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Programa Nacional de Programa Nacional de Educação FiscalEducação Fiscal

Por que nossa sociedade precisa abraçar este programa

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O papel da Justiça Fiscal O papel da Justiça Fiscal em um País de contrastesem um País de contrastes

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O Mundo em crise requer a construção urgente de uma nova sociedade global.

Trinta mil crianças morrem no mundo a cada dia, por falta de condições básicas de saúde: 10 x o número de vítimas do atentado terrorista ao WTC (Dados da ONU).

674 milhões de crianças (37% da população infantil no planeta) vivem em pobreza absoluta.

376 milhões precisam caminhar 15 minutos para ter acesso à água ou bebem água imprópria para consumo. (Fonte: Relatório da Unicef sobre Pobreza Infantil – Outubro de 2003).

Breve visão do mundo neste limiar de um novo milênio

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Cresce a assimetria socialCresce a assimetria social Assimetria social: 1% da população mundial detem

53% da renda (Carta Capital – edição 176) O pior: essa desigualdade só está crescendo. A renda

dos 10% mais ricos era 51 vezes maior do que a dos 10% mais pobres em 1970. Em 1997 saltou para 128 vezes.

Veja esse exemplo patético: o que os europeus gastam todos os anos com sorvete daria para solucionar os problemas de esgoto e água tratada de toda a população mundial e ainda restariam 2 bilhões do dólares. (carta capital – edição 176)

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Precisamos de mais solidariedade, tolerância, respeito, ética , justiça, generosidade, compaixão e amor nas relações humanas.

Precisamos de fraternidade entre as Nações, povos e religiões.

Precisamos defender de forma intransigente a paz. “Não há caminhos para a paz. A paz é o caminho” (Gandi).

Um outro mundo é possível: O significado histórico do Fórum Social Mundial

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Na maioria das vezes tristes, frustradas, insatisfeitas com sua realidade, infelizes.

Muitas dessas pessoas deram às suas vidas um sentido estritamente material, consumista, competitivo e individualista.

Falta-lhes um referencial comum, pois não conseguiram perceber ainda o verdadeiro significado da vida: nossa felicidade depende diretamente da capacidade de realizarmos a felicidade das pessoas que a estrada da vida nos reservou.

E as pessoas, como estão?

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Princípios Fundamentais da Princípios Fundamentais da Constituição CidadãConstituição Cidadã

Art. 1o – A República Federativa do Brasil (...) constitui-se em Estado democrático de direito e tem como fundamentos:I – a soberania;II – a cidadania;III – a dignidade da pessoa humana(...)

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Princípios Fundamentais da Princípios Fundamentais da Constituição CidadãConstituição Cidadã

Art. 3o – Constituem objetivos fundamentais:I – construir uma sociedade livre, justa e

solidária;II – garantir o desenvolvimento nacional;III – erradicar a pobreza e a marginalização e

reduzir as desigualdades sociais e regionais.IV – promover o bem de todos, sem preconceito

de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Reflita ...

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O Brasil ainda é um país potencialmente rico (15º PIB do mundo (Fonte: Pesquisa Global Invest – outubro de 2003 – base: cotação média anual do dólar). Já fomos a 8a. economia.

No entanto: Possui uma das piores distribuições de renda do mundo, só

comparada a de alguns países da África subsaariana ( a região mais miserável do planeta).

Os 10% mais ricos ganham 28 vezes mais que os 40% mais pobres (fonte: IPEA - “Desigualdade e Pobreza no Brasil” - Prof. Ricardo Henriques)

Ocupa o 73º lugar em Desenvolvimento Humano (IDH) – dados de 2000.

Brasil: um país de contrastes

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Brasil: os números cruéis da Brasil: os números cruéis da misériamiséria

Há 53 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza (34% da população).

Destas, 23 milhões são indigentes (14,5% da população).

O mais cruel: dentre os indigentes há cerca de 6 milhões de crianças que enfrentam severa degradação das condições humanas básicas. (Fonte: Relatório da UNICEF sobre a pobreza infantil no mundo em desenvolvimento – outubro de 2003).

São 12 milhões de desempregados (IBGE – Censo 2000 e PNAD ajustada)

Nosso déficit habitacional é de 6,6 milhões de moradias. Sem-teto, sem-terra, violência ...

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A violência está nos tornando A violência está nos tornando reféns em nossos próprios laresreféns em nossos próprios lares

O Brasil ostenta elevados índices de violência com taxas de homicídio de 24,8 por grupo de 100.000 habitantes.

E gasta por ano o equivalente a 10% do PIB (R$ 102 bilhões) com custos provocados pela violência. Metade desse valor é bancado pelo setor privado que conta com um “exército” de 1,5 milhão de homens, mais que o dobro do efetivo policial (dados do BID, publicados no EM de 17/02/02)

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A violência está nos tornando A violência está nos tornando reféns em nossos próprios laresreféns em nossos próprios lares

“Não é a violência de poucos que me assusta, mas o silêncio de muitos”.

Martin Luther King Jr.

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Brasil: a imagem da miséria e da Brasil: a imagem da miséria e da exploraçãoexploração

Trabalho escravo e infantil em carvoaria

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Dados Comparativos sobre a Dados Comparativos sobre a desigualdade de Rendadesigualdade de Renda

Desigualdade entre os 20% mais pobres e os 20% mais ricos em alguns países: Japão - 4 vezes Alemanha - 6 vezes EUA - 8 vezes México - 13 vezes Guiné- Bissau - 28 vezes Brasil - 33 vezes (Fonte: Veja - Edição 1735)

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A concentração de renda no A concentração de renda no BrasilBrasil

“Nos países de renda per capita semelhante a do Brasil (4.500 dólares/ano) a percentagem de pobres é de cerca de 10% da população total, portanto, menos de um terço da percentagem brasileira”.(Celso Furtado – “Em Busca de um Novo Modelo” – Reflexões Sobre a Crise Contemporânea – Ed. Paz e Terra – 2002)

Por que isso? Responde o Mestre: devido à gravíssima concentração de renda no Brasil.

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A DESIGUALDADE SOCIAL

Brasil : Distribuição da Renda por Faixas, 1977-1999

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

1977

1979

1982

1984

1986

1988

1990

1993

1996

1998

10 % mais ricos

40 % seguintes

50 % mais pobres

% R

enda

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iona

l

Fonte: IPEA, com base na PNAD - IBGE

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A CONCENTRAÇÃO DE RENDA CONTINUA A CONCENTRAÇÃO DE RENDA CONTINUA AUMENTANDOAUMENTANDO

O PNUD divulgou em out/2003 a pesquisa contendo os dados do IDH do Brasil na última década e demonstrou que renda se concentrou ainda mais em 2/3 dos municípios brasileiros no período 91/2000 (3654 localidades).

A concentração da renda de um país é medida pelo índice de Gini que subiu de 0,63 para em 1991 para 0,65 em 2000. Quanto mais próximo de 1 mais concentrada é a renda de um país.

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A CONCENTRAÇÃO DE RENDA CONTINUA A CONCENTRAÇÃO DE RENDA CONTINUA AUMENTANDOAUMENTANDO

Dos 27 estados brasileiros 23 apresentaram aumento na concentração da renda durante a última década.

Somente em Roraima a renda ficou mais desconcentrada.

Em Rondônia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul a situação ficou estável.

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A DESIGUALDADE NA PARTILHA DA A DESIGUALDADE NA PARTILHA DA RIQUEZA NACIONAL E DO BOLO FISCALRIQUEZA NACIONAL E DO BOLO FISCAL

Atualmente, os 10% mais pobres detém míseros 0,9% da renda nacional, enquanto os 10% mais ricos acumulam 47,2% (Fonte: Relatório do Banco Mundial – Outubro de 2003 ).

Na Inglaterra de cada 10 libras de tributos cobradas dos 10% mais ricos 9,20 são aplicados em benefício dos mais pobres.

No Brasil de cada 10 reais de tributos pagos pelos 10% mais ricos, apenas 5 reais beneficiam os mais pobres (Fonte: Revista Veja – 03/09/2003).

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A Desigualdade de sexo e corA Desigualdade de sexo e cor

As mulheres ganham menos que os homens em todos os estados brasileiros e níveis de escolaridade.

Os homens negros e pardos ganham 20% menos que as mulheres brancas.

No geral, o rendimento médio da população negra e parda é de 50% da população branca.(Fonte: IBGE – Pnad – 2001).

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Tributação e Justiça SocialTributação e Justiça Social

Com a isenção tributária sobre a cesta alimentar básica, o Brasil retiraria cerca de 800 mil pessoas da miséria.

Antes de comprar produto pirata ou contrabandeado, pense: Por causa do contrabando, o País deixa de arrecadar 9,6 bilhões de dólares por ano e de gerar 1,5 milhão de empregos. (Fontes: “Justiça Fiscal e Social para Reconstruir o Brasil” – Fórum Brasil Cidadão – 2002 e Campanha do Unafisco Sindical contra a Pirataria - 2003)

O desemprego é o pior problema nacional para 46% dos brasileiros (Folha de SP – 02/11/2003)

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Reflita...Reflita...

Qual o papel da política fiscal na redução dessas desigualdades e injustiças?

Como podemos usar o Programa de Educação Fiscal para conscientizar a sociedade sobre o direito dos pobres a uma partilha mais equânime da renda nacional?

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Os Encargos Financeiros da Os Encargos Financeiros da União - EFUUnião - EFU

O pagamento dos EFU de janeiro a julho somou R$ 53.5 bilhões. A carga tributária bruta projetada para no somatório das três

esferas para 2003 é da ordem de 36% do PIB e os EFU entre 9 e 10% do PIB.

Cada 1% de redução na taxa de juros representa uma economia de R$ 3,5 bilhões. Para se ter uma idéia da magnitude desse número, uma queda de 4% na taxa de juros representa uma economia no pagamento da dívida equivalente ao orçamento anual do Ministério da Educação que é de R$ 14,5bi.

O orçamento da União em 2003 para as áreas de Saúde, Educação, Agricultura, Assistência Social, Transportes, Segurança Pública, Gestão Ambiental, Energia, Ciência e Tecnologia, Organização Agrária, Urbanismo, Cultura, Habitação e Saneamento, somadas, totaliza R$ 78 bilhões.

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Como estimular o crescimento e Como estimular o crescimento e reduzir a injustiça social?reduzir a injustiça social?

Instituir uma agressiva política desenvolvimentista a partir de uma queda significativa da taxa de juros de modo a estimular a produção e reduzir o endividamento público.

Promover ações voltadas à inclusão social das populações marginalizadas, com foco na geração de emprego e renda.

Incentivar as atividades econômicas abundantes em mão-de-obra e que empregam trabalhadores menos qualificados, inclusive reduzindo a carga tributária sobre os insumos (ex: construção civil).

Realizar intensiva política de habitação, saneamento e infra-estrutura.

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Como estimular o crescimento Como estimular o crescimento e reduzir a injustiça social?e reduzir a injustiça social?

Tornar o sistema tributário mais justo, isto é, tributar segundo a capacidade contributiva de cada cidadão.

Aplicar os tributos arrecadados de forma a beneficiar principalmente a parcela da população abaixo da linha de pobreza, por meio de um processo orçamentário democrático que assegure a participação e o controle da população.

Ser implacável com a corrupção, a sonegação e o desperdício.

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Promover pesquisas e desenvolvimento tecnológico, especialmente nas área onde o Brasil é potencialmente competitivo, abrindo mercado para nossos produtos. (Ex: biotecnologia);

Realizar investimento maciço em capital humano, que é o bem mais precioso de qualquer Nação e, que cada vez mais, está fazendo a diferença na direção do desenvolvimento;

Como estimular o crescimento e reduzir a injustiça social?

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Não há milagre. No mundo contemporâneo nenhum país supera o atraso e as desigualdades sociais sem focar a educação como prioridade zero. A educação pode não ser o caminho mais curto para a inclusão social, mas certamente é o mais perene.

Educação e inclusão social

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Podemos perder todos os nossos bens materiais, mas ninguém será capaz de tirar nosso legado de conhecimento. Com ele somos capazes de nos reerguer e reconstruir o que perdemos.

Na era do conhecimento, um povo dotado de alto nível educacional certamente será capaz de recolocar seu país nos trilhos do desenvolvimento sustentado.

Educação e inclusão social

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A educação fiscal deve ser um dos pilares do processo educacional porque ela é uma importante alavanca para construirmos: A consciência cidadã a respeito dos princípios que

devem nortear a construção de um sistema tributário justo e harmônico, capaz de cumprir seu papel como instrumento da política de distribuição de renda;

O exercício da cidadania por meio da participação popular no processo orçamentário e o controle democrático da gestão pública;

Um sentimento coletivo de repulsa social aos atos de sonegar, desperdiçar e malversar o dinheiro público.

Situando a Educação Fiscal

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Características do Sistema Características do Sistema Tributário BrasileiroTributário Brasileiro

Destacamos duas características que interferem diretamente no exercício da cidadania fiscal:1. Pequena participação dos municípios na

arrecadação tributária global, que em 2002 foi assim partilhada entre os três níveis de governo:• União –58,4% • Estados – 25,2%• Municípios – 16,4%

2. Os tributos indiretos representam cerca de 70% da carga tributária total.

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Conseqüências desse modelo Conseqüências desse modelo tributáriotributário

O indivíduo não percebe o seu papel como contribuinte.

Vê a ação estatal como assistencialismo e não contrapartida do exercício da cidadania.

Sem consciência de que todos nós financiamos o Estado, não assume uma atitude fiscalizadora contra a corrupção, sonegação fiscal e o desperdício.

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A obtenção de elevados índices de cumprimento espontâneo das obrigações tributárias deve ser uma meta constantemente perseguida por toda administração tributária moderna.

Para isso, é necessário construir uma relação Estado/cidadão harmoniosa.

Por isso, os países desenvolvidos fazem significativos investimentos em ações preventivas, com destaque para a educação fiscal.

O papel do fisco

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A SRF tem por missão: “promover o cumprimento voluntário das obrigações tributárias, arrecadar recursos para o Estado e desencadear ações de fiscalização e combate à sonegação, de forma a promover a justiça fiscal”. Hoje, a Educação Fiscal se insere oficialmente dentre as funções de integração fisco-contribuinte.

Portanto, começamos a perceber a importância estratégica de nossa participação em um programa permanente de educação fiscal.

O papel da Receita Federal

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OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOSTRIBUTÁRIOS

Dentre os princípios que alicerçam nosso Sistema Tributário destacamos: O da legalidade, pelo qual não há tributo sem lei anterior que

o estabeleça (CF, art. 150,I). O da anterioridade, que proíbe a instituição ou aumento de

tributo no mesmo exercício em que publicada a lei que o instituiu ou majorou (CF, art. 150,II).

O da noventena, novidade da reforma tributária em curso e que visa proibir a cobrança de tributo antes de completados 90 dias de sua instituição.

Estes dois últimos são corolário do princípio geral da segurança jurídica.

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OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOSTRIBUTÁRIOS

O da capacidade contributiva, pelo qual os tributos devem ser proporcionais à capacidade econômico-financeira dos contribuintes (CF, art.145 par. 1o).

A capacidade contributiva é um corolário do princípio da isonomia (ou igualdade), um dos pilares da Constituição.

Segundo Aristóteles: ““A verdadeira igualdade consiste em tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, à medida que se desigualam”.

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OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOSTRIBUTÁRIOS

Uniformidade da tributação e desequilíbrios regionais – É vedado a União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional, ressalvada a adoção de política de incentivos fiscais para promover o equilíbrio regional (CF,art. 145 par. 1o c/c art. 3o, III). Nesse sentido tb a proposta de reforma constitucional de tributação do ICMS no destino.

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OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOSTRIBUTÁRIOS

Proibição do confisco – Busca proteger o contribuinte contra a possibilite do ente tributante tributar, de forma exorbitante, sua renda ou patrimônio,dando ao ato de tributar efeito confiscatório (CF, art. 150, IV).

Transparência Tributária – A lei determinará medidas para que os consumidores sejam informados acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços (CF, art. 150, parágrafo 5o).Bastaria que a lei determinasse que o valor dos impostos indiretos (IPI, ICMS e ISS) fossem destacados na etiqueta que contém o preço dos produtos.

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COMPETÊNCIA COMUM X PRIVATIVACOMPETÊNCIA COMUM X PRIVATIVA

Os tributos podem ser de competência comum (taxas e contribuições de melhoria) ou privativa (impostos).

As taxas e as contribuições de melhoria são tributos vinculados a uma prestação de serviço concreta relativa à pessoa do próprio contribuinte.

Já os impostos são tributos que não estão vinculados a uma prestação de serviço específica. Como são privativos, a Constituição nomina quais são os impostos que compete a cada ente federado criar.

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IMPOSTOS DE COMPETÊNCIA IMPOSTOS DE COMPETÊNCIA DA UNIÃODA UNIÃO

Compete exclusivamente à União instituir impostos sobre:

Importação e exportação; Produtos Industrializados (IPI); Renda (IR); Propriedade Territorial Rural (ITR); Operações Financeiras (IOF) e Grandes Fortunas (ainda não criado).

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CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS DE CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS DE COMPETÊNCIA DA UNIÃOCOMPETÊNCIA DA UNIÃO

Ao lado dos impostos, a União pode instituir as seguintes contribuições destinadas ao financiamento da seguridade social (composta por saúde, previdência e assistência social) e incidentes sobre: A folha de pagamentos; O faturamento e os lucros das empresas (COFINS

e Contribuição sobre o Lucro) e A movimentação financeira (CPMF).

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IMPOSTOS DE COMPETÊNCIA DOS IMPOSTOS DE COMPETÊNCIA DOS ESTADOSESTADOS

Compete privativamente aos Estados instituir impostos sobre:

A propriedade de veículos automotores (IPVA);

A circulação de mercadorias (ICMS); A transmissão da propriedade de imóveis por

morte do titular ou doação (ITCMD).

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IMPOSTOS DE COMPETÊNCIA DOS IMPOSTOS DE COMPETÊNCIA DOS MUNICÍPIOSMUNICÍPIOS

Compete privativamente aos municípios instituir impostos sobre:

A propriedade de imóveis urbanos (IPTU); A prestação de serviço (ISS); A transmissão de imóveis entre vivos (ITBI)

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CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA DOS IMPOSTOSDOS IMPOSTOS

Economicamente os impostos se dividem em: Diretos - São aqueles em que a pessoa que

paga (contribuinte de fato) é a mesma que faz o recolhimento aos cofres públicos (contribuinte de direito). Exs: IRPJ, IRPF, IPVA, IPTU.

Indiretos – São aqueles em que a pessoa que paga não é a mesma que faz o recolhimento aos cofres públicos. Exs: ICMS, IPI, ISS.

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CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA DOS IMPOSTOSDOS IMPOSTOS

Progressivos: São aqueles em que o percentual (alíquota) aumenta, proporcionalmente à elevação da capacidade econômica ou financeira do contribuinte. Exs: Impostos de Renda, Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana.

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CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA DOS IMPOSTOSDOS IMPOSTOS

Regressivos: É aquele que não considera o poder aquisitivo nem a capacidade econômica do contribuinte. Com isso, quem gasta praticamente tudo o que ganha no consumo de produtos, como é o caso de muitos assalariados, proporcionalmente contribui mais do que aqueles que têm possibilidade de poupar ou de investir (capitalistas).

Exemplo: ICMS

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JUSTIÇA TRIBUTÁRIAJUSTIÇA TRIBUTÁRIA Como vimos, os tributos progressivos, como o imposto

de renda, são, em princípio, socialmente mais justos. Mas isso nem sempre é verdade.

O que torna o imposto de renda no Brasil muitas vezes injusto são as isenções, exclusões e incentivos conferidos ao grande capital.

Outra injustiça é que os rendimentos de aplicações financeiras, da venda de ações e de imóveis são tributados à uma alíquota fixa, não estando sujeitos à tabela progressiva como os rendimentos do trabalho.

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JUSTIÇA TRIBUTÁRIAJUSTIÇA TRIBUTÁRIA Por outro lado, os impostos indiretos, a princípio

socialmente injustos, podem se tornar mais justos se bem aplicado o princípio constitucional da seletividade, isto é, a adoção de alíquotas menores ou até da isenção em função da essencialidade dos produtos.

Por esse princípio alimentos que compõem a cesta básica e remédios, por exemplo, poderiam perfeitamente estar isentos do ICMS e do IPI.

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JUSTIÇA TRIBUTÁRIAJUSTIÇA TRIBUTÁRIA Já as contribuições sociais são tributos indiretos que

não observam o princípio da seletividade. Assim, pelo lado da receita pública são tributos com

forte dose de injustiça fiscal. Mas, pelo lado do gasto público possibilitam a realização de uma das mais importantes funções estatais: a seguridade social, ou seja, as políticas de saúde, previdência e assistência social.