidade do texto; Exemplos de pronúncias e do

uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países; Finalidade do texto oral; Elementos

extralingüísticos: entonação, pausas, gestos.

Escrita: Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas

lingüísticas; Clareza das idéias; Adequar o conhecimento adquirido a norma padrão.

Análise Lingüística: Coesão e coerência; Função dos pronomes, artigo, numerais, adjetivos,

palavras interrogativas, substantivos, preposições, verbos, concordância verbal e nominal e

outras categorias como elementos do texto; Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

Acentuação; Vocabulário.

2º Ano CELEM

Leitura: Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários; Interpretação

observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto; As

particularidades do tema, do texto em registro formal e informal; Finalidade do texto; Estética

do texto literário; Realização de leitura não linear dos diversos textos;

Oralidade: Variedades lingüísticas; Intelectualidade do texto; Particularidade de pronúncias

da língua estudada em diferentes países; Finalidade do texto oral; Elementos extralingüísticos:

entonação, pausas, gestos.

Escrita: Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas

lingüísticas; Clareza das idéias; Adequar o conhecimento adquirido a norma padrão;

Paragrafação.

Analise Lingüística:Coerência; Pontuação e seus efeitos de sentido no texto; Acentuação;

Vocabulário; Função dos pronomes, artigo, numerais, adjetivos, palavras interrogativas,

substantivos, preposições, verbos, concordância verbal e nominal e outras categorias como

elementos do texto.

3.Metodologia

Page 159: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

159

As diretrizes propõem direcionar o ensino de Língua Estrangeira Moderna nas escolas da

Rede Pública Estadual do Paraná. As línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer,

expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados.

Propõe-se nas aulas de Língua Estrangeira Moderna que o professor aborde os vários gêneros

textuais, oralidade, leitura e escrita, em atividades diversificadas, analisando a função do

gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação

presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e somente depois de tudo

isso a gramática entre si.

Cabe a cada professor criar condições para o aluno não seja um leitor ingênuo, mas que seja

crítico e que reaja aos diversos textos com que se depare e entenda que por trás deles há um

sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares e próprios da comunidade em que

está inserido e é aí que trabalharemos os problemas contemporâneos, conforme vão surgindo

as necessidades.

Ao interagir com textos diversos, o aluno perceberá que as formas lingüísticas não são sempre

idênticas, não assumem sempre o mesmo significado, mas são flexíveis e variam conforme o

contexto e a situação em que a prática social de uso da língua ocorre. Não se pode esquecer

que a leitura se refere também aos textos não-verbais estejam eles combinados ou não com o

texto verbal. Sendo assim, o ensino deixa de priorizar a gramática para trabalhar com o texto,

sem, no entanto, abandoná-la.

Se não existissem gêneros, se fossem criados pela primeira vez em cada conversa, a

comunicação verbal seria quase impossível (Bakhtin, 1992), portanto, é importante que o

aluno tenha acesso a textos de vários gêneros: publicitários, jornalísticos, literários,

informativos, de opinião etc. Com trabalhos em grupo, pesquisa, debates, discussões,

seminários, estudos dirigidos, estudo de textos, entrevistas, laboratórios escolares, filmes,

musicas, jornais, revistas, atividades auditivas entre outros.

Enfim, todos os recursos didáticos utilizados, inclusive TV, pen drive, laboratório de

informática, DVD, retro – projetores e slides servirão como meios para que seja feita

interpretação individual e coletiva, realizando a compreensão de texto e do contexto, lendo e

entendendo por entrelinhas, enriquecendo a aprendizagem dos alunos.

Page 160: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

160

4.Avaliação.

A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a

função de subsidiar a construção da aprendizagem bem sucedida. A condição necessária para

que isso aconteça é de que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de autoridade,

que decide sobre os destinos do educando, e assuma o papel de auxiliar o crescimento. A

avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna esta articulada aos fundamentos

teóricos explicitados nas Diretrizes e na LDB nº 93 – 94/96.

Os instrumentos diversificados usados para avaliar devem culminar na média bimestral, sendo

que a nota mínima exigida para a aprovação do aluno é 6,0 (seis).

O envolvimento do educando na construção do significado nas práticas discursivas será a base

para o planejamento das avaliações ao longo do processo de aprendizagem. A avaliação da

aprendizagem será constante. O desempenho nas atividades propostas serão analisadas e

consideradas como subsídios para avaliação. Os alunos serão avaliados também por meio de

interpretação de textos escritos, auditivos, leituras, trabalhos de pesquisa, produções de textos,

questões objetivas e subjetivas, debates, seminários (analisando o conteúdo e a oralidade).

A avaliação e recuperação de estudos ocorrerão em consonância com que estabelece o PPP do

Colégio Estadual Mal. Costa e Silva. Sendo portanto permanente, diagnóstica, construtiva e

somatória, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os quantitativos e visando acompanhar

todas as aquisições para que o aluno realize seus avanços e conquistas.

A recuperação de estudos, extensiva a todos os alunos, representa uma retomada de estudos

paralelos ao longo de todo o período letivo promovendo a evolução do educando em todas as

áreas do conhecimento.

Referencias Bibliográficas:

Page 161: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

161

CAZAUX HAYDT, Regina; Avaliação do Processo Ensino-Aprendizagem. Ática – 6ª

edição. São Paulo, 2004.

J. LEFFA, Vilson; A interação na aprendizagem das Línguas. EDUCAT (UCPEL). Pelotas

– RS, 2006. ( Biblioteca do Professor )

SEED PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Curitiba, 2006.

SEED PARANÁ, Livro Didático Público – LEM (Espanhol). Curitiba, 2006.

PASSOS A. VEIGA, Ilma; Projeto Político-Pedagógico da escola – uma construção

possível. Ed. Papirus – 20ª edição, 2005.

ÁNGELES J. GARCÍA; Español sin Fronteras. Ed. Scipione.

ROMANOS E JACIRA; Espanhol Expansión. Ed. FTD.

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA: INGLÊS

Apresentação da Disciplina

Em decorrência da organização social, política e econômica ao longo da história, o cenário do

ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do currículo escolar sofreram

constantes mudanças.

A língua materna perde seu papel de mediadora no ensino de língua estrangeira e tem como

princípio fundamental a aprendizagem em constante contato coma a língua em estudo, sem

intervenção da tradução, dessa forma raciocina-se na língua estrangeira.

A língua inglesa foi valorizada como língua estrangeira porque representa um modelo de

patriotismo e respeito.

Page 162: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

162

A Língua Estrangeira Moderna norteia-se no princípio de que o desenvolvimento do

educando deve incorrer dentro das práticas discursivas: leitura, oralidade e escrita.

Propõe-se que a aula de língua estrangeira constitua um espaço para que o aluno reconheça e

compreenda a diversidade lingüística e cultural, de modo que se engaje discursivamente e

perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que se vive.

Espera-se que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente

construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social.

A proposta adotada baseia-se na corrente sociológica e nas teorias do Circulo de Bakhtin, para

tanto, é necessário mapear a língua, objeto de estudo da disciplina de Língua Estrangeira, a

partir do quadro teórico de referência e aspectos imbricados no processo discursivo, a saber:

língua e cultura, ideologia e sujeito, discurso e identidade.

Segundo Bakhtin (1988) não há discurso individual, no sentido de que todo discurso se

constrói no processo de interação e em função de um outro. E é no espaço discursivo, criado

na relação do eu e o tu, que os sujeitos se constituem socialmente. Daí a língua estrangeira

apresenta-se como espaço para ampliar o contato com outras formas de conhecer, com outros

procedimentos interpretativos de construção da realidade.

Vivendo em um mundo altamente tecnológico, que gira em torno de várias línguas e sabendo

a importância em conhecer uma ou mais línguas percebeu a necessidade da eficácia do ensino

da LEM, para o aprimoramento global do educando. Busca-se, assim, estabelecer

epistemologicamente os objetivos de ensino de uma Língua Estrangeira e resgatar a função

social e educacional dessa disciplina na Educação Básica.

Por isso, o ensino de língua deve possibilitar ao aluno uma visão de um mundo mais ampla,

considerando as relações que podem ser estabelecidas entre a língua e a inclusão social, pois

contribui para formar alunos críticos e transformadores, além de ser meio de progressão no

trabalho e estudos posteriores.

Conteúdo Estruturante: O discurso como prática social:

Page 163: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

163

O ensino de Língua Estrangeira contemplará os discursos sociais que a compõem; ou seja,

aqueles manifestados em forma de textos diversos efetivados na prática discursiva.

A leitura, processo de atribuição de sentidos aos textos, estabelece diferentes relações entre o

sujeito e o texto. A perspectiva é de uma leitura crítica com gêneros variados na construção

dos significados possíveis.

Com relação à escrita, não se pode esquecer que ela deve ser vista como uma atividade

sociointeracional, ou seja, significativa, pois, em situações de uso, escreve-se sempre para

alguém, ou um alguém de quem se constrói uma representação, fundamental para a

construção do texto e de sua coerência.

O texto é uma entidade concreta, realizada materialmente e corporificada em um determinado

gênero. O que ele produz, ao se manifestar em alguma instancia discursiva, é o discurso.

Nessa visão, o discurso envolve o texto propriamente dito e os seus aspectos externos, as

condições de produção, ou seja, o contexto sócio-histórico-ideológico no qual foi produzido.

Por isso, a organização de conteúdos específicos não exclui a gramática da sala de aula. Ela

estará subordinada aos usos que se faz da língua estrangeira, ou seja, as formas lingüísticas

serão tratadas de modo contextualizadas.

Conteúdos Básicos:

Em todas as séries serão trabalhados: gêneros textuais; conhecimentos lingüísticos: ortografia,

fonética e fonologia, elementos gramaticais, assim como os conteúdos elencados, estarão

presentes no processo pedagógico e serão trabalhados em grau de profundidade de acordo

com o conhecimento do aluno.

5ª Série

Leitura: Identificação do tema, do argumento principal; Interpretação observando: conteúdo

veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto; Linguagem não verbal.

Oralidade: Variedades lingüísticas; Intelectualidade do texto; Exemplos de pronúncias e do

uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países.

Page 164: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

164

Escrita: Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas

lingüísticas; Clareza das idéias.

Análise Lingüística: Coesão e coerência; Função dos pronomes, artigo,; numerais, adjetivos,

palavras interrogativas, substantivos, preposições, verbos, concordância verbal e nominal e

outras categorias como elementos do texto; Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

Acentuação; Vocabulário.

LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA

ENSINO FUNDAMENTAL: 5ª SÉRIE /6ª ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTEÚDOS

BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS.

O conteúdo básico “gêneros discursivos”, serão adotados para trabalho com as praticas de

leitura, oralidade e escrita.

LEITURA

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos ( figuras de linguagem );

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos ( como

aspas travessão, e negrito);

Variedade linguística;

Ortografia.

ESCRITA

Page 165: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

165

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade ( informações necessárias para a coerência do texto );

Vozes sociais presentes no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos ( figuras de linguagem );

Marcas linguísticas; particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito );

Variedade linguística;

Ortografia;.

ORALIDADE

Elementos extralinguísticos; entonação, pausas, gestos, etc;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas; coesão, coerência, gírias, repetição;

Diferenças e semelhanças, entre o discurso oral e o escrito;

Adequação da fala ao contexto;

Pronúncia.

LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA

ENSINO FUNDAMENTAL: 6ª SÉRIE /7ª ANO

GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS.

Page 166: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

166

O conteúdo básico “gêneros discursivos”, serão adotados para trabalho com as praticas de

leitura, oralidade e escrita.

LEITURA

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos ( figuras de linguagem );

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos

(como aspas travessão, e negrito);

Variedade linguística

Ortografia.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade ( informações necessárias para a coerência do texto );

Vozes sociais presentes no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos ( figuras de linguagem );

Marcas linguísticas; particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos

(como aspas, travessão, negrito);

Page 167: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

167

Variedade linguística;

Ortografia;

ORALIDADE

Elementos extralinguísticos; entonação, pausas, gestos, etc;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Vozes sociais presentes no texto;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas; coesão, coerência, gírias, repetição;

Diferenças e semelhanças, entre o discurso oral e o escrito;

Adequação da fala ao contexto;

Pronúncia.

6ª Série

Leitura: Identificação do tema, do argumento principal; Interpretação observando: conteúdo

veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto; Linguagem não verbal.

Oralidade: Variedades lingüísticas; Intelectualidade do texto; Exemplos de pronúncias e do

uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países.

Escrita: Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas

lingüísticas; Clareza das idéias; Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.

Análise Lingüística: Coesão e coerência; Função dos pronomes, artigo, numerais, adjetivos,

palavras interrogativas, advérbios, preposições, verbos, substantivos contáveis e incontáveis,

concordância verbal e nominal e outras categorias como elementos do texto; Pontuação e seus

efeitos de sentido no texto; Vocabulário.

LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA

ENSINO FUNDAMENTAL: 7ª SÉRIE /8ª ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

Page 168: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

168

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS.

O conteúdo básico “gêneros discursivos”, serão adotados para trabalho com as praticas de

leitura, oralidade e escrita.

LEITURA

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos ( figuras de linguagem );

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos

( como aspas travessão, e negrito);

Variedade linguística;

Ortografia.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade ( informações necessárias para a coerência do texto );

Vozes sociais presentes no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos ( figuras de linguagem );

Page 169: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

169

Marcas linguísticas; particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos

( como aspas, travessão, negrito );

Variedade linguística;

Ortografia;

ORALIDADE

Elementos extralinguísticos; entonação, pausas, gestos, etc;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Vozes sociais presentes no texto;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas; coesão, coerência, gírias, repetição;

Diferenças e semelhanças, entre o discurso oral e o escrito;

Adequação da fala ao contexto;

Pronúncia.

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS.

O conteúdo básico “gêneros discursivos”, serão adotados para trabalho com as praticas de

leitura, oralidade e escrita.

LEITURA

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Marcadores do discursivo;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Discurso direto e indireto;

Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

Recursos estilísticos ( figuras de linguagem );

Page 170: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

170

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos

( como aspas

travessão, e negrito);

Variedade linguística;

Ortografia.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade ( informações necessárias para a coerência do texto );

Vozes sociais presentes no texto;

Vozes verbais;

Discurso direto e indireto;

Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos ( figuras de linguagem );

Marcas linguísticas; particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos

( como aspas, travessão, negrito );

Variedade linguística;

Ortografia;

.

ORALIDADE

Elementos extralinguísticos; entonação, pausas, gestos, etc;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Vozes sociais presentes no texto;

Page 171: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

171

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas; coesão, coerência, gírias, repetição;

Diferenças e semelhanças, entre o discurso oral e o escrito;

Adequação da fala ao contexto;

Pronúncia.

7ª Série

Leitura: Identificação do tema, do argumento principal; Interpretação observando: conteúdo

veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto; Linguagem não verbal.

Oralidade: Variedades lingüísticas; Intelectualidade do texto; Exemplos de pronúncias e do

uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países.

Escrita: Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas

lingüísticas; Clareza das idéias; Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.

Análise Lingüística: Coesão e coerência; Função dos pronomes, artigo, numerais, adjetivos,

verbos, preposições, advérbios, locuções adverbiais, palavras interrogativas, substantivos

contáveis e incontáveis, question tags, falsos cognatos, conjunções, e outras categorias como

elementos do texto; Pontuação e seus efeitos de sentido no texto; Vocabulário.

LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA

ENSINO FUNDAMENTAL: 8ª SÉRIE /9ª ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS.

O conteúdo básico “gêneros discursivos”, serão adotados para trabalho com as praticas de

leitura, oralidade e escrita.

LEITURA

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Page 172: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

172

Intencionalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos ( figuras de linguagem );

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos ( como

aspas travessão, e negrito);

Variedade linguística;

Ortografia.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade ( informações necessárias para a coerência do texto );

Vozes sociais presentes no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos ( figuras de linguagem );

Marcas linguísticas; particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos ( aspas,

travessão, negrito );

Variedade linguística;

Ortografia;

ORALIDADE

Elementos extralinguísticos; entonação, pausas, gestos, etc;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Page 173: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

173

Vozes sociais presentes no texto;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas; coesão, coerência, gírias, repetição;

Diferenças e semelhanças, entre o discurso oral e o escrito;

Adequação da fala ao contexto;

Pronúncia.

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS.

O conteúdo básico “gêneros discursivos”, serão adotados para trabalho com as praticas de

leitura, oralidade e escrita.

LEITURA

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Marcadores do discursivo;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Discurso direto e indireto;

Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

Recursos estilísticos ( figuras de linguagem );

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos ( como

aspas travessão, e negrito);

Variedade linguística;

Ortografia.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Page 174: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

174

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade ( informações necessárias para a coerência do texto );

Vozes sociais presentes no texto;

Vozes verbais;

Discurso direto e indireto;

Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos ( figuras de linguagem );

Marcas linguísticas; particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos ( como

aspas, travessão, negrito );

Variedade linguística;

Ortografia;

ORALIDADE

Elementos extralinguísticos; entonação, pausas, gestos, etc;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Vozes sociais presentes no texto;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas; coesão, coerência, gírias, repetição;

Diferenças e semelhanças, entre o discurso oral e o escrito;

Adequação da fala ao contexto;

Pronúncia.

8ª Série:

Leitura: Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários; Interpretação

observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto;

Linguagem não verbal; Realização de leitura não linear dos diversos textos.

Page 175: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

175

Oralidade: Variedades lingüísticas; Intelectualidade do texto; Exemplos de pronúncias e do

vocábulo da língua estudada em países diversos.

Escrita: Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas

lingüísticas; Paragrafação; Clareza das idéias; Adequar o conhecimento adquirido à norma

padrão.

Análise Lingüística: Coesão e coerência; Função dos pronomes, artigo, numerais, adjetivos,

verbos, preposições, advérbios, locuções adverbiais, palavras interrogativas, substantivos,

substantivos contáveis e incontáveis, question tags, falsos cognatos, conjunções, verbos

modais, concordância verbal e nominal e outras categorias como elementos do texto;

Pontuação e seus efeitos de sentido no texto; Vocabulário.

LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS

O conteúdo básico “gêneros discursivos”, serão adotados para trabalho com as praticas de

leitura, oralidade e escrita.

LEITURA

* Identificação do tema;

* Intertextualidade;

* Intencionalidade;

* Léxico;

* Coesão e coerência;

* Funções das classes gramaticais no texto;

* Elementos semânticos;

* Recursos estilísticos ( figuras de linguagem);

* Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos ( como aspas,

travessão, negrito);

* Variedade linguística;

Ortografia;

Page 176: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

176

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade ( informações necessárias para a coerência do texto);

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilístico ( figuras de linguagem );

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos ( como aspas,

travessão, negrito);

Variedade linguística;

Ortografia;

ORALIDADE

Elementos extralinguísticos; entonação, pausas, gestos, etc...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas; cesão, coerência, gírias, repetição.

Pronúncia.

Ensino Médio:

Conteúdo Estruturante: O discurso como prática social: leitura, oralidade e escrita.

O ensino de Língua Estrangeira contemplará os discursos sociais que a compõem; ou seja,

aqueles manifestados em forma de textos diversos efetivados na prática discursiva.

Page 177: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

177

A leitura, processo de atribuição de sentidos aos textos, estabelece diferentes relações entre o

sujeito e o texto. A perspectiva é de uma leitura crítica com gêneros variados na construção

dos significados possíveis.

Com relação à escrita, não se pode esquecer que ela deve ser vista como uma atividade

sociointeracional, ou seja, significativa, pois, em situações de uso, escreve-se sempre para

alguém, ou um alguém de quem se constrói uma representação, fundamental para a

construção do texto e de sua coerência.

O texto é uma entidade concreta, realizada materialmente e corporificada em um determinado

gênero. O que ele produz, ao se manifestar em alguma instancia discursiva, é o discurso.

Nessa visão, o discurso envolve o texto propriamente dito e os seus aspectos externos, as

condições de produção, ou seja, o contexto sócio-histórico-ideológico no qual foi produzido.

Por isso, a organização de conteúdos específicos não exclui a gramática da sala de aula. Ela

estará subordinada aos usos que se faz da língua estrangeira, ou seja, as formas lingüísticas

serão tratadas de modo contextualizadas.

Conteúdos Básicos:

Gêneros textuais

Page 178: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

178

ESFERAS SOCIAIS

DE CIRCULAÇÃO

EXEMPLOS DE GÊNEROS

COTIDIANA Adivinhas

Álbum de Família

Anedotas

Bilhetes

Cantigas de Roda

Ca

rta Pessoal

Cartão

Cartão Postal

Causos

Comunicado

Convites

Curriculum Vitae

Diário

Exposição Oral

Fotos

Músicas

Parlendas

Piadas

Provérbios

Quadrinhas

Receitas

Relatos de Experiências

Vividas

Trava-Línguas

LITERÁRIA/ARTÍST

ICA

Autobiografia

Biografias

Contos

Contos de Fadas

Contos de Fadas

Contemporâneos

Crônicas de Ficção

Escultura

Fábulas

Fábulas Contemporâneas

Haicai

Histórias em Quadrinhos

Lendas

Literatura de Cordel

Memórias

Letras de Músicas

Narrativas de Aventura

Narrativas de Enigma

Narrativas de Ficção Científica

Narrativas de Humor

Narrativas de Terror

Narrativas Fantásticas

Narrativas Míticas

Paródias

Pinturas

Poemas

Romances

Tankas

Textos Dramáticos

CIENTÍFICA Artigos

Conferência

Debate

Palestra

Pesquisas

Relato Histórico

Relatório

Resumo

Verbetes

ESCOLAR Ata

Cartazes

Debate Regrado

Diálogo/Discussão

Argumentativa

Exposição Oral

Relato Histórico

Relatório

Relatos de Experiências

Científicas

Resenha

Resumo

Page 179: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

179

ESFERAS SOCIAIS EXEMPLOS DE GÊNEROS DE CIRCULAÇÃO

PUBLICITÁRIA Anúncio

Caricatura

Cartazes

Comercial para TV

E-mail

Folder

Fotos

Slogan

Músicas

Paródia

Placas

Publicidade Comercial

Publicidade Institucional

Publicidade Oficial

Texto Político

POLÍTICA Abaixo-Assinado

Assembleia

Carta de Emprego

Carta de Reclamação

Carta de Solicitação

Debate

Debate Regrado

Discurso Político “de

Palanque”

Fórum

Manifesto

Mesa Redonda

Panfleto

JURÍDICA Boletim de Ocorrência

Constituição Brasileira

Contrato

Declaração de Direitos

Depoimentos

Discurso de Acusação

Discurso de Defesa

Estatutos

Leis

Ofício

Procuração

Regimentos

Regulamentos

Requerimentos

PRODUÇÃO E

CONSUMO

Bulas

Manual Técnico

Placas

Relato Histórico

Relatório

Relatos de Experiências

Científicas

Resenha

Resumo

Seminário

Texto Argumentativo

Texto de Opinião

Verbetes de Enciclopédias

Page 180: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

180

MIDIÁTICA Blog

Chat

Desenho Animado

E-mail

Entrevista

Filmes

Fotoblog

Home Page

Reality Show

Talk Show

Telejornal

Telenovelas

Torpedos

Vídeo Clip

Vídeo Conferência

3.Metodologia

As diretrizes propõem direcionar o ensino de Língua Estrangeira Moderna nas escolas da

Rede Pública Estadual do Paraná. As línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer,

expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados.

Propõe-se nas aulas de Língua Estrangeira Moderna que o professor aborde os vários gêneros

textuais, oralidade, leitura e escrita, em atividades diversificadas, analisando a função do

gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação

presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e somente depois de tudo

isso a gramática entre si.

Cabe a cada professor criar condições para que o aluno não seja um leitor ingênuo, mas que

seja crítico e que reaja aos diversos textos com que se depare e entenda que por trás deles há

um sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares e próprios da comunidade em

que está inserido e é aí que trabalharemos os problemas contemporâneos, conforme vão

surgindo as necessidades.

Ao interagir com textos diversos, o aluno perceberá que as formas lingüísticas não são sempre

idênticas, não assumem sempre o mesmo significado, mas são flexíveis e variam conforme o

contexto e a situação em que a prática social de uso da língua ocorre. Não se pode esquecer

que a leitura se refere também aos textos não-verbais estejam eles combinados ou não com o

texto verbal. Sendo assim, o ensino deixa de priorizar a gramática para trabalhar com o texto,

sem, no entanto, abandoná-la.

Page 181: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

181

Se não existissem gêneros, se fossem criados pela primeira vez em cada conversa, a

comunicação verbal seria quase impossível (Bakhtin, 1992), portanto, é importante que o

aluno tenha acesso a textos de vários gêneros: publicitários, jornalísticos, literários,

informativos, de opinião etc. Com trabalhos em grupo, pesquisa, debates, discussões,

seminários, estudos dirigidos, estudo de textos, entrevistas, laboratórios escolares, filmes,

musicas, jornais, revistas, atividades auditivas entre outros.

Enfim, todos os recursos didáticos utilizados, inclusive TV, pen drive, laboratório de

informática, DVD, retro – projetores e slides servirão como meios para que seja feita

interpretação individual e coletiva, realizando a compreensão de texto e do contexto, lendo e

entendendo por entrelinhas, enriquecendo a aprendizagem dos alunos.

4.Avaliação.

A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a

função de subsidiar a construção da aprendizagem bem sucedida. A condição necessária para

que isso aconteça é de que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de autoridade,

que decide sobre os destinos do educando, e assuma o papel de auxiliar o crescimento. A

avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna esta articulada aos fundamentos

teóricos explicitados nas Diretrizes e na LDB nº 93 – 94/96.

Os instrumentos diversificados usados para avaliar devem culminar na média bimestral, sendo

que a nota mínima exigida para a aprovação do aluno é 6,0 (seis).

O envolvimento do educando na construção do significado nas práticas discursivas será a base

para o planejamento das avaliações ao longo do processo de aprendizagem. A avaliação da

aprendizagem será constante. O desempenho nas atividades propostas serão analisadas e

consideradas como subsídios para avaliação. Os alunos serão avaliados também por meio de

interpretação de textos escritos, auditivos, leituras, trabalhos de pesquisa, produções de textos,

questões objetivas e subjetivas, debates, seminários (analisando o conteúdo e a oralidade).

A avaliação e recuperação de estudos ocorrerão em consonância com que estabelece o PPP do

Colégio Estadual Mal. Costa e Silva. Sendo portanto permanente, diagnóstica, construtiva e

Page 182: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

182

somatória, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os quantitativos e visando acompanhar

todas as aquisições para que o aluno realize seus avanços e conquistas.

A recuperação de estudos, extensiva a todos os alunos, representa uma retomada de estudos

paralelos ao longo de todo o período letivo promovendo a evolução do educando em todas as

áreas do conhecimento.

Referencias Bibliográficas:

CAZAUX HAYDT, Regina; Avaliação do Processo Ensino-Aprendizagem. Ática – 6ª

edição. São Paulo, 2004.

J. LEFFA, Vilson; A interação na aprendizagem das Línguas. EDUCAT (UCPEL). Pelotas

– RS, 2006. ( Biblioteca do Professor )

SEED PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Curitiba, 2008.

SEED PARANÁ, Livro Didático Público – LEM (Espanhol). Curitiba, 2006.

PASSOS A. VEIGA, Ilma; Projeto Político-Pedagógico da escola – uma construção

possível. Ed. Papirus – 20ª edição, 2005.

AMOS EDUARDO, PRESCHER ELISABETH, PASCOALIN ERNESTO; New our way.

1ª, 2ª, 3ª e 4º volume

LÍNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO

Enquanto disciplina escolar, a Língua Portuguesa integrou o Currículo Escolar no século XIX,

porém a formação do professor desta disciplina se deu nos anos 30 do século XX.

Page 183: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

183

No período colonial não havia uma educação em moldes institucionais, e sim a partir de

práticas restritas à alfabetização, determinadas mais pelo caráter político, social e de

organização e controle de classes do que pelo pedagógico. Após foi institucionalizada como

disciplina, mas moldada ao Ensino Latim, somente para os que tinham acesso à escolarização.

Embora tenha havido um grande avanço acerca do ensino da Língua, pode-se perceber que a

maioria dos professores apropriou-se dos novos conceitos, mas a prática ainda permanece

enfocada nos primórdios do ensino da Língua.

A concepção geral desta Proposta Pedagógica Curricular parte do princípio de que o ensino de

Português, tanto no Ensino Fundamental como no Médio, deve estar voltado para a formação

de um cidadão autônomo, capaz de interagir com a realidade do momento em que vive. Hoje,

com a transformação e a velocidade com que se disseminam informações, é essencial o papel

que nossa disciplina desempenha na educação formal do indivíduo, já que a linguagem

permeia todas as atividades humanas, em todas as esferas sociais. É por essa razão que o

aluno deve ser levado a ler nas mais diferentes situações de trabalho, seja na construção de

conhecimentos lingüísticos ou na produção de textos.

Os fundamentos que alicerçam os novos posicionamentos sobre o Ensino da Língua

Portuguesa e Literatura requerem novas práticas, estruturando-se numa perspectiva

interacionista de linguagem sócio-histórica (BATHIN). Assim, entende-se que a língua é

organizada pelas atividades dialógicas dos falantes/ouvintes e escritores/leitores de maneira

dinâmica, de acordo com as intenções ideológicas de cada comunidade sócio/cultural

construída historicamente pela humanidade. É pela linguagem que os homens se comunicam e

têm acesso à informação, expressam e defendem pontos de vista, atuam sobre o interlocutor,

partilham ou constroem visões de mundo, ou seja, produzem cultura. De acordo com esse

enfoque, vimos a necessidade do domínio da linguagem como condição necessária para que o

aluno tenha oportunidade de participar plenamente de sua sociedade.

Nesse sentido, em diferentes momentos, a reflexão sobre a Língua Portuguesa enfatiza a

possibilidade de o falante valer-se do uso de discursos formais e informais, dependendo de

sua intenção e situação. Dessa forma, mais do que ensinar aos alunos imposições de regras

clássicas da gramática normativa, procura-se mostrar os aspectos que precisam ser

organizados em função da necessidade apresentada no momento de produção da língua oral e

Page 184: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

184

escrita. É através da Oralidade, Leitura e Escrita que poderemos ajustar os significados

positivos no processo da aprendizagem.

CONTEÚDOS

Os conteúdos, existentes nesta Proposta Pedagógica Curricular, oferece ao aluno condições

para que se aproprie dos diferentes tipos de discurso e de uma variedade de gêneros e textos,

de modo a ampliar a sua competência leitora e escritora, participando das práticas sociais,

realizando escolhas de acordo com as situações da Oralidade, Leitura e Escrita. Os

Conteúdos Estruturantes obedecem às regras das Diretrizes Curriculares, tendo o Discurso

enquanto Prática Social.

APRESENTAÇÃO

Enquanto disciplina escolar, a Língua Portuguesa integrou o Currículo Escolar no século XIX,

porém a formação do professor desta disciplina se deu nos anos 30 do século XX.

No período colonial não havia uma educação em moldes institucionais, e sim a partir de

práticas restritas à alfabetização, determinadas mais pelo caráter político, social e de

organização e controle de classes do que pelo pedagógico. Após foi institucionalizada como

disciplina, mas moldada ao Ensino Latim, somente para os que tinham acesso à escolarização.

Embora tenha havido um grande avanço acerca do ensino da Língua, pode-se perceber que a

maioria dos professores apropriou-se dos novos conceitos, mas a prática ainda permanece

enfocada nos primórdios do ensino da Língua.

A concepção geral desta Proposta Pedagógica Curricular parte do princípio de que o ensino de

Português, tanto no Ensino Fundamental como no Médio, deve estar voltado para a formação

de um cidadão autônomo, capaz de interagir com a realidade do momento em que vive. Hoje,

com a transformação e a velocidade com que se disseminam informações, é essencial o papel

que nossa disciplina desempenha na educação formal do indivíduo, já que a linguagem

permeia todas as atividades humanas, em todas as esferas sociais. É por essa razão que o

aluno deve ser levado a ler nas mais diferentes situações de trabalho, seja na construção de

conhecimentos lingüísticos ou na produção de textos.

Page 185: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

185

Os fundamentos que alicerçam os novos posicionamentos sobre o Ensino da Língua

Portuguesa e Literatura requerem novas práticas, estruturando-se numa perspectiva

interacionista de linguagem sócio-histórica (BATHIN). Assim, entende-se que a língua é

organizada pelas atividades dialógicas dos falantes/ouvintes e escritores/leitores de maneira

dinâmica, de acordo com as intenções ideológicas de cada comunidade sócio/cultural

construída historicamente pela humanidade. É pela linguagem que os homens se comunicam e

têm acesso à informação, expressam e defendem pontos de vista, atuam sobre o interlocutor,

partilham ou constroem visões de mundo, ou seja, produzem cultura. De acordo com esse

enfoque, vimos a necessidade do domínio da linguagem como condição necessária para que o

aluno tenha oportunidade de participar plenamente de sua sociedade.

Nesse sentido, em diferentes momentos, a reflexão sobre a Língua Portuguesa enfatiza a

possibilidade de o falante valer-se do uso de discursos formais e informais, dependendo de

sua intenção e situação. Dessa forma, mais do que ensinar aos alunos imposições de regras

clássicas da gramática normativa, procura-se mostrar os aspectos que precisam ser

organizados em função da necessidade apresentada no momento de produção da língua oral e

escrita. É através da Oralidade, Leitura e Escrita que poderemos ajustar os significados

positivos no processo da aprendizagem.

CONTEÚDOS

Os conteúdos, existentes nesta Proposta Pedagógica Curricular, oferece ao aluno condições

para que se aproprie dos diferentes tipos de discurso e de uma variedade de gêneros e textos,

de modo a ampliar a sua competência leitora e escritora, participando das práticas sociais,

realizando escolhas de acordo com as situações da Oralidade, Leitura e Escrita. Os

Conteúdos Estruturantes obedecem às regras das Diretrizes Curriculares, tendo o Discurso

enquanto Prática Social.

5ª SÉRIE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Page 186: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

186

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados

como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.

Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o

Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho

Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de

complexidade adequado a cada uma das séries.

*Vide relação dos gêneros ao final deste documento

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade;

• Argumentos do texto;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Léxico;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

ESCRITA

• Contexto de produção;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Argumentatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Divisão do texto em parágrafos;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica;

Page 187: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

187

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Argumentos;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos

ABORDAGEM TEÓRICO METODOLÓGICA

LEITURA

É importante que o professor:

• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;

• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

• Encaminhe discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;

• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;

• Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos,

imagens, mapas, e outros;

• Relacione o tema com o contexto atual;

• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.

ESCRITA

É importante que o professor:

• Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero,

da finalidade;

• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;

• Acompanhe a produção do texto;

Page 188: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

188

• Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que

compõem o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de aventura, observar se há o narrador,

quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete a uma aventura, etc.);

• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se

atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;

• Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos.

ORALIDADE

É importante que o professor:

• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos;

• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu

uso formal e informal;

• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos

extralinguísticos, como entonação, pausas, expressão facial e outros;

• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de

desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.

AVALIAÇÃO

LEITURA

Espera-se que o aluno:

• Identifique o tema;

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Localize informações explícitas no texto;

• Posicione-se argumentativamente;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

• Amplie seu léxico;

• Identifique a ideia principal do texto.

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

Page 189: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

189

• Expresse as ideias com clareza;

• Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo:

− às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);

− à continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo,

pronome, numeral, substantivo, etc.

ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

• Utilize discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);

• Apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade;

• Compreenda argumentos no discurso do outro;

• Explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos, etc;

• Respeite os turnos de fala.

6ª SÉRIE

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados

como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.

Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o

Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho

Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de

complexidade adequado a cada uma das séries.

*Vide relação dos gêneros ao final deste documento

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

Page 190: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

190

• Finalidade do texto;

• Argumentos do texto;

• Contexto de produção;

• Intertextualidade;

• Informações explícitas e implícitas;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Repetição proposital de palavras;

• Léxico;

• Ambiguidade;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspa, travessão, negrito), figuras de linguagem.

ESCRITA

• Contexto de produção;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspa, travessão, negrito), figuras de linguagem

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

Page 191: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

191

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Semântica.

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

LEITURA

É importante que o professor:

• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, ampliando também o

léxico;

• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;

• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

• Encaminhe discussões sobre: tema e intenções;

• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;

• Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos,

imagens, mapas,e outros;

• Relacione o tema com o contexto atual, com as diferentes possibilidades de sentido

(ambiguidade) e com outros textos;

• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.

ESCRITA

É importante que o professor:

• Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero,

da finalidade;

• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;

• Acompanhe a produção do texto;

• Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que

compõem o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de enigma, observar se há o narrador,

quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete a um mistério, etc.);

• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se

atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;

• Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos.

Page 192: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

192

ORALIDADE

É importante que o professor:

• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos;

• Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;

• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu

uso formal e informal;

• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos

extralinguísticos, como entonação, pausas, expressão facial e outros.

• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de

desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.

AVALIAÇÃO

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

• Expresse suas ideias com clareza;

• Elabore textos atendendo:

- às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);

- à continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo,

pronome, substantivo, etc.

ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);

• Apresente suas ideias com clareza;

• Expresse oralmente suas ideias de modo fluente e adequado ao gênero proposto;

• Compreenda os argumentos no discurso do outro;

• Exponha objetivamente seus argumentos;

• Organize a sequência de sua fala;

Page 193: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

193

• Respeite os turnos de fala;

• Analise os argumentos dos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros

orais trabalhados; Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc.

7ª SÉRIE

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados

como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.

Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o

Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho

Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de

complexidade adequado a cada uma das séries.

*Vide relação dos gêneros ao final deste documento

LEITURA

Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Intencionalidade do texto;

• Argumentos do texto;

• Contexto de produção;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Semântica:

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- sentido figurado;

Page 194: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

194

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Intencionalidade do texto;

• Informatividade;

• Contexto de produção;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

• Concordância verbal e nominal;

• Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação

do texto;

• Semântica:

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- significado das palavras;

- sentido figurado;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Argumentos;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas

...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

Page 195: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

195

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Elementos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

LEITURA

É importante que o professor:

• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;

• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

• Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade,

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade;

• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;

• Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos,

imagens, mapas, e outros;

• Relacione o tema com o contexto atual;

• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;

• Instigue a identificação e reflexão dos sentidos de palavras e/ou expressões figuradas,

bem como de expressões que denotam ironia e humor;

• Promova a percepção de recursos utilizados para determinar causa e consequência

entre as partes e elementos do texto.

ESCRITA

É importante que o professor:

• Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero,

da finalidade;

• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;

• Acompanhe a produção do texto;

• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se

atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;

• Estimule o uso de figuras de linguagem no texto;

Page 196: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

196

• Incentive a utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos

do texto;

• Proporcione o entendimento do papel sintático e estilístico dos pronomes na

organização, retomadas e sequenciação do texto;

• Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que

compõem o gênero (por exemplo: se for uma notícia, observar se o fato relatado é relevante,

se apresenta dados coerentes, se a linguagem é própria do suporte (ex. jornal), se traz vozes de

autoridade, etc.).

• Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos.

ORALIDADE

É importante que o professor:

• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a:

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;

• Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e

sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu

uso formal e informal;

• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos

extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;

• Propicie análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes como

jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a ideologia dos discursos

dessas esferas;

• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de

desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.

8ª SÉRIE

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS

Page 197: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

197

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados

como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.

Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o

Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho

Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de

complexidade adequado a cada uma das séries.

*Vide relação dos gêneros ao final deste documento

LEITURA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Intencionalidade do texto;

• Argumentos do texto;

• Contexto de produção;

• Intertextualidade;

• Discurso ideológico presente no texto;;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial no texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

• Semântica:

• - operadores argumentativos;

- polissemia;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Intencionalidade do texto;

• Informatividade;

• Contexto de produção;

Page 198: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

198

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial no texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;

• Sintaxe de concordância;

• Sintaxe de regência;

• Processo de formação de palavras;

• Vícios de linguagem;

• Semântica:

- operadores argumentativos;

- modalizadores;

- polissemia.

ORALIDADE

• Conteúdo temático ;

• Finalidade;

• Argumentos;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas

...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;

• Semântica;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Page 199: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

199

LEITURA

É importante que o professor:

• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;

• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

• Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade,

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia ;

• Proporcione análises para estabelecer a referência textual;

• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;

• Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos,

imagens, mapas e outros;

• Relacione o tema com o contexto atual;

• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;

• Instigue o entendimento/reflexão das palavras em sentido figurado;

• Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, que é próprio de cada

gênero;

• Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência

entre as partes e elementos do texto;

• Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas.

ESCRITA

É importante que o professor:

• Planeje a produção textual a partir: da delimitação tema, do interlocutor, finalidade,

intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade

e ideologia;

• Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência

textual;

• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;

• Acompanhe a produção do texto;

• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se

atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;

• Estimule o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem

como de expressões que denotam ironia e humor;figuras de linguagem no texto;

Page 200: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

200

• Incentive a utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos

do texto;

• Conduza a utilização adequada das partículas conectivas;

• Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que

compõem o gênero (por exemplo: se for uma crônica, verificar se a temática está relacionada

ao cotidiano, se há relações estabelecidas entre os personagens, o local, o tempo em que a

história acontece, etc.);

• Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos.

ORALIDADE

É importante que o professor:

• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a:

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade finalidade do texto;

• Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e

sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu

uso formal e informal;

• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos

extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;

• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de

desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.

AVALIAÇÃO

LEITURA

Espera-se que o aluno:

• Realize leitura compreensiva do texto e das partículas conectivas;

• Localize informações explícitas e implícitas no texto;

• Posicione-se argumentativamente;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

• Amplie seu léxico;

• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

Page 201: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

201

• Identifique a ideia principal do texto;

• Analise as intenções do autor;

• Identifique o tema;

• Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;

• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido

conotativo e denotativo;

• Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e

elementos do texto;

• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;

• Reconheça o estilo, próprio de diferentes gêneros.

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

• Expresse ideias com clareza;

• Elabore textos atendendo:

- às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);

- à continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo,

pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.;

• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;

• Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do

texto;

• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial.

ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);

• Apresente ideias com clareza;

• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;

• Compreenda argumentos no discurso do outro;

• Exponha objetivamente argumentos;

Page 202: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

202

• Organize a sequência da fala;

• Respeite os turnos de fala;

• Analise os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos

gêneros orais trabalhados;

• Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.;

• Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação

nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos;

• Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,

entrevistas, reportagem entre outros.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados

como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.

Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o

Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho

Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de

complexidade adequado a cada uma das séries.

*Vide relação dos gêneros ao final deste documento

LEITURA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto ;

• Intencionalidade;

• Argumentos do texto;

• Contexto de produção;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

Page 203: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

203

• Discurso ideológico presente no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Contexto de produção da obra literária;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

• Progressão referencial;

• Partículas conectivas do texto;

• Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;

• Semântica:

- operadores argumentativos;

- modalizadores;

- figuras de linguagem.

ESCRITA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade;

• Informatividade;

• Contexto de produção;

• Intertextualidade;

• Referência textual;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Ideologia presente no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Progressão referencial;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Semântica:

- operadores argumentativos;

- modalizadores;

- figuras de linguagem;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;

• Vícios de linguagem;

Page 204: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

204

• Sintaxe de concordância;

• Sintaxe de regência.

ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Intencionalidade;

• Argumentos;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas

...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Elementos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

LEITURA

É importante que o professor:

• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;

• Formule questionamentos que possibilitem inferências a partir de pistas textuais;

• Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade,

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;

• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; referente à

obra literária, explore os estilos do autor, da época, situe o momento de produção da obra e

dialogue com o momento atual, bem como com outras áreas do conhecimento;

• Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos,

imagens, mapas e outros;

• Relacione o tema com o contexto atual;

Page 205: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

205

• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;

• Instigue o entendimento/reflexão das palavras em sentido figurado;

• Estimule leituras que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de cada

gênero;

• Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência

entre as partes e elementos do texto;

• Proporcione análises para estabelecer a progressão referencial do texto;

• Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas.

ESCRITA

É importante que o professor:

• Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, intenções,

contexto de produção do gênero;

• Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência

textual;

• Conduza a utilização adequada dos conectivos;

• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;

• Acompanhe a produção do texto;

• Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo;

• Estimule produções que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de cada

gênero;

• Incentive a utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos

do texto;

• Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que

compõe o gênero (por exemplo: se for um artigo de opinião, observar se há uma questão

problema, se apresenta defesa de argumentos, se a linguagem está apropriada, se há

continuidade temática, etc.);

• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se

atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;

• Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos.

ORALIDADE

É importante que o professor:

Page 206: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

206

• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a:

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;

• Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e

sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu

uso formal e informal;

• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos

extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas e outros;

• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como seminários,

telejornais, entrevistas, reportagens, entre outros;

• Propicie análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes como

jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a ideologia dos discursos

dessas esferas.

AVALIAÇÃO

LEITURA

Espera-se que o aluno:

• Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não-verbais;

• Localize informações explícitas e implícitas no texto;

• Produza inferências a partir de pistas textuais;

• Posicione-se argumentativamente;

• Amplie seu léxico;

• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

• Identifique a ideia principal do texto;

• Analise as intenções do autor;

• Identifique o tema;

• Referente à obra literária, amplie seu horizonte de expectativas, perceba os diferentes

estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o contexto histórico atual;

• Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;

• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido

conotativo;

Page 207: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

207

• Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e

elementos do texto;

• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;

• Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

• Expresse ideias com clareza;

• Elabore textos atendendo:

- às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);

- à continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade,

etc.;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo,

pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.;

• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;

• Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos;

• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;

• Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.

ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

• Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);

• Apresente ideias com clareza;

• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;

• Compreenda os argumentos do discurso do outro;

• Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas ideias;

• Organize a sequência da fala de modo que as informações não se percam;

• Respeite os turnos de fala;

• Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas em suas

apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;

Page 208: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

208

• Contra-argumente ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas

redondas, diálogos, discussões, etc.;

• Utilize de forma intencional e consciente expressões faciais, corporais e gestuais,

pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.

*TABELA DE GÊNEROS CONFORME AS ESFERAS DE CIRCULAÇÃO

ESFERAS SOCIAIS

DE CIRCULAÇÃO GÊNEROS DISCURSIVOS

Cotidiana

Adivinhas

Álbum de Família

Anedotas

Bilhetes

Cantigas de Roda

Carta Pessoal

Cartão

Cartão Postal

Causos

Comunicado

Convites

Curriculum Vitae

Diário

Exposição Oral

Fotos

Músicas

Parlendas

Piadas

Provérbios

Quadrinhas

Receitas

Relatos de Experiências Vividas

Trava-Línguas

Literária/

Artística

Autobiografia

Biografias

Contos

Contos de Fadas

Contos de Fadas

Contemporâneos

Crônicas de Ficção

Escultura

Fábulas

Fábulas Contemporâneas

Haicai

Histórias em Quadrinhos

Letras de Músicas

Narrativas de Aventura

Narrativas de Enigma

Narrativas de Ficção Científica

Narrativas de Humor

Narrativas de Terror

Narrativas Fantásticas

Narrativas Míticas

Paródias

Pinturas

Poemas

Romances

Page 209: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

209

Lendas

Literatura de Cordel

Memórias

Tankas

Textos Dramáticos

Escolar

Ata

Cartazes

Debate Regrado

Diálogo/Discussão

Argumentativa

Exposição Oral

Júri Simulado

Mapas

Palestra

Pesquisas

Relato Histórico

Relatório

Relatos de Experiências

Científicas

Resenha

Resumo

Seminário

Texto Argumentativo

Texto de Opinião

Verbetes de Enciclopédias

Imprensa

Agenda Cultural

Anúncio de Emprego

Artigo de Opinião

Caricatura

Carta ao Leitor

Carta do Leitor

Cartum

Charge

Classificados

Crônica Jornalística

Editorial

Entrevista (oral e escrita)

Fotos

Horóscopo

Infográfico

Manchete

Mapas

Mesa Redonda

Notícia

Reportagens

Resenha Crítica

Sinopses de Filmes

Tiras

Publicitária

Anúncio

Caricatura

Cartazes

Comercial para TV

E-mail

Folder

Fotos

Slogan

Músicas

Paródia

Placas

Publicidade Comercial

Publicidade Institucional

Publicidade Oficial

Texto Político

Page 210: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

210

Política

Abaixo-Assinado

Assembleia

Carta de Emprego

Carta de Reclamação

Carta de Solicitação

Debate

Debate Regrado

Discurso Político “de Palanque”

Fórum

Manifesto

Mesa Redonda

Panfleto

Jurídica

Boletim de Ocorrência

Constituição Brasileira

Contrato

Declaração de Direitos

Depoimentos

Discurso de Acusação

Discurso de Defesa

Estatutos

Leis

Ofício

Procuração

Regimentos

Regulamentos

Requerimentos

Produção e Consumo

Bulas

Manual Técnico

Placas

Regras de Jogo

Rótulos/Embalagens

Midiática

Blog

Chat

Desenho Animado

E-mail

Entrevista

Filmes

Fotoblog

Home Page

Reality Show

Talk Show

Telejornal

Telenovelas

Torpedos

Vídeo Clip

Vídeo Conferência

ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial,

2003.

______. Muito além da Gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São

Paulo: Parábola, 2007.

Page 211: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

211

BARBOSA, Jaqueline Peixoto. Trabalhando com os gêneros do discurso: uma perspectiva

enunciativa para o ensino da Língua Portuguesa. Tese (Doutorado em Linguística) Aplicada

ao Ensino de Línguas, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2001.

BAKHTIN, Michail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. de Michel

Lahud e Yara Frateschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999.

______. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS/RECURSOS DIDÁTICOS E

TECNOLOGIAS

O Ensino da Língua Portuguesa será desenvolvido através da Oralidade , Leitura,

Interpretação, Análise Lingüística e a Literatura.

A Oralidade será trabalhada através de debates, teatros, exposição de idéias, relatos,

seminários, observando a expressão oral, de cada aluno, incentivando-o expressar-se com

clareza, coerência, sequência de idéias, de forma crítica e adequação no discurso em

diferentes interlocutores e situações.

Na Leitura e Interpretação serão realizadas diferentes tipologias textuais, oportunizando aulas

na biblioteca, projetos de leitura, contatos com dicionários, jornais, filmes, leituras de vários

gêneros, como fábulas, contos, crônicas, poemas, poesias, revistas, gibis e outro.

A Escrita fará parte diária das atividades, como aulas expositivas sobre o uso da língua,

destacando os tipos de linguagem, como: a gíria, fala regional, coloquial e padrão, por meio

de ortografia, debates, pesquisas, regras da língua portuguesa, utilizando variados tipos de

textos e reestruturações individuais e coletivas das produções. As produções textuais serão

enriquecidas através de filmes, músicas, charges e desenhos feitos pelos alunos.

A Análise Lingüística, será destacada dentro dos trabalhos literários e produções textuais, as

mais variadas formas de estudo.

Page 212: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

212

Na Literatura, será estudado o conhecimento através de trabalhos em grupos e/ou individual

através de pesquisas, estudos no livro didático, aulas expositivas e atividades de literatura,

destacando-se pela formalidade d língua (padrão e coloquial), uso de verbos, concordâncias e

ortografia.

Enfim, todos os recursos didáticos utilizados, inclusive TV pendrive, laboratório de

informática, DVD, retro-projetores e slides servirão como meios para que sejam feitas

interpretação individuais e coletivas, realizando a compreensão do texto e do contexto, lendo

e entendendo por entrelinhas.

AVALIAÇÃO

A avaliação na disciplina de Língua Portuguesa tem como principal foco o processo ensino-

aprendizagem, descrevendo, mensurando, estabelecendo critérios, atribuindo valor,

construindo significados.

O rendimento escolar do aluno será analisado em tempo contínuo com prevalência dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos, de acordo com os objetivos propostos no PPP

deste Estabelecimento de Ensino. A avaliação será contínua e sistemática visando

acompanhar as aquisições sucessivas que o aluno realiza, considerando seus avanços a

conquistar.

A formalização da avaliação será bimestral. A nota mínima exigida para aprovação do aluno é

6,0 (seis vírgula zero),

A recuperação de conteúdos será de forma paralela a uma prática avaliativa mediadora, com a

intenção de promover a evolução do aluno em todas as áreas do seu desenvolvimento. Estudos

paralelos terão por significados, gradativos desafios e tarefas articuladas e complementares às

etapas anteriores, visando o entendimento e riqueza em seus argumentos.

Com o uso da Língua Oral e Escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados

continuamente, pois efetuam operações com a linguagem e refletem sobre as diferentes

Page 213: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

213

possibilidades de uma Língua, o que lhe permite, de modo gradativo chegar à almejada

proficiência em leitura e escrita, ao letramento.

A Oralidade será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes

interlocutores e situações, verificando a participação do aluno nos diálogos, relatos e

discussões, a clareza que ele mostra em expor suas idéias, a fluência da sua fala, o seu

desembaraço, a argumentação que apresenta ao defender seus pontos de vista.

Ao ser avaliada a Leitura, deve-se considerar as estratégias que os estudantes empregaram em

seu decorrer, a compreensão do texto lido, o sentido construído, sua reflexão e sua resposta ao

texto, propondo-se questões abertas, discussões, debate e outras atividades que permitam

avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.

É preciso, que na Escrita, veja o texto do aluno como uma fase do Processo de Produção,

nunca como um produto final. Na produção textual, os critérios e parâmetros de avaliação

devem estar bem claros e definidos para o aluno, que precisa estar inserido em contextos reais

de interação comunicativa. A partir daí que os textos serão avaliados nos seus aspectos

textuais e gramaticais.

Como é no texto (fala e escrita) que a língua se manifesta em todos os seus aspectos

discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais, os Elementos Lingüísticos usados nas

produções dos alunos precisam ser avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada. Na

Avaliação, devem ser respeitadas as diferenças e a promoção de uma ação pedagógica de

qualidade a todos os alunos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOSI, Alfredo. História C. da Leitura Brasileira.

CEREJA, Willian Roberto. Português Linguagens (5ª,6ª,7ª,8ª séries), Editora Moderna, 1ª

edição. São Paulo 2006.

CHANOSKI, Gusso. Rumo ao Letramento, Curitiba. Editora Base 2002.

Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – DCE

(2006).

Page 214: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

214

Diretrizes Curriculares de Ensino de Português para o Ensino Fundamental – Secretaria do

Estado de Educação – Julho (2006) – SEED/PR-

FARACO, Carlos Alberto – Português: Língua e Cultura, Editora Base

FARACO, Moura – Gramática, Editora Ática,2001.

FERREIRA, Gilvan – Falando a Mesma Língua, Editora Ática.

FRACOLLA, Ana Santos Fer., Araci – Lendo e Interferindo. São Paulo, Moderna 1999.

LEI Nº 10.639 de 09 de janeiro de 2003.

MAIA, João Domingues – Língua Portuguesa (Volume Único), Editora Ática.

PROJETO ARARIBÁ – Português (5ª,6ª,7ª,8ª séries), Editora Saraiva – PNLEM, 5ª edição,

São Paulo 2005.

SARGENTINI, Hermínio. Redação no Ensino Médio, São Paulo. Ed. Moderna.

SIQUEIRA, Bortolim – Curso Completo de Português, Cultrix 1994.

TERRA, Ernani – Minigramática, São Paulo Scipone S/D.

TUFANO, Douglas – Gram

ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial,

2003.

______. Muito além da Gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São

Paulo: Parábola, 2007.

BARBOSA, Jaqueline Peixoto. Trabalhando com os gêneros do discurso: uma perspectiva

enunciativa para o ensino da Língua Portuguesa. Tese (Doutorado em Linguística) Aplicada

ao Ensino de Línguas, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2001.

BAKHTIN, Michail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. de Michel

Lahud e Yara Frateschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999.

______. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS/RECURSOS DIDÁTICOS E

TECNOLOGIAS

O Ensino da Língua Portuguesa será desenvolvido através da Oralidade , Leitura,

Interpretação, Análise Lingüística e a Literatura.

A Oralidade será trabalhada através de debates, teatros, exposição de idéias, relatos,

seminários, observando a expressão oral, de cada aluno, incentivando-o expressar-se com

Page 215: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

215

clareza, coerência, sequência de idéias, de forma crítica e adequação no discurso em

diferentes interlocutores e situações.

Na Leitura e Interpretação serão realizadas diferentes tipologias textuais, oportunizando aulas

na biblioteca, projetos de leitura, contatos com dicionários, jornais, filmes, leituras de vários

gêneros, como fábulas, contos, crônicas, poemas, poesias, revistas, gibis e outro.

A Escrita fará parte diária das atividades, como aulas expositivas sobre o uso da língua,

destacando os tipos de linguagem, como: a gíria, fala regional, coloquial e padrão, por meio

de ortografia, debates, pesquisas, regras da língua portuguesa, utilizando variados tipos de

textos e reestruturações individuais e coletivas das produções. As produções textuais serão

enriquecidas através de filmes, músicas, charges e desenhos feitos pelos alunos.

Análise Lingüística, será destacada dentro dos trabalhos literários e produções textuais, as

mais variadas formas de estudo.

Na Literatura, será estudado o conhecimento através de trabalhos em grupos e/ou individual

através de pesquisas, estudos no livro didático, aulas expositivas e atividades de literatura,

destacando-se pela formalidade d língua (padrão e coloquial), uso de verbos, concordâncias e

ortografia.

Enfim, todos os recursos didáticos utilizados, inclusive TV pendrive, laboratório de

informática, DVD, retro-projetores e slides servirão como meios para que sejam feitas

interpretação individuais e coletivas, realizando a compreensão do texto e do contexto, lendo

e entendendo por entrelinhas.

AVALIAÇÃO

A avaliação na disciplina de Língua Portuguesa tem como principal foco o processo ensino-

aprendizagem, descrevendo, mensurando, estabelecendo critérios, atribuindo valor,

construindo significados.

Page 216: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

216

O rendimento escolar do aluno será analisado em tempo contínuo com prevalência dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos, de acordo com os objetivos propostos no PPP

deste Estabelecimento de Ensino. A avaliação será contínua e sistemática visando

acompanhar as aquisições sucessivas que o aluno realiza, considerando seus avanços a

conquistar.

A formalização da avaliação será bimestral. A nota mínima exigida para aprovação do aluno é

6,0 (seis vírgula zero),

A recuperação de conteúdos será de forma paralela a uma prática avaliativa mediadora, com a

intenção de promover a evolução do aluno em todas as áreas do seu desenvolvimento. Estudos

paralelos terão por significados, gradativos desafios e tarefas articuladas e complementares às

etapas anteriores, visando o entendimento e riqueza em seus argumentos.

Com o uso da Língua Oral e Escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados

continuamente, pois efetuam operações com a linguagem e refletem sobre as diferentes

possibilidades de uma Língua, o que lhe permite, de modo gradativo chegar à almejada

proficiência em leitura e escrita, ao letramento.

A Oralidade será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes

interlocutores e situações, verificando a participação do aluno nos diálogos, relatos e

discussões, a clareza que ele mostra em expor suas idéias, a fluência da sua fala, o seu

desembaraço, a argumentação que apresenta ao defender seus pontos de vista.

Ao ser avaliada a Leitura, deve-se considerar as estratégias que os estudantes empregaram em

seu decorrer, a compreensão do texto lido, o sentido construído, sua reflexão e sua resposta ao

texto, propondo-se questões abertas, discussões, debate e outras atividades que permitam

avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.

É preciso, que na Escrita, veja o texto do aluno como uma fase do Processo de Produção,

nunca como um produto final. Na produção textual, os critérios e parâmetros de avaliação

devem estar bem claros e definidos para o aluno, que precisa estar inserido em contextos reais

de interação comunicativa. A partir daí que os textos serão avaliados nos seus aspectos

textuais e gramaticais.

Page 217: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

217

Como é no texto (fala e escrita) que a língua se manifesta em todos os seus aspectos

discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais, os Elementos Lingüísticos usados nas

produções dos alunos precisam ser avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada. Na

Avaliação, devem ser respeitadas as diferenças e a promoção de uma ação pedagógica de

qualidade a todos os alunos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOSI, Alfredo – História C. da Leitura Brasileira.

CEREJA, Willian Roberto – Português Linguagens (5ª,6ª,7ª,8ª séries), Editora Moderna, 1ª

edição. São Paulo 2006.

CHANOSKI, Gusso – Rumo ao Letramento, Curitiba. Editora Base 2002.

Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná –

DCE (2006).

Diretrizes Curriculares de Ensino de Português para o Ensino Fundamental – Secretaria

do Estado de Educação – Julho (2006) – SEED/PR-

FARACO, Carlos Alberto – Português: Língua e Cultura, Editora Base

FARACO, Moura – Gramática, Editora Ática,2001.

FERREIRA, Gilvan – Falando a Mesma Língua, Editora Ática.

FRACOLLA, Ana Santos Fer., Araci – Lendo e Interferindo. São Paulo, Moderna 1999.

LEI Nº 10.639 de 09 de janeiro de 2003.

MAIA, João Domingues – Língua Portuguesa (Volume Único), Editora Ática.

PROJETO ARARIBÁ – Português (5ª,6ª,7ª,8ª séries), Editora Saraiva – PNLEM, 5ª edição,

São Paulo 2005.

SARGENTINI, Hermínio – Redação no Ensino Médio, São Paulo. Ed. Moderna.

SIQUEIRA, Bortolim – Curso Completo de Português, Cultrix 1994.

TERRA, Ernani – Minigramática, São Paulo Scipone S/D.

TUFANO, Douglas – Gram

MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Page 218: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

218

Se a Matemática foi criada, inventada ou descoberta, não sabemos, mas sabemos que muitos

séculos antes de Cristo ela já se entreverava entre Babilônios e Egípcios, diga-se de passagem,

muito pouco explorada, mas trazia conceitos básicos em diferentes áreas. Naturalmente cada

região desenvolveu um ramo da Matemática, por exemplo, os gregos não se identificaram

com números irracionais e por certo se desviaram da álgebra, mas deram atenção especial a

geometria. Com os árabes foi diferente, ouve maior crescimento justamente na área da álgebra

e da aritmética.

E assim a Matemática foi evoluindo séculos após séculos, se ramificando com outras

disciplinas, principalmente a Física onde era muito explorada e cúmplice ao mesmo tempo,

pois graças a essas situações de cumplicidade é que surge o cálculo diferencial e a geometria

analítica, dando um novo impulso à disciplina.

As idéias matemáticas comparecem em toda a evolução da humanidade, definindo estratégias

de ação para lidar com o ambiente, criando e desenhando instrumentos para esse fim,

buscando explicações sobre os fatos e fenômenos da natureza e para a própria existência

humana.

Comecemos a observar o mundo em que vivemos hoje, as comunicações instantâneas, em voz

e imagem que estão disponíveis a qualquer ponto do planeta, aviões sofisticados, naves

espaciais que vasculham o sistema solar, equipamentos eletrônicos na área da medicina, das

plantas e animais, energia elétrica, ondas magnéticas, moléculas, átomos: tudo como base a

Matemática, desde as experiências mais simples às descobertas mais esplêndidas a disciplina

deixou sua marca.

Não é só pela capacidade de resolver problemas por meio de teorias e equações que a

Matemática torna-se vital ao mundo moderno, ela tem grande utilidade ao mundo da

economia, da administração de empresas, na liderança de grupos e a própria tomada de

decisões. Na área de juristas e advogados, por exemplo, ela se mostra presente

desempenhando um papel fundamental ao raciocínio lógico dedutivo ao defender suas teses.

Os meios de transportes estão, a cada dia, mais presentes em nossas vidas. Sua importância

em nosso dia-a-dia trouxe a necessidade de novas tecnologias que os tornem mais seguros,

eficientes e menos poluentes. Só com a ajuda da Matemática foi possível construir o primeiro

Page 219: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

219

motor, o primeiro trem, o primeiro metrô. Organizar os dados sobre o fluxo de veículos nos

milhares de cruzamentos das grandes cidades, determinar o melhor tempo para abrir e fechar

cada sinal de trânsito, os minutos entre a chegada e a partida de cada voo, são tarefas difíceis

demais que não poderiam ser feitas sem a Matemática e os computadores.

Em todos os momentos da história e em todas as civilizações, as idéias matemáticas estão

presentes em todas as formas de fazer e de saber. Mas então porque não dizer que a

Matemática também é um campo que pode ser estudado apenas pelos prazeres que

proporciona ao espírito, independentemente da inquestionável utilidade?

Em busca de tentativas para atingir os objetivos do ensino da Matemática procuramos

enfatizar em nossa prática docente uma concepção que aborde a proposição de teorias e

metodologias que possibilitem ao aluno a compreensão de conceitos dando-lhes significados e

a condição de estabelecerem relações com experiências já vistas anteriormente. Tenta-se

aplicar um processo de ensino, voltado para a construção dos conceitos e significados aos

conteúdos matemáticos. Entretanto, muitas vezes caímos em contradição em relação a alguns

conteúdos, apresentando-os através de demonstração de seus respectivos desenvolvimentos,

pois na maioria das vezes o próprio aluno anseia pela resolução de situações-problemas pela

maneira mais rápida, desistindo da tentativa da construção dos próprios conceitos.

O professor em sua prática poderá fazer uso de recursos metodológicos variados tais como:

modelagem matemática, Etnomatemática, resolução de problemas, jogos, recursos

tecnológicos, história da Matemática e desenvolvimento de projetos que aproximem a teoria e

a prática, para que o aluno possa associar o conhecimento matemático aos diversos contextos

sociais, históricos e culturais.

Os conteúdos trabalhados de forma não linear, proporcionam ao aluno a possibilidade de

desenvolver a capacidade de observar, pensar, estabelecer relações, analisar, interpretar,

estimar, justificar, argumentar, verificar, generalizar, concluir e abstrair. Dessa forma, serão

estimuladas no aluno a intuição, analogia e as formas de raciocínio indutivo e dedutivo.

Ao abordar os conteúdos estruturantes de Matemática é importante entender a especificidade

de cada conteúdo. Entretanto, estes não devem ser trabalhados de maneira isolada, pois é na

Page 220: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

220

inter-relação entre os conteúdos que as idéias matemáticas e o vocabulário matemático

ganham significado.

Algumas propostas de como abordar os conteúdos específicos que contemplam a inter-relação

e articulação entre eles: ao trabalhar Geometria é também importante levar em consideração

os conhecimentos que o aluno traz de sua cultura, esses conhecimentos podem ser tomados

como ponto de partida para o ensino de conteúdos específicos; os estudos relativos a noções

de estatísticas, possibilidade e análise combinatória permitem que o aluno compreenda e

interprete as informações, ou seja, realize a análise, emita opiniões, tire conclusões, perceba

irregularidades e compreenda o contexto científico-social inserido nelas; é importante que o

aluno utilize a linguagem matemática da informação – coleta de dados, tabelas, gráficos,

porcentagens, na produção de seus textos e, ao mesmo tempo, saiba analisar esta linguagem

nos textos que circulam socialmente.

Com essas e outras relações pretendemos que os alunos alarguem suas perspectivas, não

vejam na Matemática sucessão de temas isolados e estanques e percebam a sua relevância e

utilidade dentro e fora do contexto escolar.

Os conteúdos estruturantes da Matemática procuram dar uniformidade aos conteúdos

específicos, organizando-os de uma forma didática para apresentá-los. No entanto, em sala de

aula o professor dará uma conotação articulada, trabalhando-os em relações que podem ser

estabelecidas com contextos históricos, sociais e culturais.

É necessário que o aluno compreenda, interprete e analise as informações que recebe a todo o

momento, sabendo emitir opiniões, concluir, perceber regularidades e irregularidades para

compreender o contexto científico-social contemporâneo.

Através da linguagem da informação o aluno amplia as possibilidades de compreender a

dinâmica da sociedade, expressa na linguagem gráfica por meio de dados, e, refletir sobre o

mundo sócio-econômico que o rodeia.

CONTEÚDOS:

Page 221: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

221

O trabalho em sala de aula será feito de modo articulado; ou seja, sob os pressupostos teóricos

das Diretrizes Curriculares de Matemática, não é coerente trabalhar medidas sem os números,

geometria sem as medidas, álgebra e tratamento da informação sem números, medidas e

geometria, e assim por diante.

O professor fará a articulação entre os conteúdos estruturantes:

SÉRIE/

ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

SÉRIE/

ANO

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

Sistema de numeração;

Números naturais;

Múltiplos e divisores;

Potenciação e radiciação;

Números fracionários;

Números decimais

GRANDEZAS E

MEDIDAS

Medidas de comprimento;

Medidas de massa;

Medidas de área;

Medidas de Volume;

Medidas de tempo;

Medidas de ângulos;

Sistema monetário.

GEOMETRIAS Geometria Plana;

Geometria espacial.

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

Dados, tabelas e gráficos;

Porcentagem.

SÉRIE/

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

Números inteiros;

Números racionais;

Equação e Inequação do 1º grau;

Razão e proporção;

Regra de três simples.

GRANDEZAS Medidas de temperatura;

Page 222: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

222

ANO

E MEDIDAS Medidas de ângulos.

GEOMETRIAS

Geometria Plana;

Geometria espacial;

Geometrias não-Euclidianas.

TRATAMENTO

DA

INFORMAÇÃO

Pesquisa estatística;

Média aritmética;

Moda e mediana; e Juros Simples.

SÉRIE/

ANO

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

Números racionais e irracionais;

Sistemas de equações do 1º grau;

Potencias;

Monômios e polinômios;

Produtos notáveis.

GRANDEZAS

E

MEDIDAS

Medidas de comprimento;

Medidas de área;

Medidas de volume;

Medidas de ângulos.

GEOMETRIAS

Geometria plana;

Geometria espacial;

Geometria analítica;

Geometrias não-Euclidianas.

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

Gráfico e informação;

População e amostra.

SÉRIE/

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

Números reais;

Propriedade dos radicais;

Equação do 2ª grau;

Teorema de Pitágoras;

Equações irracionais;

Equações Biquadradas;

Regra de três composta.

GRANDEZAS E

MEDIDAS

Relações métricas no triangulo retângulo;

Trigonometria no triangulo retângulo.

FUNÇÕES Noção intuitiva de função afim;

Page 223: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

223

ANO Noção intuitiva de função quadrática.

GEOMETRIAS

Geometria plana;

Geometria espacial;

Geometria analítica;

Geometrias não-Euclidianas.

TRATAMENTO DA

FORMAÇÃO

Noções de análise combinatória;

Noções de probabilidade;

Estatística;

Juros compostos.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

Números reais;

Números complexos;

Sistemas lineares;

Matrizes e determinantes;

Polinômios;

Equações e inequações, exponenciais,

logarítmicas e modulares.

GRANDEZAS E

MEDIDAS

Medidas de áreas;

Medidas de volume;

Medidas de grandezas vetoriais;

Medidas de informática;

Medidas de energia;

Trigonometria.

Função afim;

Função quadrática;

Função polinomial;

Função exponencial;

Page 224: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

224

FUNÇÕES

Função logarítmica;

Função trigonométrica;

Função modular;

Progressão aritmética;

Progressão geométrica.

GEOMETRIAS

Geometria plana;

Geometria espacial;

Geometria analítica;

Geometria não-Euclidiana.

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

Análise combinatória;

Binômio de Newton;

Estudo das probabilidades;

Estatísticas;

Matemática financeira.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO.

Desenvolver uma busca lógica do raciocínio para a defesa de sua opinião e avaliação do ponto

de vista apresentado por um colega.

Buscar a construção do conceito matemático, através de situações reais, levando o aluno a ter

consciência de que já possui certo conhecimento.

Realizar um trabalho construtivo com erros, encarando-os como parte integrante da

elaboração do saber matemático, o qual necessita passar por fases de ensaios e erros, por

confrontações e por justificações que levam à reformulação do raciocínio e do processo de

resolução.

Em matemática, é importante o predomínio da realização de exercícios a partir da exposição

elaborada pelo educador, buscando respostas.

Page 225: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

225

Trabalharemos os conteúdos em forma de problemas, elaborando conceitos básicos, um

desafio à reflexão do aluno, para efeito no desenvolvimento do raciocínio lógico em todos os

movimentos de análise, abstração, síntese e generalização.

Idealizar a harmonia do papel matemática para a sua compreensão e modificação do indivíduo

e sua evolução. Tomando como exemplo o triangulo que deixa de representar a realidade da

pirâmide para nascer como uma figura geométrica autônoma: a matemática deixa de lado os

objetos reais para lidar com os ideais.

Na disciplina de Matemática também serão relatados a história e a cultura Afro-Brasileira e

Africana, o direito dos negros se reconhecendo como cultura nacional, expressando-se através

da sua luta pela superação. Dentro de conteúdos far-se-á uso de dados referentes à

discriminação racial, a cotas nas Universidades, as diferentes etnias, fazendo-se sempre a

comparação passado /presente.

É tarefa de todo educador discutir e mostrar como foi a luta pela superação do racismo e da

discriminação racial, independente de sua etnia racial, crença religiosa ou posição política, à

medida que o conteúdo possibilitar essa inter-relação.

Os recursos tecnológicos podem ser utilizados como elemento de apoio para o ensino,

também como ferramenta para o desenvolvimento de habilidades. Os jogos também

possibilitam desenvolver diferentes habilidades, promovem o ensino em “fazer sem

imposição”, pois levam o aluno a compreender regras, elaborar estratégias e desenvolver o

raciocínio.

Em resumo, os conteúdos serão desenvolvidos através de:

Conversação professor-aluno;

Demonstração e prática de exercícios;

Uso do livro didático e paradidáticos para a resolução de atividades;

Explicações orais com desenvolvimento das atividades no quadro de giz;

Utilização de vídeos relacionados à disciplina;

Page 226: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

226

Utilização do computador para exploração de softwares educativos e

complementares;

Pesquisas em livros, revistas, jornais, no comércio de acordo com o conteúdo

trabalhado;

Trabalhos em grupo;

Trabalhos envolvendo leitura e interpretação de textos matemáticos;

Quebra-cabeças que consideravelmente é uma ótima estratégia de aproximar

o aluno a conteúdos que por eles são deixados de lado.

Jogos diversificados que serve na elaboração de estratégias e busca de

resoluções;

Uso de material concreto como calculadora, balança, fita métrica, régua,

compasso, computador, etc., para o desenvolvimento de atividades.

AVALIAÇÃO:

O aluno será permanentemente acompanhado pelo professor no processo de

ensino/aprendizagem, pois se entende a avaliação como um processo contínuo e diagnóstico.

Para avaliarmos aspectos importantes, como o desenvolvimento e as mudanças de raciocínio

utilizando os saberes adquiridos, diversificam-se as formas e instrumento de avaliação. É

fundamental que reflitamos, ao máximo, a diversidade listada a seguir para que esteja em

consonância com a proposta apresentada. São elas:

Observação do desenvolvimento do aluno;

Avaliação coerente, dinâmica e constante, oportunizando a fixação e a automação

dos conteúdos já dominados. O professor deve explorar questões que envolva conceitos e

algoritmos de forma clara.

Prova escrita,

Avaliação oral;

Relatórios de atividades em grupo ou individuais;

Trabalhos de pesquisa e tarefas feitas em casa.

Tarefas realizadas em classe.

Atividades em grupo (resolução de problemas e exercícios) escritos ou orais;

Page 227: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

227

Concluindo, a avaliação do processo de aquisição e construção do conhecimento pode ser

efetivamente realizada ao solicitar ao aluno que interprete situações determinadas, cujo

entendimento demanda os conceitos que estão sendo apreendidos, ou seja, que interprete uma

história, uma figura, um texto um problema ou experimento. São situações que também

induzem a realizar comparações, estabelecer relações, executar determinadas formas de

registro, entre outros procedimentos que desenvolveu no transcorrer de sua aprendizagem.

A recuperação se dará da seguinte forma:

Revisão dos conteúdos com metodologia diferenciada daquela usada anteriormente com ajuda

de outros autores, consulta de novos livros, para que os alunos possam revisar de forma

diversificada, e se possível de maneira mais concreta e menos teórica.

Buscar na mídia recortes de filmes que venham complementar e de certa forma tornar mais

interessante o tema a ser recuperado. Em outras palavras abordar o mesmo assunto por

“ângulos” diferentes.

REFERÊNCIAS

AMBRÓSIO, Ubiratan. Etnomatemática. Belo Horizonte - Editora Autêntica, 2005.

ANDRINI, Álvaro, VASCONCELLOS, Maria José. Praticando Matemática. Brasil. 1ª ed.

São Paulo, 2002.

Apostila do Professor: Colégio Nobel. Liceu Editora.

DANTE, Luiz Roberto. Tudo é matemática. Ática, São Paulo, 2005.

Filho, Benigno Barreto e Silva, Cláudio Xavier. Matemática: aula por aula. Volume Único –

Ensino Médio. São Paulo: FTD, 2000.

GIOVANNI José Ruy, JÚNIOR, Giovanni José Ruy. Matemática Pensar e Descobrir o mais

novo. FTD, 1 ed. São Paulo, 2002.

Giovanni, José Ruy, Castrucci Benedito e Giovanni Júnior, José Ruy. A Conquista da

Matemática – Nova. São Paulo: FTD, 1998.

GIOVANNI, José Ruy; GIOVANNY Jr, José Ruy; BONJORNO, José Roberto. Matemática

Fundamental - Uma nova Abordagem. Editora FTD, 2002.

________________. Matemática Completa. Editora FTD, 2002.

Page 228: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

228

MATEMÁTICA, Sociedade Brasileira de Revista do professor de Matemática 2005/2006.

______________. A Conquista da Matemática – Nova. São Paulo: FTD, 1998.

GRASSESCHI, Maria Cecília Castro et alii. PROMAT: projeto oficina de matemática. São

Paulo: FTD, 1999.

GUELLI, Oscar. Matemática - Série Brasil. Editora Ática, 2003.

IEZZI, Gelson, Dolce, Osvaldo, Machado, Antônio. Matemática e Realidade. São Paulo:

Atual, 1984.

IMENES, Luiz Márcio Pereira & Lellis, Marcelo. Matemática. São Paulo: Scipione, 1997.

JAKUBOVIC, José & Lellis, Marcelo. Matemática na Medida Certa. São Paulo: Scipione,

1994.

AMBRÓSIO, Ubiratan. Etnomatemática. Belo Horizonte - Editora Autêntica, 2005.

Matemática/vários autores. _ Curitiba: SEED_PR, 2006.

Orientações Curriculares para o Ensino Médio, Ciências da Natureza, Matemática e suas

Tecnologias, vol. 2, pp 69 –96.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática.

Curitiba, 2008

Proposta Político-Pedagógica do Colégio Estadual Marechal Costa e Silva. Cidade Gaúcha,

2006.

Regimento Escolar do Colégio Estadual Marechal Costa e Silva. Cidade Gaúcha, 2006.

Revista do Professor de Matemática. São Paulo, SBM,1998.

SANTOS, Carlos Alberto Marcondes dos, et Al. Matemática. Volume Único: Novo Ensino

Médio. São Paulo: Ática, 2000.

SANTOS, Carlos Alberto Marcondes dos; GENTIL, Nelson; GRECO , Sérgio Emilio.

Matemática: Série Novo Ensino Médio. Editora Ática, 2002

SETANI, Vítor. Matemática: 2º grau. 2ª ed. São Paulo: Ática, 1984.

YOSSEF, Antonio Nicolau; SOARES, Elizabeth; FERNANDEZ, Vicente Paz. Matemática -

De olho no mundo do trabalho. Editora Scipione, 2005

QUÍMICA

1. Apresentação da disciplina

Page 229: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

229

No Brasil a disciplina de Química começou a ser ministrada regularmente no currículo escolar

das escolas secundárias a partir de 1931 com objetivos voltados para a apropriação de

conhecimentos específicos.

Entre as décadas de 1950 a 1970, o ensino de Química foi marcado pelo método científico

positivista de ensinar ciências pelo método da descoberta e redescoberta, sob a influência de

programas norte-americanos que propunham partir de experimentos com o objetivo de

preparar o aluno para ser cientista.

Na década de 1970, propostas educacionais passaram a valorizar processos dialógicos de

aprendizagem, como as idéias da pedagogia construtivista. Ao longo da década de 1980,

idéias do sócio construtivismo foram agregadas à pedagogia piagetiana.

No Paraná, no início da década de 90, foi elaborado o documento Currículo Básico para a

Escola Pública do Estado do Paraná para reestruturar o ensino de 2º grau, fundamentados na

pedagogia histórico-crítica (Vigotski).

Este documento apresentava uma proposta de conteúdos essenciais para a disciplina e tinha

como objetivo principal a aprendizagem dos conhecimentos químicos historicamente

construídos.

Na década de 1990, os PCNs foram apresentados como documento balizador para as

reformulações curriculares que deveriam acontecer nos estados brasileiros.

A busca pelo significado do conhecimento, a contextualização dos conteúdos e os temas

transversais pregada pelos PCNs, acabaram gerando o esvaziamento dos conteúdos das

disciplinas. Na Química esse enfoque priorizou o estudo de fatos cotidianos, ambientais e

industriais, sem maiores aprofundamentos teóricos que utilizassem o próprio saber químico.

No final da década de 1990 o Estado do Paraná adotou os PCNs como referência para a

organização curricular em todas as escolas que ofertavam o ensino médio.

Page 230: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

230

Atualmente, há um movimento, por parte dos pesquisadores educacionais, para estabelecer

vínculos entre a história, os saberes, a metodologia e a avaliação para a educação em

Química, delineando novas perspectivas e tendências para o ensino dessa ciência.

Acredita-se numa abordagem de ensino de Química voltada à construção e reconstrução de

significados dos conceitos científicos nas atividades em sala de aula (MALDAMER, 2003, p.

144). O ensino de Química, na perspectiva conceitual, retoma a cada passo o conceito

estudado, na intenção de construí-lo com a ajuda de outros conceitos envolvidos, dando-lhe

significado em diferentes contextos.

As Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná propõem que a compreensão e

apropriação do conhecimento químico aconteça por meio do contato do aluno com o objetivo

de estudo da Química, que é o estudo da matéria e suas transformações. Este processo deve

ser planejado, organizado e dirigido pelo professor, numa relação dialógica, em que a

aprendizagem dos conceitos químicos se realize para organizar o conhecimento científico

(DCE, 2008, p.24).

Isso é possível com a inserção do aluno na cultura científica através de experimentação,

análise de situações cotidianas e na busca de relações da Química com a sociedade e a

tecnologia. Isso implica compreender o conhecimento científico e tecnológico além do

domínio estrito dos conceitos da química.

A compreensão e a apropriação do conhecimento químico devem acontecer por meio do

contato do aluno com o objeto de estudo da Química: as substâncias e os materiais, sustentado

pela tríade: Composição, Propriedades e Transformações. A aproximação do saber

espontâneo do aluno com o saber científico da Química se dá por meio da mediação da escola,

essa, por sua vez, lança mãos de métodos e recursos para que os alunos se apropriem dos

saberes químicos que explicam o mundo.

Nesse sentido e considerando os aspectos sociais, políticos e econômicos atuais, o ensino da

Química possibilita ao aluno compreender o mundo, as substâncias e materiais presentes, o

desenvolvimento tecnológico e suas aplicações no cotidiano. Além disso, desenvolver a

opinião crítica dos educandos de forma que participem do processo de ensino-aprendizagem

através de experimentação e pesquisas orientadas. Aprimorar a capacidade de entender a

Page 231: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

231

toxidade das substâncias, as conseqüências do seu uso indiscriminado e também da falta de

utilização daquelas que são indispensáveis. Também, devem-se considerar os benefícios que a

disciplina de Química pode oferecer para o desenvolvimento sustentável e saudável da

humanidade.

Desta forma, o conhecimento dos conteúdos escolares de Química prepara os alunos, de modo

que o conhecimento adquirido seja aplicável no cotidiano (caracterizado como uma extensão

do conhecimento científico, estruturado nas explicações para facilitar a leitura dos fenômenos

químicos presentes na vida diária), além de capacitá-los para o prosseguimento dos estudos e

prepará-los para profissões em que o conhecimento da disciplina de Química se faz necessário

ou até mesmo indispensável.

2. Conteúdos Estruturantes/Básicos da Disciplina

Os conteúdos estruturantes foram fundamentados no estudo da História da Química, e

demonstram os conhecimentos com uma dimensão ampla, identificando e organizando os

campos de estudos de uma disciplina escolar.

Na abordagem teórico-metodológica dos conteúdos estruturantes da Química devem-se

considerar as relações que se estabelecem entre si e os conteúdos específicos.

Matéria e sua natureza:

Conteúdo estruturante que trata da essência da Química é com base neste que o aluno terá

suporte para o melhor entendimento dos conteúdos estruturantes Biogeoquímica e Química

sintética.

É imprescindível que o aluno compreenda as transformações que ocorrem ao seu redor, tanto

no aspecto macro quanto microscópico, procurando entender a ciência e suas aplicações no

cotidiano.

Biogeoquímica:

Page 232: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

232

A Biogeoquímica está relacionada com as relações existentes entre a matéria viva e não viva

da biosfera, suas propriedades e modificações ao longo dos tempos, correlacionando-os com

os saberes biológicos, geológicos e químicos.

É importante ressaltar as abordagens dos ciclos globais do (carbono, enxofre, oxigênio e

nitrogênio) e suas relações com a litosfera, atmosfera e hidrosfera, que são fundamentais para

explorar as funções químicas.

Química Sintética:

A Química Sintética tem sua origem na síntese de novos produtos e materiais químicos e

permite o estudo de produtos farmacêuticos, da indústria alimentícia (conservantes,

acidulantes, aromatizantes, edulcorantes), dos fertilizantes e dos agrotóxicos.

O avanço da tecnologia paralelo ao conhecimento científico trouxe algumas mudanças na

produção e aumento das possibilidades de consumo. Com isso aumentou o uso de fertilizantes

e de agrotóxicos que possibilitaram maior produtividade nas plantações; o desenvolvimento

da fibra ótica, que permitiu a comunicação mais ágil; e a utilização dos conservantes, para que

os alimentos não pereçam rapidamente.

Assim, a Química Sintética tem um papel importante na vida do ser humano, pois é através

dela que podemos sintetizar novos produtos, aperfeiçoar outros já existentes, para melhorar a

qualidade de vida de todos. Além disso, a capacidade de aperfeiçoar, desenvolver materiais e

transformá-los garante ou não o sucesso econômico de um país.

É importante ressaltar que a Química é uma ciência ampla, e em constante avanço, desta

forma, sempre que tratamos dos conteúdos escolares da Química devemos ter em mente, o

caráter conceitual e relacional dos mesmos. Em outros termos é necessário relacionar o

conteúdo específico que esta se desenvolvendo em sala com os três conteúdos estruturantes,

de modo que o aluno perceba que determinados assuntos/conteúdos científicos não são

restritos apenas a um segmento da Química.

3. Metodologia da Disciplina

Page 233: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

233

O trabalho com os conteúdos da disciplina de Química e possíveis Desafios Contemporâneos

da educação, serão encaminhados, tendo como ponto de partida o conhecimento prévio dos

alunos (síncrese), que será posto em confronto com o saber elaborado da Química, por meio

de explicações orais, que tragam informações e conceitos que o aluno desconhece e que serão

condição para o prosseguimento, acumulação e aplicação do saber Químico correlacionado

com as práticas e relações sociais: experimentos químicos, seminários, discussões, palestras e

etc.

Os conteúdos serão encaminhados de modo que ao fim de uma unidade, aquele conhecimento

espontâneo tenha sido transformado em um novo conhecimento (síntese), ainda não

finalizado, mas que agora servirá como ponto de partida.

É importante dizer que devemos unir o conhecimento científico (escola) com o conhecimento

prévio do aluno, onde o mesmo interagi com os diversos objetos no seu espaço de

convivência, sistematizando estas idéias para sua posterior construção.

Por isso que a escola, é, por excelência, o lugar que se lida com o conhecimento científico

historicamente produzido.

Alguns métodos de ensino-aprendizagem na prática de Ensino de Química, como: aulas

expositivo-dialogadas, realização de atividades em sala de aula, realização de atividades

extra-classe, pesquisas bibliográficas, planejamento e execução de projetos educativos,

seminários, uso do laboratório de Ciências, uso do laboratório de informática, visitas de

estudo e uso de vídeos educativos.

Portanto para que essas metodologias sejam eficientes, é importante ter como suporte os

seguintes recursos didáticos-pedagógicos e tecnológicos: livros didáticos e paradidáticos,

quadro de giz, calculadoras, tabelas periódicas, modelos moleculares, retroprojetores,

laboratório de Ciência, laboratório de informática, aparelho de DVD e TV multimídia.

4- Avaliação

Page 234: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

234

A essência do processo avaliativo é garantir a aprendizagem dos alunos. Por isso, a avaliação

não é um momento isolado ou o momento final do processo de ensino e aprendizagem. Ela

atravessa todos os elementos da didática, metodologia e seleção de recursos.

Os instrumentos de avaliação podem-se interpretar como os meios e recursos utilizados para

se alcançar determinado fim, de acordo com os encaminhamentos metodológicos e em função

dos conteúdos e critérios estabelecidos para tal.

Os critérios de avaliação correspondem a síntese do conteúdo, estreitamente vinculado a

expectativa de aprendizagem, e define de forma clara, os propósitos e a dimensão do que se

avalia. Por isso, a importância dos instrumentos avaliação e critérios de avaliação estarem em

consonância com a prática pedagógica para que se alcancem os objetivos esperados no

processo de avaliação.

Assim, a avaliação será contínua, compreendendo as formas diagnóstica, formativa, somativa

e cumulativa.

Diagnóstica, o objetivo será a análise na avaliação de conhecimentos que o aluno deve possuir

num dado momento, para poder iniciar novas aprendizagens.

A modalidade de avaliação a qual se deve dar maior atenção é a formativa, que deve

acontecer sempre que o professor entender conveniente, no decurso do processo de

aprendizagem, identificando aprendizagens bem sucedidas e as que apresentarem

dificuldades, para que se possa orientar o trabalho com estas últimas, possibilitando a todos os

alunos a proficiência desejada.

Quanto a avaliação somativa considerar-se-á todas as atividades avaliativas desenvolvidas

durante um período de tempo, que conforme o regimento escolar desse estabelecimento é

bimestral, seu objetivo é aferir resultados que são recolhidos pelas avaliações formativas e

assim obter indicadores que permitam aperfeiçoar o processo de ensino.

A avaliação somativa complementa, assim, um ciclo de avaliação em que foram já utilizadas a

avaliação diagnóstica e formativa. Constitui, assim, um instrumento valioso na tomada de

decisões sobre opções curriculares ou sobre inovações educativas. Por conseguinte, a

Page 235: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

235

finalidade deste tipo de avaliação é a tomada de decisões sobre apoios e complementos

educativos e regime de progressão do aluno. Por isso é que não há sentido num processo

avaliativo que não seja contínuo e formativo.

Os instrumentos da avaliação atenderão aos objetivos educacionais específicos de cada

conteúdo e tópicos do currículo proposto para a série escolar, planejados pelo professor, e que

serão desenvolvidos no decorrer do ensino. Assim, a avaliação será contínua, compreendendo

as formas diagnóstica, formativa, somativa e cumulativa, aplicada sob forma de trabalhos em

grupo, provas individuais, provas em duplas, relatórios diversos (experiências, visitas de

estudo, mostras científicas, etc.), apresentação de trabalhos escolares, apresentação de

seminários.

Nas diversas avaliações dar-se-á especial atenção às capacidades de buscar informações,

interpretar textos, gráficos, diagramas, linguagem e dados científicos, selecionar e utilizar os

tópicos essenciais às atividades que estarão sendo desenvolvidas, produzir textos específicos

usando linguagem científica apropriada quando necessária ao seu desenvolvimento, raciocinar

matematicamente e expressar por escrito esse raciocínio.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, e dar-se-á de forma permanente e concomitante

ao processo ensino e aprendizagem, de acordo com o Regimento Escolar desse

estabelecimento de ensino.

Referências

BARRETO, Elba Siqueira de Sá. A avaliação na educação básica entre dois modelos:

Educação e Sociedade, v. 22, nº. 75, Campinas, Ago. 2001.

ESTEBAN, Maria Teresa. Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. 5ª edição,

DP&A Editora.

HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre:

Mediação, 2001. p. 24 – 27.

Page 236: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

236

LUCKESI, Cipriano C. Avaliação do Aluno: a favor ou contra a democratização do

ensino? Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos e proposições. 2. ed. São Paulo:

Cortez, 1995; p. 66-80.

MANZANO, J. C. M, Gordo, N. A Autonomia da escola como contribuição à redução do

fracasso escolar.

Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Química para a Educação

Básica. Curitiba - PR, 2008.

SOCIOLOGIA

Apresentação da Disciplina

A Sociologia é uma ciência muito recente, foi à primeira ciência social a se institucionalizar,

mesmo antes da Ciência Política e da Antropologia. Nasceu no afã de proporcionar condições

de solucionar as questões sociais pertinentes à sociedade como um todo que vivem em

constantes mudanças. O palco do surgimento da Sociologia foi Europa, no século XIX, onde

ocorreram fatos históricos que proporcionou as grandes transformações sociais, até então não

vivenciadas pelos seres humanos.

O contexto do nascimento da Sociologia como disciplina científica ocorre em decorrência das

três grandes revoluções: na política, representada pela Revolução Francesa de 1789; a social,

sendo pela Revolução Industrial e a revolução na ciência, que se baseou no Iluminismo. No

principio desenvolveu-se como um pensamento um tanto conservador da sociedade partido da

concepção cultural do mundo de então, sendo uma filosofia social preocupada em indagar a

gêneses da sociedade e a sua evolução.

Do contexto da política em colher as demonstrações expressas pela sociedade nas diferentes

áreas do poder. No panorama de novas formas de pensamento, onde o mundo da fé foi

Page 237: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

237

substituído pelo mundo da razão. O cenário que passa a ser visualizado constitui de mudanças

profundas do pensamento social e no de indagar as transformações na sociedade.

Enquanto na esfera política, a burguesia despontava como a classe empreendedora, buscava

uma participação mais consistente no poder do Estado que imperava os princípios do

Absolutismo, que tinha a figura do soberano como ser provido da vontade divina; na esfera

econômica, a revolução produtiva ampara-se no crescimento da população, dos bens e

serviços e muda a composição do mundo moderno, a ciência tecnológica acumulada na

trajetória histórica da humanidade, consolida a metodologia das ciências naturais com apoio

do modo de pensar do positivismo, os experimentos e as descobertas das leis de

funcionamento da natureza.

O positivismo que leva a transposição da filosofia baseada nos métodos das ciências naturais

á uma ciências da sociedade que busca a observação e experimentação dos fenômenos,

privilegiando os fatos, tomando notas e comprovado as evidências. Sendo a unidade da

sociedade uma essência e o caráter moral para o positivismo para reconstituição de uma

harmonia social a uma sociedade autoconsciente de seu papel em uma nova ordem, de

conquistas e novas visões e vivencias de novos paradigmas.

A razão sobrepondo as formas religiosas na explicação do mundo no período dos séculos XVI

a XIX mudanças transformou a percepção do poder político, não mais emanado de Deus, pela

reorganização do poder e a constituição dos Estados-nação. A forma de entender e analisar a

sobrevivência material da sociedade também modifica, com a destruição da organização servil

e camponesa, as pessoas passaram a deslocar para o espaço urbano e gradativamente

abandonaram o trabalho artesanal e migraram para a manufatura.

A gênese da sociologia se dá com os movimentos de afirmação da sociedade industrial e de

todo o desenvolvimento do processo. E não é obra de um único filósofo ou cientista, mas

representa o resultado da elaboração de um conjunto de pensadores que envolveram em

entender das novas situações presentes no contexto das mudanças e alterações na sociedade.

A sociologia como disciplina científica ganhou corpo teórico com a obra de Durkheim, que

trabalhou muito para tirar do ceticismo, promovendo a ela objetos próprios, mostrando que os

fenômenos sociais poderiam ser investigados cientificamente.

Page 238: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

238

Nos anos de 1930, a Sociologia se institucionalizou no Brasil com auxilio da área da

educação, no campo da pesquisa e da editoração. E o ensino da disciplina promove a reflexão

profunda da cultura e da sociedade brasileira.

Florestan Fernandes traçou três épocas de desenvolvimento da reflexão sociológica na

sociedade brasileira, com influência das tendências metodológicas em países europeus e nos

Estados Unidos.

Outro que foi influenciado pela escola culturalista americana foi Gilberto Freyre, sendo um

marco na Sociologia brasileira o qual influenciou gerações.

Caio Prado Junior, ensaísta e político, foi o primeiro intelectual brasileiro a fazer uso das

reflexões marxista em estudos sobre a realidade cultural do país. E a história do Brasil fascina

os pensadores sociais e Sergio Buarque de Holanda, historiador renomado brasileiro, dedicou-

se a interpretar a concomitância da tradição e da modernidade brasileira a partir da obra do

sociólogo Max Weber.

O Estado brasileiro com suas particularidades e complexidades chamaram atenção de muitos

intelectuais, que fez que muitos estudos das questões políticas, as preocupações culturais

alimentaram as análises sociológicas.

O período que compreende de 1945 a 1974 foi de grandes transformações econômicas, sociais

e institucionais, no Brasil, as investigações dos temas de políticas e da cultura ocorria de

forma simultânea, que assegurava na Sociologia. Villas Bôas fazia menção que as ciências

sociais foi positiva de um lado, dava base ao trabalho cientifico e, de outro, era questionável,

por permitir envolver-se pela crença nas transformações enormes da sociedade brasileira.

Nessa época autores brasileiros e estrangeiros analisam a sociedade brasileira, questões como

a do negro no contexto social, as crise no mundo agrário, entre outros.

O elo do processo histórico com as Ciências Sociais, em especial a Sociologia, levou as

reflexões no meio intelectual que vai está presente nas conquistas que ocorreram no governo

de Getulio Vargas.

Page 239: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

239

Já no período da ditadura militar a Sociologia se desenvolvia e teorizava acerca das

tendências da revolução brasileira, com base em estudos de autores de renome, entre eles

Octávio Ianni, com Política e Revolução Social no Brasil e Florestan Fernandes, com

Revolução burguesa no Brasil: ensaio de interpretação sociológica.

Um pensamento sociológico sobre os problemas latino-americas, surgiu principalmente entre

os intelectuais brasileiros exilados em países europeus e da América Latina, em conseqüência

do golpe de Estado de 1964 e do Ato Institucional nº. 5, em 1968.

Entre a constelação de pensadores sociais, do trabalho sociológico sobre a América Latina,

desponta Florestan Fernandes e Octávio Ianni, os quais são formadores de gerações de

pesquisadores por terem visão profunda do trabalho cientifico consistente e critico no

contexto econômico e político. Ambos participaram da chamada escola de Sociologia

paulista, onde também foram processadas as explicações sobre o preconceito racial no Brasil.

A história da produção sociológica brasileira é uma prova de que ela se constitui disciplina no

debate entre diferentes concepções teóricas responsáveis por respostas a questões que a

sociedade se coloca em momentos diversos, onde há existência de contradições. A Sociologia

vence momentos cruciais das ditaduras e expande em prestigio e no mercado profissional.

O ingresso da Sociologia no sistema de ensino, foi em 1891, com a reforma educacional

protagonizada por Benjamin Constant, surgiu com o titulo de Sociologia e Moral, onde

reinava o espírito positivista na ciência e na sociedade. Ficou como disciplina obrigatória

somente por um ano. Antes disso, ocorria menções a nova ciência por intermédio da obra de

Comte, nas Escolas da Marinha e Politécnica, nas Faculdades de Mediciana e, especialmente,

nas de Direito. Ressurgi depois de duas décadas, em 1925, com a Reforma Rocha Vaz,

passaram a exigi-la como conteúdo avaliado nas provas de ingresso as faculdades. Isso levou

a Sociologia a grade de disciplinas de nível secundário, de 1926 e 1929, do Colégio Pedro II,

no Rio de Janeiro.

Em meados da década de 1920, a Sociologia fez parte do currículo de formação de

educadores primários e secundários dos estados do Rio de Janeiro e Pernambuco. Com a

reforma a Sociologia se fez presente nos chamados cursos complementares, de preparação dos

estudantes para estudos superiores nas áreas de Direito, Ciências Médicas, Engenharia e

Page 240: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

240

Arquitetura. Com a Reforma Capanema, em 1942, a Sociologia perde espaço, por não ser

mais disciplina obrigatória.

A Sociologia Geral e /ou Sociologia da Educação ficou somente como programas a partir dos

anos de 1940, nos currículos das Escolas Normais. A ausência da Sociologia na formação

geral dos estudantes de nível secundário provocou intenso debate no país, com participação de

especialistas da área, entre eles, Antonio Candido, Luiz Costa Pinto e Florestan Fernandes,

enquanto Afro do Amaral Fontoura faz a adequação de compêndios anteriores para as novas

condições da disciplina no ensino médio e publica Introdução a Sociologia (1948).

Na década de 1950 e parte dos anos 60 com período democrático da política nacional a

Sociologia se vez presente nos cursos superiores de Ciências Sociais e também no currículo

de outros cursos com a expansão das Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras. No ambido

do ensino médio, no entanto, a Sociologia sofreu sendo uma disciplina opcional e intermitente

nos currículos. Em 1962, o Conselho Federal de Educação e o Ministério de Educação ao

publicarem novos currículos para o Ensino Médio, a Sociologia não foi contemplada como

entre as disciplinas obrigatória, complementares e optativas.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394, de 1996) abriu perspectiva para a

inclusão da Sociologia nas grades curriculares. Com base na Lei, o Conselho Nacional de

Educação aprovou a inclusão da Filosofia e da Sociologia no Ensino Médio, e, a partir de

2007 os Conselhos Estaduais de Educação deveriam regulamentar a oferta dessas aulas.

No dia 02 de junho de 2008, é aprovada a alteração do artigo 36 da Lei 9.394/96, onde passa

ser obrigatório a Filosofia e a Sociologia em todas as séries do ensino médio.

No Paraná a Secretaria Estadual de Educação, em 1991 a 1994, buscou fortalecer a

Sociologia, exemplo disso, foi à realização de concurso público para o ensino da Sociologia,

em 1991. Outra demonstração de incentivo à disciplina é a elaboração entre 1993 e 1994 de

uma proposta de conteúdos, como a diretriz estadual para a Sociologia.

No Colégio Estadual Marechal Costa e Silva a disciplina de Sociologia está incluída no

primeiro ano do Ensino Meio. Tendo a preocupação em trabalhar os conteúdos como proposto

nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica/Sociologia, não esquecendo que como toda a

Page 241: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

241

ciência, sendo produto histórico, encontra sempre em construção e valendo do conhecimento

acumulado pelos intelectuais fazendo uso dos fundamentos teórico-metodológicos ao pensar a

realidade com reflexão e indagação.

Conteúdos

1º Ano

Conteúdos Estruturantes

O surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas

O Processo de Socialização e as Instituições Sociais

Cultura e Indústria Cultural

Trabalho, Produção e Classes Sociais

Poder, Política e Ideologia

Direito, Cidadania e Movimentos Sociais

Conteúdos Básicos

Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social

Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber

O desenvolvimento da Sociologia no Brasil

Processo de Socialização

Instituições sociais: Familiares; Escolares; Religiosas

Instituições de Reiserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc).

Desenvolvimento anbtropológico do conceito de cultura e sua contribuição na analise das

diferentes sociedades

Diversidade cultural

Identidade

Indústria cultural

Meios de comunicação de massa

Sociedade de consumo

Indústria cultural no Brasil

Questões de gênero

Cultura afro-brasileira e africana

Culturas indígenas

O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades

Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais

Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições

Page 242: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

242

Globalização e o Neoliberalismo

Relações de trabalho

Trabalho no Brasil

Formação e desenvolvimento do Estado Moderno

Democracia, autoritarismo, totalitarismo

Estado no Brasil

Conceitos de Ideologia

Conceitos de dominação e legitimidade

As expressões da violência nas sociedades contemporâneas

Direitos: civis, políticos e sociais

Direitos humanos

Conceito de cidadania

Movimentos sociais

Movimentos sociais no Brasil

A questão ambiental e os movimentos ambientalistas

A questão das ONG’s

Metodologia

A Sociologia tem como objetivo propor conhecimento e a explicação da sociedade através da

compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem em grupos, das

relações que se estabelecem no interior e entre esses diferentes grupos, bem como a

compreensão das conseqüências dessas relações para indivíduos e coletividades.

A ciência sociológica deve articular junto aos alunos no âmbito escolar as experiências e

conhecimentos apreendidos como totalidades complexas, buscando dar um tratamento teórico

aos problemas postos pela prática social capitalista, como as desigualdades sociais e

econômicas, a exclusão imposta pelas mudanças no mundo do trabalho, as conflituosas

relações sociedade – natureza, a negação da diversidade cultural, de gênero e étnico-racial.

Trata-se, de reconstruir dialeticamente o conhecimento que o aluno do Ensino Médio já

dispõe, uma vez que está imerso numa prática social, num outro nível de compreensão: da

consciência das determinações históricas nas quais ele existe e, mais do que isso, da

capacidade de intervenção e transformação dessa prática social. É o desvendamento, através

Page 243: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

243

da apreensão e compreensão crítica do saber sistematizado, da trama das relações sociais de

classe, gênero e etnia, no qual os sujeitos estão inseridos.

Para melhor entendimento dos conteúdos propostos, deverão ser realizadas atividades que

levem os educandos conseguirem contextualizar a construção histórica da sociologia e das

teorias sociológicas fundamentais, as quais devem ser constantemente retomadas, numa

perspectiva critica, no sentido de fundamentar teoricamente as varias possibilidades de

explicação sociológica feita nos recortes da dinâmica social, que aqui são nomeados de

conteúdos. O conhecimento sociológico deve ir muito alem da definição, classificação,

descrição e estabelecimento de correlações dos fenômenos da realidade social, portanto, para

que possamos instrumentalizar os alunos nesta tarefa, precisam proporcionar: leituras de

textos, de jornais e revistas atuais, pesquisas de campo, trabalhos em grupos, debates,

seminários, filmes e outros.

Avaliação

A avaliação no ensino de Sociologia será de acordo com o que é proposto nas Diretrizes

Curriculares da Educação Básica/Sociologia, sendo em uma concepção formativa e

continuada, onde os objetivos da disciplina estejam em consonância com os critérios proposto

pelo professor e pelo PPP do Colégio Estadual Marechal Costa e Silva – Ensino Fundamental

e Médio.

Os instrumentos de avaliação serão com metodologias diversificadas, fazendo uso de debates

e reflexões, filmes, textos, participação de pesquisas de campo, entre outros, considerando a

formação do aluno como um todo, valorizando a construção do saber partindo-se da prática

inicial até a prática transformada do aluno, pressupondo uma estrutura e uma organização

curricular que possibilitem continuidade/retomada do processo ensino-aprendizagem, assim

como formas contínuas de acompanhamentos. Não abandonado a articulação entre teoria e

prática.

Page 244: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

244

5.1.3 Educação de Jovens e Adultos

FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-

A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional que atende a

educandos-trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o compromisso com a formação

humana e com o acesso à cultura geral utilizando-se do trabalho e vivência do educando como

conhecimento a ser sistematizado, de modo a que os mesmos venham a participar política e

produtivamente das relações sociais, com comportamento ético, através do desenvolvimento

da autonomia intelectual e moral.

A educação deve voltar-se para uma formação na qual os educandos-trabalhadores possam:

aprender permanentemente, refletir criticamente; agir com responsabilidade individual e

coletiva; participar do trabalho e da vida coletiva; comportar-se de forma solidária;

acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo

soluções originais com agilidade e rapidez, a partir da utilização metodologicamente

adequada de conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos.

Sendo assim, para a concretização de uma prática pedagógica verdadeiramente voltada à

formação humana, é necessário que o processo ensino-aprendizagem, na Educação de Jovens

e Adultos seja coerente como seu papel na socialização dos sujeitos, agregando conhecimento

e valores que os levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural seguindo e

respeitando os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e idosos –

cultura, trabalho e tempo.

Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre cultura, conhecimento

e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica pensada e estabelecida a partir de

reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais próxima da realidade e garantindo sua

função socializadora – promotora do acesso ao conhecimento capaz de ampliar o universo

cultural do educando – e, sua função antropológica - que considera e valoriza a produção

humana ao longo da história. A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o

mundo do trabalho e que através desta busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso aos

Page 245: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

245

bens produzidos pelo homem, significa contemplar, na organização curricular, as reflexões

sobre a função do trabalho na vida humana.

É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização dos diferentes tempos

necessários à aprendizagem dos educandos de EJA, considerando os saberes adquiridos na

informalidade das suas vivências e do mundo do trabalho e da cultura, face à diversidade de

suas características.

E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de Jovens e Adultos no

Estado do Paraná:

I- A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo diferenciado de

aprendizagem e não um tempo único para todos os educandos, bem como os mesmos

possuem diferentes possibilidades e condições de reinserção nos processos educativos

formais;

II- O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no processo educativo tem

valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe superar um ensino de caráter

enciclopédico, centrado mais na quantidade de informações do que na relação qualitativa com

o conhecimento;

III- Os conteúdos específicos de cada disciplina deverão estar articulados à realidade,

considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao mundo do trabalho, à ciência, às

novas tecnologias, dentre outros;

IV- A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a capacidade de pensar,

ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da atividade reflexiva. A ação da escola

será de mediação entre o educando e os saberes, de forma a que o mesmo assimile estes

conhecimentos como instrumentos de transformação de sua realidade social;

V- O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia tradicional, que fragmenta

o processo de conhecimento e o hierarquiza nas matérias escolares, mas sim, como uma forma

de organização abrangente, na qual os conteúdos culturais relevantes, estão articulados à

Page 246: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

246

realidade na qual o educando se encontra, viabilizando um processo integrador dos diferentes

saberes, a partir da contribuição das diferentes áreas/disciplinas do conhecimento.

Por isso, o presente currículo incluirá o desenvolvimento de conteúdos e formas de tratamento

metodológico que busquem chegar às finalidades da educação de jovens e adultos, a saber:

Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em seu

processo de formação, mas são sujeitos sócio-histórico-culturais, com

conhecimentos e experiências acumuladas, com tempo próprio de formação e

aprendizagem;

Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos próprios

educandos;

O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a objetividade

das relações sociais e a subjetividade, de modo que as diferentes linguagens

desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade de utilizar conhecimentos

científicos, tecnológicos e sócio-históricos;

Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na referência, nos

interesses do educando e nos conteúdos necessários ao exercício da cidadania e

do trabalho;

Fornecer subsídios para que os educandos tornem-se ativos, criativos, críticos e

democráticos;

Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos, não se refere

exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta modalidade com a

diversidade sócio-cultural de seu público, composta, dentre outros, por populações do campo,

em privação de liberdade, com necessidades educativas especiais, indígenas, que demandam

uma proposta pedagógica-curricular que considere o tempo/espaço e a cultura desses grupos.

A Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná é uma modalidade de ensino da

Educação Básica cuja concepção de currículo compreende a escola como espaço sócio-

cultural que propicia a valorização dos diversos grupos que a compõem, ou seja, consideram

os educandos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Esse currículo entendido,

ainda, como um processo de construção coletiva do conhecimento escolar articulado à cultura,

em seu sentido antropológico, constitui-se no elemento principal de mediação entre

Page 247: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

247

educadores e educandos e deve ser organizado de tal forma que possibilite aos educandos

transitarem pela estrutura curricular e, de forma dialógica entre educando e educador tornar

os conhecimentos significativos às suas práticas diárias. Nesta ótica o conhecimento se

constitui em núcleo estruturador do conteúdo do ensino.

Nesse enfoque, a organização do trabalho pedagógico na Educação de Jovens e Adultos,

prevendo a inclusão de diferentes sujeitos, necessita ser pensada em razão dos critérios de

uma seleção de conteúdos que lhes assegure o acesso aos conhecimentos historicamente

construídos e o respeito às suas especificidades. Por meio da análise histórica das ciências de

referência e/ou disciplina escolar, definiram-se também os conteúdos estruturantes das

disciplinas, ou seja, os saberes – conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas –

que identificam e organizam os diferentes campos de estudo das disciplinas escolares. Os

conteúdos estruturantes são fundamentais para a compreensão do objeto de estudo das

referidas áreas do conhecimento.

As diretrizes de cada uma das disciplinas de tradição curricular apresentam os fundamentos

teórico-metodológicos, a partir dos quais definem-se os rumos da disciplina, seja no que se

refere ao tratamento a ser dado aos conteúdos por meio dos procedimentos metodológicos e

avaliativos, seja na orientação para a seleção dos conteúdos e de referencial bibliográfico.

Assim, o conjunto proposto pela dimensão histórica da disciplina, os fundamentos teórico-

metodológicos, os conteúdos estruturantes, o encaminhamento metodológico, a avaliação e a

bibliografia constituem o que chamamos de Diretrizes Curriculares para a Educação Básica.

Após a definição das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica, a Educação de

Jovens e Adultos do Estado do Paraná como modalidade da Educação Básica, passa a adotar

os mesmos conteúdos curriculares previstos por essas diretrizes.

Ensino Fundamental – Matriz Curricular

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO MÉDIO

ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Marechal Costa E Silva

Page 248: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

248

E MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO: Cidade Gaúcha NRE: Cianorte

IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2009 FORMA: Simultânea

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1452 H/A ou 1200/1210 HORAS

DISCIPLINAS Total de Horas Total de Horas/aula

LÍNGUA PORTUGUESA 226 272

ARTE 54 64

LEM-INGLÊS 160 192

EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64

MATEMÁTICA 226 272

CIÊNCIAS NATURAIS 160 192

HISTÓRIA 160 192

GEOGRAFIA 160 192

ENSINO RELIGIOSO* 10 12

Total de Carga Horária do Curso 1200/1210 horas ou 1440/1452 h/a

*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE

ENSINO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

Ensino Médio – Matriz Curricular

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO MÉDIO

ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Marechal Costa E Silva

E MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO: Cidade Gaúcha NRE: Cianorte

IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2010 FORMA: Simultânea

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORAS

DISCIPLINAS Total de Horas Total de Horas/aula

LÍNGUA PORTUGUESA

E LITERATURA

174 208

LEM-INGLÊS 106 128

ARTE 54 64

FILOSOFIA 54 64

Page 249: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

249

SOCIOLOGIA 54 64

EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64

MATEMÁTICA 174 208

QUÍMICA 106 128/

FÍSICA 106 128

BIOLOGIA 106 128

HISTÓRIA 106 128

GEOGRAFIA 106 128

LÍNGUA ESPANHOLA 106 128

TOTAL 1200/1306 1440/1568

*LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE

MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

DISCIPLINA DE ARTE

Apresentação da disciplina

Antes de 1980, o ensino de Arte no Brasil se deu de maneira muito rudimentar. Primeiro pelos

jesuítas e depois influenciada pela missão artística francesa.

A primeira reforma educacional no Brasil aconteceu entre conflitos de idéias positivistas e

liberais. Os positivistas valorizavam em Arte o ensino do desenho geométrico como forma de

desenvolver a mente para o pensamento científico, e os liberais se preocupavam com a

preparação para o trabalho.

Após a Semana de Arte Moderna em 1922, procurou-se valorizar a cultura nacional expressa

na educação pela Escola Nova, que primava por métodos de ensino em que a liberdade de

expressão do aluno era priorizada. Nesse contexto, o ensino da Arte teve um enfoque na

expressividade, espontaneidade e criatividade, desfocando o conhecimento em Arte e

procurando romper com as atividades reprodutivas da Escola Tradicional.Somente em 1971

depois de promulgada a Lei Federal nº 5692/71, em cujo artigo 7º determinava a

obrigatoriedade do ensino da Arte nos currículos no Ensino Fundamental (a partir da 5ª série)

Page 250: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

250

e do Ensino Médio. Entre os séculos XVII e XIX, os viajantes que passavam pela região que

atualmente é o Paraná, registraram suas impressões em forma de pintura. Em 1833, o alemão

Guilherme Frederico Virmond, estudioso de zoologia, músico e desenhista, foi o primeiro

artista a representar a “gente paranaense”.

A primeira escola de Arte do Paraná, a Escola de Artes e Indústrias, foi criada pelo artista

português Mariano de Lima em 1886. Esta escola foi muito importante para o

desenvolvimento da Arte Paranaense, pois, revelou artistas que são reconhecidos até

hoje.Ultimamente o ensino da Arte apoia-se nas Diretrizes Curriculares Nacionais e no nosso

caso mais especificamente nas Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica

do Paraná.

Reconhecemos que houve muitos avanços no processo histórico recente para efetivar uma

transformação no ensino da Arte. Entretanto, essa disciplina ainda exige reflexões que

contemplem a Arte como área de conhecimento.

O ensino da Arte deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e passa a se preocupar

também com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente

e em constante transformação.

Na educação o ensino da arte, amplia o repertório cultural do aluno a partir dos

conhecimentos estéticos, artísticos e contextualizado,aproximando-o do universo cultural da

humanidade nas suas diversas representações.Para tanto é necessário desenvolver no processo

pedagógico uma práxis que articulem as características teóricas e práticas da disciplina,para

que com isso nossos alunos possam criar formas singulares de pensamento expandindo suas

potencialidades criativas. A construção do conhecimento em Arte se efetiva nas relações de

saberes que se caracterizam na experimentação estética e por meio da percepção e análise da

criação/produção contextualizada historicamente.

O ensino da Arte busca enfocar arte, cultura e linguagem. Arte não é produção fragmentada

ou feita de modelos aleatórios separados do contexto social, e nem mera contemplação; é,

sim, uma área de conhecimento que interage nas diferentes instâncias intelectuais, culturais,

políticas e econômicas, pois os sujeitos são construções históricas que influem e são

influenciados pelo pensar, fazer e fluir arte.

Page 251: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

251

O grande desafio é provocar nos alunos a paixão pelo conhecimento que deve ser revisto,

realimentado e reorganizado pelas diferentes relações políticas, culturais e sociais, assim

como se faz quando realizamos uma composição plástica ou montamos uma coreografia para

dança ou ainda quando interpretamos uma canção. Não se gosta do que não se conhece, sendo

assim, é fundamental o pesquisar, o informar-se, o conhecer outras culturas, e a expressão nas

diferentes linguagens, entender o contexto histórico, os valores estéticos para que possamos

realizar um trabalho criador, onde o aluno tenha oportunidades de expressar-se. Assim a

disciplina de Artes dá importante contribuição na construção da vida cidadã quando

oportunizamos a todos os alunos conhecimentos nas diferentes linguagens artísticas,

valorizando o multiculturalismo, quando esclarecemos o que é estética e também ao

priorizarmos a originalidade, a criatividade o uso de materiais alternativos.

Então na medida que oferecemos aos nossos alunos conhecimentos condizentes com a

realidade, atendemos os anseios da comunidade e atingimos as funções da arte.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes da disciplina de Artes, para o ensino fundamental fase II são:

Elementos Formais;

Composição;

Movimentos e períodos.

ELEMENTOS BÁSICOS

Área: Música

Elementos Formais:

Altura;

Duração;

Timbre;

Intensidade;

Densidade.

Composição:

Ritmo;

Page 252: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

252

Melodia;

Harmonia;

Tonal;

Modal;

Contemporânea;

Escalas;

Sonoplastia;

Movimentos e Períodos:

Arte Grego-Romana;

Arte Oriental;

Arte Africana;

Arte Medieval;

Renascimento;

Rap;

Tecno;

Barroco;

Neoclassicismo;

Romantismo;

Vanguardas Artísticas;

Arte Engajada;

Música Serial;

Música Minimalista;

Música Popular Brasileira;

Arte Paranaense;

Arte Indígena;

Arte Brasileira;

Arte Paraense;

Indústria Cultural;

Arte Latino-Americana...

Page 253: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

253

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes da disciplina de Artes, para o Ensino Médio são:

Elementos Formais;

Composição;

Movimentos e períodos.

Área: Artes Visuais

Elementos Formais:

Ponto;

Linha;

Superfície;

Textura;

Volume;

Luz;

Cor

Composição

Figurativa;

Abstrata;

Figura-fundo;

Bidimensional;

Tridimensional;

Semelhanças;

Contrastes;

Ritmo visual;

Gêneros: Paisagem, retrato, natureza-morta...

Técnicas: Pintura, gravura, escultura, arquitetura, fotografia, vídeo...

Área: Teatro

Elementos Formais:

Personagem (expressões corporais, vocais, gestuais e faciais);

Page 254: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

254

Ação;

Espaço.

Composição

Representação;

Texto Dramático;

Dramaturgia;

Roteiro;

Espaço Cênico;

Sonoplastia, iluminação, cenografia, figurino, adereços, máscara, caracterização e

maquiagem;

Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama, Épico, Rua, etc;

Técnicas: jogos teatrais, enredo, Teatro direto, Teatro indireto (manipulação, bonecos,

sombras...), improvisação, monólogo, jogos dramáticos, direção, produção...

Área: Dança

Elementos Formais

Movimento Corporal;

Tempo;

Espaço;

Composição

Eixo;

Dinâmica;

Aceleração;

Ponto de apoio;

Salto e queda;

Rotação;

Formação;

Deslocamento;

Sonoplastia;

Coreografia;

Gêneros: folclóricas, de salão, étnica...

Page 255: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

255

Técnicas: improvisação, coreografia...

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARTE / vários autores. Curitiba: SEED – Pr, 2006.

BOSI, Afredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.

BRASIL, Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96.

MARCHESI, Isaias Jr. Atividades de Educação Artística 1° Grau.

São Paulo. Editora Ática, 1995.

MORAIS, Frederico. Arte é o que Eu e Você Chamamos Arte.

Rio de Janeiro. Editora Ática, 1995.

PEIXOTO, M. I. Arte e grande público: a distância a ser extinta Campinas: Autores

Associados, 2003.

PILLAR, A . D. (org). A educação do olhar e o ensino das artes. Porto Alegre: Mediação,

1999.

TAYLOR ( Shapiro). Dança em uma época de crise social: em

Direção a uma visão transformadora de dança e educação.

Revista Comunicação e Artes, 1994

DISCIPLINA DE BIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O objeto de estudo da disciplina de Biologia é o fenômeno Vida. A biologia preocupa-se com

todas as formas de vida e como elas interagem entre si e com o meio. Portando, o estudo da

Biologia busca conceituar e explicar o fenômeno vida, facilitando sua compreensão. É

necessária uma visão ampla sobre a interação dos seres vivos e o meio, para uma maior

percepção da relação unânime entre natureza e sociedade.

O pensamento científico teve origem no processo de observação do homem primitivo ao que

lhe rodeava, plantas, animais, etc. Tal interesse sempre esteve relacionado à necessidade de

garantir a sobrevivência. No decorrente da historia da ciência, muitos foram os que

Page 256: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

256

colaboraram para que esse conhecimento se perpetuasse através de estudos passados de

geração a geração, fazendo provar suas hipóteses e muitas vezes enfrentando o descrédito

entre os seus contemporâneos e até sendo coagidos pela igreja, dominante na época, quando

suas afirmações iam de encontro as suas verdades. Na Idade Média, a igreja tornou-se uma

instituição poderosa, tanto no aspecto religioso quanto no social, político e econômico. O

conhecimento sobre o Universo vinculado a um Deus criador, foi oficializado pela igreja

católica que o transforma em dogma.

Durante a Idade Média, o ritmo de investigação cientifica aumentou consideravelmente. O

trabalho iniciado por Aristóteles é ampliado por Lineu, que criou as categorias hierárquicas de

espécie, gênero, famílias, ordens, classes, filos e reino. Também criou um sistema de

nomenclatura dos seres vivos, empregados até hoje com algumas modificações. Com Linné, o

sistema descritivo possibilitou a organização da Biologia pela comparação das espécies

coletadas em diferentes locais. Tal tendência refletiu a atitude contemplativa, o interesse em

retratar a beleza natural com a exploração empírica da natureza pautada pelo método da

observação e descrição, o que caracteriza o pensamento biológico e descritivo.

Para consolidar sua teoria sobre a origem das espécies por meio da seleção natural ou

favorecidas na luta pela vida, Darwin, valeu–se de evidencias evolutivas, as quais foram

consideradas provas e suporte de suas concepções: “o registro dos fosseis, a distribuição

geográfica das espécies, anatomia e embriologia comparadas e a modificação de organismos

domesticados.” (Futuyama, 1993 p.6). Os mecanismos evolutivos foram alvos de

discussão, Hull (1993) apud Futuyma (1993) afirmou que durante a vida de Darwin, a

hipótese de seleção natural foi compreendida por poucos e aceita por uma minoria. Para se

contrapor a teoria fixista, faltava dados sobre mecanismos hereditários, as leis que regulam a

hereditariedade, de Gregor Mendel (1822-1884), monge agostiniano e estudioso das ciências

naturais, eram desconhecidos de Darwin. No século XIX, a Biologia fez grandes progressos

com a proposição da teoria celular, a partir das descrições feitas por naturalistas como os

alemães Mathias Schleiden, (1804-1881) em 1838, Theodor Schwann (1810-1822), em 1839,

ao afirmarem que todas as coisas vivas, animais e vegetais eram compostas por células. O

vírus revelou uma exceção a teoria celular.

Page 257: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

257

No século XX a nova geração de geneticista confirmou os trabalhos de Mendel, o que

provocou uma revolução conceitual na Biologia. A Biologia ampliou-se na biologia molecular

consideradas por Mayr (1998) o centro dos interesses biológicos na atualidade.

Assim para a Biologia, com o desenvolvimento da Genética Molecular, o potencial de

inovação biotecnológica se desenvolve e o pensamento biológico evolutivo sofre mudanças

em virtude da manipulação genética. Essas mudanças geram conflitos filosóficos e põem em

discussão o fenômeno vida. Sendo assim, organizar os conhecimentos biológicos construídos

ao longo da História da humanidade no sistema de ensino requer compreensão dos contextos

em que a disciplina de Biologia é contemplada nos currículos escolares.

Os avanços relativos à bioquímica, biofísica e a própria biologia molecular permitiram o

desenvolvimento de inovações tecnológicas e interferiram no pensamento biológico

evolutivo. Após a Segunda Guerra Mundial tentou-se incorporar ao aprendizado de ciências

as aulas de laboratório com a finalidade de que os alunos compreendessem os conteúdos

científicos até então distante dos mesmos. Neste período, no Brasil, onde vigorava a reforma

Capanema, contrapondo esta reforma, iniciou-se em alguns colégios do país, classes

experimentais que aumentaram o interesse pela ciência usando metodologia ativas que

despertavam maior reflexão dos alunos.

Ainda na década de 1960, conforme Krasilchik (2001), três fatores provocaram alterações no

ensino de ciências no Brasil: O progresso da Biologia, a constatação internacional e nacional

da importância de ensino de ciências como fator de desenvolvimento e a lei de Diretrizes e

Bases da Educação nacional n° 4024 de 02 de dezembro 1961. Ao mesmo tempo surgem os

centros de ciências, visando a melhoria do ensino de ciências, que trabalharam inicialmente

com o objetivo de treinar professores, produzir e distribuir textos didáticos e materiais de

laboratório para as escolas de seus respectivos Estados. Na década 70, com a industrialização

houve uma nova visão sobre o ensino de ciências passando-se a discutir as implicações sociais

do desenvolvimento cientifico. Com a promulgação da segunda LDB, Lei 5692/71, que fixava

Diretrizes e Bases do Ensino 1° e 2° grau, estabeleceu-se um ensino tecnicista para atender ao

regime vigente voltado para a ideologia do Nacionalismo Desenvolvimentista.

Em meio à crise da década de 1980, começara a surgir várias criticas às concepções que

prevaleciam nos projetos inovadores para o Ensino de Ciências, centrados na idéia de ciência

Page 258: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

258

positivista e da utilização da metodologia científica pelo aluno Os conteúdos de Biologia eram

aprendidos pela observação, comprovados por raciocínios lógicos comprovados pela

experimentação.

Nos anos 90, sob influência do Construtivismo, surge um novo campo de pesquisa, o da

Mudança Conceitual, buscando compreender as explicações previamente existentes.

Hoje o estudo da Biologia tem um papel fundamental para o mundo cientifico. Com o uso da

tecnologia e inovações experimentais, o homem chegou à descoberta da estrutura do DNA,

desvendando princípios do fundamento básico da vida, o que possibilitou a compreensão das

relações entre a Biologia e a sociedade na produção e distribuição de diferentes tecnologias.

Entende-se assim, que a Biologia contribui para a formação de sujeitos críticos, reflexivos e

atuantes. Onde os conteúdos devem proporcionar o entendimento do fenômeno Vida, em toda

a sua complexidade de relações, ou seja, na organização dos seres vivos; no funcionamento

dos mecanismos biológicos; do estudo da biodiversidade no âmbito dos processos biológicos

de variabilidade genética, hereditariedade, e relações ecológicas e das implicações dos

avanços biológicos no fenômeno Vida.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA

Os conteúdos estruturantes funcionam como eixo norteador para direcionar as ações

pedagógicas do professor, e estão divididos em 4 marcos conceituais:

- Organização dos seres vivos;

- Mecanismos Biológicos;

- Biodiversidade; e

- Manipulação genética.

CONTEÚDOS BÁSICOS E CONCEITOS

9. Classificação dos seres vivos: Critérios Taxonômicos e filogenéticos.

- Seres Vivos; Espécie; Táxon; Gene; Filo; Evolução;

10. Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia.

- Célula; Tecidos; Órgãos; Sistemas; Organismo; Metabolismo; Reprodução; Digestão;

Page 259: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

259

11. Mecanismos de desenvolvimento embriológico.

- Embrião; Diferenciação; Zigoto; Feto; Evolução “Comparativa”.

12. Teoria Celular, mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.

- Células; Metabolismo; Respiração; Fotossíntese; Mitose; Absorção; Soluto; Solvente;

Osmose; Difusão; Concentração;

13. Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência com o

ambiente.

- Espécie; Organismos; População; Ser vivo; Ambiente; Comunidade; Ecossistema; Biosfera;

Nutrição; Energia; Habitat; Nicho Ecológico;

14. Teorias Evolutivas.

- Evolução; Fóssil; Mutação; Órgãos Vestigiais; Adaptações;

15. Transmissão das características hereditárias.

- Gene; Reprodução; Fecundação; Genótipo; Fenótipo; Evolução; Haplóide; Diplóide; Homo

zigoto; Heterozigoto; Cromossomos; Alelos; Material Genético;

16. Organismos Geneticamente Modificados.

- Genes; Organismos Geneticamente modificados: Transgênicos.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS

- Caracterização dos seres vivos

- Origem da vida

- Teoria sobre a origem:

Do Universo, Da Terra e Da Vida

Níveis de organização dos seres vivos:

Nível Celular

Nível ecológico

MECANISMOS CELULARES

Citologia

-Histórico da célula

-Composição química da célula

-Componentes celulares (membrana, citoplasma, núcleo); estrutura e função.

-Metabolismo energético: Respiração celular e fermentação, fotossíntese e Quimiossíntese.

Divisão celular,

Page 260: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

260

SISTEMA BIOLÓGICO: ANATOMIA, MORFOLOGIA, FISIOLOGIA E

HISTOLOGIA

Histologia

- Tecidos epiteliais

- Tecidos conjuntivos

- Tecidos sanguíneos

- Tecidos musculares

- Tecidos nervosos.

CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS:

- Classificação dos seres vivos em reinos:

-Estudo dos vírus

-Reino Monera

-Reino Protista

-Reino dos fungos

-Reino Plantae

-Reino Animalia

-Doenças: Viroses, bacterianas, protozoonose, verminoses.

-Doenças sexualmente transmissíveis

SISTEMAS BIOLÓGICOS: ANATOMIA, MORFOLOGIA E FISIOLOGIA

VEGETAL

-Talófitas

-Briófitas

-Pteridófitas

-Gimnospermas

-Angiospermas

SISTEMAS BIOLÓGICOS: ANATOMIA, MORFOLOGIA E FISIOLOGIA

ANIMAL

-Poríferos, Cnidários , Platelmintos

-Nematelmintos

-Anelídeos

-Moluscos

Page 261: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

261

-Artrópodes

-Equinodermos

-Protocordados

-Vertebrados

-Sustentação e locomoção, Nutrição,Respiração

-Circulação

-Excreção

-Coordenação nervosa e hormonal

-Órgãos Sensoriais

TRANSMISSÃO DAS CARACTERÍSTICAS HEREDITÁRIAS

Genética

-Bases da hereditariedade

-Leis Mendelianas

-Monohibridismo

-Diibridismo

-Ausência de Dominância

-Alelos múltiplos e Genética dos grupos sanguíneos

-Herança ligada ao sexo

-Interação gênica

-Variações da expressão gênica: pleiotropia, penetrância e expressividade

-Aplicações do conhecimento genético (Engenharia Genética)

TEORIAS EVOLUTIVAS

Evolução

-Evidências da evolução biológica

-Teoria moderna da evolução – fatores evolutivos e princípios Hardy-Weimberg-Origem das

espécies

-Evolução humana

Dinâmica Dos Ecossistemas: Relações Entre Os Seres Vivos E A Interdependência Com

O Ambiente

Ecossistema:

-Relações ecológicas

-Componentes bióticos e abióticos

-Cadeia e teia alimentar

Page 262: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

262

-Pirâmides ecológicas

Biosfera

-Epinociclo –Limnociclo -Talassociclo

Ciclos Biogeoquímicos:

-Ciclo da água

-Ciclo do carbono

-Ciclo do oxigênio

-Ciclo do nitrogênio

Desequilíbrios ecológicos:

-Agentes causadores

-Educação ambiental

-Ação do homem na natureza

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Embasados numa proposta de trabalho, buscar uma socialização dos conhecimentos

historicamente acumulados, dando condições de analisar, conhecer e compreender o mundo

através das ciências e posteriormente, intervir sobre este mundo, contribuindo para a

transformação social.

A ciência sempre esteve sujeita às interferências, determinações, tendências e transformações

da sociedade, aos valores e ideologias e as necessidades materiais do homem. Ao mesmo

tempo em que sofre a sua interferência, nelas interfere. (Andery, 1988 Araújo, 2002).

Como consequência da retomada do objetivo de estudo dessa disciplina, sobretudo ao

considerar que ensinar Biologia incorpora a idéia de ensinar sobre a ciência e a partir dela, o

desenvolvimento da metodologia de ensino sofre influencia de reflexões produzidas pela

Filosofia da Ciência e pelo contexto histórico, político, social e cultural do desenvolvimento.

No processo pedagógico adotar-se-á o método experimental como recurso de ensino para uma

visão crítica dos conhecimentos da Biologia sem a preocupação de busca de resultados

únicos.

No ensino da Biologia, é essencial o desenvolvimento de metodologias, com posturas e

valores pertinentes às relações entre os seres humanos, entre eles e o meio, entre o ser humano

Page 263: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

263

e o conhecimento, contribuindo para uma educação que forme indivíduos sensíveis e

solidários, cidadãos conscientes dos processos e regularidades de mundo e da vida, capazes

assim de realizar ações práticas, fazer julgamentos e de tomar decisões, embasados pelo

domínio dos conhecimentos historicamente construídos.

Sendo assim, várias metodologias serão usadas na busca desses objetivos.

-Aulas expositivas

-Utilização de vídeos;

-Observação ao microscópio;

-Elaboração de trabalhos;

-Palestras;

-Pesquisas individuais e em grupo;

-Debates;

-Exercícios orais e escritos;

-Trabalho em grupo.

-Jogos didáticos;

-Confecção de cartazes;

-Transparências;

-Experimentos práticos.

Faz-se necessária atenção especial aos aspectos éticos da experimentação animal e as

legislações como por exemplo, a Lei Estadual do Paraná nº 14.037(20-03-2003) que institui o

código Estadual de Proteção aos Animais, a Lei de Biosseguranca, Resolução do

CONAMA/MMA, Conselho Nacional de Meio Ambiente, Política Nacional da

Biodiversidade.

Em relação ao meio ambiente, ligadas ao conteúdo Ecologia, destacar as leis de preservação

ambiental, buscando questões ligadas a realidade local, onde os alunos são estimulados a

assumirem papel de agentes atuantes na preservação dos recursos naturais.

Em história da África, tratada em perspectiva positiva, não só de denúncias da miséria e

discriminações que atingem o continente, mas como meio privilegiado para educação das

relações étnico-raciais e tem por objetivos o reconhecimento e valorização da identidade,

história e cultura dos afro-brasileiros, garantia de seus direitos de cidadãos, reconhecimento e

Page 264: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

264

igual valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas, européias e

asiáticas. A inclusão de personagens negros, assim como de outros grupos étnico-raciais, em

cartazes e ilustrações sobre qualquer tema abordado na escola, a não ser quando tratar de

manifestações culturais próprias ainda que não exclusivas, de um determinado grupo étnico-

racial.

AVALIAÇÃO:

Em Biologia, a avaliação, longe de ser apenas um momento final do processo de ensino, se

inicia quando estudantes põem em jogo seus conhecimentos prévios e continua a se evidenciar

durante toda a situação escolar.

Conforme a LDB nº 9394/96, será diagnóstica, somativa e cumulativa, valorizando o

desenvolvimento do educando e dos conteúdos trabalhados, além daquilo que trás de sua

vivência anterior. Analisando a situação do grau de aprendizagem e a superação de

obstáculos. O trabalho de avaliação em si, estará intimamente relacionado a observação da

mudança de comportamento diante da prática educativa.

São muitas as formas de avaliação possíveis: individual e coletiva, oral e escrita. Os

instrumentos de avaliação comportam, por um lado, a observação sistemática durante as aulas,

sobre as perguntas feitas pelos estudantes, as respostas dadas, os registros de debates,

entrevistas, pesquisas, filmes, experimentos, desenhos de observação, etc.; e por outro lado, as

atividades específicas de avaliação, como a comunicação de pesquisa, participação em

debates, relatórios de leitura, experimentos e provas dissertativas ou objetivas.

Sendo assim, a avaliação será dada como instrumento reflexivo prevendo um conjunto de

ações pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo. Juntos,

professores e alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de superar os

obstáculos.

REFERÊNCIAS:

AMABIS, José Mariano & MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia. 2ª ed. São Paulo. Ed.

Moderna, 2004.

Page 265: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

265

AUTORES, Vários. Biologia. (Livro público). Curitiba: 2006

KRASILCHIK, M. Prática de ensino de Biologia. São Paulo: Editora da Universidade de São

Paulo, 2004.

LAURENCE, J. Biologia,Editora Nova Geração. São Paulo, 2005.

LINHARES, Sérgio & GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia: série brasil. Ed. Ática.

São Paulo, 2003.

SEED. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do

Paraná. Curitiba, 2006.

DISCIPLINA DE CIÊNCIAS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que se estabeleceram

entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado à educação na socialização

desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e recentes profissões, “frutos das

novas relações de trabalho que se originaram nas sociedades contemporâneas, centradas na

informação e no consumo” (MARANDINO, 2005, p. 162).

Do início do século XX aos anos de 1950, a sociedade brasileira passou por transformações

significativas rumo à modernização que exigia um ensino científico frente às necessidades do

progresso nacional, e “para isso era necessário construir cientificamente o Brasil”

(GHIRALDELLI JR., 1991, p. 34).

O país modernizava-se rapidamente e o parque industrial exigia uma qualificação de mão-de-

obra. Nesse contexto de modernização e industrialização, instituíram-se escolas de formação

profissional paralelas ao ensino secundário público.

Page 266: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

266

Entre as décadas de 1950 e 1970, o ensino foi marcado pelo método científico positivista de

ensinar Ciências pelo método da descoberta e redescoberta, sob a influência de programas

norte-americanos que propunham partir de experimentos com o objetivo de preparar o aluno

para ser cientista.

Apesar da consolidação da disciplina de Ciências Naturais a partir de 1931 no currículo

escolar e dos investimentos em pesquisas científicas desde os anos de 1950, na década de

1980 o ensino de Ciências orientava-se por um currículo centrado nos conteúdos e atrelado a

discussões sobre problemas sociais que se avolumaram no mundo. Isso ocorreu porque as

crises ambientais, o aumento da poluição, a crise energética e a efervescência social,

manifestada em movimentos como a revolta estudantil e as lutas antissegregação racial,

ocorridas entre 1960 e 1980, determinaram profundas transformações nas propostas das

disciplinas científicas em todos os níveis de ensino (KRASILCHIK, 2000, p. 89).

Assim o ensino de Ciências, anteriormente focado na formação do futuro cientista ou na

qualificação do trabalhador, voltou-se, à análise das implicações sociais da produção

científica, com vistas a fornecer ao cidadão elementos para viver melhor.

Nesse contexto histórico, no Paraná no início da década de 90, foi elaborado o documento

Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná para reestruturar o Ensino

Básico , fundamentados na pedagogia histórico-crítica (Vygotsky). Esse programa analisava

as relações entre escola, trabalho e cidadania e apresentava uma proposta de conteúdos

essenciais para a disciplina de Ciências em três eixos norteadores e a integração dos mesmos

em todas as séries: Noções de Astronomia; Transformação e Interação de Matéria e Energia; e

Saúde - melhoria da qualidade de vida.

Na década de 1990, os PCNs foram apresentados como documento balizador para as

reformulações curriculares que deveriam acontecer nos estados brasileiros. Assim os

conteúdos escolares das Ciências Naturais foram reorganizados em eixos temáticos, a saber:

Terra e Universo; Vida e Ambiente; Ser humano e Saúde; e, Tecnologia e Sociedade. O

conceito de conteúdo curricular passou a ser entendido, então, em três dimensões: conceitual,

procedimental e atitudinal.

Page 267: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

267

A busca pelo significado do conhecimento, a contextualização dos conteúdos e os temas

transversais pregada pelos PCNs, acabaram gerando o esvaziamento dos conteúdos das

disciplinas.

Diante desse contexto, em 2003, com as mudanças no cenário político nacional e estadual,

iniciou-se no Paraná um processo de discussão coletiva com objetivo de produzir novas

Diretrizes Curriculares para estabelecer novos rumos e uma nova identidade para o ensino de

Ciências, sendo voltado à construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos

nas atividades em sala de aula.

Assim a disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que

resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o

conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade.

No ensino de Ciências, portanto, deve-se trabalhar com conteúdos científicos escolares e suas

relações conceituais, interdisciplinares e contextuais, considerando a zona de

desenvolvimento proximal do estudante (Vygotsky, 1991

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS/ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

Entende-se o conceito de Conteúdos Estruturantes como conhecimento de grande amplitude

que identificam e organizam os campos de estudo de uma disciplina escolar.

Na disciplina de Ciências, os conteúdos Estruturantes são construídos a partir da historicidade

dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do currículo, além de estruturar a

disciplina frente ao processo acelerado de especialização do seu objeto de estudo e ensino

(LOPES, 1999).

A seleção dos conteúdos de ensino de Ciências deve considerar a relevância dos mesmos para

o entendimento do mundo no atual período histórico, para a constituição da identidade da

disciplina e compreensão do seu objeto de estudo, bem como facilitar a integração conceitual

dos saberes científicos na escola. Sendo assim, os conteúdos de Ciências valorizam

conhecimentos científicos das diferentes Ciências de referência – Biologia, Física, Química,

Geologia, Astronomia, entre outras.

Page 268: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

268

São apresentados cinco conteúdos estruturantes fundamentados na história da ciência, base

estrutural de integração conceitual para a disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. São

eles: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia e Biodiversidade.

Conteúdo Estruturante: Astronomia.

Este conteúdo estruturante possibilita estudos e discussões sobre a origem e a evolução do

Universo e tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é uma das ciências de

referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes. Apresentam-se, a

seguir, os conteúdos básicos e específicos que envolvem conceitos científicos necessários

para o entendimento de questões astronômicas e para a compreensão do objeto de estudo da

disciplina de Ciências:

UNIVERSO

Ocorrências astronômicas como fenômenos da natureza;

Teorias sobre a origem e a evolução do universo.

SISTEMA SOLAR

Modelos geocêntrico e heliocêntrico.

ASTROS

Composição físico-química do sol;

Fundamentos da classificação cosmológica (galáxias, estrelas, planetas, asteróides,

meteoritos, entre outros).

GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

Leis de Kepler; Leis de Newton;

Gravitação Universal;

Fenômenos terrestres relacionados à gravidade, como as marés.

MOVIMENTOS TERRESTRES E CELESTES

Movimentos de rotação e translação dos planetas constituintes do sistema solar;

As estações do ano;

Movimentos celestes a partir do referencial do planeta Terra;

Movimentos aparentes do céu, noites e dias, eclipses do Sol e da Lua, com base no

referencial Terra;

Constelações

Page 269: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

269

Conteúdo Estruturante: Matéria

Neste conteúdo estruturante propõe-se a abordagem de conteúdos básicos e específicos que

privilegiem o estudo da constituição dos corpos. Sob o ponto de vista científico, permite o

entendimento não somente das coisas perceptíveis como também sobre sua constituição, indo

além daquilo que num primeiro momento vemos, sentimos ou tocamos.

CONSTITUIÇÔES DA MATÉRIA

Propriedade da matéria: massa, volume, densidade, compressibilidade, elasticidade,

divisibilidade, indestrutibilidade, impenetrabilidade, maleabilidade, ductibilidade,

flexibilidade, permeabilidade, dureza, tenacidade, cor, brilho, sabor, textura e odor;

Compreensão das transformações das propriedades da matéria como fenômenos da

natureza;

Constituição do planeta Terra ( atmosfera; crosta – solos, rochas, minerais, manto e

núcleo – e composição da água);

Constituição do planeta Terra primitivo

Conceito de matéria e sua constituição com base nos modelos atômicos;

Conceito de átomo, íons, elementos químicos, substâncias, ligações químicas; as leis da

conservação da massa;

Compostos orgânicos.

Conteúdo Estruturante: Sistemas Biológicos

Este conteúdo aborda a constituição dos sistemas do organismo, bem como suas

características de funcionamento, desde os componentes celulares e suas respectivas funções

até o funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos.

A seguir apresentam-se os conteúdos básicos e específicos que envolvem conceitos científicos

para o entendimento de questões sobre os sistemas biológicos de funcionamento dos seres

vivos.

Conteúdos Básicos

CÉLULA

Page 270: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

270

Estrutura química;

Mecanismos de constituição celular;

Tipos celulares, unicelulares e pluricelulares, procariontes, eucariontes, autótrofos e

heterótrofos.

Conteúdos Específicos

NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO

Organismo, sistemas, órgãos, tecidos, células;

Características gerais dos seres vivos;

Origem e a discussão a respeito da teoria celular como modelo de explicação da

constituição dos organismos.

MORFOLOGIA E FISIOLOGIAS DOS SERES VIVOS

Estrutura e funcionamento dos tecidos;

Sistemas nervoso, sensorial, reprodutor, endócrino, digestório, cardiovascular, respiratório,

excretor.

MECANISMOS DE HERANÇA GENÉTICA

Núcleo celular;

Os cromossomos;

Os genes;

Os processos de mitose e meiose.

Conteúdo Estruturante: Energia

Este conteúdo propõe o trabalho que possibilita a discussão do conceito de energia,

relativamente novo a se considerar a história da ciência desde a Antiguidade. Assim, tem-se o

propósito de provocar a busca de novos conhecimentos na tentativa de compreender o

conceito de energia no que se refere às suas manifestações, bem como os mais variados tipos

de conversão de uma forma em outra.

A seguir apresentam-se os conteúdos básicos e específicos.

ENERGIA

Conteúdos Básicos

Formas de energia (mecânica, térmica, química, nuclear, luminosa);

Conversão de energia;

Conteúdos Específicos

Page 271: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

271

Transmissão de energia ( movimento, deslocamento, velocidade, acelearação,

trabalho e potência);

Armazenamento de energia;

Lei da conservação da energia;

Eletromagnetismo.

Conteúdo Estruturante: Biodiversidade

Esse conteúdo estruturante visa, por meio dos conteúdos específicos de Ciências, a

compreensão do conceito de biodiversidade e demais conceitos intrarrelacionados. Espera-se

que o estudante entenda o sistema complexo de conhecimentos científicos que interagem num

processo integrado e dinâmico envolvendo a diversidade de espécies atuais e extintas; as

relações ecológicas estabelecidas entre essas espécies com o ambiente ao qual se adaptaram,

viveram e ainda vivem; e os processos evolutivos pelos quais tais espécies têm sofrido

transformações.

Conteúdos Básicos

ORIGEM DA VIDA

Teorias a respeito da origem da vida;

Geração espontânea e biogênese.

Conteúdos Específicos

ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS

Diversidade das espécies e suas classificações;

Interações e sucessões ecológicas;

Cadeia alimentar;

Seres autótrofos e heterótrofos;

Categorias taxonômicas.

Conteúdos Básicos

EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS

Teorias sobre evolução e extinção dos seres vivos;

Deriva continental;

Extinção das espécies;

Ecossistema, comunidade e população.

Conteúdos Específicos

Page 272: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

272

INTERAÇÃO ECOLÓGICAS

Fundamentos teóricos que descrevem os ciclos bioquímicos, bem como, as relações

interespecíficas e intraespecíficas.

Conteúdos Básicos

Ecossistemas

Interações ecológicas

Conteúdos Específicos

Efeito estufa

Ciclos biogeoquímicos

Propõe-se, então, que o ensino de Ciências aconteça por integração conceitual e que

estabeleça relações entre os conceitos científicos escolares de diferentes conteúdos

estruturantes da disciplina (relações conceituais); entre eles e os conteúdos estruturantes das

outras disciplinas do Ensino Fundamental (relações interdisciplinares); entre os conteúdos

científicos escolares e o processo de produção do conhecimento científico (relações

contextuais).

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O trabalho com os conteúdos da disciplina de Ciências e possíveis Desafios Contemporâneos

da educação, será encaminhado, tendo como ponto de partida o conhecimento prévio dos

alunos (síncrese), que será posto em confronto com o saber elaborado, por meio de

explicações orais, que tragam informações e conceitos que o aluno desconhece e que será

condição para o prosseguimento, acumulação e aplicação do saber científico correlacionado

com as práticas e relações sociais.

Os conteúdos serão encaminhados de modo que ao fim de uma unidade, aquele conhecimento

espontâneo tenha sido transformado em um novo conhecimento (síntese), ainda não

finalizado, mas que agora servirá como ponto de partida.

Para isso é necessário que os conteúdos específicos de Ciências sejam entendidos em sua

complexidade de relações conceituais, não dissociados em áreas de conhecimento físico,

químico e biológico, mas visando uma abordagem integradora.

Page 273: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

273

Tais conteúdos podem ser entendidos a partir da mediação didática estabelecida pelo

professor de Ciências, que pode fazer uso de estratégias que procurem estabelecer relações

interdisciplinares e contextuais, envolvendo desta forma, conceitos de outras disciplinas e

questões tecnológicas, sociais, culturais, éticas e políticas.

Alguns métodos de ensino-aprendizagem na prática de Ensino de Ciências, como: aulas

expositivo-dialogadas, realização de atividades em sala de aula, realização de atividades

extra-classe, pesquisas bibliográficas, planejamento e execução de projetos educativos,

seminários, uso do laboratório de Ciências, uso do laboratório de informática, visitas

orientadas, debates, jogos e uso de vídeos educativos.

Portanto para que essas metodologias sejam eficientes, é importante ter como suporte os

seguintes recursos:

• recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como: livro

didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos, música, quadro de

giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo didático (torso,

esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópio, lupa, jogo,

TV multimídia , computador, retroprojetor, entre outros;

• de recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de relações,

diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;

• de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, laboratórios, exposições de

ciência, seminários e debates.

Diante de todas essas considerações propõem-se alguns elementos da prática pedagógica a

serem valorizados no ensino de Ciências, tais como: a abordagem problematizadora, a relação

contextual, a relação interdisciplinar, a pesquisa, a leitura científica, a atividade em grupo, a

observação, a atividade experimental, os recursos instrucionais e o lúdico, entre outros.

AVALIAÇÃO

A essência do processo avaliativo é garantir a aprendizagem dos alunos. Por isso, a avaliação

não é um momento isolado ou o momento final do processo de ensino e aprendizagem. Ela

atravessa todos os elementos da didática, metodologia e seleção de recursos.

Page 274: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

274

Os instrumentos de avaliação podem-se interpretar como os meios e recursos utilizados para

se alcançar determinado fim, de acordo com os encaminhamentos metodológicos e em função

dos conteúdos e critérios estabelecidos para tal.

Os critérios de avaliação correspondem a síntese do conteúdo, estreitamente vinculado a

expectativa de aprendizagem, e define de forma clara, os propósitos e a dimensão do que se

avalia. Por isso, a importância dos instrumentos de avaliação e critérios de avaliação estar em

consonância com a prática pedagógica para que se alcancem os objetivos esperados no

processo de avaliação.

Assim, a avaliação será contínua, compreendendo as formas diagnóstica, formativa, somativa

e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos.

Diagnóstica, o objetivo será a análise na avaliação de conhecimentos que o aluno deve possuir

num dado momento, para poder iniciar novas aprendizagens.

A modalidade de avaliação a qual se deve dar maior atenção é a formativa, que deve

acontecer sempre que o professor entender conveniente, no decurso do processo de

aprendizagem, identificando aprendizagens bem sucedidas e as que apresentarem

dificuldades, para que se possa orientar o trabalho com estas últimas, possibilitando a todos os

alunos a proficiência desejada.

Quanto à avaliação somativa considerar-se-á todas as atividades avaliativas desenvolvidas

durante um período de tempo, que conforme regimento escolar desse estabelecimento é da

média 6,0 ( seis vírgula zero) em todos os registros de nota, seu objetivo é aferir resultados

que são recolhidos pelas avaliações formativas e assim obter indicadores que permitam

aperfeiçoar o processo de ensino. A ação avaliativa é importante no processo ensino-

aprendizagem, pois pode propiciar um momento de interação e construção de significados no

qual o estudante aprende. Para que tal ação torne-se significativa, o professor precisa refletir e

planejar sobre os procedimentos a serem utilizados e superar o modelo consolidado da

avaliação tão somente classificatória e excludente. Será preciso respeitar o estudante como um

ser humano inserido no contexto das relações que permeiam a construção do conhecimento

científico escolar. Desse modo, a considerar o modelo ensino-aprendizagem proposto nesta

Page 275: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

275

PPC, a avaliação deverá valorizar os conhecimentos alternativos do estudante, construídos no

cotidiano, nas atividades experimentais, ou a partir de diferentes estratégias que envolvem

recursos pedagógicos e instrucionais diversos. É fundamental que se valorize, também, o que

se chama de “erro”, de modo a retomar a compreensão (equivocada) do estudante por meio de

diversos instrumentos de ensino e de avaliação. Na aprendizagem significativa, o conteúdo

específico ensinado passa a ter significado real para o estudante e, por isso, interage “com

idéias relevantes existentes na estrutura cognitiva do indivíduo” (MOREIRA, 1999, p. 56).

A investigação da aprendizagem significativa pelo professor pode ser por meio de

problematizações envolvendo relações conceituais, interdisciplinares ou contextuais, ou

mesmo a partir da utilização de jogos educativos, entre outras possibilidades, como o uso de

recursos instrucionais que representem como o estudante tem solucionado os problemas

propostos e as relações estabelecidas diante dessas problematizações.

Dentre essas possibilidades, a prova pode ser um excelente instrumento de investigação do

aprendizado do estudante e de diagnóstico dos conceitos científicos escolares ainda não

compreendidos por ele, além de indicar o quanto o nível de desenvolvimento potencial

tornou-se um nível real (VYGOTSKY, 1991b).

Para isso, as questões da prova precisam ser diversificadas e considerar outras relações além

daquelas trabalhadas em sala de aula. O diagnóstico permite saber como os conceitos

científicos estão sendo compreendidos pelo estudante, corrigir os “erros” conceituais para a

necessária retomada do ensino dos conceitos ainda não apropriados, diversificando-se

recursos e estratégias para que ocorra a aprendizagem dos conceitos.

Nestes termos, avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo ensino-

aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos conteúdos

científicos escolares e do objeto de estudo de Ciências, visando uma aprendizagem realmente

significativa para sua vida.

REFERÊNCIAS

GHIRALDELLI JR., P. História da educação. São Paulo: Cortez, 1991.

Page 276: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

276

HOFFMANN, J. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre: Mediação,

2001. p. 24 – 27.

KRASILCHIK, M. Reformas e realidade: o caso do ensino das Ciências. Revista São

Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 85-93, 2000.

LOPES, A. C. Conhecimento escolar: ciência e cotidiano. Rio de Janeiro: UERJ,

1999.

MARANDINO, M. A pesquisa educacional e a produção de saberes nos museus de ciência.

História, Ciências, Saúde, Manguinhos, Fiocruz, Rio de Janeiro, v.12, p.161-181, 2005.

MOREIRA, M. A. Aprendizagem significativa. Brasília: UnB, 1999.

Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências para a Educação

Básica. Curitiba, 2008.

VYGOSTKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991a.

___. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991b.

DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

A construção da educação física como prática pedagógica na escola, teve forte influência

militar e médica. No início do século XIX estava vinculada às instituições militares e à

medicina, o que determinou seu surgimento como disciplina e a maneira de ensinar seus

conteúdos, baseados em exercícios sistematizados que foram ressignificados pelo

conhecimento da medicina numa perspectiva terapêutica.

BRACHT (1999) relata que líderes políticos da época em que a educação física foi

implantada nas escolas, esperavam que por meio dessa prática, o corpo fosse educado para a

produção, que tivessem saúde e educação voltadas para hábitos saudáveis e higiênicos com

intuito de melhorar a raça humana por meio do melhoramento genético.

Page 277: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

277

Portanto, a educação física esteve atrelada a uma concepção higienista, em que a virilidade do

corpo foi designada numa perspectiva nacionalista e patriótica, sendo considerada nas

instituições militares, como algo bom e relevante no auxílio da formação de corpos fortes e

saudáveis que contribuíssem para o progresso e a ordem do país.

Segundo Barreto (2005), em 1851, a educação física tornou-se obrigatória nas escolas

municipais da corte. Esse fato desencadeou uma reação de repúdio à mesma, por

considerarem essa, uma prática não intelectual na formação dos alunos e acreditarem na

educação intelectual desatrelada da educação corporal. Entretanto, em 1882, Rui Barbosa, por

meio do seu parecer sobre o projeto 224, defendeu a inclusão da ginástica nas escolas.

Embasou esse fato no pensamento de que um corpo saudável é que sustenta a atividade

intelectual. Assim, a educação física surgiu para cumprir a função de auxiliar na construção

de corpos saudáveis e dóceis, direcionados a uma educação estética que possibilitasse melhor

adaptação ao processo produtivo ou a uma perspectiva política nacionalista. Colaborou para

o seu surgimento, o conhecimento científico da medicina que reforçava as possibilidades,

necessidades e vantagens dessa prática corporal sobre o desenvolvimento integral do ser

humano.

Bracht (1999) relata que nos séculos XVIII e XIX o corpo é estudado pelas ciências

biológicas e igualado a uma estrutura mecânica. Isso ocorre, porque o mundo, sobretudo o

ocidente é organizado sob a visão mecanicista, na qual a ciência fornece os elementos que

facilitarão um controle adequado do mesmo e uma melhora na sua eficiência mecânica.

Ainda segundo Bracht (1999), na década de 1930, marcada pelo nazismo, fascismo e pela

industrialização, a educação física também teve como finalidades, a prevenção de doenças,

fortalecimento do trabalhador e desenvolvimento do espírito cooperativo. Nesse sentido, com

a LDB de 1961 foi determinada a obrigatoriedade dessa disciplina nos ensino primário e

médio. Além da ginástica, houve também a incorporação do esporte como conteúdo, o que

contribuiu com as influências do tecnicismo, identificado como uma prática que promove o

desempenho físico e técnico dos alunos.

A prática corporal esportiva foi atrelada e orientada pelos princípios da concorrência e do

rendimento, na qual a intervenção científico-racional, como os aspectos biológicos e

Page 278: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

278

comportamentais atuavam no treinamento esportivo. Atualmente, a educação física escolar

pode ser abordada por diferentes propostas metodológicas.

Dentro de um projeto mais amplo de educação do Estado do Paraná, entende-se que a escola é

compreendida como um espaço que, dentre outras funções, deve garantir o acesso dos alunos

ao conhecimento produzido historicamente pela humanidade. Assim, partindo de seu objeto

de estudo e de ensino que é a Cultura Corporal, a Educação Física se insere neste projeto ao

garantir o acesso ao conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas

corporais historicamente produzidas pela humanidade. Na busca de contribuir com um ideal

mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito,

que é produto, mas também agente histórico, político, social e cultural.

Portanto, propõe-se que a Educação Física seja fundamentada nas reflexões sobre as

necessidades atuais de ensino perante os alunos, na superação de contradições e na

valorização da educação. Por isso, é de fundamental importância considerar os contextos e

experiências de diferentes regiões, escolas, professores, alunos e da própria comunidade em

que o aluno está inserido.

Ao ser trabalhada em interlocução com outras disciplinas que permitam entender a Cultura

Corporal em sua complexidade, ou seja, na relação com as diversas dimensões da vida

humana, tratadas tanto pelas ciências humanas, sociais, da saúde e da natureza de forma

dialética, possibilitando ao indivíduo a apropriação critica e significativa que se estenderá ao

seu núcleo social. A ação pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão sobre o

acervo de formas e representações do mundo que o ser humano tem produzido, exteriorizadas

pela expressão corporal em jogos e brincadeiras, danças, lutas, ginásticas e esportes. Essas

expressões podem ser identificadas como formas de representação simbólica de realidades

vividas pelo homem (COLETIVO DE AUTORES, 1992).

Assim, a Educação Física tem a função social de contribuir para que os alunos se tornem

sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal

consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais. Essa concepção permite ao

educando ampliar sua visão de mundo por meio da Cultura Corporal.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES, CONTEÚDOS BÁSICOS e ESPECÍFICOS:

Page 279: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

279

Os Conteúdos Estruturantes são definidos como sendo os conhecimentos de grande

amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de estudos de uma

disciplina escolar, considerados fundamentais para compreender seu objeto de estudo/ensino

e, constituem-se historicamente e são legitimados nas relações sociais. Os conteúdos básicos

são entendidos como os conhecimentos fundamentais e necessários para cada série da etapa

final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, mas não substituem a PPC e nem devem

ser confundidos com uma concepção curricular conteudista e imobilizadora. Os mesmos

complementam e dão concretude às DCE. Os conteúdos específicos são aqueles conteúdos a

serem abordados a partir dos conteúdos básicos. Esses conteúdos devem ser abordados em

complexidade crescente, isto porque, em cada um dos níveis de ensino os alunos trazem

consigo múltiplas experiências relativas ao conhecimento sistematizado, que devem ser

consideradas no processo de ensino/aprendizagem. Entende-se que a educação física e seu

objeto de ensino/estudo, a Cultura Corporal, deve, ainda, ampliar a dimensão meramente

motriz. Para tanto, é necessário enriquecer os conteúdos com experiências corporais das mais

diferentes culturas, priorizando as particularidades de cada comunidade.

A inclusão da Educação Física na Educação de Jovens e Adultos representa o direito do

cidadão de construir e usufruir deste instrumento de promoção da saúde, e poder utilizar seu

tempo livre de forma criativa. Cabe a Educação Física formar o cidadão que vai produzir,

reproduzir e transformar, os conteúdos referentes à cultura corporal (dança, jogos, esportes,

lutas e ginásticas), de forma crítica para a melhoria da qualidade de vida. A escola de maneira

geral e a Educação física em particular podem colaborar, na medida que mostram para os

alunos os benefícios da prática regular de atividade física e constroem metodologias de ensino

que propiciam a experimentação de atividades prazerosas, de tal modo que eles desejem

continuá-las também fora da escola.

O conceito de cultura corporal é entendido aqui como produto da sociedade e como processo

dinâmico que constitui e transforma a sociedade. Nesta perspectiva, foi identificado como

relevante elencar uma diretriz curricular denominada: “Atividade Física Relacionada à Saúde

e à Qualidade de Vida”. Este enfoque se justifica ao analisar o cotidiano de nossa sociedade,

aonde muitas pessoas vêm substituindo a atividade pela passividade, ou seja, aumento da

prevalência de um estilo de vida sedentário, trazendo como conseqüências a diminuição do

Page 280: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

280

trabalho corporal, o aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis e/ou doenças

hipocinéticas.

Para elaboração da proposta de ensino da Educação Física, voltada para a Educação de Jovens

e Adultos, com o fito de atingir os interesses dos alunos utilizaremos as abordagens

pedagógicas que contemplem uma diversidade de objetivos, conteúdos e processos de ensino

aprendizagem que compõe a Educação Física escolar na atualidade.

Conteúdos Estruturantes, Básicos e Específicos:

• Esporte:

Coletivos: futebol; voleibol; basquetebol; handebol; futebol de salão;

Individuais: atletismo; tênis de mesa;

• Ginástica:

Ginástica rítmica: arco; corda; bola; fita.

Ginástica circense: malabares.

Ginástica geral: movimentos gímnicos.

• Lutas:

Lutas de aproximação Capoeira: origem e histórico das lutas; apresentação e

experimentação da música e sua relação com a luta; vivenciar movimentos

característicos da luta como a ginga, esquiva e golpes.

• Dança:

Danças criativas / Danças folclóricas / Danças de rua: pesquisar e discutir a

origem e histórico das danças; contextualizar a dança; vivenciar movimentos em que

envolvam a expressão corporal e o ritmo.

• Jogos de tabuleiro: dama; trilha; resta um; xadrez.

Jogos cooperativos: dança das cadeiras cooperativas; cadeira livre.

Jogos dramáticos: improvisação; imitação; mímica.

• Lutas:

Lutas de aproximação Capoeira: origem e histórico das lutas; apresentação e

experimentação da música e sua relação com a luta; vivenciar movimento característicos da

luta como a ginga, esquiva e golpes. Reconhecer e diferenciar a capoeira angola e a regional.

• Dança:

Danças criativas / danças circulares: pesquisar e discutir a origem e histórico das danças;

contextualizar as mesmas; vivenciar movimentos em que envolvam a expressão corporal e o

Page 281: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

281

rítmo das danças contemporâneas, folclóricas e sagradas bem como os elementos de

movimento (tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento, improvisação e

atividades de expressão corporal.

ENSINO MÉDIO:

• Esporte:

Coletivos: futebol; voleibol; basquetebol; handebol; futebol de salão.

Individuais: atletismo; tênis de mesa;

• Jogos e brincadeiras: esses jogos deverão ser analisados sob a ótica da apropriação dos

mesmos pela indústria cultural e com o recorte histórico e próprios a clientela de educandos.

Jogos de tabuleiro: dama; trilha; resta um; xadrez.

Jogos cooperativos: dança das cadeiras cooperativas; cadeira livre.

Jogos dramáticos: improvisação; imitação; mímica.

• Ginástica:

Ginástica de condicionamento físico: exercícios de alongamento e localizado.

Função social da ginástica e interferência no mundo do trabalho: desvios

posturais; LER; DORT;

Ginástica e fisiologia (básica) humana: frequência cardíaca; fontes

nutricionais e consequências da mesma para o corpo humano; composição

corporal.

• Lutas:

Capoeira: origem e histórico das lutas; apresentação e experimentação da música e

sua relação com a luta; identificar movimentos característicos da luta como a ginga, esquiva e

golpes. Reconhecer e diferenciar a capoeira angola e a regional.

• Dança:

Danças folclóricas: fandango; quadrilha; frevo; baião.

Danças de salão: valsa; forró; vanerão; xote; salsa; swing; tango.

Danças de rua: funk; break; popping.

CONTEÚDOS ATUAIS SOBRE QUALIDADE DE VIDA PERTINENTES A

CLIENTELA DE EDUCANDOS

Conceito de saúde;

Qualidade de vida;

Page 282: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

282

Estilo de vida: atividade física, estresse, hábitos alimentares, tabagismo,

Álcool e outras drogas;

A importância da atividade física nos dias atuais;

Doenças crônicas não transmissíveis:

Osteoporose;

Artrite;

Hipertensão arterial;

Diabetes;

Obesidade: indicadores de obesidade (índice de massa corporal - IMC, relação

cintura/quadril, etc); Desvios posturais;

Programas de atividade física – tipo, intensidade, duração e frequência.

Atividades de academia: classificação das atividades e tipos de atividades;

Lutas: violência ou defesa pessoal;

A influência da mídia na dança;

A influência da mídia no esporte.

Esporte x Saúde (doping, anabolizantes, etc);

Esporte x Violência;

Lazer – conceito e ambientes de lazer;

Políticas públicas no esporte, dança, lutas, jogos e ginástica.

METODOLOGIAS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Esta PPC está fundamentada nas teorias críticas e terá como parâmetro pedagógico as

metodologias crítico-superadora e crítico-emancipatória nas suas práticas pedagógicas.

Nas teorias críticas os conceitos mais observados são: ideologia, reprodução cultural e social,

poder, classe social, capitalismo, relações sociais de produção, conscientização, inclusão,

emancipação e libertação, currículo oculto e resistência.

Nas últimas duas décadas muitos foram os estudos no âmbito da educação física escolar para

legitimar sua presença nos currículos escolares e delimitar os

Page 283: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

283

conteúdos a serem trabalhados pela mesma, bem como a forma em que deveriam ser

trabalhados. Dentre os vários estudos da área surge a metodologia crítico-superadora que

tem como parâmetro e ponto de partida a tendência educacional progressista crítica e o

materialismo histórico-dialético3 de Karl Marx

e a metodologia crítico-emancipatória que

utiliza como referencial teórico a teoria sociológica da ação comunicativa, idealizada por

Jurgen Habermas, e a tendência educacional progressista crítica.

A abordagem crítico-emancipatória propõe-se a estudar o movimento humano, mais

especificamente o esporte e suas transformações sociais. Para tanto, entende que o “se

movimentar” acontece de maneira consciente, em que o aluno esteja apto a conhecer e aplicar

o movimento libertando-se de estruturas sociais repressoras, a fim de refuncionalizá-lo.

(KUNZ apud BRACHT, 2003, p.20). Nesta metodologia, o educando se liberta da coerção a

que é submetido socialmente, por meio da auto-reflexão e o professor tem a função de

possibilitar e estimular um agir comunicativo a fim de que os alunos percebam o

funcionamento do sistema no qual estão inseridos, utilizando como estratégia ações

problematizadoras, conscientização e visão crítica sobre o meio em que vivem. O interessante

nesta abordagem é a busca por provocar no aluno uma ação comunicativa que o permita

entender a importância da análise das práticas percebendo-as num contexto social.

Atendendo ao ensino crítico-emancipatório, o professor relaciona-se com o aluno por meio de

ações problematizadoras, interagindo de maneira responsável e produtiva, sugerindo que sua

práxis pedagógica aconteça obedecendo a ordem “planejamento, implementação e avaliação”.

Para Kunz et al apud Bracht (2003), a abordagem crítico-emancipatória deve estar:

[...] acompanhada de uma didática comunicativa, pois ela deverá fundamentar a

função do esclarecimento e da prevalência racional de todo agir educativo[...] o

aluno enquanto sujeito do processo de ensino deve ser capacitado para sua

participação na vida social, cultural e esportiva, o que significa a aquisição de

uma capacidade de ação funcional, mas também de reconhecer e problematizar

sentidos e significados nesta vida, através da reflexão crítica. (p.31)

A ideia de que o aluno deve estudar e refletir sobre as atividades realizadas na escola e não

apenas praticá-las é defendida pelo estudioso autor desta metodologia crítico-emancipatória.

3

Page 284: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

284

A metodologia crítico-superadora foi idealizada por alguns autores, convidados a

escreverem sobre a metodologia da educação física. Assim, se reuniram com ideias em

comum e a partir de vários estudos escreveram um livro intitulado: metodologia do ensino da

educação física, gestado por este grupo de professores e foi publicado pela primeira vez em

1992. Essa proposta baseia-se fundamentalmente na pedagogia histórico-crítica desenvolvida

por Dermeval Saviani e colaboradores, inspirada na tendência educacional progressista crítica

e no materialismo histórico-dialético de Karl Marx.

O grupo de autores conhecido como Coletivo de Autores, é composto dos professores de

educação física como Valter Bracht, Celi Neuza Zülke Taffarel, Carmem Lúcia Soares, Lino

Castellani Filho, Maria Elizabeth Varjal e Micheli Ortega Escobar. Estes conceberam a

pedagogia crítico-superadora com tendência educacional progressista crítica, porque tem a

concepção histórico-crítica como base fundamental.

Neste entendimento, há um posicionamento favorável às camadas populares no que se refere à

luta de classes existentes na estrutura social brasileira, não aceitando a submissão de um

homem a outro em função das diferenças entre as classes sociais que existem no mundo.

Todavia, diferente dessa, enfoca uma dinâmica curricular que prioriza, na elaboração desse

processo, diversos elementos que colaboram para seu sucesso, o trato do conhecimento,

tempo, espaço pedagógico, bem como toda a comunidade escolar. Oliveira (1997) salienta que

“as atividades corporais, esportivas ou não, componentes da nossa Cultura Corporal, são

vivenciadas – tanto naquilo que possuem de fazer corporal, quanto na necessidade de se

refletir sobre o significado/sentido desse mesmo fazer”.

Transportando esse entendimento para o espaço escolar, Soares et al. (1992) afirmam que a

educação física deve abordar os temas relacionados à cultura corporal, constituídos pelos

jogos, lutas, ginástica, mímica, acrobacias, dança, esporte, entre outros, de modo que essas

manifestações da cultura seriam visualizadas como historicamente construídas pela

humanidade, já que fazem parte do processo sócio-histórico e cultural do homem, e, portanto,

necessitam ser integrantes das aulas de educação física, com a função de inserir o aluno em

sua realidade social.

O objeto de estudo desta abordagem metodológica, segundo Soares et al. (1992) é a “reflexão

sobre a cultura corporal”, sendo que as expressões do corpo são entendidas como linguagem

Page 285: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

285

universal que necessitam ser trabalhadas com os alunos a fim de que entendam a realidade em

sua totalidade e, portanto, como algo dinâmico e que precisa de transformações.

A proposta pedagógica crítico-superadora, sugere meios didático-pedagógicos que viabilizem,

ao se tematizarem as formas culturais do movimentar-se humano, propiciar um

esclarecimento crítico a seu respeito, apresentando suas ligações com os elementos atuantes,

desenvolvendo simultaneamente, as competências para tal: a lógica dialética. Dessa forma,

conscientes e possuidores de uma consciência crítica, os sujeitos poderão agir autônoma e

criticamente no campo da cultura corporal ou do movimento e também atuar de forma

transformadora como cidadãos político. Ao abordar esta metodologia, Daolio (2004)

acrescenta que a presença dos elementos da cultura corporal como conhecimento a ser

contemplado na educação física escolar é defendida pelo fato de que estes fazem parte de

construções históricas da sociedade e que seu estudo oportunizará ao aluno o entendimento da

sociedade na qual está inserido.

Na obra Metodologia de ensino de educação física, são apresentadas as áreas de

conhecimento trabalhadas nas aulas de educação física e as trata a partir de ciclos de

escolarização que compreendem todo o processo escolar. De acordo com Soares et al. (1992)

são eles: 1º Ciclo: (pré à 3ª série) – ciclo de organização da identificação dos dados da

realidade; 2º Ciclo: (4ª à 6ª série) – ciclo de iniciação à sistematização do conhecimento; 3ª

Ciclo: ( 7ª à 8 série) – ciclo de aplicação da sistematização do conhecimento; 4ª Ciclo: ( 2ª

grau) – ciclo de aprofundamento da sistematização do conhecimento.Os conteúdos

trabalhados nesses ciclos são: jogos, ginástica, dança e esportes que são enfocados

metodologicamente propondo um direcionamento para as práticas que integram cultura

corporal e práticas sociais, relacionadas ao trabalho realizado pelo homem e mulher

brasileiros com intuito de atender determinadas necessidades sociais, sendo que estes devem

estar adequados à fase escolar do aluno.

A estruturação das aulas parte de elementos mais simples nas séries iniciais, até os mais

complexos nas séries finais. De acordo com a metodologia crítico-superadora a aula pode ser

dividida em três fases, a primeira em que os conteúdos e objetivos são discutidos com os

alunos, a segunda que se refere à apreensão do conhecimento e a terceira na qual se amarram

conclusões, avalia-se os resultados e meios utilizados para que sejam elaboradas as aulas

seguintes. De acordo com Soares et al. (1992, p.87) “a aula nesse sentido aproxima o aluno da

Page 286: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

286

percepção da totalidade de suas atividades, uma vez que lhe permite articular uma ação (o que

faz), com o pensamento sobre ela (o que pensa) e com o sentido que dela tem(o que sente)”.

Esta metodologia tem no conhecimento que o aluno possui da realidade o seu ponto de

partida. Possui por meta a qualificação do conhecimento do aluno sobre esta mesma realidade

de uma forma mais complexa podendo ser entendida sob diversos aspectos. Por fim, a

avaliação privilegia todo o processo Ensino-Aprendizagem.

Percebe-se nessa metodologia, que seus idealizadores preocupam-se com a busca de uma

consciência mais crítica por parte de todos, principalmente das classes menos favorecidas que

em relação ao sistema de dominação e submissão a qual lhes é imposto tentando realizar uma

emancipação do homem na sociedade. Portanto, procuram levar os alunos a constatar, por

meio do estudo e reflexão acerca de temas que envolvem a cultura corporal, constatarem,

interpretar, compreender e explicar a realidade social em que vivem. No entanto, a obra

idealizadora dessa metodologia não é algo pronto, acabado, mas um meio para um possível

encaminhamento metodológico para a área de educação física, na qual o professor possa se

orientar além de buscar outros referenciais que auxiliem na aplicação dos conhecimentos.

Como afirma Bracht (1999, p.82) o grande desafio das propostas progressistas de educação

física está no fato de que “...questões relativas à sua implementação, ou seja, de como fazer

com que elas sejam incorporadas pela prática pedagógica nas escolas”. Sabe-se que uma das

causas é o fato de que a prática está atrelada ao paradigma da aptidão física e esportiva.

Portanto, para superar este paradigma será utilizado materiais didático-pedagógicos e

tecnológicos a fim de complementar e enriquecer a prática pedagógica, tais como: livro

didático; Paraná Digital; TV Multimídia e materiais bibliográficos diversificados, entre

outros. Atendendo a Lei 11645/08, o conteúdo capoeira será desenvolvido de forma a

possibilitar o conhecimento da história e cultura Afro-Brasileira, por meio de pesquisas,

seminários e debates direcionados a compreensão da origem, significado e finalidades da

escravidão e também da capoeira de forma a estabelecer meios orientadores para

compreensão e assimilação da relação econômica do continente africano com o tráfico

negreiro.

AVALIAÇÃO

Page 287: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

287

Um dos primeiros aspectos a ser considerado é a não exclusão, isto é, a avaliação deve estar a

serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das ações

pedagógicas e não seja um elemento externo a esse processo.

Assim, os critérios para a avaliação devem ser propostos, considerando o comprometimento e

envolvimento dos alunos no processo pedagógico.

Portanto, a avaliação deve se caracterizar como um processo contínuo, permanente e

cumulativo, em que o professor organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentado nas

diversas práticas corporais, como a ginástica, o esporte, os jogos e brincadeiras, a dança e a

luta.

A avaliação deve ainda, estar relacionada aos encaminhamentos metodológicos, constituindo-

se na forma de resgatar as experiências e sistematizações realizadas durante o processo de

aprendizagem. Isto é, tanto o professor quanto os alunos poderão rever o trabalho realizado,

identificando avanços e dificuldades no processo pedagógico, com o objetivo de traçar novos

encaminhamentos que reconheçam os acertos e ainda superem as dificuldades constatadas.

No primeiro momento da aula, ou do conjunto de aulas, o professor deve buscar conhecer as

experiências individuais e coletivas advindas das diferentes realidades dos alunos,

problematizando-as. É quando surge uma primeira fonte de avaliação, que possibilita ao

professor reconhecer as experiências corporais e o entendimento prévio por parte dos alunos

sobre o conteúdo que será desenvolvido. Isso pode ser feito de várias maneiras, como: diálogo

em grupos, dinâmicas, jogos, dentre outras.

Ainda é imprescindível utilizar instrumentos que permitam aos alunos se autoavaliarem,

reconhecendo seus limites e possibilidades, para que possam ser agentes do seu próprio

processo de aprendizagem.

Dessa forma a avaliação não deve ser pensada à parte do processo de ensino/aprendizado da

escola mas avançar dialogando com as discussões sobre as estratégias didático-metodológicas,

compreendendo esse processo como algo contínuo, permanente e cumulativo, tendo registro

de notas com média final mínima de 6,0 (seis virgula zero).

Page 288: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

288

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRACHT, V. A Constituição das teorias pedagógicas da educação física. In: Cadernos

Cedes 48. Campinas / SP: UNICAMP, 1999.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de educação física. – São Paulo:

Cortez, 1992.

DAOLIO, Jocimar. Educação Física e conceito de cultura. Campinas, SP: Autores

Associados, 2004.

DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO

ESTADO DO PARANÁ. Educação Física. Secretaria de Estado da Educação – SEED. 2009.

FERRI, Sirlei de Lima, et al. A DANÇA NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E A

METODOLOGIA CRÍTICO-SUPERADORA. Artigo (conclusão PDE). Universidade

Estadual de Maringá, 2008.

GADOTTI, Moacir. História das idéias pedagógicas. 8ª ed. São Paulo: Ática, 2003.

OLIVEIRA, Amauri A. Bássoli de. Metodologias emergentes no ensino da Educação Física.

Revista da Educação Física/UEM, v.8, nº1, p21-27, 1997.

DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA.

Há muito tempo a disciplina de Ensino Religioso participa dos currículos escolares no Brasil

e, em cada período histórico, assumiu diferentes características pedagógicas e legais. Após

uma longa trajetória histórica do Ensino Religioso no Brasil, com a nova redação ao artigo 33

da LDBEN 9394/96, cumpre destacar que, o Ensino Religioso é parte integrante da formação

básica do cidadão, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, sendo

proibida toda forma de proselitismo.

Assim sendo, a disciplina de Ensino Religioso tem muito a acrescentar, pois permitirá que os

educandos possam refletir e entender como os grupos sociais se constituem culturalmente e

como se relacionam com o Sagrado, objeto de estudo.

Page 289: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

289

Também contribui para compreensão da importância das religiões na vida das pessoas, pois

não trata apenas do fenômeno religioso, mas da própria humanidade no seu desenvolvimento

histórico, fundamental nas organizações econômicas, sociais, políticas e culturais, portanto

um conteúdo muito amplo, abrangendo variedades de assuntos relevantes para a formação

básica do cidadão e cidadã.Na aula de Ensino Religioso nossas crianças e adolescentes

crescem na totalidade, respeitando o pluralismo religioso, tendo o pensamento e o espírito

voltados para o universal e tem também em vista a educação para a paz, o diálogo, cidadania,

consciência ecológica e outros temas relacionados à vida cidadã.

DIMENSÕES HISTÓRICAS DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO

Há muito tempo à disciplina de Ensino Religioso participa dos currículos escolares no Brasil

e, em cada período histórico, assumiu diferentes características pedagógicas e legais. Com o

advento da República, contudo, e do ideal positivista de separação entre Estado e Igreja, todas

as instituições e assuntos de ordem pública e consequentemente a educação do povo foram

incumbidos da tarefa de se reestruturar de acordo com o critério de laicidade interpretada no

sentido de neutralidade religiosa. Em 1934, o Estado Novo procurou pôr fim a esta querela

com a introdução da disciplina de Ensino Religioso nos currículos da educação pública,

salvaguardando o direito individual de liberdade de credo. Para atender tanto as demandas

republicanas quanto as demandas confessionais, ele apresentou, em forma de lei, uma

proposta de ensino da temática religiosa que, por um lado, garantisse a existência de uma

disciplina desse teor na educação pública e que, por outro lado, mantivesse um caráter

facultativo para os estudantes não católicos. O artigo da Constituição da Era Vargas que

tratava do Ensino Religioso dizia, portanto, o seguinte: “O ensino religioso será de freqüência

facultativa e ministrada de acordo com os princípios da confissão religiosa do aluno

manifestada pelos pais ou responsáveis e constituirá matéria dos horários nas escolas públicas

primárias, secundárias, profissionais e normais. (BRASIL, 1934, art.153)”.

No Brasil, a força desses posicionamentos só foi sentida em meados da década de 60, quando

o aspecto confessional do Ensino Religioso foi suprimido do inciso IV do artigo 168 da

Constituição de 1967: “o ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos

horários normais das escolas oficiais de grau primário e médio”. Foi aberta, então, a

possibilidade de reelaborarão da disciplina em função de uma perspectiva aconfecional de

ensino. O estado se esquivava, continuamente, de sua responsabilidade com o Ensino

Religioso, o que resultava na fragmentação da identidade dessa disciplina.

Page 290: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

290

A possibilidade de um Ensino Religioso aconfessional e público só se concretizaram

legalmente na redação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 e sua

respectiva correção, em 1997, pela Lei 9.475. De acordo com o artigo 33 da LDBEN, o

Ensino Religioso recebeu a seguinte caracterização:

Art. 33 – O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica

do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de Ensino Básico

assegurando o respeito à diversidade religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de

proselitismo.

1º. Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos conteúdos do

Ensino Religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão de professores.

2º. Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes demoninações

religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso.

Pela primeira vez na história da inclusão dos temas religiosos na educação brasileira, foi

proposto um modelo laico e pluralista com a intenção de impedir qualquer forma de prática

catequética nas salas de aula pública.

JUSTIFICATIVA

Pretende-se com a disciplina de Ensino Religioso que o aluno se torne uma pessoa esclarecida

quanto à diversidade religiosa presente no Brasil e no mundo e desta forma, aprender a

respeitar os outros nas suas diferenças e a conviver respeitosamente com pessoas de diferentes

religiões e culturas, bem como proporcionar aos educandos oportunidades de se tornarem

capazes de entender os momentos específicos das diversas culturas, colaborando para a

autêntica cidadania.

Os conteúdos trabalhados nas aulas, de Ensino Religioso privilegiam o estudo das diferentes

manifestações do Sagrado no coletivo, a partir da concepção prevista na legislação e nas

novas Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental.

Page 291: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

291

CONTEÚDOS:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Paisagem Religiosa,

Universo Simbólico Religioso,

Textos Sagrados

PAISAGEM RELIGIOSA

À Materialidade fenomênica do Sagrado, a qual é apreendida através dos sentidos. É a

exterioridade do Sagrado e sua concretude, os espaços Sagrados.

UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO

À apreensão conceitual através da razão, pela qual se concebe o Sagrado pelos seus

predicados e reconhece-se sua lógica simbólica. È entendido como sistema simbólico e

projeção cultural.

TEXTOS SAGRADOS

À tradição e à natureza do Sagrado enquanto fenômeno. Neste sentido é reconhecido através

das Escrituras Sagradas, das Tradições Orais Sagradas e dos Mitos. Tais conteúdos não devem

ser abordados isoladamente, pois são referências que se relacionam intensamente, contribuem

para a compreensão do objeto de estudo e orientam a definição dos conteúdos básicos e

específicos.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

O ENSINO RELIGIOSO NA ESCOLA PÚBLICA

Orientações Legais

Objetivos

Principais diferenças entre as aulas de Religião e o Ensino Religioso como disciplina escolar.

LUGARES SAGRADOS

Page 292: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

292

Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de reverência, de

culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado nestes locais.

Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.

Lugares construídos: templos, cidades sagradas, etc.

TEXTOS ORAIS E ESCRITOS – SAGRADOS

Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escritos pelas diferentes culturas

religiosas.

Literatura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas, orações, etc.)

Exemplos: Vedas - Hinduismo, Escrituras Bahá'ís - Fé Bahá'I, Tradições Orais Africanas,

Afro-brasileiras e Ameríndias, Alcorão - Islamismo, Etc.

ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS

As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados institucionalmente.

Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as suas principais características de

organização, estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam as diferentes

formas de compreensão e de relações com o sagrado.

Fundadores e/ou Líderes Religiosos.

Estruturas Hierárquicas.

Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais: Budismo (Sidarta Gautama),

Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec), Taoísmo (Lao Tsé), Etc.

Inserir projetos interdisciplinares, citando:

Boas atitudes;

Valorização à vida, campanhas anti-drogas, da paz e meio ambiente;

Texto sagrado;

Tempo de agradecer.

SÍMBOLOS RELIGIOSOS

Os símbolos são linguagens que expressam sentidos, comunicam e exercem papel relevante

para a vida imaginativa e para constituição das diferentes religiões no mundo.

Símbolos das religiões existentes.

Page 293: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

293

CONTEÚDOS BÁSICOS:

RITOS

São práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas por um conjunto de

rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação de um acontecimento sagrado

anterior, é imitação, serve à memória e à preservação da identidade de diferentes

tradições/manifestações religiosas e também podem remeter a possibilidade futuras a partir de

transformações presentes.

Ritos de passagem

Mortuários

Propiciatórios

Outros

Exemplos: Dança (Xire) - Candomblé, Kiki (kaingang - ritual fúnebre), Via Sacra, Festejo

índigena de colheita, etc.

FESTAS RELIGIOSAS

São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos diversos:

confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes.

Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas.

Exmplos: Festa do Dente Sagrado( Budismo), Ramadã (Islâmica), Kuarup (indígena), Festa

de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), Etc.

VIDA E MORTE

As respostas elaboradas para vida além da morte nas diversas tradições/manifestações

religiosas e sua relação com o sagrado.

O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas;

Reencarnação;

Ressurreição - ação de voltar à vida;

Além morte;

Page 294: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

294

Ancestralidade - vida dos antepassados - espíritos dos antepassados se tornam

presentes;

Outras interpretações.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O Ensino Religioso no sentido de contribuir para a formação da cidadania, como toda

disciplina escolar, tem uma prática docente metodológica própria.

Numa visão pedagógica e holística, o educando conhecerá ao longo do Ensino Fundamental

os elementos básicos que compõem o fenômeno religioso, para que possa entender melhor a

sua busca de Transcendente.

No Ensino Religioso não se pode afirmar haver receitas prontas, fórmulas, métodos prontos e

definitivos, pois estaríamos desconsiderando diversas variáveis que, num movimento cíclico

entre sociedade-escola, se constituem.

Logo, as práticas pedagógicas desenvolvidas em Ensino Religioso em sala de aula, serão no

sentido de fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas, ampliando e valorizando

o universo cultural dos alunos, com articulação de conteúdo, diálogo, sensibilidade à

pluralidade, mediar conflitos e também atenção especial aos alunos com necessidades

especiais, na inclusão social.

AVALIAÇÃO

Em Ensino Religioso é necessário destacar que os procedimentos avaliativos não tem a

mesma orientação que a maioria das disciplinas no que se refere a atribuição de notas ou de

conceitos. Não se constitui objeto de reprovação, mas não deixa de ser importante no processo

educativo.

Posso identificar, por exemplo, através de ações em que medida o aluno:

Respeita a pluralidade religiosa;

Aceita as diferenças;

Page 295: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

295

Expressa relação harmoniosa em sala de aula, com os colegas;

É atencioso com os alunos que tenham necessidades especiais, os da inclusão;

Participar com prazer de todas as atividades propostas, tais como: textos, debates,

teatro, música, questionamentos, registro formal do conteúdo apresentado,

dramatizações, relatórios e apresentações nas celebrações culturais da escola, durante

o ano.

A avaliação permite diagnosticar o quanto o aluno se apropriou do conteúdo, como resolveu

as questões propostas, como reconstituiu seu processo de concepção da realidade social e,

como, enfim ampliou o seu conhecimento em torno do objeto de estudo do Ensino Religioso,

o Sagrado, sua complexidade, pluralidade, amplitude e profundidade.

REFERÊNCIAS

- ALVES, Rubem. O que é religião? São Paulo: Loyola, 1999.

- BACH, Marcus. As grandes religiões do mundo. Rio de Janeiro: Record, 1998.

- BOWKWER, John. Para entender as religiões. São Paulo: Ática, 1997.

- BRASIL/MEC, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações

Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

Brasília- DF, 2004.

_______. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de

1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo

oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”,

e dá outras providências. In: Brasil. Ministério da Educação. Diretrizes curriculares

nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e

cultura afro-brasileira e africana. Brasília: MEC/Secretaria Especial de Políticas de

Promoção de Igualdade Racial/ Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e

Diversidade. 2004.

_______. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.In:BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.

- Coleção Alegria de Viver - Maria Izabel de O. Longu - Editora Moderna.

- Coleção Conversa Sobre Cidadania - Edson G. Garcia - Maria Amélia - F.T.D.

- Coleção de Mãos Dadas - Amélia Schneiders e Avelino A. Correia - Editora Scipione.

- Coleção Redescobrindo o Universo Religioso - Rogério F. Narloch - Editora Vozes.

- FRANKL, Viktor Emil. Em Busca de Sentido.

Page 296: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

296

- GIBRAN, Kahlil. Para além das palavras. São Paulo: Paulinas, 1995.

- GRUEN, Wolgang. O Ensino Religioso na Escola. Petrópolis: Vozes, 1995.

- HINNELS, John R. Dicionário das religiões. São Paulo: Cultrix, 1989.

- Jornal: Folha de Londrina.

- LIBÂNIO, João Batista. A Busca do Sagrado. São Paulo: FTD, 1991.

- Revistas: Veja, Agitação, Mundo Jovem, Diálogo, Rainha, Mundo Jovem.

- PARANÁ. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no ensino

fundamental e médio da rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina história do

Paraná. Diário Oficial do Paraná, Curitiba, n. 6134, 18 dez. 2001.

________. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica:

ENSINO RELIGIOSO

- Projeto Político-Pedagógico do Colégio Estadual Marechal Costa e Silva Ensino

Fundamental e Médio.

DISCIPLINA DE FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

“Não há filosofia que se possa aprender só se aprende a filosofar”(Emmanuel

Kant).

É comum iniciarmos o estudo de uma disciplina, procurando obter sua definição. No caso da

filosofia, no entanto, não é aconselhável aprender dessa maneira. O mais importante é

aprender a filosofar.

O grande filósofo alemão Emmanuel Kant (1724-1804) costumava dizer a seus alunos: “Não

lhes pretendo ensinar tal qual o sistema filosófico, mas ensinar-lhes a aprender a filosofar por

si próprios, a formar uma opinião própria”.

A ESSÊNCIA DA FILOSOFIA

A etimologia da palavra filosofia costuma o certo da atitude de Kant. O vocabulário originário

do verbo grego philosophein, que significa em sua estrutura verbal, amar a sabedoria,

Page 297: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

297

entendida como reflexão do homem a cerca da vida e do mundo. A filosofia, portanto, não é a

sofia mesma, ciência e sabedoria ao mesmo tempo. É somente o desejo, a procura dessa sofia.

A essência da filosofia é a procura do saber e não da sua posse.

Se a filosofia é a procura e não a posse, podemos dizer que o trabalho filosófico é um trabalho

de reflexão. A palavra reflexão vem do verbo latino reflete, que significa voltar a trás,

portanto significa retomar, reconsiderar os dados disponíveis, revisar, examinar detidamente,

prestar atenção e analisar com cuidado.

EXIGÊNCIAS DA REFLEXÃO FILOSÓFICA

Para que uma reflexão possa ser chamada de filosófica é preciso que satisfaça a uma série de

exigências. Demerval Saviani resume essas exigências em apenas três requisitos: a

radicalidade, o rigor e a globalização. Isso quer dizer que a reflexão filosófica, para ser tal

deve ser: radical, rigorosa e de conjunto.

RADICAL: Em primeiro lugar exige-se que o problema seja colocado em termos radicais,

entendida a palavra radical no seu sentido mais próprio e imediato. Quer dizer, é preciso que

se vá às raízes da questão, até seus fundamentos. Em outras palavras exige-se que se opere

uma reflexão em profundidade.

RIGOROSA: Em segundo lugar, e como para garantir a primeira exigência, deve-se proceder

com rigor, ou seja, sistematicamente, segundo métodos determinados, colocando-se em

questão as conclusões da sabedoria popular e as generalizações apressadas que a ciência

ensejar.

CONJUNTO: Em terceiro lugar, o problema não pode ser examinado de modo parcial, mas

numa perspectiva de conjunto, relacionando-se o aspecto em questão com os demais aspectos

do contexto em que está inserido. É nesse ponto que a filosofia se distingue da ciência, a

filosofia de modo mais marcante.

Com efeito, ao contrário da ciência, a filosofia não tem objeto determinado, ela dirige-se a

qualquer aspecto da realidade, desde que seja problemático: seu campo é o problema, esteja

onde estiver. Melhor dizendo, seu campo de ação é o problema enquanto não se sabe onde

Page 298: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

298

está: por isso se diz que a filosofia é busca. E é nesse sentido também que se pode dizer que a

filosofia abre caminho para a ciência, através da reflexão, ela localiza o problema tornando

possível a sua delimitação na área de tal ou qual ciência, que pode então analisá-lo, e quiçá,

solucioná-lo. Além disso, enquanto a ciência isola o seu aspecto do contexto e o analisa

separadamente, a filosofia, embora dirigindo-se às vezes apenas a uma parcela da realidade,

insere-se no contexto e a examina em função do conjunto.

DIMENSÕES HISTÓRICAS DA FILOSOFIA E SEU ENSINO

Constituída como pensamento há mais de 2600 anos, a Filosofia, que tem a sua origem na

Grécia antiga, traz consigo o problema de seu ensino a partir do embate entre o pensamento

de Platão e as teorias dos sofistas. Naquele momento, tratava-se de compreender a relação

entre o conhecimento e o papel da retórica no ensino. Por um lado, Platão admitia que, sem

uma noção básica das técnicas de persuasão, a prática do ensino da filosofia teria efeito nulo

sobre os jovens. Por outro lado, também pensava que se o ensino de Filosofia se limitasse à

transmissão de técnicas de sedução do ouvinte, por meio de discursos, o perigo seria outro: a

Filosofia favoreceria posturas polêmicas, como o relativismo moral ou o uso pernicioso do

conhecimento.

A história da filosofia e as idéias dos filósofos que nos precederam constituem, assim, uma

fonte inesgotável de inspiração e devem alimentar constantemente as discussões realizadas

pelo professor e pelos estudantes em sala de aula. Os problemas, as idéias, os conceitos e os

conteúdos estruturantes devem ser desenvolvidos, portanto, de tal forma que os diversos

períodos da história da filosofia e as diversas maneiras através das quais eles discutem as

questões filosóficas sejam levados em consideração.

Ao examinar a Filosofia antiga, por exemplo, percebe-se com facilidade que ela se

caracteriza, inicialmente, pela preocupação com as questões de ordem cosmológica, isto é,

com a exploração das perguntas relativas à natureza e ao seu ordenamento. Posteriormente,

ela amplia seus horizontes de discussão e inclui investigações sobre a condição humana.

Na Idade Média, a Filosofia era fortemente marcada pelo teocentrismo, pensamente de

características muito diferentes das que prevaleciam no período anterior.

Page 299: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

299

A desestruturação do Império Romano foi concomitante ao crescimento da Igreja como poder

eclesiástico, fundamentado nas teologias políticas que foram elaboradas pelos teóricos

cristãos. A função dessas teologias políticas era a ordenação, a hierarquização e o controle da

sociedade, sob os auspícios da lei divina. Nesse contexto, a filosofia, retirada do espaço

público, passa a ser prerrogativa da igreja.

O medievo é, assim, marcado pela inspiração divina da Bíblia, pelo monoteísmo pelo

criacionismo, pela idéia do pecado original, pelo conceito cristão de amor (ágape)e por uma

nova concepção de Homem, cuja essência encerra a condição de igualdade como criatura

divina. A Filosofia da Idade Média, nos seus dois grandes períodos, Patrística (séc.II ao VIII)

e Escolástica (séc.IX ao XIV).

Na modernidade, a busca da autonomia da razão e da constituição da individualidade se

confronta com os discursos abstratos sobre Deus e sobre a alma, substituindo-os,

paulatinamente, pelo pensamente antropocêntrico. A Filosofia declara sua independência da

Teologia e os pensadores passam a tratar principalmente de questões filosófico-científicas

(Racionalismo, Empirismo e Criticismo). O homem descobre sua importância ao

compreender as lógicas da natureza, da sociedade e do universo. Ser moderno significa

valorizar o homem (antropocentrismo); não aceitar passivamente o critério da autoridade ou

da tradição; valorizar a experimentação; separar os campos da fé e da razão; confiar na razão,

que se bem empregada permite o conhecimento objetivo do mundo com benefícios para o

homem.

A filosofia contemporânea é resultado da preocupação com o homem, principalmente no

tocante à sua historicidade, sociabilidade, secularização da consciência, o que se constata

pelas inúmeras correntes de pensamento que vêm constituindo esse período.

A partir do final do século XIX, a Filosofia é marcada pelo pluralismo de idéias, o que

permite pensar de maneira específica cada um dos conteúdos estruturantes apresentados

nestas Diretrizes. Ainda que os problemas pensados hoje também tenham se apresentado,

anteriormente, como problemas, a atividade filosófica deve considerar as características e

perspectivas do pensamento que marcam cada período da historia da Filosofia.

Page 300: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

300

Evidentemente, cada processo de escolha determina ausências e toda ausência gera

questionamento. Por que não adotamos um percurso cronológico segundo a história da

Filosofia? Ora, não se trata de abandonar a história da Filosofia, pois a opção por conteúdos

estruturantes compreende também o trabalho com os textos clássicos dos filósofos. Trata-se

de garantir que o ensino de filosofia não perca algumas características essenciais da

disciplina, como por exemplo, a capacidade de dialogar de forma crítica e mesmo provocativa

com o presente. As experiências com abordagem estritamente cronológica e linear não

costumam favorecer esse necessário diálogo. Ainda, importa destacar que os currículos dos

cursos de graduação em Filosofia que trabalham com a disciplina História da Filosofia não se

restringem a essa abordagem.

DIMENSÕES HISTÓRICAS DO ENSINO DE FILOSOFIA NO BRASIL

No Brasil, a Filosofia como disciplina figura nos currículos escolares desde o ensino jesuítico,

ainda nos tempos coloniais sob as leis do Ratio Studiorum – documento publicado em 1599,

que segundo Ribeiro (1978) objetivava a organização e o planejamento do ensino dos jesuítas,

com base em elementos da cultura européia, ignorando a realidade, as necessidades e

interesses dos índios, do negro e do colono. Com a Proclamação da República, a Filosofia

passou a fazer parte dos currículos oficiais, até mesmo como disciplina obrigatória. Essa

presença não significou, porém, um movimento de critica à configuração social e política

brasileira, que oscilou entre a democracia formal, o populismo e a ditadura. A partir de um

dos documentos educacionais mais importantes de então – o Manifesto dos Pioneiros da

Educação Nova de 1932 -, que pretendia reconstruir a educação no Brasil, percebe-se que os

currículos escolares sofreram uma queda significativa da participação das humanidades. A

nova política educacional da era Vargas, especialmente após a constituição de 1937, previa o

desenvolvimento da educação técnica profissional, de nível secundário e superior, como base

da economia nacional, com a necessária variedade de tipos de escola. Esse padrão

predominou até 1961,

A LDB n.4.024/61 extinguiu a obrigatoriedade do ensino de Filosofia e, com a Lei

n.5.692/71, durante a ditadura, a Filosofia desaparecia dos currículos escolares do Segundo

Grau, sobretudo por não servir aos interesses políticos, econômicos e ideológicos do período.

Page 301: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

301

A partir da década de 1980, com o processo de abertura política e de redemocratização do

país, as discussões e movimentos pelo retorno da Filosofia ao Ensino Médio (à época,

denominado Segundo Grau) ocorreram em vários estados do Brasil. Na Universidade Federal

do Paraná, professores ligados à Filosofia iniciaram um movimento que contava com

articulações políticas e organização de eventos na defesa da retomada do espaço da Filosofia,

em contestação à educação tecnicista, oficializada pela Lei n.5692/71. A Lei de Diretrizes

e Bases da Educação n. 9.394/96, no art.36, determinava que, ao final do Ensino Médio, o

estudante deveria “dominar os conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao

exercício da cidadania”. O caráter transversal dos conteúdos filosóficos aparecia com clareza

nos documentos oficiais, cumprindo a exigência da Lei quanto à necessidade de domínio dos

conhecimentos filosóficos, mas, sem a exigência da introdução efetiva da disciplina na matriz

curricular das escolas de Ensino Médio.

CONTEÚDOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Mito e Filosofia;

Teoria do conhecimento;

Ética;

Filosofia Política;

Filosofia da Ciência;

Estética.

Tais conteúdos estruturantes propiciam estimular o trabalho da mediação intelectual, o pensar,

a busca da profundidade dos conceitos e das suas relações históricas, em oposição ao caráter

imediatista que assedia e permeia a experiência do conhecimento e as ações dela resultantes.

Dada a sua formação, sua especialização, suas leituras, o professor de Filosofia poderá fazer

seu planejamento a partir dos conteúdos estruturantes e fará o recorte – conteúdo básico – que

julgar adequado e possível. Por exemplo: para trabalhar os conteúdos estruturantes éticas e/ou

Filosofia Política, professor poderá fazer um recorte a partir da perspectiva da Filosofia

latino-americana ou de qualquer outra, tendo em vista a pluralidade filosófica da

Page 302: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

302

contemporaneidade. Importante é que o ensino de filosofia se dê na perspectiva do diálogo

filosófico, sem dogmatismo, niilismo e doutrinação, portanto sem qualquer condicionamento

do estudante para o ato de filosofar.

O trabalho com os conteúdos estruturantes não exclui, de forma alguma, a história da

Filosofia nem as perspectivas que aqui denominamos geográficas. Os conteúdos estruturantes

fazer parte da História da Filosofia e podem ser trabalhados em diversas tradições, como na

Filosofia européia, na ibero-americana, na latino-americana, na norte-americana, na hispano-

americana, entre outras.

Notadamente, Filosofia é o espaço da crítica a todo conhecimento dogmático e por ter como

fundamento o exame da própria razão, não se furta à discussão nem à superação das filosofias

de cunho eurocêntrico.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Mito e Filosofia

Saber mítico

Saber Filosóficos

Relação mito e filosofia

Atualidade do mito

O que é Filosofia?

Compreender a relação do pensamento mítico com o pensamento racional, no contexto grego,

torna-se pertinente para que o educando perceba que os mesmos conflitos vividos pelos

gregos entre mito e razão são problemas presentes ainda hoje em nossa sociedade. Por

exemplo, ao deparar-se com o elemento da crença mitológica, a ciência, para muitos se

apresenta como neutra e esconde sistematicamente seus interesses políticos e econômicos.

Teoria do Conhecimento

Possibilidades do conhecimento;

As formas de conhecimento;

O problema da verdade;

A questão do método;

Page 303: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

303

Conhecimento e lógica.

Constituída como campo do conhecimento filosófico de forma autônoma apenas na

Idade Moderna, a teoria do conhecimento se ocupa de modo sistemático como a origem, a

essência e a certeza do conhecimento humano. Basicamente, aborda questões como:

Critérios de verdade – O que permite reconhecer o verdadeiro?

Possibilidade do conhecimento – Pode o sujeito apreender o objeto?

Âmbito do conhecimento – Abrange ele a amplitude do real ou se restringe ao sujeito

que conhece?

Origem do conhecimento – Qual é a fonte do conhecimento?

Em contato com as questões acima e ao deparar-se com a realidade que o cerca, o estudante

do Ensino Médio pode exercer a atividade filosófica ao tentar encontrar caminhos e respostar

diferentes para elas.

Além de evidenciar para o educando os limites do conhecimento, este conteúdo lhe possibilita

perceber fatores históricos e temporais que influíram na sua elaboração e assim retomar

problemáticas já pensadas na perspectiva de novas soluções relativas a seu tempo.

Ética

Ética e moral;

Pluralidade ética;

Ética e violência;

Razão, desejo e vontade;

Liberdade: antanomia do sujeito e a necessidade das normas.

A ética enquanto conteúdo escolar tem por foco a reflexão da ação individual ou coletiva na

perspectiva da Filosofia. Mais que ensinar valores específicos trata-se de mostrar que o agir

fundamentado propicia consequências melhores e mais racionais que o agir sem razão ou

justificativas.No Ensino Médio, importa chamar a atenção para os novos desafios da ética na

vida contemporânea, quando enfrentamos, por exemplo, a contradição entre projetos de

Page 304: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

304

construção de sociedades livres e democráticas e o crescimento dos fundamentalismos

religiosos e do pragmatismo político que busca reordenar os espaços privados e públicos.

Filosofia Política

Relações entre comunidade e poder;

Liberdade e igualdade política;

Política e ideologia;

Esfera pública e privada;

Cidadania formal e/ou participativa.

Vive-se um tempo em que os direitos humanos e políticos conquistados a partir do século

XVIII não garantem os direitos sociais mais elementares para a maioria das pessoas. Assim,

pensar o processo da ideologização da democracia e, consequentemente, o formalismo

jurídico que tem se sobreposto à substancialização dos direitos, às formas de dominação, bem

como alternativas políticas ao que está instituído, são tarefas importantes da filosofia política.

No Ensino Médio, a Filosofia Política, por meio dos textos filosóficos, tem por objetivo

problematizar conceitos como o de cidadania, democracia, soberania, justiça, igualdade e

liberdade, dentre outros, de maneira a preparar o estudante para uma ação política consciente

e efetiva.

Filosofia da Ciência

Concepções de ciência;

A questão do método científico;

Contribuições e limites da ciência;

Ciência e ideologia;

Ciência e ética.

Vivemos um momento de ufanismo da ciência. Temas como genoma, transgênico e clonagem

estão em nosso cotidiano e são apresentados de forma cristalizada, definitiva, e indicam que

fazemos parte de uma civilização que elabora sob medida as condições ideais de nossa

existência numa perspectiva técnico-científica. A Filosofia da Ciência se oferece como um

conteúdo capaz de questionar tal concepção.No Ensino Médio, portanto, importa estudar a

Page 305: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

305

Filosofia da Ciência na perspectiva da produção e do produto do conhecimento científico,

problematizar o método e possibilitar o contato com o modo como os cientistas trabalham e

pensam.

Estética

Natureza da arte;

Filosofia e arte;

Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, etc.

Estética e sociedade.

A atitude problematizadora e investigativa, característica da Filosofia, volta-se também para a

realidade sensível. Compreender a sensibilidade, a representação criativa, a apreensão

intuitiva do mundo concreto e a forma como elas determinam as relações do homem com o

mundo e consigo mesmo, é objeto do conteúdo estruturante Estética. Voltada

principalmente para a beleza e à arte, a Estética está intimamente ligada à realidade e às

pretensões humanas de dominar, moldar, representar, reproduzir, completar, alterar, apropriar-

se do mundo como realidade humanizada.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO.

O trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e seus conteúdos básicos da-se-á em

quatro momentos:

A mobilização para o conhecimento;

A problematização;

A investigação;

A criação de conceitos.

O ensino da Filosofia pode começar, por exemplo, pela exibição de um filme ou de uma

imagem, da leitura de um texto jornalístico ou literário ou da audição de uma música. São

inúmeras as possibilidades de atividades conduzidas pelo professor para instigar e motivar

possíveis relações entre o cotidiano do estudante e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido. A

isso se denomina, nestas Diretrizes, mobilização para o conhecimento. A seguir, inicia-se o

trabalho propriamente filosófico: a problematização, a investigação e a criação de conceitos, o

que não significa dizer que a mobilização não possa ocorrer diretamente a partir do conteúdo

Page 306: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

306

filosófico.A partir do conteúdo em discussão, a problematização ocorre quando professor e

estudantes levantam questões, identificam problemas e investigam o conteúdo. É importante

ressaltar que os recursos escolhidos para tal mobilização – filme, música, texto e outros –

podem ser retomados a qualquer momento do processo de aprendizagem.

Ao problematizar, o professor convida o estudante a analisar o problema, o qual se faz por

meio da investigação, que pode ser o primeiro passo para possibilitar a experiência filosófica.

É imprescindível recorrer à história da Filosofia e aos textos clássicos dos filósofos, pois neles

o estudante se defronta com o pensamento filosófico, com diferentes maneiras de enfrentar o

problema e, com as possíveis soluções já elaboradas, as quais orientam e dão qualidade à

discussão.

O ensino de Filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida, por isso é

importante que, na busca da resolução do problema, haja preocupação também com uma

análise da atualidade, com uma abordagem que remete o estudante à sua própria realidade.

Dessa forma, a partir de problemas atuais estudados a partir da História da Filosofia, do

estudo dos textos clássicos e de sua abordagem contemporânea, o estudante do Ensino Médio

pode formular conceitos e construir seu discurso filosófico. O texto Filosófico que ajudou os

pensadores a entender e analisar filosoficamente o problema em questão será trazido para o

presente com o objetivo de entender o que ocorre hoje e como podemos, a partir da Filosofia,

atuar sobre os problemas de nossa sociedade.

Os desafios contemporâneo, no que se trata da cultura afro-brasileira, indígena, prevenção ao

uso de drogas, sexualidade, educação ambiental, enfrentamento à violência serão

desenvolvidas das seguintes formas:

5. As aulas serão desenvolvidas através de atividades orientadas e debates a respeito da

temática de cada unidade do curso e a partir das questões levantadas pelos

participantes após leitura dos textos indicados;

6. Nas discussões, será solicitado aos alunos que incluam relatos e análises a partir das

observações feitas nos estágios;

7. Além das discussões e análises teóricas, os alunos produzirão registros escritos

relativos aos temas de cada unidade. Estes registros escritos terão o formato de

Page 307: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

307

8. pequenos ensaios e laboratório de atividades sobre o ensino de Filosofia;

9. Grande parte das atividades propostas deve ser realizada fora da sala de aula e

pressupõe disponibilidade de tempo para a realização.

Serão utilizados diferentes tipos de recursos como: textos diversificados, atuais e livros,

revistas e do livro didático público, vídeos referentes ao que está sendo trabalhado, TV pen-

drive, filmes, dinâmicas, materiais didáticos diversos.

Conforme a LDB n. 9394/96, no seu artigo 24, avaliação deve ser concebida na sua função

diagnóstica e processual, isto é, tem a função de subsidir e mesmo redirecionar o curso da

ação no processo ensino-aprendizagem. Apesar de sua inequívoca importância individual, no

ensino de Filosofia, avaliação não se resumiria a perceber o quanto o estudante assimilou do

conteúdo presente na história da Filosofia, ou nos problemas filosóficos, nem a examinar sua

capacidade de tratar deste ou daquele tema.Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do

estudante do Ensino Médio de trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:

Qual discurso tinha antes;

Qual conceito trabalhou;

Qual discurso tem após;

Qual conceito trabalhou.

A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento, por meio da

análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa após o estudo. Com

isso, torna-se possível entender a avaliação como um processo.

Além disso, serão utilizados instrumentos avaliativos como:

Avaliações escritas (provas);

Pesquisas;

Trabalhos

Atividades escritas diversificadas.

Referência:

Page 308: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

308

ASPIS, R. O professor de Filosofia: o ensino da filosofia no Ensino Médio como

experiência filosófica. Cadernos CEDES. Campinas. N. 64, 2004.

BRASIL, Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares do ensino médio.

Brasília: MEC/SEB, 2004.

BRASIL. Ministério de Educação. Orientações curriculares do ensino médio. Brasília.

MEC/SEB, 2006.

CORBISIER, R. Introdução à filosofia. 2 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,

1986, v.1.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica,

Filosofia. Curitiba: SEED, 2007. (Livro didático público).

PARANÁ, Sociedade de Estudos e Atividades Filosóficas. Textos SEAF, Curitiba,

V.2 n.3, 1981.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Proposta curricular para o ensino de

filosofia no 2.º grau. Curitiba, 1994.

REALE, G.; ANTISERI, D. História da filosofia: patrística e escolástica. São Paulo:

Paulus, 2003.

RIBEIRO, M. L. S. História da educação brasileira: a organização escolar. São Paulo:

Cortez & Moraes, 1978.

FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O objeto de estudo da Física é o Universo e toda sua amplitude, por isso a disciplina

concentra-se no estudo dos fenômenos tentando explicá-los e entende-los.

A mais antiga das ciências é a astronomia, que surgiu da necessidade do homem em

compreender os fenômenos naturais dos quais ele era alvo até aquele momento, com relação à

moradia, alimentação e sobrevivência.

Até o período Renascentista, a Física estava muito ligada ás disciplinas matemáticas como a

Geometria euclidiana, à Astronomia de Ptolomeu e aos estudos desenvolvidos por Aristóteles.

Page 309: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

309

Graças a estudos de vários cientistas como Galileu Galilei, Isaac Newton e muitos outros, a

Física é vista como hoje e faz uso da Matemática para explicar os fenômenos provocados pela

ação de forças naturais ou humanas.

O estudo da Física hoje pretende desenvolver no educando uma consciência crítica do

mundo para buscar o conhecimento científico, tendo em vista uma compreensão mais

profunda dos fenômenos da natureza que os cercam.

Assim, a Física contribui para o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a

beleza da produção científica e compreender a necessidade deste conhecimento para entender

o universo de fenômenos que o cerca, percebendo a não neutralidade de sua produção, bem

como os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais desta ciência, seu

comprometimento e envolvimento com as estruturas que representam esses aspectos.

A compreensão da Teoria através da prática mostra a possibilidade de domínio do homem

sobre as transformações de sua interferência sobre a natureza.

Aprendendo conceitos através da articulação e organização de conteúdos próprios,

trabalhando todos através da reflexão e questionamentos é fundamental para construção do

conhecimento científico.

CONTEÚDOS

O estudo da Física está dividido em três conteúdos estruturantes:

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Movimento

CONTEÚDOS BÁSICOS

-Momentum, inércia e a conservação do momentum

-Variação da quantidade de movimento = impulso e 2ªLei de Newton

-Gravidade

-3ªLei de Newton e as condições de equilíbrio

-energia e Princípio da Conservação da Energia

-Fluidos

Page 310: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

310

-Oscilações

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Termodinâmica

CONTEÚDOS BÁSICOS

-Lei Zero da Termodinâmica

-1ªLei da Termodinâmica

-2ªLei da Termodinâmica

-Entropia e a 3ªLei da Termodinâmica

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Eletromagnetismo

CONTEÚDOS BÁSICOS

-Carga elétrica

-Campo

-Força Eletromagnética

-Equação de Maxwell

-Princípio da Conservação da Energia

-Luz

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Em Física, é importante a realização de exercícios a partir da exposição elaborada pelo

educador, buscando respostas a determinadas situações. Além disso, a construção dos

conceitos físicos através de situações reais proporciona ao aluno a consciência de que já

possui certo conhecimento, só resta associa-lo ao conhecimento elaborado.

Trabalharemos os conteúdos em forma de problemas, elaborando conceitos básicos, um

desafio à reflexão do aluno, para efeito no desenvolvimento do raciocínio lógico em todos os

movimentos de análise, abstração, síntese e generalização, desenvolvendo uma lógica do

raciocínio para defesa de sua opinião e avaliação do ponto de vista apresentado por um

colega.

O trabalho com os erros é bastante construtivo, encarando-os como parte integrante da

elaboração do saber, o qual necessita passar por fases de ensaios e testes, por confrontações e

por justificações que levam à reformulação do raciocínio e do processo de resolução.

Page 311: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

311

Na disciplina de Física também serão desenvolvidos os desafios Educacionais

contemporâneos e a diversidade, utilizando assuntos como: Educação Ambiental, Educação

do Campo, Educação Fiscal, entre outros à medida que houver essa possibilidade nos

conteúdos.

Os recursos tecnológicos podem ser utilizados como elemento de apoio para o ensino,

também como ferramenta para a facilitação do aprendizado. As experiências também

possibilitam desenvolver diferentes conceitos, promovem o ensino em “fazer sem imposição”,

pois levam o aluno a observar eventos, elaborar soluções e desenvolver o raciocínio.

Em resumo, os conteúdos serão desenvolvidos através de:

Conversação professor-aluno;

Demonstração e prática de exercícios;

Uso do livro didático e paradidáticos para a resolução de atividades;

Explicações orais com desenvolvimento das atividades no quadro de giz;

Utilização de vídeos e apresentações de slides relacionados à disciplina;

Utilização do computador para exploração de softwares educativos e

complementares;

Pesquisas em livros, revistas e jornais de acordo com o conteúdo trabalhado;

Trabalhos em grupo;

Trabalhos envolvendo leitura e interpretação de textos físicos;

AVALIAÇÃO

O aluno será permanentemente acompanhado pelo professor no processo de

ensino/aprendizagem, pois se entende a avaliação como um processo. Para avaliarmos

aspectos importantes, como o desenvolvimento e as mudanças de raciocínio utilizando os

saberes adquiridos, diversificam-se as formas e instrumento de avaliação. É fundamental que

reflitamos, ao máximo, a diversidade listada a seguir para que esteja em consonância com a

proposta apresentada. São elas:

Page 312: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

312

Avaliação coerente, dinâmica e constante, oportunizando a fixação e a automação

dos conteúdos já dominados. O professor deve explorar questões que envolva

conceitos de forma clara.

Prova escrita, pois é também uma necessidade do professor para medir o quanto

conseguiu transmitir aos alunos, seus conhecimentos;

Avaliação oral com objetivo de motivar o aluno a estudar, pois terá a oportunidade

de mostrar seus conhecimentos para a classe;

Relatórios de atividades em grupo ou individuais;

Trabalhos de pesquisa e tarefas feitas em casa.

Tarefas realizadas em classe.

Atividades em grupo (resolução de problemas e exercícios) escritos ou orais.

Concluindo, a avaliação do processo de aquisição e construção do conhecimento pode ser

efetivamente realizada ao solicitar ao aluno que interprete situações determinadas, cujo

entendimento demanda os conceitos que estão sendo apreendidos, ou seja, que interprete uma

história, uma figura, um texto um problema ou experimento. São situações que também

induzem a realizar comparações, estabelecer relações, executar determinadas formas de

registro, entre outros procedimentos que desenvolveu no transcorrer de sua aprendizagem.

REFERÊNCIAS

ANJOS, Ivan Gonçalves dos - Horizontes - Física – Ibep.

BISCUOLA, Gualter José, MAIALI, José Cury. Física – Volume único. Saraiva: 2000

GASPAR, Alberto. Física – Volume Único. Ática, 2006.

MÁXIMO, Antonio. ALVARENGA, Beatriz. Física – Volumes: 1, 2 e 3. Scipione.

MERINO – D’Jalma - Física - 2o. grau - Ática.

PARANÁ – D’Jalma Nunes, Física - Volume único - Ática.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Física. Curitiba,

2008.

Proposta Político-Pedagógica do Colégio Estadual Marechal Costa e Silva. Cidade Gaúcha,

2006.

Regimento Escolar do Colégio Estadual Marechal Costa e Silva. Cidade Gaúcha, 2006.

Page 313: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

313

GEOGRAFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A relação homem e natureza vêm ocorrendo desde os tempos primitivos, quando os grupos

humanos realizavam suas estratégias de sobrevivência. Sabemos que os povos pré-históricos

observavam a dinâmica das estações do ano e a relacionavam com o ciclo produtivo da

natureza para se locomover em busca de alimentos.

Mais tarde, povos agricultores como os mesopotâmios e os egípcios navegadores como os

polinésios, usavam os conhecimentos climáticos para desenvolver suas atividades, procurando

até modificar a natureza, embora de pequena proporção, nos tempos a.C..

A definição dos pontos de referência para construir as cidades, delimitar os impérios, traçar os

caminhos ou movimentar os exércitos, são alguns exemplos de geopolítica usados depois de

Cristo pelos incas e romanos.

Conhecemos os avanços geográficos incorporados pela cultura grega e romana, relacionados

aos estudos descritivos das regiões conquistadas, elaboração de mapas, discussões sobre a

forma e tamanho da Terra, distribuição de terras e águas, cálculos sobre latitude e definições

climáticas entre outros.

Com as grandes navegações reafirmaram-se muitos estudos geográficos realizados antes do

século XV e novos estudos foram se efetivando, movidos pelos interesses do modo capitalista

de produção que aos poucos se consolidava.

Com o advento do colonialismo o conhecimento geográfico ampliou-se cada vez mais,

reunindo dados mais precisos sobre os territórios, seus recursos naturais e seus habitantes.

Assim, é possível afirmar que a expansão capitalista favoreceu o desenvolvimento das

ciências em geral e da Geografia. No entanto, até o século XIX não havia sistematização da

produção geográfica. Os estudos geográficos estavam dispersos em outros campos do saber e

em obras diversas.

Page 314: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

314

Segundo Moraes (1987, p. 41) os temas geográficos do século XIX, período histórico,

passaram a participar das discussões filosóficas, econômicas e políticas que buscavam

explicações sobre o espaço e a sociedade. Temas relacionados à produção, formas de medir,

organização do estado, produtividade agrícola, recursos minerais, crescimento populacional,

extensão dos territórios e outros, eram considerados questões importantes que mereciam

indagações científicas.

Neste contexto do imperialismo do século XIX, surgiram muitas sociedades geográficas

apoiadas pelas nações desenvolvidas que organizaram expedições científicas rumo á África,

Ásia e América do Sul para conhecer as condições naturais desses continentes e desenvolver

seus interesses de exploração capitalista. Assim sendo, as pesquisas dessas sociedades

geraram o surgimento de escolas de pensamento geográfico como a alemã e francesa.

A escola alemã de pensamento geográfico teve como precursores Humboldt (1769-1859),

Ritter (1779-1859), Ratzel (1844-1904) o fundador da Geografia Científica, a escola francesa

teve como principal representante Vidal de La Blache (1845-1918).

A contribuição teórica destas duas escolas veio explicar o avanço colonialista dos impérios

europeus na partilha da África.

No Brasil o pensamento geográfico esteve presente desde o período colonial através dos

interesses de conhecer e descrever o espaço e a necessidade de mapear a Colônia, localizando

os portos de exportação da produção.

Em 1838 foi criado o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro com o objetivo de realizar

pesquisas e estudos sobre a nação brasileira; no entanto, somente no século XX a Ciência

Geográfica passou a ser considerada efetivamente.

A Geografia do Brasil tornou-se reconhecida, enquanto conhecimento científico, a partir de

1920 com os trabalhos de Delgado de Carvalho, conforme Vlach (1995). Até esta data o

território brasileiro era visto como uma região produtora. Essa idéia passou a representar uma

grave ameaça aos interesses da chamada República Velha, daí a proposta de Delgado de

Page 315: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

315

Carvalho de uma Geografia Científica que caracterizava o Brasil em regiões, tento como

critério a valorização dos seus aspectos físicos.

Segundo Andrade (1987) o ensino e a pesquisa de Geografia no Brasil somente se

concretizaram após a Revolução de 1930, e nesta década foi criado o Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística – IBGE/1930 – a primeira instituição a reconhecer o fazer geográfico

além do objetivo didático, a criação da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB/1934) e a

criação dos primeiros cursos de licenciatura em Geografia (em 1934 na USP, em 1935 na

Universidade do Distrito Federal, no Rio de Janeiro). Até 1956 quando aconteceu o XVIII

Congresso Internacional de Geografia no Rio de Janeiro, o pensamento geográfico do país

esteve sob a influência da escola clássica francesa.

Vale lembrar que a criação do IBGE atendeu os objetivos de bem-estar social e do

nacionalismo econômico do período de 1930 a 1945, fazendo levantamentos de dados

demográficos e informações detalhadas sobre os recursos naturais do país. A atuação do

IBGE neste contexto histórico impulsionou a valorização dos saber geográfico brasileiro

ocorreu no século XIX, através de textos que enfatizavam a descrição do território, sua

dimensão, suas belezas naturais, para as escolas de ensino fundamental.

No Ensino Médio foi o Colégio Pedro II que inseriu pela primeira vez no currículo escolar o

conteúdo designado “princípios da Geografia”. Esses conhecimentos geográficos tinham a

finalidade de reforçar a ideologia nacional, conhecer a área territorial e suas riquezas, difundir

o pensamento das elites sobre o crescimento do país. Esse papel da Geografia no ensino

escolar ampliou as pesquisas da Geografia acadêmica, fortalecendo-a como ciência.

Por muito tempo a Geografia escolar teve um caráter decorativo/enciclopedista voltado para a

descrição do espaço e fortalecimento do nacionalismo. Essas características marcaram o

ensino da Geografia desde o período imperial até os anos 60 do século XX. Portanto, a

Geografia escolar teve papel significativo na consolidação dos Estados Nacionais e no

fortalecimento de governos autoritários, é o caso do Brasil pós-1964.

Após a Segunda Guerra Mundial ocorreram mudanças na ordem mundial, instalou-se a

Guerra Fria, estabelecendo a ordem bipolar da economia (Capitalismo versus Socialismo), a

multinacionalização da indústria, transportes e comunicação, alterando as relações espaço-

Page 316: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

316

tempo. Essas transformações originaram novos enfoques para a análise do espaço geográfico,

resultando a reformulação da temática da Geografia, como por exemplo, a inserção dos

conteúdos relacionados aos problemas sociais e ambientais.

Assim sendo, as mudanças políticas ocorridas no cenário mundial e nacional nas décadas de

70 e 80, fim do socialismo e da ordem bipolar, levaram as novas reformulações do

pensamento geográfico, direcionados para a criticidade no estudo do espaço, fortalecendo as

discussões da geografia com questões sócio-econômicos, sócio-ambientais, culturais. Essas

transformações se refletiram nos fundamentos teórico-metodológicos da disciplina,

contrapondo-se ao método da Geografia Tradicional e propondo uma análise crítica do espaço

geográfico – é a abordagem conhecida como Geografia Crítica ou Geografia Moderna.

O emergente movimento da Geografia Crítica no Brasil realizava embates com as demais

correntes de pensamento: Geografia Clássica, ou Tradicional já referida anteriormente e o

método positivista, Geografia Teo rética e o método neopositivista ou positivista lógico, a

Geografia da Percepção e a Geografia Humanística. Nesses embates eram criticados também,

os vínculos políticos e ideológicos.

No Paraná as discussões sobre a Geografia Crítica ocorreram no final da década de 80 em

debates sobre a reformulação curricular promovidos pela SEED que publicou em 1990 o

Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná – conteúdos básicos das disciplinas do

Ensino Fundamental. Para o 2º Grau foram produzidos documentos nominados

Reestruturação do Ensino de Segundo Grau no Paraná.

A proposta para o Ensino da Geografia nestes documentos baseava-se na compreensão do

espaço geográfico produzido e reproduzido pela sociedade, considerando a dimensão

econômica com destaque nas atividades industriais e agrárias, bem como questões referentes á

urbanização.

Nesta proposta os elementos naturais e humanos do espaço geográfico eram tratados de

maneira fragmentada, cuja metodologia de ensino reduzia-se a observação, descrição e

memorização dos conteúdos. Essa forma de incorporar a Geografia Crítica sofreu avanços e

retrocessos em função do contexto histórico da década de 90, pleno de reformas políticas e

econômicas ligadas ao pensamento neoliberal.

Page 317: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

317

Movimentos mundiais que visavam a Educação como alvo de reformas

necessárias para a formação do trabalhador adequado ás necessidades do capitalismo, e a era

informacional, condicionaram organizações financeiras internacionais, com o Banco Mundial,

a efetivar empréstimos ao Brasil para a implantação de políticas sociais e educacionais que

atendessem as mudanças. Daí a produção e a aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional – LDB nº. 9394/96, a elaboração dos PCNs ou Parâmetros Curriculares

Nacionais e das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.

Os PCNs estabeleciam a reestruturação curricular que valorizava os conteúdos procedimentais

e atitudinais para o Ensino Fundamental ligados ao fazer e ser; bem como o desenvolvimento

das competências para o Ensino Médio.

Devemos aos PCNs a inserção dos temas relacionados ao meio ambiente e questões

multiculturais que ganharam destaque devido às transformações políticas e os consequentes

conflitos étnicos, bem como devido aos avanços da tecnologia de comunicação e informação.

Na verdade, o quadro conceitual de referencia para a Geografia hoje, deve buscar uma

construção teoria-conceitual que auxilie os estudos e a compreensão do espaço geográfico

como se configura no atual momento histórico. Isto exige mais atenção para a formação do

professor que precisa ser estimulado a participar de grupos de estudos, formação continuada e

projetos de pesquisa que a tornem apto a refletir sobre essa disciplina e seu ensino.

Ao longo da história da Geografia lhe foram atribuídos vários objetos de estudo,

especialmente em torno da idéia de que o espaço geográfico é o foco da análise. No entanto,

definir a expressão espaço geográfico, bem como os conceitos básicos da Geografia: lugar,

paisagem, região, território, natureza, sociedade – não é tão simples, pois dependendo da

perspectiva teórica que se aplica, assumem significados políticos diversos. Nesse caso

específico que está tratando, espaço geográfico corresponde ao espaço produzido a apropriado

pela sociedade, formado por objetos naturais, culturais, políticas e econômicas conjugadas e

indissociáveis.Essas colocações sobre o espaço geográfico, objeto de estudo da Geografia,

contribuem para a leitura crítica das contradições e conflitos, implicam numa alfabetização

geográfica. Ou seja, é necessário ensinar o aluno a ler e interpretar o espaço geográfico,

Page 318: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

318

compreender como ocorrem as relações socioespaciais, como os objetos e as ações se inter-

relacionam e produzem o espaço geográfico. É o chamado olhar geográfico sobre a realidade.

O trabalho pedagógico é fundamental para que o ensino da Geografia contribua com a

formação do aluno capaz de compreender o espaço geográfico nas mais diversas escalas, e,

possa atuar de maneira crítica na produção socioespacial do seu lugar, território, região,

enfim, de seu espaço.

ENSINO FUNDAMENTAL FASE II

CONTEÚDOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

CONTEÚDOS BÁSICOS

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico.

As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.

A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos.

A mobilidade populacional e as manifestações sócias espaciais da diversidade cultural

As diversas regionalizações do espaço geográfico

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.

As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

As manifestações sócias espaciais da diversidade cultural.

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e indicadores estatísticos.

Movimentos migratórios e suas motivações.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço geográfico.

A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.

Page 319: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

319

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente

americano.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

O comércio em suas implicações socioespaciais.

A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço geográfico.

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

As manifestações sócias espaciais da diversidade cultural.

Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

A revolução tecnicocientífico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.

O comércio mundial e as implicações socioespaciais.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos.

As manifestações sócias espaciais da diversidade cultural.

Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re) organização do

espaço geográfico.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

Page 320: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

320

CONTEÚDOS BÁSICOS

A formação e transformação das paisagens.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais..

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.

A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

As manifestações sócias espaciais da diversidade cultural.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.A revolução técnica científico-

informacional e os novos arranjos no espaço da produção.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.

A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização

recente.

A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

O comercio e as implicações socioespaciais.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

As implicações sócias espaciais do processo de mundialização.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

METODOLOGIA

Retomando a importância do papel social e político do ensino da Geografia e as contribuições

dessa disciplina escolar para a formação de um sujeito crítico, capaz de intervir na realidade

propomos metodologias que provoquem discussões e debates, buscando nas leituras e

Page 321: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

321

pesquisas informações que ofereçam embasamento necessário para criar os ambientes de

estudo e estabelecer relações interdisciplinares dos conteúdos geográficos em estudo.

Analisando o espaço geográfico local pela leitura de mapas, imagens e todas as perspectivas

possíveis, alcançar espaços mais amplos, chegando á escala global. Além, dos conteúdos já

mencionados os Desafios Educacionais Contemporâneos também serão oportunizados ao

longo do estudo da disciplina de Geografia, com uso da mídia, relatos de vivencia dos alunos,

utilizando a TV pendrave, debates e outros recursos que são disponibilizados na escola e estão

em conformidade com a DECs e o PPP.

AVALIAÇÃO

A avaliação e recuperação de estudos se desenvolvem conforme estabelece o PPP deste

estabelecimento de ensino e segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, ela

será formativa, diagnostica e processual. Tendo o cuidado em prevalecer os aspectos

qualitativos sobre os quantitativos e visando acompanhar todas as aquisições que o aluno

realiza seus avanços e conquistas.

Neste contexto, há necessidade de empregar instrumentos diversificados que possibilitem

colher informações sobre o andamento do processo de ensino-aprendizagem em todos os

momentos da vida escolar para diagnosticar os avanços e recuos desse processo, tais como:

• leitura e interpretação de mapas e figuras;

• leitura e interpretação de diferentes textos;

• aulas de campo;

• relatórios;

• pesquisa bibliográfica;

• debates;

• filmes com documentários;

• produção de textos;

• avaliações escritas e orais;

• participação de seminários, entre outros meios.

Os instrumentos diversificados usados para avaliar devem culminar na média dos registros de

nota, sendo que a nota mínima exigida para a aprovação do aluno é 6,0 (seis virgula zero).

Page 322: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

322

Quanto à recuperação de estudos, extensiva a todos os alunos, representa uma retomada de

estudos paralelos ao longo de todo o período letivo para oportunizar novas experiências

educativas que promovam a evolução do educando em todas as áreas de conhecimento.

REFERÊNCIAS

CALVACANTI, Lara de Souza. Geografia, escola e construção de conhecimentos. Campinas,

SP: Papirus, 1988.

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DE GEOGRAFIA. Secretaria

da Educação do Paraná: 2008. Acesso no site www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

Geografia / vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006.

LACOSTE, Yves. A geografia – Isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. Tradução

Maria Cecília França. Campinas, SP: Papirus, 1988.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL COSTA

E SILVA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO DE CIDADE GAÚCHA/PR

REGIMENTO INTERNO DO COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL COSTA E SILVA –

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO DE CIDADE GAÚCHA/PR

HISTÓRIA

Apresentação da Disciplina

Todos nós somos capazes de contar nossa própria história, como formamos nossa

individualidade por meio das experiências vividas de tudo o que passamos e sentimos pelas

pessoas com quem conversamos pelo que vimos e ouvimos. Pata tanto a história é o estudo

das ações humanas no passado e no presente, ou seja, a “ciência dos homens no tempo” como

defende o historiador Marc Bloch. Com o estudo dessa ciência é possível conhecemos como

as diferentes sociedades se organizavam se relacionavam com a natureza, ou explicavam a

origem do mundo, as doenças, o sofrimento e a morte. Conhecer o passado nos permite

compreender melhor a realidade em que vivemos descobrir os limites, as potencialidades e as

conseqüências dos atos humanos.Dessa forma, é fundamental analisarmos o ensino de história

partindo de diversos contextos históricos e do processo de constituição do conhecimento

histórico, possibilitando a construção da criticidade.A História passou a existir como

Page 323: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

323

disciplina escolar no Brasil com a criação do Colégio Pedro II em 1837. No mesmo ano, foi

criado o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), que instituiu a história como

disciplina acadêmica. Os manuais didáticos e as orientações dos conteúdos a serem ensinados

eram elaborados por professores do colégio e tinham influência da história metódica e do

positivismo. Caracterizado pela racionalidade histórica orientado pela linearidade dos fatos

valorizando a política dos heróis, excluindo da história, pessoas comuns. Esse modelo de

ensino de História foi mantido até o início da República.Em 1901 houve mudanças no

currículo o conteúdo de história do Brasil ficou relegado, dificilmente era tratado nas aulas de

história.O estudo da História do Brasil nos currículos escolares é retomado no Estado Novo

(1937 a 1945), no governo de Getúlio Vargas.Em 1950 ocorre a continuidade da proposta do

ensino de Estudos Sociais no ensino do primeiro grau, por força da Lei 5692/71. Em 1964, o

estudo de História manteve seu caráter estreitamente político, pautado no estudo de fontes

oficiais narrado apenas do ponto de vista factual, o ensino não tinha espaço para análises

criticas e interpretação dos fatos, objetivava formar indivíduos que aceitasse e valorizassem a

organização da pátria. O Estado figurava como sujeito histórico principal responsável pelos

grandes feitos da nação. Neste contexto, o Estado realiza e amplia Programa de

Reorganização Educacional, objetivando controlar as instituições escolares tendo em vista os

interesses políticos - ideológicos do regime.Nesse contexto a História continuava sendo

tratada de modo linear, cronológico e harmônico conduzido pelos heróis em busca de um

ideal de progresso e de nação.Em 1990 houve a reestruturação do ensino de 2º grau no Paraná

onde que apresentava a retomada da historiografia social ligada ao materialismo histórico –

dialético.Apesar do avanço, os conteúdos ainda passavam por uma listagem, apresentando

limitações.

Para o Primeiro grau o conteúdo foi dividido em dois blocos distintos: História do Brasil e

História Geral. A História do Paraná e da América Latina apareciam como estudo de caso,

deslocados dos grandes blocos de conteúdos. Eram apresentados com pouca relevância nos

conteúdos estudados. Essa forma de organização curricular demonstrava dificuldade da

proposta em romper a visão eurocêntrica da história. Esses novos caminhos passaram a se

delinear a partir de 1970.

Durante as reformas educacionais da década de 1990, o ministério da educação divulgou entre

os anos de 1997 a 1999 os PCNs para os ensinos fundamental e médio. Os PCNs para o

ensino médio organizaram o currículo por área de conhecimento e a disciplina de História

Page 324: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

324

fazia parte das ciências humanas e suas tecnologias juntamente com as disciplinas de

Geografia, Sociologia e Filosofia.

Os PCNs foram implementados e garantidos pela LDB/96 que dava autonomia as escolas para

elaborar suas propostas curriculares.

Nos PCNs, a disciplina de História foi apresentada de forma pragmática com a função de

resolver problemas imediatos, próximos ao aluno. Ressaltou-se a relação que o conhecimento

deve ter com a vivencia do educando, sobretudo no contexto do trabalho e do exercício da

cidadania. Essa perceptiva abriu espaço para uma visão presentista da História, porque não se

ocupava em contextualizar os períodos históricos estudados. Além disso, muitos conceitos

referenciais da disciplina foram preteridos em nome da aquisição de competências.

Com a deliberação 14/99 houve uma redução curricular das ciências humanas no Estado do

Paraná alterando a carga horária da disciplina de história. Entretanto, foram incorporadas aos

PCNs, novas metodologias pautadas na pesquisa, documentos, fontes históricas, patrimônio

histórico, etc.

O Ensino Médio apresentou a partir de então uma característica funcionalista pragmática e

presentista dos conteúdos de história. Esta perspectiva se estabelece, na rede pública do

Paraná, até o ano de 2002.

O ano de 2003 ficou marcado pelo início das discussões em torno da elaboração de novas

diretrizes curriculares estaduais. Ressaltando de forma inédita a participação ampla dos

professores. O ensino de história passa apresentar uma abordagem sob perspectiva de inclusão

social. Ocorre um desta que nos seguintes aspectos da Lei nº. 13.381/01, tornando obrigatório

o Ensino de história do Paraná no currículo do Ensino Fundamental e Médio no Estado.

Destacam, também, as Leis 10.639/03 e 11.645/08 incluindo no currículo do Ensino no

currículo oficial a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e História

e Cultura dos povos Indígenas do Brasil respectivamente.

Justificativa

Page 325: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

325

Sendo assim, os conteúdos de história, nesta nova abordagem, tomam como referência

Conteúdos Estruturante com objetivo de aproximar o conhecimento científico ao empírico.

Colocar, desta forma, o aluno em contato com a formação e estruturação da organização

política e econômica sob referencial teórico sustentado na investigação histórica e buscando

uma nova racionalidade. Situar nosso aluno dentro da abordagem histórico critico, que o

capacite a ter opinião sobre o processo que gerou as relações de trabalho, poder e cultura na

sociedade como um todo.

ENSINO FUNDAMENTAL FASE II

Conteúdos

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

CONTEÚDOS BÁSICOS

A experiência humana no tempo

Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo

A cultura local e a cultura comum

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

OS DIVERSOS SUJEITOS EM DIFERENTES ESPAÇOS E TEMPOS, SUAS

CULTURAS E SUAS HISTÓRIAS

A experiência humana no tempo - a memória local e memória da humanidade; as

temporalidades e periodizações; o processo histórico: as relações humanas no tempo;

A percepção do tempo: o tempo individual, familiar e social/os vestígios humanos: os

documentos históricos;

O surgimento dos lugares de memórias: lembranças, mitos, museus, arquivos, monumentos

espaços públicos, privados, sagrados;

Os sujeitos e suas relações sociais no tempo;

Os povos indígenas e suas culturas na história do Paraná: Xetás, Kaigangs, Xoklengs e Tupi-

Guaranis;

A ocupação das Américas Espanhola e Portuguesa;

Page 326: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

326

Africanos escravizados, os imigrantes europeus e asiáticos e a formação cultural do Brasil;

A cultura local e a cultura comum: os mitos, lendas, a cultura popular, festas e religiosidades;

as formas de se narrar a história;

As manifestações populares no Paraná: a congada, o fandango, cantos, lendas, rituais e as

festividades religiosas; Pinturas rupestres e sambaquis no Paraná;

As representações produzidas pelas sociedades paleolíticas.

CONTEÚDOS BÁSICOS

As relações de propriedade

A constituição histórica do campo e do mundo da cidade

A relação entre o campo e a cidade

Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

A HISTÓRIA DOS MUNDOS RURAL E URBANO EM DIFERENTES

ESPAÇOS E TEMPOS HISTÓRICOS

O mundo do campo e o mundo da cidade;

As primeiras cidades brasileiras: formação das vilas e das Câmaras municipais;

O engenho colonial;

A conquista do sertão;

As missões jesuíticas;

As cidades na antiguidade oriental;

As cidades nas sociedades antigas clássicas: as pólis;

As cidades na América;

O mundo rural na América;

A ruralização do Império Romano e a transição para o feudalismo /o crescimento

comercial e urbano na Europa;

Os reinos africano;

As relações entre o campo e a cidade;

As cidades mineradoras;

O tropeirismo no Paraná;

Os engenhos da erva mate no litoral e no Primeiro Planalto;

As feiras medievais;

O comércio com o Oriente;

Os cercamentos;

Page 327: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

327

O inicio da industrialização na Europa;

Conflitos, resistências e produção cultural campo/cidade;

Convivência e conflitos entre senhores e escravos;

MST e outros movimentos pela terra;

Manifestações culturais do campo e da cidade no Brasil,

História da mulher e as formas de exclusão e as conquistas de direito;

Peste negra e as revoltas camponesas na Europa medieval;

Mulheres muçulmanas e africanas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

CONTEÚDOS BÁSICOS

A história das relações da humanidade com o trabalho

O trabalho e a vida em sociedade

O trabalho e as contradições da modernidade

Os trabalhadores e as conquistas de direito

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

O MUNDO DO TRABALHO NAS DIVERSAS SOCIEDADES E AS

CONQUISTAS SOCIAIS EM DIFERENTES TEMPOS E ESPAÇOS.

História das relações da humanidade com o trabalho;

O trabalho nas sociedades indígenas – quilombolas – caiçaras – ribeirinhos e

faxinais;

História do trabalho nas primeiras sociedades humanas;

O trabalho e a vida cotidiana nas colônias espanholas;

Trabalho servil e assalariado na América;

O trabalho e a vida em sociedade;

O trabalho e as relações culturais no Brasil Colônia, Império e República;

Os significados do trabalho na Antiguidade e Antiguidade Clássica: a servidão e a escravidão;

As relações feudais de produção: vassalagem e suserania;

As corporações de oficio;

O nascimento das fábricas e as mudanças na vida cultural;

O mundo do trabalho;

A vida cotidiana das classes trabalhadoras no campo e as contradições da modernização;

Page 328: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

328

A produção e a organização social capitalista;

As resistências e as conquistas de direito;

A consciência negra e o combate ao racismo;

Constituição dos primeiros sindicatos de trabalhadores;

Brasil e Europa.

A expansão cafeeira no Brasil e no Paraná

A abolição do tráfico negreiro

Os imigrantes no Brasil e no Paraná

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

CONTEÚDOS BÁSICOS

Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e Trabalho Livre

Urbanização e industrialização

O Estado e as relações de poder

Os sujeitos, as revoltas e as guerras

Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções

Cultura e religiosidade

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e Trabalho Livre

Conceito de trabalho – livre e explorado;

Mundo do trabalho em diferentes sociedades no tempo: trabalho explorado escravo e servil

(teocráticas, greco-romanas, medievais e africanas);

Transição do trabalho escravo, servil e artesanal para o trabalho assalariado; trabalho livre: as

sociedades do consumo produtivo: as primeiras sociedades

humanas, as sociedades nômades e semi-nômades, as etnias indígenas e africanas;

Page 329: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

329

As experiências do trabalho livre em sociedades revolucionárias: a Comuna de Paris, os

sovietes russos, associações húngaras, os círculos bolivarianos.

Urbanização e industrialização

As cidades na História: cidades neolíticas, da antiguidade greco-romanas, da Europa

medieval, pré-colombianas, africanas e asiáticas;

Urbanização e industrialização no Brasil;

Urbanização e industrialização nas sociedades ocidentais, africanas e orientais;

Urbanização e industrialização no Paraná no contexto da expansão do capitalismo;

A arquitetura das cidades brasileiras em diferentes épocas e espaços.

Estado e as relações de poder

Os Estados teocráticos;

Os Estados na Antiguidade Clássica;

Estado e a Igreja medievais;

A formação dos Estados Nacionais;

As metrópoles européias, as relações de poder sobre as colônias e a expansão do

capitalismo;

Paraná no contexto da sua emancipação;

Estado e as doutrinas sociais (anarquismo, socialismo, positivismo);

nacionalismo nos Estados ocidentais;

populismo e as ditaduras na América Latina;

Os sistemas capitalista e socialista;

Estados da América Latina e o neoliberalismo.

Os sujeitos, as revoltas e as guerras

Relações de dominação e resistência nas sociedades grega e romana na Antiguidade

grega e romana: mulheres, crianças, estrangeiros e escravos;

Guerras e Revoltas na Antiguidade Clássica: Grécia e Roma;

Relações de dominação e resistência na sociedade medieval: camponeses, artesãos,

mulheres, hereges e doentes;

Relações de resistência na sociedade ocidental moderna;

As revoltas indígenas, africanas na América portuguesa;

Os quilombos e comunidades quilombolas no território brasileiro;

As revoltas sociais na América portuguesa.

Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções

Page 330: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

330

As revoluções democrática-liberais no Ocidente: Inglaterra, França e EUA;

Movimentos sociais no mundo do trabalho nos séculos XVIII e XIX: o surgimento do

sindicalismo;

A América portuguesa e as revoltas pela independência;

As revoltas federalistas no Brasil imperial e republicano;

Movimentos messiânicos no Brasil

As guerras mundiais no século XX e a Guerra Fria;

As revoluções socialistas na Ásia , África e América Latina;

Os movimentos de resistência no contexto das ditaduras da América Latina;

Os Estados africanos e as guerras étnicas;

A luta pela terra e a organização de movimentos pela conquista do direito à terra na

América Latina;

A mulher e suas conquistas de direitos nas sociedades contemporâneas.

METODOLOGIA

De acordo com a tendência da Nova Abordagem o ponto de partida do conteúdo de História

poderá fazer uso do conhecimento empírico, porém será conduzido pelo professor à forma

cientifica do conhecimento. Possibilitando a consciência do educando a compreender o

pensamento histórico dos sujeitos.

Partindo do cotidiano, passaremos pelo momento da organização dos saberes fundamentado

pelo conhecimento cientifico.

Para tanto, os recursos áudio visuais tais como: projetor, computador, TV pendrive, livro

didático e técnico, mapas, música, poesias, ícones, etc. são indispensáveis na relação do

processo de ensino aprendizagem de história.

No decorrer do ano letivo os desafios contemporâneos serão incluídos como complemento

dos conteúdos científicos trabalhados.

AVALIAÇÃO

A avaliação e recuperação de estudos ocorrerão em consonância com que estabelece o PPP do

Colégio Estadual Marechal Costa e Silva – Ensino Fundamental, Médio e na Modalidade de

Page 331: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

331

Educação de Jovens e Adultos, e as DCEs . Sendo, portanto, permanente, diagnóstica,

construtiva e somatória, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os quantitativos e

visando acompanhar todas as aquisições que o aluno realiza em seus avanços e conquistas.

Utilizaremos os seguintes instrumentos de avaliação:

• Apresentação de seminários e debates;

Provas diversificadas (objetivas e dissertativas);

Pesquisas individuais e em grupos;

Verificação de questionários, exercícios e tarefas;

Realização de trabalhos;

Exposições orais individuais e em grupos;

Produção de textos sobre temas estudados;

Interpretação de textos;

Debate sobre temas estudados;

Avaliação em grupo;

Solução de problemas propostos individualmente e/ou em grupo.

A recuperação de estudos, extensiva a todos os alunos, representa uma retomada de estudos

paralelos ao longo de todo o período letivo para oportunizar novas experiências educativas

que promovam a evolução do educando em todas as áreas de conhecimento científico.

REFERÊNCIAS

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DE HISTÓRIA. Secretaria da

Educação do Paraná: 2008. Acesso ao site www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO DO COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL COSTA

E SILVA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO DE CIDADE GAÚCHA.

Projeto Araribá: história/obra coletiva, concebida, desenvolvida e produzida pela Editora

Moderna; editora responsável Maria Raquel Apolinário Melani. 1. ed. – São Paulo: Moderna,

2006.

Page 332: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

332

FERREIRA, João Paulo Hidalgo. Nova História integrada: ensino médio: volume único.

Campinas, SP: Com

LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS

Apresentação da Disciplina

Em decorrência da organização social, política e econômica ao longo da história, o cenário do

ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do currículo escolar sofreram

constantes mudanças.

A língua materna perde seu papel de mediadora no ensino de língua estrangeira e tem como

princípio fundamental a aprendizagem em constante contato coma a língua em estudo, sem

intervenção da tradução, dessa forma raciocina-se na língua estrangeira.

A língua inglesa foi valorizada como língua estrangeira porque representa um modelo de

patriotismo e respeito.

A Língua Estrangeira Moderna norteia-se no princípio de que o desenvolvimento do

educando deve incorrer dentro das práticas discursivas: leitura, oralidade e escrita.

Propõe-se que a aula de língua estrangeira constitua um espaço para que o aluno reconheça e

compreenda a diversidade lingüística e cultural, de modo que se engaje discursivamente e

perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que se vive.

Espera-se que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente

construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social.

A proposta adotada baseia-se na corrente sociológica e nas teorias do Circulo de Bakhtin, para

tanto, é necessário mapear a língua, objeto de estudo da disciplina de Língua Estrangeira, a

partir do quadro teórico de referência e aspectos imbricados no processo discursivo, a saber:

língua e cultura, ideologia e sujeito, discurso e identidade. Segundo Bakhtin (1988) não há

discurso individual, no sentido de que todo discurso se constrói no processo de interação e em

Page 333: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

333

função de um outro. E é no espaço discursivo, criado na relação do eu e o tu, que os sujeitos

se constituem socialmente. Daí a língua estrangeira apresenta-se como espaço para ampliar o

contato com outras formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos de

construção da realidade.

Vivendo em um mundo altamente tecnológico, que gira em torno de várias línguas e sabendo

a importância em conhecer uma ou mais línguas percebeu a necessidade da eficácia do ensino

da LEM, para o aprimoramento global do educando. Busca-se, assim, estabelecer

epistemologicamente os objetivos de ensino de uma Língua Estrangeira e resgatar a função

social e educacional dessa disciplina na Educação Básica. Por isso, o ensino de língua deve

possibilitar ao aluno uma visão de um mundo mais ampla, considerando as relações que

podem ser estabelecidas entre a língua e a inclusão social, pois contribui para formar alunos

críticos e transformadores, além de ser meio de progressão no trabalho e estudos posteriores.

Conteúdos Estruturantes: O discurso como prática social: leitura, oralidade e escrita.

O ensino de Língua Estrangeira contemplará os discursos sociais que a compõem; ou seja,

aqueles manifestados em forma de textos diversos efetivados na prática discursiva.

A leitura, processo de atribuição de sentidos aos textos, estabelece diferentes relações entre o

sujeito e o texto. A perspectiva é de uma leitura crítica com gêneros variados na construção

dos significados possíveis.

Com relação à escrita, não se pode esquecer que ela deve ser vista como uma atividade

sóciointeracional, ou seja, significativa, pois, em situações de uso, escreve-se sempre para

alguém, ou um alguém de quem se constrói uma representação, fundamental para a

construção do texto e de sua coerência.

O texto é uma entidade concreta, realizada materialmente e corporificada em um determinado

gênero. O que ele produz, ao se manifestar em alguma instancia discursiva, é o discurso.

Nessa visão, o discurso envolve o texto propriamente dito e os seus aspectos externos, as

condições de produção, ou seja, o contexto sócio-histórico-ideológico no qual foi produzido.

Page 334: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

334

Por isso, a organização de conteúdos específicos não exclui a gramática da sala de aula. Ela

estará subordinada aos usos que se faz da língua estrangeira, ou seja, as formas lingüísticas

serão tratadas de modo contextualizadas.

Conteúdos Básicos:

Em todas as séries serão trabalhados: gêneros textuais; conhecimentos lingüísticos: ortografia,

fonética e fonologia, elementos gramaticais, assim como os conteúdos elencados, estarão

presentes no processo pedagógico e serão trabalhados em grau de profundidade de acordo

com o conhecimento do aluno.

Leitura: Identificação do tema, do argumento principal; Interpretação observando: conteúdo

veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto; Linguagem não verbal.

Oralidade: Variedades lingüísticas; Intelectualidade do texto; Exemplos de pronúncias e do

uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países.

Escrita: Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas

lingüísticas; Clareza das idéias.

Análise Lingüística: Coesão e coerência; Função dos pronomes, artigo,; numerais, adjetivos,

palavras interrogativas, substantivos, preposições, verbos, concordância verbal e nominal e

outras categorias como elementos do texto; Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

Acentuação; Vocabulário.

Leitura: Identificação do tema, do argumento principal; Interpretação observando: conteúdo

veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto; Linguagem não verbal.

Oralidade: Variedades lingüísticas; Intelectualidade do texto; Exemplos de pronúncias e do

uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países.

Escrita: Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas

lingüísticas; Clareza das idéias; Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.

Page 335: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

335

Análise Lingüística: Coesão e coerência; Função dos pronomes, artigo, numerais, adjetivos,

palavras interrogativas, advérbios, preposições, verbos, substantivos contáveis e incontáveis,

concordância verbal e nominal e outras categorias como elementos do texto; Pontuação e seus

efeitos de sentido no texto; Vocabulário.

Ensino Médio:

Conteúdo Estruturante: O discurso como prática social: leitura, oralidade e escrita.

O ensino de Língua Estrangeira contemplará os discursos sociais que a compõem; ou seja,

aqueles manifestados em forma de textos diversos efetivados na prática discursiva. A

leitura, processo de atribuição de sentidos aos textos, estabelece diferentes relações entre o

sujeito e o texto. A perspectiva é de uma leitura crítica com gêneros variados na construção

dos significados possíveis.

Com relação à escrita, não se pode esquecer que ela deve ser vista como uma atividade

sociointeracional, ou seja, significativa, pois, em situações de uso, escreve-se sempre para

alguém, ou um alguém de quem se constrói uma representação, fundamental para a

construção do texto e de sua coerência.

O texto é uma entidade concreta, realizada materialmente e corporificada em um determinado

gênero. O que ele produz, ao se manifestar em alguma instancia discursiva, é o discurso.

Nessa visão, o discurso envolve o texto propriamente dito e os seus aspectos externos, as

condições de produção, ou seja, o contexto sócio-histórico-ideológico no qual foi produzido.

Por isso, a organização de conteúdos específicos não exclui a gramática da sala de aula. Ela

estará subordinada aos usos que se faz da língua estrangeira, ou seja, as formas lingüísticas

serão tratadas de modo contextualizadas.

Conteúdos Básicos:

Page 336: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

336

Em todas as séries serão trabalhados: gêneros textuais; conhecimentos lingüísticos: ortografia,

fonética e fonologia, elementos gramaticais, assim como os conteúdos elencados, estarão

presentes no processo pedagógico e serão trabalhados em grau de profundidade de acordo

com o conhecimento do aluno.

Leitura: Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários; Interpretação

observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto;

Linguagem não verbal; As particularidades do texto em registro formal e informal;

Finalidades do texto; Estética do texto literário; Realização da leitura não linear dos diversos

textos.

Oralidade: Variedades lingüísticas; Intelectualidade do texto; Particularidade de pronúncias

da língua estudadas em diferentes paises; Finalidade do texto oral; Elementos

extralingüísticos: entonação, pausas, gestos.

Escrita: Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas

lingüísticas; Paragrafação; Clareza das idéias; Adequar o conhecimento adquirido à norma

padrão.

Análise Lingüística: Coesão e coerência; Função dos pronomes, artigo, numerais, adjetivos,

verbos, preposições, advérbios, locuções adverbiais, palavras interrogativas, substantivos,

substantivos contáveis e incontáveis, falsos cognatos, discurso direto e indireto, conjunções,

verbos modais, concordância verbal e nominal, orações condicionais, phrasal verbs e outras

categorias como elementos do texto. Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

Vocabulário.

Metodologia

As diretrizes propõem direcionar o ensino de Língua Estrangeira Moderna nas escolas da

Rede Pública Estadual do Paraná. As línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer,

expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados. Propõe-se

nas aulas de Língua Estrangeira Moderna que o professor aborde os vários gêneros textuais,

oralidade, leitura e escrita, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero

estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação presente ali, a

Page 337: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

337

intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e somente depois de tudo isso a gramática

entre si.

Cabe a cada professor criar condições para o aluno não seja um leitor ingênuo, mas que seja

crítico e que reaja aos diversos textos com que se depare e entenda que por trás deles há um

sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares e próprios da comunidade em que

está inserido e é aí que trabalharemos os problemas contemporâneos, conforme vão surgindo

as necessidades.

Ao interagir com textos diversos, o aluno perceberá que as formas lingüísticas não são sempre

idênticas, não assumem sempre o mesmo significado, mas são flexíveis e variam conforme o

contexto e a situação em que a prática social de uso da língua ocorre. Não se pode esquecer

que a leitura se refere também aos textos não-verbais estejam eles combinados ou não com o

texto verbal. Sendo assim, o ensino deixa de priorizar a gramática para trabalhar com o texto,

sem, no entanto, abandoná-la.

Se não existissem gêneros, se fossem criados pela primeira vez em cada conversa, a

comunicação verbal seria quase impossível (Bakhtin, 1992), portanto, é importante que o

aluno tenha acesso a textos de vários gêneros: publicitários, jornalísticos, literários,

informativos, de opinião etc. Com trabalhos em grupo, pesquisa, debates, discussões,

seminários, estudos dirigidos, estudo de textos, entrevistas, laboratórios escolares, filmes,

musicas, jornais, revistas, atividades auditivas entre outros.

Enfim, todos os recursos didáticos utilizados, inclusive TV, pen drive, laboratório de

informática, DVD, retro – projetores e slides servirão como meios para que seja feita

interpretação individual e coletiva, realizando a compreensão de texto e do contexto, lendo e

entendendo por entrelinhas, enriquecendo a aprendizagem dos alunos.

Avaliação.

A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a

função de subsidiar a construção da aprendizagem bem sucedida. A condição necessária para

que isso aconteça é de que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de autoridade,

que decide sobre os destinos do educando, e assuma o papel de auxiliar o crescimento. A

Page 338: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

338

avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna esta articulada aos fundamentos

teóricos explicitados nas Diretrizes e na LDB nº 93 – 94/96.

Os instrumentos diversificados usados para avaliar devem culminar na média em todos os

registros das notas sendo que a nota mínima exigida para a aprovação do aluno é 6,0 (seis).

O envolvimento do educando na construção do significado nas práticas discursivas será a base

para o planejamento das avaliações ao longo do processo de aprendizagem. A avaliação da

aprendizagem será constante. O desempenho nas atividades propostas serão analisadas e

consideradas como subsídios para avaliação. Os alunos serão avaliados também por meio de

interpretação de textos escritos, auditivos, leituras, trabalhos de pesquisa, produções de textos,

questões objetivas e subjetivas, debates, seminários (analisando o conteúdo e a oralidade).

A avaliação e recuperação de estudos ocorrerão em consonância com que estabelece o PPP do

Colégio Estadual Mal. Costa e Silva. Sendo portanto permanente, diagnóstica, construtiva e

somatória, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os quantitativos e visando acompanhar

todas as aquisições para que o aluno realize seus avanços e conquistas.

A recuperação de estudos, extensiva a todos os alunos, representa uma retomada de estudos

paralelos ao longo de todo o período letivo promovendo a evolução do educando em todas as

áreas do conhecimento.

Referencias Bibliográficas:

CAZAUX HAYDT, Regina; Avaliação do Processo Ensino-Aprendizagem. Ática – 6ª

edição. São Paulo, 2004.

J. LEFFA, Vilson; A interação na aprendizagem das Línguas. EDUCAT (UCPEL). Pelotas

– RS, 2006. ( Biblioteca do Professor )

SEED PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Curitiba, 2006.

SEED PARANÁ, Livro Didático Público – LEM (Espanhol). Curitiba, 2006.

PASSOS A. VEIGA, Ilma; Projeto Político-Pedagógico da escola – uma construção

possível. Ed. Papirus – 20ª edição, 2005.

AMOS EDUARDO, PRESCHER ELISABETH, PASCOALIN ERNESTO; New our way.

1ª, 2ª, 3ª e 4º volume

Page 339: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

339

LINGUA ESTRANGEIRA – ESPANHOL

Apresentação da Disciplina

Em decorrência da organização social, política e econômica ao longo da história, o cenário do

ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do currículo escolar sofreram

constantes mudanças.

A língua materna perde seu papel de mediadora no ensino de língua estrangeira e tem como

princípio fundamental a aprendizagem em constante contato coma a língua em estudo, sem

intervenção da tradução, dessa forma raciocina-se na língua estrangeira.

A Língua Espanhola foi valorizada como língua estrangeira porque representa um modelo de

patriotismo e respeito.

A Língua Estrangeira Moderna norteia-se no princípio de que o desenvolvimento do

educando deve incorrer dentro das práticas discursivas: leitura, oralidade e escrita.

Propõe-se que a aula de língua estrangeira constitua um espaço para que o aluno reconheça e

compreenda a diversidade lingüística e cultural, de modo que se engaje discursivamente e

perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que se vive.

Espera-se que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente

construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social.

A proposta adotada baseia-se na corrente sociológica e nas teorias do Circulo de Bakhtin, para

tanto, é necessário mapear a língua, objeto de estudo da disciplina de Língua Estrangeira, a

partir do quadro teórico de referência e aspectos imbricados no processo discursivo, a saber:

língua e cultura, ideologia e sujeito, discurso e identidade.

Segundo Bakhtin (1988) não há discurso individual, no sentido de que todo discurso se

constrói no processo de interação e em função de um outro. E é no espaço discursivo, criado

na relação do eu e o tu, que os sujeitos se constituem socialmente. Daí a língua estrangeira

Page 340: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

340

apresenta-se como espaço para ampliar o contato com outras formas de conhecer, com outros

procedimentos interpretativos de construção da realidade.

Vivendo em um mundo altamente tecnológico, que gira em torno de várias línguas e sabendo

a importância em conhecer uma ou mais línguas percebeu a necessidade da eficácia do ensino

da LEM, para o aprimoramento global do educando. Busca-se, assim, estabelecer

epistemologicamente os objetivos de ensino de uma Língua Estrangeira e resgatar a função

social e educacional dessa disciplina na Educação Básica.

Por isso, o ensino de língua deve possibilitar ao aluno uma visão de um mundo mais ampla,

considerando as relações que podem ser estabelecidas entre a língua e a inclusão social, pois

contribui para formar alunos críticos e transformadores, além de ser meio de progressão no

trabalho e estudos posteriores.

Conteúdos:

Conteúdo Estruturante: O discurso como prática social: leitura, oralidade e escrita.

O ensino de Língua Estrangeira contemplará os discursos sociais que a compõem; ou seja,

aqueles manifestados em forma de textos diversos efetivados na prática discursiva.

A leitura, processo de atribuição de sentidos aos textos, estabelece diferentes relações entre o

sujeito e o texto. A perspectiva é de uma leitura crítica com gêneros variados na construção

dos significados possíveis.

Com relação à escrita, não se pode esquecer que ela deve ser vista como uma atividade

sociointeracional, ou seja, significativa, pois, em situações de uso, escreve-se sempre para

alguém, ou um alguém de quem se constrói uma representação, fundamental para a

construção do texto e de sua coerência.

O texto é uma entidade concreta, realizada materialmente e corporificada em um

determinado gênero. O que ele produz, ao se manifestar em alguma instancia discursiva, é o

discurso. Nessa visão, o discurso envolve o texto propriamente dito e os seus aspectos

externos, as condições de produção, ou seja, o contexto sócio-histórico-ideológico no qual foi

produzido.

Page 341: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

341

Por isso, a organização de conteúdos específicos não exclui a gramática da sala de

aula. Ela estará subordinada aos usos que se faz da língua estrangeira, ou seja, as formas

lingüísticas serão tratadas de modo contextualizadas.

Conteúdos Básicos:

Em todas as séries serão trabalhados: gêneros textuais; conhecimentos lingüísticos:

ortografia, fonética e fonologia, elementos gramaticais, assim como os conteúdos elencados,

estarão presentes no processo pedagógico e serão trabalhados em grau de profundidade de

acordo com o conhecimento do aluno.

Leitura: Identificação do tema, do argumento principal.; Interpretação observando:

conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto; Linguagem formal e

informal; Realização de leitura não linear dos diversos textos; As particularidades do tema, do

texto em registro formal e informal; Finalidade do texto; Estética do texto literário;

Realização de leitura não linear dos diversos textos;

Oralidade: Variedades lingüísticas; Intelectualidade do texto; Exemplos de

pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países; Finalidade do texto

oral; Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos.

Escrita: Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e

marcas lingüísticas; Clareza das idéias; Adequar o conhecimento adquirido a norma padrão,

Paragrafação.

Análise Lingüística: Coesão e coerência; Função dos pronomes, artigo, numerais,

adjetivos, palavras interrogativas, substantivos, preposições, verbos, concordância verbal e

nominal e outras categorias como elementos do texto; Pontuação e seus efeitos de sentido no

texto; Acentuação; Vocabulário.

Metodologia

As diretrizes propõem direcionar o ensino de Língua Estrangeira Moderna nas escolas

da Rede Pública Estadual do Paraná. As línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer,

expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados.

Propõe-se nas aulas de Língua Estrangeira Moderna que o professor aborde os vários

gêneros textuais, oralidade, leitura e escrita, em atividades diversificadas, analisando a função

do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação

presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e somente depois de tudo

isso a gramática entre si.

Page 342: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

342

Cabe a cada professor criar condições para o aluno não seja um leitor ingênuo, mas

que seja crítico e que reaja aos diversos textos com que se depare e entenda que por trás deles

há um sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares e próprios da comunidade

em que está inserido e é aí que trabalharemos os problemas contemporâneos, conforme vão

surgindo as necessidades.

Ao interagir com textos diversos, o aluno perceberá que as formas lingüísticas não são

sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo significado, mas são flexíveis e variam

conforme o contexto e a situação em que a prática social de uso da língua ocorre. Não se pode

esquecer que a leitura se refere também aos textos não-verbais estejam eles combinados ou

não com o texto verbal. Sendo assim, o ensino deixa de priorizar a gramática para trabalhar

com o texto, sem, no entanto, abandoná-la.

Se não existissem gêneros, se fossem criados pela primeira vez em cada conversa, a

comunicação verbal seria quase impossível (Bakhtin, 1992), portanto, é importante que o

aluno tenha acesso a textos de vários gêneros: publicitários, jornalísticos, literários,

informativos, de opinião etc. Com trabalhos em grupo, pesquisa, debates, discussões,

seminários, estudos dirigidos, estudo de textos, entrevistas, laboratórios escolares, filmes,

musicas, jornais, revistas, atividades auditivas entre outros.

Enfim, todos os recursos didáticos utilizados, inclusive TV, pen drive, laboratório de

informática, DVD, retro – projetores e slides servirão como meios para que seja feita

interpretação individual e coletiva, realizando a compreensão de texto e do contexto, lendo e

entendendo por entrelinhas, enriquecendo a aprendizagem dos alunos.

Avaliação.

A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro significado,

assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem sucedida. A condição

necessária para que isso aconteça é de que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso

de autoridade, que decide sobre os destinos do educando, e assuma o papel de auxiliar o

crescimento. A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna esta articulada

aos fundamentos teóricos explicitados nas Diretrizes e na LDB nº 93 – 94/96.

Os instrumentos diversificados usados para avaliar devem culminar na média

bimestral, sendo que a nota mínima exigida para a aprovação do aluno é 6,0 (seis).

O envolvimento do educando na construção do significado nas práticas discursivas

será a base para o planejamento das avaliações ao longo do processo de aprendizagem. A

avaliação da aprendizagem será constante. O desempenho nas atividades propostas serão

analisadas e consideradas como subsídios para avaliação. Os alunos serão avaliados também

Page 343: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

343

por meio de interpretação de textos escritos, auditivos, leituras, trabalhos de pesquisa,

produções de textos, questões objetivas e subjetivas, debates, seminários (analisando o

conteúdo e a oralidade).

A avaliação e recuperação de estudos ocorrerão em consonância com que estabelece o

PPP do Colégio Estadual Mal. Costa e Silva. Sendo portanto permanente, diagnóstica,

construtiva e somatória, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os quantitativos e

visando acompanhar todas as aquisições para que o aluno realize seus avanços e conquistas.

A recuperação de estudos, extensiva a todos os alunos, representa uma retomada de

estudos paralelos ao longo de todo o período letivo promovendo a evolução do educando em

todas as áreas do conhecimento.

Referencias Bibliográficas:

CAZAUX HAYDT, Regina; Avaliação do Processo Ensino-Aprendizagem. Ática – 6ª

edição. São Paulo, 2004.

J. LEFFA, Vilson; A interação na aprendizagem das Línguas. EDUCAT (UCPEL). Pelotas

– RS, 2006. ( Biblioteca do Professor )

SEED PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Curitiba, 2006.

SEED PARANÁ, Livro Didático Público – LEM (Espanhol). Curitiba, 2006.

PASSOS A. VEIGA, Ilma; Projeto Político-Pedagógico da escola – uma construção

possível. Ed. Papirus – 20ª edição, 2005.

ÁNGELES J. GARCÍA; Español sin Fronteras. Ed. Scipione.

ROMANOS E JACIRA; Espanhol Expansión. Ed. FTD.

LÍNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO

A concepção geral desta Proposta Pedagógica Curricular parte do princípio de que o

ensino de Português, tanto no Ensino Fundamental como no Médio, deve estar voltado para a

formação de um cidadão autônomo, capaz de interagir com a realidade do momento em que

vive. Hoje, com a transformação e a velocidade com que se disseminam informações, é

Page 344: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

344

essencial o papel que nossa disciplina desempenha na educação formal do indivíduo, já que a

linguagem permeia todas as atividades humanas, em todas as esferas sociais. É por essa razão

que o aluno deve ser levado a ler nas mais diferentes situações de trabalho, seja na construção

de conhecimentos lingüísticos ou na produção de textos. Os

fundamentos que alicerçam os novos posicionamentos sobre o Ensino da Língua Portuguesa e

Literatura requerem novas práticas, estruturando-se numa perspectiva interacionista de

linguagem sócio-histórica. Assim, entende-se que a língua é organizada pelas atividades

dialógicas dos falantes/ouvintes e escritores/leitores de maneira dinâmica, de acordo com as

intenções ideológicas de cada comunidade sócio/cultural construída historicamente pela

humanidade. É pela linguagem que os homens se comunicam e têm acesso à informação,

expressam e defendem pontos de vista, atuam sobre o interlocutor, partilham ou constroem

visões de mundo, ou seja, produzem cultura. De acordo com esse enfoque, vimos a

necessidade do domínio da linguagem como condição necessária para que o aluno tenha

oportunidade de participar plenamente de sua sociedade. Nesse sentido, em

diferentes momentos, a reflexão sobre a Língua Portuguesa enfatiza a possibilidade de o

falante valer-se do uso de discursos formais e informais, dependendo de sua intenção e

situação. Dessa forma, mais do que ensinar aos alunos imposições de regras clássicas da

gramática normativa, procura-se mostrar os aspectos que precisam ser organizados em função

da necessidade apresentada no momento de produção da língua oral e escrita. É através da

Oralidade, Leitura e Escrita que poderemos ajustar os significados positivos no processo da

aprendizagem.

CONTEÚDOS

Os conteúdos, existentes nesta Proposta Pedagógica Curricular, oferece ao aluno

condições para que se aproprie dos diferentes tipos de discurso e de uma variedade de gêneros

e textos, de modo a ampliar a sua competência leitora e escritora, participando das práticas

sociais, realizando escolhas de acordo com as situações da Oralidade, Leitura e Escrita. Os

Conteúdos Estruturantes obedecem às regras das Diretrizes Curriculares, tendo o Discurso

enquanto Prática Social.

Ensino Fundamental Fase II

AÇÃO NO TEXTO NARRATIVO: (Crônica, Painel da Identidade, História de Aventuras):

Situação inicial, elemento modificador, situação final.

Análise Lingüística: Linguagem verbal e não-verbal, guia de leitura, variedade padrão,

linguagem formal e informal, variedades regionais, ortografia (fonemas).

Page 345: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

345

ORGANIZAÇÃO DO ENREDO: (Conto, Lenda): Problema central, enredo, ordem linear e

não-linear, conflito, clímax.

Análise Lingüística: Sinais de pontuação, classificação dos substantivos, ortografia.

DESCRIÇÃO: (Crônica/ História de Aventura e Suspense/ Propaganda): funções da

narrativa, características.

Análise Lingüística: Flexão de gênero, número, grau do substantivo, adjetivos, determinantes

da língua, fonemas.

DIÁLOGO: Romance/ Crônica/ Relato de experiência vivida): Funções de diálogo

dramatizado.

Análise Lingüística: Travessão, aspas, verbetes, conceito e classificação dos adjetivos.

TEXTO EXPOSITIVO: (Antologia/ Enciclopédia/ Verbete/ Artigo Enciclopédico):

acontecimentos fictícios, expositivo.

Análise Lingüística: Linguagem colonial e formal, artigos, estrutura do texto tipo expositivo

(rede, matriz, problema-situação, processo), numeral. Ortografia (S e Z), substantivos pátrios,

abstratos e derivados.

ARGUMENTAÇÃO: (Tira/ HQ/ Ficção Científica/ Artigo de Opinião/ Texto jornalístico/

Apólogo).

Análise Lingüística: Pronomes, sílabas.

RECURSOS DA LINGUAGEM POÉTICA: (Poemas): verso, estrofe, ritmo, versos regulares

e irregulares, rima, poema narrativo.

Análise Lingüística: Definição de verbo, sílaba tônica.

IMAGENS QUE NARRAM: A linguagem (Quadrinhos, HQ, comics, gibi, banda desenhada,

legenda) dos quadrinhos HQs.

Análise Lingüística: Tempos do verbo.

CONTEÚDOS CONTEMPORÂNEOS: Meio Ambiente, Violência, Prevenção às drogas.

PERSONAGEM (HQ, Tiras): personagens, narrador-personagem, narrador-observador (texto

narrativo).

Análise Lingüística: Flexões do substantivo, modos verbais, advérbios, acentuação.

TEMPO NO TEXTO (relato): tempo, ordem cronológica, tempo linear e não-linear,

narrativo, personificação.

Análise Lingüística: Pronomes possessivos/ demonstrativos/ tratamento/ relativo/

interrogativo.

Page 346: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

346

DESCRIÇÃO DE PERSONAGEM (narrativa oral, história de aventura): características

físicas, psicológicas.

Análise Lingüística: Verbo regular e irregular, formas verbais.

ENTREVISTA (texto oral escrito, linguagem formal e informal).

Análise Lingüística: Tempos verbais, preposição, locução prepositiva, acentuação, vogais,

semivogais, ditongo, hiato, tritongo.

ESTRUTURAS DO TEXTO (Texto expositivo, Artigo publicado): objetivo do texto.

Análise Lingüística: Conjunções, locuções conjuntivas.

COMPONENTES BÁSICOS DE ARGUMENTAÇÃO (texto argumentativo): artigo de

opinião, carta argumentativa.

Análise Lingüística: Morfologia, sintaxe, oração e período, ordem direta, ordem indireta,

concordância verbal, parônimos.

IMAGENS NA POESIA (poema): Imagens, tipos de amor, eu-lírico, rima, ritmo, estrofe,

produções.

Análise Lingüística: Metáfora, comparação, catacrese, metonímia, sinestesia, tipos de sujeito,

verbo de ligação, predicativo, tipos de predicado, ortografia.

APELOS DA PUBLICIDADE (Anúncio publicitário/Campanha publicitária): Sentido

denotativo/conotativo, texto e imagem, cores e formas, tipos de linguagem, abordagem,

mensagem, anunciante e anunciado.

Análise Lingüística: Verbo transitivo e intransitivo, adjunto adnominal e adjunto adverbal.

CONTEÚDOS CONTEMPORÂNEOS: Meio ambiente, violência, prevenção às drogas.

NARRAÇÃO (narrador, ponto-de-vista, close, cenário, personagem, discussão, exposição

oral, narrador testemunha e onisciente).

Análise Lingüística: Sujeito e predicado, tipos de sujeito, núcleo de sujeito, adjunto

adnominal, tipos de predicado, transitividade verbal, adjunto adverbial, fonemas.

PONTO DE VISTA (diário e diálogo, argumentativo e legenda).

Análise Lingüística: Complemento nominal (definição), diferença entre complemento

nominal e adjunto adnominal. Produção de texto, discussão direto e indireto, ortografia.

DESCRIÇÃO OBJETIVA (narrativa oral, enumeração, sentido denotativo e conotativo,

sentido figurado e figuras de linguagem).

Análise Lingüística: Aposto e vocativo, pontuação no período simples.

ESTRUTURA DE TEXTO TEATRAL (cinema, teatro, texto dramático).

Page 347: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

347

Análise Lingüística: Oração e período composto, acentuação

ESTRUTURA DO TEXTO EXPOSITIVO (estrutura predominante, qualidade objetiva e

subjetiva).

Análise Lingüística: Conjunção, advérbios, acentuação de verbos.

ARGUMENTAÇÃO (artigo de opinião, contra-argumento).

Análise Lingüística: Advérbios, palavras homônimas, acentos diferenciados.

RECURSOS DA LINGUAGEM POÉTICA (eu lírico, verso, estrofe, rimas, poemas).

Análise Lingüística: Conjunções, adjetivo, pronomes, expressões homônimas.

IMAGEM (imagens que explicam, reportagens com gráficos).

Análise lingüística: Pronomes, período simples, período composto.

CONTEÚDOS CONTEMPORÂNEOS (sexualidade, violência, meio ambiente, prevenção às

drogas).

CONSTRUÇÃO DE HUMOR (crônica de humor, resenha, charge, exposição de assunto,

ironia).

Análise Lingüística: Morfossintasse, orações subordinadas, expressões parônimas.

CONSTRUÇÃO DA VEROSSIMILHANÇA (conto de mistério, comentário,

verossimilhança).

Análise Lingüística: Orações coordenadas, conjunções coordenativas, apóstrofo, grafia dos

nomes próprios.

DIFERENTES MODOS DE DESCRIÇÃO (relatos de viagem, observador em movimento,

resenha crítica).

Análise Lingüística: Pontuação nas orações subordinadas e coordenadas, colocação

pronominal, emprego dos porquês.

ELEMENTOS DO DEBATE (debate em classe, em grupo, cubismo, razão, argumentos,

polêmica).

Análise Lingüística: Concordância nominal, concordância verbal, fonemas.

ESTRUTURAS DO TEXTO EXPOSITIVO (artigo expositivo, dossiê, linguagem figurada,

siglas, entrevistas).

Análise Lingüística: Regência verbal, regência nominal, artigo definido e indefinido,

prescrições e restrições.

TEXTO ARGUMENTATIVO (artigo de opinião, mesa redonda, debate/tese/argumentos).

Análise Lingüística: Crase, emprego do pronome demonstrativo.

Page 348: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

348

ESPAÇO E A FORMA NO POEMA (poema visual, figuras de linguagem, recursos poéticos,

análise e comparação de poemas).

Análise Lingüística: Ortoepia e prosódia, ortografia.

RECURSOS DA LINGUAGEM PUBLICITÁRIA (anúncio publicitário, estrutura das

palavras, produção de anúncios, campanha publicitária).

Análise Lingüística: Emprego do hífen, afixos, sufixos, prefixos, tema e vogal temática,

processos de formação de palavras.

Ensino Médio

LINGUAGEM E LITERATURA: Linguagem, comunicação e interação, o que é literatura,

gêneros do discurso, fábula, figuras de linguagem, poema.

ORIGENS DA LITERATURA BRASILEIRA: Literatura portuguesa, texto teatral escrito,

carta pessoal, quinhentismo no Brasil. (Introdução à semântica), carta pessoal, relato pessoal.

BARROCO: A ARTE DA INDISCIPLINA: linguagem barroca, barroco em Portugal,

barroco no Brasil, diálogos com o barroco. Campanha comunitária, relatório de experiência

científica, seminário.

Análise Lingüística: Sons e letras, divisão silábica, acentuação.

HISTÓRIA SOCIAL DO ARCADISMO: Linguagem do arcadismo, arcadismo em Portugal,

arcadismo no Brasil. Debate, artigo de opinião.

Análise Lingüística: Estrutura de palavras, formação de palavras, diálogos com o arcadismo.

HISTÓRIA SOCIAL DO ROMANTISMO: A POESIA – linguagem no romantismo,

contexto no romantismo, romantismo em Portugal, romantismo no Brasil (1ª geração), ultra-

romantismo, condoerismo, diálogos com a poesia romântica. Cartaz, mesa redonda.

Análise Lingüística: Substantivo, adjetivo, artigo numeral, pronome.

ROMANTISMO: A PROSA – o romance romântico e a identidade nacional, romance

regional, romance urbano, prosa gótica, diálogos com a prosa romântica. Conto.

Análise lingüística: verbo, advérbio, preposição, conjunção, interjeição.

HISTÓRIA SOCIAL DO REALISMO, DO NATURALISMO E DO PARNASIANISMO:

linguagem do realismo/naturalismo e parnasianismo, contexto realista, realismo em Portugal,

realismo e naturalismo no Brasil, parnasianismo no Brasil, diálogos com o realismo e o

naturalismo. Notícia, entrevista, reportagem.

Análise Lingüística: sujeito e predicado, termos ligados ao verbo-objeto direto e indireto e

adjunto adverbial-predicativo.

Page 349: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

349

HISTÓRIA SOCIAL DO SIMBOLISMO: linguagem do simbolismo, simbolismo em

Portugal, simbolismo no Brasil, teatro brasileiro no século XIX, diálogo com o simbolismo.

Anúncio publicitário, crítica, editorial.

Análise Lingüística: Tipos de sujeito, termos ligados ao nome-adjunto adnominal e

complemento nominal, termos ligados ao nome-aposto e vocativo.

CONTEÚDOS CONTEMPORÂNEOS: Prevenção às drogas, violência, meio ambiente,

sexualidade.

HISTÓRIA SOCIAL DO MODERNISMO: (crônica). Pré-Modernismo, Linguagem do

Modernismo, Vanguardas em Ação, Primeira fase do Modernismo, Manuel Bandeira e

Alcântara Machado, Literatura Portuguesa no século XX, Primeira fase modernista.

Análise Lingüística: Período composto por subordinação: as orações substantivas, período

composto por subordinação: as orações adjetivas.

SEGUNDA FASE DO MODERNISMO: O ROMANCE DE 30. (carta ao leitor, cartas

argumentativas de reclamação e de solicitação). Romance de 30: Rachel de Queiroz, O

Nordeste no romance de 30: Graciliano Ramos, José Lins do Rego e Jorge Amado. O Sul no

romance de 30: Érico Veríssimo e Dionélio Machado, Diálogos com o romance de 30.

Análise Lingüística: Período composto por subordinação: as orações subordinadas adverbais.

Período composto por coordenação: as orações coordenadas, pontuação.

SEGUNDA FASE DO MODERNISMO: A POESIA DE 30. (debate regrado público:

estratégias de contra-argumentos, texto argumentativo: seleção de argumentos). A poesia de

30, Carlos Drummond de Andrade, Murilo Mendes e Jorge de Lima, A poesia em pânico.

Cecília Meireles e Vinícius de Morais, Diálogos com a poesia de 30.

Análise Lingüística: Concordância verbal, concordância nominal.

LITERATURA CONTEMPORÂNEA (texto dissertativo-argumentativo, parágrafos): A

geração de 45. Clarice Lispector, Guimarães Rosa: A linguagem reinventada. João Cabral de

Melo Neto: a linguagem objeto. Tendências da literatura contemporânea, teatro brasileiro no

século XX, diálogos com a literatura brasileira contemporânea.

Análise Lingüística: Regência verbal e nominal, colocação pronominal.

CONTEÚDOS CONTEMPORÂNEOS: Cultura-afro, inclusão, sexualidade, meio ambiente,

prevenção às drogas, violência.

SUGESTÃO DE GÊNEROS A SEREM TRABALHADOS POR ESFERA DE

CIRCULAÇÃO

COTIDIANA - Adivinhas; Álbum de Família; Anedotas; Bilhetes; Cantigas de

Page 350: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

350

Roda; Carta Pessoal; Cartão; Cartão Postal; Causos; Comunicado; Convites; Curriculum

Vitae; Diário; Exposição Oral; Fotos; Músicas; Parlendas; Piadas; Provérbios; Quadrinhas;

Receitas; Relatos de Experiências Vividas; Trava-Línguas.

LITERÀRIA/ ARTÍSTICA – Autobiografia; Biografias; Contos; Contos de Fadas;

Contos de Fadas Contemporâneas; Haicai; Histórias em Quadrinhos; Lendas; Literatura de

Cordel; Memórias; Letras de Músicas; Narrativas de Aventura; Narrativas de Enigma;

Narrativas de Ficção Cientifica; Narrativas de Humor; Narrativas de Terror; Narrativas

Fantásticas; Narrativas Míticas; Paródias; Pinturas; Poemas; Romances; Textos Dramáticos.

ESCOLAR – Ata; Cartazes; Debate Regrado; Diálogo/Discussão Argumentativa;

Exposiçao Oral; Júri Simulado; Mapas; Palestras; Pesquisas; Relato Histórico; Relatório;

Relatos de Experiências Científicas; Resenha; Resumo; Seminário; Texto Argumentativo;

Texto de Opinião; Verbetes de Enciclopédias.

IMPRENSA – Agenda Cultural; Anúncio de Emprego; Artigo de Opinião;

Caricatura; Carta ao Leitor; Carta do Leitor; Cartum; Charge; Classificados; Crônica

Jornalística; Editorial; Entrevista (oral e escrita); Fotos; Horóscopo; Infográfico; Manchete;

Mapas; Mesa Redonda; Notícia; Reportagens; Resenha Crítica; Sinopses de Filmes; Tiras.

PUBLICITÁRIA - Anúncio; Caricatura; cartazes; Comercial para TV; E-mail;

Folder; Fotos; Slogan; Músicas; Paródia; Placas; Publicidade Comercial; Publicidade

Institucional; Publicidade Oficial; Texto Político.

POLÍTICA – Abaixo-Assinado; Assembléia; Carta de Emprego; Carta de

Reclamação; Carta de Solicitação; Debate; Debate Regrado, Discurso Político “de Palanque”;

Fórum; Manifesto; Mesa Redonda; Panfleto.

JURÍDICA – Boletim de Ocorrência; Constituição Brasileira; Contrato; Declaração

de Direitos; Depoimentos; Discurso de Acusação; Discurso de Defesa; Estatutos; Leis; Ofício

Procuração; Regimentos; Regulamentos; Requerimentos.

PRODUÇÃO E CONSUMO - Bulas; Manual Técnico; Placas; Regras de Jogo;

Rótulos/Embalagens.

MIDIÁTICA – Blog; Chat; Desenho Animado; E-mail; Filmes; Fotoblog; Home

Page; Reality Show; Talk Show; Telejornal; Telenovelas; Torpedos; Vídeo Clip; Vídeo

Conferência.

Page 351: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

351

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS/ RECURSOS DIDÁTICOS E

TECNOLOGIAS

O Ensino da Língua Portuguesa será desenvolvido através da Oralidade, Leitura,

Interpretação, Análise Lingüística e a Literatura. A Oralidade

será trabalhada através de debates, teatros, exposição de idéias, relatos, observando a

expressão oral, de cada aluno, incentivando-o a expressar-se com clareza, coerência,

seqüência de idéias, de forma crítica e adequação no discurso em diferentes interlocutores e

situações. Na Leitura e Interpretação serão

realizadas diferentes tipologias textuais, oportunizando aulas na biblioteca, projetos de leitura,

contatos com dicionários, jornais, filmes, leituras de vários gêneros, como fábulas, contos,

crônicas, poemas, poesias, revistas, gibis e outro A escrita fará parte diária das atividades,

como aulas expositivas sobre o uso da língua, destacando os tipos de linguagem, como: a

gíria, fala regional, coloquial e padrão, por meio de ortografia, debates, pesquisas, regras da

língua portuguesa, utilizando variados tipos de textos e reestruturações individuais e coletivas

das produções. As produções textuais serão enriquecidas através de filmes, músicas, charges e

desenhos feitos pelos alunos.

A análise Lingüística, será destacada dentro dos trabalhos literários e produções

textuais, as mais variadas formas de estudo. Na literatura, será

estudado o conhecimento através de trabalhos em grupos e/ou individual através de pesquisas,

estudos no livro didático, aulas expositivas e atividades de literatura, destacando-se pela

formalidade d língua (padrão e coloquial), uso de verbos, concordâncias e ortografia.

Enfim, todos os recursos didáticos utilizados, inclusive TV,

pendrive, laboratório de informática, DVD, retro-projetores e slides servirão como meios para

que sejam feitas interpretação individuais e coletivas, realizando a compreensão do texto e do

contexto, lendo e entendendo por entrelinhas.

AVALIAÇÃO

A avaliação na disciplina de Língua Portuguesa tem como principal foco o processo

ensino-aprendizagem, descrevendo, mensurando, estabelecendo critérios, atribuindo valor,

construindo significados. O

rendimento escolar do aluno será analisado em tempo contínuo com prevalência dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos, de acordo com os objetivos propostos no PPP deste

Estabelecimento de Ensino. A avaliação será contínua e sistemática visando acompanhar as

aquisições sucessivas que o aluno realiza, considerando seus avanços a conquistar. Para a

Page 352: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

352

formalização da avaliação o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero)

em cada registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de

estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao processo de

apropriação dos conhecimentos; a recuperação de conteúdos será de forma paralela a uma

prática avaliativa mediadora, com a intenção de promover a evolução do aluno em todas as

áreas do seu desenvolvimento. Estudos paralelos terão por significados, gradativos desafios e

tarefas articuladas e complementares às etapas anteriores, visando o entendimento e riqueza

em seus argumentos.

A avaliação tem um papel importante, que consideram objetivos e conteúdos proposta

a área, a organização lógica e as possibilidades decorrentes de cada etapa do desenvolvimento

cognitivo, afetivo e social. Os critérios deverão refletir de forma equilibrada, para que sejam

encaminhadas a programação e as atividades de ensino e aprendizagem, selecionando em cada

conteúdo e/ou objetivo, a observação diária e instrumentos variados.

Com o uso da Língua Oral e Escrita em

práticas sociais, os alunos são avaliados continuamente, pois efetuam operações com a

linguagem e refletem sobre as diferentes possibilidades de uma Língua, o que lhe permite, de

modo gradativo chegar à almejada proficiência em leitura e escrita, ao letramento.

Na Oralidade, serão avaliados em função da adequação do discurso/texto aos

diferentes interlocutores e situações, verificando a participação do aluno nos diálogos, relatos

e discussões, a clareza que ele mostra em expor suas idéias, a fluência da sua fala, o seu

desembaraço, a argumentação que apresenta ao defender seus pontos de vista.

Ao ser avaliada a Leitura, deverá considerar as estratégias que os estudantes

empregaram em seu decorrer, a compreensão do texto lido, o sentido construído, sua reflexão

e sua resposta ao texto, propondo questões abertas, discussões, debate e outras atividades que

lhes permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.

É preciso, que na Escrita, veja o texto do aluno como uma fase do Processo de

Produção, nunca como um produto final. Na produção textual, os critérios e parâmetros de

avaliação devem estar bem claros e definidos para o aluno, que precisa estar inserido em

contextos reais de interação comunicativa. A partir daí que os textos serão avaliados nos seus

aspectos textuais e gramaticais.

Como é no texto (fala e escrita) que a língua se manifesta em todos os seus aspectos

discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais, os Elementos Lingüísticos usados nas

produções dos alunos precisam ser avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada. Na

Page 353: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

353

Avaliação, deve-se respeitar as diferenças e promover uma ação pedagógica de qualidade a

todos os alunos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

-BOSI, Alfredo – História C. da Leitura Brasileira.

-CEREJA, Willian Roberto – Português Linguagens (5ª,6ª,7ª,8ª séries), Editora Moderna, 1ª

edição. São Paulo 2006.

-CHANOSKI, Gusso – Rumo ao Letramento, Curitiba. Editora Base 2002.

-Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – DCE

(2006).

-Diretrizes Curriculares de Ensino de Português para o Ensino Fundamental – Secretaria do

Estado de Educação – Julho (2006) – SEED/PR-

-FARACO, Carlos Alberto – Português: Língua e Cultura, Editora Base

-FARACO, Moura – Gramática, Editora Ática,2001.

-FERREIRA, Gilvan – Falando a Mesma Língua, Editora Ática.

-FRACOLLA, Ana Santos Fer., Araci – Lendo e Interferindo. São Paulo, Moderna 1999.

-LEI Nº 10.639 de 09 de janeiro de 2003.

-MAIA, João Domingues – Língua Portuguesa (Volume Único), Editora Ática.

-PROJETO ARARIBÁ – Português (5ª,6ª,7ª,8ª séries), Editora Saraiva – PNLEM, 5ª edição,

São Paulo 2005.

-SARGENTINI, Hermínio – Redação no Ensino Médio, São Paulo. Ed. Moderna.

-SIQUEIRA, Bortolim – Curso Completo de Português, Cultrix 1994.

-TERRA, Ernani – Minigramática, São Paulo Scipone S/D.

-TUFANO, Douglas – Gram

MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Se a Matemática foi criada, inventada ou descoberta, não sabemos, mas sabemos

que muitos séculos antes de Cristo ela já se entreverava entre Babilônios e Egípcios, diga-se

de passagem, muito pouco explorada, mas trazia conceitos básicos em diferentes áreas.

Naturalmente cada região desenvolveu um ramo da Matemática, por exemplo, os gregos não

se identificaram com números irracionais e por certo se desviaram da álgebra, mas deram

Page 354: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

354

atenção especial a geometria. Com os árabes foi diferente, ouve maior crescimento justamente

na área da álgebra e da aritmética.

E assim a Matemática foi evoluindo séculos após séculos, se ramificando com

outras disciplinas, principalmente a Física onde era muito explorada e cúmplice ao mesmo

tempo, pois graças a essas situações de cumplicidade é que surge o cálculo diferencial e a

geometria analítica, dando um novo impulso à disciplina.

As idéias matemáticas comparecem em toda a evolução da humanidade, definindo

estratégias de ação para lidar com o ambiente, criando e desenhando instrumentos para esse

fim, buscando explicações sobre os fatos e fenômenos da natureza e para a própria existência

humana.

Comecemos a observar o mundo em que vivemos hoje, as comunicações

instantâneas, em voz e imagem que estão disponíveis a qualquer ponto do planeta, aviões

sofisticados, naves espaciais que vasculham o sistema solar, equipamentos eletrônicos na área

da medicina, das plantas e animais, energia elétrica, ondas magnéticas, moléculas, átomos:

tudo como base a Matemática, desde as experiências mais simples às descobertas mais

esplêndidas a disciplina deixou sua marca.

Não é só pela capacidade de resolver problemas por meio de teorias e equações

que a Matemática torna-se vital ao mundo moderno, ela tem grande utilidade ao mundo da

economia, da administração de empresas, na liderança de grupos e a própria tomada de

decisões. Na área de juristas e advogados, por exemplo, ela se mostra presente

desempenhando um papel fundamental ao raciocínio lógico dedutivo ao defender suas teses.

Os meios de transportes estão, a cada dia, mais presentes em nossas vidas. Sua importância

em nosso dia-a-dia trouxe a necessidade de novas tecnologias que os tornem mais seguros,

eficientes e menos poluentes. Só com a ajuda da Matemática foi possível construir o primeiro

motor, o primeiro trem, o primeiro metrô. Organizar os dados sobre o fluxo de veículos nos

milhares de cruzamentos das grandes cidades, determinar o melhor tempo para abrir e fechar

cada sinal de trânsito, os minutos entre a chegada e a partida de cada voo, são tarefas difíceis

demais que não poderiam ser feitas sem a Matemática e os computadores.

Em todos os momentos da história e em todas as civilizações, as idéias

matemáticas estão presentes em todas as formas de fazer e de saber. Mas então porque não

dizer que a Matemática também é um campo que pode ser estudado apenas pelos prazeres que

proporciona ao espírito, independentemente da inquestionável utilidade?

Em busca de tentativas para atingir os objetivos do ensino da Matemática

procuramos enfatizar em nossa prática docente uma concepção que aborde a proposição de

Page 355: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

355

teorias e metodologias que possibilitem ao aluno a compreensão de conceitos dando-lhes

significados e a condição de estabelecerem relações com experiências já vistas anteriormente.

Tenta-se aplicar um processo de ensino, voltado para a construção dos conceitos e

significados aos conteúdos matemáticos. Entretanto, muitas vezes caímos em contradição em

relação a alguns conteúdos, apresentando-os através de demonstração de seus respectivos

desenvolvimentos, pois na maioria das vezes o próprio aluno anseia pela resolução de

situações-problemas pela maneira mais rápida, desistindo da tentativa da construção dos

próprios conceitos.

O professor em sua prática poderá fazer uso de recursos metodológicos variados

tais como: modelagem matemática, Etnomatemática, resolução de problemas, jogos, recursos

tecnológicos, história da Matemática e desenvolvimento de projetos que aproximem a teoria e

a prática, para que o aluno possa associar o conhecimento matemático aos diversos contextos

sociais, históricos e culturais.

Os conteúdos trabalhados de forma não linear, proporcionam ao aluno a

possibilidade de desenvolver a capacidade de observar, pensar, estabelecer relações, analisar,

interpretar, estimar, justificar, argumentar, verificar, generalizar, concluir e abstrair. Dessa

forma, serão estimuladas no aluno a intuição, analogia e as formas de raciocínio indutivo e

dedutivo.

Ao abordar os conteúdos estruturantes de Matemática é importante entender a

especificidade de cada conteúdo. Entretanto, estes não devem ser trabalhados de maneira

isolada, pois é na inter-relação entre os conteúdos que as idéias matemáticas e o vocabulário

matemático ganham significado.

Algumas propostas de como abordar os conteúdos específicos que contemplam a

inter-relação e articulação entre eles: ao trabalhar Geometria é também importante levar em

consideração os conhecimentos que o aluno traz de sua cultura, esses conhecimentos podem

ser tomados como ponto de partida para o ensino de conteúdos específicos; os estudos

relativos a noções de estatísticas, possibilidade e análise combinatória permitem que o aluno

compreenda e interprete as informações, ou seja, realize a análise, emita opiniões, tire

conclusões, perceba irregularidades e compreenda o contexto científico-social inserido nelas;

é importante que o aluno utilize a linguagem matemática da informação – coleta de dados,

tabelas, gráficos, porcentagens, na produção de seus textos e, ao mesmo tempo, saiba analisar

esta linguagem nos textos que circulam socialmente.

Page 356: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

356

Com essas e outras relações pretendemos que os alunos alarguem suas

perspectivas, não vejam na Matemática sucessão de temas isolados e estanques e percebam a

sua relevância e utilidade dentro e fora do contexto escolar.

Os conteúdos estruturantes da Matemática procuram dar uniformidade aos

conteúdos específicos, organizando-os de uma forma didática para apresentá-los. No entanto,

em sala de aula o professor dará uma conotação articulada, trabalhando-os em relações que

podem ser estabelecidas com contextos históricos, sociais e culturais.

É necessário que o aluno compreenda, interprete e analise as informações que

recebe a todo o momento, sabendo emitir opiniões, concluir, perceber regularidades e

irregularidades para compreender o contexto científico-social contemporâneo.

Através da linguagem da informação o aluno amplia as possibilidades de

compreender a dinâmica da sociedade, expressa na linguagem gráfica por meio de dados, e,

refletir sobre o mundo sócio-econômico que o rodeia.

CONTEÚDOS:

O trabalho em sala de aula será feito de modo articulado; ou seja, sob os

pressupostos teóricos das Diretrizes Curriculares de Matemática, não é coerente trabalhar

medidas sem os números, geometria sem as medidas, álgebra e tratamento da informação sem

números, medidas e geometria, e assim por diante.

O professor fará a articulação entre os conteúdos estruturantes:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Números E Álgebra

CONTEÚDOS BÁSICOS

Sistema de Numeração Decimal;

Expressões numéricas;

Múltiplos e divisores;

Números fracionários;

Potenciação e radiciação;

Números naturais;

Números decimais;

Números inteiros;

Números racionais;

Números irracionais;

Números reais;

Razão e proporção;

Page 357: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

357

Regras de três simples;

Equação e inequações do 1.º grau;

Sistema de Equações do .1.º grau;

Equações do 2.º grau;

Monômios e polinômios;

Produtos notáveis;

Operações nos Conjuntos Numéricos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Grandezas E Medidas

CONTEÚDOS BÁSICOS

Medidas de comprimento;

Medidas de massa;

Medidas de tempo;

Medidas de área;

Medidas de volume;

Medidas de ângulo;

Medidas de velocidade;

Medidas de temperatura;

Trigonometria no Ângulo Retângulo;

Sistema monetário;

Relações Métricas no Triângulo Retângulo.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Geometrias

CONTEÚDOS BÁSICOS

Ponto, Reta e Plano;

Polígonos, Círculo e Circunferência;

Congruência e Semelhança de Triângulos;

Poliedros (Pirâmides e Prismas);

Corpos Redondos ( Esferas, Cones e Cilindros);

Poliedros de Platão;

Sistema Cartesiano;

Construções de Gráficos;

Noções Básicas de Geometria Factral;

Noções Básicas de Geometria Projetiva;

Page 358: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

358

Noções de Topologia.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Tratamento Da Informação

CONTEÚDOS BÁSICOS

Dados, Tabelas e Gráficos;

Média Aritmética e Moda;

População e Amostra;

Porcentagem ;

Juros Simples e Juros Compostos;

Princípio Fundamental da Contagem;

Conceito, Cálculo de Chances e Possibilidades.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Funções

CONTEÚDOS BÁSICOS

Noções de Função Afim;

Noções de Função Quadrática.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Números E Álgebra

CONTEÚDOS BÁSICOS

Números reais e operações;

Os números complexos e operações;

Equações e inequações exponenciais;

Equações e inequações logarítmicas;

Equações e inequações modulares;

Conceito de matrizes, sua representação, classificação e operações;

Determinantes de matrizes de diferentes ordens;

Operações com polinômios e seus teoremas;

Equações polinomiais, seus teoremas e relações.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Grandezas E Medidas

Page 359: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

359

CONTEÚDOS BÁSICOS

Medidas de Grandezas Vetoriais (Força; Velocidade, Aceleração);

Micro e Macro medidas;

Trigonometria;

Medidas de energia (watt, kwatt, Joule);

Medidas de informática;

Trigonometria no triângulo retângulo;

Relações trigonométricas em um triângulo qualquer;

Trigonometria na circunferência.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Funções

CONTEÚDOS BÁSICOS

Função Afim;

Função Quadrática;

Função Polinomial (grau n maior que 2);

Função Exponencial;

Função Logarítmica;

Função Trigonométrica;

Função Modular;

Progressão Aritmética;

Progressão Geométrica.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Geometrias

CONTEÚDOS BÁSICOS

GEOMETRIA PLANA

Polígonos regulares inscritos e circunscritos na circunferência;

Área e perímetro de figuras planas (paralelogramo, triângulo e seus casos particulares,

trapézio, hexágono, círculo e suas partes).

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Geometria Espacial

CONTEÚDOS BÁSICOS

Poliedros;

Prismas;

Page 360: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

360

Pirâmides;

Cilindro;

Cone;

Esfera.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Geometria Analítica

CONTEÚDOS BÁSICOS

Distância entre dois pontos;

Equação da reta, suas posições e ângulos formados entre elas;

Distância entre ponto e reta;

Distância de um ponto a um plano;

Posição relativa entre retas e planos;

Equação da circunferência;

Posições relativas das circunferências.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Geometria Não- Euclidiana

CONTEÚDOS BÁSICOS

Geometria Fractal;

Noções de Geometria Elíptica;

Noções de Geometria Hiperbólica.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Tratamento da Informação

CONTEÚDOS BÁSICOS

Princípio fundamental da contagem;

Fatorial de um número natural;

Arranjo;

Permutação;

Combinação;

Número binomial;

Distribuição de frequência;

Medidas de posição (média, moda, e mediana);

Medidas de dispersão (amplitude e variância);

Page 361: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

361

Medidas de assimetria (assimetria e curtose).

Leitura, construção e interpretação de gráficos;

Experimento aleatório;

Espaço amostral;

Evento de um espaço amostral;

Probabilidades de um evento em espaço amostral equiprovável;

Juro simples e Juro composto;

Descontos simples.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO.

Desenvolver uma busca lógica do raciocínio para a defesa de sua opinião e

avaliação do ponto de vista apresentado por um colega.

Buscar a construção do conceito matemático, através de situações reais, levando o

aluno a ter consciência de que já possui certo conhecimento.

Realizar um trabalho construtivo com erros, encarando-os como parte integrante

da elaboração do saber matemático, o qual necessita passar por fases de ensaios e erros, por

confrontações e por justificações que levam à reformulação do raciocínio e do processo de

resolução.

Em matemática, é importante o predomínio da realização de exercícios a partir da

exposição elaborada pelo educador, buscando respostas.

Trabalharemos os conteúdos em forma de problemas, elaborando conceitos

básicos, um desafio à reflexão do aluno, para efeito no desenvolvimento do raciocínio lógico

em todos os movimentos de análise, abstração, síntese e generalização.

Idealizar a harmonia do papel matemática para a sua compreensão e modificação

do indivíduo e sua evolução. Tomando como exemplo o triangulo que deixa de representar a

realidade da pirâmide para nascer como uma figura geométrica autônoma: a matemática deixa

de lado os objetos reais para lidar com os ideais.

Na disciplina de Matemática também serão relatados a história e a cultura Afro-

Brasileira e Africana, o direito dos negros se reconhecendo como cultura nacional,

expressando-se através da sua luta pela superação. Dentro de conteúdos far-se-á uso de dados

referentes à discriminação racial, a cotas nas Universidades, as diferentes etnias, fazendo-se

sempre a comparação passado /presente.

Page 362: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

362

É tarefa de todo educador discutir e mostrar como foi a luta pela superação do

racismo e da discriminação racial, independente de sua etnia racial, crença religiosa ou

posição política, à medida que o conteúdo possibilitar essa inter-relação.

Os recursos tecnológicos podem ser utilizados como elemento de apoio para o

ensino, também como ferramenta para o desenvolvimento de habilidades. Os jogos também

possibilitam desenvolver diferentes habilidades, promovem o ensino em “fazer sem

imposição”, pois levam o aluno a compreender regras, elaborar estratégias e desenvolver o

raciocínio.

Em resumo, os conteúdos serão desenvolvidos através de:

Conversação professor-aluno;

Demonstração e prática de exercícios;

Uso do livro didático e paradidáticos para a resolução de atividades;

Explicações orais com desenvolvimento das atividades no quadro de giz;

Utilização de vídeos relacionados à disciplina;

Utilização do computador para exploração de softwares educativos e

complementares;

Pesquisas em livros, revistas, jornais, no comércio de acordo com o conteúdo

trabalhado;

Trabalhos em grupo;

Trabalhos envolvendo leitura e interpretação de textos matemáticos;

Quebra-cabeças que consideravelmente é uma ótima estratégia de aproximar

o aluno a conteúdos que por eles são deixados de lado.

Jogos diversificados que serve na elaboração de estratégias e busca de

resoluções;

Uso de material concreto como calculadora, balança, fita métrica, régua,

compasso, computador, etc., para o desenvolvimento de atividades.

AVALIAÇÃO:

O aluno será permanentemente acompanhado pelo professor no processo de

ensino/aprendizagem, pois se entende a avaliação como um processo contínuo e diagnóstico.

Para avaliarmos aspectos importantes, como o desenvolvimento e as mudanças de raciocínio

utilizando os saberes adquiridos, diversificam-se as formas e instrumento de avaliação. É

Page 363: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

363

fundamental que reflitamos, ao máximo, a diversidade listada a seguir para que esteja em

consonância com a proposta apresentada. São elas:

Observação do desenvolvimento do aluno;

Avaliação coerente, dinâmica e constante, oportunizando a fixação e a

automação dos conteúdos já dominados. O professor deve explorar

questões que envolva conceitos e algoritmos de forma clara.

Prova escrita,

Avaliação oral;

Relatórios de atividades em grupo ou individuais;

Trabalhos de pesquisa e tarefas feitas em casa.

Tarefas realizadas em classe.

Atividades em grupo (resolução de problemas e exercícios) escritos ou

orais;

Concluindo, a avaliação do processo de aquisição e construção do conhecimento

pode ser efetivamente realizada ao solicitar ao aluno que interprete situações determinadas,

cujo entendimento demanda os conceitos que estão sendo apreendidos, ou seja, que interprete

uma história, uma figura, um texto um problema ou experimento. São situações que também

induzem a realizar comparações, estabelecer relações, executar determinadas formas de

registro, entre outros procedimentos que desenvolveu no transcorrer de sua aprendizagem.

A recuperação se dará da seguinte forma:

Revisão dos conteúdos com metodologia diferenciada daquela usada anteriormente

com ajuda de outros autores, consulta de novos livros, para que os alunos possam

revisar de forma diversificada, e se possível de maneira mais concreta e menos

teórica.

Buscar na mídia recortes de filmes que venham complementar e de certa

forma tornar mais interessante o tema a ser recuperado. Em outras palavras

abordar o mesmo assunto por “ângulos” diferentes.

REFERÊNCIAS

AMBRÓSIO, Ubiratan. Etnomatemática. Belo Horizonte - Editora Autêntica,

2005.

Page 364: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

364

ANDRINI, Álvaro, VASCONCELLOS, Maria José. Praticando Matemática.

Brasil. 1ª ed. São Paulo, 2002.

Apostila do Professor: Colégio Nobel. Liceu Editora.

DANTE, Luiz Roberto. Tudo é matemática. Ática, São Paulo, 2005.

Filho, Benigno Barreto e Silva, Cláudio Xavier. Matemática: aula por aula.

Volume Único – Ensino Médio. São Paulo: FTD, 2000.

GIOVANNI José Ruy, JÚNIOR, Giovanni José Ruy. Matemática Pensar e

Descobrir o mais novo. FTD, 1 ed. São Paulo, 2002.

Giovanni, José Ruy, Castrucci Benedito e Giovanni Júnior, José Ruy. A

Conquista da Matemática – Nova. São Paulo: FTD, 1998.

GIOVANNI, José Ruy; GIOVANNY Jr, José Ruy; BONJORNO, José

Roberto. Matemática Fundamental - Uma nova Abordagem. Editora FTD, 2002.

________________. Matemática Completa. Editora FTD, 2002.

MATEMÁTICA, Sociedade Brasileira de Revista do professor de

Matemática 2005/2006.

______________. A Conquista da Matemática – Nova. São Paulo: FTD, 1998.

GRASSESCHI, Maria Cecília Castro et alii. PROMAT: projeto oficina de

matemática. São Paulo: FTD, 1999.

GUELLI, Oscar. Matemática - Série Brasil. Editora Ática, 2003.

IEZZI, Gelson, Dolce, Osvaldo, Machado, Antônio. Matemática e Realidade. São

Paulo: Atual, 1984.

IMENES, Luiz Márcio Pereira & Lellis, Marcelo. Matemática. São Paulo:

Scipione, 1997.

JAKUBOVIC, José & Lellis, Marcelo. Matemática na Medida Certa. São Paulo:

Scipione, 1994.

AMBRÓSIO, Ubiratan. Etnomatemática. Belo Horizonte - Editora Autêntica,

2005.

Matemática/vários autores. _ Curitiba: SEED_PR, 2006.

Orientações Curriculares para o Ensino Médio, Ciências da Natureza, Matemática

e suas Tecnologias, vol. 2, pp 69 –96.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de

Matemática. Curitiba, 2008

Page 365: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

365

Proposta Político-Pedagógica do Colégio Estadual Marechal Costa e Silva. Cidade

Gaúcha, 2006.

Regimento Escolar do Colégio Estadual Marechal Costa e Silva. Cidade Gaúcha,

2006.

Revista do Professor de Matemática. São Paulo, SBM,1998.

SANTOS, Carlos Alberto Marcondes dos, et Al. Matemática. Volume Único:

Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática, 2000.

SANTOS, Carlos Alberto Marcondes dos; GENTIL, Nelson; GRECO , Sérgio

Emilio. Matemática: Série Novo Ensino Médio. Editora Ática, 2002

SETANI, Vítor. Matemática: 2º grau. 2ª ed. São Paulo: Ática, 1984.

YOSSEF, Antonio Nicolau; SOARES, Elizabeth; FERNANDEZ, Vicente Paz.

Matemática - De olho no mundo do trabalho. Editora Scipione, 2005

QUÍMICA

1. Apresentação da disciplina

No Brasil a disciplina de Química começou a ser ministrada regularmente no currículo

escolar das escolas secundárias a partir de 1931 com objetivos voltados para a apropriação de

conhecimentos específicos.

Entre as décadas de 1950 a 1970, o ensino de Química foi marcado pelo método

científico positivista de ensinar ciências pelo método da descoberta e redescoberta, sob a

influência de programas norte-americanos que propunham partir de experimentos com o

objetivo de preparar o aluno para ser cientista.

Na década de 1970, propostas educacionais passaram a valorizar processos dialógicos

de aprendizagem, como as idéias da pedagogia construtivista. Ao longo da década de 1980,

idéias do sócio construtivismo foram agregadas à pedagogia piagetiana.

No Paraná, no início da década de 90, foi elaborado o documento Currículo Básico

para a Escola Pública do Estado do Paraná para reestruturar o ensino de 2º grau,

fundamentados na pedagogia histórico-crítica (Vigotski).

Este documento apresentava uma proposta de conteúdos essenciais para a disciplina e

tinha como objetivo principal a aprendizagem dos conhecimentos químicos historicamente

construídos.

Page 366: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

366

Na década de 1990, os PCNs foram apresentados como documento balizador para as

reformulações curriculares que deveriam acontecer nos estados brasileiros.

A busca pelo significado do conhecimento, a contextualização dos conteúdos e os

temas transversais pregada pelos PCNs, acabaram gerando o esvaziamento dos conteúdos das

disciplinas. Na Química esse enfoque priorizou o estudo de fatos cotidianos, ambientais e

industriais, sem maiores aprofundamentos teóricos que utilizassem o próprio saber químico.

No final da década de 1990 o Estado do Paraná adotou os PCNs como referência para

a organização curricular em todas as escolas que ofertavam o ensino médio.

Atualmente, há um movimento, por parte dos pesquisadores educacionais, para

estabelecer vínculos entre a história, os saberes, a metodologia e a avaliação para a educação

em Química, delineando novas perspectivas e tendências para o ensino dessa ciência.

Acredita-se numa abordagem de ensino de Química voltada à construção e reconstrução

de significados dos conceitos científicos nas atividades em sala de aula (MALDAMER, 2003,

p. 144). O ensino de Química, na perspectiva conceitual, retoma a cada passo o conceito

estudado, na intenção de construí-lo com a ajuda de outros conceitos envolvidos, dando-lhe

significado em diferentes contextos.

As Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná propõem que a compreensão

e apropriação do conhecimento químico aconteça por meio do contato do aluno com o

objetivo de estudo da Química, que é o estudo da matéria e suas transformações. Este

processo deve ser planejado, organizado e dirigido pelo professor, numa relação dialógica, em

que a aprendizagem dos conceitos químicos se realize para organizar o conhecimento

científico (DCE, 2008, p.24).

Isso é possível com a inserção do aluno na cultura científica através de

experimentação, análise de situações cotidianas e na busca de relações da Química com a

sociedade e a tecnologia. Isso implica compreender o conhecimento científico e tecnológico

além do domínio estrito dos conceitos da química.

A compreensão e a apropriação do conhecimento químico devem acontecer por meio

do contato do aluno com o objeto de estudo da Química: as substâncias e os materiais,

sustentado pela tríade: Composição, Propriedades e Transformações. A aproximação do saber

espontâneo do aluno com o saber científico da Química se dá por meio da mediação da escola,

essa, por sua vez, lança mãos de métodos e recursos para que os alunos se apropriem dos

saberes químicos que explicam o mundo.

Nesse sentido e considerando os aspectos sociais, políticos e econômicos atuais, o

ensino da Química possibilita ao aluno compreender o mundo, as substâncias e materiais

Page 367: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

367

presentes, o desenvolvimento tecnológico e suas aplicações no cotidiano. Além disso,

desenvolver a opinião crítica dos educandos de forma que participem do processo de ensino-

aprendizagem através de experimentação e pesquisas orientadas. Aprimorar a capacidade de

entender a toxidade das substâncias, as conseqüências do seu uso indiscriminado e também da

falta de utilização daquelas que são indispensáveis. Também, devem-se considerar os

benefícios que a disciplina de Química pode oferecer para o desenvolvimento sustentável e

saudável da humanidade.

Desta forma, o conhecimento dos conteúdos escolares de Química prepara os alunos,

de modo que o conhecimento adquirido seja aplicável no cotidiano (caracterizado como uma

extensão do conhecimento científico, estruturado nas explicações para facilitar a leitura dos

fenômenos químicos presentes na vida diária), além de capacitá-los para o prosseguimento

dos estudos e prepará-los para profissões em que o conhecimento da disciplina de Química se

faz necessário ou até mesmo indispensável.

Conteúdos Estruturantes /Básicos da Disciplina

Os conteúdos estruturantes foram fundamentados no estudo da História da Química, e

demonstram os conhecimentos com uma dimensão ampla, identificando e organizando os

campos de estudos de uma disciplina escolar.

Na abordagem teórico-metodológica dos conteúdos estruturantes da Química devem-

se considerar as relações que se estabelecem entre si e os conteúdos específicos.

Matéria e sua natureza:

Conteúdo estruturante que trata da essência da Química é com base neste que o aluno

terá suporte para o melhor entendimento dos conteúdos estruturantes Biogeoquímica e

Química sintética.

É imprescindível que o aluno compreenda as transformações que ocorrem ao seu redor, tanto

no aspecto macro quanto microscópico, procurando entender a ciência e suas aplicações no

cotidiano.

Biogeoquímica:

A Biogeoquímica está relacionada com as relações existentes entre a matéria viva e

não viva da biosfera, suas propriedades e modificações ao longo dos tempos, correlacionando-

os com os saberes biológicos, geológicos e químicos.

É importante ressaltar as abordagens dos ciclos globais do (carbono, enxofre, oxigênio

e nitrogênio) e suas relações com a litosfera, atmosfera e hidrosfera, que são fundamentais

para explorar as funções químicas.

Química Sintética:

Page 368: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

368

A Química Sintética tem sua origem na síntese de novos produtos e materiais

químicos e permite o estudo de produtos farmacêuticos, da indústria alimentícia

(conservantes, acidulantes, aromatizantes, edulcorantes), dos fertilizantes e dos agrotóxicos.

O avanço da tecnologia paralelo ao conhecimento científico trouxe algumas mudanças

na produção e aumento das possibilidades de consumo. Com isso aumentou o uso de

fertilizantes e de agrotóxicos que possibilitaram maior produtividade nas plantações; o

desenvolvimento da fibra ótica, que permitiu a comunicação mais ágil; e a utilização dos

conservantes, para que os alimentos não pereçam rapidamente.

Assim, a Química Sintética tem um papel importante na vida do ser humano, pois é

através dela que podemos sintetizar novos produtos, aperfeiçoar outros já existentes, para

melhorar a qualidade de vida de todos. Além disso, a capacidade de aperfeiçoar, desenvolver

materiais e transformá-los garante ou não o sucesso econômico de um país.

É importante ressaltar que a Química é uma ciência ampla, e em constante avanço,

desta forma, sempre que tratamos dos conteúdos escolares da Química devemos ter em mente,

o caráter conceitual e relacional dos mesmos. Em outros termos é necessário relacionar o

conteúdo específico que esta se desenvolvendo em sala com os três conteúdos estruturantes,

de modo que o aluno perceba que determinados assuntos/conteúdos científicos não são

restritos apenas a um segmento da Química.

Metodologia da Disciplina

O trabalho com os conteúdos da disciplina de Química e possíveis Desafios

Contemporâneos da educação, serão encaminhados, tendo como ponto de partida o

conhecimento prévio dos alunos (síncrese), que será posto em confronto com o saber

elaborado da Química, por meio de explicações orais, que tragam informações e conceitos que

o aluno desconhece e que serão condição para o prosseguimento, acumulação e aplicação do

saber Químico correlacionado com as práticas e relações sociais: experimentos químicos,

seminários, discussões, palestras e etc.

Os conteúdos serão encaminhados de modo que ao fim de uma unidade, aquele

conhecimento espontâneo tenha sido transformado em um novo conhecimento (síntese), ainda

não finalizado, mas que agora servirá como ponto de partida.

É importante dizer que devemos unir o conhecimento científico (escola) com o

conhecimento prévio do aluno, onde o mesmo interagi com os diversos objetos no seu espaço

de convivência, sistematizando estas idéias para sua posterior construção.

Por isso que a escola, é, por excelência, o lugar que se lida com o conhecimento

científico historicamente produzido.

Page 369: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

369

Alguns métodos de ensino-aprendizagem na prática de Ensino de Química, como:

aulas expositivo-dialogadas, realização de atividades em sala de aula, realização de atividades

extra-classe, pesquisas bibliográficas, planejamento e execução de projetos educativos,

seminários, uso do laboratório de Ciências, uso do laboratório de informática, visitas de

estudo e uso de vídeos educativos.

Portanto para que essas metodologias sejam eficientes, é importante ter como suporte

os seguintes recursos didáticos-pedagógicos e tecnológicos: livros didáticos e paradidáticos,

quadro de giz, calculadoras, tabelas periódicas, modelos moleculares, retroprojetores,

laboratório de Ciência, laboratório de informática, aparelho de DVD e TV multimídia.

Avaliação

A essência do processo avaliativo é garantir a aprendizagem dos alunos. Por isso, a

avaliação não é um momento isolado ou o momento final do processo de ensino e

aprendizagem. Ela atravessa todos os elementos da didática, metodologia e seleção de

recursos.

Os instrumentos de avaliação podem-se interpretar como os meios e recursos

utilizados para se alcançar determinado fim, de acordo com os encaminhamentos

metodológicos e em função dos conteúdos e critérios estabelecidos para tal.

Os critérios de avaliação correspondem a síntese do conteúdo, estreitamente vinculado

a expectativa de aprendizagem, e define de forma clara, os propósitos e a dimensão do que se

avalia. Por isso, a importância dos instrumentos avaliação e critérios de avaliação estarem em

consonância com a prática pedagógica para que se alcancem os objetivos esperados no

processo de avaliação.

Assim, a avaliação será contínua, compreendendo as formas diagnóstica, formativa,

somativa e cumulativa.

Diagnóstica, o objetivo será a análise na avaliação de conhecimentos que o aluno deve

possuir num dado momento, para poder iniciar novas aprendizagens.

A modalidade de avaliação a qual se deve dar maior atenção é a formativa, que deve

acontecer sempre que o professor entender conveniente, no decurso do processo de

aprendizagem, identificando aprendizagens bem sucedidas e as que apresentarem

dificuldades, para que se possa orientar o trabalho com estas últimas, possibilitando a todos os

alunos a proficiência desejada.

Quanto a avaliação somativa considerar-se-á todas as atividades avaliativas

desenvolvidas durante um período de tempo, que conforme o regimento escolar desse

estabelecimento é bimestral, seu objetivo é aferir resultados que são recolhidos pelas

Page 370: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

370

avaliações formativas e assim obter indicadores que permitam aperfeiçoar o processo de

ensino.

A avaliação somativa complementa, assim, um ciclo de avaliação em que foram já

utilizadas a avaliação diagnóstica e formativa. Constitui, assim, um instrumento valioso na

tomada de decisões sobre opções curriculares ou sobre inovações educativas. Por conseguinte,

a finalidade deste tipo de avaliação é a tomada de decisões sobre apoios e complementos

educativos e regime de progressão do aluno. Por isso é que não há sentido num processo

avaliativo que não seja contínuo e formativo.

Os instrumentos da avaliação atenderão aos objetivos educacionais específicos de cada

conteúdo e tópicos do currículo proposto para a série escolar, planejados pelo professor, e que

serão desenvolvidos no decorrer do ensino. Assim, a avaliação será contínua, compreendendo

as formas diagnóstica, formativa, somativa e cumulativa, aplicada sob forma de trabalhos em

grupo, provas individuais, provas em duplas, relatórios diversos (experiências, visitas de

estudo, mostras científicas, etc.), apresentação de trabalhos escolares, apresentação de

seminários.

Nas diversas avaliações dar-se-á especial atenção às capacidades de buscar

informações, interpretar textos, gráficos, diagramas, linguagem e dados científicos, selecionar

e utilizar os tópicos essenciais às atividades que estarão sendo desenvolvidas, produzir textos

específicos usando linguagem científica apropriada quando necessária ao seu

desenvolvimento, raciocinar matematicamente e expressar por escrito esse raciocínio.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, e dar-se-á de forma permanente e

concomitante ao processo ensino e aprendizagem, de acordo com o Regimento Escolar desse

estabelecimento de ensino.

Referências

BARRETO, Elba Siqueira de Sá. A avaliação na educação básica entre dois modelos:

Educação e Sociedade, v. 22, nº. 75, Campinas, Ago. 2001.

ESTEBAN, Maria Teresa. Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. 5ª edição,

DP&A Editora.

HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre:

Mediação, 2001. p. 24 – 27.

Page 371: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

371

LUCKESI, Cipriano C. Avaliação do Aluno: a favor ou contra a democratização do

ensino? Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos e proposições. 2. ed. São Paulo:

Cortez, 1995; p. 66-80.

MANZANO, J. C. M, Gordo, N. A Autonomia da escola como contribuição à redução do

fracasso escolar.

Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Química para a Educação

Básica. Curitiba - PR, 2008.

SOCIOLOGIA

Apresentação da Disciplina

A Sociologia é uma ciência muito recente, foi à primeira ciência social a se institucionalizar,

mesmo antes da Ciência Política e da Antropologia. Nasceu no afã de proporcionar condições

de solucionar as questões sociais pertinentes à sociedade como um todo que vivem em

constantes mudanças. O palco do surgimento da Sociologia foi Europa, no século XIX, onde

ocorreram fatos históricos que proporcionou as grandes transformações sociais, até então não

vivenciadas pelos seres humanos.

O contexto do nascimento da Sociologia como disciplina científica ocorre em decorrência das

três grandes revoluções: na política, representada pela Revolução Francesa de 1789; a social,

sendo pela Revolução Industrial e a revolução na ciência, que se baseou no Iluminismo. No

principio desenvolveu-se como um pensamento um tanto conservador da sociedade partido da

concepção cultural do mundo de então, sendo uma filosofia social preocupada em indagar a

gêneses da sociedade e a sua evolução.

Do contexto da política em colher as demonstrações expressas pela sociedade nas diferentes

áreas do poder. No panorama de novas formas de pensamento, onde o mundo da fé foi

substituído pelo mundo da razão. O cenário que passa a ser visualizado constitui de mudanças

profundas do pensamento social e no de indagar as transformações na sociedade.

Enquanto na esfera política, a burguesia despontava como a classe empreendedora, buscava

uma participação mais consistente no poder do Estado que imperava os princípios do

Page 372: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

372

Absolutismo, que tinha a figura do soberano como ser provido da vontade divina; na esfera

econômica, a revolução produtiva ampara-se no crescimento da população, dos bens e

serviços e muda a composição do mundo moderno, a ciência tecnológica acumulada na

trajetória histórica da humanidade, consolida a metodologia das ciências naturais com apoio

do modo de pensar do positivismo, os experimentos e as descobertas das leis de

funcionamento da natureza.

O positivismo que leva a transposição da filosofia baseada nos métodos das ciências naturais

á uma ciências da sociedade que busca a observação e experimentação dos fenômenos,

privilegiando os fatos, tomando notas e comprovado as evidências. Sendo a unidade da

sociedade uma essência e o caráter moral para o positivismo para reconstituição de uma

harmonia social a uma sociedade autoconsciente de seu papel em uma nova ordem, de

conquistas e novas visões e vivencias de novos paradigmas.

A razão sobrepondo as formas religiosas na explicação do mundo no período dos séculos XVI

a XIX mudanças transformou a percepção do poder político, não mais emanado de Deus, pela

reorganização do poder e a constituição dos Estados-nação. A forma de entender e analisar a

sobrevivência material da sociedade também modifica, com a destruição da organização servil

e camponesa, as pessoas passaram a deslocar para o espaço urbano e gradativamente

abandonaram o trabalho artesanal e migraram para a manufatura.

A gênese da sociologia se dá com os movimentos de afirmação da sociedade industrial e de

todo o desenvolvimento do processo. E não é obra de um único filósofo ou cientista, mas

representa o resultado da elaboração de um conjunto de pensadores que envolveram em

entender das novas situações presentes no contexto das mudanças e alterações na sociedade.

A sociologia como disciplina científica ganhou corpo teórico com a obra de Durkheim, que

trabalhou muito para tirar do ceticismo, promovendo a ela objetos próprios, mostrando que os

fenômenos sociais poderiam ser investigados cientificamente.

Nos anos de 1930, a Sociologia se institucionalizou no Brasil com auxilio da área da

educação, no campo da pesquisa e da editoração. E o ensino da disciplina promove a reflexão

profunda da cultura e da sociedade brasileira.

Florestan Fernandes traçou três épocas de desenvolvimento da reflexão sociológica na

sociedade brasileira, com influência das tendências metodológicas em países europeus e nos

Estados Unidos.

Outro que foi influenciado pela escola culturalista americana foi Gilberto Freyre, sendo um

marco na Sociologia brasileira o qual influenciou gerações.

Page 373: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

373

Caio Prado Junior, ensaísta e político, foi o primeiro intelectual brasileiro a fazer uso das

reflexões marxista em estudos sobre a realidade cultural do país. E a história do Brasil fascina

os pensadores sociais e Sergio Buarque de Holanda, historiador renomado brasileiro, dedicou-

se a interpretar a concomitância da tradição e da modernidade brasileira a partir da obra do

sociólogo Max Weber.

O Estado brasileiro com suas particularidades e complexidades chamaram atenção de muitos

intelectuais, que fez que muitos estudos das questões políticas, as preocupações culturais

alimentaram as análises sociológicas.

O período que compreende de 1945 a 1974 foi de grandes transformações econômicas, sociais

e institucionais, no Brasil, as investigações dos temas de políticas e da cultura ocorria de

forma simultânea, que assegurava na Sociologia. Villas Bôas fazia menção que as ciências

sociais foi positiva de um lado, dava base ao trabalho cientifico e, de outro, era questionável,

por permitir envolver-se pela crença nas transformações enormes da sociedade brasileira.

Nessa época autores brasileiros e estrangeiros analisam a sociedade brasileira, questões como

a do negro no contexto social, as crise no mundo agrário, entre outros.

O elo do processo histórico com as Ciências Sociais, em especial a Sociologia, levou as

reflexões no meio intelectual que vai está presente nas conquistas que ocorreram no governo

de Getulio Vargas.

Já no período da ditadura militar a Sociologia se desenvolvia e teorizava acerca das

tendências da revolução brasileira, com base em estudos de autores de renome, entre eles

Octávio Ianni, com Política e Revolução Social no Brasil e Florestan Fernandes, com

Revolução burguesa no Brasil: ensaio de interpretação sociológica.

Um pensamento sociológico sobre os problemas latino-americas, surgiu principalmente entre

os intelectuais brasileiros exilados em países europeus e da América Latina, em conseqüência

do golpe de Estado de 1964 e do Ato Institucional nº. 5, em 1968.

Entre a constelação de pensadores sociais, do trabalho sociológico sobre a América Latina,

desponta Florestan Fernandes e Octávio Ianni, os quais são formadores de gerações de

pesquisadores por terem visão profunda do trabalho cientifico consistente e critico no

contexto econômico e político. Ambos participaram da chamada escola de Sociologia

paulista, onde também foram processadas as explicações sobre o preconceito racial no Brasil.

A história da produção sociológica brasileira é uma prova de que ela se constitui disciplina no

debate entre diferentes concepções teóricas responsáveis por respostas a questões que a

sociedade se coloca em momentos diversos, onde há existência de contradições. A Sociologia

vence momentos cruciais das ditaduras e expande em prestigio e no mercado profissional.

Page 374: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

374

O ingresso da Sociologia no sistema de ensino, foi em 1891, com a reforma educacional

protagonizada por Benjamin Constant, surgiu com o titulo de Sociologia e Moral, onde

reinava o espírito positivista na ciência e na sociedade. Ficou como disciplina obrigatória

somente por um ano. Antes disso, ocorria menções a nova ciência por intermédio da obra de

Comte, nas Escolas da Marinha e Politécnica, nas Faculdades de Mediciana e, especialmente,

nas de Direito. Ressurgi depois de duas décadas, em 1925, com a Reforma Rocha Vaz,

passaram a exigi-la como conteúdo avaliado nas provas de ingresso as faculdades. Isso levou

a Sociologia a grade de disciplinas de nível secundário, de 1926 e 1929, do Colégio Pedro II,

no Rio de Janeiro.

Em meados da década de 1920, a Sociologia fez parte do currículo de formação de

educadores primários e secundários dos estados do Rio de Janeiro e Pernambuco. Com a

reforma a Sociologia se fez presente nos chamados cursos complementares, de preparação dos

estudantes para estudos superiores nas áreas de Direito, Ciências Médicas, Engenharia e

Arquitetura. Com a Reforma Capanema, em 1942, a Sociologia perde espaço, por não ser

mais disciplina obrigatória.

A Sociologia Geral e /ou Sociologia da Educação ficou somente como programas a partir dos

anos de 1940, nos currículos das Escolas Normais. A ausência da Sociologia na formação

geral dos estudantes de nível secundário provocou intenso debate no país, com participação de

especialistas da área, entre eles, Antonio Candido, Luiz Costa Pinto e Florestan Fernandes,

enquanto Afro do Amaral Fontoura faz a adequação de compêndios anteriores para as novas

condições da disciplina no ensino médio e publica Introdução a Sociologia (1948).

Na década de 1950 e parte dos anos 60 com período democrático da política nacional a

Sociologia se vez presente nos cursos superiores de Ciências Sociais e também no currículo

de outros cursos com a expansão das Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras. No ambido

do ensino médio, no entanto, a Sociologia sofreu sendo uma disciplina opcional e intermitente

nos currículos. Em 1962, o Conselho Federal de Educação e o Ministério de Educação ao

publicarem novos currículos para o Ensino Médio, a Sociologia não foi contemplada como

entre as disciplinas obrigatória, complementares e optativas.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394, de 1996) abriu perspectiva para a

inclusão da Sociologia nas grades curriculares. Com base na Lei, o Conselho Nacional de

Educação aprovou a inclusão da Filosofia e da Sociologia no Ensino Médio, e, a partir de

2007 os Conselhos Estaduais de Educação deveriam regulamentar a oferta dessas aulas.

No dia 02 de junho de 2008, é aprovada a alteração do artigo 36 da Lei 9.394/96, onde passa

ser obrigatório a Filosofia e a Sociologia em todas as séries do ensino médio.

Page 375: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

375

No Paraná a Secretaria Estadual de Educação, em 1991 a 1994, buscou fortalecer a

Sociologia, exemplo disso, foi à realização de concurso público para o ensino da Sociologia,

em 1991. Outra demonstração de incentivo à disciplina é a elaboração entre 1993 e 1994 de

uma proposta de conteúdos, como a diretriz estadual para a Sociologia.

A disciplina de Sociologia está incluída tendo a preocupação em trabalhar os conteúdos como

proposto nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica/Sociologia, não esquecendo que

como toda a ciência, sendo produto histórico, encontra sempre em construção e valendo do

conhecimento acumulado pelos intelectuais fazendo uso dos fundamentos teórico-

metodológicos ao pensar a realidade com reflexão e indagação.

Conteúdos

Conteúdos Estruturantes

O surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas

O Processo de Socialização e as Instituições Sociais

Cultura e Indústria Cultural

Trabalho, Produção e Classes Sociais

Poder, Política e Ideologia

Direito, Cidadania e Movimentos Sociais

Conteúdos Básicos

Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social

Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber

O desenvolvimento da Sociologia no Brasil

Processo de Socialização

Instituições sociais: Familiares; Escolares; Religiosas

Instituições de Reiserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc).

Desenvolvimento anbtropológico do conceito de cultura e sua contribuição na analise das

diferentes sociedades

Diversidade cultural

Identidade

Indústria cultural

Meios de comunicação de massa

Sociedade de consumo

Indústria cultural no Brasil

Questões de gênero

Cultura afro-brasileira e africana

Page 376: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

376

Culturas indígenas

O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades

Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais

Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições

Globalização e o Neoliberalismo

Relações de trabalho

Trabalho no Brasil

Formação e desenvolvimento do Estado Moderno

Democracia, autoritarismo, totalitarismo

Estado no Brasil

Conceitos de Ideologia

Conceitos de dominação e legitimidade

As expressões da violência nas sociedades contemporâneas

Direitos: civis, políticos e sociais

Direitos humanos

Conceito de cidadania

Movimentos sociais

Movimentos sociais no Brasil

A questão ambiental e os movimentos ambientalistas

A questão das ONG’s

Metodologia

A Sociologia tem como objetivo propor conhecimento e a explicação da sociedade através da

compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem em grupos, das

relações que se estabelecem no interior e entre esses diferentes grupos, bem como a

compreensão das conseqüências dessas relações para indivíduos e coletividades.

A ciência sociológica deve articular junto aos alunos no âmbito escolar as experiências e

conhecimentos apreendidos como totalidades complexas, buscando dar um tratamento teórico

aos problemas postos pela prática social capitalista, como as desigualdades sociais e

econômicas, a exclusão imposta pelas mudanças no mundo do trabalho, as conflituosas

relações sociedade – natureza, a negação da diversidade cultural, de gênero e étnico-racial.

Trata-se, de reconstruir dialeticamente o conhecimento que o aluno do Ensino Médio já

dispõe, uma vez que está imerso numa prática social, num outro nível de compreensão: da

consciência das determinações históricas nas quais ele existe e, mais do que isso, da

Page 377: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

377

capacidade de intervenção e transformação dessa prática social. É o desvendamento, através

da apreensão e compreensão crítica do saber sistematizado, da trama das relações sociais de

classe, gênero e etnia, no qual os sujeitos estão inseridos.

Para melhor entendimento dos conteúdos propostos, deverão ser realizadas atividades

que levem os educandos conseguirem contextualizar a construção histórica da sociologia e

das teorias sociológicas fundamentais, as quais devem ser constantemente retomadas, numa

perspectiva critica, no sentido de fundamentar teoricamente as varias possibilidades de

explicação sociológica feita nos recortes da dinâmica social, que aqui são nomeados de

conteúdos. O conhecimento sociológico deve ir muito alem da definição, classificação,

descrição e estabelecimento de correlações dos fenômenos da realidade social, portanto, para

que possamos instrumentalizar os alunos nesta tarefa, precisam proporcionar: leituras de

textos, de jornais e revistas atuais, pesquisas de campo, trabalhos em grupos, debates,

seminários, filmes e outros.

Avaliação

A avaliação no ensino de Sociologia será de acordo com o que é proposto nas

Diretrizes Curriculares da Educação Básica/Sociologia, sendo em uma concepção formativa e

continuada, onde os objetivos da disciplina estejam em consonância com os critérios proposto

pelo professor e pelo PPP do Colégio Estadual Marechal Costa e Silva – Ensino Fundamental

e Médio.

Os instrumentos de avaliação serão com metodologias diversificadas, fazendo uso de

debates e reflexões, filmes, textos, participação de pesquisas de campo, entre outros,

considerando a formação do aluno como um todo, valorizando a construção do saber

partindo-se da prática inicial até a prática transformada do aluno, pressupondo uma estrutura e

uma organização curricular que possibilitem continuidade/retomada do processo ensino-

aprendizagem, assim como formas contínuas de acompanhamentos. Não abandonado a

articulação entre teoria e prática.

REFERÊNCIAS

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DE SOCIOLOGIA. Secretaria

da Educação do Paraná: 2008. Acesso ao site www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO DO COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL COSTA

E SILVA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO DE CIDADE GAÚCHA.

Page 378: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

378

ALMEIDA, Maria Conceição Pereira de. Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e

Adultos, a Grande Conquista, Arte & Cultura, 1999, 1ª Edição.

BRZEZINSKI, Iria. LDBEN Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São Paulo :

Cortez, 1997.

CARNEIRO, Moacir Alves. LDBEN fácil. Petrópolis, RJ : Vozes, 1998.

CARVALHO, R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000, p.17

(5ª) Conferência Internacional sobre Educação de Adultos (V CONFINTEA).

Conselho Estadual de Educação - PR

- Deliberação 011/99 – CEE.

- Deliberação 014/99 – CEE.

- Deliberação 09/01 –CEE.

- Deliberação 06/05 – CEE.

- Indicação 004/96 – CEE.

- Parecer 095/99 – CEE (Funcionamento dos Laboratórios).

Conselho Nacional de Educação

- Parecer 011/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA.

- Parecer 004/98 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.

- Parecer 015/98 –Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.

- Resolução 03/98 – CEB.

Constituição Brasileira – Artigo 205.

DELORS, J. Educação : Um tesouro a descobrir. São Paulo : Cortez ; Brasília, DF : MEC :

UNESCO, 1998.

DEMO, Pedro. A Nova LDBEN – Ranços e Avanços. Campinas, SP : Papirus, 1997.

DRAIBE, Sônia Miriam; COSTA, Vera Lúcia Cabral; SILVA Pedro Luiz Barros. Nível de

Escolarização da População. mimeog.

DI PIERRO; Maria Clara. A educação de Jovens e Adultos na LDBEN. mimeog.

DI PIERRO; Maria Clara. Os projetos de Lei do Plano Nacional de Educação e a Educação

de Jovens e Adultos. mimeog.

Decreto 2494/98 da Presidência da República.

Decreto 2494/98 da Presidência da República.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 40ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.

LDBEN nº 9394/96.

KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem

Page 379: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

379

do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40.

OLIVEIRA, Thelma Alves de, et al. Avaliação Institucional (Cadernos Temáticos). Curitiba:

SEED – PR, 2004.

Parâmetros Curriculares Nacionais 1º segmento do Ensino Fundamental.

Parâmetros Curriculares Nacionais 2º segmento do Ensino Fundamental.

Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio.

Plano Nacional de Educação – Educação de Jovens e Adultos.

SILVA, Eurides Brito da. A Educação Básica Pós-LDBEN.

SOUZA, Paulo N. Silva & SILVA, Eurides Brito da. Como entender e aplicar a nova

LDBEN.

SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de; SILVA, Eurides Brito da. Como entender e Aplicar a

Nova LDBEN. SP, Pioneira Educ., 1997. 1ª Edição.

Page 380: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

380

6 MARCO OPERACIONAL

6.1 Plano de Ação do Colégio Estadual Marechal Costa e Silva – E.F.M.

Tópicos

discutidos

Problemas

levantados

Ações da

escola em 2010 Período Responsável

Projeto Político-

Pedagógico

- Falta de envolvimento

de alguns profissionais

- Mais estudo do Projeto

Político Pedagógico;

- Disponibilizar cópias do

Projeto Político

Pedagógico na sala de

Hora-atividade e

biblioteca

- Ano letivo 2010.

- Direção e Equipe

Pedagógica.

Regimento Escolar

- Falta de conhecimento

das Leis que embasam a

construção do

Regimento Escolar.

- Disponibilizar cópias do

Regimento Escolar;

- Promover palestras com

os responsáveis pela parte

jurídica do NRE.

- Ano letivo 2010.

- Direção;

- Equipe

Pedagógica; e

- NRE.

Instâncias

Colegiadas:

Grêmio Estudantil/

APMF/

Conselho

Escolar/Auto

defensor/ APAF

- Falta de preparo dos

alunos componentes do

Grêmio;

- Pouca divulgação das

atividades

desenvolvidas pelo

Grêmio e pela APMF.

- Capacitação dos

membros do Grêmio

Estudantil e da APMF;

- Divulgação das

atividades desenvolvidas

pelo Grêmio.

- Ano letivo 2010. - Escola X NRE X

SEED

Entidades externas

- Falta de interação

entre a Escola e a

Associação Comercial.

- Promover reuniões com

a Associação Comercial,

Equipe Pedagógica e

Direção para que haja um

intercâmbio de

informações tendo em

vista a valorização dos

alunos como cidadãos.

- Ano letivo 2010. - Direção e Equipe

Pedagógica.

Planejamento

Participativo

- Pouco envolvimento

de alguns profissionais.

- Conscientização e

divulgação de materiais

que abordam conteúdos

étnicos.

- Ano letivo 2010.

- Direção, Equipe

Pedagógica e

Professores.

Cumprimento do

Calendário Escolar

em dias letivos e

horas-aula

- Aulas vagas, geradas

por licenças médicas

não distribuídas.

- Conscientização dos

professores quanto ao

plano de reposição

sugerido pela Equipe

Pedagógica.

- Ano letivo 2010.

- Direção, Equipe

Pedagógica e

Professores.

Relação Escola-

Comunidade

- Pouco envolvimento

das famílias.

- Promover palestras,

gincanas, reuniões

envolvendo

escola/aluno/comunidade.

- 1º e 2º semestre

2010.

- Direção, Equipe

Pedagógica,

APMF, Conselho

Escolar e Grêmio

Estudantil.

Programa Paraná

Alfabetizado

- Superação do

analfabetismo

- Incentivo aos estudos;

- Divulgação na rádio

local;

- Mobilização dos alunos;

- Visitas aos alunos.

- Ano letivo de

2010.

- Coordenador do

Paraná

Alfabetizado e

Direção.

Proposta

Pedagógica

Curricular/

Plano de trabalho

- Mais conhecimentos

das Diretrizes

Curriculares.

- Promover encontros que

favoreçam o estudo das

Diretrizes Curriculares.

- Ano letivo de

2010.

- Direção, Equipe

Pedagógica e

NRE.

Page 381: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

381

docente

Avaliação escolar

- Mais compromisso de

alguns alunos em

relação ao prazo de

entrega das atividades.

- Conscientização da

importância no

cumprimento dos prazos

estabelecidos.

Todos os bimestres

de 2010.

- Professores,

Equipe

Pedagógica e

Direção.

Conselho de Classe

- Tempo reduzido para

atendimento de todas as

turmas.

- Realizar pré e pós

conselho para facilitar o

andamento do Conselho.

- Todos os

bimestres de 2010.

- Direção e Equipe

Pedagógica.

Hora-atividade - Separação das

disciplinas afins.

--Elaborar um

cronograma visando a

junção das disciplinas.

- Todos os

bimestres de 2010. -SEED e NRE.

Recuperação de

estudos

- Manter os alunos que

não ficaram para

recuperação em sala.

- Reflexões para

amadurecimento do

processo

- Esclarecer e

conscientizar os

professores através de

leituras e debates sobre a

recuperação.

- Todos os

bimestres de 2010.

- Direção, Equipe

Pedagógica e

Professores.

Registro e

acompanhamento

de

alunos incluídos

- Despreparo dos

profissionais envolvidos

no processo;

- Capacitação para os

professores e equipe

pedagógica;

- Mais acopanhamento da

Equipe responsável do

NRE.

- 1º bimestre 2010. - NRE e SEED.

Enfrentamento à

evasão

- Preenchimento de

fichas por parte de

professores;

- Material (fichas)

insuficiente.

- Intensificar o trabalho

do Projeto FICA;

- Manter o andamento do

Projeto SAREH.

- Ano letivo de

2010.

- Direção, equipe

pedagógica,

professores e

Conselho Tutelar.

Jornadas

Pedagógicas

- Falta de troca de

experiências entre as

escolas.

- Realizar encontros de

acordo com a realidade de

cada estabelecimento.

- Ano letivo de

2010.

- NRE, Direção e

Equipe

Pedagógica.

Simpósios/

Seminários/

Encontros/ Cursos

- Repasse das

informações dos cursos

realizados.

- Espaço para divulgação;

- Mural próprio para

divulgação dos cursos.

- Ano letivo de

2010.

- Direção, Equipe

Pedagógica e

Professores.

PDE/GTR

- Falta de interação da

Coordenação

SEED/NRE com a

Escola

- Que a Escola seja

informada através de

cronograma sobre as

atividades que estão

sendo desenvolvidas

pelos professores.

- Ano letivo de

2010.

- SEED, NRE e

Professores

envolvidos.

Semana cultural e

esportiva

- Falta de maior

envolvimento do corpo

docente e dicente.

- Conscientização e

sensibilização de

professores e alunos para

um maior

comprometimento.

- Ano letivo de

2010.

- Equipe

Pedagógica,

Direção,

Professores e

Alunos.

Programas

Institucionais da

SEED: FERA/ Com

Ciência/

JOCOPs/CELEM

- Preparação de alunos

nos horários de aula;

- Falta de estimulo dos

alunos do CELEM.

- Adequar ensaios/treinos

em horário oposto;

- Convidar profissionais

para incentivar os alunos

nos estudos

.

- Ano letivo de

2010.

- Direção, Equipe

Pedagógica e

Professores.

Educação do

Campo

- Falta de conhecimento

dos profissionais sobre

o assunto.

- Divulgação dos

materiais entre os

professores;

- Desenvolvimento de

atividades com os alunos.

- Ano letivo de

2010.

- Direção, Equipe

Pedagógica e

Professores.

Page 382: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

382

Desafios

educacionais

contemporâneos:

educação

ambiental,

sexualidade,

enfrentamento à

violência nas

escolas, prevenção

ao uso indevido de

drogas, educação

fiscal, História e

Cultura Afro-

brasileira e

Africana

- Falta de profissionais

capacitados para

abordarem os temas;

- Falta de maior

comprometimento de

alguns professores.

- Agendar palestras com

profissionais capacitados;

- Divulgação dos

materiais disponíveis com

mais freqüência.

- Ano letivo de

2010.

- Direção, Equipe

Pedagógica,

Professores, NRE

e SEED.

Materiais e

ambientes didático-

pedagógicos:

Laboratório de

Ciências

e de Informática/

TV Paulo Freire,

TV Pendrive,

acervo da

biblioteca, Livro

Didático Público

- Falta de espaço físico

e padrão inadequado

para utilização dos

laboratórios;

- Falta de profissionais

para auxiliarem os

atendimentos;

- Falta de cuidados com

os livros didáticos;

- Livros enviados pelo

MEC em quantidade

insuficiente;

- Falta do livro didático

dos professores;

- Pouco acesso à TV

Paulo Freire.

- Solicitação de

adequação do espaço para

SEED/SUDE.

- Encaminhar ofícios para

ampliação de demanda

dos profissionais;

- Conscientização do uso

e dos cuidados com os

livros didáticos.

- Divulgar os programas

da TV Paulo Freire;

- Mobilização dos

professores para

solicitarem os livros;

- Reivindicar TV

Pendrive para sala dos

professores.

- Ano letivo de

2010.

- Direção, Equipe

Pedagógica e

Bibliotecários.

Recursos

financeiros: Fundo

Rotativo/ PDDE

- Valores repassados

insuficientes para

demanda atual da

escola;

- Atrasos nos repasses

das verbas.

- Solicitação de aumento

dos valores repassados;

- Regularidade nos

repasses das verbas.

- Ano letivo de

2010. - Direção.

Outros

- Falta de inspetor no

pátio;

- Falta de segurança ao

redor da escola;

- Demanda de serviços

gerais e pedagogos

insuficientes;

- Prejuízo ao bom

andamento do trabalho

da Escola devido a

disponibilização de

funcionários para o

Programa do Leite;

- Prejuízo no andamento

dos trabalhos quando

ocorre licença especial

de pedagogo, Agente

Educacional I e II.

- Solicitar demanda para

inspetor de alunos;

- Oficializar as instâncias

superiores sobre as

necessidades de rondas

policiais com mais

freqüência;

- Solicitar demandas para

serviços gerais e

pedagogos;

- Solicitar às autoridades

a contratação de

funcionárias para a

entrega do leite;

- Contratação de

profissionais para

substituição de licença

especiais e saída para os

cargos: Professor

Pedagogo, Agente Educ. I

e II.

- Ano letivo de

2010.

- Direção;

- NRE; e

- SEED.

Page 383: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

383

7 REFERÊNCIAS

ARROYO, M. G. Imagens quebradas: trajetórias e tempos de alunos e mestre. Petrópolis.

Rio de Janeiro: Vozes, 2004.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em cinco de

outubro de 1998. Disponível em: www.mec.gov.br/legis/default.shtm. Acesso em 20 de

outubro de 2004.

____________. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei nº. 9.394/96.

Disponível em: www.mec.gov.br/legis/default.shtm. Acesso em 20 de outubro de 2004.

DOURADO, Luiz F. Gestão democrática da escola: movimentos, tensões e desafios.

Brasília: Cnte, 2004.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São

Paulo: Paz e Terra, 1997.

LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos

conteúdos. São Paulo: Loyola, 1985.

PARO, Vitor H. Escritos sobre educação. São Paulo: Xamã, 2001.

_____________. Gestão democrática da escola pública. São Paulo: Ática, 1997.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Projeto político-pedagógico da escola – uma construção

possível. 13ª edição. Campinas: Papirus, 1995.

VEIGA, O. C. A. Participação e qualidade de ensino – Revista paixão de aprender.

Número 6. Porto Alegre: Secretaria Municipal de Educação, 1994.

GRAMSCI, Antonio. Os intelectuais e a organização da cultura. 2ª edição. Rio de Janeiro:

Civilização Brasileira, 1978.

Page 384: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

384

HOFFMANN, Jussara. Pontos e contrapontos: do pensar ao agir em avaliação. Porto

Alegre: Editora Mediação, 1998.

SAVIANI, Nereide. Currículo, um grande desafio para o professor. Palestra proferida na

Apeoesp e publicada na Revista Educação. Número 16, 2003.

_________________. Diretrizes para o ensino fundamental da rede pública estadual.

Versão Preliminar, julho de 2006.

_________________. Diretrizes para o ensino médio da rede pública estadual. Versão

Preliminar, julho de 2006.

PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas

lógicas. Tradução: Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

DEMO, P. Ser professor é cuidar que o aluno aprenda. Porto Alegre: Mediação, 2004.

PARO, V. H. Reprodução escolar: renúncia à educação. São Paulo: Xamã, 2001.

SNYDERS, G. A alegria na escola. São Paulo: Monole, 1988.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança, um reencontro com a pedagogia do oprimido.

Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

Page 385: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

385

8 ANEXOS

8.1 Anexo 1

Page 386: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

386

8.2 Anexo 2

8.2.1 FELART

Introdução

O Festival Lítero Artístico traz à comunidade, uma mostra das diferentes manifestações

artísticas nas suas diversas modalidades. Evidencia e oportuniza potenciais existentes na

escola, preparando-os para o contato com o público, através de atividades de expressão que

são trabalhados em diferentes modalidades: música, teatro, dança e poesia.

Justificativa

A primeira edição do FELART (Festival Lítero Artístico) fora realizada no ano 2000. Até

então as atividades lítero-artísticas eram apresentadas em conjunto com outros trabalhos

durante a exposição anual da Feira de Ciências. Devido à acentuada procura por trabalhos

ligados à comunicação e artes, o corpo docente tomou a decisão de reservar um espaço

exclusivo para o desenvolvimento de atividades associado as diferentes linguagens artísticas.

Deste modo, nasceu o Felart organizado em quatro modalidades: música, teatro, dança e

poesia. O Festival contempla todas as disciplinas da área de Códigos e Linguagens,

oportunizando aos alunos condições para manifestarem a expressão artística e corporal

conforme a sensibilidade e talento de cada um.

Page 387: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

387

Objetivos

Despertar a sensibilidade e o gosto pelas manifestações artísticas, desenvolvendo as

diversas habilidades da comunicação;

Divulgar os trabalhos artísticos desenvolvidos pelos alunos à comunidade;

Desenvolver a capacidade de apreciar, compreender e produzir arte;

Incentivar os alunos e valorizando os talentos existentes;

Aprofundar o conhecimento e compreender as diferentes manifestações da cultura

corporal, reconhecendo e valorizando as diferenças de desempenho, linguagem e

expressividade.

Metodologia

No desenvolvimento do FELART, as metodologias serão utilizadas visando os objetivos

propostos na aquisição de conhecimentos, habilidades, atitudes, desprendimento, iniciativa,

coletividade, no confronto com a realidade e na iniciativa de buscar informações, garantindo

a participação dos alunos e a aplicabilidade de metodologias diferenciadas por meio de

atividades individuais e grupais.

As metodologias utilizadas serão desenvolvidas no decorrer do primeiro semestre, respeitando

a liberdade de escolha do aluno com a orientação de professores e pessoas da comunidade que

se dispõe a colaborar com o evento.

Estratégias

São de livre escolha o tema, a modalidade e a forma de se organizar em grupo ou

individualmente. Quanto aos temas, além das sugestões dadas em sala de aula, os alunos

recorrerão a diferentes fontes bibliográficas, internet, universidades, organismos culturais,

personalidades, etc. Será estabelecido um cronograma para os ensaios das apresentações sob a

mediação dos professores orientadores. De acordo com a modalidade os alunos serão

orientados quanto ao figurino, expressão, uso do palco e recursos de som e luz, etc. As

apresentações serão subdivididas e intercaladas de acordo com as modalidades nos dias do

evento.

Page 388: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

388

Recursos

Palco; aparelhos eletrônicos: rádio, microfone, filmadora, retroprojetor; iluminação;

instrumentos musicais; roupas; maquiador; assistente de palco.

Cronograma

Março Abril Maio Junho

Reunião do Corpo Docente para organização da

comissão organizadora e revisão do regulamento. X

Divulgação do regulamento. X

Organização de equipes e escolha da modalidade

artística. X

Pesquisas sobre os temas escolhidos. X

Inscrição das Apresentações X X

Ensaios supervisionados pelos professores X X

Avaliação X X X

Apresentação do Evento X

Avaliação

Tendo por princípio básico o aprendizado e principalmente o despertar da criatividade do

aluno. O processo avaliativo seguirá os mesmos procedimentos do sistema de avaliação da

escola, com base no acompanhamento direto realizado pelos professores e participação direta

ou indireta dos alunos durante o evento.

Page 389: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

389

8.2.2 FECICO

Feira de Ciências e do Conhecimento

Apresentação

Mediante a importância que têm adquirido a Ciência e a tecnologia para o desenvolvimento

das sociedades contemporâneas, tornou-se imprescindível a promoção de uma cultura

científica que propicie melhores condições para a busca do conhecimento. Para isso, a

educação é o melhor caminho.

Portanto, a escola tem um papel dos mais significativos na propagação dessa cultura

cientifica, pois o conhecimento é fundametal para a compreensão da vida cotidiana,

desenvolvimento do pensamento autônomo e participação crítica na sociedade. Neste sentido,

são vários os desafios da educação no que tange a universalização da educação básica e a

promoção da educação científica. Sabedores desse desafio, esta instituição de ensino realizou

os primeiros ensaios no início da década de 70, para implantação da Feira de Ciências que se

concretizou, mais precisamente, no ano de 1976, se consolidando até a presente data.

Page 390: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

390

No Brasil, na década de 60, teve inicio o movimento de formação de núcleos de profissionais

com a incumbência de revisar todo o conteúdo dos projetos traduzidos e dos livros didáticos,

após o período letivo, além de ministrar cursos e palestras sobre o ensino de ciências nas

escolas do país. Posteriormente, surgiu a necessidade da criação de organizações permanentes

que cumprissem esse papel. A partir de 1963, esses núcleos tornaram-se instituições de caráter

permanente dando origem aos Centros de Ciências. Essas organizações proporcionaram o

surgimento e a consolidação de inúmeras atividades voltadas para a prática do ensino de

ciências como, por exemplo, a divulgação cientifica e preparação de jovens da escola primária

e secundária na iniciação cientifica, por meio de inúmeras atividades práticas, entre as quais

se destacaram as Feiras de Ciências e os Clubes de Ciências.

Atualmente, as Feiras de Ciências são reconhecidas como uma atividade pedagógica e cultural

com elevado potencial incentivador da prática cientifica no ambiente escolar. Tanto para

alunos e professores, quanto para a comunidade em geral as feiras vêm constituindo uma

oportunidade de aprendizagem e de entendimento sobre as etapas de construção do

conhecimento científico. Neste sentido, a Fecico tem cumprido bem este papel ao longo de

suas edições através do envolvimento de professores, alunos de todos os níveis de ensino,

comunidade escolar, além de parcerias com instituições científicas.

A Feira de Ciências e do Conhecimento, é um evento anual, previsto em calendário. No início

do ano letivo, são sugerido os temas e as equipes são orientadas no desenvolvimento dos

trabalhos. Após estudos e pesquisas, são elaborados os projetos, sendo analisados pelos

professores e pela comissão de feira, formada pela equipe pedagógica e por professores de

todas as áreas, deferindo ou indeferindo os projetos.

Os trabalhos são apresentados em horários estabelecidos pela comissão organizadora e

acompanhados pelos professores e pelos jurados que são escolhidos de acordo com o tema

dos trabalhos. Os melhores trabalhos recebem premiação.

Justificativa

A influência do futuro sobre nossas vivências cotidianas só faz sentido se o domínio que

tentamos desenvolver sobre os diferentes espaços cumprir a função de melhorar e ampliar o

conhecimento. Foi a partir desse pensamento que procuramos oferecer aos alunos,

Page 391: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

391

oportunidades para o desenvolvimento de temas científicos pautados em práticas

diversificadas como trabalho de campo, pesquisas e reflexões com o intuito de ampliar e

desenvolver o senso crítico, alcançando com maior qualidade a construção e a transformação

da realidade social, através da interação aluno-escola-comunidade.

Objetivos

Incentivar a pesquisa, através do planejamento e execução de atividades investigativas,

para a construção do conhecimento, colocando-o a serviço do bem comunitário, fortalecendo

assim, o vínculo escola e comunidade.

Incentivar junto aos alunos a participação efetiva e constante em atividades que visem à

divulgação cientifica e à inserção de novos conhecimentos possibilitando a ampliação de

horizontes.

Promover o intercâmbio entre as escolas, seus alunos e professores, por meio de uma ação

ativa em favor da melhoria da qualidade do ensino.

Proporcionar melhores condições para o ensino das ciências, incentivando o trabalho

docente, de forma coletiva.

Metodologia

Para realização do evento, serão adotadas estratégias que através de trabalhos próprios o aluno

envolva-se em uma investigação científica, aprendendo, por força das circunstâncias, os

peculiares caminhos mentais (pensar, refletir – pensamento científico) e práticos, trilhados na

aventura científica para chegar ao conhecimento, usando as seguintes metodologias:

conscientização sobre a feira de ciências e formação das equipes;

elaboração de projetos;

pesquisas;

atividades diversas (visitas, entrevistas, etc.);

montagem de textos;

confecção de materiais;

pré apresentação;

Page 392: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

392

montagem de trabalhos;

abertura;

apresentação de trabalhos;

encerramento;

desmontagem;

auto-avaliação do evento.

Avaliação

A avaliação dos trabalhos será feita por jurados cujo o número é decidido após saber a

quantidade de trabalhos a serem apresentados. Os jurados são escolhidos na própria

comunidade, sendo sempre convidadas pessoas que tenham conhecimento dos temas

escolhidos.

Os critérios para avaliação são:

projeto (data de entrega, apresentação);

responsabilidade (freqüência e responsabilidade nas apresentações que antecedem a feira);

organização e criatividade (stands e materiais);

desenvolvimento do trabalho (domínio de conteúdo, clareza nas explicações, exploração

dos materiais, conclusão);

pratica social (interesse para a comunidade, recepção e acolhimento ao público).

Caso ocorra empate na pontuação das equipes, será considerada melhor classificada aquela

que obtiver maior número de notas máximas.

Observação: A avaliação total do evento é feita por todos os professores e funcionários da

escola, logo após o encerramento da mesma, destacando seus pontos positivos e negativos.

Referências bibliográficas

HENNING, Georg J. Metodologia do Ensino de Ciências. Editora Mercado Aberto – Mec /

Fae, 1994.

______________. Programa Nacional de Apoio às Feiras de Ciências da Educação

Básica Fenaceb. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. Brasília, 2006.

______________. Pátio. Revista Pedagógica. Artmed Editora S.A.

Page 393: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

393

SEVERINO, Antônio Joaquim. O Projeto Político Pedagógico: A Saída para a Escola.

Revista da Aec. Brasília, 1998.

VEIGA, Ilma Passos. Projeto Político da Escola: Uma Construção Coletiva. Projeto

Político Pedagógico da Escola: Uma Construção Possível. Campinas, São Paulo. Papirus,

1995.

Page 394: Projeto Político Pedagógico - Notícias · Assim o objetivo da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assinados pelos indivíduos

394

COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL COSTA E SILVA - EFM Rua Vasconcelos Jardim, n.º 1696 – Centro

Fone/Fax: (44) 36751430 CEP: 87820-000

Email: [email protected] e/ou [email protected]

www.cdhcostaesilva.seed.pr.gov.br

Cidade Gaúcha - Paraná

Diretor: Antônio de Araújo ________________________

Diretora Auxiliar: Silvana Maria Pereira Pauleski ________________________

Equipe Pedagógica:

Aurineide Maria Moreno Hauth ________________________

Idelma Fátima Valoto Zardo ________________________

Leila Vendramini da Silva ________________________

Rosemar Cezar Saratt ________________________

Viviane Maia Ribeiro ________________________

Cidade Gaúcha, 29 de novembro de 2010.