Processos Territoriais e Paisagem_ Porto Na Cidade de Vitória (ES_Brasil) _ XIII Seminário de...

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    XIII Seminrio de Histria da Cidade e do Urbanismo (/)

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    ISBN 978-85-60762-19-4

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    COMO CITARMartha Machado Campos; Minieli Fim . Processos territoriais e paisagem: porto na cidade de Vitria (ES/Brasil). In:PEIXOTO, Elane Ribeiro; DERNTL, Maria Fernanda; PALAZZO, Pedro Paulo; TREVISAN, Ricardo (Orgs.) Tempos eescalas da cidade e do urbanismo: Anais do XIII Seminrio de Histria da Cidade e do Urbanismo. Braslia, DF:Universidade Braslia- Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2014 . Disponvel em:

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    Eixo Temtico: Territrio (/eixos-tematicos/territorio)Palavras-Chave / Keywords:

    Modernizao porturia (/palavras-chave/modernizacao-portuaria)evoluo urbana (/palavras-chave/evolucao-urbana) Cidade (/palavras-chave/cidade)territrio (/palavras-chave/territorio) Paisagem (/palavras-chave/paisagem)port modernization (/palavras-chave/port-modernization)urban development (/palavras-chave/urban-development) City (/palavras-chave/city)territory (/palavras-chave/territory) landscape (/palavras-chave/landscape)

    Incio (/) Territrio (/content/territorio)

    PROCESSOS TERRITORIAIS EPAISAGEM: PORTO NA CIDADE DEVITRIA (ES/BRASIL)Martha Machado Campos (/content/martha-machado-campos)Minieli Fim (/content/minieli-m)

    RESUMOO fenmeno dos portos na cidade pode ser associado s relaes socioeconmicas de ordem temporal e espacialdistintas, sempre balizadas por questes globais. Este artigo trata desse fenmeno em mbito local, comabordagem sobre modernizao porturia, evoluo urbana e transformao do territrio e da paisagem da Capitalcapixaba (Vitria/ES/Brasil). A substituio dos antigos cais pelo porto moderno, no nal do sculo XIX; areestruturao urbanstica e econmica da antiga vila nos moldes de praa de comrcio, no sculo XX; a expansoe diversicao da atividade porturia em rea distante do primeiro ncleo porturio da cidade, nos anos 1960; aexpanso das plantas industriais e reas retroporturias, nas ltimas dcadas do sculo passado; e o novo ciclo deexpanso da atividade porturia em esfera metropolitana, no sculo XXI; esto entre os fatores que modicam, demodo permanente, a recongurao territorial e paisagstica de Vitria. Este trabalho busca elucidar o fenmenodos portos na cidade a partir de processos histricos contextualizados na Capital capixaba, nos quais se observa aproduo territorial do porto e da cidade, por meio da denominada modernizao e expanso de ambos. Ocompartilhamento do uso do territrio revela de incio uma relao de dependncia e proximidade entre as funesdo espao urbano e a atividade porturia propriamente dita. Em seguida, se observa o afastamento funcional entrecidade e porto, contudo permanece a proximidade fsica e visual, a partir da evoluo e ocupao urbana.Constata-se atualmente a disputa pelo territrio associada aos impactos socioambientais, afetando paisagem evida urbana.

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    ABSTRACTThe phenomenon of ports in the city may be associated with socioeconomic relations of different temporal andspatial orders, always buoyed by global issues. This article addresses this phenomenon at local level, approachingon port modernization, urban evolution and transformation of the territory and the landscape of the capital ofEsprito Santo (Vitria / ES / Brazil).The replacement of old pier for the modern harbor in the late 19th century; theurban and economical restructuration of the old village in the form of trade square, in the twentieth century; theexpansion and diversication of port activity in distant area from the rst port city core in the 1960s; the expansionof industrial plants and retro-port areas in the last decades of the last century; and the new cycle of expansion ofport activities on metropolitan sphere, in the XXI century, are among the factors that change, permanently, theterritorial and landscape reconguration of Vitria. This work seeks to elucidate the phenomenon of ports in the cityfrom historical processes contextualized in the Esprito Santos Capital, in which we observe the territorialproduction of the harbor and the city, through the so-called modernization and expansion of both. The sharing ofthe land use reveals from the start a relation of dependency and proximity between the functions of urban spaceand port activity itself. Then we observe the functional separation between city and port, yet remains the physicaland visual proximity, from urban evolution and occupation. Currently we acknowledge the competition for territoryassociated to the social and environmental impacts, affecting urban landscape and life.

    DE CAIS A PORTO MODERNO, DE VILA A PRAADE COMRCIO: NOTAS INICIAIS

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    Vitria uma cidade martima que, como a maioria das cidades porturias brasileiras, possui historicamenterelao intrnseca com o mar e seus portos, nos quais a modernizao resulta na permanente reestruturaoterritorial, paisagstica, econmica e social da cidade. At o incio da Repblica, as estruturas porturias deVitria correspondem a pequenos cais s margens da baa (Fig. 1 e 2). Nesta poca, a cidade ainda nopossui congurao urbana modernizada, a exemplo de demais capitais brasileiras. Pelo contrrio, Vitriaapresenta traado urbano irregular e ruas estreitas, sendo circundada por braos de mar, em territriodominantemente insular. Essa condio somente se altera a partir do desenvolvimento de um porto modernona cidade (ABREU; MARTINS; VASCONCELLOS, 1993).

    O crescimento porturio no Brasil ocorre a partir de 1808, com a vinda da Famlia Real Portuguesa, quedecreta abertura dos portos brasileiros ao comrcio internacional (FREITAS, 2009). Com isso, se intensica aeconomia do pas e rmas comerciais europeias se instalam na costa das principais cidades brasileiras. EmVitria, diversas casas de comrcio so implantadas s margens da baa, caracterizando a ocupao da frentemartima da cidade (Fig. 3).

    Figura 1. Cais da Alfndega, 1902.

    Fonte: MIRANDA, 2001.

    Figura 2. Porto dos Padres. Fonte: MIRANDA, 2001.

    Figura 3. Frente martima da cidade anterior implantao do Porto de Vitria. Fonte: MIRANDA, 2001.

    Ressalta-se que a movimentao porturia na cidade, antes da formao do porto moderno, vincula-sepredominantemente ao transporte de acar e cereais. Somente a partir do nal do sculo XIX, acomercializao do caf se torna a principal base econmica para o desenvolvimento e a ascenso comercialda Capital (ABREU; MARTINS; VASCONCELLOS, 1993). O caf proporciona novo destino para o Estado e deforma bem visvel estruturao urbanstica da cidade de Vitria. De fato,

    [] o caf que lanou o Esprito Santo no contexto nacional. A antiga provncia que no tinha atrativos para aCoroa, e assim fora excluda do exclusivo metropolitano, foi integrada na lgica mercantil de um Capitalismoque se armava a partir da Europa e que tinha o caf como base (CALIMAN apud VASCONCELOS, 2011,p. 152).

    Para viabilizar a exportao do caf, so necessrias reformulaes virias e urbanas, alm de projetosferrovirios, tanto no Estado do Esprito Santo como em Vitria. Era necessrio romper com a condio deisolamento da cidade que [] insulava-se duplamente: pela natureza geogrca e pela falta absoluta deinterligamento com os municpios do interior []. A estrada era, portanto, necessidade premente e inadivel(DERENZI, 1995, p. 147).

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    Quanto aos aspectos urbanos, o governador Muniz Freire (1892-1896) caracteriza Vitria como [] cidade velhae pssimamente construda, sem alinhamentos, sem esgoto, sem arquitetura, segundo os caprichos do terreno,apertada entre a baa e um grupo de montanhas (DERENZI, 1995, p. 141). A reestruturao da cidade salientada diante do crescimento comercial que se confronta com uma condio urbana precria, [] a cidadeprecisa de tudo: gua e esgoto, drenagem e atrro, luz e fra (DERENZI, 1995, p. 141).

    Ainda no nal do sculo XIX, dentre os fatores de modernizao das cidades brasileiras, destacam-se a construoe o aprimoramento de seus portos, que resultam na transformao dos ncleos coloniais. Por essa lgica, em1895, organiza-se a Comisso de Melhoramentos de Vitria, que prev modernizao da cidade junto ao porto(FREITAS, 2010). Nas dcadas seguintes, a cidade reformula-se para se tornar praa de comrcio e de conexocom outras regies, devendo expressar imagem compatvel com a concepo de porto moderno. Isso resulta ematerros, saneamento urbano, reestruturao viria, criao de espaos pblicos, em suma, em obras quecaracterizam a nova paisagem da cidade que se quer moderna (Fig. 4, 5 e 6).

    Figura 4, 5 e 6. Reformulaes urbanas e porturias em Vitria. Fonte: MIRANDA, 2001.

    Como observado, o processo de modernizao das cidades porturias brasileiras se intensica com a Repblica.Tal fato se deve ainda a concesso dos portos a grupos estrangeiros que investem no desenvolvimento porturio(FREITAS, 2010). Por um lado, [] por meio de concesses so construdos cais, armazns, silos, ptios e outroselementos necessrios ao desembarque de cargas (MORAES, apud SIQUEIRA, 2011, p. 257). Por outro lado, osurgimento desses equipamentos e demais infraestruturas porturias, implicam em permanentes mudanasterritoriais e paisagsticas.

    Diante o anseio poltico de transformar a cidade em praa comercial, em 1879, iniciam estudos de viabilidade deimplantao do Porto de Vitria. Contudo, recomendaes tcnicas apontam o estabelecimento do porto nomunicpio vizinho de Vila Velha. Na ocasio, essa proposta rejeitada pelo Governo (FREITAS, 2009; SIQUEIRA,1995). Para explicar a objeo aos pareceres tcnicos, Siqueira (1995) relata que Vitria era indicada como localestratgico para a implantao do porto, em atendimento as elites poltica e comercial, garantindo, portanto, ainteno poltica de desenvolvimento de seu stio, bem como a expanso da estrutura comercial existente.

    Frente ao iderio de modernizao urbana, em 1896, comissionou-se ao engenheiro Saturnino de Brito, aelaborao de um plano de expanso urbana para Vitria, o Novo Arrabalde, que prev ampliao da Capital emdireo s praias (JNIOR, 1994). Essas proposies visam adaptar a cidade s novas funes comerciais queestavam por vir. Em 1904, decide-se pela construo do porto em Vitria, cujas obras, entretanto, s soinauguradas em 1911, no governo de Jernimo Monteiro (1908- 1912) (FREITAS, 2010).

    O porto estruturado em substituio aos antigos cais e demais intervenes urbansticas, reetem imagemmodernizada da cidade [] numa associao funcional e espacial direta entre cidade e porto (SIQUEIRA, 2011,p. 257). Ainda nesse perodo, ocorre nova reestruturao da Capital, com servios de urbanizao, saneamento e

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    infraestrutura urbana, pautada no Plano de Melhoramentos e de Embelezamento de Vitria (JNIOR, 1994). Sorealizados aterros, com destaque para plataforma dos armazns porturios, alterando em denitivo o contorno dalinha da orla e a paisagem da Capital capixaba (Fig. 7, 8 e 9).

    Figuras 7, 8 e 9. Aterros na frente martima da cidade e armazm porturio construdo. Fonte: MIRANDA,2001.

    Apesar da suspenso das obras do Porto de Vitria em 1914, em funo da crise da Primeira Guerra Mundial, sorealizadas inmeras reformulaes na cidade. Ruas transformam-se em boulevards, novos espaos pblicos soconstrudos, vias so pavimentadas, e rodovias e ferrovias inauguradas em atendimento a conexo do porto comsuas regies de interesse. A estratgia poltica passa por Vitria alcanar o ttulo de capital porturia. Com essasaes, [] Vitria tornou-se cidade habitvel, quanto s condies sanitrias, e em p de igualdade com asmelhores capitais brasileiras (DERENZI, 1995, p. 162). A pretenso no era apenas [] em urbanizar a cidade,mas tambm em promover condies para o desenvolvimento e expanso do porto, um porto cafeeiro que atendias tendncias da economia agroexportadora nacional (SIQUEIRA, 2011, p. 260).

    Em 1924, no governo Florentino Avidos (1924-1928), destacam-se obras porturias e urbanas, tais como []muralha de cais de 130 metros de extenso, para a construo de trs armazns, aparelhamento em linha frrea euma ponte ligando Vitria a Vila Velha (ABREU; MARTINS; VASCONCELLOS, 1993, p. 87). A ponte denominadaFlorentino Avidos, inaugurada em 1928, alm de escoar a produo para o porto, representa ruptura da condioinsular de Vitria, a partir de ligao continental. A ponte (Fig. 10 e 11) e os armazns porturios (Fig. 12)acarretam signicativa alterao da paisagem.

    Figuras 10, 11 e 12. Ponte Florentino vidos e vista para armazns porturios. Fonte: MIRANDA, 2001.

    Cabe mencionar que o traado tortuoso da cidade no se expande, pelo contrrio, cede lugar ao desenho retilneo,sobretudo nas reas de conexo das regies aterradas s reas preexistentes e na remodelao dos terrenosdesapropriados (FREITAS, 2009). Essas aes conrmam a inuncia do Porto de Vitria na transformao dacidade,

    em contexto que se clama por uma praa comercial em conexo com o exterior. Em rigor, o desenvolvimentoporturio respondeu [] pela concepo de outra cidade []. Morreu a cidade colonial, voltada para o mar, euma outra comeou a ser erguida. (ABREU; MARTINS; VASCONCELLOS, 1993, p. 33).

    Importante salientar que o crescimento econmico no Brasil, tpico das primeiras dcadas do sculo XX, ocorre noscentros urbanos, com desenvolvimento atrelado s funes porturias. Siqueira (2010) ressalta a disparidadepresente entre a ambincia urbana nos centros exportadores, pautada pelo movimento e pela modernizao, emcontraste com os ncleos urbanos do interior que ainda mantinham de certa maneira a condio de extenses

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    das reas rurais (SIQUEIRA, 2010, p. 568). Nessa ambincia de modernizao, em Vitria, cidade e porto seintegram num todo urbano desde o incio da colonizao, e o porto simboliza o lugar de protagonista nodesenvolvimento da cidade (SIQUEIRA, 2011, p. 255).

    A EXPANSO PORTURIA E A TRANSFORMAOTERRITORIAL E DA PAISAGEMNa dcada de 1940, com a concluso do Porto de Vitria e a comercializao do minrio de ferro, diversicam-seas operaes porturias. Inicialmente, as movimentaes com minrio so realizadas no Cais Comercial do porto,situado em Vitria. Contudo, suas estruturas prprias comercializao cafeeira inviabilizam a continuidade dasoperaes com o novo produto (Fig. 13). Pra responder essa demanda, constri-se cais especializado no municpiode Vila Velha, o Cais da Atalaia, conta com 110 metros de extenso, sendo programado para receber navios degrande porte (Fig. 14).

    Figura 13. Carregamento de minrio de ferro pelo Porto de Vitria. Fonte: MIRANDA, 2001.

    Figura 14. Cais de minrio em Vila Velha. Fonte: MIRANDA, 2001.

    A expanso porturia para Vila Velha, na outra margem da Baa de Vitria, revela novos aparatos porturios napaisagem, acentuando a imagem urbano-porturia de Vitria (Fig. 15 e 16).

    Figura 15. Porto de Vitria direita e cais em Vila Velha esquerda. Fonte: MIRANDA, 2001.

    Figura 16. Detalhe do cais de minrio em Vila Velha. Fonte: MIRANDA, 2001.

    Aliado ao incremento da comercializao do minrio em porto especializado, a partir do governo de Jones dosSantos Neves (1951-1954), observa-se o esgotamento da economia cafeeira na sustentao das nanas doEsprito Santo. A industrializao se

    impe como nova base econmica e conduz [] o incio de um processo de modernizao industrial, queimplicou num reordenamento do espao urbano da Capital (ABREU; MARTINS; VASCONCELLOS, 1993, p. 115).Resultam desse processo signicativos aterros, o da Esplanada Capixaba (Fig. 17), em extensa plataforma a beiramar, e o das imediaes da Ilha do Prncipe (Fig. 18), que desfaz a condio insular do lugar.

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    Figura 17. Aterro da Esplanada

    Capixaba. Fonte: MIRANDA, 2001.

    Figura 18. Aterro da Ilha do Prncipe. Fonte:

    MIRANDA, 2001.

    Em atendimento a demanda industrial dos ns da dcada de 1960, inicia-se expanso porturia na partecontinental de Vitria, em stio distanciado do ncleo porturio original. Conhecido como Ponta de Tubaro, essestio agrega alm do megaporto de Tubaro, inaugurado em 1966, a sede da Companhia Vale do Rio Doce (atualVale) e da Companhia Siderrgica de Tubaro (atual Arcelor Mittal), ambas da dcada de 1970 (Fig. 19, 20 e 21).O Porto de Tubaro, alm de contar com cais de maior porte e capacidade, gera novo polo de exportao dominrio em territrio nacional e assegura a modernizao da economia, o crescimento do setor industrial [] e aexpanso da hinterlndia do complexo porturio de Vitria (SIQUEIRA, 2011, p. 267). Isso contribui paraimpulsionar o crescimento da cidade para alm dos limites da ilha, alterando, simultaneamente, o uso do territrioe a paisagem da Capital.

    Figuras 19, 20 e 21. Complexo Porturio e industrial de Tubaro. Fonte: Cia. Docas do Esprito Santo (Codesa).

    Por outro lado, a ampliao porturia afastada do seu ncleo primitivo, evidencia arrefecimento do Porto de Vitria,que perde gradualmente sua importncia no contexto produtivo nacional e internacional. Para elucidar esseprocesso, Moni e Vasconcelos (2012) indicam que a concorrncia pelo uso do solo e as limitaes fsico-operacionais dos portos tradicionais conguram-se como empecilhos para os atores econmicos, de forma que amudana de escala na produo, no transporte e consumo estimula a relocalizao das estruturas produtivas e dasinfraestruturas porturias para fora dos centros urbanos.

    Importante mencionar que transformaes territoriais e paisagsticas vinculadas s atividade porturias, ganhammaior expresso com o advento do Complexo Porturio de Tubaro. A implantao desse complexo em regiodeslocada fsica e visualmente do centro principal ocorre predominantemente em reas pouco ocupadas e aindasem

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    urbanizao (Fig. 22 e 23). Para viabilidade da explorao porturia nessa regio, necessrio criao deinfraestruturas de acessos, tais como pontes e estradas, que atuam nos anos subsequentes, como vetores decrescimento urbano do local.

    Figura 22. Vista para regio de Camburi, em

    1970. Fonte: OLIVEIRA, 2013a.

    Figura 23. Loteamento em Camburi e

    Complexo de Tubaro ao fundo, na dcada de 1970. Fonte: OLIVEIRA, 2013b.

    A reordenao territorial devido implantao dessa nova regio porturia e industrial, implica em extensaocupao por aterros (Fig. 24). Por sua vez, os aterros resultam na alterao da linha de costa litornea, comimpacto imediato na paisagem da orla de Camburi. Observa-se que, alm da presena dos elementos deinfraestrutura porturia na paisagem, tem-se obstruo visual da linha do horizonte, de forma parcial ou total,conforme localizao e ponto de vista do observador, em percurso linear ou transversal a referida orla(RODRIGUES, 2013).

    1970 1978 1998 2007

    Figura 24. Sequncia de imagens de satlite do municpio de Vitria, com destaque para a ocupao da Pontade Tubaro. Fonte: http://veracidade.com.br. (http://veracidade.com.br/)

    Em linhas gerais, os portos situados na Capital de Vitria, seja na ilha ou no continente, evidenciam-se no usodo territrio e na percepo da paisagem, devido, sobretudo, a proximidade fsica e visual de seus aparatostcnicos. Por meio do aumento dos navios e da modernizao permanente das infraestruturas porturias, apaisagem de Vitria revela a especializao produtiva do seu territrio (Fig. 25 e 26).

    Figura 25. Vista do Porto de Tubaro e infraestruturas em destaque na paisagem, 2013. Fonte: acervo dasautoras.

    Figura 26. Vista dos terminais porturios de Vila Velha, 2013. Fonte: acervo das autoras.

    Se a paisagem se organiza [], na medida em que as exigncias de espao variam em funo dosprocessos prprios a cada produo e ao nvel de capital, tecnologia e

    organizao correspondentes (SANTOS, 1988, p. 66), a relao entre evoluo urbana e expanso porturiaenvolve espaos de circulao, distribuio e consumo, associados aos modos de produo do setor porturio e deatividades correlatas.

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    Diante da abordagem deste estudo, observa-se que a partir de 1940, perodo em que a operao porturia deixade concentrar-se no Porto de Vitria, e se desloca para Vila Velha, e depois em 1960, quando se distancia aindamais em Tubaro, tanto cidade quanto porto encontram-se sob processos de expanso. Entretanto, o crescimentode ambos, ocorre por vetores diversos, no mais como nas fases iniciais, quando os desdobramentos das obras doporto reetiam-se na estruturao urbanstica da cidade, sustentados por meio de planos e projetos urbanos. Coma intensicao do processo de industrializao e globalizao da economia, a partir dos anos 1980, os portoscaracterizam-se unicamente como dispositivos tcnicos ligados s redes de uxos internacionais, desvinculadosdos processos de estruturao urbana. Isso faz do territrio mais um campo de operao de atendimento aosdispositivos infraestruturais de escala global, com nfase na trade porto, indstria e logstica.

    A permanente reorganizao do territrio, mediante imperativo da globalizao, se intensica a partir dos anos1980, com os denominados portos secos e terminais industriais intermodais situados distantes dos ncleosporturios existentes. No Esprito Santo, a implantao dessas infraestruturas de apoio ao comrcio exterior, ocorreefetivamente nos anos 1990, demonstrando ocupao descontnua e fragmentada do territrio, em subespaosprodutivos especializados, situados nos municpios limtrofes a Vitria. Esse processo gera intensa ocupao dereas retroporturias, que evidenciam, sobretudo, novas territorialidades e impactos em mbitos socioeconmico,ambiental e paisagstico (Figura 27).

    Figura 27. Vista de um terminal retroporturio, em Vila Velha, ES (2014).

    Fonte: Imagem Google Earth Street View.

    Para elucidar essas questes, Santos (2006) indica que o paradigma da uidez sob o qual se inserem os portos, serefere a uma das caractersticas do mundo atual, que prioriza a busca de tcnicas cada vez mais ecazes comogarantia de competitividade. De modo que criam-se objetos e lugares destinados a favorecer a uidez [](SANTOS, 2006, p. 274). Nesse sentido, [] a tendncia atual de um envelhecimento mais rpido do que antesdos subespaos que no dispem dos meios de se atualizar, de um ponto de vista da uidez (SANTOS, 2006,p. 274). Sob essa lgica, os portos so impedidos de expanso no meio urbano, com explorao porturia emreas afastadas do tecido urbano consolidado.

    A sobreposio de fatores econmicos no processo de expanso porturia agrava o afastamento fsico, funcional erelacional entre cidade e porto. Entretanto, no caso de Vitria, nota-se sob a perspectiva da paisagem, que acidade continua essencialmente vinculada atividade porturia. Os aportes tcnicos porturios caracterizam aimagem e a identidade da cidade. Sua zona porturia integra-se diretamente vida cotidiana do

    conglomerado urbano (Fig. 28), sobretudo no centro histrico, onde [] os navios quase passeiam pelas ruas daCapital, em estreito contato com seus habitantes (SIQUEIRA, 1995).

    Figura 28. Proximidade visual entre as atividades porturias e urbanas em Vitria. Fonte: acervo das autoras.

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    PORTO, TERRITRIO E PAISAGEM: NOTAS FINAISDe maneira geral, a paisagem no se cria de uma s vez, mas por acrscimos, substituies; a lgica pela qual sefez um objeto no passado era a lgica da produo daquele momento (SANTOS, 1988, p. 66). Deste modo, []uma paisagem escrita sobre a outra, um conjunto de objetos que tm idades diferentes, uma herana demuitos diferentes momentos (SANTOS, 1988, p. 66).

    A relao intrnseca entre territrio, paisagem e modo de produo, indica que [] a produo do espao resultado da ao dos homens agindo sobre o prprio espao, atravs dos objetos, naturais e articiais. Cada tipode paisagem a reproduo de nveis diferentes de foras produtivas (SANTOS, 1988, p. 64). Portanto, odesenvolvimento urbano de Vitria quando associado atividade porturia, pode ser demonstrado por meio daevoluo das estruturas produtivas, expressas no territrio e na paisagem de modo distinto, conforme demonstradoem cada perodo.

    Em geral, as foras produtivas vinculadas as atividades porturias, interferem permanentemente, com acrscimose substituies, na construo do territrio e da paisagem da cidade de Vitria, devido, sobretudo proximidadedas instalaes dos portos no meio urbano. Entretanto, nos territrios produtivos a capacidade de atrair atividadescompetitivas depende de uma renovao tcnica tanto mais signicativa quanto maior a defasagem. (SANTOS,2006, p. 274). De modo que a competitividade que marca o setor porturio, caracteriza-se pela [] vontade desuprimir qualquer obstculo livre circulao das mercadorias, da informao e do dinheiro (SANTOS, 2006,p. 275).

    Nesse contexto de renovao tcnica que implica em defasagem, insere-se o recente projeto de modernizao doCais Comercial do Porto de Vitria, que prev demolio de antigos armazns porturios, e teve nalizado em2013, a construo de extensa plataforma em aterro sobre a baa. Essas obras so anunciadas como estratgiasde modernizao e sobrevida ao porto do centro histrico, visando fomentar seu crescimento comercial por maisquinze anos aproximadamente. Para Campos (2013), so obras que aniquilam a estrutura urbanstica mais remotada Capital capixaba, por meio de projetos de reestruturao urbana, [] que alinham gesto e estratgias daCodesa e do governo do Estado, pautadas na hiptese simultnea de incremento comercial do porto e melhoria nombito da circulao e do transporte metropolitano (CAMPOS, 2013, p. 1).

    Salienta-se que esse projeto pressupe alteraes territoriais e paisagsticas no centro histrico de Vitria, devidoconstruo de plataforma em aterro, para a ampliao do ptio retroporturio, resultando, mais uma vez, namudana do contorno da ilha e da paisagem local (Fig. 29 e 30). Alm disso, alerta-se para os impactos do projetomediante vulnerabilidade do patrimnio construdo e natural existente, com destaque para os armazns porturioss margens da baa de Vitria, uma das marcas de identidade cultural e de suporte da memria social do lugarcomo cidade porturia.

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    Figura 29. Vista para o Porto de Vitria anterior a construo da plataforma em aterro (2012). Fonte: acervodas autoras.

    Figura 30. Plataforma em aterro (2013). Fonte: acervo das autoras.

    Por m, sendo a paisagem uma herana, sobretudo nesse contexto, de patrimnio coletivo dos povos quehistoricamente as herdaram como territrio de atuao de suas comunidades (AB SABER, 2003, p. 9), salienta-se, a responsabilidade da sociedade para a utilizao no predatria da paisagem, e para o reconhecimento daslimitaes de cada tipo de espao e territrio. A ttulo de concluso deste artigo, cabe referncia aos estudos deBerque citado por Campos (2012), que propem o entendimento da paisagem como matriz perceptiva e marcocultural do territrio, neste estudo, demonstrada por meio dos processos territoriais do porto na cidade de Vitria.

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    Povoados no serto. A implantao dencleos coloniais em So Paulo na PrimeiraRepblica (1890-1926) (/content/povoados-no-sertao-implantacao-nucleos-coloniais-em-sao-paulo-na-primeira-republica-1890)

    acima(/content/territorio)

    Projeto Mutiro, Programas Favela-Bairro eMorar Carioca: trs dcadas de urbanizao

    de favelas na Cidade do Rio de Janeiro (/content/projeto-mutirao-programas-favela-

    bairro-e-morar-carioca-tres-decadas-urbanizacao-favelas-na)

    SANTOS, M. A natureza do espao: Tcnica e Tempo, Razo e Emoo. So Paulo: Editora da Universidade deSo Paulo, 2006.

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    PROMOTORES

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