Projeto de intervenção pedagógica - Como estão sendo utilizadas as tecnologias educacionais na...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ UFPI CENTRO DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA CEAD INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA MARCOS ANTONIO DOS SANTOS TERESINA PI 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI

CENTRO DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA – CEAD

INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

MARCOS ANTONIO DOS SANTOS

TERESINA – PI

2015

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MARCOS ANTONIO DOS SANTOS

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

Projeto de Intervenção Pedagógica de Curso apresentado na

Universidade Federal do Piauí – CEAD/UFPI como requisito básico

para a conclusão do curso de Especialização em Informática na

Educação Orientadora:

Profa MSC Fabricia Silva

TERESINA – PI

2015

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SUMÁRIO

1 IDENTIFICAÇÃO 05

2 TEMA DE ESTUDO NA INTERVENÇÃO 06

3 TÍTULO 07

4 JUSTICATIVA 07

5 PROBLEMATIZAÇÃO 09

6 DEFINIÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO 10

7 OBJETIVOS 11

7.1 Objetivos gerais 11

7.2 Objetivos específicos 11

8. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 12

8.1 A importância da inclusão digital no cotidiano escolar e o acesso às mídias

tecnológicas

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8.2 Direitos autorais e a ética no ciberespaço 13

8.3. As Tecnologia na educação aplicadas ao ambiente escolar 14

8.3.1 Gestão organizacional das tecnologias na Educação Básica 16

8.3.2 O áudio e vídeo a serviço da educação 17

8.4 Metodologias e softwares educacionais 17

8.4.1 A metodologia da problematização do ensino 17

8.4.2 Mapas Conceituais 20

8.4.3 Escrita colaborativa – Wiki 22

8.4.4 Pesquisa on-line – Buscadores 22

8.4.5 Diário de bordo – Blog 23

9 DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO 24

9.1 Fase exploratória 24

9.2 Formulação do problema 25

9.3 Construção de hipóteses 25

9.4 Realização do seminário 25

9.5 Seleção da amostra 25

9.6 Coleta de dados 26

9.7 Análise e interpretação dos dados 26

9.8 Elaboração do plano de ação 26

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9.9 Recursos Humanos 26

9.10 Divulgação dos resultados 26

10 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES 28

11 AVALIAÇÃO E REGISTRO DOS RESULTADOS DO TRABALHO 29

12 REFERÊNCIAS UTILIZADAS E A SEREM CONSULTADAS 30

12.1 Referências 30

12.2 Sitografia 32

12.3 Softwares e ambientes on-line 33

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PROJETO / PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

1 IDENTIFICAÇÃO

1.1. Área: Pedagogia

1.2. Professora Orientadora CEAD/UFPI: Ms Fabrícia Machado

1.3. Escola Pesquisada: Escola Municipal Mariema Paz – Ensino Fundamental

1.4. Público objeto da intervenção: Professores de Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino

Fundamental.

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2 TEMA DE ESTUDO NA INTERVENÇÃO

Como estão sendo utilizadas as tecnologias educacionais na rede pública da educação e o que pode

ser feito para melhorá-las.

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3 TÍTULO

Aplicação das tecnologias da informação e comunicação no processo de construção do

conhecimento e seus benefícios.

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4 JUSTICATIVA

Em face da importância e da necessidade da inclusão digital tanto do educador, dos estudantes e

toda a comunidade escolar para que estes adquiram os conhecimentos básicos para a inclusão das

tecnologias educacionais disponíveis na escola, visto que estas podem colaborar como meios no

processo de construção do conhecimento em sala de aula, percebemos a necessidade de pesquisar

os recursos que proporcionam a aprendizagem colaborativa e a sua importância para os educadores,

estudantes e comunidade escolar.

Notamos a importância de pesquisar as tecnologias que podem estar a serviço da educação e

analisar recursos on-line e ferramentas gratuitas que facilitam a construção de novos conhecimentos.

O presente trabalho apresenta sugestões de sistemas operacionais, softwares, sites educacionais e

metodologias que podem ser incorporadas no cotidiano da sala de aula, dentro da pedagogia

histórico-crítica.

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5 PROBLEMATIZAÇÃO

As escolas da cidade de Campo Maior – PI, estão equipadas com recursos tecnológicos

educacionais, tais como: Laboratórios de informática, TV Multimídia, Lousa digital e outros recursos,

entretanto, percebe-se que grande parte dos professores tem dificuldade de utilizar estes recursos e

suas respectivas ações docentes no seu cotidiano de sala de aula devido a não terem recebido a

capacitação necessária, para utilizarem estes recursos em sua prática de ensino.

A necessidade de ser incluído digitalmente na atualidade é de fundamental importância para todos os

cidadãos e a escola deve estar preparada para esta tarefa, de forma que todos que nela atuam

possuam conhecimentos básicos, o que ainda não ocorreu em grande parte das instituições

escolares.

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6 DEFINIÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO

O objeto de estudo deste trabalho é a tecnologia educacional e sua influência no processo de

construção do conhecimento do educando, buscando compreender e sugerir atividades em que o

educador passe a utilizar estes recursos em sua ação docente naturalmente.

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7 OBJETIVOS

7.1 Objetivos gerais

Reconhecer os Professores como produtores de conhecimento no estabelecimento de ensino

objeto de pesquisa.

Incentivar e estimular a criação de condições efetivas, no interior da escola, para o debate e

promoção de espaços para a construção coletiva do saber.

Demostrar como as tecnologias da informação e comunicação podem estar a serviço da

educação e da inclusão digital.

Avaliar softwares livres disponíveis para laboratórios em Linux e metodologias que podem ser

utilizadas na sala de aula para a aprendizagem de diversos conceitos.

7.2 Objetivos específicos

Envolver os Docentes a participar desta proposta de ação, discutir, analisar e incentivar o uso das

tecnologias da comunicação e informação na educação no cotidiano escolar, propondo atividades

para sua usabilidade.

Estudar as diretrizes curriculares de tecnologias educacionais de outros estados que fundamentam a

Educação Básica e as diretrizes curriculares do Curso de Formação de Docentes na modalidade

alicerçando a elaboração de material didático e a intervenção pedagógica na escola.

Discutir, nos grupos de estudo, jornadas e eventos pedagógicos que envolvam educadores sobre a

necessidade de mudanças de paradigmas na organização curricular da rede pública, tendo em vista a

organização pedagógica com o uso de tecnologias educacionais, com consonância com a LDB

9394/96.

Analisar as possibilidades pedagógicas dos recursos e das tecnologias educacionais, disponíveis nas

escolas públicas.

Desenvolver tutoriais pedagógicos sobre os recursos multimídias on/off-line que facilitam a

construção de novos conhecimentos com sugestões de softwares, metodologias e técnicas

pedagógicas importantes para os educadores.

Implementar este projeto, junto aos educadores e estudantes do ensino fundamental no colégio

municipal Mariema Paz do munícipio de Campo Maior - PI.

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8. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

8.1 A importância da inclusão digital no cotidiano escolar e o acesso às mídias tecnológicas

Denominamos de inclusão o processo onde o ser humano se apropria de determinado conhecimento,

passando a vivenciá-lo no seu cotidiano, isto é, o processo de inserir-se em determinado contexto.

Quanto à inclusão digital, ela pode ser considerada como a apropriação de um conhecimento

específico, como aquele que envolve a tecnologia de informação e comunicação. Portanto, a inclusão

digital é a apropriação de conhecimentos referentes à tecnologia da informação e comunicação

disponíveis na sociedade atual e o seu uso no cotidiano. A apropriação deste tipo de conhecimento

requer oportunidade de acesso a vários tipos de tecnologias.

A maioria da população tem acesso aos meios de comunicação de massa, tais como televisão, rádio,

aparelhos de som, onde não há quase interação entre as partes (emissor e receptor), o processo é

unidirecional. Na comunicação de massa há poucas possibilidades do exercício pleno da cidadania,

pois o usuário ouve e vê o que o meio de comunicação sugere, sob a ótica de quem emite a

informação/comunicação.

Outra possibilidade de acesso à tecnologia da informação e comunicação é através dos equipamentos de

informática, com acesso à Internet, disponível em boa parte das escolas brasileiras. Ao contrário dos meios

de comunicação de massa, a informática possibilita ao usuário a interação com a fonte de informação,

através da publicação de opiniões e questionamentos, onde o indivíduo pode manifestar-se favoravelmente

ou não, a tudo aquilo que lhe é apresentado, publica instantaneamente suas pesquisas, ideias, compartilham

imagens, diários pessoais etc.

Acompanhando o programa de informatização da rede pública, observamos que não basta colocar o

equipamento na escola, é necessária uma ação mais efetiva. A inclusão digital deve envolver

primeiramente os profissionais da educação, para que os estudantes da rede pública possam ser

incluídos e, por conseguinte, a população brasileira.

Para que a inclusão digital se torne uma forma de exercício da cidadania, o cidadão deve apropriar-se

desses conhecimentos e ter acesso a esses recursos, de forma que possa interagir nas suas

variadas formas.

Não basta ter uma conta de e-mail, mas sim ter acesso contínuo a ela. Não basta saber que existe o

equipamento, que disponibilizamos de softwares livres e licenciados, que as conexões podem ser

realizadas por provedores do governo e servidores privados (gratuitos e pagos). É preciso participar,

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acessar os serviços públicos, as informações de sua comunidade, estado e país, ser um cidadão

mundial.

O futuro do nosso mundo depende da postura que cada cidadão tem, seja em relação à política, à

economia, ao meio ambiente. Não podemos ignorar a mudança. Ela está aí e segue em ritmo

acelerado. Temos que ter uma postura diante desta realidade.

Sabemos das dificuldades, no entanto, estamos conscientes de nosso papel enquanto educadores.

Nossa missão é proporcionar um crescimento significativo ao estudante/cidadão, tornando-o um

agente transformador, capaz de refletir, questionar e principalmente modificar a sociedade. Vale

ressaltar que isso não se concretizará se não acompanharmos as novas tendências educacionais e

as políticas públicas em favor da classe popular, assim como não oportunizarmos o acesso à

tecnologia a todos os cidadãos, a começar pelos estudantes.

A inclusão digital possibilitará ao ser humano o acesso a informações necessárias para que tenha

condições de participar, discutir e questionar tanto os órgãos públicos, como se apropriar das novas

descobertas científicas e divulgar suas ideias. Portanto, a inclusão pode promover a democratização

da sociedade e esse trabalho inicia na escola.

8.2 Direitos autorais e a ética no ciberespaço

Existem vários pontos de vista sobre direitos autorais e ética no ciberespaço. Para os ocidentais, os

direitos autorais são um suborno social ou pelo menos um pagamento, para encorajar autores

individuais a criar. No oriente, os artistas não ganham força para criar, mas para imitar obras

anteriores. Copiar prova a compreensão do usuário do centro da própria civilização. A própria

indústria cinematográfica e da música vive a era do remix. Já para nós, copiar é plágio. No

ciberespaço tudo depende do modo como nos apropriamos do conteúdo on-line.

A criação de páginas na internet, participação de comunidades virtuais, fóruns, entre outros, está

acessível a todo cidadão. De qualquer smartphone, tablet ou computador com acesso à internet o

internauta pode criar sua página pessoal ou participar de sites e comunidades, mas a questão que

nos leva refletir é: Qual o grau de consciência que as pessoas possuem sobre o que acessam e

postam na internet? As páginas on-line podem representar os ideais de uma classe social ou de um

segmento da sociedade.

A liberdade de expressão, que nos assegura a Constituição Federal do Brasil, envolve questões

legais, como os direitos autorais, a ética e a invasão/evasão da privacidade das pessoas. Podemos

dizer que a privacidade pessoal era defendida categoricamente antes dos meios de comunicação de

massa, como foi inicialmente o rádio, a TV e agora a internet, mas parece que atualmente estes

limites são muito frágeis, as pessoas simplesmente abriram mão deste direito pessoal e uma

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discussão sobre este tema deve ser realizada no interior da sala de aula para despertar no aprendiz

consciência de estar atento a estas questões.

A privacidade está intimamente ligada à segurança. A tramitação de cadastros pessoais, informações

e relatos sobre a vida de cada pessoa na rede mundial de computadores torna o ser humano muito

frágil diante de pessoas mal-intencionadas. Ao utilizar a internet o professor precisa deixar claro aos

seus aprendizes sobre as informações que cada um irá acessar, postar ou copiar em seus trabalhos

escolares, sob a possibilidade de ser responsabilizado pelas consequências que um trabalho escolar pode

tomar.

Sou da opinião que o aprendiz deve ser esclarecido e conscientizado sobre o que é pedagógico para

ser acessado, que possua discernimento para avaliar os conteúdos aos quais lê e ouve; da mesma

forma que deve possuir um valor ético ao postar suas ideias e pesquisas. Este é o momento de

aprender a lidar com todas estas questões, respeitando os direitos autorais, citando as fontes de

pesquisas, compartilhando ideias e descobertas, refletindo e corrigindo erros de julgamento, rota ou

comportamento. Durante a escrita colaborativa perceberemos os valores e ideais de cada um, suas

formas de comunicação com os colegas e de respeito às construções teóricas de seus companheiros de

trabalho. A escola tem um papel fundamental nestas situações.

8.3. As Tecnologia na educação aplicadas ao ambiente escolar

Podemos dizer que a tecnologia está presente na vida humana desde época remotas, mas foi com o

avanço científico que o ser humano se apropriou de um conhecimento tecnológico que o leva ao

mundo virtual, global e síncrono. Os objetivos das tecnologias de informação e comunicação na

escola pública vão além das discussões teóricas dos modelos psicológicos e filosóficos da história da

educação.

A tecnologia faz parte do nosso cotidiano, está implícita na maioria de nossas atividades, não é

possível viver sem ela, assim como não é a salvadora dos problemas humanos ou uma finalidade em

si mesma, que deva ser trabalhada distintamente, meramente instrumental, distanciada das demais

disciplinas da Educação Básica. As Tecnologias da Informação e Comunicação fazem parte dos

meios necessários para o sucesso da aprendizagem, numa visão dialética, assim como da formação

de um cidadão solidário, participativo em nossa sociedade que está em constantes transformações.

As novas tecnologias foram elevadas à dignidade de um conceito. E, entre elas, a informática

aparece como uma tecnologia que está mudando nosso modo de viver, de pensar e trabalhar, pode-

se dizer que estamos vivendo a revolução pela informática, com implicações tanto técnicas quanto

ideológicas em sala de aula e tem despontado como um instrumento de socialização do

conhecimento e de construção de novas formas de aprender, pesquisar e ensinar.

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A educação com o auxílio da Tecnologia Educacional inicia com o encontro, pois segundo Paulo

Freire, educamo-nos sempre em comunhão. O uso da tecnologia pressupõe um trabalho

colaborativo, seja através de uma conexão de internet, seja analisando um vídeo ou mesmo

produzindo um texto. Esta conectividade faz a diferença em relação às demais pedagogias de ensino.

A educação a distância pela internet pressupõe uma relação interativa entre tutores, professores e

estudantes, compartilhando espaços e tempos diferentes ou ao mesmo tempo, pois mesmo numa

interação assíncrona estamos interagindo ideias e aprendendo com o outro.

Para a superação da pedagogia dominante precisamos de uma mudança de paradigma, de nos

apropriarmos de uma nova concepção de educação, com o uso de tecnologias educacionais, numa

visão mais construtivista e interacionista, em oposição ao instrumentalismo e à competitividade

dominante. A presença dos educadores portadores desta nova postura é indispensável.

A escola deverá organizar as atividades e novas metodologias, prevendo a inserção das tecnologias

da informação e da comunicação, em seu projeto político pedagógico, o que nos remete a uma outra

reflexão: essa condição pressupõe que, em seu bojo, houve uma revolução de paradigmas da

concepção e organização pedagógica no interior da escola, na ação docente e na intencionalidade do

aluno quanto aos estudos e a prática da pesquisa, cuja ideia central é uma educação em rede,

explorada de forma cooperativa, em sua dimensão emancipadora, orientando o aprendiz/cidadão a

reflexões e novas práticas para uma educação além da tecnologia, isto é, educar para a solidariedade

humana. O diálogo é a tônica do processo educativo; as discussões e reflexões, virtuais ou não, é

que levam o aprendiz a constituir-se cidadão.

Os princípios básicos desta proposta estão acentuados na educação popular, considerando-se a

dimensão política da educação, a organização do ser humano a partir de seus saberes, o

pronunciamento, a metodologia dialógica e a permanente relação texto/contexto em busca da tomada

de consciência para uma ação transformadora em uma sociedade crescentemente diversificada,

multi, inter e transcultural.

Em virtude das significativas mudanças advindas do processo de desenvolvimento tecnológico faz-se

necessário também, que os profissionais da educação permitam novos olhares à educação, não é

possível utilizar a informática como uma máquina de escrever elétrica e muito menos perpetuar uma

ação docente reprodutora da sociedade dominante.

A velocidade com que as informações se proliferam e com que os recursos tecnológicos se fazem

presentes a cada dia, de maneira mais intensa na vida das pessoas devem proporcionar momentos

de reflexão, permitindo que na escola a mudança também ocorra da mesma forma e na mesma

velocidade que as pesquisas. Se os estudantes não se interessam pelas aulas por considerarem

pouco atrativas e ao mesmo tempo, passam horas conhecendo o mundo através da Web, é

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fundamental que o professor reflita sobre sua prática pedagógica buscando novas metodologias, que

proporcionem a interação e o diálogo com o texto, em forma de escrita colaborativa.

A informática pode influenciar significativamente neste processo. Na internet, por exemplo, os

estudantes leem como nunca leram antes, desenvolvem o raciocínio lógico e a escrita colaborativa

em virtude de suas participações em ambientes dinâmicos em que necessitam de rapidez na

utilização, tais como: chats, comunicadores instantâneos, blogs, flogs, jogos em RPG, comunidades

virtuais, podem permitir que crianças e adolescentes criem redes de comunicação, informação e

interação na Web, desenvolvendo assim, a escrita, a oralidade e a criticidade, tornando-se cidadãos,

e não somente receptores passivos de informações, como nos meios de comunicação em massa,

mas criativos e críticos. É fundamental, no entanto, que o professor faça a mediação nesse processo,

orientando-os e dando os encaminhamentos necessários para que esta utilização se dê de forma

responsável, sadia e, principalmente, produtiva.

As práticas pedagógicas na esfera virtual, na sala de aula, nas atividades extraclasse ou mesmo

complementares, são de gestão colaborativa. A partilha de aprendizados específicos sobre as

ferramentas, mídias, softwares e a ambiência da internet perpassam os processos pedagógicos de

mediação. Desta forma, propomos uma educação em rede, fundamentada na socialização e

solidariedade entre as dimensões: técnica, humana e do conhecimento, permitindo aos educadores

projetar-se, manifestar-se e existenciar-se na esfera virtual, um espaço de fala, leitura, escrita,

deliberação e realizações.

Considerando a proposta com bases teóricas na pedagogia freiriana, o pensamento em

rede, rizomático e criativo, surgem da autonomia dos sujeitos para uma ação que ajude a educar o

ser humano para a liberdade, num mundo globalizado, rompendo com os ranços da visão tradicional

e do projeto pedagógico pronto.

A linha de trabalho em sala de aula proposta é rizomática, isto é, a imagem do rizoma não se presta à

hierarquização, mas à proliferação de pensamentos, ou seja, qualquer ponto de um rizoma pode ser

conectado a qualquer outro e deve sê-lo.

O caráter educativo é obtido pelo convívio escolar e pelas transformações que os

educadores/estudantes possam fazer a partir deles. Cabe a proposta pedagógica especificada no

projeto político pedagógico da instituição de ensino, propor formas planejadas, organizadas e

métodos adequados para o permanente uso das tecnologias no cotidiano da sala de aula,

concernentes a sua época e lugar, além de estarem sempre inovando em níveis de complexidade.

8.3.1 Gestão organizacional das tecnologias na Educação Básica

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Propõe-se a utilização significativa das Tecnologias da Informação e da Comunicação,

subentendendo-se que o professor já incorporou tecnicamente e pedagogicamente os recursos

tecnológicos, fazendo seu uso metódico em suas aulas, enriquecendo assim, sua prática educativa.

Para que isso deixe de ser ideal e se torne real é importante garantir que as escolas tenham

equipamentos adequados, facilitando o contato entre o professor e a informática, as mídias, a internet

etc., criando situações em que o professor incorpore a cultura digital, engajando práticas educativas

voltadas para a construção do conhecimento em rede. Além disso, faz-se necessário também, que os

educadores se apropriem da nova linguagem virtual, visto que a implantação de software livre nas

escolas públicas é uma realidade, assim como a inclusão digital.

Segundo Valente, o computador está propiciando uma verdadeira revolução no processo ensino-

aprendizagem, sendo uma das razões o fato do computador ser capaz de dinamizar o ensino. Assim,

não há como ignorar esse novo método de ensinar. Ressaltamos a importância da ação colaborativa

entre os profissionais da educação e seus gestores, devendo propiciar momentos de reflexões quanto

a sua utilização significativa em sala de aula.

8.3.2 O áudio e vídeo a serviço da educação

Os smartphones e celulares são um recurso que pode e deve ser utilizado pelos educadores, têm acesso à

Internet, recursos como gravação de áudios e vídeos, torna possível criar uma consciência crítica sobre as

questões dos direitos autorais, que pirataria é crime e legalizar os áudios, as nossas produções, deixando de

lado as grandes corporações. Existe muito material de qualidade que precisa ser publicado, sendo possível

utilizar servidores gratuitos.

Os smartphones são um excelente recurso de comunicação, que pode e deve ser utilizado para divulgar o

conhecimento seja ele informal, educativo ou de entretenimento. O professor pode começar com pequenas

experiências, onde o grupo de estudantes e monitores (treinados para ajudar o grupo) vai discutindo, desde

direitos autorais ao que é legal ser publicado. Por este motivo que os jovens gostam dos smartphones e

celulares, pois podem selecionar, assistir e ouvir o que gostam, aquilo que acrescenta conhecimento a sua

vida e deixar de lado o que não interessa.

8.4 Metodologias e softwares educacionais

8.4.1 A metodologia da problematização do ensino

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A proposta do Curso Normal está organizada sob categorias de sustentação dos princípios

pedagógicos que são: o trabalho, a ciência e a cultura. O trabalho nestes termos pode ser entendido

como

...o eixo do processo educativo porque é através dele que o homem, ao

modificar a natureza, também se modifica numa perspectiva que incorpora

a própria história da formação humana [...] implica em compreender a

natureza da relação que os homens estabelecem com o meio natural e

social, bem como as relações sociais em suas tessituras institucionais, as

quais desenham o que chamamos de sociedade.

É no cotidiano da escola que se percebe a importância deste princípio educativo. O aprendiz vivencia

a Prática de Ensino, observando, participando e dirigindo atividades no campo de estágio. A

metodologia da problematização do ensino, dentro da perspectiva histórico-crítica levanta argumentos

a favor da conscientização no valor do trabalho humano, principalmente no que se refere à prática

social. As questões sociais, econômicas, culturais e as diversas dimensões da análise de temas

trabalhados em sala de aula, levam o aprendiz a perceber o seu papel, de seus familiares, de sua

comunidade na construção de uma sociedade mais justa, focada no ser humano, questionando

situações como o consumismo desenfreado, o aquecimento global, o processo de massificação das

informações pelos meios de comunicação.

Cabe ao professor, um papel de mediador neste contexto, instrumentalizar o aprendiz com bases

científicas o trabalho humano e o conhecimento escolar passa a ser o núcleo fundamental das práxis

pedagógicas do professor. A formação do professor pressupõe o domínio dos conteúdos que serão

objetos do processo ensino-aprendizagem e, por outro, o domínio das formas através das quais se

realiza este processo.

Saviane, 1996, apud Berbel nos dá uma explicação de problema interessante:

Uma questão em si, não caracteriza o problema [...]; mas uma questão cuja

resposta se desconhece e se necessita conhecer, eis aí um problema. Algo

que eu não sei não é um problema; mas quando eu ignoro uma coisa que

eu preciso saber, eis-me então diante de um problema. Da mesma forma,

um obstáculo que é necessário transpor, uma dificuldade que necessita ser

superada, uma dúvida que não pode deixar de ser dissipada são situações

que se nos configuram como verdadeiramente problemáticas.

O aprendiz ao problematizar a realidade, estará refletindo sobre ela, dentro de um contexto vivido por

ele ou mesmo presenciado. Os problemas extraídos pelos estudantes passam a ser desafiadores e

ricos, à medida que podem ser objeto de estudo sob diversos ângulos, de diferentes naturezas, pois

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segundo Berbel, possibilitarão tratá-lo em sua complexidade e chegar a algumas hipóteses de

solução. Se podemos encontrar a resposta na literatura existente, a questão formulada não se

constitui um problema, é apenas uma questão de informação.

O arco de Maguerez, 1982 apud Berbel proposto na Figura 1 apresenta um esquema da metodologia

da problematização do ensino. Percebe-se a importância da observação da realidade, das situações

problemas, do levantamento dos pontos chaves, refletindo sobre que aspectos estão relacionados a

eles. Estes dois momentos também fazem parte do projeto de aprendizagem, ou seja, o aprendiz com

base em suas preocupações, interesses pessoais, questões intrigantes, vai selecionar um tema que

será objeto de pesquisa, logo a seguir levantará suas dúvidas provisórias e certezas temporárias

sobre o tema escolhido, que no método do arco chamamos de pontos chaves. Somente após estes

momentos que o professor irá orientar o processo de teorização, ou seja, a pesquisa propriamente

dita no processo de construção do conhecimento.

Figura 1: Proposta que Maguerez denominou Método do Arco

Na teorização as pesquisas e descobertas são sistematizadas pelo grupo de pesquisa e o professor

orientará para sejam analisados diferentes ângulos dos problemas selecionados, de diferentes fontes.

Este momento acontece durante o projeto de aprendizagem na escrita colaborativa, onde nós

utilizamos o ambiente wiki.

A partir do momento que os estudantes se sentem seguros diante da proposta de pesquisa, dos

dados levantados, verificando se todas as questões propostas foram respondidas e entendidas

passam a levantar hipóteses de solução para o problema. Segundo Berbel, é neste momento que se

compara as crenças iniciais, suas primeiras representações com as informações colhidas sob os

diversos ângulos do problema, sistematizadas na escrita colaborativa, podendo ocorrer o reforço de

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algumas ideias iniciais e alterações de outras, assim como a necessidade de aprofundamento em

determinadas questões. Utilizamos o método de mapas conceituais elaborados no início e no final

das atividades, comparando as descobertas, a organização do tema nas estruturas mentais dos

estudantes.

Contudo, o interessante deste método é justamente a etapa final, onde o aprendiz retorna à realidade

para a aplicação das decisões tomadas no momento das hipóteses de solução. Sendo estas decisões

executadas e encaminhadas, possuindo componentes científicos, sociais e políticos. A verdadeira

transformação da realidade se dá a partir do momento que o aprendiz se torna cidadão, com

pequenas ações particulares, familiares ou mesmo coletivas, encaminhando pedidos as autoridades

locais e regionais, participando de Ongs ou movimentos estudantis, dependendo do problema

levantado.

Esta vivência metodológica destaca a filosofia das práxis, no curso de Formação de Docentes, marca

as condições que tornam possíveis a passagem da teoria à prática e assegura uma íntima unidade

uma à outra. Segundo Berbel observamos que o estudante passa a ter um nível de consciência

teórica relacionada com ou consequência de sua ação prática anterior, referente a esse objeto.

8.4.2 Mapas Conceituais

Mapas conceituais é uma técnica pedagógica para organizar e representar o conhecimento. Os

conceitos e as proposições são os blocos de construção do conhecimento em qualquer domínio. Foi

criado por Joseph Donald Novak (1977) com base na aprendizagem significativa de David Ausubel

(1968), cuja essência é que as ideias novas ancoram-se em conceitos relevantes que o aprendiz já

sabe (subsunsores), pré-existentes na estrutura cognitiva de quem aprende.

É uma técnica muito flexível, podendo ser aplicada como instrumento de análise de currículo e

recurso de aprendizagem: para orientação; exploração do que os estudantes já sabem; focar um

conceito particular; observar a estrutura do pensamento em relação ao tema proposto; ponto de

partida para novas pesquisas e aprendizagens, meio de avaliação, etc.

O trabalho com os conteúdos estruturantes das disciplinas da Educação Básica e seus conteúdos

específicos, se dará em quatro momentos: a sensibilização, a problematização, a investigação e a

criação de conceitos, desta forma podemos observar, que a técnica apresentada facilita a

compreensão, tanto do aluno como do professor, das construções lógicas que o aprendiz possui no

momento da elaboração do seu mapa conceitual. A edição de mapas pode ser feita manuscrita, ou

com auxílio de softwares apropriados, tais como o Cmap Tool, um programa livre, em português, com

possibilidade de inserção de áudio, vídeo, imagens, textos e links disponibilizados on-line; já

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o Inspiration é um software com linguagem visual, isto é, os conceitos podem ser representados com

figuras.

Os estudantes elaboram duas versões de mapas conceituais: a primeira, antes da atividade proposta

e a segunda após os estudos realizados expressando o grau de entendimento do tema proposto. Na

segunda versão, dos mapas elaborados pelos estudantes, podemos observar a evolução das

implicações significantes de forma que o mapa é construído com ligações mais complexas.

A figura 2 traz um exemplo de mapa conceitual sobre mapa conceitual, observe que ele é escrito com

conceitos destacados e relacionados entre si, através de frases de ligação.

Figura 2: Mapas Conceituais

Deleuze e Guattari, 2000 apud Okada

Comentam que mapas abrem novos caminhos, possibilitam descobrir novos

atalhos e estabelecer novas conexões. Os mapas não têm um único ponto

de chegada ou de partida, e deve ser flexível e estar em contínua

atualização. Eles esclarecem que um mapa deve estar inteiramente voltado

para uma experiência ancorada no real.

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Portanto, a técnica de mapas conceituais é muito eficiente na aplicação de projetos de aprendizagem, pois

além de demonstrar a organização do pensamento, leva o aprendiz a se auto avaliar, diante de suas

pesquisas e reflexões.

8.4.3 Escrita colaborativa – Wiki

É um recurso on-line para escrita colaborativa. Na linguagem havaiana WIKI quer dizer “Muito

Rápido”, e esta é uma ferramenta que pode realmente agilizar a escrita coletiva em várias

comunidades na Internet. O WIKI permite a construção de hipertextos através do próprio navegador

de páginas da internet. Quando você navega por páginas em um WIKI, pode encontrar um botão que

lhe dá opções de fazer correções, acrescentar informações e até mesmo alterar todo o conteúdo da

página.

Existem vários softwares para criar-se um WIKI, os dois mais famosos são desenvolvidos sob

licença Open Source: O Mediawiki e o Twiki, estes programas são criados em PHP e banco de

dados, ambos podem ser configurados para que somente pessoas com senha possam alterar os

textos ou, se preferir permitir que qualquer visitante possa colaborar. O sistema conta com um

registro de versões podendo acompanhar todas as alterações realizadas em cada página do

hipertexto e recuperá-la com alguns poucos cliques.

O Wiki nos dá a oportunidade de compartilhar as pesquisas, de escrever colaborativamente, de

enriquecer o trabalho com o uso de diversos recursos on-line, tais como vídeos, apresentações,

imagens animadas, inserção de links e postagem de arquivos no servidor e ser editado por qualquer

pessoa e lugar, para postar comentários, pode controlar os acessos e postagens identificadas.

No trabalho prático, na escola, é possível utilizar o servidor do pbwiki, que oferece 10mb de memória

para armazenagem de dados, além de ser gratuito para educadores, com versões em português e

com muitas opções de recursos. O pbwiki tem a possibilidade de organizar as produções escritas no

formato de um site, com menu na lateral direita e várias páginas interligadas.

8.4.4 Pesquisa on-line – Buscadores

Com os sistemas de busca, na rede mundial de computadores, o mais utilizado na escola é

o google e o yahoo, os estudantes enriqueceram suas pesquisas, analisando sites, informações,

imagens, vídeos...

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A internet tem nos oferecido uma variedade de informações que precisam ser observadas com muita

cautela, observando a procedência da informação, respeitando os direitos autorais ao utilizá-la,

sempre informando o nome do autor e do site. Deve ser solicitado aos estudantes que observem as

orientações no netiqueta, algumas dicas sobre os comportamentos mais adequados na rede.

Os buscadores nos oferecem a possibilidade de compartilharmos nossas pesquisas, postadas

em wiki, blog, sites, servidores de vídeos, apresentações, imagens, etc.

8.4.5 Diário de bordo – Blog

O diário de bordo é um excelente instrumento de registro das atividades realizadas, das reflexões dos grupos

de pesquisa e dos estudantes, podendo ser escrito individualmente ou em grupos. Através deste poderoso

instrumento de acompanhamento das pesquisas o professor pode colaborar com o grupo de forma mais

efetiva, isto é, percebendo suas dificuldades e os seus pontos fortes.

O diário de bordo pode ser escrito em um blog pessoal ou do grupo, em cadernos, em espaços

próprios para esta finalidade, como é o caso do EPROINFO, do Moodle ou na própria wiki, neste caso

pode ser criada uma página para que cada grupo de estudante organize seus registros.

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9 DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO

O projeto de intervenção pedagógica na escola deverá ser efetivado através de diversas técnicas de

ensino, assim como será permeado pela pesquisa bibliográfica e documental. Os estudos para a

efetivação das produções didático-pedagógicas e implementação terão como base a pesquisa-ação

que pode ser definida como (Thiollent, 1985, apud Gil, 1996, p. 60)

...um tipo de pesquisa com base empírica que é concebida e realizada em

estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema

coletivo e no qual os pesquisadores e participantes representativos da

situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo

ou participativo.

Desta forma, consideramos importante utilizar este método de pesquisa, considerando que o

pesquisador faz parte do grupo de pesquisa e partiu de uma situação problema da escola para a

elaboração do presente projeto de intervenção pedagógica.

Apesar de seu planejamento ser flexível, ocorrendo um ir e vir entre as fases, próprio do grupo de

pesquisa em seu relacionamento com o tema proposto e as discussões no GTR, procuraremos prever

algumas ações a serem desenvolvidas pelo pesquisador.

9.1 Fase exploratória

Temos por objetivo:

Campo de investigação: A usabilidade das mídias tecnológicas.

Expectativas dos interessados: Como utilizar as tecnologias da informação e

comunicação no cotidiano da sala de aula, proporcionando a construção do

conhecimento, através de um roteiro de aula dentro da pedagogia histórico-crítica.

Tipo de participação dos envolvidos: Através do diálogo, da pesquisa de opinião e

observação, assim como da expressão das necessidades de todos os educadores que

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atuam no curso de Formação de Docentes e do Grupo de Trabalho em Rede, pretende-

se encaminhar a pesquisa para produção de um material pedagógico a ser construído

pelo presente Professor PDE em consonância com as necessidades apontadas,

apresentando-se ao grupo para analisar a sua viabilidade de uso em sala de aula.

9.2 Formulação do problema

Na experiência pedagógica é possível realizar estudos e observações, nos quais se procura

aprofundar nas reflexões objetivando a elaboração de uma produção didático-pedagógica, a

implementação na escola e a produção do trabalho final de conclusão do PDE, tendo em vista à

dificuldade da inserção das tecnologias multimídias no cotidiano da escola pública, adequada as

diretrizes curriculares e ao modelo teórico da pedagogia histórico-crítica.

9.3 Construção de hipóteses

A tecnologia educacional vem sendo utilizada na aprendizagem de diversas maneiras, atendendo aos

modelos pedagógicos próprios de cada docente, ou seja, cada Professor possui uma concepção de

ensino-aprendizagem e utiliza este modelo teórico para embasar a sua ação docente, de tal forma

que a tecnologia pode ser utilizada para reproduzir ou transformar a sociedade e o conhecimento.

Muitos educadores têm dificuldade em trabalhar com o modelo teórico da pedagogia histórico-crítica,

uma vez que se estabelece como método a dialética marxista para a construção de um novo tipo de

sociedade, através de planejamentos educacionais que preveem como ponto de partida e chegada a

prática social.

A inserção de recursos multimídia nas Escolas Públicas é muito recente e grande parte dos

educadores não receberam cursos de aprofundamento para o uso destas tecnologias.

A construção do conhecimento pode ser mais rica e eficiente com a inserção de tecnologias, recursos

multimídias e metodologias específicas a cada área do conhecimento em sala de aula.

9.4 Realização do seminário

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Pretende-se realizar um seminário, a ser agendado junto à escola, com todos os educadores da

escola objeto de pesquisa envolvidos neste projeto de trabalho, para discussão e aprovação da

presente proposta e elaboração das diretrizes de pesquisa e ação.

9.5 Seleção da amostra

Em levantamento realizado junto ao colégio Municipal Marion Saraiva Portal foi constatado que

nenhum dos professores participaram dos cursos de Formação do webeduc, de modo que

pretendemos convidar a todos para participar desta proposta de trabalho.

9.6 Coleta de dados

A coleta de dados será realizada através de formulário de pesquisa de opinião para levantamento do

perfil dos entrevistados, considerando suas necessidades metodológicas e tecnológicas para cada

área do conhecimento. Durante os testes do material produzido e sua aplicação junto aos educadores

e estudantes, realizaremos uma observação participante. As atividades serão registradas, também,

através de fotografias e depoimentos.

Uma das características que enriquecem este tipo de pesquisa é sua flexibilidade, de tal forma que

poderemos redefinir algumas técnicas a serem utilizadas no decorrer do processo, conforme a

necessidade observada.

9.7 Análise e interpretação dos dados

No decorrer da pesquisa será realizada discussões para compor os seguintes materiais:

Elaboração de um material multimídia no formato PDF com os textos, metodologias,

indicações de softwares e plano de trabalho, entre outros, para ser utilizado pelos

educadores que atuam na Educação Fundamental.

Produção de relatórios, textos e artigo frutos da pesquisa bibliográfica, documental e da

pesquisa de campo, para serem discutidos com o grupo de estudos na escola objeto de

pesquisa.

9.8 Elaboração do plano de ação

O presente projeto será apresentado ao orientador da CEAD/UFPI, até 30/09/2015 e à instituição

objeto de pesquisa.

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9.9 Recursos Humanos

Orientadora da CEAD/UFPI: Ms Fabrícia Machado

Equipe pedagógica e educadores do Colégio Municipal Mariema Paz – Ensino Fundamental.

9.10 Divulgação dos resultados

Os resultados serão divulgados através de:

Seminários de área

Encontro de grupos de estudos

Pelo artigo científico

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10 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

Não definido

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11 AVALIAÇÃO E REGISTRO DOS RESULTADOS DO TRABALHO

A avaliação e o registro dos resultados serão realizados no decorrer desta proposta de trabalho,

através de registro escrito sobre as observações, as pesquisas e reflexões, no formato de portfólio.

Serão avaliados todos os momentos: desde a elaboração do projeto de intervenção pedagógica na

escola, pela produção didático-pedagógica e implementação do projeto de intervenção pedagógica na

escola e produção do artigo científico.

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12 REFERÊNCIAS UTILIZADAS E A SEREM CONSULTADAS

12.1 Referências

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CADERNO CEDES. Pesquisa Participante e Educação. São Paulo: Cortez, 1987.

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Temas Básicos de educação e ensino, 1995.

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computadores na sala de aula. São Paulo: Cortez, 2001.

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MAGDALENA, Beatriz Corso; COSTA, Íris Elizabeth Tempel. Internet na sala de aula: com a palavra, os

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MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas.

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12.2 Sitografia

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http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/92175/lei-de-direitos-autorais-lei-9610-98

Proposta de Adequação Curricular do Curso de Formação de Docentes

http://docslide.com.br/documents/proposta-de-adequacao-curricular-para-o-curso-de-formacao-de-

professores-na-modalidade-normal-col-est-wolff-klabin-prof-rosangela-menta-mello.html

Projeto de Aprendizagem? O que é? Como se faz?

http://pt.slideshare.net/teresakatiaalbuquerque/projeto-o-que-como-se-faz

Número de usuários ativos na internet brasileira cresce em 14%

http://www.portalvgv.com.br/site/numero-de-usuarios-ativos-na-internet-brasileira-cresce-em-14/

Mapas Conceituais http://www.if.ufrgs.br/~moreira/mapasport.pdf

Wiki http://www.wikispaces.com/

Educação e linhas rizomáticas? http://www.apagina.pt/?aba=7&cat=134&doc=10091

Cartografia cognitiva

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http://www.fe.unb.br/catedraunescoead/areas/menu/publicacoes/livros-de-interesse-na-area-de-tics-

na-educacao/cartografia-cognitiva/cartografia-cognitiva

Proposta de Adequação Curricular do Curso de Formação de Docentes.

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=601

Por que o computador na Educação?

http://www.ich.pucminas.br/pged/db/wq/wq1_LE/local/txtie9doc.pdf

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA Escola de Gestores Orientações para elaboração

da proposta de intervenção: disponível em: http://moodle3.mec.gov.br/ufpb/file.php/1/tcc/PI2.pdf

acessado em 28/09/2015 as 13:44hs

GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA A INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA disponível em:

http://www.educacao.es.gov.br/download/guia_orientacaopeda_ensifundamental2011.pdf

acessado em 27/09/2015 as 16:00hs

12.3 Softwares e ambientes on-line

Cmap tool disponível em: http://penta2.ufrgs.br/edutools/tutcmaps/tutindicecmap.htm acessado em

24/09/2015 as 9:21hs

Inspiration disponível em: http://www.inspirationbrasil.com.br/ acessado em 24/09/2015 as 9:21hs