Produção Gráfica - Arte e técnica da mídia impressa.

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O tema ‘sistemas de impressão’ é apaixonante, pois remete diretamente à evolu- ção da humanidade. Estudando a maneira como evoluíram até os sistemas digitais atuais, entendemos como a criatividade humana construiu mecanismos para atender à demanda do conhecimento. Desde nossos ancestrais mais remotos, sempre tivemos uma preocupação muito grande em registrar nossos feitos e anseios. No início, isso era feito por meio de desenhos, depois por meio de ícones que os simbolizavam. Os desenhos rupestres são provas incon- testáveis disso. O mundo começou a transformar-se no que é hoje quando passamos a nos preocupar em tornar o conhecimento acessível ao maior número de pes- soas possível. A princípio, para reproduzir um texto ou uma imagem, era necessário copiá-lo manualmente, de modo que cada cópia era na verdade um original. Para tornar esse processo mais rápido, começou-se a buscar formas de reproduzir os originais. Um dos primeiros métodos de repro- dução foi a xilografia — xilo = madeira + glifo (marcar) + ia (ação) —, sistema que consiste em desenhar a imagem deseja- da invertida sobre uma prancha lisa de madeira e depois escavar a madeira, re- tirando tudo o que não faz parte da área desenhada, de modo a deixar em relevo a imagem para reprodução gráfica. Feita a prancha, o artesão coloca-a sobre um plano e, com um rolo, passa sobre ela a tinta, que se deposita somente nos grafismos em relevo; na seqüência, coloca um suporte (papel) sobre a prancha ‘entintada’ e pressiona-o, fazendo com que a imagem seja reproduzida no suporte. OS SISTEMAS DE IMPRESSÃO, SUAS ORIGENS E SUAS MATRIZES CAPÍTULO 7 FIGURA 7.1 Evolução da letra A a partir de desenhos rupestres. Imagem em alto-relevo Bloco de madeira PG-07A-Impressão.indd 135 PG-07A-Impressão.indd 135 16/10/2007 18:04:56 16/10/2007 18:04:56

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O tema ‘sistemas de impressão’ é apaixonante, pois remete diretamente à evolu-ção da humanidade. Estudando a maneira como evoluíram até os sistemas digitais atuais, entendemos como a criatividade humana construiu mecanismos para atender à demanda do conhecimento.

Desde nossos ancestrais mais remotos, sempre tivemos uma preocupação muito grande em registrar nossos feitos e anseios. No início, isso era feito por meio de desenhos, depois por meio de ícones que os simbolizavam. Os desenhos rupestres são provas incon-testáveis disso. O mundo começou a transformar-se no que é hoje quando passamos a nos preocupar em tornar o conhecimento acessível ao maior número de pes-soas possível.

A princípio, para reproduzir um texto ou uma imagem, era necessário copiá-lo manualmente, de modo que cada cópia era na verdade um original. Para tornar esse processo mais rápido, começou-se a buscar formas de reproduzir os originais.

Um dos primeiros métodos de repro-dução foi a xilografia — xilo = madeira + glifo (marcar) + ia (ação) —, sistema que consiste em desenhar a imagem deseja-da invertida sobre uma prancha lisa de madeira e depois escavar a madeira, re-tirando tudo o que não faz parte da área desenhada, de modo a deixar em relevo a imagem para reprodução gráfica.

Feita a prancha, o artesão coloca-a sobre um plano e, com um rolo, passa sobre ela a tinta, que se deposita somente nos grafismos em relevo; na seqüência, coloca um suporte (papel) sobre a prancha ‘entinta da’ e pressiona-o, fazendo com que a imagem seja reproduzida no suporte.

OS SISTEMAS DE IMPRESSÃO,SUAS ORIGENS E SUAS MATRIZES

C A P Í T U L O

7

FIGURA 7.1Evolução da letra A a partir de desenhos rupestres.

Imagem em alto-relevo

Bloco de madeira

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A Bíblia de Gutenberg foi impressa in-fólio (folha a folha), no formato 38 cm de largura por 50 cm de altura. Tinha 1.286 páginas e foi composta em caracteres góti-cos, em le tras grandes — já que na época não existiam parâmetros para mensurar o corpo da letra —, pagina-da em duas colunas com 42 linhas cada, impressas em preto e vermelho, dividida em dois volumes e com uma tiragem de apro ximadamente 180 cópias. Sua perfeição técnica e es tética foi baseada nos melhores manuscritos produzidos na época e é considerada a maior obra das artes gráficas.

Para chegar a esse resultado, Gutenberg não inventou somente os tipos móveis em chumbo, mas criou o molde para fundir letras no me tal com a mesma altura, em duas

Esse sistema foi muito usado durante o domínio da Igreja Católica no mundo. Por ser a grande maioria da população analfabeta, a Igreja usava imagens para difundir seus pensamentos, daí a enor me produção, na época, de xilogravuras com enorme qualidade e profusão de detalhes.

Com a xilografia, empresas de impressão começaram a florescer no mun do oci-dental. Mas o processo ainda era demasiadamente artesanal, pois para cada impresso era necessário esculpir uma matriz diferente. No Renascimento, um jovem impressor de Mainz, Alemanha, teve a idéia de esculpir letras separadas, que chamou de tipos móveis, para que pudessem ser utilizadas e reutilizadas em outras composições. O invento foi tão bem-sucedido — especialmente depois que ele passou a fundir as letras em chumbo para torná-las mais resistentes e duráveis — que passou a ser perseguido pelos escribas da época, que viam em sua impressora a extinção de sua profissão. Apesar desses problemas iniciais, Johannes Gutenberg (1397–1468) acabou por impor sua obra ao mundo, tendo produzido em aproximadamente 1455 a primeira impressão completa da Bíblia.

FIGURA 7.2Os tipos móveis, criação de Gutenberg.

FIGURA 7.3Página da Bíblia de Gutenberg.

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partes invertidas que proporcio navam ao impressor uma quantidade ilimitada de letras; criou uma tinta capaz de aderir ao metal e que lhe permitiu imprimir com seus tipos móveis, e construiu também a prensa que lhe permitia uma produção de 20 cópias por hora.

A fundição de letras de Gutenberg alcançava 2.000 peças por dia, e seu método de composição consistia em distribuir quase 300 caracteres diferentes em caixas cons-truídas para esse fim. Atualmente, usamos para a composição de textos aproximada-mente 150 caracteres.

FIGURA 7.4Máquina de composição tipográfi ca a quente. As linotipadoras compunham em média 1.000 toques por hora.

A tipografia avança no tempo e na técnica

Da litografia à impressão off-setA impressão off-set, originária da litografia [litho = pe dra + glifo (marcar) + ia

(ação)], teve origem com Johann Alois Senefelder (1771-1834), que em 1796 traduziu em algo reprodutível grafica mente a conhecida repulsão entre corpos gordurosos e não gordurosos.

A invenção de Gutenberg gerou o que conhecemos hoje por tipografia. Respei-tado o princípio básico de reprodução do conteúdo em alto-relevo, logo se desen-volveram novas máquinas tipográfi cas, à medida que a sociedade em evolução exigia novas e mais rápidas formas de im-primir e divulgar o pen samento. Também na composição surgiram avanços tecno-lógicos, como as linotipadoras, máquinas que fundiam quase instantaneamente linhas inteiras em uma liga maleável de chumbo, antimônio e estanho, aumen-tando muito a produtividade dos compo-nedores.

No entanto, novos conceitos de repro-dução gráfica, que começaram a ser gera-dos no século XVIII, mas amadureceram durante o século XX, acabaram relegan-do a tipografia à história e dando lugar a processos mais modernos e menos onero-sos de reprodução gráfica.

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O método de reprodução de Senefelder consiste em usar uma pedra com caracte-rísticas hidrófilas como base para uma ima gem produzida com substrato gorduroso. Pedras de carbonato de cálcio são represen tantes desse tipo de material. Preparada e retificada a pedra, para ter altura homogênea e receber imagens em material gor-duroso, temos uma matriz na qual as áreas de senhadas são aderentes a produtos gordurosos, e o que chamamos de contragrafismo são áreas hidrófilas, aderentes à água. Para se obter a imagem de uma pedra litográfica, basta umedecer a pedra e depois passar uma tinta que seja à base de gordura. A tinta vai se depositar somente nas áreas gordurosas, e obteremos um impresso por transferência.

O sistema off-set funciona da mesma maneira, com matrizes produzidas com as mesmas características da litografia e usando chapas de alumínio como meio de gra-vação e transferência de imagem. O sistema off-set é hoje o mais usado no mundo na reprodução gráfica de impressos. Tanto para embalagens como para impressos publicitários e editoriais, é uma excelente opção por permitir flexibilidade de imagens, agilidade e qualidade final dos impressos. Com máquinas providas de sistemas de avaliação e regulagem totalmente informatizados, é sem dúvida o melhor sistema de impressão quando a tiragem (número de cópias) está dentro dos padrões normais de consumo.

FIGURA 7.6Pedra litográfi ca.

Tinteiro

Papel

Água

PlatinaPedra

Processo de umedecimento

Cilindro de processo

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O sistema off-set dispõe de máquinas que produzem de 4.000 a 15.000 impressos por hora quando a alimentação de papel é folha a folha e de 30.000 a 45.000 cópias por hora quando a alimentação é por bobina — neste caso, as impressoras são chamadas de rotativas. O sistema também é co nhecido como planográfico, pois a matriz é plana, e a reprodução é permitida pela repelência entre a água e a gordura.

A gravura em metal dá origem à rotogravuraA gravura em metal é um método antigo de obtenção e repro dução de imagens em

série. Seu processo consiste em usarmos uma placa de metal maleável, como o cobre, e desenharmos por meio de traços e pontos as imagens que queremos reproduzir (1). Em seguida, a placa já desenhada recebe uma camada de verniz sinté tico (2). Em outra etapa, com um objeto perfurante e cortante, sulcamos sobre o verniz exatamente nos traços e pontos que compõem a imagem (3). Em seguida, aplicamos sobre a placa uma solução ácida conhecida como água-forte, que penetra nos sul cos e rebaixa os traços feitos no cobre inicialmente, pois sua característica é de ataque ao metal, mas não ao verniz, tornando a imagem em baixo-relevo (4). No próximo passo, removemos o verniz com seu diluente e temos a imagem escavada no metal (5). Para obter as imagens, apli-camos tinta sobre a placa e removemos o excesso (6 e 7). A tinta ficará impregnada nos sulcos, que por meio de pressão será transferida para o suporte (8 e 9).

FIGURA 7.6Esquema de conjunto impressor do sistema de impressão off-set.

Área de grafi smo transformada em lipófi la por processo químico de revelação

Área de contragrafi smo transformada em hidrófi la por processo químico de revelação

Cilindro que carrega a

chapa de alumínio presa

Cilindro de borracha encarregado de

transferir a imagem para o papel

Cilindro encarregado de

pressionar o papel contra

o cilindro de borracha

‘entintado’ com a im

agem

imagem positiva

imagem negativa

PAPEL COM IMAGEM

POSITIVA IMPRESSA

TINTA

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Cilindro carregado com cargas positivas

Placa de cobre carregada com cargas negativas

Solução ácida

Cilindro recoberto com uma camada de cobre

Cilindro envolvido em camisa de cobre com gravura feita em baixo-relevo por meio de pontas de diamantes com

profundidades diferentes para seus alvéolos

Cilindro envolvido em camisa de cobre com gravura feita em baixo-relevo quando recebe uma camada de cromo

para aumentar a resistência

O sistema rotográfico, conhecido como encavográfico, por ser estrutu-ralmente baseado em baixo-relevo, utiliza praticamente o mesmo proces-so usado para se produ zir gravura em metais. Sobre um cilindro de ferro é aplicada uma camada de co bre por um meio eletrônico conhecido como cuprificação. O método con siste em colocar o cilindro de aço semi-imer-so em um tanque com solução ácida, com placas de cobre presas ao fundo. Quando ligado o sistema, o cilindro começa a girar com carga eletrônica positiva e a placa de cobre com carga negativa. Com o ataque do ácido ao cobre, e este com cargas negativas, moléculas se desprenderão e se de-positarão sobre o cilindro por atra-ção de polaridade, formando uma ca-mada de cobre.

(1) (5)

(6) (7)

(2) (3) (4)

(8)(9)

FIGURA 7.7A seqüência mostra de maneira estilizada como se obtêm gravuras em metal.

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Capítulo 7 Os sistemas de impressão, suas origens e suas matrizes 141

Continuando o proces so, a retífica e o polimento da camada de cobre prepararão o cilindro para a gravação. Camadas de níquel e cromo serão adicionadas ao pro cesso para dar resistência à matriz de repro dução. A grava ção atualmente é feita com pontas de diamante que geram furos de profundidade diferentes, responsáveis pelas diferen-tes tonalidades da tinta. (Veja essa descrição no quadro da página 140.)

Pronto o cilindro, a má-quina impressora rotográfi-ca possui muitos recursos de ajuste e sua velocidade é muito alta, atingindo em média 500 metros de supor-te por minuto. A vantagem sobre a impressão off-set está na velocidade e no fato de imprimir outros tipos de suporte além do papel, sem necessidade de adaptação mecânica.

A flexografia como alternativa de velocidade e flexibilidadeA flexografia nasceu a partir de dois princípios básicos: usar formatura em alto-

relevo, como a tipografia, e usar tinta líquida, como a rotogravura. Essa associação de princípios resultou em um sistema veloz de obtenção de impressos em suportes com características flexíveis, como papel, celofane, filmes plásticos etc.

Um sistema que no início do século XX era tido como impressor de produtos de baixa qualidade, a flexografia foi se sofisticando até chegar aos dias atuais com tecno-logia e qualidade em condições de competição com outros sistemas de seu porte. Com velocidade de impressão girando em torno de 500 m de suporte por minuto, tornou-se opção para embalagens flexíveis.

FIGURA 7.9Esquema de sistema fl exográfi co de impressão.

Matriz em alto-relevo fl exível

Cilindro de pressão

Suporte impresso com características maleáveis

Cilindro forma ou porta-forma

Rolos ‘entintadores’

Tinta líquida

FIGURA 7.8Esquema de sistema rotográfi co de impressão.

Formatura em baixo-relevo

Cilindro porta-imagem em baixo-relevo

Lâmina que retira o excesso de tinta

Tinta Iíquida

Rolo ‘entintador’

Suporte para impressão

Cilindro de pressão

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Com uma formatura em alto-relevo produzida em material flexível — inicialmen-te borracha, hoje fotopolímeros —, a ‘flexo’, como é conhecida no meio gráfico, está deixando de ser uma alternativa de baixa qualidade e de alta velocidade para se tornar cada vez mais uma alternativa viável para qualquer trabalho sobre suportes flexíveis.

Contando cada vez mais com métodos de obtenção de matri zes sofisticadas por meio de laser, a grande qualidade da flexo está na velocidade e no baixo custo na ob-tenção de matrizes, se comparado à rotogravura. Problemas de qualidade de textos e imagens estão diminuindo cada vez mais, impondo ao mercado outra opção quando se trata de alta tiragem de embalagens flexíveis.

A impressão serigráficaSistema de impressão milenar, pois japoneses e chineses já imprimiam seus

tecidos por processo permeográfico, a serigrafia é hoje uma excelente alternativa para impressos com matéria-prima de estrutura rígida e flexível dos mais variados materiais.

FIGURA 7.10Esquema de sistema serigráfi co de impressão.

Quadro porta-tela

Rodo puxador de tinta

Tela com imagem gravada com características

permeográfi cas

Suporte de característica rígida

ou fl exívelImagem impressa

Tinta pastosa à base de água ou sintética

Baseado na permeabilidade, o processo consiste em vedar as tramas de uma rede fina de nylon, onde não queremos imprimir, e deixar passar tinta nas áreas que que-remos imprimir.

O grande mérito desse sistema é imprimir sobre suportes irregulares, rígidos ou flexíveis. Formas rígidas, como vidro e acrílico, ou maleáveis, como tecido, plástico, adesivos e couro, são matérias-primas que o silk-screen, como também é conhecido, não rejeita e imprime com muita propriedade.

A velocidade ainda é um entrave no entanto. Apesar de já existirem máquinas automáticas, a produção da serigrafia ainda é lenta para os parâmetros do mercado atual.

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Impressão tampográficaEsse sistema está voltado principalmente para a indústria de brindes. Aliando a

característica da formatura encavográfica, utili zando tinta com a mesma viscosidade da rotogravura, e uma contraforma produzida em material flexível, como o silicone, a tampografia também tem a propriedade de se moldar aos objetos imprimíveis, mesmo de estrutura rígida e irregular (ver Figura 7.11).

FIGURA 7.11Esquema de sistema tampográfi co de impressão.

Formatura de silicone que se molda ao objeto imprimível

Movimento feito pela máquina para imprimir o objeto

Suporte de característica rígida e irregular Matriz com características de

baixo-relevo como na rotogravura

Aparelho ‘entintador’

Sistemas termográficos de impressãoA termografia em impressão consiste em aplicar um reagente ao impresso en-

quanto ele sai da impressora, normalmente off-set, e submeter a tinta do sistema ainda úmida a uma elevação de tem peratura, para que o grafismo impresso fique em alto-relevo. É um processo usado em impressos de luxo, mas hoje substituído gra-dativamente por produtos mais eficientes e sofisticados, como a própria impressão off-set ou a serigrafia.

Computer-to-plateUm dos entraves na produção gráfica sempre foi a gravação de chapas para a im-

pressão off-set. Com a evolução tecnológica, esse problema foi solucionado com a grava-ção direta das chapas de off-set, sem a passagem pela etapa do fotolito.

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Por meio de um equipamento que bombardeia com laser matri zes de impressão previamente preparadas, o recurso gerou um grande avanço nas artes gráficas, no que tange à maior rapidez de preparação, e permitiu um salto na qualidade, pois a possi-bilidade de erro gráfico nessa etapa da operação é praticamente nula.

Computer-to-pressEquipamentos de última geração estão surgindo no mer cado; eles já permitem

produzir impressos personalizados, únicos, com alta velocidade e impressionante qua-lidade gráfica. Evolução das impressoras a laser, esses equipamentos abrem novas possibilidades para fazer customização em massa de impressos publicitários e devem continuar evoluindo, prometendo maior flexibilidade para quem trabalha com produ-tos gráficos.

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