Projeto Pedagógico de Curso -...
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Servio Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Projeto Pedaggico de Curso
Tcnico em Agronegcio a Distncia
- Modalidade Subsequente
Braslia, 2014.
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SUMRIO
1APRESENTAO.............................................................................................................................4
2DADOSDAINSTITUIO.............................................................................................................5
2.1MissodoSENAR..................................................................................................................................5
2.2PrincpiosdoSENAR...........................................................................................................................6
2.3PrincipaisProdutoseServios.......................................................................................................7
2.4InfraestruturaelocalizaodasAdministraesRegionaisdoSENAR.........................17
2.5ResponsabilidadeSocial..................................................................................................................19
2.6JustificativadeimplantaodocursotcnicoemAgronegciodenvelmdioadistncia.......................................................................................................................................................24
3REFERENCIAISTERICO-METODOLGICOS.....................................................................26
3.1FundamentosTericos....................................................................................................................26
3.1.1ModelodeEaD.............................................................................................................................................27
3.1.3Andragogia....................................................................................................................................................29
3.1.4FormaoporCompetncias.................................................................................................................30
3.1.5MetodologiaAtivaePrticaProfissional.........................................................................................32
3.2ModeloeMetodologiadeAtuao...............................................................................................33
3.2.1ProduodoCursoTcnicoemAgronegcioaDistncia.........................................................36
3.3AgentesdoProcessodeEnsinoeAprendizagem...................................................................36
4DADOSGERAISDOCURSO.......................................................................................................38
4.1EstruturaCurricular.........................................................................................................................38
5OBJETIVOS....................................................................................................................................39
5.1ObjetivoGeral.....................................................................................................................................39
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5.2ObjetivosEspecficos........................................................................................................................39
6REQUISITOSDEACESSOEPBLICO-ALVO........................................................................40
7PERFILPROFISSIONAL.............................................................................................................41
7.1PerfilProfissionaldoTcnicoemAgronegcio......................................................................41
8ORGANIZAOCURRICULAR.................................................................................................46
8.1MatrizCurricular...............................................................................................................................51
8.2FluxoCurriculardoCursoTcnicoemAgronegcio.............................................................53
8.3ItinerrioFormativo.........................................................................................................................54
8.4IntegralizaodaCargaHorria...................................................................................................55
8.5AtividadesComplementares..........................................................................................................55
8.6EstgioSupervisionado...................................................................................................................55
9APROVEITAMENTODEESTUDOS.........................................................................................56
10SISTEMADEAVALIAODOAPROVEITAMENTOESCOLAR.....................................58
10.1AvaliaodaAprendizagem........................................................................................................59
10.2RecuperaodaAprendizagem.................................................................................................60
11INFRAESTRUTURA..................................................................................................................62
12PESSOALACADMICO,ADMINISTRATIVOEDEAPOIO..............................................64
13DIPLOMA....................................................................................................................................65
14REFERNCIAS............................................................................................................................66
ANEXO1-PROJETODASUNIDADECURRICULARES..........................................................71
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1 APRESENTAO
Este documento apresenta o Projeto Pedaggico do Curso Tcnico de Nvel Mdio em Agronegcio, que ser ofertado na modalidade de educao a distncia pelo Servio Nacional de Aprendizagem Rural SENAR, instituio reconhecida pelo desenvolvimento de atividades educacionais, voltadas s singularidades do campo.
Iniciaremos expondo os dados institucionais do SENAR, tais como sua finalidade, concepo, misso, histrico, campo de atuao e plano de ampliao, com a justificativa para oferta de curso tcnico de nvel mdio, na modalidade de educao a distncia. Na sequncia, enfatizam-se as caractersticas do projeto pedaggico, quanto base conceitual, fundada em princpios pedaggicos norteadores da organizao do trabalho educativo, tratados nos referenciais tericos.
Dando prosseguimento, entraremos na estrutura do projeto em si; observadas as articulaes coerentes, tais como justificativa, perfil do egresso e o mercado; imprimindo uma unidade, expressa nos objetivos geral e especficos, na organizao e desenvolvimento curricular, na maneira de conduzir o processo metodolgico que orientar as atividades de ensino e aprendizagem.
Por fim, as formas de administrao e organizao do sistema educativo, o regimento interno, composio e gesto de pessoal, docentes, tcnicos e administrao, os recursos fsicos para desenvolvimento das atividades, instalaes e equipamentos.
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2 DADOS DA INSTITUIO
O Servio Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR uma entidade com
personalidade jurdica de direito privado, sem fins lucrativos, considerado um servio
social autnomo vinculado ao sistema sindical, criado pela Lei n 8.315, de 23 de
dezembro de 1991, e regulamentado pelo Decreto n 566, de 10 de junho de 1992,
administrar e executar em todo o territrio nacional o ensino da Formao
Profissional Rural (FPR) e a Promoo Social (PS) do trabalhador rural.
O SENAR, por fora da Lei n 8.315 e do Decreto n 566, organizado e
administrado pela Confederao da Agricultura e Pecuria do Brasil - CNA e dirigido
por um Conselho Deliberativo tripartite, integrado por representantes do governo, da
classe patronal e da classe trabalhadora rural. O SENAR titular de contribuies
compulsrias, recepcionadas pelo art. 240 da Constituio Federal - CF, oriundas
tanto da comercializao de produtos agrossilvipastoris quanto sobre a folha de
pagamento de empresas rurais e agroindstrias. Apesar de no integrar a
administrao pblica direta e indireta, presta contas ao TCU, por fora do inciso V,
do Art. 5 da Lei 8.443, de 16 de julho de 1992.
2.1 Misso do SENAR
Promoo Social (PS) das pessoas do meio rural, contribuindo para a melhoria da
qualidade de vida e para o
o trabalhador rural e oferecer atividades de promoo social no meio rural, o SENAR
contribui efetivamente para o aumento de renda, a integrao e ascenso social das
pessoas a partir dos princpios de sustentabilidade, produtividade e cidadania,
colaborando tambm para o desenvolvimento socioeconmico do Pas.
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2.2 Princpios do SENAR
O SENAR tem como princpios:
I. Organizar, administrar, executar e supervisionar, em todo o territrio
nacional, o ensino da Formao Profissional Rural e da Promoo Social das
pessoas do meio rural.
II. Com base nos princpios da livre iniciativa, da economia de mercado e
das urgncias sociais, aprimorar as estratgias educativas e difundir metodologias
para ofertar aes adequadas de Formao Profissional Rural e Promoo Social ao
seu pblico.
III. Assessorar os governos federal e estadual em assuntos relacionados
com a formao de profissionais rurais e atividades assemelhadas.
IV. Expandir parcerias e consolidar alianas pblicas e privadas com o
objetivo de cumprir a misso institucional.
V. Estimular a pesquisa e garantir o acesso inovao rural.
VI. Fortalecer e modernizar o sistema sindical rural.
VII. Aperfeioar os mecanismos de planejamento, monitoramento e
avaliao de desempenho institucional.
VIII. Promover a cidadania, a qualidade de vida e a incluso social das
pessoas do meio rural.
Nos seus 22 anos de existncia, o SENAR j beneficiou mais de 60 milhes
de produtores e trabalhadores rurais. Possui, atualmente, mais de 23 mil alunos
matriculados em 99 salas de incluso digital em 25 UF e 4 unidade mveis; mais de
157 mil alunos de todas as regies do pas em 17 curso de Ensino a Distncia e
mais de 4,5 mil dirigentes e colaboradores de sindicatos j foram capacitados pelo
programa Sindicato Forte.
O SENAR est presente em praticamente todos os municpios brasileiros.
Graas a sua capilaridade, sua capacidade de articulao institucional e a sua
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interlocuo permanente com o setor produtivo e com o setor acadmico tem
realizado um trabalho diferenciado e permanente, contribuindo significativamente
para diminuir as enormes diferenas regionais e sociais deste pas.
Todas as aes de promoo social, capacitaes e cursos do SENAR so
oferecidos, de forma gratuita, a pessoas do meio rural associadas, direta ou
indiretamente, aos processos produtivos agrossilvipastoris.
2.3 Principais Produtos e Servios
O SENAR desenvolve e dissemina metodologia educacional prpria para a
realizao da FPR e da PS em todo o Brasil, nos ambientes reais do trabalho rural
em todas as dimenses (agroindstrias, laticnios, usinas, pastagens, viveiros,
currais, plantaes, etc).
Essa metodologia baseada em princpios pedaggicos e andraggicos,
referentes educao de adultos, que primam por estratgias que conjugam teoria e
prtica, a experincia do educando e a atuao do educador, possibilitando ainda
que o participante contextualize e aplique, de forma efetiva e eficaz, as suas
competncias tanto nos exerccios laborais quanto na vida em sociedade.
Atento s diversas metodologias e estratgias educativas em expanso, o
SENAR tambm desenvolve e implementa em todo o pas ferramentas atualizadas,
como a Educao a Distncia (EaD), a Pedagogia da Alternncia e a Formao por
Competncias, dentre outras.
As aes profissionalizantes desenvolvidas pelo SENAR preparam o produtor
e o trabalhador rural para o mercado de trabalho. O objetivo fazer com que o
participante compreenda e saiba interagir com o processo de produo e a cadeia
produtiva, sendo capaz de solucionar possveis problemas de forma criativa e
eficiente.
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O SENAR trabalha hoje em 48 reas de atividades e programas de promoo
social e oferece tambm centenas de cursos em mais de 173 profisses do meio
rural e programas especiais de formao profissional rural.
O quadro abaixo demonstra as 8 (oito) linhas de ao para a FPR em 163
ocupaes e as 7 (sete) reas de atuao da PS em mais de 154 atividades:
A formao profissional rural um processo educativo, sistematizado que se
integra aos diferentes nveis e modalidades da educao e s dimenses do
trabalho, da cincia e da tecnologia, objetivando o desenvolvimento de
conhecimentos, habilidades e atitudes para a vida produtiva e social. Est associada
informao e orientao profissional, centrada em ocupaes reconhecidas no
mercado de trabalho rural para a definio das ofertas educativas a serem
adequadas ao nvel tecnolgico dessas ocupaes.
A FPR assume identidade e caractersticas prprias, objetivos
profissionalizantes e contedos ocupacionais centrados no processo de trabalho,
resultando em ganhos e aumento da produtividade para o produtor e trabalhador
rural.
Figura 1 - Linhas de Ao da FPR e reas da PS do SENAR
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A promoo social do SENAR, com enfoque educativo, possibilita ao
trabalhador, produtor rural e suas famlias a aquisio de conhecimentos,
desenvolvimento de habilidades pessoais e sociais e mudanas de atitudes que
favorecem melhor qualidade de vida e participao na comunidade.
A PS tem como princpio primordial melhorar a qualidade de vida e
proporcionar possveis ganhos sociais e econmicos, por meio de oferta que
contemple contemple contedos relativos sade, educao, cultura, esporte e
lazer, segurana no trabalho e preservao e conservao do meio ambiente.
Alm dos cursos regulares de Formao Inicial e Continuada - FIC - o
SENAR desenvolve vrios programas nacionais de capacitao e suas vertentes de
FPR e PS, cabendo destacar os abaixo descritos:
Figure 2 - Programas Nacionais do SENAR
Empreendedor Rural:
Objetiva estimular o empreendedorismo relacionado ao agronegcio;
transformar o produtor em empreendedor para administrar sua propriedade com
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eficincia; calcular os custos de seus processos produtivos. Foram atendidos de
2003 a 2012 78.421 produtores.
Negcio Certo Rural:
Objetiva capacitar pequenos produtores rurais e suas famlias com o objetivo
de criar oportunidades e implementar ferramentas simples de gesto que tornem
vivel a pequena propriedade rural. Em 2012 foram capacitados 11.165 alunos, em
25 unidades da federao.
Com Licena vou Luta:
Capacitar mulheres em gesto, transformando a participao feminina em
fator decisivo para o sucesso da empresa rural. Foram atendidas 1.975 mulheres,
em 2012.
Incluso Digital Rural: Levar conhecimento sobre informtica s pessoas do campo. Atualmente,
este programa est sendo aplicado em 114 salas fixas e 90 telecentros, em 25
Unidades da Federao. 19.451 pessoas capacitadas, em 2012.
SENAR Rondon: Nos moldes do antigo Projeto Rondon, visa levar professores e alunos
universitrios a comunidades rurais para prestar servios de apoio profissional e
social. 534 professores e alunos j participaram do Programa.
Escola Viva:
Objetiva melhorar o desempenho dos estudantes do ensino fundamental e do
ensino mdio, integrando educao escolar com promoo social e qualificao
profissional. Programa em fase de implantao.
Trabalho Decente - Educao Postural no Campo: Proporcionar aos produtores e trabalhadores rurais melhores condies de
trabalho, melhor qualidade de vida em relao postura, ao conforto, sade e
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segurana durante as suas atividades dirias no campo, por meio de material
informativo impresso.
Trabalho Decente - EPI, Trabalhador Protegido:
O programa conscientiza os empregadores e trabalhadores rurais quanto
importncia do uso correto dos Equipamentos de Proteo Individual EPI. No
desempenho de suas atividades, homens e mulheres do campo ficam expostos a
diversas situaes de risco: acidentes com veculos motorizados, ferramentas e
objetos cortantes, nvel de rudo excessivo, raios ultravioletas, exposio a gases
txicos e substncias qumicas, picadas de animais peonhentos, choques eltricos,
raios, incndios e doenas respiratrias, artrite e zoonoses.
Apoena: Apoena si -guarani). nessa
perspectiva que o programa empreende aes pedaggicas voltar a fomentar
ambientes de acessibilidade fsica e atitudinal no processo ensino aprendizagem. Os
princpios orientadores para a incluso na FPR so igualdade e respeito dignidade.
mais que sua limitao, mas sua capacidade, habilidade e competncia para exercer
uma profisso e ser sujeito ativo na vida em comunidade.
tero Vida: O programa tem como objetivo gerar a oportunidade de educao, preveno
e diagnstico do cncer do colo do tero em mulheres rurais que vivem em
comunidades carentes. 185.746 atendimentos, 32.868 exames de Papanicolau
realizados, em 2010 e 2011.
Ciranda da Cultura: Promover aes de lazer e cultura nas comunidades rurais. Mais de 200
exposies de filmes com 54.300 expectadores, em 2010.
Qualificao em Suinocultura:
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Projeto em parceria com a Associao Brasileira de Criadores de Sunos -
ABCS e a Confederao da Agricultura e Pecuria do Brasil - CNA, que visa
aumentar o consumo da carne suna. Este programa abrange todo o setor da
suinocultura - produo, industrializao e comercializao. Cabe ao SENAR
executar a capacitao dos produtores e trabalhadores de granjas, por meio de:
manuteno da granja (mdulo obrigatrio), reproduo, maternidade, creche,
recria/terminao e fbrica de rao.
Capacitao Tecnolgica de Instrutores: Objetiva criar capacidade tcnica, metodolgica e crtica na formao de
instrutores para o campo. Abrange as reas de piscicultura; silvicultura; heveicultura;
ovinocaprinocultura; pecuria leiteira; agricultura de baixo carbono; agricultura de
preciso; pecuria de corte e floricultura.
Formao de Empreendedores: A finalidade deste Programa capacitar trabalhadores e produtores rurais
inseridos em determinadas cadeias produtivas de acordo com as caractersticas da
localidade/propriedade. Seus objetivos especficos so:
Capacitar recursos humanos envolvidos na fase de produo da cadeia
produtiva
desenvolver competncias tcnicas
melhorar a gesto da propriedade
monitorar e avaliar resultados
promover o fortalecimento de parcerias
promover atividades de promoo social, de acordo com as necessidades
locais; e
cursos de longa durao
O SENAR vem atuando como um parceiro e um aliado de primeira instncia
do Governo Federal no que diz respeito ao apoio s polticas pblicas federais para
a educao profissionalizante, principalmente no que se refere a:
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PRONATEC:
Programa de Acesso ao Ensino Tcnico e Emprego que tem como objetivo
expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos tcnicos e profissionais de
nvel mdio e de cursos de Formao Inicial e Continuada FIC com carga horria
mnima de 160h.
Pblico Beneficiado:
estudantes do ensino mdio da rede pblica, inclusive da Educao de
Jovens e Adultos - EJA;
trabalhadores; e
beneficirios dos programas federais de transferncia de renda.
EAD SENAR: O portal EAD SENAR uma iniciativa do SENAR e tem o intuito de contribuir
com a formao e a profissionalizao das pessoas do meio rural e
consequentemente aumentar a rentabilidade dos seus negcios e garantir a
sustentabilidade do meio ambiente.
Nesse portal, as pessoas do meio rural de todo o territrio nacional tm
acesso gratuito a 15 cursos na modalidade a distncia, via internet, com aulas
prticas e acesso a material didtico.
PLANO ABC:
Plano Setorial de Mitigao e de Adaptao s Mudanas Climticas para a
Consolidao de uma Economia de Baixa Emisso de Carbono na Agricultura -
Plano ABC um dos planos setoriais elaborados de acordo com o artigo 3 do
Decreto n 7.390/2010 e tem por finalidade a organizao e o planejamento das
aes a serem realizadas para a adoo das tecnologias de produo sustentveis,
selecionadas com o objetivo de responder aos compromissos de reduo de
emisso de gases de efeito estufa - GEE no setor agropecurio, assumidos pelo
Brasil. Para fazer frente a este desafio foi firmado uma parceria entre
MAPA/EMBRAPA/SENAR,
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O MAPA conduz o projeto cujo objetivo buscar a promoo do uso
sustentvel da terra e a melhoria da gesto florestal no Bioma Cerrado. Sua atuao
corresponde gesto e ao manejo das reas antropizadas de cerrado por meio de
fomento produo sustentvel em reas j convertidas para uso agropecurio,
com base nas 06 tecnologias do Plano ABC: Recuperao de Pastagens Degradas;
integrao Lavoura-Pecuria-
Sistema Plantio Direto (SPD); Fixao Biolgica de Nitrognio (FBN); Florestas
Plantadas; Tratamento de Dejetos Animais.
O SENAR foi indicado pelo MAPA para ser o executor do projeto, pelo
reconhecimento das atribuies, capilaridade, competncia tcnica e operacional
para realizar as atividades propostas. Ficar responsvel pela disseminao das
diretrizes e tcnicas que visam mitigao da emisso de gases de efeito estufa.
Os Nmeros da Formao Profissional Rural - FPR
Dentro das linhas de ao da FPR, reas ocupacionais pertinentes aos
setores da economia existentes no meio rural, foram desenvolvidas pelo SENAR em
2013:
Quadro 1 - Nmero de Turmas, Participantes e Carga Horria das Aes de FPR do SENAR por Linha de Ao 2013
LINHAS DE AO DA FPR TURMAS PARTICIPANTES
CARGA
HORRIA N % N % TOTAL MDIA
Atividade de apoio agrossilvipastoris 17.943 40,2 256.182 40,5 484.111 27,0 Pecuria 9.100 20,4 126.647 20,0 321.653 35,3 Agricultura 6.647 14,9 107.455 17,0 182.117 27,4 Agroindstria 4.892 11,0 62.661 9,9 137.392 28,1 Atividades relativas prestao de servios 4.583 10,3 58.786 9,3 156.003 34,0 Aqicultura 872 2,0 12.698 2,0 28.307 32,5 Silvicultura 559 1,3 7.033 1,1 12.223 21,9 Extrativismo 68 0,2 1.009 0,2 2.152 31,6
TOTAL 44.664 100,0 632.471 100,0 1.323.957 29,6
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A execuo da formao profissional rural no ano de 2013 manteve a
tendncia observada nos anos anteriores. Suas programaes classificam-se em
funo do nvel, abrangncia e intensidade com que os contedos so
Aprendizagem rural, Qualificao, Aperfeioamento, Atualizao e Especializao.
Quadro 2 - Nmero de Turmas, Participantes e Carga Horria das Aes de FPR do SENAR por Natureza de Programao 2013
NATUREZAS DA PROGRAMAO TURMAS PARTICIPANTES
CARGA
HORRIA N % N % N MDIA
Aperfeioamento 41.229 92,3 576.012 91,1 1.134.861 27,5 Qualificao 2.181 4,9 33.801 5,3 140.461 64,4 Especializao 644 1,4 6.103 1,0 24.696 38,3 Atualizao 560 1,3 15.527 2,5 4.844 8,7 Aprendizagem rural 50 0,1 1.028 0,2 19.095 381,9
TOTAL 44.664 100,0 632.471 100,0 1.323.957 29,6
O aperfeioamento, natureza de programao destinada aos trabalhadores
que j exercem atividades, manteve a frequncia majoritria entre os tipos ofertados
92,3% do total de turmas realizadas em 2013, beneficiando cerca de 576 mil
trabalhadores rurais por meio de aes que tiveram durao mdia de
aproximadamente 28 horas.
Promoo Social (PS): A Promoo Social - PS um processo educativo, no-formal, participativo e
sistematizado, que visa ao desenvolvimento de aptides pessoais e sociais do
trabalhador rural e de sua famlia, numa perspectiva de maior qualidade de vida,
conscincia crtica e participao na vida da comunidade.
A ideia criar condies para que as famlias possam ter seus prprios
negcios e gerenciar melhor as suas casas, evitando o desperdcio e aprendendo a
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reciclar, sempre com segurana e respeito ao meio ambiente. O SENAR oferece
cursos de sade reprodutiva; preveno de acidentes; alfabetizao de jovens e
adultos; saneamento bsico no meio rural; produo artesanal de alimentos;
educao ambiental; associativismo; cooperativismo; artesanato em argila; cestaria
e tranados; pintura em tecidos e artesanato em tecidos. Essas atividades resultam
na elevao da autoestima e descoberta de aptides pessoais e sociais que ajudam
a ampliar a renda familiar e melhorar a qualidade de vida.
Dentro reas relacionadas promoo social, foram desenvolvidas pelo
SENAR em 2013:
Quadro 3 - Nmero de Turmas, Participantes e Carga Horria das Aes de Promoo Social do SENAR por rea de Atividade - 2013
REA DE ATIVIDADE TURMAS PARTICIPANTES
CARGA
HORRIA N % N % TOTAL MDIA
Artesanato 6.497 38,2 82.696 27,7 244.468 37,6 Alimentao e nutrio 6.113 35,9 85.662 28,7 140.459 23,0 Sade 2.287 13,4 53.130 17,8 36.050 15,8 Educao 1.322 7,8 25.969 8,7 28.035 21,2 Organizao comunitria 424 2,5 20.448 6,8 9.447 22,3 Cultura, esporte e lazer 356 2,1 30.682 10,3 5.024 14,1 Apoio s comunidades rurais 18 0,1 387 0,1 408 22,7
TOTAL 17.017 100,0 298.973 100,0 463.891 27,3
Diferentemente da formao profissional rural, a promoo social no
aes tipicamente profissionalizantes.
as
utilizadas para alcanar objetivos predeterminados. No ano de 2013 o SENAR
obteve os seguintes resultados:
Quadro 4 - Nmero de Turmas, Participantes e Carga Horria das Aes de Promoo Social do SENAR por Tipo de Programao 2013
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TIPOS DE PROGRAMAO TURMAS PARTICIPANTES
CARGA
HORRIA N % N % TOTAL MDIA
Curso 12.278 72,2 199.610 66,8 341.643 27,8 Treinamento 3.895 22,9 54.033 18,1 116.863 30,0 Encontro 512 3,0 34.453 11,5 2.256 4,4 Seminrio 314 1,8 9.824 3,3 2.879 9,2 Dia especial 13 0,1 973 0,3 118 9,1 Torneio 4 0,0 57 0,0 116 29,0 Congresso 1 0,0 22 0,0 16 16,0
TOTAL 17.017 100,0 298.973 100,0 463.891 27,3
Juntos, em 2013, os Cursos e Treinamentos de PS representaram
aproximadamente 95% do total de turmas e 85% do total de participantes.
Em 2013, as atividades em capacitao inicial e continuada atingiram a um
pblico de mais de 3 milhes de pessoas em cursos e atividades presenciais e a
distncia, conforme mostra o quadro abaixo:
Quadro 5 - Nmero de Turmas, Participantes e Carga Horria das Aes Executadas pelo SENAR por Atividade 2013
AO / ATIVIDADE TURMAS PARTICIPANTES CARGA HORRIA
TOTAL TOTAL MDIA TOTAL MDIA
Formao Profissional Rural 44.664 632.472 14 1.323.957 29,6
Promoo Social 17.017 298.973 18 463.891 27,3
Programas Especiais 66.771 2.075.643 71 4.759.514 71,3
Pronatec - matrculas SISTEC 2.478 37.165 15 - -
Ensino Distncia - matrculas - 54.156 - - -
Outros, inclusive Pronatec Extemporneas - 91.320 - - -
TOTAL 128.452 3.098.408 24 6.547.362 51,0
2.4 Infraestrutura e localizao das Administraes Regionais do SENAR
O SENAR composto por uma Administrao Central, com sede em Braslia,
e por 27 Administraes Regionais, sediadas em cada UF e no Distrito Federal.
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A Administrao Central assegura suporte administrativo, metodolgico e
jurdico, alm de ser a unidade responsvel pela interface com os rgos federais,
instituies nacionais e internacionais ligadas educao e ao trabalho, irradiando
experincias exitosas para as Administraes Regionais, que oferecem ao pblico
do SENAR em todo o pas aes de formao profissional rural (FPR) e atividades
de promoo social (PS), a partir das quais so desenvolvidas competncias
profissionais, contribuindo para o avano socioeconmico dos cidados do campo.
Cada Administrao Regional do SENAR disponibiliza ao seu pblico uma
oferta educativa variada, especfica e definida no Planejamento Anual de Trabalho
(PAT), desenvolvido a partir das necessidades identificadas da FPR e PS.
Para viabilizar a execuo dos eventos associados a FPR e a PS, as
Administraes Regionais estabelecem parcerias com entidades; sindicatos rurais;
associaes de produtores; entidades de classe organizadas; Institutos Federais de
Educao, Cincia e Tecnologia; rgos de assistncia tcnica e outros que as
auxiliem a alcanar a clientela de modo abrangente e efetivo no maior nmero
possvel de municpios do pas. Essas entidades, por seu poder de atuao como
lideranas locais e junto a seus associados, em geral, atingem a capilaridade
almejada pela instituio, contribuindo para o levantamento das necessidades locais
de capacitao profissional, promoo social, mobilizao e composio das turmas.
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Figura 3 - Estrutura e Capacidade de Atendimento do SENAR
2.5 Responsabilidade Social
Os programas de responsabilidade social do SENAR esto inseridos em uma
de suas vertentes de trabalho: a promoo social. Na programao das atividades
da PS so sempre observados os aspectos educativo, preventivo, de
complementaridade com as aes da formao profissional rural, ganho econmico
e ganho sociocultural.
As Administraes Regionais tambm desenvolvem e promovem cursos,
treinamentos, seminrios, etc., que contribuem com aes e atividades regulares da
Responsabilidade Social do SENAR. Podemos citar como exemplo o Rio Grande do
Sul com o Programa Alfa, reconhecido com o TOP CIDADANIA ABRH 2009 e
Prmio OSWALDO CHECCIA ABRH Nacional 2010 - Categoria Sustentabilidade e
Responsabilidade Social e o TOP DE MARKETING ADVB 2011. So 210 horas de
2.500 sindicatos rurais. Mais de 6.000 instrutores em campo. Em 20 anos, 60 milhes de produtores
e trabalhadores rurais foram atendidos. 23 mil alunos matriculados em 99
salas de incluso digital em 25 Estados e 4 unidade mveis.
157 mil alunos de todas as regies do pas em 17 curso de ensino a distncia.
4,5 mil dirigentes e colaboradores de sindicatos j foram capacitados pelo programa Sindicato Forte.
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alfabetizao, complementadas por dois cursos regulares para adultos do campo
com baixa escolaridade, oferecendo a oportunidade de aprender a ler e escrever.
H tambm o Programa Agrinho, aplicado por 13 administraes regionais,
voltado para alunos e professores da educao infantil e do ensino fundamental das
escolas da rede pblica, desenvolvendo aes que propiciem o despertar da
conscincia de cidadania, alm do acesso a informaes relativas sade e
preservao do meio ambiente, com vistas melhoria da qualidade de vida por meio
da educao. Em 2013, foram atendidas 56.492 turmas e mais de 1.477.406
pessoas foram beneficiadas.
Em 2013 o SENAR formou mais de 17.000 turmas nos programas da
promoo social, atendendo 298.973 pessoas em suas 7 reas de atividade:
artesanato, alimentao e nutrio, sade, educao, organizao comunitria,
cultura, esporte e lazer e apoio s comunidades rurais. Por meio de seus Programas
Especiais (PE), inseridos tanto na vertente da PS quanto da FPR, o SENAR
desenvolveu vrias aes que beneficiaram cerca de 2 milhes de trabalhadores,
produtores e seus familiares, distribudos nas localidades de reas rurais em todo o
pas.
Na primeira metade do sculo passado, a populao brasileira se concentrava
fortemente no campo, onde residia mais de 80% das pessoas. O desenvolvimento
industrial e urbano do pas, a partir da segunda metade do sculo XX, induziu um
rpido processo de xodo rural, invertendo a concentrao populacional do campo
para as cidades. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatstica (IBGE), do total de 55 milhes de domiclios existentes no pas, 84,7%
esto em zonas urbanas. Esses domiclios renem 83,3% da populao brasileira.
Um dos motivos mais importantes para a migrao rural-urbana a carncia
da oferta de servios bsicos no campo, muito especialmente de educao de
qualidade e contextualizada. E a conscincia crescente de que a educao a base
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para a melhoria da qualidade de vida tem levado as famlias do campo para a cidade
em busca de melhores oportunidade educacionais para seus filhos.
Este processo de transferncia do meio rural para o meio urbano gera duas
consequncias correlacionadas. A escassez de mo de obra rural e, ipso factu,
aumenta a demanda por tecnologias poupadoras de mo de obra. Em ambos os
casos, o resultado uma forte presso para o crescimento da produtividade do
trabalho rural, o que s pode ser conseguido com melhorias contnuas no patamar
educacional da populao da cadeia do agronegcio.
Assim, atualmente indiscutvel e consensual a necessidade da sociedade
brasileira, governo e iniciativa privada, envidar todos os esforos para ampliar a
oferta de programas de educao voltados para o atendimento da cadeia produtiva
do agronegcio, tanto no meio rural como urbano. Dessa maneira possvel
viabilizar com eficcia a continuidade do crescimento da produo agrosilvopastoril e
agroindustrial, setores com o maior potencial de crescimento do pas e
indispensveis para a continuidade do desenvolvimento dos demais setores da
economia.
Como se percebe, o agronegcio brasileiro no apenas o carro-chefe atual
da economia brasileira, mas
potencial de crescimento inigualvel em qualquer outra parte do mundo. O
agronegcio brasileiro responde por cerca de 22% do Produto Interno Bruto - PIB -
do Brasil, alm de ser responsvel por mais de 40% das exportaes totais e gerar
37% dos empregos totais do pas
Ademais tecnologias avanadas j so realidade na agricultura e na pecuria
do Brasil, constituindo-se no maior fator de produtividade. No obstante, a populao
rural decrescente e o setor carece de mo de obra qualificada e especializada em
vrias reas.
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Mas apesar da importncia econmica do setor, a oferta educacional ainda
muito insuficiente e altamente concentrada. O fenmeno da maior produtividade
rural, que alia equipamentos sofisticados, alta tecnologia e inovao, exige
profissionais cada vez mais qualificados. Se a populao vinculada cadeia do
agronegcio no tiver a oportunidade de ampliar seu patamar de educao com
qualidade, ter dificuldade de disputar os postos de trabalho do futuro e, o que
mais grave, poder comprometer a dinmica e sustentabilidade do agronegcio
nacional.
Muitos jovens do campo que saem em busca de educao no meio urbano
no retornam, comprometendo, dentre outros aspectos, a sucesso familiar e a
operao futura de pequenas e mdias propriedades. O pas j vive um apago da
mo de obra do campo, principalmente no que se refere formao profissional de
qualidade. Portanto, a manuteno da populao rural no seu meio pressupe a
ampliao da oferta de servios educacionais em todos os nveis, especialmente nos
nveis tcnico e tecnolgico, que melhor se adequam ao perfil da populao rural.
Nosso pas tem se destacado como uma das grandes economias do mundo e
a agropecuria , sem dvida, uma importante frente do desenvolvimento nacional,
por isso, preparar jovens e adultos com uma slida e ampla formao tcnica o
grande desafio da educao profissional e tecnolgica brasileira, pois contribuir
decisivamente para este crescimento.
O ltimo Censo Agropecurio do IBGE - Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatsticas (2006) apontou, no entanto, um quadro educacional crtico e
deficiente do setor rural no Brasil. Segundo o Censo 2006, de um total de 5,2
milhes de produtores rurais:
Mais de 1,2 milho no sabem ler nem escrever;
Apenas 436 mil (8,43%) possuem ensino fundamental completo;
310 mil possuem ensino mdio completo (6%), destes cerca de 70 mil
possuem ensino tcnico na rea (tcnico agrcola; 1,35%);
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146 mil possuem ensino superior (2,81%), sendo apenas 23 mil (0,45%)
na rea das Cincias Agrrias e da Terra (agrnomos, engenheiros agrnomos,
mdico veterinrio, zootecnista e engenheiro florestal);
Dentre a populao jovem, apenas 17% completa o ensino mdio;
Apenas 3,4% dos jovens do campo esto matriculados no ensino
superior.
A figura a seguir ilustra esta situao, referente ao universo de produtores
rurais do Brasil com mais detalhes.
Verifica-se a partir desse cenrio que a educao no campo um grande
desafio para o pas, tendo em vista a histrica ausncia do Estado quanto sua
responsabilidade de oferecer educao de qualidade a todos os brasileiros,
independentemente de sua localizao e de sua posio social e cultural. A
populao rural a mais prejudicada por esta situao, facilmente comprovvel
pelas estatsticas que revelam os baixssimos nveis de escolaridade e de
profissionalizao dos cidados rurais.
Figura 4 - Nvel de Instruo dos Proprietrios de Estabelecimentos Rurais do Brasil - 2006
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2.6 Justificativa de implantao do curso tcnico em Agronegcio de nvel mdio a distncia
O sistema CNA/SENAR/ICNA trabalha, h mais de 20 anos, no oferecimento
de educao no nvel de qualificao profissional. Mais de 60 milho de pessoas j
foram beneficiadas com os cursos de formao inicial e continuada liderados pelo
SENAR. No obstante, dadas as carncias educacionais no campo, tanto de
trabalhadores quanto de proprietrios rurais e suas famlias, indispensvel que se
avance muito mais em duas direes. A primeira, na ampliao do nvel de
educao ofertado populao rural e cadeia do agronegcio, com a oferta
sistemtica da educao profissional tcnica de nvel mdio e da educao
profissional tecnolgica de graduao e ps-graduao.
A segunda, ampliar a escala de atendimento educacional da populao rural,
majoritariamente marginalizada do sistema de educao formal e informal. A
carncia de infraestrutura fsica escolar no meio rural e nos pequenos municpios
uma realidade insofismvel que exclui da educao profissionalizante boa parte dos
residentes no campo.
Porm, hoje j se dispe de tecnologias, metodologias e experincias
pedaggicas capazes de propiciar acesso amplo populao do meio rural
educao profissionalizante. Trata-se da educao distncia, ou EaD, que faz
amplo uso das tecnologias da informao para levar o conhecimento de forma mais
democrtica e com menor dependncia de estruturas fsicas de grande porte. A EaD
traz consigo um grande potencial de atendimento a uma parcela muito maior da
populao, com custos menores e perspectivas de melhorias qualitativas do ensino.
O SENAR, devido a sua capilaridade no meio rural e ampla experincia com
formao profissional, resolveu expandir o alcance da rede de educao profissional
por meio da EaD a fim de levar ensino de qualidade para as os municpios de base
agropecuria e localidades rurais mais afastadas, utilizando-se dos benefcios e
vantagens de alcances da educao a distncia, alm de disseminar esta
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modalidade na cultura educacional da populao do meio rural. E neste momento
que o SENAR junta-se Rede e-Tec Brasil e intensifica as aes que visam superar
as dificuldades educacionais do campo e aumentar a oferta de oportunidades de
estudos para os que nele residem.
A Rede e-Tec Brasil uma ao do Ministrio da Educao - MEC instituda
pelo decreto n 7.589, de 2001, e faz parte do Programa Nacional de Acesso ao
Ensino Tcnico e Emprego - PRONATEC, cuja principal finalidade promover de
maneira democrtica o acesso Educao Profissional e Tecnolgica (EPT),
beneficiando-se da amplitude de disseminao e transferncia de conhecimentos da
Educao a Distncia (EaD).
O Curso Tcnico em Agronegcio, objeto do presente projeto pedaggico,
pretende atender a demanda de formao profissional para a proviso de recursos
de mo-de-obra qualificada disponveis ao agronegcio, o qual sofre srios dficits
de qualidade educacional. Dessa maneira, possvel ofertar ao meio rural um nvel
mais elevado de educao, abarcando uma parcela muito maior dessa populao,
atravs do uso da EaD como ferramenta de ensino.
A formao de tcnicos em agronegcio impulsionar a qualificao e
profissionalizao da fora de trabalho do campo, alm de gerar no meio rural
ganhos com incluso produtiva e social, gerao de renda, fixao da juventude e
preservao da sucesso familiar. Juntos, esses fatores representam esforos que
potencializam o desenvolvimento do produtor rural e consequentemente do
agronegcio brasileiro.
Este o primeiro curso tcnico de nvel mdio, na modalidade a distncia, a
ser oferecido pelo Servio Nacional de Aprendizagem Rural atravs de polos de
apoio presencial, espalhados por todo o Brasil, mediante parceria com suas
Administraes Regionais.
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3 REFERENCIAIS TERICO-METODOLGICOS
3.1 Fundamentos Tericos
A concepo do projeto pedaggico pautou-se em princpios basilares a uma
ao educacional orientada formao integral do estudante do curso tcnico de
nvel mdio a distncia em Agronegcio.
Nesse sentido, so respeitados os valores scios culturais caractersticos da
regio de abrangncia do curso, a cadeia produtiva e demandas locais do meio
rural, bem como, os fundamentos cientfico-tecnolgicos necessrios ao exerccio
profissional.
Os princpios pedaggicos scioconstrutivistas so evidenciados na proposta
de atividades de ensino, na qual teoria e prtica acontecem de forma indissocivel,
considerando-se o contexto histrico e de conhecimentos dos alunos, estando ainda
implcitos no desenho da prtica pedaggica e, portanto, modelam a estrutura
curricular e avaliativa, determinando um processo educativo interdisciplinar, flexvel
e integrador.
No contexto da modalidade de educao a distncia, sero aplicados os
preceitos dos estilos de aprendizagem, em que se respeita as diferenas individuais
na construo dos saberes, mediado por tecnologias, pois assim possvel
considerar as diversidades de disposio de contedo e propor atividades variadas
que auxiliaro os alunos no processo de aprendizagem.
O reconhecimento dos estilos de aprendizagem feito por meio de um
questionrio desenvolvido por Alonso, Gallego e Honey (2002), a partir deste
resultado o aluno identifica seu estilo e o professor mapeia os principais estilos da
turma, podendo condicionar orientaes e atividades complementares especficas
para o estilo de aprender de cada estudante. O mapeamento dos estilos de
aprendizagem no deve ser feito com o intuito de rotular o aluno, mas auxiliar com
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estratgias didticas eficientes que auxiliem seu desenvolvimento na ao
educativa.
3.1.1 Modelo de EaD
A Educao a Distncia - EaD se consiste basicamente no processo de
ensino-aprendizagem onde alunos e professores no esto no mesmo espao fsico
e temporal, sendo definida como: (...) o aprendizado planejado que ocorre normalmente em um
local diferente do local do ensino, exigindo tcnicas especiais de criao do curso e de instruo, comunicao por meio de vrias tecnologias e disposies organizacionais e administrativas especiais. (MOORE e KEARSLEY, 2011 p.2)
A separao temporal, geogrfica e a necessidade de uma tecnologia para
mediar o processo educativo a distncia so os aspectos mais considerados pelos
autores, nesse sentindo, Moran (2002, p.1) resume o conceito de EaD como sendo
o processo de ensino e aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores
e alunos esto separados espacial e /ou temporalmente
Alm disso, importante considerar que existem conceitos que definem um
processo de ensino-aprendizagem a distncia com apenas um recurso, um exemplo
disso o e-learning, que representa todos os processos de:
[...] ensino em que os seus intervenientes (aluno/formando e professor/formador), mantendo-se distncia, recorrem Internet como meio de comunicao para disponibilizar contedos e gerar conhecimento e competncias. (Esteves 2012, p.6)
Todavia, preciso considerar que muitas vezes estudar a distncia s pela
Internet pode ser um fator que prejudique o desempenho do aluno no curso,
principalmente no caso do curso tcnico em Agronegcio do SENAR, onde o pblico
predominantemente residente de zona rural e muitos possuem dificuldades de
acesso aos recursos necessrios, como Internet banda larga e computador. Nesse
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caso, a mesclagem de tecnologias e modalidades de ensino torna-se um fator aliado
para solucionar estes problemas.
A metodologia que comtempla o uso destes recursos o b-learning ou
blended learning, que em portugus significa educao mista ou educao semi-
presencial, que
5,p.5). Contudo, preciso
destacar que as interaes a distncia no necessariamente devem ser apenas
presencial e pelo computador, mas pode ser por uma combinao de tecnologias.
As tecnologias representam um papel essenciais para a EaD, por meio destas que se torna possvel a interao entre professor e aluno, segundo Formiga
A EaD est intrinsecamente ligada s TICs (Tecnologias da Informao
e Comunicao), por se constituir setor altamente dinmico e prdigo em
inovao(...) re es e alunos, a utilizao das TICs
na EaD permite que o processo de ensino-aprendizagem ocorra de uma maneira
inovadora, em vrios lugares e com diferentes tecnologias.
A EaD totalmente dependente de tecnologias, que so consideradas vitais
para o processo de ensino-aprendizagem nessa modalidade, e nesse sentido:
Na EaD, a interao com o professor indireta e tem que ser mediatizada por uma combinao dos mais adequados suportes tcnicos de comunicao, o que torna esta modalidade de educao bem mais dependente da mediatizao que a educao convencional, de onde decorre a grande importncia dos meios tecnolgicos. (BELLONI, 2001, p. 54)
De acordo Blanco e Silva (1993) a etimologia da palavra tecnologia possui
origem grega, e advm das palavras techn, que significa arte, e logo significa
estudar algo. O autor afirma que as tecnologias surgiram para facilitar as atividades
cotidianas do ser humano, inclusive no processo de ensino-aprendizagem. Assim
sendo, considerar o uso de tecnologia como algo novo no correto, j que:
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(...) a relao do homem com a natureza sempre foi mediada pelas tecnologias, embora esta mediao seja mais marcante na sociedade contempornea, pois o impulso tecnolgico do sculo XX marca as instituies sociais e interfere em todos os setores da atividade humana. (BLANCO e SILVA, 1993, p.38)
No que tange a EaD Moore e Kearsley (2007) definem tecnologia como sendo
um veculo para comunicar mensagens, que so encaminhadas no formato de
mdias. Com isso, ressalta-se que sem as tecnologias seria invivel a realizao de
cursos a distncia, pois preciso um recurso de comunicao para mediar as
comunicaes entre os agentes de um curso a distncia.
No caso do curso tcnico de nvel mdio a distncia em Agronegcio procura-
se utilizar as tecnologias de curso de maneira integrada, ou seja, em que uma no
se sobreponha a outra, mas se complementem, por exemplo, as aes do material
impresso so to importantes quanto s do AVA e das videoaulas.
3.1.3 Andragogia
O processo de ensino-aprendizagem de jovens e adultos ocorre de maneira
distinta ao que ocorre com crianas e pr-adolescentes, pois as vivncias e
realidades so fatores intrnsecos ao conhecimento deste pblico, alm das distintas
razes para se voltar a estudar. A partir destas constataes sobre as
peculiaridades no aprendizado de adultos, Malcolm Knowles (1984) definiu a
concepo de Andragogia, que uma cincia cujo principio definir estratgias de
ao educativa e mapear o aprendizado do aluno adulto.
O adulto possui maior independncia para estudar sozinho e consegue
compreender melhor o contedo quando associa teoria com a prtica, a partir disso
importante contemplar os conhecimentos prvios dos alunos por meio de temas
geradores, desenvolvido por Paulo Freire (1987), que so assuntos normalmente
polmicos e/ou comuns do cotidiano e atravs destes o educador fomenta um
debate que culmina na explanao de contedos que precisam ser abordados.
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Na EaD o perfil do aluno adulto tambm possui caractersticas prprias, por
exemplo, Moore e Kearsley (2011) apontam a ansiedade pelo aprendizado, ou seja,
ele deseja resultados imediatos ao iniciar o curso. Esta ansiedade requer alguns
cuidados, principalmente por parte da tutoria do curso, pois caso esta no seja bem
administrada pode acarretar na evaso de boa parte dos alunos, j que podem
pressupor que o curso no atende suas expectativas e necessidades.
As causas para um aluno adulto buscar um curso a distncia segundo Moore
e Kearsley (2011) atrelada a estes precisarem conciliar estudos com famlia,
emprego e as obrigaes sociais, estes possuem razes especficas para realizar
um curso a distncia e preciso que a metodologia pedaggica oua as
expectativas destes educandos.
3.1.4 Formao por Competncias
Entende-se por competncia a forma de interpretar e resolver situaes
diversas. Em outros termos, o conhecimento vincula-se ao mundo experiencial do
indivduo, fundamenta-se em articulaes de pensamento internas, passveis de
serem mobilizadas e exteriorizadas no cotidiano. Competncia pode ser definida
como:
A capacidade de um sujeito de mobilizar o todo ou parte de seus recursos cognitivos e afetivos para enfrentar uma famlia de situaes complexas. Isso exige a conceituao precisa desses recursos, das relaes que devem ser estabelecidas
termos de competncia pensar a sinergia, a orquestrao de recursos cognitivos e afetivos diversos para enfrentar um conjunto de situaes que apresentam analogias de estrutura. (PERRENOUD 2001, p. 21)
Competncias dizem respeito s possibilidades cognitivas referentes a
realizaes, operaes e relaes humanas, embora voltadas para a amplitude das
aes executadas pelas pessoas, dependendo do desempenho, uma competncia
pode vincular-se, predominantemente, a realizaes intelectivas, atitudinais ou
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operativas. O predomnio de uma dessas reas, porm, jamais exclui as outras - o
ser humano age sempre integradamente, portanto, a pessoa aciona um conjunto de
conhecimentos, atitudes, capacidades e aptides que a habilitam para a ao.
A partir das definies de competncias preciso contextualizar a definio
de competncias profissionais que so:
[...] uma combinao de conhecimentos, de saber-fazer, de experincias e comportamentos que se exerce em um contexto preciso. Ela constatada quando de sua utilizao em situao profissional, a partir da qual passvel de validao. Compete ento empresa identific-la, avalia-la, valid-la e faz-la evoluir. (MEDEF 1998 apud ZARIFIAN 2001).
As premissas para formao dos alunos do curso tcnico em Agronegcio
so baseadas no desenvolvimento de competncias, habilidades e atitudes - CHA,
que podem ser apontadas:
Quadro 6 - Conhecimentos, Habilidades e Atitudes
C H A
Conhecimentos Habilidades Atitudes
Escolaridade, conhecimentos
tcnicos, cursos gerais e
especializaes.
Experincia e prtica do
saber.
Ter aes compatveis para
atingir os objetivos, aplicando
os conhecimentos e
habilidades adquiridas e/ou a
serem adquiridas.
Saber Saber fazer Querer fazer
Fonte: Urbaniviviuset all.,p.7, 2006.
A formao baseada nestes princpios preocupa-se com vrios elementos
didticos, tais como a nfase na abordagem terica das unidades curriculares, mas
ao mesmo tempo relaciona estes conhecimentos s prticas necessrias para a
formao profissional. entende-se que o desenvolvimento das
competncias do estudando necessita de acompanhamento constante por parte da
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equipe pedaggica et. al (2013, p.45), isso quer dizer, para se obter xito as
aes pedaggicas precisam ser centradas no aluno.
Nessa perspectiva, os alunos do curso a distncia Tcnico em Agronegcio
tem a oportunidade de desenvolver competncias que lhes possibilitaro tomar
atitudes de maneira diferenciada e inovadora no meio rural brasileiro. A estratgia
metodolgica para maior sucesso neste tipo de formao projeta-se no mapeamento
das competncias comportamentais-atitudinais, que so conhecimentos prticos
necessrios para o profissional Tcnico em Agronegcio, e das competncias
tcnica-cognitivas, que so os conhecimentos tericos essenciais. Alm disso,
dimensionam-se as principais habilidades que o tcnico em Agronegcio precisa
desenvolver.
3.1.5 Metodologia Ativa e Prtica Profissional
Realizar o mapeamento das competncias profissionais desejadas o incio
para se implantar a estratgia metodolgica ativa que se baseia:
[...] em formas de desenvolver o processo de aprender, utilizando experincias reais ou simuladas, visando s condies de solucionar, com sucesso, desafios advindos das atividades essenciais da prtica social, em diferentes contextos. (BERBEL, 2011, p.29)
Neste sentido, as metodologias ativas esto diretamente relacionadas a
estratgias didticas andraggicas, pois norteiam atividades tericas com as
prticas durante o processo educativo. No contexto da formao profissional de um
curso tcnico de nvel mdio considerar estes fatores pode ser determinante para o
sucesso na carreira, j que o aluno adquire uma viso mais completa em relaes
as aes necessrias da profisso.
A problematizao de situaes, segundo Mitri et al. (2008) apud Berbel
(2011), uma estratgia da metodologia ativa cujo objetivo motivar o discente a
refletir sobre as situaes e obstculos propostos. Ademais, o aprendizado pela
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problematizao e/ou da resoluo de problemas de sua rea, portanto, uma das
possibilidades de envolvimento ativo dos alunos em seu prprio processo de
formao
O SENAR compreende que a prtica permeada pela problematizao de
situaes fundamental no processo de ensino aprendizagem do curso Tcnico em
Agronegcio, pois a partir destes momentos que o aluno consegue desenvolver
competncias e habilidades para analisar criticamente adversidades profissionais
que provavelmente encontrar durante a atuao.
3.2 Modelo e Metodologia de Atuao
Projetado para a modalidade a distncia, o curso Tcnico em Agronegcio do
SENAR baseia-se na combinao de variados recursos e tecnologias de apoio ao
processo de ensino-aprendizagem como forma de possibilitar o acesso ao
conhecimento e a interao entre os diferentes participantes, principalmente alunos
e tutores, que desenvolvero atividades em locais e tempos diferentes.
Embora a maior parte da carga horria do curso seja realizada a distncia,
por meio das diferentes tecnologias de informao e comunicao, por se tratar de
uma ao educativa tcnica de nvel mdio, com o propsito de formao
profissional para o mercado de trabalho, o curso Tcnico em Agronegcio prev
20% de carga horria presencial que de 246h, no apenas para avaliaes
presenciais, mas para o exerccio de atividades prticas profissionalizantes, no polo
de apoio presencial ou em unidades demonstrativas de produo, sob a superviso
do tutor presencial.
Considerando o perfil do pblico, notadamente residente em zonas (reas)
rurais com dificuldades de acesso a Internet de banda larga, do ponto de vista de
transmisso e acesso ao conhecimento optou-se tambm por um modelo variado,
que combina os benefcios de diferentes tecnologias, no apenas a Internet, mas
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tambm o vdeo em CD/DVD e o material impresso, para facilitar o acesso do aluno
e o seu aprendizado efetivo.
Neste sentido, cumpre destacar a enorme familiaridade do pblico do curso
com a televiso e o vdeo, de modo que este recurso (audio-visual) constituir-se-
em base da metodologia de educao a distncia do curso Tcnico em Agronegcio.
Embora tratado como tecnologia central, o aluno ter sua disposio, para acesso
ao contedo, pesquisa e aprendizado, o apoio das tecnologias e mdias
complementares, especialmente a Internet, atravs do Ambiente Virtual de
Aprendizagem - AVA, e o material impresso.
Caso tenha dificuldade de acesso a Internet em sua residncia, local de
trabalho ou outro ambiente, o aluno poder ter acesso ao contedo e estudar com
base nas demais tecnologias e mdias do curso que no dependem de conexo.
Outro ponto fundamental da metodologia adotada a interao do aluno com o
professor a distncia e demais agentes do processo de ensino e aprendizagem,
incluindo os prprios colegas, atravs de ferramentas e recursos colaborativos
disponibilizados principalmente atravs do AVA.
Alm do professor a distncia, responsvel principal pela conduo de uma
unidade curricular, o aluno ter o suporte especializado do tutor presencial no polo
de apoio presencial, alm ainda da superviso e orientao do tutor durante as
atividades prticas realizadas nos polos ou em propriedades rurais que serviro
como unidades demonstrativas de produo.
A interao e o esforo colaborativo entre os alunos de uma mesma turma
sejam virtualmente atravs do AVA ou presencialmente no polo, outra importante
ferramenta de apoio e auxlio ao aprendizado dos alunos, seja para tirar dvidas e
realizar exerccios de aprendizagem, dentre outros benefcios.
No obstante, outro pilar fundamental da metodologia a prtica profissional,
atravs da qual os alunos tero a oportunidade de experimentar a aplicao prtica
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do conhecimento terico por meio de exerccios de aprendizagem previamente
planejados pelo professor a distncia envolvendo situaes reais de trabalho e que
podero ser realizados no prprio polo ou diretamente em propriedades rurais e
empresas do setor.
Devido ao fato de grande parte do curso ser a distncia, o aluno precisa ter
acesso a alguns recursos tecnolgicos que mediam este processo, para isso
necessrio elencar pr-requisitos tanto a acesso a recursos tecnolgicos quanto a
perfil de aprendizagem. Todavia, o intuito de se apresentar as habilidades e recursos
necessrios para viabilizar a participao efetiva no limitar a abrangncia do
curso, mas possibilitar que os alunos possam se organizar previamente para evitar
possveis adversidades de acesso ao longo do curso.
A partir disso, afere-se:
Quadro 7 - Mdias e Tecnologias
Mdia Tecnologia
Textos Computador; Apostila Impressa.
Imagens (animadas e/ou no) Computador; Apostila Impressa; TV.
udio Computador; TV.
Vdeos Computador; TV.
Em relao s caractersticas desejadas para o perfil do aluno do curso a
distncia Tcnico em Agronegcio :
Autonomia para aprender;
Domnio bsico dos recursos tecnolgicos utilizados;
Interpretao de textos e normas bsicas de lngua portuguesa;
Proatividade para buscar informaes;
Capacidade de gerenciamento do tempo de estudo.
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Alm destes, recomendado que o aluno dedique-se pelo menos 2 horas
dirias de estudos ao curso, contudo, dependendo da organizao e ritmo de
aprendizagem de cada um possvel levar mais ou menos tempo para conseguir
realizar as atividades. Neste ponto que se evidencia o benefcio da flexibilidade de
tempo na EaD, pois as horas de dedicao ao curso variam de acordo com a
necessidade do aluno.
3.2.1 Produo do Curso Tcnico em Agronegcio a Distncia
O processo de elaborao do contedo do curso Tcnico em Agronegcio
estruturado para pessoas que tiveram pouco ou nenhum contato com a modalidade
a distncia, por isso, a estrutura de linguagem deve ser direta e com informaes
claras, pois em EaD o material no pode gerar dvidas, j que o aluno precisa
estudar sozinho e no conta com o apoio do professor na exposio do contedo.]
Alm disso, os recursos do AVA devem ser diretos, intuitivos e de fcil
acesso, para que o aluno no sinta dificuldade para realizar os estudos e atividades
neste espao. Os recursos miditicos e tecnolgicos devem ser integrados, ou seja,
nenhum meio pode se sobrepor ao outro, mas se completarem para facilitar o
aprendizado do educando.
3.3 Agentes do Processo de Ensino e Aprendizagem
Os agentes que compem os processos de ensino e aprendizagem
presenciais e a distncia do curso tcnico em Agronegcio so basicamente:
Coordenador Regional da Rede e-Tec Brasil do SENAR responsvel pelo acompanhamento e desenvolvimento do curso.
Coordenador pedaggico de Curso: responsvel pelas aes pedaggicas do curso.
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Coordenadores de tutoria presencial: responsveis pela equipe de tutores presenciais de cada polo de apoio presencial.
Coordenador de tutoria a distncia: responsvel pela equipe de tutores a distncia.
Professores conteudistas: responsveis pela produo dos contedos das unidades curriculares
Tutores a distncia: responsvel por acompanhar os alunos nas atividades a distncia.
Tutor presencial: responsvel por acompanhar os alunos nas atividades presenciais.
Monitor: auxilia o tutor e alunos durante o curso.
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4 DADOS GERAIS DO CURSO
Dados Gerais rea de Conhecimento (CNPq): Cincias Agrrias Eixo Tecnolgico (SETEC/MEC): Recursos Naturais Nome do Curso: Tcnico em Agronegcio Habilitao Tcnica: Tcnico em Agronegcio Nvel de Ensino: Ensino Mdio Forma de Oferta: Subsequente Modalidade de Ensino: A Distncia Carga Horria Total (em horas-aula): 1.230 horas-aula Durao do Curso: 4 semestres
4.1 Estrutura Curricular
Estrutura Curricular Ncleo de Formao Geral e Humana: 435 horas Ncleo de Formao Tcnico-Profissionalizante: 615 horas Ncleo de Formao Especializante: 135 horas Ncleo de Formao Orientada: 45 horas
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5 OBJETIVOS
5.1 Objetivo Geral
Habilitar tcnico para aplicar os procedimentos de gesto e de
comercializao do agronegcio, visando os diferentes segmentos e cadeias
produtivas da agropecuria brasileira.
5.2 Objetivos Especficos
So objetivos especficos do curso Tcnico em Agronegcio:
Reconhecer a realidade do meio rural e as peculiaridades das atividades
produtivas do agronegcio brasileiro;
Identificar as principais potencialidades, limitaes e desafios futuros do
agronegcio e das principais cadeias produtivas da agropecuria brasileira;
Analisar problemas em sistemas e processos de gesto e de produo
agropecuria;
Reconhecer os processos e sistemas agroindustriais e de melhoria da
qualidade de produtos e servios agropecurios;
Aplicar tcnicas de empreendedorismo com capacidade crtica, criativa e
inovadora;
Empregar tcnicas de organizao e distribuio eficiente do trabalho e
dos recursos produtivos, visando racionalizao de processos, economia de
custos e a maximizao dos resultados;
Planejar a gesto eficaz dos custos de produo;
Identificar alternativas de investimento em projetos para orientar tomadas
de decises;
Monitorar e avaliar pontos de controle de resultados;
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Identificar oportunidades e acompanhar planos e estratgias de
marketing, visando ampliao de mercados e/ou desenvolvimento de novos
produtos e servios;
Identificar deficincias de conhecimento da equipe para solicitar
capacitaes e treinamentos;
Aplicar tcnicas de comercializao para melhorias de processos;
Respeitar as normativas legais ambientais, sade e de trabalho, bem
como valores estticos e ticos;
Aplicar tcnicas de gesto e de desenvolvimento de negcios rurais
responsveis e sustentveis;
Identificar as necessidades de melhorias no servio de assistncia tcnica
e extenso rural para negcios e estabelecimentos rurais;
Reconhecer e aplicar os princpios que norteiam o associativismo, o
cooperativismo e o sistema sindical, preconizados pelos Sistemas Nacionais de
Aprendizagem;
Operar sistemas de informaes gerenciais de recursos humanos, fsicos
e materiais, utilizando ferramentas da informtica bsica, como suporte operaes
organizacionais.
6 REQUISITOS DE ACESSO E PBLICO-ALVO
O curso Tcnico em Agronegcio ser oferecido de maneira subsequente,
admitindo, neste caso, o ingresso apenas de egressos do ensino mdio, conforme
requisitos estabelecidos em normativas legais vigentes.
No mbito da rede e-Tec Brasil no SENAR os alunos sero prioritariamente
residentes em zona rural, beneficirios de programas de transferncia de renda do
governo federal e que tenham concludo do Ensino Mdio na rede pblica.
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Para ingresso, alm da concluso do ensino mdio, o candidato dever ser
aprovado em processo seletivo de acordo com normas publicadas em edital
especfico.
Para matrcula, o candidato aprovado dever apresentar os seguintes
documentos:
Certido de nascimento ou de casamento (original e cpia);
Cdula de identidade (original e cpia) e CPF;
Documento que comprove a escolaridade mnima exigida ou certificado
de concluso do ensino mdio e respectivo histrico escolar (original e cpia);
Documento de regularidade com o servio militar para os candidatos do
sexo masculino, com idade entre 18 e 45 anos (original e cpia);
Comprovante de votao ltimo pleito eleitoral para maiores de 18 anos
(original e cpia);
Comprovante de residncia (cpia).
O processo seletivo poder ser pelo SISUTEC - Sistema de Seleo
Unificada da Educao Profissional e Tecnolgica, organizado pelo MEC, sendo a
seleo feita por meio da nota do candidato no ENEM - Exame Nacional do Ensino
Mdio, e/ou por processo seletivo realizado pelo SENAR, obedecendo a
regulamento prprio divulgado atravs de edital especfico.
7 PERFIL PROFISSIONAL
7.1 Perfil Profissional do Tcnico em Agronegcio
O Tcnico em Agronegcio formado pelo SENAR um profissional
especializado na execuo de procedimentos de gesto do agronegcio que planeja
e auxilia na organizao e controle das atividades de gesto do agronegcio.
Executa operaes de produo, armazenamento, processamento e distribuio de
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produtos agropecurios e derivados. Idealiza aes de marketing aplicadas ao
agronegcio. Avalia custos de produo e aspectos econmicos para a
comercializao e distribuio de produtos e servios agropecurios. Identifica linhas
de crdito voltadas s melhorias da produtividade. Executa aes sociais e
ambientais visando sustentabilidade dos negcios rurais. Sua atuao, no entanto,
no se limita aos processos internos de uma propriedade, podendo trabalhar em
empresas comerciais, estabelecimentos agroindustriais, servios de assistncia
tcnica, extenso rural e pesquisa.
Para aumentar a eficincia produtiva e maximizar os resultados, ele precisa
desenvolver atividades voltadas s relaes comerciais da empresa com os demais
segmentos da cadeia produtiva agropecuria, seja na compra de insumos, na
comercializao e distribuio de seus produtos, buscando sempre novas
oportunidades e melhores condies comerciais para a sua empresa.
Com postura proativa e empreendedora, o Tcnico em Agronegcio busca
novas oportunidades, seja uma nova tecnologia de produo, produto inovador e
novos mercados, que permitam o aumento da produtividade ou melhoria da
qualidade.
Projeta receitas e despesas, avalia custos de produo e administra as
finanas. Identifica projetos de investimento, bem como recursos, avalia o retorno
dos investimentos, orientando sobre a melhor alternativa custo-benefcio entre
diferentes opes de investimento.
O Tcnico em Agronegcio tambm:
Organiza estruturas de estocagem e transporte, pois dispe de noes de
logstica e recursos de avaliao de qualidade que viabilizam essas aes.
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Lidera, supervisiona e zela pela segurana, bem-estar e atendimento aos
direitos de sua equipe de trabalho.
Compreende a importncia da gesto para o desenvolvimento sustentvel do
negcio rural e identifica os limites e as potencialidades da propriedade rural,
preocupando-se sempre em buscar alternativas para preservar o meio
ambiente, por meio da viso sistmica.
Conhece os processos organizacionais de associaes, cooperativas e
sindicatos, apontando os aspectos positivos que estas podem gerar para a
produo.
Reconhece o papel e a importncia da agricultura familiar no contexto
nacional.
Compreende as polticas pblicas voltadas para o meio rural, reconhecendo a
importncia dessas para o desenvolvimento local.
Possui capacidade de articulao, argumentao e negociao, atravs de
expresso oral e escrita, sempre respeitando as variaes lingusticas
caractersticas de cada regio.
Este profissional reconhece a necessidade do trabalho em equipe e sabe
como desenvolver atividades coletivas de maneira produtiva, observando os
valores ticos e estticos.
Desta forma, o Tcnico em Agronegcio do SENAR cumpre seu papel de
agente de transformao, na medida em que atua como parceiro do produtor rural,
por meio de tcnicas inovadoras e sustentveis, na conquista pela produtividade e
lucratividade, com viso empreendedora para a melhoria da qualidade de vida do
meio rural.
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Os quadros abaixo sintetizam as principais competncias, habilidades e
atitudes profissionais do Tcnico em Agronegcio formados pelo SENAR:
Quadro 8 - Competncias tcnicas-cognitivas do Tcnico em Agronegcio do SENAR
Competncias tcnicas-cognitivas
Utiliza a lngua portuguesa de forma adequada no contexto da comunicao oral e
escrita;
Conhece a estrutura organizacional das associaes e cooperativas;
Utiliza os conhecimentos da matemtica bsica, financeira e contbil nas atividades
de comercializao, produo e gesto;
Compreende os fundamentos e as principais teorias da Administrao;
Conhece a legislao agropecuria e ambiental;
Compreende, analisa e discute as relaes existentes entre a agropecuria, o
agronegcio e o meio ambiente no contexto das polticas publicas e de outros espaos de
construo social;
Conhece as principais cadeias produtivas e outras atividades agropecurias e
agroindustriais;
Conhece a estrutura de projetos e os aspectos relacionados a planejamento, logstica,
levantamento de recursos e avaliao;
Compreende os processos de produo;
Conhece os procedimentos relacionados a contabilidade, custos e finanas, linhas de
crdito e marketing no contexto da comercializao
Compreende o valor do planejamento e da gesto como atividades essenciais para o
desenvolvimento sustentvel do negcio rural;
Conhece os insumos necessrios s atividades agropecurias e ao agronegcio,
tendo em vista o melhor desempenho no mercado nacional e internacional;
Conhece as inovaes e tecnologias necessrias para maximizar os resultados da
agropecuria e do agronegcio;
Entende a importncia do diagnstico para identificar os limites e as potencialidades
da propriedade;
Reconhece os recursos e as possibilidades do turismo rural como alternativa de
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atividade econmica;
Compreende as funes da assistncia tcnica nas atividades do agronegcio
Quadro 9 - Habilidades do Tcnico em Agronegcio do SENAR
Habilidades
Pesquisa, aprende, comunica e se relaciona adequadamente por meio do ambiente
virtual de ensino-aprendizagem;
Argumenta, discute e expressa com clareza ideias e opinies;
Utiliza corretamente as regras gramaticais e semnticas na produo de textos
escritos;
Aplica o raciocnio lgico-matemtico nas diferentes atividades de gesto: clculo,
anlise, informtica, dentre outros;
Elabora planejamento considerando os processos de execuo, controle e avaliao;
Busca alternativas de produo identificando oportunidades de negcio;
Avalia mercados e analisa produtos a fim de propor estratgias inovadoras de
comercializao;
Identifica custos de produo para viabilizar novos investimentos;
Aplica tcnicas modernas de produo animal e vegetal;
Valoriza a liderana participativa e o trabalho em equipe;
Cumpre a legislao agrria e ambiental;
Preocupa-se com a sustentabilidade social e ambiental;
Promove ideias e aes inovadoras na propriedade;
Assiste o tcnico em agronegcio ou o produtor nas suas atividades de gesto da
propriedade rural.
Quadro 10 - Competncias comportamentais-atitudinais do Tcnico em Agronegcio do SENAR
Competncias comportamentais-atitudinais
Reconhece a importncia da preservao dos recursos naturais nas diferentes
dimenses da ao humana: poltica, econmica, social, cultural e ambiental;
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Incentiva o associativismo e o cooperativismo como oportunidades de desenvolvimento
econmico e social;
Reconhece o valor da prtica da leitura para a insero no mundo do trabalho;
Incentiva a comunicao entre os indivduos visando integrao do grupo no
ambiente social e laboral;
Valoriza o trabalho em equipe;
Enfrenta desafios e busca solucionar situaes-problema com criatividade e inovao;
Apresenta postura empreendedora considerando os princpios da tica, do
profissionalismo e da responsabilidade socioambiental;
Incentiva as novas ideias visando constante atualizao tecnolgica e metodolgica
frente s exigncias do mercado;
Possui esprito investigativo e pensamento crtico frente realidade, sendo capaz de
propor ideias e solues com criatividade e autonomia intelectual;
Age de forma comprometida com o desenvolvimento sustentvel e com a salubridade
no trabalho;
Pauta sua atuao profissional em uma viso humanstica e crtica;
Reconhece a importncia da assistncia tcnica nas atividades do agronegcio;
8 ORGANIZAO CURRICULAR
O currculo do Curso Tcnico em Agronegcio do SENAR foi projetado luz
da legislao educacional vigente, especialmente quela que trata da educao
profissional e tecnolgica, do ensino tcnico de nvel mdio e da educao a
distncia, do Catlogo Nacional de Cursos Tcnicos da SETEC/MEC, da experincia
de outras instituies de educao profissional e tecnolgica nacionais na rea das
Cincias Agrrias, da viso de especialistas e profissionais do setor, do Projeto
Pedaggico Institucional do SENAR e de outras normas e regulamentos internos.
Parte do pressuposto de que o currculo deve refletir as necessidades e
desafios impostos em dado momento pelo exerccio real e bem-sucedido da
profisso, buscando proporcionar oportunidades para o desenvolvimento e a
formao das competncias, no apenas os conhecimentos tcnicos tericos,
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requeridos pela atuao profissional na rea.
Apesar de refletir principalmente as necessidades e exigncias profissionais
de dado momento, no deve se limitar s competncias profissionais requeridas no
presente, mas, na medida do possvel, lanar seu olhar tambm sobre o futuro e
avaliar o impacto das mudanas na cincia e tecnologia e no prprio mundo do
trabalho sobre a necessidade de mudana e atualizao do currculo.
Depreende-se, disso, que o currculo , portanto mutvel e deve ser
continuamente atualizado de acordo com as mudanas cientficas, tecnolgicas e do
mundo do trabalho.
O currculo do curso Tcnico em Agronegcio foi concebido a partir das
seguintes premissas bsicas:
1. Primeiro, o currculo deve ser organizado de forma a privilegiar a sequncia
lgica e concatenada dos contedos, possibilitando o aprendizado gradual e
progressivo do aluno de acordo com o grau de complexidade dos
conhecimentos. O currculo no , portanto, um agrupamento ou elenco de
contedos ou unidades curriculares aleatrias, dispostas sem nenhum critrio
ou logicidade. A organizao curricular deve, assim, privilegiar a
progressividade do conhecimento e da formao profissional do aluno.
2. Segundo, o prprio currculo constitui-se em um itinerrio formativo atravs do
qual o aluno avana progressivamente sobre a aquisio ou desenvolvimento
das competncias profissionais requeridas para uma determinada atividade
profissional, podendo conter, ao longo de sua trajetria, no apenas uma
etapa final de formao (etapa de terminalidade), mas etapas intermedirias,
que representam sadas profissionais e podem proporcionar ao aluno, mesmo
durante o curso, a oportunidade de exerccio profissional pertinente quela
etapa formativa.
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3. Terceiro, o currculo extrapola a rigidez da organizao das unidades
curriculares dos conhecimentos tericos para a partir da sua interao e
dilogo com o aluno valorizar suas experincias pessoais e profissionais,
constituindo-se em um espao sistemtico de atividades significativas ao
processo de formao humana.
Nesta perspectiva, o currculo orienta-se por unidades curriculares e no por
contedos ou unidades curriculares, visando o desenvolvimento de competncias
profissionais.
Em se tratando de comunidades rurais, o currculo serve para sistematizar os
conhecimentos e as competncias relativas gesto, metodologia, uso das
tecnologias especficas do setor agropecurio, alm do convvio social, buscando
oportunizar a insero do aluno no mercado de trabalho.
O currculo rene um conjunto de saberes e prticas que se integram para
uma formao autnoma, responsvel e crtica. Desse modo, as unidades
curriculares demais atividades so organizadas para permitir o aprofundamento e
reflexo dos contedos que integram os conhecimentos especficos da rea,
elegendo a experincia do estudante e a realidade do espao rural e do agronegcio
como tema gerador que orientar a prtica dialgica dessa formao. Nessa
perspectiva, constri-se uma transversalidade entre os contedos especficos da
rea do agronegcio, da gesto e de outras cincias em uma escala local e global,
verticalizando-se o processo de ensino e aprendizagem em uma perspectiva
interdisciplinar.
Cumpre destacar que a organizao curricular do curso Tcnico em
Agronegcio foi projetada considerando as premissas da modalidade a distncia que
mediada por Tecnologias da Informao e Comunicao TIC.
Nesse sentido, o currculo do curso Tcnico em Agronegcio foi organizado
em 4 (quatro) semestres, com contedos multidisciplinares de reas variadas como
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Administrao, Economia e Agronomia, totalizando 1.230 (mil, duzentas e trinta)
horas.
Os contedos foram agrupados na forma de unidades curriculares,
selecionados de acordo com a natureza da formao e organizados em ncleos,
sendo:
1. Ncleo de formao geral e humana;
2. Ncleo de formao profissional ou tcnica;
3. Ncleo de formao complementar ou especializante; e
4. Ncleo de formao orientada ou regional.
Ncleo de formao geral e humana: Objetivo: promover a formao em matrias bsicas, matrias gerais e a formao humana e comportamental do aluno.
Unidades curriculares: Introduo Informtica; Portugus Instrumental;
Matemtica Bsica e Financeira; Polticas Pblicas para o Agronegcio;
Associativismo, Cooperativismo e Sindicalismo; Economia Rural e Contabilidade
Rural.
Os contedos ou unidade curricular do ncleo de formao tcnico-profissionalizante: Objetivo: promover a formao profissional do aluno na rea especfica do curso.
Unidades curriculares: Introduo ao Agronegcio; Administrao Rural; Tcnicas de Produo Vegetal; Tcnicas de Produo Animal; Qualidade e Segurana
Alimentar; Finanas Aplicadas ao Agronegcio; Gesto da Produo e Logstica
Aplicada ao Agronegcio; Marketing Aplicado ao Agronegcio; Gesto de Pessoas,
Empreendedorismo e Plano de Negcios e Gesto de Projetos.
Os contedos ou unidade curricular do ncleo de formao complementar ou especializante:
Objetivo: reunir temas atuais e emergentes de reconhecida relevncia para a
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atuao do profissional, tendo o propsito de especializar e diferenciar a formao
profissional do aluno do curso, alinhando-o com as tendncias, novidades e desafios
da profisso.
Unidades curriculares: Responsabilidade Social e Ambiental no Agronegcio;
Inovao e Tecnologia Agropecuria; Assistncia Tcnica e Extenso Rural.
O ncleo de formao orientada ou regional Objetivo: ampliar e enriquecer a formao profissional do aluno, propiciando a
abordagem de temas transversais, interdisciplinares ou mesmo de interesse
regional. cursada no ltimo semestre do curso e tem carga horria total de 45
(quarenta e cinco) horas.
A unidade curricular finaliza com a produo de um relatrio de concluso de curso
referente a um tema especfico pr-definido, onde o aluno descreve em carter
prtico as atividades desenvolvidas e lies aprendidas no curso e/ou no estgio
supervisionado optativo.
Unidades curriculares: Tpicos especiais.
Alm das unidades curriculares que compem a matriz curricular, os alunos
do curso Tcnico em Agronegcio podero, de forma opcional, realizar o estgio
supervisionado optativo, com carga horria de 250 (duzentas e cinquenta) horas.
O quadro abaixo apresenta, em resumo, a organizao curricular do curso
Tcnico em Agronegcio:
A tabela abaixo mostra a matriz curricular do curso, apresentando as
unidades curriculares organizadas por semestre, ncleo de formao, carga horria
e requisitos.
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8.1 Matriz Curricular
Quadro 11 - Matriz Curricular do Curso Tcnico em Agronegcio
Semestre No. Unidade curricular CH Req. Ncleo
1o. 1 Ambientao em Educao a Distncia 30 - FG
1o. 2 Introduo Informtica 45 - FG
1o. 3 Portugus Instrumental 45 - FG
1o. 4 Matemtica Bsica e Financeira 60 - FG
1o. 5 Introduo ao Agronegcio 60 - FT
1o. 6 Administrao Rural 60 - FT
1o. 7 Tcnicas de Produo Vegetal 75 - FT
Total - 1o. Semestre 375 - -
2o. 8 Economia Rural 45 - FG
2o. 9 Contabilidade Rural 45 - FG
2o. 10 Polticas Pblicas para o Agronegcio 30 - FG
2o. 11 Legislao Agrria e Ambiental 45 - FG
2o. 12 Associativismo, Cooperativismo e Sindicalismo 60 - FG
2o. 13 Gesto de Custos 30 - FT
2o. 14 Tcnicas de Produo Animal 75 - FT
Total - 2o. Semestre 330 - -
3o. 15 Gesto da Produo e Logstica para o Agronegcio 60 - FT
3o. 16 Finanas Aplicadas ao Agronegcio 60 13 FT
3o. 17 Gesto de Pessoas 45 - FT
3o. 18 Marketing Aplicado ao Agronegcio 60 - FT
3o. 19 Qualidade e Segurana Alimentar 30 - FT
3o. 20 Responsabilidade Social e Ambiental no Agronegcio 45 - FG
Total - 3o. Semestre 300 - -
4o. 21 Empreendedorismo e Plano de Negcio 45 - FE
4o. 22 Tecnologia e Inovao na Agropecuria 45 - FE
4o. 23 Assistncia Tcnica e Extenso Rural 45 - FE
4o. 24 Gesto de Projetos 45 - FT
4o. 25 Tpicos Especiais 45 - FO
Total - 4o. Semestre 225 - -
Carga Horria Total dos Componentes Curriculares 1.230 - -
Legenda:
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FG Ncleo de Formao Geral e Humana:
FT Ncleo de Formao Tcnico-Profissionalizante:
FE Ncleo de Formao Especializante:
FO Ncleo de Formao Orientada:
O Anexo I apresenta o projeto das unidades curriculares componentes da
matriz curricular do curso, contendo nome da unidade curricular, carga horria,
objetivo geral, ementa e bibliografia.
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