Primeiras comunidades humanas da península ibérica resumo

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Página 1 de 3 DIREÇÃO-GERAL DOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES DIREÇÃO DE SERVIÇOS DA REGIÃO NORTE Agrupamento de Escolas Fernando Pessoa Santa Maria da Feira Alameda Fernando Pessoa 278 4520-827 Santa Maria da Feira RESUMO AS PRIMEIRAS COMUNIDADES HUMANAS DA PENÍNSULA IBÉRICA As comunidades recoletoras Os primeiros seres humanos apareceram em África quase 2 milhões de anos. Há cerca de 800 mil anos chegaram as primeiras comunidades humanas à Península Ibérica. As primeiras comunidades que habitaram a Península Ibérica eram recoletoras. Viviam da caça, pesca, recolha de frutos silvestres e algumas raízes. Eram nómadas, isto é, não viviam muito tempo fixos num mesmo local. Fabricavam utensílios em pedra, osso e madeira. Esses utensílios, o biface, o arpão e as pontas de seta, eram fundamentais nas actividades do dia a dia, como a pesca e a caça. O fogo foi a mais importante descoberta destas comunidades. Permitiu-lhes cozinhar os alimentos, preparar utensílios, aquecer e iluminar as grutas e cavernas onde se abrigavam, defender-se dos animais mais ferozes. Deixaram pinturas, nas grutas, e gravuras, ao ar livre, com representações de animais e cenas de caça. A esta arte damos o nome de rupestre. As primeiras comunidades agropastoris da Península Ibérica Há cerca de 10 mil anos o clima da Europa alterou-se. As temperaturas aumentaram e as características naturais modificaram-se. Estas alterações climáticas e naturais provocaram profundas mudanças no modo de vida das comunidades humanas. Passaram a cultivar as sementes de algumas plantas (cereais) e a domesticar alguns animais. Surgiu a agricultura e a pastorícia.

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Como viviam as primeiras comunidades humanas da Península Ibérica

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DIREÇÃO-GERAL DOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES DIREÇÃO DE SERVIÇOS DA REGIÃO NORTE

Agrupamento de Escolas Fernando Pessoa – Santa Maria da Feira Alameda Fernando Pessoa 278 4520-827 Santa Maria da Feira

RESUMO

AS PRIMEIRAS COMUNIDADES HUMANAS DA PENÍNSULA IBÉRICA

As comunidades recoletoras

Os primeiros seres humanos apareceram em África há

quase 2 milhões de anos.

Há cerca de 800 mil anos chegaram as primeiras

comunidades humanas à Península Ibérica.

As primeiras comunidades que habitaram a Península

Ibérica eram recoletoras. Viviam da caça, pesca, recolha de

frutos silvestres e algumas raízes.

Eram nómadas, isto é, não viviam muito tempo fixos num

mesmo local.

Fabricavam utensílios em pedra, osso e madeira. Esses

utensílios, o biface, o arpão e as pontas de seta, eram

fundamentais nas actividades do dia a dia, como a pesca e

a caça.

O fogo foi a mais importante descoberta destas comunidades. Permitiu-lhes cozinhar os

alimentos, preparar utensílios, aquecer e

iluminar as grutas e cavernas onde se

abrigavam, defender-se dos animais mais

ferozes.

Deixaram pinturas, nas grutas, e gravuras, ao

ar livre, com representações de animais e

cenas de caça. A esta arte damos o nome de

rupestre.

As primeiras comunidades agropastoris da Península Ibérica

Há cerca de 10 mil anos o clima da Europa alterou-se. As temperaturas aumentaram e as

características naturais modificaram-se.

Estas alterações climáticas e naturais provocaram profundas mudanças no modo de vida

das comunidades humanas. Passaram a cultivar as sementes de algumas plantas (cereais) e

a domesticar alguns animais. Surgiu a agricultura e a pastorícia.

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Resumo – História e Geografia de Portugal -5º ano Página 2 de 3

A agricultura e a criação de gado fizeram com que estas comunidades passassem a produzir

os seus alimentos (cereais,

carne, leite). Por esta razão se

diz que as comunidades

agropastoris eram produtoras.

Estas comunidades tornaram-se

sedentárias, uma vez que

passaram a viver

permanentemente no mesmo

lugar.

Com as novas actividades surgiu

a necessidade de novos utensílios e, assim, criaram-se novas técnicas: cestaria, cerâmica e

tecelagem.

As comunidades agropastoris adoravam alguns elementos da natureza (o Sol, a chuva,

alguns animais…) e acreditavam na vida para além da morte. Por esta razão, construíram

monumentos megalíticos (dólmenes ou antas), onde enterravam os seus mortos. Outros

exemplos destes tipos de monumentos eram os menires e os cromeleques.

Iberos, Celtas e os contactos com povos do Mediterrâneo

No século VI a. C., na Península Ibérica

viviam os seguintes povos agropastoris:

Celtas, Iberos e Celtiberos.

Os Celtas dominavam a técnica da

metalurgia do ferro e da ourivesaria.

Os Iberos estavam mais evoluídos devido

aos frequentes contactos comerciais com os

povos mediterrânicos.

Estes povos construíram os seus povoados

no cimo dos montes para melhor se

defenderem dos ataques de povos e

tribos inimigos. Estes povoados eram os

castros ou citânias.

Os Fenícios, os Gregos e os Cartagineses

viviam nas margens do mar

Mediterrâneo e, atraídos pelas suas

riquezas, vieram até à Península Ibérica

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Resumo – História e Geografia de Portugal -5º ano Página 3 de 3

para realizar trocas comerciais.

Deixaram alguns dos seus conhecimentos que perduram até aos dias de hoje: o alfabeto

pelos Fenícios; o uso da moeda pelos Gregos, e a conservação dos alimentos através do

sal pelos Cartagineses.