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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA ROSAMNA ORTIZ ROQUE PREVENÇÃO DOS FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À OCORRÊNCIA DE DIABETES MELLITUS TIPO 2 NA COMUNIDADE DE JÕAO RABELO: UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO EDUCATIVA CASTANHAL/PARÁ 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA

ROSAMNA ORTIZ ROQUE

PREVENÇÃO DOS FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À

OCORRÊNCIA DE DIABETES MELLITUS TIPO 2 NA

COMUNIDADE DE JÕAO RABELO: UMA PROPOSTA DE

INTERVENÇÃO EDUCATIVA

CASTANHAL/PARÁ

2018

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2

ROSAMNA ORTIZ ROQUE

PREVENÇÃO DOS FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À

OCURRÊNCIA DE DIABETES MELLITUS TIPO 2 NA

COMUNIDADE DE JÕAO RABELO: UMA PROPOSTA DE

INTERVENÇÃO EDUCATIVA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Curso de Especialização em Saúde da Família,

Universidade Federal do Pará, para obtenção do

Certificado de Especialista.

Orientador: Enfa Gisele de Brito Brasil

CASTANHAL/PARÁ

2018

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ROSAMNA ORTIZ ROQUE

PREVENÇÃO DOS FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À

OCURRÊNCIA DE DIABETES MELLITUS TIPO 2 NA

COMUNIDADE DE JÕAO RABELO: uma proposta de

intervenção educativa.

Banca examinadora

Professora: Gisele de Brito Brasil- UEPA

Professora: Paula Sousa da Silva Rocha

Aprovado em Pará, em __ de ______ 2018.

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DEDICATÓRIA

Para meu filho, porque ele é minha força.

Para meu marido, por seu apoio incondicional.

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Resumo

Santa Maria do Pará é um município do estado do Pará onde se localiza a

Unidade Saúde da Família João Rabelo, incorporado dentro da comunidade na

Estratégia da Saúde da Família. Uma das principais causas de

morbimortalidade no ano 2017 são as doenças endócrinos e metabólicas

destacando a diabetes mellitus tendo um papel dominante na morbimortalidade

especialmente em pessoas com conhecimento limitado no controle desta

doença. A diabetes mellitus tipo 2 é a quarta causa de morte no Brasil. As

principais causas para o desenvolvimento da doença estão relacionados ao

conhecimento reduzido aos fatores de risco necessários para o controle

adequado da mesma levando a descompensação e complicações inclusive a

morte. Partindo dessa realidade foi criado um programa de educação para

conscientizar os pacientes sobre fatores de risco para o controle da diabetes.

Para a intervenção foi estabelecida a priorização dos problemas encontrados e

em seguida examinou-se influência a negativa sobre a população. Assim, a

partir dos problemas e dos nós críticos desenhamos as operações e possíveis

soluções, levando em conta os resultados esperados, o produto e os recursos

necessários. Propusemos um plano operativo para aprender mais do risco de

sofrer de diabetes mellitus tipo 2 oferecendo uma linha de cuidados para

hábitos tóxicos e estilo de vida pouco adequado contribuindo para os melhorar

os cuidados e informações sobre pessoas com fatores de risco para

desenvolver a doença. A equipe está determinada a desenvolver uma proposta

para melhorar o conhecimento dos fatores de risco e assim reduzir a

morbimortalidade.

Palavras chaves: Crônica. Doença. Prevenção e promoção. Fatores de risco.

Santa Maria do Pará.

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ABSTRAC

Santa Maria do Pará is a municipality in the state of Pará where the João Rabelo Family Health Unit is located, incorporated within the community in the Family Health Strategy. One of the main causes of morbidity and mortality in the year 2017 are the metabolic endocrine diseases, highlighting diabetes mellitus, which plays a dominant role in morbidity and mortality, especially in people with limited knowledge in the control of this disease. Type 2 diabetes mellitus is the fourth leading cause of death in Brazil. The main causes for the development of the disease are related to reduced knowledge to the risk factors necessary for proper control of the same leading to decompensation and complications including death. Based on this reality, an education program was created to educate patients about risk factors for diabetes control. For the intervention was established the prioritization of the problems encountered and then examined the negative influence on the population. Thus, from the problems and the critical nodes we design the operations and possible solutions, taking into account the expected results, the product and the necessary resources. We have proposed an operative plan to learn more about the risk of suffering from type 2 diabetes mellitus by offering a line of care for toxic habits and inadequate lifestyle contributes to improving care and information about people with risk factors to develop the disease. The team is determined to develop a proposal to improve knowledge of risk factors and thus reduce morbidity and mortality

Keywords: Chronic. Disease. Prevention and Promotion. Risk factors. Santa

Maria do Pará.

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LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS

PSF Programa Saúde da Família

PIB Produto interno bruto

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 9

1.1 Aspectos gerais do município 9

1.2 Aspectos da comunidade 9

1.3 O sistema municipal de saúde 14

1.4 A Unidade Básica de Saúde João Rabelo 15

1.5 A Equipe de Saúde da Família João Rabelo, da Unidade Básica de Saúde João Rabelo 16 1.6 O funcionamento da Unidade de Saúde da Equipe João Rabelo

1.7 O dia a dia da equipe João Rabelo 17

1.8 Estimativa rápida: problemas de saúde do território e da comunidade

(primeiropasso) 17

1.9 Priorização dos problemas – a seleção do problema para plano de

intervenção (segundo passo) 18

2 JUSTIFICATIVA 21

3 OBJETIVOS 22

3.1 Objetivos gerais 22

3.2 Objetivos específicos 22

4 METODOLOGIA 23

5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 24

5.1 Atenção Primária a Saúde 24

5.2 Estratégias Saúde da Família 24m

5.3 Diabetes mellitus 24

6 PLANO DE INTERVENÇÃO 26

6.1 Descrições do problema selecionado (terceiro passo) 26

6.2 Explicações do problema (quarto passo) 26

6.3 Seleções dos nós críticos (quinto passo) 27

6.4 Desenhos das operações (sexto passo) 28

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 34

REFERÊNCIAS 35

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Aspectos gerais do município.

O município Santa Maria de Pará Localiza-se a uma latitude de

01º21’01” sul e a uma longitude 47º34'33" oeste, estando a uma altitude de 51

metros. Sua população estimada em 2017 era de 24.186 habitantes. Possui

uma área de 459, 8,49 km², com densidade demográfica de 50,31 hab. com

estimativa de crescimento populacional em torno de 358.116 habitantes (IBGE,

2017).

A cidade de Santa Maria do Pará é o principal entroncamento

rodoviário do estado do Pará, sendo o ponto de encontro entre a Rodovia

Belém-Brasília(BR-010) e a BR-316/BR-308. Por este motivo, a cidade é

popularmente apelidada de Cidade Trevo. Santa Maria do Pará é um município

que se formou a partir de desmembramento de Igarapé-Açú (IBGE, 2017).

Atualmente o município possui um distrito Taciateua às margens

da BR-316. Em Santa Maria do Pará ocorre também a maior festa da região,

que atrai pessoas de vários lugares e municípios vizinhos: a tradicional Festa

do André que acontece no mês de setembro na Vila São Raimundo. Em 2014,

tinha um PIB per capita de R$ 9.833,73. Na comparação com os demais

municípios do estado, sua posição era de 24 de 144. Já na comparação com

cidades do Brasil, sua colocação era de 3588 de 5570. Em 2015, tinha 95.2%

do seu orçamento proveniente de fontes externas. Em comparação às outras

cidades do estado, estava na posição 52 de 144 e, quando comparado a

cidades do Brasil todo, ficava em 2017 de 5570 (IBGE, 2017).

1.2 Aspectos da comunidade

Nas características de urbanização o povoado e predominantemente

rural. A maioria das casas do principal núcleo urbano é feitas com alvenaria, no

interior do povoado a maioria são feitas com madeira. O povoado tem poucas

casas mal estruturadas, geralmente no interior do município. Neste povoado

pela sua geografia, não tem risco de inundação, desabamento ou outros.

O povoado tem algumas áreas de risco ambiental, dadas por fábricas

de chumbo perto da água no interior do mesmo, cria de frangos, gado, cavalos,

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e porcos, também perto da água. Há muitas áreas de risco de acidentes,

devido a social esta irregularidades no terreno.

A organização dada por os principais partidos políticos do Brasil, os

quais têm representação no povoado. Além disso, temos também a

organização Pastoral da Saúde, organização religiosa que apoia as ações de

saúde no município; o grêmio estudantil e o movimento Cultivando Água Boa,

este ultimo ambientalista.

Igrejas estão presentes em cada um dos sítios, porque a nossa

população pratica o catolicismo muito. Temos luz elétrica, tem correios e têm

bancos, a comunicação é por celular e alguns telefones fixos.

Em relação com a estrutura de saneamento básico na comunidade

deixa muito a desejar, principalmente no que se refere ao esgotamento

sanitário. Parte da comunidade vive em moradias bastante precárias. A área

apresenta elevada concentração de Aedes aegypti, constituindo risco de surtos

de dengue.

Os dados sobre instalações sanitárias, por microáreas, são apresentados no

quadro 1.

Quadro 1 - Famílias cobertas por instalações sanitárias na área de

abrangência da equipe de saúde da família PSF João Rabelo, 2017.

DESTINO FEZES/URINA N° %

Sistema de Esgoto

(Público)

359 32

Fossa 742 66,6

Céu aberto 12 1.4

Fonte: SIAB, 2017

Nota-se que a fossa séptica é a maneira mais comum para armazenar

resíduos sólidos.

Os dados do quadro 2 apresentam o quantitativo de famílias que têm cobertura

da coleta de lixo.

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Quadro 2- Famílias cobertas por destino do lixo na área de abrangência

da equipe de saúde da família PSF São Félix, Fevereiro 2013.

Fonte: SIAB, 2017

Em relação ao lixo a situação não é positiva, tem 113 residências com

descarte a céu aberto e 755 que queimam ou enterram o lixo e só 175 são as

que têm coleta pública. No que tange ao abastecimento de água, mostram que

há um predomínio quase absoluto de rede com água tratada. Os dados do

quadro 3

Quadro 3 - Famílias cobertas por abastecimento de água na área de

abrangência da equipe de saúde da família PSF João Rabelo, 2017.

Abastecimento de agua N° %

Rede pública 553 53,7

Poço ou nascente 123 11,96

Outros 352 34,4

Fonte: SIAB, 2017

Até Fevereiro do ano em curso a população de nossa área de

abrangência da equipe, 2128 (49,53%) são homens e 2167(50,46%) são

mulheres, distribuídos por faixa etária de acordo com o que é apresentado no

quadro 4.

DESTINO DO LIXO N° %

Coleta pública 855 71

Queimado/Enterrado 185 15,3

Jogado 162 13,47

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Quadro 4: Distribuição da população de João Rabelo segundo a faixa

etária, 2017.

FAIXA ETÁRIA MASCULINO FEMININO TOTAL

0-1 ANO 20 22 42

1-4 ANOS 152 176 328

5-14 ANOS 203 202 405

15-19 ANOS 151 153 504

20-29 ANOS 305 309 614

30-39 ANOS 331 330 661

40-49 ANOS 195 186 381

50-59 ANOS 151 153 304

60-69 ANOS 221 209 430

70-79 ANOS 201 220 421

80 ANOS E MAIS 102 103 205

TOTAL 2128 2167 4295

Fonte: SIAB, 2017

A leitura dos dados aponta a predominância de pessoas na faixa etária

de 20 a 39 anos, mas há também um número importante de pacientes idosos,

ou seja, 1056 pessoas com mais de 60 anos o seja tem uma população com

envelhecimento avançado, dado muito importante par poder fazer o diagnóstico

epidemiológico municipal.

De acordo ao índice de Rosset (ano) que é um índice que fala sobre o

grau de envelhecimento de uma população, tem-se a seguinte classificação da

população:

Classificação da população pelo índice de Rosset.

De 0 a 7 %: População madura

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De 7 a 10 %: População com envelhecimento insipiente

De 10 a 13 %: População com envelhecimento avançado

De 13 a 16 %: População abertamente envelhecida

Maior 16%: População muito envelhecida

Então temos que

IR = N° de Idosos de 60 anos ou mais x 100

População Total

IR= 409 x 100

IR= 24.5 %

Desta forma com base no índice proposto por Rosset (ANO), é

considerada população muito envelhecida no ano 2013, dado muito importante

para o poder fazer o diagnóstico epidemiológico municipal. Em relação aos

aspectos socioeconômicos, as principais Atividades Econômicas são:

agricultura, comércio, e pecuária.

O diagnóstico situacional feito durante a realização da atividade do

Módulo de Planejamento e avaliação em ações básicas de saúde mostrou que

as principais causas de morbidade e mortalidade ocorridas no ano de 2013,

2014, 2015 e 2016 foram, em ordem decrescente, são: doenças do aparelho

circulatório igual a 44,18%, neoplasias, 25,58%, doenças endócrinas,

nutricionais e metabólicas, 13,9%, doenças do aparelho respiratório, 6,97% e

outras, 9,37%.Os dados do quadro 5 apresentam

Quadro 5 Morbidade na área de abrangência do PSF João Rabelo:

Faixa etária Mobilidade referida

Alcoólicos Chagas Deficientes Diabéticos

N % N % N % N %

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0 a 14 anos 0 0 0 0 2 0,17 0 0

15 anos e

mais

17 0.60 0 0 28 1 47 1,67

Total 17 0,60 0 0 30 0,75 47 1,18

As doenças do aparelho endócrino metabólico estão ocupando um lugar

preponderante na morbidade e mortalidade, principalmente em pacientes com

risco para o aparecimento dessas doenças endócrino metabólica, por falta de

conhecimento em controle dos fatores de riscos, em que o médico de família

pode agir para controlar e modificar e assim, prevenir ou atrasar o

aparecimento da doença, o aumento da esperança de vida e da qualidade de

vida deste grupo de pessoas.

Nas características de urbanização o povoado e predominantemente

rural. A maioria das casas do principal núcleo urbano é feitas com alvenaria, no

interior do povoado a maioria são feitas com madeira. O povoado tem poucas

casas mal estruturadas, geralmente no interior do município. Neste povoado

pela sua geografia, não tem risco de inundação, desabamento ou outros.

O povoado tem algumas áreas de risco ambiental, dadas por fábricas

de chumbo perto da água no interior do mesmo, cria de frangos, gado, cavalos,

e porcos, também perto da água. Há muitas áreas de risco de acidentes,

devido a social esta irregularidades no terreno.

A organização dada por os principais partidos políticos do Brasil, os

quais têm representação no povoado. Além disso, temos também a

organização Pastoral da Saúde, organização religiosa que apoia as ações de

saúde no município; o grêmio estudantil e o movimento Cultivando Água Boa,

este último ambientalista.

1.3 O sistema municipal de saúde.

Há vários anos o município Santa Maria do Para adotou a Estratégia de

Saúde da Família para a reorganização da atenção básica e conta hoje com 6

equipes entre a zona urbana e a zona rural cobrindo um por cento elevado da

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população. O município conta com um hospital, um laboratório, e 6 postos de

saúde. O modelo de atenção predominante que se está desenvolvendo no

município agora é o SUS, concebido como um Sistema Nacional e Público de

Saúde, onde ainda convivem práticas que lembram o sanitarismo campanhista.

Contamos em nosso município com NASF, com profissionais de muito apoio.

A forma de organização do sistema de saúde de meu município é em

rede, prestando uma assistência integral e continua a uma população definida,

com comunicação entre os diferentes níveis, ainda que o sistema de referencia

e contra referência e deficiente em todas as unidades do território, tanto do

hospital de nosso município como das unidades de Maceió.

A secretaria tem como função assegurar o acesso aos serviços de saúde

da população e desenvolver as atividades relacionadas com o Sistema Único

de Saúde (SUS). Possui como base em sua gestão o estímulo a parcerias para

a promoção, prevenção e a recuperação da saúde e consequentemente a

melhoria da qualidade de vida da população.

1.4 A Unidade Básica de Saúde João Rabelo

Dentro do município a nossa equipe de saúde esta localizado na rua

João Rabelo entre Raimundo Maia Suares e Severino Borges. Nossa unidade

de atendimento de saúde ou UBS (Unidade Básica de Saúde) como recursos

materiais. Nas áreas física de uso 1 recepção, 1 copa,1 sala de espera , 2

banheiros,1 sala de odontologia,1 sala do médico, 1 sala de vacina, 1 sala de

enfermagem, 1 sala de curativo, 1 sala de pré consulta, 1 sala de esterilização.

O atendimento é gratuito e destina-se exclusivamente à prevenção. Os

casos mais graves e/ou urgências, emergências, são encaminhados

diretamente ao Hospital Ordem Terceira, onde tem recursos adequados para

tais atendimentos. Em nosso posto a paciente agenda as consultas para

prevenção e consulta clínico geral, dentista e também vacinas e leva

acompanhamento da hipertensão.

Quando há necessidade de exames de média e alta complexidade,

especialidades médicas ou cirurgias, os pacientes são encaminhados para uma

lista de espera de disponibilidade de vagas do governo do estado, pois a

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responsabilidade do município (prefeitura) é o atendimento básico atende a

população que conserva hábitos e costumes próprios da população rural

brasileira.

Na comunidade tem havido algum investimento público (escola,

restauração do centro de saúde) em função da pressão da associação

comunitária, que é bastante ativa. A população tem muito apreço pela unidade

de saúde, fruto de anos de luta da associação.

1.5 A Equipe de Saúde da Família João Rabelo, da Unidade Básica de

Saúde João Rabelo.

Nossa equipe de saúde como o 1er nível de atenção presta atenção ao

70-80% da população que apresentam problemas de baixa complexidade,

onde se levam acabo atividades de promoção, proteção especifica, diagnóstico

e tratamento oportuno das necessidades de saúdes mais frequentes. Suas

funciones gerais são promoção, criação e proteção de estornos saudáveis.

A promoção da saúde se refere às ações sobre os condicionantes e

determinantes sociais da saúde, dirigidas a impactar favoravelmente a

qualidade de vida. Por isso, caracterizam-se fundamentalmente por uma

composição intersetorial e, intrasetorialmente, pelas ações de ampliação da

consciência sanitária – direitos e deveres da cidadania, educação para a

saúde, estilos de vida e aspectos comportamentais etc. Os determinantes da

saúde podem ser definidos como os fatores que influenciam, afetam e/ou

determinam a saúde dos povos e cidadãos (CARVALHO, 2012; GEORGE,

2011).

O equilíbrio saúde-doença é determinado por uma multiplicidade de

fatores de origem social, econômica, cultural, ambiental e biológica / genética

conhecida internacionalmente. Apesar da inquestionável influência de fatores

externos ao indivíduo, nem sempre foram incluídos na formulação de políticas

relacionadas com a saúde (CARVALHO, 2012; GEORGE, 2011)

Como recursos humanos temos uma equipe formada por 1 médico,1

técnico em saúde bucal, 5 agentes comunitários de saúde, 1 enfermeira, 2

auxiliares de enfermagem, 1 pessoal de serviço, 1 farmacêutico,1 digitadora.

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1.6 O funcionamento da Unidade de Saúde da Equipe João Rabelo

Trabalha-se um horário de oito horas, de manhã há consultas de 8h às

12 horas, em seguida, se faz as visitas em casa, de 14 a 17 horas da tarde,

alternado quinta-feira da semana, para prestar cuidados à população de Pedra

Rica, e São Raymundo, sítios distantes da cidade. O total de 40 horas semanal

sendo a enfermeira e a médica com 8 horas de estudo semanal

Conta-se com uma equipe de 5 Agente Comunitários de Saúde

(ACS’s), 2 técnicos de enfermagem, uma enfermeira, um dentista, um auxiliar

da saúde bucal, dois agentes administrativos, um motorista e uma médica. O

Programa Saúde da Família do município conta com 6 equipes de saúde da

Família e uma equipe de Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF).

Ressalta-se que os sistemas de referência e contra estão estabelecidos,

embora ainda existam dificuldades com contra referências de cuidados no

hospital.

1.7 O dia a dia da equipe João Rabelo

Nossa equipe realiza a promoção da saúde, temos que primeiramente

verificar as causas básicas das patologias e relacionarmos com as condições

determinantes de saúde como: Trabalho; relacionamento; lazer; moradia e etc.,

só assim, poderão além de tratar a patologia de o indivíduo verificar os fatores

determinantes e condicionantes realizando a profilaxia, evitando que o mesmo

adoeça novamente.

Preza muito a qualidade de vida dos cidadãos identificando os fatores

determinantes e condicionantes para o melhor bem-estar da população, assim,

poderemos pensar num Sistema de Saúde com Igualdade, Equidade e

Integralidade, os princípios fundamentais que regem o SUS, trabalhamos para

garantir a população um atendimento com qualidade, decência e humanização.

1.8 Estimativas rápidas: problemas de saúde do território e da

comunidade (primeiro passo)

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Apesar do pouco tempo de atividade no PSF João Rabelo do

município Santa Maria do Pará, percebe-se que existem pontos onde devem

ser melhorados tanto estruturalmente, como em relação a abordagem dos

problemas de saúde mais prevalentes na população. Para obter as

informações, utilizamos a Estimativa Rápida como um método que contribui

para a operacionalização dos princípios da equidade, da participação e da

intersetorialidade, envolvendo à população na identificação das suas

necessidades, além aos atores sociais, as autoridades municipais,

organizações governamentais e não governamentais, examinando os registros

existentes, entrevistando informantes importantes e fazendo observações

sobre as condições de vida dos grupos populacionais. Entre os vários

problemas identificados no diagnóstico situacional a equipe destacou:

Elevada prevalência de descompensações das doenças crônicas não

transmissíveis na população maior de 60 anos;

Rede coletora de esgoto sanitário insuficiente no município;

Inadequado abastecimento de água para o consumo da população do

município;

Uso indiscriminado de antidepressivos e ansiolíticos;

Rede coletora de esgoto sanitário insuficiente no município;

Inadequado abastecimento de água para o consumo da população do

município;

A fossa séptica é a maneira mais comum para armazenar resíduos

sólidos;

Alto índice de analfabetismo em no município em pacientes idosos;

Alto índice de desempregado em no município e comunidade;

Alto índice de violência;

Dificuldade para atender a demanda espontânea e organizar o trabalho

do PSF;

Falta de medicamentos.

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1.9 Priorizações dos problemas - a seleção do problema para plano de

intervenção (segundo passo)

Elaborando uma primeira aproximação ao diagnóstico situacional de

minha área de abrangência, e tendo em conta a distribuição dos pontos

conforme sua urgência; definindo se a solução do problema está dentro, fora

ou parcialmente dentro da capacidade de enfrentamento da equipe

responsável pelo projeto, e numerando os problemas por ordem de prioridade.

A equipe escolheu a elevada prevalência pacientem idosos e a

presencia de descompensações das doenças crônicas não transmissíveis na

população maior de 60 anos como problema prioritário.

Quadro 1- Classificação de prioridade para os problemas identificados no

diagnóstico da comunidade adstrita à equipe de Saúde João Rabelo,

Unidade Básica de Saúde João Rabelo, município de Santa Maria do Pará

estado do Pará.

Problemas Importância* Urgência** Capacidade de

enfretamento***

Seleção/

Priorização****

Elevada prevalência

de

descompensações

das doenças

crônicas não

transmissíveis na

população maior de

60 anos.

Alta 8 Parcial 1

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20

Inadequado

abastecimento de

água para o

consumo

Alta 5 Parcial 4

Uso indiscriminado

de antidepressivos e

ansiolíticos.

Alta 6 Parcial 3

Fonte:

*Alta, média ou Baixa

** Total dos pontos distribuídos até o máximo 30

*** Total, parcial ou fora

**** Ordenar considerando os três itens

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21

2 JUSTIFICATIVA

A Diabetes Mellitus 2 tornou-se um problema de saúde em tudo o mundo

por sua crescente incidência e prevalência, e associada a elevada morbidade e

mortalidade devido às complicações que surgem em seu curso. Como a quinta

edição da revista Diabetes mellitus, quase quatro milhões de mortes na faixa

etária de 20 a 79 anos poderiam ser atribuídos a diabetes em 2010,

representando 6,8% da mortalidade mundial por todas as causas nessa faixa

etária (IBGE, 2013 )

Entre os fatores de risco são: idade maior predisposição depois de 45

anos, a tendência hereditária, a pressão arterial elevada (hipertensão),

hipercolesterolêmica, obesidade, estresse, tabagismo, sedentarismo, má

alimentação. A diabetes mellitus é uma doença que pode ser prevenida de

forma significativa, se for conhecida e controlar seus fatores de risco (IBGE,

2013)

Na área de saúde, a principal causa de mortalidade é dada por doença

endócrina metabólica, nutricional e morbidade por diabetes, obesidade e

hiperlipidemia e fatores de risco de esta doença (IBGE, 2013).

É em relação ao aparecimento da doença, temos a intenção de fazer

este trabalho, a fim de diminuir a incidência dele, e evitar mortes por causa de

suas complicações, que afetam tanto a nossa população.

Nas consultas que foram feitas, as principais causas de aparecimento de

diabetes, sua descompensação e suas complicações, incluindo a morte, ter

detectado conhecimento reduzido é baseado nos fatores de risco e as ações

necessárias quanto ao correto controle por isso se estabeleceu realizar uma

intervenção educativa para atingir o controle do problema detectado e maior

controle da própria saúde.

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22

3 OBJETIVOS:

3.1 Objetivos gerais:

Apresentar um projeto de intervenção para aumentar a conscientização

dos pacientes sobre o conhecimento dos fatores de risco associados à

ocorrência de Diabetes Mellitus tipo 2 com vistas à diminuir a doença na área

de abrangência do PSF João Rabelo do município de Santa Maria do Pará.

3.2 Objetivos Específicos:

1. Identificar os fatores de risco determinantes da Diabetes Mellitus na área

de abrangência do PSF João Rabelo.

2. Descrever a fundamentação teórica para a proposta a ser elaborada.

3. Determinar o nível de conhecimento sobre os fatores de risco para o

desenvolvimento da diabetes mellitus.

4. Projetar a estratégia de intervenção educativa.

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23

4 METODOLOGIA

A partir do diagnóstico situacional previamente realizado por todos os

membros da equipe de saúde e, posteriormente, discutido na reunião da

equipe, foi avaliado e analisado cada um dos problemas detectados na área de

atendimento, além das soluções propostas para cada um deles, tendo em

conta o nível de resolubilidade e resultados possíveis. Também foram usados

dados coletados no Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB, 2013).

Para elaboração do plano de intervenção propomos, estabelecido pela

primeira vez uma priorização dos problemas encontrados pela estimativa

rápida, em seguida, analisamos como influenciou negativamente na nossa

população, e, em seguida, com base nos problemas não críticos, destinadas a

desenhar operações para solução tendo em conta os resultados esperados, o

produto, e os recursos necessários para isso, neste caso, o problema da

diabetes mellitus, tendo em vista os fatores de risco de controle que nos levou

a identificação dos recursos críticos para o desenvolvimento das operações

definidas para o enfrentamento dos “nós críticos" do problema fatores de risco

associados ao desenvolvimento da diabetes mellitus. Foi consultada a

biblioteca virtual em saúde.

O plano proposto de intervenção educacional será feito para melhorar o

conhecimento sobre os fatores de risco para o desenvolvimento da diabetes

mellitus, sendo neste estudo, o problema priorizado, no PSF São Félix,

município Santana do Pará.

Para o desenvolvimento do Plano de Intervenção será utilizado o Método

do Planejamento Estratégico Situacional - PES conforme os textos da seção 1

do módulo de iniciação científica (CORRÊA; VASCONCELOS; SOUZA, 2013)

e seção 2 do módulo de Planejamento (CAMPOS; FARIA; SANTOS, 2010).

Uma revisão narrativa da literatura sobre o tema tendo como descritores:

Doenças endócrinas metabólicas e diabetes Mellitus, fatores de risco.

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5 REVISÃO TEÓRICA

5.1 Atenção Primária em Saúde

De acordo com a Declaração de Alma-Ata (1978) atenção primária à

saúde (APS) ou atenção básica à saúde (ABS) é a atenção essencial à saúde

baseada em métodos e tecnologias práticas, cientificamente fundados e

socialmente aceitáveis, ao alcance de todos os indivíduos e famílias da

comunidade mediante sua plena participação e a um custo que a comunidade

e o país possam suportar, em todas e cada etapa do seu desenvolvimento,

com um espírito de autorresponsabilidade e autodeterminação (OPAS, 1978).

5.2 Estratégias Saúde da Família

A Estratégia Saúde da Família visa à reorganização da Atenção Básica

no país, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde. A Saúde da

Família é entendida como uma estratégia de reorientação do modelo

assistencial, operacionalizada mediante a implantação de equipes

multiprofissionais em unidades básicas de saúde (BRASIL, 2017)

5.3 Diabetes melittus

O diabetes é uma síndrome do metabolismo que resulta no acúmulo de

glicose pelo organismo. Pacientes com diabetes apresentam deficiência na

função da insulina, o hormônio responsável por metabolizar a glicose, ou

mesmo apresentam falta de insulina no organismo (SOCIEDADE BRASILEIRA

DE DIABETES, 2014)

Quando o organismo desenvolve resistência à insulina produzida ou

mesmo passa a ter deficiência em sua secreção. Isso acontece,

principalmente, devido a uma dieta irregular e prejudicial, com excesso de

refrigerantes, açucares, carboidratos, alimentos industrializados e ricos em

gordura. O diabetes tipo 2 é o de maior incidência na população, com quase

90% do número de casos(National Diabetes Information Clearinghouse (NDIC),

do National Institutes of Health (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES,

2014).

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25

Além do fator genético, o diabetes é uma doença totalmente ligada ao

estilo de vida adotado. Uma pessoa com alimentação desequilibrada, rica em

gorduras, carboidratos, açúcares e produtos industrializados, e pobres em

vegetais, legumes e frutas têm mais propensão a desenvolver o diabetes

(SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2014).

Atualmente, mais de 250 milhões de pessoas convivem com a doença,

mas espera-se que este número chegue a 380 milhões, em 2025. O Brasil

ocupa a 4ª posição entre os países com maior prevalência de diabetes: são

13,7 milhões de pessoas, muitas ainda nem foram diagnosticadas

(SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2014)

Com relação aos fatores de risco, temos que o aumento da expectativa

de vida da população, diminuição da atividade física e aumento da ingesta

calórica exercem importante papel no aparecimento do diabetes na população

(SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2014)

Assim, o objetivo deste estudo é identificar os fatores de risco para o

diabetes mellitus tipo 2 dentro deles temos: as pessoas que estão com

sobrepeso ou obesos; os que tem antecedentes hereditários, os que não

realizam atividades físicas regularmente, também os que sentem-se

estressados no trabalho e apresentam níveis pressóricos alterados

(SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2014).

Assim, apesar das dificuldades relacionadas à complexidade que

envolve a doença no controle do diabetes mellitus os programas de controle de

saúde devem conter ações individuais e de assistência e ações populacionais

de abrangência coletiva, direcionadas à promoção à saúde, a fim de provocar

impacto educacional e promover resolutividade (SOCIEDADE BRASILEIRA DE

DIABETES, 2014).

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6 PLANO DE INTERVENÇÃO

Essa proposta refere-se ao problema priorizado “prevenção dos fatores

de risco associados à ocorrência de diabetes mellitus tipo 2”, para qual se

registra uma descrição do problema selecionado, a explicação e a seleção de

seus nós críticos, de acordo com a metodologia do Planejamento Estratégico

Simplificado (CAMPOS; FARIAS; SANTOS, 2017).

Nossa equipe começou a trabalhar no PSF João Rabelo temos vindo a

trabalhar com os dados obtidos pelo e nós temos vindo a recolher ao longo dos

meses de trabalho, para realizar um levantamento situacional, juntamente com

equipe de saúde, determinou-se que há problemas estruturais em diferentes

posições de atendimento, além da identificação de problemas de saúde que

afetam e são prevalentes na nossa população de atendimento (SIAB, 2017).

6.1 Descrições do problema selecionado (terceiro passo)

Para descrição do problema priorizado, a equipe de saúde utilizou

alguns dados fornecidos pelo SIAB e outros que foram produzidos pela própria

equipe, principalmente pelas informações fornecidas por agentes comunitários.

O problema selecionado foi à elevada prevalência de hábitos tóxicos de

estilos de vida em conjunto com o desconhecimento dos fatores de risco da

Diabetes Mellitus.

6.2 Explicações do problema selecionado (quarto passo)

A diabetes mellitus apresenta elevada prevalência na população

brasileira acometendo 7,6% das pessoas adultas entre 30 e 69 anos de idade.

No entanto, esta prevalência parece ter aumentado o aparecimento da

Diabetes, são responsáveis por 29,4% de todas as mortes registradas, de 45%

a 50% das pessoas com diabetes não sabem que têm a doença. Isso significa

que faleceram principalmente por complicações da diabetes (SOCIEDADE

BRASILEIRA DE DIABETES, 2014).

Doenças não transmissíveis como a diabetes mellitus, os infartos

agudos do miocárdio, doenças cerebrais e o câncer, agora compõem dois

terços de todas as mortes no mundo, devido ao envelhecimento da população

e à propagação de fatores de risco associados à globalização e à urbanização.

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27

O controle dos fatores de risco como hipertensão arterial, obesidade,

história familiar de diabetes, a má alimentação e o uso excessivo de álcool se

torna mais crítico (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2014)

6.3 Seleções dos nós críticos

Foram consideradas variáveis e indicadores da frequência de fatores de

risco associados ao desenvolvimento de a diabetes mellitus e controle da

mesma para reduzir a morbidade e mortalidade por esta doença (número de

pacientes com diabetes, e fatores de risco como: hipertensão, obesidade,

história familiar de diabetes e dislipidemia) ação em equipamentos de controle

e acompanhamento adequado desses fatores de risco (de cobertura, controle

da diabetes, diagnóstico de hiperlipidemia e tratamento) e os indicadores foram

selecionados pode nos dar uma ideia da eficácia de ações indiretas

(hospitalizações e mortes). Houve diferenças entre as informações contidas no

sistema de cuidados básicos e a realidade na área da saúde (Sociedade

Brasileira de Diabetes, 2014)

Para facilitar o processo de descrição, a equipe considerou todos os

dados de pacientes, diabéticos, fumantes, obesos, história familiar de diabetes

e hiperlipidemia (cadastrados foram controlados ou não acompanhados ou

não) nesse processo de trabalho da equipe há orientações inadequadas para

as pessoas com fatores de risco levando a dificuldades na compreensão dos

fatores de risco.

6.4 Desenhos das operações (sexto passo)

Quadro 7 – Operações sobre o “nó crítico” relacionado ao problema

“prevenção dos fatores de risco associados à ocorrência de diabetes mellitus

tipo 2”“, na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da Família

João Rabelo, do município de Santa Maria do Pará estado de Pará

Nó crítico 1 Hábitos e

estilos de

vida

inadequad

os

Baixo nível de

conhecimento

dos fatores de

risco

Estrutura

deficiente dos

serviços de

saúde

Processo de trabalho

da equipe de Saúde

da família com

predomínio do

modelo assistências

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28

Operação

(operações)

Modificar

estilos de

vida

inadequad

os

Aumentar o

nível de

conhecimento

da população

sobre os riscos

das

complicações

das doenças

crônicas não

transmissíveis.

Melhorar a

estrutura dos

serviços para

o

acompanham

ento dos

portadores de

doenças

crônicas não

transmissívei

s

Organizar o processo

de trabalho para

melhorar a

efetividade do

cuidado

Projeto Vida

saudável

Aumente seu

conhecimento

Melhor

acompanham

ento

Linha de cuidado

Resultados

esperados

Diminuir

em um 10

% o

sedentaris

mo, as

malas

praticas de

alimentaçã

o, o

tabaquism

o e

População com

doenças

crônicas não

transmissíveis

com mais

conhecimento

sobre os riscos

das

complicações

das mesmas

Assegurar a

consulta

especializada

s e garantir a

contrarreferê

ncia das

mesmas

garantir

exames

previstos

para 70% da

população

com doenças

crônicas não

transmissívei

s

Garantir dos

Cobertura médica ao

75% de população

com riscos de

desenvolver

complicações das

Doenças crônicas

não transmissíveis

Page 29: PREVENÇÃO DOS FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À … · ROSAMNA ORTIZ ROQUE PREVENÇÃO DOS FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À OCURRÊNCIA DE DIABETES MELLITUS TIPO 2 NA COMUNIDADE DE JÕAO

29

medicamento

s ao 80 % da

população

com doenças

crônicas não

transmissívei

s

Garantir a

permanência

dos

profissionais

de saúde

para

atendimento

continuado

destes

pacientes.

Produtos

esperados

Programa

de saúde

na radio de

SMC

Palestras

aos grupos

vulnerávei

s da

população

com

doenças

crônicas

não

Campanha

educativa na

radio local do

município.

Campanhas

educativas no

jornal local.

Trabalho

sistemático com

o grupo de

pacientes com

doenças

crônicas não

Exigir a

contra-

referência

escrita dos

especialistas.

Capacitação

sistemática

dos

profissionais

de saúde.

Contratação

no município

de

Linha de cuidado

para determinar

pacientes com risco

de desenvolver

complicações das

Doenças crônicas

não transmissíveis.

Protocolos

implantados

Recursos humanos

capacitados

Gestão de linha de

cuidado

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30

transmissí

veis

profissionais

especializado

s e médicos

de PSF

suficientes

para

conseguir o

acompanham

ento ao 75%

da população

em questão.

Compra dos

medicamento

s para

conseguir o

80% de

cobertura dos

pacientes

com doenças

crônicas não

transmissívei

s.

Recursos

críticos

Estrutural: Adequação de

um espaço

físico,

Adequação

de um

espaço físico,

recursos

humanos

(equipe de

saúde da

família,

Adequação

de um

espaço

físico,

recursos

humanos

(equipe de

saúde da

família,

Núcleo de

Adequação de um

espaço físico,

recursos humanos

(equipe de saúde da

família, Núcleo de

Apoio a Família)

equipamento

(recursos

audiovisuais)

Page 31: PREVENÇÃO DOS FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À … · ROSAMNA ORTIZ ROQUE PREVENÇÃO DOS FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À OCURRÊNCIA DE DIABETES MELLITUS TIPO 2 NA COMUNIDADE DE JÕAO

31

Núcleo de

Apoio a

Família)

equipamento

(recursos

audiovisuais)

Apoio a

Família)

equipament

o (recursos

audiovisuais

)

Cognitivo:

Elaboração de

projeto de

linha de

cuidado e de

protocolos

Recursos

audiovisuais

e folhetos

educativos.

Financiament

o dos

projetos

Elaboração

da

adequação

Elaboração de

projeto de linha de

cuidado e de

protocolos

Político:

Articulação

entre os

setores da

saúde e

adesão dos

profissionais

Articulação

entre os

setores da

saúde e

adesão dos

profissionais

Aumentar

os recursos

para melhor

estruturação

dos serviços

de saúde.

Articulação entre os

setores da saúde e

adesão dos

profissionais

Financeiro Recursos

audiovisuais e

folhetos

educativos

Recursos

audiovisuais

e folhetos

educativos.

Financiament

o dos

projetos

Financiame

nto Para a

contratação

dos

profissionais

especializad

os e

médicos de

PSF

suficientes,

e Compra

dos

medicament

Financiamento Para

a contratação dos

profissionais

especializados e

médicos de PSF

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32

os para

conseguir o

80% de

cobertura.

Controle

dos

recursos

críticos

Equipe de

saúde da

família, Núcleo

de Apoio a

Família

Equipe de

saúde da

família,

Núcleo de

Apoio a

Família

Equipe de

saúde da

família,

Núcleo de

Apoio a

Família

Equipe de saúde da

família, Núcleo de

Apoio a Família

Ações

estratégicas

Elaborar

questionário

sobre a

diabetes

mellitus

Realização de

Palestras sob

DM e seus

riscos

Reprodução

de Material

audiovisual

sob DM na

sala de espera

do PSF

Entregar

material

educativo

sobre hábitos

tóxicos e

estilo de

Realização

de Palestras

sob DM e

seus riscos

Reprodução

de Material

audiovisual

ida.

Definir os

protocolos

de

atendimento

de

pacientes

com hábitos

tóxicos e

estilo de

vida

inadequado

Apresentar Projeto

de capacitação do

Pessoal de Saúde

Administrar os

reagentes

necessários para a

realização dos

exames, bem como

os meios para

controlar a doença (

balança,

estadiomêtro,

esfigmomanômetro,

estetoscópio,

glicosímetro, fitas

para fazer teste

Prazo Setembro

2018

Outubro

2018

Novembro

2018

Julho

2018

Responsáv

el (eis) pelo

acompanha

mento das

ações

Equipe de

saúde da

família

Equipe de

saúde da

família

Equipe de

saúde da

família

Equipe de saúde da

família

Processo Desenvolver Desenvolver Elaborar

Elaborar questionário

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33

de

monitorame

nto e

avaliação

das ações

questionários

á população

sobre os

conhecimentos

dos fatores de

risco.

questionários

para

avaliação do

paciente

questionário

sobre a

diabetes

mellitus

sobre protocolos de

atendimentos ao

pessoal assistencial

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conseguimos identificar os fatores de risco determinantes da Diabetes

Mellitus na área de abrangência do PSF João Rabelo; desenvolvemos uma

proposta para melhorar o conhecimento dos fatores de risco para aparição da

doença e melhor controle dela, diminuindo a morbidade e mortalidade por esta.

Realizamos a fundamentação teórica para a proposta ser elaborada,

conseguimos determinar o nível de conhecimento sobre os fatores de risco

para o desenvolvimento da diabetes Mellitus em nossa unidade.

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REFERÊNCIAS

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<http://wikialagoas.al.org.br/index.php/Santana_do_Ipanema> Acesso em: 12

março. 2014

CAMPOS, Francisco Carlos Cardoso de ; FARIA, Horácio Pereira de;

SANTOS, Max André dos.Planejamento e avaliação das ações em saúde.2ed

NESCON/UFMG - Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da

Família2ed. Belo Horizonte: Nescon/UFMG, 2010. 110p.

NESCON/UFMG - Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da

Família2ed. Minas Gerais: Nescon/UFMG, 2013. 110p.

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