Projeto Educativo de Escola

Escola Básica do 1º Ciclo com Pré da Pena

Projeto Educativo

Ler mais, comunicar e escrever melhor

2011/2014

CAPÍTULO I

Projeto Educativo – “Viver Melhor”Escola Básica do 1º Ciclo com Pré-Escolar da Pena

1. Introdução

“...A escola é uma realidade viva onde se cruzam e complementam convicções,

crenças e culturas diferentes, onde se deve apostar ativamente no

desenvolvimento da autonomia individual, no respeito pele liberdade e

igualdade, promovendo o desenvolvimento da tolerância, da solidariedade, da

justiça e dos direitos individuais e sociais”

(REIS 1998)

Compreender a escola como fenómeno social implica desde logo ter consciência

de que a sua população é social e culturalmente diversificada. Como tal, pressupõe-se

uma atualização da aprendizagem da leitura e da escrita, tendo atenção a uma nova

realidade, sujeita pelo novo acordo ortográfico à qual a escola deverá dar resposta.

Nesta perspetiva, compete a cada docente orientá-lo no desenvolvimento da sua

prática educativa mediado com o nível das aprendizagens adquiridas dos diferentes

grupos de escolaridade, e com os desafios propostos para o progresso educativo dos

alunos.

Serão realizadas atividades de articulação que envolvam os intervenientes no

processo educativo dos alunos, quer do pré-escolar quer do 1º ciclo.

Sendo assim, conforme o Decreto Legislativo Regional nº 21/2006/M, de 21 de

junho, que aprovou o regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos

de educação de ensino públicos da RAM, em que “ a autonomia das escolas deve ser

entendida como a capacidade para tomar decisões nos domínios estratégico, pedagógico,

administrativo, financeiro e organizacional, no quadro do Projeto Educativo (… ), visando

proporcionar aos alunos experiências e aprendizagens relevantes. Deste modo, o Projeto

Educativo é um instrumento estratégico que consagra a flexibilidade do currículo face às

especificidades da escola e orienta a ação educativa, nele constarão a linhas de ação da

EB1/PE da Pena para os anos letivos de 2011 a 2014 e pelo qual toda a escola se guiará.

Ano let ivo 2011/142


Este processo desenvolver-se-á em várias etapas, desde o diagnóstico de

problemas/necessidades, até às propostas de estratégias e indicadores de avaliação,

traçando metas e prioridades que visem a concretização de objetivos e a resolução de

problemas. Por isso procurará ser um documento de referência conciso e exequível em

que se basearão o Plano Curricular de Escola (PCE) e os Projetos Curriculares de Turma

(PCT) durante os anos da sua vigência

Ficou então acordado que o tema do nosso Projeto Educativo, “Ler mais,

comunicar e escrever melhor” pela sua pertinência.

1. Caracterização do contexto de ação educativa

1.1. Caracterização do meio local

A Escola Básica do 1.º Ciclo com Pré-Escolar da Pena, localizada na Freguesia de

Santa Luzia, no Funchal, está integrada num meio tipicamente urbano, onde existem

alunos de todas as classes sociais. Está situada nas proximidades de outras escolas (dos

mais diversos níveis de escolaridade), do Centro de Saúde, do Centro de Segurança

Social, da Delegação Escolar, do Centro de Equipamento Social, do Centro Cívico, de um

Lar de 3.º Idade, da Igreja de Santa Luzia e da Junta de Freguesia de Santa Luzia.



1.2. Caracterização da Escola

1.2.1. População Escolar

A escola tem no seu total 250 alunos divididos por três turmas de Ensino Pré-

Escolar e oito turmas do 1.º ciclo do Ensino Básico (duas turmas por cada ano de

escolaridade).

Ano letivo 2007/2008

Anos de escolaridade Professores/ TurnosNº de Alunos por Turmas

Pré-EscolarEliana Freitas

Pré A22 alunos

Fátima GonçalvesPré B

24 alunos

Margarida MatosPré C

23 alunos

Nº total de alunos do Pré-Escolar 69 alunos

1º Ano

Ana Isabel Barros1º A

Manhã21 alunos

Vítor Silva1º B

Manhã22 alunos

Nº total de alunos do 1º Ano 43 alunos

2º Ano

Ana Isabel Costa2º A

Manhã23 alunos

Paula Pinto2º B

Manhã24 alunos


3º Ano

Leonídia Sampaio3º A

Tarde19 alunos

Vitória Cunha3º B

Tarde19 alunos


4º Ano

Cristina Silva4º A

Tarde23 alunos

Maria José Pais4º B

Tarde26 alunos




Nº Total de alunos de alunos 246 alunos

Minorias Étnicas e Outros

Nesta escola existem algumas minorias étnicas bem como outras situações de alunos

provenientes de outros países. Assim sendo, podemos observar o seguinte quadro:

Salas Educadora

Pré- Escolar - Ano letivo 2010/2011Nº de alunos de alguma minoria

étnica

Nº de alunos provenientes de outros países

Pré A Eliana Freitas

Pré B Fátima Gonçalves

Pré C Margarida Matos

Turmas Professor/a

1º A Ana Isabel Barros

1º B Vitor Silva

2º A Ana Isabel Costa

2º B Paula Pinto

3º A Leonídia Sampaio

3º B Vitória Cunha

4º A Cristina Silva

4º B Maria José Pais

Total



Pessoal não docente

Tipo de Funções Nome Habilitações

Assistente Técnica Elda Nascimento Dias Mota 12º ano

Assistente OperacionalEncarregada de

Coordenação de Serviços Gerais

Susana Maria Gouveia Rodrigues Vieira 2º ano Curso Técnico de Contabilidade

Assistente OperacionalCozinha

Ana Maria Pereira Rodrigues 4º ano

Maria da Conceição Fernandes Gomes 4º ano

Maria Gorete de Freitas Catanho Nóbrega 12º ano

Maria José Vieira Cabral 4º ano

Assistente Operacional

Ana Paula Ferraz Gouveia 6º ano

Cecília de Freitas Gouveia Fernandes 4º ano

Izilda Vieira de Castro 12º ano

Lurdes Quintal Pestana Gouveia 6º ano

Maria Guida Pedra de Góis Ramos 4º ano

Maria Helena Luís Fernandes Prioste 4º ano

Maria Rosário Brazão F. Luís Valente 6º ano

Paula Jesus Abreu 12º ano

Susana Maria Telo Gonçalves Santos 9º ano

Ajudante Sócio-Educativa da Educação Pré-Escolar Elda do Carmo Fernandes Ferreira Correia 12ºano

Maria Bluete Freitas 4ºano

Maria Irene Tavares de Nóbrega 9º ano

Mena das Dores Nóbrega Rodrigues 7ºano

Patrícia Barros de Freitas 12º ano



Tânia Carina Gouveia Vasconcelos 12ºano

Teresa Maria Barreto Nunes Aguiar 12ºano

Técnica Superior de Biblioteca Marlene Sofia da Silva Ribeiro Licenciatura

Nº total de Funcionárias 23

Corpo Docente

O corpo docente desta escola é constituído por dezassete professores e por uma

Animadora Sócio-Cultural de Bibliotecas Escolares.

No presente ano letivo, fazem parte desta escola os seguintes professores:

Professores Função Atual Habilitações Situação Profissional

Maria Filipa Abreu João

Mendonça

Diretora da Escola Licenciatura em

Professores do 1º Ciclo

Professora do Quadro de

Escola

Ana Isabel da Silva Pereira

Bárbara da Costa

2º Ano Licenciatura em



Escola

Maria Fátima de Freitas

Gonçalves Fernandes

Professora de

Estudo e Apoio Ped.

Licenciatura em



Escola

Paula Luísa Severim Pinto 2º Ano Licenciatura em



Escola

Maria João Bettencourt J.

Pereira

Professora de

Expressão Plástica

Licenciatura em



Escola

Maria Fernanda Sousa da

Mata

Professora de

Estudo e Apoio Ped.

Licenciatura em



Escola

Ana Isabel Teixeira Barros 1º Ano Licenciatura em



Zona Pedagógica

Susana Cristina Gramilho

Clemente Gouveia

Professora TIC Licenciatura em



Zona Pedagógica

Vitória Belchior Fontoura

Cunha




Escola

Roberto Jorge Andrade

Nóbrega

Professor de Exp. e

Ed. Físico-Motora

Licenciatura PEB

(Educação Física)

Professor do Quadro de

Escola

Vítor Francisco Domingues

Ferreira Silva




Zona Pedagógica



Leonídia Alexandra

Rodrigues Sampaio

3ºAno Licenciatura em


Profª do Quadro de Zona

Pedagógica (Destacada)

José Aleixo Rodrigues Professor de Exp. e

Ed. Físico-Motora

Licenciatura Ciências do

Desporto e Ed. Física

Professor Contratado

(Destacado)

Hélder Cândido Martins

Calisto

Professor de Inglês Licenciatura PEB

(Português e Inglês)


Escola (Destacado)

Maria José Almendra Pais 4ºAno Licenciatura em


Profª do Quadro de Zona

Pedagógica (Destacada)

Cristina Alexandra

Gonçalves Silva

4ºAno Licenciatura em


Professora Contratada

Carla Marisa Danim de

Oliveira

Professora de Inglês Licenciatura PEB

(Português/Inglês)

Professora Contratada

1.2.2. Recursos Físicos

A nível físico, a Escola da Pena possui 2 edifícios do tipo urbano, com um total de 5

salas de ensino curricular, sala TIC, sala de Inglês/Estudo (apenas no turno da tarde),

gabinete da Diretora, gabinete de Apoio Administrativo, sala de professores, três salas do

Pré-escolar (A,B,C), sala de Expressão Plástica, Biblioteca, sala de Expressão

Dramática / Expressão Musical, cantina, cozinha, despensa e 4 arrecadações e

Balneários que foram convertidos em Sala de Apoio e OTL, Sala de Ensino Especial,

Arrecadação geral e Arrecadação dos materiais de Educação Físico-Motora, dois campos

descobertos e dois jardins.

Quanto à Comunidade Educativa, é composta por um total de uma Diretora, vinte e

oito docentes e dezoito não docentes, divididos do seguinte modo:

Docentes: -Três Educadoras de Infância;

- Oito Professores das Atividades Curriculares;

- Duas Professoras de Estudo e Apoio Pedagógico Acrescido;

- Dois Professores de Inglês;

- Uma Professora de Informática;

- Uma Professora de Expressão Plástica;

- Dois Professores de Expressão Fisico-Motora;



- Um Professor de Educação e Expressão Musical e Dramática;

- Duas Professoras de Ensino Especial.

Pessoal não Docente: - Uma Assistente Técnica;

- Uma Assistente Operacional Encarregada de Coordenação

de Serviços Gerais;

- Quatro Assistentes Operacionais de Cozinha;

- Nove Assistentes Operacionais;

- Sete Ajudantes Sócio-Educativa da Educação Pré-Escolar;

- Uma Técnica Superior de Biblioteca.

2. Filosofia Educativa da Escola/Princípios Orientadores“ …educar é ensinar a criança a conduzir-se, a usar judiciosamente a sua liberdade,

a sentir-se responsável pelos seus atos … “ , Dotterens, Robert, 1974, in “ Nos Enfants à L

´École “.

É na escola que a criança passa grande parte do processo de crescimento, no

convívio com colegas e amigos, professores e funcionários. Com eles vai aprendendo a

relacionar-se com os outros, a aceitar as diferenças e a aperceber-se da existência de toda

uma vastidão de saberes que vão para além daquilo que a sua mente encerra.

Será no espaço escola que os horizontes se vão alargar e, por isso, cabe a ela

estimular e incentivar momentos privilegiados de aprender a aprender contribuindo para um

crescimento integral dos intervenientes neste processo.

Nesta ótica é importante que cada um se sinta parte de um grupo disposto a escutar,

dialogar e a procurar meios para solucionar problemas. É nesta experiência de partilha que a

escola deve orientar a sua ação educativa.

É fundamental, que a educação se organize de forma a garantir aprendizagens que,

durante toda a vida, serão de algum modo para cada indivíduo, os pilares do conhecimento:

Aprender a conhecer; Aprender a fazer; Aprender a viver em comum e Aprender a estar e a

ser.



Estas aprendizagens são preocupação dos profissionais desta escola, daí a razão de

toda a linha de ação deste PEE seja na filosofia da atualizacão e renovação da leitura,

comunicação e a escrita de acordo com o novo acordo ortográfico.

Cada vez mais, assistimos, nas sociedades atuais, a um ritmo de mudanças

permanentes onde a falta de tempo, a imprevisibilidade e a aleatoriedade determinam e

orientam constantemente a vida de todos, traçando múltiplos cenários. Deste modo, os

valores e os princípios que devem estar na base da formação de um indivíduo

proporcionando um quadro estável de referências e uma sensação de segurança estão a

desaparecer ou a transformar-se progressivamente.

Nesta perspetiva a educação escolar tem um papel fundamental na formação social

e cívica do aluno, pois possibilita o desenvolvimento das suas potencialidades individuais no

sentido de atingir um estatuto de pessoa livre, responsável e socialmente participativa.

Zabalza (1992) explicita que a instituição educativa deve atender às seguintes funções:

- Desenvolver a personalidade do sujeito o que passará pelo desenvolvimento

máximo das suas capacidades, oferecendo instrumentos e recursos necessários

de forma a assumir um comportamento autónomo, responsável e serem capazes

de enfrentar os problemas com espírito inovador e flexível;

-Estabelecer os parâmetros entre o sujeito e os outros, o que passará pela

aprendizagem de valores, normas e regras de conduta face a outras culturas,

etnias e modos de pensar, e também pela apropriação de capacidades de

comunicação e expressão que sustentam as relações interpessoais e sociais.

Se por um lado, a família estreitou um pouco a sua função educativa, por outro lado

torna-se urgente que a escola contribua para a inserção plena das crianças na sociedade,

prevenindo ou evitando problemas com que a juventude se depara.

“Esta preocupação com o desenvolvimento de uma individualidade social saudável

encontra-se, naturalmente, alicerçada no papel manifesto que a instituição escolar assume

quanto à socialização dos mais novos, não ignorando que a luta contra a “degenerescência

social” começa desde a infância, na escola, através de uma estratégia de profilaxia do corpo

social, propondo a racionalização e disciplinarização do comportamento e do pensamento ao

longo do desenvolvimento” ( Agra, 1996 citado por Manuel António da Fonseca, pg.15 ).

Assim sendo a nossa escola terá como princípios orientadores :

- Contribuir para a realização pessoal do educando;



- Contribuir para a formação do carácter, preparando para uma reflexão consciente

sobre os valores, sobre as diferenças, sobre as regras do saber ser e estar;

- Assegurar o direito à diferença;

- Criar oportunidades diferenciadas e percursos diversificados que conduzam ao

sucesso educativo dos alunos, tomando em conta a individualidade e a diferença;

- Promover a igualdade de direitos e oportunidades independentemente da classe

social, etnia, religião e outras opções;

- Educar para o desenvolvimento de valores tais como: Liberdade, Solidariedade,

Honestidade, Determinação, Compreensão e Justiça.

Estes princípios têm como finalidade educativa ensinar os alunos a:

- Aprender a conhecer;

- Aprender a fazer;

- Aprender a estar;

- Aprender a conviver com os outros;

- Aprender a aprender.

Através destes princípios a escola tentará despertar nas crianças o interesse pela

leitura e escrita devidamente atualizada, proporcionando nesse sentido uma comunicação

eficaz.

Perante estes princípios orientadores é importante que a escola atue de modo a

adotar “uma outra conceção de organização escolar que ultrapasse a via da uniformidade e

que reconheça o direito à diferença, considerando assim, a diversidade como um aspeto

enriquecedor da própria comunidade” ( Cadima, 1997, p. 13 ). Só assim, a escola poderá dar

resposta à diferenciação e problemas dela resultantes.

Logo, proporcionar-se-á uma escola aberta para todos, onde todas as crianças

interajam num clima de abertura consoante os seus ritmos de trabalho e aprendizagem.

A nossa escola terá como finalidade conduzir os alunos ao pleno desenvolvimento

da sua personalidade e levá-los, progressivamente, a serem responsáveis, atualizados e

autónomos.

Neste momento torna-se imprescindível que a escola permita encontrar novos

caminhos que levem a uma maior e melhor aquisição de saberes e capacidades

fundamentais, que valorize atitudes e valores e que desenvolva competências; uma escola

que eduque para a cidadania formando cidadãos responsáveis, autónomos, participativos e

intervenientes na sociedade em que vivem. Uma escola que seja coerente no seu todo, que



defenda o exercício de uma prática democrática, onde todos conjuguem esforços para uma

intervenção mais eficaz e solidária. Uma escola que promova a partilha, que promova o

respeito por si e pelos outros e que promova novos hábitos de leitura e escrita.

Seguindo toda esta filosofia educativa que a escola pretende implementar há que

identificar os problemas de forma concreta e partir para a ação na tentativa de pôr em prática

os princípios orientadores do nosso PEE.

3. Identificação dos problemas da escola

A nossa conceção de Escola e de PEE levou-nos a estar atentos às progressivas

transformações a que assistimos nos nossos dias, mais especificamente ao nível da leitura e

da escrita.

- A nível da leitura:-Poucos hábitos de leitura;

-Vocabulário pouco diversificado;

-Pouco conhecimento de autores e suas obras;

-Dificuldade na interpretação de textos.

- A nível da escrita:-Dificuldade na expressão escrita;

-Elevado número de erros ortográficos;

-Pouca coerência de ideias;

-Dificuldades na estruturação das ideias.

- A nível da comunicação:-Pouca clareza na articulação das palavras;

-Dificuldade na expressão oral;

-Dificuldade de reprodução de ideias;

-Dificuldade na expressão das emoções.



Em função dos problemas formulados cabe à escola definir os objetivos gerais de

intervenção educativa no sentido de os tentar minimizar e melhorar.

4. Objetivos gerais de intervenção educativa

Na concretização deste Projeto Educativo houve a necessidade de definir objetivos

no âmbito de “Ler mais, comunicar e escrever melhor”. Sendo assim, foram

considerados os seguintes objetivos:

Objetivos da Leitura:

Promover o livro como estímulo à imaginação, como meio de obter informação,

conhecimento e lazer;

Envolver a comunidade educativa na promoção do livro e da leitura;

Incentivar à leitura, como forma de enriquecer o vocabulário, apurar a utilização da

linguagem e reforçar o sentido de independência da criança;

Dar a conhecer a literatura para a infância nacional e internacional e alertar para

uma escolha cuidada;

Estimular a utilização do livro como instrumento de informação, cultura e lazer.

Objetivos da escrita:

Sensibilizar a Comunidade Escolar para a valorização da nossa cultura e

património;

Promover o contacto da criança com a expressão escrita;



Incutir a valorização de saberes, experiências, costumes e introduzir novos hábitos

e prazer de escrita;

Desenvolver a competência documental;

Estimular a curiosidade, o gosto pela descoberta, o gosto pela pesquisa e criar

estratégias para o tratamento e organização da informação;

Desenvolver a competência linguística e a escrita;

Motivar para a escrita através de jogos lúdico - pedagógicos;

Objetivos da comunicação:

Sensibilizar a Comunidade Escolar para a valorização da nossa cultura e

património;

Proporcionar o contacto direto Autor/Leitor ou Contador/ “Ouvidor”;

Promover o contacto da criança com a expressão oral;

Estimular o sentido crítico, interpretativo, criativo e recreativo da criança, aumentando o seu potencial expressivo;

Incutir a reflexão e o debate sobre valores, nomeadamente, solidariedade, partilha,



cooperação, respeito, compreensão, amizade, diferença, amor, carinho e amizade;

Promover interação com a comunidade.

5 – Definição de prioridades curriculares

5.1 Competências

Em sintonização com o Programa do 1º ciclo, ter-se-á em conta que todas as

aprendizagens deverão ser realizadas “através de situações diversificadas de aprendizagem

que incluam o contacto direto com o meio envolvente, de realização de pequenas

investigações e experiências reais na escola e na comunidade, assim como do

aproveitamento da informação vinda de meios longínquos, que os alunos irão aprendendo e

integrando, progressivamente, o significado dos conceitos”.

É pois na Escola, que a criança dará lugar a um processo de socialização

permitindo-lhe uma certa afirmação. Segundo Erickson, quando a experiência social e

escolar da criança não lhe permite a sua afirmação, esta refugia-se num sentimento de

inferioridade.

A escola como instituição, deve proporcionar à criança uma série de modificações

que se produzem no conhecimento social em vários âmbitos. Neste sentido, as crianças

vão adquirindo progressivamente uma maior compreensão das características de si e dos

outros como seres sociais, uma maior objetividade nas relações que as vinculam e a sua

representação das instituições e sistemas sociais em que estão inseridos. Estas

modificações estão interligadas, sem dúvida, com as experiências que as crianças vão

adquirindo no seu meio, bem como, com as diferentes realidades sociais que a rodeiam.

Por um lado, a entrada e o percurso ao longo dos anos de escolares, vão proporcionar à

criança, um vasto leque de experiências ricas e interessantes, “pois a escola é um

microcosmo da sociedade” (PADILLA, M.ª Luísa; GONZÁLEZ,Mª Del Mar; pg. 233). Por

outro lado, a escola também desempenha um papel fulcral na promoção do conhecimento

social, no que diz respeito ao desenvolvimento das capacidades cognitivas no percurso

pelo âmbito escolar. De facto, consoante os anos escolares, as crianças apresentam um

pensamento cada vez mais vinculado pela coerência e objetividade, e de “serem capazes



de misturar, simultaneamente, diferentes elementos e de ganharem em abstração e

também complexidade e integração”. (PADILLA, M.ª Luísa; GONZÁLEZ,Mª Del Mar; pg.

233). Estas características permitirão às crianças uma melhor compreensão e adaptação

cada vez mais correta sobre o mundo social, e, do seu papel enquanto agentes

intervenientes na sociedade.

Situando o papel da escola nos nossos dias, há que definir quais os processos

mais adequados para atingir estes objetivos, pelo que se tem valorizado as questões

centrais da vida humana e os dilemas da sociedade para além de colocar os alunos como

agentes ativos estimulando iniciativas que promovam a sua responsabilização. Também

os conteúdos programáticos e as práticas pedagógicas, tal como já foi mencionado

anteriormente, devem desenvolver nas crianças competências que lhes permitam

desfrutar a realidade coletiva que as rodeia (património cultural, ecológico e relacional

que constituem as bases de uma existência comum).

As competências que se seguem foram as que o Conselho Escolar considerou

adequadas à implementação deste Projeto Educativo, que visa uma educação para o

saber “Ler mais, comunicar e escrever melhor” para que os nossos alunos se tornem

adultos cientes de bons hábitos de leitura, de escrita e oralidade, capazes de (con) viver

com a diferença encarando-a como um direito inerente à vida e de demonstrar respeito

por si, pelos outros e sobretudo pela vida.

Deste modo e para além das competências previstas no currículo nacional, foram

eleitas as seguintes competências gerais e específicas a privilegiar:

- Competências Gerais:

- Cooperar com os outros em tarefas e projetos comuns;

- Realizar atividades de forma autónoma, responsável e criativa;

- Mobilizar saberes culturais, científicos e tecnológicos para compreender a

realidade e para abordar situações e problemas do quotidiano;

- Adotar estratégias adequadas à resolução de problemas e à tomada de

decisões;

- Usar adequadamente linguagens das diferentes áreas do saber cultural,

científico e tecnológico para se expressar;



- Adotar metodologias personalizadas de trabalho e de aprendizagem adequadas

a objetivos visados;

- Assegurar uma formação geral comum, procurando a realização pessoal em

harmonia e com os valores da solidariedade social;

- Assegurar a inter-relação do saber com o saber fazer, da teoria com a prática,

da cultura escolar com a cultura do quotidiano;

- Proporcionar a aquisição de métodos e instrumentos de trabalho pessoal, em

grupo, valorizando a dimensão humana do trabalho;

- Proporcionar a aquisição dos conhecimentos basilares implícitos nas

competências;

- Promover a atualização do acordo ortográfico;

- Desenvolver o conhecimento e o apreço pelos valores caraterísticos da

identidade, da língua, história e cultura portuguesa;

- Promover o ambiente em que o cultivo da língua portuguesa se desenvolva e

em que todas as matérias, a todos os níveis, sejam, instrumentos da

aprendizagem do português, exigindo dos alunos que se exprimam com rigor,

propriedade e exatidão;

- Criar no aluno atitudes e hábitos positivos de relação e cooperação,

favorecendo a sua maturidade cívica e sócio-afetiva;

- Proporcionar a aquisição de atitudes autónomas, na formação de cidadãos

responsáveis e democraticamente intervenientes;

- Assegurar aos alunos com necessidades educativas especiais condições

adequadas ao seu desenvolvimento e pleno aproveitamento das suas

capacidades;

- Fomentar o gosto por uma constante aquisição de conhecimentos;

- Proporcionar, em liberdade de consciência, a aquisição de noções, educação

cívica e moral;

- Promover e organizar atividades extra-curricular constantes no plano anual de

atividades que concorram para a mudança das problemáticas e áreas temáticas

sensíveis à comunidade;

- Criar condições de sucesso de promoção de sucesso escolar educativo a todos

os alunos;



- Dinamizar todos os recursos e materiais da escola e comunidade para promover

o sucesso e desenvolver competências para a integração social dos alunos;

- Sensibilizar os intervenientes da comunidade escolar para a exequibilidade do

Projeto Curricular da Escola.

- Competências específicas

- Reconhece e valoriza caraterísticas do seu grupo de pertença (normas de

convivência, relações entre membros, costumes, valores, língua, …);

- Respeita e valoriza outros povos e outras culturas, repudiando qualquer tipo de

discriminação;

- Participa em atividades de grupo, adotando um comportamento construtivo,

responsável e solidário;

- Valoriza os contributos de cada um em função de objetivos comuns;

- Respeita os princípios básicos do funcionamento democrático;

- Respeita e aceita as diferenças individuais.

5.2 – Estratégias e metodologias

A colocação em prática das linhas orientadoras definidas neste projeto obriga a

delinear estratégias e metodologias a enfatizar para que os problemas possam ser

minimizados.

Uma vez que o próprio aluno deve ser um elemento ativo no seu processo de

aprendizagem, as estratégias e metodologias a privilegiar apresentam-se como um processo

ativo e dinâmico, no qual todos os intervenientes desempenharão um papel ativo e

fortemente auto-determinado de forma a estimular a capacidade de iniciativa, autonomia e

participação crítica e criativa no processo ensino/aprendizagem. São estas as competências

cada vez mais exigidas no mundo das organizações e que, simultaneamente resultam do

processo de aprendizagem ao longo da vida.



5.2.1 – Estratégias

Leitura:

- Sensibilização aos pais;

- Dramatização de histórias;

- Debates na Turma;

- Construção de cartazes;

- Criação do cantinho da leitura;

- Visita à biblioteca pública regional;

- Intercâmbio de histórias na escola;

- Visualização de histórias digitais;

Escrita:

- Criação de um livro de histórias;

- Compilação das novas regras do acordo ortográfico;

- Elaboração de cartazes;

- Realização de trabalhos de grupo;

- Construção de um jornal de parede;

- Lançamento de balões com mensagens;

- Partilha de correspondência;

Comunicação:

- Intercâmbios (turma/escola);

- Jogos de oralidade;

- Partilha de leituras;

- Debates;

- Visita de estudo a diferentes órgãos de comunicação;



- Marcha da leitura;

- Noite da poesia.

5.2.2 – Metodologias a privilegiar

As metodologias a privilegiar serão as que promovam a participação ativa dos

próprios alunos e o trabalho de projeto.

- Diálogos;

- Debates;

- Jogos;

- Observações diretas;

- Autorreflexão;

- Pesquisa;

- Partilha de experiências e vivências;

- Trabalhos de grupo;

- Visitas de estudo;

- Diferenciação pedagógica;

- Experiências;

- Trabalho autónomo dentro e fora da sala de aula;

- Auto avaliação;

- Participação dos encarregados de educação em alguns momentos da vida escolar.


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