Press Review page - clipquick.com · A estratégia para a Amorim Turismo era clara: financiar o...

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Jorge , Armindo fc OPAÍSPRI<;CISAI)E GkA\I)KSPROJKTOS KMPRKSARIAIS" A estratégia para a Amorim Turismo era clara: financiar o crescimento da hotelaria com o jogo. Mas esta crise veio trocar as voltas a um gestor com saudades de lançar novos projetos Texto Filipe S, Fernandes. 1 010 (.iorgio Bordino

Transcript of Press Review page - clipquick.com · A estratégia para a Amorim Turismo era clara: financiar o...

Jorge ,Armindofc OPAÍSPRI<;CISAI)EGkA\I)KSPROJKTOS

KMPRKSARIAIS"

A estratégia para a Amorim Turismo era clara: financiar o

crescimento da hotelaria com o jogo. Mas esta crise veio trocar

as voltas a um gestor com saudades de lançar novos projetosTexto Filipe S, Fernandes. 1 010 (.iorgio Bordino

Jorge

Anuindo leixeira, (>'> anos. iniciou o

curso de Fconomia. em 1( >7I. na Lniversi

dade de Luanda, onde viveu, acabando porse licenciar pela Faculdade de Lconomia do

Porto cm l')7(i. Começou por ser assistente

universitário enquanto prestava assessoria a

empresas ale que em I**Bl . aos 2" anus. respondeu a uni

anuncio no jornal e ingressou no grupo Amorim onde

se I ornou a mão d irei Li tle Américo A morim. Recorda

que este o ajudou a descobrir o seu lado empresarial,

pois deixou o ser "empresário por conta de ou Irem".

Fm maio de l l >°7. loi nomeado para a Portuce! parafazei" a iveslruturação do sector da celulose c do papel,

que se transformaria no grupo Poriuecl Soporecl. hojedetido pela Sernapa. Imt julho de 2(>ois. iniciou a aven-

(ura do s/ií/i ofTda Amorim Purismo em que detinhaentão 25 '..

. Fsteano. comprou 25 ', que eram de Amo

nio Amoiim, mantendo se como sócios José Américo

¦\morim Coelho com 2.5". e loac|ttim Amorim com

liS". . A Amorim Turismo tem a cadeia Blue iv Círeen

cujos principais ativns são o Vilalara lhalassa Resort.

em Porches. o lhe l.ake Spa Resort. em Vilamoura. e

o Tróia I lesign Hotel, os casinos de Iroia e Figueira tia

Foz. c uma participação dçH2 " na Fstoril Sol. que tem

os casinos de Fstoril. I isboa e Povoa de Yarzim.

0 que é que esta crise mudou na sua gestão?Não diria que a gestão mudou, porque a estratégia

manteve se O que tivemos de fa/cr foi ajustar nos a

atual conjuntura nomeadamente no que respeita ao

financiamento. lieneficiavamos de spreaíls bastante

favoráveis que lorarn aumentando e que se situam a

níveis que não eram previsíveis em 2' iOiV 2i m 17. \ esl ra

tégia era crescer na ati\ idade hoteleira, tanto em rm íris

eomoeni hotéis de cidade. financiada pelos excedentes

de tesouraria dos casinos. A realidade veio mostrarquejá não e possível segui)' esle modelo. A \erdade e quenos mantemos uimo grande ohjciivo ser mn importante grupo de lurismo em Portugal, mas lemos cie o

lá/.er agora através de associações com outros grupos,como e o caso da recente associação comercial cornos

1 loteis Altiseatra\esda gestão de hotéis.

Quando (ia grandes dísrupções, essa estratégia leni

de ser re fundada, quec o que poderá acontecer se não

houu'l saída desta crise europeia e portuguesa tão profunda. \ grande reflexão e se temos de alterar a nossa

estratégia ou se temos de nos ajustar a conjuntura. Mas

nã( i podemos perder de vista que este e um sector im

portante para o pais. representa 12 a l'i '¦¦ do PII.S c mais

de Jõ", do emprego, e ha muitos faloresque podem Ia

zer deste sector exportador, um motor cie crescimento.

c> ima vantagem de nãi > poder ser desloealizado. Tem< is

deeonlrihuirpara relorçaros aspetos positivos do sec

tordo lurismoc isso vai lazer com que as empresas de

lurismo possa. m \ ir a ter sucesso.

A separação com a Accor em 2007,vista a esta distância, foi uma boa ideia?

Foi uma boa ideia. L preciso ver porque e que se fez

a separação, fez se porque era útil para as duas em

presas. A \eeor eslava há 2(1 anos connosco e linhaat i ngido os seus objeiiv os que era estar fortemente im

plantada em Portugal, pois tínhamos construído ,í

2

holéK numa parceria equitativa que hoje seria impôssiYel. pois nas duas empresas uma de propriedadeimobiliária cou Ira de gestão de holeis era a 50". ¦.

Quando a Amorim Turismo deixou de estar debaixo

do guarda clmv a do grupo Amorim. que era um grupodivcrsilicado. e passou a ter como core husiiiísss o tu-

rismo tinha de se impor como um grupo hoteleiro.( jiin um parceiro tão forte como o grupo .Accor com

marcas f >rfes. nã< > poder 'amos ser um grupo com pre

ponderaneía nacional.

Corriam o risco de ser absorvidos...

Alias, pelos acordos que nos tínhamos com o grupoAecor. não podíamos desenvolver unidades hoteleiras

sem lhes dar a preferencia. Diria que foi uma decisão

que lambem para o grupo Accor foi importante, loi

uma decisão irin te/n. A nossa relação com a Accor e

otima. as porias liearam abertas, mas foi uma opera-

ção necessária para a própria redefinição estratégicada Amorim Turismo.

Como vê a atual situação financeira na hotelarianacional, com muitas empresas descapitalizadas e a

entrar em falência e a entrada dos fundos de gestão?Há oportunidades para comprar hotéis baratos,mas não há financiamentos..Fsse e o novo paradigma da hotelaria nacional. Os

bano is tem uma grande necessidade de retirar ativos

do seu balanço, o que faz com que a hipótese de sol u

çôes de prolongamento de prazos, dar mais tempo aos

empresários hoteleiros para irem liquidando o seu pas-sivo, se torne pomo compatível com a necessidade queos bancos (em. ate porque lhee imposta pela tmika, de

retirar do seu balanço alivos. F uma si mação que pode

ser uma oportunidade para quem estiver organizadodo ponto de vista de gestão hoteleira. O grupo Amorim lurismo não pôs de parte a possibilidade de ter

mais hotéis, mas não iemos possibilidade de crescer

pelo endividamento. Vamos enveredar também pela

gestão hoteleira e estamos em perfeitas condições de

olereeeraos fundos de rcestruturação. que entretanto

se constituíram, os nossos serviços de gestão para os

hotéis que esles (em no seu porielblio.

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O jogo era estratégico, mas não temsido um grande negocio ou c apenas Troía

que não atinge os mínimos?i'iiini\ M i i i

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A promoção e s presença nesses mercados são

fundamentais e o comportamento do consumidor e

diferente de mercado para mercado sendo necessário

ler uma presença direta. think global, uct local.

Como é que está a correr este ano?

Para nos. esta sennelhordoqueodeiOll. mas estamos

ainda a rce uperar para valores de 2007. O turismo co

meei >u a ser aléladi i a partir de jul h> i de 20< !8 e lem sid' >

muiio difícil, r.steanofoi melhor duque os anteriores e,

apesar de não se poder esperar grandes c< sisas de 20 '

-i,

temos uma expectativa de que será um bom ano paraos I loteis Altis e Blue & Green. Isto não c apenas uma

questão dele, frabal liámos para isso. Temos largas em

que ha um crescimento significa tivo porque fizemos

apostas comerciais bem teitas que estão a dar os seus

frutos. No jogo estamos dependentes di > Governi > para

que seja dada uma solução para sair desle ciclo negativo

em que os casinos estão mergulhados.

Nos hotéis tem implicado baixar preços?Nós lemos hotéis de cinco estrelas "brilhantes", e. essas

cinco eslrelas que lu/em levam a que tenhamos mantido a aposia num nível elevado de qualidade e de ser

viço. Quando vemos que a crise esta\a para durar, sacri

ficamos a nossa estratégia de ter um preço adequado ao

nível da qualidade dos nossos boteis. !¦'. isso ivfletiu se

no aumento das nossas taxas de ocupação, mas o preçomédio baixou. Não estamos num nível de preços queconsidere aviltantes, são razoáveis para o momento i|iievivemos e temos a expectativa de que recuperaremos os

preços que estavam no nosso i.nisi/iess plan. Posso só

dizer q ue no 1 .ake Resort fechamos 2007 a mi um preç< >

médio de 222 euros (sem IVA nem pequeno alm< iço) e

em 2012 devemos fechar com lõ,=i, F uma redução sig

nilicaliva. mas, sem prejudicar a qualidade, reduzimos

os custos através da gestão mais apertada.

Na Iberpartners, uma espécie de private equity,

começou por juntar mais 24 empresáriose gestores portugueses. Quantos é que restam?Mantemos os 2,Saeion islãs, mas estamos numa fase de

reajuslamento da Iberpartners a realidade aluai. Man

tem a sua estrutura aeionista e tem participações quesão interessantes como na New Coffee. no lãnibaneo

Angola e em projetos na área da biomassa. Nestes dois

últimos, estamos em lase de desinvestimento. Houve

uma certa I ravagem para repensar e rec< .mieçar o negocio com outras bases... t um projeto que lerá sucesso,

mas precisa de uma refundação.

Este projeto da Iberpartners, o seu papel na Edifer

em que tentou ajudar a encontrar parcerias, a aliança

comercial com o grupo Altis, por exemplo, fazemde si um congregador de vontades e de projetos.Porque é que é tão difícil associar e aliar empresase empresários mesmo em negócios no estrangeiro?Não sou individualista e cada vez mais acho que não

podemos olhar só para o nosso umbigo. H bom quese aproveite a experiência adquirida e se reunam os

latorcs mais positivos que cada empresário, gestor o

empresa tem e se crie algo maior. Porque também con

tinuo a pensar que a dimensão e importante. As vezes,

discute se se a dimensão e assim tão importante. Mas

se lormos ver o que se passa em Portugal, verificamos

que Mias empresas qiu' atingiram de facto uma dimeiisão signilicaliva e que estão a dar carias e se podem

posicionai' no mundo, o estou a falai' da PT. da KDP.

da Galp. da Jeronimo Martins, da Sonae. da < .orlieeira

Aniorim. da Semapa. Não há dúvida nenhuma de queo tecido empresarial português et (instituído por P\IKem numero, mas o país lambem precisa de grandes

pn ijeti is e de empresários e gesli ires capazes de criarem

uma massa critica que lhe permitam competir a nível

internacional. A crise tornou mais visível um fenómeno

que sempre existiu eque foi a falta de capitalização das

empresas. Portanto, tem de se recorrer a mecanismos

que possibilitem a abertura de a entrada de

novos parceiros que permitam que nos consigamosafirmar de uma forma mais eficiente.

Tem saudades da indústria e de grandes empresas?Tenho. Tenho saudades dos tempos em que todos os

dias tínhamos uma possibilidade de crescer. 1 >e facto,

vim de África e não sou saudosista, ci índigo ver as n >isas

com a luz dos dias que vou vivendo, mas não possodeixar de reconhecer que perdi uma pane da minha

capacidade criativa e de inovação porque aconjuntnranão permite, mas vou tentar reagir. 1 louve períodosem que todas as semanas estávamos a olhar para um

projeto novo e isso era nuito desalianle.

Estas crises são uma provade fogo para os gestores?Tenho lima costela académica e. quando tenho oporiunidadederelietirum pouco mais. procuro com pieender os tempos que estamos a atravessar. C neguei a uma

conclusão, que e discutível. Considero que. numa crise

tão prolunda como a que estamos a atravessar, o quedistingue um gestor de grande qualidade e um de me

dia qualidade tende para zero. porque não se fazem

omeletas sem ovos e nós esiamos a lie ar sem ovos. I lá

diferença mas e mais difícil de percecionar. a não sei

na fase inicial em que o bom gestor c mais eficiente e

mais criativo a tomar medidas. ( ) verdadeiro potencialesla a ser muito limitado pela crise. O