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Página 1 de 12 - 24/04/2018 - 6:36 PROFESSOR: EQUIPE DE PORTUGUÊS BANCO DE QUESTÕES - PRODUÇÃO TEXTUAL - 6º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ============================================================================================= Texto 1 No Retiro da Figueira Sempre achei que era bom demais. O lugar, principalmente. O lugar era... era maravilhoso. Bem como dizia o prospecto: maravilhoso. Arborizado, tranquilo, um dos últimos locais dizia o anúncio onde você pode ouvir um bem-te-vi cantar. Verdade: na primeira vez que fomos lá, ouvimos o bem-te-vi. E também constatamos que as casas eram sólidas e bonitas, exatamente como o prospecto as descrevia: estilo moderno, sólidas e bonitas. Vimos os gramados, os parques, os pôneis, o pequeno lago. Vimos o campo de aviação. Vimos a majestosa figueira que dava nome ao condomínio: Retiro da Figueira. Mas o que mais agradou à minha mulher foi a segurança. Durante todo o trajeto de volta à cidade e eram uns bons cinquenta minutos ela falou, entusiasmada, da cerca eletrificada, das torres de vigia, dos holofotes, do sistema de alarmes e sobretudo dos guardas. Eram oito guardas, homens fortes, decididos, mas afáveis. Aliás, quem nos recebeu naquela visita, e na seguinte, foi o chefe deles, um senhor tão inteligente e culto que logo pensei: "ah, mas ele deve ser formado em alguma universidade". De fato: no decorrer da conversa ele mencionou mas de maneira casual que era formado em Direito. O que só fez aumentar o entusiasmo de minha mulher. Ela andava muito assustada ultimamente. Os assaltos violentos se sucediam na vizinhança; trancas e porteiros eletrônicos já não detinham os criminosos. Todos os dias sabíamos de alguém roubado e espancado; (...) minha mulher decidiu tínhamos de mudar de bairro. Tínhamos de procurar um lugar seguro. Foi então que enfiaram o prospecto colorido e tentador sob nossa porta. Às vezes penso que se morássemos num edifício mais seguro, o portador daquela mensagem publicitária nunca teria chegado a nós, e, talvez... Mas isto agora são apenas suposições. De qualquer modo, minha mulher ficou encantada com o Retiro da Figueira. Meus filhos estavam vidrados nos pôneis. E eu acabava de ser promovido na firma. As coisas todas se encadearam, e o que começou com um prospecto sendo enfiado sob a porta transformou-se como dizia o texto num novo estilo de vida. Não fomos o primeiro a comprar casa no Retiro da Figueira. Pelo contrário, entre nossa primeira visita e a segunda uma semana após a maior parte das trinta residências já tinha sido vendida. O chefe dos guardas me apresentou a alguns dos compradores. Gostei deles: gente como eu, diretores de empresa, profissionais liberais, dois fazendeiros. Todos tinham vindo pelo prospecto. E quase todos tinham se decidido pelo lugar por causa da segurança. Naquela semana descobri que o prospecto tinha sido enviado a uma quantidade limitada de pessoas. Na minha firma, por exemplo, só eu o tinha recebido. Minha mulher atribuiu o fato a uma seleção cuidadosa de futuros moradores e viu mais um motivo de satisfação. Quanto a mim, estava achando tudo muito bom. Bom demais. Nós nos mudamos. A vida lá era realmente um encanto. Os bem-te-vis eram pontuais: às sete da manhã, começavam seu concerto. Os pôneis eram mansos, as alamedas estavam sempre limpas. A brisa agitava as árvores do parque cento e doze, bem como dizia o prospecto. Por outro lado, o sistema de alarmes era impecável. Os guardas compareciam periodicamente à nossa casa para ver se estava tudo bem sempre gentis, sempre sorridentes. O chefe deles era uma pessoa particularmente interessada: organizava festas e torneios, preocupava-se com nosso bem-estar. Fez uma lista dos parentes e amigos dos moradores para qualquer emergência, explicou, com um sorriso tranquilizador. O primeiro mês decorreu tal como prometido no prospecto num clima de sonho. De sonho, mesmo. Uma manhã de domingo, muito cedo lembro-me que os bem-te-vis ainda não tinham começado a cantar soou a sirene de alarmes. Nunca tinha tocado antes, de modo que ficamos um pouco assustados um pouco, não muito. Mas sabíamos o que fazer: nos dirigimos, em ordem, ao salão e festas, perto do lago. Quase todos ainda de roupão ou pijama. O chefe dos guardas estava lá, ladeado por seus homens, todos armados de fuzis. Fez-nos sentar, ofereceu café. Depois, sempre pedindo desculpas pelo transtorno, explicou o motivo da

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PROFESSOR: EQUIPE DE PORTUGUÊS

BANCO DE QUESTÕES - PRODUÇÃO TEXTUAL - 6º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL =============================================================================================

Texto 1

No Retiro da Figueira

Sempre achei que era bom demais. O lugar, principalmente. O lugar era... era maravilhoso. Bem como dizia o prospecto: maravilhoso. Arborizado, tranquilo, um dos últimos locais – dizia o anúncio – onde você pode ouvir um bem-te-vi cantar. Verdade: na primeira vez que fomos lá, ouvimos o bem-te-vi. E também constatamos que as casas eram sólidas e bonitas, exatamente como o prospecto as descrevia: estilo moderno, sólidas e bonitas. Vimos os gramados, os parques, os pôneis, o pequeno lago. Vimos o campo de aviação. Vimos a majestosa figueira que dava nome ao condomínio: Retiro da Figueira.

Mas o que mais agradou à minha mulher foi a segurança. Durante todo o trajeto de volta à cidade – e eram uns bons cinquenta minutos – ela falou, entusiasmada, da cerca eletrificada, das torres de vigia, dos holofotes, do sistema de alarmes – e sobretudo dos guardas. Eram oito guardas, homens fortes, decididos, mas afáveis. Aliás, quem nos recebeu naquela visita, e na seguinte, foi o chefe deles, um senhor tão inteligente e culto que logo pensei: "ah, mas ele deve ser formado em alguma universidade". De fato: no decorrer da conversa ele mencionou – mas de maneira casual – que era formado em Direito. O que só fez aumentar o entusiasmo de minha mulher.

Ela andava muito assustada ultimamente. Os assaltos violentos se sucediam na vizinhança; trancas e porteiros eletrônicos já não detinham os criminosos. Todos os dias sabíamos de alguém roubado e espancado; (...) minha mulher decidiu – tínhamos de mudar de bairro. Tínhamos de procurar um lugar seguro.

Foi então que enfiaram o prospecto colorido e tentador sob nossa porta. Às vezes penso que se morássemos num edifício mais seguro, o portador daquela mensagem publicitária nunca teria chegado a nós, e, talvez... Mas isto agora são apenas suposições. De qualquer modo, minha mulher ficou encantada com o Retiro da Figueira. Meus filhos estavam vidrados nos pôneis. E eu acabava de ser promovido na firma. As coisas todas se encadearam, e o que começou com um prospecto sendo enfiado sob a porta transformou-se – como dizia o texto – num novo estilo de vida. Não fomos o primeiro a comprar casa no Retiro da Figueira. Pelo contrário, entre nossa primeira visita e a segunda – uma semana após – a maior parte das trinta residências já tinha sido vendida. O chefe dos guardas me apresentou a alguns dos compradores. Gostei deles: gente como eu, diretores de empresa, profissionais liberais, dois fazendeiros. Todos tinham vindo pelo prospecto. E quase todos tinham se decidido pelo lugar por causa da segurança.

Naquela semana descobri que o prospecto tinha sido enviado a uma quantidade limitada de pessoas. Na minha firma, por exemplo, só eu o tinha recebido. Minha mulher atribuiu o fato a uma seleção cuidadosa de futuros moradores – e viu mais um motivo de satisfação. Quanto a mim, estava achando tudo muito bom. Bom demais.

Nós nos mudamos. A vida lá era realmente um encanto. Os bem-te-vis eram pontuais: às sete da manhã, começavam seu concerto. Os pôneis eram mansos, as alamedas estavam sempre limpas. A brisa agitava as árvores do parque – cento e doze, bem como dizia o prospecto. Por outro lado, o sistema de alarmes era impecável. Os guardas compareciam periodicamente à nossa casa para ver se estava tudo bem – sempre gentis, sempre sorridentes. O chefe deles era uma pessoa particularmente interessada: organizava festas e torneios, preocupava-se com nosso bem-estar. Fez uma lista dos parentes e amigos dos moradores – para qualquer emergência, explicou, com um sorriso tranquilizador. O primeiro mês decorreu – tal como prometido no prospecto – num clima de sonho. De sonho, mesmo.

Uma manhã de domingo, muito cedo – lembro-me que os bem-te-vis ainda não tinham começado a cantar – soou a sirene de alarmes. Nunca tinha tocado antes, de modo que ficamos um pouco assustados – um pouco, não muito. Mas sabíamos o que fazer: nos dirigimos, em ordem, ao salão e festas, perto do lago. Quase todos ainda de roupão ou pijama.

O chefe dos guardas estava lá, ladeado por seus homens, todos armados de fuzis. Fez-nos sentar, ofereceu café. Depois, sempre pedindo desculpas pelo transtorno, explicou o motivo da

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reunião: é que havia marginais nos matos ao redor do Retiro, e ele, avisado pela polícia, decidira pedir que não saíssemos naquele domingo.

— Afinal – disse, em tom de gracejo – está um belo domingo, os pôneis estão aí mesmo, as quadras de tênis...

Era mesmo um homem muito simpático. Ninguém chegou a ficar verdadeiramente contrariado. Contrariados ficaram alguns no dia seguinte, quando a sirene tornou a soar de madrugada.

Reunimo-nos de novo no salão de festas, uns esperneando que era segunda-feira, dia de trabalho. Sempre sorrindo, o chefe dos guardas pediu desculpas novamente e disse que infelizmente não poderíamos sair – os marginais continuavam nos matos, soltos. Gente perigosa; entre eles, dois assassinos foragidos. À pergunta de um irado cirurgião, o chefe dos guardas respondeu que, mesmo de carro, não poderíamos sair; os bandidos poderiam bloquear a estreita estrada do Retiro.

— E vocês, por que não nos acompanham? – perguntou o cirurgião. — E quem vai cuidar da família de vocês? – disse o chefe dos guardas, sempre sorrindo. Ficamos retidos naquele dia e no seguinte. Foi aí que a polícia cercou o local: dezenas de

viaturas com homens armados, alguns com máscaras contra gases. De nossas janelas, nós os víamos e reconhecíamos: o chefe dos guardas estava com a razão.

Passávamos o tempo jogando cartas, passeando ou simplesmente não fazendo nada. Alguns estavam até gostando. Eu não. Pode parecer presunção dizer isto agora, mas eu não estava gostando nada daquilo.

Foi no quarto dia que o avião desceu no campo de pouso. Um jatinho. Corremos para lá. Um homem desceu e entregou uma maleta ao chefe dos guardas. Depois olhou para nós –

amedrontado, pareceu-me – e saiu pelo portão da entrada, quase correndo. O chefe dos guardas fez sinal para que não nos aproximássemos. Entrou no avião. Deixou a

porta aberta, e assim pudemos ver que examinava o conteúdo da maleta. Fechou-a, chegou à porta e fez um sinal. Os guardas vieram correndo, entraram todos no jatinho. A porta se fechou, o avião decolou e sumiu.

Nunca mais vimos o chefe e seus homens. Mas estou certo de que estão gozando o dinheiro pago por nosso resgate. Uma quantia suficiente para construir dez condomínios iguais ao nosso – que eu, diga-se de passagem, sempre achei que era bom demais.

Adaptado de SCLIAR, Moacyr. Contos contemporâneos. São Paulo: Moderna, 2005, p. 76.

01- O texto escrito por Moacyr Scliar é classificado como uma narrativa, pois conta uma história,

relata um acontecimento.

Sabendo disso, responda:

a) Quais são as personagens principais da história?

R.: __________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________ b) O narrador é um personagem da história? Justifique sua resposta indicando o foco narrativo.

R.: __________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________ c) Qual o espaço onde se passa a maior parte da narração?

R.: __________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

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02- A palavra "prospecto", que aparece no texto diversas vezes, significa um papel ilustrado no qual se anuncia ou se faz propaganda de algum produto.

Com base nessa informação, responda: O que prometia o prospecto em relação ao Retiro da Figueira?

R.: __________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

03- O narrador inicia e termina sua narrativa com a frase "sempre achei que era bom demais".

Quais são as duas interpretações a que essa informação pode nos levar?

R.: __________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

04- Enquanto conta sua história, o narrador nos dá pistas ao leitor de que estava desconfiado da situação.

Qual é a surpresa final da narrativa que já era desconfiada pelo narrador?

R.: __________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

05- Releia atentamente os trechos a seguir, observando as palavras destacadas. Após isso, assinale a alternativa que indique uma palavra que substitua a expressão destacada sem mudar o seu sentido.

a) "Pode parecer presunção dizer isto agora, mas eu não estava gostando nada daquilo".

(A) inteligência. (B) humildade. (C) arrogância. (D) covardia.

b) "Eram oito guardas, homens fortes, decididos, mas afáveis".

(A) amáveis. (B) medonhos (C) brutos. (D) felizes.

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Texto 2 O texto narrativo que você vai ler a seguir é uma pequena

biografia escrita por Gilberto Dimenstein sobre um músico de São Paulo. A partir da leitura, veremos que a música não é apenas divertimento e lazer, podendo ser também um meio de exercitar a solidariedade.

A harmonia do Rap

Quando pensava em seguir carreira musical, Antonio Luz

Júnior foi aconselhado pela família a fazer faculdade para ter esperança de um bom emprego. Ele seguiu o conselho, mas só conseguiu ocupar os bancos universitários por dois anos numa faculdade de Educação Física. O que lhe dava mesmo prazer era a batida do hip-hop durante os encontros que frequentava toda semana no Largo São Bento, no centro de São Paulo. Nascido na periferia paulista em 07 de novembro de 1971, o acanhado jovem não poderia imaginar o futuro que alcançaria. Na juventude, porém, para não desagradar aos pais, matriculou-se na Universidade Livre de Música (atual Centro de Estudos Musicais Tom Jobim), onde aprendeu a tocar trombone. "O coração falou mais alto", conta.

Por causa da temática social de suas letras, ele ganhou o apelido de Rappin’ Hood – numa alusão ao personagem mítico inglês, que era um fora da lei que roubava da nobreza para distribuir aos pobres. O que deu destaque a Rappin’ Hood foi fazer do rap, ritmo até então marginalizado, expressão musical dos menos favorecidos e da cultura negra. "Para mim, o rap e os ritmos nordestinos são primos", ele afirma. Por causa dessas misturas, uma ousadia para os rappers mais tradicionais, ele é considerado o reinventor do rap no Brasil.

Trouxe para suas músicas elementos, além do repente nordestino, do jazz, do reggae, do samba e até da bossa nova. Deu tão certo que já conseguiu, em um esquema alternativo: vender 45 mil cópias de seus CDs, além de comandar o mais popular programa exclusivamente de rap no rádio. Sua primeira experiência radiofônica do cantor ocorreu na comunidade de Heliópolis, na periferia de São Paulo, tomada pela violência. O programa se chamava A voz do rap.

Nas suas andanças pelas periferias, notou como a arte servia para evitar que jovens entrassem no mundo do crime, fazendo da música um elemento de melhorar a autoestima. "Vi o que faz a falta de um objetivo, que, na verdade, é a falta de identificação com qualquer coisa". Essa visão agregou mais um elemento a sua experimentação musical, ao se tornar também um educador – pelo menos um dia por semana, ele orienta oficinas de rap em busca de novos talentos. O músico já conseguiu recuperar a dignidade de um adolescente considerado por muitos como um caso perdido, um garoto infame.

DIMENSTEIN, Gilberto. Folha de S. Paulo. São Paulo, 25 mar. 2003. Caderno Sinapse, p. 15 (adaptado).

06- O texto que você acabou de ler conta a história da vida de uma personalidade, classificando-se

como pertencente ao gênero biografia. Sabendo disso, responda:

a) Quem ocupa o papel do biógrafo e do biografado?

R.: __________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________ b) Qual é o tipo de narrador encontrado no texto?

R.: __________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

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07- Geralmente, as biografias apresentam informações da vida de alguma personalidade.

Quais dados importantes do biografado são encontrados no primeiro parágrafo do texto?

R.: __________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

08- O narrador afirma que Antônio Luiz Junior passou a ser chamado de Rappin’ Hood em alusão a Robin Hood.

Em sua opinião, esse apelido é coerente? Justifique sua resposta.

R.: __________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

09- Releia atentamente o trecho a seguir, observando a palavra destacada. Após isso, assinale a alternativa na qual conste uma palavra que substitua o termo em destaque sem mudar o seu sentido.

a)

"Nascido na periferia paulista em 07 de novembro de 1971, o acanhado jovem não poderia imaginar o futuro que alcançaria."

(A) tímido. (C) falante. (B) rebelde. (D) estudioso.

b)

"O músico já conseguiu recuperar a dignidade de um adolescente considerado por muitos como um caso perdido, um garoto infame."

(A) frágil. (C) animado. (B) grosseiro. (D) mimado.

10- O texto que você acabou de ler pode ser considerado uma biografia. Entretanto, ao longo da

etapa, também conhecemos o gênero autobiografia.

Esse gênero tem como característica:

(A) utilizar verbos predominantemente no presente, sem mencionar o passado e o futuro da personalidade que está sendo biografada.

(B) trazer em sua estrutura a data e um vocativo, apresentando confidências do narrador. (C) apresentar a trajetória de vida do narrador-personagem, que conta a sua própria história. (D) apresentar os fatos marcantes da vida de uma personalidade e a importância das suas

obras para o mundo.

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Texto 3

Lembranças de quem viveu o 11 de setembro de 2001

Depois de cobrir os ataques de 11 de setembro como jornalista, não adio nada que eu queira fazer. De quase três mil mortos, a maioria tinha menos de 25 anos. Tudo ocorreu no horário em que estagiários e recém-formados trabalham no prédio. Eram 8h20 da manhã. Imagine só: você acaba de se formar, vai ao trabalho, um avião se choca no prédio em que você está trabalhando. Eu morava perto, a duas estações de trem do World Trade Center, em Nova Iorque, e por isso corri até lá. Tinha voltado da academia, estava subindo o elevador. Minha rotina geralmente era: ia para a academia, voltava aí ligava a televisão e o computador. Quando eu liguei a televisão, o atentado terrorista tinha acabado de acontecer. Eu não entendi nada, só vi um buraco enorme no prédio e muita fumaça.

SILVESTRE, Edney. Lembranças de quem viveu o 11 de setembro de 2011. Disponível em: http://www.istoegente.com.br/olhar/lembrancas-de-quem-viveu-o-

11-de-setembro-de-2001.html. Acesso em: 17 abr. 2017 (Fragmento/Adaptado).

11- O texto reproduzido acima narra para o leitor uma sequência de acontecimentos.

Com base nisso, podemos dizer que ele se classifica como:

(A) diário, gênero textual que apresenta uma escrita constante sobre fatos do cotidiano. (B) autobiografia, porque o narrador se preocupa em narra sua trajetória de vida. (C) biografia, pois o autor narra a trajetória de vida das pessoas que morreram no atentado. (D) um relato pessoal, texto que narra informações referentes a um acontecimento específico.

12- Agora é a sua vez de escrever. Caso queira, redija a redação abaixo e entregue ao seu professor

para que ele corrija. Esta será uma chance de produzir um texto e estudar antes da prova.

A tirinha acima reproduz uma adaptação do início de um livro chamado "A metamorfose", de Franz Kafka, que conta a história de Gregor Samsa, um homem que, num inesperado dia, ao acordar, viu-se transformado em uma barata. Se o inseto pudesse escrever, como será que registraria em um diário essa experiência de transformação? Sua tarefa é escrever a primeira página de um diário, registrando como ocorreu o primeiro dia de vida de Gregor Samsa em um novo corpo. Orientações:

Não se esqueça de que o gênero diário apresenta uma estrutura específica.

Seu texto deverá ser construído em, no mínimo, 3 (três) parágrafos.

Escreva sua história ocupando de 15 (quinze) a 30 (trinta) linhas.

Escreva com uma letra bem-feita e legível, evitando rasuras.

Antes de entregar seu texto, faça uma revisão daquilo que você escreveu.

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Gabarito Texto 1

No Retiro da Figueira

Sempre achei que era bom demais. O lugar, principalmente. O lugar era... era maravilhoso. Bem como dizia o prospecto: maravilhoso. Arborizado, tranquilo, um dos últimos locais – dizia o anúncio – onde você pode ouvir um bem-te-vi cantar. Verdade: na primeira vez que fomos lá, ouvimos o bem-te-vi. E também constatamos que as casas eram sólidas e bonitas, exatamente como o prospecto as descrevia: estilo moderno, sólidas e bonitas. Vimos os gramados, os parques, os pôneis, o pequeno lago. Vimos o campo de aviação. Vimos a majestosa figueira que dava nome ao condomínio: Retiro da Figueira.

Mas o que mais agradou à minha mulher foi a segurança. Durante todo o trajeto de volta à cidade – e eram uns bons cinquenta minutos – ela falou, entusiasmada, da cerca eletrificada, das torres de vigia, dos holofotes, do sistema de alarmes – e sobretudo dos guardas. Eram oito guardas, homens fortes, decididos, mas afáveis. Aliás, quem nos recebeu naquela visita, e na seguinte, foi o chefe deles, um senhor tão inteligente e culto que logo pensei: "ah, mas ele deve ser formado em alguma universidade". De fato: no decorrer da conversa ele mencionou – mas de maneira casual – que era formado em Direito. O que só fez aumentar o entusiasmo de minha mulher.

Ela andava muito assustada ultimamente. Os assaltos violentos se sucediam na vizinhança; trancas e porteiros eletrônicos já não detinham os criminosos. Todos os dias sabíamos de alguém roubado e espancado; (...) minha mulher decidiu – tínhamos de mudar de bairro. Tínhamos de procurar um lugar seguro.

Foi então que enfiaram o prospecto colorido e tentador sob nossa porta. Às vezes penso que se morássemos num edifício mais seguro, o portador daquela mensagem publicitária nunca teria chegado a nós, e, talvez... Mas isto agora são apenas suposições. De qualquer modo, minha mulher ficou encantada com o Retiro da Figueira. Meus filhos estavam vidrados nos pôneis. E eu acabava de ser promovido na firma. As coisas todas se encadearam, e o que começou com um prospecto sendo enfiado sob a porta transformou-se – como dizia o texto – num novo estilo de vida. Não fomos o primeiro a comprar casa no Retiro da Figueira. Pelo contrário, entre nossa primeira visita e a segunda – uma semana após – a maior parte das trinta residências já tinha sido vendida. O chefe dos guardas me apresentou a alguns dos compradores. Gostei deles: gente como eu, diretores de empresa, profissionais liberais, dois fazendeiros. Todos tinham vindo pelo prospecto. E quase todos tinham se decidido pelo lugar por causa da segurança.

Naquela semana descobri que o prospecto tinha sido enviado a uma quantidade limitada de pessoas. Na minha firma, por exemplo, só eu o tinha recebido. Minha mulher atribuiu o fato a uma seleção cuidadosa de futuros moradores – e viu mais um motivo de satisfação. Quanto a mim, estava achando tudo muito bom. Bom demais.

Nós nos mudamos. A vida lá era realmente um encanto. Os bem-te-vis eram pontuais: às sete da manhã, começavam seu concerto. Os pôneis eram mansos, as alamedas estavam sempre limpas. A brisa agitava as árvores do parque – cento e doze, bem como dizia o prospecto. Por outro lado, o sistema de alarmes era impecável. Os guardas compareciam periodicamente à nossa casa para ver se estava tudo bem – sempre gentis, sempre sorridentes. O chefe deles era uma pessoa particularmente interessada: organizava festas e torneios, preocupava-se com nosso bem-estar. Fez uma lista dos parentes e amigos dos moradores – para qualquer emergência, explicou, com um sorriso tranquilizador. O primeiro mês decorreu – tal como prometido no prospecto – num clima de sonho. De sonho, mesmo.

Uma manhã de domingo, muito cedo – lembro-me que os bem-te-vis ainda não tinham começado a cantar – soou a sirene de alarmes. Nunca tinha tocado antes, de modo que ficamos um pouco assustados – um pouco, não muito. Mas sabíamos o que fazer: nos dirigimos, em ordem, ao salão e festas, perto do lago. Quase todos ainda de roupão ou pijama.

O chefe dos guardas estava lá, ladeado por seus homens, todos armados de fuzis. Fez-nos sentar, ofereceu café. Depois, sempre pedindo desculpas pelo transtorno, explicou o motivo da reunião: é que havia marginais nos matos ao redor do Retiro, e ele, avisado pela polícia, decidira pedir que não saíssemos naquele domingo.

— Afinal – disse, em tom de gracejo – está um belo domingo, os pôneis estão aí mesmo, as quadras de tênis...

Era mesmo um homem muito simpático. Ninguém chegou a ficar verdadeiramente contrariado.

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Contrariados ficaram alguns no dia seguinte, quando a sirene tornou a soar de madrugada. Reunimo-nos de novo no salão de festas, uns esperneando que era segunda-feira, dia de trabalho. Sempre sorrindo, o chefe dos guardas pediu desculpas novamente e disse que infelizmente não poderíamos sair – os marginais continuavam nos matos, soltos. Gente perigosa; entre eles, dois assassinos foragidos. À pergunta de um irado cirurgião, o chefe dos guardas respondeu que, mesmo de carro, não poderíamos sair; os bandidos poderiam bloquear a estreita estrada do Retiro.

— E vocês, por que não nos acompanham? – perguntou o cirurgião. — E quem vai cuidar da família de vocês? – disse o chefe dos guardas, sempre sorrindo. Ficamos retidos naquele dia e no seguinte. Foi aí que a polícia cercou o local: dezenas de

viaturas com homens armados, alguns com máscaras contra gases. De nossas janelas, nós os víamos e reconhecíamos: o chefe dos guardas estava com a razão.

Passávamos o tempo jogando cartas, passeando ou simplesmente não fazendo nada. Alguns estavam até gostando. Eu não. Pode parecer presunção dizer isto agora, mas eu não estava gostando nada daquilo.

Foi no quarto dia que o avião desceu no campo de pouso. Um jatinho. Corremos para lá. Um homem desceu e entregou uma maleta ao chefe dos guardas. Depois olhou para nós –

amedrontado, pareceu-me – e saiu pelo portão da entrada, quase correndo. O chefe dos guardas fez sinal para que não nos aproximássemos. Entrou no avião. Deixou a

porta aberta, e assim pudemos ver que examinava o conteúdo da maleta. Fechou-a, chegou à porta e fez um sinal. Os guardas vieram correndo, entraram todos no jatinho. A porta se fechou, o avião decolou e sumiu.

Nunca mais vimos o chefe e seus homens. Mas estou certo de que estão gozando o dinheiro pago por nosso resgate. Uma quantia suficiente para construir dez condomínios iguais ao nosso – que eu, diga-se de passagem, sempre achei que era bom demais.

Adaptado de SCLIAR, Moacyr. Contos contemporâneos. São Paulo: Moderna, 2005, p. 76.

01- O texto escrito por Moacyr Scliar é classificado como uma narrativa, pois conta uma história,

relata um acontecimento.

Sabendo disso, responda:

a) Quais são as personagens principais da história? (3L)

R.: Os personagens principais são o homem que narra a história, sua esposa e o chefe da segurança do condomínio Retiro das Figueiras.

b) O narrador é um personagem da história? Justifique sua resposta indicando o foco narrativo.

R.: Sim, o narrador é um personagem da história. É possível perceber essa informação porque o texto é narrado em 1ª pessoa.

c) Qual o espaço onde se passa a maior parte da narração?

R.: A maior parte da narração se passa no interior do condomínio Retiro das Figueiras.

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02- A palavra "prospecto", que aparece no texto diversas vezes, significa um papel ilustrado no qual se anuncia ou se faz propaganda de algum produto.

Com base nessa informação, responda: O que prometia o prospecto em relação ao Retiro da Figueira?

R.: O prospecto prometia uma vida completamente segura para os moradores do condomínio Retiro das Figueiras.

03- O narrador inicia e termina sua narrativa com a frase "sempre achei que era bom demais".

Quais são as duas interpretações a que essa informação pode nos levar?

R.: A frase dita pelo narrador pode representar que, de fato, ele considera o Retiro das Figueiras um lugar muito bom, e também pode ser uma ironia, afirmando o contrário, já que ele estava desconfiado da perfeição encontrada no condomínio.

04- Enquanto conta sua história, o narrador nos dá pistas ao leitor de que estava desconfiado da

situação.

Qual é a surpresa final da narrativa que já era desconfiada pelo narrador?

R.: No final do texto, o narrador descobre que sua família e os outros moradores do Retiro da Figueira foram vítimas de um golpe, um sequestro "civilizado", sem que pudessem imaginar que aquilo aconteceria em um lugar tão tranquilo.

05- Releia atentamente os trechos a seguir, observando as palavras destacadas. Após isso, assinale

a alternativa que indique uma palavra que substituta a expressão destacada sem mudar o seu sentido.

a) "Pode parecer presunção dizer isto agora, mas eu não estava gostando nada daquilo".

(A) inteligência. (B) humildade. (C) arrogância. (D) covardia.

b) "Eram oito guardas, homens fortes, decididos, mas afáveis".

(A) amáveis. (B) medonhos (C) brutos. (D) felizes.

Texto 2 O texto narrativo que você vai ler a seguir é uma pequena

biografia escrita por Gilberto Dimenstein sobre um músico de São Paulo. A partir da leitura, veremos que a música não é apenas divertimento e lazer, podendo ser também um meio de exercitar a solidariedade.

A harmonia do Rap

Quando pensava em seguir carreira musical, Antonio Luz Júnior

foi aconselhado pela família a fazer faculdade para ter esperança de um bom emprego. Ele seguiu o conselho, mas só conseguiu ocupar os bancos universitários por dois anos numa faculdade de Educação Física. O que lhe dava mesmo prazer era a batida do hip-hop durante os encontros que frequentava toda semana no Largo São Bento, no centro de São Paulo. Nascido na periferia paulista em 07 de

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novembro de 1971, o acanhado jovem não poderia imaginar o futuro que alcançaria. Na juventude, porém, para não desagradar aos pais, matriculou-se na Universidade Livre de Música (atual Centro de Estudos Musicais Tom Jobim), onde aprendeu a tocar trombone. "O coração falou mais alto", conta.

Por causa da temática social de suas letras, ele ganhou o apelido de Rappin’ Hood – numa alusão ao personagem mítico inglês, que era um fora da lei que roubava da nobreza para distribuir aos pobres. O que deu destaque a Rappin’ Hood foi fazer do rap, ritmo até então marginalizado, expressão musical dos menos favorecidos e da cultura negra. "Para mim, o rap e os ritmos nordestinos são primos", ele afirma. Por causa dessas misturas, uma ousadia para os rappers mais tradicionais, ele é considerado o reinventor do rap no Brasil.

Trouxe para suas músicas elementos, além do repente nordestino, do jazz, do reggae, do samba e até da bossa nova. Deu tão certo que já conseguiu, em um esquema alternativo: vender 45 mil cópias de seus CDs, além de comandar o mais popular programa exclusivamente de rap no rádio. Sua primeira experiência radiofônica do cantor ocorreu na comunidade de Heliópolis, na periferia de São Paulo, tomada pela violência. O programa se chamava A voz do rap.

Nas suas andanças pelas periferias, notou como a arte servia para evitar que jovens entrassem no mundo do crime, fazendo da música um elemento de melhorar a autoestima. "Vi o que faz a falta de um objetivo, que, na verdade, é a falta de identificação com qualquer coisa". Essa visão agregou mais um elemento a sua experimentação musical, ao se tornar também um educador – pelo menos um dia por semana, ele orienta oficinas de rap em busca de novos talentos. O músico já conseguiu recuperar a dignidade de um adolescente considerado por muitos como um caso perdido, um garoto infame.

DIMENSTEIN, Gilberto. Folha de S. Paulo. São Paulo, 25 mar. 2003. Caderno Sinapse, p. 15 (adaptado).

06- O texto que você acabou de ler conta a história da vida de uma personalidade, classificando-se

como pertencente ao gênero biografia. Sabendo disso, responda:

a) Quem ocupa o papel do biógrafo e do biografado?

R.: Chamam-se Gilberto Dimenstein e Antônio Luiz Júnior respectivamente. b) Qual é o tipo de narrador encontrado no texto?

R.: O narrador é observador. Foco narrativo em 3ª pessoa. 07- Geralmente, as biografias apresentam informações da vida de alguma personalidade.

Quais dados importantes do biografado são encontrados no primeiro parágrafo do texto?

R.: O primeiro parágrafo apresenta o nome completo do biografado, bem como sua data e local de nascimento, que são informações imprescindíveis numa biografia.

08- O narrador afirma que Antônio Luiz Junior passou a ser chamado de Rappin’ Hood em alusão a

Robin Hood.

Em sua opinião, esse apelido é coerente? Justifique sua resposta.

R.: Sim. Pode-se dizer que o apelido é coerente porque o músico possui um trabalho de ajuda aos mais pobres, semelhante ao que fazia Robin Hood.

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09- Releia atentamente o trecho a seguir, observando a palavra destacada. Após isso, assinale a alternativa na qual conste uma palavra que substituta o termo em destaque sem mudar o seu sentido.

a)

"Nascido na periferia paulista em 07 de novembro de 1971, o acanhado jovem não poderia imaginar o futuro que alcançaria."

(A) tímido. (C) falante. (B) rebelde. (D) estudioso.

b)

"O músico já conseguiu recuperar a dignidade de um adolescente considerado por muitos como um caso perdido, um garoto infame."

(A) frágil. (C) animado. (B) grosseiro. (D) mimado.

10- O texto que você acabou de ler pode ser considerado uma biografia. Entretanto, ao longo da

etapa, também conhecemos o gênero autobiografia.

Esse gênero tem como característica:

(A) utilizar verbos predominantemente no presente, sem mencionar o passado e o futuro da personalidade que está sendo biografada.

(B) trazer em sua estrutura a data e um vocativo, apresentando confidências do narrador. (C) apresentar a trajetória de vida do narrador-personagem, que conta a sua própria história. (D) apresentar os fatos marcantes da vida de uma personalidade e a importância das suas

obras para o mundo. Texto 3

Lembranças de quem viveu o 11 de setembro de 2001

Depois de cobrir os ataques de 11 de setembro como jornalista, não adio nada que eu queira fazer. De quase três mil mortos, a maioria tinha menos de 25 anos. Tudo ocorreu no horário em que estagiários e recém-formados trabalham no prédio. Eram 8h20 da manhã. Imagine só: você acaba de se formar, vai ao trabalho, um avião se choca no prédio em que você está trabalhando. Eu morava perto, a duas estações de trem do World Trade Center, em Nova Iorque, e por isso corri até lá. Tinha voltado da academia, estava subindo o elevador. Minha rotina geralmente era: ia para a academia, voltava aí ligava a televisão e o computador. Quando eu liguei a televisão, o atentado terrorista tinha acabado de acontecer. Eu não entendi nada, só vi um buraco enorme no prédio e muita fumaça.

SILVESTRE, Edney. Lembranças de quem viveu o 11 de setembro de 2011. Disponível em: http://www.istoegente.com.br/olhar/lembrancas-de-quem-viveu-o-

11-de-setembro-de-2001.html. Acesso em: 17 abr. 2017 (Fragmento/Adaptado).

11- O texto reproduzido acima narra para o leitor uma sequência de acontecimentos.

Com base nisso, podemos dizer que ele se classifica como:

(A) diário, gênero textual que apresenta uma escrita constante sobre fatos do cotidiano. (B) autobiografia, porque o narrador se preocupa em narra sua trajetória de vida. (C) biografia, pois o autor narra a trajetória de vida das pessoas que morreram no atentado. (D) um relato pessoal, texto que narra informações referentes a um acontecimento específico.

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12- Agora é a sua vez de escrever. Caso queira, redija a redação abaixo e entregue ao seu professor para que ele corrija. Esta será uma chance de produzir um texto e estudar antes da prova.

A tirinha acima reproduz uma adaptação do início de um livro chamado "A metamorfose", de Franz Kafka, que conta a história de Gregor Samsa, um homem que, num inesperado dia, ao acordar, viu-se transformado em uma barata. Se o inseto pudesse escrever, como será que registraria em um diário essa experiência de transformação? Sua tarefa é escrever a primeira página de um diário, registrando como ocorreu o primeiro dia de vida de Gregor Samsa em um novo corpo. Orientações:

Não se esqueça de que o gênero diário apresenta uma estrutura específica.

Seu texto deverá ser construído em, no mínimo, 3 (três) parágrafos.

Escreva sua história ocupando de 15 (quinze) a 30 (trinta) linhas.

Escreva com uma letra bem-feita e legível, evitando rasuras.

Antes de entregar seu texto, faça uma revisão daquilo que você escreveu.

FM/1703/BANCO DE QUESTOES/PRODUCAO TEXTUAL/2017/PRODUCAO TEXTUAL - 6O ANO- 1a ETAPA - 2017.DOC