PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · e três de Ensino Médio - 5ª B, 6ªB, 7ª B e 8ª B,1ªA, 2ª A...

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COLÉGIO ESTADUAL SÃO LOURENÇO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2011 Município: Cianorte - PR Núcleo Regional de Cianorte

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COLÉGIO ESTADUAL SÃO LOURENÇO

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

2011

Município: Cianorte - PR

Núcleo Regional de Cianorte

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ÍNDICE

I – Apresentação................................................................................................ 04

II – Organização da Escola................................................................................ 07

2.1 – Dados da Instituição de Ensino................................................................ 07

2.2 – Apresentação da Escola........................................................................... 08

2.3 – Histórico da Escola................................................................................... 09

2.3.1 – De Escola Estadual de São Lourenço para Colégio Estadual São

Lourenço – Autorização de Funcionamento e Atos Legais...............................

10

2.4 – Material Didático....................................................................................... 11

III – Objetivos Gerais......................................................................................... 12

3.1 – Objetivos Específicos................................................................................ 12

IV – Marco Situacional....................................................................................... 14

4.1 – Problemática: Realidade do Distrito e da Escola...................................... 14

4.2 – Dependências Escolares e Condições de Uso......................................... 19

4.3 – Recursos Humanos.................................................................................. 20

4.3.1 – Quadro de Profissionais da Educação................................................... 21

4.4 – Classificação, Promoção e Dependência................................................. 25

4.4.1 – Classificação.......................................................................................... 25

4.4.2 – Promoção............................................................................................... 26

4.4.3 – Dependência.......................................................................................... 28

V – Marco Conceitual......................................................................................... 29

5.1 – Concepção de Currículo........................................................................... 31

5.2 – Concepções de Ensino-Aprendizagem..................................................... 31

5.3 – Pedagogia Histórico-Crítica ..................................................................... 34

5.4 – O desenvolvimento e a aprendizagem, segundo a abordagem

Histórico-Cultural...............................................................................................

35

5.5 - Concepções de Homem e Sociedade....................................................... 36

5.6 - Função Social da Educação...................................................................... 37

5.7 – As Tecnologias de Informação e Comunicação na Escola....................... 38

5.8 – Concepção de Gestão Escolar Democrática............................................ 40

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5.9 – Inclusão e Diversidade na Educação Básica............................................ 43

5.10 – Estágio Não-Obrigatório......................................................................... 43

5.11 – CELEM.................................................................................................... 45

5.12 – Avaliação................................................................................................ 46

5.13 – Conselho de Classe................................................................................ 48

5.14 – A recuperação de estudos na organização do trabalho escolar............. 50

5.15 – Inclusão................................................................................................... 51

VI – Marco Operacional..................................................................................... 53

6.1 – Grêmio Estudantil..................................................................................... 53

6.2 – Conselho Escolar...................................................................................... 54

6.3 – A Hora Atividade....................................................................................... 55

6.4 – Projetos de ação dos Segmentos da Escola............................................ 55

6.4.1 – Direção................................................................................................... 56

6.4.2 – Professora Pedagoga............................................................................ 57

6.4.3 – Professores............................................................................................ 58

6.4.4 – Alunos.................................................................................................... 60

6.4.5 – Mostra Cultural....................................................................................... 60

6.4.6 – Monitoramento....................................................................................... 60

6.4.7 – Biblioteca............................................................................................... 61

6.4.8 – Secretaria............................................................................................... 61

6.4.9 – Auxiliares Operacionais......................................................................... 62

6.4.10 – Comunidade......................................................................................... 62

6.4.11 – Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF........................ 62

6.4.12 – Agenda 21............................................................................................ 64

6.4.13 – Educação Fiscal................................................................................... 67

XII – Avaliação Institucional da Proposta........................................................... 70

VIII – Considerações Finais............................................................................... 71

IX – Referência Bibliográfica.............................................................................. 72

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I – APRESENTAÇÃO

“A escola, em cada momento histórico, constitui uma expressão e uma resposta à sociedade na qual está inserida”. (GASPARIN)

O Projeto Político-Pedagógico é um documento vivo que faz parte da

realidade escolar, ele é necessário e possível estando sempre em constante

transformação. É fruto da interação entre objetivos e prioridades estabelecidas

pela coletividade, se propõe a ser o documento que estabelece através da

reflexão, as ações dos agentes responsáveis pela sua elaboração: professores

funcionários, pais, mães ou responsáveis, alunos e toda comunidade inserida,

com subsídios através dos teóricos (mencionados) e a legislação pertinente.

Aberto a discussão dos problemas da Escola, é o plano global da

instituição, a sistematização constantemente em transformação de um processo

de planejamento participativo, aperfeiçoando e concretizando a ação educativa

que se quer realizar.

O Projeto Político-Pedagógico proporciona também a oportunidade da

participação democrática, necessária a todos os membros da comunidade escolar

para o exercício da cidadania.

Sendo processo democrático da tomada de decisões, o Projeto Político-

Pedagógico preocupa-se em construir e mudar a realidade quando necessário.

É preciso promover a escola como espaço público, lugar de debates, do

diálogo fundado na reflexão coletiva. Quanto mais ampla a participação de

diferentes agentes no processo da construção deste, mais ampla pode tornar-se

essa autonomia.

Para avançar na organização do trabalho pedagógico, os envolvidos na

elaboração do PPP da escola devem estar cientes de que fazem parte dele.

Todos participam de forma coletiva nas decisões e ficam responsáveis pelos

resultados e análise dos impactos.

Essa relação de pertença significa o compromisso com o projeto construído

e sua instituição com a transformação da escola. A participação na constituição

do Projeto Político-Pedagógico por todos os segmentos faz com que o indivíduo,

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ao participar desta constituição, sinta-se dono do projeto num objeto comum, num

processo educativo da escola.

Após análise de em que contexto a escola se insere na organização e

desenvolvimento do seu trabalho pedagógico, foram estabelecidas as

necessidades para se chegar a intencionalidade do projeto, tudo na coletividade.

Então os dados foram sistematizados através do PPP analisados e discutidos por

toda a equipe da elaboração (professores, funcionários, pais, alunos e a

comunidade), no final definiu-se um Plano de Ação e as grandes estratégias que

devem ser perseguidas para atingir a intencionalidade assumida.

Neste nosso Projeto Político-Pedagógico, o coletivo do Colégio Estadual

São Lourenço apresenta como referência os princípios éticos de igualdade,

qualidade, liberdade, honestidade, numa gestão democrática com a valorização

dos profissionais da Educação e aberta a diversidade e inclusão. Esses princípios

deverão nortear as práticas de uma escola democrática, pública e gratuita.

As ações são determinantes porque todos fazem parte da escola direta ou

indireta e a escola possui seu Regimento Escolar com suas normas que precisam

ser obedecidas.

O Projeto Político-Pedagógico desta escola foi construído através de

discussões, reuniões e pesquisas com questionários para levantamento de dados

envolvendo todos da comunidade escolar, tendo como foco a melhoria da prática

educativa e a transformação de ideias e concepções em movimento, de ações

importantes e fundamentais no processo.

Com a participação dos funcionários na elaboração e nas discussões

pudemos retratar melhor a realidade da comunidade, são reflexões sobre o

trabalho desenvolvido na escola e o que se faz necessário para mudar e obter um

ensino de qualidade; com isso valorizamos a função desses profissionais na

organização e funcionamento da escola.

Foram feitas reflexões, retomada de discussões com intervenção e

mudanças, trazendo novas exigências, novas posturas que devem ser inseridas

nas práticas, buscando aperfeiçoamento.

O Projeto Político-Pedagógico não pode ser imposto, mas construído

coletivamente, pois trata-se de um documento que expressa a identidade de uma

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comunidade escolar e não de um grupo ou equipe técnica, não é uma obrigação,

mas sim uma necessidade.

A Instituição que constrói coletivamente o seu Projeto Político-Pedagógico

dispõe discutir e a se expor, reorganizar-se de acordo com a necessidade e

possibilidade de seus educandos, familiares e comunidade com a participação

dos agentes (administrativos financeiros, pedagogos, alunos, familiares e

comunidade)

“O problema sobre se é possível atribuir ao pensamento humano uma verdade objetiva não é um problema teórico, mas sim prático. É na prática que o homem deve demonstrar a verdade, isto é, a realidade e o poder do seu pensamento”. (K. Marx)

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II – ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA

2.1 – Dados da Instituição de Ensino

Nome da Instituição de Ensino: Colégio Estadual São Lourenço

Município: Cianorte NRE: Cianorte

Endereço da escola: Rua Tucano nº 542

E-mail: [email protected]

Telefone: (44) 3627-1174

Nome do diretor: Francisca Ferreira Vicente

Nome do diretor-auxiliar: Viviani Sartori Bacaro

Nome dos Membros do Conselho Escolar e sua respectiva representação:

Presidente: Francisca Ferreira Vicente

Representante Equipe Pedagógica: Aparecida Rodrigues da Silva

Representantes da Equipe Docente: Regina Moreira de Oliveira

Representante da Equipe Técnico-administrativa: Viviani Sartori Bacaro

Representante da Equipe Auxiliar Operacional: Maria Aparecida de Lima Ferreira

Representante dos Discentes: Luiz Henrique Barboza

Representante dos Pais ou Responsáveis: Catarina Rosa Candido

Representante do Grêmio Estudantil: Gislaine Guarido Ferreira

Representante da APMF: Claudiney Duarte de Oliveira

Localização

(X) área urbana

( ) área rural

( ) área urbana periférica

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Nível e modalidade de ensino ministrado na escola

( ) educação pré-escolar ( ) educação especial

( ) ensino fundamental – 1º ao 5º ano (X) ensino médio

( ) ensino fundamental – 6º ao 9º ano ( ) alfabetização de adultos

( ) ensino fundamental – 1º ao 9º ano ( ) EJA – fase I

( ) ensino fundamental – 1ª a 4ª série ( ) EJA – fase II

(X) ensino fundamental – 5ª a 8ª série ( ) EJA – Ensino Médio

( ) ensino fundamental – 1ª a 8ª série

Estrutura Curricular

( ) Disciplinas Anuais – Ensino Fundamental

(X) Disciplinas Anuais – Ensino Fundamental e Ensino Médio

( ) Disciplinas Anuais – Ensino Médio

( ) Ensino Médio por Blocos de Disciplinas Semestrais

( ) Coletiva e Individual, no Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino

Médio

2.2 – Apresentação da Escola

Em 22 de dezembro de 1983, de acordo com a Lei 774/83, foi delimitado o

perímetro urbano, onde se localizam estabelecimentos públicos, comerciais,

industriais e residências.

Neste Distrito o Colégio Estadual de São Lourenço é o único

estabelecimento que oferta o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série e o Ensino

Médio da 1ª a 3ª série, atendendo um total de 413 alunos, na faixa etária entre 10

a 25 anos. É relevante destacar que 20% do total dos nossos alunos são

trabalhadores assalariados e outros 5% trabalham com seus familiares na lavoura

ou em outro negócio.

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Este estabelecimento funciona nos três turnos com um total de 16 turmas

entre Ensino Fundamental e Ensino Médio, sendo distribuídas da seguinte

maneira: o turno matutino com quatro turmas de Ensino Fundamental - 5ª A, 6ª A,

7ª A e 8ª A. No período vespertino, outras quatro turmas de Ensino Fundamental

e três de Ensino Médio - 5ª B, 6ªB, 7ª B e 8ª B,1ªA, 2ª A e 3ª A , no período

noturno oferecemos uma turma de Ensino Fundamental e três de Ensino Médio –

8ª C, 1ª B, 2ª B e 3ª B.

A comunidade escolar desse estabelecimento de ensino é composta por

alunos que residem no Distrito e na zona rural. Para aqueles que moram na zona

rural há o atendimento do transporte escolar. Diante desta realidade, os horários

de funcionamento são diferenciados, buscando atender as necessidades dos

alunos dependentes de transporte escolar. Dessa forma, os horários de

funcionamento de cada turno são assim organizados: matutino das 7:45 às 12:10;

vespertino das 13:30 às 17:55 e noturno das 18:45 às 22:45.

Por se constituir um espaço de encontro e aprendizagem, os alunos

esperam que o Colégio seja um lugar apresentável, que tenha qualidade de

ensino, recursos didáticos que possibilitem atividades diferenciadas e que

envolvam cultura e lazer de modo que a comunidade local possa envolver-se com

o espaço escolar. São realizadas as atividades culturais e desportivas incluídas

no calendário escolar de acordo com determinação da SEED e festas que

envolvem a comunidade como: Festa Junina, Jogos Interativos, Tarde Recreativa

entre outros.

2.3 – Histórico da Escola

A história do Colégio Estadual de São Lourenço teve início em 1970 com o

nome de Ginásio de São Lourenço, tendo como Entidade Mantenedora CNEC

(Campanha Nacional das Escolas da Comunidade). O Ginásio de São Lourenço

atendeu as séries finais de Ensino de 1º Grau até o ano letivo de 1979. De 1980

até o final de 1982 funcionou com extensão do Colégio Estadual Cianorte - Ensino

de 1º e 2º Graus, atendendo a demanda de 5ª a 8ª séries.

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2.3.1 – De Escola Estadual de São Lourenço para Colégio Estadual São

Lourenço - Autorização de Funcionamento e Atos Legais

Através da Resolução 3768/82, publicada no Diário Oficial do dia 17 de

Fevereiro de 1983, a Secretaria de Estado de Educação cria e autoriza funcionar

nos termos da legislação vigente, a Escola Estadual de São Lourenço - Ensino de

1º Grau, com sede no Distrito de São Lourenço, Município de Cianorte, mantida

pelo Governo do Estado do Paraná, sendo Secretário de Estado da Educação

Iram Martim Sanches. De acordo com a Resolução 3120/98 publicada em

31/08/98, a Escola passou a denominar-se Escola Estadual de São Lourenço -

Ensino Fundamental. No ano de 2002 passa a atender também alunos do Ensino

Médio passando a denominar-se Colégio Estadual São Lourenço – Ensino

Fundamental e Médio.

Atos e Pareceres

Autorização de Funcionamento do Estabelecimento: Resolução 3768/82 - DOE

17/02/83

Reconhecimento do Estabelecimento: Resolução 8464/84 - DOE 10/01/85

Reconhecimento do Curso: Resolução 8464/84 - DOE 10/01/85

Ato Administrativo que aprova o Regimento Escolar: 143/2007

Parecer Conjunto que aprova o Regimento Escolar: 096/2007

Parecer que aprova a Proposta Pedagógica Curricular: 56/2010

Parecer que aprova o Plano de Estágio Não-Obrigatório: 58/2010

Ato Administrativo que aprova o Conselho Escolar: 188/2010

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2.4 – Material Didático

Os recursos materiais didáticos e humanos são elementos de grande

importância, dos quais a escola não pode prescindir na realização de um trabalho

com qualidade e efetivação dos objetivos educacionais.

Além dos recursos comuns como quadro negro e giz, a escola também

possui recursos audiovisuais que são compostos por: três televisores, seis

televisores pendrive, um laboratório de informática Paranadigital com 24

computadores, um laboratório Proinfo com 18 computadores, um datashow,

materiais para laboratório de Física, Química e Biologia, um vídeo cassete, três

aparelho de DVD, um retroprojetores, 03 rádio gravador, uma caixa de som

amplificadora, duas antenas parabólicas com o receptor, videoteca com 134

volumes, material esportivo tais como: duas mesas de ping pong, 14 tabuleiros de

xadrez, rede nova de vôlei, bolas de futsal e vôlei, jogos de dominó, balança, um

mini-microscópio, um dorso humano, uma caixa de material dourado, dois globos

terrestres, um planetário, vários mapas e cartazes de diversas disciplinas, um

mimeógrafo a álcool.

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III – OBJETIVOS GERAIS

A educação é um processo amplo que não limita-se apenas à educação

escolar, mas tem um papel indispensável no processo de ensino aprendizagem

dos indivíduos para o desenvolvimento da cidadania plena e a consolidação da

igualdade e oportunidade para todos.

A escola precisa articular ações que venham a promover o acesso aos

bens culturais exigidos pela sociedade contemporânea e garantir uma formação

política aos jovens de modo a lhe permitir a participação emancipadora na vida

social de forma mais crítica, dinâmica e autônoma.

A Escola deve ser autônoma, emancipadora, democrática e inclusiva para

o exercício do direito e da cidadania, cumprir o seu papel de dar acesso e a

garantia da permanência de crianças, jovens e adultos, respeitando a diversidade

com condições adequadas e necessárias para o trabalho dos docentes e

funcionários.

Definir parâmetros e diretrizes para a qualificação do professor e do direito

do aluno à formação integral com qualidade numa perspectiva inclusa, garantindo

o respeito à diversidade cultural e a inclusão social, numa gestão democrática

com direito à educação a todos.

Ofertar o uso das tecnologias de informação e conteúdos multimeios

didáticos de modo que a escola se torne um ambiente de inclusão digital.

Dar apoio e reconhecer as práticas culturais e sociais dos alunos e da

comunidade local como direito.

Ações específicas na área financeira para a melhoria da qualidade de

ensino como: buscar recursos distintos e garantia da vinculação desses para a

sua manutenção com transparência. A definição e aplicação dos recursos

utilizando-se de instrumentos que promovam a transparência na efetivação no

uso dos recursos públicos.

3.1 – Objetivos Específicos

Desenvolver melhor qualidade nos serviços prestados pela Escola.

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Avaliar constantemente todo o processo educativo, para superarmos os

fracassos e obtermos o sucesso.

Inovar as práticas pedagógicas reciclando-se constantemente, visando

melhorar o ensino-aprendizagem.

Contribuir para a interação da comunidade no contexto escolar.

Valorizar a atuação de todos na escola, tornando-os participativos.

Realizar continuamente palestras, estudos, reflexões e pesquisas que

contemplam os Desafios Educacionais Contemporâneos como: saúde, orientação

sexual entre outros da diversidade para despertar o interesse do aluno quanto à

informação e assim instrumentalizá-lo para aquisição e exploração do

conhecimento.

Desenvolver trabalhos perpétuos referentes ao meio ambiente visando à

sensibilização dos educandos quanto à importância da preservação do mesmo.

Valorizar o pluralismo cultural na busca de uma compreensão mútua entre

profissionais, educandos e comunidade.

Valorizar a importância do saber para efetivação da aprendizagem e do pleno

exercício da cidadania e da emancipação através do conhecimento.

Refletir nos princípios éticos da igualdade quanto a moral, família, paz,

dignidade, respeito e união.

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IV – MARCO SITUACIONAL

É difícil e necessário esse momento de nos auto-avaliarmos, analisarmos e

entendermo-nos enquanto instituição, na coletividade e ao mesmo tempo cidadão

individual que a usufrui e requer o melhor dela.

O professor, assim como os alunos, compartilham dos mesmos problemas

sociais, econômicos e políticos dos demais membros da sociedade, interagindo e

provocando interações em todos os momentos de suas relações. A busca dessa

consciência traz à tona toda a problemática, na qual a escola está inserida, quer

na micro como na macro sociedade.

De toda a caminhada iniciada desde a implantação da nova Lei de

Diretrizes e Bases da Educação – Lei n.º 9394/96 – com estudos, debates,

reflexões, procurando achar caminhos indicadores de melhoria da escola como

instituição, devemos ter como objetivo servir a comunidade na qual a escola está

inserida e exerce sua influência.

4.1 – Problemática: Realidade do Distrito e da Escola.

Dados do desempenho acadêmico da escola:

Ensino Fundamental - Ano: 2008

INDICADORES

ANO: 2008

ENSINO FUNDAMENTAL

5ª SÉRIE 6ª SÉRIE 7ª SÉRIE 8ª SÉRIE GERAL

Taxa de Aprovação 94,0 92,0 93,4 93,1 93,0

Taxa de Reprovação 6,0 8,0 6,6 1,7 5,8

Taxa de Abandono - - - 5,2 1,2

Disciplina com maior índice de reprova

Geog. / Inglês

Ciências / Portug.

História / Matem.

Portug. / Matem.

Portug. / Matem.

Fonte: Livro de Resultados Finais, Livro Registro de Classe, Atas do Conselho de Classe

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Ensino Fundamental - Ano: 2009

INDICADORES

ANO: 2009

ENSINO FUNDAMENTAL

5ª SÉRIE 6ª SÉRIE 7ª SÉRIE 8ª SÉRIE GERAL

Taxa de Aprovação 98,3 96,8 87,1 94,0 93,9

Taxa de Reprovação 1,7 1,9 9,7 4,5 4,5

Taxa de Abandono - 1,9 3,2 1,5 1,6

Disciplina com maior índice de reprova

Portug. / Matem.

Geog. / Ciências

Geog. / História

Inglês / História

História / Geografia

Fonte: Livro de Resultados Finais, Livro Registro de Classe, Atas do Conselho de Classe

Ensino Médio – Ano 2008

INDICADORES

ANO: 2008

ENSINO MÉDIO

1º ANO 2º ANO 3º ANO GERAL

Taxa de Aprovação 82,5 87,2 92,1 86,6

Taxa de Reprovação 15,8 12,8 7,9 12,7

Taxa de Abandono 1,7 - - 0,7

Disciplina com maior índice de reprova

Física / Geog.

Química / Matem.

Física / Química

Física / Química

Fonte: Livro de Resultados Finais, Livro Registro de Classe, Atas do Conselho de Classe

Ensino Médio – Ano 2009

INDICADORES

ANO: 2009

ENSINO MÉDIO

1º ANO 2º ANO 3º ANO GERAL

Taxa de Aprovação 80,0 87,5 88,1 84,8

Taxa de Reprovação 9,1 8,3 4,8 7,6

Taxa de Abandono 10,9 4,2 7,1 7,6

Disciplina com maior índice de reprova

Português / Matem.

Port. / Inglês

Matem. / Inglês

Inglês / Portug.

Fonte: Livro de Resultados Finais, Livro Registro de Classe, Atas do Conselho de Classe

IDEB

IDEB Observado

2005 2007 2009

3.5 4.2 4.1

O Colégio Estadual São Lourenço está situado no Distrito de São

Lourenço, município de Cianorte. O perímetro urbano do distrito foi delimitado em

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22 de dezembro de 1983, de acordo com a Lei 774/83, onde se localizam alguns

estabelecimentos públicos, comerciais e residenciais.

A economia local gira em torno de pequenas indústrias voltadas para a

agricultura familiar: uma indústria farinheira de grande porte e outras de porte

médio, cooperativas, comércio, pecuária, plantação de cana, aviária, e,

atualmente grande parte da população trabalha nas indústrias estabelecidas no

município em Cianorte. O deslocamento desses trabalhadores, incluindo os

alunos é de difícil acesso o qual acaba gerando cansaço físico para os que

precisam estudar no período noturno. A classe social é bem diversificada e muitos

possuem muita carência afetiva e cultural.

Considerando as transformações e desenvolvimento que vem ocorrendo

no país, São Lourenço não é diferente. Observa-se que na atualidade houve uma

evasão considerável das famílias que residiam na zona rural e hoje vivem na zona

urbana do distrito. Em pesquisa recente quando estávamos em fase de

elaboração desse Projeto Político Pedagógico, constatou-se que a porcentagem

de 60% dos alunos que residiam na zona rural caiu para 40%. Percebe-se que

este fato vem ocorrendo devido às facilidades e oportunidades ofertadas aos

jovens e até mesmo para toda família, trabalharem nas indústrias aqui

estabelecidas ou no próprio Município.

O Colégio Estadual São Lourenço continua caracterizado como espaço

predominante a Educação do Campo, mas vem perdendo essa identidade devido

as mudanças sociais onde a comunidade está inserida.

O prédio escolar está passando por ampliação e reformas do espaço físico

melhorando assim, vários aspectos que antes abordados em pesquisa não estava

adequado para o bom funcionamento.

Em breve ficarão prontas as novas instalações resolvendo a maioria dos

problemas mencionados anteriormente. Contaremos então com salas onde

estarão funcionando a cozinha, despensa, depósito de merenda, salas para

atendimento da equipe pedagógica, direção, sala dos professores, biblioteca,

laboratório de Ciências e Biologia, sala de informática do Paraná Digital e do

Proinfo, anfiteatro e sala de multimeios. Quanto à pintura e a limpeza estão em

condições aceitáveis, banheiros modernos com acessibilidade física às pessoas

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com deficiência, ,mas com ressalvas aos banheiros dos professores que não

passaram por reformas.

Os materiais pedagógicos estão bem diversificados e atualizados: livro

didático doados pela SEED aos alunos, mapas, globo terrestre e materiais que

são utilizados no laboratório de Ciências Física, Biologia e Informática. Para

mantermos atualizados é necessária uma manutenção constante de renovação.

A opinião do alunado a respeito dos professores que atuam nessa

instituição, é de satisfação no momento com o trabalho de grande parte desses

profissionais e ressalvas para alguns. Mas o problema real está na rotatividade

dos mesmos que é a grande dificuldade para a escola. Por ser de difícil acesso e

distante do município, os professores acabam trocando o local de trabalho de São

Lourenço para Cianorte acarretando mudanças de professores a todo o momento,

o que prejudica a organização do trabalho.

Quando os professores foram entrevistados, a disciplina e a falta de

compromisso dos alunos com os estudos no momento atual que a sociedade está

vivendo, teve mais apontamentos. Professores, pais, mães ou responsáveis estão

sempre em busca de alternativas que possam levar à solução desses problemas.

Levantamentos através de pesquisas com alunos, pais, mães ou

responsáveis, percebeu-se que 40% da população que compõem os discentes

são pertencentes da zona rural e necessita do transporte escolar. As estradas são

precárias, o que acaba provocando transtornos nos dias chuvosos, prejudicando a

assiduidade dos alunos.

A violência não faz parte do cotidiano da escola, apenas casos isolados ou

entorno da escola com indivíduos que não pertencem a essa instituição.

Registramos poucos casos com problemas de drogas ilícitas dentro do

estabelecimento, porém muitos casos de alcoolismo e alguns mais sérios

envolvendo alunos. No entorno do Colégio também não há registro de casos

envolvendo a comunidade, salvo alguns indivíduos sem compromisso e que são

acompanhados pela polícia.

Quando ocorrem problemas referentes à disciplina ou a violência no

âmbito escolar são resolvidos da melhor maneira possível atentando para as

disposições da LDBEN – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional dos

Direitos Humanos e do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente. As

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orientações são para que sejam registradas as ocorrências dos fatos com o apoio

da Patrulha Escolar e em caso do problema não ser solucionado na direção e/ou

com os responsáveis, é encaminhado ao Conselho Tutelar ou feito Boletim de

Ocorrências na Polícia Militar e até mesmo utilização do Art. 331 do Código Penal

- “Desacato ao Funcionário Público no exercício de sua função ou em razão dela”,

quando o problema estiver ligação com o professor, equipe pedagógica ou

funcionário da escola.

Para alunos considerados evadidos é feito um trabalho de resgate em

partilha com os órgãos competentes, com intuito de resgatar os mesmos para

volta à escola.

Solicitamos sempre a ronda policial para a segurança entorno da escola e

somos atendidos, mas há a necessidade de um contingente maior desse

policiamento. A Patrulha Escolar encontra dificuldades em atender nossa

solicitação de forma imediata, devido à distância entre o Distrito e o Município de

Cianorte.

A maior dificuldade é a falta de compromisso e envolvimento dos pais ou

responsáveis nas reuniões quando convocados. Essa é uma situação que não

foge a realidade de outras escolas, o pouco interesse pela vida escolar do aluno

traz como consequência, baixo rendimento escolar, indisciplina dentro da sala de

aula e sobrecarga para os profissionais da educação.

A maioria dos alunos sai muito cedo de casa, já que depende do transporte

escolar, a merenda foi mencionada positivamente, pois está bem diversificada

com o envio de hortifrutigranjeiros que são repassados através do Projeto Compra

Direta -Agricultura Familiar do Governo Federal. Mesmo sendo por um tempo a

curto prazo (12 meses) é de grande valia para a melhoria da nossa merenda.

Ainda estamos tendo dificuldades com falta de recursos humanos e o

espaço físico está sendo solucionado, mas já avançamos muito na resolução dos

problemas, permitindo o bom andamento para um ensino de qualidade.

A tecnologia faz parte do cotidiano com o uso das Tvs Pendrive, laboratório

de informática, Proinfo e demais recursos multimeios didáticos.

O alunado é carente de lazer e a prioridade é o esporte. Atualmente com a

reforma da escola, a quadra de esportes obteve melhorias consideráveis (faltando

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alguns itens como a cobertura) e o Ginásio de Esporte próximo ao Colégio supre

de alguma forma esse problema.

4.2 – Dependências Escolares e Condições de Uso

Dependências Quantidade

Condições de utilização O que está inadequado?

Adequada Inadequada

Diretoria 1 - X Espaço Pequeno

Secretaria 1 - X Espaço Pequeno

Sala de professores 1 - X Espaço Pequeno

Sala da equipe pedagógica

1 X - -

Sala de recursos 1 X - -

Sala de leitura ou sala de apoio

0 - - -

Biblioteca 1 X - -

Sala de TV e vídeo 1 X - -

Sala de informática 2 X - -

Sala de multimeios 1 X - -

Sala de ciências / laboratório

1 X - -

Auditório 1 X - -

Sala de aula 7 X - -

Almoxarifado 1 - X Pequeno

Depósito material limpeza 1 - X Pequeno

Despensa 1 X - -

Refeitório 1 X - -

Recreio coberto 1 X - -

Quadra de esportes descoberta

1 - X Deve ser coberta

Quadra de esportes coberta

1 X - -

Cozinha 1 X - -

Área de serviço 1 - X Pequeno

Sanitário dos funcionários 1 - X

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Sanitário dos alunos 4 X X

1 Banheiro feminino e 1 banheiro masculino são pequenos e não estão

adaptados para deficiente físico

Sanitário dos Professores 2 - X

1 banheiro feminino e 1 banheiro masculino são

pequenos, não passaram pela reforma e

não estão adaptados para deficiente físico.

O Colégio Estadual São Lourenço – Ensino Fundamental e Médio ocupa

uma área total do terreno de 3.828 m² e tem uma área construída de 1.496,52 m²

com espaço livre de 2.331,48 m².

Todos os espaços construídos são utilizados de forma racional, buscando-

se aproveitá-los bem, oferecendo conforto e comodidade para alunos e

professores. A quadra poliesportiva após a reforma tornou-se um espaço

apropriado para a realização das atividades desportivas, porém ainda há

problemas como a cobertura e alguns ajustes que deverão ser feitos para uma

maior segurança dos alunos. A quadra possui tabela para cesta de basquete,

traves do gol e rede. Os professores se empenham em realizar atividades

atrativas como partidas de futsal e vôlei, ginástica, jogos, que promovam o

desenvolvimento do educando, apesar das dificuldades encontradas. Temos

materiais diversificados como mesa de ping pong, xadrez e outros jogos.

4.3 – Recursos Humanos

Neste ano letivo, este estabelecimento de ensino conta com 51

funcionários distribuídos nas várias funções que se exigem para o seu adequado

funcionamento. Os profissionais da educação estão distribuídos da seguinte

forma: uma diretora, uma diretora auxiliar, três pedagogas, 36 professores, cinco

funcionários administrativos e seis funcionários de serviços gerais, conforme o

quadro abaixo.

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O Colégio Estadual São Lourenço tem muito a ganhar com os profissionais

que possui, pois a maioria é qualificada e desempenha com louvor sua função. No

entanto, há uma perda na qualidade quando falamos do desgaste dos

profissionais que necessitam se deslocar de Cianorte para o Distrito; chegam

antes do início do trabalho ou necessitam permanecer no colégio para um

próximo turno causando cansaço e desânimo. É importante ressaltar que há

também a dificuldade em dispor a hora atividade do professor em blocos de

disciplina.

4.3.1 – Quadro de Profissionais da Educação

FUNCIONÁRIO FUNÇÃO FORMAÇÃO VÍNCULO

Adriana de Azevedo Pereira

Professora Pedagoga

Pedagogia REPE

Andreza Destefano Professora Licenciatura em Física Pós- graduação em Ed. Matemática

QPM

Antônio Ângelo Sanfelice

Professor Licenciatura em Pedagogia Pós-graduação em Pedagogia Escolar Metodologia do Ensino de Matemática

SC02

Aparecida Rodrigues da Silva

Professora Pedagoga

Licenciatura em Pedagogia Pós-graduação em Planejamento Educacional

QPM

Bruna da Graça Martins

Professora Tecnologia em Gerenciamento Ambiental

REPR

Cirlene Souza alves Professora Licenciatura em Matemática Pós-graduação em Ed. Matemática

SC02

Denis Rezende de Moraes

Professor Graduação em História

REPR

Edileuza de Morais Professora Licenciatura em Ciências Pós-graduação em Ed. Matemática

QPM

Elizabeth Alves da Costa

Professora Licenciatura em Ciências Biológicas

REPR

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Pós-graduação em Educação e Gestão Ambiental Educação Especial

Enedina Rigamonti Agente Educacional II

Licenciatura em Letras Língua Inglesa

QFEB

Erica Gonçalves Gabriel

Agente Educacional II

Licenciatura em Matemática

QFEB

Eveny do Nacimento Pereira

Professora Licenciatura em Ciências Pós-graduação em Ensino Matemática

QPM

Everson Dullo Marques Professor Licenciatura em Matemática

REPR

Franciele Estancia Flach

Professora Licenciatura em História REPR

Francieli Casassa Vieira

Professora Licenciatura em Química QPM

Francisca Ferreira Vicente

Professora Licenciatura em Letras Pós Graduação em Língua Portuguesa e Literatura

QPM

Gislaine Martins Nascimento

Agente Educacional I

Ensino Médio READ

Iria Maria Jardim de Lima

Professora Licenciatura em Ciências Pós-graduação Magistério da Ed. Básica Ed. de Jovens e adultos

QPM

Jandira Souza de Azeredo

Agente Educacional I

Ensino Médio READ

Jose Augusto Semente Agente Educacional II

Tecnologia em Desenvolvimento de Software

QFEB

Julio Cesar Moraes Pezzott

Professor Licenciatura em Filosofia REPR

Lucivania Garosi Professora Licenciatura em Letras Pós-graduação em Educação Especial

SC02

Magda Berdusco Professora Licenciatura em Letras Pós-graduação em Leitura e Produção Textual Educação Especial

REPR

Marcia Mariano Santos de Lima

Professora Licenciatura Letras Inglês

REPR

Marcia Regina da Silva Bernabé

Professora Tecnologia em Gestão Estratégica de Organizações Pós-graduação em Educação Especial

REPR

Mariá Aparecida Professora Licenciatura em Letras SC02

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Lunardi Educação Artística Pós-graduação em Supervisão, orientação e administração

Maria Macedo de lima Professora Licenciatura em Educação Física Pós-graduação em Ed. Especial

SC02

Marinalva Santos Teodoro

Professora Licenciatura em Geografia Pós-graduação em Educar para a cidadania

QPM

Marinez Garcia dos Santos

Agente Educacional I

Ensino Fundamental 1º ciclo

CLAD

Moacir Pedro Carvalho Professor Licenciatura em Educação Física

SC02

Moyses Thomaz Junior Professor Licenciatura em Física REPR

Regina Moreira de Oliveira

Professora Graduada em História SC02

Rosimari Silverio Candido Martins

Professora Licenciatura em Letras Pós-graduação em Leitura e Produção Textual

QPM

Rosimeire de Oliveira Muchelim

Agente Educacional II

Tecnologia em Gestão Estratégica de Organizações

READ

Salete Fernanda Moreira Mantovan

Professora Licenciatura em Estudos Sociais

REPR

Silvana Aparecida Muchelin Anizelli

Professora Licenciatura em Ciências Biológicas Pós-graduação em Microbiologia e suas Interfaces na Saúde

REPR

Simone Aparecida Piai Professora Licenciatura em Letras Pedagogia

REPR

Simone Muniz Professora Licenciatura em Ciências Biológicas Pós-graduação em Ed. Especial

REPR

Sonia Mara Correia Batista

Agente Educacional I

Ensino Médio Incompleto READ

Suely Silvana Alves Professora Licenciatura em Letras Pós-graduação em Habilitação em Português Inglês e Respectivas Literaturas.

QPM

Suely Terezinha Bessani Martins

Professora Licenciatura em Geografia Pós-graduação em Especialização em Geografia Física e Meio Ambiente.

QPM

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Tatiana Sartii Latorre Professora Pedagoga

Licenciatura em Pedagogia Pós-graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional Pedagogia Escolar

QPM

Valdinei Aparecido Souza

Professor Licenciatura em Filosofia QPM

Valeria Cristina dos Santos Belussi

Professora Licenciatura em Letras Português – Espanhol

SC02

Valmir Aparecido Penachio

Agente Educacional I

Educação Fundamental PEAD

Vera Lucia Alves Trindade

Professora Licenciatura em Educação Física Pós-graduação em Especialização em Administração Supervisão e Orientação Educacional

REPR

Vinicius Adriano de Freitas

Professor Licenciatura em Pedagogia

REPR

Virlene Maria Rufino Professora Licenciatura em Letras Pós-graduação em Ed. Jovens e Adulto Metodologia do Ensino-aprendizagem da Geografia no Processo Educativo

REPR

Viviane Piovesan Professora Licenciatura em História Pós-graduação em Educação Especial e Inclusão

REPR

Viviani Satori Bicaro Agente Educacional II

Graduada em Química QFEB

Wivian Danielle Madeira

Professora Licenciatura em Ciências Biológicas Pós-graduação em Ed. E Gestão Ambiental.

REPR

* QPM – Quadro Próprio do Magistério

* CLAD – CLT Administrativo

* QFEB – Quadro de Funcionários Educação Básica

* SC02 – Aula Extraordinária

* REPR – Regime Especial Professor

* READ- Regime Especial Administrativo

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4.4 – Classificação, Promoção e Dependência

As relações entre os profissionais da escola e discentes, além dos direitos

que lhes são assegurados em lei, seguem as prerrogativas sistematizadas pelo

Regimento Escolar onde constam os direitos e deveres que deverão ser

cumpridos e promover o respeito mútuo na condição de profissional atuante na

área da educação e no desempenho de suas funções, visando sempre garantir

um ensino de qualidade.

Todos os fatos ocorridos em desacordo com o disposto n Regimento

Escolar são apurados, e, depois de ouvido os envolvidos, registra-se em Ata com

as respectivas assinaturas.

Os problemas mais comuns são o acúmulo de atividades com a falta de

recursos humanos e a distância que é de difícil acesso ao município – 35 km.

Nos últimos anos tivemos grande avanço com a oferta de formação

continuada que busca capacitar os profissionais da educação contribuindo com a

melhoria na qualificação dos profissionais, aprimorando todas as atividades.

A dificuldade maior da escola é a efetivação desses profissionais que

preferem trabalhar no município por causa da distância, provocando a rotatividade

o que não é bom para o desenvolvimento do trabalho.

Sempre buscamos, numa perspectiva democrática, a participação e

reflexão coletiva, a fim de diagnosticar a realidade da escola e orientar a tomada

de decisões.

4.4.1 - Classificação

A Classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o

Estabelecimento de Ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos

compatível com a idade, experiência e desenvolvimentos adquiridos por meios

formais ou informais, podendo ser realizada:

_ por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase

anterior, na própria escola;

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_ por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou do

exterior, considerando a classificação da escola de origem;

_ independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para

posicionar o aluno na série, ciclo, disciplina ou etapa compatível ao seu grau de

desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou informais.

A Classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige

as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos

profissionais:

_ organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola para

efetivar o processo;

_ proceder à avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe

pedagógica;

_ comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado, para

obter o respectivo consentimento;

_ arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;

_ registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.

4.4.2 – Promoção

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e

aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do

conhecimento pelo aluno.

A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste

no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Dar-se-á relevância à atividade

crítica, à capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.

A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e

instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades

educativas expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. É vedado

submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único instrumento de

avaliação.

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Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em

consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político-

Pedagógico. A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o

acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação

dos alunos entre si.

O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão

sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar

conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.

Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos

durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu

desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.

Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o

período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as

necessidades detectadas, para o Estabelecimento de novas ações pedagógicas.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do

nível de apropriação dos conhecimentos básicos. A recuperação de estudos dar-

se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem. A

recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de

procedimentos didático-metodológicos diversificados. A proposta de recuperação

de estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina.

A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma

escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Os resultados das avaliações dos

alunos serão registrados em documentos próprios, a fim de que sejam

asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.

Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas

durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do

aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de

Classe. O resultado decorrente da recuperação preponderará sobre o decorrente

do período letivo, desde que o aluno tenha conseguido melhor aproveitamento.

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do

aluno, aliada à apuração da sua freqüência. Na promoção ou certificação de

conclusão, para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, a média

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final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero), observando a freqüência mínima

exigida por lei.

Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, que

apresentarem freqüência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual

igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, conforme calculo

aritmético abaixo, serão considerados aprovados ao final do ano letivo:

M.A. = 1ºB + 2ºB + 3ºB + 4ºB = 6,0

4

Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio serão

considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:

_ freqüência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do

aproveitamento escolar;

_ freqüência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis

vírgula zero) em cada disciplina.

A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção do

aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar.

Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão

devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição

de documentação escolar.

4.4.3 – Dependência

A matrícula com dependência é aquela por meio da qual o aluno, não

obtendo aprovação final em até três disciplinas em regime seriado, poderá cursá-

las subseqüente e concomitantemente às séries seguintes.

Este Estabelecimento de Ensino não oferta aos seus alunos matrícula com

dependência. As transferências recebidas de alunos com dependências em até

três disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de

estudos.

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V – MARCO CONCEITUAL

A situação que se configura em razão das crescentes e aceleradas

transformações por que passa a sociedade tem contribuído para o

desenvolvimento do individualismo, da intolerância, da violência e de outros

valores e sentimentos negativos na formação dos indivíduos. Esse contexto

coloca enormes desafios para a sociedade e, como não poderia deixar de ser

também para a escola.

Precisamos construir uma escola, com base em uma concepção de mundo,

homem e educação coerente com um projeto social que priorize a

democratização do conhecimento para todas as classes sociais. Neste sentido

este colégio orienta suas ações a partir das bases referenciais do Materialismo

Histórico Dialético, já que acreditamos que este sistema teórico sustenta a defesa

de uma sociedade onde todos possam ter acesso aos bens materiais e imateriais.

Entende-se por bens materiais aqueles necessários a sobrevivência

material,

“o processo de produção da existência humana implica, primeiramente, a garantia de sua subsistência material, com a conseqüente produção, em escalas cada vez mais amplas e complexas de bens materiais” (SAVIANI, 2005. p. 12).

E por bens imateriais aqueles que segundo o mesmo autor estão ligados a

produção de “ideias, conceitos, valores, símbolos, hábitos, atitudes, habilidades. Numa

palavra, trata-se da produção do saber”. (SAVIANI, 2005.p.12).

A função da escola não é assistencialista, e sim o seu primordial

compromisso é com a aquisição do saber elaborado.

Nesta perspectiva, o colégio Estadual São Lourenço assume sua função

enquanto instituição responsável pela garantia da transmissão e assimilação do

saber, ou seja, do ensino e da aprendizagem, do conhecimento historicamente

produzido.

“(...) a escola tem uma função especificamente educativa, propriamente pedagógica, ligada à questão do conhecimento; é preciso, pois, resgatar a importância da escola e reorganizar o

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trabalho educativo, levando em conta o problema do saber sistematizado, a partir do qual se define a especificidade da educação escolar.” (SAVIANI, 2005, p.98)

Esse conjunto de conhecimentos é que proporcionam ao aluno posicionar-

se criticamente diante da sociedade. Ao professor cabe fazer um elo entre cultura

científica e cultura popular que o aluno já possui para tornar a aula mais dinâmica

e a aprendizagem mais significativa.

“O processo de ensino aprendizagem depende de três elementos que se complementam na prática pedagógica, professor, aluno e conteúdo que se inter relacionam na construção do conhecimento pelo aluno.” (GASPARIN, 2005).

E nesta relação o professor deve direcionar o trabalho, no movimento

prática-teoria-prática, ou seja, buscando o conhecimento já dominado pelo aluno

e fazendo com que este entre em conflito a fim de buscar uma nova visão do

conteúdo e da realidade em que está inserido. Este trabalho deve ser intencional,

bem planejado e avaliado no seu processo.

Ao defender que a função deste colégio é o trabalho com o conhecimento

historicamente produzido, precisamos deixar claro que não é de todo o

conhecimento que estamos falando, pois, não pretendemos nortear nossas ações

em torno do popular, do espontâneo, na experiência pura, pois isto limitaria

nossos alunos a uma produção não material insuficiente. Defendemos, então, que

o currículo e as questões curriculares devem partir da seleção dos elementos

culturais essenciais para o desenvolvimento da ação mental nos seus níveis mais

elevados. Isto significa dizer, segundo Saviani que:

(...) saber sistematizado, não se trata, pois, de qualquer tipo de saber. Portanto a escola diz respeito ao conhecimento elaborado e não ao conhecimento espontâneo, ao saber sistematizado e não ao fragmentado; à cultura erudita e não a cultura popular.” (SAVIANI, 2005, p.14)

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31

5.1 – Concepção de Currículo

Através do currículo expressamos como concebemos o trabalho no interior

da escola. Ele é a expressão de uma concepção de realidade e de sociedade

concreta. Sua sustentação filosófica educa e alerta para uma visão holística e

sintética de todo o processo de transmissão-assimilação do saber elaborado, de

suas múltiplas implicações dentro deste processo e também nas demais

instâncias sociais da prática social do indivíduo. Logo, cabe a escola elaborar os

métodos e organizar as atividades com o objetivo principal da educação, que é o

ensino aprendizagem, ficando as atividades extracurriculares em segundo plano,

isto é, com o objetivo de enriquecer as atividades curriculares da escola, não

perdendo assim, a função principal da escola que é o conhecimento elaborado.

Nossa Proposta Pedagógica Curricular é direcionada para a formação de

um indivíduo capaz de compreender a dinâmica da sociedade vigente, buscando

a construção de um conhecimento científico que o conduzirá a uma consciência

crítica que irá colaborar com a transformação do meio em que vive, de forma

democrática e consciente.

Nosso Plano de Trabalho Docente parte da Proposta Pedagógica

Curricular por áreas dentro da Matriz Curricular como um documento único na

escola. É feito por unidades menores justificando qual conteúdo vai ser trabalhado

de acordo com o Projeto Político-Pedagógico, priorizando sempre o objetivo da

escola: o ensinar e o aprender. O Plano de Trabalho Docente pode ser geral ou

dividido por bimestres deixando claro os conteúdos básicos, específicos,

metodologia, instrumentos e critérios de avaliação de acordo com cada turma.

5.2 – Concepções de ensino-aprendizagem

Com base no Materialismo Histórico-Dialético é na abordagem histórico

cultural de Vigotsky que buscamos elementos para a compreensão e atuação no

processo de ensino aprendizagem. Acreditamos nas prerrogativas desta

abordagem que afirma que a aprendizagem promove o desenvolvimento, que a

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32

mediação do adulto, no caso, o professor entre o aluno e o objeto do saber é

essencial para o aprendizado.

De acordo com as discussões em torno da construção do Projeto Político-

Pedagógico, percebemos que o processo de ensino-aprendizagem deve ser

repensado em uma perspectiva crítica de educação além da discussão entre o

que se ensina e o que se aprende, o trabalho pedagógico também vem sendo

debatido em torno a forma como esta relação se manifesta.

A escola possibilita que o aluno tenha acesso à cultura científica e cabe à

escola valorizar o conhecimento que o aluno traz consigo, fornecerá a ele

fundamentos que permitam a análise, a interpretação e a criticidade para a

reelaboração de ideias.

O ser humano desde o nascimento está aberto ao conhecimento, a

aprendizagem, ou seja, aprendemos e ensinamos desde o momento que

passamos a compartilhar com os outros e a trocar experiências. Logo o ensino e

a aprendizagem estão interligados, isto significa que para aprender o ser humano

nunca está sozinho. Assim sendo a produção do conhecimento é resultado, ou

soma de diferentes pontos de vistas.

A escolarização apresenta uma finalidade prática. Quando adquirem um

entendimento crítico da realidade pelo estudo das matérias escolares e domínio

de métodos, por meio dos quais adquirem e constroem conhecimentos, os alunos

podem expressar de forma elaborada conhecimentos correspondentes aos

interesses prioritários da sociedade incluindo-se ativamente nas lutas sociais.

É preciso ter a clareza de que uma proposta para um ensino de qualidade,

voltada para a formação cultural e científica que possibilite a ampliação da

participação efetiva do povo nas várias instâncias de decisões da sociedade, irão

defrontar-se com problemas de fora e dentro da escola.

Numa sociedade historicamente marcada pela luta de classes, por relações

hierarquizadas e por privilégios que reproduzem um alto nível de desigualdade,

injustiça e exclusão social, a prática pedagógica tem compromisso com a

construção da cidadania e assim deverá estar voltada para a compreensão da

realidade social e dos direitos e responsabilidades individuais e coletivos.

É de responsabilidade do professor as condições para que ocorra o

aprendizado dos alunos, possibilitando aos mesmos questionamentos,

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argumentações e interação com o professor efetivando gradativamente a

aprendizagem. Assim sendo possibilitará ao aluno agir como sujeito pensante e

ativo na construção do conhecimento.

Para que aconteça a verdadeira aprendizagem e um bom desenvolvimento

do trabalho do professor é necessário que as aula sejam planejadas de forma

sistematizada, sempre contextualizando com o cotidiano do aluno para que ocorra

uma participação e interação dos mesmos na aprendizagem dos conteúdos

propostos de acordo com cada disciplina.

Este processo se efetiva quando o indivíduo se apropria dos elementos

culturais necessários a sua formação e sua humanização. É a preocupação da

escola com o atendimento à diversidade social, econômica e cultural existente

que lhe garante ser reconhecida como instituição voltada, indistintamente, para a

inclusão de todos os indivíduos.

Segundo Vigotsky (1998). para elaborar as dimensões do aprendizado

escolar é preciso considerar um conceito novo e de muita importância, sem o qual

esse assunto não pode ser resolvido: a “zona de desenvolvimento proximal”.

Em Vigotsky(1994),

a aprendizagem está diretamente relacionada a interação do indivíduo com o meio e o desenvolvimento humano compreende dois níveis: o nível de desenvolvimento real que compreende aquilo que o sujeito consegue fazer sozinho e nível de desenvolvimento potencial que compreende aquilo que a criança não consegue realizar sem a colaboração de outras pessoas.

O nível de desenvolvimento potencial é mais indicativo do desenvolvimento

de uma pessoa, pois revela indícios do processo de maturação e o

desenvolvimento, perspectivamente. Vigotsky (1994), diz que “aquilo que a

criança consegue fazer com a ajuda dos outros poderia ser, de alguma maneira,

mais indicativo de seu desenvolvimento mental do que aquilo que consegue fazer

sozinha”. Assim, o nível de desenvolvimento efetivo não indica o estado de

desenvolvimento completo do sujeito e torna-se necessário considerar também o

nível de desenvolvimento potencia.

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A constatação deste nível permitiu a formulação do conceito de Zona de

Desenvolvimento Proximal (ZDP) definida segundo Vigotsky (1998) como a

distância entre o nível de desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento

potencial.

A partir deste conceito, a intervenção pedagógica exerce maior influência

na ZDP, assim o planejamento deve estar voltado para aquilo que o indivíduo

ainda não incorporou, propiciando novas conquistas.

A área de desenvolvimento potencial oferece-nos indicativa sobre os

futuros passos o educando e a dinâmica do seu desenvolvimento e possibilita

examinar não só o que o desenvolvimento já produziu, mas também o que

produzirá no processo de desenvolvimento.

“Aprendizagem é um processo histórico, fruto de uma relação mediada e possibilita um processo interno, ativo e interpessoal”. (Vigotsky).

5.3 – Pedagogia Histórico-Crítica

A Pedagogia Histórico-Crítica é uma tendência que constitui os alicerces

dos primórdios da educação, pois ela defende que o homem modifica a natureza

para sobreviver e só consegue isso através do trabalho, e é no trabalho que o

homem distingue-se dos demais animais.

“Podemos, pois, dizer que a natureza humana não é dada ao homem, mas é por ele produzida sobre a base da natureza biofísica. Consequentemente o trabalho educativo é o ato de produzir, direta ou intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens.” (SAVIANI, 1991, pg. 13).

A escola é um local desenvolvido para a aquisição de ferramentas

facilitadoras na admissão do conhecimento (saber elaborado) construído através

das experiências, objetivos e pensamentos, ou seja, da cultura dos sujeitos

integrantes da escola. O saber elaborado é uma ciência, pois é construída a partir

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da sistematização dos conhecimentos trazidos por professores e alunos. Assim a

sistematização faz parte da estrutura do currículo da escola.

Para Saviani (1991), cabe ao professor na tendência histórico-crítico

trabalha cinco passos com o educando:

1 – prática social: professor e aluno utilizam a suas bagagens culturais dentro da

escola;

2 – problematização: descobrir que problema precisam ser resolvidos no âmbito

da prática social, e qual conhecimento é necessário dominar para resolver;

3 – Instrumentalização: apropriação das ferramentas culturais, necessárias a luta

social, pela população mais carente, que busca libertar-se das condições de

abuso em que vivem;

4 – Catarse: é a incorporação dos instrumentos culturais, transformando assim

em elementos ativos de transformação social;

5 – prática social: a nova postura que o educando deve assumir perante a

sociedade.

O trabalho educativo é produzir intencionalmente em um indivíduo a

mudança, através da educação sistemática (conhecimento formal). A escola

precisa esta atenta as necessidades do mercado, sem prejudicar a sua função de

formadora de um cidadão crítico e apto a lidar com as situações que possam

surgir na vida.

5.4 – O desenvolvimento e a aprendizagem, segundo a abordagem Histórico-

Cultural.

A psicologia da Educação estuda importantes aspectos do processo de

ensino e aprendizagem, como as implicações das fases de desenvolvimento dos

alunos conforme idades e mecanismos psicológicos presentes na assimilação

ativa de conhecimentos e habilidades. O funcionamento da atividade mental, a

influencia do ensino no desenvolvimento intelectual, a ativação das

potencialidades mentais para a aprendizagem, a estimulação e o despertar do

gosto pelo estudo são questões abordadas pela psicologia da educação, a qual

oferece também importante contribuição para a orientação educativa dos alunos.

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O princípio orientador da abordagem de Vigotsky é a dimensão sócio-

histórica do psiquismo. Segundo este princípio, tudo o que é especificamente

humano e distingue o homem de outras espécies origina de sua vida em

sociedade. Seus modos de perceber, de representar, de explicitar e de atuar

sobre o meio, seus sentimentos em relação ao mundo, ao outro e a si mesmo, ou

seja, seu funcionamento psicológico, vão se constituindo por meio das relações

sociais.

Desde o nascimento, a criança está em constante interação com os

adultos, que compartilham com ela todas as suas experiências que foram sendo

produzidas e acumuladas historicamente.

Nesse processo interativo, as reações naturais – herdadas biologicamente-

entrelaçam aos processos culturalmente organizados e vão se transformando em

modos de ação.

Assim, de acordo com a perspectiva histórico-cultural, a relação entre

homem e o meio físico e social não é natural, total e diretamente determinada

pela estimulação. E também não é uma relação de adaptação do organismo ao

meio.

Segundo a abordagem histórico-cultural, a relação entre homem e meio é

sempre mediada por produtos culturais humanos, como o instrumento, o signo e o

próprio homem.

As crianças chegam à escola já dominando inúmeros conhecimentos

modos de funcionamento intelectual necessários à elaboração dos conhecimentos

científicos, sistematizados durante o processo de educação escolar a criança

realiza a reelaboração desses conhecimentos mediante o estabelecimento de

uma nova relação cognitiva com o mundo e com o seu próprio pensamento.

5.5 – Concepções de Homem e Sociedade

O homem se diferencia do animal ao assumir uma posição de não

indiferença perante a natureza. Cria necessidades que têm por objetivo não

apenas garantir sua existência biológica, mas principalmente sua existência

cultural satisfazendo suas necessidades.

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Constitui-se como um ser ético, como um ser que cria princípios e preceitos

para guiar sua ação ao mesmo tempo em que tais princípios norteiam a

constituição de suas necessidades e ações transformadoras em necessidade

histórico-cultural.

O homem como sujeito age de forma consciente sobre sua prática social

no sentido de cumprir e fazer cumprir seus direitos.

Para viver em sociedade é preciso que o cidadão tenha condições de

analisar criticamente a realidade em que vive, isto é, é preciso que o indivíduo

seja um ser atuante no meio social, de forma que reconheça os limites de seus

direitos e deveres, pois os princípios éticos de cooperação e justiça social são a

base para se viver bem em sociedade.

Uma forma de compreender o homem e o mundo faz parte da nossa forma

de viver, de realizar nossos objetivos e estabelecer contatos de trabalho.

“O trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto de homens”. (SAVIANI, 1991. apud, Meira, 2000, p. 59).

5.6 – Função Social da Educação

Educação é um processo e uma prática social constituída e constituinte das

relações sociais mais amplas, é um processo contínuo de formação ao longo da

vida.

É um direito inalienável do cidadão em consonância com a LDBEN, a

prática social da educação deve ocorrer em espaços e tempos pedagógicos

diferentes, para atender às diferenciadas demandas. Como prática social, a

educação tem como lócus privilegiado a escola, entendida como espaço de

garantia de direitos.

A escola deve levar seus alunos para além do senso comum e chegar ao

conhecimento mais elaborado sobre a realidade, garantir o acesso ao

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conhecimento voltado para a possibilidade de formação para o mundo do

trabalho, sendo o trabalho entendido como princípio educativo.

O processo de desenvolvimento social humano está baseado no domínio

e apropriação da natureza que nos cerca, apropriação realizada por meio do

trabalho. Foi pelo trabalho que os homens puderam satisfazer as suas

necessidades corporais (alimentação, abrigo e reprodução) e, posteriormente,

avançar para a satisfação das necessidades espirituais, conforme Balzer,

Carvalho e Frank (2009, p. 07).

A categoria trabalho, portanto, deve ser compreendida como o princípio do

trabalho educativo por excelência, haja vista ser por meio do trabalho: que

compreendemos a função social da escola, nos manter vivos, produzimos a

riqueza e a nossa própria existência. Dentro desta concepção – trabalho como

princípio educativo – se define o papel da escola em relação à transmissão do

conhecimento. Alguns tipos de conhecimento são mais valiosos que outros, e as

diferenças formam a base para a diferenciação entre conhecimento curricular ou

escolar e conhecimento não-escolar.

Portanto, tomar o trabalho como princípio educativo implica – através do

conhecimento – possibilitar a compreensão das contradições da sociedade

capitalista, seus processos de exclusão e exploração das relações de trabalho e

instrumentalizar o sujeito para agir de forma consciente sobre sua prática social

no sentido de cumprir e fazer cumprir seus direitos.

5.7 – As Tecnologias de Informação e Comunicação na Escola

A chegada das tecnologias da informação e comunicação à escola

incentivou o questionamento dos métodos e das práticas educacionais

tradicionais. A adoção da tecnologia pela educação é um processo em

construção, envolvendo todos os integrantes no processo educativo. A escola

como organismo inerente à sociedade, não pode ficar à margem das novas

tendências tecnológicas. Incorporá-las à educação para uso pedagógico seria

uma forma coerente a favor da aprendizagem. Sabemos que as tecnologias de

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informação e comunicação são relevantes e tem que estar vinculadas ao

pensamento curricular e ao pensamento pedagógico.

É importante que as ferramentas tecnológicas estejam aliadas a um

procedimento de reflexão crítica que potencialize as práticas pedagógicas, de

modo que os recursos tecnológicos contribuíam para a sistematização do

conteúdo.

As tecnologias de informação e comunicação são relevantes e têm

que estar vinculadas ao pensamento curricular e ao pensamento pedagógico. A

ação do professor mediador em articular o processo pedagógico, potencializa

meios para superar desafios pedagógicos. No entanto fazer uso dos recursos

tecnológicos, permite ao estudante ampliar suas possibilidades de observação e

investigação.

O acesso às tecnologias de informação e comunicação amplia as

transformações sociais e desencadeia uma série de mudanças na forma como se

constrói o conhecimento. A extensão do uso desses recursos tecnológicos na

educação, além de se constituir como uma prática libertadora, uma vez que

contribui para inclusão digital, também busca levar os agentes do currículo a se

apropriarem criticamente dessas tecnologias, de modo que descubram as

possibilidades que elas oferecem no incremento das práticas educacionais.

Mais do que ferramentas e aparatos que podem diversificar e/ou ilustrar a

apresentação de conteúdos, o uso das mídias web, televisiva e impressa mobiliza

e oportuniza novas formas de ver, ler e escrever o mundo. Contudo, é importante

que essas ferramentas tecnológicas estejam aliadas a um procedimento de

reflexão crítica que potencialize o pensamento sobre as práticas pedagógicas.

Vale tomar as tecnologias como impulsionadoras e potencializadoras dessas

práticas.

As tecnologias de informação e comunicação representam não somente

meios que contribuem com a democratização do conhecimento na escola, como

também instrumentos de informação que ampliam o acesso às políticas e

programas, junto à comunidade escolar. As tecnologias disponíveis nos espaços

escolares, em ambientes educativos, nos laboratórios de ciências e de

informática, nas salas de aula possibilitam, além da formação docente, na

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perspectiva do sujeito epistêmico, que produz o conhecimento no âmbito das

práticas pedagógicas.

Considerando a organização do trabalho pedagógico na escola, o uso das

tecnologias de informação e comunicação, destaca-se: o papel de mediação do

professor na aprendizagem; o processo de interação e colaboração em ambientes

virtuais de aprendizagem; as mídias impressas e televisivas presentes na escola

e a pesquisa escolar na internet. Atualmente isso tudo é possível e a escola está

adequada às tecnologias de informação e comunicação.

5.8 – Concepção de Gestão Escolar Democrática

“A tendência democrática de escola não pode consistir apenas em que um operário manual se torne qualificado, mas em que cada cidadão possa se tornar governante”. (Antonio Gramsci 1891-1936)

A Gestão Democrática implica a efetivação de novos processos de

organização e gestão, baseados em uma dinâmica que favoreça os processos

coletivos e participativos de decisão.

A LDB (Lei 9394/96) estabelece o princípio da gestão democrática para

que se efetive por meio de processos coletivos envolvendo a participação da

comunidade escolar. A LDB dispõe que:

Art.14. Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: _ Participação dos profissionais da educação na elaboração do Projeto Político-Pedagógico da Escola; _ Participação das comunidades escolar e local em Conselhos Escolares ou equivalentes.

Nesse sentido, é preciso envolver os diversos segmentos na elaboração do

Projeto Político Pedagógico e pensarmos que a democratização implica em

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compreendermos a cultura da escola e dos seus processos, bem como articular

com as relações sociais mais amplas.

A compreensão dos processos culturais na escola envolve diretamente aos

diferentes segmentos da comunidade local e escolar, seus valores, atitudes e

comportamentos. Neste sentido, buscamos construir na escola um processo de

participação baseado em cooperação no trabalho coletivo e no partilhamento do

poder para o exercício da pedagogia dialética do respeito às diferenças,

garantindo a liberdade de expressão. Gestão da escola se traduz cotidianamente

como ato político, pois implica sempre em uma tomada de posição dos pais,

professores, funcionários e estudantes.

Pensar a gestão democrática implica ampliar os horizontes históricos,

políticos e culturais em que se encontram as instituições educativas, objetivando

alcançar a cada dia mais autonomia para que a comunidade escolar tenha um

grau de independência e liberdade para coletivamente pensar, discutir, planejar,

construir e executar o Projeto Político-Pedagógico.

A democratização da gestão e a educação com qualidade social implicam a garantia do direito à educação a todos por meio de políticas, programas e ações articulados para a melhoria dos processos de organização e gestão dos sistemas e das escolas, privilegiando a construção da qualidade social inerente ao processo educativo. (CONAE, 2009).

A gestão democrática da escola e dos sistemas é um dos princípios

constitucionais do ensino público segundo o art. 206 da Constituição Federal de

1988. O pleno desenvolvimento da pessoa marca da educação dever de Estado e

direito do cidadão, conforme art. 205 da mesma Constituição ficará incompleto se

tal princípio não se efetivar em práticas concretas no espaço da escola (APMF –

GREMIO ESTUDANTIL).

A Lei nº 9394/96 LDBEN – confirmando esse princípio e reconhecendo o

princípio federativo, repassou aos sistemas de ensino a definição das normas de

gestão democrática de acordo com o inciso VII do art. 3º.

Além disso, a mesma Lei explicitou dois outros princípios a serem

considerados no processo de gestão democrática, a saber:

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I – participação dos profissionais da educação na elaboração do Projeto Político Pedagógico da Escola; II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes; III – Plano Nacional de Educação PNE (Lei nº 10.172/01) estabeleceu em suas diretrizes, “(...) uma gestão democrática e participativa”, a ser concretizada por programas e projetos especialmente no que concerne a organização e fortalecimento de colegiados em todos os níveis da gestão educacional.

Com isso, cabe destacar a necessidade de democratizar a gestão da

educação e da escola, garantindo a participação de estudantes, funcionários,

pais, professores, equipe gestora pedagógica e comunidade local nas políticas

educacionais, estabelecer mecanismos democráticos como forma de provimento

ao cargo/função de diretor para todos os segmentos escolares implantar formas

colegiadas de gestão da escola.

A qualidade da educação é o principal objetivo de uma gestão democrática,

com a contribuição da comunidade escolar, onde cada sujeito dará sua

contribuição na elaboração do Projeto Político Pedagógico com o objetivo de

buscar o bem comum, formando cidadãos críticos, conscientes e

compromissados.

A comunidade é parte integrante da gestão democrática na escola se não

corre o risco de constituir apenas mais um arranjo entre os funcionários do Estado

para atender a interesses, que, por isso mesmo, dificilmente coincidirão com os

da população usuária e a participação é a partilha do poder, a participação na

tomada de decisões.

O caráter democrático de uma gestão não pode estar descompromissado

da emancipação humana, fortalecendo as ações de participação das

comunidades escolares no governo da escola, descentralizando o poder e tomada

de decisões. Nesse contexto a gestão democrática tem por finalidade a

construção do Projeto Político-Pedagógico e propostas pedagógicas, estimulando

a participação de diversas pessoas que articulam comumente dos aspectos

financeiros, pedagógicos e administrativos.

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Democratizar a gestão da educação requer, fundamentalmente, que a

sociedade possa participar do processo de formulação e avaliação da política de

educação e na fiscalização de sua execução, por meio de mecanismos

institucionais.

A criação de mecanismos institucionais deve privilegiar os organismos

permanentes e os órgãos colegiados são os principais instrumentos.

5.9 – Inclusão e Diversidade na Educação Básica

Desconhecer a diversidade pode-se incorrer no erro de tratar as diferenças

de forma discriminatória, aumentando ainda mais a desigualdade, que se propaga

via a conjugação de relações assimétrica de classe, raça, gênero, idade e

orientação sexual. A escola pública deve compreender o direito à diversidade e o

respeito às diferenças, como um dos eixos norteadores da sua ação das práticas

pedagógicas.

As iniciativas das políticas educacionais de Inclusão da Diversidade se

transformaram um processo que se dá na interrelação e na negociação entre as

demandas dos movimentos sociais, a escola e o Estado. A nova política nas

escolas públicas em relação à Diversidade e suas múltiplas dimensões na vida

dos sujeitos a qual vem se traduzindo em ações pedagógicas, concretas de

sistema inclusivo, democrático e aberto garante a todos os grupos sociais,

principalmente aqueles que se encontram histórica e socialmente excluídos, o

acesso a uma educação de qualidade.

_ Reconhecer o direito à diversidade, sem opor- se a luta pela superação das

desigualdades sociais;

_ Concepção de educação que pode proporcionar a inclusão de todos no

processo educacional de qualidade;

_ O direito à diversidade e o respeito às diferenças devem ser eixos norteadores

da ação e das práticas pedagógicas da educação pública;

_ A construção de práticas e ações que contemplem a educação ambiental e o

desenvolvimento sustentável.

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_ Respeitar as questões concernentes à diversidade humana cultural e regional

como um dos eixos curriculares.

_ Participação dos profissionais da educação em formação inicial e continuada

comprometida com a superação das igualdades constatadas no interior do

sistema de ensino.

_ Tornar espaço escolar num espaço sócio cultural pleno de direitos de aprender

e de respeito à diversidade.

_ Reorganizar o trabalho da escola do tempo escolar, formação de professores no

trato ético e democrático dos alunos e seus familiares, em novas alternativas para

a condição docente e postura democrática diante do diverso.

_ Ofertar atendimento educacional especializado aos estudantes com deficiência,

altas habilidades/super dotação e com transtornos globais do desenvolvimento,

com professores com formação nas diferentes áreas da educação especial.

_ Promover por meio de políticas, programas e ações direcionadas à valorização

do campo como espaço de inclusão social a par de uma visão que busca articular

a educação e o desenvolvimento sustentável.

_ Adoção de medidas político–pedagógica que garantam tratamento ético e

espaço propício as questões de raça/etnia, gênero, juventude e de sexualidade na

prática social da educação.

_ Criação de condições políticas e pedagógicas que garantam a implementação

da Lei 10.639/03 (obrigatoriedade e ensino de história da África e da Cultura afro-

brasileira na educação básica) e as diretrizes curriculares nacionais para a

educação das relações étnica raciais e para o ensino de história e cultura básica

nas escolas nas escolas do campo e as diretrizes nacionais para a educação

especial na educação básica.

5.10 – Estágio Não-Obrigatório

Considerando os preceitos legais da Lei 11.788/2008 e da Instrução

006/2009 – SUED/SEED que orienta e dispõe sobre os procedimentos do estágio

dos estudantes as Instituições de Ensino da rede estadual, obrigatoriamente,

deverão prever o estágio não-obrigatório, assumido pelo colégio a partir da

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demanda de alunos, desenvolvido como atividade opcional para o aluno, com

idade mínima de 16 anos, acrescida a carga horária regular e obrigatória, não

interferindo na aprovação e reprovação do aluno.

O estágio é o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no

ambiente de trabalho, cujas atividades devem estar adequadas às exigências

pedagógicas relativas ao desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do

educando de modo a prevalecer sobre o aspecto produtivo (instrução nº 006/2009

SUED/SEED).

O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de proteção

do estudante, considerando os riscos decorrentes de fatores relacionados ao

ambiente, condições e formas de organização do trabalho.

No entanto, o Colégio Estadual São Lourenço recebe grande parte dos

alunos residentes na zona rural com uma realidade voltada para a Educação do

Campo. Como a maioria já participa da vida econômica junto aos pais e familiares

desenvolvendo trabalhos relacionados a agricultura familiar ou em pequenas

indústrias, que acabam utilizando-se do que foi produzido no campo, não há

grande procura por parte dos alunos pelo estágio não obrigatório que por sua vez

está regimentado e é ofertado pela escola, inclusive aos alunos na modalidade

Educação Especial. O transporte escolar também dificulta de alguma forma essa

possibilidade para nossos educandos, devido a incompatibilidade com os

horários.

Este colégio prevê acompanhamento sistemático aos alunos que possam a

qualquer tempo realizar as atividades de Estágio Não-Obrigatório, conforme Plano

de Estágio aprovado pelo Parecer 58/2010 do NRE de Cianorte.

Neste Plano está contida a concepção de trabalho quanto ao princípio

educativo, bem como outras orientações que estão de acordo com a Lei

11.788/2008, com a Deliberação 02/2009 – CEE-Pr, com a Instrução 06/2009 –

SUED - SEED.

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5.11 – CELEM

O Centro de Línguas Estrangeiras Modernas é uma oferta extracurricular e

gratuita de ensino de Línguas Estrangeiras nas escolas da rede pública do Estado

do Paraná, destinado a alunos, professores, funcionários e à comunidade. Criado

no ano de 1986 pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED,

integra o Departamento de Educação Básica – DEB e tem por objetivo ofertar o

ensino gratuito de idiomas, aos alunos da Rede Estadual de Educação Básica,

matriculado no Ensino Fundamental (anos finais), no Ensino Médio, Educação

Profissional e na Educação de Jovens e Adultos (EJA), aos professores e

funcionários que estejam no efetivo exercício de suas funções na rede estadual e

também à comunidade. Além de promover o conhecimento do idioma das etnias-

formadoras do povo paranaense, contribui para o aperfeiçoamento cultural e

profissional de seus alunos.

_ A Resolução 3904/2008 – SEED, que regulamenta o funcionamento do CELEM

considera “a importância que a aprendizagem de Línguas Estrangeiras Modernas

(LEM) tem no desenvolvimento do ser humano quanto à compreensão de valores

sociais e a aquisição de conhecimento sobre outras culturas”.

_ Atualmente o CELEM oferta nove idiomas: alemão, espanhol, francês, inglês,

italiano, japonês, mandarim, polonês e ucraniano. Nessa escola optamos pelo

idioma espanhol que é obrigatório no Ensino Médio, enriquecendo o currículo

escolar.

5.12 – Avaliação

A avaliação é um elemento da didática que perpassa todo o processo de

ensino e aprendizagem, ou seja, ela não é um momento isolado desse processo

mais sim um elemento articulador que impulsiona e direciona as nossas ações.

Contudo, para que de fato a avaliação assuma esse papel é necessário que

tenhamos claro que a continuidade e o diagnóstico são características inerentes

ao ato de avaliar.

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Portanto, o colégio assume a postura de avaliar seus alunos e profissionais

fugindo de parâmetros fragmentados e classificatórios.

Com relação à avaliação do rendimento do aluno, este colégio orienta seus

professores e pedagogos quanto ao uso de instrumentos avaliativos

diversificados, ou seja, todo aluno tem direito de ser avaliado por meio de mais de

um instrumento. Esses instrumentos devem apresentar clareza no enunciado e

estar de acordo com o que se espera avaliar.

Outro ponto importante é que a valoração da avaliação do rendimento

prescinde do objetivo/conteúdo e não do instrumento, exemplo: “numa Mostra

Cultural o professor tem como critério identificar se o aluno compreende e

expressa com clareza a função do sistema reprodutor. Para isso ele utiliza dois

instrumentos: exposição de trabalhos e prova escrita.”

Enquanto a prova escrita visa identificar se o aluno compreendeu o

conteúdo, a exposição de trabalhos visa, além de saber se o aluno compreendeu

também avaliar se ele consegue estabelecer relações, analisar, etc. Portanto, o

instrumento Exposição de Trabalho exige do aluno um grau de dificuldade em

relação ao conteúdo, muito maior do que o da prova.

“A utilização repetida e exclusiva de um mesmo tipo de instrumento de avaliação não permite ver o indivíduo sob todos os ângulos, o que pode induzir a erros graves, uma vez que há instrumentos que podem não ser adequados para avaliar na perspectiva de um outro critério.” (DEB/SEED, 2008, pg. 4).

Salientamos, também, que

“os critérios avaliativos são princípios que servirão de base para o julgamento da qualidade dos desempenhos, compreendidos aqui, não apenas como execução de uma tarefa, mas como mobilização de uma série de atributos que para ela convergem.” (DEPRESBITERIS, 2007, pg. 37).

Este Colégio defende que cada professor tenha autonomia de estipular

seus critérios de avaliação de acordo com os conteúdos/objetivos da sua

disciplina. No entanto, todos os professores devem seguir critérios gerais que

visam organizar questões pontuais, porém importantes. São eles:

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_ questões comportamentais e atitutinais não são tomadas como critérios para a

valoração de conteúdos/objetivos, porém são avaliados no processo;

_ erros de ortografia e gramática serão corrigidos em todas as disciplinas, porém

não serão descontados na valoração das notas, pois o que importa saber é a

assimilação do conteúdo/objetivo. Apenas na disciplina de Língua Portuguesa

esses erros serão computados;

_ a impontualidade na entrega de trabalhos será observada pela Equipe

Pedagógica em fichas individuais e quando abusiva será contatado os pais ou

responsáveis, quando ele menor;

_ é proibido negociar notas;

_ a avaliação: seus objetivos e instrumentos devem estar expressos no Plano de

Trabalho Docente e no livro Registro de Classe.

Ademais os professores devem tomar a avaliação como um espelho da sua

prática. Se o aluno e a turma não estão bem é hora de rever o planejamento.

Outras questões de ordem legal e procedimentos estão contidos no

Regimento Escolar aprovado pelo NRE Cianorte, conforme parecer de

homologação nº 096/2007. Vale ressaltar que a avaliação neste Colégio está em

consonância com a Instrução 07/99, LDBEN 9394/96 e demais legislações.

5.13 – Conselho de Classe

É um órgão colegiado que visa analisar o processo educativo como um

todo, para assim identificar os problemas e as causas dos mesmos, a fim de agir

estrategicamente sobre eles.

O Conselho de Classe deve não apenas identificar as falhas no ou do

aluno/turma, mas sobretudo, propor medidas para superar essas falhas que

interferem na aprendizagem em tempo hábil. Portanto, todo aluno/turma que não

estão indo bem, tem direito a intervenções especiais por parte da equipe

pedagógica e professores. A equipe pedagógica deverá levantar as dificuldades,

apontá-las, dar as devidas orientações e possíveis encaminhamentos para a Sala

de Apoio, Sala de Recursos se necessário ou orientar os professores de acordo

com a dificuldade diagnosticada.

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E este momento de crítica e tomada de consciência no âmbito do processo

avaliativo, não refere-se somente ao aluno, mas aos docentes e demais

envolvidos nas diferentes ações pedagógicas, possibilitando a reflexão quanto ao

objetivo principal do Conselho Escolar, a Avaliação, que não é um processo

isolado e sim inerente aos objetivos da escola.

São Integrantes do Conselho de Classe

_ Diretor

_ Coordenador Pedagógico

_ Professores da série/turma

_ Alunos representantes de salas (Pré-Conselho).

É da responsabilidade da equipe pedagógica organizar as informações e

dados coletados a serem analisados no Conselho de Classe.

A convocação, pela direção, das reuniões do Conselho, deve ser divulgada

em edital, com antecedência de 48 (quarenta e oito) horas. Deve-se reunir de

acordo com datas previstas em calendário escolar e, extraordinariamente, sempre

que se fizer necessário.

Atribuições do Conselho de Classe

1. Oportunizar a cada professor a visão global da aprendizagem do aluno

através do confronto das diversas avaliações colhidas bem como de outras

informações;

2. Traçar um perfil da turma, indicando alunos com dificuldades específicas,

analisando as causas do seu rendimento e encaminhando-os à recuperação

de conteúdo ou habilidades;

3. Tomar decisões visando atender às necessidades da série e de cada aluno;

4. Registrar sistematicamente os dados analisados;

5. Avaliar o desempenho docente em relação ao desempenho discente;

6. Redimensionar, se necessário, procedimentos pedagógicos a partir da análise

dos planos de trabalho;

7. Buscar a coerência com o Projeto Político-Pedagógico da Escola;

8. Opinar, refletir e decidir sobre a avaliação final do aluno;

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9. Registrar, em ata própria, todas as decisões do Conselho de Classe bem

como contatar com a família para que esta tome conhecimento destas

decisões.

10. Avaliar o trabalho da equipe pedagógica que, ao fazer uma análise da sua

atuação e sobre as reais condições de trabalho que a escola oferece, busca

ajudar os professores a superar as dificuldades apresentadas, reorganizando

o trabalho pedagógico.

11. Analisar não só questões de indisciplina e desinteresse do aluno, como

também fatores que influenciam a aprendizagem como: contexto de vida

(inclusão) metodologia usada pelo professor, instrumentos de avaliação,

relações estabelecidas em sala de aula.

12. Estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes ao

processo de aprendizagem, que atenda às reais necessidades dos alunos, em

consonância com a Proposta Pedagógica.

Normas de funcionamento do Conselho de Classe

É presidido pelo Diretor da escola.

Reúne-se tantas vezes quantas forem necessárias e sistematicamente nos

quatro momentos de avaliação, bem como após o processo de recuperação

de final de ano a fim de que o resultado do rendimento do aluno, expresso em

nota ou conceito, seja fruto de um processo pedagógico sério, competente e

coletivo.

5.14 – A recuperação de estudos na organização do trabalho escolar

Com base no artigo 13 da LDB 9394/96, este colégio realiza recuperação

de estudos:

Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:

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(…) III – zelar pela aprendizagem dos alunos; IV – estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento; V – ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional. (…) e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos.

De acordo com Vasconcellos (2003) a Recuperação de Estudos consiste

na retomada de conteúdos durante o processo de ensino aprendizagem,

permitindo que todos os alunos tenham oportunidades de apropriar-se do

conhecimento historicamente acumulado, por meio de metodologias diversificadas

e participativas.

É bom deixar claro que não recuperamos instrumentos mas sim o

conteúdo, ou seja, se um instrumento revela que o aluno não teve bom

desempenho é necessário que se recupere o conteúdo e aplique-se outro

instrumento para reavaliar o aluno.

5.15 – Inclusão

A Deliberação N.º 2/03 trata das normas para a educação, modalidade da

educação básica para alunos com necessidades educacionais especiais nos

sistema de ensino do Estado do Paraná.

Em seu Art. 2º esta deliberação afirma que: “A Educação Especial, dever

constitucional do Estado e da família, será oferecida, preferencialmente na rede regular

de ensino”.

Já no Art. 5º especifica que

“as necessidades educacionais especiais são definidas pelos problemas de aprendizagem apresentadas pelo aluno, em caráter temporário ou permanente, bem como os recursos e apoios que a escola deverá proporcionar, objetivando as barreiras para a aprendizagem”.

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O Art. 6º apresenta os alunos com necessidades educacionais especiais às

decorrentes de:

I. Dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, não vinculadas a uma causa orgânica específicas ou relacionadas a distúrbios, limitações ou deficiências; II. As dificuldades de comunicação e sinalização demandando a utilização de outras línguas, linguagens e códigos aplicáveis; III. Condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos; IV. Superdotação ou altas habilidades que, devido as necessidades e motivações específicas, requeiram enriquecimento, aprofundamento curricular e aceleração para concluir em menor tempo, a escolaridade, conforme normas a serem definidas por Resolução da Secretaria de Estado da Educação. Seguem abaixo algumas estratégias em sala de aula:

A escola como espaço democrático de inserção social precisa respeitar e

cultivar as diferenças, promovendo a aproximação e a convivência livre de

preconceitos.

É fundamental que se entenda que as necessidades especiais não

decorrem linearmente das condições individuais, mas apresentam-se concreta e

objetivamente na relação entre a pessoa e as situações de vida.

Para Vigotsky (1994), o homem é concebido como um sujeito ativo numa

relação dialética com o meio, ou seja, é produto e produtor de seu meio. Neste

sentido, o homem é um ser dinâmico e imprevisível no que diz respeito ao fim de

seu desenvolvimento.

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VI – MARCO OPERACIONAL

6.1 – Grêmio Estudantil

O Grêmio Estudantil é uma das primeiras oportunidades que os jovens têm

de participar da sociedade. Com o Grêmio os alunos podem participar da

administração da escola, apresentando com responsabilidade suas ideias e

opiniões com muito mais força.

O grêmio é a organização do estudante na sua escola. É composto

somente de estudantes de forma independente. O grêmio realiza atividades

culturais e esportivas e organiza os estudantes para melhorar o ensino da escola

de diversas maneiras, fazendo debates sobre a situação política do país, sobre

educação, cultura etc.

O grêmio também discute, convoca e organiza os estudantes para

participarem das manifestações, congressos e atividades que acontecem fora ou

dentro da escola - passeatas, manifestações, congressos.

Um Grêmio Estudantil compromissado deve procurar defender os

interesses dos alunos, firmando, sempre que possível, uma parceria com todas as

pessoas que participam da escola.

Para que o Grêmio seja verdadeiramente em benefício da escola e da

comunidade é importante trabalhar junto, com a equipe pedagógica e gestora da

escola sempre de forma democrática.

Propostas de atuação para o Grêmio:

_ Atividades Recreativas: Já fazem parte do processo escolar as atividades

recreativas e desportiva apresentados por alunos, visando a participação efetiva

de todos que estão engajados no meio ambiente escolar e também a participação

de vários segmentos da comunidade, para que haja um entrosamento e

conscientização de que a escola não caminha sozinha e que necessita de todos

para transformá-la.

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6.2 – Conselho Escolar

O Conselho Escolar - possuidor de uma natureza essencialmente político

pedagógico - é um órgão colegiado que representa a comunidade escolar e é

composto por representantes da comunidade escolar e local, que tem como

atribuição deliberar sobre questões político - pedagógicas, administrativas,

financeiras, no âmbito da escola. Aos conselheiros cabe analisar as ações, a

empreender os meios para garantir o cumprimento das finalidades da escola.

A contribuição do Conselho Escolar é importantíssima, pois contribuem

decisivamente para a criação de um novo cotidiano escolar no qual a escola e a

comunidade se identificam no enfrentamento não só dos desafios escolares

imediatos, mas também da sociedade. Dessa forma, para contribuir na resolução

de alguns dos diversos problemas da escola, o Conselho Escolar promoverá

reuniões onde acontecerão discussões, debates e grupos de estudos a fim de

encontrar a melhor saída para os problemas encontrados.

Com a participação do Conselho Escolar a Gestão deixa de ser exercício

de uma só pessoa e passa a ser uma Gestão colegiada e democrática, na qual os

segmentos da escola e a comunidade local se relacionem para juntos construírem

uma educação de qualidade.

Neste contexto, o papel do Conselho Escolar é o de ser o órgão consultivo,

deliberativo e de mobilização mais importante no processo de Gestão

Democrática.

A escola com o acompanhamento e apoio responsável do Conselho

Escolar, é um dos espaços e uma das instituições sociais em que podem ser

criadas oportunidades de aprendizagem emancipadora, rompendo com a

pedagogia da exclusão. Pois a escola de qualidade para todos cultiva as

diferenças, respeita e integra o saber do povo, faz a diferença.

O Conselho possui as seguintes funções:

a) Deliberativas: quando decidem assuntos da escola, como o Projeto Político-

Pedagógico, a organização do funcionamento geral, aprova encaminhamento de

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problemas, garante a elaboração de normas internas e o cumprimento das

normas dos sistemas de ensino, propõe à direção as ações a serem

desenvolvidas e a elaboração das normas internas da escola sobre questões

referentes ao seu funcionamento nos aspectos pedagógico, administrativo ou

financeiro;

b) Consultivas: quando tem um caráter de assessoramento, analisando as

questões encaminhadas pelos diversos segmentos da escola e apresentando

sugestões ou soluções, que poderão ou não ser acatadas pela direção;

c) Fiscais: quando acompanham a execução das ações pedagógicas,

administrativas e financeiras, avaliando e garantindo o cumprimento das normas

das escolas e a qualidade social do cotidiano escolar.

d) Mobilizadoras: quando promovem a participação, de forma integrada, dos

segmentos representativos da escola e da comunidade local em diversas

atividades, contribuindo assim para a efetivação da democracia participativa e

para a melhoria da qualidade social da educação.

6.3 – A Hora Atividade

Período reservado para formação docente, realização de estudos,

planejamento, elaboração dos meios para melhoria da aprendizagem.

O trabalho coletivo deve ser priorizado, também, nas demais reuniões

pedagógicas previamente planejadas de modo a possibilitar a construção de uma

prática pedagógica que envolvendo professor, direção, equipe pedagógica e

agentes educacionais aponte uma mesma direção - o ensino aprendizagem de

qualidade.

Mediar, organizar, integrar e articular o trabalho pedagógico para garantir a

efetivação da função social da escola.

6.4 - Projetos de ação dos Segmentos da Escola

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A presente ação visa questões que envolvem o processo ensino-

aprendizagem e a função da escola.

Propiciar aos colegiados debates e conhecimentos sobre os temas como:

Inclusão, Diversidade e Desafios Educacionais Contemporâneos.

Objetivo: Discutir no âmbito da comunidade estudantil sobre tais temas

visando a necessidade de conhecimento sobre os desafios educacionais

contemporâneos. Serão desenvolvidos diversos trabalhos sobre os temas:

Mostras Culturais, atividades desportivas e recreativas, pesquisas, palestras,

apresentações, visitas, documentários visando assim à aplicabilidade dos

mesmos à comunidade escolar para conscientização e conhecimento.

6.4.1 – Direção

O trabalho da Direção é a de transmitir as informações contidas nas

orientações e Legislações vigentes - Orientações de SEED e do NRE, Regimento

Interno do Estabelecimento e Plano de Ação do Diretor - que implicam no

cotidiano escolar. Tem como função:

_ Propiciar momentos de discussão organizados com pauta definida, com tempo

e espaço para que todos participem;

_ Definir problemas e identificar soluções, levando em consideração a opinião de

todos;

_ Coordenar a parte administrativa sem prejuízo do acompanhamento das

questões pedagógicas;

_ Ressaltar as funções educativas de todos os funcionários;

_ Providenciar condições materiais e estruturais para que todos possam realizar

seu trabalho.

_ Envolvimento sócio comunitário, preocupando-se com a gestão democrática e

com a participação da comunidade.

- Zelar pelo patrimônio da escola, a manutenção e conservação do prédio escolar

e suas instalações fazendo sempre um trabalho de conscientização junto a

comunidade escolar.

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Palestras

Esclarecimentos de assuntos poucos debatidos em família com pais e

filhos ajudando os mesmos a se relacionarem melhor com seus filhos. Exemplo:

sexualidade, drogas, gravidez e temas sobre a diversidade.

Com estas palestras mostrar o valor de ser um cidadão digno, para

enfrentar a realidade da sociedade e contra o preconceito e discriminação.

6.4.2 – Professora Pedagoga

Existe uma ciência pedagógica, com saberes e especificidades que

demarcam um território de conhecimentos e metodologias e que difere das

requeridas ao profissional docente. Segundo Franco, a ausência do profissional

pedagogo junto às instituições educativas reforça a concepção de que a prática

docente é uma prática meramente reprodutora de ações mecânicas, como

também a concepção de que a docência possa ser considerada, erroneamente

como uma tarefa simples que pode ser desempenhada com poucos recursos

formadores e que pode se organizar em uma formação abreviada.

O pedagogo estará prioritariamente no exercício da prática pedagógica,

quando estiver com o coletivo dos participantes da prática educativa, orientando,

esclarecendo, conscientizando e produzindo elementos (teorias e ações) para

transformação dos sujeitos, das práxis e das instituições. Pode ele ser ou não

docente. Segundo Saviani, “O trabalho do orientador educacional é de acessoria ao

processo ensino-aprendizagem, desenvolvido na relação professor-aluno”.

Funções

_ Participar ativamente da elaboração e discussão da proposta pedagógica;

_ Estar atualizado com pesquisas e bibliografia para orientar os professores na

busca de soluções;

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_ Garantir tempo e espaço para discussão sobre a prática docente e relações

com os alunos;

_ Ser o organizador do processo de formação continuada da equipe;

_ Ouvir as queixas dos docentes e criar uma rotina de reflexão coletiva sobre as

possíveis soluções;

_ Planejar e avaliar em conjunto as ações didáticas;

_ Organizar estudos e leituras que possam levar o professor a ter autonomia

sobre a sua docência;

_ Promover o intercâmbio entre comunidade e escola;

_ transformação dos espaços potenciais educacionais em espaços educativos /

formadores;

_ articulação científica da teoria educacional com as práticas educativas na

direção das principais demandas educacionais;

_ Estabelecer parcerias e trabalho cooperativo;

_ Organizar o espaço e tempo escolar;

_ Realizar a avaliação do trabalho pedagógico;

_ Organização da pratica pedagógica

6.4.3 – Professores

A cada início de ano letivo o professor faz seu Plano de Trabalho Docente

anual que é reelaborado durante o processo de ensino-aprendizagem, o qual é

fundamentado de acordo com a Proposta Pedagógica Curricular de cada

disciplina. Neste plano de ação explicitam-se os objetivos, metodologia

empregada, conteúdo e avaliação, de acordo com as Diretrizes Curriculares,

Regimento Interno, orientações da SEED, NRE e direção.

Para desenvolver sua prática pedagógica, o professor precisa também ser

um sujeito crítico, dentro da realidade e participar sempre da formação

continuada. Precisa situar-se como educador e como cidadão participante do

processo de construção da cidadania. Porém, precisa também de reconhecimento

de seus direitos e deveres de valorização profissional.

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O professor atua numa realidade complexa, mutável e muitas vezes

conflituosa. Depara-se freqüentemente com situações problemáticas singulares e

que exigem soluções particulares e seu êxito profissional vai depender da sua

capacidade de tratar com a complexidade da ação educativa e da sua capacidade

de resolver problemas.

Sua ação exige competência para identificar estas situações e resolvê-las

com autonomia, para decidir e aceitar a responsabilidade pelas opções feitas,

objetivando a prática social do aluno.

Detentor dos fundamentos do conhecimento científico tem o papel de

mediador para desenvolver procedimentos adequados e viabilizar a apropriação

desses conhecimentos pelos alunos.

Mediar (interação, prática pedagógica, construção de significados que

articulam as experiências do aluno e do professor como os procedimentos e

recursos materiais e discursivos utilizados no processo de ensino-aprendizagem).

O professor tem que dominar consistentemente os fundamentos

explicativos dos objetos de conhecimento, inclusive os fundamentos da própria

prática pedagógica e viabilizar o método e estratégia mais pertinente para o

processo de ensino-aprendizagem e que melhor promovam a participação ativa

dos alunos.

A ação pedagógica que envolve o trabalho do professor é elaborado a

partir dos seguintes passos:

_ Organizar e dirigir situações de aprendizagem;

_ Administrar a progressão das aprendizagens;

_ Promover a recuperação de conteúdos não aprendidos;

_ Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação, ou seja, desenvolver

a cooperação entre os alunos, trabalhar de forma inclusiva.

_ Trabalhar de forma diferenciada com os alunos da sala de recursos com

distúrbios assim como avaliá-los.

_ Administrar a heterogeneidade no âmbito da sala de aula;

_ Envolver o aluno em sua aprendizagem e trabalho;

_ Interdisciplinaridade de acordo com eixos de diversidades culturais e os

desafios contemporâneos;

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_ Trabalhar em equipe;

_ Participar da Administração da escola;

_ Informar e envolver os pais;

_ Utilizar novas tecnologias;

_ Administrar sua própria formação contínua;

_ Planejamento de aulas.

6.4.4 – Alunos

As ações dos alunos estão indiretamente ligadas às ações dos

professores. Para que de fato a formação para que o cidadão se efetive, o aluno

precisa estar comprometido com as ações da escola, se organizando de modo a

participar na elaboração da ação de todos os segmentos propostos pela escola. A

partir disso o aluno toma conhecimento de seus direitos e deveres respeitando as

normas internas e de condutas democraticamente aceitas.

A interação dos alunos na vida escolar contará com o Grêmio Estudantil,

um importantíssimo instrumento para a melhoria da escola em todos os aspectos.

Através desta e outras ações coletivas dos alunos na escola, seus desafios e

soluções, se desenvolve o senso crítico, autonomia e uma participação ativa na

sociedade em que vive.

6.4.5 – Mostra Cultural

Divulgação dos trabalhos confeccionados, pesquisados e apresentado

pelos próprios alunos que serão expostos à comunidade servindo de incentivo

aos alunos e valorizando o trabalho dos mesmos no cotidiano escolar.

6.4.6 – Monitoramento

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Deixamos livre a escolha dos monitores por salas de aula, onde estes terão

autonomia para programar qualquer eventualidade em conjunto a ser

desenvolvida durante o ano letivo, enquadrado dentro do calendário escolar. Eles

representarão suas salas em jogos, gincanas e qualquer outro evento.

6.4.7 – Biblioteca

A biblioteca é um espaço na escola destinado à pesquisa e integração dos

alunos com o mundo do conhecimento escrito. Sua função compreende desde a

pesquisa científica em grupo ou individual, como também se destina ao lazer por

meio da leitura.

A escola possui uma Biblioteca de pequeno porte, com aproximadamente

2.200 livros, que foram adquiridos com recursos do módulo biblioteca e APMF.

Após o término da ampliação da escola teremos espaço adequado para que a

mesma funcione de acordo com as normas estabelecidas.

A biblioteca precisa estar em constante ampliação em seu acervo para que

possa atender a toda a comunidade escolar, bem como, desenvolver projetos

significativos de leitura, a qual contribuirá para a formação do cidadão crítico.

6.4.8 – Secretaria

A Secretaria tem por responsabilidade o encargo de todo serviço de

escrituração escolar e correspondência do Estabelecimento. Na Secretaria temos

cinco funcionários que atuam nos períodos: Matutino, Vespertino e Noturno, cada

um cumprindo seu horário no período intercalado. O trabalho desenvolvido pelos

auxiliares administrativos é orientado pelo secretário, de acordo com as normas

do Regimento Interno e as Orientações da SEED, NRE e da Direção. Os serviços

desenvolvidos pela secretaria são divididos entre os componentes de acordo com

as necessidades.

A documentação envolvida é: históricos escolares, fichas individuais,

requerimento de matrícula, boletins, relatório final, ofícios e outras

correspondências. Também são desenvolvidos cronogramas durante o ano para

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cadastro de alunos, matrículas aberturas de turmas, registro de notas, livro

registro de frequencia dos professores, equipe administrativa e funcionários.

O pessoal de secretaria, atualmente tem sua formação voltada para a

prática pedagógica e interação com a comunidade escolar, participando de

atividades realizadas na escola como: reuniões, cursos de formação continuada e

conselho de classe, órgãos colegiados, entre outros.

6.4.9 – Auxiliares Operacionais

A equipe de Serviços Gerais é constituída por zeladores e cozinheiras, os

quais assumem funções específicas referentes a alimentação dos alunos,

manutenção e preservação de todo o complexo escolar. Estes funcionários

passaram por treinamentos específicos a suas respectivas funções, além de

participarem de cursos descentralizados oferecidos pelo poder público para a

capacitação com o objetivo de melhorar o atendimento e de inseri-los no âmbito

pedagógico que os envolve.

6.4.10 – Comunidade

A comunidade aqui mencionada trata de pais, mães e responsáveis de

alunos e outros segmentos que deixam bem claro que a escola é um local de

aprendizagem, onde seus filhos devem ter respeito e ao mesmo tempo serem

respeitados promovendo sempre um lugar harmonioso e motivador. O ponto

primordial da comunidade é a disciplina dentro da escola, pois, a escola tem que

ensinar de maneira clara e sucinta. Querem que exija o máximo de seus filhos

para que o mesmo aprendam o suficiente para o futuro.

6.4.11 – Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF

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APMF - Associação de Pais, Mestres e Funcionários, e similares - pessoa

jurídica de direito privado-, é um órgão de representação dos pais e profissionais

do estabelecimento, não tendo caráter político partidário, religioso, racial e nem

fins lucrativos, não sendo remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros, sendo

constituído por prazo de dois anos podendo ser renovado para mais dois anos.

Tem como objetivos:

_ Discutir no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando, de

aprimoramento do ensino e integração família - escola - comunidade, enviando

sugestões em consonância com a Proposta Pedagógica para apreciação do

Conselho Escolar e equipe - pedagógica – administrativa.

_ Prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando-

lhes melhores condições de eficiência escolar, em consonância com a Proposta

Pedagógica do Estabelecimento de Ensino.

_ Buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada no contexto

escolar, discutindo a política educacional, visando sempre a realidade dessa

comunidade.

_ Promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e funcionários e toda

a comunidade, através de atividades sócio educativas, culturais e desportivas,

ouvindo o Conselho Escolar.

_ Representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo dessa

forma para a melhoria da qualidade de ensino, visando uma escola pública,

gratuita e universal.

_ Gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem

repassados através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas

em reunião conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro ata.

_ Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas

instalações, conscientizando sempre a comunidade sobre a importância desta

ação.

Para que a APMF possa receber recursos financeiros de órgãos

municipais, estaduais, federais e até internacionais é necessário que ela

apresente os seguintes documentos:

_ Estatuto registrado em cartório de títulos e documentos – Registro Civil de

Pessoas Jurídicas;

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_ Ata da Eleição da Diretoria Atual, registrado em Cartório;

_ Cartão de Inscrição do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ;

_ Certidão Negativa do Tribunal de Contas do Estado;

_ Lei de Utilidade Pública;

_ Certidão Negativa de Débito do INSS;

Os procedimentos relacionados ao funcionamento da APMF estão no seu

estatuto devidamente registrado.

6.4.12 - Agenda 21

Quando da Conferência das Nações Unidas Para o Meio Ambiente e

Desenvolvimento, realizada no Brasil em 1992 (Rio-92) foram assinados vários

documentos em que os países signatários se comprometiam a colocar a questão

da sustentabilidade sócio-ambiental nas pastas de suas políticas públicas. Neste

sentido, a Agenda 21 apresenta-se como um elenco geral e internacional de

propostas para a aplicação da sustentabilidade e do desenvolvimento sustentável.

Também constava no documento que todos os países deveriam aplicar a

Agenda 21 ao nível de cada país e, mais tarde em escala regional (Agenda 21

local), obedecendo à demanda de necessidades e especificidades de cada um

desses países e das regiões contempladas.

Para o desenvolvimento da Agenda 21 Brasileira, “adotou-se uma

metodologia multissetorial com base na realidade brasileira, enfocando a

interdependência das dimensões ambiental, econômica, social e institucional”

(SENADO FEDERAL, 2001). O processo de elaboração da Agenda 21 Brasileira

se deu pelo estabelecimento e pela formação de parcerias e projeto, tendo em

vista que as ações propostas pela Agenda 21 não podem ser tratadas apenas

como programa de Governo, mas sim como um produto de consenso entre os

diversos setores da sociedade brasileira. Todavia, em termos das iniciativas a

Agenda não deixa dúvida: os Governos têm a prerrogativa e a responsabilidade

de deslanchar e facilitar o processo de implementação em todas as escalas.

Além dos Governos, como vimos, a convocação da Agenda visa mobilizar

todos os segmentos da sociedade, chamando-os de “atores relevantes” e

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“parceiros do desenvolvimento sustentável”. Essa concepção processual e

gradativa da validação do conceito implica assumir que os princípios e as

premissas devem orientar a implementação da Agenda 21, embora não constitua,

por si só, um rol completo e acabado: torná-lo realidade é antes de tudo um

processo social no qual os atores vão pactuando paulatinamente novos

consensos e montando uma Agenda possível rumo ao futuro que se deseja

sustentável.

Em 2003, a Conferência Nacional infanto-juvenil pelo Meio Ambiente,

realizada pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com o Ministério da

Educação cria o “Com-vida” que, juntamente com outros elementos da

sustentabilidade, propõe a Agenda 21 na Escola.

Este Projeto tem justamente o objetivo de demonstrar quais os principais

problemas sócio-ambientais enfrentado em nossa Escola e começar a mobilizar

sociedade e escola para identificá-los e resolvê-los. O Colégio Estadual São

Lourenço fica em São Lourenço, distrito de Cianorte, Paraná.

Um elemento fundamental de sua composição refere-se a alunos vindos do

meio rural, portanto resolvemos juntar os problemas vislumbrados na escola com

a realidade do distrito e, a partir desse elemento, procuramos elencar seus

problemas e suas possíveis resoluções. Assim, os problemas da escola se

confundem com o do distrito como um todo, tornando-se assim, indissociáveis, já

que não há a implantação da Agenda 21 local.

6.4.12.1 - Apontamentos dos principais problemas levantados através da

Agenda 21 no distrito de São Lourenço

_ Queimadas nas lavouras de cana-de-açúcar

_ Não há coleta do lixo reciclável no Distrito de São Lourenço

_ Caça predatória em áreas florestais e fragmentação ecossistêmica

Houve mudanças na paisagem da zona rural do Distrito. Devido às

facilidades para conseguir lucro com a atividade da plantação da cana-de-açúcar

e a comodidade de como são feitos os recebimentos para este fim, fez com que

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muitas lavouras diferenciadas perdessem espaço provocando tal mudança. As

queimadas contribuem para muitos problemas ambientais tanto na flora como na

fauna.

A coleta do lixo reciclável não é feita pelos órgãos responsáveis o que

desqualifica os projetos trabalhados na escola sobre o assunto, não há efetivação

desse serviço no distrito.

Nas intermediações do distrito está uma das maiores e contínuas áreas de

floresta atlântica paranaense, com várias espécies da fauna e da flora ameaçadas

de extinção. São 11 mil hectares de propriedade da Companhia Melhoramento

Norte do Paraná. Muitas das propriedades rurais do distrito são contíguas a essa

área, fazendo que a invasão da fauna nativa ou mesmo o hobby de caçar, leve

esses moradores a praticar a caça ilegal. Além disso, o método tradicional de

agricultura está poluindo o entorno e o interior da floresta, portadora de

importantes nascentes de recurso hídricos do Vale do Ivaí.

6.4.12.2 – Proposta de ações segundo a Agenda 21

_ Recuperação, revitalização e conservação de bacias hidrográfica e de seus

recursos vivos;

_ Implantação de corredores ecológicos para o fluxo gênico;

_ Implantação de unidade de conservação;

_ Promoção do manejo sustentável da biodiversidade;

_ Conservação de populações de espécies ameaçadas e recuperação de seus

habitats;

_ Educação ambiental na escola para alunos e para a comunidade.

Queimadas na lavoura de cana-de-açúcar

Quanto às queimadas aguardamos ações do governo para que busque

alternativas junto aos produtores para a interrupção das queimadas. Nós

podemos apenas conscientizar todos sobre educação ambiental.

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Questões do lixo

Estaremos buscando junto às autoridades municipais através da câmara

legislativa um meio de superar o problema da coleta seletiva mobilizando toda a

comunidade.

Resumo e análise final

Como podemos analisar, o problema escolar e da comunidade do distrito

de São Lourenço se confundem, pois a pequena demografia e os reflexos

externos da escola alcançam os alunos dentro mesmo da escola. Uma ação

desintegrada entre esses dois níveis seria sinônimo de fracasso. Portanto a

Agenda 21 local se confundiria com a esta Agenda 21 Escolar. A união e a

tentativa de resolução dos problemas intra e extra escola são as bases para as

ações sócio ambientais a serem imprescindivelmente resolvidos.

6.4.13 – Educação Fiscal

A Portaria Interministerial nº 413, de 31 de dezembro de 2002 Define

competências dos órgãos responsáveis pela implementação do Programa

Nacional de Educação Fiscal - PNEF.

“Art. 1º Implementar o Programa Nacional de Educação Fiscal – PNEF com os objetivos de promover e institucionalizar a Educação Fiscal para o pleno exercício da cidadania, sensibilizar o cidadão para a função socioeconômica do tributo, levar conhecimento ao cidadão sobre administração pública e criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão.”

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A educação Fiscal tem por objetivo, propiciar a participação consciente do

cidadão no funcionamento e aperfeiçoamento dos instrumentos de controles

social e fiscal do Estado, permitindo informar os mecanismos de constituição do

Estado, ao mesmo tempo em que torna o cidadão ciente da importância da sua

contribuição, fazendo com que o pagamento de tributos seja entendido e visto

como investimento para o bem comum. Com a informação, o indivíduo pode se

apropriar do poder de questionar e verificar a utilização destes investimentos

sociais.

Uma nação constituída por pessoas que defendem e honram os seus

direitos e deveres têm melhores condições de diminuir as injustiças sociais,

dentre elas as causadas pela corrupção, e aumentar o nível de desenvolvimento e

progresso.

É Importante lembrar sempre a função social do tributo como forma de

atuação na redistribuição da Renda Nacional funcionando como elemento de

justiça social. O tributo é um instrumento que pode e deve ser utilizado para

promover as mudanças e reduzir as desigualdades sociais.

Segundo Montesquieu, quando o indivíduo entrega ao Estado o poder de

governar e decidir os rumos que ele deve seguir, começa a morrer a sua

capacidade de auto governar-se. Essa incapacidade, que é uma incapacidade de

exercer a cidadania, fomenta a censura e a obrigatoriedade de normas como

forma de conquista da ordem.

Na constituição da ética de controle social deve haver espaço para a

contribuição e estabelecimento de uma ética individual. A existência de regras

acrescidas de um significado torna o resultado mais efetivo.

O ensinar deve estar calcado na ética, entremeando ao conteúdo o seu

aspecto pessoal, subjetivo e único. O importante não é só informar, mas se

permitir ir além da informação ousando vôos mais altos, que permitam a

transformação, discussão e reconstrução do próprio conteúdo num exercício

pessoal de democracia.

Segundo Cartaxo, - Consultora do BID (Banco Interamericano de

Desenvolvimento) - a questão fiscal no Brasil se apresenta como dificuldades de

compreensão pelo cidadão quanto:

_ ao papel do Estado e o seu financiamento;

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_ ao sistema tributário nacional (impostos indiretos);

_ à contraprestação do Estado (funções públicas);

_ justiça fiscal e à ética distributiva.

A cidadania nem sempre é uma realidade efetiva para todos os habitantes

de um país. A efetivação da cidadania e a consciência coletiva dessa condição

são indicadores do desenvolvimento moral e ético de uma sociedade (PNEF).

A função ética das políticas públicas é a de eliminar / reduzir os privilégios

de poucos, as carências de muitos e instaurar o direito para todos para o

exercício da cidadania ativa deve ser uma realidade concreta, voltada a aprimorar

as instituições políticas, governamentais e a conduta ética.

CIDADÃO: “aquele que tem direito a ter direitos”. O cidadão que conhece seus

direitos;

CIDADÃO PASSIVO: tem consciência dos seus direitos, mas não os exerce, nem

luta por eles, possuindo forte descrença nas instituições;

CIDADÃO ATIVO: conhece seus direitos, luta para defendê-los, agindo sob a

perspectiva individual;

CIDADÃO ATIVO E SOLIDÁRIO: luta por seus direitos e pelos direitos dos

outros, preocupando-se mais com o interesse coletivo do que com a obtenção de

vantagens pessoais.

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VII – AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DA PROPOSTA

A escola enquanto instituição educacional será avaliada pelos resultados

alcançados, onde os dados estatísticos demonstrarão claramente os índices de

aprovação e reprovação, evasão e repetência.

Ao final do ano letivo ou início do ano subsequente será feito uma

avaliação do Projeto Político-Pedagógico analisando todos os resultados, fatores

que contribuíram ou que interferiram de forma negativa no andamento do projeto,

tudo que deve continuar as mudanças necessárias, enfim é o momento que se

direciona a proposta do Projeto Pedagógico para o próximo ano letivo. Será feito

um relatório anual e anexado ao final do mesmo.

Os trabalhos e os resultados destes, realizados pela direção, serão

avaliados pela observação direta dos professores, alunos, pais e comunidade.

Através deste projeto todo o âmbito escolar está embutido constantemente

a uma avaliação contínua pela comunidade e seus segmentos e através da

sistematização dos órgãos competentes.

A avaliação do Plano de Gestão Escolar e do Projeto Político-Pedagógico

deve abranger:

_ A avaliação do processo de elaboração:

_ A avaliação dos efeitos diretos na aprendizagem dos alunos;

_ A avaliação dos efeitos indiretos na aprendizagem dos alunos e no

desenvolvimento da escola;

_ A articulação entre o Plano de Gestão escolar e o Projeto Político-Pedagógico;

_ A articulação entre todos os componentes dos planos;

_ Adequação dos objetivos e das ações desenvolvidas.

É importante ter sempre em mente que a escola poderá continuar tendo

autonomia para reescrever o PPP quando sentir necessidade de modificá-lo ou

perceber, durante a prática e execução do mesmo, que há necessidade de

redimensionar metas, prazos ou, mesmo, estabelecer novos rumos.

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VIII – CONSIDERAÇÕES FINAIS

A escola como uma instituição social voltada para a educação do cidadão,

tem como objetivos principais a sua instrução e a sua formação. Entretanto, esses

objetivos podem ser alcançados com melhor qualidade quando integrados e

articulados aos objetivos administrativos.

O Projeto Político Pedagógico é a visão do que a Instituição Escola

pretende fazer, seus objetivos, metas e estratégias permanentes, tanto no que se

refere às suas atividades pedagógicas como às funções administrativas. Portanto,

o político pedagógico faz parte do planejamento e da gestão escolar. A questão

principal do planejamento é expressar a capacidade de se transferir o planejado

para a ação. Assim sendo, compete ao Projeto Político Pedagógico a

operacionalização do planejamento escolar em um movimento constante de

reflexão ação reflexão.

A importância da construção coletiva do Projeto Político Pedagógico está

no fato de que ele passa a ser uma direção, um rumo intencional para as ações

da escola.

Enfim, o Projeto Político Pedagógico nunca está pronto e acabado, esse

trabalho é permanente e consiste em estar constantemente fazendo uma leitura

da realidade para atender os anseios, oferecendo e assegurando para o

educando uma melhor qualidade de ensino e será esse o objetivo do trabalho

oferecido em nossa escola.

“O conhecimento exige uma presença curiosa do sujeito em face do mundo. Requer uma ação transformadora sobre a realidade. Demanda uma busca constante. Implica em invenção e em reinvenção.” (Paulo Freire)

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