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PROJETO: A ARTE CÊNICA NO MATERNAL “FECHE OS LIVROS E ABRA OS OLHOS” Maria Clara Machado O conselho de Maria Clara Machado nos remete a necessidade de abrirmos mentes e corpos para a expressão viva do teatro, sem teorias decoradas e mal formuladas; formar pequenos atores, apaixonados e envolvidos pela arte de representar, desenvolvendo seu lado de expressão, sensibilidade, criatividade e conhecimento, aguçando o gosto ao apreciar uma peça, um livro, um filme, uma escultura, um quadro, uma música etc. Valorizar a arte e a cultura é vias de transformação social. Ao fecharmos os livros e abrirmos os olhos, como nos sugere Maria Clara, passamos a nos ouvir e observar o mundo e as pessoas ao seu redor percebermos a nossa particular realidade brasileira, e vemos que improvisar é preciso, adaptar é preciso. E com isso nos tornamos criativos, sensíveis e dispostos a construir. Desta forma o aluno começa a aprender a tirar conclusões, ele aguça a curiosidade, o espírito inventivo, a imaginação, abrindo os olhos para as pequenas coisas que o rodeiam, amando de fato as árvores, os animais, a água do rio ou do mar, os peixes, o vento, a chuva, o barro, a terra, o pé de milho, a flor, as estrelas, enfim tudo que é belo (caleidos) e que servem de verdadeira inspiração na construção de uma obra cênica. EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Espera-se que no desenvolvimento deste projeto os alunos consigam: A se expressar com o corpo, com a fala e com o olhar; A buscar soluções criativas: inventando; adaptando; e improvisando; A ter disciplina de postura, de tempo e de lugar; A expressar-se espontaneamente através do contexto da história; A observar e analisar ao belo, através do caleidoscópio; A desenvolver bons hábitos sociais, sabendo respeitar o seu momento e ao do próximo; A respeitar, os momentos de serem dirigidos e de dirigirem; A identificar e reconhecer alguns estilos teatrais;

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PROJETO: A ARTE CÊNICA NO MATERNAL

“FECHE OS LIVROS E ABRA OS OLHOS” Maria Clara Machado

O conselho de Maria Clara Machado nos remete a necessidade de abrirmos mentes e corpos para a expressão viva do teatro, sem teorias decoradas e mal formuladas; formar pequenos atores, apaixonados e envolvidos pela arte de representar, desenvolvendo seu lado de expressão, sensibilidade, criatividade e conhecimento, aguçando o gosto ao apreciar uma peça, um livro, um filme, uma escultura, um quadro, uma música etc. Valorizar a arte e a cultura é vias de transformação social.

Ao fecharmos os livros e abrirmos os olhos, como nos sugere Maria Clara, passamos a nos ouvir e observar o mundo e as pessoas ao seu redor percebermos a nossa particular realidade brasileira, e vemos que improvisar é preciso, adaptar é preciso. E com isso nos tornamos criativos, sensíveis e dispostos a construir. Desta forma o aluno começa a aprender a tirar conclusões, ele aguça a curiosidade, o espírito inventivo, a imaginação, abrindo os olhos para as pequenas coisas que o rodeiam, amando de fato as árvores, os animais, a água do rio ou do mar, os peixes, o vento, a chuva, o barro, a terra, o pé de milho, a flor, as estrelas, enfim tudo que é belo (caleidos) e que servem de verdadeira inspiração na construção de uma obra cênica.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Espera-se que no desenvolvimento deste projeto os alunos consigam:

A se expressar com o corpo, com a fala e com o olhar;

A buscar soluções criativas: inventando; adaptando; e improvisando;

A ter disciplina de postura, de tempo e de lugar;

A expressar-se espontaneamente através do contexto da história;

A observar e analisar ao belo, através do caleidoscópio;

A desenvolver bons hábitos sociais, sabendo respeitar o seu momento e ao do próximo;

A respeitar, os momentos de serem dirigidos e de dirigirem;

A identificar e reconhecer alguns estilos teatrais;

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PRODUTO FINAL SUGERIDO: APRESENTAÇÃO DE UMA PEÇA DE TEATRO

Produção de uma peça teatral , desenvolvido pelos alunos, envolvidos no projeto. Montagem do programa de apresentação da peça teatral, com fotos de arquivos, mostrando a história e alguns lances sequenciais da peça.

OBJETIVOS

Desenvolver noções do que é arte cênica através de vídeos;

Dialogar com os alunos sobre os diversos estilos de teatro e a diferença entre os

desenhos animados, os filmes;

Apresentar diversos estilos teatrais;

Estimular as práticas artísticas com pequenas encenações realizadas pelos

próprios alunos;

Estimular diversas formas de expressão corporal, utilizando movimentos faciais e

entonações de acordo com as características de cada personagem;

Produzir um painel com gravuras e cartazes de peças teatrais;

Estimular a expressão corporal, utilizando pequenos trechos de histórias,

produzindo assim dramatizações fragmentadas;

Mostrar aos alunos diversas formas teatrais, como: fantoches, personagens de

palitos, seres inanimados, através ou não do DVD;

Produzir com os alunos uma peça de teatro com o tema sugerido por eles;

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APRESENTAÇÃO DO PROJETO

Levamos os alunos na área aberta da creche e estendemos a manta na qual é utilizada em nossas contações de histórias, e os convidamos a sentarem, explicamos que neste momento estaríamos dando início ao Projeto Arte Cênica, percebemos que apesar dos olhinhos curiosos eles não entenderam o que se tratava a palavra Cênica, foi então que perguntamos: “Quem já viu uma peça de teatro”? O Brayan e a Heloísa logo levantaram o dedinho e afirmaram que sim... Os demais alunos fizeram caras e bocas tentando lembrar. Contudo nós professoras e nossas colegas do maternal II A, apresentamos a peça de teatro “A Verdadeira História de Chapeuzinho Vermelho” de Agneses Banuzzi, foi um momento marcante para eles, pois todos se lembravam, principalmente do Lobo interpretado pela professora Janete Maria, pois ele era bonzinho. Então mostramos a eles qual a intenção do projeto, que eles brincando entrem na história fazendo parte dela, e que seu produto final será uma peça de teatro, mas para tanto teremos que lermos vários livros para conhecermos muitas histórias, só assim saberemos qual iremos montar nosso teatro. Nosso teatro terá convidados especiais, as famílias de todos os alunos e que se tornará um grande evento, a Emilly perguntou se terá bexigas, dissemos que sim para enfeitar a escola. Mostramos aos alunos que um artista para representar um personagem ele necessita se caracterizar, quer dizer, usar a fantasia do personagem e falar, andar, enfim se comportar como o personagem, só assim ele entrará na alma da história, contudo não é só a fantasia que faz isso existe a interpretação do personagem, por exemplo: “Quem conhece a história “Os Três Porquinhos”? Todos disseram que conheciam... Quem sabe a fala do Lobo Mau? O Brayan disse: “Abra essa porta senão eu assopro e vai tudo pro ar”! A sua fala estava correta, contudo sua entonação foi sem emoção, não provocou medo a quem ouvia. Foi então que perguntamos: “Alguém ficou com medo da fala do Lobo do Brayan”? “Os porquinhos ficariam com medo”? Todos responderam que não. Foi então que ficamos encantadas neste momento da socialização, surgiram vários lobos, uns mais bravos que os outros. Foi um momento de arrepiar. A empolgação tomou conta das professoras, afinal percebemos o grande potencial artístico de nossos alunos. Procuramos também explorar a sonoplastia, como: a porta se abrindo, o cavalo trotando, batendo na porta, os porquinhos tremendo de medo e a

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tão famosa canção dos três porquinhos, ao qual eles já sabem décor e salteado. Foi um momento rico e percebemos o grande potencial de nossos pequenos notáveis.

ALUNOS INDENTIFICA AS VOZES DE DETERMINADOS PERSONAGENS?

CONHECE

ALGUM

ESTILO DE

TEATRO?

POSSUI

EXPRESSÃO

CORPORAL E

FACIAL?

CONSEGUE

REPRODUZIR E

IDENTIFICAR, SONS

ONOMATOPAICOS?

REPRODUZ

TRECHOS

DA

HISTÓRIA?

ANA JULIA BISS X X X X

ANA JULIA X

BRAYAN X X X X X

CARLOS X

DIEGO X X X

EMANUELA

EMILLY X X X X X

ENZO X X X X

EVERSON X X X X

GABRIELA X X X X X

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HELOÍSA X X X X X

HENRIQUE X X X X X

JOÃO ABNER X X X

KAUÃ X

LUCAS X

MATEUS X X X X X

NATACHA X

NICOLAS X X X X X

OTAVIO X

VIVIANY X X X X X

WILLIAN X

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RODA DE LEITORES

Objetivos

Apreciar a beleza literária dos livros;

Compartilhar as leituras com o colega;

Promover a interação dos alunos com textos.

Encaminhamentos

Trouxemos para dentro da sala vários livros de histórias e durante o projeto estamos e estaremos repertoriando, mas um dos momentos marcantes e quando trabalhamos com os CONTOS CONTADOS e montamos um painel onde pontuava os contos já lidos, nele estavam: Branca de Neve; Chapeuzinho Vermelho; Cinderela; A intenção é em que haja uma eleição para a escolha do conto que fará parte da construção do nosso produto final, a peça de teatro. Também repertoriamos as várias versões destes contos utilizando as obras de José Roberto Torero aos quais os alunos adoram e que estimulam a criatividade e a imaginação de nossos alunos enriquecendo os momentos das contações de histórias.

MOMENTO ONDE A FADA MADRINHA CONTA A HISTÓRIA DA

CINDERELA

CONSTRUÇÃO DO

CANTINHO DA

LEITURA COM A

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COLABORAÇÃO DOS ALUNOS

Introdução Tão importante quanto garantir que as crianças tenham acesso a bons livros desde bem

pequenas, é organizar ambientes convidativos, aconchegantes e singulares para que

elas possam usufruir das histórias em situações prazerosas de interação com os

colegas, professores e famílias. A iniciativa de construir um cantinho da leitura na

sala para e com as crianças, constitui-se uma excelente oportunidade para fomentar o

contato das crianças com os livros, criar lugares mágicos, cheios de identidade, e

realizar rodas de leituras.

Objetivos

Construir, coletivamente, um cantinho de leitura como lugar capaz de abrigar não

somente livros, mas de suscitar rituais agradáveis de leitura;

Apresentar o acervo de livros, promovendo o gosto pelas histórias e ampliando

repertórios;

ENCAMINHAMENTO

Este momento aconteceu em várias etapas como fora planejado dentro do

projeto.

1. Preocupamos-nos com o tapete onde os alunos sentam para ler ou ouvir histórias,

na confecção deste tapete contou com a colaboração dos pais, que nos

trouxeram retalhos, botões, lãs e tinta puff. Neste processo tivemos a participação

dos alunos que estamparam, pintaram e deixaram marcados suas mãozinhas e

pezinhos, tivemos a intenção de provocarmos sensações, onde os alunos

pudessem sentir várias texturas, enquanto escutam as histórias. Ficou um tapete

ao quais os alunos sentem vontade de sentar para compartilhar os bons

momentos de leitura.

2. Em outro momento montamos o Cantinho da Leitura, nossa preocupação é que

este cantinho fosse um espaço aconchegante um lugar em que as crianças se

sentissem acolhidas, com cheiros e sabores. Sabores só conseguiram nos livros

de histórias para que elas deleitassem agora os cheiros trouxemos um móbile de

pequenos saches com ervas relaxantes ao qual foi pendurada na estrutura da

tenda feita de um mosqueteiro (doado por uma das mães) e a qual está fixada em

um espaguete flutuante, que está suspenso por elástico e fio de nylon. Tivemos a

preocupação de usarmos materiais que por ventura venha a se romper e caia em

cima das crianças, sem causar assim acidentes.

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CONHECENDO UMA PEÇA DE TEATRO

Objetivos

Promover o contato com uma peça teatral.

Aproximar-se da linguagem desse gênero, explorando aspectos dos estilos que envolvem o teatro.

Inteirar-se sobre a estrutura que envolve um teatro.

Construir critérios nos requisitos necessários para a montagem de uma peça teatral.

Encaminhamentos

Explique que é importante saber o que eles já sabem sobre a peça de teatro.

Nesta atividade o professor garantirá que o aluno não confunda o tema com outros estilos de artes.

Explique que eles assistirão um DVD de uma peça de teatro “PEDRO E O LOBO”.

Antes leia a sinopse da peça, para que eles tenham uma noção prévia do que irão assistir.

Converse sobre os aspectos que envolvem a peça, como: cenário, figurino e atores.

Organize com seus alunos um cartaz onde contenham fotos das peças.

Caro Professor

Lembre-se de explicar para os alunos que apesar de eles assistirem a peça de teatro pela televisão, ele não é um filme e sim uma peça de teatro, onde os atores têm um contato direto com a plateia.

Sinópse

Pedro é um garoto que vive com o seu avô no campo russo. Um dia, Pedro deixa a porta do jardim aberta, o pato aproveita a oportunidade para ir nadar à lagoa. Começa a discutir com um pequeno pássaro (“Que tipo de pássaro é você, se você não pode nadar?”). O gato de Pedro aparece de repente e o pássaro (advertido por Pedro) voa para uma árvore alta. O avô rabugento de Pedro tra-lo de volta para o jardim e fecha a porta no caso de um lobo vir. Pouco depois “um grande, lobo cinzento” sai do bosque. O gato sobe pela árvore, mas o pato, que saiu da lagoa, é engolido pelo lobo. Pedro vai buscar uma corda e passa por cima da parede do jardim para a árvore. Pede ao pássaro que voe em torno da cabeça do lobo, enquanto ele baixa uma corda para prender o lobo pela cauda. Os caçadores saem dos bosques e disparam no lobo, mas Pedro pára-os. Todos levam o lobo ao jardim zoológico em uma procissão triunfante. No fim pode-se ouvir o pato dizer “quack” no estômago do lobo, “porque o lobo tinha-o engolido”.

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CONSTRUÇÃO DA TENDA DE

TEATRO

Introdução É mais um espaço alternativo para se promover a

arte de representar, através das brincadeiras, contação de história e jogos,

valorizando a criatividade e a imaginação das crianças. Sendo montada em área

grande como o pátio da escola, poderá ser removida, desmontada ou suspensa por

cordas presas às vigas. Construída com material leve, como: TNT, arame e cordas.

Nela os alunos poderão ter a interação entre as outras turmas valorizando a

socialização. Este espaço irá aguçar o deslumbramento, a magia e o encantamento

de nossos alunos

Objetivos

Estimular a imaginação e a criatividade;

Valorizar a socialização;

Garantir um espaço cheio de magia e encantamento;

ENCAMINHAMENTO

1ª ETAPA

1. O primeiro passo é o professor discutir com seus parceiros - outros professores e equipe gestora – sobre: o material a ser utilizado; o custo deste material ; o projeto arquitetônico. Serão necessários: TNT coloridos; arame; corda.

2. Depois de organizado os materiais, os professores envolvidos irão planejar a estrutura da tenda de acordo com os materiais estipulado.

3. Executar o projeto, tendo a preocupação de que haverá segurança para os alunos.

MODELO 1

RECORTES

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COSTURA CORDA

MODELO 2

ARAMES COSTURAS

COSTURAS ARAME

No modelo 1 serão recortados o TNT, extremidades costuradas; como

mostra no modelo 2, na parte superior será colocado em suas extremidades

arame e também em sua circunferência.

Na parte inferior que estará costurada na superior, será colocado arame

apenas na circunferência do chão.

TENDA SUSPENSA VIGA

2ª ETAPA

1. Deve-se organizar este lugar onde poderá ser usado para: contar histórias; apresentar teatro de fantoches; passar filmes; ou simplesmente servir como o cantinho das dramatizações, colocando fantasias, adereços, maquiagens, perucas, máscaras e fantoches; não podemos esquecer o espelho e de uma boca de cena portátil .

BOCA DE CENA (DE MADEIRA OU PAPELÃO)

Professores,

Esta tenda também poderá ser enfeitada pelos alunos. Sugiro que eles colem

flores, animais, bolas, cartolas, enfim tudo que representem o circo com EVA

(para ter uma maior durabilidade)

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TEATRO DE PALITOS

Objetivos

Promover o contato com o faz de conta.

Estimular a imaginação.

Aproximar-se da linguagem desse gênero, envolvendo sons onomatopaicos.

Inteirar-se sobre os personagens.

Construir critérios de análise da peça.

Encaminhamentos

Apresente aos alunos os personagens da história. Procure temas simples para serem improvisados. Utilize qualquer armação improvisada, mas que possua boca de cena. Interaja a peça com os alunos, isto ajudará a manter a atenção de todos. Depois da peça faça os alunos questionarem as situações que envolviam a peça.

SUGESTÃO DE TEMA SIMPLES PARA SER IMPROVISADO Mau juízo Pedrinho chega com um lindo peixinho e o põe na beira do palco. Elogio do achado. Sai. Chega um gato e come o peixe. Volta Pedrinho furioso, acusa Jucá, e, para pegá-lo em fragrante, esconde-se dentro de um saco atrás da cortina. Aparece Jucá, que, vendo o saco, acredita tratar-se de um ladrão. Volta e traz um pau para atacar o ladrão. Pedrinho grita. Sai do saco e se explica. Pedrinho pede perdão por haver feito mau juízo. Ambos correm atrás do gato.

Para que os pais compartilhem com este momento, o professor poderá enviar para a casa do aluno (um aluno de cada vez), uma sacola itinerante contendo: o texto (Mau Juízo) e os fantoches de palitos. Nela também devem constar os procedimentos e as observações dos pais de como foi este momento. (material da sacola, está no anexo).

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PREPARANDO UM ATOR I: A MARCAÇÃO

Objetivos

Explicar a importância da marcação teatral.

Desenvolver as noções espaciais.

Compreender a função do ator no palco.

Expressar corporalmente dentro da marcação teatral.

Encaminhamentos

Explique que marcar a peça quer dizer botar os atores andando pela cena.

Procure demonstrar aos alunos de forma bem natural, delimitando um pequeno espaço, como se fosse o palco.

Utilize um texto que seja muito conhecido dos alunos e que eles se identificam.

Organize com seus alunos pequenas dramatizações, sempre de forma espontâneas.

Explique aos alunos que em toda a peça é necessário um diretor (no caso o professor), no qual ajudará o ator a se posicionar na marcação e em sua interpretação.

ORIENTAÇÃO AO PROFESSOR

João e Maria estão fazendo uma cena juntos (contracenar), o diretor procura a melhor maneira de mostrar ao público o que eles estão sentindo. O diretor diz: - Maria ande até (à direita) e fique de costas esperando a chegada do João. É preciso que você finja que não sabe que ele vai chegar. “Por que fingir?” Porque teatro é uma espécie de fingimento; João e Maria estão fingindo que são pessoas diferentes deles mesmos. Eles não se chamam Pedro ou Lúcia? Portanto, Maria tem que fingir que esta fingindo. “Complicado, hem?” Bem, continuando a cena entre João e Maria, o diretor explica: - Maria está de costas e, quando João entra, ela se vira e diz: “Você aqui?” Quando Maria disser isto João anda até a (esquerda) e senta na cadeira... Bem como vocês viram, o diretor tem que “marcar” cada passo dos atores e ainda tem que “marcar” um tempo de espera entre as frases. Tudo isto escrito parece meio complicado, mas é só para terem uma ideia de como se monta uma peça de teatro.

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PREPARANDO UM ATOR II: O ATOR

Objetivos

Compreender a função do ator em uma peça teatral.

Desenvolver habilidades de interpretação espontânea.

Encaminhamentos

Reforce com seus alunos pequenos trechos da história, preocupando-se com as falas de todos os personagens.

Utilize a sonoplastia (sons de batidas na porta, porta se abrindo e etc.), durante o decorrer da construção do ensaio.

Mostre aos alunos que o ator é importante na dramatização e que sua atuação deve ser regada de emoção, por isso o ator precisa entrar bem relaxado no palco, fazendo o público sorrir ou chorar.

Caro professor Procure trabalhar nesta fase, com histórias em que os alunos se identifiquem, a interpretação dos alunos pode ser feitas na frente do espelho, estimulando as expressões corporais e faciais.

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PINTANDO A ARENA TEATRAL COM A

COLABORAÇÃO DOS ALUNOS

Introdução

A arena foi construída para que os alunos possam explorar suas expressões

corporais, na qual permite que os mesmos interajam com seus colegas, valorizando os

momentos de dança, de música e de interpretação teatral. Contudo percebe-se que o

espaço da arena tem que ser alegre, que aproxime a criança da arte, para tanto a arena

receberá a pintura com uma reprodução da obra de Romero Brito.

Objetivos

Revitalizar o espaço da arena teatral;

Valorizar as expressões artísticas;

Visualizar as obras de Romero Brito;

Identificar a obra preferida;

ENCAMINHAMENTO

1ª etapa

4. O primeiro passo é o professor discutir com seus alunos professores e equipe gestora - sobre qual obra de Romero Brito se encaixa com o espaço que irá recebê-la. Como este espaço pertence a todos, seria interessante haver uma eleição que envolveria a comunidade escolar, pais e familiares. Procure selecionar as obras que os alunos consideraram mais significativas.

5. Outra dica é trazer para os alunos a biografia de Romero Brito, pois precisamos conhecer o perfil do artista para entender sua obra.

6. A obra já escolhida, mãos à obra.

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2ª ETAPA

2. O próximo passo é preparar o local para receber a tinta base, para tanto será necessário limpar, e pintar de branco . Neste momento os alunos poderão compartilhar intensamente.

3. Depois o espaço receberá o risco com a reprodução da tela de Romero Brito. Para tanto será utilizado o carvão, no qual é excelente para riscar.

4. Nesta etapa será utilizada tinta de piso colorida e reforçada a tonalidade com bisnagas de pigmento. Neste momento poderá ter a participação dos alunos.

5. Para finalizar será reforçado os traços da obra com tinta preta, na qual a obra de Romero exige.

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TEATRO DE OBJETOS INANIMADOS

Objetivos

Descobrir que os objetos podem criar vida e demonstrar sentimentos.

Compreender e apreciar as diversas formas de teatro.

Reconhecer através da dramatização o que os movimentos dos objetos querem dizer.

Encaminhamentos

Crie um ambiente propício para este tipo de apresentação.

Procure utilizar fantasia ou adereço, que valorize seu desempenho em sua interpretação.

Traga para o palco objetos que propiciem uma história.

Utilize sonoplastia e trilha sonora.

Sugestão

Pode-se utilizar o trecho do filme Dança dos Pãezinhos de Charlie Chaplin, em que ele espeta os pães nos garfos criando assim pezinhos dançantes, dando vida aos objetos. O cenário deverá ser com TNT preto, para realçar o objeto e quem irá conduzi-los, coloque os objetos em cima da mesa.

Caso não tenha condições de se produzir como Carlito, leve para dentro da sala o filme “Dança dos Pãezinhos”, onde os alunos possam visualizar a intenção desta fase do projeto e favorecer o entendimento do que é Teatro de objetos inanimados.

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PREPARANDO UM ATOR III:

APRENDENDO A FALAR O CORPO,

EXERCÍCIO PARA RELAXAR.

Objetivos

Aprender a falar numa linguagem teatral.

Exprimir pela voz, pelos movimentos e pela sensibilidade.

Desenvolver técnicas de relaxamento, para dominar seus gestos e ações.

Exercitar o corpo, para representar com mais desembaraço e naturalidade.

Encaminhamentos

Crie um ambiente que favoreça desenvolver técnicas necessárias para preparar seus pequenos atores. Este pode ser sóbrio e silencioso, com uma música ao fundo.

Lembre-se que todos os momentos tem que acontecer através de brincadeiras.

Existem vários exercícios para se aprender a relaxar. Um deles é o nascimento da árvore. Faça seus alunos fingirem que é uma sementinha e agache no chão, como mostra no (desenho 1). Depois começa a respirar calmamente e, sempre respirando, vai crescendo como uma pequena árvore. A respiração e essencial. Depois que a sementinha saiu da terra, então ela começa a crescer (desenho 2). A coluna vertebral é o caule que vai sustentar a árvore. Os braços são os galhos. Sempre respirando profundamente, e de olhos fechados para não perder a concentração, a árvore vai crescendo até ficar uma árvore adulta (desenho 3). Depois ela vai murchando, murchando, até virar de novo semente. Como você poderá ver, a árvore passará por todas as etapas da vida. Ela pequena como criança, depois ficará um arbusto como adolescente, depois grande como adulto; deu frutos e ficará velha, morreu e tornará a virará semente para dar novos frutos.

Mostre aos alunos através de pequenas interpretações, que é necessário relaxarem para representar bem. Um ator tenso mostra estar cheio de medo, envergonhado ou preocupado em não esquecer o papel, ele não consegue direito nem dizer suas falas nem se movimentar na marcação.

Possibilite aos alunos materiais como: adereços de cabeça, chapéus, maquiagens, estolas, gravatas e etc.; com a intensão que eles realizem dramatizações improvisadas. Eles irão se divertir e desta forma lhes ajudarão a entender como um ator se comporta diante de uma interpretação.

Explique aos alunos que mesmo brincando de teatro, eles irão precisar aprender como é que se faz teatro de verdade. Para isto terão que trabalhar dicção (dicção é a arte de falar direito). Professor os alunos deverão aprender a relaxar, a dominarem seus gestos e suas ações, já que as dramatizações realizadas por

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eles são espontâneas e não através de scripts ou ensaios repetitivos (para não estressá-los).

Utilize as vozes de personagens dos contos de fadas mais conhecidos procurando dar vida e impostação que o caracteriza, por exemplo: a da bruxa, a dos porquinhos, a do lobo, a da madrasta da Branca de Neve e etc.

A voz, como se vê é importante, mas ainda não é tudo que alguém precisa para ser um bom ator. Ele precisa também saber transmitir o seu papel pela expressão do corpo, pelos gestos.

Professor leve seus alunos a imaginarem que fazem parte da história (história escolhida pela turma da sala), depois selecione os alunos que se envolveram mais com a história, estes representarão um pequeno trecho dela. Com sua orientação esta representação deverá estar carregada de emoção, para tanto o ator deverá estar relaxado deixando fluir muito sentimento.

Caro professor

O exercício de relaxamento é muito bom para se aprender a relaxar o corpo e a se concentrar. Existe uma porção de exercícios que os alunos-atores podem fazer para educar a sensibilidade. Mas pode ter certeza que sem educar a voz, os gestos e a sensibilidade, não há ator. Ninguém nasce sabendo. As crianças quando nascem tem que aprenderem a falar, a andar; a viver. Para tanto é importante aprender algumas regras.

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TEATRO DE BONECOS

EXPLORANDO O UNIVERSO TEATRAL

Objetivos

Desenvolver a concentração.

Estimular o ato de observar, analisar e o senso crítico. Apreciar as várias características do teatro.

Encaminhamentos

Oriente os alunos que durante o desenvolvimento da peça que irão assistir deverão prestar a atenção para que possam apreciar este momento artístico.

Procure trazer para dentro da sala de aula uma peça de teatro, na qual tenha sido ensaiada e que seja de acordo com a faixa etária, em que os alunos possam interagir com ela.

Antes da apresentação do espetáculo, faça uma breve sinopse da peça.

Apresente os personagens, para que os alunos tenham facilidade de identifica-los.

Professores utilizem uma linguagem clara e adequada a faixa etária, assim evitará que seus alunos desconcentrem.

Os fantoches podem ser confeccionados por você ou em outros casos utilizados os da escola.

Existem vários tipos de boca de cena, porém há formas de improvisar este material com canos de PVC e tecidos de TNT.

Professores Seguem em anexo, as receitas para a confecção de fantoches, e alguns temas simples para serem improvisados.

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Narrativas para Teatros de Objetos Inanimados

Objetivos

Estimular a criatividade, na produção da história.

Desenvolver a arte do improviso.

Trabalhar a expressão artística, dando vida aos objetos inanimados.

Movimentar os objetos conforme a narrativa.

Encaminhamentos

A partir de histórias já conhecidas as crianças deverão elaborar narrativas para a apresentação de um teatro com objetos inanimados, atribuindo a estes sentimentos e ações. A escolha da história, bem como sua utilização na forma literária original ou reelaboração da mesma, será discutida e organizada pelos alunos. Da mesma maneira os personagens e suas ações também estarão sendo determinados a partir de conversas entre professora e as crianças. As apresentações mostrará muita criatividade e originalidade.

Podem se utilizar diversos objetos ao qual instiguem os alunos a criarem pequenas histórias, na qual devem ser organizadas pelo professor.

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MONTANDO CENÁRIOS COM A

PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS

Introdução

O cenário tem a função de ajudar o artista a entrar no contexto da historia e assim

contribuindo com a interpretação do personagem. Para isso os cenários deverão

ser montados com materiais como: papelão; canos de PVC, TNT, tinta e etc.

Objetivos

Enriquecer a obra teatral.

Valorizar as expressões artísticas;

Visualizar o contexto da história;

ENCAMINHAMENTO

1ª etapa

7. O primeiro passo é o professor discutir com seus alunos, quais as obras literárias que eles mais se identificaram, enquanto eram repertoriadas, procure mostrar aos alunos alguns exemplares para que eles relembrem.

8. As obras já identificadas, explique aos alunos que eles terão que ajudar a organizar e produzir os cenários das historias escolhidas (caso tenha mais do que uma).

9. Leve para a sala os painéis de cano de PVC com o TNT já preso e esticado, risque o painel com o cenário e peça aos alunos para ajudarem a pintá-lo. Depois reforce os traços.

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PREPARANDO UM ATOR III:

SENSIBILIDADE E IMAGINAÇÃO.

EXERCÍCIOS DE IMAGINAÇÃO.

Objetivos

Estimular a sensibilidade.

Projetar o aluno nas histórias contadas.

Preparar o indivíduo observador da vida para transformar em imaginação.

Exercitar a imaginação. Encaminhamentos

A missão do professor nesta fase é levar os seus alunos a compreender as sensações que envolvam sensibilidade, como: alegria, tristeza, inveja, medo, amor, raiva, pena, vontade de abraçar, de chorar. Com a intenção de entender todas as sensações, quando elas ocorrem.

Traga para dentro de sala, livros de histórias, em que estimulem a sentirem sensações, nas quais eles irão expor suas sensações. Desta forma estará educando a sensibilidade de seus alunos.

Mostre aos seus alunos que o ator tem que representar no palco uma porção de sentimentos, mas tem que conhecer estes sentimentos. Para conhecer estes sentimentos, ele faz exercícios de sentir. Por exemplo: o professor diz para os alunos-atores: “Senta-se à beira de uma fogueira e sinta frio, depois sinta que o calor da fogueira o está esquentando.” O ator tem então que primeiro imaginar que está sentado à beira de um fogo e depois imaginar que está sentindo calor. Como pode ver já estará começando os exercícios de sentir. Você poderá criar várias situações, na qual ajudará neste processo.

Professor, qualquer história pode ser dramatizada. Depende da imaginação dos atores. É a prática de representar que vai ser a melhor escola do futuro ator. Para representar a história é necessário exercitar a imaginação, devem-se utilizar palavras improvisadas, desta forma os alunos estarão educando a sensibilidade, desenvolvendo a imaginação, se divertindo muito e começando a aprender a fazer teatro.

Não se esqueçam da disciplina. Mesmo numa brincadeira de teatro é preciso certa disciplina, senão ninguém conseguirá fazer nada.

Os exercícios podem ser feito com roupas especiais, com cenário e com música ou sonoplastia. A imaginação dos participantes dos exercícios pode voar para onde quiser. Por isso mesmo é que é maravilhoso o jogo do teatro. Dá a oportunidade para criarmos tantas coisas quanto nossa imaginação inventar. E não se inventa só na história. Inventa-se também na música, na sonoplastia, no cenário, nas vestimentas. Depois de praticar os exercícios abaixo, oportunizará aos alunos a capacidade de inventar muitas outras histórias.

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Para que a imaginação dos alunos tenha estímulos é necessário utilizar recursos como: maquiagem, figurinos, chapéus, perucas e etc. Assim como cenários que façam viajar no mundo da imaginação.

Texto 1 – O Fantasma Num quarto escuro, meninos brincando de fantasmas. No meio da brincadeira, ouve-se um barulho vindo de fora. O medo torna-se real. Tomam coragem e se escondem. Entra um ladrão e começa a roubar. Os meninos observam e resolvem gozar o ladrão – fazem barulho, aparecem vestidos de fantasmas, e o ladrão se apavora e foge.

Texto 2 – A Pescaria Três pescadores saem para pescar. Arma-se uma tempestade tenta remar para a praia (mímica de pescaria – mímica de remar). Ansiedade. Reação, segundo o temperamento de cada um. O mais corajoso pede calma, o outro chora. Finalmente veem ao longe um barco maior que se aproxima. Alegria!

Texto 3 – O Espantalho Toda a noite um ladrão roubava a plantação da família. Os meninos resolvem descobrir quem é. Colocam-se no lugar do espantalho. Quando o ladrão chega, começa a fazer barulho e é agarrado pelos espantalhos, o que amedronta o ladrão, que acaba sendo preso pelos meninos.

Texto 4 – O Milagre Os pais de Pedrinho e João não tinham tempo de arrumar a casa. Os dois filhos, fingindo-se de fadas, resolvem arrumar tudo durante a noite. Quando os pais acordam, não sabem quem trabalhou e acham que é um milagre. No dia seguinte, a mesma coisa. Na terceira vez, os pais resolvem ficar de acordado cuidando para ver quem eram os anjos que os ajudavam. Quando descobrem que são seus próprios filhos, ficam muito alegres.

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DRAMATIZAÇÃO NOS MOVIMENTOS DA PSICOMOTRICIDADE

Objetivos

Incentivar a prática do movimento.

Relacionar através da ação, como um meio de tomada de consciência que une o ser corpo, o ser mente o ser espírito, o ser natureza e o ser sociedade.

Permitir a compreensão da forma como toma consciência do seu corpo e das possibilidades de se expressar por meio desse corpo, localizando-se no tempo e no espaço.

Desenvolver de caráter recreativo dirigido através de jogos lúdicos.

Aliar a dramatização com os circuitos de movimentos da psicomotricidade.

Encaminhamentos

Professor crie uma história em que leve os alunos a se envolverem e que seja um agente facilitador na hora de improvisar durante o circuito psicomotor.

Este circuito deve atingir as necessidades psicomotoras, onde os alunos deverão: subir, descer, pular, equilibrar, engatinhar, rastejar, rolar e segurar.

O contexto da história deve ser simples e os alunos serão os protagonistas, para tanto será necessário traja-los ou colocar adereços, tornando aquele momento real.

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Sugestão de Dramatização O Capitão Gancho por ser muito egoísta (querer tudo para si) enterrou um tesouro (balas de goma) em uma ilha deserta. Para tanto precisamos procurar este tesouro, porém esta ilha possui certos riscos. Para chegarmos à ilha teremos que ir de barco (mesa), depois terá que atravessar uma ponte que fica em um rio cheio de jacarés (ponte é um banco onde os alunos terão que se equilibrar e depois pular), passará por um túnel estreito de uma caverna sinistra. Como esta aventura é cansativa será necessário descansarmos em um lugar seguro, jantaremos e vamos dormir. Ao amanhecer teremos que escalar uma montanha (com uma corda a professora pede para o aluno segurar uma das pontas da corda e com a outra ela puxa o aluno). No final do percurso encontrará o tesouro, no qual será dividido com todos os piratas (alunos).

Professor, Este momento pode ser diversificado com outras histórias e variando os graus de dificuldades do circuito, assim promovendo exercícios psicomotores. Lembrando que a dramatização favorece este momento, procurando trajá-los e envolvendo seus alunos no mundo de: reis e rainhas, piratas e ilhas, índios e florestas e etc.

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PRODUÇÃO DE UM ESPETÁCULO

OBJETIVOS

Escolher a história que fará parte da peça.

Pesquisar o estilo de peça teatral que irão realizar.

Planejar como será feito os cenários e os trajes.

ENCAMINHAMENTOS

Professor traga para a sala de aula os livros, no qual os alunos se identificaram durante o repertório, neste momento eles terão que escolher a história.

Procure analisar a história escolhida pelos alunos. Depois com eles organizem como será o cenário, o que ele precisa ter para ajudar no contexto da peça e da história.

Toda peça teatral tem um estilo, ela pode ser: narrada, protagonizada e interpretada pelos atores. Verifique a melhor forma que você professor (diretor) conseguirá trabalhar.

Como são crianças de maternal o envolvimento do professor na peça será muito importante, criando um personagem no qual ajudará a conduzir os pequenos atores. Sugiro A Dona Carochinha, que entra na história para criar certas confusões, porém ajudará aos alunos na condução da peça.

Organize o estilo de trajes que serão necessários para compor os personagens, lembre que nenhum aluno poderá ficar de fora da peça, para tanto terá que surgir figurantes que farão o papel de: sol, flor, árvores e etc...

Atenção professor, Para o sucesso da produção final deste projeto, terá que seguir alguns critérios: - selecione os livros repertoriados em que os alunos mais se identificaram. Verifique entre estes livros selecionados poderá transformar se em uma peça de teatro. - explique aos alunos que eles terão que escolher somente um livro, para transformá-lo em peça de teatro. - é necessário compreender que esta peça não haverá um script ou roteiro, pois as crianças são pequenas e a intenção do projeto é trabalhar a arte cênica de maneira espontânea sem estressá-las, para tanto a próxima fase do projeto segue a orientação de como conduzir este processo de construção da peça de teatro.

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INTRODUZINDO O TEXTO DA PEÇA NOS PEQUENOS ATORES

OBJETIVOS

Organizar cada trecho do texto.

Fazer o ator observar os pequenos detalhes do texto.

Identificar cada personagem do texto.

Trabalhar as falas dos personagens.

Distinguir os tipos de falas.

Estimular as expressões de: alegria, tristeza, raiva, medo, espanto e etc.

Realizar pequenas interpretações de cada trecho do texto.

Adequar o perfil de cada ator ao respectivo personagem.

Desenvolver com os atores a sonoplastia que envolve a peça.

ENCAMINHAMENTOS

Professor utilize o texto infantil de teatro na sala de aula, servindo-se de suas histórias para trabalhar de maneira mais lúdica.

Procure explorar a história de várias maneiras, sendo através do livro, ou em DVD (se o texto tiver em filme).

Este texto deve ser lido de forma expressiva, enfatizando as falas e as expressões dos personagens.

A sonoplastia que envolve o texto deve ser enfatizada, como: o som da porta se abrindo, o som da chuva, do vento, o trotar do cavalo e etc. Para tanto é necessário que o professor traga alguns recursos improvisados com recicláveis que ajudaram a reproduzir os sons do respectivo texto.

O espelho ajudará aos alunos a trabalhar as expressões faciais que serão reproduzidas pelos alunos.

Este laboratório espontâneo servirá para que o professor perceba o perfil de cada ator que se encaixe com os personagens do texto.

Só então poderá organizar cada ator aos seus respectivos personagens e as situações que o envolve.

Para tanto é necessário ter os cenários em sala de aula para que os alunos o explorem e associem cada situação da história com o respectivo cenário.

Caro professor, As falas dos personagens vão sendo introduzidas de forma lúdica, sem que o aluno sofra estres ou qualquer tipo de pressão. Nesta fase a sua sensibilidade de perceber se o aluno está dominando o conteúdo da história e de seus personagens será importante. Daí a necessidade de explorar o texto utilizando vários recursos (DVD) e explorando várias vezes o respectivo livro.

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OS FIGURINOS OBJETIVOS

Buscar adequar os trajes aos personagens.

Organizar os estilos de acordo com cada figurante.

Pesquisar os trajes de acordo com a época da história.

Improvisar os adereços que compõem os personagens e os figurantes.

ENCAMINHAMENTOS

Professor a ordem neste momento é improvisar, porém se tiver oportunidade de produzir os trajes da peça, é necessário pesquisar, pois o figurino aproxima o ator do personagem.

Os adereços são mais fáceis de adquirir, pois chapéus de palha com flores ou mesmo forrados com tecidos e enfeitados com rendas, máscaras de EVA, coquetes, brincos, colares, óculos sem lentes, bolsinhas, luvas, gorros e etc.

Como todos os alunos serão envolvidos na peça, é necessário produzir fantasias de: sol, lua, flores, passarinhos, árvores, abelhinhas e etc.

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O PALCO – O CENÁRIO

OBJETIVOS

Pesquisar o espaço do palco.

Adequar o cenário à peça.

Organizar o movimento da peça ao cenário. ENCAMINHAMENTOS

Professor o cenário para as crianças nesta faixa etária é indispensável, pois é através dele que o aluno irá se projetar na história, enriquecendo este momento cênico e lúdico.

Os cenários podem ser confeccionados de TNT ou Capa de MDF. O suporte que poderão manter o cenário de TNT poderá usar uma armação de canos de PVC e a armação da Capa de MDF poderá usar uma armação reforçada com vigas parafusadas e bem estruturadas para não tombar.

Como estamos na fase de produção final será necessário verificar o provável palco e algumas adaptações deveram ser feitas.

Segue um modelo de palco, caso seja necessário montar.

Este palco clássico (à italiana). Nele é composto de um painel ao fundo que poderá

receber o cenário, dos lados dois biombos de cada lado, é através deles em que os

atores preparam-se para entrar em cena; na frente do palco há uma armação que

sustenta os refletores e também a cortina.

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SONOPLASTIA E TRILHA SONORA

OBJETIVOS

Enriquecer a peça teatral.

Indicar os momentos de cada parte da história.

Identificar os objetos que irão compor os ruídos da peça.

Escolher as músicas que serão tocadas na peça.

ENCAMINHAMENTO

Professor, como fazer?

Fazer sonoplastia com música é fácil, basta escolher as músicas

que se adequam a peça, pode ser tocada ou cantada durante a

peça.

Para fazer os ruídos utilizamos diversos objetos de vários

materiais, como: - batendo palma e logo depois uma mão de

cada vez no peito, temos o trotar do cavalo; - agitando a uma

folha de alumínio temos o som do trovão; - se enchermos um

balão sem amarrá-los e deixarmos o ar escapar sem deixar o

balão voar conseguimos o som do vento; - com 4 caixas

pequenas de pizza e em cada uma 2 colheres de sopa de grãos

diversos como: milho de pipoca, feijão, arroz e lentilha, prende-

se as quatro caixas e faça movimentos circulares, terá o som do

mar.

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APRESENTAÇÃO DA PEÇA

OBJETIVOS

Estimular a alto estima dos atores.

Tornar prazeroso este momento.

Criar um ambiente de muita satisfação.

Valorizar o momento cênico.

Orientar e dirigir a dramaturgia.

Organizar os detalhes da apresentação.

ENCAMINHAMENTO

Professor, o Produto Final é a apresentação da peça na qual

envolveu os alunos dentro deste projeto.

Como sabe, estamos trabalhando com alunos de maternal, este

momento será necessária muita organização, para que haja

qualidade e prazer no decorrer da produção.

Lembre-se será necessária sua participação na condução da peça,

sugiro a Dona Carochinha, afinal ela é muito intrometida e atrevida,

entra na história para se envolver com todos os personagens de

uma forma engraçada, utilizando falas dos alunos que não

conseguirem interpretar naquele momento.

O carinho e a atenção aos alunos desde sua produção até o

instante da apresentação é essencial para o sucesso da peça.

Para que a apresentação seja um sucesso é necessário preparar

os cartazes de propaganda e os convites, tendo o cuidado de

verificar se o número de pessoas comporta o local do evento.

Verifique o palco, a iluminação, a cortina, o cenário, o som e não

se esqueça da filmadora e da máquina de fotografia, pois estes

registros são importantes como arquivo de produção.

Também é necessário o cuidado com a plateia, no qual deverão

estar confortavelmente posicionados.

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DIAGNÓSTICO AVALIATIVO

ALUNOS

EXPRESSA COM O CORPO, COM A FALA E COM O OLHAR?

BUSCA SOLUÇÕES

CRIATIVAS:

INVENTANDO;

ADAPTANDO; E

IMPROVISANDO?

EXPRESSA

ESPONTANEAMENTE

ATRAVÉS DO

CONTEXTO DA

HISTÓRIA?

DESENVOLVE

BONS HÁBITOS

SOCIAIS,

SABENDO

RESPEITAR O SEU

MOMENTO E AO

DO PRÓXIMO?

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ATIVIDADES EXTRAS DE

RELAXAMENTO

VIAGEM IMAGINÁRIA – Os pequenos atores deitam-se de costas no chão,

braços de lado, sem cruzar as pernas, de olhos fechados. O professor deve

pedir que imaginassem que seus corpos estão muito pesados, afundando no

chão. Deve mencionar lentamente as diferentes partes do corpo, todas elas

se tornando mais e mais pesadas: dedos, tornozelos, pulsos, unhas,

pescoço, cabelo, pálpebras. Deve pedir que imaginassem estar numa praia

de areia macia e quente, num dia ensolarado. Deve pedir que imaginasse

cercados de sons do mar – ondas arrebentando na praia, gaivotas gritando

ao longe. Então, quando se sentirem prontos, os atores levantam-se

vagarosamente e abrem os olhos, permanecendo quietos. E o professor

deve dizer que a partir daquele momento os alunos já podiam iniciar a

viagem imaginária.

VIAGEM IMAGINÁRIA I – O professor deve pedir-lhes que imaginem e

interpretem o seguinte: afastam-se da praia, sobre dunas de areia e grama

alta. Entram numa floresta sombria que se espalha por todas as direções.

Depois do calor da praia, a floresta está fria e escura. Percebem que não

sabem mais onde estão e começam a ouvir sons estranhos, assustadores,

que vêm de todas as direções. Procuram cada vez mais freneticamente por

sinais reconhecíveis. Então, através da escuridão crescente, avistam outra

pessoa (outro ator) na floresta. Sentem-se aliviados por se encontrarem e

dizem um ao outro, em pantomima, como se perderam. Continuam juntos.

Enquanto isso, os sons ficam mais próximos, parecendo mais perigosos; a

noite torna-se mais fria e assustadora. Cada par de atores encontra outro

par; trocam histórias, e continuam juntos como quarteto. Descobrem uma

escarpa rochosa que se eleva sobre ambos os lados, a perder de vista. Um

membro do grupo encontra uma abertura sob a escarpa, larga suficiente

para uma pessoa passar rastejando. Os membros do grupo ajudam-se

mutuamente para atravessarem a abertura, encontrando-se então de volta a

quentura e à luz do sol.

VIAGEM IMAGINÁRIA II – O professor deve pedir-lhes que imaginem e

interpretem o seguinte: eles veem e sentem o sol se escondendo atrás das

nuvens; o vento ficando cada vez mais forte. Começa a cair à chuva – a

princípio, somente alguns pingos isolados, transformando-se logo após num

aguaceiro frio fustigado pelo vento. Recolhem seus pertences na praia e

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correm para se abrigar numa pequena choupana nas redondezas. Entram e

encontram lenha para acender o fogo. Quando o fogo começa a arder, os

atores se aquecem, até que se sintam novamente confortáveis. Olham

através da janela e vê o sol se abrir novamente. Tentam abrir a porta e

descobrem que não podem sair. Forçam-na e empurram-na, em vão.

Ouvem, de repente, um som agudo que lhes fere os ouvidos. Silêncio então.

Tentam sair novamente à porta ainda está trancada. Olham em volta e vê

outra porta, uma porta muito pequena. Tentam abri-la e ela se abre,

revelando uma passagem estreita. Entram no corredor, que é frio e cheio de

obstáculos. Ele se torna úmido e lamacento, ficando depois empoeirado,

cheio de teias de aranha, morcegos voando e ratos correndo. A passagem

fica cada vez mais estreita, tornando-se, por fim, tão estreita que os atores

não podem se mover. Empurram as paredes, mas, misteriosamente, elas se

movem em direção a eles. Os atores descobrem uma corda que pende do

teto e a puxam. De repente estão livres. A luz é tão forte que seus olhos

doem. Descobrem estar numa sala grande e bonita, a sala mais bem,

mobiliada em que jamais estiveram, com janelas altas, cortinas, lareira,

tapetes persas. Percebem que estão elegantemente trajados. Encontram

comidas – as suas prediletas – em um bufê. Veem amigos na sala e os

cumprimentam calorosamente, em pantomima. Contam, em pantomima,

suas aventuras. O tempo passa; os convidados ficam cansados e se vão.

VIAGEM IMAGINÁRIA III – O professor deve pedir-lhes que imaginem e

interpretem o seguinte: caminham por uma pequena estrada que vai da

praia até uma cidadezinha. O dia ainda está lindo e ensolarado e eles muito

felizes. Cada ator vê alguém que conhece; formam pares. Cumprimentam-se

e contam um ao outro, em pantomima, algo maravilhoso que lhes ocorreu

neste dia. Os atores devem estar atentos para fazer pantomima do ouvir e

do reagir, assim como do falar. Os pares separam-se e os atores continuam

andando individualmente pela cidadezinha. Os ânimos modificam-se no que

eles caminham para mais longe. Os atores olham para seus relógios: estão

atrasados para um compromisso importante! Ao andarem pelas ruas

lotadas, todos os outros parecem ir muito devagar. Esbarram em bons

amigos; cumprimentam-se cordialmente, mas com pressa explicam, em

pantomima, as razões por estarem tão apressados, pedem desculpas pela

afobação e partem. Continuam a correr para o seu compromisso e

descobrem, quando lá chegam, que a porta está trancada - saíram cedo

para almoçar. Os ânimos modificam-se novamente. Sentem-se irritados,

frustrados. Caminham pela cidade, com raiva do mundo. Veem conhecidos

de quem não gostam, mas com quem sentem que devem agir cordialmente.

Formam pares e trocam cumprimentos com explicando, em pantomima, seu

mau humor. Separam-se. Ao continuarem sua mal-humorada trajetória,

avistam subitamente um cartaz de “liquidação” – 50% de desconto em algo

que querem há muito tempo. Novamente, o humor transforma-se. Conferem

em suas carteiras sim, há dinheiro o suficiente! Entram na loja e compram o

objeto. Saem, carregando alegremente sua nova aquisição. Encontram com

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amigos e contam sempre em pantomima e nunca falando, sobre sua boa

sorte. Convida-se para um refrigerante ou um sorvete numa lanchonete

próxima.

Procure utilizar essas atividades adaptando-a para seus alunos, utilizando

falas mais simples e buscando um relaxamento através dos momentos

tranquilos e nos movimentos dramatizados de forma leve e sublime.

.

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Prezados Professores,

Este projeto é baseado no livro de Maria Clara

Machado, minha grande inspiradora. Nele aliei a arte

cênica às atividades que envolvem a educação

infantil. Tendo a maior intenção de trabalhar a

expressão corporal, a oralidade, a acuidade auditiva,

a organização em grupo, o hábito de representar, a

criatividade e a imaginação dos pequenos alunos. A

arte cênica remete a criança no universo dos contos

de fadas, das histórias de heróis, no mundo dos

animais, dos personagens bonzinhos e dos malvados,

do circo, dos monstros e etc. Em todos os momentos

esta grande brincadeira pode transformar e

enriquecer a vida de uma criança.

VAMOS MERGULHAR NO MUNDO DO FAZ DE CONTA!!!

Professora Maria Fernanda Brisolla da Mota