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PROGRAMA DE FORMAÇÃO | MÓDULO 4 INCLUSÃO SOCIAL: Como lidar com a diversidade Plan Be: Active Senior Volunteers 2015-1-PT01-KA204-012930

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PROGRAMA DE FORMAÇÃO | MÓDULO 4

INCLUSÃO SOCIAL: Como lidar com a diversidade

Author: RIC Novo mesto,

Simona Pavlin, Tina Strnad, Metod Pavšelj

Plan Be: Active Senior Volunteers

2015-1-PT01-KA204-012930

Author: RIC Novo mesto, Simona Pavlin, Tina Strnad, Metod Pavšelj

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2 | Inclusão Social

CONSÓRCIO PLAN BE

FREGUESIA DE CASCAIS E ESTORIL – Coordenador do Projeto | Cascais, Portugal

ASSOCIAÇÃO ANIMAM VIVENTEM – Parceiro | Cascais, Portugal

KUUSANKOSKEN RETKEILIJÄT RY – Parceiro | Kouvola, Finlândia

RIC NOVO MESTO – Parceiro | Novo Mesto, Eslovénia

SINERGIA SOCIETA COOPERATIVA SOCIALE – Parceiro | Bitonto, Itália

Informação de Contactos

Coordenador do Projeto: Freguesia de Cascais e Estoril

Pessoa de Contacto: Rita Serra Coelho

Morada: Largo Cidade de Vitoria, 2750-319 Cascais – Portugal

Email: [email protected]

Tel.: +351 214849550

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Esta publicação é um documento preparado pelo Consórcio Plan Be. Visa fornecer apoio

prático ao processo de implementação do projeto.

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3 | Inclusão Social

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ............................................................................. 4

2. O QUE É INCLUSÃO SOCIAL? ........................................................ 5

3. A PERSPETIVA EUROPEIA ............................................................. 6

4. TRABALHO VOLUNTÁRIO, DIVERSIDADE E INCLUSÃO SOCIAL .......... 6

O que significa diversidade? ......................................................... 7

Como aparenta ser a diversidade? ................................................. 7

Dimensões da Diversidade ............................................................ 7

Onde Podemos encontrar Diversidade? .......................................... 9

O que pode ser desafiante acerca da Diversidade? .......................... 9

5. ESTEREÓTIPOS, PRECONCEITOS E DISCRIMINAÇÃO ..................... 10

O que são Estereótipos? ............................................................. 10

O que são Preconceitos? ............................................................ 11

Reconhecer o preconceito ........................................................... 11

Como podemos ajudar a reduzir o preconceito através de projetos de

voluntariado? ............................................................................ 11

Preconceito e Discriminação ....................................................... 12

6. EXERCÍCIO PRÁTICO “5 COISAS QUE EU SOU” ............................. 13

7. EXERCÍCIO PRÁTICO “CAMADAS DA DIVERSIDADE” ...................... 14

8. ESTUDO DE CASO “GTO LX” ....................................................... 15

9. ESTUDO DE CASO “NFE” ............................................................ 16

10. WEBLIOGRAFIA ...................................................................... 17

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4 | Inclusão Social

1. INTRODUÇÃO

Através deste módulo de formação os participantes irão explorar o

fenómeno da Inclusão Social, compreendendo o seu contexto, as

estratégias definidas ao nível da União Europeia, e centrando-se na

diversidade, compreendendo como lidar com preconceitos e estereótipos.

O foco será compreender que cada indivíduo é único, e reconhecer as

nossas diferenças individuais. Estas podem ser no âmbito das dimensões

de raça, etnia, género, orientação social, estatuto socioeconómico, idade,

capacidades físicas, crenças religiosas, crenças políticas, ou outras

ideologias.

Neste caso em particular, iremos centrar-nos no que significa cultura e

como se relaciona com a nossa vida diária, identificar crenças, normas,

regras, valores que influenciam o comportamento de cada pessoa ou grupo.

O objetivo será compreender que este conjunto de regulamentos variam de

grupo para grupo. Também, que cultura enquanto fenómeno contém

cultura nacional, mas também todas as outras culturas que se escolha e a

que nos ligamos durante a vida. Os tópicos descritos são a essência da

aprendizagem intercultural e são uma parte importante para se tornar

sensível às diferenças dos outros.

Além disso, os participantes irão entender os obstáculos que ocorrem

durante o desenvolvimento do diálogo intercultural e resolução de conflitos

e irão descobrir as possibilidades para ultrapassar estes desafios. O foco

estará na compreensão de como os estereótipos, preconceitos,

discriminação e violência podem ocorrer e encontrar soluções para soluções

pacíficas.

“Não haverá equidade sem solidariedade. Não haverá justiça sem um

movimento social.”

Joia Mukherjee

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5 | Inclusão Social

2. O QUE É INCLUSÃO SOCIAL?

Para compreender melhor o significado de Inclusão Social, temos

de o relacionar com o conceito de Exclusão Social. A dificuldade de discutir este tópico surge da generalidade do termo, que significa coisas

diferentes para diferentes pessoas.

Exclusão Social descreve geralmente o fenómeno em que

determinadas pessoas não têm reconhecimento, nem voz, nem participação, na sociedade em que vivem. As causas de exclusão social

são múltiplas e normalmente aparecem ligadas a fatores que afetam as circunstâncias sociais e económicas de pessoas ou comunidades, em que o

efeito impede as pessoas de participar integralmente na sociedade.

Inclusão Social é frequentemente usada para descrever o efeito

oposto à “exclusão social”. Normalmente resulta do conjunto de ações positivas implementadas com o objetivo de viabilizar a

oportunidade para cada pessoa ou comunidade participar integralmente na sociedade. Cobre aspetos que contribuem para a

capacidade de aproveitar uma vida segura e produtiva, independentemente da raça, etnia, género, orientação social, estatuto socioeconómico, idade,

capacidade física, crenças religiosas, crenças políticas e outras ideologias.

Alguns exemplos de situações que podem levar a exclusão social:

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6 | Inclusão Social

3. A PERSPETIVA EUROPEIA

Com mais de 120 milhões de pessoas na UE em risco de pobreza ou

exclusão social, os líderes da EU assumiram o compromisso de tirar pelo menos 20 milhões de pessoas da pobreza e exclusão social até 2020.

A luta contra a pobreza e exclusão social está no coração da estratégia Europa 2020, para um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo.

Como é que a pobreza e a exclusão social afetam a Europa?

4. TRABALHO VOLUNTÁRIO, DIVERSIDADE E INCLUSÃO SOCIAL

Um número crescente de bairros e comunidades contêm uma complexa mistura de raças, culturas, línguas, e filiações religiosas, etc. Por estas

razões, os voluntários de hoje têm mais probabilidades de enfrentar os desafios de interagir e trabalhar com pessoas diferentes de si mesmos. A

capacidade de se relacionar bem com todos os tipos de pessoas em ações de voluntariado é uma competência que se está a tornar cada vez mais

importante. Compreender, aceitar, e valorizar diferentes origens pode ajudar os voluntários a fazer a diferença nesta sociedade sempre em

mudança.

• Quase uma em cada quarto

pessoas na UE estava ainda em

risco de exclusão social em 2014.

• Mais de 30% dos jovens entre os

18 e os 24 anos e 27,8% das

crianças com menos de 18 anos

estavam em risco em 2014. Com

17,8%, a taxa era mais baixa

entre os seniores com idades

superiores a 65 anos.

• De todos os grupos examinados,

as pessoas desempregadas

enfrentavam maior risco de

pobreza ou exclusão social, com

66,7% em 2014.

• Quase 50% de todas as famílias

monoparentais estavam em risco

em 2014. Isto era o dobro da

média e mais elevado do que

qualquer outro tipo de agregado

familiar analisado.

• 35% dos adultos com no mínimo

o nível de instrução do ensino

secundário estava em risco de

pobreza ou exclusão social em

2014. 63,8% das crianças de pais

com a pré-primária ou ensino

básico estavam também em

risco.

• Em 2014, 40,1% dos adultos

nascidos num país fora da EU-28

e 24,8% dos nascidos num país

diferente da EU-28, do que o

agora reportado, estavam em

risco de pobreza e exclusão

social. Para cidadãos nativos, no

entanto, só 22,5% da população,

enfrentavam este risco.

• Os cidadãos da UE-28 em áreas

rurais estavam em média mais

propensos a viver em pobreza ou

exclusão social do que aqueles a

viver em áreas urbanas (27,2%

comparados com 24,3%) em

2014.

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7 | Inclusão Social

A Diversidade não só assume que todos os indivíduos são únicos,

isto é, diferentes, mas que as diferenças são de facto um valor acrescentado.

Os projetos de voluntariado desenvolvidos devem assegurar um duplo

objetivo – não apenas sobre incluir as pessoas, mas também sobre fortalecer o conhecimento, competências e comportamentos necessários

para aceitar, apoiar e promover plenamente as diferenças numa sociedade.

Por isso é importante que os voluntários sejam capazes de:

• Reconhecer que colocamos limites autoimpostos na forma como pensamos;

• Descobrir que, de muitas formas, as pessoas de diferentes culturas e origens defendem valores e crenças semelhantes;

• Ficar mais conscientes dos nossos próprios pontos de vista culturais e os estereótipos que podemos ter adquirido inadvertidamente;

• Aceitar e respeitar as diferenças e semelhanças nas pessoas.

O que significa diversidade?

Diversidade no contexto desta formação refere-se a diferenças de todos os tipos. O conceito de

diversidade engloba aceitação e respeito.

Significa entender que cada indivíduo é único e reconhecer as nossas diferenças individuais. É

explorar essas diferenças num ambiente seguro, positivo e zeloso.

Trata-se de entender uns aos outros e passar da simples tolerância para abraçar e celebrar as dimensões ricas de diversidade contidas em cada

indivíduo.

Como aparenta ser a diversidade?

A diversidade não se trata apenas da nossa aparência externa. Alguns tipos de diversidade são mais óbvios do que outros, como etnia, religião,

cultura e linguagem. Mas a diversidade é mais ampla. Também se refere a diferentes (in)capacidades, níveis educacionais, origens sociais, situações

económicas e problemas de saúde, entre outros.

De certeza que pode pensar em muitas mais diferenças que se agregam à diversidade de seres humanos no nosso mundo.

Dimensões da Diversidade

A roda das “Dimensões de Diversidade” mostra a complexidade dos filtros

de diversidade através dos quais todos nós processamos estímulos e informação. Isso, por sua vez, leva às suposições que fazemos

(normalmente acerca do comportamento das outras pessoas), que em

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última instância, impulsiona os nossos próprios comportamentos, que por

sua vez tem impacto nos outros.

1. Personalidade: Isto inclui as preferências e aversões, valores e crenças de um indivíduo. A personalidade é moldada cedo na vida e, é tanto

influenciada como influencia as outras duas camadas, durante o tempo de vida e escolhas de carreira de cada um.

2. Dimensões Internas: Estas incluem aspetos de diversidade sobre os

quais nós não temos qualquer controlo (embora as “capacidades físicas” possam mudar ao longo do tempo devido às escolhas que fazemos para

sermos ativos ou não, ou em casos de doenças ou acidentes). Esta

dimensão é a camada em que existem muitas divisões entre pessoas e que constitui o cerne de muitos esforços de diversidade. Estas dimensões

incluem as primeiras coisas que vemos nas outras pessoas, tal como a raça ou género e sobre as quais fazemos muitas suposições e juízos de valor.

3. Dimensões Externas: Estas incluem aspetos das nossas vidas sobre os

quais temos algum controlo, que podem mudar com o tempo, e normalmente constituem as bases para as decisões sobre as carreiras e

estilos de trabalho. Esta camada determina frequentemente, em parte, com

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quem desenvolvemos amizades e em que trabalhamos. Esta camada

também nos diz muito acerca de com quem gostamos de estar.

O centro da roda representa as dimensões internas que são normalmente mais permanentes ou visíveis. A parte de fora da roda representa

dimensões que são adquiridas e que mudam ao longo de uma vida. As combinações de todas estas dimensões influenciam os nossos valores,

crenças, comportamentos, experiências e expetativas e tornam-nos únicos

enquanto indivíduos.

Enquanto a inclusão de todos assegura que todas as pessoas possam fazer parte, o foco na diversidade assegura que todos

possam fazer parte nos seus próprios termos, reconhecendo o valor das diferenças em normas, crenças, atitudes e experiência de vida.

Onde Podemos encontrar Diversidade?

Não precisa ir a lado nenhum para encontrar

diversidade. Basta olhar à sua volta, para a sua família e amigos e vai encontrá-la. Cada pessoa que

conhece é diferente. Então e os seus irmãos, irmãs, filhos, filhas e primos?

• Todos eles são parecidos? Todos eles soam

igual? Têm as mesmas competências e talentos, e partilham os mesmos interesses?

• Eles podem ter algumas semelhanças (podem ter todos a mesma cor de cabelo), mas muitas

diferenças também.

E a melhor coisa acerca da diversidade é que ela faz do mundo um local muito interessante, cheio de pessoas diferentes e

interessantes. Quão aborrecido seria se tudo e todos fossem iguais?!

O que pode ser desafiante acerca da Diversidade?

• Algumas pessoas têm medo da diversidade; • Algumas pessoas têm medo da mudança;

• Algumas pessoas querem que todos sejam iguais a elas;

• Algumas pessoas não querem aceitar que outras pessoas não tenham as mesmas crenças que elas;

• Algumas pessoas são rudes para outros que parecem diferentes de alguma forma.

Há três palavras que podem de alguma forma descrever esta rudez:

Estereótipos, Preconceitos e Discriminação.

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5. ESTEREÓTIPOS, PRECONCEITOS E DISCRIMINAÇÃO

Estereótipos, Preconceitos e Discriminação são entendidos como

relacionados, mas conceitos diferentes.

O que são Estereótipos?

Estereótipos são crenças acerca das pessoas, baseadas na sua

pertença a um determinado grupo, e é algo que acreditamos ser verdade em relação a um grupo particular de pessoas. Ao estereotipar,

inferimos que uma pessoa tem um conjunto de caraterísticas e habilidades que assumimos que todos os membros desse grupo têm.

Podemos obter estas ideias através da

nossa própria experiência, pessoas na nossa família, pessoas que conhecemos,

grupos a que pertencemos, do que vemos ou lemos nas notícias ou nas redes sociais

e talvez até dos filmes.

Até certo ponto, todos nós estereotipamos pessoas que encontramos, por causa

dessas experiências e expetativas. Quando vemos as pessoas, procuramos

automaticamente algo familiar acerca delas, com o qual nos possamos relacionar. O uso de estereótipos é uma forma importante através do qual

simplificamos o nosso mundo social; uma vez que reduz a quantidade de processamento (ou seja, o pensamento) que devemos fazer quando

conhecemos uma nova pessoa, faz-nos sentir confortáveis.

• Talvez eles usem o mesmo tipo de roupas que você; • Talvez eles pareçam ou soem como você ou alguém que você conhece;

• Talvez sejam pessoas que você sabe que o poderão ajudar, por exemplo, assistente de loja, polícia, bombeiro ou professor.

Mas os Estereótipos podem levar a distorções da realidade por diversas

razões:

• Eles fazem com que as pessoas exagerem as diferenças entre grupos;

• Eles levam as pessoas a focar-se seletivamente na informação que está de acordo com o estereótipo e ignoram a informação que está em

desacordo; • Eles tendem a fazer as pessoas ver os outros grupos como

excessivamente homogéneos, embora as pessoas possam facilmente ver que os grupos a que pertencem são heterogéneos.

Os estereótipos podem ajudar-nos a relacionar com os outros no nosso

mundo, mas podem também levar ao Preconceito…

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O que são Preconceitos?

“O preconceito é uma antipatia baseada em generalizações falsas

e inflexíveis. Pode ser sentida ou expressada. Pode ser direcionada para um grupo ou um indivíduo desse grupo”.

Preconceito significa julgar uma pessoa ou ter uma ideia sobre ela antes

de saber realmente algo sobre ela. Também pode significar ter uma

opinião sobre algo sem saber nada sobre isso.

• Parece um pouco parvo ter uma opinião sobre algo ou alguém sobre o qual não conhece nada!

• Infelizmente, nem sempre nos apercebemos que estamos a ser preconceituosos.

• Nem sempre percebemos que temos ideias fortes acerca de determinadas pessoas, da sua cultura ou religião.

• Infelizmente, nem sempre nos apercebemos que somos influenciados por família, amigos e os media para criar ideias acerca de algo ou

alguém com quem não temos qualquer experiência pessoal.

Reconhecer o preconceito

Assim que ouvir pessoas a fazer

comentários como, todos os homens, todas as pessoas de uma raça, todas

as raparigas, todos os rapazes, todas as pessoas de determinada religião,

todas as pessoas com uma orelha maior que a outra, ou qualquer outra

coisa, então pode dizer-se que existe algum preconceito. Como é que

alguém pode conhecer todas as pessoas que…. ?

Se detetar que está a dizer algo deste género, então pense! Este é o

primeiro passo para combater o preconceito!

Como podemos ajudar a reduzir o

preconceito através de projetos de voluntariado?

Experiências emocionais positivas com membros de diferentes grupos podem

reduzir os estereótipos negativos. Ter amigos de diferentes grupos é

especialmente eficaz neste sentido.

Pode haver vários motivos para isto.

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Por um lado, é quase impossível manter um estereótipo simplista e

negativo acerca de alguém que se conhece bem. Em segundo lugar, um relacionamento próximo promove a identificação com a outra pessoa e

com os grupos a que pertence. Por outras palavras, as relações com outras pessoas tornam-se parte de quem somos.

Preconceito e Discriminação

Se o preconceito descreve atitudes e opiniões, a discriminação refere-se ao comportamento efetivo em relação a outro grupo ou indivíduo. A

Discriminação pode ser vista em práticas que desqualificam membros de um grupo de oportunidades abertas a outros. A Discriminação é uma ação

que é um tratamento injusto direcionado contra alguém. Pode basear-se em muitas características: idade, sexo, altura, peso, cor da pele, roupas,

discurso, rendimento, educação, estado civil, orientação sexual, doença, incapacidade, religião e política.

Veja este pequeno vídeo

https://www.youtube.com/watch?v=jD8tjhVO1Tc Vivemos num tempo em que colocamos rapidamente as pessoas em

“caixas”. Talvez tenhamos mais em comum do que pensamos?

Apresentando “Tudo o Que Partilhamos” Versão Inglesa

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13 | Inclusão Social

6. EXERCÍCIO PRÁTICO “5 COISAS QUE EU SOU”

Cada participante recebe 5 post-its. Devem desenhar uma linha que os

separa em 2. Na metade de cima devem escrever 1 coisa que são ou que é parte de quem são (por exemplo: bailarino, imigrante, fan de futebol). Estas

não devem ser características psicológicas se possível. Não escrever o nome nos post-its.

Todos os post-its são colocados aleatoriamente na parede para que todos os possam ler. Numa

participação livre, todos os participantes devem encontrar um sinónimo para cada post-

it e escrever na metade de baixo. Este sinónimo deve ser radical, extremo e não

politicamente correto, baseado numa opinião real, mas muito exagerada (por exemplo:

homossexual, inculto, violento)

Os participantes recolhem de novo os seus post-its, cortam a parte de cima com as

características iniciais e colam os sinónimos ao seu peito. Eles podem agora andar pela sala

apresentando a sua nova identidade.

Reflexão:

• Analisar como se sentiram nesta nova identidade. É verdade? Será possível que alguém o veja ou identifique desta forma?

• Foi fácil encontrar sinónimos? Para que características foi mais fácil encontrar extremos?

• Qual a origem deste processo de “sinónimos automáticos”? • Existe alguma relação entre esta atividade e a vida real?

Lembre-se: O primeiro passo para combater estereótipos e preconceitos é

reconhece-los!

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14 | Inclusão Social

7. EXERCÍCIO PRÁTICO “CAMADAS DA DIVERSIDADE”

A roda das “Dimensões da Diversidade" não é apenas um modelo útil, mas

pode também ser usado como uma ferramenta de reflexão para desenvolver o seu próprio entendimento do impacto da diversidade na sua

vida:

1. Leia os fatores nas três dimensões. Pense acerca de como os vários fatores influenciaram as escolhas e decisões que tomou até esta altura na

sua vida. • Quais tiveram um impacto positivo?

• Quais tiveram um impacto negativo? • De quais se orgulha?

• Quais tenta esconder dos outros?

2. Olhando de novo para os fatores, pense acerca daqueles que tem

dificuldade em aceitar nas outras pessoas. • Quais os fatores sobre os quais faz julgamentos precipitados?

• Quais influenciam as suas decisões de uma forma negativa? • Que fatores o fazem evitar o contacto com os outros?

3. Para explorar os seus valores, crie uma lista com os nomes de indivíduos

com quem se associa frequentemente (família, trabalho, organizações comunitárias). Junto ao nome de cada pessoa, escreva alguns dos fatores

das dimensões dos quais ambos estão conscientes, e aqueles que assume serem verdade acerca da pessoa.

Por exemplo: Jason: branco, classe média, formação académica, solteiro,

Católico. Pode selecionar diferentes fatores para cada pessoa.

Depois pergunte-se: De que forma trato esta pessoa de maneira diferente, tanto de uma forma positiva e negativa, baseado no que conheço, ou nas

suposições que estou a fazer acerca da pessoa? De onde vêm as minhas tendências?

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15 | Inclusão Social

8. ESTUDO DE CASO “GTO LX”

O GTO LX é uma organização não governamental empenhada

em estimular a participação ativa e consciente dos cidadãos

na construção da sociedade.

Trabalhamos diretamente com populações desfavorecidas, formando grupos comunitários de Teatro Fórum que criam

espetáculos a partir de situações reais por si vividas, e que são, posteriormente, apresentados à comunidade. No Teatro

Fórum o espectador é estimulado a entrar em cena para improvisar, como protagonista, soluções alternativas ao problema encenado. A comunidade

é assim envolvida de forma direta e ativa na análise, discussão e exploração de estratégias de atuação perante problemas comuns,

provocando a consciência comunitária e a participação cidadã.

A metodologia do Teatro do Oprimido foi

desenvolvida por Augusto Boal no Brasil, em meados da década de 60, e é hoje praticada em

mais de 70 países. É uma metodologia e uma prática teatral cujo objetivo é a democratização

do teatro como uma ferramenta capaz de provocar o empowerment dos participantes,

através da análise e teatralização da realidade e

modos de conduta dos sujeitos.

Trabalhamos diretamente com populações desfavorecidas, formando grupos comunitários de Teatro Fórum que criam espetáculos a partir de

situações reais por si vividas, e que são, posteriormente, apresentadas à

comunidade.

Numa fase mais avançada, tornam-se, eles próprios, multiplicadores da

metodologia, orientando grupos autónomos que promovem a

transformação social dentro das suas comunidades.

Paralelamente, o GTO LX promove formações pontuais sobre esta metodologia

dirigidas a facilitadores sociais e público em geral. Este processo de aprendizagem está

dividido em três ações de formação independentes: inicial, avançada e de

curinga.

Mais informação em http://www.gtolx.org/

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16 | Inclusão Social

9. ESTUDO DE CASO “NFE”

A Fundação Nacional para os Seniores

(NFE) é uma instituição de caridade que promove a qualidade de vida das

pessoas mais velhas na Holanda. O foco principal da NFE é a prevenção do

isolamento. A NFE apoia seniores através de projetos e serviços significativos que

visam melhorar a inclusão social, o envelhecimento saudável ativo, e a segurança e proteção. O NFE tem uma alargada rede de centros de

atividade e autocarros comunitários em toda a Holanda, que organiza atividades para seniores que estão em risco de exclusão. Estas atividades

vão desde, por exemplo, desporto, compras, dias na praia no Verão, etc., aumentando os contactos sociais de uma forma concreta e simples.

A organização promove ativamente os direitos dos seniores e desempenha uma pesquisa social em importantes casos relacionados com cuidados de

qualidade, discriminação sénior, e abuso de adultos mais velhos. Organiza campanhas nacionais, formação, e sessões em rede entre profissionais de

saúde para aumentar a consciencialização e o intercâmbio de boas práticas. O NFE trabalha como um intermediário de confiança entre os serviços

privados e públicos e as pessoas mais velhas, ajudando seniores a encontrar o caminho para apoio e cuidados, criando uma base de conhecimentos

alargados para pesquisa e inovação.

O NFE já participou em projetos Europeus com o principal objetivo de promover o bem-estar dos adultos mais velhos através das TIC e

experimentou inovação centrada no utilizador e processos interativos de desenvolvimento, com o envolvimento ativo das pessoas mais velhas nos

grupos foco, entrevistas e ensaios-piloto. Usa a sua alargada rede de

organizações de assistência social para disseminar resultados de projetos de pesquisa na sociedade.

Mais informação em https://www.ouderenfonds.nl/onze-

organisatie/english/

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17 | Inclusão Social

10. WEBLIOGRAFIA

• Intercultural Learning T-Kit: http://pjp-

eu.coe.int/documents/1017981/1667917/tkit4.pdf/1e4f2f12-6448-4950-b0fd-5f4c94da38e2

• http://www.energizeinc.com/a-z • http://www.oxfordbibliographies.com/view/document/obo-

9780199828340/obo-9780199828340-0097.xml

• http://pjp-eu.coe.int/documents/1017981/1667917/tkit4.pdf/1e4f2f12-6448-4950-b0fd-5f4c94da38e2

• https://www.gov.uk/government/uploads/system/uploads/attachment_data/file/359358/socinc.pdf

• http://ec.europa.eu/social/main.jsp?catId=751 • http://ec.europa.eu/eurostat/statistics-

explained/index.php/Smarter,_greener,_more_inclusive_-_indicators_to_support_the_Europe_2020_strategy

• http://ec.europa.eu/eurostat/documents/3217494/7566774/KS-EZ-16-001-EN-N.pdf/ac04885c-cfff-4f9c-9f30-c9337ba929aa

• http://www.cyh.com/SubDefault.aspx?p=255 • http://www.gtolx.org/

• https://www.ouderenfonds.nl/onze-organisatie/english/