Programa Preliminar

CENTRO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE QUARTEIRA

CONCURSO PÚBLICO DE CONCEÇÃO PARA A ELABORAÇÃO DO PROJETO DE CENTRO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE QUARTEIRA

AssessoriaPromotor

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Índice

�

1. Introdução ............................................................................................................................. 2�

2. Área de intervenção .............................................................................................................. 5�

3. Objetivos ............................................................................................................................. 13�

4. Programa de intervenção ................................................................................................... 15�

5. Condicionantes ................................................................................................................... 20�

6. Custo de obra ..................................................................................................................... 20�

7. Anexos ao Programa Preliminar ......................................................................................... 20�

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1. Introdução

“Começa a ganhar expressão um novo paradigma de desenvolvimento que liga a economia

e a cultura, combinando aspetos económicos, culturais, sociais e tecnológicos do desenvol-

vimento. As regiões com futuro são aquelas que souberem enfrentar este enorme desafio, as

que conseguirem apurar as suas capacidades, oferecendo produtos distintivos e serviços cri-

ativos (…) atraindo e retendo talento e capital para um desenvolvimento económico

sustentável.” (Estudo Macroeconómico – Desenvolvimento de um cluster de Indústrias Cria-

tivas na Região Norte)

A cultura e a criatividade estão nas principais agendas políticas nacionais e europeias, de

facto o sucesso das cidades está cada vez mais ligado aos serviços que dispõem ao público

e à qualidade de vida que estes oferecem. A Cultura desempenha um papel vital na promoção

de um território: onde apeteça viver e investir.

Neste contexto, é importante destacar que o Município de Loulé encara a cultura como um

vetor determinante para o desenvolvimento do território. O recente Programa Estratégico

Loulé 2025 (Documento operativo), define uma visão ampla para o concelho, centrada num

território mais inclusivo, mais coeso, mais competitivo e mais sustentável, e onde é possível

encontrar as seguintes referenciais neste documento “Um território (…) que alavanca o em-

preendedorismo e estimula a inovação, o conhecimento, a cultura e as indústrias criativas” e

“Um território (…) que assume relevância nos setores da educação (…)”.

O documento detalha, em pormenor, esta ambição, se considerarmos os Domínio de Inter-

venção Estratégica “Reforço da inclusão social” e “Promoção da Sustentabilidade do

Turismo”, nomeadamente tendo presente as Iniciativas Âncora 1 “Valorizar a educação” e 14

“Fomentar o Acesso à Cultura e Promover o Património”. Neste âmbito, destaca-se, clara-

mente, o Objetivo Estratégico 14.2 “Apostar na produção cultural (artes plásticas, teatro,

dança, performativas). No quadro desta Iniciativa Âncora encontramos identificado a ação

14.3 “Criar o Complexo Cultural de Quarteira” (que corresponde ao projeto em referência:

CECQ – Centro de Educação e Cultura de Quarteira).

Significa, portanto, que o presente projeto assume uma forte relevância estratégica para o

desenvolvimento do território e dos setores em questão, nomeadamente a cultura e a educa-

ção, para além de outras áreas de especialização como são as indústrias criativas, onde o

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concelho de Loulé tem vindo a desenvolver várias ações, como é o projeto “Loulé Criativo”,

que permitem começar a ganhar um posicionamento relevante nesta matéria.

Ainda no contexto de outro setor estratégico para o município, como são as alterações climá-

ticas, têm vindo a ser desenvolvidas ações que procuram, no essencial, articular a educação

e a cultura como são a peça de teatro “CLIMAAT 100”, onde se pretende alertar e informar,

de uma forma cómica e leve, os alunos do 1º Ciclo das escolas da cidade de Loulé, sobre um

assunto tão sério como é o das Alterações Climáticas.

Destacar ainda que este projeto pretende constituir-se como um polo cultural inovador na

região e no País pois integra, programaticamente, a ação cultural de divulgação e programa-

ção de eventos e espetáculos com a componente formativa e educativa. O binómio de 2 salas

(uma sala de espetáculos convencional e uma sala experimental, tipo blackbox), surge em

articulação com a ambição de alargamento da formação do Conservatório de Música de Loulé

Francisco Rosado à área da dança. A inauguração em 2018 do Conservatório de Música de

Loulé Francisco Rosado permitiu que o concelho e a região beneficiassem já com o surgi-

mento da oferta pública de formação musical, através da parceria com o Ministério da

Educação.

O Município de Loulé pretende alargar a proposta educativa permitindo o acesso à formação

nas áreas criativas por acreditar que as competências exigidas às futuras gerações deverão

ser ampliadas estimulando os alunos a integrar o conhecimento científico e humanista com

os processos criativos.

O Centro de Educação e Cultura de Quarteira – CECQ pretende constituir-se como uma nova

centralidade vem reforçar o papel do concelho de Loulé ao nível local, regional e nacional já

que integrará no seu projeto meios e ferramentas que permitirão: atrair, formar e fixar talento

e criatividade e, ainda, gerar redes locais, nacionais e internacionais.

O programa pautar-se-á por critérios de qualidade, exigência, profissionalismo e diversidade.

A tónica numa oferta cultural que se distinga das propostas já existentes na região, traduz-se

na articulação entre um centro de espetáculos integrado com uma escola pública de dança

com a extensão de uma residência para o acolhimento de coproduções e desenvolvimento

de projetos de residências criativas.

A proposta pretende a aproximação entre alunos, formandos e artistas e destes com a comu-

nidade do território. O programa pretende gerar condições para a criação, numa fase

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posterior, de uma Biblioteca Pública e da expansão da Escola de Dança. Trata-se de um

ambicioso projeto de educação e aprendizagem criativa que permitirá a concretização de es-

tratégias de mediação entre a criação artística e os seus consumidores, que captará, formará

e fidelizará púbicos.

Estando conscientes da necessidade de contenção orçamental para qualquer intervenção, o

exercício projetual implica por norma optar por soluções de a em detrimento de b, tendo sem-

pre como orientação a qualidade/utilidade e a função especifica do espaço, dos seus

utilizadores e dos públicos alvo.

Sendo assim, as áreas indispensáveis e que mais diretamente vão ao encontro das primeiras

necessidades do Dono de Obra e dos seus utilizadores – público, alunos, comunidades e

artistas, devem orientar a gestão global de projeto. Pretende-se que o Centro de Educação e

Cultura de Quarteira (CECQ) garanta as condições técnicas de qualidade e funcionalidade,

tanto na área de acolhimento de público como de acolhimento de artistas em residência; for-

mação na área da dança, como na área de mecânica de cena. O futuro espaço de biblioteca

deverá ser inovador e focado na experimentação, conhecimento e plataforma de encontro do

território onde o cidadão seja entendido como fator chave; na aposta da aprendizagem ao

longo da vida, diversidade, cooperação e trabalho em rede; descoberta de novas culturas e

experiências, onde a tecnologia e conhecimento sejam a marca, numa organização flexível,

profissional e sustentável.

É fundamental garantir num espaço desta natureza as melhores condições técnicas, de qua-

lidade e funcionalidade. Face ao exposto, procurou-se definir o mais possível a função dos

vários espaços. O Centro de Educação e Cultura de Quarteira (CECQ) deverá ser projetado

de forma a garantir a máxima flexibilidade, proporcionando a todos os intervenientes no ciclo

produtivo das artes do espetáculo e educativos, o maior número possível de opções de tra-

balho e oferta.

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2. Área de intervenção

Área de intervenção

A área de intervenção com cerca de 12 800 m2, encontra-se delimitada a norte pela Av. Papa

Francisco, a nascente por uma área verde, a sul por um conjunto urbano de habitações uni-

familiares e a poente pela Av. de Ceuta.

É um ponto de convergência das vias de acesso à cidade, relativamente a Loulé, Boliqueime

e Vilamoura, Vale do Lobo, Almancil e Quinta do Lago. A localização desta nova infraestrutura

permite traçar dois eixos convergentes, que ligam a zona Norte à zona Sul da cidade, permi-

tindo articular e aproximar o que aparentemente fica distante.

A área de intervenção surge enquadrada no Plano de Urbanização Quarteira Nordeste que

configura para esta área uma centralidade do ponto de vista de espaço público reforçada com

equipamentos públicos que este concurso vem dar conteúdo funcional específico com o Cen-

tro de Educação e Cultura de Quarteira (CECQ).

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Enquadramento Urbanístico

A zona de intervenção onde se insere o terreno que irá acolher o Centro de Educação e

Cultura de Quarteira (CECQ) integra o Plano de Urbanização de Quarteira Norte-Nordeste

(PUQNNE), publicado sob o Aviso nº 9368/ 2010, no Diário da República n.º 90, 2ª série, de

10 de Maio de 2010, em articulação com o Regulamento Municipal de Perequação Compen-

satória e dos Fundos de Compensação (RMPCFC), publicado sob o Regulamento n.º

875/2010, de 13 de Dezembro.

Este plano é estruturado por uma área central de parque urbano que pretende articular com

o tecido urbano envolvente, os diferentes equipamentos públicos existentes e os previstos no

plano A área de intervenção está definida como uma nova zona de equipamentos públicos

que propiciarão essa articulação funcional e contribuirão para a atratividade urbana.

A área de intervenção do projeto coincide com a secções 8.1., 8.3. e 8.4 delimitadas na figura

infra.

Extrato da Planta de Zonamento do PUQNNE (sem escala)

Usos

O Regulamento do PUQNNE afeta para a secção 8.1. o uso de equipamento de utilização

coletiva do tipo Cultural/Desportivo e para a secção 8.4. o uso de equipamento coletivo do

tipo de ensino.

As tipologias citadas são compatíveis com o presente programa preliminar pois contempla o

Centro de Espetáculos (Uso Cultural) e a Escola de Dança (Ensino).

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A delimitação de categorias ou subcategorias que sejam contíguas, pode sofrer ajustes de

pormenor que viabilizem uma gestão urbanística mais célere e eficaz, desde que desse ajuste

não resulte a diminuição do quantitativo de superfície de solo afeta a cada uma delas e desde

que seja respeitado o disposto no artigo 19º, nº 2 alíneas a) a d) do Regulamento do

PUQNNE.

Relativamente à secção 8.3. o uso previsto é o de praça pública. Os objetivos específicos

para este espaço são os definidos nos artigos 38º, 39º e 40º do regulamento do PUQNNE.

Nos termos da alínea d) do nº 1 do artigo 40.º, a arborização existente que se enquadre no

definido no artigo 22.º, tem que ser mantida e valorizada nos termos do artigo 23.º. Caso na

área de intervenção sejam identificadas árvores, com as características previstas no artigo

22.º, devem as mesmas ser identificadas na memória descritiva do projeto, bem como des-

critas as medidas a adotar nos termos do artigo 23.º.

A arborização proposta para a praça não tem carácter obrigatório, de acordo com o disposto

nas alíneas a) a g) do n.º 1 do artigo 40.º.

8

9

10

Articulação com o Parque Urbano

O desenvolvimento do projeto deverá garantir a articulação da praça central pública com o

parque urbano por meio de uma ligação pedonal. De acordo com o artigo 53º do Regulamento

do PUQNNE, relativamente à rede viária, no geral, e aos percursos pedonais, em particular,

são admissíveis alterações às características referidas no número anterior, em situações con-

cretas em que seja demonstrada a melhor adequação das mesmas, nomeadamente às

condições topográficas e cadastrais em presença e desde que o nível de serviço não resulte

diminuído. Mais se clarifica que a ligação poderá ocorrer em cota de nível sob o conjunto

edificado.

Arruamento de serviço

De acordo com a planta de zonamento do PUQNNE, a área de intervenção deve ser servida

por um arruamento de serviço ao longo do seu perímetro a norte, sendo esta via paralela às

avenidas existentes e dotada de estacionamento na via pública. O perfil de arruamento, que

inclui as vias de circulação existentes e as vias de serviço laterais a considerar na proposta,

deverá ter a seguinte composição:

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Perfil Tipo 1

Fonte: Anexo 1 do Regulamento do PUQNNE (em articulação com a Planta 3.04 - Rede Viária)

12

Estacionamento

O requisito funcional do programa preliminar de dotação de estacionamento para 200 lugares

(em solução integrada com o resto do programa funcional) dentro da área de intervenção está

compatibilizado com o disposto no artigo 61º do Regulamento do PUQNNE. Deverá ser ga-

rantido um mínimo de 14 lugares de estacionamento na via pública. Com vista à satisfação

das necessidades de estacionamento deverá ser cumprido o disposto nos artigos 60.º e 61.º

do regulamento do PUQNNE.

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Cércea e número de pisos

O Regulamento do PUQNNE não define limitações à cércea e número de pisos remetendo a

apreciação da solução às necessidades especificas do programa preliminar e a sua adequada

inserção urbana no contexto específico e da envolvente próxima.

3. Objetivos

O Centro de Educação e Cultura de Quarteira (CECQ) tem a ambição de se vir a constituir

como um complexo cultural integrado, com metodologias de abordagem de espaço de encon-

tro, para a fruição das artes do espetáculo, criação e formação diferenciadas com pessoal

especializado, potenciando capacidades, alargando possibilidades de iniciativas e atracão de

públicos.

O projeto de arquitetura é um veículo primordial para configurar uma solução física e espacial

que permita uma gestão integrada das várias funções acolhidas, nomeadamente, de organi-

zação funcional, gestão interna de acolhimento do público, pedagógicos e educativos. Deverá

ser promotor convivências quotidianas constituindo-se como uma nova plataforma de encon-

tro com a comunidade e artistas tendo em conta a sua inserção na Região do Algarve e na

Comunidade de Quarteira.

Pretende-se que a solução tenha em consideração preocupações de economia de escala e

eficácia de gestão, de forma a rentabilizar recursos humanos nas áreas comuns, nomeada-

mente na receção e armazenamento, sala de espetáculos, blackbox, área de estúdios de

aulas, biblioteca, projeto educativo, livraria, residência; café-concerto e outras, terraços e es-

paços exteriores de lazer.

Os principais objetivos para a elaboração do projeto, para além de desempenhar as suas

funções específicas, são:

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ADEQUABILIDADE AO PROGRAMA FUNCIONAL

Definir uma solução de edifício com resposta eficiente ao programa preliminar, com clareza e

funcionalidade na articulação dos vários espaços, interiores e exteriores:

• Definição clara da hierarquização e articulação de espaços públicos, semipúblicos e

privados dentro do CECQ;

• Adaptabilidade dos espaços a diferentes ocupações, tendo em conta uma utilização

versátil;

• Organização dos espaços por forma a otimizar a gestão do funcionamento diário do

edifício;

• Cumprir as exigências técnicas da Sala Principal.

• Resiliência da solução para poder vir a acolher a inclusão da Biblioteca em fase pos-

terior bem como da expansão da componente educativa.

QUALIDADE DA SOLUÇÃO ARQUITECTÓNICA E CONSTRUTIVA

Integrar o CECQ na envolvente urbana, qualificando o espaço público envolvente:

• Definir uma relação urbana qualificada entre o novo CECQ e a envolvente e em espe-

cial com o futuro parque urbano, criando um lugar de atratividade e potenciador novas

dinâmicas de centralidade para a cidade de Quarteira;

• Articulação do novo CECQ com a envolvente ao nível dos acessos, circulações e es-

tacionamento;

• Criar uma identidade arquitetónica de referência para a Cidade de Quarteira

EXEQUIBILIDADE TÉCNICA E SUSTENTABILIDADE DA PROPOSTA

Aplicar soluções construtivas e técnicas que apresentem boa exequibilidade e execução efi-

ciente dentro dos prazos definidos, bem como uma relação vantajosa entre o custo da

intervenção e as soluções de eficiência energética e sustentabilidade propostas bem como

de manutenção futuras:

• Incorporar estratégias de sustentabilidade, de modo a reforçar os objetivos para o De-

senvolvimento Sustentável do Concelho definidos pelas metas da Estratégia Municipal

de Adaptação às Alterações Climáticas do Município (Anexo 11), privilegiando: um

sistema construtivo composto por materiais locais, de reduzida pegada ambiental e

um ciclo de vida com durabilidade e manutenção eficientes; estratégias passivas de

conforto ambiental reduzindo gastos energéticos; e a reutilização de água e/ou outras

boas práticas;

• Adequação da solução projetual à estimativa custo de construção.

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4. Programa de intervenção

O complexo edificado será constituído na sua totalidade pelos seguintes espaços que serão

desenvolvidos em 2 fases:

• Módulo 1 - Centro de espetáculos e residências (1ª fase)

• Módulo 2 - Escola de dança (1ª fase) + expansão (3ª fase)

• Modulo 3 – Biblioteca (2ª fase)

• Módulo 4 – Estacionamento (1ª fase)

• Espaços Exteriores (1ª fase)

O programa de intervenção, no âmbito do presente concurso, inclui apenas o desenvolvi-

mento dos módulos relativos à 1ª fase e uma projeção das 2ª e 3ª fases:

• Módulo 1 - Centro de espetáculos e residências: programa base

• Módulo 2 - Escola de dança: programa base e projeção da área de ampliação

• Modulo 3 – Biblioteca: projeção da implantação, volumetria e relação com os res-

tantes módulos

• Módulo 4 – Estacionamento: programa base

• Espaços Exteriores: programa base

O CECQ será servido por um conjunto de espaços de apoio técnico, serviços e atividades

conexas que permitirá a otimização, articulação e gestão eficiente e racional de todo o con-

junto.

Os programas funcionais de cada módulo podem ser consultados nos seguintes anexos:

Módulo 1 – Centro de espetáculos e residências (ver Anexo 5)

Módulo 2 – Escola de Dança (ver Anexo 6)

Módulo 3 – Biblioteca (ver Anexo 7)

A biblioteca será um edifício a desenvolver numa fase posterior, cujo programa

funcional consta do Anexo 7. No presente concurso, é necessário apenas consi-

derar o seguinte:

- Área de implantação do edifício da biblioteca

- Volumetria e integração com o CECQ

- Relação com o CECQ ao nível das circulações internas e externas, pedonais e

viárias

Módulo 4 – Estacionamento (ver Anexo 8)

16

QUADRO DE ÁREAS Descrição Observações Áreas parci-

ais (m2)

Áreas

totais

(m2)

Áreas

totais/

Módulo

MÓ

DU

LO 1

- C

EN

TR

O D

E E

SP

ET

ÁC

ULO

S E

RE

SID

ÊN

CIA

S

SALA PRINCIPAL Sala de espetáculo Palco 374

3.187

Plateia 450

Laterais/balcão 150

Fosso de Orquestra 80

Reggie 20

Cabine de tradução simultânea 10

Sub-Palco 150

Arrumo Técnico 72

Oficina Técnica 30

Áreas Infaestruturas Técnicas - Gerador 20

Áreas Infaestruturas Técnicas - PT 15

Áreas Infaestruturas Técnicas - QGBT 10

Caldeira 20

Foyer 210

Bilheteira 12

Bengaleiro 10

IS Público 100

Camarim I (8pax) com IS 35

Camarim II (8pax) com IS 35

Camarim III (16pax) com IS 60

Camarim IV (16pax) com IS 60

Camarim VI (2pax) com IS 12

Camarim VII (2pax) com IS 12

Camarim VIII (2pax) com IS 12

Camarim IX (2pax) com IS 12

Circulações 150 2.121

CAFÉ-CONCERTO Café Concerto Que possa ter pequeno palco

/ zona de projeção 150

Régie 10

IS/ balneário 12

Arrumos 16

Copa/cozinha 35

IS Público Que permita a utilização con-

cessionada sem interferência

nos IS do Teatro

40

263

BLACK-BOX Sala Estúdio Palco = 14x16 + Plateia Re-

batível = 16x16 480

480

CENTRO DE RESI-

DÊNCIAS

Zona de refeições zona de estar 35

Quarto 1 (2pax) 15

Quarto 2 (2pax) 15

Quarto 3 (2pax) 15

Quarto 4 (4pax) 15

Quarto 5 (4pax) 15

IS Masculino 7

17

IS Feminino 7

Lavandaria 6

Circulações 10 140

ADMINISTRAÇÃO /

PRODUÇÃO

Gabinete 1 Direção Artistica 20

Gabinete 2 Secretariado, gestão 16

Sala de Reunião 25

IS 20

Arrumos, arquivo 12

Sala de Produção e Técnica Open Space que possa ser

dividido25

Serviço mediação e projeto educativo Open Space que possa ser

dividido25

Sala da comunicação Open Space que possa ser

dividido25

Circulações 15 183

MÓ

DU

LO 2

- E

SC

OLA

DE

DA

NÇ

A

ÁREA LECTIVA Sala Multifuncional 1 Pavimento de madeira, corti-

nas, luz natural e espelhos,

ciclorama

144

1.167

Estúdio 1 Pavimento de madeira, corti-

nas, luz natural e espelhos,

ciclorama

120

Balneários Estúdio 1 50

Estúdio 2 120

Estúdio 3 Pavimento de madeira, luz

natural 120

Balneários Estúdio 2 e 3 50

Estúdio 4 100

Estúdio 5 100

Balneários Estúdio 4 e 5 50

Gabinete trabalho professores 1-4 professores 12

Gabinete trabalho professores 1-4 professores 12

Sala de trabalho 6-8 utilizadores 20

Sala de trabalho 6-8 utilizadores 20

Sala de alunos 30

IS Público 20

Arrumos 20

Circulações 80 1.068

GESTÃO/

ADMINISTRAÇÃO

Gabinete direção

15

Sala de reuniões 20

Gabinete Técnico 25

Gabinete Administrativo 20

IS 10

Circulações 9 99

18

MÓ

DU

LO 4

-

ES

TA

CIO

NA

ME

NT

O ESTACIONAMENTO

EM CAVE

3000

Área útil TOTAL (m2) 7.354

As áreas indicadas são áreas úteis de referência, sendo que a A.B.C. total máxima é

de 8000 m2.

Espaços Exteriores (+/- 3.000,00 m2)

• Deve permitir a fruição e cultivo do gosto pela atividade cultural, educativa e pelo ar

livre e utilização de meios naturais, de lazer ou de estar e criar um diálogo com o

edifício e com a paisagem circundante, possibilitando a que se possam fazer ativida-

des a céu aberto, como concertos – de maior ou menor dimensão – artes

performativas, circo contemporâneo, cinema, workshops e conferências ou outros,

utilizando o formato de antiteatro, através da modelação do terreno e criando plata-

formas, que possam funcionar como caminhos evitando a construção de muros ou

outras barreiras físicas.

• A área ou áreas destinadas a palco, devem prever a sua infraestruturação técnica ou

a possibilidade de incluir um sistema temporário.

• O espaço deverá ser pensado de forma a poder ser controlado, quando existir pro-

gramação artística.

• A proposta deve prever os acessos e arruamentos necessários à zona de estaciona-

mento; cargas e descargas, e demais acessos, nomeadamente o acesso principal e

aos diferentes módulos, à área exterior e, numa fase posterior à biblioteca.

• A proposta deve comtemplar iluminação exterior em Leds; áreas ajardinadas e de

lazer e de enquadramento paisagístico, em especial no tratamento e valorização do

caminho de acesso a área protegida ecológica.

• Nos arranjos exteriores devem prevalecer soluções sustentáveis, ao nível da durabi-

lidade, a permeabilidade, mobiliário urbano.

• Serão valorizadas as propostas em que o espaço exterior resulte de uma relação

articulada entre as implantações dos edifícios e o lugar, entendendo-se que não

19

constitui o lugar apenas as suas características naturais, mas a relação entre estas e

as suas características construídas.

• Atendendo à exigência do programa definido para a ocupação da área de interven-

ção, serão de grande importância os recursos de projeto que permitam salvaguardar

uma percentagem tão grande quanto possível de área permeável, particularmente

por se tratar de um projeto para um lugar cuja evolução tende para um clima cada

vez mais característico de regiões áridas.

• Também por isso, serão valorizadas propostas em que o conforto da utilização dos

espaços exteriores resulte da boa relação entre zonas de estadia, edifícios e vegeta-

ção, quando considerado o ciclo diário da incidência de insolação. Entende-se, neste

contexto, que uma solução sustentável será aquela que dependa tanto mais destes

fatores, e em particular do bom uso de vegetação enquanto agente promotor de con-

forto e qualidade ambiental, quanto menos de recursos artificiais, em particular no

que se refere à criação de zonas de sombra.

• No que se refere à gestão da água no âmbito do projeto para os espaços exteriores,

serão valorizadas as soluções em que se reduzam a um mínimo eficaz as necessida-

des de irrigação. Por outro lado, serão também valorizadas as soluções que

preconizem uma elevada capacidade de infiltração e retenção das águas pluviais,

considerando-se ótima uma proposta que permita a autossuficiência da área de inter-

venção, no que se refere à sua capacidade de infiltração. A utilização da água

enquanto elemento promotor de conforto na utilização do espaço exterior será valori-

zada, quando subordinada às duas preocupações acima expostas, entendendo-se

desadequado o recurso à água enquanto elemento decorativo, por se considerar

muito pouco sustentável numa situação geográfica como a da Quarteira.

• A iluminação, para além da iluminação específica que terá que responder aos requi-

sitos técnicos de cada evento que possa ter lugar no exterior, deverá ser estudada de

forma a articular a eficácia na implantação de pontos de luz com a eficácia da ilumi-

nação do espaço, atendendo a pelo menos duas tipologias fundamentais; espaços

de estadia e espaços de circulação. No âmbito desta questão deverão ser preferidos

sistemas que, para além de garantirem um consumo eficaz de energia, garantam

também uma poluição mínima de luminosidade, particularmente no que se refere à

orientação de iluminação artificial para o céu.

• Os elementos construídos a prever na composição do espaço exterior deverão resul-

tar de uma linguagem articulada com a própria linguagem construída a propor para

os edifícios, sendo tanto mais valorizada, quanto mais íntegra for a ocupação cons-

truída que resultar de cada proposta.

20

• O projeto deverá dar um especial enfoque à estrutura e conceção dos Espaços Exte-

riores. Se bem que há a ambição de uma articulação interna dos diferentes módulos

por forma a otimizar os acessos e controlo de segurança, a articulação exterior entre

espaços edificados deverá possibilitar uma apropriação criativa dos mesmos pelos

utentes bem como dos agentes responsáveis pela programação dos espaços.

• O contexto climatérico da região algarvia convida e potencia o desenvolvimento de

eventos ao ar livre. O CECQ tem a ambição de poder ver alargada as áreas disponí-

veis para oferta de programação por via da proposta de arranjos exteriores.

5. Condicionantes

No desenvolvimento da proposta deverão ser tidos em conta pelos concorrentes as seguintes

condicionantes:

• Especificidades da Sala Principal, designadamente no que respeita à tipologia de

palco

• Integração da futura biblioteca e expansão da Escola de Dança

• Otimização da organização dos espaços para uma gestão do funcionamento eficiente

e otimizada

• Implantação da via de serviço conforme disposto nas determinações do PUQN

6. Custo de obra

As propostas apresentadas deverão adaptar-se às contingências económicas atuais, procu-

rando aliar soluções de criatividade a soluções de custo racionalizado.

O valor estimado para o custo global da intervenção, incluindo edifício e espaços exteriores,

é de €7.000.000,00 (sete milhões de euros) excluindo o valor do IVA.

7. Anexos ao Programa Preliminar

O presente documento é composto pelos seguintes anexos:

Anexo 1: Levantamento Topográfico com delimitação da área de intervenção (.dwg)

Anexo 2: Levantamento Fotográfico (.jpg)

Anexo 3: Estudo geológico (.pdf)

Anexo 4: Ortofotomapa área de intervenção (.tiff)

Anexo 5: Programa funcional Módulo 1 – Centro de espetáculos e residências (.pdf)

Anexo 6: Programa funcional Módulo 2 - Escola de Dança (.pdf)

Anexo 7: Programa funcional Módulo 3 - Biblioteca (.pdf)

21

Anexo 8: Programa funcional Módulo 4 - Estacionamento (.pdf)

Anexo 9: Fotografias para fotomontagem (.jpg)

Anexo 10: Elementos de referência para a elaboração dos projetos de especialidades (.pdf)

Anexo 11: Estratégia Municipal de adaptação às alterações climáticas (.pdf)

Anexo 12: Regulamento Municipal de Edificação e Urbanização do Município de Loulé (.pdf)

Anexo 13: Regulamento Plano de Urbanização Quarteira Nordeste (.pdf)

Anexo 14: PUQNN - Planta de condicionantes (.dwg)

Anexo 15: PUQNN - Planta de localização (.dwg)

Anexo 16: Planta cartográfica de Quarteira(.dwg)