PROCEDIMENTO OPERACIONAL POP N° 2 PADRÃO · Hipersensibilidade prévia à droga ou a outras...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO MATERNIDADE-ESCOLA DA UFRJ Divisão de Enfermagem Rua das Laranjeiras, 180 Laranjeiras – Rio de Janeiro – RJ CEP 22240-001 Tel. (21) 2285 7935 ramaL: 241 Tel/Fax: (21)25569368 1. Definição É a injeção intramuscular de Penicilina G procaína em RNs . 2. Finalidade Administrar a Penicilina G procaína, na técnica correta, para que a absorção do medicamento ocorra em âmbito muscular, inibindo a síntese da parede celular bacteriana, causando a morte do microorganismo. 3. Indicações e Contraindicações INDICAÇÕES: Mães com sífilis não tratada ou inadequadamente tratada, independente do resultado do VDRL do RN. CONTRAINDICAÇÕES: Hipersensibilidade prévia à droga ou a outras penicilinas. Algumas formulações podem conter Tartazina, e devem ser evitadas em pacientes com hipersensibilidade prévia. 4. Materiais e Equipamentos Necessários Frasco ampola da Penicilina G Procaína. Água destilada. Seringa de 3 ml e 10 ml. Agulha 30 x 7 (para diluição). Agulha 20 x 5,5 (para administração). Algodão. Almotolia de álcool a 70%. Luvas de procedimento. Glicose a 25%. Impresso de registro das doses (ver Figuras e Anexos) PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO POP N° 2 Área de Aplicação: Neonatologia Título: Administração de Penicilina G Procaína a Recém-Nascidos (RN) Setor: Ambulatório Responsável pela prescrição do POP Médico Responsável pela execução do POP Equipe de Enfermagem

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

MATERNIDADE-ESCOLA DA UFRJ Divisão de Enfermagem

Rua das Laranjeiras, 180 Laranjeiras – Rio de Janeiro – RJ CEP 22240-001 Tel. (21) 2285 7935 ramaL: 241 Tel/Fax: (21)25569368

1. Definição

É a injeção intramuscular de Penicilina G procaína em RNs .

2. Finalidade

Administrar a Penicilina G procaína, na técnica correta, para que a absorção do medicamento

ocorra em âmbito muscular, inibindo a síntese da parede celular bacteriana, causando a morte do microorganismo.

3. Indicações e Contraindicações INDICAÇÕES: Mães com sífilis não tratada ou inadequadamente tratada, independente do resultado do

VDRL do RN. CONTRAINDICAÇÕES: Hipersensibilidade prévia à droga ou a outras penicilinas. Algumas formulações podem conter Tartazina, e devem ser evitadas em pacientes com

hipersensibilidade prévia.

4. Materiais e Equipamentos Necessários

Frasco ampola da Penicilina G Procaína. Água destilada. Seringa de 3 ml e 10 ml. Agulha 30 x 7 (para diluição). Agulha 20 x 5,5 (para administração). Algodão. Almotolia de álcool a 70%. Luvas de procedimento. Glicose a 25%. Impresso de registro das doses (ver Figuras e Anexos)

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

POP N° 2

Área de Aplicação: Neonatologia Título: Administração de Penicilina G Procaína a Recém-Nascidos (RN) Setor: Ambulatório

Responsável pela prescrição do POP Médico Responsável pela execução do POP Equipe de Enfermagem

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5. Descrição do Procedimento Explicar o procedimento a ser realizado à mãe e/ou responsável. Realizar sucção não nutritiva associada à glicose a 25% para alívio da dor. Checar o rótulo da medicação com a prescrição, a dose e validade do medicamento. Realizar a higienização das mãos (ver POP de higienização das mãos). Reunir material necessário Calçar as luvas de procedimento. Realizar a diluição do medicamento no frasco-ampola com 8 ml de água destilada. Aspirar o medicamento com agulha 25 x 7. Trocar a agulha por 25 x 5,5. Eleger o local de administração (vasto lateral da coxa). Posicionar adequadamente o RN, através de contenção facilitada, expondo apenas o local de

aplicação

Realizar a antissepsia do local eleito com algodão e álcool a 70% (esperar secar naturalmente).

Retirar a tampa da agulha. Pedir à mãe e/ou responsável pela criança que a segure firme. Pinçar o músculo vasto lateral entre os dedos indicador e polegar, realizando uma prega,

preferencialmente com a mão não dominante. Introduzir a agulha no centro do músculo previamente pinçado, em ângulo de 90° (reto) em

relação à pele, com movimento firme, porém delicado. Soltar a prega realizada na musculatura. Aspirar a seringa para certificar que não há refluxo de sangue Injetar a medicação de forma lenta na musculatura. Retirar a agulha e comprimir o local com algodão seco a fim de realizar hemostasia. Reunir o material, descartando o que não for necessário. Desprezar os perfurocortantes em caixa coletora própria. Organizar o RN de forma confortável. Retirar as luvas. Realizar a higienização das mãos (ver POP higienização das mãos). Checar a medicação na prescrição médica. Registrar o procedimento no impresso de registro das doses. Observações: O tratamento ambulatorial deverá ser iniciado no dia seguinte após a alta do RN. A duração

do tratamento é de até 10 dias consecutivos. Assegurar que a mãe e/ou responsável estejam segurando firme o RN no momento da

administração do medicamento. Caso a dose seja superior a 0,5 ml, fazer no máximo 0,5 ml em uma coxa e o restante na

outra coxa (vasto lateral). Acompanhar o exame de VDRL. Pode acontecer uma reação febril, com exacerbação das lesões, que ocorre em 15 a 20% de

todos os pacientes com sífilis congênita ou adquirida que são tratados com penicilina.

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Rua das Laranjeiras, 180 Laranjeiras – Rio de Janeiro – RJ CEP 22240-001 Tel. (21) 2285 7935 ramaL: 241 Tel/Fax: (21)25569368

Realizar rodízio no local de administração do medicamento, pois o tratamento dura em média 10 dias.

Recomendar uso de compressa de água gelada por 5 minutos, caso a mãe observe edema ou dor no local da aplicação.

Após a última dose do tratamento, encaminhar o binômio para a pediatria no 3º andar do ambulatório com o comprovante das doses administradas.

A sucção não nutritiva consiste na introdução de um dedo enluvado na cavidade oral do RN para promover a sucção, podendo ser combinada com soluções adocicadas a fim de potencializar seu efeito analgésico. Está indicada em um único procedimento de dor aguda, tanto em RNs prematuros como a termo, e precisa ser iniciada de 1 a 8 minutos antes do procedimento, devendo o RN atingir uma frequência de 30 sucções por minuto. As intervenções relacionadas à sucção não nutritiva são eficazes na reatividade à dor e na sua regulação imediata.

6. Documentos de Referência

POP de Higienização das Mãos.

7. Leitura Sugerida

- EDITORA DE PUBLICAÇÔES MÈDICAS (EPUB). AME - Dicionário de Administração de

medicamentos na enfermagem – 9º edição. 2013. Editora EPUB.

- KLIEGMAN, R.M.; BEHRMAN, R.E.; JENSON, H.B.; STANTON, B.F. NELSON Tratado

de Pediatria 18ª ed. Philadelphia: Elsevier. 2009.

- MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia de bolso – Doenças infecciosas e parasitárias. 8°edição.

Brasil: Epub, 2010. 448p.

- PILLAI, et al. Non-pharmacological management of infant and young child procedural

pain. Cochrane Database of Systematic Reviews. 2011, Issue 10. Art. No.: CD006275. DOI:

10.1002/14651858.CD006275.pub2.

- POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de Enfermagem. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsivier,

2009.

- QUERIDO, D. L. Intervenção multifacetada no manejo não farmacológico da dor neonatal.

2014. Dissertação (Mestrado) - Escola de Enfermagem Anna Nery, Universidade Federal do Rio

de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014.

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MATERNIDADE-ESCOLA DA UFRJ Divisão de Enfermagem

Rua das Laranjeiras, 180 Laranjeiras – Rio de Janeiro – RJ CEP 22240-001 Tel. (21) 2285 7935 ramaL: 241 Tel/Fax: (21)25569368

- SCOCHI, C.G.S; et al. A dor na Unidade Neonatal sob a perspectiva dos profissionais de

enfermagem de um hospital de Ribeirão Preto-SP. Rev Bras Enferm., v. 2, no 59, mar - abr,

2006.

8. Figuras e Anexos Impresso de Registro das Doses

Fonte: Maternidade Escola da UFRJ