Princípios batistas

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Princípi os batistas (Este foi o primeiro documento editado pela JUERP para compor a série "Documentos batistas". Foi compilado por uma equipe da Diretoria de Educação Religiosa no ano de 1964, pela então diretora, irmã Missionária Cathryn Smith, com base num trabalho de uma Comissão Especial da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos) Os princípios que norteiam a ação dos batistas no mundo são: 1. AUTORIDADE 1.1 CRISTO COMO SENHOR A fonte suprema da autoridade cristã é o Senhor Jesus Cristo. Sua soberania emana da eterna divindade e poder - como o unigênito Filho de Deus Supremo - de sua redenção vicária e ressurreição vitoriosa. Sua autoridade é a expressão de amor justo, sabedoria infinita e santidade divina, e se aplica à totalidade da vida. Dela procede a integridade do propósito cristão, o poder da dedicação cristã, a motivação de lealdade cristã. Ela exige a obediência aos mandamentos de Cristo, dedicação ao seu serviço, fidelidade ao seu reino e a máxima devoção à sua pessoa, como o Senhor vivo. A suprema fonte de autoridade e o Senhor Jesus Cristo, e toda a esfera da vida está sujeita a sua soberania 1.2 AS ESCRITURAS A Bíblia fala com autoridade porque é a palavra de Deus. E a suprema regra de fé e prática porque é testemunha fidedigna e inspirada dos atos maravilhosos de Deus através da revelação de si mesmo e da redenção, sendo tudo patenteado na vida, nos ensinamentos e na obra salvadora de Jesus Cristo. As escrituras revelam a mente de Cristo e ensinam o significado de seu domínio. Na sua singular e única revelação da vontade divina para humanidade, a Bíblia e autoridade final que atrai as pessoas a Cristo e as guia em todas as questões de fé cristã e dever moral. O indivíduo tem que aceitar a responsabilidade de estudar a Bíblia, com a mente aberta e com atitude reverente, procurando o significado de sua mensagem através de pesquisa e oração, orientando a vida debaixo de sua disciplina e instrução. A Bíblia como revelação inspirada da vontade divina, cumprida e completamente na vida e nos ensinamentos de Jesus Cristo, e a nossa regra autorizada de fé e prática. 1.3 O ESPÍRITO SANTO O Espírito Santo é a presença ativa de Deus no mundo e, particularmente, na experiência humana. É Deus revelando sua pessoa e vontade ao homem. O Espírito, portanto é a voz da autoridade divina. É o Espírito de Cristo, e sua autoridade é a vontade de Cristo. Visto que as Escrituras são o produto de homens que, inspirados pelo Espírito, falaram por Deus, a verdade da Bíblia expressa a vontade do Espírito, compreendida pela iluminação do mesmo. Ele convence os homens do pecado, da justiça e do juízo, tomando, assim, efetiva a salvação individual, através da obra salvadora de Cristo. Ele habita no coração do crente, como advogado perante Deus e interprete para o homem. Ele atrai o fiel para a fé e a obediência e, assim, produz na sua vida os frutos da santidade e do amor. O Espírito procura alcançar vontade e propósito divinos entre os homens. Ele dá aos cristãos poder e autoridade para o trabalho do reino e santifica e preserva os redimidos, para o louvor de Cristo; exige uma submissão livre e dinâmica à autoridade de Cristo, e uma obediência criativa e fiel à palavra de Deus. O Espírito Santo e o próprio Deus revelando sua pessoa e vontade aos homens. Ele, portanto interpreta e confirma a voz da autoridade divina. 2. O INDIVÍDUO 2.1 SEU VALOR A Bíblia revela que cada ser humano é criado à imagem de Deus; é único, precioso e insubstituível. Criado ser racional, cada pessoa e moralmente responsável perante Deus e o próximo. O homem como indivíduo e distinto de todas as outras pessoas. Como pessoa, ele é unido aos outros no fluxo da vida, pois ninguém vive nem morre por si mesmo. A Bíblia revela que Cristo morreu por todo os homens. O fato de ser o homem criado à imagem de Deus e de Cristo morrer para salvá-lo é a fonte da dignidade e do valor humano. Ele tem direito, outorgado por Deus, de ser reconhecido e aceito como indivíduo sem distinção de

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Princpios batistas

(Este foi o primeiro documento editado pela JUERP para compor a srie "Documentos batistas". Foi compilado por uma equipe da Diretoria de Educao Religiosa no ano de 1964, pela ento diretora, irm Missionria Cathryn Smith, com base num trabalho de uma Comisso Especial da Conveno Batista do Sul dos Estados Unidos)

Os princpios que norteiam a ao dos batistas no mundo so:

1. AUTORIDADE1.1 CRISTO COMO SENHOR

A fonte suprema da autoridade crist o Senhor Jesus Cristo. Sua soberania emana da eterna divindade e poder - como o unignito Filho de Deus Supremo - de sua redeno vicria e ressurreio vitoriosa. Sua autoridade a expresso de amor justo, sabedoria infinita e santidade divina, e se aplica totalidade da vida. Dela procede a integridade do propsito cristo, o poder da dedicao crist, a motivao de lealdade crist. Ela exige a obedincia aos mandamentos de Cristo, dedicao ao seu servio, fidelidade ao seu reino e a mxima devoo sua pessoa, como o Senhor vivo.A suprema fonte de autoridade e o Senhor Jesus Cristo, e toda a esfera da vida est sujeita a sua soberania

1.2 AS ESCRITURASA Bblia fala com autoridade porque a palavra de Deus. E a suprema regra de f e prtica porque testemunha fidedigna e inspirada dos atos maravilhosos de Deus atravs da revelao de si mesmo e da redeno, sendo tudo patenteado na vida, nos ensinamentos e na obra salvadora de Jesus Cristo. As escrituras revelam a mente de Cristo e ensinam o significado de seu domnio. Na sua singular e nica revelao da vontade divina para humanidade, a Bblia e autoridade final que atrai as pessoas a Cristo e as guia em todas as questes de f crist e dever moral. O indivduo tem que aceitar a responsabilidade de estudar a Bblia, com a mente aberta e com atitude reverente, procurando o significado de sua mensagem atravs de pesquisa e orao, orientando a vida debaixo de sua disciplina e instruo.A Bblia como revelao inspirada da vontade divina, cumprida e completamente na vida e nos ensinamentos de Jesus Cristo, e a nossa regra autorizada de f e prtica.1.3 O ESPRITO SANTOO Esprito Santo a presena ativa de Deus no mundo e, particularmente, na experincia humana. Deus revelando sua pessoa e vontade ao homem. O Esprito, portanto a voz da autoridade divina. o Esprito de Cristo, e sua autoridade a vontade de Cristo. Visto que as Escrituras so o produto de homens que, inspirados pelo Esprito, falaram por Deus, a verdade da Bblia expressa a vontade do Esprito, compreendida pela iluminao do mesmo. Ele convence os homens do pecado, da justia e do juzo, tomando, assim, efetiva a salvao individual, atravs da obra salvadora de Cristo. Ele habita no corao do crente, como advogado perante Deus e interprete para o homem. Ele atrai o fiel para a f e a obedincia e, assim, produz na sua vida os frutos da santidade e do amor.O Esprito procura alcanar vontade e propsito divinos entre os homens. Ele d aos cristos poder e autoridade para o trabalho do reino e santifica e preserva os redimidos, para o louvor de Cristo; exige uma submisso livre e dinmica autoridade de Cristo, e uma obedincia criativa e fiel palavra de Deus.O Esprito Santo e o prprio Deus revelando sua pessoa e vontade aos homens. Ele, portanto interpreta e confirma a voz da autoridade divina.

2. O INDIVDUO2.1 SEU VALORA Bblia revela que cada ser humano criado imagem de Deus; nico, precioso e insubstituvel. Criado ser racional, cada pessoa e moralmente responsvel perante Deus e o prximo. O homem como indivduo e distinto de todas as outras pessoas. Como pessoa, ele unido aos outros no fluxo da vida, pois ningum vive nem morre por si mesmo.A Bblia revela que Cristo morreu por todo os homens. O fato de ser o homem criado imagem de Deus e de Cristo morrer para salv-lo a fonte da dignidade e do valor humano. Ele tem direito, outorgado por Deus, de ser reconhecido e aceito como indivduo sem distino de raa, cor, credo ou cultura; de ser parte digna de respeito da comunidade; de ter a plena oportunidade de alcanar o seu potencial.Cada indivduo foi criado imagem de Deus e, portanto, merece respeito e considerao como uma pessoa de valor e dignidade infinita.

2.2 SUA COMPETNCIAO indivduo, porque criado imagem de Deus, torna-se responsvel por suas decises morais e religiosas. Ele competente, sob a orientao do Esprito Santo, para formular a prpria resposta chamada divina ao evangelho de Cristo, para a comunho com Deus, para crescer na graa e conhecimento de nosso Senhor. Estreitamente ligada a essa competncia est a responsabilidade de procurar a verdade e, encontrando-a, agir conforme essa descoberta e de partilhar a verdade com outros. Embora no se admita coao no terreno religioso, o cristo no tem a liberdade de ser neutro em questes de conscincia e convico.Cada pessoa competente e responsvel perante Deus, nas prprias decises e questes morais e religiosas.2.3 SUA LIBERDADEOs batistas consideram como inalienvel a liberdade de conscincia, a plena liberdade de religio de todas as pessoas. O homem livre para aceitar ou rejeitar a religio; escolher ou mudar sua crena; propagar e ensinar a verdade como a entenda, sempre respeitando direitos e convices alheios; cultuar a Deus tanto a ss quanto publicamente; convidar outras pessoas a participarem nos cultos e outras atividades de sua religio; possuir propriedade e quaisquer outros bens necessrios propagao da sua f. Tal liberdade no privilgio para ser concedido, rejeitado ou meramente tolerado - nem pelo Estado, nem por qualquer outro grupo religioso - um direito outorgado por Deus.Cada pessoa livre perante Deus em todas as questes de conscincia e tem o direito de abraar ou rejeitar a religio, bem como de testemunhar sua f religiosa, respeitando os direitos dos outros.

3. A VIDA CRIST3.1 A SALVAO PELA GRAAA graa e a proviso misericordiosa de Deus para a condio do homem perdido. O homem no seu estado natural egosta e orgulhoso; ele est na escravido de satans e espiritualmente morto em transgresses e pecados. Devido sua natureza pecaminosa, o homem no pode salvar-se a si mesmo. Mas Deus tem uma atitude benevolente em relao a todos, apesar da corrupo moral e da rebelio. A salvao no o resultado dos mritos humanos, antes emana de propsito e iniciativa divinos. No vem atravs de mediao sacramental, nem de treinamento moral, mas como resultado da misericrdia e poder divinos. A salvao do pecado e a ddiva de Deus atravs de Jesus Cristo, condicionada, apenas, pelo arrependimento em relao a Deus, pela f em Jesus Cristo, e pela entrega incondicional a Ele como Senhor.A salvao, que vem atravs da graa, pela f, coloca o indivduo em unio vital e transformadora com Cristo, e se caracteriza por uma vida de santidade e boas obras. A mesma graa, por meio da qual a pessoa alcana a salvao, d certeza e a segurana do perdo contnuo de Deus e de seu auxlio na vida crist.A salvao ddiva de Deus atravs de Jesus Cristo, condicionada apenas, pela f em Cristo e rendio soberania divina.3.2 AS EXIGNCIAS DO DISCIPULADOO aprendizado cristo inicia-se com a entrega a Cristo, como Senhor. Desenvolves e proporo que a pessoa tem comunho com Cristo e obedece aos seus mandamentos. O discpulo aprende a verdade em Cristo, somente por obedece-la.Essa obedincia exige a entrega das ambies e dos propsitos pessoais e a obedincia vontade do Pai. A obedincia levou Cristo cruz e exige de cada discpulo que se tome a prpria cruz e siga a Cristo. O levar a cruz, ou negar-se a si mesmo, expressa-se de muitas maneiras na vida do discpulo. Este procurara, primeiro, o reino de Deus. Sua lealdade suprema ser a Cristo. Ele ser fiel em cumprir o mandamento cristo. Sua vida pessoal manifestar autodisciplina, pureza, integridade e amor cristo em todas as relaes que tem com os outros. O discipulado completo.As exigncias do discipulado cristo esto baseados no reconhecimento da soberania de Cristo, relacionam-se com a vida em um todo e exigem obedincia e devoo completas.3.3 O SACERDCIO DO CRENTECada homem pode ir diretamente a Deus em busca de perdo, atravs do arrependimento e da f. Ele no necessita para isso de nenhum outro indivduo, nem mesmo de igreja. H um s mediador entre Deus e os homens, Jesus. Depois de tornar-se crente a pessoa tem acesso direto a Deus, atravs de Cristo. Ela entra no sacerdcio real que lhe outorga o privilgio de servir a humanidade em nome de Cristo. Dever partilhar com os homens a f que acalenta e servi-los em nome e no esprito de Cristo.O sacerdcio do crente, portanto, significa que todos os cristos so iguais perante Deus e na fraternidade da igreja local.Cada cristo, tendo acesso direto a Deus atravs de Cristo, e seu prprio sacerdote e tem a obrigao de servir de sacerdote de Cristo em benefcio de outras pessoas.3.4 O CRISTO E SEU LARO lar foi constitudo por Deus como unidade bsica da sociedade. A formao de lares verdadeiramente cristos deve merecer o interesse particular de todos. Devem ser constitudos da unio de dois seres cristos, dotados de maturidade emocional, espiritual e fsica e unidos por um amor profundo e puro. O casal deve parti1har ideais e ambies semelhantes e ser dedicado criao dos filhos na instruo e disciplina divinas. Isso exige o estudo regular da Bblia e a prtica do culto domstico. Nesses lares o esprito de Cristo est presente em todas as relaes da famlia.As igrejas tem a obrigao de preparar jovens para o casamento, treinar e auxiliar os pais nas suas responsabilidades, orientar pais e filhos nas provaes e crises da vida, assistir aqueles que sofrem em lares desajustados, e ajudar os enlutados e encanecidos a encontrarem sempre um significado na vida.O lar e bsico, no propsito de Deus para o bem estar da humanidade, e o desenvolvimento da famlia deve ser de supremo interesse para todos os cristos.

3.5 O CRISTO COMO CIDADOO cristo cidado de dois mundos - o reino de Deus e o Estado poltico - e deve obedecer lei de sua ptria terrena, tanto quanto lei suprema. No caso de ser necessria uma escolha, o cristo deve obedecer a Deus antes que o homem. Deve mostrar respeito para com aqueles que interpretam a lei e a pem em vigor, e participar ativamente na vida social, econmica e poltica com o esprito e princpios cristos. A mordomia crist da vida inclui tais responsabilidades como o voto, o pagamento de impostos e o apoio a legislao digna. O cristo deve orar pelas autoridades e incentivar outros cristos a aceitarem a responsabilidade cvica, como um servio a Deus e a humanidade.O cristo cidado de dois mundos - o reino de Deus e o Estado - e deve ser obediente lei do seu pas tanto quanto a lei suprema de Deus.

4. A IGREJA4.1 SUA NATUREZANo Novo Testamento o termo igreja usado para designar o povo de Deus na sua totalidade, ou s uma assemblia local. A igreja uma comunidade fraterna das pessoas redimidas por Cristo Jesus, divinamente chamadas, divinamente criadas, e feitas uma s debaixo do governo soberano de Deus. A igreja como uma entidade local - um organismo presidido pelo Esprito Santo - e uma fraternidade de crentes em Jesus Cristo, que se batizaram e voluntariamente se uniram para o culto, estudo, a disciplina mtua, o servio e a propagao do Evangelho, no local da igreja e at aos confins da terra.A igreja, no sentido lato, comunidade fraterna de pessoas redimidas por Cristo e tornadas uma s na famlia de Deus.A igreja, no sentido local a companhia fraterna de crentes batizados, voluntariamente unidos para o culto, desenvolvimento espiritual e servio.

4.2 SEUS MEMBROSA igreja, como uma entidade, uma companhia de crentes, regenerados e batizados que se associam num conceito de f e fraternidade do evangelho. Propriamente, a pessoa qualifica-se para ser membro de igreja por ser nascida de Deus e aceitar voluntariamente o batismo. Ser membro de uma igreja local, para tais pessoas, e um privilgio santo e um dever sagrado. O simples fato de arrolar-se na lista de membros de uma igreja no torna a pessoa membro do corpo de Cristo. Cuidado extremo deve ser exercido a fim de que sejam aceitas como membros da igreja somente as pessoas que dem evidncias positivas de regenerao e verdadeira submisso a Cristo.Ser membro de igreja um privilgio dado exclusivamente a pessoas regeneradas que voluntariamente aceitam o batismo e se entregam ao discipulado fiel, segundo o preceito cristo.4.3 SUAS ORDENANASO batismo e a ceia do Senhor so as duas ordenanas da igreja. So smbolos, mas sua observncia envolve f, exame de conscincia, discernimento, confisso, gratido, comunho e culto. O batismo administrado pela igreja, sob a autoridade do Deus trino, e sua forma a imerso daquele que, pela f, j recebeu a Jesus Cristo como Salvador e Senhor. Por esse ato o crente retrata a sua morte para o pecado e a sua ressurreio para uma vida nova.A ceia do Senhor, observada atravs dos smbolos do po e do vinho, e um profundo esquadrinhamento do corao, uma grata lembrana de Jesus Cristo e sua morte vicria na cruz, uma abenoada segurana de sua volta e uma jubilosa comunho com o Cristo vivo e seu povo.O batismo e a ceia do Senhor, as duas ordenanas da igreja, so smbolos da redeno, mas sua observncia envolve realidades espirituais na experincia crist.4.4 SEU GOVERNOO princpio governante para uma igreja local e a soberania de Jesus Cristo. A autonomia da igreja tem como fundamento o fato de que Cristo est sempre presente e a cabea da congregao do seu povo. A igreja, portanto, no pode sujeitar-se a autoridade de qualquer outra entidade religiosa. Sua autonomia, ento, valida somente quando exercida sob o domnio de Cristo.A democracia, o governo pela congregao, forma certa somente na medida em que, orientada pelo Esprito Santo, providencia e exige a participao consciente de cada um dos membros nas deliberaes do trabalho da igreja. Nem a maioria, nem a minoria, nem tampouco a unanimidade, reflete necessariamente a vontade divina.Uma igreja um corpo autnomo, sujeito unicamente a Cristo, sua cabea. Seu governo democrtico, no sentido prprio, reflete a igualdade e responsabilidade de todos os crentes, sob a autoridade de Cristo.4.5 SUA RELAO PARA COM O ESTADOTanto a igreja como o Estado so ordenados por Deus e responsveis perante ele. Cada um distinto; cada um tem um propsito divino; nenhum deve transgredir os direitos do outro. Devem permanecer separados, mas igualmente manter a devida relao entre si e para com Deus. Cabe ao Estado o exerccio da autoridade civil, a manuteno da ordem e a promoo do bem-estar pblico.A igreja uma comunho voluntria de cristos, unidos sob o domnio de Cristo para o culto e servio em seu nome. O Estado no pode ignorar a soberania de Deus nem rejeitar suas leis como a base da ordem moral e da justia social. Os cristos devem aceitar suas responsabilidades de sustentar o Estado e obedecer ao poder civil, de acordo com os princpios cristos.O Estado deve igreja a proteo da lei e a liberdade plena, no exerccio do seu ministrio espiritual. A igreja deve ao Estado o reforo moral e espiritual para a lei e a ordem, bem como a proclamao clara das verdades que fundamentam a justia e a paz. A igreja tem a responsabilidade tanto de orar pelo estado quanto de declarar o juzo divino em relao ao governo, as responsabilidades de uma soberania autntica e consciente, e aos direitos de todas as pessoas "A igreja deve praticar coerentemente os princpios que sustenta e que devem governar a relao entre ela e o Estado".A igreja e o Estado so constitudos por Deus e perante Ele so responsveis. Devem permanecer distintos, mas tem a obrigao do reconhecimento e reforos mtuos, no propsito de cumprir-se a funo divina.4.6 SUA RELAO PARA COM O MUNDOJesus Cristo veio ao mundo, mas no era do mundo. Ele orou no para que seu povo fosse tirado do mundo, mas que fosse liberto do mal. Sua igreja, portanto, tem a responsabilidade de permanecer no mundo, sem ser do mundo. A igreja e o cristo, individualmente, tem a obrigao de opor-se ao mal e trabalhar para a eliminao de tudo que corrompa e degrade a vida humana. A igreja deve tomar posio definida em relao a justia e trabalhar fervorosamente pelo respeito mutuo, a fraternidade, a retido, a paz, em todas as relaes entre os homens, raas e naes. Ela trabalha confiante no cumprimento final do propsito divino no mundo.Esses ideais, que tem focalizado o testemunho distintivo dos batistas, choca-se com o momento atual do mundo e em crucial significao. As foras do mundo os desafiam. Certas tendncias em nossas igrejas e denominao pem-nos em perigo. Se esses ideais servirem para inspirar os batistas, com o senso da misso digna da hora presente, devero ser relacionados com a realidade dinmica de todo o aspecto de nossa tarefa contnua.A igreja tem uma posio de responsabilidade no mundo; sua misso para com o mundo; mas seu carter e ministrio so espirituais.

5. A TAREFA CONTINUA5.1 A CENTRALIDADE DO INDIVDUOOs batistas, historicamente, tm exaltado o valor do indivduo, dando-lhe um lugar central no trabalho das igrejas e da denominao. Essa distino, entretanto, est em perigo nestes dias de automatismo e presses para o conformismo. Alertados para esses perigos, dentro das prprias fileiras, tanto quanto no mundo, os batistas devem preservar a integridade do indivduo.O alto valor do indivduo deve refletir-se nos servios de culto, no trabalho evangelstico, nas obras missionrias, no ensino e treinamento da mordomia, em todo o programa de educao crist. Os programas so justificados pelo que fazem pelos indivduos por eles influenciados. Isso significa, entre outras coisas, que o indivduo nunca deve ser usado como um meio, nunca deve ser manobrado, nem tratado como mera estatstica. Esse ideal exige, antes, que seja dada primordial considerao ao indivduo, na sua liberdade moral, nas suas necessidades urgentes e no seu valor perante Cristo.De considerao primordial na vida e no trabalho de nossas igrejas o indivduo, com seu valor, suas necessidades, sua liberdade moral, seu potencial perante Cristo.

5.2 CULTOO culto a Deus, pessoal ou coletivo, a expresso mais elevada da f e devoo crist. supremo tanto em privilgio quanto em dever. Os batistas enfrentam uma necessidade urgente de melhorar a qualidade do seu culto, a fim de experimentarem coletivamente uma renovao de f, esperana e amor, como resultado da comunho com o Deus supremo.O culto deve ser coerente com a natureza de Deus, na sua santidade: uma experincia, portanto, de adorao e confisso que se expressa com temor e humildade. O culto no mera forma e ritual, mas uma experincia com o Deus vivo, atravs da meditao e da entrega pessoal.No simplesmente um servio religioso, mas comunho com Deus na realidade do louvor, na sinceridade do amor e na beleza da santidade.O culto torna-se significativo quando se combinam, com reverncia e ordem, a inspirao da presena de Deus, a proclamao do evangelho, a liberdade e a atuao do Esprito. O resultado de tal culto ser uma conscincia mais profunda da santidade, majestade e graa de Deus, maior devoo e mais completa dedicao vontade de Deus.O culto - que envolve uma experincia de comunho com o Deus vivo e Santo - exige uma apreciao maior sobre a reverncia e a ordem, a confisso e a humildade, a conscincia da santidade, majestade, graa e propsito de Deus.5.3 O MINISTRIO CRISTOA igreja e todos os seus membros esto no mundo, a fim de servir. Em certo sentido, cada filho de Deus e chamado como cristo. H, entretanto, uma falta generalizada no sentido de negar o valor devido a natureza singular da chamada como vocao ao servio de Cristo. Maior ateno neste ponto especialmente necessria, em face da presso que recebem os jovens competentes para a escolha de algum ramo das cincias e, ainda mais devido ao nmero descrente daqueles que esto atendendo chamada divina, para o servio de Cristo.Os que so chamados pelo Senhor para o ministrio cristo devem reconhecer que o fim da chamada servir. So, no sentido especial, escravos de Cristo e seus ministros nas igrejas e junto ao povo. Devem exaltar suas responsabilidades, em vez de privilgios especiais. Suas funes distintas no visam a vanglria; antes, so meios de servir a Deus, igreja e ao prximo.As igrejas so responsveis perante Deus por aqueles que elas consagram ao seu ministrio. Devem manter padres elevados para aqueles que aspiram consagrao, quanto experincia e ao carter cristos. Devem incentivar os chamados a procurarem o preparo adequado ao seu ministrio.Cada cristo tem o dever de ministrar ou servir com abnegao completa; Deus, porm, na sua sabedoria, chama vrias pessoas de um modo singular para dedicarem sua vida de tempo integral, ao ministrio relacionado com a obra da igreja.5.4 EVANGELISMOO evangelismo a proclamao do juzo divino sobre o pecado, e das boas novas da graa divina em Jesus Cristo. a resposta dos cristos s pessoas na incidncia do pecado, a ordem de Cristo aos seus seguidores, a fim de que sejam suas testemunhas frente a todos os homens. O evangelismo declara que o evangelho, e unicamente o evangelho, o poder de Deus para a salvao. A obra de evangelismo bsica na misso da igreja e no mister de cada cristo.O evangelismo, assim concebido, exige um fundamento teolgico firme e uma nfase perene nas doutrinas bsicas da salvao. O evangelismo neotestamentrio a salvao por meio do evangelho e pelo poder do Esprito.Visa a salvao do homem todo; confronta os perdidos com o preo do discipulado e as exigncias da soberania de Cristo; exalta a graa divina, a f voluntria e a realidade da experincia de converso.Convites feitos a pessoas no salvas nunca devem desvalorizar essa realidade imperativa. O uso de truques de psicologia das massas, os substitutivos da convico e todos os esquemas vaidosos so pecados contra Deus e contra o indivduo. O amor cristo, o destino dos pecadores e a fora do pecado constituem uma urgncia obrigatria.A norma de evangelismo exigida pelos tempos crticos dos nossos dias o evangelismo pessoal e coletivo, o uso de mtodos so e dignos, o testemunho de piedade pessoal e dum esprito semelhante ao de Cristo, a intercesso pela misericrdia e pelo poder de Deus, e a dependncia completa do Esprito Santo.O evangelismo, que bsico no ministrio da igreja e na vocao do crente, a proclamao do juzo e da graa de Deus em Jesus Cristo e a chamada para aceita-lo como Salvador e segui-lo como Senhor.5.5 MISSESMisses, como usamos o termo, a extenso do propsito redentor de Deus atravs do evangelismo, da educao e do servio cristo alm das fronteiras da igreja local. As massas perdidas do mundo constituem um desafio comovedor para as igrejas crists.Uma vez que os batistas acreditam na liberdade e competncia de cada um para as prprias decises, nas questes religiosas, temos a responsabilidade perante Deus de assegurar a cada indivduo o conhecimento e a oportunidade de fazer a deciso certa. Estamos sob a determinao divina, no sentido de proclamar o evangelho a toda criatura. A urgncia da situao atual do mundo, o apelo agressivo de crenas e ideologias exticas, e nosso interesse pelos transviados exigem de ns dedicao mxima em pessoa e dinheiro, a fim de proclamar-se a redeno em Cristo, para o mundo todo.A cooperao nas misses mundiais imperativa. Devemos utilizar os meios nossa disposio, inclusive os de comunicao em massa, para dar o evangelho de Cristo ao mundo. No devemos depender exclusivamente de um grupo pequeno de missionrios especialmente treinados e dedicados. Cada batista um missionrio, no importa o local onde mora ou posio que ocupa. Os atos pessoais ou de grupos, as atitudes em relao a outras naes, raas e religies fazem parte do nosso testemunho favorvel ou contrrio a Cristo, o qual, em cada esfera e relao da vida, deve fortalecer nossa proclamao de que Jesus o Senhor de todos.As misses procuram a extenso do propsito redentor de Deus em toda a parte, atravs do evangelismo, da educao, e do servio cristo e exige de ns dedicao mxima.5.6 MORDOMIAA mordomia crist o uso, sob a orientao divina, da vida, dos talentos, do tempo e dos bens materiais, na proclamao do Evangelho e na prtica respectiva. No partilhar o evangelho a mordomia encontra seu significado mais elevado: ela baseada no reconhecimento de que tudo o que temos e somos vem de Deus, como uma responsabilidade sagrada.Os bens materiais em si no so maus, nem bons. O amor ao dinheiro, e no o dinheiro em si, a raiz de todas as espcies de males. Na mordomia crist o dinheiro torna-se meio para alcanar bens espirituais, tanto para a pessoa que d, quanto para quem recebe. Aceito como encargo sagrado, o dinheiro torna-se no uma ameaa e sim uma oportunidade. Jesus preocupou-se em que o homem fosse liberto da tirania dos bens materiais e os empregasse para suprir tanto s necessidades prprias como s alheias.A responsabilidade da mordomia aplica-se no somente ao cristo como indivduo, mas, tambm a cada igreja local, cada conveno cada agncia da denominao. Aquilo que confiado ao indivduo ou instituio no deve ser guardado nem gasto egoisticamente, mas empregado no servio da humanidade e para a glria de Deus.A mordomia crist concebe toda a vida como um encargo sagrado, confiado por Deus, e exige o emprego responsvel de vida, tempo, talentos e bens - pessoal ou coletivamente - no servio de Cristo.5.7 O ENSINO E TREINAMENTOO ensino e treinamento so bsicos na comisso de Cristo para os seus seguidores, constituindo um imperativo divino pela natureza da f e experincias crists. Eles so necessrios ao desenvolvimento de atitudes crists, demonstrao de virtudes crists, ao gozo de privilgios cristos, ao cumprimento de responsabilidades crists, a realizao da certeza crist. Devem comear com o nascimento do homem e continuar atravs de sua vida tod. So funes do lar e da igreja, divinamente ordenadas. E constituem o caminho da maturidade crist.Desde que a f h de ser pessoal, e voluntria cada resposta sabedoria de Cristo, o ensino e treinamento so necessrios antecipadamente ao discipulado cristo, e a um testemunho vital. Este fato significa que a tarefa educacional da igreja deve ser o centro do programa. A prova do ministrio do ensino e treinamento est no carter semelhante ao de Cristo e na capacidade de enfrentar e resolver eficientemente os problemas sociais, morais e espirituais do mundo hodierno. Devemos treinar indivduos a fim de que possam conhecer a verdade que os liberta, experimentar o amor que os transforma em servos da humanidade, e alcanar a f que lhes concede a esperana no reino de Deus.A natureza da f e experincia crists e a natureza e necessidades das pessoas fazem do ensino e treinamento um imperativo.5.8 EDUCAO CRISTA f e a razo aliam-se no conhecimento verdadeiro. A f genuna procura compreenso e expresso inteligente. As escolas crists devem conservar a f e a razo no equilbrio prprio. Isto significa que no ficaro satisfeitas seno com os padres acadmicos elevados. Ao mesmo tempo, devem proporcionar um tipo distinto de educao - a educao infundida pelo esprito cristo, com a perspectiva crist e dedicada aos valores cristos.Nossas escolas crists tm a responsabilidade de treinar e inspirar homens e mulheres para a liderana eficiente, leiga e vocacional, em nossas igrejas e no mundo. As igrejas, por sua vez, tm a responsabilidade de sustentar condignamente todas as suas instituies educacionais.Os membros de igrejas devem ter interesse naqueles que ensinam em suas instituies, bem como naquilo que estes transmitem. H limites para a liberdade acadmica; deve ser admitido, entretanto, que os professores das nossas instituies tenham liberdade para erudio criadora, com o equilbrio de um senso profundo de responsabilidade pessoal para com Deus, a verdade, a denominao, e as pessoas a quem servem.A educao crist emerge da relao da f e da razo e exige excelncia e liberdade acadmicas que so tanto reais quanto responsveis.5.9 A AUTOCRTICATanto a igreja local quanto a denominao, a fim de permanecerem sadias e florescentes, tm que aceitar a responsabilidade da autocrtica. Seria prejudicial s igrejas e denominao se fosse negado ao indivduo o direito de discordar, ou se fossem considerados nossos mtodos ou tcnicas como finais ou perfeitos. O trabalho de nossas igrejas e de nossa denominao precisa e freqente avaliao, a fim de evitar a esterilidade do tradicionalismo. Isso especialmente se torna necessrio na rea nos mtodos, mas tambm se aplica aos princpios e prticas histricas em sua relao contempornea. Isso significa que nossas igrejas, instituies e agncias devem defender e proteger o direito de o povo perguntar e criticar construtivamente.A autocrtica construtiva deve ser centralizada em problemas bsicos e assim evitar os efeitos desintegrantes de acusaes e recriminaes. Criticar no significa deslealdade; a crtica pode resultar de um interesse profundo do bem-estar da denominao.Tal crtica visar ao desenvolvimento maturidade crist, tanto para o indivduo quanto para a denominao.Todo grupo de cristos, para conservar sua produtividade, ter que aceitar a responsabilidade da autocrtica construtiva.

CONCLUINDOComo batistas, revendo o progresso realizado no decorrer dos anos, temos todos inteira razo de desvanecimento ante as evidncias do favor de Deus sobre ns. Os batistas podem bem cantar com alegria "Glria a Deus, grandes coisas Ele fez!" Podem eles tambm lembrar que aqueles a quem foi dado o privilgio de gozar de to alta herana, reconhecidos ao toque da graa, devem engrandece-la com os seus prprios sacrifcios