Programa Citemor 30

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Sex 25, Sáb 26 e Dom 27 de Julho - 22:30 [biblioteca] Boxeo para células y planetas ANGÉLICA LIDDELL estreia nacional Qua 30 de Julho - 22:30 [praça] Ciclo de Cinema ao Ar Livre Qui 31 de Julho e Sex 1 de Agosto - 22:30 [sala b] Babel ARTISTAS UNIDOS / DET ÅPNE TEATER co-produção, residência de criação, estreia Sab 2 e Dom 3 de Agosto - 22:30 [armazém] En las pistas de hielo LENGUA BLANCA co-produção, residência de criação, estreia Qua 6 de Agosto - 22:30 [praça] Ciclo de Cinema ao Ar Livre Qui 7 de Agosto - 22:30 [armazém] Motor de busca DAVID MARQUES co-produção, estreia Sex 8 e Sab 9 de Agosto - 22:30 [castelo] 10.000 años CARLOS FERNANDEZ co-produção, residência de criação, estreia Dom 10 de Agosto - 22:30 [armazém] Doo MIGUEL PEREIRA Qua 13 de Agosto - 22:30 [praça] Ciclo de Cinema ao Ar Livre Qui 14 e Sex 15 de Agosto - 22:30 [sala b] O decisivo na política não é o pensamento individual mas sim a arte de pensar a cabeça dos outros MALA VOADORA co-produção, residência de criação, estreia Sab 16 de Agosto - 22:30 [teatro esther de carvalho] ROCKY MARSIANO Rodrigo Amado (saxofones), André Fernandes (guitarras), DJ Ride (scratch) e D-Mars (sequenciador e produção) Sab 16 de Agosto - 24:00 [castelo] DJ RIDE BLOG www.citemor.blogspot.com Cláudia Galhós e Pablo Caruana (texto), Susana Paiva (fotografia), Hugo Barbosa e Pamela Gallo (video). reportagem, entrevista, crítica, documentação > informações e reservas: www.citemor.com

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Programa Citemor 2008

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Sex 25, Sáb 26 e Dom 27 de Julho - 22:30 [biblioteca]Boxeo para células y planetasANGÉLICA LIDDELLestreia nacional

Qua 30 de Julho - 22:30 [praça]Ciclo de Cinema ao Ar Livre

Qui 31 de Julho e Sex 1 de Agosto - 22:30 [sala b]BabelARTISTAS UNIDOS / DET ÅPNE TEATERco-produção, residência de criação, estreia

Sab 2 e Dom 3 de Agosto - 22:30 [armazém]En las pistas de hieloLENGUA BLANCAco-produção, residência de criação, estreia

Qua 6 de Agosto - 22:30 [praça]Ciclo de Cinema ao Ar Livre

Qui 7 de Agosto - 22:30 [armazém]Motor de buscaDAVID MARQUESco-produção, estreia

Sex 8 e Sab 9 de Agosto - 22:30 [castelo]10.000 añosCARLOS FERNANDEZco-produção, residência de criação, estreia

Dom 10 de Agosto - 22:30 [armazém]DooMIGUEL PEREIRA

Qua 13 de Agosto - 22:30 [praça]Ciclo de Cinema ao Ar Livre

Qui 14 e Sex 15 de Agosto - 22:30 [sala b]O decisivo na política não é o pensamento individual mas sim a arte de pensar a cabeça dos outrosMALA VOADORAco-produção, residência de criação, estreia

Sab 16 de Agosto - 22:30 [teatro esther de carvalho]ROCKY MARSIANORodrigo Amado (saxofones), André Fernandes (guitarras), DJ Ride (scratch) e D-Mars (sequenciador e produção)

Sab 16 de Agosto - 24:00 [castelo]DJ RIDE

BLOGwww.citemor.blogspot.comCláudia Galhós e Pablo Caruana (texto), Susana Paiva (fotografia), Hugo Barbosa e Pamela Gallo (video).reportagem, entrevista, crítica, documentação

> informações e reservas: www.citemor.com

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Sex 25, Sáb 26 e Dom 27 de Julho | 22:30 [biblioteca]BOXEO PARA CÉLULAS Y PLANETASEl miedo a la muerte como origen de la melancolíaANGÉLICA LIDDELLestreia nacional «Boxeo…» nasce de um convite do MUSAC de León para participar numas jornadas sobre “O acidente e outros medos contemporâneos”. Usando a técnica do ensaio-ficção, apresentamos a figura de Pascal Kahn, personagem que atravessa um acontecimento decisivo na sua vida, que desestabiliza a sua existência normal até a destruir completamente. Pascal encontra a sua nova identidade através do acidente, através do medo de morrer. E este retrair-se no “eu” não só lhe permite reflectir sobre o seu próprio medo como também sobre a natureza humana, de forma que o narcisismo procedente do temor da morte estabelece um vínculo terrivelmente sólido com o externo, isto é, com o social, finalmente com a tragédia da Humanidade. O medo de morrer, o desejo de ser eterno, afunda o protagonista numa melancolia patológica de que resulta ser impossível escapar. A melancolia deixa de ser um estado de alma transitório para se converter numa forma de vida, e, mesmo, numa forma de pensamento. O conflito de Pascal Kahn tem a ver com a contradição gerada por “ser” ao mesmo tempo “homem de carne e osso” e “homem Humanidade”. De que maneira se pode compaginar a busca individual da felicidade com a catástrofe do humano. Para meditar sobre este conflito Pascal faz uma série de colagens em que liga a ciência à guerra, as células aos planetas, os crimes contra a Humanidade à descoberta de novas espécies. Assim, revisita esteticamente o horror que define os nosso tempos conturbados. A derrota interior de Pascal encontra uma dolorosa conexão com a derrota da razão.(NOTA: Os espectadores deverão trazer consigo radiografias, medicamentos, análises, historial cliníco …)

Texto e direcção: Angélica Liddell Com Gumersindo Puche e Angélica LiddellNo video de Pascal Kahn os intérpretes são Gumersindo Puche (pai), Virtudes Esteban, e os participantes no "curso de memória" do Centro Social de Mayores Joaquín María López, de Villena, Alicante Produção: Iaquinandi SL, MUSAC, Casa de América e Comunidad de Madrid

Qui 31 de Julho e Sex 1 de Agosto | 22:30 [sala b]BABELARTISTAS UNIDOS / DET ÅPNE TEATERco-produção, residência de criação, estreia Chega um rapaz à próspera Europa vindo de um país que foi engolido pelo mar. Sem conseguir asilo, arranja trabalho na construção civil. O rapaz faz tudo por tudo para conseguir a documentação que lhe permita uma situação legal.Os actores movimentam-se num palco cheio de andaimes.Abordando as questões dos direitos humanos e da agonia da economia europeia, conferindo contornos políticos ao teatro físico e ao inglês macarrónico, esta produção funde a linguagem circense, acrobática e poética, numa história criada por Jesper Halle e Miguel Castro Caldas.

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«Babel» será apresentado no Festival Altitudes (Montemuro) no dia 9 de Agosto e no Det Åpne Teater em Oslo de 20 de Agosto a 7 de Setembro de 2008.

sites: Artistas Unidos www.artistasunidos.pt | Det Åpne Teater www.detapneteater.no

Texto: Miguel Castro Caldas e Jesper Hall Dramaturgia: Ragnhild Maerli e Jorge Silva Melo Intérpretes: Pedro Carraca, Sérgio Conceição, Ricardo Batista, Lenka Rozenahl e Idun Losnegård Compositor e músico ao vivo: Morten Halle Cenografia: Franzisca Aarflot e Rita Lopes Alves Figurinos: Rita Lopes Alves Luz: Pedro Domingos Encenação: Franzisca Aarflot Apoio ao texto: Cristina Guerra Produção: Artistas Unidos / Det Åpne Teater Co-produção: CitemorProjecto financiado com o apoio da Comissão Europeia

Sab 2 e Dom 3 de Agosto | 22:30 [armazém]EN LAS PISTAS DE HIELOLENGUA BLANCAco-produção, residência de criação, estreia Com este trabalho pretendemos deitar fogo a certas formas do nosso fazer e potenciar sobretudo um encontro da cena com o espaço e com os nosso impulsos mais vitais.As pistas de gelo são entendidas como superfícies sensuais onde se depositam os corpos para os observarmos a arder, a congelar, ou simplesmente a deslizar de um extremo a outro até que desaparecem.

Site: Lengua Blanca http://lenguablanca.blogspot.com

Criação, direcção e interpretação: Ana María García e Juan José de la Jara Iluminação: Almudena Sancho Espaço sonoro e video: Lengua Blanca Produção: Nines Martín e Lengua Blanca Apoio: Aula de Teatro da Universidade de Alcalá de Henares e La Casa Encendida Co-produção: Cía. Lengua Blanca e Citemor - Festival de Montemor-o-Velho.

Qui 7 de Agosto | 22:30 [armazém]MOTOR DE BUSCADAVID MARQUESco-produção, estreia «Motor de busca» explora a relação do corpo com o objecto, a partir da palavra. É um jogo de manipulação de materiais, sentidos e da percepção do público. A transformação do espaço e do movimento ao longo da peça apontam para a criação de um lugar de destruição e memória. É uma peça sobre a procura, a fuga e a resistência.

David Marques nasceu em Torres Novas, em 1985. É licenciado em Dança, Ramo do Espectáculo pela Escola Superior de Dança (2007). Tem formação em pesquisa

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coreográfica com Sílvia Real, Francisco Camacho, Meg Stuart e Emmanuelle Huynh.Interpretou, entre outros, «Untitled Accident» de Patrícia Milheiro e «Algum dia tinha que ser a sério» de Lígia Teixeira e Ivan Franco (Centro Cultural de Belém e Teatro Aveirense). É criador e intérprete de «Play Nureyev» (Centro de Artes de Sines e Festival EntreDanzas - Santiago de Compostela, 2008) e «Motor de busca» (Eira 33 e Citemor).

Site: David Marques http://davidmarquesblog.blogspot.com

Criação e interpretação: David Marques Assistência de criação: Patrícia Milheiro Som: Bruno Vasconcelos Produção executiva: EIRA Co-produção: EIRA e Citemor - Festival de Montemor-o-VelhoProjecto desenvolvido em residência de criação na Eira33.

Sex 8 e Sab 9 de Agosto | 22:30 [castelo]10.000 AÑOSCARLOS FERNANDEZco-produção, residência de criação, estreia

«10.000 anos» é a história de uma demolição.Assistimos ao último acto de um homem desfeito física e mentalmente.O espaço que habita há anos vai ser destruído e o seu último desejo é desaparecer com ele e nele, sob os escombros.Várias pessoas o acompanham na sua última noite, preparadas para fazer uma boa festa de despedida, com música, álcool e fogo para tudo purificar.

Chegaremos ao fim deste caminho quase como o encetámos:Intactos de corpo e alma.Intactos, com as feridas cicatrizadas e dispostos a morrer.Oxalá o céu esteja limpo e possamos ver as estrelas misturadas com o fumo das recordações, o ruído dos instrumentos, o álcool no sangue e lágrimas nos olhos.

Com a história da destruição bíblica da cidade de Jericó como fundo alegórico, «10.000 anos» constroi-se como uma narração musical cujo relato gira à volta das recordações e da demolição da memória.As vozes dos personagens sobrepõem-se ao ruído e ao medo, procurando o rasto da convivência debaixo da ameaça da destruição iminente. Num jogo apaixonado, contam e reinventam as suas vidas, como se se tratasse de um antídoto contra a destruição e a morte.

Texto e encenação: Carlos Fernández López Intérpretes: Emilio Tomé, Enrique Castro, Miguel Ángel Altet, Sara Martín, Elena Alonso Espaço sonoro: Nilo Gallego Guitarras: Ikerne Giménez Assistente de direcção: Elena Alonso Assistente de produção: Marisa Amor Co-produção: Aula de Teatro da Universidade de Alcalá de Henares e Citemor - Festival de Montemor-o-Velho Com o apoio de Instituto Cervantes e Comunidad de Madrid

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Dom 10 de Agosto | 22:30 [armazém]DOOMIGUEL PEREIRATeria onze anos, a independência estaria iminente, era um início de tarde cheio de sol, muito quente, impregnado de expectativas. Debaixo de um alpendre, na terra batida, aguardávamos a entrada em cena. O público cá fora chegava, reunia-se e pouco a pouco deslocava-se para dentro do pavilhão.Eu e os outros meninos, envergávamos a capulana colorida, enrolada na cintura, em tronco nu e pés descalços. Foi então que se deu a entrada no palco improvisado, e nervosos executámos os passos, ao mesmo tempo que cantávamos “Wa'mutiva Txava Txava Yuí anga'ni n'dlala ya Maheú. Yuí Wa'mutiva Caetano Yuí Buyá gandzaia Salazar".

Miguel Pereira

Concepção: Miguel Pereira Interpretação: Bernardo Fernando (PAK) e Miguel Pereira Músico e intérprete: Jari Marjamäki Desenho de som e pesquisa musical: Sérgio Cruz Desenho de luz: Thomas Walgrave Colaboração dramatúrgica: Ana Pais e Rui Catalão Assistência de ensaios: Andreas Dyrdall Produção: o rumo do fumo Co-produção: Alkantara e Théâtre National de Bordeaux en Aquitaine Residência artística e apoio: Centa (Vila Velha de Ródão), Culturarte (Maputo), Capa/Devir (Faro) Apoios: Balleteatro (Porto), Associação Binaural, Atelier Re.al, Centro Cultural Franco-Moçambicano, Rádio Oxigénio e Instituto Camões Agradecimentos: Carl Simmons, Forum Dança, Graça Passos, Jorge Andrade, Jorge Bragada, José Laginha, Luciana Fina, Luis Coutinho, Mark Depputer, Panaibra Gabriel e Timóteo Maposse Projecto co-produzido por Next Step, com o apoio do programa “cultura” da União Europeia o rumo do fumo é uma estrutura apoiada por Ministério da Cultura / Direcção-Geral das Artes

Qui 14 e Sex 15 de Agosto | 22:30 [sala b]O DECISIVO NA POLÍTICA NÃO É O PENSAMENTO INDIVIDUAL,MAS SIM A ARTE DE PENSAR A CABEÇA DOS OUTROSMALA VOADORAco-produção, residência de criação, estreia Neste projecto pretendem explorar-se, por um lado, o “espectáculo” como puro entertainment, tal como é entendido no âmbito de muitas das práticas performativas e audio-visuais dirigidas às massas, e, por outro lado, o “espectáculo” como recurso de persuasão, tal como é entendido no âmbito da performance política. Entre o verdadeiro e o falso, ideologia e publicidade, emoção e verosimilhança, líderes políticos e personagens fictícias da cultura popular (eventualmente mais persuasivas do que os políticos), entre a representação in situ e o multimédia, o espectáculo visa ilustrar a ideia de que, citando Brecht, “o decisivo na política não é o pensamento individual, mas sim a arte de pensar a cabeça dos outros”.

Site: Mala Voadora malavoadora.blogspot.com

Direcção: Jorge Andrade Selecção de textos: Jorge Andrade e Pedro Gil Video: Itziar Zorita Agirre Com: Jorge Andrade (em cena); Jorge Andrade e Pedro Gil (em vídeo) Cenografia: José Capela Luz: João d’Almeida Som: Isabel Novais e Hugo Franco Assistência: John Romão

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Sab 16 de Agosto | 22:30 [teatro esther de carvalho]ROCKY MARSIANORodrigo Amado, André Fernandes, DJ Ride e D-Mars Rocky Marsiano é o projecto instrumental do produtor old school D-Mars. O álbum de estreia “The Pyramid Sessions” (Loop:Recordings) foi recebido de forma entusiástica pela crítica, contando com remixes do single “Hold of Me” pelo produtor Canadiano Dubious (Prize Records) e por Toby Tobias (ReKids). Com uma forte influência jazzística, "The Pyramid Sessions" representa uma nova e única abordagem sobre a música urbana.Em “Outside the Pyramid” aperfeiçoam-se ideias e experiências enunciadas no álbum anterior, mas é igualmente um disco que ousa olhar para lá do terreno aí definido. É um disco que reforça o lugar singular de D-Mars no panorama musical nacional: com um percurso iniciado nos Micro, este músico soube encontrar para si um lugar muito próprio enquanto produtor no sentido clássico do termo. Já não apenas o produtor de beats que buscam um MC, mas o produtor de corpo inteiro que entende os segredos de estúdio e da arte de condução de músicos em estúdio.Como projecto ao vivo, Rocky Marsiano assume a forma de quarteto e faz uso da improvisação como principal veículo. Dj Ride é a nova sensação do turntablism português. O saxofonista Rodrigo Amado e o guitarrista André Fernandes são importantes figuras do novo jazz português, confirmando a qualidade instrumental e improvisacional do concerto.

Saxofones: Rodrigo Amado www.rodrigoamado.com Guitarras: André Fernandes www.andrefernandes.com Scratch: DJ Ride www.myspace.com/ridept Sequenciador, produção: D-Mars www.myspace.com/rockymarsiano

Sab 16 de Agosto | 24:00 [castelo]DJ RIDE DJ Ride é um talento emergente na música urbana produzida em Portugal.Dedica-se desde 2002 à produção musical, dj set's e é um dos grandes impulsionadores do scratch em Portugal. Obteve o título de duplo campeão nacional de scratch na competição ITF (International Turntablism Federation) em 2006 e um terceiro lugar no concurso mundial de scratch da Internacional Dj Association.O reconhecimento pela originalidade e coerência do seu percurso é materializado em colaborações com projectos tão diversos como Rocky Marsiano, BeatBomber's, Terrakota, Hipnótica, Coldfinger e a Orquestra Gulbenkian com Lil John, e é consolidado na edição do seu primeiro disco "Turntable Food" que evidencia uma maturidade invulgar.

Site: DJ Ride www.myspace.com/ridept

Qua 30 de Julho, Qua 6 e Qua 13 de Agosto | 22:30CICLO DE CINEMA AO AR LIVREproposta de Francisco Camacho(disponível em breve)

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Julho / Agosto 2008 [http://citemor.blogspot.com]BLOG CITEMORReportagem, entrevista, crítica, documentação

Espaço Convívio*Para efeitos de intenção, chamemos-lhe como título provisório «Espaço Convívio». Lugar de prazer, onde a documentação, a entrevista e a reflexão se fazem com vista à partilha, na dinâmica própria da vida criativa que deseja sair da malícia dessas viciosas deleitações da alma e da indevida disposição do corpo. Através do vídeo, da fotografia, do texto escrito e da conversa, tocamos o íntimo e as narrativas pessoais de um lugar que se chama Montemor-o-Velho por ocasião de um festival que se chama Citemor, querendo alcançar o mundo, projectando-se no espaço por via destas novas ferramentas . Lançamo-nos no espaço que é global, e onde não há centro nem periferia, não há proximidade nem distância.Neste espaço de programação virtual, teremos: entrevista «in progress» ao coreógrafo Francisco Camacho que decorrerá ao longo do Festival; breves notícias do programa que vai decorrendo; excertos de ensaios; entrevistas aos criadores; análises de espectáculos; histórias de Montemor-o-Velho; entre muitas outras actividades. Para já, pode ir espreitando o blogue do ano passado.

*«Todos os homens aspiram naturalmente a conhecer. (...) Dentro do homem, podemos considerar dois defeitos e impedimentos: um, do lado do corpo, outro, do lado da alma. Do lado do corpo, quando as partes se encontram indevidamente dispostas – tal que nenhuma pode comunicar -, como é o caso dos surdos e mudos e seus similares. Do lado da alma, quando a malícia oprime a esta, que assim se faz seguidora de viciosas deleitações, que de tal modo a enganam que por elas a tudo o mais despreza.» (in «Convívio», Dante Alighieri)

Texto: Cláudia Galhós e Pablo Caruana Fotografia: Susana PaivaVideo: Hugo Barbosa e Pamela Gallo

Blog: citemor.blogspot.com

Reservas on-line: www.citemor.com

> Bilhetes: 10€ Bilhetes com desconto: 7€(desconto aplicável a menores de 25 anos, estudantes e profissionais das artes do espectáculo)> Ciclo de Cinema ao Ar Livre e DJ Ride: Acesso livre

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CARACTERIZAÇÃOÉ o festival de teatro mais antigo do país. Com origem ainda na década de 60 (Professor Paulo Quintela / Universidade de Coimbra) teve a sua primeira edição organizada pelo CITEC — Centro de Iniciação Teatral Esther de Carvalho em 1974. Tem uma perspectiva transversal de todas as artes, produz e acolhe na sua programação teatro, dança, música, cinema, vídeo, instalações, etc.As criações programadas são encomendas produzidas pelo Festival, co-produzidas com outros parceiros ou com os criadores e companhias, desenvolvidas em Montemor em residência de criação.É um festival de Verão, profundamente marcado pela apropriação de espaços não convencionais, de interesse patrimonial, arquitectónico ou natural. Ao nível da programação, o Festival privilegia as novas gerações de criadores e possibilita o acompanhamento dos seus percursos; tem um interesse especial pelas novas dramaturgias e novas linguagens.

ÚLTIMAS PRODUÇÕESMORE, coreografia de Francisco Camacho (co- produção, residência artística, antestreia — 1998)PLATONOV, pela companhia STAN (estreia absoluta – 1998)JEAN VILAR (exposição, produção própria – 1999)ZONA, pelo Olho (co- produção, residência artística, antestreia –1999)EL GRAN GAME, coreografia de La Ribot (estreia nacional – 1999)TWO BANKS OF FOUR (concerto) (estreia nacional – 2000)OS OLHOS DE GULAY CABBAR de Olga Roriz (residência artística, produção própria, estreia – 2000)ERNESTO, pelo Teatro da Garagem (residência artística, produção própria, estreia – 2000)LES GAMMAS AND MICHAEL REINBOTH (estreia nacional – 2001)AFTER SUN de Rodrigo Garcia, por La Carniceria Teatro (estreia nacional – 2001)SANS, coreografia de Martine Pisani (estreia nacional – 2001)HANDY # 23, de Silvia Real e Sérgio Pelágio (residência artística, produção própria, estreia – 2001)OS DONOS DOS CÃES, pelo Teatro da Garagem (residência artística, produção própria, estreia – 2002)A HISTÓRIA DE RONALD O PALHAÇO DA MCDONALDS de Rodrigo Garcia com La Carniceria Teatro (residência artística, produção própria, estreia – 2002)TERRY CALLIER (concerto) (estreia nacional – 2002)A FESTA, co-produção Tá Safo, Citemor, Artistas Unidos (residência artística, estreia — 2003)TONY ALLEN (concerto) (estreia nacional – 2003)GOYA, instalação media de Rodrigo Garcia (estreia nacional – 2004)NICARÁGUA PROLOGUE, Mala Voadora (residência artística, produção própria, estreia – 2004)AMOR CRU, de Susana Vidal (residência artística, produção própria, estreia – 2004)TRUE WEST, pela SubUrbe (residência artística, produção própria, estreia – 2004)CONGRATULATIONS, de Paulo Castro e Jo Stone (residência artística, produção própria, estreia – 2004)ON CHERCHE UNE DANSE, coreografia de Olga Mesa (estreia nacional – 2004)NEOKINOK TV, coordenação de Daniel Miracle (residência artística, produção própria, estreia – 2005)QUE ME ABREVE DE BESOS TU BOCA, direcção de Carlos Marquerie (residência artística, co-produção, estreia – 2005)TOT ÉS PERFECTE, encenação de Roger Bernat (residência artística, co-produção, estreia – 2005)PROMENADE DE TÊTE PERDUE, direcção de Jean Pierre Larroche (residência artística, co-produção, estreia – 2005)AUTOCOMPAIXÃO de Rodrigo Garcia (residência artística, produção própria, estreia – 2006)COUP D'ÉTAT, de Francisco Camacho (residência artística, co-produção, estreia – 2006)CITEMOR.TV, colectivo Neokinok TV com direcção de Daniel Miracle (residência artística, produção própria – 2006)EN-CHANTILLON, Groupe ZUR (residência artística, co-produção, estreia – 2006)OS VIVOS, Teatro O Bando (co-produção, residência de criação, estreia – 2007)EL TEMBLOR DE LA CARNE, de Carlos Marquerie (residência artística, co-produção, estreia – 2007)LESIONES INCOMPATIBLES CON LA VIDA seguida de BROKEN BLOSSOMS eYO NO SOY BONITA, de Angélica Liddell (estreia nacional - 2007)

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CITEMOR: UM PROJECTO EM REDEEm 2005/07 o Citemor desenvolveu em conjunto com Escena Contemporânea (Madrid), Escenários Sevilla, Teatre Lliure (Barcelona), Théâtre National de Bourdeaux e Théâtre National de Toulouse, o projecto ¡mira!. Dedicado à promoção da criação artística contemporânea no domínio das artes cénicas, benefíciou do apoio da Comunidade Europeia (INTERREG IIIB – Sudoe) e de um elevado número de parcerias, privados e institucionais. O Citemor é também membro fundador da IRIS - associação sul europeia para a criação contemporânea (Portugal, Espanha, França e Itália).Em 2008 o Citemor estabeleceu um convénio com a Aula de Teatro da Universidade de Alcalá de Henares, por um período de dois anos e com o apoio do Instituto Cervantes, visando a co-produção conjunta de duas novas criações. No primeiro ano elegemos Carlos Fernandez que vem a desenvolver a obra “10.000 años”.

TEATRO ESTHER DE CARVALHOEdifício centenário, classificado e protegido é propriedade desta associação. Após um período dedicado ao seu restauro e instalação de equipamentos a sala inicia agora a sua programação regular.Site: www.estherdecarvalho.org

O CITEC é uma Instituição de Interesse Público e Membro Honorário da Ordem de Mérito